28
INFORMATIVO www.unicead.com.br - Montes Claros, abril de 2014 - Ano II - Número 2 Você está preparado? Educação Inclusiva O fantástico poder da escolha Chafic Jbeili Pag.25 Prof. Emílio Figueira - Pag.6 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: confissões de um otimista! PROFISSIONAL DE DESTAQUE! Pag.24 Sandra Franco Bittencourt

- Montes Claros, abril de 2014 - Ano II ...chafic.com.br/revista/files/revista_unicead_ed02.pdf · em Psicopedagogia/ Importância ... Ilma Mendes Direito Autoral na Internet

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INFORMATIVO

www.unicead.com.br - Montes Claros, abril de 2014 - Ano II - Número 2

Você estápreparado?

EducaçãoInclusiva

O fantásticopoder da escolha

Chafic JbeiliPag.25

Prof. Emílio Figueira - Pag.6

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: confissões de um otimista!

PROFISSIONAL DE DESTAQUE!

Pag.24

Sandra FrancoBittencourt

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3www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Montes Claros38 3221 5909

Porteirinha38 3831 1092

CURSOS TÉCNICOS

FALE CONOSCO

Equipe técnica

Fundador e Diretor executivoChafic Jbeili

Diretora executivaRosilene Jbeili

Diretor de Marketing Samir Jbeili

Comunicação Institucional e Assessoria Jurídico-parlamentarLaila Jbeili

Orientadora de ArtigoSilvana Mendes

Editora e Coordenadora PedagógicaElaine Alkimim

Editor de arte, designer e diagramador:Jésus Ricardo de Faria Almeida

Adoção em direito de famíliaBruna Coelho Avaliação Escolar/ O uso das cores como Linguagem/ Psicanálise Freudiana/ Leitura do Desenho Infantil/ Ética e Responsabilidade Social/Liderança Persuasiva/ Psicogênese do Estresse Laboral/ Trabalho em Equipe/ Desenvolvendo a Genialidade/ Pedagogia Empresarial/ Psicopedagogia Clinica e Institucional: conceitos elementares/Genograma Familiar em Psicopedagogia/ Importância da Família/ Importância do Lúdico para Aprendizagem/ Linguagem das cores/Violência nas Escolas: identificação e prevenção/ Orientação Familiar IntegrativaChafic Adnan Jbeili

O Brincar como Terapia/ Psicomotricidade e AprendizagemDanielle Maneira

Arte de Contar Histórias/ Pedagogia HospitalarDjiane Strelciunas

Educação Sexual de adolescentes Edna Cassiano

Educação Inclusiva/ Como escrever e publicar seu Livro/ Deficiência e Inclusão no Mercado de TrabalhoEmílio Figueira

Bullying no Ambiente EscolarFlávia Wegrzyn Nartinez

Rotinas de RH/ Psicologia do DesenvolvimentoGislaine Lomar

Transtornos Globais do Desenvolvimento/ Disfunção Neuromotora/ Atendimento Especializado na Deficiência

Intelectual/ Professor de Apoio/ Tecnologia Assistiva e Comunicação AlternativaIlma Mendes

Direito Autoral na InternetLetícia Vargas

O Lúdico na Matemática/ Ensinando com Música Liana Santos

Práticas de Gestão de PessoasLucilene de Cássia Santos Cândido

Violência Infantil: identificação e prevençãoMarck Torres

Programação NeurolinguísticaMarcus Deminco

Amando a Sabadoria: curso básico de FilosofiaMaria Aparecida Azzolin

Neuromarketing aplicado a Vendas Pedro Camargo

Identificando as Altas Habilidades Raquel Nunes

Gestão Documental Rosilene Cardoso Marques Jbeili

Mediando a Alfabetização Solange Moll Passos

Diagnóstico Psicopedagógico/ Instrumentos de Avaliação Psicopedagógica Tatianna Murta

Déficit de Atenção e Hiperatividade/ Neurociência da Aprendizagem/ Dislexia: estratégias e manejo do aluno em sala de aula/Inteligências Múltiplas Vera Mietto

Pelo nosso Chat online no site:www.unicead.com.brSegunda a sexta das 8h às 18h e aos sábados das 8h às 12h

Pelo Telefone:(38)3221-5909 / (38)4141 0760 (Horário comercial)

Por e-mail:Direção Geral - Prof. Chafic Jbeili:[email protected]

Diretora Administrativa e Financeiro - Rose Jbeili: [email protected]

Diretor de Marketing - Samir Jbeili:[email protected]

Franquia e Novos Negócios:[email protected]

Secretaria de Pós: [email protected]

Secretaria de Cursos Livres: [email protected]

No endereço:UnicEAD, Caixa Postal 1011, Montes Claros-MG, CEP: 39.400-971

S U M Á R I O04

05

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08

10

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18

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24

25

26

EDITORIAL

EQUIPE UNICEAD

OPINIÃO - EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONFISSÕES DE

UM OTIMISTA! - Prof. Emílio Figueira

CURSOS ONLINE - Qualificação online UNICEAD

PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADES SANTO AGOSTINHO

EDUCAÇÃO ESPECIAL - NÃO MAIS

TENDÊNCIA E SIM REALIDADE -

Waldir de Pinho Veloso

LAZER & CULINÁRIA

POLOS - UNICEAD

ENTREVISTA COM A

PROFESSORA ILMA

ARTIGO - INCLUSÃO - A NOVA PERSPECTIVA DA

EDUCAÇÃO - Profª Irene Guimarães Coelho Magalhães

O FANTÁSTICO PODER DA ESCOLHA

Chafic Jbeili

EDUCAÇÃO INFANTIL PASSA A SER OBRIGATÓRIA

PARA CRIANÇAS DE 4 E 5 ANOS

Lilian Zieger

INFORMATIVO

Contatos para suporte: e-mail: [email protected]

Site:www.unicead.com.br

Capacite sua equipe conosco!

Tutores

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

O Informativo Unicead é um projeto elaborado pela Unicead, concebido para informar ao público em geral sobre sua atuação na área da educação.Tiragem: 1000 exemplares

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO:

CARRO CHEFE DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ilma Mendes de Almeida

CDL CÂMARA DEDIRIGENTES

LOJISTAS DEMONTES CLAROS

CURSOS TÉCNICOS

PROFISSIONAL DE DESTAQUE

SANDRA FRANCO BITTENCOURT

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Montes Claros38 3221 5909

Porteirinha38 3831 1092

CURSOS TÉCNICOS

FALE CONOSCO

Equipe técnica

Fundador e Diretor executivoChafic Jbeili

Diretora executivaRosilene Jbeili

Diretor de Marketing Samir Jbeili

Comunicação Institucional e Assessoria Jurídico-parlamentarLaila Jbeili

Orientadora de ArtigoSilvana Mendes

Editora e Coordenadora PedagógicaElaine Alkimim

Editor de arte, designer e diagramador:Jésus Ricardo de Faria Almeida

Adoção em direito de famíliaBruna Coelho Avaliação Escolar/ O uso das cores como Linguagem/ Psicanálise Freudiana/ Leitura do Desenho Infantil/ Ética e Responsabilidade Social/Liderança Persuasiva/ Psicogênese do Estresse Laboral/ Trabalho em Equipe/ Desenvolvendo a Genialidade/ Pedagogia Empresarial/ Psicopedagogia Clinica e Institucional: conceitos elementares/Genograma Familiar em Psicopedagogia/ Importância da Família/ Importância do Lúdico para Aprendizagem/ Linguagem das cores/Violência nas Escolas: identificação e prevenção/ Orientação Familiar IntegrativaChafic Adnan Jbeili

O Brincar como Terapia/ Psicomotricidade e AprendizagemDanielle Maneira

Arte de Contar Histórias/ Pedagogia HospitalarDjiane Strelciunas

Educação Sexual de adolescentes Edna Cassiano

Educação Inclusiva/ Como escrever e publicar seu Livro/ Deficiência e Inclusão no Mercado de TrabalhoEmílio Figueira

Bullying no Ambiente EscolarFlávia Wegrzyn Nartinez

Rotinas de RH/ Psicologia do DesenvolvimentoGislaine Lomar

Transtornos Globais do Desenvolvimento/ Disfunção Neuromotora/ Atendimento Especializado na Deficiência

Intelectual/ Professor de Apoio/ Tecnologia Assistiva e Comunicação AlternativaIlma Mendes

Direito Autoral na InternetLetícia Vargas

O Lúdico na Matemática/ Ensinando com Música Liana Santos

Práticas de Gestão de PessoasLucilene de Cássia Santos Cândido

Violência Infantil: identificação e prevençãoMarck Torres

Programação NeurolinguísticaMarcus Deminco

Amando a Sabadoria: curso básico de FilosofiaMaria Aparecida Azzolin

Neuromarketing aplicado a Vendas Pedro Camargo

Identificando as Altas Habilidades Raquel Nunes

Gestão Documental Rosilene Cardoso Marques Jbeili

Mediando a Alfabetização Solange Moll Passos

Diagnóstico Psicopedagógico/ Instrumentos de Avaliação Psicopedagógica Tatianna Murta

Déficit de Atenção e Hiperatividade/ Neurociência da Aprendizagem/ Dislexia: estratégias e manejo do aluno em sala de aula/Inteligências Múltiplas Vera Mietto

Pelo nosso Chat online no site:www.unicead.com.brSegunda a sexta das 8h às 18h e aos sábados das 8h às 12h

Pelo Telefone:(38)3221-5909 / (38)4141 0760 (Horário comercial)

Por e-mail:Direção Geral - Prof. Chafic Jbeili:[email protected]

Diretora Administrativa e Financeiro - Rose Jbeili: [email protected]

Diretor de Marketing - Samir Jbeili:[email protected]

Franquia e Novos Negócios:[email protected]

Secretaria de Pós: [email protected]

Secretaria de Cursos Livres: [email protected]

No endereço:UnicEAD, Caixa Postal 1011, Montes Claros-MG, CEP: 39.400-971

S U M Á R I O04

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EDITORIAL

EQUIPE UNICEAD

OPINIÃO - EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONFISSÕES DE

UM OTIMISTA! - Prof. Emílio Figueira

CURSOS ONLINE - Qualificação online UNICEAD

PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADES SANTO AGOSTINHO

EDUCAÇÃO ESPECIAL - NÃO MAIS

TENDÊNCIA E SIM REALIDADE -

Waldir de Pinho Veloso

LAZER & CULINÁRIA

POLOS - UNICEAD

ENTREVISTA COM A

PROFESSORA ILMA

ARTIGO - INCLUSÃO - A NOVA PERSPECTIVA DA

EDUCAÇÃO - Profª Irene Guimarães Coelho Magalhães

O FANTÁSTICO PODER DA ESCOLHA

Chafic Jbeili

EDUCAÇÃO INFANTIL PASSA A SER OBRIGATÓRIA

PARA CRIANÇAS DE 4 E 5 ANOS

Lilian Zieger

INFORMATIVO

Contatos para suporte: e-mail: [email protected]

Site:www.unicead.com.br

Capacite sua equipe conosco!

Tutores

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

O Informativo Unicead é um projeto elaborado pela Unicead, concebido para informar ao público em geral sobre sua atuação na área da educação.Tiragem: 1000 exemplares

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO:

CARRO CHEFE DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ilma Mendes de Almeida

CDL CÂMARA DEDIRIGENTES

LOJISTAS DEMONTES CLAROS

CURSOS TÉCNICOS

PROFISSIONAL DE DESTAQUE

SANDRA FRANCO BITTENCOURT

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4 5

E D I T O R I A L

Caros Leitores,

pós o sucesso conquistado em 2013, a Unicead não poderia dei-

A

xar de agradecer a todos vocês pelo apoio, confiança e principal-

mente pela escolha. Confesso que não é fácil manter uma insti-

tuição de ensino como a nossa, pois os desafios diários que

temos que vencer para levar aos nossos alunos sempre o melhor. O nosso

objetivo é que você aluno sinta-se em casa. E você, que ainda não faz parte

da instituição sinta-se confiante em nossa equipe de profissionais para

construir o seu futuro.

Pensando no melhor para você, o professor Chafiic não poupa esforços em

buscar sempre o que há de melhor no mercado. Por isso, tenha a certeza de

que 2014 é o ano de grandes novidades! Além da revista Unicead, agora você

poderá acompanhar diariamente notícias e lançamentos através da nossa

página no Facebook. É muito fácil acesse: facebook.com/unicead e acompa-

nhe tudo de novo que acontece em nossa instituição e no mundo da educação.

Mas as novidades não param por aí. Para deixar esse grupo ainda mais

forte e completo o professor Chafic anuncia a sua mais nova contratação: a

jornalista e assessora de comunicação Renata Martins. Com quase 10 anos

de experiência na área, ela chega para somar a este grupo forte e determina-

do. À frente da assessoria de comunicação do grupo Unicead, ela e o profes-

sor Chafic prometem grandes surpresas para este ano. Agora é só aguardar.

Bom, como é normal nesse bate papo com o leitor, chamamos a atenção

para a reportagem de capa, na qual abordamos um tema polêmico em todo

país: a Educação Inclusiva e o Ensino Especial. Nossa equipe aprofundou

esse assunto e nesta edição da Revista Unicead esclarece todas as dúvidas

sobre o tema. Acompanhe!

Mas não para por aí, veja também toda repercussão causada pelo assun-

to e o que dizem os especialistas, pais, professores e alunos. A cada edição a

revista Unicead vai trazer informações sobre assuntos que sejam do seu

interesse. É isso mesmo, você pode ajudar a fazer nossa revista. Para isso,

basta acessar o site www.unicead.com, o facebook ou até mesmo pelo e-

mail [email protected].

Nossa equipe espera que os conteúdos compartilhados sejam de grande

valia para a sua atualização e qualificação profissional.

Ah, e já estamos produzindo a próxima edição. Então, é isso. Muito obri-

gado e uma excelente leitura a todos. Vamos começar?

Chafic JbeiliFundador e diretor executivo

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Prof. Chafic JbeiliDoutor e Mestre em Psicanálise, Teólogo

com habilitação em Filosofia, Psicanalista,

Psicopedagogo, Escritor, Fundador e

Diretor Geral.

Atua há mais de 15 anos como consultor edu-

cacional, palestrante e professor de qualifica-

ção profissional e pós-graduação, tendo capa-

citado milhares de profissionais das áreas da

Pedagogia, Psicologia, Psicopedagogia,

Neuropedagogia, Orientadores, Supervisores

e Inspetores Escolores, Terapeutas Familiares,

entre outros, contribuindo no aspecto clínico,

didático e pedagógico dos processos ensino-

aprendizagem.

Rosilene JbeiliSecretária Executiva e Diretora

Administrativa

Graduada pela FAJESU em Secretariado

Executivo Bilingue, acumula 20 anos de

experiência nas áreas administrativas e

secretariado, tendo participado de diver-

sos cursos de atualização profissional,

além de Congressos, Seminários e

Palestras. Atuou em instituições de grande

porte a exemplo da ANTT. Trabalhou

cinco anos como Secretária Executiva na

Assessoria Técnica de Editoração e

Publicação do INEP/MEC. Atualmente é

Diretora executiva da UNICEAD.

EQUIPEProfissionais do ensino

Samir JbeiliSócio-diretor de Marketing

Graduado em Gestão de Negócios e

Marketing. Atua como consultor de ven-

d a s , t r e i n a m e n t o e m p r e s a r i a l e

Marketing estratégico em grandes

empresas do eixo Brasília, Minas Gerais,

São Paulo e Rio de Janeiro.

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 5

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E D I T O R I A L

Caros Leitores,

pós o sucesso conquistado em 2013, a Unicead não poderia dei-

A

xar de agradecer a todos vocês pelo apoio, confiança e principal-

mente pela escolha. Confesso que não é fácil manter uma insti-

tuição de ensino como a nossa, pois os desafios diários que

temos que vencer para levar aos nossos alunos sempre o melhor. O nosso

objetivo é que você aluno sinta-se em casa. E você, que ainda não faz parte

da instituição sinta-se confiante em nossa equipe de profissionais para

construir o seu futuro.

Pensando no melhor para você, o professor Chafiic não poupa esforços em

buscar sempre o que há de melhor no mercado. Por isso, tenha a certeza de

que 2014 é o ano de grandes novidades! Além da revista Unicead, agora você

poderá acompanhar diariamente notícias e lançamentos através da nossa

página no Facebook. É muito fácil acesse: facebook.com/unicead e acompa-

nhe tudo de novo que acontece em nossa instituição e no mundo da educação.

Mas as novidades não param por aí. Para deixar esse grupo ainda mais

forte e completo o professor Chafic anuncia a sua mais nova contratação: a

jornalista e assessora de comunicação Renata Martins. Com quase 10 anos

de experiência na área, ela chega para somar a este grupo forte e determina-

do. À frente da assessoria de comunicação do grupo Unicead, ela e o profes-

sor Chafic prometem grandes surpresas para este ano. Agora é só aguardar.

Bom, como é normal nesse bate papo com o leitor, chamamos a atenção

para a reportagem de capa, na qual abordamos um tema polêmico em todo

país: a Educação Inclusiva e o Ensino Especial. Nossa equipe aprofundou

esse assunto e nesta edição da Revista Unicead esclarece todas as dúvidas

sobre o tema. Acompanhe!

Mas não para por aí, veja também toda repercussão causada pelo assun-

to e o que dizem os especialistas, pais, professores e alunos. A cada edição a

revista Unicead vai trazer informações sobre assuntos que sejam do seu

interesse. É isso mesmo, você pode ajudar a fazer nossa revista. Para isso,

basta acessar o site www.unicead.com, o facebook ou até mesmo pelo e-

mail [email protected].

Nossa equipe espera que os conteúdos compartilhados sejam de grande

valia para a sua atualização e qualificação profissional.

Ah, e já estamos produzindo a próxima edição. Então, é isso. Muito obri-

gado e uma excelente leitura a todos. Vamos começar?

Chafic JbeiliFundador e diretor executivo

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Prof. Chafic JbeiliDoutor e Mestre em Psicanálise, Teólogo

com habilitação em Filosofia, Psicanalista,

Psicopedagogo, Escritor, Fundador e

Diretor Geral.

Atua há mais de 15 anos como consultor edu-

cacional, palestrante e professor de qualifica-

ção profissional e pós-graduação, tendo capa-

citado milhares de profissionais das áreas da

Pedagogia, Psicologia, Psicopedagogia,

Neuropedagogia, Orientadores, Supervisores

e Inspetores Escolores, Terapeutas Familiares,

entre outros, contribuindo no aspecto clínico,

didático e pedagógico dos processos ensino-

aprendizagem.

Rosilene JbeiliSecretária Executiva e Diretora

Administrativa

Graduada pela FAJESU em Secretariado

Executivo Bilingue, acumula 20 anos de

experiência nas áreas administrativas e

secretariado, tendo participado de diver-

sos cursos de atualização profissional,

além de Congressos, Seminários e

Palestras. Atuou em instituições de grande

porte a exemplo da ANTT. Trabalhou

cinco anos como Secretária Executiva na

Assessoria Técnica de Editoração e

Publicação do INEP/MEC. Atualmente é

Diretora executiva da UNICEAD.

EQUIPEProfissionais do ensino

Samir JbeiliSócio-diretor de Marketing

Graduado em Gestão de Negócios e

Marketing. Atua como consultor de ven-

d a s , t r e i n a m e n t o e m p r e s a r i a l e

Marketing estratégico em grandes

empresas do eixo Brasília, Minas Gerais,

São Paulo e Rio de Janeiro.

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 5

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6 7

OPINIÃO

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

m maio do ano passado, após 33 anos, voltei

Eà AACD-Santana, em São Paulo, escola de

educação especial em que estudei, convi-

dado para ministrar uma palestra. Interessante

que na minha época, existia um muro interno que

separava essa unidade do Colégio Buenos Aires,

impedindo nós alunos com deficiência de termos

contato com os demais. Vi nessa ocasião que esse

muro não existia mais e estava tudo integrado. E

minha palestra foi na sala de vídeo do colégio onde

quando eu era menino não podia pisar. Acabei

falando justamente sobre isto com a platéia, em

sua grande maioria adolescentes. Em dezembro

passado outro momento de emoção única. Nos

anos 70 participei como aluno da primeira turma

da escola da AACD-Santana. Depois de quase

cinco décadas, essa unidade foi desativada, sendo

a formatura da última turma por eles estar sendo

incluídos em escolas regulares.

Minha infância foi vivida aqui em São Paulo.

Pelo fato de já muito cedo ter iniciado meus trata-

mentos, eu era aluno semi-interno na AACD –

Associação de Assistência à Criança Deficiente. Ou

seja, estudava das 7 horas da manhã até às 18

horas. Dentro desse período tinha as atividades

escolares, as mais diversas terapias e momentos

para alimentação e recreação. E isso durou toda a

década de 70 em um isolamento total. No início

dos anos 80 veio a minha primeira virada inclusiva.

Mudei-me para uma pequena cidade do interior

chamada Guaraçaí e lá fui estudar no grupo escolar

regular, o que fez toda a diferença na minha vida.

Tive uma adolescência totalmente normal, com

todas as possibilidades e aventuras como qualquer

amigo da minha idade. O povo do interior tem uma

cultura acolhedora e de ajuda mútua. Fui rapida-

mente acolhido por eles. Um círculo de amigos se

formou em minha volta. Eu participava das ativi-

dades dentro e fora da sala de aula, das comemora-

ções, brincadeiras de pátio. E essas amizades se

estenderam para fora da escola. Brincava e andava

com meus amigos por toda a cidade. Íamos nadar,

andar de bicicleta, enfim, até bola no campinho em

jogava. Saíamos à noite, frequentávamos bares e

bailes. A inclusão acontecia naturalmente.

Hoje em minhas aulas e palestras falo muito dis-

so. Tenho 44 anos de estrada e sei que a Educação

Inclusiva é totalmente possível desde que seja bem

conduzida. Posso dizer que muita coisa já melho-

rou nesse sentido. Reconheço que a inclusão esco-

lar ainda está com muitos pontos para serem

1Prof. Dr. Emílio Figueira

1Psicólogo, psicanalista, autor e

tutor de vários cursos, dentre eles

o curso de Educação Inclusiva aqui

na UNICEAD.

Site pessoal:

www.emiliofigueira.com.br

Educação Inclusiva: confissões de um otimista!

melhorados, estudados e corrigidos. Mas no geral,

sou bem otimista em dizer que estamos no cami-

nho certo. Aliás, o Brasil tem a melhor legislação

referente às pessoas com deficiência do mundo.

Claro, ainda temos muito que melhorar e conquis-

tar. Só que não aguento ouvir pessoas que dizem

que nada mudou, os pessimistas de plantão!

Melhorou sim, temos muitas coisas boas já para

contar! Mesmo que, infelizmente, ainda há de dis-

criminação e barreiras atitudinais que me entris-

tecem, não podemos recuar. A Educação Inclusiva

é um movimento bem organizado e podemos ir cor-

rigindo, mudando essas coisas, esses ajustes.

Precisamos de pais comprometidos a participar

também desse processo. Qualquer escola precisa

estar preparada para receber alunos inclusivos, se

atentando para às necessidades específicas de

cada criança, terapias e acompanhamentos espe-

cializados, o desenvolvimento global de alunos

incluídos como os aspectos psicológicos que preci-

sam ser observados, valorização dos pontos positi-

vos de uma deficiência, possibilidades de uma cri-

ança se desenvolver em outras áreas que não sejam

impostas pelos padrões culturais. Ufa! Isso daria

longos artigos...

Há a importância de uma parceira em tripé:

Escola, Família e Sociedade! E reafirmo, para que o

processo de inclusão escolar de uma criança

com deficiência realmente dê certo, será

fundamental a participação plena

da família junto aos professo-

res e todo o contexto esco-

lar! É um processo

pedagógico, mas se

puder contar com a

a f e t i v i d a d e d e

todos os envolvi-

dos, ajudará muito.

Fundamental para o

s u ce s s o d a E s co l a

Inclusiva não será ape-

nas jogar essa responsa-

bilidade nas costas dos

professores. Todas as

demais pessoas, diretores,

inspetores, atendentes, o

pessoal da cantina, da limpe-

za, da manutenção, os demais

alunos, as famílias e comunida-

de em geral estejam envolvidos

no mesmo objetivo.

AACD: campanha do Teleton 2010 – SBT

Montes Claros38 3221 5909

Porteirinha38 3831 1092

Professores com alunos em processo de inclusão, se necessário, deverão

receber apoio e auxiliares na sala de aula. Esses educadores precisão receber

treinamentos constantes. A escola poderá ter ou receber de tempos em tem-

pos, a visita dos professores itinerantes e/ou outros especialistas no assunto

para avaliar como anda o processo, passar instruções, tirar dúvidas, dar trei-

namentos. Enfim, o que quero dizer com tudo isso, é que o professor dentro de

uma Sala de Aula Inclusiva é o personagem direto da Inclusão Escolar; mas

por trás dele, deverá estar todo um arsenal de apoio material e humano. O tra-

balho em equipe entre os profissionais de uma escola pode contribuir, e mui-

to, para uma convivência harmoniosa, construída coletivamente, que certa-

mente irá refletir na relação educador/educando e no processo de ensino e de

aprendizagem.

Eu poderia falar muito mais, aliás, horas e horas sobre Educação Inclusiva.

Na verdade ela e a minha história pessoal se fundem. Na década de 70, quando

eu estava isolado dentro da AACD ainda não tinha nenhuma consciência polí-

tica e nem da minha própria deficiência. No ano de 1981, dedicado à Pessoa

Deficiente, o movimento ganhou muita força no Brasil e devagar fui tomando

consciência dele. Mas digo que sempre gostei mesmo de estar na retaguarda.

Minha colaboração mesmo foi na escrita. Enquanto jornalista publiquei mais

de 500 artigos e reportagens sobre essa temática em inúmeras publicações do

país. Como pesquisador científico, escrevi muitas monografias e livros sobre

pessoas com deficiências dentro da realidade brasileira. Hoje escrevo muitas

coisas sobre Educação Inclusiva, dou aulas e palestras sobre essa temática e,

sem falsa modéstia, nas últimas quatro décadas assisti como todo esse pro-

cesso foi construído.

Voltando ao início deste texto, eu estava lá em frente à plateia na formatu-

ra da última turma da AACD-Santana. Um filme passava pela minha cabeça.

Nasci com uma deficiência motora, paralisia cerebral, que compromete a fala

e movimentos. Muito cedo fui para a AACD numa época onde a reabilitação

ainda estava no início no Brasil. E isto fez toda a diferença na minha vida.

Graças ao tratamento e motivação que recebi, mesmo tendo muitas coisas con-

tra como uma sociedade ainda segregadora, optei

por estudar, Tenho duas faculdades, quatro pós-

graduações e um doutorado. Hoje exerço várias ati-

vidades, tenho 47 livros e 87 artigos científicos

publicados no Brasil e exterior, textos montados

no teatro. Faço várias palestras pelo país sobre

Educação Inclusiva e/ou Mercado de Trabalho

para Pessoas com Deficiência. Viajo sempre sozi-

nho, auto me desafiando a ser cada vez mais inde-

pendente.

Naquele momento para muitos o fechamento

da unidade da AACD-Santana significava tristeza.

Para mim que vivi essa história significava vitória

ao ver que não só o muro havia caído, mas uma

escola especial inteira, após cinco décadas inteiras

de brilhantes contribuições educacionais, deixou

de existir por seus alunos estarem sendo incluídos.

Eu estava ali, alguém que um dia foi incluído e

agora somando minhas experiências pessoais com

minhas atividades de pesquisador e professor que

trabalha pela inclusão, sei que isto é totalmente

possível. Deus me deu o privilégio de estar nesse

momento histórico e discursar aos formandos e

aos seus pais. Na verdade hoje eles vivem em uma

sociedade muito melhor com consciência inclusi-

va diferente daquela mentalidade segregadora de

quando iniciei a minha caminhada. Disse a eles

que, assim como venci estudando, eles têm todas

condições de vencerem. Basta colocar Deus na fren-

te e irem à luta!!!

Ilustração: Revista de Educação Especial - Ano 2 - nº 03 - Dezembro 2006

Para que o processo de

inclusão escolar de uma criança

com deficiência realmente dê

certo, será fundamental a

participação plena da família

junto aos professores e todo o

contexto escolar!

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OPINIÃO

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

m maio do ano passado, após 33 anos, voltei

Eà AACD-Santana, em São Paulo, escola de

educação especial em que estudei, convi-

dado para ministrar uma palestra. Interessante

que na minha época, existia um muro interno que

separava essa unidade do Colégio Buenos Aires,

impedindo nós alunos com deficiência de termos

contato com os demais. Vi nessa ocasião que esse

muro não existia mais e estava tudo integrado. E

minha palestra foi na sala de vídeo do colégio onde

quando eu era menino não podia pisar. Acabei

falando justamente sobre isto com a platéia, em

sua grande maioria adolescentes. Em dezembro

passado outro momento de emoção única. Nos

anos 70 participei como aluno da primeira turma

da escola da AACD-Santana. Depois de quase

cinco décadas, essa unidade foi desativada, sendo

a formatura da última turma por eles estar sendo

incluídos em escolas regulares.

Minha infância foi vivida aqui em São Paulo.

Pelo fato de já muito cedo ter iniciado meus trata-

mentos, eu era aluno semi-interno na AACD –

Associação de Assistência à Criança Deficiente. Ou

seja, estudava das 7 horas da manhã até às 18

horas. Dentro desse período tinha as atividades

escolares, as mais diversas terapias e momentos

para alimentação e recreação. E isso durou toda a

década de 70 em um isolamento total. No início

dos anos 80 veio a minha primeira virada inclusiva.

Mudei-me para uma pequena cidade do interior

chamada Guaraçaí e lá fui estudar no grupo escolar

regular, o que fez toda a diferença na minha vida.

Tive uma adolescência totalmente normal, com

todas as possibilidades e aventuras como qualquer

amigo da minha idade. O povo do interior tem uma

cultura acolhedora e de ajuda mútua. Fui rapida-

mente acolhido por eles. Um círculo de amigos se

formou em minha volta. Eu participava das ativi-

dades dentro e fora da sala de aula, das comemora-

ções, brincadeiras de pátio. E essas amizades se

estenderam para fora da escola. Brincava e andava

com meus amigos por toda a cidade. Íamos nadar,

andar de bicicleta, enfim, até bola no campinho em

jogava. Saíamos à noite, frequentávamos bares e

bailes. A inclusão acontecia naturalmente.

Hoje em minhas aulas e palestras falo muito dis-

so. Tenho 44 anos de estrada e sei que a Educação

Inclusiva é totalmente possível desde que seja bem

conduzida. Posso dizer que muita coisa já melho-

rou nesse sentido. Reconheço que a inclusão esco-

lar ainda está com muitos pontos para serem

1Prof. Dr. Emílio Figueira

1Psicólogo, psicanalista, autor e

tutor de vários cursos, dentre eles

o curso de Educação Inclusiva aqui

na UNICEAD.

Site pessoal:

www.emiliofigueira.com.br

Educação Inclusiva: confissões de um otimista!

melhorados, estudados e corrigidos. Mas no geral,

sou bem otimista em dizer que estamos no cami-

nho certo. Aliás, o Brasil tem a melhor legislação

referente às pessoas com deficiência do mundo.

Claro, ainda temos muito que melhorar e conquis-

tar. Só que não aguento ouvir pessoas que dizem

que nada mudou, os pessimistas de plantão!

Melhorou sim, temos muitas coisas boas já para

contar! Mesmo que, infelizmente, ainda há de dis-

criminação e barreiras atitudinais que me entris-

tecem, não podemos recuar. A Educação Inclusiva

é um movimento bem organizado e podemos ir cor-

rigindo, mudando essas coisas, esses ajustes.

Precisamos de pais comprometidos a participar

também desse processo. Qualquer escola precisa

estar preparada para receber alunos inclusivos, se

atentando para às necessidades específicas de

cada criança, terapias e acompanhamentos espe-

cializados, o desenvolvimento global de alunos

incluídos como os aspectos psicológicos que preci-

sam ser observados, valorização dos pontos positi-

vos de uma deficiência, possibilidades de uma cri-

ança se desenvolver em outras áreas que não sejam

impostas pelos padrões culturais. Ufa! Isso daria

longos artigos...

Há a importância de uma parceira em tripé:

Escola, Família e Sociedade! E reafirmo, para que o

processo de inclusão escolar de uma criança

com deficiência realmente dê certo, será

fundamental a participação plena

da família junto aos professo-

res e todo o contexto esco-

lar! É um processo

pedagógico, mas se

puder contar com a

a f e t i v i d a d e d e

todos os envolvi-

dos, ajudará muito.

Fundamental para o

s u ce s s o d a E s co l a

Inclusiva não será ape-

nas jogar essa responsa-

bilidade nas costas dos

professores. Todas as

demais pessoas, diretores,

inspetores, atendentes, o

pessoal da cantina, da limpe-

za, da manutenção, os demais

alunos, as famílias e comunida-

de em geral estejam envolvidos

no mesmo objetivo.

AACD: campanha do Teleton 2010 – SBT

Montes Claros38 3221 5909

Porteirinha38 3831 1092

Professores com alunos em processo de inclusão, se necessário, deverão

receber apoio e auxiliares na sala de aula. Esses educadores precisão receber

treinamentos constantes. A escola poderá ter ou receber de tempos em tem-

pos, a visita dos professores itinerantes e/ou outros especialistas no assunto

para avaliar como anda o processo, passar instruções, tirar dúvidas, dar trei-

namentos. Enfim, o que quero dizer com tudo isso, é que o professor dentro de

uma Sala de Aula Inclusiva é o personagem direto da Inclusão Escolar; mas

por trás dele, deverá estar todo um arsenal de apoio material e humano. O tra-

balho em equipe entre os profissionais de uma escola pode contribuir, e mui-

to, para uma convivência harmoniosa, construída coletivamente, que certa-

mente irá refletir na relação educador/educando e no processo de ensino e de

aprendizagem.

Eu poderia falar muito mais, aliás, horas e horas sobre Educação Inclusiva.

Na verdade ela e a minha história pessoal se fundem. Na década de 70, quando

eu estava isolado dentro da AACD ainda não tinha nenhuma consciência polí-

tica e nem da minha própria deficiência. No ano de 1981, dedicado à Pessoa

Deficiente, o movimento ganhou muita força no Brasil e devagar fui tomando

consciência dele. Mas digo que sempre gostei mesmo de estar na retaguarda.

Minha colaboração mesmo foi na escrita. Enquanto jornalista publiquei mais

de 500 artigos e reportagens sobre essa temática em inúmeras publicações do

país. Como pesquisador científico, escrevi muitas monografias e livros sobre

pessoas com deficiências dentro da realidade brasileira. Hoje escrevo muitas

coisas sobre Educação Inclusiva, dou aulas e palestras sobre essa temática e,

sem falsa modéstia, nas últimas quatro décadas assisti como todo esse pro-

cesso foi construído.

Voltando ao início deste texto, eu estava lá em frente à plateia na formatu-

ra da última turma da AACD-Santana. Um filme passava pela minha cabeça.

Nasci com uma deficiência motora, paralisia cerebral, que compromete a fala

e movimentos. Muito cedo fui para a AACD numa época onde a reabilitação

ainda estava no início no Brasil. E isto fez toda a diferença na minha vida.

Graças ao tratamento e motivação que recebi, mesmo tendo muitas coisas con-

tra como uma sociedade ainda segregadora, optei

por estudar, Tenho duas faculdades, quatro pós-

graduações e um doutorado. Hoje exerço várias ati-

vidades, tenho 47 livros e 87 artigos científicos

publicados no Brasil e exterior, textos montados

no teatro. Faço várias palestras pelo país sobre

Educação Inclusiva e/ou Mercado de Trabalho

para Pessoas com Deficiência. Viajo sempre sozi-

nho, auto me desafiando a ser cada vez mais inde-

pendente.

Naquele momento para muitos o fechamento

da unidade da AACD-Santana significava tristeza.

Para mim que vivi essa história significava vitória

ao ver que não só o muro havia caído, mas uma

escola especial inteira, após cinco décadas inteiras

de brilhantes contribuições educacionais, deixou

de existir por seus alunos estarem sendo incluídos.

Eu estava ali, alguém que um dia foi incluído e

agora somando minhas experiências pessoais com

minhas atividades de pesquisador e professor que

trabalha pela inclusão, sei que isto é totalmente

possível. Deus me deu o privilégio de estar nesse

momento histórico e discursar aos formandos e

aos seus pais. Na verdade hoje eles vivem em uma

sociedade muito melhor com consciência inclusi-

va diferente daquela mentalidade segregadora de

quando iniciei a minha caminhada. Disse a eles

que, assim como venci estudando, eles têm todas

condições de vencerem. Basta colocar Deus na fren-

te e irem à luta!!!

Ilustração: Revista de Educação Especial - Ano 2 - nº 03 - Dezembro 2006

Para que o processo de

inclusão escolar de uma criança

com deficiência realmente dê

certo, será fundamental a

participação plena da família

junto aos professores e todo o

contexto escolar!

Page 8: - Montes Claros, abril de 2014 - Ano II ...chafic.com.br/revista/files/revista_unicead_ed02.pdf · em Psicopedagogia/ Importância ... Ilma Mendes Direito Autoral na Internet

8 9

CURSOS ONLINEQualificação online UNICEAD

CURSO PROFESSOR

DE SALA DE APOIO

(ONLINE)

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(280h/a)

Qualificar profissionais da

educação para atuar como

professores de apoio tornando-o

um profissional especializado no

contexto da sala de aula, para

atendimento a alunos com

Transtornos Globais do

Desenvolvimento e com

Deficiência Intelectual.

ONLINE

CARGAHORÁRIA

280HORAS

"Achei o curso Leitura

do Desenho Infantil

interessantíssimo, gos-

tei da qualidade do

material selecionado,

do tempo de conclusão,

enfim, da metodologia

utilizada. Frizo que este

curso contribuiu para

minha formação profis-

sional, pois, sanou dúvi-

d a s e a c r e s ce n t o u

novos conhecimentos".

Cléia Alves

Montes Claros (MG)

“Já tive oportunidade

de fazer alguns cursos

relacionados com a

á r e a d a E d u c a ç ã o

Especial, mas estes onli-

ne que agora estou

f a z e n d o p e l a

U N I C E A D possuem

um diferencial em rela-

ção ao material. É com-

pleto e de excelente

q u a l i d a d e . E s t o u

aprendendo muito,

estou mais segura por-

que a base teórica e as

sugestões de prática

irão enriquecer ainda

mais meu trabalho e

terei melhores condi-

ções de ajudar meus alu-

nos. Obrigada.”

Ana Batista Carneiro

Sobrália/MG

“Gostaria de agradecer ,

pois o material do curso

é excelente e proporci-

onou novas experiênci-

as em termos de apren-

dizado. Já trabalho na

área como Professora

de Apoio e Intérprete

de Libras há três anos e

esse curso acrescentou

DÉFICIT DE ATENÇÃO

E HIPERATIVIDADE:

TDAH

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de nível

superior, interessados no estudo

das bases epistemológicas da

aprendizagem com ênfase nos

aspectos clínicos e psicossociais

do TDAH/Iaplicação prática dos

conhecimentos adquiridos para

potencializar os processos ensino-

aprendizagem e intervenções

psicopedagógicas. Não se trata de

técnica médica ou psicológica

cujas prerrogativas de estudo e

aplicação são restritas a médicos e

psicólogos. A abordagem é

meramente psicopedagógica!

DISFUNÇÃO

NEUROMOTORA /

PARALISIA CEREBRAL

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(160h/a)

Qualificar professores para

realizar o atendimento a alunos

com Disfunção Neuromotora /

Paralisia Cerebral inseridos nas

escolas comuns do sistema

educacional brasileiro.

Possibilitar o diálogo entre as

situações vivenciadas no

cotidiano escolar pelo professor

no tocante a inclusão de alunos

com Disfunção Neuromotora /

Paralisia Cerebral.

Oportunizar a elaboração de

metodologias que possibilitem a

participação do professor como

sujeito do conhecimento,

emancipado e autônomo.

TGD TRANSTORNOS

GLOBAIS DO

DESENVOLVIMENTO

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Proporcionar ao cursando

informações relevantes sobre os

Transtornos Invasivo ou Geral do

desenvolvimento (TID ou TGD),

para que os profissionais e pais

envolvidos com a educação das

pessoas com TID ou TGD possam

adquirir acompanhamento e ou

atendimento aos alunos

portadores das necessidades

especiais.

ATENDIMENTO

ESPECIALIZADO NA

DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Conhecer a trajetória histórico-

social-cultural da deficiência no

mundo.

Informar sobre as leis

internacionais e nacionais que

asseguram os direitos do

Portador de Necessidade Especial

Instruir sobre especificidade da

deficiência Mental.

Oferecer as principais teórias que

se preocuparam com a

aprendizagem.

Reflexão sobre a inclusão digital

do PNEE.

DEFICIÊNCIA E

INCLUSÃO NO

MERCADO DE

TRABALHO

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(180h/a)

Vinte anos após entrar em vigor no

Brasil, a Lei de Cotas para

contratação de pessoas com

deficiência no mercado de trabalho

ainda gera muitas dúvidas e

inseguranças. Visando reunir todas

as informações referentes a essa

temática, o objetivo deste curso é

oferecer as bases que eliminarão

tais dúvidas, facilitando o processo

da contratação e inclusão de

funcionários com deficiência em

empresas e no mercado de trabalho

em geral. Será por meio da

habilitação é que se alcançará o

verdadeiro engajamento do

portador de deficiência no mercado

de trabalho. E com ele,

naturalmente, sua plena inserção

social e econômica.

DISLEXIA:

ESTRATÉGIAS E

MANEJO DO ALUNO

EM SALA DE AULA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de

nível superior, interessados em

estratégias e manejo de pessoas

com dislexia e na aplicação

prática dos conhecimentos

adquiridos para potencializar os

processos ensino-aprendizagem e

intervenções psicopedagógicas.

Não se trata de técnica médica ou

psicológica cujas prerrogativas de

estudo e aplicação são restritas a

médicos e psicólogos. A

abordagem é meramente

psicopedagógica.

EDUCAÇÃO

INCLUSIVA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(180h/a)

Com uma filosofia bem definida e

mundial, este curso tem por

objetivo introduzir a pessoa no

universo do ensino inclusivo, o

qual não deve ser confundido

com educação especial, que se

apresenta numa grande variedade

de formas incluindo escolas

especiais, unidades pequenas e a

integração das crianças com

apoio especializado. A Educação

Inclusiva é desde sua origem um

sistema educacional voltado às

crianças com deficiência e/ou

com necessidades educacionais

especiais que estão fora do

ensino regular, baseado na crença

de que as necessidades dessas

crianças não podem ser supridas

nas escolas regulares.

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO8

Depoimentos

muito à minha qualifi-

cação profiss ional ,

dando muitas ideias de

como melhorar o traba-

lho com meus alunos.

Recomendarei o curso

aos meus colegas, pois

foi realmente significa-

t ivo em termos de

aprendizado e não só

mais um meio de adqui-

rir um certificado.”

Abraços

Priscilla Schwenck

"Amei ter participado

do curso TGD, pude per-

ceber e apreender o

quanto a criança autis-

ta é inteligente, pois

sou professora de apoio

de uma menina autista

e ela não fala, mas é

extremamente cari-

nhosa, meiga e também

inteligente.

A troca de experiência é

muito importante e eu

gostei muito do materi-

al de apoio, e quando eu

puder vou participar de

mais.”

Creusa Josefa dos Anjos

Araújo

Timóteo (MG)

"Hoje eu tenho uma

outra postura e quero

fazer a diferença. Eu

não terei apenas um cer-

tificado, mas a capaci-

tação e a certeza que

quero trabalhar com

estas crianças e colocar

em prática o que apren-

di no curso".

Profa Maria de Lourdes

Belo Horizonte(MG)

TECNOLOGIA ASSISTIVA

E COMUNICAÇÃO

ALTERNATIVA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(120h/a)

Esse curso qualifica profissionais

que trabalham ou desejam

trabalhar com crianças com

necessidades educacionais

especiais na comunicação e

oportunizando o desenvolvimento

educacional e pessoal das

mesmas.

NEUROCIÊNCIA DA

APRENDIZAGEM

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(180h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de

nível superior, interessados no

estudo das bases epistemológicas

da aprendizagem com ênfase nos

processos biológicos da

neuroaprendizagem e na aplicação

prática dos conhecimentos

adquiridos para potencializar os

processos ensino-aprendizagem e

intervenções psicopedagógicas.

Não se trata de técnica médica ou

psicológica cujas prerrogativas de

estudo e aplicação são restritas a

médicos e psicólogos. A

abordagem é meramente

psicopedagógica.

DEFICIÊNCIA

VISUAL

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(120h/a)

O curso oferece o conhecimento

da trajetória histórico-social-

cultural da deficiência no mundo.

Informar sobre as leis

internacionais e nacionaisque

asseguram os direitos do

Portador de Necessidade Especial

Instruir sobre especificidade da

deficiência visual

Oferecer as principais teorias que

se preocuparam com a

aprendizagem.

Reflexão sobre a inclusão digital

do PNEE.

DEFICIÊNCIA

FÍSICA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(120h/a)

O tema abordado nesse curso,

está concatenado com a situação

atual de inclusão escolar. A

deficiência física aparece como

uma das limitações mas evidente

no contexto escolar, o que leva as

muitos educadores e familiares a

se preocupar com a

aprendizagem desse aluno, que

muitas vezes se dá de maneira

delicada. Esse curso aborda

exatamente essa objeto de tantas

dúvidas: a aprendizagem do aluno

portador de deficiência física no

contexto escolar e empresarial.

DEFICIÊNCIA

MÚLTIPLA

CURSO EM PROMOÇÃO! (120h/a)

Este curso visa:

Conhecer a trajetória histórico-

social-cultural das deficiências no

mundo;

Informar sobre as leis

internacionais e nacionais que

asseguram os direitos das

pessoas com deficiência;

Instruir sobre especificidade da

deficiência múltipla;

Oferecer as principais teóricos

que se preocuparam com a

aprendizagem nesse contexto.

LEITURA DO

DESENHO INFANTIL

CURSO EM PROMOÇÃO! (80h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de

nível superior, interessados no

estudo do construto infantil e na

aplicação prática da leitura dos

desenhos para potencializar os

processos ensino-aprendizagem e

intervenções psicopedagógicas.

Não se trata de técnica

psicodiagnóstica cujas

prerrogativas de estudo e

aplicação são restritas a médicos

e psicólogos. A abordagem é

meramente psicopedagógica e de

inspiração psicanalítica.

Acesse o nosso site e confira diversos outros

cursos online. www.unicead.com.br

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

DEFICIÊNCIA

AUDITIVA - SURDEZ

CURSO EM PROMOÇÃO! (120h/a)

Este curso visa:

Conhecer a trajetória histórico-

social-cultural da deficiência no

mundo.

Informar sobre as leis

internacionais e nacionaisque

asseguram os direitos do

Portador de Necessidade Especial

Instruir sobre especificidade da

deficiência auditiva / surdez

Oferecer as principais teorias que

se preocuparam com a

aprendizagem.

Reflexão sobre a inclusão digital

do PNEE.

PSICOMOTRICIDADE

E APRENDIZAGEM

CURSO EM PROMOÇÃO! (190h/a)

A função motora, o

desenvolvimento intelectual e o

desenvolvimento afetivo estão

intimamente ligados na criança e

a psicomotricidade quer

justamente destacar a relação

existente entre a motricidade, a

mente e a afetividade, e assim

facilitar a abordagem global da

criança por meio de uma técnica.

O curso visa oferecer atualização

temática a acadêmicos e

profissionais de nível superior,

interessados no estudo da

psicomotricidade.

9

> >>Diz aí!

Page 9: - Montes Claros, abril de 2014 - Ano II ...chafic.com.br/revista/files/revista_unicead_ed02.pdf · em Psicopedagogia/ Importância ... Ilma Mendes Direito Autoral na Internet

8 9

CURSOS ONLINEQualificação online UNICEAD

CURSO PROFESSOR

DE SALA DE APOIO

(ONLINE)

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(280h/a)

Qualificar profissionais da

educação para atuar como

professores de apoio tornando-o

um profissional especializado no

contexto da sala de aula, para

atendimento a alunos com

Transtornos Globais do

Desenvolvimento e com

Deficiência Intelectual.

ONLINE

CARGAHORÁRIA

280HORAS

"Achei o curso Leitura

do Desenho Infantil

interessantíssimo, gos-

tei da qualidade do

material selecionado,

do tempo de conclusão,

enfim, da metodologia

utilizada. Frizo que este

curso contribuiu para

minha formação profis-

sional, pois, sanou dúvi-

d a s e a c r e s ce n t o u

novos conhecimentos".

Cléia Alves

Montes Claros (MG)

“Já tive oportunidade

de fazer alguns cursos

relacionados com a

á r e a d a E d u c a ç ã o

Especial, mas estes onli-

ne que agora estou

f a z e n d o p e l a

U N I C E A D possuem

um diferencial em rela-

ção ao material. É com-

pleto e de excelente

q u a l i d a d e . E s t o u

aprendendo muito,

estou mais segura por-

que a base teórica e as

sugestões de prática

irão enriquecer ainda

mais meu trabalho e

terei melhores condi-

ções de ajudar meus alu-

nos. Obrigada.”

Ana Batista Carneiro

Sobrália/MG

“Gostaria de agradecer ,

pois o material do curso

é excelente e proporci-

onou novas experiênci-

as em termos de apren-

dizado. Já trabalho na

área como Professora

de Apoio e Intérprete

de Libras há três anos e

esse curso acrescentou

DÉFICIT DE ATENÇÃO

E HIPERATIVIDADE:

TDAH

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de nível

superior, interessados no estudo

das bases epistemológicas da

aprendizagem com ênfase nos

aspectos clínicos e psicossociais

do TDAH/Iaplicação prática dos

conhecimentos adquiridos para

potencializar os processos ensino-

aprendizagem e intervenções

psicopedagógicas. Não se trata de

técnica médica ou psicológica

cujas prerrogativas de estudo e

aplicação são restritas a médicos e

psicólogos. A abordagem é

meramente psicopedagógica!

DISFUNÇÃO

NEUROMOTORA /

PARALISIA CEREBRAL

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(160h/a)

Qualificar professores para

realizar o atendimento a alunos

com Disfunção Neuromotora /

Paralisia Cerebral inseridos nas

escolas comuns do sistema

educacional brasileiro.

Possibilitar o diálogo entre as

situações vivenciadas no

cotidiano escolar pelo professor

no tocante a inclusão de alunos

com Disfunção Neuromotora /

Paralisia Cerebral.

Oportunizar a elaboração de

metodologias que possibilitem a

participação do professor como

sujeito do conhecimento,

emancipado e autônomo.

TGD TRANSTORNOS

GLOBAIS DO

DESENVOLVIMENTO

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Proporcionar ao cursando

informações relevantes sobre os

Transtornos Invasivo ou Geral do

desenvolvimento (TID ou TGD),

para que os profissionais e pais

envolvidos com a educação das

pessoas com TID ou TGD possam

adquirir acompanhamento e ou

atendimento aos alunos

portadores das necessidades

especiais.

ATENDIMENTO

ESPECIALIZADO NA

DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Conhecer a trajetória histórico-

social-cultural da deficiência no

mundo.

Informar sobre as leis

internacionais e nacionais que

asseguram os direitos do

Portador de Necessidade Especial

Instruir sobre especificidade da

deficiência Mental.

Oferecer as principais teórias que

se preocuparam com a

aprendizagem.

Reflexão sobre a inclusão digital

do PNEE.

DEFICIÊNCIA E

INCLUSÃO NO

MERCADO DE

TRABALHO

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(180h/a)

Vinte anos após entrar em vigor no

Brasil, a Lei de Cotas para

contratação de pessoas com

deficiência no mercado de trabalho

ainda gera muitas dúvidas e

inseguranças. Visando reunir todas

as informações referentes a essa

temática, o objetivo deste curso é

oferecer as bases que eliminarão

tais dúvidas, facilitando o processo

da contratação e inclusão de

funcionários com deficiência em

empresas e no mercado de trabalho

em geral. Será por meio da

habilitação é que se alcançará o

verdadeiro engajamento do

portador de deficiência no mercado

de trabalho. E com ele,

naturalmente, sua plena inserção

social e econômica.

DISLEXIA:

ESTRATÉGIAS E

MANEJO DO ALUNO

EM SALA DE AULA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(190h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de

nível superior, interessados em

estratégias e manejo de pessoas

com dislexia e na aplicação

prática dos conhecimentos

adquiridos para potencializar os

processos ensino-aprendizagem e

intervenções psicopedagógicas.

Não se trata de técnica médica ou

psicológica cujas prerrogativas de

estudo e aplicação são restritas a

médicos e psicólogos. A

abordagem é meramente

psicopedagógica.

EDUCAÇÃO

INCLUSIVA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(180h/a)

Com uma filosofia bem definida e

mundial, este curso tem por

objetivo introduzir a pessoa no

universo do ensino inclusivo, o

qual não deve ser confundido

com educação especial, que se

apresenta numa grande variedade

de formas incluindo escolas

especiais, unidades pequenas e a

integração das crianças com

apoio especializado. A Educação

Inclusiva é desde sua origem um

sistema educacional voltado às

crianças com deficiência e/ou

com necessidades educacionais

especiais que estão fora do

ensino regular, baseado na crença

de que as necessidades dessas

crianças não podem ser supridas

nas escolas regulares.

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO8

Depoimentos

muito à minha qualifi-

cação profiss ional ,

dando muitas ideias de

como melhorar o traba-

lho com meus alunos.

Recomendarei o curso

aos meus colegas, pois

foi realmente significa-

t ivo em termos de

aprendizado e não só

mais um meio de adqui-

rir um certificado.”

Abraços

Priscilla Schwenck

"Amei ter participado

do curso TGD, pude per-

ceber e apreender o

quanto a criança autis-

ta é inteligente, pois

sou professora de apoio

de uma menina autista

e ela não fala, mas é

extremamente cari-

nhosa, meiga e também

inteligente.

A troca de experiência é

muito importante e eu

gostei muito do materi-

al de apoio, e quando eu

puder vou participar de

mais.”

Creusa Josefa dos Anjos

Araújo

Timóteo (MG)

"Hoje eu tenho uma

outra postura e quero

fazer a diferença. Eu

não terei apenas um cer-

tificado, mas a capaci-

tação e a certeza que

quero trabalhar com

estas crianças e colocar

em prática o que apren-

di no curso".

Profa Maria de Lourdes

Belo Horizonte(MG)

TECNOLOGIA ASSISTIVA

E COMUNICAÇÃO

ALTERNATIVA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(120h/a)

Esse curso qualifica profissionais

que trabalham ou desejam

trabalhar com crianças com

necessidades educacionais

especiais na comunicação e

oportunizando o desenvolvimento

educacional e pessoal das

mesmas.

NEUROCIÊNCIA DA

APRENDIZAGEM

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(180h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de

nível superior, interessados no

estudo das bases epistemológicas

da aprendizagem com ênfase nos

processos biológicos da

neuroaprendizagem e na aplicação

prática dos conhecimentos

adquiridos para potencializar os

processos ensino-aprendizagem e

intervenções psicopedagógicas.

Não se trata de técnica médica ou

psicológica cujas prerrogativas de

estudo e aplicação são restritas a

médicos e psicólogos. A

abordagem é meramente

psicopedagógica.

DEFICIÊNCIA

VISUAL

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(120h/a)

O curso oferece o conhecimento

da trajetória histórico-social-

cultural da deficiência no mundo.

Informar sobre as leis

internacionais e nacionaisque

asseguram os direitos do

Portador de Necessidade Especial

Instruir sobre especificidade da

deficiência visual

Oferecer as principais teorias que

se preocuparam com a

aprendizagem.

Reflexão sobre a inclusão digital

do PNEE.

DEFICIÊNCIA

FÍSICA

QUALIFICAÇÃO ONLINE UNICEAD

(120h/a)

O tema abordado nesse curso,

está concatenado com a situação

atual de inclusão escolar. A

deficiência física aparece como

uma das limitações mas evidente

no contexto escolar, o que leva as

muitos educadores e familiares a

se preocupar com a

aprendizagem desse aluno, que

muitas vezes se dá de maneira

delicada. Esse curso aborda

exatamente essa objeto de tantas

dúvidas: a aprendizagem do aluno

portador de deficiência física no

contexto escolar e empresarial.

DEFICIÊNCIA

MÚLTIPLA

CURSO EM PROMOÇÃO! (120h/a)

Este curso visa:

Conhecer a trajetória histórico-

social-cultural das deficiências no

mundo;

Informar sobre as leis

internacionais e nacionais que

asseguram os direitos das

pessoas com deficiência;

Instruir sobre especificidade da

deficiência múltipla;

Oferecer as principais teóricos

que se preocuparam com a

aprendizagem nesse contexto.

LEITURA DO

DESENHO INFANTIL

CURSO EM PROMOÇÃO! (80h/a)

Oferecer atualização temática a

acadêmicos e profissionais de

nível superior, interessados no

estudo do construto infantil e na

aplicação prática da leitura dos

desenhos para potencializar os

processos ensino-aprendizagem e

intervenções psicopedagógicas.

Não se trata de técnica

psicodiagnóstica cujas

prerrogativas de estudo e

aplicação são restritas a médicos

e psicólogos. A abordagem é

meramente psicopedagógica e de

inspiração psicanalítica.

Acesse o nosso site e confira diversos outros

cursos online. www.unicead.com.br

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

DEFICIÊNCIA

AUDITIVA - SURDEZ

CURSO EM PROMOÇÃO! (120h/a)

Este curso visa:

Conhecer a trajetória histórico-

social-cultural da deficiência no

mundo.

Informar sobre as leis

internacionais e nacionaisque

asseguram os direitos do

Portador de Necessidade Especial

Instruir sobre especificidade da

deficiência auditiva / surdez

Oferecer as principais teorias que

se preocuparam com a

aprendizagem.

Reflexão sobre a inclusão digital

do PNEE.

PSICOMOTRICIDADE

E APRENDIZAGEM

CURSO EM PROMOÇÃO! (190h/a)

A função motora, o

desenvolvimento intelectual e o

desenvolvimento afetivo estão

intimamente ligados na criança e

a psicomotricidade quer

justamente destacar a relação

existente entre a motricidade, a

mente e a afetividade, e assim

facilitar a abordagem global da

criança por meio de uma técnica.

O curso visa oferecer atualização

temática a acadêmicos e

profissionais de nível superior,

interessados no estudo da

psicomotricidade.

9

> >>Diz aí!

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10 11

PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADES SANTO AGOSTINHOPresencial

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL) (480h/a)

Qualificar profissionais da educação para realizar o

Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas salas de

recursos multifuncionais das escolas comuns das redes

públicas de ensino.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL) (720h/a)

O objetivo desta articulação acadêmica é contribuir para a

construção do saber psicopedagógico e ingressar no mercado

de trabalho, em especial no âmbito clínico e institucional,

profissionais seguros de si e hábeis na lida com pessoas, mas

principalmente conhecedores éticos e competentes do bem

clinicar nas intervenções psicopedagógicas.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL) (360h/a)

Capacitar profissionais para o discurso e prática

educacionista sob a perspectiva da Educação

Inclusiva e Ensino Especial. O curso abordará

tópicos interdisciplinares coerentes com os

desafios atuais do mercado de trabalho, onde as

práticas educativas não podem comprometer os

aspectos da inclusão, mas, ao contrário, devem

considerar a complexidade dos fenômenos

envolvidos no processo de inclusão das crianças

portadoras de necessidades educativas especiais,

articulado pela equipe pedagógica e administrativa

da escola.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (360h/a)

O objetivo desta articulação

acadêmica é contribuir para a

especialização de profissionais

educadores, administradores ou

clínicos envolvidos em atividades

de gestão de pessoas, com

ênfase no treinamento

empresarial ou classe hospitalar.

PÓS EM PÓS EM

PEDAGOGIA PEDAGOGIA

EMPRESARIAL EMPRESARIAL

E HOSPITALARE HOSPITALAR

PÓS EM

PEDAGOGIA

EMPRESARIAL

E HOSPITALAR

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO10

PÓS EMPÓS EM

EDUCAÇÃO INCLUSIVAEDUCAÇÃO INCLUSIVA

E ENSINO ESPECIALE ENSINO ESPECIAL

PÓS EM

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

E ENSINO ESPECIAL

PÓS EMPÓS EMATENDIMENTO ATENDIMENTO EDUCACIONAL EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO - AEEESPECIALIZADO - AEE

PÓS EMATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO - AEE

PÓS EMPÓS EM

NEUROPSICOPEDAGOGIANEUROPSICOPEDAGOGIA

CLÍNICA E INSTITUCIONALCLÍNICA E INSTITUCIONAL

PÓS EM

NEUROPSICOPEDAGOGIA

CLÍNICA E INSTITUCIONAL

POLOSFASA / UNICEAD

PÓS EM EDUCAÇÃO

INFANTIL E

RECURSOS LÚDICOS

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (360h/a)

O objetivo desta articulação

acadêmica é contribuir para a

especialização de profissionais

educadores ou clínicos

envolvidos em atividades de

interação com crianças de 0 a 5

anos, em perspectiva para

educação de qualidade e a

inclusão educacional.

Acesse o nosso site e confira diversos outros cursos.

www.unicead.com.br

PÓS EM DOCÊNCIA

DO ENSINO SUPERIOR

COM ÊNFASE EM EAD

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL)

(480h/a)

O Curso de pós-graduação em Docência

do Ensino Superior com Ênfase em EAD

tem como objetivo geral qualificar

profissionais para a atuação no magistério

de ensino superior por meio de vivências

nas áreas da didática e organização do

ensino superior e da pesquisa, tendo como

pressuposto básico os princípios básicos

da Andragogia, tendo em vista a educação

presencial e à distância.

PÓS EM

ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (420h/a)

Oferecer uma visão

interdisciplinar da problemática

da alfabetização e do

letramento que permita um

conhecimento dos diversos

aspectos envolvidos no

processo de aquisição da

linguagem.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (420h/a)

Capacitar profissionais para atuar em

Orientação Educacional e Supervisão

Escolar, preparando-os para o

planejamento, implementação,

acompanhamento e avaliação das

atividades pedagógicas desenvolvidas

em Escolas, Empresas e

Organizações, com foco na eficiência

e eficácia dos processos educativos.

PÓS EM ORIENTAÇÃO,

SUPERVISÃO E

INSPEÇÃO ESCOLAR

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 11

silvana.mendes@unicead

(38)41410760 (Tim)

Silvana Mendes

MONTES CLAROS

Íris de Souza

PORTEIRINHA

(31) 93977299 (Tim)

(31) 98340992 (vivo)

(38) 38311092

SETE LAGOAS

E REGIÃO

Irene Guimarães

Contato: Contato: Contato:

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10 11

PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADES SANTO AGOSTINHOPresencial

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL) (480h/a)

Qualificar profissionais da educação para realizar o

Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas salas de

recursos multifuncionais das escolas comuns das redes

públicas de ensino.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL) (720h/a)

O objetivo desta articulação acadêmica é contribuir para a

construção do saber psicopedagógico e ingressar no mercado

de trabalho, em especial no âmbito clínico e institucional,

profissionais seguros de si e hábeis na lida com pessoas, mas

principalmente conhecedores éticos e competentes do bem

clinicar nas intervenções psicopedagógicas.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL) (360h/a)

Capacitar profissionais para o discurso e prática

educacionista sob a perspectiva da Educação

Inclusiva e Ensino Especial. O curso abordará

tópicos interdisciplinares coerentes com os

desafios atuais do mercado de trabalho, onde as

práticas educativas não podem comprometer os

aspectos da inclusão, mas, ao contrário, devem

considerar a complexidade dos fenômenos

envolvidos no processo de inclusão das crianças

portadoras de necessidades educativas especiais,

articulado pela equipe pedagógica e administrativa

da escola.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (360h/a)

O objetivo desta articulação

acadêmica é contribuir para a

especialização de profissionais

educadores, administradores ou

clínicos envolvidos em atividades

de gestão de pessoas, com

ênfase no treinamento

empresarial ou classe hospitalar.

PÓS EM PÓS EM

PEDAGOGIA PEDAGOGIA

EMPRESARIAL EMPRESARIAL

E HOSPITALARE HOSPITALAR

PÓS EM

PEDAGOGIA

EMPRESARIAL

E HOSPITALAR

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO10

PÓS EMPÓS EM

EDUCAÇÃO INCLUSIVAEDUCAÇÃO INCLUSIVA

E ENSINO ESPECIALE ENSINO ESPECIAL

PÓS EM

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

E ENSINO ESPECIAL

PÓS EMPÓS EMATENDIMENTO ATENDIMENTO EDUCACIONAL EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO - AEEESPECIALIZADO - AEE

PÓS EMATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO - AEE

PÓS EMPÓS EM

NEUROPSICOPEDAGOGIANEUROPSICOPEDAGOGIA

CLÍNICA E INSTITUCIONALCLÍNICA E INSTITUCIONAL

PÓS EM

NEUROPSICOPEDAGOGIA

CLÍNICA E INSTITUCIONAL

POLOSFASA / UNICEAD

PÓS EM EDUCAÇÃO

INFANTIL E

RECURSOS LÚDICOS

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (360h/a)

O objetivo desta articulação

acadêmica é contribuir para a

especialização de profissionais

educadores ou clínicos

envolvidos em atividades de

interação com crianças de 0 a 5

anos, em perspectiva para

educação de qualidade e a

inclusão educacional.

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PÓS EM DOCÊNCIA

DO ENSINO SUPERIOR

COM ÊNFASE EM EAD

PÓS-GRADUAÇÃO FASA (PRESENCIAL)

(480h/a)

O Curso de pós-graduação em Docência

do Ensino Superior com Ênfase em EAD

tem como objetivo geral qualificar

profissionais para a atuação no magistério

de ensino superior por meio de vivências

nas áreas da didática e organização do

ensino superior e da pesquisa, tendo como

pressuposto básico os princípios básicos

da Andragogia, tendo em vista a educação

presencial e à distância.

PÓS EM

ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (420h/a)

Oferecer uma visão

interdisciplinar da problemática

da alfabetização e do

letramento que permita um

conhecimento dos diversos

aspectos envolvidos no

processo de aquisição da

linguagem.

PÓS-GRADUAÇÃO FASA

(PRESENCIAL) (420h/a)

Capacitar profissionais para atuar em

Orientação Educacional e Supervisão

Escolar, preparando-os para o

planejamento, implementação,

acompanhamento e avaliação das

atividades pedagógicas desenvolvidas

em Escolas, Empresas e

Organizações, com foco na eficiência

e eficácia dos processos educativos.

PÓS EM ORIENTAÇÃO,

SUPERVISÃO E

INSPEÇÃO ESCOLAR

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 11

silvana.mendes@unicead

(38)41410760 (Tim)

Silvana Mendes

MONTES CLAROS

Íris de Souza

PORTEIRINHA

(31) 93977299 (Tim)

(31) 98340992 (vivo)

(38) 38311092

SETE LAGOAS

E REGIÃO

Irene Guimarães

Contato: Contato: Contato:

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12 13

Educação especialNão mais tendência e sim realidade

Waldir de Pinho Veloso *

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

uando José Bento Monteiro Lobato (nasci-Qdo a 18-4-1882 e falecido a 4-7-1948),

escreveu que “um país se faz com homens e

livros” estava não somente se referindo ao livro

físico, o papel estandardizado e encadernado que

fica entre os dedos. Falava da capacidade para ler.

E, de preferência, praticar a arte e a educação

internalizadas. E a possibilidade de leitura vem

como consequência do letramento, do aprendiza-

do do saber ler, da educação escolar padrão. E essa

se pauta pelos processos cognitivos tradicionais:

educação básica, educação infantil, educação de

jovens e adultos e educação superior. Em acrésci-

mo a esses segmentos, e credor de maior celebra-

ção, porém, é a educação especial.

Tradicional é o que passa de mão em mão, de

geração em geração. Vem do latim “traditio”, que

gerou termos como traduzir, tradição, transferên-

cia e vocábulos afins.

O que não é tradição em termos de educação é a

hoje valorizada educação especial. Sua necessida-

de é antiga, mas coube ao montes-clarense Darcy

Ribeiro (nascido a 26-10-1922 e falecido a 17-2-

1997), ao criar a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (Lei 9.394, de 20-12-1996 e

conhecida como LDB) fazer constar, dos artigos 58

a 60, os tópicos acerca da educação especial. Para

começar, a LDB ensina:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para

os efeitos desta Lei, a modalidade de educação

escolar oferecida preferencialmente na rede

regular de ensino, para educandos com deficiên-

cia, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação.

§ 1.º Haverá, quando necessário, serviços de

apoio especializado, na escola regular, para aten-

der às peculiaridades da clientela de educação

especial.

§ 2.º O atendimento educacional será feito em

classes, escolas ou serviços especializados, sem-

pre que, em função das condições específicas dos

alunos, não for possível a sua integração nas clas-

ses comuns de ensino regular.

§ 3.º A oferta de educação especial, dever consti-

tucional do Estado, tem início na faixa etária de

zero a seis anos, durante a educação infantil.

Há palavras que vão se encaixando às situações

de respeito e consideração. O tempo, como senhor

da razão, as inserem em escaninhos que transitam

entre o plantar e o colher. Anteriormente a esta

Lei, falava-se até em alunos “excepcionais”. E a

exceção não era – no domínio comum, no conheci-

mento do povo como um todo – algo pelo nível

superior e, sim, pela qualidade mental atenuada,

reduzida. Quase que universalmente, a educação

especial brasileira era destinada aos educandos

que têm síndrome de down, também chamada tris-

somia 21 (alteração genética em função da exis-

tência de um cromossomo a mais, o par 21).

O vocábulo “especial”, em se tratando de educa-

ção, traz o acréscimo ao sentido valoroso do ter-

mo. Além de politicamente aceito, de polidamente

existente, a expressão “educação especial” hoje

engloba não somente os alunos que têm baixo

poder de concentração ou exagerado déficit de

aprendizagem. Também merecem uma educação

especial os estudantes que são superdotados, os

que têm altas habilidades, aqueles que estão em

patamar tão mais encimados que não se compa-

ram com o grau mental dos demais colegas de

mesma série. Se a educação que no início do pre-

sente texto foi tratada como “tradicional” é dedi-

cada às pessoas que têm um desenvolvimento men-

tal médio, normal, a educação especial comporta

tanto os que estão abaixo quanto os que militam

acima da média em termos de inteligência, capaci-

dade de captar os ensinamentos regularmente ofer-

tados.

O que a LDB trouxe de mais encantador foi a

tentativa de mudança do proceder por parte dos

educadores – que até então entendiam que os alu-

nos então taxados de excepcionais necessitavam

de uma tratamento tão excepcional que os coloca-

vam como isolados da comunidade – no sentido de

que a oferta da educação especial deve-se dar em

comum com os demais alunos. O previsto na Lei é a

integração entre os portadores de necessidades

especiais e os frequentadores do chamado ensino

Tradicional é

o que passa

de mão em

mão, de

geração em

geração. Vem

do latim

“traditio”, que

gerou termos

como

traduzir,

tradição,

transferência

e vocábulos

afins.”

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

“regular”. Somente, como exceção, em não tendo a

escola a capacidade de ofertar aos necessitados de

uma atendimento especial para ministrar a educação,

é que serão os alunos remetidos a uma classe especial

ou a uma escola especial. O ideal é a integração, é a

comunhão, a comum união, a participação lado a lado

de pessoas com poder diferenciado de aprendizagem.

O que a LDB quer é que, em única classe, estejam

os credores de processos de cognição especiais e os

educandos cuja capacidade de aprender se situa em

um índice regular, médio. Ainda que, na sala de aulas,

esteja presente uma pessoa adicional (a figura conhe-

cida como bedel), com finalidade específica de

auxiliar em determinados pontos. Um exemplo?

Simples. Simultaneamente à fala do Professor a

todos, um bedel utiliza da Linguagem Brasileira de

Sinais (Libras) para os alunos portadores de defi-

ciência auditiva.

Há alunos, porém, cuja disciplina é diferenciada.

Eles não se submetem às regras de uma classe com

meia centena de colegas. E, para não trazerem des-

concentração aos seus colegas, devem ser colocados

em salas especiais. De preferência, que nas chega-

das, nos intervalos e nas saídas, convivam normal-

mente com os demais alunos da escola. Já é uma

forma de integração.

Como especial que é, o sistema educacional em

tela oferta possibilidades díspares, para que se realize

a justiça distributiva pregada por Aristóteles (nascido

no ano 384 antes de Cristo e falecido no ano 322

antes de Cristo): a igualdade jurídica “consiste em

tratar igualmente os iguais e desigualmente os desi-

guais, na medida em que se desigualem.”. Por sinal,

filosofia divulgada por Rui Barbosa, quando, como

Paraninfo da Turma de Direito em 1920 da

Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em

São Paulo, discursou assim:

A regra da igualdade não consiste senão em aqui-

nhoar desigualmente aos desiguais, na medida

em que se desigualam. Nesta desigualdade soci-

al, proporcionada à desigualdade natural, é que

se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são

desvarios da inveja, do orgulho ou da loucura.

Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais

com igualdade, seria desigualdade flagrante, e

não igualdade real. (BARBOSA, 2003, p. 19).

Em termos constitucionais, a justiça distributiva aristotélica é fixada como

“princípio da isonomia”. E, para atingir a isonomia, a igualdade, em termos

educacionais, inicialmente deve-se tratar os portadores de necessidades espe-

ciais em igual local físico (classe) em que estão lotados os demais estudantes.

E, na medida da desigualdade, receberem tratamento desigual, com o fito de

serem igualados na recepção da educação. Ainda que o tratamento requeira

uma sala especial, separada. Mas, como exceção, já que a regra é a comunhão

do espaço físico.

Para se buscar a isonomia da formação educacional, a LDB prevê:

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,

para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exi-

gido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências,

e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os super-

dotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,

para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capa-

citados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida

em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capa-

cidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os

órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade

superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares dis-

poníveis para o respectivo nível do ensino regular.

Assim, tanto pode um educando passar vida escolar toda sem ser graduado

ou sem sequer ser promovido a uma série mais adiantada (caso dos que têm

deficiência de aprendizagem, os antigos excepcionais) quanto pode – e deve –

haver condições de uma pessoa completar os estudos com anterioridade em

comparação com seus pares, em razão do seu alto poder de captar os ensina-

mentos (os superdotados e com altas habilidades).

Somente assim, haverá uma educação especial. Justa.

Somente com educação – cujo segmento mais destacável é a especial – é

que se poderá ver pessoas sendo somadas aos livros na formação de um Brasil

igualitário, com respeito às individualidades, à dignidade da pessoa humana e

às especificidades educacionais necessárias aos processos de ensino-

aprendizagem.

Até que se chegue ao melhor nível de educação especial disponível e aces-

sível a todos, o que há é uma norma programática, uma promessa. A realidade

palpável, porém, é que se deve buscar.

(*) Bacharel em Direito,

Professor Universitário,

Mestre em Linguística,

Escritor (com 14 livros publi-

cados).

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo. Nova Cultural:

1996.

BARBOSA, Rui. Oração aos moços. São Paulo: Martim Claret,

2003.

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme de

Assis. Curso de filosofia do direito. 8. ed. São Paulo: Atlas,

2010.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República

Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 dez. 1996.

REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19. Ed. São Paulo:

Saraiva, 2000.

VELOSO, Waldir de Pinho. Filosofia do direito. São Paulo:

Thomson, 2005.

REFERÊNCIAS

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12 13

Educação especialNão mais tendência e sim realidade

Waldir de Pinho Veloso *

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

uando José Bento Monteiro Lobato (nasci-Qdo a 18-4-1882 e falecido a 4-7-1948),

escreveu que “um país se faz com homens e

livros” estava não somente se referindo ao livro

físico, o papel estandardizado e encadernado que

fica entre os dedos. Falava da capacidade para ler.

E, de preferência, praticar a arte e a educação

internalizadas. E a possibilidade de leitura vem

como consequência do letramento, do aprendiza-

do do saber ler, da educação escolar padrão. E essa

se pauta pelos processos cognitivos tradicionais:

educação básica, educação infantil, educação de

jovens e adultos e educação superior. Em acrésci-

mo a esses segmentos, e credor de maior celebra-

ção, porém, é a educação especial.

Tradicional é o que passa de mão em mão, de

geração em geração. Vem do latim “traditio”, que

gerou termos como traduzir, tradição, transferên-

cia e vocábulos afins.

O que não é tradição em termos de educação é a

hoje valorizada educação especial. Sua necessida-

de é antiga, mas coube ao montes-clarense Darcy

Ribeiro (nascido a 26-10-1922 e falecido a 17-2-

1997), ao criar a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (Lei 9.394, de 20-12-1996 e

conhecida como LDB) fazer constar, dos artigos 58

a 60, os tópicos acerca da educação especial. Para

começar, a LDB ensina:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para

os efeitos desta Lei, a modalidade de educação

escolar oferecida preferencialmente na rede

regular de ensino, para educandos com deficiên-

cia, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação.

§ 1.º Haverá, quando necessário, serviços de

apoio especializado, na escola regular, para aten-

der às peculiaridades da clientela de educação

especial.

§ 2.º O atendimento educacional será feito em

classes, escolas ou serviços especializados, sem-

pre que, em função das condições específicas dos

alunos, não for possível a sua integração nas clas-

ses comuns de ensino regular.

§ 3.º A oferta de educação especial, dever consti-

tucional do Estado, tem início na faixa etária de

zero a seis anos, durante a educação infantil.

Há palavras que vão se encaixando às situações

de respeito e consideração. O tempo, como senhor

da razão, as inserem em escaninhos que transitam

entre o plantar e o colher. Anteriormente a esta

Lei, falava-se até em alunos “excepcionais”. E a

exceção não era – no domínio comum, no conheci-

mento do povo como um todo – algo pelo nível

superior e, sim, pela qualidade mental atenuada,

reduzida. Quase que universalmente, a educação

especial brasileira era destinada aos educandos

que têm síndrome de down, também chamada tris-

somia 21 (alteração genética em função da exis-

tência de um cromossomo a mais, o par 21).

O vocábulo “especial”, em se tratando de educa-

ção, traz o acréscimo ao sentido valoroso do ter-

mo. Além de politicamente aceito, de polidamente

existente, a expressão “educação especial” hoje

engloba não somente os alunos que têm baixo

poder de concentração ou exagerado déficit de

aprendizagem. Também merecem uma educação

especial os estudantes que são superdotados, os

que têm altas habilidades, aqueles que estão em

patamar tão mais encimados que não se compa-

ram com o grau mental dos demais colegas de

mesma série. Se a educação que no início do pre-

sente texto foi tratada como “tradicional” é dedi-

cada às pessoas que têm um desenvolvimento men-

tal médio, normal, a educação especial comporta

tanto os que estão abaixo quanto os que militam

acima da média em termos de inteligência, capaci-

dade de captar os ensinamentos regularmente ofer-

tados.

O que a LDB trouxe de mais encantador foi a

tentativa de mudança do proceder por parte dos

educadores – que até então entendiam que os alu-

nos então taxados de excepcionais necessitavam

de uma tratamento tão excepcional que os coloca-

vam como isolados da comunidade – no sentido de

que a oferta da educação especial deve-se dar em

comum com os demais alunos. O previsto na Lei é a

integração entre os portadores de necessidades

especiais e os frequentadores do chamado ensino

Tradicional é

o que passa

de mão em

mão, de

geração em

geração. Vem

do latim

“traditio”, que

gerou termos

como

traduzir,

tradição,

transferência

e vocábulos

afins.”

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

“regular”. Somente, como exceção, em não tendo a

escola a capacidade de ofertar aos necessitados de

uma atendimento especial para ministrar a educação,

é que serão os alunos remetidos a uma classe especial

ou a uma escola especial. O ideal é a integração, é a

comunhão, a comum união, a participação lado a lado

de pessoas com poder diferenciado de aprendizagem.

O que a LDB quer é que, em única classe, estejam

os credores de processos de cognição especiais e os

educandos cuja capacidade de aprender se situa em

um índice regular, médio. Ainda que, na sala de aulas,

esteja presente uma pessoa adicional (a figura conhe-

cida como bedel), com finalidade específica de

auxiliar em determinados pontos. Um exemplo?

Simples. Simultaneamente à fala do Professor a

todos, um bedel utiliza da Linguagem Brasileira de

Sinais (Libras) para os alunos portadores de defi-

ciência auditiva.

Há alunos, porém, cuja disciplina é diferenciada.

Eles não se submetem às regras de uma classe com

meia centena de colegas. E, para não trazerem des-

concentração aos seus colegas, devem ser colocados

em salas especiais. De preferência, que nas chega-

das, nos intervalos e nas saídas, convivam normal-

mente com os demais alunos da escola. Já é uma

forma de integração.

Como especial que é, o sistema educacional em

tela oferta possibilidades díspares, para que se realize

a justiça distributiva pregada por Aristóteles (nascido

no ano 384 antes de Cristo e falecido no ano 322

antes de Cristo): a igualdade jurídica “consiste em

tratar igualmente os iguais e desigualmente os desi-

guais, na medida em que se desigualem.”. Por sinal,

filosofia divulgada por Rui Barbosa, quando, como

Paraninfo da Turma de Direito em 1920 da

Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em

São Paulo, discursou assim:

A regra da igualdade não consiste senão em aqui-

nhoar desigualmente aos desiguais, na medida

em que se desigualam. Nesta desigualdade soci-

al, proporcionada à desigualdade natural, é que

se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são

desvarios da inveja, do orgulho ou da loucura.

Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais

com igualdade, seria desigualdade flagrante, e

não igualdade real. (BARBOSA, 2003, p. 19).

Em termos constitucionais, a justiça distributiva aristotélica é fixada como

“princípio da isonomia”. E, para atingir a isonomia, a igualdade, em termos

educacionais, inicialmente deve-se tratar os portadores de necessidades espe-

ciais em igual local físico (classe) em que estão lotados os demais estudantes.

E, na medida da desigualdade, receberem tratamento desigual, com o fito de

serem igualados na recepção da educação. Ainda que o tratamento requeira

uma sala especial, separada. Mas, como exceção, já que a regra é a comunhão

do espaço físico.

Para se buscar a isonomia da formação educacional, a LDB prevê:

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,

para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exi-

gido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências,

e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os super-

dotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,

para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capa-

citados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida

em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capa-

cidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os

órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade

superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares dis-

poníveis para o respectivo nível do ensino regular.

Assim, tanto pode um educando passar vida escolar toda sem ser graduado

ou sem sequer ser promovido a uma série mais adiantada (caso dos que têm

deficiência de aprendizagem, os antigos excepcionais) quanto pode – e deve –

haver condições de uma pessoa completar os estudos com anterioridade em

comparação com seus pares, em razão do seu alto poder de captar os ensina-

mentos (os superdotados e com altas habilidades).

Somente assim, haverá uma educação especial. Justa.

Somente com educação – cujo segmento mais destacável é a especial – é

que se poderá ver pessoas sendo somadas aos livros na formação de um Brasil

igualitário, com respeito às individualidades, à dignidade da pessoa humana e

às especificidades educacionais necessárias aos processos de ensino-

aprendizagem.

Até que se chegue ao melhor nível de educação especial disponível e aces-

sível a todos, o que há é uma norma programática, uma promessa. A realidade

palpável, porém, é que se deve buscar.

(*) Bacharel em Direito,

Professor Universitário,

Mestre em Linguística,

Escritor (com 14 livros publi-

cados).

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo. Nova Cultural:

1996.

BARBOSA, Rui. Oração aos moços. São Paulo: Martim Claret,

2003.

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme de

Assis. Curso de filosofia do direito. 8. ed. São Paulo: Atlas,

2010.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República

Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da]

República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 dez. 1996.

REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19. Ed. São Paulo:

Saraiva, 2000.

VELOSO, Waldir de Pinho. Filosofia do direito. São Paulo:

Thomson, 2005.

REFERÊNCIAS

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www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

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z

PalavrasCruzadas

L�er & Culinári�

Pudi� d�"gent�"

Ingredientes: 10 colheres (sopa) de açúcar

5 ovos inteiros

3 copos (americano) de leite

5 pãezinhos de sal pequenos adormecidos

1 xícara (chá) de açúcar (para caramelar a forma)

Modo de Preparo:1. Bata todos os ingredientes no liquidificador,

exceto o açúcar para caramelar, até dissolver

bem.

2. Caramelize a forma de pudim com o açúcar.

3. Despeje o líquido batido na forma

caramelizada.

4. Cubra com uma tampa e leve para assar em

banho-maria por aproximadamente 35

minutos em forno a 180º.

5. Deixe esfriar e leve para gelar na própria

forma.

Receita retirada do site: wadihcionando.blogspot.com.br

Nédia Wadih

Culinarista

Foto Ilustrativa - divulgação

Na hora de desenformar

coloque a forma na água

quente rapidamente

para soltar o pudim, e

vire sobre um prato.

Decore a seu gosto.

Dica:

Carro de luxo, espaçoso

Chuva de pedras de gelo

Moscou é a capital de qual pais?

para depositar os votos

Sementes de .... (condimento)

Separar a cabeça do corpo

Condimento, tempero

Substância azeda

Onde nasceu Albert Einstein

Mamífero roedor

Caminhão pequeno

Para limpar os dentes

Artefato explosivo

... sinfônica.

Polegar

Parte do navio

Aquele que toca

Espécie de macarrão

Tipo de ave

Agitação violeta da atmosfera

Feita para juntar água

Grande macaco africano

O que significa laborar?

Rio famoso, biblíco.

Feitas para subir e descer

Homem muito pobre

Solução

RÚSSIAL

MUSINE

UDRPÁENICCAMIAPITAR

ENTA

DO

HONETE

OS

RATALEMANHA

PALITO

GR

NIZ

RDEDO

CASCOB

MBA CACIMB

ODORNA

GRILAABALHAR TILO

ORQUESTR

TOCADO

ESCAD

ESPAGU

TE

TEMPE

TADE POBRTÃO

14

JUNTE-SE A NÓSE LEVE NOSSOSCURSOS PARA SUACIDADE TAMBÉM!

Trabalheconoscoem Tutoria EAD

Acesse também o nosso site e SAIBA MAIS:

www.unicead.com.br

38 3221 [email protected]

Qualicação de Verdade!

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PalavrasCruzadas

L�er & Culinári�

Pudi� d�"gent�"

Ingredientes: 10 colheres (sopa) de açúcar

5 ovos inteiros

3 copos (americano) de leite

5 pãezinhos de sal pequenos adormecidos

1 xícara (chá) de açúcar (para caramelar a forma)

Modo de Preparo:1. Bata todos os ingredientes no liquidificador,

exceto o açúcar para caramelar, até dissolver

bem.

2. Caramelize a forma de pudim com o açúcar.

3. Despeje o líquido batido na forma

caramelizada.

4. Cubra com uma tampa e leve para assar em

banho-maria por aproximadamente 35

minutos em forno a 180º.

5. Deixe esfriar e leve para gelar na própria

forma.

Receita retirada do site: wadihcionando.blogspot.com.br

Nédia Wadih

Culinarista

Foto Ilustrativa - divulgação

Na hora de desenformar

coloque a forma na água

quente rapidamente

para soltar o pudim, e

vire sobre um prato.

Decore a seu gosto.

Dica:

Carro de luxo, espaçoso

Chuva de pedras de gelo

Moscou é a capital de qual pais?

para depositar os votos

Sementes de .... (condimento)

Separar a cabeça do corpo

Condimento, tempero

Substância azeda

Onde nasceu Albert Einstein

Mamífero roedor

Caminhão pequeno

Para limpar os dentes

Artefato explosivo

... sinfônica.

Polegar

Parte do navio

Aquele que toca

Espécie de macarrão

Tipo de ave

Agitação violeta da atmosfera

Feita para juntar água

Grande macaco africano

O que significa laborar?

Rio famoso, biblíco.

Feitas para subir e descer

Homem muito pobre

Solução

RÚSSIAL

MUSINE

UDRPÁENICCAMIAPITAR

ENTA

DO

HONETE

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PALITO

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MBA CACIMB

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GRILAABALHAR TILO

ORQUESTR

TOCADO

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ESPAGU

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TEMPE

TADE POBRTÃO

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JUNTE-SE A NÓSE LEVE NOSSOSCURSOS PARA SUACIDADE TAMBÉM!

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16 17

ENTREVISTAUNICEAD

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Falando com quementende do assunto!

1. O que é Educação Inclusiva?

Educação Inclusiva é um termo amplo, pois não

engloba apenas a educação de pessoas com deficiên-

cia, TGD e Altas Habilidades, mas também toda a

diversidade contemplada na Declaração de

Salamanca (1994) e nesse sentido temos afro descen-

dentes, ciganos, pessoal de circo, homossexuais,

mulheres, entre outros. Então veja, falar de educação

inclusiva vai além da percepção da maioria das pesso-

as. E um projeto que deve contemplar todos. Mas a per-

gunta é: quem de fato cabe nesse todos. Todos de

fato? Quando isso acontecer teremos uma educação

inclusiva real.

Então temos como conceito de Inclusão:

atender aos estudantes com necessida-des especiais na vizinhanças da sua

residência.

propiciar a ampliação do acesso, permanência e sucesso destes

alunos às classes comuns.

propiciar aos professores da classe comum um suporte

técnico.

Acreditar que as crian-ças podem aprender

juntas, embora tendo

objetivos e processos

diferentes

oportunizar aos professores formas

de estabelecer for-

mas criativas de

atuação com as cri-

anças com deficiên-

cia e necessidades edu-

Entrevista com a professora Ilma

16

cacionais especiais.

oportunizar um atendimento integrado ao pro-fessor de classe comum.

2. É comum ocorrer confusão entre o conceito de

ensino inclusivo com educação especial. Quais

as principais diferenças?

Sim, pois desde o início segundo a Política Nacional

para a Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva (2008) a educação especial se

organizou tradicionalmente como atendimento

educacional especializado substitutivo ao ensino

comum, evidenciando diferentes compreensões, ter-

minologias e modalidades que levaram àcriação de

instituições especializadas, escolas especiais e clas-

ses especiais e isto propicia essa confusão com os ter-

mos ainda hoje. A Educação Especial era organizada

de forma paralela a educação comum e hoje a pro-

posta é que na perspectiva inclusiva a educação

especial seja integrada a proposta pedagógica da

escola regular, realizando o atendimento às neces-

sidades educacionais especiais de alunos com defi-

ciência, transtornos globais do desenvolvimento e

alta habilidades/superdotação.

3. Em sua opinião, as escolas brasileiras estão

preparadas para receber esses alunos?

Na verdade as escolas brasileiras, como as escolas de

qualquer outro país, devem atender a diversidade de

crianças, adolescentes e jovens conforme prega a

Declaração de Salamanca (1994). O Brasil por meio

da Política Nacional de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) tem ori-

entado as escolas brasileiras para o atendimento do

público alvo das mesmas. As Salas de Recursos

Multifuncionais que fazem parte do Atendimento

Educacional Especializado – AEE, tem buscado

garantir o atendimento na escola comum, no contra

turno. Mas é um processo em construção. É impor-

tante lembrarmos que a própria sociedade está em

processo de inclusão, pois se tivéssemos uma socie-

dade inclusiva, naturalmente teríamos também uma

escola inclusiva. Então percebo que estamos na cons-

trução de um longo processo, mas se queremos uma

escola inclusiva, temos que contribuir para que as

mudanças ocorram em nossa sociedade e consequen-

temente em nossas escolas sendo então necessário

Renata MartinsAssessora de Comunicação e Jornalista da rede Unicead

EDUCAÇÃOESPECIAL:

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

agirmos e colaborarmos para que tudo isso aconteça. Façamos a nossa parte.

4. Quais são os principais desafios ou dificuldades da aprendizagem sofrida

por esses alunos?

Creio que o principal desafio é vencer a discriminação e o preconceito.

Serem acolhidos e aceitos como são, com suas limitações, assim como qual-

quer outra pessoa pode apresentar limitações e dificuldades no processo de

aprendizagem.

Os profissionais acreditarem na sua capacidade de se desenvolver, de aprender em

seu ritmo e tempo.

É fazer as pessoas entenderem que eles precisam de oportunidade e não de

piedade.

5. Atualmente os profissionais estão preparados para lidar com esses alunos?

A preparação deve ocorrer na formação inicial seguida da educação continuada e

deve ser na perspectiva da não discriminação do não preconceito. Seria uma pre-

paração teórica. Mas a preparação de fato ocorre quando estamos em contato dire-

to com o aluno. Isso nos mostra a experiência. O aluno nos aponta caminhos, dire-

ção, formas de como ele aprende, de como se relaciona e com ele vamos colando

em prática ou não as teorias aprendidas. Cada aluno que recebemos, tenha ou não

necessidades educacionais nos aponta uma prática. Então a questão da prepara-

ção depende muito da nossa vontade política, de fazer a diferença, de fazer valer o

direito do outro à educação e a construção de uma vida empoderada e isso está dire-

tamente ligado a nossa concepção de ser humano, de sujeito aprendente e do que

realmente acreditamos que seja inclusão. Por isso penso que a formação continu-

ada contribui muito para a preparação permanente para o recebimento de alunos

com necessidades educacionais brasileiras.

6. Como os professores devem se preparar para essa nova realidade?

Como já apontado anteriormente, por meio da formação inicial, seguida da forma-

ção continuada e da prática em sala de aula.

7. Você dedicou-se a estudar e lidar com esses casos por quê? Há quanto

tempo você trabalha com educação inclusiva?

Comecei a trabalhar com crianças surdas em 1988 em uma escola da Universidade

em que estudava, a Universidade Federal de Viçosa. No início foi um susto quando

descobri que teria quatro crianças surdas na turma de Ensino Fundamental,

porém na convivência com as mesmas descobri que eu tinha muito que aprender e

com elas aprendi muito. Posteriormente aprendi a Língua Brasileira de Sinais –

LIBRAS e fui me aprofundando nas questões relativas a educação de crianças sur-

das, com deficiência intelectual, cegas e acabei estudando todo o público alvo da

Educação Especial. De 1988 até hoje não parei de estudar e nem de trabalhar com

as questões relativas a inclusão seja ela em qual ambiente ou nível for. Posso afir-

mar que nessa trajetória ganhei muito mais como pessoa e como profissional. Sou

grata aos alunos de 1988 que me abriram um mundo de oportunidades e me mos-

traram que não devemos falar por eles, mas com eles.

8. Em sua opinião a inclusão de pessoas necessidades especiais em escolas

regulares é a melhor opção? Por quê?

Sim. Para mim sim. Foi assim que comecei. Numa

escola comum. Na época tínhamos uma sala de recur-

sos multifuncionais que contribuía muito para o

desenvolvimento educacional das crianças e adoles-

centes com necessidades educacionais especiais. E o

ganho não é apenas para as crianças com necessida-

des educacionais mas para todas as crianças, com o

seu sem deficiência, TG D e altas habilida-

des/superdotação.

9. O que pode ser mudado no programa de educa-

ção inclusiva criado pelo Ministério da Educação

para que o mesmo seja mais eficaz?

O Ministério tem avançado muito. A proposta do

AEE, a formação de profissionais em várias áreas

para o atendimento as propostas da educação inclu-

siva. Na verdade as escolas precisam fazer valer a

Política Nacional para a Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva. Não é fácil mas é

possível. Conheço profissionais que independente de

condições têm realizado trabalhos incríveis de empo-

deramento de pessoas com necessidades educacio-

nais especiais.

10. Em sua opinião os cursos oferecidos pela

Unicead aos profissionais da educação podem

facilitar o dia-a-dia em sala de aula?

Sem dúvida alguma. Os cursos da UNICEAD são pau-

tados pela orientação da Política Nacional da

Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva. São cursos de ótima qualidade, tem bons

textos, bons vídeos, apoio pedagógico, orientação

entre outros quesitos que fazem com sejam bem acei-

tos e bem sucedidos.

11. Ao escolher a escola em que os filhos serão

matriculados os pais de alunosnecessidades edu-

cacionais especiais devem ficar atentos a que?

Penso que os pais devem estar atentos aos princípios

da inclusão, observando a prática dos profissionais da

escola escolhida, como recebem seu filho, como o

atendem, qual o olhar que a escola tem sobre a inclu-

são. Como a criança é vista, se como coitadinha, digna

de pena ou se como um sujeito em desenvolvimento.

E ficar atento que o direito a educação é um direito

inalienável e subjetivo, portanto, ninguém pode

negar matrícula, receber e educar uma criança com

necessidades educacionais especiais. Uma escola que

os pais possam ser parceiros, colaboradores, sem ferir

as normas da mesma.

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ENTREVISTAUNICEAD

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Falando com quementende do assunto!

1. O que é Educação Inclusiva?

Educação Inclusiva é um termo amplo, pois não

engloba apenas a educação de pessoas com deficiên-

cia, TGD e Altas Habilidades, mas também toda a

diversidade contemplada na Declaração de

Salamanca (1994) e nesse sentido temos afro descen-

dentes, ciganos, pessoal de circo, homossexuais,

mulheres, entre outros. Então veja, falar de educação

inclusiva vai além da percepção da maioria das pesso-

as. E um projeto que deve contemplar todos. Mas a per-

gunta é: quem de fato cabe nesse todos. Todos de

fato? Quando isso acontecer teremos uma educação

inclusiva real.

Então temos como conceito de Inclusão:

atender aos estudantes com necessida-des especiais na vizinhanças da sua

residência.

propiciar a ampliação do acesso, permanência e sucesso destes

alunos às classes comuns.

propiciar aos professores da classe comum um suporte

técnico.

Acreditar que as crian-ças podem aprender

juntas, embora tendo

objetivos e processos

diferentes

oportunizar aos professores formas

de estabelecer for-

mas criativas de

atuação com as cri-

anças com deficiên-

cia e necessidades edu-

Entrevista com a professora Ilma

16

cacionais especiais.

oportunizar um atendimento integrado ao pro-fessor de classe comum.

2. É comum ocorrer confusão entre o conceito de

ensino inclusivo com educação especial. Quais

as principais diferenças?

Sim, pois desde o início segundo a Política Nacional

para a Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva (2008) a educação especial se

organizou tradicionalmente como atendimento

educacional especializado substitutivo ao ensino

comum, evidenciando diferentes compreensões, ter-

minologias e modalidades que levaram àcriação de

instituições especializadas, escolas especiais e clas-

ses especiais e isto propicia essa confusão com os ter-

mos ainda hoje. A Educação Especial era organizada

de forma paralela a educação comum e hoje a pro-

posta é que na perspectiva inclusiva a educação

especial seja integrada a proposta pedagógica da

escola regular, realizando o atendimento às neces-

sidades educacionais especiais de alunos com defi-

ciência, transtornos globais do desenvolvimento e

alta habilidades/superdotação.

3. Em sua opinião, as escolas brasileiras estão

preparadas para receber esses alunos?

Na verdade as escolas brasileiras, como as escolas de

qualquer outro país, devem atender a diversidade de

crianças, adolescentes e jovens conforme prega a

Declaração de Salamanca (1994). O Brasil por meio

da Política Nacional de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) tem ori-

entado as escolas brasileiras para o atendimento do

público alvo das mesmas. As Salas de Recursos

Multifuncionais que fazem parte do Atendimento

Educacional Especializado – AEE, tem buscado

garantir o atendimento na escola comum, no contra

turno. Mas é um processo em construção. É impor-

tante lembrarmos que a própria sociedade está em

processo de inclusão, pois se tivéssemos uma socie-

dade inclusiva, naturalmente teríamos também uma

escola inclusiva. Então percebo que estamos na cons-

trução de um longo processo, mas se queremos uma

escola inclusiva, temos que contribuir para que as

mudanças ocorram em nossa sociedade e consequen-

temente em nossas escolas sendo então necessário

Renata MartinsAssessora de Comunicação e Jornalista da rede Unicead

EDUCAÇÃOESPECIAL:

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

agirmos e colaborarmos para que tudo isso aconteça. Façamos a nossa parte.

4. Quais são os principais desafios ou dificuldades da aprendizagem sofrida

por esses alunos?

Creio que o principal desafio é vencer a discriminação e o preconceito.

Serem acolhidos e aceitos como são, com suas limitações, assim como qual-

quer outra pessoa pode apresentar limitações e dificuldades no processo de

aprendizagem.

Os profissionais acreditarem na sua capacidade de se desenvolver, de aprender em

seu ritmo e tempo.

É fazer as pessoas entenderem que eles precisam de oportunidade e não de

piedade.

5. Atualmente os profissionais estão preparados para lidar com esses alunos?

A preparação deve ocorrer na formação inicial seguida da educação continuada e

deve ser na perspectiva da não discriminação do não preconceito. Seria uma pre-

paração teórica. Mas a preparação de fato ocorre quando estamos em contato dire-

to com o aluno. Isso nos mostra a experiência. O aluno nos aponta caminhos, dire-

ção, formas de como ele aprende, de como se relaciona e com ele vamos colando

em prática ou não as teorias aprendidas. Cada aluno que recebemos, tenha ou não

necessidades educacionais nos aponta uma prática. Então a questão da prepara-

ção depende muito da nossa vontade política, de fazer a diferença, de fazer valer o

direito do outro à educação e a construção de uma vida empoderada e isso está dire-

tamente ligado a nossa concepção de ser humano, de sujeito aprendente e do que

realmente acreditamos que seja inclusão. Por isso penso que a formação continu-

ada contribui muito para a preparação permanente para o recebimento de alunos

com necessidades educacionais brasileiras.

6. Como os professores devem se preparar para essa nova realidade?

Como já apontado anteriormente, por meio da formação inicial, seguida da forma-

ção continuada e da prática em sala de aula.

7. Você dedicou-se a estudar e lidar com esses casos por quê? Há quanto

tempo você trabalha com educação inclusiva?

Comecei a trabalhar com crianças surdas em 1988 em uma escola da Universidade

em que estudava, a Universidade Federal de Viçosa. No início foi um susto quando

descobri que teria quatro crianças surdas na turma de Ensino Fundamental,

porém na convivência com as mesmas descobri que eu tinha muito que aprender e

com elas aprendi muito. Posteriormente aprendi a Língua Brasileira de Sinais –

LIBRAS e fui me aprofundando nas questões relativas a educação de crianças sur-

das, com deficiência intelectual, cegas e acabei estudando todo o público alvo da

Educação Especial. De 1988 até hoje não parei de estudar e nem de trabalhar com

as questões relativas a inclusão seja ela em qual ambiente ou nível for. Posso afir-

mar que nessa trajetória ganhei muito mais como pessoa e como profissional. Sou

grata aos alunos de 1988 que me abriram um mundo de oportunidades e me mos-

traram que não devemos falar por eles, mas com eles.

8. Em sua opinião a inclusão de pessoas necessidades especiais em escolas

regulares é a melhor opção? Por quê?

Sim. Para mim sim. Foi assim que comecei. Numa

escola comum. Na época tínhamos uma sala de recur-

sos multifuncionais que contribuía muito para o

desenvolvimento educacional das crianças e adoles-

centes com necessidades educacionais especiais. E o

ganho não é apenas para as crianças com necessida-

des educacionais mas para todas as crianças, com o

seu sem deficiência, TG D e altas habilida-

des/superdotação.

9. O que pode ser mudado no programa de educa-

ção inclusiva criado pelo Ministério da Educação

para que o mesmo seja mais eficaz?

O Ministério tem avançado muito. A proposta do

AEE, a formação de profissionais em várias áreas

para o atendimento as propostas da educação inclu-

siva. Na verdade as escolas precisam fazer valer a

Política Nacional para a Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva. Não é fácil mas é

possível. Conheço profissionais que independente de

condições têm realizado trabalhos incríveis de empo-

deramento de pessoas com necessidades educacio-

nais especiais.

10. Em sua opinião os cursos oferecidos pela

Unicead aos profissionais da educação podem

facilitar o dia-a-dia em sala de aula?

Sem dúvida alguma. Os cursos da UNICEAD são pau-

tados pela orientação da Política Nacional da

Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva. São cursos de ótima qualidade, tem bons

textos, bons vídeos, apoio pedagógico, orientação

entre outros quesitos que fazem com sejam bem acei-

tos e bem sucedidos.

11. Ao escolher a escola em que os filhos serão

matriculados os pais de alunosnecessidades edu-

cacionais especiais devem ficar atentos a que?

Penso que os pais devem estar atentos aos princípios

da inclusão, observando a prática dos profissionais da

escola escolhida, como recebem seu filho, como o

atendem, qual o olhar que a escola tem sobre a inclu-

são. Como a criança é vista, se como coitadinha, digna

de pena ou se como um sujeito em desenvolvimento.

E ficar atento que o direito a educação é um direito

inalienável e subjetivo, portanto, ninguém pode

negar matrícula, receber e educar uma criança com

necessidades educacionais especiais. Uma escola que

os pais possam ser parceiros, colaboradores, sem ferir

as normas da mesma.

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18 19

ARTIGO

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

istoricamente a Educação Especial sem-

Hpre entendida como um espaço separado

de atendimento à pessoa com deficiência

ou necessidades educacionais especiais. A Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96

aponta outro nível de entendimento para a

Educação Especial, pois a entende como um pro-

cesso educacional definido por uma proposta peda-

gógica que assegure recursos e serviços educacio-

nais especiais, organizados institucionalmente

para apoiar, complementar, suplementar e, em

alguns casos, substituir os serviços educacionais

comuns de modo a garantir a educação escolar e

promover o desenvolvimento das potencialidades

dos educandos que apresentam necessidades edu-

cacionais especiais, em todas as etapas, modalida-

des e níveis de ensino.

Esse olhar traz em si a perspectiva inclusiva, e

assim não se trata apenas da permanência física

dos alunos com deficiência ou necessidades edu-

cacionais especiais, junto aos demais educandos,

mas representa a coragem de rever concepções e

paradigmas inclusivos educacionais especiais na

rede regular de ensino, bem como desenvolver a

possibilidade e realidade de desenvolvimento do

potencial dessas pessoas, respeitando suas dife-

renças e atendendo suas necessidades.

Assim, o respeito e a valorização da multiplici-

dade e diversidade dos alunos exige que a escola

defina sua responsabilidade no estabelecimento

de relações que possibilitem a criação de espaços

inclusivos, bem como procure superar a produção,

pela própria escola, de necessidades educacionais

especiais. (Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica/2008)

Nesse contexto, o Atendimento Educacional

Especializado se configura como o carro chefe da

Educação Inclusiva, pois o AEE é o serviço da

Educação Especial que tem como objetivos identi-

ficar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e

de acessibilidade que eliminem as barreiras para a

plena participação dos alunos, considerando as

suas necessidades específicas.

O AEE deve complementar e/ou suplementar a

formação do aluno visando à autonomia e inde-

pendência na escola e fora dela, favorecendo sua

inclusão. Isto porque, alunos com deficiência e os

demais, que são público-alvo da Educação

Atendimento EducacionalEspecializado:

Carro chefe da educação inclusiva

a coragem de

rever concepções

e paradigmas

inclusivos

educacionais

especiais na rede

regular de ensino,

bem como

desenvolver a

possibilidade e

realidade de

desenvolvimento

do potencial

dessas pessoas,

respeitando suas

diferenças e

atendendo suas

necessidades.

“1Ilma Mendes de Almeida

Especial, precisam ser atendidos nas suas especifi-

cidades para que possam participar ativamente do

ensino comum. Portanto, é um serviço destinado

aos alunos com deficiência física, intelectual, sen-

sorial (visual (cegueira e baixa-visão), pessoas

com surdez parcial e total), aos alunos com trans-

tornos globais do desenvolvimento e com altas

habilidades, uma vez que estes se constituem

como público-alvo da Educação Especial.

Para que o AEE se realize deve haver uma arti-

culação com a proposta pedagógica da escola

comum, produzindo estratégias que possam ser

realizadas no contexto das salas de aula de ensino

comum e que tenham como objetivos:

apoiar o desenvolvimento do aluno com defi-

ciência, transtornos gerais de desenvolvimento

e altas habilidades;

disponibilizar o ensino de linguagens e de códi-

gos específicos de comunicação e sinalização;

oferecer Tecnologia Assist iva – TA e

Comunicação Alternativa;

adequar e produzir materiais didáticos e peda-

gógicos, tendo em vista as necessidades especí-

ficas dos alunos que dele participam;

oportunizar o enriquecimento curricular (para

alunos com altas habilidades).

O AEE é organizado para suprir as necessida-

des de acesso ao conhecimento e de participação

dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades e superdota-

ção que estão inclusos nas escolas comuns, consti-

tuindo-se como oferta obrigatória dos sistemas de

ensino em todas as suas etapas e modalidades da

educação básica e ensino superior. É importante

lembrar que, cabe ao aluno e/ou aos seus pais a

decisão para a participação do mesmo.

O AEE é realizado no período inverso ao da clas-

se comum frequentada pelo aluno com deficiência

e, preferencialmente, na própria escola em que o

aluno está matriculado, porém é preciso conside-

rar as peculiaridades de cada realidade, havendo

assim a possibilidade do mesmo acontecer em

outra escola ou instituição próxima àquela fre-

quentada pelo aluno.

O Atendimento Educacional Especializado se

realiza em espaço tais como:

REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto Nº 6.571, De 17 De Setembro De 2008.

BRASIL. Resolução Nº 4, De 2 De Outubro De 2009.

BRASIL. Lei 9394/96: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília:

ME C, 1996.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE /CEB 2/2001.

Diário Oficial da União, Seção 1E, p. 39-40, 2001.

SCHLÜNZEN, E; RINALDI, R.; SANTO S, D. Inclusão escolar: marcos lega-

is, atendimento educacional especializado e possibilidade de sucesso escolar

para pessoas com deficiência. In: U N I V E R S I DA D E E S TA D U A L

PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didáti-

ca geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, p. 148-160, v. 9.

1Pedagoga, Psicopedagoga Institucional e Clínica, Coache e Especialista

na Área da Gestão da Educação para a Diversidade: Educação Inclusiva.

Coache com Certificação Internacional de Coaching e Mentoring ISOR -

Formação, Profissionalização e Certificação Internacional em

COACHING, MENTORING e HOLOMENTORING do Sistema ISOR

Foco em Professional, Self & Life Coaching Instituto Holos.

Psicopedagoga Institucional e Clínica das Faculdades Santo Agostinho

Montes Claros Minas Gerais. Docente nos Cursos de Pós-Graduação nas

áreas de Recursos Humanos/Psicopedagogia/Neuropsicopedagogia /Aten-

dimento Educacional Especializado, das Faculdades Santo

Agostinho/UNICEAD em Montes Claros- Minas Gerais. Docente nos

Cursos de Tecnólogo em Gestão Comercial e Licenciatura em Química da

Faculdade Prisma Montes Claros Minas Gerais. Tutora Sênior nos Cursos

de: Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa/Transtornos Globais

do Desenvolvimento/Disfunção euromotora/Atendimento Educacional

Especializado Deficiência Intelectual e Professor de Apoio - EAD da

UNICEAD Montes Claros Minas Gerais. Palestrante nas áreas de:

Educação, Educação Inclusiva, Responsabilidade Social e Ambiental das

Empresas, Inteligências Múltiplas.

Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) – é

um espaço organizado preferencialmente em

escolas comuns das redes de ensino.

Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento

à Deficiência Visual (CAP)– é um centro com

salas equipadas com computadores, impressora

Braille e laser, fotocopiadora, gravador, circuito

interno de TV, CCTV, máquina de escrever em

Braille. Tem como objetivo produzir materiais

didáticos e pedagógicos adequados aos alunos

com cegueira e aos alunos com baixa visão.

Centro de Apoio à Pessoa com Surdez (CAS)- é

um espaço adequado para o desenvolvimento

do aprendizado da Língua Brasileira de Sinais

(LIBRAS), como primeira Língua do Surdo,

Português na modalidade escrita, como segun-

da Língua, entre outras atividades.

Professor de Apoio – Profissional que acompa-

nha em sala de aula o aluno que necessite desse

atendimento. Atua junto ao aluno apoiando-o

no que diz respeito à comunicação, linguagens

e tecnologias assistivas.

Instituição Especializada – é o espaço voltado

ao atendimento especializado fora da institui-

ção regular de ensino, sendo de natureza filan-

trópica, confessional ou não governamental.

Concluindo podemos apontar que o Atendimento Educacional Especializado:

Lida com o saber particular do aluno, ou seja, o que há de subjetivo na cons-

trução do conhecimento dos alunos com deficiência;

Refere-se ao que é diferente da educação em escolas comuns, complemen-

tando a educação escolar;

Tem suas ações definidas de acordo com o tipo de deficiência que se propõe

a atender, por exemplo, Libras e português para pessoas com surdez; braile,

sorobã para os alunos cegos etc.

seu foco é educacional, possibilita desenvolver formas para que o aluno

possa usar o conhecimento, considerando seu saber particular, subjetivo

como elemento essencial desse processo, bem como os limites impostos

pela deficiência;

Difere do atendimento clínico ou do reforço escolar;

Não tem como objetivo sistematizar o conteúdo escolar (tarefa da escola),

embora o utilize como meio para desenvolvimento de suas ações;

É complementar à escola, organizado em período oposto;

Busca meios para superar as barreiras impostas pela deficiência em relação

ao conhecimento;

Está ligado a cada área da deficiência;

É realizado por professor graduado, com especialização.

Assim a importância da formação continuada dos profissionais que atuam

na Educação Especial/Inclusiva para que de fato o Atendimento Educacional

Especializado seja o carro chefe da Educação Inclusiva, contribuindo para

uma sociedade cada vez mais inclusiva.

Page 19: - Montes Claros, abril de 2014 - Ano II ...chafic.com.br/revista/files/revista_unicead_ed02.pdf · em Psicopedagogia/ Importância ... Ilma Mendes Direito Autoral na Internet

18 19

ARTIGO

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

istoricamente a Educação Especial sem-

Hpre entendida como um espaço separado

de atendimento à pessoa com deficiência

ou necessidades educacionais especiais. A Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96

aponta outro nível de entendimento para a

Educação Especial, pois a entende como um pro-

cesso educacional definido por uma proposta peda-

gógica que assegure recursos e serviços educacio-

nais especiais, organizados institucionalmente

para apoiar, complementar, suplementar e, em

alguns casos, substituir os serviços educacionais

comuns de modo a garantir a educação escolar e

promover o desenvolvimento das potencialidades

dos educandos que apresentam necessidades edu-

cacionais especiais, em todas as etapas, modalida-

des e níveis de ensino.

Esse olhar traz em si a perspectiva inclusiva, e

assim não se trata apenas da permanência física

dos alunos com deficiência ou necessidades edu-

cacionais especiais, junto aos demais educandos,

mas representa a coragem de rever concepções e

paradigmas inclusivos educacionais especiais na

rede regular de ensino, bem como desenvolver a

possibilidade e realidade de desenvolvimento do

potencial dessas pessoas, respeitando suas dife-

renças e atendendo suas necessidades.

Assim, o respeito e a valorização da multiplici-

dade e diversidade dos alunos exige que a escola

defina sua responsabilidade no estabelecimento

de relações que possibilitem a criação de espaços

inclusivos, bem como procure superar a produção,

pela própria escola, de necessidades educacionais

especiais. (Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica/2008)

Nesse contexto, o Atendimento Educacional

Especializado se configura como o carro chefe da

Educação Inclusiva, pois o AEE é o serviço da

Educação Especial que tem como objetivos identi-

ficar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e

de acessibilidade que eliminem as barreiras para a

plena participação dos alunos, considerando as

suas necessidades específicas.

O AEE deve complementar e/ou suplementar a

formação do aluno visando à autonomia e inde-

pendência na escola e fora dela, favorecendo sua

inclusão. Isto porque, alunos com deficiência e os

demais, que são público-alvo da Educação

Atendimento EducacionalEspecializado:

Carro chefe da educação inclusiva

a coragem de

rever concepções

e paradigmas

inclusivos

educacionais

especiais na rede

regular de ensino,

bem como

desenvolver a

possibilidade e

realidade de

desenvolvimento

do potencial

dessas pessoas,

respeitando suas

diferenças e

atendendo suas

necessidades.

“1Ilma Mendes de Almeida

Especial, precisam ser atendidos nas suas especifi-

cidades para que possam participar ativamente do

ensino comum. Portanto, é um serviço destinado

aos alunos com deficiência física, intelectual, sen-

sorial (visual (cegueira e baixa-visão), pessoas

com surdez parcial e total), aos alunos com trans-

tornos globais do desenvolvimento e com altas

habilidades, uma vez que estes se constituem

como público-alvo da Educação Especial.

Para que o AEE se realize deve haver uma arti-

culação com a proposta pedagógica da escola

comum, produzindo estratégias que possam ser

realizadas no contexto das salas de aula de ensino

comum e que tenham como objetivos:

apoiar o desenvolvimento do aluno com defi-

ciência, transtornos gerais de desenvolvimento

e altas habilidades;

disponibilizar o ensino de linguagens e de códi-

gos específicos de comunicação e sinalização;

oferecer Tecnologia Assist iva – TA e

Comunicação Alternativa;

adequar e produzir materiais didáticos e peda-

gógicos, tendo em vista as necessidades especí-

ficas dos alunos que dele participam;

oportunizar o enriquecimento curricular (para

alunos com altas habilidades).

O AEE é organizado para suprir as necessida-

des de acesso ao conhecimento e de participação

dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades e superdota-

ção que estão inclusos nas escolas comuns, consti-

tuindo-se como oferta obrigatória dos sistemas de

ensino em todas as suas etapas e modalidades da

educação básica e ensino superior. É importante

lembrar que, cabe ao aluno e/ou aos seus pais a

decisão para a participação do mesmo.

O AEE é realizado no período inverso ao da clas-

se comum frequentada pelo aluno com deficiência

e, preferencialmente, na própria escola em que o

aluno está matriculado, porém é preciso conside-

rar as peculiaridades de cada realidade, havendo

assim a possibilidade do mesmo acontecer em

outra escola ou instituição próxima àquela fre-

quentada pelo aluno.

O Atendimento Educacional Especializado se

realiza em espaço tais como:

REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto Nº 6.571, De 17 De Setembro De 2008.

BRASIL. Resolução Nº 4, De 2 De Outubro De 2009.

BRASIL. Lei 9394/96: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília:

ME C, 1996.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE /CEB 2/2001.

Diário Oficial da União, Seção 1E, p. 39-40, 2001.

SCHLÜNZEN, E; RINALDI, R.; SANTO S, D. Inclusão escolar: marcos lega-

is, atendimento educacional especializado e possibilidade de sucesso escolar

para pessoas com deficiência. In: U N I V E R S I DA D E E S TA D U A L

PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didáti-

ca geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, p. 148-160, v. 9.

1Pedagoga, Psicopedagoga Institucional e Clínica, Coache e Especialista

na Área da Gestão da Educação para a Diversidade: Educação Inclusiva.

Coache com Certificação Internacional de Coaching e Mentoring ISOR -

Formação, Profissionalização e Certificação Internacional em

COACHING, MENTORING e HOLOMENTORING do Sistema ISOR

Foco em Professional, Self & Life Coaching Instituto Holos.

Psicopedagoga Institucional e Clínica das Faculdades Santo Agostinho

Montes Claros Minas Gerais. Docente nos Cursos de Pós-Graduação nas

áreas de Recursos Humanos/Psicopedagogia/Neuropsicopedagogia /Aten-

dimento Educacional Especializado, das Faculdades Santo

Agostinho/UNICEAD em Montes Claros- Minas Gerais. Docente nos

Cursos de Tecnólogo em Gestão Comercial e Licenciatura em Química da

Faculdade Prisma Montes Claros Minas Gerais. Tutora Sênior nos Cursos

de: Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa/Transtornos Globais

do Desenvolvimento/Disfunção euromotora/Atendimento Educacional

Especializado Deficiência Intelectual e Professor de Apoio - EAD da

UNICEAD Montes Claros Minas Gerais. Palestrante nas áreas de:

Educação, Educação Inclusiva, Responsabilidade Social e Ambiental das

Empresas, Inteligências Múltiplas.

Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) – é

um espaço organizado preferencialmente em

escolas comuns das redes de ensino.

Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento

à Deficiência Visual (CAP)– é um centro com

salas equipadas com computadores, impressora

Braille e laser, fotocopiadora, gravador, circuito

interno de TV, CCTV, máquina de escrever em

Braille. Tem como objetivo produzir materiais

didáticos e pedagógicos adequados aos alunos

com cegueira e aos alunos com baixa visão.

Centro de Apoio à Pessoa com Surdez (CAS)- é

um espaço adequado para o desenvolvimento

do aprendizado da Língua Brasileira de Sinais

(LIBRAS), como primeira Língua do Surdo,

Português na modalidade escrita, como segun-

da Língua, entre outras atividades.

Professor de Apoio – Profissional que acompa-

nha em sala de aula o aluno que necessite desse

atendimento. Atua junto ao aluno apoiando-o

no que diz respeito à comunicação, linguagens

e tecnologias assistivas.

Instituição Especializada – é o espaço voltado

ao atendimento especializado fora da institui-

ção regular de ensino, sendo de natureza filan-

trópica, confessional ou não governamental.

Concluindo podemos apontar que o Atendimento Educacional Especializado:

Lida com o saber particular do aluno, ou seja, o que há de subjetivo na cons-

trução do conhecimento dos alunos com deficiência;

Refere-se ao que é diferente da educação em escolas comuns, complemen-

tando a educação escolar;

Tem suas ações definidas de acordo com o tipo de deficiência que se propõe

a atender, por exemplo, Libras e português para pessoas com surdez; braile,

sorobã para os alunos cegos etc.

seu foco é educacional, possibilita desenvolver formas para que o aluno

possa usar o conhecimento, considerando seu saber particular, subjetivo

como elemento essencial desse processo, bem como os limites impostos

pela deficiência;

Difere do atendimento clínico ou do reforço escolar;

Não tem como objetivo sistematizar o conteúdo escolar (tarefa da escola),

embora o utilize como meio para desenvolvimento de suas ações;

É complementar à escola, organizado em período oposto;

Busca meios para superar as barreiras impostas pela deficiência em relação

ao conhecimento;

Está ligado a cada área da deficiência;

É realizado por professor graduado, com especialização.

Assim a importância da formação continuada dos profissionais que atuam

na Educação Especial/Inclusiva para que de fato o Atendimento Educacional

Especializado seja o carro chefe da Educação Inclusiva, contribuindo para

uma sociedade cada vez mais inclusiva.

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20 21www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 25

Qualificação Profissional em:

Qualificação Profissional em:

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20 21www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 25

Qualificação Profissional em:

Qualificação Profissional em:

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22 23

InclusãoA nova perspectiva da educação

Profª Irene Guimarães Coelho Magalhães

onsiderando a Inclusão como “processo gradativo onde é permitido

Caos alunos com necessidades educativas especiais, que foram escola-

rizados fora das escolas regulares, serem educados nelas” (Marchesi-

2004) e comparado à metáfora “cascata”, como forma condicional de inserção

que depende do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às

opções do sistema escolar (Mantoan-1998), levando em conta o princípio da

normalização e em contra partida que a Inclusão é associada à metáfora do

calidoscópio, Montoan compara o conceito de Inclusão comum com o cali-

doscópio, que precisa de todos os pedaços que a compõem.

Quando se retira pedaço dele, o desenho se torna menos complexo,

menos rico, assim a Inclusão propõem o desenvolvimento da criança, em

um ambiente rico e variado (Montoan, M.T. 1998 em Forest e Lusthaus,

1987). A escola inclusiva, baseia-se na Declaração Universal dos Direitos

Humanos, com o compromisso de garantir uma educação de qualidade para

todos. (Marchesi-2004).

A Declaração de Salamanca, foi inspirada no principio de inclusão e no reco-

nhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir escolas para

todos e que pudessem abranger instituições que aceitassem as diferenças, apo-

iassem a aprendizagem e respondessem as necessidades especiais:

de integração desenvolvido na Espanha, em 20

anos. Fala da necessidade de um compromisso

com a mudança e acentua que “as escolas inclusi-

vas não aparecem da noite para o dia, mas vão se

configurando mediante um longo processo, por-

tanto é preciso tomar consciência dos objetivos

que se tenta alcançar e do tipo de estratégias que

se deve impulsionar”

A educação, como um direito de todos os cida-

dãos estabelecido pela Constituição Federal do

Brasil, foi reafirmada pela Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional, Lei n. 9.394/96, que destina

o capitulo V a Educação Especial. O art. 58 da

LDBEN define que a educação dos alunos com

necessidades especiais deve ser realizada, prefe-

rencialmente, na rede regular de ensino.

“Educação Inclusiva significa provisão de opor-

tunidades eqüitativas a todos os estudantes,

incluindo aqueles com deficiências severas, para

que eles recebam serviços educacionais eficazes,

com os necessários serviços suplementares de

auxílios e apoios, em classes adequadas a idade

em escolas da vizinhança, afim de prepará-los

para uma vida produtiva como membro da socie-

dade” (Centro Nacional de Reestruturação e

Inclusão Educacional-1994”

A escola deve promover o desenvolvimento

integral da pessoa com deficiência, e facilitando

sua integração na sociedade. Para que isto aconte-

ça a pessoa com deficiência tem que ser vista

como um sujeito eficiente, capaz, produtivo e prin-

cipalmente apto a aprender a aprender.

A inclusão é utopia, um paradigma? É sem dúvi-

da um desafio para a sociedade, uma revolução

para o meio educacional. Quando falamos e pen-

samos em inclusão, qual o maior desafio para

estas pessoas, uma vez que a sociedade inclui e

exclui? E quanto aos profissionais , estão prepara-

dos, habilitados e capacitados para oferecer um

ensino de qualidade atendendo às especificidades

destas pessoas especiais? O sistema educacional

está integrando ou incluindo?

E o profissional da educação que antes era abso-

luto e tinha o conhecimento empírico em sua

área, hoje se vê rodeado pela concorrência e exi-

gência de diversos conhecimentos e habilidades

que até pouco tem atrás não eram exigidos.

Percebe-se, então, que os profissionais da educa-

ção devido à necessidade de qualificar-se melhor

ARTIGO

No Brasil, um elenco de fundamental importância para a compreensão do

surgimento da idéia de inclusão refere-se aos dados alarmantes observados

sobre: a) o fracasso escolar, a evasão e a repetência, especialmente das crian-

ças pobres, e b) o aumento da demanda pela criação de classe e escolas especi-

ais, sobretudo na década 1980. Tudo isso levou ao questionamento Marchesi

(2004), destacando as diferenças culturais e sociais entre os países, reafirma o

compromisso assumido na Declaração de Salamanca e apresenta um projeto

“Toda criança tem direito fundamental a educação e deve ser dada a

oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendiza-

gem. Os sistemas educacionais deveriam ser designados e progra-

mas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se

levar em conta a vasta diversidade de características e necessidades.

Aqueles com necessidades educativas especiais devem ter acesso

a escola regular, que

deveria acomoda-los

dentro de uma peda-

gogia centrada na cri-

ança, capaz de satis-

fazer a tais necessi-

dades”

(Declaração de

Salmanca)

INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIAL

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO22

neste mercado, buscam conhecimentos através de

cursos na área de educação especial. A demanda de

qualificação da educação vem aumentando pro-

gressivamente. O governo propõe um novo olhar,

passa a exigir que os profissionais se habilitem e

voltem a estudar, é o que prevê a Resolução SEE n°

2441 de 24 de outubro de 2013.

As pessoas deficientes devem ser avaliadas

pelas suas potencialidades e possibilidades,

deixando o estigma que os colocam na condi-

ção de incapazes, do que pelos limites da pró-

pria deficiência.

Hoje, surge um novo olhar com uma nova interpretação, visto pelo

princípio da equidade que geram respeito e cidadania e constroem

novos significados.

A proposta de inclusão social de alunos com necessidades especiais, no

ensino regular, é hoje garantida pela legislação educacional brasileira.

Contudo, a inclusão com garantia de direitos e qualidade de educação ainda é

um sonho a ser alcançado, um caminho a ser construído, onde varias mudan-

ças serão necessárias: estruturais, pedagógicas e sem duvidas capacitação de

professores no que se diz respeito a lidar com situações corriqueiras do dia a

dia de sala de aula.

O processo das aulas responde à diversidade do alunado?As aulas são preparadas para o trabalho na diversidade? Atividades de cópia mecâ-nica são evitadas?

As aulas são acessíveis a todos estudantes? Os materiais curriculares contemplam os diferentes contextos e culturas dos alunos? A linguagem usada em sala de aula é

acessível a todos?

As aulas contribuem para maior compreensão das diferenças?Os alunos são estimulados a ouvir opiniões diferentes? O currículo estimula o entendimento das diferenças de cultura, gênero, deficiência, religiões, etc?

Os alunos são ativos no seu processo de aprendizagem? Os alunos são estimulados a dirigir sua própria aprendizagem? Os alunos são estimulados a ajudar os colegas?

A avaliação estimula o êxito de todos os alunos? Há oportunidades de, em equipe, avaliar o trabalho realizado? Os resultados das avaliações servem para introduzir

mudanças?

A disciplina na sala de aula inspira-se no respeito mutuo? Os alunos são consulta-dos sobre como podem melhorar sua atenção para aprender? As normas de compor-

tamento são explicitas?

Os professores planejam, revisam e ensinam em colaboração? Os professores com-partilham do planejamento dos trabalhos na escola e nos de casa? Os professores

mudam suas praticas a partir das sugestões recebidas?

Os professores preocupam-se em apoiar a aprendizagem e participação de todos os alunos? Eles reconhecem a importância de tratar a todos os alunos com equidade?

Os professores procuram desenvolver nos alunos a independência e a autonomia?

Os profissionais de apoio preocupam-se com a participação de todos? Existe uma descrição clara acerca das funções e tarefas do pessoal de apoio?

Os deveres de casa contribuem para a aprendizagem de todos? Os deveres tem sem-pre um objetivo pedagógico claro? Estão relacionados com as atividades da escola?

Todos os alunos participam de atividades complementares e extra escolares? São

todos estimulados a participarem de diferentes atividades? As visitas escolares são

acessíveis para todos?

“Acreditar que muitas são as possibilidades, planejar e agir em conformidade com mui-

tos sonhos, criar uma sintonia que possa gerar uma nova realidade.”

Papel do Professor na InclusãoPara o professor desenvolver boas práticas inclusivas

deve se fazer algumas perguntas:

Papel do Professor na Inclusão

23www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

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22 23

InclusãoA nova perspectiva da educação

Profª Irene Guimarães Coelho Magalhães

onsiderando a Inclusão como “processo gradativo onde é permitido

Caos alunos com necessidades educativas especiais, que foram escola-

rizados fora das escolas regulares, serem educados nelas” (Marchesi-

2004) e comparado à metáfora “cascata”, como forma condicional de inserção

que depende do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às

opções do sistema escolar (Mantoan-1998), levando em conta o princípio da

normalização e em contra partida que a Inclusão é associada à metáfora do

calidoscópio, Montoan compara o conceito de Inclusão comum com o cali-

doscópio, que precisa de todos os pedaços que a compõem.

Quando se retira pedaço dele, o desenho se torna menos complexo,

menos rico, assim a Inclusão propõem o desenvolvimento da criança, em

um ambiente rico e variado (Montoan, M.T. 1998 em Forest e Lusthaus,

1987). A escola inclusiva, baseia-se na Declaração Universal dos Direitos

Humanos, com o compromisso de garantir uma educação de qualidade para

todos. (Marchesi-2004).

A Declaração de Salamanca, foi inspirada no principio de inclusão e no reco-

nhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir escolas para

todos e que pudessem abranger instituições que aceitassem as diferenças, apo-

iassem a aprendizagem e respondessem as necessidades especiais:

de integração desenvolvido na Espanha, em 20

anos. Fala da necessidade de um compromisso

com a mudança e acentua que “as escolas inclusi-

vas não aparecem da noite para o dia, mas vão se

configurando mediante um longo processo, por-

tanto é preciso tomar consciência dos objetivos

que se tenta alcançar e do tipo de estratégias que

se deve impulsionar”

A educação, como um direito de todos os cida-

dãos estabelecido pela Constituição Federal do

Brasil, foi reafirmada pela Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional, Lei n. 9.394/96, que destina

o capitulo V a Educação Especial. O art. 58 da

LDBEN define que a educação dos alunos com

necessidades especiais deve ser realizada, prefe-

rencialmente, na rede regular de ensino.

“Educação Inclusiva significa provisão de opor-

tunidades eqüitativas a todos os estudantes,

incluindo aqueles com deficiências severas, para

que eles recebam serviços educacionais eficazes,

com os necessários serviços suplementares de

auxílios e apoios, em classes adequadas a idade

em escolas da vizinhança, afim de prepará-los

para uma vida produtiva como membro da socie-

dade” (Centro Nacional de Reestruturação e

Inclusão Educacional-1994”

A escola deve promover o desenvolvimento

integral da pessoa com deficiência, e facilitando

sua integração na sociedade. Para que isto aconte-

ça a pessoa com deficiência tem que ser vista

como um sujeito eficiente, capaz, produtivo e prin-

cipalmente apto a aprender a aprender.

A inclusão é utopia, um paradigma? É sem dúvi-

da um desafio para a sociedade, uma revolução

para o meio educacional. Quando falamos e pen-

samos em inclusão, qual o maior desafio para

estas pessoas, uma vez que a sociedade inclui e

exclui? E quanto aos profissionais , estão prepara-

dos, habilitados e capacitados para oferecer um

ensino de qualidade atendendo às especificidades

destas pessoas especiais? O sistema educacional

está integrando ou incluindo?

E o profissional da educação que antes era abso-

luto e tinha o conhecimento empírico em sua

área, hoje se vê rodeado pela concorrência e exi-

gência de diversos conhecimentos e habilidades

que até pouco tem atrás não eram exigidos.

Percebe-se, então, que os profissionais da educa-

ção devido à necessidade de qualificar-se melhor

ARTIGO

No Brasil, um elenco de fundamental importância para a compreensão do

surgimento da idéia de inclusão refere-se aos dados alarmantes observados

sobre: a) o fracasso escolar, a evasão e a repetência, especialmente das crian-

ças pobres, e b) o aumento da demanda pela criação de classe e escolas especi-

ais, sobretudo na década 1980. Tudo isso levou ao questionamento Marchesi

(2004), destacando as diferenças culturais e sociais entre os países, reafirma o

compromisso assumido na Declaração de Salamanca e apresenta um projeto

“Toda criança tem direito fundamental a educação e deve ser dada a

oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendiza-

gem. Os sistemas educacionais deveriam ser designados e progra-

mas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se

levar em conta a vasta diversidade de características e necessidades.

Aqueles com necessidades educativas especiais devem ter acesso

a escola regular, que

deveria acomoda-los

dentro de uma peda-

gogia centrada na cri-

ança, capaz de satis-

fazer a tais necessi-

dades”

(Declaração de

Salmanca)

INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIAL

www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO22

neste mercado, buscam conhecimentos através de

cursos na área de educação especial. A demanda de

qualificação da educação vem aumentando pro-

gressivamente. O governo propõe um novo olhar,

passa a exigir que os profissionais se habilitem e

voltem a estudar, é o que prevê a Resolução SEE n°

2441 de 24 de outubro de 2013.

As pessoas deficientes devem ser avaliadas

pelas suas potencialidades e possibilidades,

deixando o estigma que os colocam na condi-

ção de incapazes, do que pelos limites da pró-

pria deficiência.

Hoje, surge um novo olhar com uma nova interpretação, visto pelo

princípio da equidade que geram respeito e cidadania e constroem

novos significados.

A proposta de inclusão social de alunos com necessidades especiais, no

ensino regular, é hoje garantida pela legislação educacional brasileira.

Contudo, a inclusão com garantia de direitos e qualidade de educação ainda é

um sonho a ser alcançado, um caminho a ser construído, onde varias mudan-

ças serão necessárias: estruturais, pedagógicas e sem duvidas capacitação de

professores no que se diz respeito a lidar com situações corriqueiras do dia a

dia de sala de aula.

O processo das aulas responde à diversidade do alunado?As aulas são preparadas para o trabalho na diversidade? Atividades de cópia mecâ-nica são evitadas?

As aulas são acessíveis a todos estudantes? Os materiais curriculares contemplam os diferentes contextos e culturas dos alunos? A linguagem usada em sala de aula é

acessível a todos?

As aulas contribuem para maior compreensão das diferenças?Os alunos são estimulados a ouvir opiniões diferentes? O currículo estimula o entendimento das diferenças de cultura, gênero, deficiência, religiões, etc?

Os alunos são ativos no seu processo de aprendizagem? Os alunos são estimulados a dirigir sua própria aprendizagem? Os alunos são estimulados a ajudar os colegas?

A avaliação estimula o êxito de todos os alunos? Há oportunidades de, em equipe, avaliar o trabalho realizado? Os resultados das avaliações servem para introduzir

mudanças?

A disciplina na sala de aula inspira-se no respeito mutuo? Os alunos são consulta-dos sobre como podem melhorar sua atenção para aprender? As normas de compor-

tamento são explicitas?

Os professores planejam, revisam e ensinam em colaboração? Os professores com-partilham do planejamento dos trabalhos na escola e nos de casa? Os professores

mudam suas praticas a partir das sugestões recebidas?

Os professores preocupam-se em apoiar a aprendizagem e participação de todos os alunos? Eles reconhecem a importância de tratar a todos os alunos com equidade?

Os professores procuram desenvolver nos alunos a independência e a autonomia?

Os profissionais de apoio preocupam-se com a participação de todos? Existe uma descrição clara acerca das funções e tarefas do pessoal de apoio?

Os deveres de casa contribuem para a aprendizagem de todos? Os deveres tem sem-pre um objetivo pedagógico claro? Estão relacionados com as atividades da escola?

Todos os alunos participam de atividades complementares e extra escolares? São

todos estimulados a participarem de diferentes atividades? As visitas escolares são

acessíveis para todos?

“Acreditar que muitas são as possibilidades, planejar e agir em conformidade com mui-

tos sonhos, criar uma sintonia que possa gerar uma nova realidade.”

Papel do Professor na InclusãoPara o professor desenvolver boas práticas inclusivas

deve se fazer algumas perguntas:

Papel do Professor na Inclusão

23www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

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24 25

PROFISSIONAL DE DESTAQUE!Sandra Franco Bittencout

Aula de dar gosto!!!Aula de dar gosto!!!Aula de dar gosto!!!

Unicead gostaria de ressaltar o trabalho

Afantástico da nossa querida professora,

Sandra Bittencourt! Ela é atriz, pedagoga

e especialista em ensino especial, arte-educação e

literatura infantil e juvenil e há mais de quatro

anos vem abrilhantando as aulas de pós-

graduação da instituição!

Sandra Franco Bittencourt

Conheça a Trupe

Maria Farinha:São histórias pra deitar e rolar

Sandra Franco Bittencourt

Turma de Pós-Graduação em Pedagogia Empresarial - Minacu/GO

“Os olhos da gente ficam congelados, mas o coração se aquece.

Às vezes, ele também dispara; até parece bateria de escola de

samba. Dá frio na barriga, nó na garganta e, no momento

seguinte, vontade de soltar aquela gargalhada. Sabe o que é isso?

É a magia da narração de histórias.

Vou ser bem sincero porque não tenho papas na língua: é

fenomenástico (mistura de fenomenal com fantástico)

Se algum dia tiver a oportunidade de conferir pessoalmente o

espetáculo da Trupe Maria Farinha, verá que não estou

mentindo.”

Para saber mais acesse o link:

http://atorremagica.blogspot.com.br/2012/09/trupe-maria-farinha-historias-pra.html

24

ARTIGOReflexão

O fantásticopoder da escolha

ão importa em que área de sua vida

Npersista um impasse, saia já daí! Exerça

seu poder da escolha e tome logo a

decisão que acredita ser a melhor! Há pessoas que,

desesperadas em corresponder à imagem

idealizada, muitas vezes, preferem a dor, o

sofrimento e até a morte do que propriamente

abrirem mão dessa missão impossível e

assumirem, naturalmente, a responsabilidade

sobre suas escolhas.

Geralmente, esperam por alguém que tome

uma decisão por elas, livrando-se assim da

responsabilidade sobre um eventual fracasso. Ao

agirem dessa forma, arriscam, em todos os

sentidos, a própria existência.

Se você está vivendo angustiado(a) e infeliz é

porque ainda não se decidiu sobre algo. O medo,

das supostas conseqüências, inibe seu poder da

escolha e aí você não se decide, fica preso(a) a

algum tipo de conflito interior que, além de

dilacerar o sentido de sua realização, causa-lhe

desalento e o(a) impele para atividades isoladas e

mais solitárias. Além disso, ao invés de estimular

sua autoconfiança, reforça a indesejada

dependência do outro.

Certa vez uma jovem recém-formada conseguiu

um bom emprego, com um ótimo salário e, talvez,

um promissor futuro profissional, mas ela vivia

com o semblante abatido e andava infeliz por não

conseguir se realizar com o que estava fazendo.

Suas feições exteriorizavam suas dores morais de

u m a fo r m a m u i t o ev i d e n t e e j á e s t a v a

contaminando as pessoas que amava. O que lhe era

prazeroso agora tornara insosso. Essa jovem

conhecia bem suas opções, mas protelava

qualquer decisão. Estava sempre pensando em

como os outros iriam vê-la se decidisse por essa ou

aquela opção. Enquanto conversávamos, e

atravessávamos a rua, ela pisou em um chiclete e,

então, parou para tentar se livrar da impiedosa

"goma assassina". Ela começou a gritar, pois os

carros se aproximavam. Eu disse em tom firme: É o

chiclete que se prendeu em você e não você nele.

Saia já daí e venha para a calçada...

É bom lembrar que são os nossos medos que

estão presos em nós e não nós neles. E, embora eles

eventualmente estejam "grudados" em nós, não

são fortes o bastante para nos impedir de tomar

uma decisão. Então, saia já daí e exerça seu

fantástico poder de escolha.

Prof. Chafic Jbeili

Doutor e Mestre em

Psicanálise, Teólogo com

habilitação em Filosofia,

Psicanalista,

Psicopedagogo, Escritor,

Fundador e Diretor Geral.

Atua há mais de 15 anos

como consultor

educacional, palestrante

e professor de

qualificação profissional

e pós-graduação, tendo

capacitado milhares de

profissionais das áreas

da Pedagogia, Psicologia,

Psicopedagogia,

Neuropedagogia,

Orientadores,

Supervisores e

Inspetores Escolores,

Terapeutas Familiares,

entre outros,

contribuindo no aspecto

clínico, didático e

pedagógico dos

processos ensino-

aprendizagem.

Prof. Esp. Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO 25

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PROFISSIONAL DE DESTAQUE!Sandra Franco Bittencout

Aula de dar gosto!!!Aula de dar gosto!!!Aula de dar gosto!!!

Unicead gostaria de ressaltar o trabalho

Afantástico da nossa querida professora,

Sandra Bittencourt! Ela é atriz, pedagoga

e especialista em ensino especial, arte-educação e

literatura infantil e juvenil e há mais de quatro

anos vem abrilhantando as aulas de pós-

graduação da instituição!

Sandra Franco Bittencourt

Conheça a Trupe

Maria Farinha:São histórias pra deitar e rolar

Sandra Franco Bittencourt

Turma de Pós-Graduação em Pedagogia Empresarial - Minacu/GO

“Os olhos da gente ficam congelados, mas o coração se aquece.

Às vezes, ele também dispara; até parece bateria de escola de

samba. Dá frio na barriga, nó na garganta e, no momento

seguinte, vontade de soltar aquela gargalhada. Sabe o que é isso?

É a magia da narração de histórias.

Vou ser bem sincero porque não tenho papas na língua: é

fenomenástico (mistura de fenomenal com fantástico)

Se algum dia tiver a oportunidade de conferir pessoalmente o

espetáculo da Trupe Maria Farinha, verá que não estou

mentindo.”

Para saber mais acesse o link:

http://atorremagica.blogspot.com.br/2012/09/trupe-maria-farinha-historias-pra.html

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ARTIGOReflexão

O fantásticopoder da escolha

ão importa em que área de sua vida

Npersista um impasse, saia já daí! Exerça

seu poder da escolha e tome logo a

decisão que acredita ser a melhor! Há pessoas que,

desesperadas em corresponder à imagem

idealizada, muitas vezes, preferem a dor, o

sofrimento e até a morte do que propriamente

abrirem mão dessa missão impossível e

assumirem, naturalmente, a responsabilidade

sobre suas escolhas.

Geralmente, esperam por alguém que tome

uma decisão por elas, livrando-se assim da

responsabilidade sobre um eventual fracasso. Ao

agirem dessa forma, arriscam, em todos os

sentidos, a própria existência.

Se você está vivendo angustiado(a) e infeliz é

porque ainda não se decidiu sobre algo. O medo,

das supostas conseqüências, inibe seu poder da

escolha e aí você não se decide, fica preso(a) a

algum tipo de conflito interior que, além de

dilacerar o sentido de sua realização, causa-lhe

desalento e o(a) impele para atividades isoladas e

mais solitárias. Além disso, ao invés de estimular

sua autoconfiança, reforça a indesejada

dependência do outro.

Certa vez uma jovem recém-formada conseguiu

um bom emprego, com um ótimo salário e, talvez,

um promissor futuro profissional, mas ela vivia

com o semblante abatido e andava infeliz por não

conseguir se realizar com o que estava fazendo.

Suas feições exteriorizavam suas dores morais de

u m a fo r m a m u i t o ev i d e n t e e j á e s t a v a

contaminando as pessoas que amava. O que lhe era

prazeroso agora tornara insosso. Essa jovem

conhecia bem suas opções, mas protelava

qualquer decisão. Estava sempre pensando em

como os outros iriam vê-la se decidisse por essa ou

aquela opção. Enquanto conversávamos, e

atravessávamos a rua, ela pisou em um chiclete e,

então, parou para tentar se livrar da impiedosa

"goma assassina". Ela começou a gritar, pois os

carros se aproximavam. Eu disse em tom firme: É o

chiclete que se prendeu em você e não você nele.

Saia já daí e venha para a calçada...

É bom lembrar que são os nossos medos que

estão presos em nós e não nós neles. E, embora eles

eventualmente estejam "grudados" em nós, não

são fortes o bastante para nos impedir de tomar

uma decisão. Então, saia já daí e exerça seu

fantástico poder de escolha.

Prof. Chafic Jbeili

Doutor e Mestre em

Psicanálise, Teólogo com

habilitação em Filosofia,

Psicanalista,

Psicopedagogo, Escritor,

Fundador e Diretor Geral.

Atua há mais de 15 anos

como consultor

educacional, palestrante

e professor de

qualificação profissional

e pós-graduação, tendo

capacitado milhares de

profissionais das áreas

da Pedagogia, Psicologia,

Psicopedagogia,

Neuropedagogia,

Orientadores,

Supervisores e

Inspetores Escolores,

Terapeutas Familiares,

entre outros,

contribuindo no aspecto

clínico, didático e

pedagógico dos

processos ensino-

aprendizagem.

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26 27

compromisso, de todo o governo, o atendi-

Émento às necessidades básicas dos cidadãos,

entre elas os cuidados básicos com alimenta-

ção, saúde, higiene e educação. Com a saída das

mulheres de seus lares para o mercado de trabalho

e um novo perfil de idosos, que continuam ativos

na sociedade, em muitos casos ainda trabalhando,

enfrentamos um problema: quem cuida das crian-

ças? As mamães estão no trabalho, os avós vivendo

suas próprias experiências e, tantas vezes, sem

tempo para seus netos.

Na primeira infância são construídas as bases

da personalidade humana. Criança precisa de cui-

dados especiais e de educação apropriada. A edu-

cação e o cuidado com a primeira infância consis-

tem em urgência para os municípios.

De acordo com Ministério de Educação, todas as

crianças, a partir dos 4 anos de idade, deverão ser

matriculadas na Educação Básica. A obrigatorie-

dade de realizar as matrículas cabe aos pais ou res-

ponsáveis. Os municípios e estados têm até 2016

para se adequarem. Essas novas normas foram esta-

belecidas pela Lei nº 12.796/2013, sancionada pela

presidenta da República, Dilma Rousseff, e publi-

cada no Diário Oficial da União. Esse documento

ajusta a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996

(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) à

Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro

de 2009, que torna obrigatória a oferta gratuita de

educação básica a partir dos 4 anos de idade.

De acordo com artigos 11 e 14 da Resolução Nº

281, de 2005, do Conselho Estadual de

Educação – CEED/RS “A proposta peda-

gógica expressa a integração entre edu-

cação e cuidados” (artigo 11) e “Os profis-

sionais que atuam na educação infantil

devem ser habilitados, sendo que nenhu-

ma turma pode funcionar sem a presença

do professor” (artigo 14).

Para atuar na Educação Infantil

como docente é obrigatória a formação

curso de licenciatura com graduação ple-

na, admitida como formação mínima a

oferecida em nível médio, na modalida-

de Normal (magistério). Além do docente, admite-se o educador assistente

que deve ter concluído o Ensino Fundamental, bem como, curso de

Capacitação em Educação Infantil de no mínimo 100 horas, registrado na

Secretaria Municipal de Educação (no caso de Porto Alegre). Além dessas exi-

gências, toda instituição deve ter um profissional responsável técnico pela

área pedagógica e um profissional responsável pela área de saúde, podendo

ser enfermeiro, nutricionista, médico ou terapeuta ocupacional.

(Fonte: SMED/POA. Manual da Educação infantil. Disponível em

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smed/default.php?p_secao=293)

A capacitação do Educador Assistente na Educação Infantil deve envolver

temas relevantes como relações humanas e dinâmicas de grupo; História da

Infância; Legislação de Ensino; Fases do Desenvolvimento Infantil;

Psicologia Infantil: construção da personalidade na infância; Cuidados com a

criança: higiene e saúde; Estimulação precoce; Alimentação na 1ª Infância;

Aquisição da linguagem oral infantil; Desenvolvimento do Pensamento

Lógico matemático; Brincadeiras e brinquedos; Leitura do desenho infantil;

Inclusão Escolar na educação Infantil; Construção do tempo e espaço;

Literatura Infantil; Psicomotricidade e linguagem corporal; Expressão artís-

tica na infância; Musicalidade na infância; Projetos pedagógicos e rotina edu-

cativa e Alfabetização e letramento.

Importante, ainda, é enfatizar que as crianças de 4 e 5 anos precisam

BRINCAR. A expectativa de pais e docentes, que compreendem o significado

da ludicidade nessa fase da vida, é de que os pequeninos não fiquem sentados

em classes pintando desenhos prontos ou copiando do quadro. Eles precisam

rir, pular, brincar livremente, desenhar “a mão livre”, aprender a conviver, jogar,

ver o sol, sentir o cheiro da grama, conhecer as normas da sociedade e construir

sua noção do que “se pode ou não se pode fazer” em determinados espaços soci-

ais... A criança precisa ser criança sem esmaltes nas unhas, sem salto alto, sem

tintas nos cabelos e bijuterias de “gente grande” ou danças “de adultos”.

1Drª. Lilian Zieger

1Pedagoga, supervisora educacional, mestre em educação e doutora em Psicologia

Evolutiva e da Educação. Presidente da ANSEB e diretora pedagógica da Consultoria

Lilian Zieger e Equipe Ltda.

Contatos:

[email protected]

(51) 32866898/30843357

26 www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Educação infantilpassa a ser obrigatória paracrianças de 4 e 5 anos

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

Contato:

61 4102 3427www.abmpdf.com

[email protected]

Percurso Psicanalítico

Filie-se

27

Curso Formação PsicanáliseCurso com Estágio Acolhimento de Escuta

ABMP-DF & ESCOLA DE PSICANÁLISE CLÍNICA – EPCRJ & UNICEAD Delegacia Regional ABMP-DF Parceria: U.K. Sociedade Internacional de Psicanálise de Londres.

w w w . a b m p d f . c o m

Novas Turmas

Informações e Reserva de [email protected]

BRASÍLIA DF

MONTES CLAROS MG

ILHÉUS BA

VITORIA DA CONQUISTA BA

A Histeria e o Surgimento da PsicanáliseMecanismos Psíquicos dos Fenômenos HistéricosA Sexualidade na Etiologia das NeurosesIntrodução a Interpretação dos SonhosEsquecimentos, Lapsos da Fala, Equívocos Ação e errosO Método PsicanalíticoO Tratamento Psíquico (Anímico)Os Chistes e sua Relação com o InconscienteArqueologia da Mente: Gradiva de JensemCasos clínicos: O Pequeno Hans e o Homem dos RatosA Significação Antitética das Palavras PrimitivasA Dinâmica da Transferência na Clínica PsicanalíticaTabu e Ambivalência EmocionalLuto e MelancoliaHistória de uma Neurose InfantilAlém do Princípio do PrazerTerapia de Grupo e Análise do EgoO Ego e o IdTeoria e Prática na Interpretação dos SonhosInibições, Sintomas e AnsiedadeA Questão da Análise Leiga (não-médicos)O Futuro de uma Ilusão e o Mal Estar na CivilizaçãoEsboço de Psicanálise: A Mente e seu FuncionamentoFreud, Pós Freudianos e apresentação de trabalho Final

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compromisso, de todo o governo, o atendi-

Émento às necessidades básicas dos cidadãos,

entre elas os cuidados básicos com alimenta-

ção, saúde, higiene e educação. Com a saída das

mulheres de seus lares para o mercado de trabalho

e um novo perfil de idosos, que continuam ativos

na sociedade, em muitos casos ainda trabalhando,

enfrentamos um problema: quem cuida das crian-

ças? As mamães estão no trabalho, os avós vivendo

suas próprias experiências e, tantas vezes, sem

tempo para seus netos.

Na primeira infância são construídas as bases

da personalidade humana. Criança precisa de cui-

dados especiais e de educação apropriada. A edu-

cação e o cuidado com a primeira infância consis-

tem em urgência para os municípios.

De acordo com Ministério de Educação, todas as

crianças, a partir dos 4 anos de idade, deverão ser

matriculadas na Educação Básica. A obrigatorie-

dade de realizar as matrículas cabe aos pais ou res-

ponsáveis. Os municípios e estados têm até 2016

para se adequarem. Essas novas normas foram esta-

belecidas pela Lei nº 12.796/2013, sancionada pela

presidenta da República, Dilma Rousseff, e publi-

cada no Diário Oficial da União. Esse documento

ajusta a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996

(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) à

Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro

de 2009, que torna obrigatória a oferta gratuita de

educação básica a partir dos 4 anos de idade.

De acordo com artigos 11 e 14 da Resolução Nº

281, de 2005, do Conselho Estadual de

Educação – CEED/RS “A proposta peda-

gógica expressa a integração entre edu-

cação e cuidados” (artigo 11) e “Os profis-

sionais que atuam na educação infantil

devem ser habilitados, sendo que nenhu-

ma turma pode funcionar sem a presença

do professor” (artigo 14).

Para atuar na Educação Infantil

como docente é obrigatória a formação

curso de licenciatura com graduação ple-

na, admitida como formação mínima a

oferecida em nível médio, na modalida-

de Normal (magistério). Além do docente, admite-se o educador assistente

que deve ter concluído o Ensino Fundamental, bem como, curso de

Capacitação em Educação Infantil de no mínimo 100 horas, registrado na

Secretaria Municipal de Educação (no caso de Porto Alegre). Além dessas exi-

gências, toda instituição deve ter um profissional responsável técnico pela

área pedagógica e um profissional responsável pela área de saúde, podendo

ser enfermeiro, nutricionista, médico ou terapeuta ocupacional.

(Fonte: SMED/POA. Manual da Educação infantil. Disponível em

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smed/default.php?p_secao=293)

A capacitação do Educador Assistente na Educação Infantil deve envolver

temas relevantes como relações humanas e dinâmicas de grupo; História da

Infância; Legislação de Ensino; Fases do Desenvolvimento Infantil;

Psicologia Infantil: construção da personalidade na infância; Cuidados com a

criança: higiene e saúde; Estimulação precoce; Alimentação na 1ª Infância;

Aquisição da linguagem oral infantil; Desenvolvimento do Pensamento

Lógico matemático; Brincadeiras e brinquedos; Leitura do desenho infantil;

Inclusão Escolar na educação Infantil; Construção do tempo e espaço;

Literatura Infantil; Psicomotricidade e linguagem corporal; Expressão artís-

tica na infância; Musicalidade na infância; Projetos pedagógicos e rotina edu-

cativa e Alfabetização e letramento.

Importante, ainda, é enfatizar que as crianças de 4 e 5 anos precisam

BRINCAR. A expectativa de pais e docentes, que compreendem o significado

da ludicidade nessa fase da vida, é de que os pequeninos não fiquem sentados

em classes pintando desenhos prontos ou copiando do quadro. Eles precisam

rir, pular, brincar livremente, desenhar “a mão livre”, aprender a conviver, jogar,

ver o sol, sentir o cheiro da grama, conhecer as normas da sociedade e construir

sua noção do que “se pode ou não se pode fazer” em determinados espaços soci-

ais... A criança precisa ser criança sem esmaltes nas unhas, sem salto alto, sem

tintas nos cabelos e bijuterias de “gente grande” ou danças “de adultos”.

1Drª. Lilian Zieger

1Pedagoga, supervisora educacional, mestre em educação e doutora em Psicologia

Evolutiva e da Educação. Presidente da ANSEB e diretora pedagógica da Consultoria

Lilian Zieger e Equipe Ltda.

Contatos:

[email protected]

(51) 32866898/30843357

26 www.unicead.com.br abril 2014INFORMATIVO

Educação infantilpassa a ser obrigatória paracrianças de 4 e 5 anos

www.unicead.com.br abril 2014 INFORMATIVO

Contato:

61 4102 3427www.abmpdf.com

[email protected]

Percurso Psicanalítico

Filie-se

27

Curso Formação PsicanáliseCurso com Estágio Acolhimento de Escuta

ABMP-DF & ESCOLA DE PSICANÁLISE CLÍNICA – EPCRJ & UNICEAD Delegacia Regional ABMP-DF Parceria: U.K. Sociedade Internacional de Psicanálise de Londres.

w w w . a b m p d f . c o m

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BRASÍLIA DF

MONTES CLAROS MG

ILHÉUS BA

VITORIA DA CONQUISTA BA

A Histeria e o Surgimento da PsicanáliseMecanismos Psíquicos dos Fenômenos HistéricosA Sexualidade na Etiologia das NeurosesIntrodução a Interpretação dos SonhosEsquecimentos, Lapsos da Fala, Equívocos Ação e errosO Método PsicanalíticoO Tratamento Psíquico (Anímico)Os Chistes e sua Relação com o InconscienteArqueologia da Mente: Gradiva de JensemCasos clínicos: O Pequeno Hans e o Homem dos RatosA Significação Antitética das Palavras PrimitivasA Dinâmica da Transferência na Clínica PsicanalíticaTabu e Ambivalência EmocionalLuto e MelancoliaHistória de uma Neurose InfantilAlém do Princípio do PrazerTerapia de Grupo e Análise do EgoO Ego e o IdTeoria e Prática na Interpretação dos SonhosInibições, Sintomas e AnsiedadeA Questão da Análise Leiga (não-médicos)O Futuro de uma Ilusão e o Mal Estar na CivilizaçãoEsboço de Psicanálise: A Mente e seu FuncionamentoFreud, Pós Freudianos e apresentação de trabalho Final

Page 28: - Montes Claros, abril de 2014 - Ano II ...chafic.com.br/revista/files/revista_unicead_ed02.pdf · em Psicopedagogia/ Importância ... Ilma Mendes Direito Autoral na Internet

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