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- Neurofisiologia EFEITOS DA BROMOCRIPTINA SOBRE O COMPORTAMENTO DE RATOS JOVENS SUBMETIDOS AO CAMPO ABERTO (CA) E AO LABIRINTO EM T ELEVADO (LTE). 1 Mazzucatto, M. D. S.*; 2 Louzado, K. H. G.*; 3 *; 4 Andrade, I. S.; 1,2,3 Neurofisiologia, UMESP; 4 Fisiofarmacologia, UMESP Objetivo: A participação do sistema dopaminérgico na aprendizagem e memória tem sido demonstrada. A injeção intrahipocampal de agonista de receptores dopaminérgicos D1 e D2, pós-treinamento melhoraram a resposta em testes que envolvem a memória espacial (Behav Neurosci, 105:295– 306, 1991). Por outro lado, a administração de antagonista dopaminérgico causou atenuação das respostas em testes que envolvem memória espacial (Neuroscience, 89:743–749, 1999 ; Neuroscience, 103:27–33, 2001) e não memoria espacial (Eur J Pharmacol, 281:241-250, 1995). Foi observado que a administração de agonista dopaminérgico causa aumento da atividade locomotora em animais adultos que tiveram o sistema dopaminérgico lesado com 6- hidroxidopamina (6-OHDA) durante o período neonatal (Brain Res Bull, 25:477– 484, 1990). O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do agonista dopaminérgico Bromocriptina sobre respostas comportamentais de ratos jovens submetidos ao campo aberto e ao labirinto em T elevado. Métodos e Resultados: Ratos albinos Spraguey Dawley, com 40 dias de idade, 45 minutos após a injeção de Bromocriptina (CBr) na dose de 0,4 mg/100g de peso corpóreo ou de salina (Csal) i.p., foram expostos individualmente a uma sessão de 5 minutos (1º dia) ao CA e em seguida os animais foram colocados na extremidade do braço aberto do LTE. No CA foi medida a quantidade de área percorrida e de bolo fecal e no LTE o tempo gasto de saída do braço aberto e entrada em um dos braços fechados (latência). Vinte e quatro horas após a primeira sessão (1º dia) o mesmo procedimento foi repetido (2º dia). O mesmo foi realizado com um grupo de animais que não receberam nenhuma injeção antes do teste (C). Os resultados de 8 animais por grupo foram expressos como média ± erro padrão da média. Para as comparações entre os diferentes grupos experimentais foi utilizado teste “t de student” não pareado e o pareado para comparações entre o 1º e o 2º dia de teste no mesmo grupo. O nível de significância adotado foi p<0,05. Os resultados obtidos mostraram que não houve diferenças estatisticamente significativas entre os animais C e os Csal. A injeção de Bromocriptina aumentou na quantidade de áreas percorrida tanto no 1º como no 2º dia de teste (CBr: 40,86±4,70 e 44,00±7,25) comparados aos obtidos em animais C ou ao Csal (C: 34,80±4,03 e 33,00±4,67; Csal: 36,50±4,61 e 36,75±3,59). Não observamos diferenças estatisticamente significativas entre o 1º e o 2º dia de teste em nenhum dos grupos. Quanto ao bolo fecal não notamos diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, porém a bromocriptina tendeu a diminuir a quantidade de bolo fecal no 1º dia e aumentar no 2º comparados aos grupos e Csal. A injeção de bromocriptina aumentou significativamente a latência obtida no LTE tanto no 1º como no 2º dia comparado ao grupo C e Csal (CBr: 14±150 e 10,86±2,68; C: 3,00±0,92 e 1,8±0,20; Csal: 7,00±4,06 e 4,02±1,2). Conclusões: Os resultados sugerem que a administração do agonista dopaminérgico (bromocriptina), em ratos com 40 dias de idade, provoca hiperatividade e alteração do padrão de resposta de aprendizagem e memória no LTE. 05.002 IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES ELETROFISIOLÓGICOS DO SONO EM ANIMAIS DO MODELO DE EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL 1 de Matos, G.; 1 Vicente, J. M. Y. ** ; 1 Hilário, F. K.*; 2 Sameshima, K.; 1 Timo-Iaria, C.; 1 Valle, A. C.; 1 Patologia FMUSP; 2 Radiologia FMUSP Objetivo: O modelo experimental de escolha para o estudo da fisiopatologia da epilepsia do lobo temporal (ELT) é o da pilocarpina (agonista colinérgico) (Behav Brain Res 9(3):315,1983). Entretanto, pouco se sabe sobre os padrões de sono desses animais. No presente trabalho investigou-se a ocorrência e a integridade do sono dessincronizado (SD) de ratos tratados com pilocarpina, uma

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- Neurofisiologia EFEITOS DA BROMOCRIPTINA SOBRE O COMPORTAMENTO DE RATOS JOVENS SUBMETIDOS AO CAMPO ABERTO (CA) E AO LABIRINTO EM T ELEVADO (LTE). 1 Mazzucatto, M. D. S.*; 2 Louzado, K. H. G.*; 3*; 4 Andrade, I. S.; 1,2,3Neurofisiologia, UMESP; 4 Fisiofarmacologia, UMESP Objetivo: A participação do sistema dopaminérgico na aprendizagem e memória tem sido demonstrada. A injeção intrahipocampal de agonista de receptores dopaminérgicos D1 e D2, pós-treinamento melhoraram a resposta em testes que envolvem a memória espacial (Behav Neurosci, 105:295–306, 1991). Por outro lado, a administração de antagonista dopaminérgico causou atenuação das respostas em testes que envolvem memória espacial (Neuroscience, 89:743–749, 1999 ; Neuroscience, 103:27–33, 2001) e não memoria espacial (Eur J Pharmacol, 281:241-250, 1995). Foi observado que a administração de agonista dopaminérgico causa aumento da atividade locomotora em animais adultos que tiveram o sistema dopaminérgico lesado com 6- hidroxidopamina (6-OHDA) durante o período neonatal (Brain Res Bull, 25:477– 484, 1990). O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do agonista dopaminérgico Bromocriptina sobre respostas comportamentais de ratos jovens submetidos ao campo aberto e ao labirinto em T elevado. Métodos e Resultados: Ratos albinos Spraguey Dawley, com 40 dias de idade, 45 minutos após a injeção de Bromocriptina (CBr) na dose de 0,4 mg/100g de peso corpóreo ou de salina (Csal) i.p., foram expostos individualmente a uma sessão de 5 minutos (1º dia) ao CA e em seguida os animais foram colocados na extremidade do braço aberto do LTE. No CA foi medida a quantidade de área percorrida e de bolo fecal e no LTE o tempo gasto de saída do braço aberto e entrada em um dos braços fechados (latência). Vinte e quatro horas após a primeira sessão (1º dia) o mesmo procedimento foi repetido (2º dia). O mesmo foi realizado com um grupo de animais que não receberam nenhuma injeção antes do teste (C). Os resultados de 8 animais por grupo foram expressos como média ± erro padrão da média. Para as comparações entre os diferentes grupos experimentais foi utilizado teste “t de student” não pareado e o pareado para comparações entre o 1º e o 2º dia de teste no mesmo grupo. O nível de significância adotado foi p<0,05. Os resultados obtidos mostraram que não houve diferenças estatisticamente significativas entre os animais C e os Csal. A injeção de Bromocriptina aumentou na quantidade de áreas percorrida tanto no 1º como no 2º dia de teste (CBr: 40,86±4,70 e 44,00±7,25) comparados aos obtidos em animais C ou ao Csal (C: 34,80±4,03 e 33,00±4,67; Csal: 36,50±4,61 e 36,75±3,59). Não observamos diferenças estatisticamente significativas entre o 1º e o 2º dia de teste em nenhum dos grupos. Quanto ao bolo fecal não notamos diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, porém a bromocriptina tendeu a diminuir a quantidade de bolo fecal no 1º dia e aumentar no 2º comparados aos grupos e Csal. A injeção de bromocriptina aumentou significativamente a latência obtida no LTE tanto no 1º como no 2º dia comparado ao grupo C e Csal (CBr: 14±150 e 10,86±2,68; C: 3,00±0,92 e 1,8±0,20; Csal: 7,00±4,06 e 4,02±1,2). Conclusões: Os resultados sugerem que a administração do agonista dopaminérgico (bromocriptina), em ratos com 40 dias de idade, provoca hiperatividade e alteração do padrão de resposta de aprendizagem e memória no LTE. 05.002 IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES ELETROFISIOLÓGICOS DO SONO EM ANIMAIS DO MODELO DE EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL 1de Matos, G.; 1Vicente, J. M. Y.**; 1Hilário, F. K.*; 2Sameshima, K.; 1Timo-Iaria, C.; 1Valle, A. C.; 1Patologia FMUSP; 2Radiologia FMUSP Objetivo: O modelo experimental de escolha para o estudo da fisiopatologia da epilepsia do lobo temporal (ELT) é o da pilocarpina (agonista colinérgico) (Behav Brain Res 9(3):315,1983). Entretanto, pouco se sabe sobre os padrões de sono desses animais. No presente trabalho investigou-se a ocorrência e a integridade do sono dessincronizado (SD) de ratos tratados com pilocarpina, uma

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vez que, existem evidências da participação de circuitos colinérgicos na geração e manutenção do SD (Princ Prac Sleep Med 145,1994). Métodos e Resultados: Cinco ratos Wistar machos (350g), com crises espontâneas recorrentes após status epilepticus induzido por pilocarpina (360 mg/kg) receberam implante bilateral de elétrodos no cortéx somestésico (A3), hipocampo (CA1), nos trapézios, no rostrum e nos epicantos oculares. Os eletroscilogramas (EOG) foram submetidos a análise qualitativa para identificação dos padrões do ciclo vigília-sono (Physiol.Behav.5:402-407,1970).Identificou-se todas as fases do ciclo vigília-sono nos EOGs. 1) O SD era caracterizado por dessincronização em A3, ondas teta irregulares de baixa amplitude intercaladas com altas freqüências no CA1 concomitantes com atonia muscular e abalos fásicos da cabeça, rostrum e olhos, característicos de comportamentos oníricos. 2) Foram identificados sono sincronizado com fusos e ondas delta, sono pré-paradoxal com fusos corticais e teta hipocampal e vigília. Conclusões: Os resultados parciais mostram que o tratamento com pilocarpina não impede a ocorrência dos eventos tônicos e fásicos do SD dependentes de centros colinérgicos (dessincronização cortical, atonia muscular, abalos musculares e ondas teta hipocampais). As alterações da morfologia e da freqüência das ondas teta hipocampais podem ser devidas à reorganização dendrítica. Os dados sugerem comprometimento e provável reorganização dos circuitos hipnogênicos do SD. 05.003 MODULATION OF CONNEXIN GENE EXPRESSION IN MOUSE SUPERIOR COLLICULUS AFTER RETINAL DEAFFERENTATION. Kihara, A.; Brito, I.**; Matos, R. J. B.**; Britto, L. R. G. Fisiologia e Biofísica ICB-USP Objetivo: Connexins (Cx) are implicated in several neuronal processes, such as synchronization of neuronal activity, apoptosis and neurogenesis. Previous studies have shown that in addition to lack of signal input, retinal removal triggers apoptosis in retinorecipient areas. The aim of this study was to observe the effects of retinal deafferentation upon gene expression of Cx36, Cx43 and Cx45 in mouse superior colliculus (SC). Métodos e Resultados: 24 adult mice were divided into 4 groups and sacrificed in different times after retinal removal (control, 3, 7, 15 and days) and SCs were dissected for RNA isolation by using TRIzol. mRNA was reversed transcribed and cDNA was amplified with a 5700 SDS Real-Time PCR machine. Data were entered into a one-way analysis of variance (ANOVA), followed by pairwise comparisons (Tukey’s HSD test). Our results revealed that neuronal connexin Cx36 mRNA is upregulated when compared to control after 3 days (270%, P<0.01), 7 days (260%, P<0.01) and 15 days (242%, P<0.01). Cx43 gene expression was not significantly modulated after 3 and 7 days, but was upregulated after 15 days (213%). Otherwise, Cx45 mRNA levels were not significantly modulated in any investigated time. Conclusões: Connexins showed different patterns of expression over time in superior colliculus after retinal removal. Probably the specific expression of connexins by neurons (Cx36), glial cells (Cx43) or both (Cx45) might reflect their distinct physiological role in response to deafferentation. 05.004 NITRIC OXIDE SYNTHASE (NOS) INHIBITION MODIFICATION IN THE PROGRESSIVE DEGENERATIVE CHANGES INDUCED BY UNILATERAL 6-HYDROXYDOPAMINE (6-OHDA)-INDUCED LESION IN RATS. 1Gomes, M. Z.; 2Del Bel, E. A. 1Fisiologia FMRP-USP; 2Fisiologia FORP-USP Objetivo: To assess the effect of NOS-inhibition in the unilateral lesion of the nigrostriatal pathway of rat brain induced by 6-OHDA microinjection. Métodos e Resultados: Wistar rats received 6-OHDA (24 µg, 3µl) or saline microinjection in the medial forebrain bundle. Application (i.p.) of L-nitro-arginine (L-NOARG) or saline (n= 18) were either sub-chronic (10mg/kg [n=15] or 40mg/kg [n=20]) or acute (100 mg/kg, n= 16). Motor activity was evaluated in an open field arena (10 days after surgery); rotational behavior induced by apomorphine (s.c., 0,5mg/kg) was tested 15 and 30 days after surgery and sacrifice was performed on the 18th and 33rd day. Structural deficits in basal ganglia were analyzed by NADPH-diaphorase (NADPH-d) histochemistry, neuronal-NOS and tyrosine-hydroxilase (TH) immunoreactivity. 6-OHDA

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induced: (i) decrease of motor activity, (ii) apomorphine-induced rotation towards the lesion contra lateral side both, 15 and 30 days after lesion, (iii) decrease in the density of TH-positive neurons in the substantia nigra pars compacta (SNc) and ventral tegmental area (VTA) and (iiii) decrease in the density of NADPH-d/NOS positive neurons in the ventral tegmental area VTA, caudate-putamen (CPu) and n. acumbens, ipsi- and contra lateral to the injection side (p<0,05, independent “t” test, 33rd days after lesion). L-NOARG 40mg/kg induced decrease in the spontaneous motor activity and an increase in the number of apormophine-turns on 6-OHDA treated animals 15th day after lesion. L-NOARG 10 and 100mg induced a further decrease of the TH labeled-neurons in the SNc and VTA; NOS/NADPH-d neuron density decreased in VTA, increased on n. accumbens and in CPu 33rd days after lesion (p<0,05, one way Anova, Duncan test). Conclusões: These data suggest that NOS inhibition increased the effect of the 6-OHDA, indicating a neuroprotective role of NO in the degenerative process of nigrostriatal pathway. 05.005 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO MATERNAL EM RATAS WISTAR SUBMETIDAS Á INGESTA INDUZIDA DE ETANOL 10 OU 30% DURANTE A GESTAÇÃO. Souza, M. A. D.; Ferreira, C. F.*; Beijamini, F.*; Peiter, M.*; Reis, F.C.*; Moresco, R. M.*; Lima, J. E. P.*; Padoin, M. J. CCBS-UNIOESTE Objetivo: Verificar as alterações no comportamento agressivo maternal de ratas wistar, submetidas à ingesta induzida de etanol nas concentrações de 10 ou 30% durante a gestação. Métodos e Resultados: Foram utilizadas ratas wistar prenhas, divididas nos seguintes grupos (N) de ingesta: A – água (21); B – Etanol 10% (20); C – Etanol 30% (20); com a quantidade de líquido (ml) analisada diariamente, e peso (gr) e ração verificados semanalmente. Após o parto o etanol ingerido pelas fêmeas era substituído por água. O comportamento agressivo maternal era avaliado no 7º dia pós-parto, e consistia da colocação de um macho intruso na caixa residente da fêmea e filmagem por 10 min. Os comportamentos analisados foram: (1) – Investigação do intruso, (2) Interação com o filhote, (3) Ataque frontal, (4) Ataque lateral, (5) Postura agressiva, (6) Morder e (7) Boxear. A análise estatística utilizada foi a ANOVA, sendo considerado um nível de significância de p<0,05. Os resultados mostraram que à freqüência do comportamento de interação da mãe com o filhote foi menor no grupo A (7,47± 1,04) quando comparado com o grupo B (14,3± 2,40) e ao grupo C (13,05± 0,89). Já em relação aos outros comportamentos, podemos verificar que não houve diferença significativa nas freqüências e tempos dos demais grupos analisados. Conclusões: As fêmeas que foram sensibilizadas ao etanol nas concentrações tanto de 10 como 30% no período de gestação, mostram uma defesa dos filhotes permanecendo junto aos mesmos e não atacando o intruso. 05.006 ANÁLISE DA INGESTA DE ETANOL INDUZIDO 10% OU 30% EM RATAS WISTAR ADULTAS DURANTE O PERÍODO DE GESTAÇÃO. Ferreira, C. F.; Souza, M. A. D.*; Beijamini, F.*; Peiter, M.*; Reis, F.C.*; Moresco, R. M.*; Lima, J. E. P.*; Padoin, M. J.; CCBS-UNIOESTE Objetivo: Avaliar o consumo de etanol induzido nas concentrações 10% ou 30% em ratas adultas durante o período de gestação. Métodos e Resultados: Foram utilizadas ratas wistar adultas, as quais passaram por um controle de acasalamento e quando detectado a sua prenhez, as mesmas foram colocadas em caixas individuais e divididas de acordo com a ingesta (N): A – água (21), B – etanol 10% (19), C – etanol 30% (35), com a quantidade de líquido (ml) medida diariamente, e peso (gr) e ração com verificação semanal. Sendo logo após o parto, o etanol ingerido pelas fêmeas, substituído por água.Os dados foram analisados entre os grupos utilizando-se o teste de Análise de Variância (ANOVA), sendo considerado um nível de significância de (p<0,05). Os dados comparados foram referentes a ingesta de etanol, e também de água nas fêmeas durante o período de gestação. Para os resultados obtidos, observou-se que de acordo com a média de ingesta diária de líquido, o grupo A

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(42,34 ± 0,94) obteve uma ingesta maior que o grupo B (30,03± 0,91), e C (10,16± 0.93). Quanto à média de consumo de ração, o grupo A (20,69 ± 0,93) foi maior que o grupo B (16,02± 0,48) e o grupo C (10,16± 0,93). Em relação ao peso das fêmeas, entre os três grupos citados durante esse período não houve diferença significativa na análise semanal, mostrando não haver ganho nem perda de peso dessas fêmeas durante a ingesta desta substância durante a gestação. Conclusões: Os dados referentes a ingesta induzida de etanol durante o período gestacional, mostram que as fêmeas do grupo controle apresentam uma média maior de consumo de ração e líquido quando comparadas aos grupos sensibilizados ao etanol. 05.007 O RECONHECIMENTO DA LATERALIDADE DA MÃO VISTA NOS PLANOS HORIZONTAL E VERTICAL 1Guimarães-Silva, S.; 1Gawryszewski, L. D. G.; 1Lameira, A. P. D. N.**; 1Werneck-Galvão,C.*; 2Pereira Jr., A.; 1Neurobiologia UFF; 2Fisiologia UFPA Objetivo: O reconhecimento da lateralidade da mão consiste em um processo no qual há uma interação entre a apresentação visual da mão e a informação proprioceptiva do sujeito. Para determinar a lateralidade da figura da mão, o sujeito imagina o movimento de sua própria mão na direção do estímulo, para então fazer a comparação (Parsons,1994). No presente estudo investigamos a discriminação da lateralidade de figuras de mãos aparecendo nos planos vertical e horizontal. Métodos e Resultados: Participaram do experimento 16 estudantes da UFF, 7 homens e 9 mulheres, com a idade entre 18 e 23 anos, destros e com acuidade visual normal. Desenhos de figuras da mão direita e esquerda eram apresentados em diversas vistas no centro da tela de um computador. Um grupo com oito sujeitos realizou os testes com as figuras das mãos aparecendo no centro da tela do computador (condição vertical) e outro grupo realizou os testes com as figuras das mãos aparecendo, através de um espelho, no plano horizontal (condição horizontal). A tarefa do sujeito era reconhecer a lateralidade da mão e para a figura da mão direita pressionar a tecla no lado direito e para a figura da mão esquerda pressionar a tecla no lado esquerdo. As medianas dos Tempos de Reação Manual (TRM) para cada vista foram empregadas numa ANOVA com os fatores: plano (vertical e horizontal) e ângulo de rotação da figura (de 0 a 330o, em múltiplos de 30o). O TRM para a figura da mão no plano vertical não diferiu do horizontal (F=0,005, p= 0,945). Houve um efeito significativo do ângulo sobre os TRM para as vistas 1 (dorso) (F=18,414, p=0,000), 2 (palma) (F=2,901, p=0,002), 3 (face do dedo mínimo) (F=3,401, p=0,000) e 4 (face do polegar) (F=6,438, p=0,000), mas não para a vista 5 (punho) (F=1.556, p= 0.117). Assim, o grau de rotação da figura da mão influenciou o TRM para o reconhecimento da lateralidade. Por outro lado, não houve diferença significativa entre os TRM nas condições vertical e horizontal. Conclusões: Isto indica que o sujeito realiza a mesma estratégia nos dois planos, imaginando o movimento de sua própria mão na direção do estímulo, para então comparar e discriminar a lateralidade da figura da mão. 05.008 INFLUÊNCIA DA POSTURA DA MÃO SOBRE O RECONHECIMENTO DA LATERALIDADE DA MÃO. 1Lameira, A. P. D. N.; 2Gawryszewski, L. D. G.; 1Guimarães-Silva, S.**; 1Ferreira, F. M.**; 3Pereira Jr., A.; 1Lima, L. V.*; 1Santos-Silva, J. C.* 1Neurobiologia UFF; 2IB-UFF; 3Neurobiology, Duke University; Objetivo: O reconhecimento da lateralidade da mão consiste em um processo no qual há uma comparação entre o "ver" (figura de uma mão) e o "sentir" a informação proprioceptiva da própria mão. Para determinar a lateralidade da figura da mão, o sujeito imagina o movimento de sua própria mão na direção do estímulo para fazer o julgamento. No presente estudo, investigamos a influência da informação proprioceptiva da postura do sujeito na tarefa de reconhecimento da lateralidade de figuras de mãos. Métodos e Resultados:

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Participaram dez voluntários, 4 homens e 6 mulheres, com idade entre 19 e 34 anos, todos destros e com acuidade visual normal. A tarefa do sujeito era reconhecer a lateralidade da mão apresentada em várias vistas (dorso, palma, face do dedo mínimo, face do polegar, vista do punho) e vários ângulos de rotação múltiplos de 30o (entre 0 e 330 graus). Para a figura da mão direita, ele pressionava a tecla direita e para a figura da mão esquerda, a tecla esquerda. O sujeito realizava duas sessões: uma com as mãos na postura prona ( palma para baixo ) e outra com as mãos na postura supina (palma para cima ). As medianas dos tempos de reação manual (TRM) para cada vista foram empregadas numa ANOVA com os fatores: postura da mão do sujeito (prona/supina) e ângulo de rotação (0 a 330 graus). Encontramos um efeito significativo do ângulo para as vistas 1 (dorso), 2 (palma) e 4 (face do polegar) e uma interação entre postura e ângulo para a vista 4 ( p< 0,001). Conclusões: Desta forma, o grau de rotação da figura da mão influencia o TRM para o reconhecimento da lateralidade, mas somente para algumas vistas (1, 2 e 4). O TRM é maior para as vistas e rotações nas quais é difícil realizar o movimento real. Além disso, para a vista 4, a informação proprioceptiva da postura do sujeito modifica a influência do ângulo de rotação sobre o tempo de reação. 05.009 TERMORREGULAÇÃO NOS DIFERENTES GÊNEROS DE CAMUNDONGOS “KNOCKOUT” PARA ÓXIDO NÍTRICO SINTASE INDUZÍVEL DURANTE A ENDOTOXEMIA. 1Saia, R. S.; 2Carnio, E. C. Enfermagem Geral e Especializada USP Objetivo: Avaliar as variações termorregulatórias em camundongos machos e fêmeas “knockout” para óxido nítrico sintase induzível (iNOS) após a administração de altas doses de LPS. Métodos e Resultados: Os experimentos foram realizados em camundongos machos e fêmeas do tipo selvagem (WT) (C57BL) e knockout (KO) para a iNOS (C57BL/6), pesando entre 18 e 24g. Os animais foram previamente operados para a introdução de cápsulas de biotelemetria na cavidade peritoneal. Após quatro dias da cirurgia, injetou-se salina ou lipopolissacarídeo (LPS) (10 mg/kg) intraperitonealmente, e a temperatura corporal foi monitorada durante 24 h após a injeção. Após a administração de LPS, observou-se uma queda gradual da temperatura corporal nos animais WT machos (n=13), com valor mínimo após 7 h da injeção (de 35,95 ± 0,56ºC para 32,08 ± 1,85ºC) retornando próxima aos valores basais (34,34 ± 1,05ºC). Entretanto, nos animais KO machos (n=4), a hipotermia foi significativamente maior (p<0,01) durante todo o período analisado. Já nos animais WT fêmeas (n=8), a hipotermia foi persistente (de 37,38 ± 0,43ºC para 31,98 ± 1,44ºC) durante todo o experimento, bem como nos animais KO (de 37,52 ± 0,28ºC para 32,21 ± 0,83ºC) (n=7), não havendo diferença significativa entre os grupos tratados com LPS. Conclusões: Esses dados suportam a hipótese de que a via iNOS – NO participa na hipotermia induzida por altas doses de LPS, de modo dependente do gênero. 05.010 MECHANISM OF ACTION OF ANATOXIN-A ON IN VIVO STRIATAL DOPAMINE RELEASE. 1 Campos, F.; 1Alfonso, M.; 1Duran, R.; 1Vidal, L.**; 2Faro, L. R. F. 1Biologia Funcional Ciencias de la Salud Universidad de Vigo Espanha; 2Fisiologia UFPA Objetivo: Anatoxin-a is a cyanotoxin that acts a potent and specific nicotinic neuronal acetylcholine receptor (nAChR) agonist. The present study was carried out to elucidate the mechanism underlying the actions of anatoxin-a on dopamine release using brain microdialysis technique in freely moving rats. Métodos e Resultados: Anatoxin-a 3,5 mM was administrated through the microdialyisis probe into the striatum during 20 minutes. The effects of anatoxin-a was observed in Ca2+-free medium, in Na+-free medium and reserpine pre-treated rats (10 mg/Kg). Dopamine striatal levels were analyzed by HPLC with electrochemical detection . The results are shown as the mean ± S.E.M. of 5 experiments expressed as a percentage respect to basal levels.. The experiments were performed according to the guidelines of the European Union Council (86/609/EU) for the use of laboratory animals, and were humanely killed. The perfusion of the anatoxin-a 3.5 mM for 20 min increased striatal DA

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levels to 632 ± 51%, with respect to the basal. When anatoxin-a was administrated in a Ca+2-free medium the extracellular DA levels increased to 129 ± 6.5 %with respect to basal values and in Na+-free medium the extracellular DA levels increased to 87 ± 6. %with respect to basal values. The infusion of anatoxin-a in reserpine-pretreated rats increased the dopamine levels to58 ± 8% with respect basal levels. Conclusões: These results suggest that anatoxin-a increases the striatal DA according to a reserpine-dependent, calcium-dependent and sodium-dependent mechanism, suggesting that these effects probably involve a exocytotic process. 05.011 CURSO TEMPORAL DA INIBIÇÃO PRODUZIDA POR UM ESTÍMULO PRECEDENTE PERIFÉRICO SOBRE O TEMPO DE REAÇÃO. Squella, S. A. F.; Ribeiro-do-Valle, L. E. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Diversos autores mostraram que um estímulo visual simples reduz o tempo de reação (TR) a um segundo estímulo visual simples que ocorre logo após na mesma posição e aumenta o TR a este estímulo em uma posição afastada. Em experimentos anteriores de nosso laboratório, utilizando uma tarefa de Tempo de reação simples (TRS) observamos um TR maior na mesma posição do que na posição afastada. Examinamos neste trabalho o decurso temporal deste efeito. Métodos e Resultados: Testamos 12 mulheres destras. Realizamos uma sessão treino constituído de 2 blocos de 48 tentativas, e uma sessão prova composta de 4 blocos de 60 tentativas. As voluntárias deviam manter o olhar num ponto central (PF) na tela do monitor de vídeo e pressionar uma tecla com o dedo indicador direito tão logo detectassem o aparecimento de um anel com uma linha vertical no centro (estímulo alvo, E2) em qualquer um dos quadrantes da tela. Na sessão prova 17, 34, 50, 67, 83 ou 100 ms antes do aparecimento do E2 era apresentado um anel ao qual a voluntária não devia responder (E1). O E2 podia aparecer na mesma posição (50% das tentativas) ou em posição oposta (50% das tentativas) ao E1. Não houve diferença significativa entre os tempos de reação nas duas posições para as assincronia entre início dos estímulos (AIE) de 17, 34 e 50 ms (média ± epm: 367± 10 ms x 363± 10 ms; 373± 12 ms x 359± 9 ms; 362± 10 ms x 344 ± 11 ms respectivamente). O TR foi maior na condição mesma do que na condição diferente nas AIE de 7, 83 e 100 ms (média ± epm: 369± 11 ms x 341± 13 ms; 379± 10 ms x 341± 10 ms; 376± 10 ms x 348 ± 13 ms respectivamente) Conclusões: O efeito inibidor do estímulo precedente aparece com uma latência de 67 ms e se mantém inalterada até 100 ms. Ele poderia resultar tanto de um processo de mascaramento quanto de um processo de inibição de retorno precoce. 05.012 INFLUÊNCIA DAS CRISES TIPO AUSÊNCIA NA ATENÇÃO VISUAL DE RATOS. 1Cheixas-Dias, A.; 2Valle, A. C.; 2Timo-Iaria, C.; 3Silva, M. T. A.; 2Sameshima, K.; 4Xavier, G. F. 1Neurociências e Comportamento USP; 2Patologia FMUSP; 3IP-USP; 4Fisiologia IB-USP Objetivo: Crises espontâneas recorrentes, típicas de epilepsia de ausência, foram descritas em ratos Wistar (It. J. of Neurol. Sci. 16[1-2): 113-118, 1995; Epilep. 40: 132, 1999). No presente trabalho, avaliou-se a influência dessas crises no direcionamento da atenção visual de ratos. Métodos e Resultados: Cinco ratos Wistar machos com 120 dias de idade, sendo 3 portadores de epilepsia de ausência – 15a geração – (grupo experimental: GE) e 2 controles (GC), foram treinados em um paradigma experimental de atenção, no qual a resposta motora a um estímulo luminoso (alvo) dependia da orientação da atenção (Q. J. Exp. Psychol. 32[1]: 3-25, 1980). A proporção de acertos (acurácia) e o tempo de reação à apresentação do alvo foram registrados em 8 sessões de 500 tentativas, totalizando 4000 tentativas por rato. A análise revelou acurácia de 64,5% (+ 0,4) para o GE e de 74,1% (+ 0,4) para o GC, enquanto o tempo de reação do GE foi 197,3ms (+ 59,6) e do GC 210,5ms (+ 62,2). Houve diferença significativa (teste "t" de Student) entre os grupos na

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comparação da acurácia (p < 0,001) mas não na comparação do tempo de reação (p > 0,05). Registros eletroscilográficos corticais e hipocampais estão em curso a fim de determinar a freqüência e a duração média das crises do GE. Conclusões: Os resultados sugerem comprometimento do desempenho dependente de atenção nos ratos epilépticos devido, provavelmente, a um maior número de erros nos períodos ictais. Estudos com amostra maior e registro eletrofisiológico concomitante à tarefa são necessários para avaliar tal hipótese. 05.013 PADRÕES DE CONECTIVIDADE FUNCIONAL ENTRE NÚCLEOS DO CIRCUITO DE PAPEZ NOS ESTADOS DE VIGÍLIA ATENTA E SONO DESSINCRONIZADO NA VIGÊNCIA DO RITMO TETA EM RATO WISTAR. 1Yoon Choi, A.; 1Takahashi, D. Y.**; 2Valle, A. C.; 1Sameshima, K. 1Radiologia FMUSP; 2Patologia FMUSP Objetivo: Em ratos, o ritmo teta é conspícuo em diversas regiões do sistema nervoso central e durante os estados da vigília atenta (VA) ou do sono dessincronizado (SD). Deseja-se caracterizar os padrões de interação dos núcleos do circuito de Papez, associados à função de memória e aprendizagem, durante o ritmo teta, para inferência da dinâmica neural durante os estados de VA e SD e eventualmente dos mecanismos envolvidos na geração do ritmo teta. Métodos e Resultados: Registros eletroscilográficos de rato Wistar, macho, de 250g foram obtidos após cirurgia de implante de eletrodos subcorticais nas áreas septal (AS) e pré-óptica (APo) unilateralmente, núcleo anterior do tálamo (NAT), giro do cíngulo (GC), hipocampo dorsal (CA1) e corpos mamilares (CM) bilateralmente, sendo os dados amostrados em 256 Hz nos estados VA e SD. A análise utilizada foi a de métodos multivariados autorregressivos e o conceito coerência parcial direcionada que mede a conectividade funcional entre estruturas neurais (J Neurosci Methods 94; 93, 1999). As áreas que diferenciaram significativamente (p<0,05) os dois estados foram identificadas pela análise de regressão logística. Um total de 280 trechos (49 de VA e 231 de SD) com duração de 4 segundos cada foi utilizado para o cálculo da coerência parcial direcionada. Os pares conexos que indicaram o estado de VA foram: CA1 NAT (CA1 para NAT) e GC AS; e para o estado de SD foram: CA1 GC, GC CA1, CA1 AS, CA1 CM, AS APo, APo AS. O modelo de regressão linear ajustado foi capaz de predizer 92,5% dos estados. Conclusões: Uma maior freqüência de conectividade entre CA1 e os núcleos AS e CM durante o sono dessincronizado indicaria a forte influência do hipocampo no comando do ritmo teta nesse estado. A conectividade funcional de CA1 com o GC durante SD poderia ser interpretada, como uma maior interação do hipocampo com uma área filogeneticamente mais recente na promoção da consolidação da memória, o que indicaria a importância dessa fase do sono nesse processo. Esses resultados são preliminares e a casuística experimental está sendo aumentada. 05.014 EFEITO DA ELETROESTIMULAÇÃO PERIFÉRICA UNILATERAL SOBRE A DEPRESSÃO ALASTRANTE CORTICAL EM RATOS ADULTOS: INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL. Monte-Silva, K. K.; Guedes, R. C. A. Nutrição, UFPE Objetivo: Estudos têm demonstrado que o desenvolvimento e a função neural podem ser influenciados pela desnutrição precoce (Neurosci. and Biobehav. Rev. 17:91-128,1993), bem como por ativação precoce de vias aferentes sensoriais (Nutr. Neurosci. 3:26-40,2000). Este trabalho analisou os efeitos da eletroestimulação periférica repetitiva (EPR) durante o desenvolvimento neural sobre o fenômeno da depressão alastrante cortical (DAC) em ratos Wistar adultos normonutridos ou desnutridos no início da vida. Métodos e Resultados: Os ratos foram submetidos a sessões diárias de EPR (dos 7 aos 28 dias de vida), com pulsos de onda quadrada (1,5ms;10-40V) com freqüência de 60 Hz (grupo-60) ou 2Hz (Grupo-2). Esta EPR foi unilateral (só no lado esquerdo do corpo), através de 2 eletrodos nas patas esquerdas. Os ratos

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controles (grupo-C) receberam eletrodos similares, mas não foram estimulados. Entre os 95-105 dias de idade, os ratos foram submetidos ao registro da DAC (deflagrada com KCl a 2%), em 2 pontos de cada um dos hemisférios cerebrais (2h de registro em cada hemisfério; área fronto-pariental). Sua velocidade de propagação foi calculada com base no tempo gasto pela DAC para percorrer a distância entre os 2 pontos de registro. No grupo N, a estimulação com 2Hz (n=13), mas não com 60Hz (n=11), reduziu a velocidades da DAC em relação às do grupo controle (n=11), no hemisfério contralateral ao hemicorpo estimulado. No grupo desnutrido, ambas as freqüências da EPR (60 e 2 Hz; n= 13 e 11, respectivamente) reduziram a velocidades da DAC, no hemisfério contralateral à EPR (P<0,05). Nos animais estimulados, comparações intragrupo mostraram que as velocidades da DAC foram sempre menores no hemisfério contralateral à EPR. Nos controles, essa diferença inter-hemisférica inexistiu. Conclusões: Os resultados sugerem que a EPR no início da vida pode reduzir a susceptibilidade cortical à DAC, de forma duradoura, a julgar pelas suas velocidades médias de propagação menores no hemisfério cerebral contralateral à EPR, sugerindo processo relacionado à plasticidade cortical. Esse efeito da EPR sobre a DAC parece ser influenciado pelo estado nutricional precoce do animal. 05.015 AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA DE TRABALHO E DA TAREFA DE RECONHECIMENTO DE OBJETOS NA VIDA ADULTA DE RATOS MANIPULADOS NO PERÍODO NEONATAL. Diehl, L. A.; Nieto, F. B.*; Silveira, P. P.**; Portella A. K.**; Dalmaz C. Bioquímica ICBS-UFRGS Objetivo: Em estudos anteriores, vimos que a manipulação neonatal dificulta a habituação em campo aberto - no segundo dia de exposição, animais manipulados não apresentam queda no n° de cruzamentos. Isto pode ser devido à dificuldade de memória ou maior atividade exploratória basal nesses animais. Nosso objetivo é: (1) avaliar a memória de trabalho e (2) verificar o desempenho desses animais numa tarefa de reconhecimento de objetos. Métodos e Resultados: Ninhadas de ratos Wistar foram divididas em (I) intactas e (M) manipuladas (incubadora a 34°C, 10 min/dia) durante os dias 1 a 10 pós-natal. Quando adultos, foram expostos por quatro dias ao labirinto aquático, num protocolo de memória de trabalho. Noutra ocasião, foram expostos por cinco minutos a um ambiente novo com dois objetos sendo medido o tempo de exploração de cada objeto. Após cinco minutos de pausa um dos objetos foi trocado e novamente mediu-se o tempo de exploração dos objetos em cinco minutos. Não houve diferença entre os grupos na tarefa de reconhecimento (delta de exploração do objeto novo em relação ao objeto familiar, em ms: I=1536+409; M=1627+388; Teste t de Student, p>0,05; n =13-14/grupo). Na memória de trabalho, manipulados apresentam menor tempo para encontrar a plataforma na média do trial 1, sem diferença nos outros trials (trial1, em s: I=51.98+3.13; M=41.13+3.73 p<0,05; n=9/grupo). Conclusões: A manipulação neonatal não altera a capacidade de reconhecimento de objetos e, aparentemente, não modifica a memória de trabalho; no entanto, parece melhorar a estratégia de busca da plataforma, talvez em função de efeitos sobre a ansiedade, já observados na literatura. Possivelmente a manipulação destes animais no início da vida aumente a intensidade de cuidados maternais, levando a melhor desempenho em algumas tarefas cognitivas na vida adulta. 05.016 ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL E O COMPORTAMENTO EXPLORATÓRIO DE RATOS HIPÓXICO-ISQUÊMICOS SUBMETIDOS AO TESTE DO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Orlandi Pereira, L.; Arteni, N. S.; Petersen, R.*; Netto, C. A. Bioquímica ICBS-UFRGS Objetivo: Tem sido demonstrado que o enriquecimento ambiental (EA) resulta em diminuição da ansiedade e também em recuperação de prejuízo de memória causado por lesões encefálicas isquêmicas. O labirinto em cruz elevado (LCE) é um modelo no qual podem ser avaliadas a ansiedade e a memória emocional de roedores. O objetivo deste estudo foi observar o comportamento exploratório, no LCE, de ratos submetidos à hipóxia-isquemia (HI) neonatal e ao EA. Métodos e Resultados:

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Ratos Wistar machos, no 7° dia de vida, tiveram a artéria carótida direita ocluída e foram expostos a uma atmosfera hipóxica. A partir do desmame, foram submetidos ao EA por 60 min, 6 dias/semana, durante 9 semanas. Após este período, foram submetidos ao teste do LCE, por 5 min. Grupos: animais não submetidos nem à HI, nem ao EA (CT+AP,n=21); CT submetidos ao EA (CT+EA,n=18); HI não submetidos ao EA (HI+AP,n=20) e submetidos à HI e ao EA (HI+EA,n=17). Os resultados demonstram menor exploração dos braços abertos nos animais expostos ao EA: o grupo CT+AE teve menor % de tempo de permanência nestes braços -%T- (20,3± 2,5) do que o grupo CT+AP (31,3± 2,6), da mesma forma, o grupo HI+AE apresentou menor %T, bem como menor % entradas nos braços abertos (19,5± 4 e 33,9± 4, respectivamente), em relação ao grupo HI+AP (33± 3,4 e 46,5± 2,6, respectivamente). A incidência do comportamento de head dipping – HD – também foi menor no grupo HI+AE (10,5± 1,7) que no grupo HI+AP (15,8± 1,8). A HI parece não influenciar o comportamento dos animais no LCE. Conclusões: O EA induz um comportamento do tipo ansiogênico no LCE; porém este comportamento pode estar relacionado com maior capacidade dos animais em adquirir a esquiva dos braços abertos, i.e., melhor memória emocional em comparação com os animais mantidos no ambiente padrão. A presença da HI não teve influência sobre a ansiedade nem sobre a memória emocional dos animais. 05.017 O ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL REVERTE O PREJUÍZO DE MEMÓRIA EM RATOS SUBMETIDOS À HIPÓXIA-ISQUEMIA NEONATAL. Orlandi Pereira, L.; Arteni, N. S.; Petersen, R.*; Gonçalves, R. M.*; Rocha, A. P.*; Netto, C. A. Bioquímica ICBS-UFRGS Objetivo: A encefalopatia hipóxico-isquêmica tem impacto significativo sobre a morbidade e mortalidade neonatal; sua ocorrência é estimada em 1,5 a 6 a cada mil nascidos vivos. Os prejuízos causados pela hipóxia-isquemia (HI) neonatal podem ser amenizados por diversos modelos de intervenção precoce, tais como o enriquecimento ambiental (EA). Avaliamos, em ratos, o papel do EA sobre o prejuízo de memória espacial no labirinto aquático de Morris (LAM) e a extensão da lesão hipocampal conseqüentes à HI neonatal. Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos, no 7° dia de vida, tiveram a artéria carótida direita ocluída e foram expostos a uma atmosfera hipóxica. A partir do desmame, foram submetidos ao EA durante 60 min, 6 dias/semana, por 9 semanas. Grupos: animais não submetidos nem à HI, nem ao EA (CT+AP,n=14); CT submetidos ao EA (CT+EA,n=17); HI não submetidos ao EA (HI+AP,n=18) e submetidos à HI e ao EA (HI+EA,n=17). A ANOVA, seguida do teste de Duncan, demonstrou prejuízo de memória, com maior latência para encontrar a plataforma, no grupo HI+AP no 3° (40,8± 3,8) e 4° dia de treino no LAM (33,1± 4,1), em relação ao grupo CT+AP (22,1± 3 e 15± 3,7, respectivamente). Nos outros dias também houve prejuízo, porém, sem diferença estatística. No grupo HI+AE, a latência foi menor no 2° (33,8± 3,4) e 3° dia de treino (22,2± 3), em comparação grupo HI+AP (46,5± 3,1, no segundo dia), nos outros dias também há esta diferença, porém não alcançando significância estatística. A análise morfológica do hipocampo (dados preliminares) tende a confirmar este efeito benéfico do EA, visto que a lesão hipocampal no lado ipsilateral à oclusão arterial é, aparentemente, menor no grupo HI+EA em comparação com o grupo HI+AP. Conclusões: A estimulação pelo EA reverte o prejuízo de memória em ratos submetidos à HI neonatal e, ainda, demonstra um possível efeito neuroprotetor sobre a morte celular causada pelo evento hipóxico-isquêmico. 05.018 ATENÇÃO AUTOMÁTICA E SALIÊNCIA PERCEPTUAL. 1Macea, D. D.; 2 Ribeiro-do-Valle, L. E.; 1 Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional FMUSP; 2ICB-USP Objetivo: Evidenciar que a ausência de efeito atencional observado em em estudos anteriores para uma cruz no interior de um anel (CR) poderia ser devido à ausência de captura da atenção pelo estímulo

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precedente representando por um anel cinza (E1), resultante da saliência perceptual daquele estímulo. Métodos e Resultados: Um homem e 11 mulheres sem experiência prévia em tarefas de tempo de reação realizaram e sessões de testes. Eles foram instruídos a responder com o dedo indicador da mão direita a uma linha vertical no interior de um anel (LV) e a CR e a não responder a um anel pequeno no interior de um anel grande. O experimento consistiu de 2 sessões com 4 blocos cada, nos quais os 3 estímulos alvos eram apresentados aleatoriamente. Esses estímulos eram precedidos em 100 ms pelo E1 na posição mesma ou diferente (oposta), na sessão 2. Na primeira sessão, o tempo de reação foi menor para a CR do que para a LV (429ms ±11e 445ms ± 10). Na segunda sessão, não houve efeito atencional para a LV e para a CR (p>0,05). Os tempos de reação para a CR tanto na posição mesma como na diferente foram menores do que para a LV (p=0,32). Conclusões: Os resultados suportam a idéia de que a CR é mais saliente que a LV nestas condições experimentais e que o estímulo precedente não captura a atenção. Aparentemente, a estratégia atencional adotada está criticamente relacionada com a saliência do alvo. 05.019 A MICROINJEÇÃO DE ANGIOTENSINA-II NA AMÍGDALA MEDIAL REDUZ A RECEPTIVIDADE SEXUAL EM RATAS. 1Cecconello, A. L.; 2Raineki, C.**; 2Lucion, A. B.; 2Sanvitto, G. L. 1Neurociências UFRGS; 2Fisiologia UFRGS Objetivo: Testar a hipótese de que a angiotensina II (Ang II) participa da modulação do comportamento sexual em ratas via amígdala medial (MeA). Métodos e Resultados: Foram utilizadas ratas Wistar adultas canuladas bilateralmente na MeA por estereotaxia. Após a cirurgia, as ratas que tiveram pelo menos um ciclo estral regular foram divididas em 6 grupos experimentais. Na noite do proestro foram feitas microinjeções de 0,3 µl com doses crescentes de Ang II - 10 pg (A10), 25 pg (A25), 50 pg (A50), 100 pg (A100), 200 pg (A200) ou salina (S) como controle. Quinze minutos após a injeção a fêmea foi colocada na presença de um macho sexualmente ativo, registrando-se o comportamento sexual por 15 minutos. Foram observados: QL - quociente de lordose (no de lordose/ no montas), freqüência e duração (medida em segundos) de locomoção e, na manhã seguinte, o no de óvulos. Os dados foram analisados através do teste de ANOVA de uma via seguido do teste de Newman-Keuls, p < 0,05. Os dados estão expressos como média ± EPM. Houve redução significativa no QL em A100 (0,69 ± 0,01; n = 11) e A200 (0,52 ± 0,04; n = 11) quando comparados com S (0,83 ± 0,02; n = 11), A10 (0,82 ± 0,02; n = 10), A25 (0,83 ± 0,03; n = 11) e A50 (0,79 ± 0,03; n = 11). Não houve diferença significativa entre os grupos para freqüência e duração de locomoção como também para o número de óvulos na manhã do estro. Conclusões: A Ang II participa da modulação do comportamento sexual em ratas via MeA. Este efeito não se deve a uma inibição comportamental geral já que a locomoção não foi alterada. A microinjeção de Ang II na MeA, na noite do proestro, não afeta o mecanismo que desencadeia a ovulação. 05.020 INFLUÊNCIA DA DURAÇÃO NA PERCEPÇÃO DE TEMPO. Campanha, E. V.; Baldo, M. V. C. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Em nosso trabalho, temos por objetivo avaliar a reprodução de tempo em função da quantidade de distratores e da duração de tempo utilizado. A quantidade de distratores permite avaliar o grau de interferência, supostamente atencional, dos estímulos na reprodução do tempo. Com relação à duração de tempo, pode-se estudar a eficiência na reprodução do tempo destes intervalos, visto que a literatura postula a existência de dois relógios internos diferentes: um para intervalos curtos, outro para intervalos longos (The Journal of Neuroscience, feb(1): 1085-1095, 1998). Métodos e Resultados: Trata-se de uma tarefa de reprodução de intervalo temporal do tipo prospectivo. Nesta tarefa, duas variantes foram utilizadas para um N de 5 sujeitos. No experimento 1 o indivíduo deveria prestar atenção no único estímulo que aparecesse na tela a fim de reproduzi-

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lo, a seguir. Na segunda variante (experimento 2), o indivíduo deveria prestar atenção em um único estímulo, mas três estímulos adicionais eram apresentados como distratores, simultaneamente. As durações utilizadas foram de 1, 2, 3, 4 e 5 segundos. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa entre a reprodução de tempo de durações menores (1 e 2s) e durações maiores (4 e 5s). Não houve diferença estatisticamente significante entre o exp 1 e o exp 2. Os valores das diferenças relativas entre tempo reproduzido e tempo real ((reproduzido – real)/real) foram: 7,2 ± 28,3; 1,56 ± 17,4; -2,9 ± 13,7; -11,9 ± 9,5; -22,2 ± 9,6 (média relativa ± e.p.m em ms) para exp 1 e para exp 2 obtivemos 13,6 ± 24,1; 4,5 ± 12,1; -5,6 ± 12,2; -17,0 ± 8,5; -25,4 ± 8,0 ms (respectivamente para 1, 2, 3, 4, 5 s). Conclusões: Verifica-se uma diferença estatisticamente significante da reprodução das durações curtas (tendência em superestimar) em relação às durações mais longas (tendência em subestimar), diferença esta que ocorre tanto no experimento 1 com no experimento 2 (apesar dos distratores) e sugere a existência de dois relógios internos. 05.021 REDUÇÃO DA ATIVIDADE GLICOGÊNIO FOSFORILASE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DO CARACOL MEGALOBULIMUS ABBREVIATUS SUBMETIDO À ANÓXIA. de Fraga, L.S.; Detanico, B. C.*; Bambini Jr., V.*; da Silva, R. S. M.; Zancan, D. M. Fisiologia UFRGS Objetivo: Avaliar a atividade da enzima glicogênio fosforilase, tanto na forma total quanto na forma ativa, no sistema nervoso central do caracol M. abbreviatus durante a anoxia. Métodos e Resultados: Para o procedimento de anoxia, os animais foram colocados em um dessecador hermeticamente fechado previamente aerado com nitrogênio por 10 minutos. Após a aeração, os animais foram mantidos sem oxigênio pelo período de 3h. A pO2 no interior do dessecador foi controlada com um oxímetro e mantida em 0% durante todo o período anóxico. Os animais controle foram mantidos nas condições aeróbias normais do laboratório. Após o período experimental, os animais foram crioanestesiados e o sistema nervoso foi rapidamente retirado e congelado (-70ºC). O ensaio para verificação da atividade da enzima foi realizado no sentido da síntese de glicogênio. Após o ensaio, o fosfato (Pi) liberado durante a reação foi quantificado por espectrofotômetro (630 nm). Nos animais do grupo controle 48% da enzima encontrava-se na forma ativa (% da forma total). No grupo anoxia, este percentual aumentou para 69%. Porém, a anoxia causou uma redução de 70% na atividade enzimática total e de 41% na forma ativa da enzima, em relação ao grupo controle. Estes dados preliminares confirmaram-se em três diferentes dosagens realizadas. Conclusões: Os resultados demonstram claramente que a diminuição da atividade enzimática durante à anoxia deve-se, principalmente, a uma redução da atividade enzimática total. Como o caracol M. abbreviatus é uma espécie anaeróbia facultativa, cujo metabolismo energético baseia-se fundamentalmente na utilização de carboidratos, a diminuição da atividade glicogênio fosforilase pode indicar uma depressão metabólica do tecido nervoso do caracol durante a anoxia. Por outro lado, não pode ser descartada a hipótese de que o tecido esteja sendo suprido por outros substratos, como a glicose hemolinfática. 05.022 PAPEL DA INSULINA NA REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE MELATONINA PELA GLÂNDULA PINEAL DE RATOS. 1Garcia, R.; 2Afeche, S. C.; 1Santos, S. H. J. D.**; 1Scialfa. J.; 1Cipolla Neto, J. 1Fisiologia e Biofísica ICB I-USP; 2Farmacologia Instituto Butantan Objetivo: Estudar in vitro, utilizando técnica de cultura de glândula pineal, o papel da insulina na síntese de melatonina pela glândula pineal de ratos, através das quantificações dos indóis (5-hidroxitriptofano, serotonina, ácido 5-hidroxi-indolacético, N-acetilserotonina e melatonina), por cromatografia líquida de alto desempenho com detecção eletroquímica. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar (150-180g), sacrificados por decaptação, as glândulas foram rapidamente removidas e colocadas em meio de cultura BGJb modificado. O meio de cultura foi trocado a cada 24h, e após 48h as glândulas foram incubadas com insulina (10-9 a

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10-7M) e insulina mais noradrenalina 10-6M por 5 horas. A melatonina e seus indóis precurssores foram quantificados por HPLC com detecção eletroquímica. Conclusões: A insulina induziu a potenciação da síntese de melatonina estimulada por noradrenalina, especialmente na concentração de 10-8M (Nor 10-6M = 8.08±0.42ng/gland; Nor+insulin 10-8M = 12.34±0.97ng/glândula. É provável que a noradrenalina e a insulina interagem em nível de segundo mensageiro promovendo a síntese de melatonina. 05.023 JULGAMENTO DA VERTICALIDADE E CONTROLE POSTURAL NO COMPORTAMENTO PUSHING.

1Kaleff, C. R.; 1Aschidamini C.**; 1Pacheco G.*; 1Yamasaki, M. J.*; 1Rodrigues, E. D. C.**; 2Imbiriba, L. A.**; 1Ferreira, S. C.**; 3Baron, J.; 1Vargas, C. D. Neurobiologia IBCCF-UFRJ; 2Biofísica CCS-UFRJ; 3Fisiologia e Biofísica, UFMG Objetivo: O comportamento de lateropulsão para o lado plégico (LPLP) ou Pushing, ocorre em 10% dos hemiplégicos e concorre para o insucesso na aquisição da marcha na reabilitação. O ato de se empurrar sugere uma má percepção da orientação do corpo em relação à gravidade. Este trabalho visa avaliar a percepção subjetiva vertical visual (SVV), dependência-independência (D/I) em relação ao campo visual e o equilíbrio postural (EP) em hemiparéticos com e sem LPLP. Métodos e Resultados: Cinco hemiparéticos, 2 com e 3 sem LPLP, foram comparados a sujeitos normais pareados em idade. Na avaliação da SVV projetou-se, em uma tela tangente, uma barra luminosa posicionada em 13 inclinações variando de –6 a +6º (n=65). Na classificação do grau de D/I do campo visual, a barra foi delimitada por uma moldura inclinada a –18 ou +18º. Nos dois casos os voluntários foram instruídos a julgar o lado de inclinação do bastão. Avaliou-se o número de erros por condição. Na avaliação do EP o participante manteve a postura ortostática sobre a plataforma de força por 30s nas condições olhos abertos (OA) e fechados (OF). Os pacientes foram comparados com os normais por meio de two way ANOVA. Verificou-se que a SVV é normal para os hemiparéticos com LPLP e alterada em 2 dos sem LPLP (p<0,02). Entre os normais, 26,7% foram classificados como dependentes do campo visual (CD), 26,7% como campo independentes e 46,6% como intermediários (CIN). Um paciente com e 1 sem LPLP foram classificados como CD e os demais como CIN. Um paciente com e 2 sem LPLP apresentaram alteração no EP. O paciente LPLP avaliado como CD apresentou maior velocidade de deslocamento no eixo antero-posterior em OF em relação à OA (p<0,001). Conclusões: 1) Hemiparéticos LPLP, normais para SVV e D/I, podem apresentar alterações no EP; 2) Hemiparéticos não LPLP com SVV alterada apresentam alterações no EP. Estes resultados falam a favor de sistemas múltiplos de controle postural, que interagem em maior ou menor escala com os circuitos envolvidos no julgamento da verticalidade. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. 05.024 PONTOS DE CONTATO ENTRE AS VIA DE TRANSDUÇÃO EVOCADAS PELA NORADRENALINA E PELA ANGIOTENSINA-II NA GLÂNDULA PINEAL DE RATOS. 1Santos, S. H. J. D.; 1Carvalho, C. R. O.; 2Afeche, S. C.; 1Cipolla Neto, J. 1Fisiologia e Biofísica ICB I-USP; 2Farmacologia Instituto Butantan Objetivo: A síntese noturna de melatonina da glândula pineal(PG) de rato é deflagrada no período noturno, através da estimulação noredrenergica. O sistema renina angiotensina(RAS) local presente na glândula pineal, com a produção de angiotensina II pelos astrócitos e ação parácrina nos receptores AT1 localizados nos pinealócitos, tem um papel modulatório da síntese de melatonina. A angiotensina II potencia a síntese de melatonina e este efeito ocorre por um aumento da síntese da enzima triptofano hidroxilase. Através desse estudo pretendemos investigar as vias de transdução intracelulares do peptideo angiotensina II e do neurotransmissor noradrenalina na glândula pineal de ratos, em particular as vias sinalização que envolvem fosforilação por tirosina quinase.

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Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos machos da linhagem wistar com peso (±150g). As glândula pineais(PG), foram mantidas em cultura no meio BGJb modificado. Após 48 horas as PG foram estimuladas com noradrenalina10-6M ou AngiotensinaII 10-5 por 5minutos ou 2horas. As PG foram sonicadas em um tampão indicado, centrifugadas e as proteínas aplicadas no Gel SDS-Page. Essa membrana foi incubada com anticorpo anti-fosforotirosina e alternativamente, co-imunoprecipitada com anticorpo anti-IRS1 e neste caso, a membrana de nitrocelulose foi incubada com anticorpo anti-PI3K. A detecção das proteínas foi realizada por quimioluminecência. As bandas das proteínas nas membranas foram visualizadas utilizando o Kit de reagente ECL de detecção para Western blotting, por quimiolumunescência. O excesso do reagente liquído foi retirado das membranas e essas manipuladas em câmara escura. As membranas foram, então, fixadas em cassete contendo o filme para auto-radiografia. O tempo de exposição variou de 1min à 40min de acordo com o anticorpo utilizado. Após a exposição da membrana o filme foi revelado utilizando liquido de revelação e fixador próprio para tal procedimento (Kodak). As intensidades das bandas das auto-radiografias reveladas foram quantificadas por densitometria ótica, utilizando o programa “Scion Imagem”. Conclusões: Nossos resultados sugerem a mobilização de uma via dependente de fosforilação por tirosina quinase através da estimulação noradrenérgica e a incubação de glândulas pineais in vitro exclusivamente com angiotensina II também induz a fosforilação em tirosina aumentando rapidamente a Jack-2 e associação com a PI3K

05.025 ANÁLISE COMPORTAMENTAL NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO DE RATOS WISTAR FÊMEAS SENSIBILIZADAS AO ETANOL 10% OU 30% DURANTE A GESTAÇÃO. Ferreira, C. F.; Souza, M.A.*; Beijamini, F.*; Lima, J. E. P.*; Peiter, M.*; Reis, F.C.*; Moresco, R. M.*; Padoin, M. J. CCBS-UNIOESTE Objetivo: Verificar o comportamento no labirinto em cruz elevado de ratas fêmeas, que foram sensibilizados ao etanol durante a gestação e expostos a ingesta induzida de etanol 10% ou 30% na idade adulta. Métodos e Resultados: As mães dos animais analisados ingeriram (ml) durante a gestação: A – água, B – etanol 10%, C – etanol 30%. Dos 70-91 dias de idade os filhos foram colocados em caixas individuais voltando a ingerir etanol, divididos nos seguintes grupos (N): A1=água (11), A2=10% (11), A3=30% (12), B1=água (11), B2=10% (11), B3=30% (13), C1=água (14), C2=10% (13), C3=30% (11). Aos 100 dias de idade foram analisados em labirinto em cruz elevado. O rato era colocado no centro da cruz e filmado por 5min. O grupo C3 (4,63±0,80) apresenta maior freqüência de entradas que C1 (2,35±0,34) e A3 (1,66±0,25). Não houve alteração quanto ao tempo de permanência no braço aberto e no braço fechado entre os grupos. O grupo C3 (9,72±1,42) apresenta maior freqüência de olhar para fora do braço fechado que A3 (4,58±0,25) e B3 (4,23±1,02). Não houve alterações quanto freqüência de olhar para fora do braço aberto entre os grupos. Conclusões: Quando adultos, os animais que receberam etanol induzido durante o período de gestação mostram uma maior freqüência de entradas, mesmo se não voltam a ingerir etanol aos 70 dias. Isso mostra que os efeitos da sensibilização neonatal ao etanol causam alterações que persistem na fêmea adulta devido a presença do comportamento ansiolítico produzido pelo etanol, nos comportamentos analisados. 05.026 ANÁLISE COMPORTAMENTAL NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO DE RATOS WISTAR MACHOS SENSIBILIZADOS AO ETANOL 10% OU 30% DURANTE A GESTAÇÃO. Souza, M. A. D.; Ferreira, C. F.*; Beijamini, F.*; Lima, J. E. P.*; Peiter, M.*; Reis, F. C.*; Moresco, R. M.*; Padoin, M. J.; CCBS-UNIOESTE Objetivo:

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Verificar o comportamento no labirinto em cruz elevado de ratos machos, que foram sensibilizados ao etanol durante a gestação e expostos a ingesta induzida de etanol 10% ou 30% e água na idade adulta. Métodos e Resultados: As mães dos animais analisados ingeriram (ml) durante a lactação: A - água, B – etanol 10% e C – etanol 30%. Dos 70-91 dias de idade os filhos foram colocados em caixas individuais voltando a reingerir etanol, divididos nos seguintes grupos (N): A1 – água (10), A2 – 10% (13), A3 – 30% (11), B1 – água (10), B2 – 10% (6), B3 – 30% (12), C1 – água (14), C2 – 10% (12), C3 – 30% (9). Aos 100 dias de idade foram analisados no labirinto em cruz elevado. O rato era colocado no centro da cruz e filmado por 5min. No grupo B2 (10,83±2,45) a freqüência de olhar para fora do braço fechado é maior que A2 (3,23±1,16), B1 (5,10±1,15) e B3 (4,41±1,45). Sendo que o grupo B2 (34,33±8,65) apresenta um tempo maior olhando para fora do braço fechado que A2 (5,53±2,04) e que C2 (16,75±3,42). As freqüências e tempos nos demais grupos não apresentou diferenças. Conclusões: A sensibilização ao etanol induzido nos machos durante a gestação gera nos filhotes um efeito ansiogênico, uma vez que os grupos que ingeriram somente etanol durante a gestação apresentam um aumento na freqüência de olhar para fora do braço fechado que os grupos que a gestante ingeriu apenas água. A freqüência de entradas e tempo de permanência no braço aberto e fechado não se altera entre os grupos sensibilizados ao etanol durante a gestação. 05.027 BLOQUEIO DEPENDENTE DE FREQÜÊNCIA DO ESTRAGOL SOBRE O PAC DE NERVO CIÁTICO DE RATO E SUA AÇÃO SOBRE AS CORRENTES DE NA+ EM GRD. 1Silva-Alves, K. S.; 1Viana-Cardoso, K. V.; 2Cassola, A. C.; 1Leal-Cardoso, J. H.; 1CCS-UEC; 2Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Estragol é usado como aromatizante na indústria de alimentos e cosméticos. Este é um constituinte natural de vários óleos essenciais de muitas plantas do Nordeste do Brasil. Esta substância bloqueia o potencial de ação composto, com padrão diferente da lidocaína e altera a excitabilidade nervosa. Estragol apresenta ainda ações biológicas como: anestésica, hipotérmica, antimicrobiana, miorrelaxante e antiespasmódica. Neste estudo, nossos objetivos foram caracterizar a dependência de frequência do estragol e analizar sua ação sobre as correntes de Na+ em neurossomas do GRD. Métodos e Resultados: Para registro extracelular do PAC, nervos ciáticos dissecados de ratos Wistar foram montados em uma câmara de Harvard e estimulados a uma freqüência de 0,2Hz e 20Hz, com pulsos elétricos de 20–40V, 50–100µs de duração. O PAC evocado foi monitorado em osciloscópio e registrado em computador. Para o estudo das correntes de Na+ em neurônios do GRD de ratos, usamos a configuração whole-cell da técnica de “patch clamp” convencional. Estragol induziu bloqueio do PAC dependente de frequência. 4mM de estragol, à freqüência de 0,2Hz, alterou significantemente a amplitude pico-a-pico (APP), a velocidade de condução (VC) e a integral [controles=9,9±0,5mV(N=15), 92,2±4,4m/s(N=15) e 5,5±0,7mV.ms(N=5), respectivamente] para 47,4±4,9%, 77,7±3,8% e 50,7±5,7%, respectivamente. Quando o nervo ciático foi submetido a 20Hz, 4mM de estragol reduziu a APP ,a VC e a integral [controles=4,5±0,6mV(N=4), 62,4±5,7m/s(N=4) e 4,7±0,6mV.ms(N=4), respectivamente] para 0,8±0,8%, 71,2±5,9%, 8,9±4,6%, respectivamente. Todos esses efeitos desenvolveram-se lentamente e foram reversíveis após lavagem. Estragol bloqueia, de maneira concentração dependente, correntes de Na+ em neurossoma do gânglio da raiz dorsal. 4, 6, 8 e 10mM de estragol reduziram, em poucos segundos de aplicação por superfusão, o pico da corrente de Na+ para 79,2±5,7%, 56,0±4,0%, 7,2±1,0% e 0,5±0,4, respectivamente, do valor controle (-7,5±0,6nA). Conclusões: Concluímos que estragol bloqueia a excitabilidade do nervo ciático de rato, possivelmente por ação direta no canal para sódio. 05.028

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EFFECT OF INTRAVENOUS INFUSION OF HYPERTONIC NACL ON REGULATORY WATER AND SODIUM INTAKE IN COMMISSURAL NTS (COMMNTS)-LESIONED RATS. 1Ogihara, C. A.; 1Schoorlemmer, G. H. M.; 2Menani, J. V.; 1Colombari, E.; 3 Sato, M. A.; 1Fisiologia Cardiovascular UNIFESP; 2Fisiologia e Patologia UNESP-Araraquara; 3Fisiologia FMABC Objetivo: The osmolarity of the extracelular body fluid is detected by central and peripheral osmoreceptors. The hydroelectrolytic balance is regulated by forebrain areas, which receive information from osmoreceptors. Electrolytic lesions of the commNTS stimulate the intake of hypertonic sodium induced by furosemide. The NTS receives inputs from forebrain areas involved in hydroelectrolytic control. In this study, we evaluated the effect of intravenous infusion of hypertonic NaCl on regulatory sodium intake in commNTS-lesioned rats. Métodos e Resultados: Male Wistar rats (350-400g) were depleted of sodium with furosemide (10 mg/rat, S.C.), and kept with water and low sodium diet for 24 hs. Then they were allowed free access to one bottle with water and another with 1.8% NaCl, and intakes were measured for 2 h. The next day, the rats were randomly submitted to sham (N=6) or commNTS (N=6) lesions. Ten days after brain surgery, polyethylene catheters were inserted into the femoral vein. Fourteen days after brain surgery, the rats were depleted of sodium as before. The next day, they received an i.v. infusion of 3.6 mL 1 M NaCl in 15 min. Then they were allowed access to water and 1.8% NaCl, and intakes were measured for 2 h. Before brain surgery, saline intake was similar in both groups (17.1±0.9 mL/2 h in controls vs. 16.6±1 mL/2 h in rats to be lesioned). Both groups drank little water (0.3±0.1 mL/2 h). I.v infusion of hypertonic NaCl in control (sham) rats reduced saline intake to 4.8±1 mL/2 h, and increased water intake to 10.1±1.1 mL/2 h. Compared to controls, rats with commNTS lesions drank significantly more saline (11.5±2 mL/2 h) and less water (2.7±0.8 mL/2 h). Conclusões: The integrity of the commNTS is important for normal function of the central circuits that inhibit sodium appetite and stimulate water intake during osmoreceptor activation. 05.029 ESTIMAÇÃO DA PERIODICIDADE DA ATIVIDADE ELÉTRICA NO COLÍCULO INFERIOR DE RATOS EPILÉPTICOS INDUZIDA POR ESTÍMULO SONORO SUBCONVULSIVO. Fuscaldi-Corrêa, T. A.; Moraes, J. E.**; Felix, L. B.**; Massensini, A. R.; Doretto, M. C.; Moraes, M. F. D. Fisiologia e Biofísica UFMG Objetivo: Ratos Wistar Audiogênicos (WAR) são uma linhagem de ratos geneticamente susceptíveis a convulsões induzidas por sons de alta intensidade. O Colículo Inferior (CI) é uma estrutura do tronco encefálico particularmente relevante na gênese dessas convulsões. Estudos em outras linhagens audiogênicas indicam que há um possível desequilíbrio no balanço da neurotransmissão excitatória e inibitória nessa estrutura. Uma hipótese é que tal desequilíbrio pode se manifestar no arranjo de redes reverberantes hipersincrônicas no CI mesmo com estímulos sonoros subconvulsivos. Esse trabalho visa estimar a indução de sincronismo em redes neuronais coliculares em WAR submetidos a estimulação sonora de curta duração, incapazes isoladamente, de gerar convulsões. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar (n=3) e WAR (n=3). Os animais foram anestesiados e receberam implantes de um eletrodo bipolar no CI e dois eletrodos corticais. De 5 a 7 dias após a cirurgia os animais receberam uma sessão de estímulos por dia durante três dias. As sessões consistiram de uma salva sonora a 96dB SLP durando 100ms a cada 30 s até o total de 40 salvas. Os sinais bioelétricos foram condicionados e digitalizados para análise off-line. A periodicidade do sinal registrado no CI foi avaliada usando-se uma função de autocorrelação no intervalo de 500 ms que imediatamente antecede cada estímulo e no que sucede o término do mesmo. A diferença estatística foi acessada através do teste de hipótese Mann-Whitney. Os animais WAR apresentaram uma diferença significativa comparando-se os períodos pré e pós-estímulo (p<0,05), enquanto os animais Wistar não apresentaram essa diferença. Conclusões:

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É possível sugerir que o CI dos WAR apresentam uma maior susceptibilidade à indução de periodicidade no potencial de campo local após um breve estímulo, quando comparados com o Wistar. 05.030 MODULAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DE ESTÍMULO SOBRE O EFEITO DO TIMOL NO POTENCIAL DE AÇÃO COMPOSTO EM NERVO CIÁTICO DE RATO. 1Holanda-de-Almeida, M. C.; 1Silva-Alves K. S; 3Moreira Júnior*; 1Bezerra-de-Menezes, A. P.**; 1Cardoso, J. H. L.; 1CCS-UEC; 2CCB-UEC Objetivo: O timol é uma substância fenólica presente no óleo essencial de muitas plantas utilizadas na medicina popular da região Nordeste.Timol possui atividade anestésica local deprimindo o potencial de ação composto (PAC) em nervo ciático de rato. Com este trabalho, objetivamos caracterizar a potencialização do efeito do timol sobre o potencial de ação nervoso sob altas frequências de estimulação. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar (Rattus norvegicus; 200-300 g) com livre acesso a água e ração. O nervo ciático foi dissecado e colocado em câmara umidificada com solução de Locke modificada, estando imerso nessa solução um segmento de 20 mm do nervo. O PAC foi evocado por pulso de onda quadrada (20 - 40 V, 100 µs a 0,2 Hz e 5 Hz). A leitura do PAC foi realizada pela passagem deste nos eletrodos de registro. O sinal foi amplificado por um amplificador com um ganho de 1000 vezes e entrada diferencial de baixa resistência, passando para um osciloscópio e placa de interface Análogo-Digital sendo armazenado em computador. O protocolo experimental constou de uma fase de estabilização (120 min.), aplicação da dose experimental de 300 µM de timol (180 min.) e recuperação (180 min.) Ao fim de 180 min de exposição do nervo a solução de Locke modificada, respectivamente, a amplitude pico a pico foi, para 0,2 Hz, 107,3 ± 7,59 (n=4), para 20 Hz, 102,9 ± 5,99 (n=4) do controle (7,5 ± 0,6 (n=8). Ao fim de 180 min de exposição do nervo a 300 µM de timol, respectivamente, a amplitude pico a pico e a velocidade de condução nervosa foi, para 0,2 Hz, 57,8 ± 1,21 (n=6) e 73,9 ± 2,61 (n=5), para 5 Hz, 42,8 ± 5,53 (n=4) e 65,2 ± 9,72 (n=3) do controle (7,8 ± 0,67 mV (n=10) e 95 ± 8,54 m/s (n=8)) . Conclusões: O aumento da frequência de estimulação potencializou o efeito do timol sobre o potencial de ação composto em nervo ciático de rato. 05.031 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO TEMPORAL DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON E DE IDOSOS SAUDÁVEIS. 1Silva, K. C.; 1Mota, A. M.**; 1Carreiro, L. R. R.**; 1Baldo, M. V. C.; 2Piemonte, M. E. P.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP; 2Fisioterapia, FMUSP Objetivo: Pesquisas demonstram que pacientes com Doença de Parkinson (DP) apresentam déficits cognitivos. A proposta deste trabalho foi analisar se tais déficits envolvem a percepção temporal. Investigamos se a DP ou o envelhecimento aumentam o limiar diferencial de percepção de ordem temporal de estímulos visuais, definido como o mínimo intervalo temporal necessário para determinar a ordem de ocorrência dos estímulos. Métodos e Resultados: Participaram 9 pacientes com DP (66 ± 2 anos), em estágios de Hoehn e Yahr entre 1 e 2 e sob efeito da terapia de reposição dopaminérgica; 11 idosos saudáveis (66 ± 2 anos) e 10 jovens (24 ± 1 ano). Todos os voluntários apresentavam visão normal ou corrigida. Conduzimos um experimento com tarefa de julgamento de ordem temporal de estímulos visuais em um computador. Dois quadrados eram apresentados simultaneamente ou com o intervalo entre eles de 33 a 167 ms. Os voluntários foram instruídos a julgarem qual estímulo percebiam primeiro. Construímos curvas psicométricas e de acordo com as inclinações foram determinados os limiares diferenciais. A média do limiar diferencial do grupo de pacientes com DP foi 66,7 ± 8,2ms, dos idosos foi 53,4 ± 6,8ms e dos jovens foi 25 ± 4,4ms. Realizando ANOVA, observamos que não houve diferença significativa entre as médias do grupo de pacientes com DP e dos idosos. Entretanto verificamos diferença entre as médias dos idosos e dos jovens (p<0,05).

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Conclusões: A sensibilidade temporal dos idosos e dos pacientes com DP pode não ter sido diferente por estes pacientes estarem nos estágios iniciais ou intermediários da doença e sob efeito do medicamento. Entretanto os idosos, tanto com DP como os saudáveis, necessitam de maior intervalo temporal que os jovens para que estabeleçam a ordem de ocorrência entre estímulos visuais. Portanto, o envelhecimento prejudica o desempenho em atividades que envolvem a percepção de ordem temporal. 05.032 O PAPEL DO NÚCLEO INTERMEDIÁRIO DA ÁREA SEPTAL LATERAL NA INGESTÃO DE ÁGUA INDUZIDA POR PRIVAÇÃO HÍDRICA EM RATOS. 1Freiria-Oliveira, A. H.; 2 Menani, J. V.; 2Camargo, L. A. A.; 2Saad, W. A.; 1Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara 2Fisiologia UNESP-Araraquara; Objetivo: Resultados anteriores mostraram que a lesão do núcleo intermediário da área septal lateral (ASLi) reduz a resposta dipsogênica produzida pela injeção intracerebroventricular (ventrículo lateral), de angiotensina II (ANG II) ou carbacol (agonista colinérgico) no ventrículo lateral. O objetivo do presente estudo foi estudar os efeitos da lesão eletrolítica da ASLi sobre a ingestão de água induzida pela privação hídrica de 24 horas. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Holtzman (270-300 g), submetidos à lesão eletrolítica da ASLi (1mA durante 15 s, n =13), ou lesão fictícia (LF, n =12). A ingestão de água foi estudada, no quinto dia após a lesão do núcleo ASLi ou LF, quando os animais foram submetidos ao protocolo de privação hídrica por 24 horas. Durante o período experimental os animais não tiveram acesso à ração. A lesão do núcleo ASLi diminuiu a ingestão de água induzida pela privação hídrica ao longo de todo o experimento (18,2 ± 0,8 vs. LF 21,8± 1,2 mL/120 min, p < 0,05). Conclusões: Assim como já demonstrado para a ingestão de água induzida pela injeção central de angiotensina II ou carbacol, a lesão do núcleo ASLi diminuiu a ingestão de água induzida pela privação hídrica de 24 h que depende da ação da angiotensina II e da ativação de osmorreceptores centrais. 05.033 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE RATAS NULÍPARAS E PRIMÍPARAS NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO 1Del Lama, F. S.; 2Felicio, L. F.; 3Hucke, E. E. T. S.; 1Farmacologia FIFEOB 2Patologia USP; 3Laboratório de Fisiologia e Farmacologia FMV-UNIFEOB; . Objetivo: A neurotransmissão serotoninérgica, assim como a dopaminérgica, desempenha seu papel em disfunções mentais como abuso de drogas, depressão, doença de Parkinson e esquizofrenia. Assim também, já foi demonstrada anteriormente a relação entre estes dois sistemas de neurotransmissão. Por outro lado, a experiência reprodutiva em fêmeas, i. e., gestação, parto e lactação, é capaz de alterar os sistemas dopaminérgicos centrais e possivelmente outros sistemas de neurotransmissão, como o serotoninérgico. Portanto, o objetivo de nosso trabalho é avaliar a influência da experiência reprodutiva sobre o comportamento no labirinto em cruz elevado (plus maze) em ratas nulíparas e primíparas. Métodos e Resultados: Em treze ratas nulíparas e oito primíparas foram realizados lavados vaginais para a determinação da fase do ciclo estral. Determinada a fase de estro (nulíparas= 13; primíparas= 8), cada fêmea foi observada durante 5 minutos no labirinto em cruz elevado. Da mesma forma, durante a fase de metaestro foram observadas ratas nulíparas (n= 13) e primíparas (n= 7) no labirinto em cruz elevado. Foram registrados quatro parâmetros, quais sejam o número de entradas nos braços abertos e nos braços fechados, e tempo de permanência nos braços abertos e nos braços fechados. A análise estatística não revelou diferenças significantes para o número de entradas nos braços abertos e fechados e para o tempo de permanência nos braços abertos, comparando-se os grupos de fêmeas. Para o tempo de permanência nos braços fechados, observamos que as primíparas (262,63 ± 10,66) permaneceram mais tempo nestes locais comparadas as nulíparas

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(291,8 ± 3,88; p= 0,05, Teste t de Student). Não houve interação entre a fase do ciclo estral e a experiência reprodutiva (SAS, GLM Procedure, p> 0,05). Conclusões: Os resultados obtidos após a avaliação dos parâmetros avaliados podem ser decorrentes de modificações comportamentais em função da experiência reprodutiva, sendo que o aumento no tempo de permanência nos braços fechados em primíparas pode ser sugestivo de um aumento de ansiedade neste grupo. Mais estudos são necessários para investigar tal hipótese. 05.034 LESÃO DA ÁREA PREÓPTICA MEDIAL REDUZ A SALIVAÇÃO INDUZIDA POR ATIVAÇÃO COLINÉRGICA PERIFÉRICA EM RATOS. Almeida, R. L.; Colombari, D. S. A.; Menani, J. V.; de Luca Júnior, L. A.; Renzi, A. Fisiologia e Patologia-FOAR UNESP-Araraquara Objetivo: Existem conexões neurais descritas entre a área preóptica medial (APM) e as glândulas salivares. Estimulação elétrica bilateral da área preóptica medial (APM) e o agonista colinérgico pilocarpina agindo centralmente, aumentam a secreção salivar. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da lesão eletrolítica da APM sobre a salivação induzida pela injeção intraperitoneal (ip) de pilocarpina. Métodos e Resultados: A salivação foi induzida por injeção intraperitoneal (ip) de pilocarpina (1mg/mL/kg) em ratos Sprague-Dawley Holtzman adultos (n = 7-12) com lesão eletrolítica (1mA x 3 x 10s) da APM, sob anestesia com quetamina (1mg/mL/kg). A saliva foi coletada em bolas de algodão pesadas previamente inseridas na boca do animal. A lesão da APM reduziu a salivação induzida por pilocarpina ip 24 horas (340,7 ± 41,1 mg/7min) e 5 dias (310,2 ± 35,4 mg/7min) depois da lesão, comparada aos grupos de lesão fictícia (428,4 ± 31,6 e 494,9 ± 35,5 mg/7min, p<0,05, respectivamente). A salivação induzida por pilocarpina ip não foi alterada 15 dias após lesão da APM (461,6 ± 81,4 mg/7min vs. lesão fictícia: 575,7 ± 34,9 mg/7min). Conclusões: Os resultados confirmam a importância da APM para a salivação e sugerem que a integridade da mesma é necessária para o efeito sialogogo da pilocarpina. 05.035 A AÇÃO DO LÍTIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER EM UM MODELO ANIMAL DE SÍNDROME DE DOWN. Lima, T. Z.**; Blanco, M. M.**; Mello, L. E. A. D. M. Fisiologia UNIFESP Objetivo: A síndrome de Down (SD) é a maior causa de retardo mental, cujos afetados, freqüentemente, desenvolvem doença de Alzheimer (DA). Alterações típicas dessas patologias podem ser mimetizadas pela administração neonatal IgG-192 saporina (IgGsap), propiciando um modelo animal para a SD e DA. O tratamento crônico com cloreto de lítio (LiCl), que reduz os níveis de ß-amilóide, amenizaria os sintomas de DA neste modelo. Métodos e Resultados: Ratos Wistar, com 7 dias de vida, foram submetidos à cirurgia estereotáxica para injeção intra-cerebroventricular de IgG-sap, ou solução tampão (PBS). Deste modo, formaram-se os grupos, conforme a magnitude da lesão gerada pela IgG-sap: machos e fêmeas com lesão bilateral (MacIgG-T e FêmIgG-T, respectivamente); lesão parcial (MacIgG-P e FêmIgG-P); assim como, grupos que receberam PBS (MacPBS e FêmPBS); e grupo Branco (Bco). Aos três meses de idade, a memória operacional (MO) e de referencia (MR) dos animais foram testadas em labirinto aquático de Morris (LAM-1). Em seguida, parte dos ratos foi alimentada com ração suplementada com LiCl e o restante recebeu ração normal. Apos três meses de tratamento, os animais foram novamente testados em labirinto aquático (LAM-2), quando não se constatou diferença comportamental entre os gêneros, sendo esses agrupados, originando os grupos IgG-TLi, IgG-PLi, PBSLi, BcoLi e IgG-TCont, IgG-PCont, PBSCont e BcoCont. Por fim, os animais foram processados para acetilcolinesterase (AChE), a fim de quantificar a lesão colinérgica hipocampal e cortical. Conclusões:

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No LAM-1, o grupo M-IgG-T apresentou déficit de MO durante todo o teste (P<0,05) e no quinto dia da versão de MR (P<0,05), já o grupo F-IgG-T mostrou deficiência apenas na segunda tentativa da versão de MO (P<0,05), quando comparados aos grupos controles. No LAM-2, o grupo IgGTLi teve latência superior ao tempo do grupo IgG-TCont ao longo das duas versões de memória testadas (P<0,05). 05.036 CARACTERIZAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE DEFESA INDUZIDOS POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA E QUÍMICA DO NÚCLEO DORSOMEDIAL DO HIPOTÁLAMO DE RATOS. Alves, A. C. A.; Schenberg, L. C. Ciências Fisiológicas CB-UFES Objetivo: Elucidar a participação do núcleo dorsomedial do hipotálamo (HDM) nos comportamentos incondicionados de defesa do rato. Métodos e Resultados: Ratos Wistar (n=31) com quimitrodos implantados no hipotálamo foram submetidos a 1 sessão diária de estimulação: Dia 1- estimulação senoidal (0-75µA, 60Hz), Dia 2 – estimulação por freqüência (0-130Hz, 30µA), Dia 3 - microinfusão de ácido n-metil-D-aspártico (NMDA, 0,5 nmol/min até 2,3 nmol). Os limiares das respostas de defesa exoftalmia, imobilidade, trote, galope, saltos, micção e defecação foram registrados. A estimulação senoidal eliciou todas as respostas nos ratos implantados nas regiões compacta (n=6) e ventral (n=3) do HDM. A parte difusa (n=4) apresentou um repertório mais restrito. As respostas foram eliciadas com estímulos de baixa magnitude. A estimulação por freqüência eliciou respostas de defesa somente na região compacta do HDM. Embora com doses baixas, o repertório do NMDA foi limitado (Tab. 1). Tabela1. Limiares das respostas de defesa (média±EPM) do HDM (valores agrupados das regiões difusa, compacta e ventral). #, ausência de resposta.

Estímulo EXO IMO TRT GLP SLT MIC DEF Senoidal 28±4,0 34±3,4 41±5 48±11 46±7,5 41±5,8 43±5,1 Freqüência 38±4,8 40±4,1 43±2,5 50±0 60±10 65±15 45±5 NMDA 0,3±0,1 0,6±0,2 0,7±0 # # 1,2±0 #

Conclusões: Os limiares das respostas de defesa do HDM foram similares aos já relatados para a matéria cinzenta periaquedutal. A estimulação focal por freqüência sugere que a parte compacta seja a região crítica para a produção destas respostas. O repertório restrito da microinfusão sugere um papel menor do receptor NMDA no HDM. Os resultados são compatíveis com a participação deste núcleo no sistema de defesa do rato. 05.037 PAPEL DOS CANAIS DE CÁLCIO DE BAIXO LIMIAR (TIPO-T) SOBRE OS LIMIARES DA REAÇÃO DE DEFESA PRODUZIDA POR ESTIMULAÇÃO DA MATÉRIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL (MCPA) DE RATOS. 1Müller, C. J. T.; 1Possatti D. A. L.*; 1Sacchi E. A. M. M.**; 2Bittencourt, A. S.; 1Schenberg, L. C. 1Fisiologia UFES; 2Psicobiologia UNIFESP Objetivo: Os canais de cálcio tipo-T têm um papel importante no padrão de disparo de neurônios, podendo determinar respostas específicas de defesa. Este estudo verificou os efeitos da injeção local de mibefradil (MIB), um bloqueador seletivo dos canais tipo-T, nas respostas de defesa por estimulação elétrica da MCPA. Métodos e Resultados: Ratos Wistar (n=19) com quimitrodos na MCPA, foram submetidos a 4 sessões de estimulação elétrica em dias consecutivos: Dia 1 – triagem; Dia 2 – microinjeção de MIB (5 nmol/0,4µL/4min); Dia 3 – washout I; Dia 4 – washout II. Os ratos foram estimulados 30 minutos após a microinjeção de MIB. Os limiares de imobilidade (IMO), exoftalmia (EXO), trote (TRT), galope (GLP), salto (SLT), micção (MIC) e defecação (DEF) foram registrados e comparados por ajuste logístico. A tabela abaixo mostra os limiares medianos (I50, µA) destas respostas. Sessão IMO EXO TRT GLP SLT MIC DEF

Triagem 27 24 30 34 36 38 58

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MIB 32* 27* 40* 47* 44* 43* #

Wash I 28* 26* 35* 44* 41* 52* 150

Wash II 26 24 30 55* 35 112* 196*

* P<0,05, diferente da triagem (probabilidades de confiança); # I50 não estimável dada a ausência de ajuste logístico. Conclusões: O MIB aumentou os limiares das respostas de defesa de forma não seletiva. O efeito persistiu por 24h, ou até 48h para as respostas de galope, micção e defecação. Portanto, tal como já demonstramos para os canais de cálcio tipo-L, os canais de cálcio tipo-T também participam destas respostas. 05.038 PREFERÊNCIA SEXUAL DE RATOS MACHOS MANIPULADOS NO PERÍODO NEONATAL. 1Raineki, C.**; 1Severino, G. S.**; 2Cecconello, A. L.; 1Lucion, A. B.; 1Fisiologia UFRGS; 2Neurociências UFRGS Objetivo: Ratos manipulados no período neonatal apresentam uma redução do comportamento sexual. O presente trabalho visa avaliar o efeito da manipulação neonatal sobre a preferência sexual de ratos machos adultos. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar não-manipulados (controle) e manipulados no período neonatal (a manipulação neonatal consistia no manuseio suave dos filhotes por 1 min por dia nos 10 primeiros dias de vida). Quando adultos, os ratos foram submetidos ao teste de preferência sexual, que era desenvolvido numa caixa dividida em três áreas, uma central, onde o macho testado foi colocado por 15 min antes, para ambientação, logo a seguir, numa das áreas laterais, era colocada uma fêmea não receptiva (castrada) e na outra uma fêmea sexualmente receptiva (castrada reposta com estradiol e progesterona). O teste de preferência sexual consistia em registrar por 15 min o comportamento do macho na presença das duas fêmeas. Os parâmetros avaliados foram: duração (D), freqüência (F) e latência (L) de cheirar a área da fêmea receptiva e não receptiva e D, F e L de limpeza genital. Os resultados foram expressos através da média ± EPM e analisados pelo teste t de Student ou ANOVA de duas vias seguida de Newman-Keuls (p<0,05). Os ratos não-manipulados apresentam uma maior D (320 ± 45,9s) e F (43 ± 4,39) de cheirar a área da fêmea receptiva quando comparado à área da não receptiva (D=68 ± 10,93, F=15,58 ± 1,89), enquanto que os ratos manipulados não diferenciam as fêmeas receptivas (D=160,9 ± 24,88, F=26,92 ± 4,11) das não receptivas (D=122,6 ± 19,02, F=28,58 ± 3,1). Os ratos manipulados apresentam uma menor duração e freqüência de cheirar a área da fêmea receptiva comparado aos não-manipulados. A limpeza genital não foi diferente entre os grupos. Conclusões: A manipulação neonatal promove uma redução na capacidade dos ratos identificarem uma rata receptiva, sendo uma das possíveis causas da redução do comportamento sexual. 05.039 AVALIAÇÃO DA AQUISIÇÃO DA MEMÓRIA DE REFERÊNCIA E DA MEMÓRIA OPERACIONAL EM UM MODELO DE DRY LAND MAZE . 1Moraes, J. A.; 2Felicio, L. F.; 1Hucke, E. E. T. S.; 1Laboratório de Fisiologia e Farmacologia FMV-UNIFEOB; 2Patologia USP Objetivo: Estudos anteriores sugerem que a experiência reprodutiva (ER) em ratas poderia levar a um melhor desempenho em tarefas relacionadas aos processos de aquisição de memória de referência (MR) no dry land maze. Resultados obtidos anteriormente em nosso laboratório mostraram que estas diferenças parecem não ser tão evidentes no labirinto aquático de Morris (water maze). O objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho de ratas primíparas e nulíparas no dry land maze para posterior comparação com os resultados anteriores. Métodos e Resultados: Ratas Wistar nulíparas (n=11) e primíparas (n=9) foram observadas diretamente no dry land maze por 10 dias consecutivos. Determinou-se a fase do ciclo estral diariamente. No dia 1 após a

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habituação, todos os 8 pocinhos continham recompensas. No dia 2, 4 pocinhos e no dia 3, apenas 2 pocinhos. Depois deste período, as ratas foram submetidas ao teste inicial de aquisição (TIA) por no máximo 10 min de observação, utilizando-se 2 pocinhos com recompensas. Em seguida, avaliou-se a MR utilizando-se um dos dois pocinhos do TIA, sendo o período de observação de 3 min, 3 tentativas com um intervalo de 10 min entre elas por 3 dias consecutivos. Finalmente, na última fase avalia-se a memória operacional (MO) quando os animais são testados durante 3 min, 3 tentativas por dia com intervalo de 10 min entre elas, por 3 dias consecutivos, porém a recompensa muda de lugar a cada novo dia. Foram registradas as latências para encontrar a recompensa. No período de aquisição de MR, observou-se uma interação da ER e o ciclo estral (p= 0,0486, F18,1= 4,47, SAS PROC MIXED), indicando um aumento da latência durante a fase estrogênica no grupo de fêmeas primíparas. Durante o período de avaliação da MO, observou-se que o dia de observação (p= 0,0268, F2,18= 4,46, SAS PROC MIXED) e a latência para encontrar a recompensa (p= 0,006, F1,18= 0,09, SAS PROC MIXED), assim como a interação ER e latência (p= 0,0108, F2,18= 5,89, SAS PROC MIXED) são fontes de variação significantes, sendo que em ratas nulíparas, não primíparas, ocorreu uma redução significante das latências para encontrar a recompensa da 1ª para a 2ª ou 3a tentativas, porém a interação entre ER e latência compromete quaisquer conclusões. Conclusões: Os resultados obtidos no dry land maze não evidenciaram modificações na aquisição da MR como mostra a literatura ou no water maze nestes grupos de fêmeas. Desta forma, os dados são sugestivos de que as influências da ER sobre os processos de aprendizagem e memória precisam ser melhor compreendidos, assim também fatores como tipo de tarefa requerida, a fase do ciclo estral entre outros, devem ser consideradas no momento da avaliação experimental. 05.040 AUMENTOS DA INGESTÃO DE ÁGUA E DA PRESSÃO ARTERIAL PRODUZIDOS POR NACL HIPERTÔNICO EM RATOS COM LESÃO DO NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO COMISSURAL. 1Blanch, G. T.; 1de Luca Júnior, L. A.; 2Colombari, E.; 1Menani, J. V.; 1Colombari, D. S. A.; 1Fisiologia e Patologia-FOAR UNESP-Araraquara; 2Departamento de Fisiologia UNIFESP Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi estudar os efeitos da sobrecarga com NaCl hipertônico sobre a ingestão de água e pressão arterial em ratos com lesão do núcleo do trato solitário comissural (NTSc). Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Holtzman (270-300 g) submetidos à lesão eletrolítica (1mA x 10s) crônica (15 a 17 dias) do NTSc (L-NTSc; n=10-12) ou lesão fictícia (LF, n=10–14). Em um grupo de animais, 60 min após administração intragástrica (ig) de NaCl 2 M (2 mL/rato), foi oferecido água e NaCl 1,8% aos animais e a ingestão foi medida por 120 min. Em outro grupo, a PAM e FC foram registradas 30 min antes e 60 min após NaCl 2 M ig. A ingestão de água induzida por NaCl 2 M foi potencializada nos ratos L-NTSc (5,3±0,2 vs. LF: 3,2±0,5 mL/100 g/120 min), sem que ocorresse ingestão de NaCl 1,8% nos animais L-NTSc ou LF. A sobrecarga de NaCl 2 M ig promoveu um aumento maior da PAM nos ratos L-NTSc (24±4 mmHg) do que nos ratos LF (7±2 mmHg), sem alterações significantes na FC. O barorreflexo não foi alterado nos ratos L-NTSc e também não houve diferenças na PAM e FC basais dos ratos L-NTSc (126±4 mmHg e 350±13 bpm, respectivamente) comparados aos ratos LF (125±3 mmHg e 365±11 bpm). Conclusões: Os resultados mostram que a lesão do NTSc facilita a ingestão de água e a resposta pressora produzidas pelo aumento da osmolaridade plasmática, sugerindo que o NTSc participa de mecanismos inibitórios importantes para controlar a ingestão de água e a pressão arterial nessa situação. *Programa de Pós-Graduação UFSCar/UNESP 05.041 EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO ESPONTÂNEO NA RODA DE CORRIDA EM RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO CRÔNICO COM NICOTINA. 1 Betz, A; 2Moraes, R. X.; 3Chadi, G.; 2Fior-Chadi, D. R.; 1Fisiologia USP; 2Fisiologia IB-USP; 3Anatomia ICB III-USP

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Objetivo: Os efeitos da atividade física espontânea na freqüência cardíaca (FC), pressão arterial média (PAM) e peso foram analisados em ratos Wistar submetidos ao treinamento físico espontâneo após a exposição crônica à nicotina. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos machos de 200g de peso corporal. Os ratos foram submetidos ao tratamento crônico com nicotina (Trei-Nic, n=8) ou placebo (Trei-Pla, n=8) por 60 dias através da implantação de pastilhas subcutâneamente na região do pescoço. Após, os animais foram colocados em caixas acrílicas com livre acesso às rodas de correr (7 dias por semana) durante 7 semanas. Animais sedentários submetidos ao tratamento com nicotina (Sed-Nic, n=7) e placebo (Sed-Pla, n=7) durante 7 semanas não tiveram acesso às rodas de correr. A evolução dos parâmetros fisiológicos cardiovasculares foi analisada em pletismógrafo caudal e os dados tratados estatisticamente pelo Anova e Anova Medidas Repetidas. A análise dos dados mostrou que o peso não difere entre os grupos. A PAM diminuiu no grupo Nic-Trei (104,8 ± 3,6 mmHg) quando comparado ao grupo Nic-Sed (117,3 ± 1,8 mmHg) na 4º semana de treinamento. A FC diminuiu no grupo Nic-Trei (362,9±9,8 bpm) quando comparado ao grupo Nic-Sed (395,4±7,3 bpm) na 6º semana de treinamento. A FC também diminuiu no grupo Nic-Trei comparando a semana antes do tratamento com nicotina (409,8±15,2 bpm) com a 4º (360,0±8,6 bpm) e com a 6º (362,9±9,8 bpm) semana de treinamento, e também diminuiu no grupo Pla-Trei comparando a semana antes do tratamento com nicotina (411,1±17,5 bpm) com a 4º (352,5±11,8 bpm) e com a 6º (350,0±2,6 bpm) semana de treinamento. Conclusões: A atividade física espontânea na roda de corrida modifica parâmetros cardiovasculares em animais cronicamente tratados com nicotina. 05.042 EFEITO DA INJEÇÃO DE NORADRENALINA NO HIPOTÁLAMO LATERAL SOBRE A SALIVAÇÃO INDUZIDA PELA PILOCARPINA EM RATOS. 1Paulin, R. F.; 2de Luca Júnior, L. A.; 2Renzi, A.; 2Menani, J. V.; 2Colombari, D. S. A.; 1Departamento de Ciências Fisiológicas UNESP-Araraquara; 2Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara Objetivo: Dados do nosso laboratório demonstraram que a injeção de noradrenalina no ventrículo lateral ou na área pré-óptica medial reduz a salivação induzida pela pilocarpina administrada intraperitonealmente (ip). Sabe-se também que a lesão no hipotálamo lateral (HL) reduz a salivação induzida pela pilocarpina ip. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi verificar se a injeção de noradrenalina no HL modificaria a salivação induzida pela pilocarpina ip. Métodos e Resultados: Foram usados ratos Holtzman (280 - 320 g) com cânula de aço inoxidável implantada unilateralmente no HL (N=5-8). A saliva foi coletada em animais anestesiados com quetamina (100 mg/kg de peso corporal), usando bolas de algodão previamente pesadas inseridas na boca do animal por 7 min após a injeção de pilocarpina ip (1 mg/kg de peso corporal). As injeções de noradrenalina ou salina no HL foram realizadas 15 minutos antes da administração de pilocarpina ip. A injeção de noradrenalina (80 nmol/0,5 µl) no HL reduziu a salivação induzida pela pilocarpina ip (390 ± 45 vs. salina: 556 ± 32 mg/7 min) de maneira semelhante à injeção de noradrenalina na dose de 160 nmol no HL (364 ± 23 vs. salina: 538 ± 41 mg/7 min). Conclusões: Os resultados mostram que a noradrenalina injetada no HL reduz a salivação induzida pela pilocarpina ip, sugerindo a existência de um mecanismo adrenérgico inibitório da salivação no HL. 05.043 EFEITO DA ADRENALECTOMIA SOBRE A SECREÇÃO DE PROLACTINA EM RATAS NULÍPARAS E PRIMÍPARAS. 1Bochini, J. C.; 2Felicio, L. F.; 1Hucke, E. E. T. S.; 1Laboratório de Fisiologia e Farmacologia FMV-UNIFEOB; 2Patologia USP Objetivo: A prolactina exerce inúmeras funções sobre a glândula mamária, o sistema imune, o comportamento sexual e maternal e ainda está relacionada ao estresse. A secreção de prolactina

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está sob o controle da dopamina túbero-infundibular e do peptídeo liberador de prolactina (PrRP). Estudos indicam que a secreção de prolactina é alterada pela ação de corticosteróides. Por outro lado sabe-se que a secreção de prolactina pode ser modificada em fêmeas após uma experiência reprodutiva. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a relação de glicocorticóides sobre a secreção de prolactina em fêmeas em função da experiência reprodutiva. Métodos e Resultados: Ratas nulíparas e primíparas foram divididas em 3 grupos experimentais, quais sejam, falso-operadas, adrenalectomizadas e adrenalectomizadas e tratadas com dexametasona um dia antes (400 µg/kg) e no dia do sacrifício (200 µg/kg). Cinco dias após as cirurgias, os animais foram sacrificados meia hora depois de uma injeção de haloperidol (1 mg/kg i.p.) e procedeu-se a colheita do sangue do tronco e posterior congelamento do soro obtido para posterior quantificação da concentração sérica de prolactina por radioimunoensaio. Os resultados mostraram que no grupo de ratas nulíparas as concentrações plasmáticas de prolactina após a injeção de haloperidol em fêmeas adrenalectomizadas foram significantemente maiores em relação ao controle e que o tratamento com dexametasona (adrenalectomia+dexametasona) reverteu parcialmente este efeito. Os valores médios das concentrações plasmáticas de prolactinas nas ratas nulíparas adrenalectomizadas, nulíparas adrenalectominas + dexametasona e nulíparas controle são respectivamente 403,61 ± 49,76 ng/ml, 305,62 ± 39,26 ng/ml e 106,34 ± 18,28 ng/ml. Entretanto, no grupo de ratas primíparas, a quantificação da concentração plasmática de prolactina após o desafio da injeção de haloperidol não diferiu em relação ao grupo controle para fêmeas adrenalectomizadas e fêmeas adrenalectomizadas tratadas com dexametasona. Os valores médios das concentrações plasmáticas de prolactina nas ratas primíparas adrenalectomizadas, primíparas adrenalectominas + dexametasona e primíparas controle são respectivamente 224,25 ± 37,34 ng/ml, 154,21 ± 26,18 ng/ml e 175,65 ± 17,761 ng/ml. Conclusões: Os resultados apresentados sugerem uma hiporresponsividade dos lactotrofos adenohipofisários a modulação da secreção da prolactina exercida pelos glicocorticóides em função da experiência reprodutiva. Em consequência disso, seria possível que fêmeas que já passaram por uma experiência reprodutiva anterios sejam menos responsivas ao estresse. 05.044 AÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO COMPOSTO DO NERVO CIÁTICO DE RATO. Couto, F. F. B.; Magalhães, V. G.*; Sousa-Oliveira, K. K**; Coelho-de-Souza, A. N.; Albuquerque, A. A. C. D.; Leal-Cardoso, J. H. CCS-UEC Objetivo: Os hormônios tireoidianos são essenciais para o desenvolvimento somático e neural. A atividade de proteínas estruturais, como por exemplo, a tubulina e a vimentina nos processos de regeneração de nervos periféricos também é dependente de níveis normais de hormônios tireoidianos. A sua atividade sobre a função dos nervos periféricos vem sendo estudada. A amplitude do potencial de ação motor do nervo caudal de ratos mostra-se alterado em animais submetidos à hipotireoidismo experimental. Na literatura pouco se conhece a respeito das alterações do hormônio tireoidiano no sistema nervoso periférico, desta forma o presente projeto foi desenvolvido no sentido de melhor estudar estas alterações. Caracterizamos a ação dos hormônios tireoidianos sobre o potencial de ação composto (PAC) no nervo ciático de ratos, realizando uma análise comparativa entre ratos eutireoideos e hipotireoideos. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar machos (180 a 280g), mantidos no Biotério da Universidade do Estado do Ceará (água e ração ad libitum) e idade de 8 a 10 semanas. Os animais foram divididos em grupos controle e experimental e pesados semanalmente. Após 6 meses da indução ao hipotireoidismo (confirmado por dosagem sangüínea de TSH, T3 e T4) o animal foi sacrificado e os nervos ciáticos foram dissecados e montados em câmara úmida. Foi feito o registro eletrofisiológico do PAC, 90 min após o início da estimulação, com 30-60 min após estabilização do registro realizou-se medição da cronaxia, reobase e da velocidade de condução. A reobase, a cronaxia e a velocidade de condução do primeiro componente do potencial de ação composto, cujos valores controle mediram 2.4±0,21V (n=11); 58,67±2,23µs (n=15) e 65,23±5.73m/s (n=24),

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respectivamente, foram significantemente (p < 0,05, teste t não pareado) alterados nos animais com hipotireoidismo para 2,98±0,09V (n=11); 73±3,6µs (n=12) e 46,86±2.97m/s (n=12). Conclusões: Os ratos que foram submetidos ao hipotireoidismo experimental apresentaram diminuição da velocidade de condução e da excitabilidade neural. 05.045 ESTRATÉGIAS DE SIMULAÇÃO MENTAL EM TAREFA DE JULGAMENTO DE LATERALIDADE DA MÃO. 1Maia, S. S. M. B.; 1Imbiriba, L. A.**; 1Vargas, C. D.; 2Gouvêa,S.B.*; 3Magalhães; 3Valentim, P. G.; 1Biofísica UFRJ; 2Neurobiologia UFRJ; 3Biomecânica EEFD-UFRJ Objetivo: Segundo Sirigu e Duhamel (J Cogn Neurosci. 2001 Out 1; 13(7)), sujeitos normais podem variar em relação à estratégia utilizada para efetuar a rotação mental da mão. Quando realizada na primeira pessoa, esta seria predominantemente somato-motora, e quando imaginada na terceira pessoa, visual. Neste estudo verificamos a partir de cronometria mental como as estratégias variam dentro da população. Métodos e Resultados: Foram testados 18 sujeitos destros (23+2,4 anos). Os participantes eram vendados e recebiam instruções para imaginar uma dada posição da mão e relatar a localização do dedo mínimo ou polegar, se à direita ou esquerda. Foram feitas combinações entre: (1) mão direita ou esquerda, (2) visão da palma ou dorso da mão, (3) dedos apontando para cima ou para baixo, (4) posição do dedo mínimo ou polegar, e (5) primeira (1P) ou terceira pessoa (3P), resultando em 32 condições randomizadas em dois blocos. O tempo de resposta (TR) era medido através de um microfone. Para a comparação entre a 1P e a 3P utilizou-se o teste t pareado. A seguir, foi estabelecido um índice da diferença entre os TR divididos pela soma. A amostra foi então separada em dois grupos: G1 apresentou índices negativos (6 sujeitos), e G2, positivos (12 sujeitos). Para análise dos grupos, utilizou-se ANOVA. Verificou-se que a média do TR na 3P (1514,3+732,7 ms) foi significativamente maior que na 1P (1234,7+434,2ms, p<0,02). Não houve diferença significativa entre os grupos (p=0,14). Entretanto, ocorreu uma interação significante entre os fatores (F(1,16)=8,91, p=0,009) sugerindo que os grupos diferem em relação às estratégias utilizadas para realizar a rotação mental. Finalmente, não foi encontrada diferença significante para o número de acertos nas 16 tentativas entre 1P (11,3+1,4) e 3P (10,3+1,7, p> 0,1). Conclusões: Embora a média dos indivíduos apresentem uma diferença no TR entre a 1P e a 3P, a análise dos grupos sugere que este efeito é determinado pelo G2, indicando que esses indivíduos utilizem estratégias distintas. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital Clementino Fraga Filho da UFRJ 093/03.

05.046 EFEITOS DA PRIVAÇÃO DE SONO REM NA NOCICEPÇÃO E IMUNOHISTOQUÍMICA DA ENZIMA TIROSINA HIDROXILASE (TH) NO MESENCÉFALO DE RATOS. Skinner, G. d. O.*; Cardoso, T.*; Fontanella, J. C.; Damasceno, F.*; Ferraz, M. R.; de Almeida, O. M. M. S.; Farmacologia e Psicobiologia UERJ Objetivo: A privação de sono REM produz alterações em vários sistemas de neurotransmissores, modificando vários comportamentos como as respostas a estímulos nocivos. Neste trabalho tivemos como objetivos avaliar a resposta a estímulos álgicos e a imunohistoquímica da TH na substância cinzenta periaquedutal ventrolateral (PAG),região envolvida na modulação da dor, em ratos privados de sono REM. Métodos e Resultados: Utilizamos ratos machos Wistar, controles(n=8), PSR por 96 horas (n=9)(Jouvet e col., 1964) e recuperados (72 e 96 horas após o término de privação de sono REM, n= 9/10 ). A resposta álgica foi avaliada pelo tempo de retirada da pata traseira (latência) em ratos expostos a placa quente (53oC). A imunomarcação para TH foi avaliada em secções de PAG de ratos controles (n=3) e PSR (n=3) reagidas com anticorpos contra TH (AB151-Chemicon). Nos ratos PSR observamos redução na latência de retirada da pata (-45% p<0,001)), com valores iguais aos ratos controles 72 horas

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após o término de privação e redução no número de corpos celulares marcados para TH (-29%) (figuras 1 e 2). Conclusões: A privação de sono REM aumentou a sensibilidade a estímulos álgicos em ratos e esta alteração pode estar relacionada a alterações em neurônios dopaminérgicos na substância cinzenta periaquedutal ventrolateral. 05.047 RATOS EXIBEM MEMÓRIA DO TIPO EPISÓDICA? Gimenes-Júnior, J. A.; Villas-Boas, C. A.*; Xavier, G. F. Fisiologia USP Objetivo: Memória Episódica refere-se à lembrança de um evento associado ao contexto espacial e temporal específicos em que o mesmo ocorreu. Até recentemente, memória episódica era considerada privativa da espécie humana. Este estudo avaliou, por meio de uma tarefa de aprendizagem de pares associados envolvendo sabor do alimento e local de sua apresentação, se ratos exibem memória do tipo episódica. Métodos e Resultados: Foram utilizados 17 ratos machos adultos. Uma arena circular preta medindo 186 cm de diâmetro, com parede de 30 cm de altura, teve o assoalho preenchido com bolinhas de polipropileno (com 3 mm de diâmetro), até 5 cm de altura. Um amendoim ou uma avelã, embrulhados com parafilm, foram individualmente oferecidos na superfície do polipropileno na primeira e segunda tentativas, cada alimento num local diferente; assim, naquele dia específico, o animal pôde realizar uma associação "sabor-local" (por exemplo, amendoim no local 1 e avelã no local 2). Antes da terceira tentativa, quando o animal encontrava-se na "caixa de espera", ele recebeu um pedaço de amendoim ou de avelã. Então, foi realizada a terceira tentativa, com alimento enterrado no polipropileno, no local correspondente ao sabor recebido na caixa de espera. Os locais associados aos sabores variaram aleatoriamente a cada dia. Os resultados da terceira tentativa mostraram que a frequência de visitas ao local correspondente ao alimento recebido na caixa de espera foi substancialmente maior que o parâmetro correspondente ao outro local. Conclusões: Esses resultados mostram que ratos são capazes de estabelecer associações temporárias e contextualmente específicas sobre as relações "sabor-local" e de utilizar essa informação na busca alimentar, indicando que exibem memória do tipo episódica. 05.048 ANÁLISE DO EFEITO DA NATAÇÃO SOBRE A QUANTIDADE DE INGESTA DE ETANOL EM RATOS MACHOS, SOBRE A AÇÃO DO BENZODIAZEPINICO DIAZEPAN. Grassiolli, A.; Fernandes, L.*; Francheschini, L.*; Neves, D. E.*; Otoni, N. P.*; Cruz, R.; Brinkmann, K. K.*; Padoim, M. J. Neurociências Faculdade Assis Gurgacz Objetivo: avaliar o efeito do exercício físico (natação) em amostras de ratos da linhagem wistar com ingesta induzida e não induzida de etanol 10% sob ação do benzodiazepínico diazepam. Métodos e Resultados: Os animais foram analisados aos 60 dias de vida. Os grupos antes (AN) e durante (DN) a natação foram: G1= ingesta de etanol 10%; G2 = ingesta de etanol 10% e água. No pós-natação (PN) os mesmos grupos foram divididos em 50% com injeção de salina (PNS) e 50% de injeção de diazepam (PND), ambos com ingesta de etanol. Os animais eram colocados em caixas individuais e avaliados diariamente quanto a ingesta de líquidos (ml) durante 3 semanas. Na quarta, quinta e sexta semana os animais praticaram exercício físico (natação), durante 1 hora por dia em aquários individuais, com temperatura em torno de 27ºC. Após o período de natação foi injetado diazepam (1 mg/kg) em metade dos animais de cada grupo e a outra metade com injeção de salina na mesma quantidade de diazepam. O diazepam e a salina foram injetados 2 vezes por semana durante as 3 semanas. No G1, AN (1189,2±92,1), DN (1329,1±96,1), PND (1239±179) e PNS (1068±141,3) não houve diferenças significativas; no G2 em relação a ingesta 10%, AN (532,6±61,6), DN (594,8±51,2) não foram diferentes, mas PND (299,1±42) mostrou uma diminuição da ingesta comparada aos 2 períodos anteriores e PNS (706,4±157) apresentou um aumento,

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também comparado as mesmas etapas. No G2 quanto a ingesta de água AN (1044,9±52,10), DN (1142±70,8), PND (887,4±120) E PNS (932,4±59,3) este apresentou diferença no consumo entre a etapa AN e PND onde mostra uma elevação de ingesta no período do exercício e após este, uma queda significativa com aplicação de diazepam; ainda no G2 em relação ao consumo total de liquido verificou-se que, AN (1577,5±67,4), DN (1736,8±107), PND (1178±102) e o PNS (1438,8±100,8), no período AN quando comparado com PND,mostrou uma diminuição no consumo e no período DN houve um consumo elevado na ingesta de etanol mesmo tendo duas opções de ingesta, e logo após este, houve diminuição com aplicação de diazepam. Conclusões: Diante do consumo de líquidos antes, durante e pós-natação do G2 com aplicação do diazepam sem a natação, houve diminuição significativa da ingesta de etanol. Portanto, o tratamento com diazepam nas amostras sugere-se que o diazepam sendo um ansiolítico foi capaz de diminuir as condições de ansiedade implicando na diminuição de ingesta de etanol. 05.049 EFEITO DURADOURO DA ELETROESTIMULAÇÃO PERIFÉRICA PRECOCE SOBRE A DEPRESSÃO ALASTRANTE CORTICAL. Monte-Silva K.K.; Guedes, R. C. A. Nutrição UFPE Objetivo: Nos últimos anos, mostrou-se que a estimulação de vias sensoriais pode interferir no funcionamento do sistema nervoso central (SNC; J. Physiol. 523:503-513, 2000). Este trabalho avaliou, em ratos Wistar jovens (J) e adultos (A), se a eletroestimulação periférica repetitiva (EPR) aplicada durante o desenvolvimento do SNC, provoca mudanças permanentes e/ou transitórias nas características eletrofisiológicas do fenômeno da depressão alastrante cortical (DAC). Métodos e Resultados: Dos 7 aos 28 dias de vida, os animais foram submetidos a sessões diárias de EPR (pulsos de onda quadrada; 1,5ms; 10-40V) com freqüência de 60Hz ou 2Hz (respectivamente Grupos E60: n=21J e 11A, e E2: n=20J e 13A). Esta EPR foi unilateral (só no lado esquerdo do corpo), através de 2 eletrodos nas patas esquerdas. Os ratos controle (Grupo-C; n=21J e 11A) receberam eletrodos similares, mas não foram estimulados. Aos 35-45 ou aos 95-105 dias (respectivamente grupos J e A), a DAC (deflagrada com KCl a 2%) foi registrada em 2 pontos de cada um dos hemisférios cerebrais (2h de registro em cada hemisfério). Em ambas as idades, a estimulação com 2Hz, mas não com 60 Hz, reduziu as velocidade de propagação da DAC em relação às do grupo controle, no hemisfério contralateral ao hemicorpo estimulado (P<0,05). Nos animais estimulados, comparações intragrupo mostraram menores velocidades no hemisfério contralateral à EPR. Nos controles, essa diferença inter-hemisférica inexistiu. Conclusões: Os dados sugerem que a EPR, durante o desenvolvimento, dependendo da freqüência utilizada, reduz a susceptibilidade do córtex cerebral à DAC. A permanência desse efeito nos animais adultos indica que a EPR precoce altera permanentemente as características da DAC, sugerindo mecanismos envolvendo plasticidade cerebral. 05.050 LASTING FACILITATION OF CORTICAL SPREADING DEPRESSION PRODUCED BY 1 HZ AND 20 HZ ELECTRICAL CORTICAL STIMULATION 1Batista-de-Oliveira, M.; 1Monte-Silva, K. K.*; 3Fregni F.; 1Guedes, R. C. A. 1Nutrição, UFPE; 2Health Science Center, Harvard Medical School Objetivo: Brain stimulation has increasingly been used during the last decade, however the mechanisms of action remain unknown. Herein, we explore the possibility that repetitive electric stimulation (RES) increases cortical excitability as indexed by the cortical spreading depression (CSD). Métodos e Resultados: Twenty-four Wistar rats were equally divided into 3 groups according to the treatment: sham, 1 Hz- and 20 Hz RES, applied to the left frontal cortex through a pair of epidurally implanted silver-wire electrodes. The CSD-features were analyzed at three time points (one day before, one day and 2 weeks after treatment) in both the stimulated- (SH) and non-stimulated hemisphere (NSH). Under anesthesia, CSD was elicited by 2% KCl and recorded at 2 points of the same hemisphere. After a 2-h recording period, electrodes were moved to the other hemisphere and 2 more hours of SD

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recording were performed. SD velocities of propagation were calculated based on the interelectrode distance and on the time spent for a SD-wave to cross this distance. A 3x2x3 factorial ANOVA with repeated measures showed significant differences in the main effect of time (p<0.0001), hemisphere (p=0.0002) and RES group (p=0.008). The interaction between time vs. hemisphere vs. RES group was also significant (p<0.0001). A significant CSD velocity increase in the SH due to 1 and 20 Hz RES was shown by post-hoc analysis. Furthermore, 20 Hz RES showed a greater effect on CSD compared to 1 Hz. Conclusões: The results show that 1 and 20 Hz RES results in an increase in CSD velocity that is associated to frequency and hemisphere of stimulation. Furthermore, the effects are found to be long lasting. These findings may have strong relevance to support the clinical application of therapies involving cortical electrical stimulation for diseases of reduced cortical excitability. 05.051 IMUNOEXPRESSÃO DE C-FOS EM NÚCLEOS HIPOTALÂMICOS EM RESPOSTA À REALIMENTAÇÃO NÃO ENVOLVE ALTERAÇÕES DA HOMEOSTASE HIDROELETROLÍTICA. 1Germano, C. M. R.; 2Antunes-Rodrigues, J.; 2Elias, L. L. K.; 1Clínica Médica FMRP-USP; 2Fisiologia FMRP-USP Objetivo: O objetivo desse trabalho foi identificar os núcleos hipotalâmicos envolvidos na regulação da fome e saciedade, por meio de imunomarcação de c-fos como um índice de ativação neuronal, e analisar o papel da homeostase hidroeletrolítica nos mecanismos neurendócrinos ativados com a realimentação. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar machos com peso de 250-300g, divididos em 3 grupos: grupo com alimentação livre (grupo ad lib); grupo submetido a 48 horas de jejum (grupo jejum) e grupo realimentado, após esse período de jejum, durante 2 horas (grupo realim). Todos animais tiveram acesso livre à água. Os animais foram então, anestesiados e submetidos à perfusão com paraformaldeido 4%, sendo o cérebro coletado para realização de imunohistoquimica para a proteína c-fos. Em cada grupo realizamos a determinação de sódio sérico e osmolalidade plasmática. Observamos que em relação ao grupo ad lib, os animais em jejum apresentaram um aumento na expressão da proteína c-fos na área lateral do hipotálamo (37±6 vs 11±1; p<0.05), não se observando aumento da expressão de c-fos em outros núcleos hipotalâmicos. Após realimentação por 2h, houve aumento significativo da expressão de c-fos (p<0.05) nos núcleos paraventricular (PVN) posterior (Papo) (101±14 vs 14±5), pré-óptico mediano (MnPO) (40±6 vs 14±4), supra-óptico (SON) (77±24 vs 4±1), dorso medial (DMH) (109±18 vs 3±3) e arqueado rostral (ARC) (27±2 vs 12±2) em relação aos animais em jejum. Os valores de sódio sérico (mEq/L) e osmolalidade plasmática (mOsm/Kg) foram, respectivamente, de 136±1,4 e 284±3,3 no grupo ad lib, 137±1,2 e 276±3,9 no grupo jejum e 136±1 e 286±4,8 no grupo realim. Não houve diferença significativa nos valores de sódio sérico e de osmolalidade plasmática entre os três grupos. Conclusões: Este estudo confirma a participação dos núcleos PVN, DMH e ARC nos mecanismos envolvidos no controle de saciedade. Adicionalmente, demonstramos a ativação dos núcleos MnPO e SON após a realimentação, não relacionada a alterações de sódio ou osmolalidade plasmática. 05.052 TRATAMENTO NEONATAL COM INIBIDOR DA RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA: EFEITO SOBRE DESENVOLVIMENTO SOMÁTICO EM RATOS. 1Oliveira de Lira, L; 1Oliveira, L. S.**; 1Lima, A. K. S.*; 1Leite Jr, S. F.*; 1Pereira, H. C. R.*; 2SOUZA, S. L. D.; 3Nogueira, M. I.; 1Manhães-de-Castro, R. M. D.; 1Nutrição UFPE; 2Anatomia CCS-UFPE; 3Anatomia ICB III-USP Objetivo: Este trabalho avaliou as medidas de crescimento somático (MCS) e da maturação das características físicas (CF) em neonatos submetidos ao tratamento com reboxetina, um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina (NE), durante o período crítico de desenvolvimento. Métodos e Resultados: Ratos Wistar foram divididos em 2 grupos segundo o tratamento diário (1º ao 21º dia de vida): Salina (NaCl 0,9%, Sal; n=25), Reboxetina 20mg/Kg (Rbx; n=25). Cada ninhada foi composta por 6

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filhotes machos. Foram avaliadas diariamente as MCS: eixo longitudinal do corpo (EL), comprimento da cauda (CC) e eixos latero-lateral (ELLC) e antero-posterior (EAPC) do crânio; e o desenvolvimento das CF: abertura do pavilhão auricular (APA), abertura do conduto auditivo (ACA), irrupção dos incisivos superiores (IIS), irrupção dos incisivos inferiores (III) e abertura dos olhos (AO). Quanto às MCS, comparando-se os dois grupos (teste t, p<0.05), não se observou diferença significativa em nenhum dos parâmetros avaliados até o 21º dia: EL (Rbx 122.00 ± 4.67 ; Sal 121.61 ± 3.61; p>0.05), CC (Rbx 66.98 ± 6.10; Sal 67.16 ± 4.44; p> 0.05), ELLC (Rbx20 17.42 ± 0.24; Sal 17.46 ± 0.18; p> 0.05) e EAPC (Rbx20 36.48 ± 0.88; Sal 36.95 ± 0.88; p> 0.05). Quanto a maturação das características, também não se verificou nenhuma diferença significante (Mann-Whitney, p<0.05): APA (Rbx = 3, 2-5; Sal = 3, 2-5); ACA (Rbx = 12, 10-14; Sal = 12,10-13); IIS (Rbx = 9, 8-10; Sal = 9, 7-10); III (Rbx20 = 11,10-13; Sal = 11, 10-13); AO (Rbx =14, 12-16; Sal = 15, 13-16). Conclusões: O tratamento com inibidor da recaptação de NE (reboxetina), durante o período crítico de desenvolvimento, parece não produzir alterações no crescimento somático nem na maturação das características físicas nos animais tratados. 05.053 EFICIÊNCIA DA APRENDIZAGEM TESTADA PELA CONTINGÊNCIA INTENCIONAL E PELA CONTINGÊNCIA MECÂNICA NOS SUJEITOS HUMANOS. 1Chang, Y. C.; 2Madeira, S. A.; 3Durat, J. C.; 5Bartoszeck, A. B.; 6Abramson, C. I.; 1Instituto de Saúde Dr. Bezerra Menezes Faculdade Integrada Espírita; 2Neurofisiologia Instituto de Saúde Bezerra Menezes; 3Neurociência, Faculdade Integrada Espírita; 5Neurociência UFPR; 6 Neurociência University of Oklahoma Objetivo: Objetivo: Demonstrar que os sujeitos humanos aprendem discriminar a intensidade do estímulo mecânico com as diferente eficiências pela contingência intencional e pela contingência mecânica. Métodos e Resultados: Método e Resultado: A eficiência da aprendizagem foi medida pela inclinação da linha de regressão entre a alteração da intensidade declarada, ∆D, pelo sujeito em 10 escalas na Escala McGill de Declaração da Sensação, e a alteração da intensidade aplicada, ∆I, em 10 escalas de 30 µNewton, 50 ms, cada estímulo, de 0 até 300 µN, 50 ms, do estimulador mecânico, AME-ISBM-1-1 nos dorsos dos dedos dos sujeitos (Chang, et al, XIX Reu. An. FeSBE, 01.05.026, 2004), sendo que 1.0 é a eficiência perfeita (aprovada pelo Comitê de Ética, FIES, Curitiba, 2002). 60 sujeitos (38f e 22m. 32.5 ± 3.6 anos de idade) foram divididos em dois grupos. Os 30 sujeitos foram testados com contingência intencional onde a intensidade dos estímulos foram aplicadas em seqüência crescente, três vezes em intervalos de 10 minutos e outros 30 sujeitos foram testados pela contingência mecânica onde as intensidades foram aplicadas em seqüência ao acaso também 3 vezes durante 30 minutos. Nos primeiros 10 minutos, os dois grupos aprendem com quase a mesma eficiência (0.41 ± 0.08, cont. mec. vs. 0.43 ± 0.06, cont. int. T = 1.121, P< 80%). A eficiência do grupo de cont. mec. aumentou para 0.70 ± 0.09 e a eficiência do grupo de cont. int. diminuiu para 0.35 ± 0.09 em 20 minutos apresentando uma diferença de P>99.5%, t = 3.362. A diferença da eficiência entre dois grupos (0.51 ± 0.07, cont. mec, vs. 0.39 ± 0.07, cont. int.) tornou-se menos significante (t = 2.501, 99%>P>98%) em 30 minutos. Conclusões: Conclusão: A modificação de termo curto de 20 minutos na eficiência da aprendizagem das duas contingências é comparavel com a alteração de termo curto da aprendizagem causada pelo processamento imediato destas duas contingências nos dois circuitos dos núcleos cerebrais, demonstrada pela neuroimagem nos sujeitos humanos (Frith, et al, Phil. Trans. Roy. Soc. Biol. Sci. London, 355:1771, 2000). 05.054 INVESTIGAÇÃO DO NÃO USO DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL POR MULHERES PARKINSONIANAS. 1Moraes, T. N. P.; 1Puppi, R.; 1Rocha, S. F. B. D.**; 2Meneses, M.; 1Ferraz, A. C. 1Fisiologia UFPR; 4 Anatomia UFPR Objetivo:

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Trabalho anterior teve a intenção de verificar diferenças motoras e cognitivas entre mulheres parkinsonianas no período pós-menopausa, que fizessem uso ou não de terapia de reposição hormonal (TRH). Após minuciosa investigação verificamos a inexistência de mulheres Parkinsonianas fazendo uso de TRH. Assim, direcionamos a investigação no intuito de entender estes fatos Métodos e Resultados: As pacientes foram recrutadas a partir de cadastro na Associação Paranaense de Portadores de Parkinsonismo (APPP). Aplicamos um questionário avaliando os sintomas de menopausa (Índice menopausal de Kupperman) em mulheres Parkinsonianas (n=29 e idade: m = 63,3 ± 1,86) e não Parkinsonianas (n=25 e idade: m = 55,4 ± 1,81). As ocorrências de demência e depressão foram avaliadas pela escala de Beck e pelo Mini-Mental State Examination (MMSE). Todas as escalas foram expressas como média ± erro padrão da média e analisadas por Análise de Variância (ANOVA), (critério p < 0,05). Em relação ao MMSE não houve diferença estatística entre os grupos, F (1,52) = 3,27, p > 0,05, excluindo a existência de demência entre os mesmos. O grupo de mulheres parkinsonianas apresentou um quadro de depressão moderada a grave em comparação ao grupo controle, F(1,52) = 8,31, p < 0,05. Os resultados obtidos do índice menopausal de Kupperman revelaram que tanto as mulheres parkinsonianas quanto as não parkinsonianas apresentam sintomas menopausais considerados leves, sem existir diferença estatística entre as mesmas (F(1,52) = 1,95, p > 0,05) Conclusões: A ausência de sintomas menopausais não está relacionada com a pouca procura pela TRH, em mulheres parkinsonianas. Possivelmente, outros fatores como polimedicação, baixo poder aquisitivo e aspectos socio-culturais, justificam o comportamento das mulheres parkinsonianas de não recorrerem a TRH, excluindo-se a ausência de sintomas menopausais 05.055 EFEITO DE DIFERENTES MÉTODOS DE PRIVAÇÃO DE SONO NOS NÍVEIS DE CORTICOSTERONA EM RATAS WISTAR. 1Antunes, I. B.; 2Andersen, M. L.; 2Papale, L. A.*; 2Tufik, S. 1Ginecologia UNIFESP; 2Psicobiologia UNIFESP Objetivo: Investigar os efeitos de diferentes métodos de privação de sono (PS): gentle handling-6h, plataforma múltipla-6h e plataforma múltipla-96h nos níveis de corticosterona em ratas. Métodos e Resultados: Após avaliação basal do ciclo estral de 24 fêmeas Wistar por 14 dias, estas foram distribuídas em quatro grupos: a) gentle handling por 6h; b) plataforma múltipla por 6h; c) plataforma múltipla por 96h e controle para os períodos respectivos. As ratas foram sacrificadas em diestro e o sangue coletado para posterior dosagem bioquímica. Os resultados indicam que as ratas do grupo gentle handling de 6h não apresentaram alterações significativas nos níveis de corticosterona comparado ao grupo controle. Privação de sono pelo método da plataforma múltipla por 6h apresentou as maiores concentrações de corticosterona e difere significativamente dos grupos controles, plataforma múltipla por 96h e gentle handling por 6h. O método da plataforma múltipla por 96h apresentou aumento significativo dos níveis de corticosterona comparado aos grupos gentle handling por 6h e controle. Conclusões: O estresse agudo da PS pelo método da plataforma múltipla resultou nas maiores concentrações de corticosterona em relação aos demais métodos. Ao prolongar esse período para 96h encontrou-se uma redução da corticosterona. Assim, nossos resultados sugerem que modalidades de estresse aplicados por períodos curtos podem ativar significativamente o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal em comparação ao estresse crônico. 05.056 MIGRAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO DA MEDULA ÓSSEA PARA O CÉREBRO APÓS STATUS EPILEPTICUS OU CRISE AGUDA. 1Longo, B. M.; 1Bahia, L.; 2Blanco, M. M.**; 1Senra, J.; 1Brustolim, D.; 1Soares, M. B. P.; 2Mello, L. E. A. D. M.; 1Santos, R. R. D.; 1Imunofarmacologia FIOCRUZ Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz 2Neurofisiologia UNIFESP Objetivo:

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O presente estudo visa avaliar se o status epilepticus (SE) ou crise convulsiva aguda induzem a migração de células-tronco da medula óssea (MO) através da barreira hemato-encefálica (BHE) e povoam o parênquima cerebral. Para investigar essa questão, utilizamos a administração de pilocarpina para provocar o SE e, eletrochoque convulsivo máximo (ECM) para produzir crises agudas, em camundongos quiméricos. Métodos e Resultados: Para avaliar a migração de células de MO para o cérebro, camundongos adultos C57Bl/6 (n=26) foram irradiados e transplantados com células de MO de camundongos doadores transgênicos GFP (green fluorescence protein). Após 30 dias de recuperação, os animais quiméricos foram induzidos ao SE por pilocarpina ou ao ECM (1 ECM ou 5 ECM). As células GFP+ provenientes do doador foram quantificadas por meio de imunofluorescência em seis regiões cerebrais (neocórtex, córtex piriforme, hipocampo, tálamo, plexo coróide e ventrículo lateral) em três tempos após a indução do SE ou do ECM (2, 24 e 48 horas) em comparação com animais quiméricos controles. Verificamos a presença de células GFP+ em todas as regiões cerebrais selecionadas em ambos os modelos de epilepsia. A quantificação das células GFP+ mostrou uma diferença significante entre os tempos nos dois modelos de SE e ECM (p= 0,0049; p< 0,0001) para todas as áreas avaliadas, exceto o plexo coróide. Os animais submetidos ao SE por Pilo apresentaram maior quantidade de células GFP+ em 48 horas, no grupo 1ECM o pico foi 24 horas, e no grupo 5ECM foi 2 horas após o início do SE (respectivamente 42%, 28,6% e 43,2% do total de células GFP+ de cada grupo). Conclusões: Nossos dados indicam que as células-tronco oriundas da MO têm capacidade de migrar através da BHE de maneira dependente da intensidade da crise, e sugerem um possível tratamento para epilepsia do lobo temporal após o SE ou após uma única crise convulsiva. Nossos achados também sugerem a possibilidade de terapia para outras desordens neurológicas nas quais células-tronco transplantadas possam repor uma população de células perdidas ou não funcionais no cérebro. 05.057 ESTUDO NEUROANATÔMICO E NEUROFISIOLÓGICO DA CONEXÃO ENTRE O COLÍCULO SUPERIOR E A ÁREA PRÉ-TECTAL ANTERIOR. 1Carvalho, A. D.; 2Coimbra, N. C. 1Neurologia FMRP-USP; 2Farmacologia FMRP-USP Objetivo: Uma das poucas áreas, cuja estimulação evoca antinocicepção não precedida por reações aversivas, consiste no núcleo pré-tectal anterior (NPtA). O estímulo nociceptivo aumenta a atividade metabólica desse núcleo indicando sua participação na resposta fisiológica normal. O objetivo desse trabalho foi estudar a anatomia conectiva funcional entre o NPtA e o Colículo Superior (CS), utilizando técnicas neuroanatômicas de traçamento de vias e estudar a implicação neurofisiológica dessa via nas respostas antinociceptivas decorrentes da estimulação elétrica do NPtA. Métodos e Resultados: No estudo neuroanatômico, foi microinjetado o neurotraçador bidirecional biodextran no NPtA de ratos Wistar machos, pesando 240g; N = 8. O estudo revelou conexões neurais originadas no CS e destinadas ao NPtA. No estudo neurofisiológico foi realizada cirurgia estereotáxica para implantação de eletrodo no NPtA e cânula-guia no CS. Foram realizadas microinjeções de ácido ibotênico (1µg / 0,5µl), N = 8; ou salina a 0,9% (0,5µl) no CS, N = 11; e estimulação elétrica no NPtA. Um outro grupo controle (SHAM), N = 8, não recebeu estímulo elétrico e/ou administração de drogas. O estudo temporal mostrou que a destruição dos neurônios do CS, que se projetam para o NPtA, diminuiu os limiares nociceptivos. Houve efeito estatisticamente significante do tratamento F(2,24) = 28,25; p<0,001 e do tempo F(4,21) = 7,13; p<0,01. Não havendo interação entre tratamento e tempo F(8,40) = 0,90; p>0,05. One Way ANOVAs mostraram efeito estatisticamente significante da lesão do CS, quando comparado com o grupo salina; e diferença significante do grupo salina em relação ao grupo sham; [F(2,24) variando de 15,31 a 31,27; p<0,001]. Conclusões:

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A presença de conexões neurais originadas no CS destinadas ao NPtA indica que a inibição de sensações dolorosas evocadas pela estimulação elétrica do NPtA depende, em parte, do substrato neurônico presente no CS. 05.058 TRATAMENTO CRÔNICO COM CITALOPRAM EM RATOS NORMAIS E DESNUTRIDOS: EFEITO SOBRE A DEPRESSÃO ALASTRANTE. Guimarães, N. X.; Batista-de-Oliveira, M.*; Amancio-dos-Santos, A.**; Guedes, R. C. A.; Nutrição UFPE Objetivo: Tem sido demonstrado que a ativação do sistema serotoninérgico antagoniza a depressão alastrante cortical (DA). O inibidor seletivo de recaptação de serotonina, citalopram (CIT) teve evidente efeito quando aplicado topicamente no córtex, mas pouco efeito por via sistêmica durante 7 dias. Neste trabalho investigou-se se o tratamento sistêmico crônico (21 dias) seria mais eficaz, bem como se a desnutrição precoce modificaria esse efeito. Métodos e Resultados: Ratos wistar adultos(250-350g) machos, desnutridos no aleitamento (D; n=9) ou normonutridos (N; n=12) receberam citalopram(20mg/kg/dia, i.p) por 21 dias a partir dos 90 dias de vida. Eles foram comparados a ratos controle, que receberam salina (SAL; 8D e 7N), ou nenhum tratamento (ingênuos; 6D e 7N). O registro da DA foi realizado 18–22h após a última aplicação. A DA foi deflagrada com KCl 2% no córtex frontal e sua propagação registrada em 2 pontos do córtex parietal, por 4h consecutivas. A velocidade de propagação foi calculada a partir do tempo necessário para uma onda de DA percorrer a distância entre os 2 pontos de registro. O tratamento crônico com CIT reduziu significativamente a velocidade da DA, (média +desvio-padrão, por h de registro, variando de 2,66±0,15 a 2,84±0,25mm/min em comparação com os grupos controle (SAL e ingênuo; de 3,36±0,12 a 3,44±0,26), os quais não diferiram entre si. O mesmo efeito do CIT sobre a DA foi encontrado também nos animais que sofreram desnutrição precoce (CIT, de 3,45±0,18 a 3,55±0,14; controles, de 4,53±0,26 a 4,70±0,25). Conclusões: Os resultados sugerem que os efeitos do CIT sobre a DA são influenciados pela duração do tratamento, mas não pelo estado nutricional. 05.059 EFEITOS DA GALANTAMINA SOBRE APRENDIZAGEM E MEMÓRIA OPERACIONAL DE CURTA DURAÇÃO EM RATOS ADULTOS E IDOSOS. 1Dolsan, E. F. S. L.*; 2Santos, E. dos*; 2Silva, N. F.; 4 Penna, A. M.; 1Morfologia FAESA; 2Morfologia UFES Objetivo: Avaliar os efeitos da galantamina sobre a aprendizagem e a memória operacional de curta duração em ratos adultos e idosos testados no labirinto radial de oito braços. Métodos e Resultados: Ratos Wistar, machos, adultos (3-6 meses) e idosos (20-22 meses) foram alocados em 4 grupos (n=5): SAL1 (ratos adultos, salina 0,9%), SAL2 (ratos idosos, salina 0,9%), GAL1 (ratos adultos, galantamina, 2 mg/kg) e GAL2 (ratos idosos, galantamina, 2 mg/kg), com doses diárias, i.p., durante 30 dias. Os animais foram submetidos a sessões diárias no labirinto radial de 8 braços seis horas após a administração das drogas. Na avaliação da aprendizagem, os animais deveriam entrar uma única vez em cada um dos 8 braços do labirinto, sendo a repetição de entrada em um braço considerada um erro. Após atingirem o critério de 0 a 1 erro por sessão em 3 sessões consecutivas, foram realizadas dez sessões com intervalo de retenção (5 seg) entre o quarto e o quinto braços visitados (avaliação da memória operacional de curta duração). Para análise estatística foi utilizada ANOVA de 1 via seguida do teste de comparações múltiplas de Tukey e os resultados expressos em média ± erro padrão, com p<0,05. Em ratos adultos e idosos, a galantamina não teve efeito na aprendizagem (adultos: SAL1 1,94 ± 0,47 erros; GAL1 0,72 ± 0,24 erros; idosos: SAL2 2,38 ± 0,34 erros; GAL2 1,83 ± 0,39 erros) nem sobre a memória operacional de curta duração (adultos pré-retardo: SAL1 2,80 ± 1,62 erros; GAL 1,00 ± 0,63 erros; adulto pós-retardo: SAL1 3,00 ± 1,14 erros; GAL 5,00 ± 1,37 erros; idosos pré-retardo: SAL2 1,25 ± 0,48 erros; GAL2 2,80 ± 1,88 erros; idoso pós-retardo: SAL2 7,25 ± 1,80 erros; GAL2 6,40 ± 3,50 erros) no labirinto radial. Conclusões:

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A aplicação de galantamina em ratos adultos e idosos, na dose de 2 mg/kg e no período utilizado, não interfere nos processos de aprendizagem e memória operacional de curta duração no labirinto radial de 8 braços. 05.060 SUPER-EXPRESSÃO DE SONO PARADOXAL EM RATOS PRIVADOS DE SONO E SUBMETIDOS AO ESTRESSE CRÔNICO E INTERMITENTE DE CHOQUE NAS PATAS. Machado, R. B.; Tufik, S.; Suchecki, D.; Psicobiologia UNIFESP Objetivo: Estudos sugerem que o estresse associado aos métodos de privação de sono pode afetar a expressão do efeito rebote. Por isso, o objetivo deste estudo é avaliar se a associação com um agente estressor influencia a expressão do efeito rebote em ratos privados de sono paradoxal (SP). Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos, 3 meses, foram submetidos ao implante de eletrodos para o registro do ciclo vigília-sono e freqüência cardíaca durante todo o período experimental. Água e alimento foram fornecidos ad libitum, a temperatura e o ciclo claro-escuro de 12h foram controlados durante o experimento. Os animais foram distribuídos em dois grupos, privado de SP (96h - PSP) e grupo mantido em gaiolas individuais (CTL). Cada grupo foi subdividido em três: 1) Choque Agudo (CA): choque nas patas (sessão de 40 min.; 2mA; 0,1s; 5 a 7 choques por min.) ao final da privação de sono; 2) Choque Crônico (CC): choque nas mesmas características acima, nos quatro dias da privação de sono, duas vezes ao dia (7 h e 19h) e uma sessão extra antes do período de recuperação, totalizando 9 exposições; 3) Não choque (NC). Após o período de privação de sono, os animais puderam dormir livremente por 72h. Nossos resultados demonstraram que o grupo PSP+CC apresentou super-expressão de SP durante as primeiras 24h de recuperação, quando comparado aos grupos PSP+NC (176%; p<0,05; ANOVA/Tukey HSD), CTL+CC (361%; p<0,05; ANOVA/Tukey HSD) e PSP+CA (219%; p<0,05; ANOVA/Tukey HSD). Este aumento deveu-se ao prolongamento da duração média de cada episódio. O estresse do choque agudo, por sua vez, suprimiu o sono de ondas lentas de baixa amplitude durante o período de recuperação em animais PSP, quando comparado com animais PSP+NC (p<0,05; ANOVA/Tukey HSD). O choque nas patas, crônico ou agudo, não alterou o sono de ratos CTL (blocos de 12h; p>0,05; ANOVA/Tukey HSD). A freqüência cardíaca dos animais PSP se elevou acima dos valores basais, independentemente do estresse associado, permanecendo elevada durante as 72h de recuperação (p<0,05; ANOVA/Tukey HSD). Conclusões: A associação do estresse do choque nas patas com a privação de sono paradoxal, parece afetar a expressão do efeito rebote de sono. 05.061 A1 NORADRENERGIC NEURONS LESIONS ENHANCE WATER DEPRIVATION-INDUCED SALT APPETITE.. 1Pedrino, G. R.; 1Maurino, I.C.*; 2Barbosa, S. P.; 1Cravo, S. L.; 2Colombari, D. S. A. 1Fisiologia UNIFESP; 2Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara; . Objetivo: Noradrenergic neurons in the caudal ventrolateral medulla (CVL; A1 group) project to diencephalic areas involved in cardiovascular and hidroeletrolytic control. In the present study we investigated the effects of specific lesions of the A1 neurons on water and 1.8% NaCl intake in rats treated with intragastric (ig) 2M NaCl (2 ml/rat) or after 36 h of water deprivation/partial rehydration with only water (WD/PR). Métodos e Resultados: Male Wistar rats (280-320g) were submitted to selective lesions of DβH-containing neurons. These lesions were achieved by bilateral microinjections of anti-DβH-saporin (6.3ηg/60ηl) into the CVL (N=12). Control rats (N=8) received equimolar bilateral microinjections of the vehicle (saporin, 1.3ηg/60ηl). After 15-20 days animals were submitted to thirst and sodium appetite tests. The lesion of A1 neurons increased the 1.8% NaCl intake induced by WD/PR (11.1 ± 1.3 ml, vs. control: 6.1 ± 1.8 ml/120 min). Conversely, lesions of the A1 neurons did not affect water intake during partial rehydration (20.7 ± 1.1 ml, vs. control: 17.4 ± 1.8 ml/120 min) or by 2 M NaCl-induced water intake (5.7 ± 3.7 ml, vs. control: 7.1 ± 5.1 ml/120 min). A1 lesioned-rats or control rats did not drink 1.8%

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NaCl after ig 2M NaCl (2.2 ± 3.2 ml, vs. control: 0.9 ± 1.5 ml/120 min). The extension of A1 lesions was confirmed by immunocytochemical procedures. Conclusões: The results suggest an inhibitory role for A1 cells on sodium appetite induced by water deprivation. 05.062 AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA DA AÇÃO CITOPROTETORA DO EUGENOL EM CÉREBROS DE RATOS SUBMETIDOS A ISQUEMIA. 1Gomes, R.; 2Nascimento, M. M.**; 3Gomes, R.; 2Leal-Cardoso, J. H.; 1Vale, O. C. do. 1Medicina Clínica UFC; 2CCS-UEC; 3CCS-UNIFOR Objetivo: Caracterizar a ação citoprotetora do eugenol em cérebro isquêmicos de ratos através da avaliação das amplitudes absolutas medias dos espectros eletroencefalográficos. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos machos Wistar (300-450 g) divididos em três grupos experimentais: a) grupo controle (n=8), b) Grupo isquemia (n=8), c)Grupo [isquemia+(DMSO e salina)(n=8), d) Isquemia + eugenol (dissolvido em DMSO e salina). Todos os animais foram anestesiados com uretana 1,2 g/Kg v.i. e foram submetidos a procedimento cirúrgico para indução de lesão cerebral isquêmica global através de obliteração das artérias carótidas comuns. Após a oclusão foi acoplada uma bomba de infusão contendo eugenol (500 mg/Kg, diluído em 8 partes de DMSO e completado com soro fisiológico a 9%, de maneira a perfazer 5 ml) ou veículo (DMSO e soro fisiológico até atingir 5 ml) a 37 ºC e pH 7,4. Todos os animais foram submetidos à avaliação eletroencefalográfica com duração de 15 minutos e escolha de épocas livres de artefato com duração de 2,84 segundos. Foi feita a mensuração estatística da amplitude absoluta media dos diversos espectros. A infusão intracarotidea de eugenol, mas não de veiculo (DMSO + salina) induziu recuperação estatisticamente significante (p < 0,05) da depressão das amplitudes absolutas medias induzidas pela isquemia dos diversos espectros de freqüência eletroencefalográfica do lobo frontal esquerdo (α= 49,2 ± 9,61 µV; β1=48,7,3 ± 8,86 µV; β2=32,5 ± 6,54 µV; β3=26,6 ± 3,56 µV; θ=83,2 ± 21,68 µV; δ= 60,6 ± 11,77 µV) em relação ao grupo isquemia (α= 44,9 ± 8,88 µV; β1=39,3 ± 7,35 µV; β2=20,9 ± 3,6 µV; β3=14,7 ± 2,83 µV; θ=81,5 ± 15,49 µV; δ= 57,9 ± 10,64 µV) (Controle: α= 56,0 ± 8,65 µV; β1=58,3 ± 9,38 µV; β2=25,9 ± 4,32 µV; β3=16,5 ± 3,17 µV; θ=96,3 ± 13,16 µV; δ= 73,0 ± 10,50 µV) Conclusões: Os resultados demonstram que o eugenol determinou um efeito neuroprotetor em cérebros isquêmicos de ratos, o que sugere a possível utilidade terapêutica do eugenol na isquemia cerebral e doenças degenerativas do SNC. 05.063 A INFLUÊNCIA DA SIMULAÇÂO MENTAL DE MOVIMENTOS SOBRE O CONTROLE POSTURAL DOS PACIENTES HEMIPLÉGICOS COM E SEM COMPORTAMENTO PUSHING. 1Aschidamini, C.; 1Kaleff, C. R.**; 1Pacheco G.*; 1Yamasaki, M. J.*; 1Rodrigues, E. D. C.**; 1Ferreira, S. C.**; 2Imbiriba, L. A.**; 1Vargas, C. D. 1Neurobiologia IBCCF-UFRJ; 2Biofísica CCS-UFRJ Objetivo: O comportamento de lateropulsão para o lado plégico (LPLP), ou pushing, acomete 10% dos pacientes após lesão encefálica. O objetivo do trabalho é avaliar a capacidade de simular mentalmente (SM) um movimento que envolve ajuste postural nesses pacientes e verificar a sua influência sobre o equilíbrio postural (EP). Métodos e Resultados: Cinco hemiparéticos, 2 com e 3 sem LPLP, foram comparados a sujeitos normais com idade pareada. De olhos vendados, foram instruídos a se imaginar realizando (I), e em seguida executaram (E), os seguintes movimentos: 3 blocos de 10 plantiflexões em bipedestação e 3 blocos de 3 seqüências de oponência entre o polegar e os dedos com a mão direita e esquerda. Os sujeitos sinalizaram o início e término da tarefa e o tempo foi medido com um cronômetro. A diferença entre I-E foi calculada para os 3 grupos. O participante deveria manter a postura ortostática sobre a plataforma de força por 30 s nas condições: olhos abertos (OA), fechados (OF), se imaginar cantando ‘Parabéns para você’ 3x (CA), se sentir ficando na ponta dos pés 10x (IM) e em seguida realizar os movimentos. Os pacientes foram comparados aos normais por meio de two way ANOVA (p<0,05). Em um paciente com LPLP, a diferença I-E manteve-se dentro da faixa de normalidade para ambas as tarefas. Entre os pacientes hemiparéticos sem

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LPLP, um apresentou I-E alterada apenas para plantiflexão, o outro para oponência e o terceiro para ambas as tarefas. Maior velocidade de deslocamento no eixo antero-posterior foi verificada na condição OF em relação à OA para um paciente com LPLP. Inversamente, um paciente sem LPLP apresentou maior amplitude de oscilação e velocidade de deslocamento em IM em relação a CA e OF. Conclusões: Estes resultados falam a favor de 1) um déficit seletivo na imagética motora, sugerindo especificidade em relação ao acesso das representações corporais axial e distal; 2) sistemas múltiplos de controle postural, o primeiro responsável pela manutenção do equilíbrio em bipedestação e o segundo, de alta ordem, responsável pelos ajustes posturais durante o movimento. 05.064 EFETIVIDADE DO ALONGAMENTO PASSIVO MANUAL NA ORGANIZAÇÃO MACROMOLECULAR DO COLÁGENO E NA HIPERTROFIA DO MÚSCULO ENCURTADO PÓS-IMOBILIZAÇÃO. Lima, E. D. Fisioterapia UFSCar Objetivo: Avaliar o efeito do alongamento passivo manual na organização macromolecular das fibras de colágeno, através do retardo óptico, e na área de secção transversa das fibras de músculos sóleos encurtados pós-imobilização Métodos e Resultados: Foram utilizados 30 ratos Wistar (280,4±25,7g) distribuídos em 5 grupos: G1- Sóleo imobilizado; G2- Sóleo imobilizado + livre; G3- Sóleo imobilizado + alongado três vezes por semana; G4- Sóleo imobilizado + alongado sete vezes por semana e G5- Controle. Os músculos sóleos esquerdos foram imobilizados em posição de encurtamento por quatro semanas (a articulação do tornozelo foi imobilizada em flexão plantar máxima). O alongamento foi de 60s de duração numa série de 10 repetições com 30s de relaxamento entre cada alongamento, sete e três vezes por semana, durante três semanas. Após sete semanas foi avaliado: área de secção transversa (AST) e o retardo óptico da birrefringência total do tecido conjuntivo do músculo sóleo (endomísio, epimísio e perimísio) através do retardo óptico (RO) que representa o estado de agregação molecular do colágeno. Para análise estatística utilizou-se o teste ANOVA e Student-t test (p>0.05). ). A imobilização causou perda significativa de 41±7% (p=0,008) na AST dos músculos sóleos e diminuição de 25±0,07% (p<0.001) do retardo óptico da birrefringência das fibras de colágeno dos músculos sóleos do G1. Os músculos sóleos imobilizados e alongados sete vezes por semana (G4) apresentaram auemnto significativo de 11± 3% (p<0,001) na AST e 17±1,7% (p<0.01) no retardo óptico das fibras de colágeno dos músculos sóleos quando comparados com o controle. A AST e o RO do G2 e G3 após três semanas livres na gaiola voltaram aos valores controle. Conclusões: A imobilização produziu uma diminuição significativa do estado de agregação molecular das fibras de colágeno devido à redução do retardo óptico da birrefringência das fibras de colágeno; O alongamento de 60s 7xsem causou aumento na organização do tecido conjuntivo e o estímulo da marcha foi eficaz para recuperar a organização molecular das fibras de colágenos e a AST das fibras dos músculos imobilizados. 05.065 PAPEL INIBIDOR DAS INFLUÊNCIAS INTER-HEMISFÉRICAS SOBRE A DEPRESSÃO ALASTRANTE. 1Oliveira-Pinto, A.V.; 2 Guedes, R. C. A. 1Fisiologia UFPE; 2Nutrição UFPE Objetivo: A comunicação inter-hemisférica em mamíferos é realizada através das comissuras cerebrais. Os mecanismos pelos quais a atividade cortical de um hemisfério pode influenciar as funções do outro hemisfério não têm sido objeto de muito estudo, no que se refere à Depressão Alastrante (DA). O presente trabalho visa investigar o papel das influências inter-hemisféricas sobre a DA no hemisfério direito após lesão no hemisfério esquerdo. Métodos e Resultados: Em 17 ratos machos adultos, sob anestesia, a DA foi provocada, em intervalos de 20 minutos, por KCl (2%) em um ponto no córtex frontal. A velocidade de propagação da DA foi calculada com

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base no tempo gasto para a DA percorrer a distância entre dois pontos localizados na região parietal. Após 2h de registro (período controle), 9 desses animais sofreram lesão, com bisturí elétrico, no hemisfério esquerdo a 1mm da linha média no sentido lateral, com extensão de 7mm (antero-posterior) e profundidade de 3-5mm, suficiente para seccionar as fibras calosas, segundo Paxinos & Watson (The rat brain in stereotaxic coordinates, 4th edition, Academic Press, New York, 1998). A lesão das fibras calosas foi confirmada posteriormente em todos os 9 animais. O grupo controle (n=8) sofreu lesão fictícia. Após a lesão, o registro continuou por mais 2h. Um segundo registro da DA (por 2h) foi feito, nos mesmos animais, 3 a 7 dias após a lesão. Em comparação com o período controle, as velocidades de propagação da DA aumentaram significativamente após a lesão cortical. Esse efeito persistiu no segundo registro. No grupo controle, nenhuma diferença foi encontrada. Conclusões: Os resultados indicam que a lesão cortical no hemisfério esquerdo aumentou a velocidade de propagação da DA no hemisfério contralateral, sugerindo um papel inibidor da atividade cortical contralateral sobre a DA. A presença do efeito por até 7 dias após a lesão sugere que tal efeito pode ser duradouro. 05.066 USE OF TITYUSTOXIN AS A FUNCTIONAL MARKER TO STUDY CELLULAR SIGNALING IN RAT HIPPOCAMPAL SLICES. 1Conceição, C. T.; 1Campos, T. V. O.*; 1Pinheiro, A. C. N**; 2Gomez, M. V.; 1Doretto, M. C.; 1Moraes, M. F. D.; 1Massenssini, A. R. 1Fisiologia e Biofísica, UFMG; 2Farmácia e Farmacologia, UFMG Objetivo: Tityus toxin (TsTx), a toxin from the scorpion Tityus serrulatus, binds to voltage dependent Na+ channels in their open state. Our hypothesis is that TsTx could work as a marker for hyperexcitable neuronal activity. Disfunctional ionic channels are related to numerous pathogenic states, e.g. epilepsy. The understanding of ionic channels´ function is an effective strategy for disclosing the pathophysiology underlying such disorders. The present work investigates the use of scorpion toxins as functional markers of sodium channel activity in rat hippocampal slices. Métodos e Resultados: Wistar male rats (180-230g) were decapitated, their brains removed (<1 min.) and placed in ACSF (in mM: 126 NaCl, 2,5 KCl, 25 glucose, 1,25 NaH2PO4, 25 NaHCO3, 1 MgCL2, 2 CaCl2 - pH=7,4) bubbled with 95%O2 / 5% CO2. Transverse slices of 250 µm were cut on a vibratome under controlled temperature (<4ºC). The slices were kept on nylon mesh submerged in 2-3 mm of ACSF for 60-90 minutes at 22ºC for recovery before the experiments. The images were obtained using a confocal laser system (MRC-1024UV) coupled to an inverted microscope (Zeiss Axiovert 100). The hippocampal slices were stained with tityustoxin conjugated to AlexaFluor 488 (TsTX-AF488). Regions in CA1 and dentate girus were imaged and staining of neuronal well-defined bodies was observed after perfusion with TsTX-AF488. When the slices were previously perfused with KCl 50mM, staining of channels on the cell membrane by TsTX-AF488 was not observed. Simultaneous perfusion of the slices with TsTX-AF488 and electrical stimulation lead to more pronounced staining of neurons Conclusões: • Slices stained with TsTX-AF488 showed delimitation of the cellular membranes in CA1 and in the dentate girus. • Slices previously depolarized with KCl did not reveal staining of sodium channels, indicating that the sodium channels were in the inactivated state. • Slices electrically stimulated expressed intense staining, since most sodium channels were in the activated state on that proposed situation. 05.067 EFEITOS DA APLICAÇÃO TÓPICA CORTICAL DE FLUOXETINA SOBRE A DEPRESSÃO ALASTRANTE. Batista-de-Oliveira, M.; Guimarães, N. X.*; Amâncio-dos-Santos, A.**; Guedes, R. C. A. Nutrição UFPE Objetivo: Em estudo anterior, demonstrou-se que a aplicação tópica de citalopram, um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS), sobre o córtex cerebral de ratos reduziu de forma reversível, dependente da dose, a propagação da Depressão Alastrante (DA; Nutr.Neurosci: 5:115-123,

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2002). Neste trabalho estudou-se a aplicação tópica da fluoxetina (FLX), outro ISRS, para verificar se o efeito antagônico à DA, anteriormente observado com o citalopram, também ocorre com outras drogas que estimulam a atividade serotoninérgica. Métodos e Resultados: Ratos wistar adultos (300-450g) machos, foram anestesiados (uretana, 1g/kg + cloralose, 40 mg/kg ip) e submetidos à trepanação para o registro da DA (ECoG e variação lenta de voltagem) em 2 pontos da superfície cortical parietal. A DA foi deflagrada a cada 20 min com KCl a 2%. Após uma hora de registro “basal”, soluções de FLX (5 ou 10 mg/ml) foram aplicadas sobre a região cortical onde se registrava a DA (uma única concentração por animal) durante os últimos 10 minutos dos 20 minutos de intervalo entre 2 DAs consecutivas. Ao final dos 10 minutos de tratamento tópico, a região tratada foi enxugada com algodão para posterior estimulação. O tratamento com FLX, reduziu a velocidade de propagação da DA de maneira dependente da dose (reduções de 7,7±5,2% e 41,9±45,1% para os tratamentos com 5 e 10 mg/ml; n=12 e 6, respectivamente; p<0,03). Além disso, na dose mais alta, FLX bloqueou a DA em 2 dos 6 casos. Na dose mais baixa, houve ausência de efeito (0% de redução da velocidade da DA em 2 animais). Em ambas as doses, a lavagem da área tratada com solução salina reverteu o efeito da FLX. Conclusões: Os resultados indicam uma ação antagônica da FLX sobre a DA, semelhante ao anteriormente observado com citalopram, sugerindo ser um efeito comum às drogas que estimulam a atividade serotoninérgica. Reforçam também a idéia de que a ativação serotoninérgica inibe a DA. 05.068 PERFIL DE ANGIOTENSINAS E VASOPRESSINA EM RATOS WISTAR COM SUSCEPTIBILIDADE EPILÉPTICA AUDIOGÊNICA (WAR). Santos, J. A.; Santos; R. A. S. Doretto, M. C. Fisiologia e Biofísica UFMG Objetivo: Ratos da colônia WAR, um modelo genético de epilepsia experimental, apresentam crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas quando submetidos a estímulos sonoros de alta intensidade (120dB). Sabe-se que a osmolalidade plasmática interfere na susceptibilidade a crises epilépticas. Demonstramos em nosso laboratório que ratos WAR ingerem e excretam maior volume de água em relação aos Wistar controle. Porém, não houve diferença na concentração de sódio, potássio, osmolalidade plasmática e ritmo de filtração glomerular entre os dois grupos. Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar as concentrações de angiotensina II, angiotensina-(1-7) e vasopressina, hormônios relacionados ao balanço hídrico. Métodos e Resultados: Ratos WAR e Wistar machos (300-380g) foram decapitados, o sangue recolhido em coquetel de inibidores e centrifugado para retirada do plasma. O hipotálamo, a supra-renal e os rins foram retirados e homogeneizados em etanol ácido contendo inibidor de angiotensinases. Os peptídeos dos tecidos e do plasma foram extraídos em coluna bond elut C18 e dosados por radioimunoensaio. Os resultados são apresentados na tabela abaixo:

RIM Supra-renal

Vasopressina pg/mg

Angiotensina- (1-7) pg/mg

Vasopressina pg/mg

Wistar 3,64±0,32 4,30±0,76 27,17±1,6

WAR 2,87±0,13 * 2,74±0,58 * 14,53±0,78 * *- Teste t de Student; p<0,05 Os ratos WAR apresentaram valores significativamente menores de vasopressina e angiotensina 1-7 nos rins e de vasopressina na supra-renal. Não houve diferença no hipotálamo e no plasma. Para a angiotensina II não foram observadas diferenças em nenhum dos tecidos estudados. Conclusões: Estes resultados sugerem que o volume maior de urina excretado pode estar relacionado à menor concentração de vasopressina e angiotensina-(1-7) encontrada nos rins dos ratos WAR, já que estes dois peptídeos possuem ação antidiurética.

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05.069 INDUÇÃO DA FEBRE POR LPS LOCAL NO PERIODONTO: FUNÇÃO DAS PROSTAGLANDINAS. Navarro V. P.; Leite-Panissi, C. R. A.; Branco, L. G. S.; Morfologia, Estomatologia e Fisiologia FORP-USP Objetivo: Em geral, a indução periférica de citocinas e prostaglandinas participam de uma importante via no desenvolvimento da febre. De qualquer forma, a possível indução da febre por LPS e indução de prostaglandinas nos tecidos periodontais nunca foram acessados. Portanto, nós testamos a hipótese de que o LPS injetado nos tecidos de proteção periodontal causa febre e essa resposta envolve indução de prostaglandinas. Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos, foram injetados em bolha de ar gengival com solução salina estéril ou lipopolissacarídeo de Escherichia coli (LPS), 10 e 100 µg/kg em um volume final de 10 µl. Alguns animais foram pré-tratados com prostaglandina E2 ou com o inibidor não seletivo de cicloxigenase (diclofenaco) ou com o anestésico local mepivacaína. A temperatura corporal foi medida antes e após as injeções. Como resultados observamos que o LPS elicitou um aumento na temperatura corporal dose dependente, que foi potencializada pelo pré-tratamento dos animais com prostaglandina E2 e abolida por ambos diclofenaco e mepivacaína. Conclusões: Esses resultados indicam que há uma ativação dos nervos periodontais para induzir a febre pela formação local de prostaglandinas na bolha. 05.070 EXPRESSÃO DE C-FOS EM CÉREBROS DE RATOS ALIMENTADOS E EM JEJUM APÓS ADMINISTRAÇÃO PERIFÉRICA AGUDA DE FLUOXETINA. Fraga, I. C.; Castro e Silva, E.; Fregoneze, J. B.; Dantas, K. B.*; Azevedo, C. S.*; Pinho, C. B.* Bioregulação ICS-UFBA Objetivo: A fluoxetina, um inibidor seletivo de recaptação de serotonina, aumenta a disponibilidade sináptica deste neurotransmissor. A ativação do sistema serotoninérgico central pela fluoxetina (FLX) pode ser diferencialmente afetada pelo estado metabólico do animal. No presente estudo investigamos os efeitos da administração periférica aguda de fluoxetina na expressão de c-Fos no cérebro de ratos alimentados e em jejum. Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos (220 ± 30 g) foram divididos em 2 grupos alimentados tratados com fluoxetina (10 mg/kg, ip; n= 7) ou salina (1 ml/kg, ip; n= 7) e 2 grupos em jejum tratados com FLX (10 mg/kg, ip; n= 7) ou salina (1 ml/kg, ip; n= 7). Após 2 horas das injeções os ratos foram anestesiados com tionembutal (50 mg/kg ip), procedeu-se a perfusão transcardíaca com tampão fosfato e paraformaldeído 4% e os cérebros foram processados imunoistoquimicamente. A expressão cerebral de c-Fos foi determinada pelo método avidina-biotina-peroxidase. As células imunorreactivas (Fos-IR) foram contadas sobre microscopia, utilizando-se um sistema de análise de imagem computadorizado (Image-Pro Plus, Media Cybernetic, USA). Tanto os ratos em jejum, quanto os alimentados tratados com fluoxetina apresentaram aumento significativo da expressão de c-Fos, comparados aos tratados com salina, em algumas áreas hipotalâmicas, límbicas, romboencefálicas e mesencefálicas. Ratos tratados com FLX que estavam em jejum apresentaram maior Fos-IR no hipotálamo ventromedial (45,3 ± 5,2) e no núcleo paraventricular (426,6 ± 9,8), em relação aos ratos alimentados (15,4 ± 3,1; 355,7 ± 24,3 respectivamente). Ao contrário, os ratos tratados com FLX em jejum apresentaram menor Fos-IR no núcleo arqueado (47,9 ± 4,6), núcleo medial da amígdala (89,7 ± 6,9), locus coeruleus (26,0 ± 5,4) e núcleo dorsal da rafe (28,3 ± 3,5) em relação aos ratos alimentados (80,0 ± 6,0; 212,1 ± 15,1; 46,8 ± 3,9 e 55,7 ± 5,8 respectivamente). Conclusões: Os dados indicam que a condição metabólica do animal modifica significativamente a expressão cerebral de c-Fos induzida pela fluoxetina, sugerindo que os efeitos viscerais e comportamentais da fluoxetina podem ser influenciados pelo estado metabólico do indivíduo.

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05.071 PRO-OPIOMIELANORTINA HIPOTALÂMICA (POMC) E PROGRAMAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM RATOS WISTAR DESNUTRIDOS NO INÍCIO DA LACTAÇÃO. 1Cruz, H. G. da**; 1Sá, C. C. N. F.**; 1Santos, M. J. P. dos; 2Sá, C. C. N. F.; 3Costa, F. T. A.**; 1Moura, A. S.; 1Ciências Fisiológicas UERJ; 2Fisiologia UNESA; 3Biofísica, UFRJ Objetivo: A desnutrição no início da lactação induz diferentes padrões de consumo alimentar e ganho de peso nos animais. Estes processos decorrem de alterações morfo-funcionais irreversíveis no hipotálamo. No núcleo arqueado há uma população de neurônios que apresentam receptores de leptina e expressam POMC. Sugere-se que tais neurônios estejam envolvidos no processo de programação metabólica de fome-saciedade Neste trabalho avalia-se a associação entre a POMC hipotalâmica e a programação do ganho de peso e o consumo alimentar, em animais desnutridos no início da lactação. Métodos e Resultados: Ratas wistar em fase de amamentação foram alimentadas com ração de teor protéico nulo (0%), durante os 10 primeiros dias de vida de seus filhotes, voltando a receber ração proteica normal (22%) até o final da lactação. Ambos os grupos tiveram dieta normal após a amamentação. O peso corporal dos animais foi acompanhado a partir do 5º até o 60º dia de vida e o consumo alimentar, a partir do 21º dia. Animais foram sacrificados com 10 e 60 dias, e tiveram isolados seus hipotálamos isolados determinação do conteúdo de POMC através da técnica de Western Blot. A relação ganho de peso/consumo alimentar foi maior nos animais desnutridos (P<0,05). O conteúdo de POMC nos animais desnutridos aos 10 dias foi significativamente maior (95%) e aos 60 dias a diferença foi menor (60%), porem manteve-se significativa (P<0,05). Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que a POMC está envolvida na re-programação do comportamento da fome-saciedade induzida na desnutrição no início da lactação. 05.072 EFEITOS COMPORTAMENTAIS E INGESTIVOS DA INJEÇÃO INTRACEREBROVENTRICULAR DE OREXINA-A (ORX-A) EM POMBOS (COLUMBA LIVIA). 1Silva, E. S. da; 2Santos, M. M. D.**; 2Araújo, B. B.**; 2Faria, M. S.; 2Paschoalini, M. A.; 2Marino-Neto, J. 1Fisiologia UFSC; 2Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Apesar de estudado em mamíferos, pouco se sabe sobre o papel de circuitos orexinérgicos no comportamento ingestivo de aves. O presente trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos comportamentais e ingestivos da administração intracerebroventricular (ICV) de ORX-A em pombos. Métodos e Resultados: Foram utilizados (N=8) pombos adultos de ambos os sexos pesando entre 400 e 450 gramas, cronicamente implantados com uma cânula-guia no ventrículo lateral. Por meio de uma cânula injetora, veículo (NaCl 0,9%, 2 ul) ou ORX-A ( 0,3 ou 0,6 nmol) foram administrados ICV. Após a injeção os animais retornaram à sua gaiola-residência, e os comportamentos ingestivos, de auto-limpeza, de sono, de exploração/locomoção foram registrados por 1 hora. Injeções de ORX-A na dose de 0,6 nmol diminuiram significantemente o tempo total de sonolência (202±187,2 s; controle=1055,8±339,2 s), e aumentaram o tempo total de exploração (2553,3±68,4 s; controle=951±282,6 s). Além disso, ORX-A diminuiu significativamente a latência para locomoção nas doses de 0,3 nmol (568,3±236,1 s) e 0,6 nmol (226±54,5 s; controle=1767,5±563,9 s). Também observamos uma tendência de aumento da ingestão de alimentos, principalmente na dose de 0,6 nmol (controle = 2,77±0,65 g; 0,3nmol= 4±1,32; 0,6nmol = 6,46±3,21 g). Conclusões: Os resultados obtidos indicam que injeções ICV de ORX-A aumenta a frequência e tempo gasto pelo animal em atividades de alerta, diminui a duração do sono, além provocar um discreto aumento na ingestão de alimentos. Estes dados sugerem que os efeitos comportamentais da ORX-A em pombos é similar ao observado em mamíferos, e apóiam a idéia de que o papel da ORX-A aumentando simultaneamente a ingestão de alimentos e comportamentos típicos de vigília pode representar um atributo conservado nos amniotas, destinado a manter o animal alerta durante o forrageamento.

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05.073 SUPLEMENTAÇÃO CRÔNICA COM ÓLEO DE PEIXE EM RATAS APRESENTA EFEITO ANTIDEPRESSIVO. Pamplona, J. H; Araújo, R. L. F.*; Salles, H. M. R.*; Kiss, A.*; Naliwaiko, K.**; Ferraz, A. C. Fisiologia UFPR Objetivo: Trabalho anteriormente realizado em nosso laboratório (Nutri. Neuros. 7:91, 2004) mostrou efeito antidepressivo do óleo de peixe em ratos suplementados durante a gestação, amamentação e fase adulta. O objetivo foi investigar se este efeito seria reproduzido em fêmeas, suplementadas durante as mesmas fases. Métodos e Resultados: 15 ratas Wistar foram divididas em três grupos experimentais: OP (recebeu 3g/kg v.o. de óleo de peixe), GC (recebeu 3g/kg v.o. de gordura de coco) e C (grupo controle, recebeu apenas ração). Após 15 dias os animais foram acasalados. Os filhotes receberam suplementação via placentária e através do leite. A partir do 21º dia os filhotes do sexo feminino (n=24 por grupo) receberam v.o. a mesma suplementação de suas respectivas mães, até atingirem 90 dias, quando foram submetidos aos testes comportamentais: labirinto em cruz elevado, campo aberto e natação forçada. Cada grupo foi subdividido em dois grupos: pró-estro e metaestro, obedecendo à fase do ciclo no momento do teste. Os dados foram analisados por ANOVA seguida do pós-teste de Duncan. Na natação forçada o grupo OP apresentou o menor tempo de imobilidade comparado aos grupos GC e C ANOVA F (5,67)=10,10; p ≤ 0,001. No campo aberto não houve diferença entre os três grupos, para o número de quadrantes ANOVA F(5,75)=0,97; p≤0,44 e para o número de elevação das patas anteriores F(5,75)=0,80; p≤0,55. No labirinto em cruz elevado não houve diferença quanto à % de entrada nos braços abertos ANOVA F(5,77)= 2,20; p=0,06 e fechados F(5,77)=2,20; p=0,06. Também não houve diferença no tempo despendido nos braços abertos F(5,77)= 2,09; p=0,07 ou fechados F(5,77)=1,33; p=0,26. A análise do número absoluto de entradas nos braços fechados também não apontou diferença entre os três grupos F(5,77)=1,89; p=0,10. Não houve alteração no desempenho dos 3 grupos em relação a fase do ciclo estral estudada em todos os testes (p≥0,2). Conclusões: O efeito antidepressivo da suplementação crônica com óleo de peixe observado em machos foi reproduzido em fêmeas, independente do ciclo estral. Este resultado foi reforçado pela ausência de alteração motora excluindo a possibilidade de resultados falso-positivos. 05.074 REAÇÕES POSTURAIS A ESTÍMULOS COM CONTEÚDO AFETIVO. 1Facchinetti, L. D.**; 1Azevedo, T.**; 2Imbiriba, L. A.; 3Oliveira, J. M. de; 1Vargas, C. D.; 1Volchan, E. 1Neurobiologia UFRJ; 2Biofísica CCS-UFRJ; 4 Biomecânica EEFD-UFRJ Objetivo: Alterações posturais foram demonstradas em humanos durante a visualização de fotos de corpos mutilados em comparação à de objetos. No entanto, pouco se sabe sobre a influência do afeto positivo sobre o controle postural. Além da valência emocional, a complexidade das imagens também é capaz de promover modulação sobre as reações corporais. Através do presente estudo objetivamos testar (1) se fotos agradáveis de bebês e famílias modulam as oscilações corporais e (2) a reprodutibilidade dessas alterações quando se contrasta a apresentação de fotos de mutilados com fotos neutras de pessoas. Métodos e Resultados: Participaram do experimento 51 homens saudáveis com idade média igual a 22,98 anos ±3,98, os quais foram instruídos a permanecer de pé sobre uma plataforma de força durante a apresentação de fotos num monitor. Através do teste Two-Way ANOVA foi encontrado um aumento significativo (p<0,05) da freqüência de oscilação no eixo ântero-posterior durante o bloco de fotos agradáveis (0,24 ± 0,08 Hz) em relação ao bloco neutro (0,21 ± 0,07 Hz). Além disso, houve uma redução dos valores de área (103,04 ± 44,01 mm2) e desvio-padrão no eixo M-L (3,12 ± 0,78 mm) durante o bloco de fotos de pessoas mutiladas em comparação com o bloco neutro (118,56 ± 58,76 mm2 e 3,40 ± 0,98 mm, respectivamente). E ainda, o bloco negativo apresentou um aumento da freqüência de oscilação no eixo M-L (0,27 ± 0,11 Hz) em comparação com o bloco neutro (0,24 ± 0,11 Hz). Conclusões: Foi encontrada modulação inédita do controle postural durante um contexto emocional positivo. Como esperado, o conteúdo emocional negativo mostrou-se responsável pelo

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desencadeamento das reações defensivas posturais, caracterizadas por um comportamento de imobilidade e rigidez corporais. Tais resultados sugerem que as alterações encontradas para os estímulos com conteúdo afetivo devam-se à valência emocional e não à complexidade dos mesmos. 05.075 A ELETROESTIMULAÇÃO BASEADA NO ELETRODIAGNÓSTICO AMENIZA A ATROFIA NO MÚSCULO DESNERVADO DO RATO. Russo, T. L. D.**; Salvini, T. F.; Freria, C.M.*; Castro, C. E. S. Fisioterapia, UFSCar Objetivo: Avaliar se o uso da eletroestimulação (EE), com parâmetros baseados no eletrodiagnóstico (ED) clínico, é efetiva em amenizar a atrofia no músculo esquelético desnervado do rato. Métodos e Resultados: Quatro grupos de ratos machos Wistar (298,25 ± 66,5g) foram divididos em 4 grupos: a) TA direito desnervado com ED semanal (DSN+ED, n = 6); b) TA desnervado com EE e ED em dias alternados (DSN+EE+ED, n = 6); c) TA desnervado (DSN, n = 6); d) TA inervado intacto (Controle n = 6). A desnervação foi realizada pela retirada de 1,0 cm do nervo ciático direito. O ED fornecia os valores de reobase, cronaxia e acomodação da fibra desnervada, os quais foram utilizados para a parametrização do tratamento elétrico (corrente monopolar, exponencial, período de pulso igual a 2x o valor da cronaxia, freqüência de 20Hz, tempo ON de 3,0s e OFF de 6,0s, amplitude em nível motor, 20 contrações intensas com máxima dorsiflexão do tornozelo foram exigidas). Após 28 dias, os músculos TA desnervados mostraram significativa redução do peso e da área de secção transversa das fibras musculares, quando comparados ao grupo controle (p<0,05). Não houve diferença no peso dos TAs entre os grupos desnervados (p>0,05). No entanto, a área de secção transversa do grupo DSN+EE+ED foi significativamente maior que os grupos DSN+ED (p = 1,09E-8) e DSN (p = 8,76E-9), indicando que o uso da EE foi eficaz em amenizar a atrofia das fibras musculares no músculo desnervado. Os grupos DSN+ED e DSN não apresentaram diferença significativa entre si (p = 0,92). Conclusões: A EE baseada no ED ameniza a atrofia no músculo esquelético desnervado, justificando seu uso clinico. 05.076 MODULAÇÃO TEMPORAL DO EFEITO “STROOP” PELA ATIVAÇÃO DE CÓDIGO SEMÂNTICO. 1Alfradique, I.*; 1Lima, N S; 3 David, I.**; 4 Volchan, E.; 1Pinheiro, W. M.; 1Fisiologia e Farmacologia, UFF; 3 4 IBCCF-UFRJ Objetivo: É mais difícil nomear a cor de um estímulo quando este é composto por uma palavra incongruente à cor em que ele se apresenta (ex: a palavra AMARELO escrita em azul) - "Efeito Stroop". O objetivo deste trabalho foi avaliar através de uma variação do teste Stroop a participação da ativação de códigos semânticos sobre este efeito. Métodos e Resultados: 16 voluntários participaram do experimento. Inicialmente aparecia um ponto de fixação (PF) no centro da tela juntamente com um sinal sonoro alertante. Havia duas sessões experimentais: i) Sessão “stroop-barra” – o nome de uma cor, escrita nas cores amarela, vermelha ou azul (E1), era apresentado acima do PF e uma barra colorida (E2), era apresentada abaixo deste. ii) Sessão “stroop-nome” – o E1 era a palavra colorida e o E2 era uma palavra em branco. Para a sessão “stroop-barra”, os voluntários deveriam julgar se as cores do E1 e do E2 eram iguais, e neste caso, apertar uma tecla. Já na sessão “stroop-nome”, deveriam comparar a cor do E1 com o significado da palavra em branco. O E1 e o E2 poderiam ainda aparecer simultaneamente ou separados por um intervalo de 200ms ou 800ms. Na sessão "stroop-nome" o efeito Stroop foi máximo no intervalo de 0ms (264ms; p<0,01), diminuiu no intervalo de 200ms (74ms; p<0,01) e desapareceu no intervalo de 800ms. Já na sessão "stroop-barra", o efeito máximo foi obtido no intervalo de 200ms (15ms, p<0,01), também desaparecendo no intervalo mais longo. Nesta sessão, o efeito encontrado na apresentação simultânea foi dependente da ordem de realização das sessões.

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Conclusões: As diferentes magnitudes do efeito encontradas nas sessões “stroop-barra” e “stroop-nome” demonstram a importância da ativação de códigos semânticos na obtenção do efeito Stroop. Além disso, o desaparecimento do efeito Stroop no intervalo mais longo, indica que neste houve tempo suficiente para que mecanismos voluntários pudessem suprimir o efeito de interferência da palavra (distrativo). 05.077 EXPRESSÃO LAMINAR DIFERENCIAL DE GENES IMEDIATOS ARC E EGR-1 À ESTIMULAÇÃO LUMINOSA NO CÓRTEX VISUAL DE PRIMATAS (CEBUS APELLA) REVELADA POR DENSITOMETRIA ÓPTICA E CONTAGEM DE NÚCLEOS MARCADOS. Correia, R. R. S.; Hess, F. F.**; Fiorani, M. IBCCF-UFRJ Objetivo: Genes imediatos, ou terceiros mensageiros fazem parte da primeira resposta do núcleo celular à estimulações do meio ambiente o qual o animal está sujeito, e são caracterizados por altos níveis basais do produto gênico no córtex cerebral de mamíferos. No presente trabalho testamos a expressão de dois genes imediatos o gene efetor “Activity regulated cytoskeletal protein” (Arc), e um fator de transcrição da família dedo de zinco, “Early growth response gene 1” (Egr-1), nas diferentes camadas corticais da área visual primária (V1) de primatas em resposta à estimulação luminosa. A expressão destes genes é localizada nas sinapses (Arc) ou células (Egr-1) onde tenha ocorrido uma alta atividade celular, e está relacionada a mecanismos de adaptação morfofuncional associados aos processos de aprendizado e memória (T. Herdegen, J.D. Leah, Brain Res. Rev., 1998, 28:370-490). Métodos e Resultados: Foram estudados os córtices visuais de três macacos C. apella. Os macacos foram expostos ao protocolo de adaptação ao escuro por 12 horas, e divididos em dois grupos: Controle Negativo (CN, n=2) que permaneceram no escuro por duas horas, e Controle Positivo (CP, n=1) que recebeu estimulação luminosa por duas horas. Após a estimulação, ambos os grupos foram perfundidos, e as secções de 40 mm obtidas em criomicrotomia foram reagidas para a imunocitoquímica contra as proteínas dos genes imediatos Arc e Egr-1. Os cortes reagidos foram analisados por dois métodos: 1) quantificação por densidometria óptica das laminas reagidas com Arc e Egr-1; 2) quantificação por contagem do número de núcleos que expressam Egr-1. Comparado o grupo CN com o grupo CP, foi observado um aumento da reatividade imune em todas as camadas de V1, revelada tanto pela densidade óptica, quanto pela contagem de núcleos positivos, principalmente nas camadas superficiais (2 e 3), nas três regiões analisadas. Este dado repetiu-se para ambas as proteínas analisadas Arc e Egr-1. A quantificação de núcleos Egr-1 mostrou uma maior concentração de núcleos na camada granular (4Cβ) do animal CP. Conclusões: Concluímos que o protocolo de 12 horas de adaptação ao escuro seguido de estimulação luminosa foi capaz de estimular a expressão de genes imediatos em todas as camadas corticais. A diferença de densidometria óptica e contagem de núcleos marcados entre os grupos encontrada no presente trabalho, não parece estar relacionada ao aumento do número relativo de células que expressam Egr-1, e sim a um aumento na quantidade de proteína expressa por neurônios piramidais do córtex cerebral. 05.078 PARTICIPAÇÃO DOS RECEPTORES HISTAMINÉRGICOS CENTRAIS DOS TIPOS H1 E H2 NA INGESTÃO HÍDRICA INDUZIDA POR ANGIOTENSINA II E CARBACOL. 1Magrani, J. S.; 2 Athanazio, R. A.*; 3de Castro e Silva, E.; 4 Fregoneze, J. B. Bioregulação ICS-UFBA Objetivo: A participação das vias histaminérgicas centrais no controle da ingestão alimentar tem sido extensivamente estudada. Entretanto, o papel destas vias no controle do equilíbrio hidrossalino não é claro. Assim o objetivo deste trabalho foi estudar a possível interação entre as vias histaminérgicas, angiotensinérgicas e colinérgicas centrais no controle da ingestão hídrica. Métodos e Resultados: Metodos: Ratos Wistar machos (230±250g) receberam implante de cânula guia no 3º ventrículo (3ºV) e após recuperação cirúrgica de 5 dias receberam injeções de mepiramina e cimetidina,

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antagonistas dos receptores histaminérgicos H1 e H2 respectivamente, nas doses de 100, 200 e 400 nmol/rato. Angiotensina II (10 ng/rato), carbacol (2 ng/rato) ou salina isotônica (controle) foram administrados 15 min após da injeção dos antagonistas histaminérgicos. A ingestão hídrica foi monitorada a cada 15 min por 2 h. Resultados: Os animais tratados com mepiramina e cimetidina, apresentaram inibição dose-dependente da ingestão de água induzida pela Angiotensina II. A maior inibição foi observada aos 120 min na dose de 400 nmol, sendo 2,91 ± 1,79 ml para os tratados com mepiramina e 2.00 ± 0,98 ml para aqueles que receberam cimetidina, quando comparados ao grupo controle (14,35 ± 1,16 ml). Ao contrário, tanto a mepiramina, quanto a cimetidina não foram capazes de inibir a ingestão hídrica induzida estimulação colinérgica em todas as doses utilizadas. Conclusões: Os dados sugerem que a atividade funcional dos receptores histaminérgicos centrais dos tipos H1 e H2 é importante para a resposta dipsogênica da angiotensina II, mas não interfere com o controle colinérgico da ingestão hídrica. 05.079 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE RATOS DA CEPA WAR (WISTAR AUDIOGENIC RATS) NO LABIRINTO EM T ELEVADO. 1Oliveira, J. A. C.; 2Bortoli, V. C.**; 2Zangrossi Jr., H.; 1Garcia-Cairasco, N. 1Fisiologia FMRP-USP; 2Farmacologia FMRP-USP Objetivo: Estudos relatam que pacientes com epilepsia, particularmente com crises do lobo temporal (Brain Res 400:360, 1987), e animais experimentais geneticamente susceptíveis a epilepsia, apresentam distúrbios emocionais incluindo uma predisposição à ansiedade e/ou à depressão (Biol Psychiatry 27:249, 1990). No presente estudo, analisamos o comportamento de animais da cepa Wistar Audiogenic Rats (WAR) no modelo de ansiedade do labirinto em T elevado (LTE). Este teste gera, em um mesmo animal, respostas de esquiva inibitória e fuga, as quais têm sido associadas, respectivamente, à ansiedade generalizada e ao transtorno do pânico. Métodos e Resultados: Ratos WAR (n = 10) audiogênicos, provenientes de uma seleção genética realizada no Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e ratos Wistar (n = 10) provenientes do Biotério Central do Campus da USP-RP, ambos os grupos com 60 dias de idade, foram testados no LTE. O LTE consiste de 3 braços de mesma dimensão, elevados 50 cm do solo. Um dos braços é fechado por paredes laterais e perpendicular aos demais, que são desprovidos de paredes. Mediu-se a latência de saída do braço fechado do LTE (esquiva inibitória) e a latência de saída de um dos braços abertos (fuga) por três vezes consecutivas. Trinta segundos após a análise da resposta de fuga os animais foram submetidos ao teste do campo aberto para verificação da atividade locomotora. Nossos resultados não mostraram diferença significativa entre os dois grupos de animais em relação à resposta de esquiva inibitória (média ± epm: Wistar = 195,5 ± 39,6 s; WARs = 159,80 ± 39,3 s). Entretanto, foi observado que os WARs apresentaram aumento na latência de saída do braço aberto quando comparados aos Wistar (Wistar = 6,4 ± 1,7 s; WARs = 24,2 ± 5,4 s; p < 0,05). Nossos resultados mostraram ainda que os WARs apresentaram atividade locomotora diminuída no teste do campo aberto (distância percorrida; Wistar = 1,373 ± 0,819 m; WARs = 0,811 ± 0,116 m; p < 0,05). Conclusões: Os resultados mostram que os animais da cepa WAR apresentam atividade locomotora diminuída, e esta característica parece ter contribuído para os resultados obtidos no LTE. 05.080 EFEITO DA DESNUTRIÇÃO NO CONSUMO ALIMENTAR E NO GANHO DE PESO EM RATOS. 1Pacheco, L. C.; 2Souza, A. S.**; 1Castro, S. .P.*; 1Hokoç, J. N.; 2Carmo, M. G. T.; 1Biofísica Neurobiologia UFRJ; 2Instituto de Nutrição UFRJ Objetivo: A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente da deficiência de um ou mais nutrientes essenciais. Esta leva a uma série de alterações na composição corporal. No nosso estudo, utilizamos a Dieta Básica Regional (DBR) que é uma dieta multideficiente em nutrientes. Nosso objetivo foi comparar a massa corpórea e a ingestão diária de ratos desnutridos e

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recuperados em relação ao controle, durante o período de gestação e lactação até 70 dias pós-natal. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar mantidos em biotério com temperatura e luminosidade controladas. Os animais foram divididos em 3 grupos: controle (GC) recebeu ração comercial durante o período de gestação e lactação até o dia de sacrifício (PN70); desnutrido (GD) e recuperado (GR) receberam ração DBR durante o período de gestação e lactação. No dia pós-natal (PN) 21, o GD continuou a receber a ração DBR, enquanto que o GR passou a receber ração comercial. Os animais e a ração ofertada eram pesados diariamente para que pudéssemos analisar o ganho de peso e a quantidade de ração ingerida. Os resultados foram expressos como média±SD. Na análise estatística, utilizamos ANOVA com significância de p<0,05. Durante o período de gestação, o GC apresentou de ganho de massa corporal de 107,5g±15,37, contra 97,66g±6,83 do GD e 101,23g±12,45 do GR. Houve diferença na quantidade de ração ingerida. As mães GC, GD e GR ingeriram, respectivamente, 22,39g±3,22, 18,29g±2,71 e19,8g±2,7; e a prole 14,70g±2,17, 2,89g±0,87 e 11,48g±1,41. Com relação aos filhotes, os machos do GC, GD e GR apresentaram, respectivamente, um ganho de peso de 248,86g±8,81, 27,925g±1,28, e 62,19g±13,94. Já as fêmeas, apresentaram, respectivamente, 194,46g±11,00; 26,93g±1,07; 58,13g±11,23. Conclusões: Mesmo tendo oferecido as dietas ad libitum, a DBR causou um menor ganho de peso e consumo alimentar, tanto para as mães quanto para os filhotes no GD. A recuperação nutricional com dieta comercial não reverteu completamente a deficiência de massa corpórea e ingestão alimentar. 05.081 EFEITO DA DESNUTRIÇÃO NA APRENDIZAGEM E MEMÓRIA ESPACIAL DE RATOS NO LABIRINTO AQUÁTICO DE MORRIS. 1Souza, A. S.; 1Pacheco, L. C.*; 2Castro, S. P.*; 1Luz, A. C. D. D. S. D.**; 3Rocha, M. S.; 1Hokoç, J. N.; 4Carmo, M. G. T.; 1Biofísica Neurobiologia UFRJ; 2Biofísica Neurobiologia UMESP; 3Farmacologia UFRJ; 4Instituto de Nutrição UFRJ; . Objetivo: A desnutrição precoce provoca prejuízos comportamentais e déficits de memória. Sendo assim, Investigamos os efeitos da desnutrição sobre a aprendizagem e memória espacial em ratos, assim como da reposição por uma dieta controle. Métodos e Resultados: Ratos Wistar (31 fêmeas e 25 machos) foram mantidos a temperatura e luminosidade controladas. Os animais foram divididos em 3 grupos: controle (GC) recebeu ração comercial durante o período de gestação e lactação e até o dia de sacrifício (PN70); desnutrido (GD) e recuperado (GR) receberam ração DBR (dieta multideficiente) durante o período de gestação e lactação. No dia pós-natal (PN) 21, o GD continuou a receber a ração DBR, enquanto que o GR passou a receber ração comercial. Foram aplicados teste de memória e aprendizado espacial (labirinto aquático de Morris) em PN42, por 4 dias consecutivos. Em cada sessão os animais eram liberados de 5 pontos diferentes do recipiente circular preenchido com água turva, e desafiados a localizar uma plataforma submersa. Avaliou-se o intervalo de tempo (latência) entre sua liberação até o encontro da plataforma, permanecendo por 10s. O GC, independente do gênero, aprendeu a tarefa no 1º dia, tendo uma significativa redução na latência no 2º dia, de 83,1±7,4s para 41,3±4,7s, chegando a um platô de cerca de 20s no 3º dia. O GD apresentou um significativo déficit cognitivo, apresentando latência de 98,0±7,2s e 74,7±11,5s, no 2º e 3º dias, respectivamente. Após quatro dias de treino, houve diferença significativa na latência entre GC e GD, 23,4±4,7s e 81,8±10,4s, respectivamente. O GR resgatou as capacidades de aprendizado e de memória. Ambos os sexos apresentaram redução de latência no 2º dia, semelhante ao GC em todas as sessões seguintes (p<0,0001, Mann-Whitney). No quarto dia, houve diferença marcante entre o GD, e o GC e GR (p<0,0001, ANOVA). No teste de retenção de memória que aconteceu após 18 dias de intervalo, todos os grupos mantiveram a mesma latência do último dia de treino. Conclusões: A desnutrição provocou um expressivo déficit cognitivo quando comparado ao controle e a aplicação da dieta controle, por um curto período, foi capaz de recuperar estes déficits. 05.082

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ESTUDO DA COMPATIBILIDADE ESPACIAL E DO EFEITO CRUZAMENTO EMPREGANDO FEIXES DE LUZ. Ferreira, F. M.; Gawryszewski, L. D. G.; Martins G.F.S*; Batista,F.* Neurobiologia UFF Objetivo: O Tempo de Reação Manual (TRM) é menor quando o estímulo e a tecla de resposta estão do mesmo lado, que quando de lados opostos. Esta compatibilidade espacial ocorre pela formação de dois códigos relacionados à posição do estímulo e à posição da tecla. O TRM é reduzido quando os códigos forem iguais (ex: direita/ direita - condição compatível) e aumenta quando os códigos diferem (ex: direita/ esquerda - condição incompatível). O cruzamento das mãos também provoca um aumento do TRM. Este é atribuído a um conflito entre a posição anatômica da mão e a posição da ação da mão. Nosso objetivo, usando um “laser”, foi testar se o código espacial da resposta estava localizado na tecla do “laser” ou na região iluminada. Métodos e Resultados: Participaram do experimento 8 voluntários destros (3 homens e 5 mulheres, idade média=21 anos). A resposta ao estímulo à direita ou à esquerda era pressionar a tecla de um “laser” do mesmo lado (condição compatível) ou do lado oposto (condição incompatível), iluminando-o com o feixe de luz. Foi realizada uma única sessão (4 blocos com 70 testes). Existiam quatro condições (duas compatíveis e duas incompatíveis). Em duas destas, o local do estímulo ou o local oposto era iluminado diretamente (condição compatível direta - CD e incompatível direta - ID). Nas outras duas, o feixe do “laser” se projetava para o lado oposto ao da tecla (condição compatível oposta - COp e incompatível oposta -IOp). O principal resultado foi uma interação entre cruzamento e compatibilidade (F(1,7)=20,714 P=0,003). O TRM nas condições CD, ID, IOp e COp foram 314, 343, 359 e 409 ms, sendo a condição compatível sem cruzamento (CD-314ms) mais rápida que todas as outras e a compatível com cruzamento (COp-409ms) mais lenta que todas as outras. As outras condições não diferem entre si. Conclusões: Estes resultados mostram que quando o feixe é direcionado para um local oposto ao do estímulo, ocorre um aumento do TRM e que o mesmo acontece quando o feixe se projeta para o lado oposto ao da mão que responde. No caso da COp, embora o estímulo e a tecla estejam localizados do mesmo lado, o direcionamento do feixe para o lado oposto ao da tecla interfere fortemente (95ms) na execução da resposta. 05.083 L-NAME, 7-NITROINDAZOL IN CENTRAL NERVOUS SYSTEM ON WATER INTAKE INDUCED BY ANGIOTENSIN-II. 1Saad, W. A.; 2Freiria-Oliveira, A. H.; 1Garcia, G.**; 1Camargo, L. A. A.; 1Departamento de Fisiologia UNESP-Araraquara; 2 Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara Objetivo: We investigated the effects of the injection into the LV of FK 409 (5 µg/µl) a nitric oxide donor, NW-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME) (10µg/0.2µl) a constituve nitric oxide synthase inhibitor endothelial (eNOSI) and 7-nitroindazol (7-NIT) (10µg/0.2µl), a neuronal nitric oxide synthase inhibitor (nNOSI) on the water intake induced by injection of angiotensin II (ANGII-12 ng/0.2 µl) into LV. Métodos e Resultados: Male Holtzman rats weighting 200-250 g were anesthetized with zoletil 50 mg/Kg (tiletamine chloridrate 125 mg and zolazepan chloridrate 125 mg) into quadriceps muscle and a stainless steel cannula was implanted into their lateral ventricle (LV). ANGII injected into LV produced an increased in water intake (11 ± 0,5 µl/2h) that is potentiated by prior injection of L-NAME (18 ± 0,2 µl/2h) in the same site. 7- NIT injected prior to ANGII into LV also potentiated the dipsogenic effect of ANGII but with a less intensity than L-NAME (14 ± 01 µl/2h). L-NAME, a non–specific NOSI have the main effect on endothelial nitric oxide eNOS. L-NAME produced an increase in the dipsogenic effect of ANGII, may be due to local vasoconstriction, all at once by neuronal NOS inhibition. These data were confirmed by the experiment with 7-nitroindazol. Conclusões: These data suggest the involvement of constitutive and neuronal NOS in water intake induced by ANG II centrally. The L-NAME is more potent than 7-nitroindazol in ANG II dipsogenic effect.

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05.084 MEMÓRIA INDUZIDA PELA HABITUAÇÃO COM ESTÍMULOS MECÂNICOS NA MINHOCA, AMYNTHAS HAWAYANUS. 1Chang, Y. C.; 2Bartoszeck, A. B.; 3Madeira, S. A.; 4Abramson, C. I.; 1Instituto Saúde Dr. Bezerra Menezes Faculdade Integrada Espírita; 2Farmacologia Básica e Clínica ICB-UFPR; 3Biologia Faculdade Integrada Espírita; 4Biologia University of Oklahoma Objetivo: Objetivo: Comparar as memórias induzidas pela habituação entre as minhocas intacta, semi-intacta, resposta extracelular do cordão nervoso e resposta intracelular do neurônio-H. Métodos e Resultados: Método e Resultado: A retração corporal elicitada pelo estímulo limiar de 18-24 µNewton, 10 ms, do estimulador mecânico, AME-ISBM-1-2, nos probócides de 30 minhocas intactas foi um encurtamento do corpo de 0.82 ± 0.12 cm registrada pela fotocélula com luz transmitida. Uma rajada destes estímulos em 0.5 Hz (2.0 s de intervalo interestímulos, ISI) induziu uma habituação em 5-7 estímulos. A excitabilidade destas minhocas intactas recuperou-se 15.5 ± 3.4 horas após habituação. O mesmo estímulo eliciu o encurtamento do corpo por 0.53 ± 0.08 cm em 30 minhocas com seus 25o – 35o segmentos dissecados. A rajada destes estímulos em 0.5 Hz induziu uma habituação na minhoca semi-intacta após 2-4 estímulos e recuperou-a 21.3 ± 5.6 horas após habituação. A resposta extracelular do cordão nervoso das minhocas semi-intactas mostrou um aumento da freqüência dos impulsos de 4.2 ± 1.8 Hz pelo primeiro estímulo até uma saturação na 140.2 ± 20.3 Hz pelo sétimo, e demais estímulos. A resposta pude ser continuadamente elicitada antes da recuperação da excitabilidade de retração corporal. A habituação da resposta intracelular do neurônio-H foi induzida pelos 1o –5o estímulos limiares de 6-9 µN, 5 ms na rajada de 50 Hz (20 ms de ISI). Sua excitabilidade recuperou-se em 5.6 ± 1.3 horas. Conclusões: Conclusão: 1. Comparando com a memória induzida na Aplysia (Cleary, et al, J. Neurosci., 18:5988, 1998), a memória de 15.5 ± 3.4 horas induzida pela habituação na minhoca intacta não é de termo longo durante 1-14 dias, nem é de termo curto durante 15-60 minutos. É possivelmente de termo intermediário. A memória de 21.3 ± 3.6 horas induzida na minhoca semi-intacta é a memória intermediária com seu mecanismo influenciado pela dissecação. A alteração da freqüência da resposta do cordão nervoso não é habituação, nem sensibilização, porque não é ISI-dependente, mas é o processamento de consolidação da memória pelo circuito neuronal. 2. A memória de 5.6 ± 1.3 horas na resposta intracelular do neurônio-H é um evento celular cuja contribuição à memória da retração corporal deve ser determinada em futuro. 05.085 EFEITOS COMPORTAMENTAIS DE INJEÇÕES SISTÊMICAS DE 1-(M-CHLOROPHENYL)PIPERAZINE (MCPP) EM POMBOS (COLUMBA LIVIA). Santos, M. M. D.; Silva, E. S. da.**; Araújo, B. B.**; Herdt, M. A.*; Felisbino, M. B.*; Silva, C. C. P.*; Paschoalini, M. A.; Faria, M. S.; Marino-Neto, J. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Examinar os efeitos ingestivos e comportamentais de injeções sistêmicas de mCPP em pombos num período (entre 15 e 19h) do ciclo claro-escuro caracterizado por alta atividade ingestiva. Métodos e Resultados: Pombos (n=7, machos, 350-450g) receberam injeções de mCPP (i.p., nas doses de 0.3 [A], 1.0 [B], e 3.0 mg/Kg [C]) ou de veículo [VE] (NaCl 0.9%). A ingestão de alimento e de água foi registrada na 1ª, 2ª, 3ª e 24ª horas após a injeção. A duração, a freqüência e a latência de comer (CO), beber (BE), sono (SO), alerta (PA),exploração do ambiente (EX), locomoção (LO) e auto-limpeza (AL) foram registradas durante a 1ª h. As injeções de mCPP, nas doses B e C, causaram diminuição da ingestão de alimentos na primeira hora de registro (B:1,1±0,35g C:0±0g VE: 1,99±0,27g) e no período de vinte e quatro horas após as injeções (B:17,71±2,10g C:18,91±1,54g VE: 25,6±1,96g). Esses efeitos foram acompanhados por uma diminuição na duração (B: 20±4s C: 0±0,00s VE: 57±14s), na freqüência (B: 2,3±1,17 C:0±0 VE 3,46±1,37 eventos/hora) e um aumento na latência (B: 2806±550s C: 3600±0,00s VE: 1781±611s) para o comportamento de comer na 1º hora. Efeito similar foi observado com a ingestão hídrica no mesmo período de registro. O mCPP causou também aumento na duração do comportamento

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exploratório (B: 1818±282s C: 1359±126s VE: 866±183s) e locomotor (B: 46±16s C: 62±20s VE: 18±6s) e diminuição na duração do comportamento de sono (B: 271±171s C: 0±0s VE: 700±184s). Conclusões: Esses dados sugerem que, assim como observado em roedores, o mCPP reduz a ingestão de alimentos e aumenta a atividade exploratória/locomotora em pombos, indicando um papel para os receptores 5-HT-2c e/ou 5-HT1B nos circuitos de controle da ingestão de alimentos e do alerta de aves similar ao encontrado em mamíferos. 05.086 THIAMINE DEFICIENCY ON CEREBELLAR GRANULAR CELLS. 1Oliveira, F. A; 1Galan, D. T.*; 2Ribeiro, F. A. O..; 3Arantes, R. M.; 2Cruz, J. C.; 1Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG; 2Bioquímica e Imunologia UFMG; 3Morfologia, UFMG Objetivo: The deficiency of vitamin B1 (thiamine) causes serious neurodegenerative disturbs leading to a decrease in the neuronal population, including cerebelar cortex, granular and molecular layers of the adult rats. There are few reports in the literature about chronic thiamine deficiency in excitable cells. This work investigates cerebellum granule neurons maintained in chronic thiamine deficiency and its possible consequences. Métodos e Resultados: Cerebellum granule cells were maintained in culture to study both morphological and electrophysiological alterations. Cultures were prepared using animals at seven (P7) days post-natal. The thiamine deficiency of granule neurons produced in vitro elicited a marked neuronal death (control: 67±5 cells per field, n=12; experimental: 47±4* cells per field, n=12 -). The number of glial cells was also significantly decreased by thiamine removal (control: 39±3 cells per field, n=12; experimental: 9±0.9* cells per field, n=12). We used the patch-clamp technique in its whole-cell voltage clamp configuration to investigate the granule cells electrical properties. The IA potassium currents were decreased in the experimental condition compared to control (control: 2.15±0.23nA, n=6; experimental: 1.97±0.2nA*, n=12). The delayed rectifier K+ current did not change (control: 0.80±0.1nA, n=6; experimental: 0.99±0.15nA, n=12). The capacitance measurements confirmed the morphological data indicating that neurons maintained in the absence of thiamine are bigger than control neurons (control: 2.48±0.13pF, n=6; experimental: 3.74±0.37pF*, n=12). *p<0.05 Conclusões: We concluded that thiamine deprivation led to significant neuronal morphological and electrophysiological alterations with possible cerebellar degeneration. Thiamine deficiency in vitro seems to have the same mechanism to cause cellular death which could at least in part explain the effects in the intact animal. 05.087 EFEITO ANTIDEPRESSIVO DO ÓLEO DE PEIXE EM RATOS ADULTOS SUPLEMENTADOS DURANTE OS PERÍODOS DE GESTAÇÃO E LACTAÇÃO. 1Araújo, R. L. F.; 1Pamplona, J. H.*; 1Salles, H. M. R.**; 1Kiss, A.**; 2Naliwaiko, K.**; 1Ferraz, A. C. 1Fisiologia UFPR; 2Biologia Celular UFPR Objetivo: Trabalho anterior (Nutr. Neuros. 7:91, 2004) mostrou efeito antidepressivo da suplementação crônica com óleo de peixe em ratos durante as fases de gestação, amamentação e fase adulta. Objetivamos investigar se a suplementação crônica com óleo de peixe ocorrida durante a gestação e amamentação é capaz de reproduzir este efeito Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos foram divididos em três grupos: óleo de peixe (OP,n=11), gordura de coco (GC,n=14) e controle (C,n=15). Os grupos OP e GC foram indiretamente suplementados pela placenta e leite de suas respectivas mães, que receberam diariamente 3,0g/kg v.o. de mistura de óleo de peixe ou gordura de coco. O grupo C recebeu ração. Ao atingirem 90 dias, realizou-se o teste da natação forçada para identificar o efeito antidepressivo da suplementação. Para excluir resultados falso-positivos, foram realizados os testes do campo aberto (avaliar a atividade locomotora) e do labirinto em cruz elevado (avaliar comportamento ansioso). Os dados foram analisados por ANOVA, pós-teste de Duncan, ou ANOVA Kruskall-Wallis, pós-teste de Dunn, (p<0,05). Na natação forçada o grupo OP apresentou

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menor tempo de imobilidade comparado ao C e GC ANOVA Kruskall-Wallis H=9,696; p<0,007. No campo aberto não houve diferença estatística entre os grupos ANOVA F(2,23)=1,17; p=0,32. No labirinto em cruz elevado não houve diferença quanto à % de entradas nos braços abertos ANOVA F(2,23)=0,001; p=0,99; e fechados F(2,23)=0,001; p=0,998, bem como no tempo despendido nos braços abertos F(2,23)=0,34; p=0,71 e fechados F(2,23)=1,17; p=0,32. O número absoluto de entradas nos braços fechados também não diferiu entre os grupos F(2,23)=0,38; p=0,68 Conclusões: A suplementação crônica com óleo de peixe na fase de gestação e amamentação apresentou efeito antidepressivo, evidenciando-a como crítica à incorporação de ácidos graxos poliinsaturados às membranas neuronais, com alteração funcional 05.088 EFEITO DA ESTIMULAÇÃO QUÍMICA DO ACUPONTO 36E NO APETITE AO SÓDIO EM RATOS. Guimarães, P. S.*; Trindade, G. R.*; Moustacas, V. S.*; Polo, P. A; Reis, L. C.; Medeiros, M. A. Ciências Fisiológicas UFRRJ Objetivo: Segundo a Medicina Tradicional Chinesa a principal função da acupuntura é restabelecer o equilíbrio homeostático. Ratos quando depletados de sódio acionam mecanismos para o restabelecimento hidroeletrolítico além dos limites homeostáticos. Desta forma, nosso objetivo foi avaliar o efeito da estimulação química no ponto de acupuntura Zusanli (36E) sobre a expressão do apetite por sal em ratos depletados de sódio. Métodos e Resultados: Ratos Wistar (180-240g) foram depletados de sódio através da injeção de furosemida (20mg/kg, sc) seguida de 24h de dieta alimentar carente em sódio. A avaliação do apetite por sal foi realizada através da aferição do consumo de NaCl 0,3M oferecido em gaiolas metabólicas simultaneamente à de água destilada, nos tempos 30, 60, 120, 240, 300 e 1440 min após apresentação de fluidos (NaCl e H2O). O efeito da estimulação química (micro-injeção bilateral de bradicinina 20ng/20µL) no acuponto 36E (EQ-36E, n=9) foi comparado ao da mesma estimulação numa região não-ponto (EQ-NP, n=9) e a controles não estimulados (CTL, n=9). As estimulações químicas foram realizadas nos seguintes momentos: I) imediatamente após a injeção de furosemida, II) 60 min antes da apresentação de fluidos, III) 6 h após a injeção de furosemida e IV) 6 h após apresentação de fluidos. Quando realizada imediatamente após a injeção de furosemida, a EQ-36E reduziu significativamente o consumo de NaCl quando comparados aos controles nos tempos 60, 120 e 180 minutos pós-apresentação de fluidos (ANOVA, p=0,002). Quando realizada 60 min antes da apresentação de fluidos, a EQ-36E reduziu significativamente o consumo de sódio aos 1440 min pós-apresentação de fluidos (ANOVA, p=0,011). A EQ-36E não alterou o apetite por sódio quando realizada 6 h após a injeção de furosemida ou 6 h após apresentação de fluidos. Conclusões: Estes resultados demonstram que a estimulação química do acuponto 36E quando realizada no momento da depleção de sódio ou antes da apresentação de fluidos pode reduzir o apetite por sódio em ratos. 05.089 EFEITO DA DESNUTRIÇÃO INTRAUTERINA E PÓS-NATAL SOBRE O PERFIL PLASMÁTICO DO ÁCIDO GRAXO LINOLÉICO NOS FILHOTES EM IDADE JOVEM. 1Souza, A. S.; 1Castro, P. S.*; 1Pacheco, L. C.*; 1Hokoç, J. N.; 2Carmo, M. G. T.; 1Biofísica Neurobiologia UFRJ; 2Instituto de Nutrição UFRJ Objetivo: Sabe-se que os ácidos graxos essenciais (AGE) plasmáticos são de origem dietética. Para verificar se a desnutrição poderia estar associada com deficiência de AGE, utilizamos uma dieta experimental deficiente em gordura, chamada Dieta Básica Regional (DBR), que foi preparada de acordo com dados de frequência de consumo alimentar da população da zona da Mata de Pernambuco. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos jovens Wistar que durante o período de gestação e lactação cada ninhada (mães mais filhotes) foi alimentada com ração comercial (grupo Controle) ou DBR (grupo Desnutrido e grupo Recuperado). Após o desmame, os ratos permaneceram com a mesma dieta até os 70 dias de vida, exceto o grupo recuperado que recebeu ração comercial. Neste dia, por decapitação, amostras de sangue dos ratos foram coletadas para análise de ácidos graxos plasmáticos. Os lipídios do plasma foram extraídos e os ácidos graxos foram avaliados por

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cromatografia gasosa após prévia extração e separação dos ésteres metílicos. Os ácidos graxos foram identificados por comparação do seu tempo de retenção com padrões conhecidos (Sigma e Supelco). Os resultados foram expressos como média±erro padrão. Na estatística, utilizamos ANOVA com nível de significância de p<0,05. A ração controle e DBR apresentaram, respectivamente, 46,48%±1,11 e 0,21%±0,02 de ácido linoléico. Este mesmo ácido graxo foi medido no plasma e os machos do grupo controle, desnutrido e recuperado apresentaram, respectivamente, 27,38%±1,01, 9,75%±0,05 e 19,45%±1,22 e as fêmeas do grupo controle, desnutrido e recuperado apresentaram, respectivamente, 17,92%±1,32, 5,37%±0,54 e 12,61%±1,16. Conclusões: Os resultados mostraram que a desnutrição promovida pela DBR durante o período intrauterino e pós-natal promove na prole, na idade jovem, deficiência de AGE (ácido linoléico) e que a recuperação nutricional com dieta normal, por 49 dias, não reverteu completamente esta deficiência. 05.090 ANÁLISE PRELIMINAR DA NEURODEGENERAÇÃO PELA HISTOQUÍMICA DE FLUORO-JADE APÓS STATUS EPILEPTICUS INDUZIDO POR PILOCARPINA INTRAHIPOCAMPAL EM RATOS WISTAR. Castro, O. W.; Furtado, M. A.; Garcia-Cairasco, N.; Fisiologia FMRP-USP Objetivo: Avaliar a neurodegeneração conseqüente ao Status Epilepticus (SE) induzido pela injeção de pilocarpina (PILO) intra-hipocampal, um modelo experimental que mimetiza aspectos comportamentais e morfológicos da epilepsia do lobo temporal (ELT). Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos adultos (n=23, 240-340 g), foram submetidos à cirurgia estereotáxica para o implante de cânulas unilaterais no giro denteado (GD) do hipocampo. Os animais receberam PILO intrahipocampal (2,4 mg/µl; volume injetado 1 µl; taxa de injeção 0,5 µl/min) uma semana após a cirurgia e foram imediatamente colocados em gaiolas de acrílico para a observação comportamental de crises, registradas em fitas de vídeo por um período de até 3 horas a partir da microinjeçao. Após 90 minutos de SE, os animais receberam injeção i.p. de diazepam (5 mg/kg) e foram sacrificados e perfundidos 12 h (n=9) e 24 h (n=8) após o SE. A histoquímica de Fluoro-Jade (FJ) foi utilizada para detectar neurodegeneração. Cerca de 70% dos animais apresentaram SE, com uma latência média de 23 ±9 (dp; minímo 5, máximo 40) minutos para o início das crises. Foi observada forte marcação de FJ em interneurônios do hilus do GD e nos neurônios piramidais das regiões CA1 e CA3 do hipocampo. Uma avaliação qualitativa indicou que os animais sacrificados 24 horas após o SE apresentaram marcação de FJ mais evidente que os animais perfundidos 12 horas após o SE. Conclusões: As janelas de 12 e 24 horas são suficientes para observar neurodegeneração nas regiões do GD, CA1 e CA3. No entanto nota-se marcação de FJ mais evidente 24 horas após o SE. 05.091 EXPRESSÃO DE HOMER1A NO MODELO ANIMAL DE EPILEPSIA INDUZIDO POR PILOCARPINA. Jaqueta, C. B.; Tescarollo, F. C.*; Mello, L. E. A. M.; Avedissian, M. Fisiologia UNIFESP Objetivo: A epilepsia é um conjunto de distúrbios do sistema nervoso central que leva os indivíduos a apresentarem crises epilépticas espontâneas e recorrentes. O modelo da pilocarpina é capaz de reproduzir, em animais, aspectos comportamentais e fatores fisiopatológicos característicos das epilepsias do lobo temporal. Como em qualquer outro tecido, as neuropatologias envolvem freqüentemente alterações no DNA ou variações nos níveis de RNA. O gene homer 1a (h1a) é um gene de expressão imediata e seu produto, a proteína Homer 1a, se liga ao receptor metabotrópico do glutamato. O aumento de sua expressão está ligado a um aumento na transmissão sináptica hipocampal. Neste trabalho buscamos investigar o padrão de expressão de h1a em diferentes períodos pós-indução de status epilepticus (SE). Métodos e Resultados: Ratos Wistar (EPM 1) machos adultos, pesando entre 200 e 250g receberam injeção intraperitoneal (i.p.) de pilocarpina (320mg/kg) para indução de SE. Após um

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período de 2h, 8h, 24h e 7dias da indução do SE os animais foram decapitados, tiveram seus hipocampos retirados, colocados em Trizol para posterior extração de RNA total. O padrão de expressão gênica de h1a foi analisado por meio de reações com transcriptase reversa e PCR verificando-se que este se apresenta aumentado nos grupos experimentais quando comparado ao grupo controle. Um maior aumento foi encontrado no grupo 2h persistindo, em menor intensidade, nos grupo 8h e 24h. Verificou-se ainda que os níveis de expressão no grupo 7 dias retornam a padrões comparáveis ao grupo controle. Conclusões: Esse trabalho demonstra um aumento da expressão de h1a de cerca de 2,5 vezes em animais que pertencem aos grupos agudos após indução do SE. Já foi demonstrado que ocorre aumento na expressão de H1a em animais submetidos a outros modelos experimentais de epilepsia sugerindo que H1a funcionaria como um agente antiepileptogênico endógeno. O padrão de expressão do gene h1a e da proteína está sendo analisado tanto em grupos agudos quanto em crônicos para o estabelecimento do padrão de regulação temporal. 05.092 EFEITOS DA INJEÇÃO DE SEROTONINA NO NÚCLEO PARAVENTRICULAR DO HIPOTÁLAMO SOBRE A INGESTÃO DE ÁGUA E SÓDIO. Villa, P. S.; Menani, J. V.; 3 Saad, W. A.; Camargo, L. A. A. Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara Objetivo: O núcleo paraventricular do hipotálamo (NPV) tem uma importante participação no controle do balanço hidroeletrolítico estando envolvido também na regulação da ingestão de água e sódio. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de injeções bilaterais de serotonina (5-HT) no NPV sobre a ingestão de água e NaCl 1,8%. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Holtzman (280-320 g), com cânulas de aço inoxidável implantadas bilateralmente no NPV. A ingestão de água foi induzida por 24 h de privação hídrica e a ingestão de sódio por 24 h de depleção de sódio (furosemida subcutânea + 24 h de dieta deficiente em sódio). As medidas da ingestão foram feitas a cada meia hora durante duas horas. Injeções bilaterais de 5-HT (10, 20, 40 e 50 µg/0,2 µl) no NPV reduziram a ingestão de água induzida por 24 h de privação hídrica nos primeiros 30 min de teste (13,5±2,0; 12,6±1,4; 13,7 ±1,5 e 12,1±2,6 ml/30 min, respectivamente, vs. sal: 18,1±0,9 ml/30 min, n = 6-8). A ingestão de NaCl 1,8% induzida por 24 h de depleção de sódio também foi reduzida nos primeiros 30 min de teste após injeções bilaterais de 5-HT (10 e 20 µg/0,2 µl) no NPV (7,9±3,0 e 9,0±2,1 ml/30 min, respectivamente, vs. sal:17,7±1,8 ml/30 min, n = 7). Conclusões: Os resultados sugerem a existência de mecanismos serotonérgicos no NPV inibitórios da ingestão de água e sódio. 05.093 NUTRIÇÃO, TESTOSTERONA E COMPORTAMENTO: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE ATENÇÃO EM RATOS JOVENS CASTRADOS E/OU DESNUTRIDOS. 1Possolo, E. S. N. G.; 1Albuquerque, L. C. de*; 1Guedes, R. C. A.; 1Aguiar, M. J. L.; 2Silva, M. T. A.; 1Alves, C. R. R.; 1Nutrição UFPE; 2Psicologia Experimental IP-USP Objetivo: A DBR é uma dieta experimental, multideficiente, confeccionada com base nos alimentos mais consumidos na Zona da Mata de Pernambuco. A testosterona é um hormônio gonadal masculino que quando convertida em estradiol no cérebro, parece ter função de excitar e modular o hipocampo influenciando em alguns processos comportamentais tais como memória e aprendizagem. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da testosterona em ratos machos castrados e/ou desnutridos sobre o comportamento de atenção, avaliado pelo modelo de Inibição Latente (LI). Métodos e Resultados: Ratos Wistar recém-nascidos foram amamentados por mães alimentadas com a dieta de manutenção do biotério (MB, Labina) ou DBR (grupo desnutrido). Após o desmame (25º. Dia), receberam a dieta controle (Labina). Dezenove filhotes machos foram castrados aos 10 dias de vida (grupo CAST). O grupo controle foi submetido a uma cirurgia fictícia (grupo PSEUDO; n=20). Os experimentos foram realizados nos filhotes aos 35-45 dias de vida (ratos jovens) e pesando em média 95 g (CASTMB e DBR) e 88 g (PSEUDOMB e DBR). Os animais foram subdivididos em 4 grupos: PSEUDOMB (PE n=5 e NPE n=4), PSEUDODBR(PE n=5 e NPE n=5),

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CASTMB (PE n=5 e NPE n=5) e CASTDBR (PE n=5 e NPE n=5). Sob restrição de água, foram submetidos a: a) Três dias Pré-exposição a uma solução de glicose a 5% (grupo PE) ou a água (grupo NPE); b) Condicionamento (4º dia): pareamento solução de glicose – injeção de LiCl (25 mg/kg, ip, imediatamente após o término desta fase); e c) Teste (5º dia): efeito do LiCl sobre a resposta de consumo de solução de glicose. A ANOVA 2X4 revelou apenas efeito significativo apenas da condição de exposição (PE e NPE - F(1,31)=4,789, p<0,05). A inspeção dos dados indicou que a LI (PE>NPE) foi obtida apenas nos grupos PSEUDO e mantidos com MB (X+EP: PSEUDOMB PE=0,63+0,04, e NPE=0,46+0,14). Conclusões: Os resultados preliminares sugerem que tanto a deficiência nutricional quanto a gonadal afetam a atenção. 05.094 CULTURA PRIMÁRIA DE PINEALÓCITOS E ASTRÓCITOS ISOLADOS. 1Afeche, S. C.; 2Santos, S. H. J. D.; 1Ferro, L. F.*; 3Chadi, G.; 3Guzen, F. P.**; 4Lebrun, I.; 2Cipolla Neto, J.; 1Farmacologia Instituto Butantan; 2Fisiologia e Biofísica ICB I-USP; 3Anatomia USP; 4Bioquímica Instituto Butantan Objetivo: Através do sistema renina-angiotensina(RAS) na glândula pineal (PG) de rato. Observamos a produção de angiotensina(AngII) pelos astrócitos através de uma ação parácrina em pinealócitos, modulando a produção dos indóis PG, por ativação da enzima triptofano hidroxilase. Para um melhor estudo a interação entre angiotensinaII e produção de melatonina desenvolvemos uma metodologia de cultura primária com astrócitos e pinealócitos isolados. Métodos e Resultados: Os astrócitos e pinealócitos foram obtidos através de PG de ratos da linhagem wistar com peso 100g. Essas glândulas foram incubadas com papaína por 50min á 37 ºC no banho-maria com agitação plana. A digestão com a enzima foi interrompida através da ação do ovomucóide. As células foram diluídas na concentração de 2x105 cels/ml em meio DMEM. Obtevemos 3 grupos experimentais. O grupo A, as células foram incubadas desde o 1ºdia com arac(4, 8 e 10µM) bloqueia a divisão celular. No grupo B, no segundo dia, foi aspirado os pinealócitos em suspensão, centrifugado e as células(2x105 cels/ml) diluídas em meio fresco contendo arac(4, 8 e 10µM). Os astrócitos que ficaram aderidos receberam meio de cultura fresco(grupo C) No grupo C, após 5 dias os astrócitos atingiram confluência original e pura em 7-9dias. Conclusões: Observamos através dessa metodologia, que a confluência astrocitária ocorre no 9º dia de cultura, e com 4µM de arac obtemos a dose efetiva e consequentemente a quebra no crescimento de astrocitário. 05.095 DIFERENÇAS SEXUAIS NO TEMPO DE IMOBILIDADE NO TESTE DE NADO FORÇADO APÓS HEMISFERECTOMIA UNILATERAL EM CAMUNDONGOS SUÍÇOS ADULTOS. 1Abreu-Villaça, Y.; 1Manhaes, A. C.; 2Krahe, T. E.; 1Caparelli-Dáquer, E. M.; 1Filgueiras, C. C.; 1Ciências Fisiológicas CCB, UERJ; 2Anatomy and Neurobiology Virginia Commonwealth University Objetivo: Uma vez que desordens depressivas têm sido associadas com alterações dos padrões normais de assimetrias cerebrais, neste trabalho utilizamos a hemisferectomia unilateral para estudar a contribuição de cada hemisfério no tempo de imobilidade de camundongos durante o teste do nado forçado, que é considerado um indicador de estado depressivo. Métodos e Resultados: Camundongos Suíços adultos foram submetidos a hemisferectomia unilateral direita (6 machos e 6 fêmeas) ou esquerda (6 machos e 7 fêmeas). O grupo controle foi constituído por 8 machos e 6 fêmeas. Quinze dias após a cirurgia, os animais foram submetidos a 3 sessões do teste de nado forçado (duração da sessão = 5min; intervalo entre sessões = 48h). O tempo de imobilidade (TI; medido em segundos) foi medido considerando-se o tempo em que os animais permaneciam flutuando com os membros e a cauda em repouso. No grupo controle, o TI de machos e fêmeas não diferiu ao longo das 3 sessões. No grupo hemisferectomizado, o TI dos machos foi significativamente maior que o das fêmeas na 1a (machos: 57,3±18,6; fêmeas: 3,2±1,9 - t = 2,89, d.f. = 11,2, p = 0,01), 2ª (machos: 60,6±19,3; fêmeas: 10,4±5,4 - t = 2,51, d.f. = 12,7, p = 0,03) e 3ª

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(machos: 66,6±17,6; fêmeas: 10,6±3,1 - t = 3,14, d.f. = 11,7, p = 0,01) sessões. Adicionalmente, na primeira sessão, o TI dos machos sem o hemisfério direito (92.4±37.3) foi maior que: dos machos controle (8.5±5.1; t = 2,23, d.f. = 4,2, p = 0,08); das fêmeas sem o hemisfério direito (4.7±3.5; t = 2,34, d.f. = 4,1, p = 0,08) e das fêmeas sem o hemisfério esquerdo (1.5±1.1; t = 2,43, d.f. = 4,0, p = 0,07). Conclusões: O maior TI em machos sem o hemisfério direito sugere uma ação assimétrica e sexo-dependente dos hemisférios cerebrais na ocorrência de estados depressivos em camundongos. 05.096 EFEITO DA NATAÇÀO FORCADA SOBRE AS CONCENTRAÇÕES DE DHEA E CORTICOSTERONA EM RATOS MACHOS E FÊMEAS. 1 de Andrade, S.**; 2Kroth, A.**; 2Silveira. S. L.*; 3Gomez, R.; 3Barros, H. M. T.; 2Ribeiro, M. F. M.; 1CBS-UFRGS; 2Fisiologia UFRGS; 3Farmacologia FFFCMPA Objetivo: Poucos estudos relacionam comportamentos tipo depressivo em animais com alterações hormonais e gênero. Foi nosso objetivo determinar os níveis séricos de desidroepiandrosterona (DHEA) e corticosterona de ratos machos e fêmeas, em diestro II e proestro, e avaliar a interferência da exposição à natação forçada sobre estes níveis. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar, adultos, machos (M) e fêmeas em proestro (P) e em diestro II (DII) e as fases do ciclo determinadas por esfregaço vaginal (n=6/grupo). Os animais foram treinados por 15 minutos em aquários contendo água a 25 ± 1 oC e 27 cm de profundidade. Após 24 h, foram recolocados no aquário por 5 minutos, sendo seus comportamentos gravados para posterior análise etológica. Foram considerados os comportamentos de head-shake, mergulho, imobilidade (flutuar + congelar) e mobilidade (nadar + escalar). Trinta minutos após o nado, o sangue troncular foi coletado, e as dosagens hormonais realizadas posteriormente por radioimunoensaio. Animais controle não foram submetidos ao nado. As concentrações basais de DHEA não apresentaram diferenças significativas entre os sexos, porém a corticosterona, nas fêmeas em proestro foi maior em relação aos machos (M=117,39± 19,32;P=339,63± 34,60;DII=256,90± 58,89). O teste do nado forçado aumentou as concentrações de DHEA em todos os grupos, porém este aumento foi significativamente maior nas fêmeas (M=4,18 ± 0,92;P=17,25± 5,81;DII=22,61± 6,4). Houve aumento significativo da corticosterona após o nado forçado, porém este aumento foi mais pronunciado nas fêmeas em diestro II (M=446,90± 44,08;P=542± 18,1; DII=552,58± 40,73). Não houve correlação entre os comportamentos específicos e as alterações hormonais. Conclusões: Coforme o esperado, a corticosterona está mais elevada em fêmeas. Embora não tenha sido demonstrado correlação entre os comportamentos tipo depressivo no teste do nado forçado e os níveis hormonais, este modelo animal alterou as concentrações de DHEA e costicosterona em função do gênero e fase do ciclo estral, respectivamente. 05.097 REDUÇÃO DO TEMPO DE IMOBILIDADE DEPENDENTE DO GÊNERO PELA ADMINISTRAÇÃO DE DHEA EM RATOS SUBMETIDOS AO TESTE DO NADO FORÇADO. 1de Andrade, S.**; 2Kroth, A.**; 2Silveira. S. L.*; 3Gomez, R.; 3Barros, H. M. T.; 2Ribeiro, M. F. M.; 1CBS-UFRGS; 2Fisiologia UFRGS; 3Farmacologia FFFCMPA Objetivo: A maior incidência de depressão em mulheres está relacionada, possivelmente, a variações hormonais. Poucos estudos pré-clinicos avaliam o efeito antidepressivo do neuroesteróide desidroepiandrosterona (DHEA). Nosso objetivo foi verificar se ratos machos e fêmeas apresentam respostas diferentes no teste do nado forçado, um modelo animal para depressão, e se administração de DHEA altera o tempo de imobilidade de ratos machos e fêmeas em proestro e em diestro II. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar, adultos, machos (M) e fêmeas em proestro (P) e diestro II (DII) (n=8/grupo). No primeiro dia os animais foram treinados por 15 minutos em aquários contendo

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água a 25 ± 1o C e 27 cm de profundidade. No dia seguinte receberam a primeira injeção de DHEA, 2 mg/kg ou veículo, repetida a cada 24 horas por dois ciclos estrais, confirmados por esfregaço vaginal. No dia seguinte à última injeção, os animais foram submetidos ao teste do nado, por 5 minutos e seus comportamentos gravados e analisados posteriormente. Os comportamentos de head-shake, mergulho, imobilidade (flutuar + congelar) e mobilidade (nadar + escalar) foram avaliados. As fêmeas em diestro II tratadas apenas com veículo apresentaram maior tempo de escalar do que as fêmeas em proestro (DII=125,50 ± 17,59; P=74,00 ± 17,51). A duração da imobilidade dos grupos não tratados foi de M=215,10 ± 16,18; P=226,80 ± 18,02; DII= 170,37 ± 18,36. O tratamento com DHEA diminuiu o tempo de escalar (DII=62,25 ±16,06) e aumentou o tempo de imobilidade (DII=222,57±20,60) das fêmeas em diestro II. Conclusões: Machos e fêmeas apresentam diferenças em comportamentos no teste do nado forçado. DHEA não apresenta efeito antidepressivo em ratos, mas sim um aumento do comportamento tipo-depressivo nas fêmeas em diestro II, um período que, sabidamente, estão com os níveis de hormônios sexuais mais baixos. 05.098 SHRIMP CAROTENOIDS PROTECT THE CEREBRAL CORTEX AGAINST THE EFFECTS OF ETHANOL ON SPREADING DEPRESSION. 1Bezerra, R. S.; 1Abadie-Guedes*; 1Melo, F. R. M.*; 2Guedes, R. C. A. 1Bioquímica CCS-UFPE; 4Nutrição UFPE Objetivo: Cortical spreading depression (SD) is a phenomenon present in the brain of several animal species. SD features, like velocity of propagation, seems to depend on several chemical and metabolic factors, as for example anti-oxidants. Here we studied the effects of ethanol-extracted shrimp carotenoids on SD Métodos e Resultados: Carotenoids were extracted from alcalase-treated shrimp (Litopenaeus vannamei) processing waste (heads), in absence of light and in a N atmosfere, with 90% v/v ethanol. After extracted, they were administered per gavage (10mg/day during 20 days) either to pregnant (P) or to lactating (L) rat dams. Control dams received the vehicle (ethanol) during the same periods. After weaning, the pups were anesthetised (1g/Kg urethane plus 40mg/Kg chloralose; ip) and 3 trephine holes were made on the right side of the skull, aligned anteroposteriorly and parallel to the midline. SD was elicited at every 20min by 2% KCl applied to the anterior (frontal) hole and recorded at the 2 parietal ones for 4h. SD velocity of propagation was calculated from the time required for a SD wave to pass the interelectrode distance. Compared to the vehicle, carotenoid treatment significantly reduced SD velocities. The mean SD velocities per hour of recording ranged as follows (in mm/min, ethanol versus carotenoids): P-group, from 3.74±0.06 to 3.82±0.08; n=7 versus 3.38±0.09 to 3.42±0.12, n=7; L-group, from 4.26±0.32 to 4.39±0.36, n=11 versus 3.58±0.13 to 3.62±0.17, n=12). Conclusões: Our data showing high SD velocities in the ethanol-treated, weaned rat pups are similar to those previously described in adult rats treated with ethanol for 7 days (Braz.J. Med.Biol.Res. 26:1241-1244; 1993). The SD-antagonizing effect of carotenoid treatment could be related to the antioxidant properties of these carotenoids, as indicated by previous work with other antioxidants (Nutr. Neurosci. 1:205-212; 1998). 05.099 NITRIC OXIDE (NO) MODULATES THE ENHANCED BEHAVIORAL RESPONSE TO L-DOPA FOLLOWING REPEATED ADMINISTRATION IN THE 6-HYDROXYDOPAMINE-LESIONED RAT 1Padovan, F.*; 2Gomes, M. Z.; 3Tumas, V.; 4Del Bel, E. A. 1Faculdade de Odontologia USP; 2Fisiologia FMRP-USP; 3Neurologia FMRP-USP; 4Fisiologia FORP-USP Objetivo: The enhanced behavioural response to repeated dopamine (DA)-replacement therapy seen in the 6-hydroxidopamine (6-OHDA)-lesioned rats has pharmacological characteristics similar to 3,4 dihydroxyphenyl-L-alanine (L-DOPA) induced dyskinesia. The neural mechanisms underlying L-DOPA-induced dyskinesia remain unknown. Inhibition of NO synthase (NOS) induces an impairment of exploratory and motor behaviour and give support to the hypothesis that NO plays a role in motor behaviour control. Previous results have shown an interaction between NO system and induced neurodegenerative process in nigrostriatal pathway. In the present experiments we

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have examined the effects of an inhibitor of NOS on L-DOPA-induced-rotational behaviour in the 6-OHDA-lesioned rats and compare it to that of L-DOPA-induced dyskinesia. Métodos e Resultados: Male albino-Wistar rats (180-200 g) were housed in groups, in a temperature-controlled room with a 12-hour light/dark cycle, with free access to food and water. Rats with unilateral 6-OHDA lesions received single daily injections of L-DOPA (oral, 100mg/kg plus 15 mg/kg benserazide) for three weeks. During this period the rats gradually developed abnormal involuntary movements, lasting 2-3 h following each L-DOPA dose. L-DOPA-induced rotation (1.060,57±197,46) was potentiated by the acute administration of the NOS inhibitor NG-nitro-L-arginine (L-NOARG, 50 mg/kg i.p.;1.746,28±261,58)) in 6-OHDA-lesioned rats. In contrast following priming by L-DOPA replacement therapy, administration of L-NOARG reduced L-DOPA-induced rotation (control=1.156,8±350,52; L-NOARG=550±279,39). Within the L-DOPA-treated group, levels of NOS neurons in dopamine-denervated caudate-putamen were higher in dyskinetic than in non-dyskinetic animals (control=5,33± 0,88; test=8,79±0,79). Conclusões: L-DOPA-induced dyskinesia is associated with over-expression of NOS in the striatal projection neurons. Due to its treatment-dependent expression, striatal NOS may play a role in the mechanisms of behavioural sensitization brought about by the drug. 05.100 IS THERE INTER-TASKS TRANSFER OF IMPLICIT KNOWLEDGE? Helene, A. F.; Xavier, G. F. Fisiologia IB-USP Objetivo: The content of declarative memory may be recombined because of the relational properties of the underlying system; this confers behavioural flexibility for dealing with novel circumstances. Differently, the content of procedural memory is considered to be specifically related to the context of its acquisition, limiting its transfer to novel situations. This study investigated if implicit knowledge for a reading task with rotated words, numbers and non-words is transferred for performance of a reading test with a completely new type of rotated non-words. Métodos e Resultados: Healthy volunteers received training in a reading task with words, numbers and/or non-words. Stimuli were presented as if rotated (1) horizontally like a mirror, (2) vertically in the base line (up-side-down) together with the horizontal rotation, or (3) as a combination of the conditions “1” and “2” in different trials. In addition, independent groups were exposed to either words, numbers or different proportions of words and numbers. A positive control group received training with the same type of stimulus to be later used in the test. A negative control group was trained with only normally written words. The test was the same for all groups; subjects were asked to read non-words rotated in the base line plane (up-side-down), which had been shown to be the most difficult task in a previous study. As expected, while the positive control group exhibited the better performance in the test as compared to the remaining groups, the negative group showed the worse performance. In between these extremes, a gradient of groups performances was observed; groups trained with simple rotations exhibited less transfer of performance; groups trained with complex rotations exhibited greater transfer. Conclusões: These results show that there is transfer of implicit knowledge between related tasks, indicating the existence of flexibility in the use of this type of knowledge. 05.101 DIVISÃO ESPACIAL DA ATENÇÃO AUTOMÁTICA. Stucchi da Silva, P.*; Ribeiro-do-Valle, L. E. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Há discordância na literatura sobre a possibilidade de divisão da atenção visual no espaço. Investigamos esta questão enfocando a atenção automática. Métodos e Resultados: Participaram do experimento 12 mulheres jovens (17-22 anos). Elas eram instruídas a responder tão rápido quanto possível a uma linha vertical com a mão correspondente ao lado em que ela aparecesse, e a não responder a um anel pequeno. Estes estímulos alvos poderiam ocorrer no anel superior, intermediário ou inferior de três anéis dispostos de cada lado do ponto de fixação, a 9º do mesmo. Um outro estímulo ocorria 100 ms antes do estímulo alvo, do mesmo lado ou do lado oposto. Ele consistia na diminuição da luminância do anel superior (E1 superior), do anel intermediário (E1 intermediário), do anel inferior (E1 inferior) ou dos dois anéis extremos (E1 duplo). Na condição em que o E1 era duplo, observamos uma diferença entre as

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posições mesma e oposta quando o E2 era superior (respectivamente 364±9 e 391±9, p<0,001), inferior (respectivamente 361±7 e 392±11, p<0,001) e intermediário (respectivamente 367±8 e 381±10, p=0,020). Neste último caso a diferença foi consideravelmente menor do que nos dois primeiros. Conclusões: O menor efeito atencional produzido pelo E1 duplo quando o E2 era intermediário do que quando era superior ou inferior indica que a atenção foi orientada para a posição intermediária, mas de modo muito menos intenso do que para as posições extremas. Esses achados sugerem que na condição de E1 duplo houve, pelo menos em parte, uma divisão espacial da atenção automática. 05.102 EFEITO PSICOLÓGICO DA ACUPUNTURA NA APRENDIZAGEM DA CONTINGÊNCIA INTENCIONAL E DA CONTINGÊNCIA MECÂNICA NOS SUJEITOS HUMANOS. 1Madeira, S. A.; 2Chang, Y. C.; 2Durat; J. C.; 3Bartoszeck, A. B.; 4Abramson, C. I.; 1Neurofisiologia Instituto de Saúde Dr. Bezerra Menezes; 2Neurofisiologia, Faculdade Integrada Espírita; 3Neurofisiologia UFPR; 4Neurofisiologia University of Oklahoma Objetivo: Objetivo: Demonstrar o efeito psicológico da acupuntura na eficiência da aprendizagem humana da contingência mec6anica e da contingência intencional. Métodos e Resultados: Método e Resultado: A eficiência da aprendizagem foi testada três vezes com intervalos de 10 minutos, pela inclinação da linha de regressão entre a alteração da intensidade declarada, ∆D, pelo sujeito em 10 escalas na Escala McGill de Declaração da Sensação, e a alteração da intensidade aplicada, ∆I, pelos estímulos de 0 até 300 µNewton, 50 ms, do estimulador mecânico, AME-ISBM-1-1em 10 escalas de 30 µN, 50 ms, nos dorsos dos dedos de 180 sujeitos (124f e 56m. 36.7 ± 5.3 anos de idade. Aprovado pelo Comitê de Ética, FIES, Curitiba, 2002), sendo que 1.0 é a eficiência perfeita (Chang, et al, XIX Reu. An. FeSBE, 01.05.026, 2004). A acupuntura com Deqi (Liao, et al, Tohoku J. Exp. Med., 186:19, 1998) (grupo experiência) aplicada no Bai-Huei, D-20, e no Shen-Mo, UB-62, durante a segunda sessão de 10 minutos de teste inibiu o aumento da eficiência da aprendizagem da contingência mecânica com intensidades aplicadas ao acaso, de 0.70 ± 0.09 para 0.59 ± 0.08 (N = 30, t=2.530, 99%>P>98%) mas facilitou a eficiência da aprend. da cont. intencional com intensidades aplicadas em seqüência crescente de 0.35 ± 0.09 para 0.46 ± 0.08 (N = 30, t = 2.415, 99%>P>98%). A inibição para 0.67 ± 0.10 e a facilitação para 0.37 ± 0.09 da acup. sem Deqi (grupo testemunho) nos mesmos dois pontos apresentaram menor probabilidade (N = 30, t = 1.814, 95%>P>90%, e N = 30, t = 1.910, 95%>P>90%). Após a acupuntura, todas a eficiência retornou em 10 minutos aproximando à do controle. Conclusões: Conclusão: A baixa probabilidade da diferença na eficiência entre testemunho (sem Deqi) e controle nos dois grupos de cont. mec. e cont. int. durante acupuntura sugere um efeito de placebo da acupuntura, proposto pelos críticos. A alta probabilidade da diferença na eficiência entre experiência (com Deqi) e controle nos dois grupos de cont. mec. e cont. int. durante acupuntura sugere um efeito autêntico da acupuntura na psicologia, proposto pelos defensores. 05.103 DIFERENÇA FISIOLÓGICA ENTRE DOIS TIPOS DOS ESTÍMULOS MECÂNICOS NA INDUÇÃO DA HABITUAÇÃO E DA DESABITUAÇÃO NA MINHOCA, AMYNTHAS HAWAYANUS. 1 Bartoszeck, A. B.; 2 Chang, Y. C.; 3 Madeira, S. A.; 4Abramson, C. I. 1Departamento de Fisiologia UFPR; 2Instituto de Saúde Dr. Bezerra de Menezes, Faculdade Integrada Espírita; 3Neurofisiologia Instituto de Saúde Dr. Bezerra Menezes; 4Department of Neuroscience University of Oklahoma Objetivo: Demonstrar a possível existência de dois circuitos neuronais na minhoca para processar a habituação e desabituação induzidas pelo estímulo mecânico aplicado pelo estimulador e pelo estímulo mecânico aplicado manualmente. Métodos e Resultados: Os cursos temporais dos estímulos do estimulador mecânico, AME-ISBM-1-2, e do estímulo mecânico manual, quando monitorados pela fotocélula, são indistinguíveis no osciloscópio. A rajada dos estímulos do estimulador mecânico da intensidade limiar e de freqüência de 0.5 Hz, e a

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rajada dos estímulos manuais das intensidade e freqüência semelhantes, induziram habituações semelhantes nas respostas de retração corporal e intracelular do neurônio-H. A resposta extracelular do cordão nervoso eliciada pelo estímulo mecânico do estimulador foram uma rajada de 1-7 impulsos superimpostos com amplitude de 1-5 mV e com freqüência de 4.2-140.2 Hz. Já a resposta eliciada pelo estímulo manual foram uma rajada de impulsos com amplitude de 10 - 12 mV e com freqüência de 1 - 5 Hz. As habituações induzidas na resposta da retração corporal e na resposta intracelular do neurônio-H pelas rajadas dos estímulos do estimulador puderam somente desabituadas por um estímulo manual e as habituações induzidas nestas respostas pelas rajadas dos estímulos manuais puderam somente desabituadas por um estímulo do estimulador. Conclusões: Os diferentes impulsos eliciados na resposta extracelular do cordão nervoso por estes dois tipos dos estímulos mecânicos sugere a excitação dos diferentes neurônios. As desabituações induzidas pelos estímulos alterativos na resposta da retração corporal e na resposta intracelular do neurônio-H sugerem circuitos neuronais separados e independentes para processar estas duas habituações e desabituações semelhante aos dois circuitos para processar o estímulo da fonte animado, como manual, e da fonte inanimado, como o estimulador foram demonstrados nos diversos animais pela neuroimagem (Frith, et al, Phil. Trans. Roy. Soc. London, Biol. Sci., 355:1771, 2000, Cotterill, Prog. Neurobiol., 64:1, 2001). A distinção entre estes dois estímulos pelo receptor periférico da minhoca, tanto como dos outros animais, ainda não foi identificada. 05.104 VASCULAR CHANGES INDUCED IN THE SPINAL CORD BY MECHANICAL TRAUMATISM AND PERMANENT COMPRESSION OF THE MEDULLARY CANAL IN RATS. Nascimento, L. N.; Souza, A. S.**; Silva, C. A.; Del Bel, E. A. Fisiologia FORP, USP Objetivo: To analyze the vascular changes that occurs in the spinal cord after weight drop contusion or compression of the medullary canal by perfusing the rats with an India ink/gelatin solution. Métodos e Resultados: Male Wistar rats were divided into groups respectively submitted to laminectomy (T9-T10, control group), contusion due to a weight drop contusion (10 g from a height of 15 cm) and 35 and 50% compression of the medullary canal obtained with 0.78 mm thick (35%) and 1.11 mm thick (50%) polycarbonate rods. The animals were sacrificed 6, 24 and 48 h and 7 and 35 days after the surgical procedures. Vascularization of the spinal cord was evaluated qualitatively by perfusing the animal with an India ink/gelatin solution. After the tissue was cleared with methylsalicylate, the specimens provided three-dimensional images of the vasculature. Quantitative evaluation was performed by quantitation of the light transmitted (grey intensity determined by the Scion Image Processing and Analysis program) through the segment of spinal cord . Conclusões: A change in the vascular pattern with reduction of spinal cord vascularization was observed in the groups submitted to a weight drop contusion and permanent compression of the medullary canal. Quantitative evaluation showed a significant reduction (MANOVA, P <0.05) in the groups submitted to a falling weight and to 35% narrowing of the canal compared to the laminectomy group. The reduction observed in the group submitted to 50% narrowing was more pronounced than in the remaining groups (MANOVA, P <0.05). However, the changes observed were constant throughout the different periods of time in all groups studied. Injury due to a weight drop contusion or permanent compression of the medullary canal caused a reduction in vascularization of the spinal cord with a constant pattern throughout the post-injury period analyzed (2 h to 35 days). The reduction in vascularization observed was proportional to the intensity of the injury. 05.105 ASSIMETRIA NA CAPACIDADE DE ORIENTAÇÃO DA ATENÇÃO VISUOESPACIAL AUTOMÁTICA PARA OS DOIS LADOS DO ESPAÇO. Baldini, M.*; Ribeiro-do-Valle, L. E.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo:

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Reexaminar a possibilidade de existir uma assimetria interlateral na orientação da atenção visuoespacial automática em uma tarefa de tempo de reação simples utilizando um estímulo distraidor. Métodos e Resultados: Doze homens jovens separados em dois grupos realizaram uma tarefa de tempo de reação simples. Em cada tentativa da sessão de teste aparecia um ponto fixo (PF) e dois anéis periféricos. Após cerca de 2 s, um dos anéis escurecia por 17, 34, 50, 67, 84 ou 100 ms. Logo em seguida aparecia um estimulo alvo (grupo A: linha vertical; grupo B: linha horizontal) durando 34 ms, no interior de um dos anéis e um estimulo distraidor (grupo A: linha horizontal; grupo B: linha vertical) no outro. O voluntário tinha que responder com a mão do mesmo lado do estimulo alvo. O tempo de reação para o alvo vertical do mesmo lado do escurecimento do anel (posição mesma) foi menor que na posição diferente a partir da assincronia entre início dos estímulos (AIE) de 34 ms (média±e.p.m.: 379±16 x 422±9, 34 ms; 363±12 x 405±11, 50 ms; 356±14 x 405±14, 67 ms; 358±10 x 406±7, 83 ms; 364±12 x 388±9 ms, 100 ms; p<0,015). O tempo de reação para o alvo vertical na posição mesma foi menor que para o alvo horizontal em ambas as posições para cada AIE a partir de 34 ms (p<0,009). Conclusões: Não foi observada qualquer assimetria interlateral da orientação da atenção em uma tarefa de tempo de reação simples com um estímulo distraidor. A ausência de efeito atencional para o alvo horizontal poderia se dever a sua maior saliência perceptual. 05.106 INFLUÊNCIA DO NÚCLEO CENTRAL DA AMÍGDALA NA EXPRESSÃO DO GENE c-FOS INDUZIDA POR PRIVAÇÃO HÍDRICA E REIDRATAÇÃO PARCIAL. 1Vendramini, R. C.; 2Pereira, D. T. B.**; 2Menani, J. V.; 2de Luca Júnior, L. A. 1Análises Clínicas UNESP-Araraquara; 2Fisiologia e Patologia, UNESP - Araraquara Objetivo: A lesão do núcleo central da amígdala (NCeA) reduz a ingestão de NaCl 1,8% no teste do apetite ao sódio após privação hídrica de 36 h e reidratação parcial com água de 2 h (modelo PHRP). A expressão do gene c-Fos mostra que nesse modelo a atividade neuronal encefálica é alterada, principalmente em núcleos hipotalâmicos e da lâmina terminal. No presente trabalho investigamos o efeito da lesão do NCeA na expressão do gene c-Fos em áreas prosencefálicas e pontinas após reidratação parcial com água por 2 h no modelo PHRP. Métodos e Resultados: Ratos Sprague-Dawley adultos (n=6 por grupo), com lesão fictícia (F) ou lesão eletrolítica bilateral (1 mA/20s) do NCeA (L), hidratados (Fh e Lh) ou submetidos a privação hídrica e reidratação parcial (FPHRP e LPHRP). No final do período de reidratação, os animais anestesiados tiveram os encéfalos perfundidos para detecção imunohistoquímica (Ac Santa Cruz /Vector Lab.) de neurônios expressando o gene c-Fos (nº de células positivas/10-2 mm2). A expressão de c-Fos no n. parabraquial medial (NPBM) e porção parvocelular do n. paraventricular do hipotálamo (PVNp) aumentou em animais com lesão do NCeA, conforme tabela: A expressão de c-Fos na lâmina terminal ou no n. parabraquial lateral não foi alterada pela lesão do NCeA. Conclusões: No modelo PHRP, a expressão do gene c-Fos foi aumentada em núcleos anteriores e pontinos, importantes para o controle do apetite ao sódio (PVNp) e gustação (NPBM), em animais com lesão do NCeA. A ativação neuronal aumentada no NPBM pode estar relacionada ao efeito inibitório da lesão do NCeA no apetite ao sódio. 05.107 EFFECT OF CARDIOPULMONARY RECEPTOR STIMULATION ON REGULATORY WATER AND SALT INTAKE IN COMMISSURAL NTS (COMMNTS) LESIONED RATS. 1Ogihara, C. A.; 1Schoorlemmer, G. H. M.; 2Gobbi, J. I. F. D.; 2Menani, J. V.; 1Colombari, E.; 3Sato, M. A. 1Fisiologia Cardiovascular UNIFESP; 2Fisiologia e Patologia UNESP-Araraquara; 3Fisiologia FMABC Objetivo: Electrolytic lesions of the commNTS enhance the sodium intake induced by furosemide. The NTS is the primary site in the central nervous system that receives inputs from baroreceptors and cardiopulmonary receptors. Changes in blood volume are sensed by cardiopulmonary receptors located in the junction of the superior and inferior vena cava and the right cardiac atrium.

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Stimulation of these receptors reduces the sodium appetite induced by DOCA or sodium depletion. The aim of this study was to evaluate the effect of cardiopulmonary receptor stimulation on regulatory water and salt intake in commNTS-lesioned rats. Métodos e Resultados: Male Wistar rats (350-400g) underwent a training experiment. They were sodium-depleted with furosemide (10 mg/rat, S.C.), and maintained with water and low sodium diet over the next 24 hs. After this period, the rats were submitted to a sodium appetite test, in which they had free access to one bottle with water and another with 1.8% NaCl. The intakes were measured for 2 hs. Next day, the rats were randomly submitted to sham (N=7) or commNTS (N=7) lesions. Three days after surgery, balloons were implanted at the junction of the superior vena cava and right atrium of the rat. One week after the brain lesions, the rats were sodium-depleted with furosemide. The balloon was inflated with 100 µL water, and intakes of water and 1.8% were measured for 2 h. Then the balloon was deflated and intakes were measured for another 2 h. During the training experiment, saline intake in both groups was similar (13±1 mL/2 hs in sham vs. 17±1 mL/2 hs in commNTS-lesioned rats). Inflation of the balloon reduced the intake of 1.8% NaCl both in sham (7±1 mL) and in commNTS-lesioned rats (8±1 mL). After balloon deflation, the cumulative 1.8% NaCl intake during additional 2hs remained attenuated in sham (1±1 mL) or commNTS-lesioned (4±1 mL). Conclusões: The commNTS lesions do not enhance the sodium intake due to the withdrawal of cardiopulmonary receptors inputs. The stimulation of cardiopulmonary receptors may similarly inhibit the sodium appetite either in sham or in commNTS lesioned-rats. 05.108 REDUCED SYMPATHETIC TONUS IN TRANSGENIC RATS WITH LOW BRAIN ANGIOTENSINOGEN. 1Silva, A. Q. G. da; 2Campagnole-Santos, M. J.; 2Santos, R. A. S.; 3Bader, M.; 3Baltatu, O.; 1Fontes, M. A. P. 1Fisiologia UFMG; 2Fisiologia e Farmacologia UFMG; 3Fisiologia e Farmacologia Max-Delbrück Center for Molecular Medicine, Berlin, Alemanha Objetivo: The paraventricular nucleus (PVN) premotor neurons are involved in the maintenance of sympathetic vasomotor tone. Inhibition of PVN neurons with microinjection of the GABAA agonist, muscimol (MUS), decreases mean arterial pressure (MAP) and sympathetic activity. To investigate whether the brain RAS contributes to the maintenance of sympathetic output acting in the PVN, we evaluated the cardiovascular effects produced by inhibition of PVN neurons in transgenic rats with low brain angiotensinogen TGR(ASrAOGEN) (TGR). Métodos e Resultados: Rats were anesthetized with urethane (1.2-1.4 g/kg), and instrumented for recording of MAP, heart rate (HR) and renal sympathetic nerve activity (RSNA). Bilateral microinjections of MUS (1 nmol/100 nl) were made into the PVN of TGR (n=7) or Sprague-Dawley rats (SD, control, n=5). Microinjections of vehicle (saline 0.9%, 100 nl) were also performed in a group of SD rats (n=5). Injections of MUS into the PVN of SD rats caused progressive fall in MAP (-26 ± 7 mmHg) and RSNA (-29 ± 8 %). When compared to the effect produced by MUS into the PVN of SD rats, injections of MUS into the PVN of TGR resulted in an attenuated fall in MAP and RSNA (-14 ± 8 mmHg; -17 ± 15 %, respectively). Strikingly, the fall in HR produced by injections of MUS into the PVN of TGR was smaller in magnitude when compared to the effect observed in SD (TGR -21 ± 7 bpm vs. -68 ± 15 bpm SD; P<0.05). Injections of vehicle into the PVN of SD caused just minor changes in cardiovascular variables (-2 ± 3 mmHg; -10 ± 2 bpm; -8 ± 4 %). Conclusões: Our findings indirectly show that the TGR(ASrAOGEN) present a reduced sympathetic tonus, suggesting a functional role for central Ang peptides in the maintenance of the sympathetic output generated by the PVN neurons. 05.109 POSSIBLE SUPPRESSION OF THE ANTINATRIOREXIGENIC SEROTONERGIC MECHANISM BY ALPHA2-ADRENOCEPTOR ACTIVATION IN THE LATERAL PARABRACHIAL NUCLEUS.

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Andrade, C. A. F.**; de Luca Júnior, L. A.; Colombari, D.S.A.; Menani, J. V. Fisiologia e Patologia UNESP-Araraquara Objetivo: Activation of the α2-adrenoceptors by moxonidine or the blockade of serotonergic receptors with methysergide into the lateral parabrachial nucleus (LPBN) strongly increases, while the activation of the serotonergic 5HT2A/2C receptors with 2,5-dimetoxy-4-iodoamphetamine hydrobromide (DOI) reduces water and 1.8% NaCl intake induced by furosemide (FURO–10 mg/kg) + captopril (CAP–5 mg/kg) sc. In the present study we investigated the effects of the combination of α2-adrenergic and serotonergic agonists and antagonists into the LPBN on FURO + CAP-induced water and 1.8% NaCl intake. Métodos e Resultados: Male Holtzman rats with bilateral stainless steel cannulas implanted in the LPBN were used. Bilateral injections of DOI (5 µg/0.2 µl) into the LPBN inhibited 1.8% NaCl (0.6 ± 0.1, vs. veh.: 3.7 ± 0.8 ml/2 h) and water intake (6.5 ± 1.0, vs. veh.: 10.3 ± 1.7 ml/2 h). Moxonidine (0.5 nmol/0.2 µl) into the LPBN increased 1.8% NaCl (30.5 ± 5.4 ml/2 h) and water intake (21.6 ± 3.2 ml/2 h). Similar to moxonidine alone, 1.8% NaCl and water intake (26.5 ± 6.4 and 15.6 ± 2.4 ml/2 h, respectively) increased if moxonidine and DOI were combined into the LPBN. The ingestion of 1.8% NaCl also increased if methysergide (4 µg/0.2 µl) was injected alone (11.5 ± 3.9 ml/2 h) or combined with RX 821002 (20 nmol/0.2 µl) into the LPBN (13.9 ± 4.7 ml/2 h). RX 821002 alone into the LPBN did not change water and NaCl intake. Conclusões: The results suggest that the activation of the LPBN α2-adrenoceptors inhibits the LPBN serotonergic inhibitory mechanism involved in the control of water and NaCl intake. (**)Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, convênio UFSCAr./UNESP. 05.110 ESTUDO DO EFEITO NEUROPROTETOR DO ESTRÓGENO EM RATAS TRATADAS COM 6-HIDROXIDOPAMINA 1 Matheussi, F.; 2Vaghetti, R; 2Kupper, F.*; 2Haida, V.*; 2Deonizio, J. M. D.*; 2Delattre, A. M.; 3Szawka, R. E.**; 4Anselmo-Franci, J. A.; 2Ferraz, A.C.; 1Fisiologia e Farmacologia UFPR; 2Fisiologia UFPR; 3FMRP-USP; 4FORP-USP Objetivo: A Doença de Parkinson (DP) resulta da degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta (SNc) e afeta mais machos do que fêmeas. O objetivo foi investigar o efeito da reposição estrogênica sobre a liberação de dopamina estriatal em ratas ovariectomizadas com a SNc lesada com 6-OHDA. Métodos e Resultados: A Doença de Parkinson (DP) resulta da degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta (SNc) e afeta mais machos do que fêmeas. O objetivo foi investigar o efeito da reposição estrogênica sobre a liberação de dopamina estriatal em ratas ovariectomizadas com a SNc lesada com 6-OHDA. 41 ratas Wistar adultas foram divididas em 2 grupos experimentais. Os animais foram bilateralmente ovariectomizados e receberam implante subcutâneo de 1 cápsula de Silastic contendo 0.8µl de benzoato de estradiol 5% em óleo (grupo E) ou 1 cápsula de óleo (grupo O). Após cinco dias, os animais foram submetidos à cirurgia estereotáxica com infusão unilateral direita de 6-OHDA (grupo 6-OHDA) ou líquido cefalorraquidiano (grupo SHAM), e ficaram subdivididos em 6 grupos: E/6-OHDA (n=9); O/6-OHDA (n=5); E/SHAM (n=7); O/SHAM (n=7); E/CONTROLE (n=8); O/CONTROLE (n=5). Cinco dias depois os animais foram decapitados, os estriados removidos para posterior quantificação de dopamina (DA) e ácido homovanílico (HVA) por HPLC e o sangue coletado para dosagem hormonal. Os resultados foram analisados pelo teste de Duncan precedido de ANOVA de uma via (critério: p<0,05). A análise estatística revelou que os animais lesionados com 6-OHDA apresentaram diminuição significativa das concentrações de DA ANOVA (F(11,70) = 4,31; p<0,0001) e de HVA ANOVA (F(11,70) = 7,79; p<0,0001) em relação aos demais grupos. Os animais do grupo estrógeno apresentaram níveis estrogênicos compatíveis com fase de pró-estro e estatisticamente diferentes do grupo óleo ANOVA (F(5,35) = 7,09; p<0,0001). Entretanto, a

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depleção de DA (p=0,40) e HVA (p=0,09) não foi atenuada no grupo E/6-OHDA em relação ao O/6-OHDA. Conclusões: Os resultados deste trabalho sugerem que, com a metodologia utilizada, o estrógeno não possui efeito neuroprotetor sobre os neurônios dopaminérgicos da SNc de ratas submetidas a esse modelo de DP. 05.111 AÇÃO DA MELATONINA SOBRE AS CORRENTES MACROSCÓPICAS DE CÉLULA H.Ep.-2 1Medeiros, P. L. de; 2Valença, M. M.; 3Nascimento, S. C.; 4Rodrigues, C. G.; 4Carneiro, C. M. M.; 5Marchioro, M.; 4Barbosa, C. T. D. F.; 1Biologia Celular e do Desenvolvimento UFPE; 2Neuropsiquiatria CCS-UFPE; 3Antibiótico UFPE; 4Biofísica e Radiobiologia UFPE; 5Fisiologia UFS Objetivo: Avaliar os efeitos da melatonina sobre a proliferação celular e a expressão de correntes macroscópicas em células H.Ep.-2, uma linhagem derivada do carcinoma epidermóide da laringe. Métodos e Resultados: Para o estudo da proliferação celular, células H.Ep.-2 (5x104 células/mL) foram cultivadas em Meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM, Sigma) e posteriormente incubadas com melatonina nas concentrações de 1,25; 1,88; 2,50; 3,75; 5,00; 7,50 e 10 µg/mL. 72 horas depois foi adicionado 25 µL de Sal Tetrazólio em PBS (5%) e as placas foram reincubadas a 37o C por mais duas horas. A leitura óptica foi realizada em um leitor automático (3550 BIO-RAD) a 595nm. Observamos que a melatonina não afetou a proliferação das células H.Ep.-2. Os registros eletrofisiológicos foram realizados 72 horas após a adição de melatonina nas seguintes concentrações: 5, 10 e 15 µg/mL, no meio de cultura que foi trocado por solução de Hank balanceada. A técnica eletrofisiológica de patch-clamp foi utilizada para investigar o efeito da melatonina sobre as correntes macroscópicas ativadas por voltagem. Registros eletrofisiológicos, a partir da configuração de célula inteira, demonstraram dois tipos de correntes: o tipo R, caracterizado por uma curva I-V com fraca dependência de voltagem para valores negativos e o tipo S, que mostrou uma forte retificação para esses valores. A melatonina, na concentração de 10 µg/mL, aumentou a amplitude média da corrente macroscópica nas células H.Ep.-2 (n=5) com valores máximos obtidos depois do ajuste gaussiano de 1.808,3 ±175 pA e 948,6±298 pA para as correntes do tipo R e S, respectivamente. A melatonina também modificou a expressão dos tipos R e S de correntes de célula inteira. O tipo R, expressou-se no controle com 37,50% (n=8 células) e nas concentrações de 5, 10 e 15 µg/mL com 100% (n=14), 63,63 (n=5) e 50% (n=5), respectivamente. O tipo S, não foi expresso na concentração de 5 µg/mL e observou-se um decréscimo de sua expressão em 10 µg/mL (36,37%, n=5) e 15µg/mL (50%, n=5), quando comparado ao controle (62,50%, n=5). Conclusões: A melatonina nas concentrações de 1,25 a 10 µg/mL não afetou a proliferação das células H.Ep.-2, mas aumentou a amplitude média das correntes macroscópicas ativadas por voltagem, especificamente, na concentração de 10 µg/mL. A melatonina também modificou a expressão dessas correntes nas concentrações de 5, 10 e 15 µg/mL. 05.112 O RECONHECIMENTO SOCIAL EM RATOS É INFLUENCIADO PELA FASE DO RITMO CIRCADIANO? 1Moura, P. J.; 1Gimenes-Júnior, J. A.**; 2Valentinuzzi, V. S.; 1Xavier, G. F. Fisiologia USP; 2Departamento de Fisiologia, UFRN Objetivo: Avaliar se a memória de reconhecimento social (MRS) em ratos é influenciada pela fase circadiana em que o animal é testado. Métodos e Resultados: Foram utilizados quatro grupos independentes de ratos Wistar, machos, adultos (±8 animais por grupo), mantidos em gaiolas com rodas de atividade monitoradas. A sincronizacao dos animais foi mantida por meio de fotoperíodo esqueleto (dois pulsos de luz intensa de 30min separados por 11h30min de luz tênue). A utilização deste tipo de agente sincronizador permite testar animais em fases circadianas opostas, porém nas mesmas condições de iluminação. Os animais foram submetidos ao teste de MRS envolvendo o paradigma intruso-residente, na qual a exposição

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repetitiva a um intruso familiar produz menor quantidade de comportamentos sociais do que a exposição repetitiva a intrusos novos. Em cada sessão, um filhote de rato foi introduzido na gaiola do rato residente, por 5 minutos, e os comportamentos sociais deste último foram registrados. O experimento envolveu um arranjo 2 x 2, sendo a FASE do ritmo circadiano (ativa, i.e., teste realizado 2 horas após o pulso de luz intensa vespertino, ou inativa, i.e., teste realizado 2 horas após o pulso de luz intensa matutino) um dos fatores e o INTERVALO entre as sessões (30 ou 60 minutos) o outro fator. Foram realizadas 5 SESSÕES por dia, ao longo de 4 dias. No 1o. e 2o. dias o INTRUSO apresentado para cada animal era sempre o mesmo. No 3o. e 4o. dias, os intrusos apresentados para cada animal eram sempre diferentes. A ANOVA revelou diferenças significantes na interação entre os fatores FASE x INTRUSO x SESSÃO x DIA (F4,116=8,06, P<0,0001), FASE x INTERVALO x SESSÃO (F4,116=2,91, P<0,02), INTRUSO x SESSÃO (F4,116=6,7, P<0,001) e no fator INTRUSO (F1,29=114,62, P<0,0001). A inspeção dos resultados mostra, como esperado, que a quantidade de comportamentos sociais direcionados aos INTRUSOS novos foi maior do que aos intrusos familiares, revelando a MRS. Adicionalmente, os dados revelaram que esse efeito foi mais evidente nos animais testados na FASE inativa, particularmente quando o INTERVALO entre as sessões foi de 60 minutos. Conclusões: Os resultados do teste de MRS no paradigma intruso-residente dependem da FASE do ritmo circadiano em que o teste é realizado. 05.113 BLOQUEIO DA ÓXIDO NÍTRICO SINTASE ALTERA A ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS COLINÉRGICO E GLUTAMATÉRGICO NO TECTO ÓPTICO (TEO) DE EMBRIÕES DE PINTOS. Fuga, N. D. B.; Britto, L. R. G. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: O óxido nítrico (NO) tem funções relacionadas com a sinalização espacial, o refinamento e o estabelecimento de conexões sinápticas. Pretendemos avaliar seu papel no TeO de pintos durante o desenvolvimento, por meio do bloqueio da isoforma neuronal da NOS (nNOS). Métodos e Resultados: Foram utilizados ovos fertilizados de Gallus gallus em diferentes estágios embrionários (E). Os animais foram divididos em grupo controle (tratado com água) e grupo experimental (tratado com 7-nitroindazol, 25mg/Kg). Cada animal recebia 3 doses com intervalo de 4 horas. Os embriões foram retirados dos ovos 24 horas após a primeira dose. Os encéfalos foram removidos, fixados, crioprotegidos e cortados. A seguir os cortes foram submetidos a imuno-histoquímica para a subunidade α8 do receptor nicotínico (Covance) e subunidades GluR1 e GluR2/3 dos receptores glutamatérgicos do tipo AMPA(Chemicon). Observou-se, através de análise visual que os animais tratados em E15, marcados para α8, apresentavam a camada profunda do TeO mais marcada que os animais controle. Nestes animais a organização radial característica do TeO parece ter se alterado, com a extensão dos neuritos α8-positivos diminuída. Observou-se também um aumento na expressão de GluR1 nos neurônios da camada 5 (intermediária) e de GluR2/3 na camada 13 (profunda) do TeO. Conclusões: A alteração dos neurônios que expressam α8 parece estar ligada à função do NO no crescimento neuronal e seleção de alvos durante o desenvolvimento. O aumento da expressão de GluR1 e GluR2/3 poderia sugerir um controle do NO sobre a sinalização glutamatérgica durante o desenvolvimento. Ambos os efeitos do NO devem ser indiretos, já que os neurônios que produzem NOS não são os mesmos que expressam essas proteínas. 05.114 O HUMOR POSITIVO FACILITA MOVIMENTOS DE FLEXÃO EM TAREFA DE DETECÇÃO VISUAL 1Souza, G. G. L.; 2Fortes, M. G. P.; 2Oliveira, L. D.; 4Volchan, E. 1Neurobiologia UFRJ; 2Fisiologia UFF; 4IBCCF-UFRJ Objetivo: A flexão do braço associada a estímulos positivos tem sido relacionada a comportamento de aproximação; enquanto a extensão associada a negativos, relaciona-se à esquiva. Investigaremos

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a influência da indução de estados de afeto positivo e negativo sobre o desempenho numa tarefa de detecção visual e sua correlação com movimentos de flexão e extensão. Métodos e Resultados: Participantes (72 mulheres) foram expostas a 3 seqüências de 24 fotos da mesma categoria: negativas (corpos mutilados), positivas (família e bebês) e neutras (objetos). Após o apagar de cada foto, as voluntárias realizavam 12 testes de detecção visual de um alvo central e o tempo de reação (TR) era registrado. Antecipações (<100ms) ou retardos (>1s) eram sinalizados às participantes, assim como os TRs corretos. As participantes preenchiam escalas que medem o traço de afeto positivo e negativo. Metade das participantes realizava a tarefa flexionando o indicador e pressionando uma tecla, e a outra metade, estendendo-o e soltando a tecla. Para a flexão, ocorreu uma aceleração dos TRs (12 ms) durante a estimulação positiva em relação a neutra (p<0,05). No sub-grupo de mulheres com pontuação alta na escala de traço de afeto negativo ocorreu um retardo dos TRs (22ms) durante a estimulação negativa em relação à neutra (p<0,05). Nos experimentos cujas respostas eram dadas pela extensão do dedo não encontramos diferenças significativas nos TRs médios entre as 3 categorias de fotos. Conclusões: A indução de um estado emocional positivo ou negativo parece não afetar a tarefa quando a resposta de detecção é realizada pelo soltar da tecla, sugerindo que esse movimento de extensão do dedo não traduz predisposições afetivas de aproximação ou esquiva. Entretanto, para o apertar da tecla, a indução do humor positivo melhorou o desempenho na tarefa de detecção. Possivelmente a congruência entre a da categoria do estimulo (agradável) e o movimento solicitado (flexão do dedo), além do e reforço positivo (retroalimentação dos testes corretos) promoveram uma ativação do sistema apetitivo facilitando a resposta. O humor negativo pareceu induzir uma predisposição à esquiva retardando significativamente os TRs em participantes com traço de afeto negativo elevado. 05.115 INFLUÊNCIA DO ESTRESSE E DA POSIÇÃO SOCIAL SOBRE A RESPOSTA COMPORTAMENTAL DE CAMUNDONGOS. 1Luiz, C. F.*; 2Perazzolo, L. M.; 3Hackl**; 4Ignácio, Z. M. 1Psicologia UNIVALI; 2Bioquímica UNIVALI; 3Farmacologia do SNC UFSC; 4Psicobiologia UNIVALI Objetivo: O estresse crônico e a posição social são apontados como fatores que interferem nos índices de ansiedade, avaliados em modelos animais. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do estresse psicossocial a partir de protocolos de confrontos agonísticos e da posição social, sobre os índices de ansiedade em camundongos, medidos no labirinto em cruz elevado (LCE). Métodos e Resultados: Camundongos machos Swiss (N = 70), com idade de 120 dias foram submetidos a um protocolo de interação agonística por 12 dias, através da técnica da Caixa de Contato Sensorial (CCS). A partir dos confrontos, os animais foram divididos em três grupos experimentais: dominante (D), subdominante (SD) e submisso (S). Um dia após os protocolos de confrontos, os grupos foram submetidos ao teste e, 24 horas após, ao re-teste no LCE. A resposta no LCE foi comparada entre os grupos experimentais interagentes e com um grupo controle (C). os resultados são expressos pela média ± EPM e o nível de significância foi p < 0,05. Durante o teste, o percentual de entradas nos braços abertos (EA%) dos animais submetidos à interação (INT) (40 ±1) foi maior do que o EA% do grupo controle (50 ± 2). Analisando os grupos submetidos ao estresse de interação social, foi observado que os animais D apresentaram um índice EA% (39 ±2) maior do que os o índice do grupo controle. Com relação aos demais índices avaliados no LCE, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. Estes resultados são consistentes com outros trabalhos, os quais observaram que o estresse provocou redução no EA% do LCE, mas não influenciou outros índices de ansiedade e não foi diferente entre as posições sociais. Conclusões: Trabalhos anteriores de nosso e de outros laboratórios revelaram que os índices basais de ansiedade em animais socialmente dominantes foram maiores do que em animais submissos. Considerando que o percentual de entradas nos braços abertos do LCE foi reduzido nos animais dominantes, é razoável sugerir que animais dominantes são mais susceptíveis aos fatores acionados pelo estresse social sobre alguns índices de ansiedade. Assim, futuras investigações em outros modelos e sobre alguns fatores envolvidos devem ser consideradas. 05.116

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EVIDÊNCIAS COMPORTAMENTAIS E NEUROFARMACOLÓGICAS DE QUE A SEROTONINA PERMEIA A BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA EM CODORNAS (COTURNIX JAPONICA). Polo, P. A.; Reis, R. O.**; Cedraz-Mercez, P. L.*; Lima, H. R. C.*; Medeiros, M. A.; Côrtes, W. S.; Reis, L. C. Ciências Fisiológicas UFRRJ Objetivo: Obtenção de evidências comportamentais e neurofarmacológicas da permeabilidade da barreira hematoencefálica (BBB) à serotonina (5-HT) administrada sistemicamente em codornas. Métodos e Resultados: Foram utilizadas codornas, machos, pesando 140-175 g, acondicionadas em gaiolas individuais, com controle do ciclo claro:escuro e oferta ad libitum de água e alimento. Foram constituídas duas séries de estudo. Numa primeira série, 5-HT foi administrada nas doses de zero-1000 µg/kg, sc (N = 9 para cada grupo). Na outra série, salina (0,1 mL/100 g) ou os antagonistas serotoninérgicos de receptores 5-HT2C, LY53857 e 5-HT2A, quetanserina (KET, 3 e 6 mg/kg, sc, para ambas as drogas) foram administrados 30 min antes da 5-HT (500 µg/kg, sc) (N = 7 para cada grupo). A administração de 5-HT (250-1000 µg/kg) eliciou uma seqüência de eventos comportamentais relacionada com o sono, avaliada em freqüência/30 min. As etapas preparatórias do sono iniciaram-se com o eriçamento das penas (EP, controles: 1,7±0,2 vs 5-HT: 44,9±7,5 vs LY53857+5-HT: 7,9±1,8), movimentos orais rápidos (MOR, controles: 1,7±0,1 vs 5-HT: 72,7±18,5 vs LY53857+5-HT: 6,3±1,7), piscar (P, controles: 0,05±0,001 vs 5-HT: 35,3±9,3 vs LY53857+5-HT: 37±17,1) e fechamento das pálpebras (FP), agachamento e sono, para a dose de 500 µg/kg. Administração de LY53857 reduziu significativamente os episódios de EP e MOR mas sem alterar a freqüência de P e FP. Tratamento com KET não afetou quaisquer das respostas evocadas pela 5-HT. Conclusões: Os resultados obtidos mostraram que diferentemente de mamíferos, a 5-HT permeia a BBB e ativa mecanismos de indução do sono em codornas. Estudos com antagonistas serotoninérgicos evidenciaram que a maior parte das ações da 5-HT, como EP e MOR, foi decorrente de excitação de receptores 5-HT2C enquanto P e FP possivelmente requerem outros subtipos de receptores. 05.117 ESTUDO DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO MATERNAL APÓS PROVOCAÇÃO SOCIAL. 1Veiga, C. P. da; 1Hoyer, C. P.*; 1Lucion, A. B.; 2Almeida, R. M. M. D.; 1Biociências UFRGS; 2Neurociências UNISINOS Objetivo: A provocação social é um modelo experimental usado para aumentar o comportamento agressivo (Behav Neural Biol 58:120, 1992). Estudos com roedores machos mostraram que a provocação social pode gerar intensos níveis de agressividade (Psychopharmacology 146:391, 1999; Neuropsychopharmacology 272:171, 2002). É bastante escassa a pesquisa sobre a agressividade com fêmeas, pois a maioria dos estudos é feita com machos. O objetivo do trabalho foi verificar se em ratas pós-parto a provocação social aumenta o comportamento agressivo. Métodos e Resultados: Foram utilizadas 12 ratas fêmeas Wistar com 90 dias de idade (200-250g) e 24 machos como intrusos com 60 dias de idade (200-230g). As fêmeas foram divididas em dois grupos: 1) Provocação Social (PS, n=12) e Não Provocadas Socialmente (NPS, n=12). A provocação social foi realizada no quinto dia pós-parto das fêmeas experimentais, com auxílio de uma gaiola onde foi colocado um macho por cinco minutos dentro da caixa das fêmeas residentes. As residentes tipicamente ameaçavam o provocador social, protegido pela gaiola. Após este procedimento, imediatamente foi introduzido um rato macho (intruso e oponente). Cada teste comportamental durava dez minutos. O comportamento das fêmeas residentes foi registrado em fita de vídeo por dez minutos, usando filmadora. O comportamento agressivo de morder foi analisado por um observador treinado. Os resultados foram expressos pela média das freqüências de mordidas (±EPM) comparadas entre os grupos PS (12,33 ± 6,19) e NPS (9,08 ± 3,47), usando o teste t de Student. A freqüência de mordidas foi estatisticamente significativa, quando comparada entre os 2 grupos p<0,05. Conclusões:

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Os resultados obtidos demonstram que o modelo experimental de provocação social utilizado mostrou ser capaz de aumentar o comportamento agressivo das ratas estudadas, sendo que não foi verificado nenhum aumento de outros comportamentos, tais como: alimentar, sexual ou motor. 05.118 INFLUÊNCIA DE RESTRIÇÃO ALIMENTAR NO CICLO VIGÍLIA-SONO DE RATOS Alvarenga, T.; Andersen, M. L.; Papale, L. A.*; Antunes, I. B.**; Tufik, S. Psicobiologia UNIFESP Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar o padrão de sono de ratos submetidos à RA desde o desmame. Métodos e Resultados: A partir do desmame, ratos machos Wistar foram distribuídos em 2 grupos: a) mantido com ração ad libitum (n=10) e b) submetidos a RA (n=10) (6 gramas diárias de ração/animal). Essa quantidade de ração foi aumentada em 1g/semana até totalizar 15 gramas na 12a semana de vida do animal. Após a implantação de eletrodos os animais tiveram seu padrão de sono registrado durante 3 dias consecutivos. A comida foi oferecida no início do período claro (às 7 horas). Durante o período claro, a RA reduziu significativamente a eficiência de sono, tempo total de sono de ondas lentas e de sono paradoxal em comparação ao grupo mantido com ração fornecida ad libitum. Os animais submetidos a 60 dias de RA apresentaram ainda um aumento de 611% para a latência de sono (25,2±8,5 vs. 154,0±12 min) e 167,5% para o inicio do sono paradoxal (21,9±3,4 vs. 58,6±3 min) em relação ao grupo ad libitum. Durante o período escuro, houve um aumento da eficiência de sono causado pelo aumento do tempo despendido em sono de ondas lentas e de sono paradoxal nos animais restritos de comida em relação ao grupo controle. Conclusões: Nossos resultados demonstram que a RA acarretou marcantes alterações na distribuição do ciclo vigília-sono em ratos em virtude do aumento do tempo de sono durante o período escuro e diminuição durante a fase clara, efeito oposto ao padrão normal apresentado por esses animais. Mais estudos são necessários para esclarecer os mecanismos envolvidos na inversão do ciclo vigília-sono em ratos submetidos a condições de RA. 05.119 ASSIMETRIA INTERLATERAL NA CAPACIDADE DE ORIENTAÇÃO DA ATENÇÃO VISUOESPACIAL VOLUNTÁRIA EM UMA TAREFA DE TEMPO DE REAÇÃO SIMPLES. Barros, B. A. D. C.; Ribeiro-do-Valle, L. E. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Neste estudo, examinamos a possibilidade de existir uma assimetria interlateral no curso temporal da orientação da atenção voluntária. Métodos e Resultados: Foram testados 12 homens, destros, com visão normal ou corrigida. Eles realizaram 2 sessões de tentativas em dias separados. A primeira sessão (treino) era composta de 1 bloco de 72 tentativas e a segunda sessão (prova) era composta de 6 blocos de 72 tentativas. Cada teste iniciava com o aparecimento de um ponto preto central (PF) e dois anéis cinzas dispostos 9° à esquerda e à direita do PF. Em seguida, aparecia no local do PF um estímulo pista (E1), que consistia em uma seta indicando o lado direito ou o lado esquerdo do espaço visual, ou duas setas indicando ambos os lados do espaço visual, durante 100, 300 e 500 ms. O voluntário deveria orientar voluntariamente a atenção de acordo com a indicação da seta. Após este período, desaparecia o E1 e apareciam simultaneamente um estímulo alvo (E2) e um estímulo distraidor (D) contralateral, durante 34 ms. Para 50 % dos voluntários o E2 era uma linha vertical e o D uma linha horizontal e para os outros 50 % o oposto. O E1 poderia indicar corretamente (válido), incorretamente (inválido) ou não indicar (neutro) a posição do E2. Os voluntários deveriam responder, o mais rápido possível, com o dedo indicador da mão correspondente ao lado em que o E2 aparecesse. Para todas as durações do E1, o tempo de reação foi menor para o lado direito do que para o lado esquerdo do espaço visual para o E1 válido (média ± epm 365 ± 22 e 388 ± 18, respectivamente) [p = 0,014] e não houve diferença significativa entre os lados direito e esquerdo do espaço visual para o E1 inválido (média ± epm 435 ± 17 e 426 ± 21, respectivamente) [p = 0,252]. Conclusões: A orientação da atenção voluntária evolui de modo semelhante entre os dois lados havendo uma assimetria interlateral favorecendo o lado direito do espaço visual.

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05.120 RELAÇÃO DA PROGESTERONA COM O COMPORTAMENTO DE ANSIEDADE DE FÊMEAS LACTANTES. 1Silveira, J. F. M*; 1Rabaioli, D.*; 1Stein, D. J.*; 1Sousa, F. L.; 2Lucion, A. B.; 2Giovenardi, M.; 1Neurociências, UNISINOS; 2Departamento de Fisiologia, UFRGS Objetivo: Analisar os níveis de ansiedade de ratas lactantes que apresentam altos níveis de comportamento agressivo e verificar se a administração do antagonista dos receptores da progesterona (RU486) altera a ansiedade de fêmeas no período pós-parto. Métodos e Resultados: Os animais foram divididos em 2 grupos: grupo 1, recebeu injeção de óleo (0,3 ml; N=11) no 6º dia pós-parto e 6hs após foi testado seu comportamento agressivo. Passados 2 dias, no 8º dia pós-parto, o mesmo animal recebeu injeção de óleo e foi testado no campo aberto. O grupo 2, recebeu injeção do antagonista da progesterona (RU 486) na dose de 2,0 mg/0,3 ml/rato (N=9) no 6º dia pós-parto e 6hs após foi testado seu comportamento agressivo. Passados 2 dias, no 8º dia pós-parto, o mesmo animal recebeu injeção de óleo e foi testado no campo aberto. A administração do óleo ou da droga foi subcutânea. O teste do comportamento agressivo maternal foi registrado por 10 min e os comportamentos analisados foram: postura agressiva, boxear, ataque lateral, ataque frontal e morder o intruso. O comportamento de ansiedade foi medido pelo teste do campo aberto por 5 min e os comportamentos analisados foram: atividade exploratória no centro e lateral do instrumento, “rearing”, ”freezing”, escanear. A média das freqüências dos comportamentos (agressivos e ansiedade) (±E.P.M.) foram comparadas por um teste t de Student (p<0,05). Ratas que receberam RU486 no 8° dia pós-parto apresentaram um aumento significativo na freqüência (6,2±1,0) e no tempo de permanência (27,1±8,9) no centro do campo aberto quando comparadas ao grupo controle (3,2±0,9; 10,1±8,1, respectivamente). Conclusões: O bloqueio dos receptores da progesterona provocou o aumento da atividade exploratória das fêmeas no campo aberto, o que indica diminuição da ansiedade. Estes resultados sugerem que a progesterona modula o comportamento de ansiedade/medo em ratos. 05.121 ESTUDO DA AÇÃO DOS HORMÔNIOS GONADAIS SOBRE A DENSIDADE DE ESPINHOS DENDRÍTICOS NA AMÍGDALA MEDIAL PÓSTERO-DORSAL DE RATAS. 1de Castilhos, J.; 1Achaval, M.; 2Rasia-Filho, A. A.; 1Ciências Morfológicas UFRGS; 2Ciências Fisiológicas FFFCMPA Objetivo: Estudar a ação dos esteróides sexuais na densidade de espinhos dendríticos na amígdala medial póstero-dorsal (MePD) de ratas ovariectomizadas e se sua ação pode ser mediada pelos receptores do tipo NMDA. Métodos e Resultados: Ratas Wistar adultas (n = 6 por grupo) foram ovariectomizadas e injetadas com veículo oleoso (“O”; 0,1ml s.c.); benzoato de estradiol (“BE”; 10µg/0,1ml s.c.); BE e progesterona (“BE+P”; 10µg/0,1ml e 500µg/0,1ml s.c.), e, adicionalmente, BE e salina (“BE+S”; 10µg/0,1ml s.c. e 0,2 ml i.p.) e BE e LY235959, antagonista dos receptores NMDA (“BE+LY”; 10µg/0,1ml s.c. e 3mg/Kg i.p.). Os animais foram anestesiados e submetidos à técnica de Golgi. Os espinhos presentes nos primeiros 40 µm dendríticos foram desenhados com auxílio de uma câmara clara e microscópio óptico (1000X). Cada animal teve 8 ramos dendríticos selecionados, um por neurônio, perfazendo 48 ramos ao total em cada grupo. Os valores obtidos foram submetidos a uma ANOVA de uma via e ao teste post hoc de Bonferroni (primeiros 3 grupos) ou ao teste “t” de Student não-pareado (últimos 2 grupos), ambos com α = 5%. Os resultados indicaram que os grupos com O, BE e BE+P apresentaram uma diferença estatisticamente significante entre si [F(2,143) = 104,24; p < 0,001]. Os grupos BE e BE+P (média ± epm = 1,91 ± 0,04 e 2,67 ± 0,05, respectivamente) apresentaram maior densidade quando comparados ao grupo controle (1,60 ± 0,05; p < 0,001). Nos grupos BE+S e BE+LY, a densidade de espinhos dendríticos diminuiu no grupo que recebeu o antagonista glutamatérgico (2,02 ± 0,04) em relação ao que recebeu salina (2,15 ± 0,04; p = 0,04). Conclusões:

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A densidade de espinhos dendríticos na MePD é afetada pelos hormônios gonadais, sendo que a progesterona potencializa o efeito do estradiol. E este parece exercer seu efeito, pelo menos em parte, via receptores NMDA. 05.122 EFEITOS COMPORTAMENTAIS DE INJEÇÕES SISTÊMICAS DE 8-OH-DPAT (8OH) EM POMBOS (COLUMBA LIVIA). Santos, M. M. D.; Araújo, B. B.**; Silva, E. S. da**; Felisbino, M. B.*; Herdt, M. A.*; Faria, M. S.; Paschoalini, M. A.; Marino-Neto, J. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Examinar os efeitos ingestivos e comportamentais de injeções sistêmicas de 8OH em pombos em dois períodos do período claro do ciclo claro-escuro caracterizados por baixo consumo de comida (E1, entre 11 e 14 h) ou por alta atividade ingestiva (E2, entre 15 e 19h). Métodos e Resultados: Pombos (machos, 350-450g) receberam injeções de 8-OH-DPAT (i.m., nas doses de 0,06 [A], 0,2 [B], 0,6 [C] e 2 [D] mg/Kg) ou de veículo [VE: ac. ascórbico 5% em NaCl 0,9%] na hora inicial de E1 (n=6) ou de E2 (n=6). A ingestão de alimento e de água foi registrada na 1ª, 2ª, 3ª e 24ª horas após a injeção. A duração, a freqüência e a latência de comer ração (CO), beber água (BE), sono (SO), alerta (PA),exploração do ambiente (EX), locomoção (LO) e auto-limpeza (AL) foram registrados durante a 1ª h. O tratamento com o 8OH provocou em E1, de forma dose-dependente, uma redução significante na ingestão de alimentos na 1ªh (C:0,0±0,5g D:0,1±0,6g VE:2,3±0,4g n=8), na 2ªh (A:0,36±0,25g B:0,11±0,06g C:0,28±0,28g D:0,61±0,38g VE:1,82±0,31g), e em 24 horas (A:19,78±1,27g B:19,41±2,04g C:15,80±1,53g D:15±2,00g VE:25,97±1,77g). A ingestão de água foi reduzida proporcionalmente à da comida em E1 e E2. Em E2, houve redução na quantidade de alimentos ingerida na 1ªh (A:1,18±0,40g B:0,51±0,33g C:0,30±0,03g D:0,75±0,075g VE: 2,35±1,20g n=8) e nos períodos subseqüentes de registro. Em ambos os períodos de registro, ocorreu redução significante na duração e freqüência dos comportamentos ingestivos, e na atividade exploratória (e.g., em E1= A:793 ±78s B:974 ±110s C:755 ±180s D:460 ±199s VE: 1513±153s), além de aumento no tempo total de sono (e.g., em E1=A:1297±304s B:1691±151s C:2018±295s D:2415±262s VE:310±84). Estes efeitos foram acompanhados por redução significante na latência para o sono e por aumento na latência para os comportamentos ingestivos. Conclusões: Estes dados sugerem que 1) o efeito hipofágico pode estar relacionado a um efeito hipnogênico do 8OH; 2) tal efeito deve ser iniciado por ação periférica do 8OH:sua injeção central (ICV ou intra-rafe) em pombos afeta pouco a ingestão de alimentos ou o sono, e aumenta a ingestão de água); 3) E2 é mais sensível que E1 aos efeitos hipofágicos/hipnogênicos do 8OH, sugerindo mudanças na atividade de circuitos serotonérgicos ao longo do dia. 05.123 EFEITOS COMPORTAMENTAIS E INGESTIVOS DA MICROINJEÇÃO DE 8-OH-DPAT NO NÚCLEO ARQUEADO OU NO HIPOTÁLAMO LATERAL EM RATOS SUBMETIDOS A RESTRIÇÃO ALIMENTAR. Araújo, B. B.; Aquino, V. W.*; Fabrin, C*; Heerdt, M.*; Silva, E. S. da**; Santos, M. M. D.**; Faria, M. S.; Paschoalini, M. A.; Marino-Neto, J. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Investigar a possível participação de receptores serotonérgicos, em particular os receptores 5-HT-1A identificados no n. arqueado do hipotálamo (ARC) ou no hipotálamo lateral (LH), no controle do consumo de alimentos, através da administração local de 8-OH-DPAT. Métodos e Resultados: Ratos (Wistar machos, 220-250 g) foram implantados cronicamente com uma cânula guia no ARC ou no LH. Após 72 horas, foram submetidos a restrição alimentar por 4 dias (15g/animal/dia); no 5º dia de restrição estes animais receberam microinjeções de 200 nl de 8-OH (1,6 nmol) ou veículo (5% ac. Ascórbico em salina 0,9%) no ARC ou LH. Após a microinjeção, o animal recebeu 15g de alimento durante 30 min. Ao final do experimento, o animal foi sacrificado e retirado seu cérebro para análise histológica, sendo somente considerados os resultados das microinjeções que atingiram o ARC ou o LH. A microinjeção de 8-OH, tanto no ARC quanto no LH, não foi capaz de alterar significativamente a ingestão de alimentos (ARC: 2,57 ± 0,24g; n=5. LH:

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2,3 ± 0,12g; n=7) nem provocar alterações comportamentais, quando comparado com os resultados da microinjeção de veículo (ARC: 2,11 ± 0,18g; n=6. LH: 2,18 ± 0,07g; n=8). Conclusões: Estes dados sugerem que a ativação de receptores 5-HT1A no ARC ou no LH de ratos restritos de alimento não foi capaz de provocar alterações comportamentais e ingestivas significantes. Uma vez que injeções sistêmicas ou intra-rafe de 8-OH em ratos saciados leva a um aumento da ingestão de alimentos, estes dados podem indicar que mudanças nos circuitos serotonérgicos (na atividade de receptores 5HT1A em particular) do hipotálamo podem ser induzidas pela restrição alimentar em ratos. 05.124 EFEITOS COMPORTAMENTAIS E INGESTIVOS DA MICROINJEÇÃO DE METERGOLINA NO NÚCLEO ARQUEADO OU NO HIPOTÁLAMO LATERAL EM RATOS SUBMETIDOS A RESTRIÇÃO ALIMENTAR. Aquino, V. W.*; Araújo, B. B.; Heerdt, M.*; Silva, E. S. da**; Santos, M. M. D.**; Faria, M. S.; Paschoalini, M. A.; Marino-Neto, J. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Investigar a possível participação de receptores serotonérgicos, identificados no n. arqueado do hipotálamo (ARC) ou no hipotálamo lateral (LH) no controle do consumo de alimentos, através da administração local de metergolina, um antagonista não-seletivo de receptores 5-HT1/2. Métodos e Resultados: Ratos (Wistar machos, 220-250g) foram implantados cronicamente com uma cânula guia no ARC ou no LH. Após 72h, foram submetidos a restrição alimentar por 4 dias (15g/animal/dia); no 5º dia de restrição estes animais receberam microinjeções de 200 nl de MET (20 nmol) ou veículo (5% ac. Ascórbico em salina 0,9%) no ARC ou LH. Após a microinjeção, o animal recebeu 15g de alimento durante 30 min. Ao final do experimento, o animal foi sacrificado e retirado seu cérebro para análise histológica, sendo somente considerados os resultados das microinjeções que atingiram o ARC ou o LH. A microinjeção de MET tanto no ARC quanto no LH provocou diminuição significante na ingestão de alimento (ARC:1,54±0,09g; n=6. LH:1,66±0,24g; n=9) quando comparado com o veículo (ARC: 2,11±0,18g; n=6. LH: 2,18±0,07g; n=8), além de redução significante na duração da ingestão (ARC: 879,5 ± 68s; n=6. LH:746,8 ±118,6 s; n=7) comparado com o veículo (ARC:1151,5±83s; n=6. LH:1088±84,2s; n=6). Além disso, as microinjeções de MET no ARC provocaram aumento na duração da exploração do ambiente (EX), manutenção (M) e exploração vertical (rearing, R) (EX:441±27,8s; n=6. M:138,8± 53,2s; n=6. R:70±15s; n=6) em relação aos animais controle (EX:258,5±54,8s; n=6. M: 4,5±1,4s; n=6. R:26,2±5,3s; n=6). Conclusões: Estes dados demonstram que o bloqueio de receptores 5-HT1/2 no ARC ou no LH de ratos restritos de alimento provoca aumento na atividade exploratória/locomotora e diminuição na ingestão de alimento. Uma vez que injeções centrais de MET em animais saciados provocam efeitos hiperfágicos (opostos aos observados no presente experimento), estes resultados indicam que a restrição alimentar de curto prazo provoca mudanças importantes na atividade de receptores e circuitos serotonérgicos em ratos. 05.125 APRENDIZAGEM SENSÓRIO-MOTORA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM PRÉVIA PARA NOVAS HABILIDADES. 1Heinz, G.; 2Mota, A. M.**; 2Silva, K. C.**; 2Baldo, M. V. C.; 2Ribeiro-do-Valle, L. E.; 3Piemonte, M. E. P. 1Anatomia ICB III-USP; 2Neurofisiologia USP; 3Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional USP Objetivo: Verificar a capacidade de pacientes com Doença de Parkinson transferirem a aprendizagem obtida através do treinamento de uma seqüência específica de movimentos de oposição de dedos para uma seqüência inédita, envolvendo os mesmos componentes motores. Métodos e Resultados: Este estudo verificou o desempenho motor, em termos de velocidade e acurácia, de uma seqüência de 5 movimentos envolvendo a oposição de dedos (ST), antes e 5 minutos depois de uma única sessão de treinamento com a mão não dominante, com 20 minutos de duração, em 10

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pacientes com DP, 5 no estágios 1, 3 no estágio 1,5 e 2 no estágio 2 de evolução da doença conforme o estadiamento de Hoehn e Yahr, 8 mulheres e 2 homens, com idade média de 65,9 anos (DP+6,22), em período ON da medicação dopaminérgica. Imediatamente após a reavaliação da ST foi avaliado o desempenho para uma seqüência inédita de movimentos (SVT), antes e 5 minutos depois de um novo bloco de treinamento, exatamente nas mesmas condições anteriores. O desempenho nas duas seqüências foi reavaliado 24 horas após o término do ultimo bloco de treinamento. Foram ainda realizados testes para avaliação da atenção visual automática e voluntária por meio de medidas do tempo de reação simples. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do HCFMUSP.Os pacientes com DP apresentaram melhora significativa do desempenho nas duas seqüências após o treinamento (ANOVA, p<0,013), correlacionada inversamente com a idade e o estágio de evolução da DP (Coeficiente de Correlação de Pearson, p<0,05), e diretamente correlacionado com o desempenho no teste de atenção automática (Coeficiente de Correlação de Pearson, p<0,030) O desempenho inicial, 5 minutos e 24 horas depois do treinamento foi significativamente superior para a SVT em comparação a ST (ANOVA, p<0,009) e diretamente correlacionado com a aprendizagem obtida na seqüência previamente treinada (Coeficiente de Correlação de Pearson, p<0,001). Conclusões: Pacientes com DP são capazes de aprender uma nova habilidade motora e de transferir a aprendizagem previamente obtida para novas habilidades que envolvam os mesmos componentes sensórios-motores. 05.126 MICROINJEÇÃO DE NORADRENALINA NO NÚCLEO MEDIANO DA RAFE PREJUDICA A AQUISIÇÃO DE ESQUIVA NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Lucinda, A. M; Meneghini, L.**; Maidel, S.; Borges, F. R. M.**; Marino-Neto, J.; Paschoalini, M. A.; Faria, M. S. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Tem sido demonstrado que neurônios serotonérgicos localizados no núcleo mediano da rafe (MRn) são importantes para modulação da ansiedade. A atividade desses neurônios parece ser regulada por múltiplos sistemas neurotransmissores, dentre eles a noradrenalina (NA), liberada por aferências do locus coeruleus ao MRn. O presente estudo teve como objetivo avaliar a aquisição de esquiva em ratos submetidos ao Labirinto em Cruz Elevado (LCE), um modelo animal de ansiedade, após microinjeção de NA no MRn. Métodos e Resultados: Ratos (Rattus norvegicus) Wistar machos adultos (250- 270g) com cânula guia cronicamente implantada no MRn (n=4) foram microinjetados com NA (20nM; volume 200nl) no MRn durante 1 minuto, através de uma agulha injetora introduzida na cânula guia e excedendo seu comprimento em 1,4mm. Após 10 min., os animais foram submetidos a uma primeira exposição de 5 min. no LCE (E1), sendo re-expostos pelo mesmo período após 24 horas (E2). Para a confirmação do local da injeção, os animais foram profundamente anestesiados e perfundidos com salina 0,9% e em seguida com formol 10%. Os cérebros foram removidos e submetidos a microtomia para posterior análise histológica. Os animais cujos pontos de injeção se localizaram fora do MRn foram utilizados como controle (área não serotonérgica, grupo ANS). Resultados: O grupo ANS exibiu significativa diminuição na % de entrada (E1= 30,7± 7,7 e E2= 6,2± 4,3) e na % de tempo nos braços abertos (E1= 18,5± 5,5 e E2= 1,5± 1,3) entre E1 e E2, o que é indicativo de efetiva aquisição de esquiva. Ao contrário, o grupo microinjetado com NA no MRn exibiu uma diminução na % de entrada (E1= 31,6± 4,7 e E2= 13± 5,2) e de tempo nos braços abertos (E1= 9,9± 4,0 e E2= 3,5± 1,9) em E1 e E2. A microinjeção de NA no MRn ou em ANS não alterou de forma significativa o número de entradas nos braços fechados entre E1 e E2, demonstrando que não houve prejuízo na atividade locomotora dos animais. Conclusões: Embora o tamanho da amostra seja pequeno, esses dados preliminares sugerem que a microinjeção de NA (20nM) no MRn pode induzir um efeito do tipo ansiolítico, caracterizado por prejuízo na aquisição de esquiva dos braços abertos no LCE. 05.127

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DIPIRONA E FENOBARBITAL: EFEITO ANTICONVULSIVANTE EM DOIS MODELOS DE CRISES TÔNICO-CLÔNICAS GENERALIZADAS. Doretto, M. C.; Pimenta N. J. G.**; Massensini, A. R.; Moraes, M. F. D. Fisiologia e Biofísica UFMG Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar o efeito anticonvulsivante da dipirona (DIP) com o fenobarbital (FB), agente de primeira linha no tratamento de epilepsias, em dois modelos de crises tônico-clônicas generalizadas: a crise audiogênica aguda (CAA) em ratos geneticamente selecionados (WARs) e crises induzidas por eletrochoque (EC) em ratos normais. Métodos e Resultados: As CAA foram induzidas por estímulos sonoros (120 dB SPL) e as EC por estímulos elétricos de 70mA, 60 Hz, 1 segundo, através de eletrodos auriculares e avaliadas por escalas de severidade apropriadas e por videoeletroencefalografia. Os registros de EEG, realizados em animais acordados,através de eletrodos cronicamente implantados no córtex (CX), na amígdala (AMI) e no colículo inferior (CI) foram avaliados pela duração da pós-descarga (PD). Foi considerado efeito anticonvulsivante das drogas, o bloqueio do componente tônico das crises. No modelo do EC o FB 10mg/kg bloqueou as crises em 83% dos animais e em doses de 20 e 40 mg/kg, em 100%. DIP em doses de 300, 400 e 500 mg/kg promoveu bloqueio em 100% dos animais. No modelo da CAA somente a dose de 40mg/kg de FB foi efetiva em bloquear as crises em 100% dos animais. DIP em doses de 300 e 400 mg/kg suprimiu as crises em 50% dos animais e em doses de 500 mg/kg em 83%. O bloqueio das crises motoras no EC foi seguido de diminuição da PD em animais tratados com FB 20 mg/kg e aumento da PD nos tratados com DIP 300 mg/kg. . Nas CAA não houve diferença significativa na PD entre os animais tratados com DIP ou FB, apesar do bloqueio na expressão motora das crises. Conclusões: Tais achados permitem concluir que: 1. Doses mais altas de anticonvulsivantes são necessárias para bloquear as CAA; 2. No EC a DIP apresenta efeito semelhante ao do FB no bloqueio comportamental das crises, sem entretanto diminuir a PD como esperado. Estes resultados não invalidam a DIP como um agente anticonvulsivante, visto que outros compostos anticonvulsivantes de primeira linha, como a carbamazepina que bloqueia a expressão motora das crises ao mesmo tempo em que promove aumento da PD. 05.128 LESÃO DO NÚCLEO PARATRIGEMINAL (PA5) ATENUA O BARORREFLEXO. Sousa, L. O.**; Alioto, O. E.**; Lindsey, C. J. Biofísica UNIFESP Objetivo: Evidências indicam que o Pa5 tenha participação nos mecanismos fisiológicos cardíacos e vasculares. O presente trabalho avaliou, em animais com ou sem lesão do Pa5, as respostas barorreflexas frente a estímulos pressores e hipotensores. Métodos e Resultados: Lesão bilateral do Pa5 (Pa5X): (injeções de ácido ibotênico 0,15µg/1,5µl) em 8 ratos Wistar adultos; controle I (CI): 8 animais apenas com implante de catéteres; controle II (CII): 6 animais com catéteres e craniotomia sem lesão do Pa5. Após 3 dias, as respostas pressora e hipotensora foram avaliadas, através da administração endovenosa de doses crescentes de fenilefrina (Phe) e nitroprussiato de sódio (NPS), respectivamente. A pressão arterial (PA) de repouso foi maior nos animais Pa5X (113 ± 7 mmHg) do que nos animais CI ou CII (100 ± 3 mmHg). Também o efeito médio da Phe sobre a PA foi maior no grupo Pa5X (19 ± 7 a 52 ± 4 mmHg) do que no CI ou CII (13 ± 5 a 33 ± 4 mmHg). Os estímulos pressores, os CI tiveram um índice barorreflexo médio (IB, ∆FC/ ∆PA) entre 2,7 ± 0,4 a 3,8 ± 0,2 e os CII 2,1 ± 0,5 a 3,2 ± 0,3. Já, os Pa5X apresentaram IB entre 1,4 ± 0,4 a 1,8 ± 0,3 frente às diferentes doses de infusão endovenosa de Phe. Diante estímulo hipotensor, os animais CI apresentaram um IB entre 2,9 ± 0,4 a 4,4 ± 0,2, os animais CII entre 2,1 ± 0,5 a 3,6 ± 0,8 enquanto os animais Pa5X apresentaram IB variando entre 2,3 ± 0,6 a 3,2 ± 0,4, frente às diferentes doses de NPS. Conclusões: Os experimentos mostram que o Pa5 tem função na mediação da resposta barorreflexa a aumentos de PA. Isto é evidente tanto pelo efeito da lesão sobre o IB diante de estímulos pressores como também pelo maior efeito causado pela Phe na PA o que denotaria um comprometimento do barorreflexo. Por outro lado, o fato dos animais Pa5X terem PA de repouso

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maior sugere que esta estrutura bulbar tenha função tônica na manutenção da PA dentro dos parâmetros fisiológicos. Aparentemente, o Pa5 não tem participação significante na resposta barorreflexa á quedas de PA. 05.129 SENSIBILIDADE AO CONTRASTE TEMPORAL ACROMÁTICO DE CÉLULAS GANGLIONARES RETINIANAS DO ALOUATTA. 1Saito, C. A.; 1Silveira, L. C. L.; 1da Silva Filho, M.; 2Lee, B. B.; 3Kremers, J. 1Fisiologia, UFPA; 2State University of New York; 3Ophthalmology Novartis Research Center Objetivo: As células ganglionares retinianas das vias M, P e K possuem sensibilidades diferentes para oscilações temporais de luminância: as células M são caracterizadas pela presença de um controle de ganho de contraste, o qual é ausente nas células P e K, ambas respondendo de modo mais linear ao contraste. Avaliamos a resposta temporal das células ganglionares retinianas do macaco guariba, o Alouatta, um primata tricromático neotropical, sem a presença de polimorfismo sexual quanto a visão de cores. Métodos e Resultados: Um Alouatta caraja macho, adulto, foi estudado. Usamos microeletrodos de vidro e metal para obter respostas extracelulares de células ganglionares parafoveais in vivo. O estímulador consistiu de dois LEDs (554 e 638 nm), em fase, para gerar uma oscilação senoidal de luminância em 12 freqüências temporais diferentes, cada uma modulada em 11 contrastes de Michelson diferentes. As células foram classificadas como M, P ou K a partir de suas respostas para pulsos de luminância, assim como para modulações temporais acromáticas e cromáticas. As células M (n=5) mostraram uma alta amplitude de resposta, uma sensibilidade temporal passa-banda, e em contrastes médio e altos, uma saturação na amplitude acompanhada de um avanço de fase da resposta, caracterizando um controle de ganho de contraste. As células P (n=2) e K (n=1) foram menos responsivas para o contraste, com uma sensibilidade temporal passa-baixa e ausência de controle de ganho de contraste; a célula K foi mais sensível que as células P. Quando comparadas às suas contrapartes no Cebus tricromata e no Macaca, as células do Alouatta apresentaram uma menor sensibilidade em freqüencias temporais medias, mas mostraram freqüências de fusão similares às encontradas nestes outros primatas (M: 78,12 Hz; P: 48,07 Hz; K: 57,47 Hz). Conclusões: Os resultados estão de acordo com estudos mostrando que estas três vias retino-geniculo-corticais são semelhantes entre os primatas do Velho e do Novo mundo. 05.130 EVIDÊNCIAS DA ATIVIDADE TRÓFICA DE CÉLULAS DA MEDULA ÓSSEA SOBRE A SOBREVIVÊNCIA E REGENERAÇÃO DE NEURÔNIOS E PROCESSOS NEURONAIS. Resende, V. T. R. D.; Mendez, R. D. M. B.*; Esteves, C. O.*; Cabral da Silva, M. C.**; Reis, R. A. M.; Carvalho, A. C. C. D.; de Mello, F. G.; Mendez-Otero, R. IBCCF-UFRJ Objetivo: Diversos trabalhos têm correlacionado a liberação de fatores tróficos por diferentes populações celulares e seus efeitos na sobrevivência e regeneração de neurônios do Sistema Nervoso central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). Estudos recentes têm demonstrado que células precursoras derivadas da medula óssea possuem alta capacidade de diferenciação e secreção de fatores tróficos para a matriz extracelular. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial das células mononucleares da medula óssea de aumentar a sobrevivência e a regeneração dos neurônios sensitivos do gânglio da raiz dorsal (GRD) (L4 e L5) e motoneurônios (L4 a L6) cujos axônios são enviados para o nervo ciático, utilizando um traçador axonal. Procuramos ainda avaliar, in vitro, a existência de atividade trófica proveniente das células da medula óssea sobre culturas de neurônios simpáticos de embriões de pinto. Métodos e Resultados: Ratos Lister machos adultos jovens foram profundamente anestesiados e tiveram seus nervos ciáticos expostos, transeccionados e conectados a um tubo de polietileno (7mm). Nos animais experimentais, o interior do tubo (gap=4mm) foi preenchido com células da medula óssea em Matrigel (1:3) e os controle receberam apenas Matrigel em PBS 10mM. Após 40 dias, um cristal de DiI foi inserido à 4mm do tubo, no coto distal do nervo transeccionado. Após seis semanas os animais foram perfundidos e o GRD, medula e nervo ciático removidos. Para experimentos in vitro,

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o meio condicionado (MC 72h) de culturas confluentes de células mesenquimais foi adicionado em culturas de neurônios simpáticos de pinto (E10). Cortes de tecido e culturas fixadas foram processados para imunohistoquímica com anti-NF200 e os núcleos celulares corados com DAPI e To-Pro. A microscopia de fluorescência revelou que a densidade de axônios presente no coto distal dos nervos experimentais foi maior do que nos animais controle. Análises confocal demonstram que neurônios do GRD, pequenos, médios e grandes e motoneurônios enviaram seus axônios para o coto distal em ambas as condições experimentais. O número de neurônios DiI+ no GRD (L4 e L5) e motoneurônios é significativamente (20%, 18% e 14%) maior em animais que receberam células derivadas de medula óssea. O MC foi capaz de aumentar a sobrevida e a neuritogênese de mais de 90% de neurônios simpáticos em cultura após 48h, enquanto que menos de 5% de neurônios mantidos em meio controle (DMEM) sobreviveram nesse período. Conclusões: Fatores tróficos secretados pelas células mesenquimais podem estar contribuindo para sobrevivência e a regeneração de neurônios do GRD, independentemente de sua morfologia. Os mesmo fatores podem estar contribuindo para regeneração axonal de motoneurônios. 05.131 RECEPTORES 5-HT1A E 5HT2 DA AMÍGDALA BASOLATERAL E MODULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE IMOBILIDADE TÔNICA EM COBAIAS. 1Ferraresi, A. A.*; 1Terzian A. L. B.*; 3 Menescal-de-Oliveira, L.; 1Leite-Panissi, C. R. A.; 1Morfologia, Estomatologia e Fisiologia FORP-USP; 2Fisiologia FMRP-USP Objetivo: O comportamento de imobilidade tônica (IT) inclue-se na cadeia de respostas antipredatórias onde o medo se faz presente. Sabe-se que na amígdala, há aumento extracelular de serotonina (5-HT), principalmente no núcleo basolateral da amígdala (BLA) durante situações de medo e ansiedade. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da administração de agonistas de receptores 5-HT1A ou 5-HT2 no BLA, na resposta defensiva de IT em cobaias. Iremos também avaliar o efeito destas drogas no comportamento exploratório por meio do teste do campo aberto. Métodos e Resultados: Utilizaram-se cobaias machos (400-500g, n = 32) com cânula-guia implantadas no BLA. No experimento 1 os animais foram submetidos a 5 manobras de IT antes (Controle) do implante da cânula guia, e após a microinjeção de 8-OHDPAT (agonista 5-HT1A, 0,1 µg e 0,01 µg) ou de alfa-metil 5-HT (agonista 5-HT2, 0,1 µg e 0,01 µg), em dias consecutivos. A indução da IT foi por inversão e contenção postural do animal, registrando-se a duração (em seg.) da acinesia até a recuperação da postura habitual do animal. A atividade locomotora foi avaliada por 5 minutos na arena, imediatamente após administração de salina ou das drogas em estudo. Os resultados mostram que a administração de 8-OHDPAT ou de alfa-metil 5-HT na dose de 0,1 µg promovem redução da IT (83,4 ± 19,2 s; 82,8 ± 14,3 s, respectivamente) quando comparado com seus respectivos controles (285,6 ± 60,5 s; 286,4 ± 31,9 s, teste de Tukey, p < 0.05). Já a administração de 8-OHDPAT ou de alfa-metil 5-HT no BLA produziu aumento da atividade locomotora no teste da arena (nº quadrados percorridos controle 1,4 ± 0,6, após 8-OHDPAT 25,7 ± 20; ou após alfa-metil 5-HT 10 ± 2). Conclusões: Nossos dados sugerem que a ativação de receptores 5-HT1A ou 5-HT2 do BLA possivelmente reduziu o medo, ou produziu efeitos ansiolíticos, e conseqüentemente, diminuiu a duração da resposta defensiva de IT, a qual é determinada por situações de medo e perigo intenso. Corroborando com nossos achados (Life Sci., 27: 1435, 1980), sabe-se que os receptores 5-HT2 possuem ação ansiolítica, aumentando a atividade locomotora, comportamento este incompatível com a IT, que é caracterizada por acinesia. Apoio Técnico: Nadir Martins Fernandes. 05.132 EFEITO DA ELETROESTIMULAÇÃO PERIFÉRICA UNILATERAL SOBRE O COMPORTAMENTO EXPLORATÓRIO EM RATOS ADULTOS: INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL. Guedes, R. C. A.; Monte-Silva, K. K.*; Nutrição UFPE

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Objetivo: Estudos demonstraram que a deficiência nutricional e a manipulação sensorial durante o desenvolvimento pós-natal podem influenciar o comportamento exploratório de animais (Brain Research,28:85-95, 1970). Este trabalho avaliou, em ratos adultos (entre 85 e 95 dias de vida), normais ou previamente desnutridos (no aleitamento), os efeitos da eletroestimulação periférica (EP) unilateral sobre o desenvolvimento de respostas exploratórias, no teste do Campo Aberto. Métodos e Resultados: Ratos Wistar foram submetidos a sessões diárias de EP (dos 7 aos 28 dias de vida), com pulsos de onda quadrada (1,5ms;10-40v) com freqüência de 60 Hz (Grupo-E60) ou 2Hz (Grupo-E2). Esta EP foi unilateral (só no lado esquerdo do corpo), através de 2 eletrodos nas patas esquerdas. Os ratos controles (Grupo-C) receberam eletrodos similares, mas não foram estimulados. Entre os 85 aos 95 dias de idade, os ratos foram submetidos ao teste comportamental, que consistiu na colocação do animal no campo aberto, aparelho utilizado para observar a atividade exploratória em roedores. Por 5 min, foram avaliadas as taxas de: 1) deambulação (número de quadrantes percorridos); 2) levantar (“rearing”; número de vezes que o animal levanta com as duas patas dianteiras); 3) cruzar (número de vezes que cruza o campo aberto ou ida até o centro do campo aberto) e 4) O número de bolos fecais eliminados pelo animal. A ANOVA 2X3 revelou um efeito significativo na condição dieta (F(1,65) =7,118 p<0,01). A interação entre dieta e freqüência foi também significante apenas para o comportamento de andar (p<0,001). A análise post-hoc (Duncan) mostrou aumento no andar no grupo E2 (p<0,05). Conclusões: Os dados mostram que a EP no início da vida influencia o comportamento de andar, no rato adulto, de uma maneira dependente da freqüência da EP e do estado nutricional, sugerindo efeitos duradouros durante o desenvolvimento. 05.133 EFEITO DA VISUALIZAÇÃO DE FOTOS EMOCIONAIS NEGATIVAS SOBRE O DESEMPENHO DE UMA TAREFA DE ALTA DEMANDA DE ATENÇÃO. 1Campagnoli, R. R.; 1Oliveira, L.; 2Erthal, F. C. S.**; 1Pereira, M. G.; 1Machado-Pinheiro, W.; 3Volchan, E. 1Fisiologia e Farmacologia, UFF; 3IBCCF, UFRJ Objetivo: Fotos de corpos mutilados apresentadas como distrativas interferem no desempenho de voluntários durante a execução de uma tarefa concorrente de alta demanda de atenção. O objetivo deste trabalho foi verificar se outras categorias de fotos negativas promoveriam o mesmo efeito. Métodos e Resultados: 36 voluntários (18 homens) deveriam discriminar a orientação de duas barras, uma à direita e outra à esquerda do ponto de fixação, apresentadas por 200ms. Simultaneamente, uma foto aparecia no centro da tela. Esta poderia ser neutra (pessoas, animais e utensílios domésticos) ou negativa. As fotos negativas eram divididas como sendo de baixa (cemitério, poluição) ou alta ativação emocional (ataque humano ou animal). Os sujeitos deveriam julgar se a orientação das barras era igual ou diferente, ignorando a figura central (distrativo). De acordo com a diferença de angulação das barras, a tarefa era fácil ou difícil (90º ou 6º de diferença, respectivamente). Os resultados mostraram que, conforme esperado, houve um aumento do percentual de erros para a tarefa difícil (43%) em relação à fácil (5%). O tempo de reação manual também variou com a dificuldade: 622,5 X 744 ms, respectivamente para as condições fácil e difícil (p<0,01). Entretanto, não houve diferença entre distrativos negativos de baixa vs alta ativação vs neutros para as condições fácil e difícil (p> 0,05). Conclusões: Ao contrário do que ocorre com a apresentação de figuras de mutilados, as figuras emocionais utilizadas não interferiram no desempenho dos voluntários, a despeito do grau de ativação de cada categoria testada. Isso sugere que tal interferência seja devido à categoria específica de mutilados e que pode ser independente do grau de ativação emocional promovido pelo distrativo. 05.134 O ÓXIDO NÍTRICO NÃO PARTICIPA DA ANAPIREXIA INDUZIDA POR ETANOL. 1Dias, M. B.; 2Oliveira, D. L.; 2Branco, L. G. S. 1Fisiologia FMRP-USP; 2Fisiologia FORP-USP Objetivo:

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Estudos demonstram que a administração de álcool etílico (etanol) promove rápida redução da temperatura corporal (Tc), sendo que essa queda da Tc parece acontecer de forma regulada (anapirexia). No entanto, os mediadores envolvidos nesta ação ainda não são conhecidos. O Óxido Nítrico (NO) é reconhecido como um importante modulador de respostas termorregulatórias e parece agir, no SNC, como molécula antipirética. Diante disto, o objetivo do presente trabalho foi estudar a possível participação do NO na anapirexia induzida por etanol. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar, pesando de 200 a 250 gramas (n=4 a 8 por grupo). Medidas da temperatura corporal (Tc) foram feitas por biotelemetria. As soluções de etanol foram administradas intraperitonealmente (5, 10 e 20 ml/kg) e por meio de gavagem (1, 5, 10 e 20 ml/kg). O tratamento intraperitoneal (i.p.) de etanol produziu queda acentuada da Tc (p<0,05) em todas as doses [37,5±0,1 para 36,35±0.4°C (5 ml/kg); 37,4±0,04 para 35,5±0,3°C (10 ml/kg); de 37,1±0,2 para 35,4±0,2°C (20 ml/kg)]. A administração de etanol por meio de gavagem levou à queda significativa da Tc nas doses de 10 ml/kg (37,1±0,2 para 35,8±0,3°C) e 20 ml/kg (37,1±0,1 para 35,6±0,5°C) (p<0,05). O pré-tratamento intracerebroventricular (i.c.v.) com o inibidor inespecífico da enzima óxido nítrico sintase (NOS) L-NAME não inibiu a queda da Tc causada pelo tratamento com etanol. Conclusões: Nossos dados indicam que o NO parece não participar da anapirexia induzida por etanol. 05.135 TRATAMENTO NEONATAL COM FLUOXETINA: AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE EM RATOS ADU. 1Cirino, A. C. L.; 1Albuquerque, A. G.*; 1Guerra Ribas, R. M.; 2Ribas, V. R.**; 1Ramos, K. M.*; 1Gonçalves, S. X.*; 1Oliveira, F. T. M.*; 1Lima, A. K. d. S.*; 1Santos, V. R. d. S.*; 1Manhães-de-Castro, R; 1Nutrição UFPE; 2Neuropsiquiatria CCS-UFPE Objetivo: A Serotonina modula comportamentos, como a ansiedade. O objetivo deste estudo foi investigar alterações comportamentais, utilizando o modelo de ansiedade do labirinto elevado em cruz, em ratos adultos, tratados com fluoxetina no período neonatal. Métodos e Resultados: Ratos machos Wistar neonatos foram divididos em 2 grupos: Controle (C, n=31), que recebeu solução salina (NaCl 0,9%, sc) e Fluoxetina (F, n=30), (10mg/Kg, sc). Esses tratamentos se deram do 1º ao 21º dia de vida e a evolução ponderal do 1º ao 90º. Os animais de cada grupo foram submetidos ao teste de ansiedade aos 90 dias de idade. Categorias comportamentais medidas: Tempo de permanência no Braço Aberto (TBA) e Tempo de permanência no Braço Fechado (TBF). Para caracterizar o comportamento de ansiedade, freqüentemente, usam-se as percentagens do TBA, onde se observa o fenômeno ansiogênico no menor TBA e maior TBF. Foi utilizado o teste Mann-Whitney para análise dos resultados (p<0,05). Os resultados de todas as avaliações foram em medianas e mínimos e máximos (mediana, mínimo-máximo). Não houve diferença estatística significativa na duração da TBA dos animais do grupo F comparados aos do grupo C, embora o grupo F tenha apresentado menor TBA (8,9, 0-56,3) que o grupo C (13,6, 0-39,5). Conclusões: Tratamento com Fluoxetina (10mg/Kg) durante o período neonatal reduz o peso corporal do animal até a idade adulta, mas não altera o comportamento de ansiedade no labirinto elevado em cruz. CNPq , PROIN , CAPES-PQI 05.136 AÇÃO OPIOIDÉRGICA E GABAÉRGICA DO NÚCLEO MAGNO DA RAFE NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA NOCICEPTIVA, AVALIADA PELO TESTE DE VOCALIZAÇÃO EM COBAIAS. Silva, L. F. S.; Grava, G. F.*; Brentegani, M. R.; Menescal-de-Oliveira, L. Fisiologia FMRP-USP Objetivo: Avaliar a ação opioidérgica e GABAérgica do núcleo magno da rafe (NMR) na modulação da resposta nociceptiva, por meio do teste de vocalização (TVoc). Métodos e Resultados: Utilizou-se cobaias machos (450 – 500 g, n = 38) implantadas com uma cânula-guia no NMR. Durante o TVoc os animais receberam estímulos nocivos periféricos (choque elétrico) na região subcutânea da coxa, com intensidade suficiente para produzir a resposta de vocalização, a qual foi captada por um microfone conectado a um poligrafo. Em seguida, os

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animais foram microinjetados (0,2 µl) com as drogas em estudo: salina (SAL), morfina 3,0 µg (MOR), naloxone 1,0 µg + morfina 3,0 µg (NAL + MOR), bicuculina 0,1 µg (BCC) e bicuculina 0,2 µg. Novas medidas foram efetuadas aos 5, 15, 30, 45 e 60 minutos. A análise dos resultados mostrou que a MOR promoveu uma redução significativa da resposta de vocalização a partir dos 5 minutos (SAL, -0,024 ± 0,05; NAL+MOR, -0,048 ± 0,06; MOR, -0,43 ± 0,14; p = 0,0124) perdurando por 60 minutos (SAL, -0,07 ± 0,11; MOR, -0,67 ± 0,16; p = 0,039). Essa resposta foi bloqueada pela aplicação prévia de NAL. Da mesma forma, a microinjeção de BCC 0,2 µg reduziu a resposta de vocalização aos 5 minutos (SAL, -0,024 ± 0,05; BCC 0,2 µg, -0,64 ± 0,12; p = 0,005) com duração até os 60 minutos (p = 0,0156). Contudo, o efeito da dose de 0,1 µg de BCC foi apenas por 5 minutos (SAL, -0,024 ± 0,05; BCC 0,1 µg, -0,46 ± 0,12; p < 0,01). Conclusões: Os resultados sugerem que a antinocicepção observada pela estimulação do NMR é dependente de uma ativação opioidérgica e uma inibição GABAérgica. O bloqueio da antinocicepção produzida pela MOR com o NAL indica que, a ação da MOR é decorrente da ativação de receptores µ-opióides. Os neurônios GABAérgicos presentes no NMR possuem atividade tônica, já que a microinjeção da bicuculina foi capaz de produzir analgesia. 05.137 INCREASE IN BLOOD PRESSURE AND RESPIRATORY RATE DURING INTERMITTENT HYPOXIA INVOLVES REACTIVE O2 SPECIES (ROS)-DEPENDENT MECHANISMS. de Paula, P. M.; Mifflin, S.; Pharmacology Health Science Center University of Texas Objetivo: Sleep apnea is a common respiratory disorder in humans. Exposure to intermittent hypoxia (IH) during the daytime period is widely used in animals to mimic the arterial hypoxemia that occurs during sleep apnea. Humans with sleep apnea and animals exposed to IH have elevated blood pressures. Several lines of evidences suggest that IH represents an oxidative stress associated with increased generation of reactive oxygen species (ROS), especially superoxide anions. The objective of the present study was to determine whether cardio-respiratory alterations evoked by IH involve ROS-dependent mechanisms. Métodos e Resultados: Male Sprague-Dawley (Charles River) rats weighing 250-320 g were instrumented with telemetry transmitters to record mean blood pressure (MBP) and respiratory rate (RR) and subjected to IH for 7 days (cycles of 3 min at 21% O2 and 3 min at 10% O2 between 8am and 4pm). Experiments were performed on IH rats (no drug treatment) and IH drug-treated rats receiving manganese (III) tetrakis (1-methyl-4-pyridyl) porphyrin pentachloride (MnTMPyP), superoxide dismutase (SOD) mimetic, a potent scavenger of O2 anions and superoxide ions (5 mg/kg/day administered ip. 2 days prior to the start of IH and during the 7 days exposure to IH). On the 7th day of exposure to IH, MBP was elevated 7.2+1.1mmHg in IH rats but only 1.0+2.1mmHg in IH drug-treated rats (p=0.030) and RR was increased 12.9+3.4bpm in IH rats but only 4.8+1.3bpm in IH drug-treated rats (p=0.038). MBP remained elevated by 5.3+1.1mmHg on the first day after the end of exposure IH in IH rats, while it was not elevated on the first day after the end of exposure IH in IH drug-treated rats (-0.5+1.9, p=0.028). Conclusões: These results demonstrate that treatment with an SOD mimetic prevented IH-induced increases of MBP and RR. This suggests that ROSs might play an essential role in mediating cardio-respiratory adjustments during IH. 05.138 THE TYPE 1 CANNABINOID RECEPTOR AGONIST ARACHIDONYL-2’-CHLOROETHYLAMIDE INCREASES SYNAPTIC ACETYLCHOLINE RELEASE AT THE FROG NEUROMUSCULAR JUNCTION. Silveira, P. E.; Kushmerick, C.; Lopes, M. J.; Naves, L. A.; Fisiologia e Biofísica UFMG Objetivo: Anandamide, a naturally-ocurring ligand of cannabinoid receptors, antagonizes the increase in quantal size produced by hypertonic solution at the frog neuromuscular junction without changing evoked or spontaneous release (Brain Res. 649: 181-184, 1994). In the present study we investigated the effect of Arachidonyl-2’-chloroethylamide (ACEA), a synthetic ligand of type 1 cannabinoid receptor (CB1), on evoked quantal release at the neuromuscular junction in order to evaluate how this substance alters acetylcholine release. Métodos e Resultados:

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Nerve-muscle preparation were obtained from frogs (Rana catesbeiana) weighing 30 to 70 g. Experiments were performed in low Ca++ to avoid contraction. Using an intracellular electrode, we measured the quantal content of postsynaptic responses to nerve stimulation, in control and during application of ACEA. Results are given as mean of experimental/control ± 95% confidence limits (Student t-test). Quantal content was increased 1.40 ± 0.17 fold by 30 min treatment with 10 µM ACEA (n= 7). Lower concentrations of ACEA (100 nM, 300 nM, 1 µM and 3 µM) had no significant effect. Conclusões: We conclude that 10 µM ACEA increases evoked release. These data suggest that ACEA may act by altering Ca++ entry, exocytotic machinery Ca++ sensitivity or Ca++ release from internal stores. 05.139 AVALIAÇÃO TEMPORAL DAS AFERÊNCIAS BARORRECEPTORAS EM RATOS ANESTESIADOS UTILIZANDO A TÉCNICA DE POTENCIAL EVOCADO NO NERVO DEPRESSOR AÓRTICO. 1Santos, G. C. M; 2Moraes, J. E.**; 2Moraes, M. F. D.; 1ICB-UFMG; 2Fisiologia e Biofísica, UFMG Objetivo: O controle neural do sistema cardiovascular envolve a ativação de sensores periféricos, os quais estimulam porções específicas do sistema nervoso central (SNC). Dentre os sistemas sensoriais que exercem atividade modulatória cardiovascular pode-se destacar os barorreceptores arteriais. As informações sensoriais dos barorreceptores aórticos têm acesso ao SNC através do nervo depressor aórtico (ADN). Baseado em estudos morfométricos pode-se supor que há diferentes grupos de fibras específicas do ADN em distintas velocidades de condução. Este trabalho tem como objetivo avaliar eletrofisiologicamente diferentes padrões de atividade do ADN sob perspectiva temporal durante variações agudas de pressão arterial (PA) utilizando potencial evocado. Métodos e Resultados: Foram submetidos à cirurgia de isolamento do ADN esquerdo 5 ratos Wistar. Os procedimentos cirúrgicos e experimentais foram realizados em animais anestesiados com uretana e entubados para ventilação adequada. Os registros da atividade elétrica do ADN foram adquiridos por meio de posicionamento de eletrodos diferenciais sob o nervo. Além disso, foi registrado simultaneamente eletrocardiograma e PA pulsátil em artéria femoral esquerda. A artéria femoral direita foi canulada para realização de variações agudas de PA. A análise dos dados foi realizada off line por meio de algoritmos de análise de séries temporais desenvolvidos em MATLAB. Parâmetros do potencial evocado tais como latências e amplitudes permitiram inferir a existência de recrutamento de fibras com diferentes velocidades de condução em função da faixa pressórica. Conclusões: A análise temporal dos potenciais evocados no ADN gatilhados com complexo QRS permitiu distinguir diferentes velocidades de condução de grupos de fibras no ADN em diferentes faixas pressóricas. Tais resultados eletrofisiológicos poderão ser comparados com os obtidos em estudos morfométricos da literatura. 05.140 FUNÇÕES DEFENSIVAS DA AMÍGDALA: FATO OU ARTEFATO? 1Conti, C.**; 2Bittencourt, A. S.; 1Schenberg, L. C. 1Ciências Fisiológicas UFES; 2Psicobiologia UNIFESP Objetivo: A amígdala (AMI) é tida como uma das estruturas críticas do sistema de defesa. Dados recentes também a relacionam ao medo condicionado. Porém, a ausência de estudos paramétricos dificulta a plena caracterização de suas funções nas respostas incondicionadas de defesa. Assim, utilizamos a análise logística dos limiares para examinar as respostas eliciadas pela estimulação dos núcleos central (ACe) e medial (AMe) da AMI. Métodos e Resultados: Ratos Wistar com eletrodos na ACe (n=15) ou AMe (n=17) foram estimulados pela variação da intensidade de pulsos senoidais (0-70µA) ou da freqüência de pulsos quadrados (0-130Hz). Os controles (CTRL, n=40) foram estimulados ficticiamente. As curvas estímulo-resposta foram comparadas por razão de verossimilhanças (*P<0,05; Bonferroni). Regressões significantes foram observadas para autolimpeza, esquadrinhar, locomoção, olfação, levantar e quiescência.

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Comparado ao grupo CTRL, houve um aumento da locomoção e olfação, principalmente, pela estimulação da AMe. Em contraste, houve uma redução da autolimpeza. Correntes maiores produziram um estado de ‘quiescência’ caracterizado pela breve interrupção das atividades, porém, sem a exoftalmia típica do congelamento. Em adição, a resposta de levantar foi aumentada pela estimulação da AMe e reduzida na ACe. A estimulação por freqüência foi mais seletiva, não tendo sido obtidas regressões significantes para autolimpeza na AMe e quiescência na ACe. Em adição, a resposta de levantar foi atenuada pela estimulação de ambos os núcleos e não foram observados efeitos sobre a locomoção. Contudo, em 3 ratos, estímulos senoidais superiores a 100 µA geraram exoftalmia, imobilidade tensa, trote, galope e saltos. Conclusões: As altas intensidades necessárias para a eliciação das respostas de defesa do rato tornam improvável a participação direta da AMI na produção dos mesmos. Ao contrário, sugerem que a ACe e AMe sejam estruturas apenas moduladoras destas respostas. 05.141 MODELO AGUDO DE PENTILENOTETRAZOL EM SAGÜIS: EFEITOS DE DROGAS ANTICONVULSIVANTES. Bachiega, J. C.**; Blanco, M. M.**; Mendes, P. P.**; Mello, L. E. A. D. M. Fisiologia UNIFESP Objetivo: Verificar a eficácia do modelo agudo do pentilenotetrazol (PTZ) em provocar crises clônicas em sagüis. Identificar os efeitos de drogas antiepilépticas (DAE) neste modelo, testando Fenobarbital (PB), Fenitoína (PHT) e Carbamazepina (CBZ). Métodos e Resultados: Utilizamos sagüis Callithrix sp (2 machos e 3 fêmeas) injetados com PTZ (i.p.) 20, 30 e 40 mg/Kg. O seguinte repertório comportamental foi analisado 45 minutos antes e depois da injeção de PTZ: locomoção (L), coceira (C), head shakes (HS), automatismo de língua (AL) e tempo gasto com limpeza de boca (LB). Avaliamos ainda o efeito de PB (40 mg/Kg), PHT (100mg/kg) injetados 30 minutos antes e CBZ (120mg/kg) (v.o.) injetada 15 minutos antes do PTZ (40 mg/kg). Foi determinada a freqüência, latência e duração das crises de acordo com a escala de Racine. As doses de 20 e 30 mg/Kg de PTZ induziram alterações comportamentais significantes. Os animais tiveram diminuição dos comportamentos naturais (L e C) (P<0,05). Os comportamentos pró-convulsivos (HS, AL e LB) aumentaram significativamente (P<0,01). Na dose de 40 mg/Kg de PTZ, 53% de todos os animais testados evoluíram para crises de escores IV e V, validando esta dose para o modelo de PTZ. Quando avaliamos a eficácia das DAE neste modelo, obtivemos 100% de proteção nos animais tratados com PB (n=2), 75% nos tratados com PHT (n=4) e 50% nos tratados com CBZ (n=6). Conclusões: Todas as doses de PTZ testadas no modelo promoveram uma evolução de comportamentos naturais para comportamentos pró-convulsivos. A maior dose utilizada (40mg/Kg) foi eficaz em induzir crises clônicas, características deste modelo em roedores. O PB apresentou eficácia similar à observada, quando da avaliação em roedores. Entretanto, PHT e CBZ conferiram proteção normalmente não observada em roedores. O modelo proposto em sagüis parece ser mais sensível em detectar efeitos anticonvulsivantes das drogas testadas. 05.142 POTENCIAÇÃO DA ATIVIDADE ELÉTRICA CORTICAL APÓS A DEPRESSÃO ALASTRANTE EM RATOS AMAMENTADOS EM NINHADAS DE DIFERENTES TAMANHOS. Silva, M. B.; Souza, T. K. M.*; Guedes, R. C. A. Nutrição UFPE Objetivo: Recentemente demonstrou-se, em vertebrado não-mamífero, in vivo, uma potenciação da atividade elétrica cerebral evocada após o tecido ser exposto à depressão alastrante (DA; Brain Res, 1036:109-114, 2005). No presente trabalho investigou-se a ocorrência desse efeito em mamífero. Adicionalmente, estudou-se a influência da desnutrição precoce sobre tal efeito. Métodos e Resultados: Ratos Wistar, machos, foram amamentados em ninhadas de 6 ou 12 filhotes (grupos nutrido e desnutrido; n=15 e 9, respectivamente). Quando adultos (90-120 dias), foram anestesiados (uretana, 1g/Kg + cloralose, 40mg/Kg) e submetidos ao registro da atividade elétrica cortical espontânea (ECoG) em 2 pontos da região parietal direita (D1 e D2), durante 2h (período controle).

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Após esse período, a DA passou a ser deflagrada, a cada 20 min, com KCl a 2% e o ECoG, bem como a variação lenta de voltagem que acompanha a DA, foram registrados por mais 2h (período teste). O peso médio dos animais desnutridos foi significantemente menor que o dos nutridos (respectivamente 271,3±54,8 e 350,9±55,3g; p<0,002). Em comparação com os valores do período controle, o ECoG no período teste apresentou um aumento estatisticamente significante da sua amplitude, em ambos os grupos nutricionais analisados (Nutrido: 22,1±16,2% e 31,6±32,5%; Desnutrido: 18,5±18,9% e 22,3±20,9%, para D1 e D2, respectivamente; p<0,04, teste t pareado). Conclusões: O aumento do tamanho da ninhada foi eficaz em provocar a desnutrição por competição pelo leite materno, a julgar pela redução dos pesos corporais. Os resultados eletrofisiológicos sugerem uma potenciação da atividade elétrica cerebral espontânea, associada à DA, semelhante àquela descrita em vertebrado não-mamífero. Esse efeito poderia ser devido a um aumento da atividade sináptica após a DA. A possibilidade desse efeito ser influenciado pela desnutrição no início da vida deve ser futuramente investigada. 05.143 INFLUÊNCIA DA MICROINJEÇÃO DE MORFINA NA REGIÃO DORSOLATERAL DO NÚCLEO ACCUMBENS NA DURAÇÃO DA IMOBILIDADE TÔNICA EM COBAIAS. Branco-de-Oliveira, M. V.*; Silva, L. F. S.; Brentegani, M. R.; Menescal-de-Oliveira, L. Fisiologia FMRP-USP Objetivo: Durante o confronto com um predador a imobilidade tônica (IT) constitui o último recurso lançado pela presa para garantir sua sobrevivência. Estudos do nosso laboratório demonstraram que o núcleo accumbens (NAc) participa da modulação da IT, pois a microinjeção de carbacol na região dorsolateral do NAc promoveu uma redução na duração do comportamento de IT. O objetivo deste trabalho foi investigar a participação do sistema opioidérgico da região dorsolateral do NAc na modulação da duração da IT em cobaias. Métodos e Resultados: Utilizaram-se cobaias machos (450-500g, n = 10), nos quais foram implantadas cânulas-guia na região dorsolateral do NAc. A indução da IT consistiu na inversão postural e contenção manual do animal até acinesia completa do mesmo. A duração (em segundos) da IT foi mensurada a partir do instante em que instalou-se a acinesia até o momento em que o animal retoma sua postura normal. Os animais foram submetidos a 3 sessões de IT, sendo cada uma constituída de 5 episódios de indução do comportamento. A primeira sessão foi realizada para obtenção dos valores controle, antes da cirurgia de implantação da cânula-guia. A segunda ocorreu no período pós-operatório (5-7 dias), a fim de se observar possíveis influências do procedimento cirúrgico no comportamento avaliado. A terceira sessão, por sua vez, foi realizado após a injeção de morfina (1,0 µg/0,2 µl) no NAc. A duração média da IT na situação controle foi de 260,9 ± 40,9 s, enquanto no pós-operatório foi de 296,5 ± 76,9 s, não havendo diferença estatisticamente significativa entre as 2 situações. Contudo, a microinjeção de morfina causou o aumento na duração do comportamento defensivo de IT (521,8 ± 88,7 s), apresentando diferença significativa em relação às situações anteriores (p = 0,02). Conclusões: Os resultados demonstraram que a microinjeção de morfina na região dorsolateral do NAc promoveu o aumento da duração dos episódios de IT em cobaias, possivelmente pela ativação de receptores µ-opióides 05.144 ASSIMETRIA INTERLATERAL NA FOCALIZAÇÃO DA ATENÇÃO AUTOMÁTICA. Grechi, G.; Ribeiro-do-Valle, L. E. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Estudos de imagens e potenciais evocados têm demonstrado uma assimetria interhemisférica no controle da atenção. Em dois experimentos examinamos se esta assimetria expressa-se comportalmente na capacidade de focalização da atenção. Métodos e Resultados: Participaram em cada experimento, 12 homens destros, com idade entre 18 e 24 anos. Eles realizaram uma sessão treino, com 1 bloco de 64 tentativas e uma sessão prova com 4 blocos de 64 tentativas. Durante as sessões, mantinham o olhar num ponto central (PF) na tela de um monitor de video e pressionavam uma tecla com o dedo indicador do mesmo lado que aparecesse

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o estímulo alvo (linha vertical, E2). Este estímulo era precedido de um outro estímulo (E1) com intervalo de 17, 34, 100 ou 167 ms entre eles. O E1 podia ser um aumento de luminância de um dos anéis postados de cada lado do PF (Exp1) ou o aparecimento de um anel em um local previamente vazio (Exp2), durando 17 ms. O E2 aparecia na mesma posição (50% das tentativas) ou em posição oposta (50% das tentativas) ao E1. No Exp1 encontramos o mesmo efeito atencional quando E1 aparecia do lado esquerdo ou do lado direito (≈ 30 ms, p <0,001). No Exp 2 não observamos efeito atencional quando o E1 aparecia do lado esquerdo (p=0,22), mas sim quando E1 aparecia do lado direito (p=0,02). Conclusões: Os presentes resultados sugerem que há uma assimetria interlateral na eficiência de focalização da atenção, que se manifesta em situações menos favoráveis a esta focalização. 05.145 CORRELAÇÕES ENTRE OS COMPORTAMENTOS EMITIDOS PELO RATO NO ENDLESS MAZE. 1Ferreira, K. L.; 1Mutton, M. R.*; 1Pedrozo, L. A. dos R.*; 2Hoshino, K.; 1Psicologia UNESP-Bauru; 2Biologia UNESP-Bauru Objetivo: Objetivou-se determinar a existência de correlações entre os índices de locomoção, freqüência dos episódios de conferência de altura e a freqüência dos episódios de limpeza corporal que são os três padrões comportamentais do rato mais evidentes quando submetidos à exposição no endless maze. Métodos e Resultados: calculou-se o coeficiente de correlação entre os índices de emissão dos três comportamentos computados em 30 ratos Wistar, machos da linhagem BTU, com pesos de 400-600 g. Os índices de emissão do comportamento de conferência de altura (head dipping) mostrou estar significantemente correlacionado (p<0.05) ao índice de locomoção em todos os períodos do ciclo circadiano (r manhã= 0,68; r tarde=0,72 e r noite=0,73). A freqüência de emissão do comportamento de limpeza corporal não mostrou correlação significante com a emissão dos outros dois padrões de comportamento. Conclusões: A locomoção e a conferência de altura pertencem à mesma categoria funcional de comportamentos que é a procura de escape da situação ansiogênica enquanto a limpeza corporal sugere ser um comportamento de redução da ansiedade emitido após a obtenção de segurança. 05.146 ISOFORMAS DE MIOSINA NO MÚSCULO EXTENSOR LONGO DOS DEDOS (EDL) DENERVADO E ELETROESTIMULADO. 1Cancelieri, A. S.; 2Campos. G. E. R.; 1Guirro, R. R. J.; 1Teodori, R. M.; 1Fisioterapia UNIMEP; 2Instituto de Biologia UNICAMP Objetivo: A denervação de músculos promove transição de isoformas de miosina. Em geral, há aumento das isoformas presentes nas fibras de contração lenta. A eletroestimulação (EE) crônica de baixa frequência acelera essa transição. A Fisioterapia utiliza a EE fásica de baixa frequência em músculos denervados visando minimizar a atrofia e a proliferação conjuntiva, não havendo referência sobre seu efeito sobre o perfil das isoformas de miosina. Este estudo avaliou a transição das isoformas de miosina no músculo EDL denervado e submetido à EE fásica de baixa freqüência. Métodos e Resultados: 18 ratos Wistar (6 semanas), peso médio de 190 ±24g, foram divididos em 3 grupos (n=6). O grupo 1 teve o nervo isquiático esquerdo esmagado e o músculo EDL eletroestimulado por 20 dias, 30 min/dia, com início após 24 hs da lesão. O padrão de EE foi: f= 50 Hz, T=3ms e i=5mA, acrescido de 1 mA a cada 10 min.; Ton/Toff= 4 segundos. O grupo 2 teve o nervo isquiático esmagado, mas não foi eletroestimulado. O grupo 3 não sofreu nenhum tipo de intervenção (controle). Após 21 dias o músculo EDL foi retirado, congelado em isopentano e resfriado em nitrogênio líquido. Do seu terço médio foram obtidos cortes de 12 µm para elaboração de um extrato de separação eletroforética das miosinas em gel de poliacrilamida. Houve diminuição da miosina tipo IIb e aumento das miosinas tipo IId, IIa e I, evidenciando que a denervação promoveu transição de

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fibras, de rápida para lenta. Não houve diferença entre os grupos 1 e 2, sugerindo que a EE não acelerou a transição de miosinas. Conclusões: A EE fásica de baixa frequência não evita nem acelera a transição das miosinas. 05.147 SUBTIPOS DE RECEPTORES COLINÉRGICOS CENTRAIS ENVOLVIDOS NA INGESTÃO DE ÁGUA INDUZIDA PELA INJEÇÃO PERIFÉRICA DE PILOCARPINA. 1Borella, T. L.; 1de Luca Júnior, L. A.; 1Renzi, A.; 1Colombari, D. S. A.; 2Colombari, E.; 1Menani, J. V. 1Fisiologia e Patologia UNESP-Araraquara; 2Fisiologia UNIFESP Objetivo: A injeção intraperitoneal (ip) de pilocarpina (agonista colinérgico) induz ingestão de água, por ativação de receptores muscarínicos centrais. Porém não se sabe ainda qual o subtipo de receptor muscarínico central estaria envolvidos nessa resposta da pilocarpina. No presente estudo, utilizando-se antagonistas específicos de receptores muscarínicos M1 (pirenzepina), M1 e M3 (4-DAMP) e M2 (metoctramina), investigamos qual o tipo de receptor muscarínico central que poderia estar envolvido na ingestão de água induzida pela pilocarpina injetada perifericamente. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Holtzman (280-320 g, n= 6-7/grupo) com cânulas de aço inoxidável implantadas no ventrículo lateral (VL). Os diferentes antagonistas colinérgicos foram injetados no VL 15 minutos antes da injeção ip de pilocarpina (4 µmol/kg de peso corporal). As injeções no VL de pirenzepina (1; 2,5 e 5 nmol/1 µl), 4-DAMP (5 e 10 nmol/1 µl) e metoctramina (10 nmol/1 µl) reduziram a ingestão de água induzida pela pilocarpina (1,7±0,6; 0,5±0,6; 0,3±0,2; 1,6±0,5; 2,5±0,7; 2,2±0,4 ml/60 min respectivamente, vs. cont: 4,2±0,5 ml/60 min). Conclusões: Embora ainda não se possa descartar a participação dos receptores M2 e M3, os resultados sugerem um maior envolvimento dos receptores muscarínicos M1 centrais na ingestão de água induzida pela pilocarpina injetada perifericamente

05.148 LESÃO DO NÚCLEO SUBTALÂMICO REVERTE SINAIS DE PARKINSONISMO INDUZIDO POR 6-HIDROXIDOPAMINA EM RATOS. 1Rizelio, V.; 1Matheussi, F.*; 1Souza, R. T.*; 1Diosti, G. M.*; 2Meneses, M.; 1Ferraz, A. C. 1Fisiologia UFPR; 2Anatomia UFPR Objetivo: A lesão do núcleo subtalâmico (NST) é alvo de estudos em busca de uma terapia alternativa eficaz para os pacientes portadores da Doença de Parkinson (DP). Este trabalho visa avaliar a efetividade da lesão do NST sobre sinais clínicos da DP e efeitos colaterais decorrentes desta lesão em ratos. Métodos e Resultados: Através de cirurgia estereotáxica, foram feitas lesões no Feixe Prosencefálico Medial (FPM) e após 15 dias no NST. Oitenta e oito ratos Wistar machos foram divididos em 2 grupos: lesão Bilateral (n=55) e Unilateral (n=30); o grupo bilateral foi subdividido em: 1) lesão do FPM com 6-hidroxidopamina (6-OHDA), seguida de lesão do NST com ácido N-metil-D-aspártico (NMDA) (n=14); 2) Lesão do FPM com 6-OHDA, seguida de falsa lesão no NST (n=10); 3) Lesão falsa do FPM, seguida de lesão do NST (n=11); 4) Lesão falsa nas duas estruturas, FPM e NST (n=10); e 5) Controle Absoluto (sem cirurgias) (n=10). O grupo Unilateral ficou com os subgrupos: 1), 2) e 3) (n=10). Os animais com lesão bilateral foram avaliados quanto à presença de tremores de mandíbula e deambulação e o grupo unilateral foi avaliado quanto à deambulação e rotação. Os dados foram analisados pelo teste t de Student e por ANOVA de uma via seguida pelo teste de Duncan. Os animais com lesão do NST apresentaram balismo após a recuperação anestésica, que desapareceu após o primeiro pós-operatório. Os animais lesados com 6-OHDA apresentaram menor movimentação (ANOVA F(4,43)=6,27; p≤0,001), mais tremores (ANOVA F(4,50) =4,75; p≤0,01) e mais rotações (ANOVA F(2,27)=9,48; p≤ 0,001). Após a lesão do NST houve redução dos tremores de mandíbula nos animais do grupo 1 Bilateral (t=2,609, p≤0,01), e melhora na hipocinesia (t=2,264; p≤0,03). No grupo Unilateral, não houve melhora da hipocinesia (t=0,5421; p≤0,59), mas a rotação foi reduzida (t=0,023; p≤0,98). Conclusões: A lesão do NST em ratos provoca quadro agudo transitório de balismo e reverte os sinais de parkinsonismo induzido por 6-OHDA.

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05.149 INFLUÊNCIA DO CONTEXTO NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE DURAÇÃO TEMPORAL DE UM ESTÍMULO VISUAL. Cravo, A. M.; Haddad Júnior, H.**; Baldo M.V.C. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Nosso objetivo neste trabalho foi estudar como se dá a percepção subjetiva de duração temporal de um estímulo visual. Sabe-se que um mesmo estímulo pode ser percebido como temporalmente mais longo ou curto dependendo do contexto em que ele é apresentado. Porém, os experimentos nesta área sempre utilizam cenas “naturais”, ou seja, cenas onde o sujeito tem um conhecimento prévio sobre a velocidade do estímulo móvel apresentado, como, por exemplo, cenas de animais correndo. As explicações existentes para esta dissociação propõem que o sujeito utiliza seu conhecimento prévio sobre a cena para estimar a duração do estímulo. Tentamos verificar se esta mesma dissociação pode ser reproduzida em situações não “naturais”, com estímulos mais simples, onde estes podem ser usados apenas como referência de passagem de tempo. Métodos e Resultados: Realizamos um experimento psicofísico onde um estímulo central é apresentado rodeado por outros estímulos que percorrem sua trajetória com diferentes velocidades angulares, dependendo da condição experimental. Nossos resultados (n=4) mostram um efeito significativo (p<0,05) dependente da condição experimental, apontando que o estímulo central é percebido como 7% mais longo temporalmente quando rodeado por estímulos que possuem maior velocidade. Conclusões: Nossos resultados mostram que mesmo uma condição mais simples sem a utilização de cenas “naturais” é capaz de provocar a percepção de diferentes durações temporais. Esses resultados sugerem que o sujeito pode usar elementos da cena como marcadores temporais ao invés de utilizar seu conhecimento prévio para estimar a duração de um estímulo. 05.150 A ATIVAÇÃO DE RECEPTORES 5-HT1B/1D NO HIPOTÁLAMO POSTERIOR MEDIAL PROVOCA HIPERFAGIA EM POMBOS. Poffo, M. J.**; Ribas, D. C.*; Marino-Neto, J.; Faria, M. S.; Paschoalini, M. A. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi examinar os efeitos sobre a ingestão de alimento, da injeção de metergolina (MET, antagonista 5-HT1/2), de 8-OH-DPAT (8-OH, agonista 5-HT1A) ou de GR46611 (GR, agonista 5-HT1B/1D) no hipotálamo posterior-medial (HPM) de pombos (Columba livia). Métodos e Resultados: Foram utilizados pombos adultos, de ambos os sexos, saciados, com cânulas-guia cronicamente implantadas próximas ao HPM, de modo a permitir a introdução de uma agulha injetora excedendo em 1,0; 1,7; 2,4; 3,1; e 3,8 mm a cânula-guia. Os animais foram tratados com ác. ascórbico 5% (200nl), MET (20 nmol), GR (0,6 ou 6 nmol) e 8-OH (6 nmol), aleatoriamente. Durante 1 h foram registrados a latência e duração dos comportamentos ingestivos (alimento e água) e dos comportamentos de autolimpeza, locomoção, imobilidade alerta e posturas típicas de sono. Os resultados mostraram que a injeção de MET no HPM provocou hiperfagia (0,4 ± 0,2 g vs. 6,7 ± 0,9 g de alimento consumido após injeção do veículo ou MET, respectivamente, N=10) acompanhada por um aumento na duração e redução na latência para iniciar a resposta de ingestão de alimento. O tratamento com GR no HPM resultou em uma resposta hiperfágica semelhante à induzida pela MET (4,1± 0,7 g após 0, 6 nmol de GR e 5,9 ± 0,9 g após 6 nmol de GR, N=10), ocorrendo também redução na duração e na latência para iniciar o primeiro episódio de ingestão de alimento. A injeção de 8-OH no HPM não modificou o comportamento alimentar. A injeção das duas doses de GR no HPM induziu uma ligeira elevação na ingestão de água. Nenhum dos tratamentos provocou alterações nos comportamentos não ingestivos.

Conclusões: O presente estudo indicou que circuitos serotonérgicos no HPM exercem inibição tônica sobre a ingestão de alimento, contribuindo para o término da refeição e definindo o intervalo entre as mesmas, sendo esses efeitos mediados por receptores 5-HT1B/1D. 05.151

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AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO DE RATOS MACHOS E FÊMEAS SUBMETIDOS À RESTRIÇÃO ALIMENTAR. Albino, P. H. C.*; Caixeta, A. P. M.*; Tubone, M. Q.*; Meneghini, L.**; Marino-Neto, J.; Faria, M. S.; Paschoalini, M. A.; Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Avaliar o efeito da restrição alimentar (RA), em ratos machos e fêmeas, sobre a aprendizagem de esquiva no labirinto em cruz elevado (LCE). Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos (Rattus norvegicus, 215-300g) Wistar fêmeas e machos adultos. Um grupo de machos e fêmeas (N=9/grupo) foi submetido a RA, recebendo 15g de ração ao dia e água ad libitum, durante 4 dias, enquanto um outro grupo de machos e fêmeas (N=9/grupo) foram mantidos com água e ração ad libitum. No dia 3 de RA, os animais foram submetidos ao LCE por 5 min. (primeira exposição; E1) e, no dia 4, foram re-expostos ao labirinto (segunda exposição; E2). Os dados indicaram que ratos controles de ambos os sexos exibiram elevada esquiva dos braços abertos durante E2 em relação a E1 (Machos, %Entrada braço aberto, %EA= 3.33±3.3 e %tempo braço aberto, %TA= 0.81±0.81; Fêmeas, %EA= 14.6±3,3 e %TA= 3,0±0,8), indicando, boa aquisição de esquiva. Ratos machos submetidos a RA apresentaram significativa perda de peso nos dias 3 (-5.3%±1.1) e 4 (-8.4%±2.4) e mantiveram o mesmo nível de %EA e %TA entre E1 e E2, o que indica prejuízo na aquisição de esquiva, enquanto que as fêmeas não exibiram nem perda de peso, nem aquisição de esquiva. O regime de RA não alterou a locomoção dos animais, visto que não houve alteração do número de entrada nos braços fechados (EF) entre E1 e E2. Porém, as fêmeas controle exibiram elevado número de EF em relação aos machos Conclusões: Os resultados sugerem que a RA prejudica a aquisição de esquiva de ratos no LCE, mesmo que, no caso das fêmeas, uma perda de peso não tenha sido estabelecida. A RA induziu efeito do tipo ansiolítico em ratos machos e fêmeas, sem alterar a atividade locomotora de ambos em relação aos seus respectivos controles. As fêmeas controle mostraram maior locomoção que os machos controle, ou seja, maior exploração do LCE. 05.152 EFEITO DO TRATAMENTO COM VITAMINA A NO INÍCIO DA VIDA SOBRE A DEPRESSÃO ALASTRANTE CORTICAL EM ANIMAIS ADULTOS. Francisco, E. S.; Rocha-de-Melo, A. P.; Oliveira, M. M. B.*; Guedes, R. C. A.; Albuquerque, J. M. S.* Nutrição, UFPE Objetivo: Alguns trabalhos afirmam que o excesso da vitamina A no início da vida pode influenciar o desenvolvimento do sistema nervoso. A hipervitaminose A durante a lactação, aumenta a susceptibilidade cortical `a depressão alastrante (DA) em animais jovens. Sabendo-se que o excesso de vitamina A altera a propagação da DA, resolvemos investigar o efeito da hipervitaminose A precoce sobre a velocidade de propagação da DA em animais adultos. Métodos e Resultados: Ratos Wistar, de ambos os sexos e de ninhadas contendo 6 filhotes/mãe, foram distribuídos em 2 grupos: VA (n=12, animais que receberam palmitato de retinol, 1000UI/Kg, por gavagem do 7o ao 28o, em dias alternados) e o CT (n=12, animais que receberam um volume equivalente de óleo de milho, no mesmo período). Entre 90-120 dias de vida, os animais foram submetidos ao registro da DA (deflagrada com KCl a 2%) a intervalos de 20 minutos por 4 hora, em dois pontos da superfície cortical. A velocidade de propagação da DA foi calculada com base na distância entre os eletrodos registradores e no tempo gasto para o fenômeno percorrer esta distância. O grupo tratado com a vitamina A apresentou velocidades de propagação da DA entre 2.95± 0.11`a 3.24 ±0.35 mm/min enquanto que o grupo controle variou entre 2.86 ± 0.62`a 3.12 ± 0.37 mm/min, estas médias da velocidade da DA não deferiram significantemente. Conclusões: Em estudo prévio, animais jovens tratados com excesso de vitamina A no início da vida apresentaram aumento da velocidade de propagação da DA. Este resultado não foi observado quando os animais se tornaram adultos, sugerindo que o efeito da hipervitaminose A é transitório, e não permanente.

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05.153 PAPEL DAS AFERÊNCIAS VAGAIS NA MODULAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE ESQUIVA NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Borges, F.R.M.**; Battisti, R.*; Lucinda, A. M**; Meneghini, L.; Marino-Neto, J.; Paschoalini, M. A.; Faria, M. S. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Tem sido demonstrado que as aferências vagais subdiafragmáticas podem modular a aprendizagem e memória em ratos. Por outro lado, a experiência prévia no Labirinto em Cruz Elevado (LCE), um modelo animal de ansiedade, induz elevada esquiva dos braços abertos durante a segunda exposição, o que sugere um processo de aprendizagem motivado por medo. O objetivo do presente estudo foi avaliar a aquisição de esquiva em ratos submetidos a vagotomia bilateral subdiafragmática, expostos ao LCE. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos (Rattus norvegicus) Wistar machos com dois meses de idade, pesando entre 250-350g. Um grupo de animais (n=5), foi submetido a procedimento cirúrgico para vagotomia subdiafragmática bilateral (grupo VGT), enquanto outro grupo (n=4), foi submetido a procedimento cirúrgico idêntico, sem a secção dos nervos vagos (grupo SHAM). A eficácia da vagotomia foi comprovada pela % de variação do peso corporal no grupo VGT (+4.6±4.4), em relação ao grupo SHAM (+17.2±2.0), na quarta semana após a cirurgia (estudos pilotos). 28 dias após a recuperação cirúrgica, cada animal foi submetido a 2 exposições ao LCE (E1 e E2; 24h de intervalo) de 5 minutos cada. Os dados preliminares indicam uma redução na % de entrada nos braços abertos (%EA) entre E1 (36.6±8.5) e E2 (8.5±5.0) no grupo SHAM, o que demonstra a aquisição de esquiva entre as exposições ao LCE. O grupo VGT não exibiu aquisição de esquiva, visto que manteve o mesmo nível de %EA entre E1 (24.2±10) e E2 (6.6±6.6), sugerindo que o processo de aquisição de esquiva encontra-se prejudicado nos ratos submetidos a vagotomia. Em ambos os grupos, não houve alteração na % de tempo nos braços abertos (%TA) e no número de entrada nos braços fechados (EF) entre E1 e E2. A vagotomia não alterou a %EA e %TA entre os grupos na E1 e na E2. Os dois grupos também apresentaram o mesmo número EF na E1 e na E2, indicando ausência de prejuízo motor decorrente da vagotomia. Conclusões: De acordo com os dados apresentados o presente estudo sugere que o processo de aquisição de esquiva dos braços abertos no LCE possa ser modulado por informações viscerais mediadas por aferências vagais. 05.154 A MICROINJEÇÃO DE MORFINA NA FORMAÇÃO HIPOCAMPAL DORSAL DE COBAIAS DIMINUI A NOCICEPÇÃO EM RESPOSTA À ESTIMULAÇÃO NOCIVA PERIFÉRICA Favaroni Mendes, L. A.; Brentegani, M. R.; Menescal-de-Oliveira, L. Fisiologia FMRP-USP; Objetivo: Avaliar a participação do sistema opioidérgico da formação hipocampal dorsal (FHD) na modulação da resposta de nocicepção avaliada pelo teste de vocalização em cobaias. Métodos e Resultados: Cobaias (Cavia porcellus) machos adultos foram submetidos à cirurgia estereotáxica para implantação bilateral de cânulas-guia na FHD. Após cinco dias, foi realizado o teste algesimétrico de vocalização, o qual consistiu em registrar em um polígrafo a vocalização evocada por um estímulo nocivo periférico (choque elétrico na coxa do animal). Foram realizados 4 grupos experimentais: salina 0,9% (n=6), morfina 1,1 nmol (n=6), morfina 2,2 nmol (n=7) e naloxone 1,3 nmol + morfina 2,2 nmol (n=7). Inicialmente, para cada animal, foi realizada a linha de base, a qual consistiu em 3 respostas semelhantes com a mesma intensidade de estímulo (limiar). Após a microinjeção da(s) droga(s), o estímulo nocivo e o registro da vocalização foi repetido nos intervalos de 2, 5, 15, 30, 45 e 60 minutos. Foi realizada perfusão intracardíaca, seguida de procedimentos histológicos para a confirmação da localização das microinjeções. A estimulação com a dose mais baixa de morfina (1,1 nmol) não promoveu alteração da resposta algesimétrica, sendo semelhante ao grupo salina por todo o experimento. Entretanto, a dose maior de morfina (2,2 nmol) promoveu uma diminuição na resposta algesimétrica a partir dos 15 minutos (-0,67±0,09), em relação ao grupo salina (0,04±0,08) e morfina 1,1 nmol (-0,11±0,09), entendendo-se até o término do experimento (F(3,22)=5,62, P=0,0051). Essa resposta foi bloqueada pela prévia microinjeção de naloxone na FHD (1,3 nmol) 10 minutos antes da microinjeção de 2,2 nmol de morfina (0,01±0,22).

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Conclusões: Nossos resultados sugerem que receptores µ-opióides estejam envolvidos na analgesia provocada pela morfina na FHD, em resposta ao teste algesimétrico de vocalização induzida por estímulo nocivo periférico. 05.155 CAMPO ELETROMAGNÉTICO ASSOCIADO A DESNUTRIÇÃO RETARDA A MATURAÇÃO REFLEXA EM RATOS LACTENTES. Freire, C.; Prado, L. V. S.*; Holanda, T. G.*; Tatiana*; Anselmo, C. W. S. F.**; Catanho, M. T. J. A.; Teodosio, N. R.; Medeiros, M. C. Nutrição UFPE Objetivo: O presente trabalho pesquisou os efeitos da ação do campo eletromagnético (CEM) de 60 Hz associado a desnutrição sobre a maturação reflexa em ratos neonatos. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos neonatos da linhagem Wistar, oriundos de mães que foram submetidas a ação do CEM e das Dietas Básica Regional (DBR) com 7,8% de proteína mista (N=12) e a Controle (C), (N=24) com 18% de proteína (AIN-93), durante a gestação. As mães foram tratadas com CEM de 60Hz, senoidal e intensidade de 3µT durante 2 horas por dia, sendo uma hora pela manhã de 8:00 às 9:00 horas e uma hora à tarde de 14:00 às 15:00 horas no período gestacional. Foram formados 4 grupos de acordo com suas respectivas dietas e ação do CEM. A pesquisa dos reflexos foi feita diariamente entre 12:00 e 14:00 horas, segundo o modelo experimental estabelecido por Smart e Dobbing (1971). Os reflexos pesquisados foram: Preensão Palmar (PP); Retificação Postural (RP); Evitação do Precipício (EP); Evitação do Precipício pelas Vibrissas (EPV); Geotaxia Negativa (GN); Resposta ao Susto (RS) e Queda Livre (QL). Os dados analisados utilizando-se ANOVA e o teste de Kruskal-Wallis, p < 0,05. Os animais submetidos a ação do CEM associado à desnutrição pela DBR apresentaram maturação reflexa tardia (em dias) em relação ao seu controle, no aparecimento dos seguintes reflexos: RP, 6(4-9) x 4(3-6); EP, 5(4-7) x 4(2-6); EPV, 11(9-14) x 7(5-12); GN 10,5(8-14) x 6(4-16) e no desaparecimento PP, 13(10-14) x 7(4-15), (p < 0,05). Os grupos desnutridos sem influência do CEM apresentaram retardo no desenvolvimento de alguns reflexos: RP, 6(1-12) x 3,5(1-7) e EPV, 11(10-14) x 8 (4-9) com relação ao controle (p < 0,05). Conclusões: Os presentes resultados, indicam, ainda preliminarmente, que a ação do campo eletromagnético associado à desnutrição interfere no desenvolvimento reflexo dos neonatos. 05.156 COMPARAÇÃO DA DISCRIMINABILIDADE PERCEPTUAL DE UMA CRUZ E DE UMA LINHA VERTICAL POR MEIO DE UMA TAREFA DE TEMPO DE REAÇÃO. Bruder, C.; Ribeiro-do-Valle, L. E.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Anteriormente comparamos a discriminabilidade relativa de uma linha vertical (LV) e de uma cruz (CR) apresentando estes estímulos em blocos de tentativas separados, numa tarefa de tempo de reação (TR) de escolha vai/não-vai. Os TR aos dois estímulos não foram diferentes. Este resultado poderia se dever à adoção de diferentes estratégias atencionais para lidar com os dois estímulos. Neste experimento apresentamos os dois estímulos no mesmo bloco de tentativas, de modo a forçar a utilização de uma estratégia atencional comum a ambos. Métodos e Resultados: 12 voluntárias realizaram 2 sessões de testes em que deviam responder o mais rapidamente possível à CR e à LV mas não deviam responder a um anel pequeno. Estes estímulos apareciam aleatoriamente nos blocos de tentativas. Tanto na primeira sessão quanto na segunda os TR à CR foram inferiores aos TR à LV (média ± epm: 431 ± 9 ms para a CR, 456 ± 9 ms para a LV, p=0,002 para a primeira sessão e 413 ± 9 ms para a CR e 445 ± 9 ms para a LV, p=0,002 para a segunda sessão). Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que a CR é mais saliente que a LV em condição de igualdade de atenção. 05.157 EVOLUÇÃO TEMPORAL DA ATENÇÃO VISUAL AUTOMÁTICA PARA OS DOIS LADOS DO ESPAÇO: INTERVALOS CURTOS ENTRE ESTÍMULOS. Martins, A. B.; Ribeiro-do-Valle, L. E.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo:

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Investigamos a evolução temporal do efeito facilitador precoce de um estímulo precedente periférico, especialmente a possibilidade dela diferir entre os dois lados. Métodos e Resultados: Doze homens participaram de cada um dos dois experimentos realizados. O primeiro experimento consistia em uma tarefa de tempo de reação de escolha simples e o segundo em uma tarefa de tempo de reação de escolha vai/não-vai. Em ambos os voluntários eram instruídos a responder com o dedo indicador correspondente ao lado em que aparecesse o E2+ (linha vertical preta no interior de um anel escuro localizado 9 graus à direita ou à esquerda de um ponto de fixação central preto). No segundo experimento havia o E2- (anel pequeno nas mesmas condições do E2+), ao qual os voluntários não deveriam responder. Em ambos os experimentos, os estímulos eram precedidos pelo E1 (escurecimento de um dos anéis laterais, 50% das vezes na mesma posição do E2 e 50% na posição oposta). O intervalo entre o início dos estímulos (IEIE) podia ser de 50, 84, 117, 150, 184 ou 217 ms, em ambos os experimentos. No primeiro experimento encontramos diferença nos TR para as posições mesma e oposta a partir do IEIE de 117 ms (média e e.p.m.: 338±8 x 362±6; 326±7 x 347±5; 318±7 x 337±6; 311±6 x 334±5 ms; p≤0,005). No segundo experimento, os TRs obtidos quando o E2+ aparecia na mesma posição do E1 foram menores que quando ele aparecia na posição oposta, nos IEIEs de 50 (373±14 x 411±10 ms) e 217 (338±11 x 366±11 ms) ms (p≤0,031) quando o E1 aparecia no lado esquerdo. Quando o E1 aparecia no lado direito, os TR para a posição mesma foram menores que aqueles para a posição oposta nos IEIEs igual ou maiores que 117 ms (350±6 x 381±11; 341±8 x 372±9; 338±9 x 369±12; 320±12 x 368±10 ms; p≤0,040). Conclusões: Há assimetria interlateral na orientação da atenção, com favorecimento do hemiespaço direito. Entretanto, esta assimetria se manifesta apenas em tarefas de maior complexidade. 05.158 UMA TAREFA ATENCIONAL COMO STROOP EM ANALFABETOS. Kulaif, T.; Ribeiro-do-Valle, L. E. Neurociências e Comportamento USP Objetivo: A atenção, definida como a facilitação do processamento de estímulos relevantes e a inibição dos demais, tanto pode ser atraída automaticamente quanto pode ser voluntariamente desviada. O teste de Stroop é um instrumento de estabelecida reputação e amplamente utilizado na prática neuropsicológica como medida de atenção seletiva, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. O efeito Stroop é um fenômeno complexo e robusto que envolve a interferência de processos conflitantes entre cores e palavras. Entretanto, sua utilidade é limitada quando a população a ser estudada não é suficientemente alfabetizada. Assim, pretendemos aqui obter um efeito de interferência em uma tarefa livre da influência da leitura, utilizando cores e números. Métodos e Resultados: 60 adultos de ambos os sexos (44 mulheres e 16 homens), com idade média de 39 anos (20-55 anos), divididos em dois grupos, 30 alfabetizados e 30 não alfabetizados realizaram a tarefa de Stroop, versão Vitória, e a tarefa de números. Na tarefa Stroop, a situação crítica consiste de nomes de cores impressos em cores incongruentes (como AZUL impresso em tinta rosa), que devem ser nomeadas rapidamente. Na tarefa crítica de números, números impressos em preto e em cores são apresentados. Quando a impressão for colorida, as cores devem ser nomeadas; entretanto, quando estiverem impressos em preto, os números é que serão nomeados. Os alfabetizados sofreram um efeito de interferência de 14,9s e 17,8s no Stroop e números, respectivamente, e os não alfabetizados, que praticamente não sofreram interferência no Stroop (0,2s), aumentaram o tempo de execução em 14,4s na tarefa de números. Conclusões: A tarefa de números possibilita um efeito de interferência independente da capacidade de leitura e pode ser de grande valor em situações que envolvam indivíduos não alfabetizados ou que falam outra língua. 05.159 VIBRISSECTOMIA UNILATERAL AFETA O SENTIDO PREFERENCIAL DE ROTAÇÃO DE CAMUNDONGOS ADULTOS EM TESTE DE NADO LIVRE 1Altoe, J*; 2Branco, D. P.; 1Nunes, F*; 1Abreu-Villaça, Y; 1Manhães, A. C.; 1Filgueiras, C. C. 1Ciências Fisiológicas UERJ; 2Neurofisiologia UERJ Objetivo: O sentido preferencial de rotação em testes de nado livre tem sido amplamente utilizado para estudo da lateralidade de camundongos. Uma vez que, neste teste os animais permanecem

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próximos à parede do recipiente de teste a maior parte do tempo em que estão ativos, tem sido sugerido que o comportamento rotacional pode depender de assimetrias mediadas pelas vibrissas. Desta forma, neste trabalho avaliamos se a remoção unilateral das vibrissas afeta o sentido preferencial de rotação. Métodos e Resultados: Foram utilizados Camundongos Suíços adultos. Em 15 machos foi realizada a remoção unilateral das vibrisssas com o auxílio de um barbeador elétrico (Grupo Vibrissectomizado) e em 17 machos passava-se apenas a porção sem lâminas do barbeador sobre as vibrissas de um dos lados da face (Grupo Controle). Dez minutos após, cada animal foi submetido a uma sessão de nado livre de 5 minutos (diâmetro do recipiente = 21 cm) com as lâmpadas da sala de teste apagadas. Para obtenção das imagens foi utilizada a luz da câmera VHS, cuja lâmpada foi coberta por um filtro vermelho (λ > 620nm). Foram registrados os números de deslocamentos angulares de 30° em sentido ipsolateral (DAI) e contralateral (DAC) ao lado tratado. O percentual de animais do Grupo Vibrissectomizado que rodaram predominantemente em sentido contralateral ao lado tratado (87%) foi significativamente maior (χ2 = 7,03; gl = 1; p < 0,01) que o do Grupo Controle (41%). As médias de DAC do Grupo Vibrissectomizado (357,7 ± 62,1) e do Grupo Controle (342,0 ± 80,6) não diferiram (t = 0,15; gl = 30; p = 0,88). A média de DAI do Grupo Vibrissectomizado (141,7 ± 19,1) foi significativamente menor (t = 4,18; gl = 21,2; p < 0,01) que a do Grupo Controle (351,9 ± 46,1). Conclusões: Nossos resultados sugerem que o sentido preferencial de rotação de camundongos em teste de nado livre é influenciado pelas vibrissas. 05.160 EVOCAÇÃO DA MEMÓRIA CONTEXTUAL AVERSIVA EM POMBOS: EFEITOS DO BLOQUEIO PRÉ-TREINO DO RECEPTOR NMDA COM O ANTAGONISTA MK-801 NA ATIVAÇÃO DO PRODUTO DO PROTO-ONCOGENE ZENK NO HIPOCAMPO. 1Sperandéo, M. L. A.**; 1Brito, I.**; 1Siqueira, L. O.**; 2Britto, L. R. G.; 1Ferrari, E. A. d. M. 1Fisiologia e Biofísica UNICAMP; 2Fisiologia e Biofísica USP Objetivo: Este trabalho investigou os efeitos do antagonista do receptor NMDA, MK-801, sobre o condicionamento clássico aversivo e na expressão do produto do proto-oncogene zenk no hipocampo de pombos. Métodos e Resultados: Pombos foram atribuídos a grupos com administração, i.p., 30 min antes do treino, de MK801 (GMK, n=7) ou de salina (GS, n=7) e a grupos controles randômico (GCR, n=8), contexto (GCC=7) e manipulação (GCM=4). GMK e GS receberam três associações de som (1000-Hz, 83 dB,1 s) e choque (10 mA, 35ms) numa sessão de 20 min. Para GCR os estímulos foram distribuídos aleatoriamente e o GCC permaneceu na câmara experimental sem estímulos. O teste ocorreu 24 h após o treino com exposição só ao contexto, durante 20 min. As sessões foram gravadas em vídeo. No treino, a ANOVA dos dados de freezing indicou um efeito de grupo (p<0,01), de blocos de registro durante a sessão (p<0,001) e interação de grupos e blocos (p<0,001). O teste Tukey-Kramer indicou diferenças significativas entre GS e GCC (p<0,05). No teste, houve maior ocorrência de freezing para GS e diferenças significantes entre grupos (p<0,001), blocos (p<0,001) e interação entre grupos e blocos (p<0,01). A expressão de ZENK foi avaliada por imunohistoquímica. As análises celulares indicaram expressão hipocampal de ZENK em função do teste, com maior marcação no hipocampo ventral do GS (p<0,01). Conclusões: Os dados indicam a participação do hipocampo ventral na evocação de memória contextual aversiva em pombos. O menor freezing ao contexto observado no GMK demonstra um efeito anmésico do MK-801. A participação de receptores de glutamato do tipo NMDA em mecanismos sinápticos envolvidos na plasticidade neural durante a evocação de memória aversiva ao contexto é evidenciada. 05.161 FENOBARBITAL E MUSCIMOL INTRANÍGRICOS NÃO BLOQUEIAM CRISES AUDIOGÊNICAS EM RATOS DA CEPA WISTAR AUDIOGENIC RAT (WAR). 1Rossetti, F.; 2Rodrigues, M. C. A.; 2Garcia-Cairasco, N. 1Neurologia FMRP-USP; 2Fisiologia FMRP-USP Objetivo:

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Resultados anteriores em nosso laboratório mostraram que Fenobarbital (FENO) sistêmico (15 mg/kg) bloqueia crises audiogênicas (CAs) em WARs. Com isso, justifica-se a verificação do efeito central do FENO e do Muscimol (MUS; agonista GABAA) no controle das CAs. Métodos e Resultados: Machos WAR (n=14, 250-300 g), receberam 3 estímulos sonoros (ES, 110 dB) e tiveram a avaliação comportamental das CAs segundo o Índice de Severidade Audiogênica (IS; Garcia-Cairasco e cols., Epilepsy Res., v.26, n.1, p.177-192, 1996). Todos os animais apresentaram altos SI. Os animais foram implantados estereotaxicamente com quimetrodo (microinjeção e registro de EEG) na substância negra reticulada. Adicionalmente foram implantados eletrodos (registro) no estriado e colículo superior. Foram aplicados 3 ES nos animais com intervalos de 48 h. Cinco minutos antes, no primeiro e terceiro ES injetou-se salina com tampão fosfato (pH 7,4) e no segundo, FENO (n=7; 76 ng/ 0,2 µL) e MUS (n=7; 200 ng/ 0,2 µL). Verificou-se o IS e a atividade elétrica (EEG). Os locais de injeção e registro foram confirmados histologicamente após os experimentos. Estatística: teste de Friedman (p<0,05). Não se observou efeito anticonvulsivante comportamental ou EEGráfico em 85% dos WARs injetados com MUS e 100% dos injetados com FENO. No entanto, todos os animais apresentaram estereotipias após as injeções (ambas as drogas), que foram abolidas durante a crise. Conclusões: Contrariando nossos resultados com FENO sistêmico a aplicação intranígrica de FENO ou MUS não foi capaz de provocar um efeito anticonvulsivante em WARs, mas causou um rápido surgimento de estereotipia nos animais. Estas estereotipias foram abolidas temporariamente pelas CAs. Possíveis alterações GABAérgicas centrais em WARs estão sendo investigadas. 05.162 PROJEÇÕES UROCORTINÉRGICAS-III PARA O NÚCLEO PRÉ-MAMILAR VENTRAL (PMV). Cavalcante, J. C.; Bittencourt, J. C.; Elias, C. F. Anatomia ICB III-USP Objetivo: O núcleo pré-mamilar ventral (PMv) é um núcleo do hipotálamo medial que vem sendo relacionado à modulação das funções sexuais. O PMv é amplamente povoado por fibras imunorreativas a urocortina III (Ucn III), um neuropeptídeo recém descoberto, pertencente a família do CRF. Neurônios urocortinérgicos III estão distribuídos de forma restrita, em diferentes áreas do encéfalo de rato, como o núcleo medial da amígdala, o núcleo perifornicial e o núcleo intersticial da estria terminal. Este trabalho tem por objetivo investigar a origem das fibras que inervam o PMv. Métodos e Resultados: Utilizamos ratos (Wistar) adultos machos como animais experimentais. Para determinar as aferências do PMv injetamos o traçador retrógrado subunidade b da toxina colérica (CTb) no PMv. Prosseguimos com uma imunoperoxidase padrão utilizando DAB como cromógeno para identificar os neurônios retrogradamente marcados e a distribuição normal de Ucn III. Utilizamos a técnica de dupla imunofluorescência (utilizando os fluoróforos FITC e Cy3) para observar neurônios duplamente marcados com CTb e Ucn III. Analisamos as regiões que apresentavam células Ucn III e os neurônios duplamente marcadas foram quantificados. Observamos que a grande maioria (aproximadamente 80%) dos neurônios duplamente marcados estavam na divisão póstero-dorsal do núcleo medial da amígdala (MeApd), e que aproximadamente 20% (n=3; 21±1,9%) dos neurônios Ucn III do MeApd projetam-se para o PMv. Conclusões: O MeApd possui uma grande concentração de receptores para hormônios gonadais e recebe projeções diretas do bulbo olfatório acessório, apresentando-se como uma área de integração de estímulos hormonais e feromonais. Demonstramos aqui que a grande maioria das fibras urocortinérgicas III que inervam o PMv provém do MeApd e que aproximadamente 20% dos neurônios Ucn III do MeApd projetam-se para o PMv. Portanto a Ucn III pode ser um mediador importante para a transmissão de informações hormonais e olfatórias (feromonais) do MeApd para o PMv. 05.163 USO AGUDO DE EFAVIRENZ MODULA ATIVIDADE NEURONAL. Leonelli, M.; Britto, L. R. G.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP

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Objetivo: Efavirenz, um inibidor não nucleosídeo da transcriptase reversa, é uma das drogas mais utilizadas atualmente no tratamento de pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência adquirida. No encéfalo, o efavirenz é inibidor/indutor das subfamílias 2B e 3A do citocromo P450 (CYP), também responsáveis pelo metabolismo de alguns neuroesteróides. Nos primeiros dias de tratamento com efavirenz, podem ser observadas alterações psíquicas como alucinações, distúrbios cognitivos, motores, e depressão. Neste estudo, utilizamos técnicas imuno-histoquímicas para avaliar a expressão dos proto-oncogenes c-fos e egr-1 (Zenk) no encéfalo de ratos tratados agudamente com efavirenz. Métodos e Resultados: Ratos machos da raça Wistar foram tratados com efavirenz (10 mg/Kg, via oral). Após sobrevida de 1 hora e meia, os animais foram sacrificados e seus encéfalos foram submetidos ao método da imunoperoxidase para revelar a expressão de Fos e Zenk. Observou-se grande diminuição na expressão de Fos e Zenk por todo o córtex cerebral e hipocampo, bem como no núcleo central da amígdala, nos animais tratados. Porém, houve aumento da expressão destas proteínas no locus coeruleus (LC) e no núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN). Não foi observada alteração na expressão destes proto-oncogenes em outras regiões do encéfalo. Conclusões: (1) A diminuição da expressão de Fos e Zenk no córtex cerebral e hipocampo é congruente com a sintomatologia clínica observada; (2) As regiões onde houve diminuição da expressão de Fos e Zenk são regiões onde há expressão das subunidades 2B e 3A de CYP, reforçando as suspeitas de que o efavirenz possa modular a ação do sistema CYP cerebral; (3) A atividade neuronal aumentada no LC e PVN condiz com dados de literatura que indicam que o efavirenz é o anti-retroviral atual que leva a maior aumento nos níveis plasmáticos de cortisol, indicando um mecanismo indireto na modulação do sistema imune. 05.164 ELETROFISIOLOGIA E NEUROGÊNESE PÓS-NATAL NO CÓRTEX MEDIAL DO LAGARTO TROPIDURUS HISPIDUS. 1Santana, I. A.*; 2Perez Martinez, E*; 2Lopez-Garcia, C; 2Molowny, A; 1Marchioro, M; 1Nunes, J. A. M.*; 2Ponsoda, X. 1Fisiologia CCBS-UFSE; 2Neurobiologia Universidad de Valencia Métodos e Resultados: 16 lagartos machos e fêmeas adultos (17-24 g) da espécie T. hispidus foram injetados com 5-bromodeoxiuridina (5-BrDU)(7 µl/g, a 1%) para marcação de células proliferativas. Os animais foram sacrificados 4 horas, 2, 4, 7, 15 e 30 dias depois da injeção de BrDU, perfundidos com PFA (4%), os cérebros foram retirados, seccionados (50 µm) e submetidos à imunohistoquímica para 5-BrDU. Foram obtidas marcações duplas BrDU + beta tubulina III (Tuj1), que marca neurônios em processo de diferenciação. A maioria dos núcleos marcados apareceu isolada nos animais com curto período de sobrevivência (4 horas e 2 dias pós BrDU). A partir do quarto dia e depois os núcleos apareceram pareados ou em grupos. Poucos núcleos (< 30%) apresentaram morfologia fusiforme e provavelmente são células em migração. A microscopia confocal revelou a presença de dupla marcação para BrDU + beta tubulina III (Tuj1), o que sugere que estas células são neurônios imaturos. Foi desenvolvido um método de registro extracelular em córtex cerebral isolado. Os animais foram anestesiados e o cérebro foi retirado. O córtex dos dois hemisférios foi isolado e mantido em Ringer lagarto (95% O2 + 5% CO2). 1 h mais tarde o córtex foi transferido para uma câmara de perfusão (interface) e eletrodos de estímulo (córtex lateral, CL) e registro (córtex medial, CM) foram posicionados. Potenciais de campo foram amplificados (Axopatch 1D, Axon Inst.) e registrados através do programa WCP (Dempster, 1999). Plasticidade de curta duração foi avaliada através do protocolo de pulsos pareados (PPP) com intervalos entre pulsos (IEP) de 10 e 20 ms. A estimulação do CL evocou potenciais de campo (“population spikes”, PS) no CM por períodos de até 4 horas. Com IEP de 10 ms houve inibição da segunda resposta e com IEP de 20 ms potenciação da segunda resposta do par de pulsos. Conclusões: A viabilidade de registro eletrofisiológico em córtex isolado de T. hispidus permitirá no futuro investigar o papel fisiológico dos neurônios de nova geração. 05.165

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EFEITO DIFERENCIAL DA ESTIMULAÇÃO QUÍMICA DO ACUPONTO 36E NA RESPOSTA ANALGÉSICA E ANTIINFLAMATÓRIA. Trindade, G. R*; Moustacas, V. S.*; Guimarães, P. S.*; Polo, P. A; Reis, L. C.; Medeiros, M. A. Ciências Fisiológicas UFRRJ Objetivo: Avaliar a resposta analgésica e a atividade antiinflamatória da estimulação química no ponto de acupuntura Zusanli (36E) em camundongos. Métodos e Resultados: Camundongos Webster machos (25-35g) foram utilizados para avaliar o efeito da estimulação química (micro-injeção bilateral de bradicinina 10ng/10µL) no acuponto 36E na resposta analgésica à dor aguda, mensurada através do teste de levantamento da cauda e na resposta inflamatória, mensurada através do teste do edema de orelha. O teste de levantamento da cauda consistiu na aplicação de calor irradiante na cauda e mensuração das latências de retirada das mesmas, nos tempos 5, 10, 30, 45 e 60 minutos pós-estimulação. Neste experimento, o efeito da estimulação química no 36E foi comparado a controles não estimulados e os resultados foram expressos como índices de antinocicepção e avaliados pela ANOVA para medidas repetidas. O teste do edema de orelha consistiu na mensuração da diferença entre o peso da orelha direita que recebeu óleo de cróton (5% em acetona) e da esquerda que recebeu apenas a aplicação de acetona. Neste experimento, foram constituídos três grupos: CTL: animais controles não estimulados, DEXA: animais que receberam dexametasona (1mg/kg, s.c.) e EQ-36E: animais submetidos à estimulação química do 36E. Os resultados foram avaliados pela análise de variância seguida de testes de comparações múltiplas de Fisher. A EQ-36E induziu um claro efeito antiinflamatório reduzindo significativamente a diferença entre o peso das orelhas quando comparada ao grupo CTL (ANOVA, p<0,0001; CTL (n= 18)= 7,189 + 0,76; DEXA(n= 18)= 1,271 + 0,223, EQ-36E (n= 10)= 5,201 + 0,56, Fisher PLSD: CTL x EQ-36E, p= 0,017). No entanto, a EQ-36E não alterou a resposta analgésica à dor aguda uma vez que no teste do levantamento da cauda não foi detectada nenhuma diferença significativa entre os índices de antinocicepção de animais submetidos à EQ-36E e de controles não estimulados. Conclusões: Estes resultados demonstram que a estimulação química do acuponto 36E pode induzir um claro efeito antiinflamatório sem apresentar efeito analgésico na dor aguda. 05.166 ESTUDO DA ACURÁCIA NA LOCALIZAÇÃO DE ESTÍMULOS TÉRMICOS, MECÂNICOS E DOLOROSOS NO ELEMENTO DENTÁRIO. Regatão, M.; Baldo M. V. C.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Em estudos anteriores mostramos que a maioria dos pacientes que têm dor de origem dentária pulpar ou periapical relatam dores em outras regiões da cabeça e pescoço (dor referida). Um maior número de áreas de dor referida parece estar associado à presença de polpa viva em dentes algógenos. Constatamos também, que embora dentes algógenos inferiores e superiores originem dor referida em áreas predominantemente dos ramos mandibular e maxilar, respectivamente, podem envolver quaisquer ramos trigeminais. Aqui, nosso objetivo foi investigar a influência da intensidade da dor dental sobre a dor referida e, além disso, comparar a resolução espacial de estímulos nociceptivos com a resolução espacial de estímulos mecãnicos e térmicos. Métodos e Resultados: Em uma amostra de 20 pacientes com dor de origem endodôntica, foram analisadas localização, intensidade e áreas de referência da dor. Foram também comparadas, entre si, as acurácias na localização de estímulos térmicos, mecânicos e dolorosos. Foi encontrada uma correlação positiva entre o número de áreas com dor referida e a intensidade da dor (r = 0,60; p = 0,005). Em relação à comparação de estímulos térmicos, mecânicos e dolorosos, observamos que, enquanto a acurácia na localização dos estímulos térmicos e mecânicos foi em torno de 61% e 69%, respectivamente, a acurácia na localização da dor foi de 85%. Conclusões: Estes resultados indicam que há uma correlação positiva significativa entre o número de áreas com dor referida e a intensidade desta dor. Observamos, também, uma maior resolução espacial na localização da estimulação dolorosa em relação à localização de estímulos térmicos e mecânicos nos elementos dentários. Esta maior acurácia na localização da dor possivelmente se deva ao tempo de instalação desta dor, aumentando a probabilidade de identificação da origem dolorosa.

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05.167 EFEITOS DA INJEÇÃO DE MOXONIDINA NA AMÍGDALA ANTERIOR E NA AMÍGDALA BASAL SOBRE A INGESTÃO DE SÓDIO. 1Rodrigues, F. L.**; 2Gasparini, S.; 3de Luca Júnior, L. A.; 3Menani, J. V.; 1Fisiologia FMRP-USP; 2Ciências Fisiológicas UNESP-Araraquara; 3Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara Objetivo: Um estudo anterior mostrou que injeções do agonista de receptores adrenérgicos alfa2/imidazólicos moxonidina (20 nmol) na amígdala basal reduz a ingestão de sódio induzida por 24 h de depleção de sódio (tratamento com o diurético/natriurético furosemida seguido de 24 horas com dieta deficiente em sódio). No presente estudo investigamos os efeitos de injeções bilaterais de moxonidina numa dose mais baixa (5 nmol) tanto na amígdala basal como no amígdala anterior sobre a ingestão de NaCl 1,8% induzida pela depleção de sódio. Métodos e Resultados: Ratos Holtzman (280-300 g) com cânulas de aço inoxidável implantadas bilateralmente nas diferentes áreas da amígdala(basal ou anterior) foram usados. Para depleção de sódio os ratos foram tratados com injeção subcutânea de furosemida (10 mg/rato). Após 24 h com dieta deficiente de sódio, moxonidina ou veículo foram injetados bilateralmente na amígdala basal ou na amigdala anterior antes de se oferecer água e NaCl 1,8% aos animais. Injeções bilaterais de moxonidina (5 nmol/0,2 µl) na amígdala anterior aboliu a ingestão de NaCl 1.8% (0,0 ml/2 h, vs. veículo: 16,7±1,2 ml/2 h, n=8), mas a mesma dose de moxonidina injetada na amigdala basal não modificou a ingestão de NaCl 1,8% (15,2±1,5 ml/2 h vs. veículo (16,1±1,6 ml/2 h, n=10). Conclusões: Os mecanismos adrenérgicos alfa2/imidazólicos da amígdala anterior são mais potentes para inibir a ingestão de sódio induzida por depleção de sódio do que aqueles da amígdala basal. 05.168 HOMEOSTASE DO SONO: INFERÊNCIAS OBTIDAS ATRAVÉS DE UM PROTOCOLO DE PRIVAÇÃO DE SONO CRÔNICO E INTERMITENTE, Machado, R. B.; Suchecki, D.; Tufik, S. Psicobiologia UNIFESP Objetivo: Muitos estudos já avaliaram a homeostase do sono em ratos, após períodos longos ou curtos de privação de sono, embora nenhum tenha estudado os efeitos de um protocolo de restrição prolongada de sono, mais próximo à realidade humana devido a pressões sociais ou mesmo a patologias diversas. Segunindo este raciocínio, nos propomos neste estudo avaliar os efeitos de um protocolo de restrição crônica de sono na homeostase do sono em ratos. Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos, 3 meses, foram submetidos ao implante de eletrodos para o registro do ciclo vigília-sono durante todo o período experimental. Água e alimento foram fornecidos ad libitum, a temperatura e o ciclo claro-escuro de 12h foram controlados durante o experimento. Oito ratos foram submetidos a 18 horas de restrição de sono, pelo método da plataforma única, com início às 16h00, e a uma janela de sono de 6 horas (10h00 - 16h00), por 21 dias consecutivos. Ao final do período, os animais foram avaliados por mais quatro dias, em que puderam dormir à vontade (período de recuperação). Os resultados mostraram que durante a janela de 6h de sono, houve um aumento no tempo no tempo total de sono durante os 21 dias, sendo este aumento mais pronunciado no sono paradoxal (+8,4%) e na fração de alta amplitude do sono de ondas lentas (+4,5%), quando comparado com seus respectivos valores basais (p<0,05; ANOVA/ Newman-Keuls). Também houve um declínio progressivo no número de despertares maiores do que 1,5 min. À partir do quinto dia do protocolo, os animais passaram a exibir um padrão de sono monofásico, durante a janela de 6h (≤1,5 despertares; p<0,05; ANOVA/ Newman-Keuls). Durante as 18h de privação diária de sono, o sono paradoxal foi totalmente eliminado (-100%) e a fração de alta amplitude do sono de ondas lentas foi significativamente reduzida (-7,7%; p<0,05; ANOVA/ Newman-Keuls). Entretanto, apenas um dia de recuperação foi o suficiente para que o animal retornasse ao seu padrão de sono habitual. Conclusões: Nossos achados indicam que este protocolo foi capaz de induzir alterações nos padrões de sono de ratos, sugerindo que ocorra um processo homeostático adaptativo durante a janela de sono de 6h.

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05.169 EFEITO DA DESNUTRIÇÃO PÓS-NATAL PRODUZIDA PELA DIETA BÁSICA REGIONAL (DBR) SOBRE A INIBIÇÃO LATENTE, UM MODELO DE ATENÇÃO, EM RATOS JOVENS E ADULTOS. 1Alves, C. R. R.; 1Silva, N. C. G.*; 1Almeida, E. C. de*; 1Guerra, M. L. C. M.*; 1Guedes, R. C. A.; 2Silva, M. T. D. A.; 1Nutrição UFPE; 6 Psicologia Experimental IP-USP Objetivo: A DBR é uma dieta experimental multideficiente e seu uso no início da vida pode provocar severas alterações no sistema nervoso. A inibição latente (LI) é um modelo de atenção que tem como base o fato de que a pré-exposição repetida a um estímulo neutro dificulta um condicionamento posterior quando esse estímulo tem função de estímulo condicionado (CS). O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da DBR pós-natal sobre a LI,em animais jovens e adultos. Métodos e Resultados: Ratos Wistar recém-nascidos foram amamentados por mães alimentadas com a dieta de manutenção do biotério (MB, Labina) ou DBR (grupo desnutrido). Após o desmame (25º Dia), todos receberam a dieta controle (MB). Os experimentos foram realizados aos 35-45 (ratos jovens, MD 95g e DBR 57 g), ou aos 75-85 dias (ratos adultos MB 238 g e DBR 154g) nos experimentos 1 e 2, respectivamente. Em ambas as idades, os animais foram subdivididos em 4 grupos: MB PE (n=8 e 10 para jovens e adultos, respectivamente), MB NPE (n=8 e 10), DBR PE (n=9 e 10) e DBR NPE (n=9 e 10). Sob restrição de água, foram submetidos a: a) três dias Pré-exposição a uma solução de glicose a 5% (grupo PE) ou a água (grupo NPE); b) Condicionamento (4º dia): pareamento solução de glicose – injeção de LiCl (25 mg/kg, ip, imediatamente após o término desta fase); e c) Teste (5º dia): efeito do LiCl sobre a resposta de consumo de solução de glicose. A ANOVA 2X2 revelou, nos Experimentos 1 e 2 respectivamente, efeito significativo de exposição (PE e NPE - F(1,30)=7,112, p<0,05; F(1,36)=8,311, p<0,05), e da interação exposição e dieta (F(1,30)=21,800, p<0,05; F(1,36)=41,510, p<0,05). Já a condição de dieta foi significativa no Experimento 2 (F(1,36)=11,312, p<0,05). A inspeção dos dados indicou que em ambos os experimentos a LI (PE>NPE) foi obtida apenas nos grupos mantidos com MB (X+EP: MB -- experimento 1 e 2, PE=0,73+0,03 e 0,74+0,03, e NPE=0,43+0,06 e 0,31+0,03, respectivamente). Conclusões: Os resultados sugerem que a desnutrição precoce produzida pela DBR afeta a atenção. 05.170 ANÁLISE DAS DIFERENÇAS SEXUAIS NO COMPORTAMENTO DE ATENÇÃO EM RATOS JOVENS DESNUTRIDOS. 1Albuquerque, L. C. de; 1Possolo, E. S. N. G.*; 1Silva, N. C. G.*; 1Guedes, R. C. A.; 2Silva, M. T. A; 1Alves, C. R. R.; 1Nutrição UFPE; 2Psicologia Experimental IP-USP Objetivo: Em estudos comportamentais em ratos evita-se trabalhar com fêmeas, pois se admite que as alterações hormonais durante o ciclo estral podem influir nos resultados. A “dieta básica regional” (DBR) é uma dieta experimental multideficiente e seu consumo no início da vida pode resultar em severas alterações no sistema nervoso. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de diferenças entre machos e fêmeas sobre o modelo comportamental, inibição latente (LI), na vigência da DBR Métodos e Resultados: Ratos Wistar, machos e fêmeas, recém-nascidos, foram amamentados por mães alimentadas com a dieta de manutenção do biotério (MB, Labina) ou DBR (grupo desnutrido). Após o desmame (25º Dia), receberam a dieta controle (Labina). Os experimentos foram realizados nas fêmeas (Experimento 1 – MB, 88 g e DBR, 51 g,) e nos os machos (Experimento 2 - MB, 95 g e DBR 57g) aos 35-45 dias de vida (ratos jovens). Em ambos Experimentos os animais foram subdivididos em 4 grupos: MB PE (n=8 fêmeas e 8 machos, respectivamente), MB NPE (n=9 e 8), DBR PE (n=8 e 9) e DBR NPE (n=9 e 9). Sob restrição de água, foram submetidos às fases experimentais que compõem o modelo de LI: a) três dias de Pré-exposição a uma solução de glicose a 5% (grupo PE) ou a água (grupo NPE); b) Condicionamento (4º dia): pareamento solução de glicose – injeção de LiCl (25 mg/kg, ip, imediatamente após essa fase); e c) Teste (5º dia): efeito do LiCl sobre a resposta de consumo da solução de glicose. A ANOVA 2X2 revelou, no Experimento 2, efeito significativo de exposição (PE e NPE - F(1,30)=7,112, p<0,05), e da interação exposição e dieta (F(1,30)=21,800, p<0,05). A inspeção dos dados indicou que apenas no Experimento 2 a LI (PE>NPE) foi obtida nos grupos mantidos com MB (X+EP: MB PE=0,73+0,03 e NPE=0,43+0,06, respectivamente)

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Conclusões: Os resultados preliminares sugerem que existem diferenças intersexos e nutricionais sobre a aprendizagem de estímulos funcionalmente relevantes. 05.171 EFEITO DO DIAZEPAM SOBRE A ATIVIDADE EXPLORATÓRIA DE RATOS DESNUTRIDOS PELA DIETA BÁSICA REGIONAL (DBR). Alves, C. R. R.; Costa, N. M. S.*; Melo, T.M.C.*; Silva, N. C. G.*; Guedes, R. C. A. Nutrição UFPE Objetivo: O ansiolítico diazepam (DZ), benzodiazepínico, que se caracteriza por ser depressor seletivo no Sistema Nervoso Central (SNC). O campo aberto é um modelo para o estudo da emocionalidade e atividade exploratória. A DBR é uma dieta experimental multideficiente que e se usada no início da vida, pode causar severas alterações no sistema nervoso. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do DZ no desempenho exploratório de ratos no campo aberto, na vigência da desnutrição produzida pela DBR. Métodos e Resultados: Ratos Wistar recém-nascidos foram amamentados por mães alimentadas com a dieta de manutenção do biotério (MB, Labina) ou DBR (grupo desnutrido). Após o desmame (25º Dia), receberam a dieta controle (Labina). Os experimentos foram realizados com as doses de 4,0 e 6,0 mg/kg de DZ, ip, 30 min antes da sessão experimental. Nos Experimentos 1 e 2 os animais foram subdivididos em 2 grupos: MB (VEIC e DZ n=10 para os Experimentos 1 e VEÍC e DZ n=14 no Experimento 2, respectivamente), e DBR (VEÍC e DZ n=10 e 14). Ao completarem 75-85 dias de vida e pesando em média MB 231 g e DBR 193 g foram expostos 5 min ao campo aberto e foram avaliadas as taxas de: 1) ambulação (número de quadrantes percorridos); 2) levantar (“rearing”; número de vezes que o animal levanta com as duas patas dianteiras) e 3) cruzar (número de vezes que cruza o campo aberto ou ida até o centro do campo aberto). Nos Experimentos 1 e 2 a ANOVA 2X2 revelou, respectivamente, efeito significativo apenas na condição de droga para os comportamentos de andar (F(1,36)=4,471 p<0,05; F(1,52)=6,864 p<0,05) e de levantar (F(1,36)=14,926 p<0,01; F(1,52)=96,608 p<0). Já no Experimento 2 o efeito significativo foi verificado, também, para o comportamento de cruzar na condição de droga (F(1,52)=23,278, p<0,01) e para o comportamento de levantar na condição de dieta (F(1,52)=5,727, p<0,01). Esses dados revelam que tanto a dose de 4,0 quanto a de 6,0 mg/kg diminuíram significativamente os comportamentos relacionados com a atividade exploratória. Conclusões: Os resultados sugerem que a diminuição da atividade exploratória é causada pelo diazepam e não pelo tratamento nutricional. 05.172 TESTING THE MINERALOCORTICOID-ANGIOTENSIN II SYNERGY FOR THE INGESTION OF PALATABLE MINERAL SOLUTIONS. David, R. B.; Menani, J. V.; de Luca Júnior, L. A.; Fisiologia e Patologia Objetivo: The synergy between mineralocorticoid and angiotensin II is a mechanism to explain the sodium appetite in sodium-depleted rats, and it has been demonstrated in two-bottle tests (water vs. hypertonic NaCl solution). If the synergy is a general mechanism of sodium appetite, then a selective ingestion of isotonic NaCl in relation to other mineral solutions should occur both in response to sodium depletion and to the combined exogenous administration of the two hormones. Métodos e Resultados: Adult male Sprague-Dawley-Holtzman rats were maintained in individual cages containing food, deionized water and the mineral solutions ad libitum for at least 5 days. Then, deoxycorticosterone (doca, 2.5 mg/rat) or vehicle was injected subcutaneously (sc) once a day, for 3 consecutive days. Four hours after the last injection of doca, angiotensin II (ang II, 50 ng/rat) or vehicle was injected into the lateral ventricle (icv), thus starting a five-bottle test that lasted 60 min in the absence of food. NaHCO3 was the preferred fluid ingested after icv ang II by either doca- or vehicle-treated rats (9.1 ± 2.0 and 8.0 ± 2.2 ml) compared to the ingestion of water, 0.01 M KCl, 0.05 mM CaCl2 and 0.15 M NaCl (2.4 ± 0.9 and 3.6 ± 0.9 ml, 1.9 ± 1.0 and 2.0 ± 0.6 ml, 2.4 ± 0.6 and 3.4 ± 1.1 ml, 4.7 ± 2.0 and 2.1 ± 1.0 ml, n=11-12, respectively, p<0.05), but there were no difference between the two groups. Vehicle-treated rats that received icv saline showed no fluid preference and ingested less NaHCO3 (0.5 ± 0.5 ml, n=6, p<0.05) than the icv ang II groups. A selective increase in sodium

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solution intake that included 0.15 M NaCl occurred in a naive group of sodium depleted rats that had a choice between the same fluids. Conclusões: Perhaps the mineralocorticoid-ang II synergy for sodium appetite does not apply to isotonic NaCl, suggesting that other mechanisms are responsible for the ingestion of this solution in sodium-depleted rats. ** PPGCF UFSCar/UNESP. 05.173 MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO E RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM SÍNDROME DE APNÉIA E HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO. 1Grego, B. H. C.; 1Sales, L. V.**; 2Brandão, L. C.*; 2Bittencourt, L. R.; 2D’Almeida, V.; 1Tufik, S. 1Psicobiologia UNIFESP; 2Pediatria UNIFESP Objetivo: A Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) clínica é caracterizada por episódios repetitivos de obstrução total ou parcial das vias aéreas superiores durante o sono. A SAHOS causa hipóxia intermitente que leva ao aumento de espécies reativas de oxigênio e conseqüentes alterações vasculares (aumento de quimioceptores periféricos, aumento de pressão arterial, aumento da atividade simpática). Estudos epidemiológicos, retrospectivos demonstram uma forte correlação entre a SAHOS e distúrbios cardiovasculares como o acidente vascular cerebral, a falência cardíaca, o infarto agudo do miocárdio e a hipertensão arterial sistêmica. O objetivo deste estudo foi investigar marcadores de estresse oxidativo e de risco cardiovascular em pacientes com Apnéia do Sono Obstrutiva. Métodos e Resultados: O estresse oxidativo foi mensurado a partir dos níveis plasmáticos de substância reativas ao ácido tiobarbitúrico, que é um marcador da peroxidação lipídica e dos fatores antioxidantes: glutationa; vitaminas C, E ; enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase. O risco cardiovascular foi mensurado através da dosagem da Homocisteína (Hcy), folato e vitamina B12. Este estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP. O grupo experimental foi formado por 20 pacientes com SAHOS do sexo masculino, entre 25 e 50 anos, com índice de apnéia/hipopnéia maior que 10 eventos/hora e índice de massa corpórea menor que 40kg/m2, atendidos no Instituto do Sono e 13 indivíduos controle. Em nossas amostras não encontramos diferenças na quantidade de peroxidação lipídica e de agentes antioxidantes, tanto enzimas quanto vitaminas, entre os indivíduos do grupo controle e pacientes. Embora os valores médios de Hcy não tenham apresentado diferença estatisticamente significativa, foram encontrados níveis elevados de Hcy plasmática (>15µM) em 20% dos pacientes, o que indica um risco cardiovascular aumentado nesta população em comparação com os indivíduos normais. Conclusões: Em conclusão, estes resultados indicam que os pacientes com SAHOS apresentam níveis elevados de Hcy, sugerindo que a hiper-homocisteinemia pode estar envolvida no elevado índice de doenças cardiovasculares observadas nestes pacientes. 05.174 PAPEL DOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS E ALFA2-ADRENÉRGICOS NA AQUISIÇÃO DE ESQUIVA NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO. Meneghini, L.; Lucinda, A. M**; Borges, F. R. M.**; Godinho, M. A. A.**; Siqueira, R. M.; Marino-Neto, J.; Paschoalini, M. A.; Faria, M. S. Ciências Fisiológicas CCB-UFSC Objetivo: Tem sido demonstrado que quando ratos são submetidos ao Labirinto em Cruz Elevado (LCE) exibem elevada esquiva dos braços abertos. Durante uma re-exposição ao LCE, os animais demonstram maior nível de medo/ansiedade em relação à primeira exposição. Assim, os dados da literatura indicam que a experiência prévia altera, de modo significativo, a exploração subseqüente do LCE, sugerindo um processo de aprendizagem motivado pelo medo. O presente estudo teve como objetivo avaliar se a administração sistêmica de Escopolamina (ESC, antagonista

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muscarínico) ou Clonidina (CLO, agonista α2), drogas amnésicas, alteraria a aquisição de esquiva no LCE. Métodos e Resultados: Ratos (Rattus norvegicus) Wistar machos (220-300g) foram tratados com salina (0,9%, n=35), ESC (0.5, n=10, 1.0, n=10 e 4.0mg/kg, n=15) ou CLO (0.1, n=14 e 0.2mg/kg, n=5) por via i.p. e, após 30 min., foram testados no LCE por 5 min. (primeira exposição; E1). 24 horas após E1 os animais foram re-expostos (segunda exposição; E2) ao LCE. Ratos tratados com SAL, ESC1,0 e CLO0,1 exibiram redução na % de entrada (%EA) e de tempo de braço aberto (%TA) na E2, em relação a E1 (%EA: SAL:E1=31,8±2,9 e E2=11,5±2,4; ESC1,0: E1=32,1±4,7 e E2=14,6±4,1; CLO0,1: E1=44,7±2,6 e E2=14,8±3,9 e %TA: SAL: E1=14,6±2 e E2=2,7±0,6; ESC1,0: E1=14,7±3,7 e E2=3,2±1,2; CLO0,1: E1=21,9±6,5 e E2=3,6±0,9) o que indica aquisição de esquiva. Já os animais tratados com ESC4,0 e CLO0,2 manifestaram o mesmo nível de esquiva na E1 e na E2 (%EA: ESC4,0: E1=30,5±5,9 e E2=21,9±4,3 e CLO0,2: E1= 28,6±12,4 e E2=35,6±5,3 e %TA: ESC4,0: E1=13,6±3,9 e E2=5,3±1,2; CLO0,2: E1=7,9±5,3 e E2=9,5±3,2), sugerindo um efeito amnésico. Os tratamentos com ESC0,5 e ESC4,0 não influenciaram a locomoção dos animais, pois não alteraram o número de entradas nos braços fechados (EF), sugerindo que o efeito amnésico foi devido à ação da droga sobre circuitos neuronais envolvidos com a aquisição da esquiva. Ao contrário, a amnésia induzida por CLO0,2 pode ser atribuída a uma ação inespecífica da droga, reduzindo a locomoção dos animais, visto que diminuiu o EF durante E1 (sal=31,8±2,9 e CLO0,2=1,4±0,4). Conclusões: A administração sistêmica de ESC4,0 bloqueou a aquisição de esquiva sem alterar a atividade motora dos animais, enquanto que déficit de esquiva induzido por CLO0,2 pode ser decorrente de prejuízo motor na E1. 05.175 Oponência espectral em células ganglionares na retina da tartaruga (PSEUDEMYS SCRIPTA ELEGANTS) envolvendo estimulação tetracromática. 1Rocha, F. A. F.; 1Saito, C. A.**; 1Silveira, L. C. L.; 2Souza, J. M. D.; 2Ventura, D. S. F. 1Fisiologia UFPA; 2Psicologia Experimental IP-USP Objetivo: Investigar a influência da estimulação da luz ultravioleta (UV) na codificação de cor através de registros intracelulares em células ganglionares na retina da tartaruga, buscando possíveis combinações de oponência cromática não descritas na literatura. Métodos e Resultados: Registros intracelulares in vitro foram feitos em preparações de retinas evertidas de Pseudemys scripta elegans. Estímulos na forma de discos e anéis de luz de igual número de quanta no UV (370 nm), azul (450 nm), verde (540 nm), e vermelho (620 nm), em três intensidades diferentes (1, 2, 3 log) foram apresentados. Foram utilizados microeletrodos de vidro (120MΩ). Após a caracterização fisiológica da célula, quando possível, Neurobiotina era então injetada iontoforeticamente. As retinas foram dissecadas, fixadas durante uma hora em PFA 4% e incubadas em Streptavidina-CY-3, para posterior visualização em microscopia confocal. As células marcadas foram classificadas morfologicamente segundo a literatura (J.Comp. Neuro.358:35-62, 1995). Na retina interna foram registradas 25 células incluindo células amácrinas e ganglionares. Oponência cromática foi registrada em 6 células ganglionares; 4 combinações registradas aqui já tinham sido descritas previamente e encontramos 2 novos tipos de combinações cromáticas (UV+BGR-; B+UVGR-). Três células ganglionares e 2 células amácrinas foram OFF; uma célula ganglionar (tri-estratifcada) teve uma resposta ON/OFF e 6 células ganglionares e 7 amácrinas tiveram respostas ON. Na comparação morfológica, nós identificamos G2, G18 e G22. Conclusões: Os resultados obtidos neste trabalho acrescentam novos dados sobre oponência de cor nas células ganglionares e confirmam as evidências conhecidas relacionadas à visão tetracromática na tartaruga. 05.176 OXIDATIVE STRESS AND CARDIOVASCULAR RISK PARAMETERS IN POSTMENOPAUSAL WOMEN WITH INSOMNIA. 1 Brandão, L. C.; 2D’Almeida, V.; 1Hachul de Campos, H; 1Grego, B. H. C.**; 1Bittencourt, LR; 3Baracat, E. C.; 1Tufik, S.; 1Psicobiologia UNIFESP; 2Pediatria UNIFESP; 3Ginecologia UNIFESP Objetivo:

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Sleep complaints increase as woman enter menopause. It has been reported that 63% of postmenopausal women had sleep problems. Postmenopausal women are also at risk for health problems related to estrogen deficiency, such as cardiovascular disease. The relation between sleep and oxidative stress is still controversial. The aim of this work was to investigate cardiovascular risk factors and oxidative stress parameters in 38 Brazilian postmenopausal women (55.42 ± 4.09 years) with insomnia. Métodos e Resultados: For sleep analysis polysomnographys had been conducted. The oxidative stress parameters were analyzed by measuring blood concentration of catalase, superoxide dismutase (SOD), tiobarbituric acid (TBARS) and total glutathione (GSH) using spectrophotometric methods. As cardiovascular risk factors we measured plasma levels of Hcy, folic acid and B6-vitamin by HPLC methods. The study received the approval of Ethics Committee of UNIFESP. All patients had the diagnosis of insomnia confirmed. The mean (±SD) concentrations for the parameters studied were: Catalase – 82.45 ± 22.9 U/mgHb; SOD – 13.87 ± 1.9 U/mgHb; GSH – 6.16 ± 1.1 µmol/gHb; TBARS– 2.57 ± 0.9 nmol/mL; Hcy – 11.7 ± 2.6 µM; B-6 vitamin – 21.82 ± 4.5 nmol/mL; Folic acid – 8.91 ± 1.6 nmol/mL. Conclusões: Our results showed that the majority of the subjects presented normal concentrations of the parameters studied according to the standards reached on our laboratory, except from TBARS. In this case, only 9 women are under normal values. 05.177 PRESENÇA DE AUTOANTICORPOS CONTRA O FATOR DE CRESCIMENTO DE NERVO (ANTI-NGF) EM PACIENTES COM HANSENÍASE E SUA MODULAÇÃO PELA CICLOSPORINA A EM PACIENTES COM NEURITE CRÔNICA. 1Sena, C. B. C.**; 1Rodrigues, Y. S.; 2Salgado, C. G.; 3Xavier, M. B.**; 1do Nascimento, J. L. M.; 1Fisiologia UFPA; 2Patologia UFPA; 3Núcleo de Medicina Tropical UFPA Objetivo: Estudar a presença de autoanticorpos anti-NGF no soro de pacientes com hanseníase como base para avaliar a eficácia do tratamento com ciclosporina A (CsA) no controle de neurite crônica. Métodos e Resultados: Para avaliar os níveis de anticorpos anti-NGF no soro (1:10) de pacientes hansenianos (n=80), utilizamos o método de ELISA indireto. Níveis elevados de anti-NGF foram observados em todas as formas clinicas da doença, que estavam 2 a 4 vezes acima dos níveis obtidos em indivíduos sem hanseníase (grupo controle, n=09). Esses níveis voltam a ser estatisticamente semelhante ao grupo controle quando os pacientes reacionais crônicos são tratados com CsA (5mg/Kg/dia) e predinisona (40mg/dia) por um período de 12 meses. Após trinta dias do início do tratamento, todos os pacientes referiam melhora significativa (33,3%) ou ausência da dor (66,7%). A melhora sensorial em mãos e pés reacionais foi avaliada com o uso da técnica de monofilamentos Semmes–Weinstein (SWME), onde todos os pacientes recuperaram sensação protetora que havia sido diminuída ou perdida pelas reações. Estes resultados também são coincidentes com a recuperação da força motora desses pacientes. A atividade biológica desses autoanticorpos foi evidenciada pela inibição da diferenciação neuronal de células PC12 (bioensaio de feocromocitoma de rato) com soro de pacientes hansenianos (1:50) em meio RPMI 1640 suplementado com 100ng/mL de NGF e 1% de soro de cavalo. Conclusões: Demonstramos pela primeira vez que pacientes com hanseníase possuem níveis elevados de anticorpos anti-NGF, que foram inibidos in vivo, pelo uso de CsA. A presença destes autoanticorpos pode vir a ser um importante bioindicador para estudos futuros na terapêutica do controle de neurite crônica na hanseníase. 05.178 A INTERFERÊNCIA DA AÇÃO SOBRE A PERCEPÇÃO VISUAL NO EFEITO FLASH-LAG. Haddad Júnior, H.; Baldo, M. V. C.; Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: No presente trabalho, investigamos o efeito modulatório da ação na percepção visual por meio de uma ilusão espaço-temporal: o Efeito Flash-Lag (EFL). No EFL, um estímulo em

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movimento é percebido à frente de um estímulo de ocorrência abrupta quando ambos são apresentados fisicamente alinhados. Métodos e Resultados: Dezoito participantes (idades entre 20 e 30 anos) foram divididos em pares. Cada par era simultaneamente submetido a uma tarefa psicofísica em que tinham de reportar a posição de uma barra que movia-se horizontalmente numa tela de projeção. No centro dessa tela havia uma fenda, pela qual passava a barra em movimento. O marcador temporal usado para o julgamento espacial era um ponto que aparecia abruptamente dentro da barra. A tarefa de um dos membros do par (ativo) era controlar o momento de apresentação desse ponto (por meio de um “joystick”). Ele/ela era instruído a fazer com que o ponto fosse apresentado quando a barra em movimento estivesse alinhada com a fenda. Feito isso, ele/ela deveria reportar se a barra em movimento foi vista antes, alinhada ou à frente da fenda no momento de aparecimento do ponto. O outro membro do par (passivo) deveria apenas reportar onde a barra estava no momento de aparecimento do ponto: antes, alinhado ou à frente da fenda. Ambos os participantes do par julgavam o mesmo conjunto de estimulação visual; estavam, porém, submetidos a tarefas diferentes. Os resultados mostraram que os membros passivos, como o esperado, sistematicamente perceberam a barra em movimento à frente do alinhamento (30 ms em média) quando o ponto era apresentado fisicamente no alinhamento (EFL; p < 0,05). Já os membros ativos mostraram uma tendência não significativa de observar o EFL (p = 0,08). A percepção de alinhamento dos dois grupos foi estatisticamente diferente (p < 0,05). Conclusões: A geração ativa do estímulo visual abrupto pelo sujeito reduziu significativamente o EFL. Esse resultado mostra uma clara interferência do planejamento e/ou execução de uma ação motora na percepção visual. 05.179 AÇÃO DO L-DEPRENIL (SELEGILINA) SOBRE A TOXICIDADE DO MANGANÊS AOS NEURÔNIOS NIGRAIS PRODUTORES DE DOPAMINA 1 Oliveira, E. F.; 2 Ferreira, J. G. P.*; 3 Fernandes, A.; 4 Ponzoni, S. Ciências Fisiológicas CCB-UEL Objetivo: Avaliar a ação do l-deprenyl (selegilina), em dose inferior a inibidora da MAO-B, sobre a ação citotóxica do Mn+2 aos neurônios dopaminérgicos nigroestriatais. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos albinos machos, divididos em quatro grupos experimentais sendo dois grupos controles que receberam micro-injeção de salina na SNpc esquerda e foram tratados intraperitonialmente (i.p.) com salina ou selegilina e dois grupos microinjetados MnCl2 na SNpc esquerda na dose de 50µg/µL e tratados com salina ou selegilina sistêmica. A resposta a apomorfina (0,75mg/Kg) foi avaliada 24, 72, 120 e 168 horas após a injeção intra-nigral. A extensão da lesão foi avaliada através da coloraçao de Nissl e a expressão da enzima tirosina hidroxilase através da reação de imunohistoquímica. Os animais que receberam MnCl2 apresentaram maior expressão no número de giros que os animais controles em resposta à apomorfina. Em nenhum dos tempos avaliados o tratamento com selegilina resultou em diferença estatística na expressão dos giros. A análise histológica dos animais que receberam o cloreto de manganês na SNpc apresentou perda tecidual e intensa gliose. Os animais que receberam salina apresentaram gliose no trajeto das cânulas das micro-injeções, sem perda tecidual. A análise da expressão da tirosina hidroxilase através de densitometria óptica mostrou diferença significativa entre os animais controles e experimentais, com redução da expressão da enzima nos animais tratados com Mn. Entre os dois grupos tratados com Mn aquele que recebeu selegilina sistêmica apresentou menor expressão da enzima quando comparado ao grupo tratado com salina sistêmica. Conclusões: Os resultados obtidos no presente trabalho sugerem que a selegilina piore a ação do Mn aos neurônios nigrais. 05.180 AMOUNT OF SALIVARY SECRETION AND ELECTROLYTE CONCENTRATIONS OF SALIVARY COMPOUNDS PRODUCED BY PILOCARPINE AND ANGIOTENSIN. Saad, W. A.; Garcia, G.; Freiria-Oliveira, A. H.**; Camargo, L. A. A. Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara Objetivo:

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We studied the effect of intraperitonially (i.p). injection of angiotensin II (ANG II) and pilocarpine on the amount of salivary secretion and electrolyte concentration of salivary compounds. Métodos e Resultados: Male Holtzman rats (250-300 g) were used. The amount of salivary secretion was studied over a five-minute period. The amount of salivary secretion after i.p saline 0.15 M NaCl as control was 17±1 mg/5 min. Angiotensin II increased the salivary flow (26 ± 0.6 mg/5 min). Losartan (an AT1 antagonist) blocked the sialogogue effect of ANG II (16 ± 3.0 mg/5 min). PD123319 (an AT2 antagonist) blocked with smaller intensity the effect of ANG II (20 ± 1.0 mg/5 min). ANG II produced no change in the concentration of total protein, salivary amylase and calcium. The same happened with losartan or PD123319. ANG II increased sodium (11.8 ± 0.2 mEqL-1 vs control 6.3 ± 0.3 mEqL-1) and decreased potassium (1.9 ± 0.4 mEqL-1). Losartan blocked the effect of ANG II on sodium 12.0 ± 0.9 mEqL-1) and potassium concentration (8.0 ± 0.8 mEqL-1). Pilocarpine increased the amount of salivary secretion (490 ± 12 ng/5 min vs control 19 ± 2 ng/5 min). Losartan and PD123319 produced no change in the amount of salivary secretion stimulated by pilocarpine. Pilocarpine did not alter the total protein, salivary amylase and calcium. Pilocarpine decreased sodium (3.2 ± 0.1 mEqL -1 vs control 5.99 ± 0.3 mEqL-1) and potassium (6.6 ± 0.4 vs 12 ± 0.3 mEqL-1). Losartan and PD123319 produced no change in the effect of pilocarpine. Conclusões: In conclusion the results of the present study showed that ANG II and pilocarpine increased the amount of salivary secretion. ANGII increased the sodium and decreased potassium that was blocked by Losartan and PD123319. These effects implicated the participation of AT1 and AT2

receptors. Pilocarpine decreased sodium and potassium acting in muscaric receptors. Pilocarpine has more potent sialogogue effect than ANG II. 05.181 ANALISE DA SENSITIZAÇÃO DA RESPOSTA AO SOM APÓS DIFERENTES INTERVALOS DE TEMPO ENTRE CHOQUES ELÉTRICOS. Siqueira, L. O.**; Vieira, A. S.; Ferrari, E. A. d. M. Fisiologia e Biofísica IB-UNICAMP Objetivo: Analisar o processo de sensitização da resposta ao som em pombos, investigando as variações na magnitude e na latência da resposta em função de diferentes intervalos entre os estímulos sensitizadores (choques elétricos). Métodos e Resultados: Foram usados pombos, machos, testados em: condição com intervalo entre choques elétricos de 5 min, intervalo longo (GIL); condição com intervalo entre estímulos de 1 min, intervalo curto (GIC). Em cada condição havia grupos experimentais EXP-GIL (n=7) e EXP-GIC (n=7) e os respectivos controles Cont-GIL (n=8) e Cont-GIC N (n=6). Após 4 sessões de habituação à caixa experimental, os animais GIL tiveram: (a) determinação da linha de base com apresentação de 5 estímulos acústicos (100Hz, 100dB, 1s) a cada 30s; (b) treino, iniciado 5 min após o último som, com dois choques elétricos (10mA, 1s), intervalo entre choques de 5 min e (c) teste, iniciado dez minutos após o último choque, com apresentação de 40 estímulos acústicos (1000Hz, 100dB, 1s). Os animais dos grupos controles permaneceram na caixa experimental sem estimulação. No GIC o procedimento foi o mesmo, exceto que os intervalos (a) entre o término da linha de base e o início do treino, (b) entre os dois choques e (c) entre o último choque e o teste foi de 1 min. A amplitude e a latência da resposta foram registradas automaticamente. A sensibilização foi medida como o aumento da amplitude da resposta no teste em relação à linha de base. Os resultados mostraram maiores amplitudes da resposta no GIC em comparação ao GIL com diferença significativa de grupo indicada por ANOVA [F3,24= 8,06; p<0,001], seguida por Tukey Kramer (p<0,05). Os animais experimentais apresentaram latência média de 0,02 s (p>0,05). Conclusões: A maior amplitude da resposta ao som com intervalo curto entre estímulos indica uma facilitação da sensibilização nessa condição. Essa facilitação estaria relacionada com a ativação de estruturas neurais pelo estímulo sensibilizador, as quais convergem para o núcleo reticular pontino caudal, considerado como o principal integrador sensório-motor do sobressalto acústico. Assim, intervalos curtos favoreciam o fortalecimento sináptico nesse núcleo, aumentando a sua excitação sobre os neurônios motores e, conseqüentemente, a resposta.

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05.182 ANALYSIS OF TYROSINE HYDROXYLASE IN THE PETROSAL, NODOSE AND SUPERIOR CERVICAL GANGLIONS FOLLOWING CHRONIC NICOTINE ADMINISTRATION. Coelho, E. F.; Ferrari, M. D. F. R.**; Carrettiero, D. C.**; Fior-Chadi, D. R. Fisiologia IB-USP Objetivo: This study was carried out in order to evaluate tyrosine hydroxylase (TH) changes by means of immunohistochemistry in the nodose, petrosal and superior cervical ganglions of the rat after subcutaneously chronic nicotine administration. Métodos e Resultados: Male spontaneously hypertensive rats (SHR) (250-300g) were anesthetized and nicotine (8mg/kg.day) or placebo pellets were implanted subcutaneously. After 8 weeks, the animals were deeply anesthetized, perfused transcardially with saline followed by a 4% parafolmaldehyde solution and their ganglions were excised and pos-fixed. Longitudinal sections (14um) of the ganglions were obtained in a Leica cryostat and processed for immunohistochemistry. Sections were incubated with TH antiserum (Protos Biotech Corporation, USA) and indirect immunoperoxidase technique was employed for the detection of the immunoreaction. The quantitative microdensitometric image analysis demonstrated a significant increased intensity (spMGV) of TH immunoreactivity (IR) in the superior cervical ganglion of the nicotine treated rat (94.7 ± 3.7) when compared to the placebo rat (75.3 ± 5.2). On the other hand we have observed a significant decrease in the area (um2) occupied by TH IR in the same ganglion (299.6 ± 6.6 vs 348.9 ± 9.4 for nicotine and placebo rat, respectively). No changes were seen in TH IR in the other analyzed ganglions. Conclusões: Our results show significant changes in TH immunoreactivity in the superior cervical ganglion after chronic peripherally nicotine administration. Therefore, results suggest that TH might have a role in this ganglion following nicotine administration. 05.183 AQUISIÇÃO DE SEQüÊNCIAS DE MOVIMENTOS POR TREINO REAL E IMAGINATIVO: EVIDÊNCIA PARA OS SUBCOMPONENTES. Pavão, R.; Helene, A. F.**; Xavier, G. F. Fisiologia IB-USP Objetivo: O presente estudo investigou a aquisição de uma habilidade percepto-motora através de treino real e imaginativo, avaliando-se em que extensão a freqüência do pareamento de movimentos interfere no desempenho. Métodos e Resultados: Em uma tarefa de tempo de reação serial de oposição de dedos, 14 sujeitos foram divididos em dois grupos, submetidos a diferentes condições experimentais de treino: real (GR – em que os sujeitos executavam o movimento de acordo com o estímulo apresentado) e imaginativo (GI – em que os sujeitos imaginavam o movimento pressionando simultaneamente um botão com a mão não imaginada). Todos os sujeitos foram expostos a fases de treino (distintas para GI e GR) e teste (sempre com a execução real das oposições). Ambas as fases possuíam 5 blocos, sendo que os blocos 1 e 5 possuíam oposições de dedo aleatoriamente distribuídas (BAs), enquanto os blocos 2 a 4 possuíam apenas oposições combinadas seqüencialmente de maneira restrita (BRs). Este arranjo permitia que existissem combinações exclusivas dos BAs e combinações presentes nos BAs e BRs, que seriam executadas um número maior de vezes. No início da fase de teste o GR apresentou tempos de reação menores quando comparados aos do GI, porém, nesta fase o GI apresentou um melhor desempenho que os exibidos por GR no início da fase de treino (1). Nas BAs, as combinações mais freqüentes geraram tempos de reação menores do que as menos freqüentes, tanto na comparação dos blocos 1 e 5 do treino quanto do teste, para ambos os grupos (2). Além disso, é interessante notar que há diferença entre os tempos de execução das combinações, que se correlacionam fortemente durante a execução real e imaginativa, enfatizando a similaridade funcional entre GR e GI. Conclusões: (1) Existe aquisição de habilidades pecepto-motoras através de treino imaginativo. (2) O processo de aquisição de seqüências complexas parece ocorrer pelo pareamento de movimentos individuais, indicando a existência de subcomponentes (como propostos modelo de Shallice) que determinarão o desempenho final da seqüência. 05.184 AV3V LESION REDUCES SODIUM AND WATER INTAKE PRODUCED BY GABAA RECEPTOR ACTIVATION IN THE LATERAL PARABRACHIAL NUCLEUS. Oliveira, L. B. D.; Callera, J. C.;

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Colombari, D.S.A.; de Luca Júnior, L. A.; Menani, J. V.; Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara Objetivo: GABAA receptor activation in the lateral parabrachial nucleus (LPBN) induces 0.3 M NaCl and water intake in satiated rats. Among other important effects on fluid-electrolyte balance, lesions of the anteroventral 3rd ventricle (AV3V) region reduce water intake induced by central angiotensinergic and cholinergic activation and NaCl intake induced by central injections of renin. In the present study we investigated the participation of the AV3V region in the natriorexigenic and dipsogenic effects produced by bilateral injections of muscimol (GABAA receptor agonist) into the LPBN in satiated rats. Métodos e Resultados: Male Holtzman rats (280-320 g) with sham or electrolytic (2 mA x 10 s) lesions of the AV3V region (3 days) and stainless steel guide-cannulas implanted bilaterally into the LPBN were used. In satiated sham rats, bilateral injections of muscimol (0.5 nmol/0.2 µl) into the LPBN induced ingestion of 0.3 M NaCl and water (39.4 ± 5.7 and 9.6 ± 2.4 ml/4 h, respectively). In AV3V-lesioned rats, the ingestion of 0.3 M NaCl and water induced by bilateral injections of muscimol into the LPBN was reduced (16.1 ± 3.4 and 4.2 ± 1.4 ml/4 h, respectively). Conclusões: The results suggest an involvement of AV3V region in the 0.3 M NaCl and water intake induced by GABAA receptor activation in the LPBN. 05.185 CAMPO ELETROMAGNÉTICO ASSOCIADO A DESNUTRIÇÃO E MATURAÇÃO SOMÁTICA EM RATOS LACTENTES. 1Tatiana; Holanda, T. G.*; Prado, L. V. S.*; Freire, C.*; Anselmo, C. W. S. F.**; Catanho, M. T. J. d. A.; Teodosio, N. R.; Medeiros, M. C. Nutrição UFPE Objetivo: Neste trabalho investigou-se os efeitos da ação do campo eletromagnético (CEM) de 60 Hz associado à desnutrição sobre o desenvolvimento somática de ratos neonatos. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos lactentes da linhagem Wistar. procedentes de mães que foram submetidas a ação do CEM e às Dietas Básica Regional (DBR) com 7,8% de proteína mista (N=12) e a Controle (C), (N=24) com 18% de proteína (AIN-93), durante a gestação. As mães foram tratadas com CEM de 60 Hz, senoidal e intensidade de 3µT durante 2 horas por dia, sendo 1 (uma) hora pela manhã de 8:00 às 9:00 e 1 (uma) hora à tarde de 14:00 às 15:00 horas, no período gestacional. Foram constituídos 4 grupos de acordo com suas respectivas dietas e ação do CEM. A pesquisa dos indicadores somáticos foi realizada diariamente entre 12:00 e 14:00 horas, segundo o modelo experimental estabelecido por Smart e Dobbing (1971). Os indicadores foram: Abertura do Olho (AO); Abertura do Pavilhão Auditivo (APA); Abertura do Conduto Auditivo (ACA); Erupção dos Incisivos Inferiores (EII); Erupção dos Incisivos Superiores (EIS). Os dados analisados utilizou-se ANOVA e o teste de Kruskal Wallis, p < 0,05. Os animais submetidos a ação do CEM associado à desnutrição pela DBR apresentaram desenvolvimento somático retardado (em dias) em relação ao grupo controle, nos seguintes parâmetros: AO, 14(12-15) x 11(9-15); e APA, 4(4-4) x 2,5 (1-3), p < 0,05. Os animais tratados pela DBR sem ação do CEM os indicadores somáticos foram menos afetados: APA, 3(1-5) X 2 (1-3), p < 0.05. Conclusões: Os resultados obtidos, representados pelo retardo nos indicadores estudados são sugestivos de que o CEM associado à desnutrição interfere no processo de desenvolvimento somático. 05.186 CARACTERIZAçãO ELETROCORTICOGRáFICA E HISTOLóGICA DO ESTADO DE MAL EPILéPTICO INDUZIDO POR PILOCARPINA EM SAGÜIS. 1Perez-Mendes, P.; 2Bachiega, J. C.**; 3Blanco, M. M.**; 3Maria, S.C.**; 4Medeiros, M. A.; 3Mello, L. E. A. M. 1Fisiologia UNIFESP; 2Neurofisiologia e Fisiologia Endócrina UNIFEOB; 3Neurofisiologia e Fisiologia Endócrina UNIFESP; 4Fisiologia animal UFRRJ Objetivo: Investigar as características epileptiformes e o dano neuronal provocado pelo status epilepticus (SE) após a administração sistêmica de pilocarpina (PILO) em primatas não humanos, Callithrix jacchus Métodos e Resultados: Callithrix-jacchus (n=15), machos e fêmeas, (2-8 anos), implantados com eletrodos-transmissores para registro eletrocorticográfico por meio de radiotelemetria (Data Science) 1 dia pré-administração de PILO (controle) e por 8 horas após a administração de PILO. Os animais foram

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injetados com 250 mg/kg de PILO (i.p.). Todos os animais que entraram em SE (n=6) receberam 2,5 mg/kg de diazepam i.p. após 5 minutos do início do SE. Após monitorização os animais foram perfundidos para investigação do dano neuronal por meio da histológia de argirofiliaIII. Os registros eletrocorticográficos foram classificados como: I) período-interictal, II) espículas isoladas e III) poliespículas. Após a injeção de PILO 82% dos animais desenvolveram SE (sendo que 27% morreram após o inicio do SE) e 18% não desenvolveram SE. A latência para o início do SE variou entre 5 e 25 min, 33% dos animais permaneceram em SE entre 45 min e 1 h (G1), 50% entre 2:30 e 3:30 h (G2) e 17% 8 horas em SE (G3). Os animais do G1 (n=2) apresentaram atividade tipo I durante 3 e 22 min cada animal, tipo II, 5 e 30 min cada animal e tipo III, 6 e 22 respectivamente. O G2 (n=3) apresentou atividade tipo I durante, 71, 2 e 20 min cada animal, tipo II 52, 82 e 85 e tipo III, 72, 85 e 65 min respectivamente. O G3 (n=1) teve atividade tipo I durante 389 min, tipo II 37 min e tipo III 72 min. Nossos dados sugerem que mais relevante que a duração total do SE intercalado com períodos interictais, é a duração da somatória das crises (registros tipo II e III) o principal preditor da lesão neuronal. Conclusões: A administração de PILO em primatas não-humanos é capaz de gerar SE. Não houve relação entre a duração e a intensidade do SE. No entanto o dano neuronal observado sugere uma relação direta entre a intensidade da lesão com a somatória do tempo em que permaneceram com atividade epileptiforme (tipo II e III). 05.187 COLOCALIZAÇÃO ENTRE O HORMÔNIO CONCENTRADOR DE MELANINA (MCH) E O ÁCIDO GAMA-AMINO-BUTÍRICO (GABA) NO HIPOTÁLAMO DE RATOS. Sita, L. V.; Souto, S. S.**; Elias, C. F.; Bittencourt, J. C. Anatomia ICB III-USP Objetivo: O MCH é um peptídeo expresso predominantemente na área hipotalâmica lateral (LHA) e zona incerta medial (ZIM). O MCH está relacionado com diversas funções, incluindo a organização de comportamentos motivados, em que exibe uma função orexígena e ansiolítica, e na modulação de funções neuroendócrinas, como a regulação da liberação do hormônio luteinizante. Estudos in vitro também demonstram a capacidade do MCH em inibir a atividade sináptica de neurônios GABAérgicos, sugerindo uma provável ação como modulador da transmissão GABAérgica na LHA e ZIM. Diante disso, nos propomos a estudar a possível colocalização celular entre MCH e GABA na LHA e ZIM. Métodos e Resultados: Utilizamos ratos machos adultos jovens da linhagem Wistar. Para demonstração da colocalização, utilizamos os métodos de imunoistoquímica com o anticorpo anti-MCH e hibridização in situ com sonda para o RNAm do precursor do MCH marcada com digoxigenina e sonda para o RNAm da descarboxilase do ácido glutâmico (GAD-67), um marcador GABAérgico, com UTP marcados com 35S. Observamos que, na LHA e ZIM, 69% das células imunorreativas ao MCH e 87% das células expressando o RNAm do precursor do MCH também expressam a GAD-67. Não houve diferença significativa na porcentagem de colocalização entre essas duas regiões. Conclusões: Em vista da extensa colocalização entre MCH e GABA, podemos sugerir que o MCH participe de eventos relacionados à transmissão GABAérgica na LHA e ZIM, reforçando a hipótese de que o MCH agiria como um modulador da transmissão GABAérgica. Essa modulação poderia ter um papel importante na organização do comportamento alimentar mediado pelas células da LHA e na regulação da liberação do hormônio luteinizante nas células dopaminérgicas da ZIM. 05.188 CONEXÕES DO NÚCLEO CENTRAL DO LOBO INFERIOR DO HIPOTÁLAMO EM GYMNOTUS SP. 1Giassi, A. C. C.; 1Pereira, A. S. F.; 2Corrêa, S. A. L.; 1Hoffmann, A.; 1Fisiologia FMRP-USP; 2Anatomia University of Bristol, UK Objetivo: O presente estudo tem como objetivo descrever as conexões do lobo inferior (LI) em um gênero de peixes elétricos, o Gymnotus sp. (Actinopterygii: Telesotei). O LI é uma estrutura hipotalâmica associada à execução de respostas alimentares em teleósteos. A análise das conexões do LI faz parte de um estudo que visa analisar sua participação no comportamento de captura de presa, o que será feito por procedimentos comportamentais e neurofisiológicos.

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Métodos e Resultados: Foi utilizada como marcador neuronal a dextrana de amina biotinilada 3kDa, injetada iontoforeticamente nos grupamentos de neurônios que constituem o LI. Resultados preliminares mostram que a injeção no núcleo central (CE) do LI resultou em marcações de corpos celulares e terminais nos núcleos eletrosensorial (nE) e glomeruloso (G). O nE funciona como uma série de filtros neuronais envolvidos no processamento eletrosensorial, além de participar do controle pré-motor do núcleo marcapasso, responsável pelo ritmo da descarga elétrica do peixe. A conexão bidirecional com o nE sugere a participação do CE em respostas eletromotoras, sabidamente alteradas durante a captura de presa. Em alguns teleósteos o G está relacionado à transferência de informações visuais para estruturas hipotalâmicas, que em gimnotiformes, segundo nossos resultados, seria o CE. Entretanto existem discussões quanto à origem e homologia do G nos actinopterígeos. Também foram observados corpos celulares marcados na área mesencefálica reticular lateral. Desta forma, o CE seria alimentado por informações procedentes de estruturas pré-motoras, permitindo a correção (ou adaptação) de respostas ali elaboradas. Conclusões: As conexões observadas sugerem convergência de informações eletrosensoriais, visuais e pré-motoras para o LI, fornecendo substratos para a elaboração e execução do comportamento de captura de presa. 05.189 EFEITO DA OVARIECTOMIA ALTERANDO O CONSUMO DE SALGADO CAUSADO PELA MANIPULAÇÃO NEONATAL EM RATAS. Crema, L. M.; Diehl, L. A.*; Nieto, F. B.*; Portella, A. K.**; Silveira, P. P.**; Dalmaz, C. Bioquímica ICBS-UFRGS Objetivo: Estudos prévios do nosso laboratório demonstram que a manipulação no período neonatal, um procedimento que altera a resposta ao estresse na vida adulta, também leva a um aumento no consumo de alimentos palatáveis como o doce e o salgado, em ratos. Entretanto, alguns autores têm relatado que a ovariectomia (OVX) pode alterar o padrão de preferência por alimento salgado, aumentando a ingestão. Nosso objetivo é verificar se a ovariectomia pode alterar o aumento de consumo de salgado causado pelo estresse neonatal. Métodos e Resultados: Ninhadas de ratos Wistar foram divididas em (I) intactos, (M) manipuladas (incubadora a 37°C, 10 min/dia) durante os dias 1 a 10 pós-natal. Quando adultos, foram habituados ao Cheetos (Elma Chips) em um aparato comportamental em restrição alimentar, por 5 dias, 3 minutos por dia. Em um segundo experimento, ratas I e M foram ovariectomizadas e habituadas ao alimento salgado a partir do 12º dia após a cirurgia. No teste, realizado sob restrição alimentar, ratas manipuladas no período neonatal ingeriram mais salgado que ratas intactas (I=0,44+0,14; M=0,81+0,09; n=10-11/grupo, teste t de Student, p = 0,03). No experimento utilizando ratas OVX, não houve diferença entre os grupos (I=0,64+0,21; M=0,86+0,16; n=11–13/grupo, p=0,44). Comparando ratas OVX e ratas não submetidas à cirurgia, vemos que houve um aumento não significativo do consumo de salgado nas intactas, sem diferença no consumo das manipuladas. Conclusões: A ovariectomia, embora não apresente efeito significativo “per se”, impediu a expressão do efeito da manipulação neonatal sobre o consumo de alimento salgado. Portando, após a cirurgia, não há diferença entre os grupos intacto e manipulado. Como não houve o aumento esperado no grupo manipulado, sugerimos que diferentes eixos como o HHA (hipotálamo-hipófise-adrenal) e HHG (hipotálamo-hipófise-gonadal), ambos envolvidos no controle do comportamento alimentar, possam interagir para a determinação do consumo de salgado nesses animais. 05.190 EFEITO DO ACUPONTO F3 NO TESTE DO NADO FORÇADO E NO CAMPO ABERTO EM CAMUNDONGOS. 1Brocardo, P. S.**; 1Moraes, C. F.; 3 Mattioli, S. C.; 1Rodrigues, A. L. S.; 1Bioquímica CCB-UFSC; 2Fisioterapia UNESC Objetivo: Acupuntura é uma técnica milenar baseada nos princípios da Medicina Tradicional Chinesa. Alguns estudos têm demonstrado os efeitos terapêuticos da acupuntura no tratamento da depressão em humanos (Hum. Psychopharmacol. 17: 345-348, 2002) e animais (Neurosci. Lett. 318: 85,2002). O objetivo deste trabalho é estudar o efeito do tratamento repetido (7 dias)

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utilizando o acuponto F3 -Taichong- no teste do nado forçado (TNF) e no teste do campo aberto em camundongos. Métodos e Resultados: Camundongos Swiss machos (30-40 g, n= 5-7 por grupo) foram divididos em 3 grupos: grupo I controle sem manipulação (CSM) e grupo II controle manipulado (CM) e grupo III aplicação de acupuntura (F3). Os animais do grupo F3 foram submetidos diariamente, no período das 08 as 09:30 horas, ao tratamento com acupuntura no acuponto F3 (bilateralmente) por 30 segundos durante 7 dias. Os animais pertencentes ao grupo (CSM) não foram manipulados em nenhum momento durante o protocolo, já o grupo II não foi estimulado com acupuntura, mas foi manipulado manualmente durante 30 segundos diariamente. Após 24 h da última manipulação ou da sessão de acupuntura os animais foram submetidos ao TNF ou ao teste do campo aberto. Os animais estimulados durante 7 dias (30 segundos) no acuponto F3 apresentaram diminuição do tempo de imobilidade no TNF: 23,5%±6,8% em relação ao grupo controle sem manipulação (CSM) o qual não difere significativamente do grupo controle com manipulação (CM). Nenhum dos grupos apresentou alteração locomotora no campo aberto. Conclusões: Estes resultados mostram que o acuponto F3 produz um efeito antidepressivo em camundongos quando avaliados no TNF, e que este efeito não está relacionado a um efeito psicoestimulante. 05.191 EFEITO DO ENVELHECIMENTO NA ATENÇÃO VISUAL AUTOMÁTICA E VOLUNTÁRIA. Mota, A. M.; Silva, K. C.**; Carreiro, L. R. R.**; Piemonte, M. E.; Baldo, M. V. C. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Verificar possíveis déficits da alocação da atenção visual automática e voluntária ocasionados pelo envelhecimento. Métodos e Resultados: Participaram 11 pacientes com DP (estágios 1 e 2 de Hoehn e Yahr) , 13 idosos e 7 jovens saudáveis. Foram realizados dois experimentos psicofísicos; o primeiro envolvia a atenção automática e o segundo a atenção voluntária. No experimento I era apresentada uma pista não preditiva representada por um contorno de um quadrado. Após um intervalo inter estímulo (IIE) de 100 ou 800 ms era apresentado o alvo (um quadrado preenchido). No experimento II era apresentada uma pista preditiva representada por uma seta no centro da tela que indicava com validade de 70% onde o sujeito devia alocar a sua atenção. Após um IIE de 300 ou 800 ms era apresentado o alvo (um quadrado preenchido). Tanto no experimento I como o II, o sujeito tinha de responder o mais rápido possível ao aparecimento do alvo (tempo de reação simples, TR). Resultados: Realizamos uma ANOVA para comparar a atenção automática e voluntária. Observamos uma significativa modulação da atenção nos dois experimentos. Para a atenção automática houve um aumento do TR nas posições precedidas pela pista periférica: DP: 434 ± 29; idosos: 451 ± 44 e jovens: 266 ± 16 ms (média ± epm). Para a atenção voluntária, as pistas válidas geraram um TR menor: DP: 356 ± 21; idosos: 357 ±40 e jovens: 236 ± 20ms. Em ambos os experimentos, não houve diferença significativa entre pacientes com DP e idosos (p>0,83). Entretanto o grupo de jovens apresentou diferença significativa em relação aos pacientes com DP (p<0,003) e idosos (p<0,01). Conclusões: Esse estudo sugere que no envelhecimento ocorre um déficit em ambas as formas de atenção (automático e voluntário). A diferença não foi significativa entre DP e idosos, porque possivelmente esses pacientes com DP estão nos estágios iniciais da doença e sob terapia medicamentosa. 05.192 EFEITOS A CURTO PRAZO DA HIPERGLICEMIA SOBRE A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DA DEPRESSÃO ALASTRANTE CORTICAL EM DUAS FASES DO RITMO CIRCADIANO. 1Silva, H. B.*; 2Ximenes da Silva, A. 1Nutrição UFAL; 2Fisiologia UFAL Objetivo: Este trabalho teve por objetivo estabelecer uma correlação entre a hiperglicemia aguda e a propagação da depressão alastrante cortical durante duas fases do ciclo circadiano: final da fase de escuridão (ZT 24) e metade da fase clara (ZT 05). Métodos e Resultados: Foram utilizados 24 ratos machos da espécie Wistar. Esses animais foram mantidos em ciclo luz/escuridão (6h:18h luz) e foram alimentados com dieta padrão comercial ("Labina"). No dia anterior ao experimento foram submetidos à jejum de 12 horas para

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estabilização dos níveis glicêmicos. Nesses animais a variação de lenta voltagem (VLV) que caracteriza a depressão alastrante foi registrada nos dois tempos circadianos, ZT 05 e ZT 24. Após pesados e anestesiados (uretana 12,5% e cloralose 0,5% , 1000 mg/kg i.p.), os animais foram traqueostomizados e três orifícios foram abertos na calota craniana: um na região frontal para estimulação cortical com KCl a 2% e deflagração da depressão alastrante cortical (DAC) e dois na região parietal para o registro da VLV da DAC a cada 20 minutos e durante 3 horas. A glicemia foi aferida utilizando-se método colorimétrico (glicosímetro e fitas reagentes), anteriormente a injeção de soluções e uma hora após essa manipulação. Decorrida uma hora de registro da DAC foi-se injetado 1ml de glicose a 40% ou 1 ml de manitol através de via intravenosa (veia femoral), e após uma hora a glicemia foi novamente aferida. A média inicial da glicemia dos ratos do grupo ZT 05 foi de 66,5 mg/dL (± 22,88) e a glicemia final após a injeção de glicose foi significativamente aumentada (p<0,05, teste t de Student) para 191,62 md/dL (± 44,77) e nos ratos ZT 24 , a glicemia inicial foi de 61,38 mg/dL (± 15,15), a glicemia média final também apresentando um aumento significativo (p<0,05, teste t de Student) para 150,9 mg/dL (± 54,90). No grupo tratado com manitol não houve variação significativa da glicemia. A velocidade de propagação da DAC foi medida dividindo-se a distância entre os eletrodos registradores pelo tempo gasto para a onda da DAC atravessar essa distância. No tempo circadiano ZT 05 a velocidade inicial de propagação da depressão alastrante cortical foi de 2,85 mm/min (± 0,77) e na primeira hora depois da injeção de glicose foi de 2,96 mm/min (± 0,77), na segunda hora sendo de 2,50 mm/min (± 0,68). Nos animais do grupo ZT24 a velocidade inicial média foi de 3,05 mm/min (± 1,3) e na primeira hora depois da injeção de glicose 2,97 mm/min (± 0,86) na segunda hora 2,81 mm/min(± 0,77), no grupo dos animais que receberam manitol a velocidade inicial foi de 3,23 mm/min (± 0,87), na primeira hora após o manitol foi de 3,21 mm/min (± 0,66) e na segunda hora foi de 3,27 mm/min (± 1,03). Nos dois tempos circadianos não constatamos efeitos significativos da glicemia sobre a velocidade de propagação da DAC (ANOVA one-way). Conclusões: No período estudado de 2 horas após a indução da hiperglicemia a velocidade de propagação da depressão alastrante cortical não sofreu alteração significativa nas duas fases do ciclo circadiano observadas. Estudos adicionais estão sendo realizados onde a velocidade de propagação da DAC está sendo avaliada em diferentes tempos circadianos. 05.193 EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO INTRACEREBRO-VENTRICULAR DE MAPROTILINA (MPT) SOBRE OS LIMIARES DA REAÇÃO DE DEFESA INDUZIDOS PELA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DA MATÉRIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL(MCPA). 1Lugon, A. B.; 1Barros, T. G.*; 2Bittencourt, A. S.; 1Schenberg, L. C. 1Ciências Fisiológicas UFES; 2Psicobiologia UNIFESP Objetivo: Este experimento avaliou o efeito central da maprotilina, um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina, sobre os limiares da reação de defesa induzidos pela estimulação elétrica da MCPA. Métodos e Resultados: Ratos Wistar (n=21) implantados com uma cânula no ventrículo lateral e um eletrodo na MCPA foram submetidos a 3 sessões de estimulação com pulso senoidal em dias consecutivos, como se segue: Dia 1 - controle, Dia 2 - 20 minutos após a administração i.c.v. de 62 nmol/15 µL de maprotilina (MPT), Dia 3 - washout. Os limiares medianos (I50±EPM) foram estimados por regressão logística das freqüências acumuladas das respostas limiares e as curvas de limiar comparadas por razão de verossimilhanças (*p<0,05, Bonferroni). A tabela abaixo compara as variações percentuais das medianas em relação aos limiares basais (Dia 1). Dia exoftalmia imobilidade trote galope salto defecação micção

2 23,3* 25,2* 23,6* 32,5* 9,3 44,9* 2,4

3 24,8* 24,0 27,5* 32,7* 14,7 16,6* 25,1*

Conclusões: Como a administração aguda (e.v.) de MPT exerce uma potente inibição do locus coeruleus (Ceci e Borsini, Eur J Pharmacol, 312: 189-193, 1996), nossos resultados sugerem um efeito facilitador

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deste núcleo sobre todas as respostas de defesa exceto o salto e a micção que não foram afetados pela administração aguda. 05.194 EFEITOS DA DESCONEXÃO HIPOTALÂMICA CRÔNICA SOBRE AS RESPOSTAS PRESSORAS INDUZIDAS PELA INJEÇÃO CENTRAL DE SALINA HIPERTÔNICA, CARBACOL E ANGIOTENSINA II EM RATOS. 1Rodrigues, L. S. U.; 2Colombari, E.; 1de Luca Júnior, L. A.; 1Menani, J. V.; 1Colombari, D. S. A.; 1Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP-Araraquara; 2Fisiologia UNIFESP Objetivo: Dados anteriores do nosso laboratório demonstraram que a desconexão hipotalâmica caudal ao núcleo paraventricular do hipotálamo (DH-C) agudamente (1 dia), não alterou o baro e o quimiorreflexo, mas reduziu as respostas pressoras induzidas pelas injeções de angiotensina II (ANG II), carbacol (agonista colinérgico) e salina hipertônica (SH) no ventrículo lateral (VL). Dessa forma, no presente estudo investigamos os efeitos da DH-C crônica (15 dias) sobre as respostas pressoras induzidas pelas mesmas substâncias injetadas no VL de ratos acordados. Métodos e Resultados: Quinze dias antes dos testes, ratos Holtzman foram submetidos à DH-fictícia (N= 5-7) ou DH-C (N=8-10) que foi realizada utilizando-se uma microfaca posicionada 1,5 mm caudal ao bregma, introduzida no cérebro até a base do crânio e submetida a movimentos giratórios de 90° à esquerda e à direita. Para a DH-fictícia não se realizou a rotação da microfaca. Após a DH, foi implantada uma cânula no VL. A DH-C crônica não alterou os valores basais da pressão arterial média (122±2 vs. DH-fictícia: 119±3 mmHg) e freqüência cardíaca (366±10 vs DH-fictícia: 387±10 bpm), tampouco alterou o baro e quimiorreflexo . As respostas pressoras induzidas por ANG II (50 ng/1 ml), carbacol (4 nmol/1 ml) e SH (NaCl 2 M, 2 ml) nos ratos com DH-fictícia (22±2, 36±5 e 35±4 mmHg, respectivamente) foram reduzidas nos animais com DH-C crônica (12±2, 21±2 e 21±3 mmHg, respectivamente). Conclusões: Tanto agudamente como cronicamente a DH-C reduziu as respostas pressoras induzidas pelas injeções centrais de ANG II, carbacol e SH o que sugere que essas respostas dependem de vias neurais interrompidas pela DH-C. 05.195 EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO DO COLÍCULO SUPERIOR NA ATENÇÃO VISUAL DE PRIMATAS. Ceriatte, C.; Diogo, A. C. M.; Gattass, R. IBCCF-UFRJ Objetivo: Estudar os efeitos da estimulação elétrica do colículo superior (CS) do macaco (Macaca e Cebus) durante a realização de uma tarefa de discriminação de pareamento com retardo. Métodos e Resultados: Métodos: Dois macacos adultos do sexo masculino foram treinados em testes de pareamento com retardo. Neste teste, após o animal ter fixado o olhar na região central do monitor, apresenta-se o estímulo amostra numa determinada região, seguido, depois de um intervalo de tempo, do estímulo teste no mesmo local. O animal deve indicar quando os estímulos amostra e teste pareiam. Em algumas condições foi apresentado um estímulo distrator simultaneamente ao estímulo teste, porém em região diferente. Aplicava-se estimulação elétrica (200Hz, 30-40ua) nas camadas superficiais do CS na mesma localização topográfica dos estímulos teste e distrator. Resultados: Estimulação elétrica do local de representação do estímulo distrator prejudicou o desempenho do animal, porém quando era realizada no local do estímulo teste, melhorava-se a sua performance. Aplicar estimulação quando o estímulo distrator não estava presente produzia pouco ou nenhum déficit na performance do animal. Foi observada uma melhora na realização da tarefa após dias consecutivos de estimulação. Conclusões: A micro-estimulação elétrica das camadas superiores do CS direciona a atenção para o local do campo visual de mesma representação topográfica, quando neste é apresentado um estímulo. O dados sugerem que o CS, além de participar no controle oculomotor, contribui para o controle da atenção visual espacial. 05.196

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EFEITOS DO LOSARTAN E DO ÓXIDO NÍTRICO SOBRE A NATRIURESE INDUZIDA PELA APLICAÇÃO DE ANGIOTENSINA II NA ÁREA SEPTAL LATERAL. Garcia, G.; Saad, W. A.; Camargo, L. A. A. Fisiologia e Patologia UNESP-Araraquara Objetivo: Determinamos os efeitos do Losartan, inibidor não peptidérgico dos receptores AT1 da angiotensina II (ANGII) e das substâncias doadoras de Óxido Nítrico (ON), Nitroprussiato de Sódio e L- Arginina , bem como do 7- Nitroindazol, inibidor da Óxido Nítrico Sintetase (ONS), injetados na Área Septal Lateral (ASL) sobre a natriurese, induzida pela ANGII (50ng/0,5ul), injetada na ASL. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Holtzman com cânulas implantadas na ASL pesando entre 250 e 300g. O volume das drogas injetadas foi de 0,5µl por um período de 10 a 15 segundos. Foi realizada uma sobrecarga de água correspondente a 5% do peso corporal do animal a fim de obter fluxos urinários contínuos, medidos por um período de 120 minutos. A ANGII induziu um aumento da natriurese (198,0 + 10,3 µEq/2h) quando comparado ao grupo controle (37,1 + 4,0 µEq/2h). Com relação ao Nitroprussiato de Sódio e a L-Arginina, houve uma diminuição da natriurese em relação ao efeito da ANGII (173,7 + 7,0 e 168,5 + 8,1 µEq/2h respectivamente).O losartan provocou uma diminuição no efeito da ANGII (155,3 + 7,6 µEq/ 2h). O 7-nitroindazol diminuiu a natriurese induzida pela ANGII (62,2 + 5,0 µEq/ 2h). Conclusões: Estes resultados sugerem que o oxido nítrico participa nos efeitos natriuréticos da ANGII quando injetada centralmente. Os receptores do tipo AT1 participaram efetivamente neste controle. 05.197 ENVOLVIMENTO DA MORFINA NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA AO ESTRESSE EM MOLUSCOS DA ESPÉCIE BIOMPHALARIA TENAGOPHILA. 1Sato, N. S.*; 1Waissel, I.; 2Natal, C. L.; 1Langone, F.; 2Mineo, J. R. 1Biologia IB-UNICAMP; 2Biologia UFU Objetivo: Determinar o possível efeito da morfina no estresse induzido por iluminação contínua nos parâmetros imunológicos de gastrópodes da espécie Biomphalaria tenagophila. Métodos e Resultados: Foram utilizados 14 animais adultos, divididos em grupos, controle e experimental, para a contagem dos hemócitos circulantes (n=14). Em todos os experimentos, os animais, dos grupos controle e experimental, permaneceram em aquários idênticos, sob as mesmas condições físico-químicas, exceto pela presença de morfina no grupo teste. Após um período de adaptação, 14h de claro e 10h de escuro, a iluminação do grupo teste era mantida durante 48h. Nestes grupos, ao final de cada período experimental, os animais eram submetidos à punção de hemolinfa da região cefalo-podal e os hemócitos eram contados em câmara de Neubauer; o grupo experimental se diferenciava do controle por ter sido pré-tratamento com morfina antes de iniciar o período de iluminação contínua de 48 horas. O tratamento estatístico foi feito pelo teste t-Student. O número de hemócitos/µl foi maior nos animais do grupo experimental (170,3 ± 6,7) quando comparados com os do grupo controle (93,3 ± 13,3), sendo p<0,01. Conclusões: A morfina parece representar, para os moluscos estudados, um importante componente na regulação da expressão do número de hemócitos. Tais mecanismos de interação e comunicação precisão ser melhor elucidados. 05.198 EVOLUÇÃO TEMPORAL DO BENEFÍCIO E DO CUSTO DA ORIENTAÇÃO DA ATENÇÃO VISUOESPACIAL AUTOMÁTICA PARA OS DOIS LADOS DO ESPAÇO. Righi, L. L.; Barros, B. A. D. C.**; Ribeiro-do-Valle, L. E. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Investigar a possibilidade de haver diferenças interlaterais na evolução temporal do benefício e do custo (B-C) da atenção visuoespacial automática. Métodos e Resultados: Doze homens jovens realizaram uma tarefa de tempo de reação. Em cada tentativa da sessão de teste aparecia um ponto de fixação (PF) e dois anéis periféricos. Após cerca de 2 s, um dos anéis (condição unilateral) ou os dois anéis (condição bilateral), escureciam por 17, 50 ou 83 ms. Logo em seguida o voluntário tinha que responder com a mão do mesmo lado deste estímulo.Sendo que o custo é a diferença entre o tempo de reação (TR) da posição oposta e

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da posição neutra, o benefício é a diferença entre o TR da posição neutra e da posição mesma e o efeito atencional é a soma do custo e do benefício: para as Assincronias entre Início dos Estímulos (AIE) de 17 e 50 ms não houve diferença significante no efeito atencional produzido pelo E1 do lado esquerdo e direito, mas para a AIE de 83 ms este efeito foi maior para E1 do lado direito (p = 0,017). Conclusões: Os resultados indicam uma diferença interlateral na orientação da atenção que se manifersta quando se soma o efeito de seu benefício com o de seu custo em uma AIE mais longa. 05.199 EXPRESSÃO DE GENES DE LINHAGEM NEURAL EM CÉLULAS MONONUCLEADAS DE MEDULA ÓSSEA DE RATOS. Keim, L. M. N.; Pinto, M. L. M.*; Piranda, M. C. N.*; Mendez-Otero, R. IBCCF-UFRJ Objetivo: A capacidade de células tronco (CT) de medula óssea (MO) se diferenciarem em linhagem neural têm sido objeto de estudo freqüente na atualidade, dada a gravidade das doenças relacionadas ao sistema nervoso somada aos resultados insuficientes das terapias disponíveis até então. No entanto é importante atentar para o fato de que células mesenquimais de MO expressam genes de diversas linhagens espontaneamente em cultura. CT hematopoiéticas ex vivo expressam nestina, um filamento intermediário de CT neurais. O objetivo deste trabalho é avaliar a expressão espontânea de genes característicos de linhagem neural em células de MO de ratos ex vivo. Métodos e Resultados: A MO de 3 ratos Lister adultos foi extraída e as células mononucleadas (CMN) foram separadas por gradiente de Ficoll 1077 (R), fixadas com paraformaldeído 1% e distribuídas por citocentrifugação em lâminas gelatinizadas. A expressão de NF200, NSE e S100 foi analisada por imunocitoquímica (anticorpo policlonal anti NSE, DAKO, 1:100; anticorpo policlonal anti S-100, SIGMA, 1:80; anticorpo policlonal anti NF200, SIGMA, 1:50). Nossos dados preliminares mostram que 34,58% ±23,05 das CMNMO expressam NSE, 36,22% ±21,35 expressam S100 e 70,69% ±39,06 expressam NF200. Conclusões: A expressão dos marcadores neurais NF200, NSE e S100 em MO de ratos não é decorrente de um processo de cultura. Estes marcadores não podem ser usados para determinar a diferenciação de CT de MO em linhagem neural. 05.200 FUNCTIONAL INTERRELATIONSHIP BETWEEN THE LATERAL PARABRACHIAL NUCLEUS (LPBN) AND BRAIN AREAS INVOLVED IN SODIUM BALANCE REGULATION. 1Godino, A.**; 2Margatho, L. O.**; 2Antunes-Rodrigues, J.; 1Vivas, L. 1Instituto de Investigación Médica M. y M.Ferreyra 2Fisiologia FMRP-USP Objetivo: The goal of the present work was to study the monosynaptic connections between the groups of cells activated after salt-induced ingestion and the LPBN neurons. Métodos e Resultados: In Wistar male rats (250-300gr), to identify the activated neurons projecting to the LPBN we used the analysis of central Fos immunoreactivity following peritoneal dialysis-induced sodium intake in combination with the immunodetection of the retrograde tracer, Fluorogold. (FG). FG was administered into the LPBN through an iontophoretic injection. After 7 days, the sodium appetite was stimulated by an acute body sodium depletion induced by peritoneal dialysis (PD). Twenty-four hours after PD (n=4) and PD-sham (n=2), an intake test of 2% NaCl solution was given. Ninety minutes after the intake test, the animals were perfused for immunohistochemical detection of Fos and FG. Data are reported as means ±SEM. The level of significance was set at p<0.05. Compared to PD-sham group our data showed that: Along the brainstem the number of double immunoreactive cells significantly increased in PD rats within the nucleus of the solitary tract (PD:4.7±0.7 vs PD-Sham:0±0) and the dorsal raphe nucleus (PD:6±0.6 vs PD-Sham:2.5±0.5). At forebrain level, the Fos-FG positive cells were significantly augmented in the ventral and posterior subnuclei of the hypothalamic paraventricular nucleus (PD:6±0.7 vs PD-Sham:1.5±0.5) and in the Central Extended Amygdala complex, specifically the laterodorsal division of the bed nucleus of the

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stria terminalis (PD:4.3±0.3 vs PD-Sham:1±0.9) and the lateral division of the central amygdaloid nucleus (PD:5.3±1 vs PD-Sham:0.5±0.5). Besides, the subfornical organ (PD:3.6±0.3 vs PD-Sham:0±0) and organum vasculosum of the laminae terminalis (PD:2.3±0.3 vs PD-Sham:0±0), showed a higher number of double immunoreactive cells in the PD rats. Conclusões: The present results reveal the specific neuronal nuclei, along the brainstem and forebrain levels, activated by sodium consumption projecting to the LPBN. These pathways may form a central neural circuit that receives and integrates input derived from body fluid control systems. 05.201 GLUTAMATE IS DECREASED IN THE NODOSE, PETROSAL AND SUPERIOR CERVICAL GANGLIONS FOLLOWING CHRONIC NICOTINE ADMINISTRATION. Coelho, E. F.; Ferrari, M. D. F. R.**; Carrettiero, D. C.**; Fior-Chadi, D. R. Fisiologia IB-USP Objetivo: This study was carried out in order to evaluate glutamate changes by means of immunohistochemistry in the nodose, petrosal and superior cervical ganglions of the rat after subcutaneously chronic nicotine administration. Métodos e Resultados: Male spontaneously hypertensive rats (SHR) (250-300g) were anesthetized and nicotine (8mg/kg.day) or placebo pellets were implanted subcutaneously. After 8 weeks, the animals were deeply anesthetized, perfused transcardially with saline followed by a 4% parafolmaldehyde solution and their ganglions were excised and pos-fixed. Longitudinal sections (14um) of the ganglions were obtained in a Leica cryostat and processed for immunohistochemistry. Sections were incubated with glutamate antiserum (Protos Biotech Corporation, USA) and indirect immunoperoxidase technique was employed for the detection of the immunoreaction. The quantitative microdensitometric image analysis demonstrated a significant decreased intensity (spMGV) of glutamate immunoreactivity (IR) in the nodose ganglion of the nicotine treated rat (193.0 ± 17.2) when compared to placebo rat (282.1 ± 23.5). We have also observed a significant decreased intensity of glutamate immunoreactivity in the petrosal ganglion (212.3 ± 18.3) when compared to placebo rat (298.0 ± 27.0), and in the superior cervical ganglion (85.1 ± 5.2) when compared to placebo rat (101.3 ± 2.7). Conclusões: Our results show significant changes in glutamate IR in the nodose, petrosal and superior cervical ganglions after chronic peripherally nicotine administration. Therefore, results suggest that glutamate might have a role in these ganglions following nicotine administration. 05.202 IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO OLFATÓRIA NA MODULAÇÃO DA IMOBILIDADE TÔNICA NO SAPO BUFO PARACNEMIS. Alves, F. L.; Pereira, A. S. F.; Hoffmann, A.; Fisiologia FMRP-USP Objetivo: Analisar os efeitos da microinjeção central de bicuculina e carbacol no bulbo olfatório do sapo, Bufo paracnemis, sobre a duração dos episódios de imobilidade tônica (IT). Métodos e Resultados: O método para a indução de IT consiste numa inversão de decúbito seguida de uma contenção manual do animal. O experimentador, com o auxílio de um cronômetro, marca o tempo necessário para induzir os episódios (latência) e o tempo em que o animal permanece em imobilidade tônica. Foram efetuadas sucessivamente cinco medidas controle de IT. Depois, o animal foi submetido á cirurgia para a implantação por estereotaxia da cânula guia no crânio, sobre a região medial do bulbo olfatório. Após 24 horas, foi microinjetada bicuculina (C= 1,71mM e V= 0,1µl) e os cinco episódios de IT foram induzidos. No outro dia foi microinjetada salina (V=0,1µl). O mesmo protocolo foi utilizado para a microinjeção de carbacol (C= 1mg/ml e V= 0,1µl). A duração média das médias dos cinco episódios de IT induzidos em sapos, após a microinjeção de carbacol, foi maior e estatisticamente significante (Teste de Duncan, p<0,05) quando comparadas com as durações nos grupos controle e salina. Já a microinjeção de bicuculina não provocou alteração nenhuma sobre esta resposta defensiva. Conclusões: Informações processadas no bulbo olfatório de sapos participam da modulação do comportamento de imobilidade tônica, pois a microinjeção de carbacol nesta estrutura aumenta a duração dos

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episódios de IT. Estes resultados reforçam dados da literatura e do nosso laboratório que indicam que tanto em anfíbios como em mamíferos, a ativação de receptores colinérgicos em diferentes regiões do SNC potencia a duração dos episódios de IT, o que permite postular a existência de um sistema colinérgico abrangente controlando respostas antipredatórias que envolvem imobilidade ativa. 05.203 INCREMENTO SELETIVO NA INGESTÃO DE SÓDIO APÓS EPISÓDIOS DE PRIVAÇÃO HÍDRICA. 1 Leite, A. S.; 2Pereira, D. d. T. B.**; 2Menani, J. V.; 2de Luca Júnior, L. A. 1Ciências Fisiológicas UNESP-Araraquara; 2Fisiologia e Patologia FOAR-UNESP Araraquara Objetivo: Ratos submetidos à privação hídrica e reidratação parcial com água (PHRP) apresentam apetite ao sódio. Episódios de privação hídrica promovem incremento na ingestão diária de solução de NaCl, mas não de água, em testes de dupla escolha. Investigamos se um animal submetido a PHRP apresenta incremento específico da ingestão de sódio em testes de múltipla escolha. Métodos e Resultados: Ratos Sprague-Dawley-Holtzman adultos (n=9/grupo) tiveram acesso livre, a não ser quando indicado o contrário, simultaneamente à água destilada (dH2O) e 4 soluções minerais palatáveis (KCl 0,01 M, CaCl2 0,05 mM, NaHCO3 0,15 M e NaCl 0,15 M) por cinco semanas. Nesse período os ratos foram submetidos, uma vez por semana, a quatro sessões de PHRP (24 h de privação hídrica e 2 h de reidratação cada) seguidas pelos testes de apetite ao sódio. Nem os ratos PHRP, nem os controles (nunca privados de água) testados simultaneamente, ingeriram água ou qualquer outra solução mineral que não fosse sódica nos 4 testes do apetite ao sódio. Nesses testes, os ratos submetidos a PHRP sempre ingeriram no mínimo 2,2 vezes mais NaCl do que os controles; valor este que chegou a ser quase sete vezes maior. Apenas no grupo PHRP, ocorreu incremento na ingestão de NaCl no 3º teste do apetite ao sódio [8,0 ml/2h], em comparação ao 1º [3,8 ml/2h, p<0,05], e na ingestão diária de NaCl a partir da 4ª semana [28,5 ml/dia] em comparação a todas as anteriores [19,8; 16,5 e 22,1 ml/dia, p<0,05]. Não ocorreu alteração na ingestão de nenhuma outra solução ou água diariamente ou no teste do apetite ao sódio. Não houve diferença entre as quantidades dos cinco diferentes líquidos ingeridos diariamente nos animais controle. Conclusões: Animais com histórico de privação hídrica têm incremento seletivo na ingestão de sódio, particularmente NaCl, tanto durante o teste de apetite ao sódio como na ingestão diária não-regulatória. 05.204 INFLUÊNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL NA NEUROGÊNESE DE SAGÜIS JOVENS. 1Cinini, S.; 1Mendes, P. P.**; 2Medeiros, M. A.; 1Mello, L. E. A. D. M.; 1Neurofisiologia UNIFESP; 2Fisiologia UFRRJ Objetivo: Diversos estudos mostram que a neurogênese pode ser modulada por múltiplos fatores, incluindo o estresse. A reorganização estrutural do hipocampo, induzida pelo estresse, pode ser a base para o entendimento de defeitos na plasticidade neuronal em doenças depressivas. Neste estudo propomos avaliar a interação entre o estresse causado pelo isolamento social e a neurogênese. Métodos e Resultados: Utilizamos 9 saguis jovens (Callithrix jacchus), com idade entre 8 a 10 meses, que foram divididos em 3 grupos: controle (n=3), 1 semana de isolamento (n=3) e 3 semanas de isolamento (n=3). Todos animais receberam uma dose de BrdU (um marcador de células neuronais em divisão)(Sigma®), 24 horas antes de serem perfundidos. A coloração das células marcadas com BrdU foi feita com avidina-biotina, usando um kit para BrdU (Zymed®). As células marcadas no hipocampo foram contadas manualmente, e a área mensurada através de um programa de análise de imagem (NIH-Image). Todos os grupos foram comparados por meio de ANOVA seguido por Newman-Keuls, considerando significante P<0,05 e os resultados apresentados em média ± desvio padrão. Ocorreu menor taxa de neurogênese nos animais isolados durante 1 semana (1972,26 ± 550) e 3 semanas (1306,78 ± 422,98), quando comparados aos animais do grupo controle (3164,77 ± 616,76)(P<0,01). Em relação aos níveis do encéfalo, os animais do grupo 3 semanas apresentaram menor taxa de neurogênese (1030,70 ± 87,18) nas Pranchas A 3.5, quando

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comparados ao grupo controle (3078,54 ± 887,94) e 1 semana (2140,84 ± 339,85) (P<0,01) e na Prancha A 1.5 (1092,85 ± 64,59) quando comparados ao grupo controle (3629,98 ± 1249,41) (P<0,03). O volume do complexo hipocampal nestes animais também mostra uma redução significante no grupo 3 semanas (8,22 ± 0,73 e 11,14 ± 0,57) quando comparado ao grupo controle (15,15 ± 0,70 e 16,33 ± 0,84) nos níveis mediais do encéfalo (Pranchas A 3.5 e A 5.5)(P<0,01). Conclusões: O isolamento social durante 1 e 3 semanas leva a uma diminuição da neurogênese em saguis jovens. 05.205 MECANISMOS SENSORIAIS E MOTORES NA FACILITAÇÃO DO TEMPO DE REAÇÃO PRODUZIDA POR UM ESTÍMULO PRECEDENTE. Arman, G. B. P.; Ribeiro-do-Valle, L. E.; Fisiologia ICB-USP Objetivo: Investigou-se em que medida a facilitação do tempo de reação a um estímulo visual, produzida por um estímulo precedente (EP) auditivo, envolve estágio de processamento sensorial ou estágio de processamento motor da via estímulo-resposta. Métodos e Resultados: Foram realizados 2 experimentos. Em cada um deles participaram 12 mulheres jovens (18 a 30 anos). A tarefa consistiu em apertar uma tecla, o mais rápido possível, após a apresentação de um disco. Esse disco aparecia de um lado ou de outro de um ponto central, em diferentes tentativas. No experimento 1, a intensidade deste estímulo foi variada entre os blocos de modo a produzir quatro graus de dificuldade para sua detecção. No experimento 2, a resposta podia ser constituída por 1,2,3 ou 4 submovimentos, de acordo com o bloco, de modo a proporcionar dificuldade motora. O EP ocorreu aleatoriamente em metade das tentativas de cada bloco. A assincronia entre o início dos estímulos foi de 200 ms. As voluntárias responderam com a mão direita em 4 blocos de tentativas e com a esquerda nos outros 4. Resultados: A análise de variância (nível de significância de 0,05) revelou que o tempo de reação na condição com EP foi menor do que na condição sem EP em ambos experimentos (p < 0,001). Houve interação entre os fatores intensidade e EP (p = 0,042) e entre os fatores compatibilidade estímulo-resposta e EP (p = 0,030) no experimento 1. Isso indica que o efeito facilitador do EP aumentou com a dificuldade de detecção do estímulo alvo para a condição compatível. Conclusões: A facilitação do tempo de reação produzida pelo EP auditivo parece se dever, pelo menos em parte, a uma ação na etapa sensorial do processamento sensório-motor. 05.206 O TRATAMENTO CRÔNICO COM AMANTADINA ESTIMULA O COMPORTAMENTO SEXUAL E ALTERA O ACÚMULO DA ENZIMA TIROSINA HIDROXILASE NO DIENCÉFALO DE RATOS MACHOS. Fontanella, J. C.; Skinner, G. O.*; Damasceno, F.*; Pinto, A. P. M.*; Cardoso, T.*; Ferraz, M. M. D.**; Almeida, O. M. M. S. d.; Ferraz, M. R. Farmacologia e Psicobiologia, UERJ Objetivo: Estudar o efeito da amantadina (AMA), droga que estimula a liberação de dopamina (DA), nos diferentes componentes neurofisiológicos da resposta sexual de ratos machos (motivação sexual, excitação sexual e ejaculação) e no sistema dopaminérgico, através da análise de acúmulo da enzima tirosina hidroxilase (TH), principal ponto de regulação da produção de DA, em áreas relacionadas às vias dopaminérgicas envolvidas no comportamento sexual masculino. Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos foram utilizados em 7 testes copulatórios de 30min, a cada 4 dias. Após o 5º teste os animais foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: controle (n=12), AMA 2,5 mg/kg p.c. (n=12) e AMA 25 mg/kg p.c. (n=12), e iniciou-se o tratamento. Após o 7º teste os animais foram fixados, o cérebro foi retirado e seccionado em criostato. Os cortes foram submetidos à imunohistoquímica para TH, e analisados em microscópio óptico. O tratamento com AMA 25 mg/kg por 8 dias facilitou os componentes excitatório, a freqüência de montas foi reduzida (KW=7,32; p=0,026) e a eficiência copulatória apresentou um drástico aumento (F=7,84; p < 0,01); e ejaculatório, a latência de ejaculação (F=22,87; p < 0,001) e o intervalo entre intromissões (F=7,39, p < 0,01) foram reduzidos (fig.1). A Organização Temporal do Comportamento Sexual foi alterada: o tratamento com AMA 25 mg/kg por 8 dias, modificou a freqüência de mount bouts (MB) (F=12,50, p < 0,001), o número de intromissões por MB (F = 21,30; p < 0,001), número de montas por MB

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(F=25,85; p < 0,001), intervalo entre MB (F=18,72; p < 0,001); tempo de cada MB (F=37,07; p < 0,001) e taxa de MB (F=26,18; p < 0,001) (fig.2). Na imunohistoquímica, observou-se um aumento de corpos celulares marcados na região incerta do hipotálamo de animais tratados com AMA 25mg/kg (fig.3). No entanto, o tratamento não alterou a marcação para TH no núcleo periventricular do hipotálamo e na substancia nigra. Conclusões: Nossos resultados ratificam a ação estimulante da AMA na resposta sexual. A análise da imunohistoquímica sugere que o tratamento crônico com AMA promove um aumento da ativação dopaminérgica na via incertohipotalâmica, principal via envolvida no comportamento sexual masculino. 05.207 RIBOFLAVINA ASSOCIADA À DIETA SEM CARNE VERMELHA REDUZ PREJUÍZOS PERCEPTO-MOTORES EM PACIENTES COM A DOENÇA DE PARKINSON. 1Pavão, R.; 1Helene, A. F.**; 1Xavier, G. F.; 2Coimbra, C. G.; 1Fisiologia IB-USP; 2Neurologia e Neurocirurgia UNIFESP Objetivo: Este estudo investigou os efeitos de um tratamento para pacientes com Doença de Parkinson baseado na administração de riboflavina associada a uma dieta sem carne vermelha. Métodos e Resultados: Grupos independentes de pacientes com Doença de Parkinson que receberam riboflavina (30 mg, a cada 8 horas, v.o.) ao longo de 1 mês (N = 4) ou de 3 meses (N = 3) e mantiveram dieta sem carne vermelha, foram comparados com grupos correspondentes de pacientes (N = 6 ou N = 7, respectivamente) não expostos a este tratamento. Todos os voluntários foram treinados e testados em tarefa de tempo de reação serial envolvendo movimentos de oposição dos dedos; em cada tentativa, o polegar deve ser encostado num dedo específico indicado pela apresentação de um "X" em uma de quatro posições possíveis da tela de um computador. Foram realizados 15 blocos de treinamento, com 32 tentativas cada. Os blocos 1-3 e 13-15 apresentavam seqüências aleatórias de movimentos; diferentemente, os blocos 4-12 apresentavam uma sequência que se repetia a cada 8 elementos. Os tempos de reação e a acurácia da resposta foram medidos ao longo de todos os blocos. Em relação aos respectivos grupos controle, os pacientes com a doença de Parkinson tratados com riboflavina exibiram tempos de reação menores (1 mês: F(1,4731)=4.08, p<0,05; 3 meses: F(1,4748)=230,40; p<0,001) e uma menor quantidade de erros (1 mês: F(1,120)=25.83, p<0,001; 3 meses: F(1,120)=41,03; p<0,0001). Conclusões: Estes resultados mostram que os pacientes com a doença de Parkinson tratados com riboflavina apresentaram desempenho superior a pacientes não tratados, em uma tarefa do tempo de reação para habilidades percepto-motoras, sugerindo que este tratamento pode aliviar seus prejuízos motores e dificuldades de memória implícita. 05.208 SEDE E APETITE AO SÓDIO EM RATOS TRATADOS CRONICAMENTE COM O INIBIDOR DA RECAPTAÇÃO PRÉ-SINÁPTICA DE SEROTONINA, SERTRALINA. Magalhães-Nunes, A. P.; Guedes Jr., D. S.; Araújo, J. P.*; Granadeiro, P. C.*; Milanez-Barbosa, H. K.*; Medeiros, M. A.; Reis, L. C. Ciências Fisiológicas UFRRJ Objetivo: Objetivamos avaliar a implicação do sistema serotonérgico (5-HT) na regulação da resposta dipsogênica e do apetite ao sódio em ratos tratados cronicamente com sertralina (SERT) um inibidor seletivo da recaptação pré-sináptica de serotonina amplamente prescrita no tratamento da depressão. Métodos e Resultados: Foram utilizados ratos Wistar (N = 8 a 15 por grupo) pesando 250-300g tratados com SERT (183mg/L na água de beber, durante 2-4 semanas) com aferição da densidade urinária, hematócrito e sódio plasmático. Para avaliar a resposta dipsogênica, ratos tratados com SERT foram privados de água ou injetados com NaCl 2M (2mL/kg, sc). Para aferição do apetite ao sódio, ratos tratados com SERT foram privados de fluidos e alimento ou depletados de sódio com furosemida (20mg/kg, sc). A privação hídrica de ratos do grupo SERT evocou ingestão de água

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inferior em relação ao grupo controle (9,7±0,5mL vs 20±0,9mL, aos 300min) porém, no 3º dia a ingestão de salina foi maior no grupo SERT (48,9±0,7mL vs 13,2±2,5mL, aos 300min) e foi decaindo até o 6º dia. A remoção da SERT provocou uma redução na ingestão de salina para níveis inferiores aos do grupo controle. A ingestão de água no grupo SERT continuou menor que a dos controles. Com a remoção de SERT a resposta dipsogênica equiparou-se aos níveis controles. A injeção de NaCl 2M e a privação de fluidos e ração evocaram resposta dipsogênica menor no grupo SERT. A depleção de sódio induziu resposta natriorexigênica mais intensa no grupo SERT enquanto a resposta dipsogênica foi inferior a dos controles. A alta densidade urinária e os baixos valores de hematócrito no grupo SERT correlacionaram-se com hiponatremia e elevados níveis plasmáticos de vasopressina (2,36±0,3 vs 1,3±0,16 pg/mL) em relação aos controles. Conclusões: Os resultados obtidos revelaram alterações na sede osmótica e no apetite ao sódio em ratos tratados cronicamente com SERT provavelmente relacionadas com a retenção renal de água e hiponatremia. Portanto, não sendo observado o conhecido efeito inibitório no apetite ao sódio decorrente da estimulação 5-HT cerebral. 05.209 SUPLEMENTAÇÃO CRÔNICA COM ÓLEO DE PEIXE APRESENTA EFEITO ANTIDEPRESSIVO, MESMO QUANDO OCORRE APÓS O PERÍODO CRÍTICO DO DESENVOLVIMENTO CEREBRAL. 1Naliwaiko, K.; 2Salles, H. M. R.*; 2Kiss, A.*; 2Araújo, R. L. F.*; 2Pamplona, J.H.*; 2Ferraz, A. C.; 1Biologia Celular UFPR; 2Fisiologia UFPR Objetivo: O período compreendido pela gestação e lactação é considerado critico para o desenvolvimento cerebral e formação do sistema nervoso central (SNC), sendo necessário aporte adequado de nutrientes. Estudos prévios demonstram que a suplementação crônica com óleo de peixe desde a gestação até a idade adulta é capaz de melhorar o comportamento de desespero em animais submetidos ao teste da natação forçada. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de efeito semelhante ou igual, em animais submetidos à suplementação quando esta foi iniciada após a gestação e lactação, período crítico do desenvolvimento cerebral. Métodos e Resultados: Ratos Wistar recém desmamados (21 dias) foram divididos em três grupos experimentais. A) óleo de peixe (OP): recebeu 3,0g/kg v.o. de mistura de óleo de peixe contendo 12% de Ácido Docosahexaenóico (DHA) e 18% de Ácido Eicosapentanóico (EPA); B) gordura de coco (GC): recebeu diariamente v.o gordura de coco, na mesma concentração; C) controle (C): recebeu ração para ratos. Os animais foram suplementados diariamente até idade adulta (90 dias) quando foram submetidos ao teste da natação forçada, para identificação do efeito antidepressivo da suplementação. Para a exclusão de resultados falso-positivos, os animais foram submetidos ao teste do campo abeto para avaliação da atividade locomotora e ao teste do labirinto em cruz elevado para avaliação do comportamento de ansiedade. Os resultados foram analisados por ANOVA (p<0,05). O resultado da natação forçada revelou efeito antidepressivo do óleo de peixe (ANOVA Kruskal-Wallis H=11,52, p= 0,0016). No labirinto em cruz elevado os resultados para número de entradas (F=0,36;p>0.05) ou tempo de permanência (F=0,44; p>0.05) nos braços fechados, e número de entradas (F=0,11; p>0.05) ou tempo de permanência (F=0,32; p>0.05) nos braços abertos não foram diferentes entre os grupos, bem como no teste do campo aberto (F=0,07; p>0.05). Conclusões: A suplementação crônica com óleo de peixe apresentou efeito antidepressivo mesmo quando a suplementação aconteceu após o período crítico de desenvolvimento do SNC, uma vez que melhorou o comportamento de desespero animais suplementados quando submetidos ao teste da natação forçada. 05.210 SUPLEMENTAÇÃO CRÔNICA COM ÓLEO DE PEIXE APRESENTA EFEITO DISTINTO SOBRE A MEMÓRIA DE RATOS SUBMETIDOS AO TESTE DE HABITUAÇÃO E LABIRINTO AQUÁTICO DE MORRIS. 1Naliwaiko, K.; 2Kiss, A.*; 2Salles, H. M. R.*; 2Araújo, R. L. F.*; 2Ferraz, A. C.; 1 Biologia Celular UFPR; 2Fisiologia UFPR Objetivo: Concentrações elevadas de ácidos graxos n-3 têm sido relacionadas com melhora da memória e capacidade cognitiva. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da suplementação

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crônica com óleo de peixe, rico em ácidos graxos n-3, sobre a memória de ratos através dos testes de habituação e Labirinto aquático de Morris. Métodos e Resultados: Ratos Wistar recém desmamados (21 dias) foram divididos em três grupos experimentais. A) óleo de peixe (OP): recebeu 3,0g/kg v.o. de mistura de óleo de peixe contendo 12% de Ácido Docosahexaenóico (DHA) e 18% de Ácido Eicosapentanóico (EPA); B) gordura de coco (GC): recebeu diariamente v.o gordura de coco, na mesma concentração; C) controle (C): recebeu ração para ratos. Os animais foram suplementados diariamente até idade adulta (90 dias), quando foram submetidos ao teste de habituação e ao labirinto aquático de Morris, para identificar as possíveis alterações de memória decorrentes da suplementação com óleo de peixe. Os resultados foram analisados por ANOVA (p<0,05). O resultado do teste de habituação revelou que a suplementação com óleo de peixe foi capaz melhorar a memória dos animais suplementados (ANOVA F (4,78)= 0,3; p<0.05), uma vez que o número de cruzamentos realizados pelos animais foi reduzido. A analise do comportamento no teste do campo aberto, revelou que a atividade locomotora dos animais não foi alterada pela suplementação (ANOVA F (2,38)= 0,45; p>0.05), da mesma forma a atividade exploratória dos animais, avaliada pelo número de rearings, também não foi diferente (Krusskla-Wallis ANOVA H (2,42)= 2,47; p>0.05), excluindo assim resultados falsos positivos na habituação. No teste de avaliação de memória operacional realizado no labirinto aquático de Morris, os resultados indicam que não houve melhora deste tipo de memória (Anova duas vias: F(6,11)=1,63; p>0.05). Conclusões: A suplementação crônica com óleo de peixe apresentou efeitos distintos sobre a memória, dependendo do teste utilizado, sendo capaz de melhorar a memória dos animais no teste da habituação, mas não no labirinto aquático de Morris. 05.211 TEMPO DE REAÇÃO DE TAREFAS MOTORAS DE DIFERENTES COMPLEXIDADES. Nisiyama, M.; Ribeiro-do-Valle, L. E. Fisiologia e Biofísica ICB I-USP Objetivo: Demonstrou-se que o tempo necessário para comandar uma resposta motora depende de sua complexidade. Em experimentos anteriores realizados em nosso laboratório observamos que uma resposta constituída por oito submovimentos apresenta uma latência maior do que uma resposta constituída por dois submovimentos. No presente estudo comparamos a latência das respostas constituídas por 2, 4, 6 e 8 submovimentos Métodos e Resultados: Testamos 6 indivíduos jovens destros. Cada individuo realizou 4 sessões de teste, separadas por 1 mês, sendo que em cada uma a resposta motora requerida era composta por 2, 4 , 6 ou 8 submovimentos, em uma ordem pseudoaleatória. Cada sessão era composta por 3 blocos de tentativas, um para resposta com a mão direita, outro com a mão esquerda e outro com as duas mãos. Em cada tentativa era apresentado um estímulo deflagrador e ao final o voluntário deveria responder o mais rapidamente possível. O tempo de reação na condição bilateral para a resposta com 8 submovimentos (média±e.p.m., mão esquerda e mão direita: 329±19 ms e 328±15 ms) foi maior do que todos os demais (298±12 e 298±12 ms, unilateral - 2 submovimentos; 284±7 e 290±10 ms, bilateral - 2 submovimentos; 300±15 e 289±16 ms, unilateral - 4 submovimentos; 289±18 e 300±17 ms, bilateral - 4 submovimentos; 295±9 e 309±12 ms, unilateral - 6 submovimentos; 300±10 e 308±15 ms, bilateral - 6 submovimentos; 305±11 e 308±16 ms, unilateral - 8 submovimentos; 0,003 < p < 0,026). Conclusões: Os resultados sugerem que as programações para início das seqüências de 2 a 8 submovimentos unilaterais e de 2 a 6 submovimentos bilaterais podem ser realizadas em um mesmo intervalo de tempo, que é inferior ao tempo necessário para a programação do início da seqüência de 8 submovimentos bilaterais. 05.212 NEUROPROTEÇÃO EM RATOS WISTAR JOVENS INOCULADOS COM A TITYUSTOXINA. Guidine, P. A. M.; Assumpção, G. A.**; Massensini, A. R.; Santos, T. M.; Doretto, M. C.; Moraes, M. F. D.; Fisiologia UFMG Objetivo:

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O envenenamento por escorpião desponta como um problema de saúde pública mundial. Segundo Soares e cols. (1997), em Belo Horizonte, entre 1990 e 1997, foram registrados 3265 acidentes, com óbito em 0,2% dos casos. A faixa etária infantil é a que apresenta maior vulnerabilidade. Nossa hipótese de trabalho é que o óbito é predominantemente causado pela ação central da toxina. Assim, objetivamos testar a ação da carbamazepina na prevenção dos efeitos induzidos pela aplicação subcutânea da tityustoxina em ratos wistar jovens. Métodos e Resultados: A tityustoxina, toxina purificada do veneno do escorpião Tityus serrulatus, foi injetada s.c. na dose de 6 mg/kg, 90 minutos após a injeção de carbamazepina (CBZ) ou veículo. A CBZ (diluída em propilenoglicol e salina) foi injetada i.p. em ratos de 21 dias de idade nas seguintes doses únicas: 12 mg/kg (n=6); 50 mg/kg (n=14); 100 mg/kg (n=8). O grupo controle recebeu apenas o veículo (n=8). Outro grupo recebeu duas doses de 50 mg/kg de CBZ. Os ratos foram filmados em caixas individuais de acrílico por 240 minutos, para posterior análise do tempo de vida. Os pulmões foram retirados e pesados após a morte dos animais, para análise do edema pulmonar (Kruskal-Wallis/Dunn para comparação entre os grupos com dose única vs controle ; Mann-Whitney para comparação entre o grupo injetado com duas doses de carbamazepina vs o grupo controle). Houve aumento significativo do tempo de vida após a injeção de tityustoxina ao compararmos: o grupo controle vs o grupo injetado com 50 mg/kg de CBZ (p<0,01); grupo controle vs grupo injetado com 100 mg/kg de CBZ ( p<0,001); grupo controle vs grupo injetado com duas doses de CBZ (p<0,05). Quanto ao peso pulmonar, houve diminuição significativa no edema pulmonar ao compararmos o grupo injetado com 100 mg/kg com o grupo controle (p<0,05). Conclusões: A CBZ, nas doses de 50 e 100 mg/kg, administrada i.p. 90 minutos antes da tityustoxina, aumenta de forma significativa a sobrevida dos animais. Na dose de 100 mg/kg, é eficaz na redução do edema pulmonar ocasionado pela injeção da tityustoxina em animais jovens.