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Terça-feira, 26 de Dezembro de 2006 I SÉRIE - Número 51 , BOLE11M DA REPUBUCA PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE SUPLEMENTO JMPRENSA NACIONAL DE MoçAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS AVISO A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma. por cada assunto. donde conste, além das indi- cações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para pubhcaçãc no «Boletim da· República,» •••••••••••••••••••••••••••••••• SUMÁRIO Conselho de Ministros: Resoluçiio n." 4512006: Aprova a Estratégia de Marketing do Turismo 2006-2013. Resoluçlo n." 4812006: Aprova a Estratégia para a Gestão de Documentos e Arquivos do Estado. R••••tuçlo n.· 4712006: Aprova o quadro de pessoal da Autoridade Nacional da Função Pública. AesoIUçiio n.· 4812006: Autoriza provisoriamente o pedido do Grupo Madal de aquisição do direito de uso e aproveitamento da terra relativamente a urna área de 17.675 ba, localizada no Posto Administrativo de Micaúne,Distritode Chinde,Província da zambézia, destinada á exploração da faW'abravia _Iuçlo n." 4912008: Ratifica o Acordo de Crédito celebrado entre o Governo da República de Moçambique e o Fundo do Kuwait para Desenvolvimento Económico Árabe. _luçIo n." 5llI2OO8: Ratifica o Acordo de Crédito celebrado entre o Governo da República de Moçam.biqu~ e o Fundo Africano de Desenvolvimento Económico Arabe. Resolus:ão n.o 4512006 de 26 de Dezembro Tornando-se necessário aprovar o instrumento para materialização do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo 200412013 no que respeita à promoção e marketing. de Moçambique como destino turístico, o Conselho de Ministros usando da competência que lhe é atribuída pela alínea.f) do n," I do artigo 204 da Constituição da República, determina: Único. É aprovada a Estratégia de Marketing Turístico 2006 - 2013, em anexo, que é parte integrante da presente Resolução. Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 17 de Outubro de 2006. Publique-se. A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo. I. Introdução A "Estratégia de Marketing Turístico 2006 - 2013" tem por pressuposto as recomendações do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo 2004 - 2013, aprovado pelo Conselho de Ministros, na sua IS" sessão, de 12 de Outubro de .2004 e resulta de um processo paíticipativo dos vários envolvidos na edificação da indústria turística. A presente estratégia é parte de um processo de realizações com enquadramento no Programa do Governo, onde o sector do turismo tem, de entre várias, por missão materializar acções de promoção e ·mar~ring de Moçambique como destino turístico. Esta estratégia reflecte os objectivos emanados da Politica do Turismo e Estratégia de sua Implementação, dos quais se destacam os seguintes: a) Desenvolver e posicionar Moçambique como um destino turístico de classe mundial; b) Contribuir para a criação de emprego, crescimento econ6micq e para o alívio da pobreza; c) Desenvolver um turismo económica e ambientalmente sustentável; d) Participar no desenvolvimento e protecção da biodiversidade; e) Preservar e disseminar os valores culturais e orgulho nacional; .f) Elevar a qualidade de vida de todo o povo Moçambicano.

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Terça-feira, 26 de Dezembro de 2006 I SÉRIE - Número 51

,BOLE11M DA REPUBUCA

PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SUPLEMENTOJMPRENSA NACIONAL DE MoçAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS

AVISOA matéria a publicar no «Boletim da República»

deve ser remetida em cópia devidamente autenticada,uma. por cada assunto. donde conste, além das indi-cações necessárias para esse efeito, o averbamentoseguinte, assinado e autenticado: Para pubhcaçãc no«Boletim da· República,»

••••••••••••••••••••••••••••••••SUMÁRIO

Conselhode Ministros:

Resoluçiio n." 4512006:

Aprova a Estratégia de Marketing do Turismo 2006-2013.

Resoluçlo n." 4812006:

Aprova a Estratégia para a Gestão de Documentos e Arquivos doEstado.

R••••tuçlo n.· 4712006:

Aprova o quadro de pessoal da Autoridade Nacional da FunçãoPública.

AesoIUçiio n.· 4812006:

Autoriza provisoriamente o pedido do Grupo Madal de aquisiçãodo direito de uso e aproveitamento da terra relativamente aurnaárea de 17.675 ba, localizada no Posto Administrativo deMicaúne,Distritode Chinde,Província da zambézia, destinadaá exploraçãoda faW'abravia

_Iuçlo n." 4912008:

Ratifica o Acordo de Crédito celebrado entre o Governo daRepública de Moçambique e o Fundo do Kuwait paraDesenvolvimento Económico Árabe.

_luçIo n."5llI2OO8:

Ratifica o Acordo de Crédito celebrado entre o Governo daRepública de Moçam.biqu~ e o Fundo Africano deDesenvolvimento Económico Arabe.

Resolus:ão n.o 4512006

de 26 de Dezembro

Tornando-se necessário aprovar o instrumento paramaterialização do Plano Estratégico para o Desenvolvimento doTurismo 200412013 no que respeita à promoção e marketing. deMoçambique como destino turístico, o Conselho de Ministrosusando da competência que lhe é atribuída pela alínea.f) do n," Ido artigo 204 da Constituição da República, determina:

Único. É aprovada a Estratégia de Marketing Turístico 2006- 2013, em anexo, que é parte integrante da presente Resolução.

Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 17 de Outubrode 2006.

Publique-se.

A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.

I. Introdução

A "Estratégia de Marketing Turístico 2006 - 2013" tem porpressuposto as recomendações do Plano Estratégico para oDesenvolvimento do Turismo 2004 - 2013, aprovado peloConselho de Ministros, na sua IS" sessão, de 12 de Outubro de.2004 e resulta de um processo paíticipativo dos vários envolvidosna edificação da indústria turística.

A presente estratégia é parte de um processo de realizaçõescom enquadramento no Programa do Governo, onde o sector doturismo tem, de entre várias, por missão materializar acções depromoção e ·mar~ring de Moçambique como destino turístico.

Esta estratégia reflecte os objectivos emanados da Politica doTurismo e Estratégia de sua Implementação, dos quais sedestacam os seguintes:

a) Desenvolver e posicionar Moçambique como um destinoturístico de classe mundial;

b) Contribuir para a criação de emprego, crescimentoecon6micq e para o alívio da pobreza;

c) Desenvolver um turismo económica e ambientalmentesustentável;

d) Participar no desenvolvimento e protecção dabiodiversidade;

e) Preservar e disseminar os valores culturais e orgulhonacional;

.f) Elevar a qualidade de vida de todo o povo Moçambicano.

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Para além da presente introdução, o documento é compostopor cinco capítuios fundamentais, nomeadamente;

Na eoiltextlullú.açilo é disponibiliz Ida informação relevanteno que concerne ao estágio e evoluçã ~ do turismo no País, naregião e ao nlvel internaciona1, paraalém :Iese destacar os objectivosda Política Nacional do Turismo no que concerne ao marketing eaos recursos que bem aproveitados permitirão posicionarMoçambique no mapa turístico mundial.

No "Diagn6stieo da Situaçilo A etua! do Marketing emMoçambique" faz-se uma resenha dos mercadosemissoresregíonaíse internacionais do turismo, a organiz ação e orçamentos para omarketing, a avaliação de material promocional e esforços para apromoção, a situação do mercado e do produto, a análise dacompetitividade, o papel das ãreas príurítãrias para investimentuno turismo e rotas turísticas, até' aos mercados de nicho paraMoçambique.

No capítulo dos ".objectivos Brtratêgieo« e Acções deMarl:Uing" faz-se menção aos objecivos definidos na Políticado Turismo e no Plano Estratégico de Desenvolvimento Turísticode Moçambique, cujo alcance depende de várias acções deMarketing tidas como prioritárias pai a o período 2006 - 2013.Foram definidos quatro objectivos es'ratégicos e as respectivasacções concretas consideradas prioritát ias para o desenvolvimentodo marketing neste período.

No capítulo referente a "Resultai/os Esperados", estes sãoapresentados em dois espaços tempor ris. O primeiro período vaidesde 2006 - 20 lO, enquanto o segune lo inicia em 2011 e terminaem 2013.

Finalmente, na "OrçamenúJfilo dos Acções" apresenta-se umorçamento indicativo para o marketin g durante os primeiros três -anos, horizonte temporal que coincid e com o do cenário fiscal.

II.Contextualização

2.1. Turismo em MoçambiqueMoçambique possui um potencial turístico baseado nos ricos

e ainda por explorar recursos naturai s, uma cultura diversificadacom um povo hospitaleiro. A combinação do turismo de praiatropical ao longe da imensa costa, com a vida cosmopolita dasnossas cidades, a incomparável e rica diversidade de flora e faunaassim como o magnifico mosaico cultu ral, oferecem uma plataformasustentável para um destino turístico incontestável.

Moçambique recebeu 1% do 'total de chegadas do continenteafricano e, em 2005, arrecadou lOl; milhões de dólares, tendocontribuido com 0.7 para o pm.A pre sente estratégia de marketingvisa posícíonar Moçambique de forma competitiva e sustentávelcomo um destino turístiCo.

Como um sector de investimentc prospectivo, o turismo temestado a registar avanços significati vos, tendo nos últimos anos(período 1998-2004) respondido com 16% de aplicações deinvestimentos totais de Moçambique '. Com um investimento totalde 1,3 bilião USD, o turismo passe a ser o 3° maior sector eminvestimentos no País.

Os principais países emissores de- Turismo Internacional, paraMoçamNque em 2004 foram: Por tugal, Reino Unido, EstadosUnidos, Alemanha, Holanda, França, Itália, índia, Paquistão eChina. Estes dez países representarum em conjunto 80% do totaIde turistas internacionais.

Em 2004 Moçambiquerecebeu 414,925 turistas internacionais,os quais representaram 58.3S% do total de 711,060 viajantes.

O turismo <tQm6stico compreende as viagens de visitas afamiliarespor ~ dá Páscoa, Natal e fins-de-semana longo,de funcionárilÍs pl1bli~os em serviço. de homens de negócios, etc.Nota-se um fluxo cada vez 'mais crescente de movimentação decidadãos nacionais para pontos turísticos, como Inhambane, PontaDe Ouro, Pemba, Bilene.

2.2. Turismo Regional

Actualmente, o Turismo Regional é o mercado mais importantepara Moçambique. Compõe-se por turistas africanos provenientesdos países vizinhos. O Mercado Regional representou 86% dosturistas estrangeiros que entraram em Moçambique em 2004.

Os principais países emissores do Turismo Regional paraMoçambique são: África do Sul, Zimbabwe, Malawi e Suazilãndiae, que representaram 64% do total de turistas africanos queentraram' no país em 2004.

Estima-se que uma parte considerável dos 106678 turistasregionais que entraram, em 2004, no país por motivos de férias elazer procuraram estâncias turísticas nas praias e a maioria dosvisitantes africanos que entram em Moçambique pertencem aogrupo etário de 25-44 anos e tem um período de estadia dentro doPaís muito reduzido (de um a três dias em média).

A Organização Mundial do Turismo prevê que a África Australcolectivamente irá crescer nos próximo! anos num ritmo elevadoaté atingir 36 milhões de turistas estrangeiros no ano 2020. Deacordo com o compêndio de Estatística e Turismo, a África Australregionalmente está em alta com a África do Sul, Botswana, Lesothoe Swazilândia, a obter a maior fatia do mercado deste crescimento.

Na ÁfricaSub-Sahariana .o turismo deverá gerar 4% doPffi daregião até 2010. Isto irá tomar o turismo numa alternativa para aredução da pobreza. criação de emprego, geração da moeda externapara além da sua contribuição para a balança de pagamentos,

A maioria dos Turistas regionais normalmente utiliza o seupróprio meio de trarisporte e em muitos casos também traz o seupróprio meio de. alojamento (tendas de acampamesto, barco,caravanas) e alimentação e bebidas. O Turismo Regional entra nopaís por postos fronteiriços, utilizando carros numa proporçãode 76%.

A maioria dos turistas Africanos (65%/67%) entram aMoçambique por motivos de negúcio e visita a familiarese amigos.Os Turistas Regionais que entraram em Moçambique por motivode férias representam apenas 33 % do total de turistas africanos.

2.3. Turismo Internacional

A indústria ,turística oferece emprego directo .e indirecto paracerca de 212 milhões de pessoas no mundo e gera US$655 bilhõesem receitas estatais. As viagens e o turismo são responsáveis por11.7 %doPffi directo e indirecto e geram mais de US$3.5 triliõesda produção bruta das economias. Em 2005, a indústria de viagense turismo criou 1 posto de emprego em cada 2.5 segundos, deacordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. (W1TC).

De 1950 a 2002, o número de chegadas internacionais mostrouuma evolução de 25 milhões para 703 milhões em 2002. Istocorresponde a uma taxa de crescimento anual média de

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aproximadamente 4%, e as chegadas internacionais irão ultrapassaros 1 bilião em 2010 e alcançarão os cerca de 1.6 biliões em 2020,conforme dados da OMT.

Em 2002, as chegadas internacionais para África, aumentaramem 3% para 29 milhões o que representava 4.1%'110. total daschegadas internacionais, um número relativamente pequeno- seconsiderarmos que a Américà do Norte recebe 11.6%, Ásia e oPacífico receberam 18.7%, Europa recebeu 56.9% e o médio orienterecebeu ~.9% do total das chegadas internacionais.

A média de crescimento anual para todas as chegadasinternacionais de 2000 a 2002 foi de J.1 %, contudo 00 mesmoperíodo, a média de crescimento anual para a chegada de turistasinternacionais à África foi de 3%. Isto contrasta com a média decrescimento anual das chegadas de turistas que foram para aAmérica do Norte que foi de mais de 5.4%, Ásia e Pacífico commais de 6.75%, Europa com mais de 1>'9%eomédioorientecommais de 7.7%.

Quanto as receitas do turismo internacional, dos US$633.0biliões gerados em 2004, a África recebeu 3% enquanto que aAmérica recebeu 21 %. Ásia e pacífico receberam 20%, Europarecebeu 52% e o médio oriente recebeu 4%:

Em 2005, a África recebeu 5% das chegadas internacionaisenquanto-que a América recebeu 16%, Ásia e pacifico receberam19%, Europa recebeu '55% e médio oriente recebeu 5%.

III. Diagnóstico da SItuação Actual do Marketlng emMoçambique

A Polltica de Turismo de Moçambique pretende promover umturismo sustentável e responsável, priorizando áreas dedesenvolvimento do turismo direccionadas para uma linha demercados diversificados, contribuindo para a reabilitação,conservação e protecção de eco-sistemas e a herança naturaldo país.

A Política 110Turismo resulta de um diálogo interactivo entrevários intervenientes, com impacto na indústria do turismo e nodesenvolvimento a longo prazo do turismo no país.

lnstituciOl)almente, o Governo através do MÚlistério do Turismoé a entidade responsável pela coordenação, dinamização e controloda actividade de marketing, seja na vertente de aplicação de medidaspara facilitação e incremento do fluxo de turistas assim como napromoção de investimentos e eventos tu)'ísticos.

Paralealmente, o Governo através do Fundo Nacional doTurismot FUTUR) responsabiliza-se pela busca de recursosfinanceiros para que tanto o sector publico assim como o privadopossam realizar acções de promoção e outras que concorram paraa consolidação do bom nome e prestígio do Pais como destinoturistico. Ao FUTUR também lhe é atribuida a fun~ deorganizara participação de Moçambique nas feiras de especialidade eproduzir material promocional.

O Sector Privado nó seu todo será a força motriz da promoçãoturística, através de programas .lficos ou corporativos dosestabelecimentos, zonas ou regiões turísticas; O Sector Privado,em parceria com os orgãos do Estado. pMlicipa activamente nasacções do markeling do Pais.

MoçambJq~~tefaz.al1lOlllQÇão.1\t\'I seguin~ países:África do Sul, drã.Bretanha, BstaíIosUolil~4a ~ca (EUA),Portugal, Itália; espanh4, :Hobada. AIéIilAm. Zdlnbabwe, e'localmente .:

3.1. Avali89llo e Revisllo dos Esforços de Marketing

A presença no Mercado é extremamente importante paradesenvolvei e promover Moçambique eficazmente nos mercadosestrllllgeiros.

3.2. Avaliação da Presença na Intemet

Quando alguém acessa Moçambique na página de busca doGoogle por exemplo. a página oficial de MoÇambique (Bureaude Infonnação Pública) (www.mozarnbique.mz) aparece na terceiraposição. Google é um dos principais, senão o mais potente, veículo'de busca no mundo e é altamente utilizado para obter informaçãosobre destinos turísticos.

Moçambique é também conhecido pelos feitos da Maria deLurdes Mutola, mas ela não consta em nenhuma das primeiraspáginas dos sites sobre Moçambique. Moçambique precisa decapitalizar 08 seus pontos fortes e as suas referências. Consideraçãodeverá se dada ao património cultural tangível e intangível, sendoexemplos a destacar a Ilha de Moçambique, a Timbilae o Nyau,como bens classificados pela UNESCO.

Nos últimos anos nota-se IItendência positiva de Moçambiqueestar a aparecer referenciado em muitas revistas de especialidadee jornais de renome como um dos destinos com atractívos natllraisconsideráveis e que devem merecer atenção de turistas eda indllstriaturística mundial.

3.3. Avaliação e Revisão de Materiais de Promoção

Moçambique produz material informativo e promocional naslínguas portuguesa e ipglesa, desde o escrito até ao audiovisual.Contudo, dada a elevada procura de destinos turísticos einformação há sempre necessidade de se rever, qualitativa equantitativamente, o material promocional hoje produzido sobreo Pais.

3.4.'Análise da Competitividade de Moçambique comoDestino Turlstico

A análise resulta de entrevistas a Operadores Turístíccs 110Reino Unido, Portugal, Alemanha e África do Sul e intervenientesnacionais no destino a fim de se obter a sua percepção sobreMoçambique como um destino turístico.

Todos os operadores de tutismo que oferecem Moçambiquecomo um destino ressaltam as férias de praia como uma dasprincipais atracções turtstícas, Quase 75%- de entrevistadosiodicaram que sol. praia e mar eram os interesses principais, seguidopela cultura com 67%. Enfatizou-se que Moçambique devido asua participação no comércio mercantil com vários povos domundo, oferece Um tipo de cultura única numa região dominadapor Bstados.anglõfonos. O mergulho teve uma cotação de 48%de preferência'dos entrevistados. As pequenas reuniões e viagensoficiais tiveram 36% e 31 % da preferência dos entrevistados.respectivamente. O Ecó-turismo e as viagens~ lua de mel ocupanIIIIo sexto lugar com 19%.

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3.4,1.Perspectiva dos lntervenlemtes Nacionais

Para os intervenientes nacionais, os principais destinosconcorrentes de Moçambique são os ",guintes:

Tabela 1: Destinos Concorrentes de Mali' mbique

Par. % de inquiridos

Áfricado Sul 31%

Kenya 19%

Mauritias 17%

zanz~barl Tanzania 17%

Zimbabwe 12%

Brazil 10%

Madagascar 10%

Cuba 5%

Se~cheJJes 5%

Fonte.MITUR

As razões-indicadas para a classifícrção acima são: semelhançado produto, por exemplo: sol e praia, sobretudo o preço e asligações aéreas. Existem outros país os sem praia que tambémaparecem como principais concorren :es, é o caso do Zimbabwedevido a produtos como Victoria Pai s.

3.4.2. Perspectiva do Mercadc, Britânico

Todos os operadores turísticos Britímicos inquiridos oferecema África do Sul como um destino nos seus programas e, cm algunscasos o Lesotho, Swazilândia ou Moçambique são tidos comouma extensão.

Os destinos mais focados pelos op eradores Britânicos foram:Botswana, Zâmbia, Tanzania, Namíb la e Malawi. Apesar da suapopularidade como o terceiro destine mais importante na ÁfricaAustral, o Zimbabwe foi discontinuado pela maioria dos operadoresturísticos devido a problemas políti cos que podem mudar nofuturo.

Outro grande concorrente a considerar é o Quénia; que é aindao destino de safaris mais popular na perspectiva dos Britânicos eaferece férias de praia bem como co .nbínações com o Uganda,Tanzania e Seychelles.

A maioria dos operadores turístice s consideram, entre as Ilhasdo Oceano Indico, as Maurícias corno as principais concorrentesde Moçambique.

A África Oriental foi considerada a principal concorrente,nomeadamente Lamu (Quénia), Zanz bar, Ilhas Mafia (Tanzania),Baía de Nosi (Madagáscar) e o norte da costa do Natal na Áfricado Sul.

3.4.3. Perspectiva do MercadJ Português

De acordo com os Operadores Turi stícos Portugueses, o destinomais popular é a Tanzania, seguido pelo Quénia e a Álncado Sul.Um número reduzido de operadores incluem a Namíbia, Botswanae o Zimbabwe, seguidos ainda de Suazilândia e Malawi.

A maioria dos Operadores Turísticos Portugueses mencionaramTanzania como a mais popular e a principal concorrente deMoçambique devido a semelhança dos seus Produtos com os deMoçambique e a preços mais acessíveis.

Cerca de metade dos Operadores Turísticos Portuguesesmencionaram a África do Sul como o principal concorrente deMoçambique, seguido do Quénia e Botswana, apesar de umoperador turístico ter mencionado que Moçambique é um destinopara descanso e não aventura, e que o cliente para Moçambiqueé muito diferente 'do cliente que vai a África do Sul.

Alguns operadores turísticos portugueses incluiram as Mauríciase Seychelles nos seus pacotes, mas as restantes ilhas do Oceanoíndico não foram mencionadas pelos inquiridos.

3.4.4. Perspectiva do Mercado Alemão

De acordo com os Operadores Turísticos Alemães, a África doSul, Botswana, Namibia, Tanzania, Zambia, Suazilândia e oZimbabwe são destinos da África Austral que são mais oferecidospelos operadores turísticos.

Quatro de entre os cinco operadores turísticos Alemãesinquiridos, pensam que Moçambique não tem concorrentes porser diferente dos outros países da região (por exemplo, a Áfricado Sul não Possui as belas praias, mas tem liodos parques). Enrretantoum-dos inquiridos considerou a Tanzania como sendo o principalconcorrente.

3. 4. 5. Perspectiva do Mercado da África Austral

Entre os operadores da África Austral houve divergências sobrequais dos destinos consideravam como sendo os principaisconcorrentes de Moeambique.

Um dos maiores operadores da África Austral identificou aTanzanía, Maurícias, Seychelles, Quénia, Maldivas e Thailândiacomo sendo concorrentes de Moçambique.

3. 5. Situação do Produto

Moçambique tem 2.750 Km de costa banhados pelo Oceanoíndico. com ficas praias de areias brancas e um mundo submarinocomposto por várias espécies de animais, corais e. tesourosarqueológicos. Moçambique é um mosáico de culturas típicas daÁfrica Austral. O potencial do seu produto estende-se desde ointerior com florestas tropicais e fauna bravia, rios. lagos. e lagoas,que se harmonizam com a simpatia e bondade do seu povo até acosta oferecendo oportunidades infinitas para um desenvolvimentosustentável da indústria turística.

3. 6. Atracções Turístíc~s

Historicamente, Moçambique conquistou a posição de destinoturístico de primeira classe em África e este sector jogava umpapel importante na economia do País. O turismo desenvolveu-se em tomo de 3 temas: as praias, a fauna e o ambiente dinâmicooferecido pelos centros urbanos e concentrava-se principalmentenas zonas Sul e Centro do País. O produto faunístico encontrava-se muito desenvolvido e o Parque Nacional de Gorongoza eraconsiderado uma das melhores reservas de animais de África Australe a caça nas coutadas, na zona Centro, possuía padrão internacional.

As principais regiões geográficas são: Norte (Narnpula, CaboDelgado e Niassa), Centro ( Sofala, Manica, Tete e Zambézia) eSul ( Província e cidade de Maputo, Inhambane e Gaza).

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Tabela 2. Atracç6ea Turrstlcas de MoçambIque

ATRACÇOES L9CALlZAçAo

Regllo Sul Regllo Centro Regllo Norte

Sol e praia Maputo, Bilene, Xal Xal, Macaneta, Solala {Savane, Nova Solala)e Provlneia de Nampula particularmente'Vilanculo, Toto, Jangamo, Paindane, Zambézia (Pebarie e Zalala) a Praia de chocas -uma praia muitoIlhas do Arquipelago do Bazaruto popular _Cabo Delgado exibe areias

brancas e águas cristalinas na praia dowlmbe,

Eco·turlsmo A área de conservaçSo O Parque Naeional de Gorongosa Reserva do Niassa considerada umatransfrontelra dos Libombos que em Solala é abundente em espécies das grandes áreas de conservação nainclui a Reserva Especial de Maputo. de fauna como leOes, leopardos • SAOC.A reserva acomoda mais de 12,000ExIste o turismo de contemplaçllo • elefantes, o búfalo, hlpopctamo, elefantesbem comoKudus,Impala,lnhalas,A ornitologia é também' uma das crocodilo, várlos pásearos. A reserva Javalis. e zebras. O parque nacional dasprincipais atracções, Reserva de de Marromeu ,recentemente Quirimbasem Cabo DeigadoalojaespéciesPomene, Ares de conservação redinamizada, possui vastas marinhas e terrestres.transfronteira do Umpopo que inclui espécies de flora e fauna.A reservao Parque nacional do Limpopo. de Gllé na provlncie da Zarnbézla,8anhine e Zinave. Existe também o Que possui amplas espéc'esparque nacional de 8azaruto faunlsticas e pássaros, a reservaabundante em raras espécies de Chimanlmani e a Area demarinhas. conservação comunitária de Tchuma

Tchato em Tete.

Turismo Cultural Turismo Histórico em Inhambane. Sofala, Manica e Tete constituem A convergência das culturas Africana,Maputo tem arte e artesanato, centros históricos de valor Arabe e Portuguesa através das trocasmuseus. património arquitectónico patrimonial. Este património é comerciais e do tráfico de escravos criarambem como uma vida nocturna represenladopor conjuntoshistóricos uma cultura mlscigenadaem Moçambique.vibrante. Dança Marrabenta, Timblla de edlflclos antigos. como fortes, Nampula acolhe o proclamado patrimóniode Zavala. Os locais históricos da Igrejasantigas, as fIornstas sagradas da humanidade peJaUNESCO. a Ilha deresistência a ocupação colonial em e fossilizadas, tocais sagrados, O Moçambique, Que foi um ImportanteGaza e Maputo e as estações Zimbabwe do Songo, o painel de entreposto. mercantil de ouro, marfim earqueotéçtcas de Chibuene e pinturas, incfuindo o museu e centro escravos, entre os séculos XVI e XIX AManyikeni,Quese locaJizamno dislrilo comunitário de Manica, para Província do Niassa possui um potencialde VilanKulos. apresentação e tntarpretaçãc arqueológico das origens humanas, Que

histórica, A dança Nyau é o principal será agora valorizado com a criação doexemplo do património intanglvel museu de Metangula.Nampula possui umdesta reglao. conjunto de ediffcios coloniais que

remontam desde 0$ tempos do comércioárabe e português,A danças Maplko eTufo caracterizam as manifestaçOesculturais de Cabo Delgado e Nampula. Háainda a salientar nesta região o potencialhistórico das bases e monumentos daluta armada de liberlaçllo de MoçambiuQl>,a preservar. O arquipélago das Quinmbase o conjunto edificado do lbo é um dosbens que consta na lista tentativa doPalrim6nio Mundial, para candidatura pelaUNESCO.

Turismo de aventura Mergulho em Inhambane e Ilha de Pesca submarlnaSurtingTurismo ~ Backpackers no lago Niassa, desdeBazarulo, pesca em profundidade. contemplativo e montanhismo Malawi viagens de saiari 4x4 satart aténaveçação em Bazaruto.canoaçern, (Alpinismo) caça e viagens de salari ao Niassa, caça e mergulho na zona dawindsurfing ou snorkefing na llha de em 4 x4. /lha de Moçambique,Inhaca,

Turismo Urbano Mapulo Beira e outros centros provinciais Encontrados principalmente em centrosprovinciais como Pemba, Nacala eNampula

Gastronomia Camarao, Mariscos, Mathapa. Camarao, Galinha a lambezlana, Camarão, Karakata Mathapa, caril deMukapata e cabrito de Tete. peixe seco.

Fonte: KPMG: Anal/58 s_clonal, Fevereiro, 2004 MoçambiqUB Te"" de Contrastes & RETOSA, The Esse1lC801A/rica 2OOS.

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544--{IOO) ISÉRIE-NÚMERO "5/

As praias em Moçambique têm uma nota elevada e são Tabela 3: Eatabeleclmentoa por Capacidade de Alojamentoclassificadas como sendo "muito boas"

As Áreas de Comervação são consideradas no sector do turismocomo a alavanca para o desenvolvim ento de turismo no Paísdevido a sua rica biodiversidade, erdemismo das espécies,paisagens naturais e o estado menos perturbado dos seusecossistemas terrestres e aquáticos natt rais e que são de grandevalor turístico.

Quanto à distribuição das espécies faunísticas no territórionacional, o Norte comporta a maior p arte, visto que a região émaior e possui ecossistemas e habitats terrestres naturais menosperturbados pelo homem.

COm relação asÁreas de Comervaçã) Transfrontelras (ACI'F)o conceito principal da sua criaçt.o, é a conservação dabiodiversidade além fronteira. A exisWncia das áreas protegidasentre países são os habitats que constii uem os nós de ligação. Aimplantação deste programa vai estenc endo-se ao longo do País,onde já estão a funcionar a ACTF de s Lubombos, a ACTF doGrande Limpopo e a ACTF de Chimanimani.

Esforços ao nível do Governo estão a ser feitos e aplicados nosentido de na segunda fase da implemer nação do programa ACTF,a área de ZIMOZA em Tele ligande Moçambique, Zambia eZimbabwe e a ACTF de Niassa e Cabo Ileigado que farão a ligaçãocom a Sealous Game Reserve na lanzania e Malawi sejamoperacionalizadas.

As Coutadas Oflclals foram criadas com o propósito de sepromover a prática de caça desport va, estando as principaislocalizadas na zona centro do País, pari ícularmente nas provínciasde Sofala e Manica.

As fazendas do brávio são outro produto que enriquece adiversificação do turismo cinegético em Moçambique.

3. 7. Situação do Mercado

3. 7. I. Desempenho Actual do Sector

De forma resumida, um conjunto d e tabelas demonstrativas dáo panorama actual de Moçambique dentro das estatísticas doturismo internacional.

Número da 'Número de

Quartos ealabeleclmentos %

200. 2 0,6

100.200 8 2,3

50 • 100 18 5,3

20. 50 75 21,8

.20 239 70,0

Total 342 100,0

Fonte. DINATUR·2005

Pode-se notar que os estabelecimentos com menor capacidadede alojamento estão em maior número, perfazendo 70% do totalde estabelecimentos, enquanto que os com maior capaciadadeestão em menoria, sendo 0.6% do total.

Tabela 4. Número de Hotéll.Por Provlncla e Por Categoria <emeltrelas)

Provlnclas Total .- _. - ~ • Semcategoria

MaputoCidade 60 3 7 18 10 11 11

Maputo Provinda 18 1 1 3 3 10

Gaza 13 6 3 3 1Inhambane 55 1 1 18 10 12 13

Sofala 11 2 2 2 1 4

Manica 8 3 2 2 1Tete 19 3 6 4 6lambezla 9 1 1 3 4Nampula 33 '2 6 15 4 6Cabo Delgado 14 1 3 6 4 1Nlassa 5 1 1 3Total 246 5 13 63 58 48 60

Fonte:DINATUR2005

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26 DE DEZEMBRO DE 2006 544-{IOI)

A cidade de Maputo tem o maior número de estabelecimentos turísticos do-país, representando 40'Jlrnum tota1 de 60 estabelecimentosa nível nacional. Além deste aspecto, nesta cidade detém 75% (3 num total de 4) de estabelecímentosde luxo~5"Csfrdas). A provínciade Inhambane tem 55 estabelecimentos turísticos, estando em segundo lugar em relação ao total.

Categoria. 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Hotéis de Luxo 1,443 1,707 1,877 2,339 2,421 2,421

De Primeira 1,544 1,932 2,252 2,597 2,715 2,761

Económica 1,912 2,028 2,036 2,412 2,480 2,925

Outras categorias 5,660 6,123 8,127· 6,253 6,191 6,261

Total 10,669 11,790 12,292 13,801 13,807 14,368

Tabela 5. Tolal de camas em eslabeleclmilnto. hoteleiro.

Fonte: DlNATUR - 2006

o número de camas tem tido um aumento médio de 762 por ano, tendo-se notado uma grande subida de 2002 para 2003. Entre2003 e 2004 houve um fraco aumento de camas no país,

Tebela 6. Expan.lo da capacidade de Alolamento no Per[odo 1999 - 2004

Categorias Cre.clmento1999 - 2004

Hoteis de Luxo 78.9 %

De Primeira 77.5 %

Economica 32.f %

Outras Categoria 6.5 %

Média 48.9 ""Fonte. FUTUR 2005

Os Hoteis de luxo e de primeira tem maior expansão em relação aos outros.Podemos notar que durante o período entre 2001 e 2002 houve uma subida em mais de 100% na entrada de viajantes estrangeiros

para o País. Nos anos seguintes, notou-se uma redução na entrada de viajantes ao longo dos anos, mas também verificou-se umasubida nos visitantes por motivo de negócios e conferências.

- ----------------- ---

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544-{I02) ISÉRIE-NÚMERO 51

Tabela 7. Entrada de VI, .IIantes Estrangelroa

MoUvo de Viagem 2001' 2002 2003 2004Nea6ciosl Conferências 143586 183021 165,636 198,936·Laser e ferias 114,804 222,570 141096 130853Vis/Ia a ami""" e famllI., 64,390 108,585 112.949 85,136Outros 61,313 402,153 284734 296,135Total de Cheoadaa 404.093 942885 726099 711060

Fonte. INE 2005

Tabela 8. Entrada de Tu rlataa Estrangelroa

Fonte. MITUR 2005

Na tabela acima considerou-se Turista todo aquele que atravessa a fronteira por um período não superior a I ano consecutivo paralazer, negócio ou visita a familiares, considerando o conceito de Turismo Internacional da Organização Mundial do Turismo (O.M.T.).Os turistas que entram no país por moti vo de negócios e conferências são os que apresentam uma evolução positiva ao longo dos anos.Por outro lado, são elevados os números dos turistas que entram por motivo de lazer e férias, sofrendo variações significativas, aolongo elos anos.

2001' 2002 2003 2004Turlatas 322.780 540,732 441,385 414925N~osIConlerencias 143586 183,021 165636 196.936Lazer e Férias 114,604 222 570 . 141,096 130.853Visita a"amioos/Familia "es/outros 64,390 108,585 112,949 85,136

Tabela 9. Entrada de Turiat IS Por Paía de Residência em 2004

MOTIVO DA VISITA

País de residência TOTALnegócios oflclll turismo Familiar

Africa do Sul 44.332 6.479 60.069 36.496 149.376Mozambiaue 40.053 8.755 33.512 68.239 105.216Zimbabwe 17.582 1.198 6.422 7.476 32.678Malawi 5.477 775 1.037 2.058 9.347SuaZilandla 4.633 767 3.421 3.356 12.197Outros África. 2.318 1.432 2.217 1.760 7.747Total África 114.395 19.426 106.678 121.405 361.904Eslados Unidos 1.091 844 1.635 686 4.256Outros América . 665 346 896 602 2.509Total Amérlcl 1.756 1.190 2.531 1.288 6.765China 596 161 356 66 1.179Outros Ásia do Leste. 249 73 106 52 480Total Leate Asla 845 234 462 118 1.659India 569 484 273 153 1.479Paouistao 441 119 582 186 1.328Total Sul Ásia 1.010 803 855 339 2.807Portuoal 1.667 547 5.023 2.176 9.413Reino Unido 1.816 493 2.836 455 5.600Alemanha 382 410 1.161 626 2.579Holanda 347 308 1.448 257 2.360Franca 851 276 958 168 2.253IIalia 236 178 1.047 323 1.784Outros da Europa 1.105 583 2.503 509 4.680Total EurOOI 8.404 2.775 14.976 4.514 28.669Outros Paises N.E. 3.808 1.441 4.619 2.962 13.030TOTAL TURISTAS 128.218 25.669 130.321 130.717 414.925Fonte. INE 2005

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26 DE DEZEMBRO DE 2006 544--(103)

A maior parte de turistas provem de África. estando a Áfricado Sul em primeiro lugar e de seguida Moçambique.

Tabela 1O~Entrada de Turlstalleritrade d. "lialtante8 ••• rangelros em2004

Psls •• Turistas % Visitantes %TurkX1áIt

Alrloa 361.995 67,2 634.453 89 071

Am'rIea 6.765 1,6 . 9.015 1 75,0

Asla 4.466 1 1 6.098 1 732

Eutooa 28.669 69 35.787 5 801

Outros N.E. 13.030 3,1 25.707 4 50,7

Total 414.925 100 711.080 100 58.4Fonte: MITUR

Énotável que a maior parte dos turistas e visitantes provêm deÁfrica. perfazendo 87.2% e 89%. respectivamente. De seguidavem a Europa com 6.9% em turistas e 5% de visitantes.

Tsbela 11, Entr.d. da VI.IIa.... por Melo da T' ••••porle

Melo de 2llO2 :1003 2llO4carro 391Ul05 621.107 543.313AIIlao 81.0!Il 70.176 116.016Pe!lo 40.659 34.816 51.731ToIlII s:!O.SM 726.099 711.Q6

Há mais fluxo de entrada de turistas por via terrestre. seguidapor via aérea e por fim. o peão. representando uma minoria nototal.

Factores importantes a considerar. quanto as chegadas, e quejá começaram a prnduzir resultados são:

• A materialização da superação de vistos com a África doSul. Botsuana, Malawi. Namibia. Suazilândia, Tania-nia e Zambia.

• O Processo de concessão de vistos de entrada a chegadanos postos fronteiriços de Ressano Garcia. Machipandae'Namaacha, Para além' dos aeroportos internacionais.

• A abertura do Posto Fronteiriço de Giryondo, no ParqueTransfronteiriço do Grande Limpopo.

A efectivação do processo em curso ao nível da SADC deconcessão de visto único a cidadãos dos principais mercadosemissores de turismo internacional e a isenção de vistos a cidadãosda Africa Austral irá permitir maior fluxo de turistas.

Tabela 12. Entr_ da Turl_. por Ravlllaa. _Ivoa da VIIllI""'.... 2004

Neg60las .0lIGIàt FerilIs VIliIta.18rnIJIw ·ToIlII

Afrt", 114.395 19.426 106.678 76.062 36t.!l95América 1.756 1.190 2.531 1.288 . 6.765Asia 1856 837 1317 457 4466Eurmoo 6.404 2.n5 14.976 4.514 28.1369OutrosPaise& N.E. 3.808 1.441 4.619 2.952 13.030TOTAL T\lRISTAS 128.218 2S.869 130~ 85.283 414.1125

Fonte: IIIE 2005

A maior parte de turistas provem da África, cujo motivo seprende com gozo de férias.

3. 1. 2. Anélise qe Mercado: A Demanda Turlstlca

Ao analisar.aS.eIltatlliticas oticiais:d~·Maçambiq.\IC deve-se terem considCraÇão óUegui!1testàCtos:

• A falta deUlRUstratitiecvloillot seJlllllllltoa-demercado.duraçaã 4!1 viSita. e gasto&1'OT' visirantes lriIplica queestas ""ta~ incluam- todo o tipo de visitantesestrangeiros ( de pouca. média e alta renda ) aMaçambique;

• A recolha de estatísticas de chegadas pela DirecçãoNacional de Migração, não permite revelar qual érealmente à percentagem de turistas sobre o total devisitantes':

Apesar do crescimento das dormidas de hóspedes nosestabelecimentos hoteleiros e o aumento das receitas no períndoanalisado. persistem constrangimentos importantes-que reflectema baixa qualidade e quantificação incompleta do impactoeconómico do movimento turístico.

Em relação a actividade nos estabelecimentos hoteleiros nãose dispõe ainda de dados estatísticos apurados que permitam fazeruma avaliaÇão do desempenho real da indÓStriahoteleira em tempoútil, sendo uma das mais importantes dificuldades para produzirestratégias no Ilmbito de Marketing e Promoção Turística.

Contudo. é possível tirar algumas conclusões preliminares daanálise das estatísticas de entrada a Moçambique de Visitantes eTuristas por região e motivos de viagem. visando definir algumaspremissas para a Estratégia de Marketing Turístico no jlllríódo2006-2013.

As tabelas permitem extrair conclusões gerais para determinara proporção dos visitantes estrangeiros que podem ser realmenteconsiderados como turistas e poder classificar-lhes como TuristasRegionais ou Inteinacionais, para assim fazer uma análise sobre aestratégia de marketing.

Em resumo. as estatísticas do sector permitem tirar-se asseguintes ilações:

• Em ZOO4 entraram em Moçambique <114.925 turistas querepresentaram mais da.metade (58.3%) do total de711060 visitantes estrangeiros que chegaram ao país;

• A maioria dos turistas (65% I 67%) declararam comomotivo da entrada no país os negócios, assuntosoficiais QU as visitas.a familiares e amigos. Só um terçodos turistas que entraram no pais foi par motivo-delazer e férias (35%);

o. África é a regiã<,lque maior volume de turismo produzmas também é a que apresenta maior proporção deturistas em relação ao total de visitantes afncanos (49.9

3 Actualmente a Organizaçlo Mundial do Turismo considera comoTurista ~ aquele que atravessa a fronreira por um período alo superiora 1 ano consecutivo pata teeee, negócio ou visim a familiares.

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544-(104) [SÉRIE-NÚMERO 51

(7S %) e Ásia (73.2 %).%);

• 86% dos turistas que entraram em \1oçambique, em 2004,resickm em países africanos. Is '" significa que a grandemaioria das entradas de turista s no Pais estão na classedo "Turismo Regional";

• Apenas 13 % dos turistas em 2004 vieram de outras regiõesdo Mundo (Europa 8%, América 2% e Ásia I %). Amaioria dos turistas provenientes destes mercadosclassificam claramente Moçambique como "TurismoInternacional" porque elegeram Moçambique comodestino de férias e entraram 110 país motivados pelosseus atractivos naturais e culturais;

• As outras regiões do Mundo também apresentam umaproporção significativa de turistas em relação ao totalde visitantes destes países: Europa (80 %); América

3.8. DeIUnol e' Segmentos Turlltlcol

O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo emMoçambique apánui às jmx;essos considerados fundamentais parao desenvolvimento dos destinos: onde é definido o quadro espacialque identifica as Areas 1'rioritarias para Investimentos no Turismo(APIT's), os circuitos e rotas turísticas, incluindo a dessiminaçãode valores historico-culturais.

As APIT' s estabelecidas no PEDTM possuem os requisitosreferentes ao factor atracção, mas poucas garantem a oferta básicade infraestruturas e serviços, pelo que apesar de atractivas, nemtodas são efectivamente destinos turísticos.

As APIT's por seu turno estabelecem directrizes gerais em relaçãoao tipo de produtos e segmentos de mercado que cada APIT pretendedesenvolver.

Figura 1. Loclllzação Geogrdllca daI APITI

APIT·. Tipo 'A'

2. Zona de 'Grande' Maputo6. Zona Costeira de Inhambane7. Zona de Vilankulos/Bazaruto

APITOs npo 'AJB~

1. Zona da Costa de Elefantes3. Zona Costeira de Xai-XaiS. Zona de Turismo de 50fala14. Zona da Ilha de Moç./Nacala15. Zona de Pemba/Quirlmbas

APIT'. Tipo 's'

4. Zona de Limpopo - Massingir5. Zona de Limpopo - Mapai9. Zona de Turismo de Gorongosa10. Zona de Turismo de Manica11. Zoná de Tur. de Cahora Basaa1"2.Zona de GlIê/Pebane13. Zona de Turismo de Gurué16. Zona de Norte de Cabo Delgado17. Zona de Lago de Niassa18. Zona de Reserva de Nlassa

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26 DE DEZEMBRO DE 2006 544-{l05)

Tabela 13.,Destinose Segmentos Turfsticos

O""

A Zona do Grande Maput Turismo urbano e Negócios domésticos.

2 - inclui Maputo Cidade, de negócios regionais eMarracuene e Inhaca sot, praia e mar internacionais

Cultura Trânsito e lazerEco-turismo internacional e VFRcontemplação de (amigos e familiares).fauna bravia Lazer doméstico e"VRF

A Zona Costeira de Sol. praia e mar Lazer doméstico

6 lnhambane - de Desportos Lazer regional eInharrime até Massinga. aquáticos, internacionalna Província de contemplação de Interesses especaisInhambane passáros, Backpackers

CulturaZona de Bazaruto Eco-turismo Lazer internacional

7 A Vilankulos - inclui o costeiro Lazer regionalArquipélago do 8azaruto Sol, praia e mare a costa de Vilankulos Desportosaté lnhassoro, na aquátlcosProvlncia de Inhambane

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544-(106) ISÉRIE NÚMERO 51

1

3

8

14

15

AIB

AlB Zona de Pemba _ Sol, praia e marQuirimbas - da bafa de Desportos aquáticosPemba, até à Ilha de CulturaMatemo e os parques Eco-Iurismomarinho e terrestre doParque I~aciona! dasQuirimbas, na Provínciade Cabe Delgado'-----'----'---

AIB Zona da Ilha de CulturaMoçamtoJque- Hacala Sol, praia e marda baía de Mocambo no Desportos aquáticossul até à Baia de Membano norte da Provfncia deNampul~1

AIB Zema c(e Turismo daCosta dE,Elefantes - azona cos':eira entreCatembe e Ponta doOuro na Província deMaputo

Zona' Costeira de XaiXaí- a zona costeira deBilene atl~ ao LagoChidenguele, locaishistoriCOlide resistênciacOntra a ,;cupaçãocolonial (Chaimite) naProvínela de Gaza

AIB ZoÍ]a du Turismo deSofala .• inclui Beira,Sofala e a zonacosteira de Savane emProvíncia de Sofala

Eco-Iurisrno costeiroDesportos aquáticosSol, praia e mar,contemplação defauna bravia,contemplação debaleias

Lazer regional e domésticoLazer intemacional de nicho e dealto rendimento

Sol, praia e marDesportos aquáticosCultura

Lazer regionalLazer doméstico

Turismo umanoSol, Praia e marCultura, eco-turismlitoral

MICE e negócios doméstico eregionalLazer domésticoLazer regional

Nichos de lazer intemacionalLazer regional

Nichos de lazer internacionalLazer regional

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26 DE DEZEMBRO DE 2006 544-{I07)

Dutlnos..:emAAlii!ntes' (Tipo "B"l-

Tipo Nome 8r Local-

Prodú(Qa 'Segmentos de mercado. ~l1av.e$

Zona 'do Limpopo Massingir- lncluía vila Eco-turismo, Aventura Lazer doméstico e regionalB de Massingir, a albufeira de Massingir e a Interesses especiais MICE doméstico e regional

parte sul do Parque Nacional do Limpopo, nê Desportos aquáticos Lazer internacionalProvlncia de Gàza Cultura Níchos de eco-turísmo

B Zona do Limpopo Mapai - na Provfncia de Eco-turismo, Aventura Lazer domésticoGaza, na zona norte do Parque Nacional do Interesses especiais Lazer regional e internacionalLimpopo Nichos de eco-turismo

Zona do Turismo de Gorongosa - Inclui o Eco-turismo Lazer internacional e domésticoB Parque Nacional e a Montanha de Observação de Nichos de eco-turismo

Gorongosa pássaros caçadesoortíva

Zona do Turismo de Manica - inclui Eco-turismo Backpackers e overlandersManica, Chicamba e o parte norte de reserva Aventura Nichos de eco-turismo

B de Chimanimani, na Província de Manica CulturaInteresses esoeciais

Zona do Turismo de Cahora Bassa - Eco-turismo Nichos de eco-turismoB inclui Sonqo, partes da albufeira Cahora Aventura Backpackers e overlanders

Bassa e a área comunitária de turismo-de Interesses especiais Interesses especiaisTchuma Tchato, na Provincia de Tete Cultura caça desportiva

B Zona do Turismo da Reserva do Gilé - Eco-turismo Mercado de Jazer domésticoPebaÍle - inclui a reserva de Gilé e a zona 801, praia e mar Nichos internacionaiscosteira de Pebanil, na Província da CulturaZambézia. Interesses especiais,

áquas térmicasZona do Turismo do Gurue - zona de Aventura Lazer doméstico

B Gurué na Provincia da Zambézia Eco-turismo Nichos internacional e regionalCultura

B Zona norte de Cabo Delgado - inclui 801, praia e mar Lazer internacionalPalma e Mocimboa da Praia. Mueda, Chai Desportos aquáticos Lazer regionalaté a fronteira com Tanzânia no norte da Cultura Interesses especiaisProvíncia de Cabo Delgado

B Zona do Turismo do Lago Niassa - inclui Eco-turismo Lazer internacionalas margens do lago de Metangula até Desportos aquáticos Lazer regionalCóbuê e a zona lestede Manda caça desportiva Interesses especiaisWildemess, na provinCia de Niassa '

B Zona da Reserva do Niassa - a reserva e Eco-turismo Nichos de eco-turismoas coutadas da Reserva de Niassa, na Cultura internacionaisProvíncia do Niassa Inieresses especiais

Fonte:POTM

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544--(108) I SÉRIE - NÚMERO 51

3.9. Desenvolvimento de Rotas e Circuitos Estratégicosdo Turismo

A identificação e a promoção de rou s constitui uma abordagemcrucial no desenvolvimento do turismo. O desenvolvimento derotas é também extremamente importante porque além deestabelecer uma ligação espacial entre produtos diversos, tambémreforça a atenção sobre potenciais at 'acções que poderiam servendidas para turistas que planificam, :le forma independente, osseus itinerários.

As lotas também constituem um instrumento forte de market-ing, pois proporcionam opções para 01erecer pacotes q ue podemser concebidos especificamente em fu ição dos interesses de umcliente.

As rotas fornecem as ligações entre as APITs e destinos, alémde serem elementos essenciais do quadro espacial do turismo.Geralmente, as rotas unem tanto OS espaços, como as experiências.

As rolas de distribuição secundária representam as rotas turísticasou "jornadas do visitante" entre os pontos de entrada e as maioresatracções do país.Este tipo de.pontos tur isticos satisfaz uma funçãode três componentes, na medida em qi.e permite a edificação de

Quadro 1. - O Valor de Rotaa de TurlS/no

uma massa crítica do produto turístico. introduz o turista a umaexperiência mais 'ampla de Moçambique e cria oportunidadeseconómicas em áreas populacionais.

As Rotas são "jornadas do visitante" a nível nacional e osCin:uitos são "jornadas do visitante" a nível regional (entre países)em movimentos relativamente circulares. Os turistas não têmnecessariamente que seguir uma rota ou circuito desde o inícioaté ao fim, mas podem percorrer, de acordo com o tempo e orçamentodisponível e os' seus interesses, parte de uma rota ou circuito.

Cada rota varia em termos de extensão, tempo de viagem einfra-estruturas disponíveis. Contudo, o reconhecimento dasoportunidades destas rotas permite ao turismo identificar, planificare canalizar as suas necessidades às autoridades de transporte eobras públicas para consideração e tomada de decisões relacionadascom a provisão de estradas e infra-estruturas.

A maioria das rotas turísticas em Moçambique pode fazer partede circuitos turísticos regionais.

Sem prejuízo de outras que eventualmente possam surgir, oPlano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo identificourotas turísticas de acordo com os quadros I tabelas abaixo indicados.

Tabela 14. - Corredores> Primários de T 'anaporta em Moçambique

• N4 (Corredor de Maputo):Joanesburgo - Maputo

• EN1(Rota Costeira): MaputoBeira

• EN6 (Corredor da Beira): Beira -Harare

'.' . ~'.!i','o','~~.,

• Corredor de Tete: Tete - Malawi

Corredor de Nacala: NacalaLilongwe

-_._--------------

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26 DE DEZEMBRO DE 2006 544-(109)

Figura 2. - Extenslo Geográfica das Rotas Turísticas e Circuitos de Turismo

"'- _ .. - ...•.- ----..-..-. .~. .. ~-.- - ._- -- "

Rota Aventura MoçambiqueiZímbRota de Aventura MoçambiqueIMalawiTriangulo de Ecoturismo (Marromeu,Gorongosa, Chimanimani)Rota dos Lagos (Chicamba, Cahora Bassa)

Rota da Costa e CulturaRotada Costa Swahíli (Moçarnbique/Tanzania)Rota do Lago-Costat-

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544-(~Ic.::l0:!.) -.:/-.::SE::::'R~/:::.E-=-.:N:::U:::'M:::E~R.:::::O--=5~1

Tabela 15, Roml Turíltlcas Nacional. e Circuitos de Turismo Reglona'

Rota da "Costa das Ponta do Ouro - Reserva dos Elefantes de Maputo - MaputoLagoas" - Xai-Xai - Inhambane - Vilankulos

.' .;:., .. .:,:.:V ":'~:';:j~táiTurístreas é:Ío~~!';;'" ç

.. ,.' ..,,~~. ..~,-. ~oll' ='~';';;;"':::""~"-"--":'-~-----lKosi Bay e Santa Lúcia (Africa do Sul) - Ponta do Ouro -Reserva de Especial de Maputo - Maputo - Namaacha(Moçambique) - Suazilândia

Circuito dosLibombos

Uma éxperiência única que combina praia, selva, património,desportos aquáticos, diversidade cultural, belezapaisagística, actividades de interesse especial que unemMoçambique, Suazilândia e Africa do Sul.

Uma rota da zona costeira sul de Moçambique que começaem Maputo ou mesmo na fronteira Africa doSul/Moçambique, na Ponta do Ouro, e vem pela costa acimaaté Vilankulos/Arqulpélaqo do Bazaruto. Esta rota centra-se.no eco-turismo da zona costeira e liga os vários lagos dacosta sul. A rota associa beleza paisagística, praia,desportos aquáticos, ecossistemas e flora e fauna diversos

: (dunas e florestas, lagos costeiros, aves, tartarugas, vidamarinha, etc.).

Circuito bush-beach (Joanesburgo) - Nelspruit - Parque Nacional de Kruger -do Grande Limpopo Parque Nacional de Limpopo - (Pafuri - Parque Nacional de

Gonarezhou (Zim) - Mapai) - Parque Nacional de Banhine -Parque Nacional de Zinave - Vilankulos - Bazaruto -Inhambane - Xai-Xai - Bilene - Maputo

Uma rota excitante que reúne eco-turismo, cultura e costa.Capitaliza os fluxos existentes no KNP. Para muitos turistasinternacionais isto representará umas "férias de sonho" queliga o maior parque do mundo às lindas praias e ilhastropicais de Moçambique. Partindo da RSA (Joanesburgo ouNelspruit) ou seguindo em sentido contrário, começando emMaputo.

Rota de Limpopo Maputo - Bilene - Chokwe - Massingir - Parque Nacionalde Limpopo - Parque Nacional de Kruger (RSA) - Malelane- Komatipoort - Ressano Garcia - Maputo

1--------Uma versão do Circuíto do Grande Limpopo maisconsolidada. Esta rota permite uma certa rapidez na inclusãode Moçambique no turismo regional e fornece ao visitante,

. depois de usufruir da praia, um acesso directo ao ParqueTransfronteiriço do Grande Limpopo. Estabelece-se que sejauma rota circular com início e fim em Maputo.

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Rotas Turisticas do centro

Rota de aventura lnhambane - Vilankulos - Gorongosa - Albufeira deMoçambique/Zimbábwe Chicamba - Manica - Chírnanlmanl -Zimbabwe

Virada para o mercado debatkpackers e "viajantes deaventura", a região centro já é uma "rota de passagem" a

partir das praias moçambicanas para o interior de África. Odesafio consiste em fornecer uma massa crítica de atracções

já prontas para o mercado e facilidades e amenidades deturismo de modo a alargar o tempo de permanência. Devem

ser criadas ligações estratégicas que comecem aproporcionar atracções locais fortes aos itinerários dos

visitantes, como é o caso de Gorongosa e Chimanimani. ARota Moç/Zim centra-se em rotas que começam nas praiasdo sul de Moçambique e liga os destinos eco-turísticos aolongo do corredor da Beíra ,com o interior do Zimbabwe via

Machipanda/l\llutare.

Rota de aventura Inhambane - Vilankulos - Gorongosa - Albufeira deMoçambique/Malawi Chicamba - Cahora Bassa - Tchuma Tchato - Malawi

A semelhança do referido na rota de aventuraMoçambique/Zimbabwe, mas centrando-se na passagem

para o Malawi, dando ênfase aos destinos de eco-turismo deCahora Bassa e Thcuma Tchato na Província de. Tete.

Rota de Eco-turismo do Beira - Reserva de Marromeu - Parque Nacional decentro Gorongosa - Montanha de Gorongosa - Chimoio - Reserva

de Chimanimani - Albufeira de Chicamba - Manica - Beira

Uma rota circular que. combina os destaques de eco-turismodas provincias de Sofala e Manica. Rica em aves e

oportunidades de hiking, esta rota atrairá entusiastas de eco-turismo.

Rota de Lagos Beira - Albufeira de Chicamba - Chimoio - Tete - CahoraBassa - (Malawi -Entrelagos)

Uma rota focalizada em eco-turismo que combina os "grandeslagos· da região centro e do norte (Lago Niassa). A albufeira

de Chicamba é conhecida pelo peixe tilapia enorme e aalbufeira de Cahora Bassa pelo seu peixe tigre abundante e

enorme. Esta viagem pode ser estendida até ao Lago Niassaatravés do Malawi, representando uma oportunidade

magnifica de mergulho na água doce.

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Rotas Turisticas do Norte

Rota de "Costa e Nampula/Nacala - Ilha de Moçambique - Pemba - OuirimbasCultura"

A única rota de curto prazo no norte que liga a Ilha deMoçambique, património mundial da UNESCO, com as praiastropicais, ilhas virgens, águas quentes e recursos marinhos ricos evários. As oportunidades de eco-turismo nas Ouirimbas e aexperiência cultural da ilha do Ibo completam esta jornada dedescoberta dos tesouros do norte de Moçambique.

Costa "Swahili" Tanzania: Zanzibar - Pemba (Tan) - Mtwara Moçambique:Palma -Mocimboa da Praia - Ouirimbas - Pemba - Nacala

Uma oportunidade de longo ~razo que liga as experiênciascosteiras de Moçambique e da anzânia. O sucesso depende dodesenvolvimento da APIT do norte em Cabo-Delgado, o Corredorde Mtwara e o Circuito do sul da Tanzânia. A cultura dos povos daregião e a rica tradição e história de comércio, as lindas praias eas oportunidades de desportos aquáticos constituem oselementos-chave desta rota.

Rota do Lago a Costa Pemba - Ouirimbas - Reserva de Niassa - Lago Niassa

Uma rota de longo prazo que liga as águas quentes do índico àságuas doces do LaqoNiassa. Uma versão consolidada desta rota,Pemba - Reserva de Niassa, ligando as praias tropicais de CaboDelgado com a selva absoluta do Niassa já está a funcionar,principalmente para caçadores e outros mercados de nichos.Actualmente existem constrangimentos relativamente à infra-estrutura e será necessário fazer importantes investimentos emestradas e tráfego aéreo.

Descoberta do Norte Nacalalllha de Moçambique - Corredor de Nacala - Nampula -Gurué - Cuamba - Lichinga - Metangula - Reserva de Niassa -Palma - Quirimbas -Pemba - Nacala

Uma rota circular que liga todas as APITs do norte. As vastasdistâncias e a falta de infra-estrutura vai exigir uma rede aéreaentre as APITs. A rota deve juntar cultura, praia e vida selvagem.

Fonte: PDTM

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3. 10. Mercados de Nicho para Moçambique

3.IO.I.Análise de Mercado de Nicho

A nivel mundial, prevê-se um crescimento do Turismo que sefocalizará nos seguintes segmentos especiais: sol e praia; eco-turismo; turismo cultural; turismo de aventura; turismo temáticoe turismo de cruzeiros.

o potencial turistico de Moçambique é largamente baseadoem atracções ligadas a natureza, cultura, gastronomia eentretenimento.

Férias de Sol e praia continuarão ~ desempenhar um papelfundamental no futuro do Turismo em Moçambique como umactivo vasto, atractivo e ainda por explorar. A importância actualc futura deste património e os progressos globais em termos deplaneamento de estâncias e desenvolvimento, oferece vantagenscomparativas e interessantes oportunidades ao país.

Moçambique tem também a possibilidade de capitalizarvantagens comparativas maximizando ligações entre a costa eselva. Estas ligações poderão vir a fazer a diferença em termoscompetitivos a favor de Moçambique.

3.10.2. Ecoturismo

Ecoturismo pode ser referido por diferentes terminologias comoturismo cultural, de vila ou comunitário como um termo genéricoque capta o espirito desta actividade "Turismo Baseado nosRecursos Naturais e da Comunidade.

Moçambique é um pais com um alto potencial para odesenvolvimento do Ecoturismo e pode explorar o grande mercadode viagens de aventura.

A identificação de areas com um alto valor biológico, comopor exemplo as áreas de conservação transfronteira, locais compotencial para serem declarados património da humanidade,ecossistemas com lagos do interior, áreas húmidas e áreas demontanha e costa, deverão ser considerados como prioridadepara o desenvolvimento do turismo e conservação.

3.10.2.1. Tipos de Serviços Baseados no Ecoturismo

Infra-estruturas oferecendo acampamentos, locais dealojamento construídos com materiais rusticos e algunsserviços de catering

Guias oferecendo-se como guias aos turistas

Safari de montanhas, pesca, caça, locais sagrados,observação de 'animais, etc.

• Artesanato para venda aos turistas.

Actividades Culturais que podem ser exibidas aos turistasmediante um programa desenhado para o efeito.

3.10.3. Turismo de Aventura

o turismo de aventura descreve as actividades que ocorremao ar livre e que requerem um alto nivel de energias dos participantes.Geralmente o turismo de aventura envolve algum esforço físico.

Moçambique eslábemposicionado para tirarpartido do mercadode turismo de aventura, O turismo de avenmraestá a ser cada vezmais procurado por aqueles que se querem retirar da· sua rotinadiária ou que busc.lIIJll1&vas formas de passar OS dias com assuas famílias.

3.10.4. Turismo Cultural e Histórico

o turismo cultural é baseado no mosaico de destinos, tradições,arte, celebrações e experiências que retratam urna nação e o seupovo, reflectindo a diversidade e caracter do pais.

Moçambique possui urna rica tradição artística local e a queresulta de vários séculos de contactos culturais. A nivel doartesanato e arte escultórica ganha relevo a arte Makonde nonorte do País reconhecidos corno marco de identidade artística.

A música tradicional é amplamente tocada em M<>çambique.Ao norte são reconhecidos pelos seus instrumentos, ao sul sãoreconhecidos pelas suas orchestras de timbilas (marimbas). Amúsica modema floresce nas cidades, onde a Marrabenta é talvezo estilo mais tipico. As danças tradicionais corno Nbau, Tufo eMapiko também são reconhecidas como sendo de grandeexpressividade cultural, nas regiões centro e norte do País.

A tradição moçambicana de artes visuais e plásticas, produziuvários artistas modernos que atingiram reconhecimentointernacional. Um bom número de pintores e escultores talentosossurgiram desde os anos 50. Na pintura destaca-se as obras deMalangatana, enquanto para escultura destacam-se os nomessonantes como Renata e o já falecido Chissano.

Há ainda, um pouco por todo o País, os bens imóveis queconsistem em conjuntos urbanos, locais históricos e arqueológicose ainda as obras monumentais, Alguns desses bens já se encontraminventariados ou declarados como bens do património cultural enatural nacional.

Os viajantes que praticam o 'turismo histórico-cultural emMoçambique procuram:

Locais históricos e Estações Arqueológicas

Galerias de arte e artesanato

Teatros

Museus

Eventos culturais e festivais

• Feiras

~ Comunidades étnicas e bairros

• Edificios com valor histórico e arquitectónico

• Locais tradicionais de culto e sagrados

• Parques Nacionais

• Reservas Nacionais

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IV. Objectivos Estratégicos e Ae.;ões de Marketlng

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4.1. Objectivos Estratégicos

Para o desenvolvimento do turismo em Moçambique, énecessário partir da interpretação da "visão do futuro" contidana Política do Turismo e no Plano Estratégico de DesenvolvimentoTurístico de Moçambique aprovados pel D Govemo que perconizamos seguintes objectivos:

• PosicionarMoçambique definiti varnentecomo um "destinoturístico de classe mundial".

Eliminar as principais fraquezas do produto turístico ealcançar elevados níveís de competitividade nos príncipaismercados emissores de turisrro;

Alcançar uma taxa média de cr "cimento anual de 6% doturismo doméstico, regional e internacional;

• Elevara impacto económico, social e ambiental do sectorturístico;

4.2. Acções para o Desenvolvimento de MarketingPara a materialização dos objectivo, perconizados, impõe-se a

procecussão de determínadas acções d estacando-se as seguintes:4.2.1. Objectivo Estratégico Específico I: Posicionar Moçambique

como um Destino Turístico de Classe MundialPara a efectivação deste objectivo. é necessário materializar as

seguintes acções:4.2.1.1: Produzir Material PromocionalDeve-se melhorar a produção de material de marketing (folhetos,

brochuras, CD-Raros, cartazes, souveniers) para distribuição emfeiras internacionais de turismo, escritórios ou empresas derepresentação e em representações dip lomáticas de Moçambíqueno exterior, bem como em Balcões de; Informação Turística nospostos fronteiriços e nas cidades, ev entos nacionais, Agênciasde Viagens, etc.

As acções de marketing e publicic.ade a realizar' no exteriordevem se planear com base numa aborda gem comercial competitiva.Para tal, Moçambique deve, dentre outn is, ter os seguintes materiaisde promoção:

• Uma brochura do pais (Catálogo sobre o sector do turismo);

Um guia de alojamento (depois de iniciar o processo dere-classificação de estabelecimentos hoteleiros);

Um guia turistico por regiões:

Uma brochura para Promoçã i dos Parques, Reservas eCoutadas Oficiais, projectos comunitários e fazenda debravio.

É necessário haver uma abordagem comercial e é importantedesenhar o Catálogo de Produtos e outros materiais do sectorcom estatisticas oficiais do pais e imagens que representem nãoapenas aqueles estabelecimentos hoteleiros e produtos que hojeapresentam o maior potencial para o t rrismo intemacional e parasegmentos altos do turismo regional, mIS também estabelecimentosque impulsionam o florescimento do ·urismo doméstico.'

Os materíais promocionais a prod szir (catálogo de produtos,grandes eventos e a Pasta de Negócic s para investimentos) devedar maior ênfase aos produtos que representem vantagenscompetitivas, isto é, aqueles que mais diferenciam Moçambiquedo produto turístico existente em 01 tros destinos concorrentesda região.

O conteúdo destes materiais deve também ser coerente comos objectivos comerciais dos grandes operadores europeus, osquais indicaram que sol, areia e mar eramos interesses principais,seguidos pela cultura e herança colonial diferente.

Os materiais de promoção para mergulho, pesca desportiva,pequenos eventos, eco-turismo, turismo de aventuras, luas-de-mel e outros segmentos de nicho devem ser produzidospreferencialmente com' recurso ao apoio dos operadoresestrangeiros.

4.2.1.2: CriarEscritórios de Promoção no Exterior.É importante que Moçambique tenha representações na Europa

(Portugal, Reino Unido, Alemanha, Itália) e que essasrepresentações sejam devidamente apetrechadas com recursospara promover Moçambique eficientemente. As MissõesDiplomáticas de Moçambique no exterior jogam um papel importanteno estabelecimento de contactos e acompanhamento dasactividades desenvolvidas pelos escritórios de representação.

Os orçamentos devem ser suficientes parapermitir a prestaçãode serviços de produção de material promocional nas Iinguas dospaíses alvo, visitas os operadores turísticos e agências de viagens,facilitação de visitas de imprensa e comerciais a Moçambique,participação em "roadshows", feiras etc.

É importante que qualquer escritório que seja estabelecido noestrangeiro, funcione com um plano e estratégia de marketíngmuito concreto, e que as suas actividades sejam monitoradas, afim de receberem todo o apoio no sentido de levar a cabo os seusobjectivos efectivamente.

4.2.1.3: Desenvolver Relações PúblicasA nomeação de umaAgência Especializada em Relações Publicas

é uma prioridade.

A agência escolhida deve estar especializada em lidar com osmeios de comunicação e o consumidor final do produto. Deve seruma empresa familiarizada com a imprensa de mergulho e natureza,relacionar-se dar-se bem com escritores de renome para além deter competência e domínio dos sistemas de informação ecomunicação. Trazer a imprensa internacional a Moçambique seráuma prioridade no programa.

O Governo de Moçambique através do Ministério do Turismotem a responsabilidade de monitorar a eficácia do programa derelações públicas desenvolvido pela agência contratada.

A Agência de Relações Públicas é responsável pela imagemdo destino turístico, distribuição de informação exacta e em tempoútil; assegurar as promoções do consumidor para aumentar ointeresse pelos destinos turísticos; e controlar crises de todos ostipos, naturais ou provocadas pelo Homem.

4.2.1.4: Promover Visitas de Familiarização dos Media eOperadores Turísticos

Para um destino turístico único e emocionante comoMoçambique, os operadores de turismo jogam um papel importanteno marketing, promovendo e vendendo o destino. É importanteque Moçambique crie parcerias estratégicas com operadoresturísticos chaves, de modo que vendam o Pais em seus. mercadoschave.

Um conjunto de acções de marketing que permitam umapenetração efectiva do produto turistico moçambicano aos mercadosemergentes, como a China e Media Oriente são urgentes enecessarios.

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A fim de consolidar os mercados emissores Europeu e regional,é importante educar os agentes de viagens sobre os produtosque Moçambique tem para oferecer, pois .estes sao urna fonteimportante de informação e de registos. Visitas.deFamiliarlzaçâodevem ser feitas com operadores de turismo de modo a assegurara participação de agentesde qualidade. As viagens de familiarizaçãodevem ser somente oferecidas aos agentes que querem serespecialistas em Moçambique.

As viagens de familiarização são uma das formas mais eficazesde dar à primeira informação e em primeira mão, proporcionandoexperiência sobre Moçambique como um destino turístico. Aqui,é importante obter apoio das companhias aéreas que voam paraMoçambique e transportes terrestres locais.

o papel do pequeno agente de viagem assume mais importânciado que nunca. Os agentes, na maioria dos' casos, não venderãoum destino turístico que nunca viram, por isso deve-se fornecervisitas de familiarização para os agentes cuidadosamenteseleccionados.

Os agentes de viagem interessados e com o potencial podemser identificados, também, pela expansão do Web site deMoçambique para incluir uma secção interactiva para comércio,onde podem pedir formulários e preencher um mini questionário.Um Boletim electrónico de noticias periódico com actualização deprodutos pode ser direccionado a agentes que expressem interesseem o receber.

4.2.1.5: Participar nas princípais Feiras de Turismo Intemacionaldos principais mercados emissores e emergentes

Deve-se consolidar e inserir a participação de Moçambiqueno calendário internacional de feiras nos principais mercadosemissores de turismo regional (Durbam, e Harare) e os de maiorpotencial de crescimento no mercado europeu: Londres, Lisboa,Madrid, Milão, Berlim e Utrecht (Holanda), tendo em conta oinvestimento necessário para a participação em feiras, não só dosector público mas também do privado, para além de participar nafeira de turismo na China e pesquisar os mercados emergenteslocalizados no continente asiatico e médio oriente.

Participar nas feiras de caça na Espanha e EUA.4.2.1.6: Desenvolver o Portal do TurismoMoçambique tem que produzir um Portal virtual sobre o turismo.

Ao desenvolver as páginas, deve-se prestar particular atençãoao cliente para assegurar que a informação que o cliente precisa eprocura esteja disponível na internet a qualquer momento,capitalizando os seus pontos fortes como destino turistico. Umavez que o inglês é a língua do coníércio e turismo internacional épertinente que exista uma versão inglesa do mesmo.

Como em outros destinos, o Portal de Moçambique deveprocurar ser o mais abrangente possível, e ser a principal fonte deinformação sobre o país:

Confrontado por vários tipos de desafios, Moçambique devegarantir que o seu Portal dê o máximo de informação positivasobre o seu destino. Daí que Moçambique tem que criar um. boaimagem e publicidade positiva.

O portal deve ter ligações com motores de busca, como google,sapo, e outros grandes sites mundiaís sobre o turismo.

4.2. I. 7: Expandir os Balcões de Informação Turística para todasas Províncias do País.

Aumentare itÚ!l)eroile Ba1t:/Je!ldefnfurma.ção 'fW'ÍstiC<1(BITs)á partir da experiênoia dos BITs existentes na província de Maputo(Ressano Garcia, Namaacha eMaputo cidade), bem como oslocalizados nas pro:víllCilis de Nampula (ilha de Moçambique) eCabo Delgado (pemb,a).

A abertura de nmem focais estratégicos nos principais postosde entrada de l\Ú'ÍStasao pais tem por objectivo apoiar aos visitantesem informações úteis para orientação em locais de interesse turístico,bem como prestar informação actualizada sobre eventos turísticos.

4.2. i.8: Implementar Acções Combinadas de MarketingDos dados estatísticos disponiveis e da análise realizada, conclui-

se que o Turismo Internacional representa hoje só 10% do Turismoestrangeiro, contudo, a sua taxa de crescimento médio anual nosúltimos três anos foi de 1.26, superior a taxa média do TurismoRegional (1.14) ..

Nos próximos 10 anos, Moçambique deve ser considerado umdestino de turismo internacional. Para isso, deve-se implementaracções integrantes de marketing que, para além da participaçãonas feiras internacionais, permitam desenvolver outras formas depromoção mais abrangentes e de maior efectividade, especialmenteas produções conjuntas de publicidade com operadores turísticosdos países que representam o maior potencial de crescimentoturistico para Moçambique, por serem ós principais emissores deturismo para África Austral nos próximos 15 anos.

As acçõesde marketing devem-se desenhar e implementar numaparceria entre os sectores publico e privado, principalmente osgrupos hoteleiros que operam nos estabelecimentos de categoriassuperiores (4 e 5 estrelas), os agentes de viagens e as linhasaéreas, as quais contribuem com o maior volume das receitas dosector.

As. acções de rnarketing devem abranger principalmente osâmbitos de promoção de investimentos e a promoção de produtosestrela ou produtos chave. O objectivo destas acções é atrairinvestimentos directos estrangeiros para operações conjuntas"joint ventures" para a reabilitação ou construção de hotéis elevar a cabo acções de promoção direccionadas ao incremento daestadia media e da ocupação dos hotéis de categorias superiores.

A implementação destas acções de marketing vai depender daprévia execução de outras acções identificadas no documento,tais como:

o Acção No.I: Desenvolver um Plano de Produção deMaterial de Promoção.

• Acção N°.2: Criar Escritórios de Promoção no Exterior.o Acção N".5: Participar em Feiras de Turismo Intemacionais.o Acção N°.6: Desenvolver o Portal do Turismo.o Acção N°.9: Reforçar a Capacidade de Produção de

Estatísticas.o Acção N°.I 7 :Proceder a Re-ctassíficação dos

Estabelecimentos Turísticos.o Acção N° .19 :Redesenhar a Carteira de negócios para

Investimentos Directos do sector do turismo.Como parte das acções de marketing integrado é necessário

prestar particular atenção a implementação de algumas acçõesespecíficas das recomendações do Congresso daAPAVT (realizadoem Novembro de2005 na cidade de Maputo), nomeadamente:

o Criar condições para receber a curto e médio prazo maisinvestimentos para a área do turísmo, maior fluxo de turistaseuropeus e em particular portugueses;

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Desenvolver e consequente consolidar o destino, e facilitaras deslocações a partir dos países geradores de fluxosturísticos;

Criar um ambiente em que as c ompanhías aéreas, Agentesde Viagens devem continuar a cooperar no sentido deoptimizar O produto final;

Levar a cabo maior acção Ie promoção na europa,particularmente Portugal;

Continuar com a transformaçi o da base aérea de Nacalaem Aeroporto Internacional e melhorar o AeroportoInternacional de Mavalane;

Implementar uma politica de Iiberalização do transporteaéreo, para incentivar um rápido crescimento do destino;

Dispor de informação permanei 'temente àctualizada acercada necessidade ou não de prévios cuidados sanitários,evitando desta forma preocrpações desnecessárias eexageradas e uma publicidade negativa pordesconhecimento da realidade,

4.2. 1.9. Criar a Base de Dados de MarketingO Governo através do Ministério do Turismo deve criar

condições para em 2006 montar a Base de Dados de Marketing(BOM).

O objectivo principal desta base de dados é pernútir o estudoe pesquisa dos destinos concorrente s e avaliar os principaismercados emissores, a fim de produzir, nálises úteis para as acçõesde marketing operativo nos diferentes âmbitos (promoção deprodutos nas feiras internacionais, promoção de investimentos,promoção de eventos).

Outra vertente importante é a obte tção de dados fi áveis quepermitam fazer um balanço demanda 'oferta turística, de formaquantitativa, possibilitando estimar e dimensionar o crescimentoe identificar as principais acções estratégicas do sector para ospróximos 10anos, nomeadamente:

• Quantidade de turistas a captar por cada mercado emissor;• Quantidade de quartos' hotele: ros a construir;

• Receitas geradas;• Pessoas a capacitar técnico e rrofissionalmenre;

Postos de empregos a criar;Orçamento para a promoção turística;Elementos I recursos turístico; a considerar;Inventariação do produto turístico nos destinos esegmentos do Tipo A e Tipo B.

4.2. I. 10.Divulgar as Linhas de Produto do TurismoDeve existir um marketing direccionado para o mercado do

turismo de aventura, dado que os utentes deste produto não secomportam como viajantes de cruzeiros que fazem as reservas viaagências de Viagens.

Um conhecimento profundo dos produtos de aventura énecessário. A comunicação estreita com os fornecedores e umaclara consciência do espirito dos seus c lientes são factores críticosde sucesso para a venda de pacotes ce aventura.

Para vender este mercado eficientemente, Moçambique, deve:• Atrair os clientes através de cartas, boletins informativos

(revistas), e:mails e outros me-ios de comunicação.• Criar boas relações com os fornecedores e ser capaz de

agir rapidamente para identificar ofertas de desconto aúltima hora.

Avaliar a pesquisa dos clientes, incluindo traços tísicos eemocionais.

Manter contacto permanente com fornecedores dedestinos.

• Organizar visitas de familiarização com os fornecedores.

Manter encontros com OS potenciais fornecedores. Obterprova de documentos de 'seguro, licenças de uso dosespaços, material de promoção e referências.

Revelar todos os potenciais perigos e riscos.

Manter uma base de dados detalhada de clientes quepodem Se interessar por pacotes especiais.

O produto moçambicano é ideal para este mercado de eCO-turismo/aventura. Deve-se estabelecer ligações estratégicas comagências de viagens e operadores tutísticos internacionais ligadosa este mercado) o que pode trazer resultados e impacto imediatopara este sector.

4. 2. I. II. Criar e Promover a Marca Moçambique

A visão do turismo em Moçambique para 2020 é que deve sero destino mais vibrante, dinâmico e exótico em África. A politicade desenvolvimento do turismo, de entre várias missões, visaposicionar o País como um destino de valor elevado, garantindoum turismo sustentável, responsável e de qualidade.

As oportunidades do produto chave que farão Moçambiquerealizar sua visão podem ser sumarizadas em três produtos:

Turismo baseado em recursos aquáticos.Turismo baseado em recursos naturais.

Turismo baseado na cultura e vida urbana.

Contudo, os desafios do mercado para o posicionamento deMoçambique Como um destino turistico de classe mundial são:

O Investimento maciço no desenvolvimento,reabilitação ou o aumento do volume de oferta nestaslinhas de produto.

Pacotes apropriados destas linhas de produtointegrando-os com os estados vizinhos com vista acriar algumas sinergias, e

- Atracções naturais acompanhadas por uma mão deobra comparavelmente especializada, de modo aresultar numa oferta de um serviço de elevadaqualidade.

O turismo é uma indústria altamente competitiva econsequentemente uma gama de mistura de produtos de primeiraclasse suportada por uma mão de obra especializada e amigável,recursos financeiros substanciais são necessários para posicionarMoçambique no mercado mundial, ostentando um nível globalcapaz de atrair grupos alvos de clientes.

Moçambique pode adoptar um foco estratégico nos produtosde nicho integrando-os com os estados vizinhos e desse mododesfrutar do sucesso de marcas estabilizadas, por exemplo a daÁfrica do Sul.

4.2.1.12: Promover o Turismo Doméstico

Promover o turismo doméstico como um dos veículos deconsolidação da unidade nacional e da valorização do patrimónionatural, histórico e cultural.

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Os objectivos estratégicos que podem ser ímplementados aouivei nacional, provincial e local (combínarprodutoscomsegrnentosde mercado) são:

o Obter maior retomo dos viajantes, promovendo:a) Pacotes de viagens curtas (p.e, firis de semana longo)b) Pacotes de longa estadiac) Actividades diversificadas de lazer durante urna viagem.

o Converter segmentos emergentes e não explorados emturistas através da oferta de:

.a) Opções de viagens em grupob) Cartões de viagensc) Pacotes de fim de semana acessíveis.o Promover viagens ao longo do ano através do

encorajamento de viagens fora das férias escolares atravésde:

a) Pacotes especiais de época baixa.o Promover mais viagens interprovinciais através de:a) Opções de excursõesb) Publicitação de dicas e pistas sobre alguns destinos.c) Criação de novas 'experiências.o Utilizar eventos para diminuir o efeito das épocas e oferecer

pacotes completos que incluem viagem, alojamento, eeventos.

Afim de promover o desenvolvimento da indústria do turismodoméstico, o governo de Moçambique pode. implementar de umponto de vista nacional, o seguinte:

o Promover a marca do turismo doméstico com o objectivode criar urna cultura nos Moçambicanos e tomar as viagensmais atractivas;

o Promover um conjunto de iniciativas relacionadas comconsumidores Moçambicanos através de pequenospacotes de fun de semana, viagens de longa' distância,safaris, descobertas culturais, odisseias pelo, campo eeventos.

Distribuir informações apropriadas em locais especificos,e formação sobre o turismo doméstico e produtosturisticos.

o Facilitar o desenvolvimento de pacotes de produtos,trabalhando aos uiveis nacional e provinciais para facilitarligações e a criação de pacotes que podem converterinteresses em acções. .

o Desenvolver canais de marketing e distribuição de produtosaos consumidores para assegurar a conversão e comprade urna maneira relevante e eficiente.

Existem dois requisitos naturais para promover o turismodoméstico, que são o poder de compra e a qualidade dasinfraestruturas. Quanto maior for o poder de compra dos nacionais,aumenta o volume de praticantes do turismo.

As tarifas das transportadoras reduzidas, descontos nos hotéis,fornecimento grátis de refeições, taxis para a jornada e outrasmedidas poderiam tomar as viagens domésticas mais atractivas.

Para fortalecer o turismo nacional, a diversidade geográficapode ser vendida nacional e internacionalmente. Este exercíciotem muito .significado mesmo a nivel regional por exemplo, paraas populações costeiras, férias de safari poderiam significar WI1li

nova experiêneiae e da mesma maneira, as praias podem serpromovidas pará al1ie~oas do interior. Estes 'produtos podemser coordenados e. ClimbÍl1l!dl!s com os pacotes atractivos queexistem, concebídespara os.viajantes internacionais, ainda mais,o movimento de·turistas domésticos, não é limitado por épocas,mas cada época possui o seu próprio produto.

De modo a criar os destinos cada vez mais conhecidos, o sectorprivado poderia realizar amplas campanhas de marketing, com oapoio da imprensa, operadores turísticos, e Agências de Viagens,companhias financeiras, hotéis, e companhias aéreas.

As províncias poderiam organizar feiras de turismoínterprovincíais para expor o potencial de turismo de cada urnadas zonas. Pode-se promover agressivamente o desenvolvimentode circuitosde turismo integrados o que iria permitir que o turistanacional visitasse mais que um destino em cada momento.

4.2.1.13:Promover o Turismo JuvenilA juventude constitue a faixa populacional mais activa nos

processos de desenvolvimento. A Política da juventude preconizao incentivo a prática do turismo por adolescentes e jovens comoforma de criação de emprego e auto-emprego e de geração derendimentos. Neste âmbito, são consideradas as seguintes acçõesprioritárias:

o Produzir materiais didatico-educativos sobre a importânciado turismo focalizando grupos e associações juvenis;

o Fomentar a particpação da juventude em acampamentose excursoes a zonas potencialmente turisticas;

o Constroir pousadas da juventude.4.2.1.14:Implernentarprogramas de sensibilização sobre o turismo

É imprescindível para a entidade que superitentende o turismoconceber e implementar a curto e médio prazos programas concretospara a sensibilização e consciencialização da sociedademoçambicana sobre a importância económica e social dodesenvolvimento turístico. Para tal, deve ser desenfU,do umPrograma Nacional de Sensibilizaçao sobre Turismo (PNST) quepermita implementar acções para elevar o uivei de participação dasociedade moçambicana nos planos de desenvolvimento do sectorturistico.

As camparihas de sensibilização são ferramentas de comunicaçãosocial desenhadas para envolver a sociedade civil nos grandesprojectos de desenvolvimento económico-social e diferentesprogramas sectoriais que os governos estão a implementar.

O PNST deve constituir-se num mecanismo prático para apoiara materialização dos princípios da Politica do Turismo,particularmente:

o Assuropção do Governo aos níveis Nacional, Provinciale Local da responsabilidade pela definição e controlodos padrões de desenvolvimento de qualidade doTurismo;

Estabelecimento de um quadro in#itucional de mecanismosde planificação e controle da participação activa nodesenvolvimento do Turismo;

Consciencialização sobre a importância do Turismo e sobreo valordo património natural e cultural;

o Disseminação dos valores do património nacional tangivele intangível;

Utilização de receitas do turismo para contribuir naconservação e restauração do patrim(mio edificado;

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Identificação de projectos de conservação e restauro demonumentos onde o turismo pc de intervir;

Promoção da identidade cultural e orgulho naeional, atravésda disseminação de valores universais do País presentes,em particular na Ilha de Meçam bique;

• Promoção e profissionalização dos recursos Humanos comoforma de elevar a qualidade do 'urismo;

Promoção do envolvimento efectivo da comunidade nosprogramas' de desenvolvimentc;

Inserção da temática do turismo nos curricula escolares;Consciencializão ás áreas que lidam como turista (Políciade trânsito, Migração, Alfândegas, guarda-fronteira).

O PNST deve ser baseado numa ccmbinação de técnicas emeios de comunicação: seminários, i presentações, palestra,discursos, e diferentes suportes de publicidade: materiais impressos,videos, etc.

As duas principais linhas de abordag em do PNST, as AcçõesMassivas e as Acções Sectoriais (por a vos especificos), devemser implementadas de forma paralela se npre que seja possivel.

As Acções Massivas dirigidas a sociedade em geral devemutilizar os meios de comunicação, materi 11impresso e audiovisual,realização de actividades culturais e des oorrivas, como.principaisinstrumentos de comunicação. Os prircipais alvos das Acçõesou Campanhas Massivas são: a sociedac.e em geral nos diferentesgrupos de idade, sexo e condição social 'trabalhadores, mulheres,estudantes, crianças) e os Turistas, excursionistas dos cruzeirose estrangeiros com autorização de.residência temporária.

As Acções Sectoriais dirigidas a alvo; especificos (instituiçõesdo sector publico e privado) além de ser sibilizar aos funcionáriosdestas instituições sobre a importância do turismo para odesenvolvimento sacio-económico (O país, deve sobretudodespertar a consciência sobre a necessida Je de melhorar a qualidadedos serviços prestados por estes. Os pr .ncipais alvos das Acçõesou Campanhas Sectoriais são: Sector público (Alfândegas,Migração, Polícia); sector privado (Empresas (Hoteleiras, Agênciasde Viagens, Restaurantes, etc); Conselhos Municipais,Comunidades locais (residentes nas are as de conservação e zonasturisticas) e outros.

O PSNT deve ser implementado em :rês fases que estabelecemuma ordem de prioridade para atingir maior eficiência organizativano processo de comunicação, considerando o uivei de importânciados alvos e as suas diferentes funçõe s.

Na Primeira Fase de implementaçãe do PNST os alvos devemser quadros e outros agentes multiplicadores ao nível nacional,aqueles qúe têm a responsabilídade de planificar e comunicarplanos de desenvolvimento turistico ao nível de todo o pais; naSegunda Fase, os quadros e entidades provinciais encarreguesde coordenar e executar a implementação dos planos dedesenvolvimento turístico a nível dasl.PITs; na Terceira Fase, osalvos são as Empresas Turísticas locais. (boteis, operadores,Agências de Viagens, etc) , as entidades locais consagradas naeducação e formação dos recursos hu manos (Escolas de ensinoprofissional) e as Organizações loca is ( juventude, mulheres,artistas, outros).

4.2,1.15: Reforçar a Capacidade de Produção de EstatísticasTrabalhar com o Instituto Nacional de Estatística (INE) no

sentido de se integrar um técnico do twismo, que se iria encarregarpela análise estatística referente ao sector do turismo.

A integração do técnico iria apoiar no desenvolvimento deuma análise estatística sectorial mais profunda e exercer tiro maiorcontrolo económico e acompanhamento do desempenho do sector.

4.2. 2. Objectivo Estratégico Especifico 2: Fortalecer o produtoturistico e alcançar elevados uiveis de competitividade nos principaismercados emissores de turismo.

Para a efectivação deste objectivo, é necessário materializar asseguintes acções:

4.2.2. I. Pesquisa sobre o Mercado RegionalCom vista a realizar de forma periódica o estudo dos destinos

concorrentes de Moçambique ao nível da região de África Austral,deve-se executar no ano 2007, uma primeira pesquisa orientadaa propõr respostas de marketing aos actuais problemas de baixorendimento económico que hoje gera o turismo regional.

Para o sector turístico moçambicano é crucial manter o estudos~bre o comportamento da África do Sul no seu duplo papel deemissor e receptor de turistas, tomando em conta que este mercadogera 47%, quase a metade do Turismo Regional que entraanualmente em Moçambique, além de ser a principal porta deentrada do Turismo Internacional proveniente de outroscontinentes.

Qualquer mudança, positiva ou negativa, no movimento turísticoda Áfríca do Sul, terá uma rápida repercussão sobre o turismomoçambicano. Portanto, para o sector turístico moçambicano ,éimportante observar e dar seguimento permanente a situação actualna África do Sul onde está a verificar -se um ligeiro decréscimo doturismo europeu.

4. 2. 2. 2. Estabelecer Alianças Estratégicas RegionaisEstabelecer alianças estratégicas de marketing ao nível da

região sobre acordos de cooperação que visam a formação deequipes de trabalho, abertura de escritório de serviços comerciaise marketing em Moçambique. Estes vão contribuir grandementepara transmissão bilateral de conhecimento e no dominio de buscasde oportunidade no sector turístico no âmbito da conservaçãomesmo antes da situação dos parques ser a mais ideal.

Fazer "lobbies" para incentivar o estabelecimento de agênciasde marketing na região (Africa Austral) e ao nível internacionalque tenham domínio e experiência no âmbito de actividades turísticas.Promover e incentivar a formação de quadros com especial enfoquepara as áreas de conservação.

Implementar acordos com entidades do turismo sul-africanopara o mundial de futebol a decorrer em 2010.

Organizar encontros com as autoridades turísticas de paísesconcorrentes de Moçambique (Tanzania, Seycheles, Mauricias,Ilhas Reunião) para promoção conjunta em material promocional,incentivo para a participação destes países na feira anual de Maputo(BTM).

Prosseguir com os acordos. com os países vizinhos no âmbitoda eliminação de vistos de entrada.

4.2.2.3. Orgunizur Festivais de GastronomiaEm coordenação com os restaurantes e operadores turísticos,

organizar vouvivios festivos onde para além de músicaMoçambican.. -v possa oferecer a culinária composta por mariscose pratos tipu I h

Num esltl":o coordenado entre operadores privados deverãoser criado, p.•coles de fim de semana para mercados regionais(Africa do ~1I1. Zimbabwe, Botsuana e Malawi) a fim de viremdeliciar-se com mariscos e cervejas de marca Moçambicana.

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4.2.2.4. Proceder a Reclassificação dos EstabelecimentosTurísticos

As acções de re-classificação devem rever com profimdidadeo sistema de classificação vigente com vista a fomentarwna imagemturística positiva de alta qualidade.

A elaboração do novo sistema de classificação hoteleira, deveter em consideração o estudo recente sobre a classificação dehotéis de baixa catergoria com critérios legais modernos, e sobretudocom mna abordagem comerciai e competitiva para garantir maiorqualidade do produto ar a Carleirá de Negócios Pãra InvestimentosDirectos do Sector Turístico

Nesta fase da introdução dos- seus produtos nos principaismercados emissores de turismo internacional, Moçambique deveconceder máxima prioridade as acções de marketing no âmbitoda Promoção de Investimentos, seguindo um dos princípiosfundamentais da política de desenvolvimento do turismo: o principioda planificação integrada.

No período 2006 - 20IOo objectivo principal de marketingestratégico do sector turístico é:

a) captar o interesse dos investidores estrangeiros paraparticípar.no plano do Governo para o crescimento dainfraestrutura de acolhímento;

b) Fazer novas construções para garantir o desenvolvimentoturistico em duas vertentes: os investimentos directoshoteleiros e os investimentos de urbanização (estradas,aeroportos, sistemas de fornecimento de água, energiaeléctrica, saneamentQ do meio, comunícações e outros);

c) Implantar infraestruturas e diversificar os serviçosprestados nas áreas de conservação;

ti) Estabelecer parcerias para o investimento nas áreas deconservação;

e) Contribuir com investimentos na sinalização turistica demonumentos, conjuntos e locais históricos existentes'no País;

j) Incluir investimentos que permitam o apoio a grandesobras de conservação e valorização do patrimóniocultural nacional, com grande destaque para osmonumentos ebase da Luta Annada de Libertação deMoçambique, bem como na criação de monumentos eestátuas de heróis nacionais.

Para atingir o anterior objectivo de promover os investimentosem infraestruturas é necessário acelerar o actual processo dePlaneamento físico, ordenamento territorial das Áreas Prioritáriasde Investimento Turístico, nomeadamente nas APlTs Tipo A eAIB, localizadas nas zonas costeiras das regiões sul e norte dopais. Depois deve finalizar-se também o processo de zonearnento(plano urbanlstico detalhado) e a elaboração do plano de maneiodas Áreas de Conservação e ACTF' s.

A partir da definição do potencial real disponível em cadaAPITpara- o desenvolvimento urbanístico da infraestrutura deacolbimento, deve-se produzir a "Carteira de Negóciós" que oGoverno moçambicano, numa aliança estratégica com oempresariado nacional, adoptará como principal rÍleíode publicidadeno âmbito de promoção de investirnentos. Neste caso urna entidadedo Governo, com apoio do Centro de Promoção de Investimentos(CP!) e outros intervenientes do sector turistico, deve representaro Estado moçambicano para desempenhar o seu papel de principalpromotor de investimentos directos para projectos no sectorhoteleiro.

Requer-se a lIIObilização do orçamento necessário paraimplementar estas acc&s á partir de 2006.

4.2.3. 2.I:!nV.oIVerO Sector Prívado na Implementação daEstratégia de Ma~ng- Para o sucesso'8à estátégía-écrltico.queo sector privado

jogue um papel Ill! sua execUção. Este sector deve participar napublicidade conjunta do destino turistico. É iJpportante que aindústria trabalhe emconjunto paraque as viagens de fumiliarizaçãosejam bem coordenadas. Todos os fornecedores de serviços podemSer envolvidos no processo.

Para ~Iém 'de atender bem e servir melhor, o sector privadotambém deve estar activamente envolvido nas promoções "giveaways" necessitando para isso de colaborar nos pacotes quepodem ser oferecidos em cada um dos mercados geográficos.

4.2.3.3: Criar o Çalendário Nacional de Eventos e FestivaisDeve-se definir mna lista de actividades e festivais de carácter

nacional e provincial que possam ser implementados de formaestável, comcarácter anual elou bienal, para sua inclusãopennanenteno Calendário Anual de Eventos de Moçambique.

Este Calendário deve ser publicado anualmente com umaantecedência de seis meses no mínimo para poder ser promovidoadequadamente no mercado turístico internacional.

4. 2. 3. 4. Projectar a Feira Permanente Cultural e a Bolsa doTurismo de Maputo(BTM)

A feira cultural será um espaço onde possam concentrar-sediversas manifestações da cultura de Moçambique, com ênfasenas artes plásticas, artesanato e música e dança tradicional.

.0 objectivo é criar pontos de referência Das principais regiõesdo pais com suficiente poder de atracção onde os turistas possamentrar em contacto com a população numa atmosfera de cultura ede segurança.

Deve-se analísaruma possívellocalízação doprojecto CULruRnas áreas da Feira Popular. No lugar seleccionado, emdías e horasdeterminadas de. cada semana, programar-se-ão diferentesactividades culturais (lançamento de livros, desfiles de modas,grupos de música, danças e outros), para além de urna exposiçãopermanente de arte moçambicana.

A oferta aos visitantes complementar-se-á com pontos de vendade artesanato, bebidas nacionais e gastronomia de diferentes regiõesdo Pais. A materialização do projecto permitirá concretizar urnadas acções mais eficazes de promoção cultural que se possaorganizar dentro do pais e, simultaneamente, criar um produtoturistico de alto interesse para a sua comercialização por partedos operadores turisticos estrangeiros e nacionais.

4.2.3.5. Maximizar a Contnbuição do Desporto para o TurismoAproveitando o seu clima e extensa linha costeira com um mar

rico dé recursos mammos de valor inestimável, Moçambiqü<:deverápromover eventos desportivos, tais como:

• Desportos naúticos e Pesca de Alto Mar.• Léguas, maratonas e outras provas de fimdo• Tomeios e campeonatos de nível continental ou de região

da AIiica Austral nas modalidades diversas.Em lugares adequados deverá promover o estabelecimento de

campos de golfe, estádios de futebol de modo a tornar maisdiversificado o produto turístico.

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Deve-se combinar sínérgias de-mudo a tirar maiores proveitosaos campeonatos nrundiais ou continentais que Ocorram no Paisou região da Africa Austral, por exemplo o campeonato mundialde fulebol20 I O, a ter lugar na 'Áfric. do Sul.

Esforços devem ser feitos de mod J a trair vedetas do desportonrundial para passarem férias ou estígios em zonas turísticas deMoçambique, o que acrescenta valor ao destino.

A. montanhas e trilhos também de zem ser aproveitados atravésda sua inclusão nos pacotes turístic os. Os turistas poderão serencorajados a praticar caminhadas e escalar montanhas ..

4. 2.4. Objectivo Estratégico Espec ífico 4: Maximizar o ImpactoEconómico e Social do Sector do Tu 'ismo

Para a efectivação deste objectivo é necessário materializar asseguintes acções:

4.2.4. l. Mobilizar, Sensibilizar" Capacitar as Comunidadespara Participar em Negócios do Turismo

O crescimento do turísmo tamb ém depende do sentido depropriedade, o envolvimento co nunitário, o emprego demoçambicaaos a diferentes níveis profissionais, as oportunidadesde investimento para os empresários nacionais e os programasde educação e formação orientados para o desenvolvimento dosrecursos humanos.

• Deve-se apoiar o envolvimento das comunidades na gestãodos produtos e recursos turísticos, na preservação edisseminação do patrimóníc cultural;

• Fomentar a prática da gastro aomia local e a produção devestuário tipico, bem como promover as diferentesmanifestações das artes céi ricas e visuais das diversascomunidades;

Evitar a exploração indevida de certas manifestaçõesculturais indigenas, tais com ••cerimónias religiosas e ritostradicionais e controlar " frequência dos turistas,assegurando o devido resp eito;

Sensibilizar os residentes sobre o turismo: conceitos,beneficios, problemas, políticas, programas e moldes desua participação no turísmc;

Proporcionar aos turistas informações pertinentes sobrea cultura tangível e intángivt:l das diversas comunidades,com vista a observância da! devidas normas de cortesiae respeito pela sua maneira de ser e estar;

Encorajar a comunidade e o turista a.visitar monumentos,locais' históricos e museus e contribuir na criação decondições logisticas para tal (quiosques, casas de banho,etc.);

Sensibilizar os jovens a encârarem o turismo como umadas áreas para desenvolve. actividades de geração derendimentos.

4. 2. 4. 2. Promover Investimentos e Assegurar o Apoio àsPequenas Medias e Micro Empresas (PMMEs) Nacionais

O desenvolvimento do sector do tr rismo depende da habilidadedo Pais para atrair investimentos e d e efectivamente envolver aspequenas, médias e micro empresas. (PMME' s) e comunidadesno desenvolvimento e comercializa ção de produtos e serviçosturísticos.

É intenção do Governo encorajar I_participação de investidoresnacionais, PMME' s e iniciativas d IS comunidades no turísmoatravés da criação de um quadro fmanceiro que incentiva osurgimento de instituições financeiras; facilitar o acesso ao créditoe financiamento; e criar um ambieme favorável ao investimentodirecto estrangeiro.

o Governo através do Fundo Nacional do Turismo prevê apoiar:• As autoridades locais para construção de mercados de

fruta,na praia do Bilene, Cumbana.Pambara, Muchungue,Tica, Nicoadala e Angónia;

As autoridades locais (Municipios ou Distritos) paraconstrução de sanitários públicos em Maputo cidade,Ponta de Ouro, Vílanculos, Pemba, Cuamba e Angónia;

Construção de Estabelecimentos de Alojamento, Motéisem Caia, Mandimba/Cuamba,Angónia, EN4 (entre RessanoGarcia e Matola) e nos principais corredores dedesenvolvimento.

V. Resultados Esperedos

5.1. Período 2006-2010

• Incrementado graduahnente o Turismo Regional que entraem Moçambique principalmente proveniente da Áfricado Sul, com uma taxa média de crescimento anual de 6%.

Incrementado o turismo de caça

• Incrementada a taxa de ocupação rpédia dos hotéis, paraacima de 50% .

• Incrementado gradualmente o número de empresasmoçàmbicanas de transporte turístico: Autocarros, Rent-car, Taxis .

Dinamizado o desenvolvimento de infraestruturas nosdestinos e segmentos turísticos do tipo A

• Comercializadas as rotas turísticas e pacotes multi-destinoque integramMoçarnhique, por contratos comerciais entreos operadores turísticos estrangeiros e as agências deviagens dos países vizinhos.

• Ampliada a pista de aterragem do aeroporto de Pemba ereabilitado o aeroporto em Nacala, para acolher voos delongo curso.

• Alcançada a competitividade das linhas aéreas nacionais.

• Diversificadas as fontes de recursos para promoção turistica,através da promoção de parceiras com sector privado.

• Incentivadas alianças estratégicas entre o sector privadomoçambicano e empresários de pai ses vizinhos parapromover sinergias no marketing.

• Incentivadas alianças estratégicas com outros paises daregião para promover sinergias no marketing.

Concebida e iniciada a promoção da marca de Moçambiquecomo destino turístico.

Incrementado o Turismo Regional de negócio, lazer e visitaa familiares,

Abertas as representações do turismo nos principaismercados emissores.

• Melhorado o atendimento aos viajantes, nos postos oficiaisde Migração e ao longo das rodovias, pelos agentes deMigração, polícia de trãnsito, guarda-fronteira e alfandegas;

• Incrementada a prática do turísmo juvenil;

• Aumentado o numero de acâmpamentos juvenis;

• Construidas 2 pousadas juvenis em Inharnbane e Nampula.

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5.2. Periodo2011·2013

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o Atingido o volume de 1,260,000 turistas internacionais, ataxa de crescimento anual de 6%.

o Incrementado o turismo internacional em voos dire.ctosdesde os principais emíssores de Europa, América e Asia.

• Oferta diversificada do produto turístico .

• Melhorada a qualidade de serviços prestados pelasagências de viagens e empresas de transportesmoçambicanas.

o Desenvolvida a comercialização de rotas turisticas porcontratos directos entre os operadores estrangeirosturísticos e as agências receptoras moçambicanas.

• Estimuladá'll criação de novas rotasJurlstieas e o aumentoda comercialização de pacotes (beach & bush)

• Estinmlado o aumento da capacidade nos transportes depa.sagltitoaquecOntribuirão para abaixa de preços.

o Gárantidó o po$iciomimonto de Moçambique emmercadosde nicho: eco-turismo, pesca desportiva, mergulho, caça,observação de pássaros.

VI. Ot'9l'mentaçio das Acções

Considerando que o orçamento do marketing fica sujeito .amudanças ou oscilações de preço e moedas, a presente eS?,at~glaapresenta uma tabela de orçamento indicativo para.os pnmeirostrês anos, período que respeita a planificação seguida pelo Estadoquanto ao cenário fiscal.

Tabela 16:Programa da Acç688· Orçamento 2008 -·2008

Programa de AcçõesOr amento 2006. 2008 MTn x1000

Acção 2007 2008 2009 Total

1. Produzir Material Promocional 6.500 9.100 9.100 24.7002. Criar Escritórios de Promoçao

15.600 20.800 36.400no exterior.3.Desenvolver Relacões Públicas 1.300 1.820 3.1204.Promover Visitas de

520 520 1.300Familiarização dos Medias e 260Operadores Turísticos5.Participar nas principais Feirasde Turismo Internacional dos prin-

5.200 6.500 6.500 18.200clpais mercados emissores e emer-gentes6.Desenvolver o Portal do Turismo

1.820 2.210 2.860 6.890

7. Expandir os Balcões de1.300 2.080 2.600 5.980informacão Turística (BITs).

8.1mplementar Acções Oomblnadesde Marketing .9. Criar Base de Dados de

130 390 390 910Marketino e Prornocão10. Divulgar as linhas do Produto

1.040 1.300 2.340Turismo11. Criar e Promover a Marca

1.820 1.300 3120Mocambioue12.Efectuar pesquisa sobre o

1.300 1.300 2.600mercado doméstico.13.Promover o Turísmo Juvenil 1.350 1.250 .1.000. 3.60014. Implementar a primeira fase do

260 520 780 1.560Programa Nacional deSensibilizacão Turfstica15. Reforçar a Capacidade de

520 260 260 1.040Producão de Estatrsticas16.-Pesquisa sobre o Mercado

1.300 1.300 2.600.Regional

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17.Estabele~r Aliançasestratégicas Estratégi,~s 780 910 910 2.600Regionais

18.0rganizar Festivail; de130 260. 260Gastronomia 650

18. Reclassificar osEstabelecimentos Turísticos 780 520 1.300

20. Implementar o PI€lno deDesenvolvimento dos RecursosHumanos no Sector de Turismo 260 260 520 1.040

21.Redesenhar a Carteira deNegócios para Invest.mentos do 1.300 1.300 2.600Turismo

22, .Envolver o Sectol' Privado naimplernntação da Estratégia deMarketing

23.Criar o Calendário nacional de 260 260Eventos e Festivais

24. Projectar a Feira Permanente 1.300 1.300Cultural e BTM

25.Maximizar a Contribuição do 390 390 780Oesporto no Turismo

26. Mobilizar, Sensibilizar e 520 390 910Capacitar as Comun icades paraParticiparem em Ne96cios doTurismo

2.600 2.600 5.20027. Promover Investimentos eassegurar o apoio a PMME'sNacionais

Orçamento Total 20.590- 53.610 58.200 132.400

A tabela resume uma estimativa prelímínarpara a ímplemenlllçãodas 27 Acções de Marketing Turistic o2006 - 2013, cujo os valoresestão representados emMTn (metical de nova fanúlia) e foi calculadoao cambio USD26 (vinte e seis dol.res).

Resoluçio n." 46/2006de 28 de Deaembro

Havendo necessidade de estabelecer a Estratégia para a Gestãode Docwnentos e Arquivos do Estado e, usando da competência

atribuida pelo artigo 12 do Decreto Presidencial n.o 2/2006'de 7 deJulho, conjugado com o disposto na alinea l} do n.o Ido artigo'204 da Constituição da República, o Conselho de Ministro detennina:

Artigo 1. É aprovada a Estratégia para a Gestão de Documentose Arquivos do Estado, em anexo. à presente Resolução, do qualfaz parte integrante.

Art. 2. A presente Resolução entra em vigor no dia da suapublicação:

Aprovada pelo Conselho de Ministros, aos 24 de Outubrode 2006.

Publique-se.A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.