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    DIREITO PROCESSUAL DOTRABALHO

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    Sumrio I Conceitos gerais ................................................... 3

    1. Conceituao de direito processual do trabalho............................................................................. 32. Reclamaes trabalhistas ...................... ........... 3

    3. Fontes ............................................................... 33.1 Fontes em espcie ................................. .... 3

    4. Integrao, interpretao e eficcia das normastrabalhistas .................... ..................... .................. 45. Princpios do direito processual do trabalho .... 4

    5.1 Princpios reais........................................... 45.2 Princpios ideais .................... ..................... 55.3 Outros princpios no particulares dodireito do trabalho .......................................... 5

    II Justia do Trabalho: Organizao e competncia 61. Organizao da Justia do Trabalho (art. 111,CF/88 e seguintes): ...................... ..................... .... 6

    1.1 Juzes ou varas do trabalho: ............... ....... 61.2 Tribunais regionais do trabalho (TRT) (CF) 71.3 Tribunal Superior do Trabalho (TST) (CF) ... 71.4 rgos auxiliares da Justia do Trabalho: .. 8

    2 Ministrio Pblico do Trabalho (MPT) (CF): ...... 83 Competncia da Justia do Trabalho: ................ 9

    3.1 Competncia material (art. 114, CF EC45/04): ............................................................. 93.2 Competncia territorial (art. 651, CLT) .... 103.3 Competncia em razo da pessoa ........... 113.4 Competncia funcional ............................ 113.5 Competncia normativa .......................... 11

    III Reclamao Trabalhista.................................... 111. Atos, termos e prazos processuais:peculiaridades do processo trabalhista .............. 11

    1.1 Atos processuais ................... ................... 111.2 Termo processual .................................... 111.3 Prazos processuais .................... ............... 121.4 Atos processuais realizados por outrosmeios ............................................................. 12

    2. Citao: peculiaridades do processo trabalhista........................................................................... 123. Distribuio .................................................... 134. Custas e emolumentos ................................. .. 13

    5. Nulidades (art. 794 e seguintes, CLT): ............ 13III Partes e procuradores ...................................... 14

    1. Capacidade ..................................................... 142. Assistncia Judiciria prestada pelo sindicato 143. Honorrios advocatcios ................................. 144. Representao................................................ 155. Substituio ...................... ...................... ........ 15

    IV Reclamao trabalhista ..................... ............... 151. Fase pr-preprocessual .................................. 15

    1.1 Comisses de Conciliao Prvia ............. 152. Fase de conhecimento ................................... 16

    2.1 Petio Inicial (reclamao trabalhista) ... 162.2 Audincia (art. 849, CLT)...................... .... 162.3 Fase instrutria: .................... ................... 17

    3. Resposta do ru .................... ..................... ..... 183.1 Contestao ................... ..................... ..... 183.2 Reconveno ........................................... 183.3 Excees .................................................. 18

    4. Sentena (831, CLT) ....................................... . 19

    5. Procedimentos especiais ................................ 195.1 Procedimento sumrio (de alada): ........ 195.2 Procedimento sumarssimo ..................... 19

    V Recursos Trabalhistas (art. 893, CLT) ............... . 201. Pressupostos de admissibilidade .................... 20

    1.1 Objetivos ................................................. 201.2 Subjetivo .................... ..................... ......... 21

    2. Efeitos (art. 899, CLT) ..................................... 213. Outras caractersticas importantes(particulariedades) .............................. ............... 214. Recursos em espcie ...................................... 21

    4.1 Recurso Ordinrio (art. 895, CLT): .. ......... 214.2 Recurso de Revista (art. 896, CLT) ........... 224.3 Embargos de declarao (art. 897-A, CLT)....................................................................... 224.4 Agravos de instrumento, de petio eregimental (art. 897, CLT) .............................. 224.5 Embargos no TST (art. 894, CLT) .............. 234.6 Recurso adesivo (art. , CLT) .......... ........... 23

    5. Execuo (art. 875 e seguintes, CLT) .............. 235.1 Liquidao (art. 879, CLT) ................ ........ 245.2 Embargos execuo (art. 884, CLT) ....... 25

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    - Jurisprudncia : criticada, pois ela somente influencia a realizao das leis.No h ao vinculante. No direito processual do trabalho mais fcil essacaracterizao como fonte em razo das smulas, OJs, smulas vinculantes (EC45/04, art. 103-A), aes diretas de inconstitucionalidade e aes declaratrias deconstitucionalidade.

    - Costume : Pratica reiterada do grupo social que se torna prtica obrigatria.Jamais o costume poder ser contra legem .- Atos internacionais : Convenes da OIT.

    ** Art. 8, CLT. Fala sobre princpios, equidade e analogia... Estes so mtodosde integrao da norma processual trabalhista e no fontes!

    ** Majoritariamente, no se considera a doutrina como fonte.

    4. Integrao, interpretao e eficcia das normas trabalhistas- Integrao o preenchimento de uma lacuna da norma (falta de lei

    aplicvel). Principalmente a aplicao do direito processual comum (art. 769,CLT). Para a integrao deve haver a omisso da legislao trabalhista e acompatibilidade da legislao comum. Para execues a CLT (art. 889) citaexpressamente a lei das execues fiscais antes do CPC.

    CLT> Legislao trabalhista esparsa > Lei de execues civis > CPC- Interpretao atravs de alguns mtodos interpreta-se a lei: literal, histrico,

    sistemtico, teleolgico, entre outras.- Eficcia : Capacidade que a norma tem de produzir efeitos. diferente de

    validade. No tempo: as normas tm eficcia imediata (exceto para atos jconsumados por lei anterior).

    5. Princpios do direito processual do trabalho

    5.1 Princpios reaisJ existem e so plenamente aplicados do processo trabalhista.Princpio da proteo : O empregador inferior economicamente. Sendoassim, necessrio que o direito do trabalho reduza essa desigualdade. A partir

    desse princpio, confere-se superioridade jurdica a parte economicamente inferior.Decorre tambm da natureza alimentar da ao para o trabalhador. Decorrnciasexemplificativas:

    Gratuidade do processo (CLT, art. 790, 3 s valido para o empregado,embora atualmente este artigo j esteja sendo relativizado),

    Assistncia judiciria pelo sindicato (Lei 5584/70), Inverso do nus da prova (art. 333, CPC c/c art. 818, CLT Smula 338,

    TST) e depsito recursal (apenas para o empregador).Princpio da simplificao procedimental : Por tratar de direitos com

    natureza alimentar, o direito necessita de rapidez; e para isso, necessrio ser

    simples. Crtica: isso no representa um menor refinamento tcnico? Talvez sim,fato que a JT funciona mais rpido. Decorrncias exemplificativas: Ius postulandi (art. 791, CLT empregado e empregador podem postular

    diretamente na JT. Crticas: forma deficiente de acesso a justia, advogado (art.133, CF) funo essencial a justia. Excees: recurso para STF e TST necessitamobrigatoriamente de advogado por discutir apenas direito e no fatos),

    Comunicao dos atos processuais (feitas por via postal com presuno derecebimento em 48 hrs da postagem),

    Oficial de justia tambm avaliador. Recursos s tm efeito devolutivo, no tem suspensivo. Audincia una. conciliao, instruo e julgamento. Defesa e razes finais

    orais.

    A citao automtica, j com marcao da data da audincia. Art. 841, CLT.

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    Aplicao subsidiria do direito comum: uma forma de integrao de normas:preenchimento de lacunas. Art. 8 e 769, CLT. As omisses do direito processual dotrabalho sero supridas por analogia do CPC, se existir a compatibilidade.

    II Justia do Trabalho: Organizaoe competncia

    De 1920 at a CF/46, a JT era rgo do Executivo.O direito processual um ramo instrumental da cincia jurdica. Serve para

    consagrar as normas do direito material. um ramo autnomo do direito.O processo, na justia trabalhista, chamado de reclamao trabalhista (RT). A

    apelao o recurso ordinrio. Recurso especial recurso de revista.

    1. Organizao da Justia do Trabalho (art. 111, CF/88 eseguintes):

    organizada em Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunais Regionais doTrabalho (TRT) e Juzes ou Varas do Trabalho (art. 111 CF, alterada pelo EC n.24/99, que excluiu as juntas e incluiu os juzes ).

    Desde 1999 (EC n. 24), no h mais representao classista na Justia doTrabalho. No h diviso em entrncias, nem varas especializadas.

    Diferenas para a justia comum: no h diviso em entrncias (diviso dasubseo por nmero de processos), a constituio no fala em desembargadores(e sim em juiz de tribunal), no h varas especializadas (vara de famlia, deexecues) e os TRT s so organizados por regio e no por estado.

    1.1 Juzes ou varas do trabalho:As decises so sempre monocrticas uma vez que no existem mais juntas . So criadas por lei ordinria federal, podendo abranger vrias comarcas desde

    que: estejam at 100 km de distncia e tenham meios de transporte ecomunicao entre elas (facilidade de acesso e comunicao).

    Deve ser criada por lei ordinria federal (Lei 6947/81). Para criar-se em localque ainda no existe, a localidade deve ter no mnimo: 24000 empregados e 240processos anuais pelos ltimos 3 anos. Para criao de uma segunda (ou mais)vara, deve haver na vara pr-existente mais de 1500 processos por ano. A anlise feita pelo TST de dois em dois anos, encaminhando proposta de projeto de lei.

    Desde 2003 (art. 28, Lei 10.770), a remodelao (de sua competncia,transferncia de sede ou jurisdio) depende apenas do TRT (objetivando a

    agilidade) e no mais de lei ordinria federal.Em caso de no haver VT, a RT enviada ao juzo estadual de competncia (seum penal e um cvel, vai para o cvel) (determinada por lei estadual). O recurso vaisempre para o TRT. Se no h esta determinao ou h mais de um cvel, vai parao mais antigo juiz estadual do local.

    Criada a vara trabalhista, cessa de imediato a competncia da vara cvelinclusive para a execuo das sentenas por ele proferidas.

    (art. 93, CF, isso vale para todos os juzes) O Juiz trabalhista tem suainvestidura por meio de concurso de provas e ttulos (ou somente provas) (com 3anos de experincia de atividade jurdica comprovada). Linha de promoo: JuizSubstituto > Juiz Titular > Juiz de Tribunal.

    A promoo do Juiz d-se, alternadamente, por antiguidade e merecimento.Deve ter 2 anos de efetivo exerccio na entrncia para a antiguidade e integrar o

    primeiro quinto da lista de antiguidade, salvo se na localidade no houver outro.

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    Deve haver critrios objetivos para o merecimento (produtividade e presteza) efreqncia e aproveitamento em cursos de aperfeioamento oficiais.

    O Juiz que figurar 3 vezes seguidas ou 5 alternadas na lista de merecimentoobrigatoriamente deve ser promovido.

    Na antiguidade, o TRT s pode ser recusado por voto motivado de 2/3 dosmembros.

    Juiz que retiver (alm do prazo legal) autos injustamente em seu poder, nopoder ser promovido.Garantias constitucionais dos magistrados: irredutibilidade de subsdios,

    inamovibilidade (exceto por interesse pblico) e vitaliciedade (s pode serdestitudo por sentena transitada em julgado).

    Proibies constitucionais dos magistrados: acumulao de cargos (salvo umacadmico), proibio de exercer atividade poltico partidria, receberbenefcios/custas dos processos em que atuar,...

    1.2 Tribunais regionais do trabalho (TRT) (CF)TRT Competncia recursal para julgar recurso ordinrio e competncia

    originria para julgamento de dissdios coletivo, ao rescisria, mandado desegurana, habeas corpus e conflito de competncia. Art. 678, CLT.

    At a CF/88 existiam 9 TRT s. A CF/88 determinou um TRT por estado. A EC n.45/04 revogou o dispositivo determi nando que os TRT s sejam regionais. Acre(pertence a 14 regio), Amap (8), Roraima (11) e Tocantins (10) no tm TRTprprio.

    O artigo 115 de CF teve sua redao alterada pela EC 45/04 e com isso a justiaitinerante foi positivada (1). Assim como a instalao de Cmaras regionais (2)(praticamente TRT s regionais).

    Composio do TRT: no mnimo sete juzes, de 30 a 65 anos, brasileiros natosou naturalizados que atuem na regio (salvo se no h ningum nesta condio).So nomeados pelo Presidente da Repblica atravs de lista trplice elaborada peloprprio TRT, observado o quinto constitucional.

    Quinto: composto por membros do MPT e da advocacia com pelo menos 10 anosde exerccio. Os membros da advocacia devem ter notrio saber jurdico ereputao ilibada.

    Os tribunais podem ser organizados em turmas (mesmo os de composiomnima). Devem ser compostas de 5 membros com 3 para atuao. Todo tribunalpode conferir espacialidade para turma especfica julgar dissdios coletivos.

    Tribunais com mais de 25 membros podem constituir rgo especial. O rgodeve ter de 11 a 25 membros e escolhidos por antiguidade e por eleio epode substituir as competncias do pleno.

    O pleno delibera com metade mais 1, mais o presidente. O rgo especial deliberado na criao.

    1.3 Tribunal Superior do Trabalho (TST) (CF)(Lei 7.701/88) Competncia recursal para julgar o recurso de revista; emsegunda instncia, recurso ordinrio de competncia originria do TRT e originriaem dissdios coletivos nacionais ou de mais de uma regio, incidente deuniformizao de jurisprudncia, conflito de competncia, ao rescisria, Mandadode Segurana.

    (art. 111-A, CF/88, c/c EC n. 45/04) Composto por 27 ministros de 35 a 65anos, brasileiro natos ou naturalizados, nomeados pelo presidente da repblicaaps prvia aprovao da maioria absoluta do Senado Federal, respeitado o quintoconstitucional.

    O quinto escolhido atravs de lista sxtupla do rgo de classe, transformadaem trplice pelo TST.

    - rgos do TST:

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    Pleno: Composto por todos os ministros e funcionamento com 14. responsvelpelo julgamento de incidentes de uniformizao de jurisprudncia e pela elaboraode Smulas e OJs.

    rgo especial (desde 2007): Composto por 14: 7 ministros mais antigos e 7eleitos, funciona com 8. responsvel pelas reclamaes e MS.

    SBDI-1 (seo de dissdios individuais): 14 ministros, funciona com 8.Competncia para agravos regimentais, embargos de divergncia e agravosdirecionados ao prprio tribunal.

    SBDI-2: 10 ministros, funciona com 6. Habeas Corpus , conflitos de competncia,aes rescisrias e aes cautelares.

    SDC (seo de dissdios coletivos): 9 ministros, funciona com 5. Tm acompetncia originria mais recursal.

    Turmas: 8 turmas compostas por 3 ministros. Prioritariamente o julgamento derevista e recursos ordinrios.

    Escola Nacional de Formao a Aperfeioamento da Magistratura do Trabalho(art. 111-A, 2, I, CF): Funciona junto ao TST e tem por objetivo formar os Juzes.Cursos de formao e aperfeioamento. No formada exclusivamente porministros do TST.

    Conselho Superior da Justia do Trabalho (art. 111-A, 2, I, CF): Supervisiona(financeiro, oramentrio, administrativo e patrimonial) os demais rgos da JT.No formado exclusivamente por ministros do TST.

    1.4 rgos auxiliares da Justia do Trabalho:Secretaria do Juzo: Deve existir em cada vara e turma. Atende o pblico.

    Presidida pelo diretor de secretaria ou secretrio, nomeado pelo juiz em troca degratificao. Tem funes administrativas: juntada de petio, vistas, protocolo,carga do processo e outras atividades que o juiz determinar. A secretaria de turmadeve, alm disso, manter fichrio de jurisprudncia da turma e concluso doprocesso ao Presidente do Tribunal e aos respectivos relatores.

    ** Os serventurios que no efetuarem seus atos dentro do prazo, serodescontados pelos dias de atraso. (art. 712, parg. nico, CLT)- Oficiais de Justia (art. 721, CLT): Como regra geral, a citao feita pelocorreio. Intima testemunhas. A maior atuao na fase de execuo uma vez quena execuo a citao pessoal (9 dias). avaliador tambm, o oficial faz aavaliao do bem na penhora (10 dias). No caso de falta ou impedimento do Oficialde Justia, pode o Juiz designar qualquer outro serventurio para esta funo.

    - Distribuidores (art. 714, CLT): Era feita pela ordem rigorosa de entrada, hoje por sorteio. feita mediante recibo (cpia do protocolo). O distribuidor chefe escolhido pelo presidente do tribunal.

    2 Ministrio Pblico do Trabalho (MPT) (CF): rgo vinculado ao MPU que tem autonomia financeira, funcional e

    administrativa. No vinculado a nenhum dos trs poderes (nem a JT) e tem plenaautonomia funcional. Justifica sua atuao pelo interesse pblico.

    Princpios : unidade (a manifestao de um de seus membro reflete em todo oMPU), indivisibilidade (como uno, possvel substituir o membro do MP atuanteno processo) e independncia funcional ().

    Carreira : Procurador do Trabalho, depois procurador regional do trabalho(atuao junto ao TRT), depois subprocurador geral do trabalho (atuao junto aoTST) e Procurador Geral do Trabalho.

    Tem competncia correlata a Justia do Trabalho. Administrativa ou jurisdicional(art.114, CF/88, com EC n. 45/04).

    Atuao administrativa : Tem como funo a fiscalizao, no podendo aplicarmultas (quem impe multa o MTE). Pode instaurar procedimento preparatrio,que depois poder vir a ser inqurito civil pblico. Dependendo do resultado do

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    inqurito civil, poder propor TAC (termo de ajustamento de conduta) sob pena desano (multa). O TAC um ttulo executivo extrajudicial.

    Atuao judicial : atua como custos legis (fiscal da lei (sempre quando houverinteresse pblico) trabalhador hipossuficiente: menor, ndio,...) ou como parte(Prope ACP, representante processual de menores, ao rescisria onde estejaenvolvido como parte, ao anulatria de ACT e CCT, dissdio em greve deatividade essencial com leso ao interesse pblico, execuo de TAC).- rgos componentes :

    Procurador geral do trabalho: Membro do MPT, nomeado pelo PRG com mais de35 anos e com pelo menos 5 anos de carreira. A partir de lista trplice com mandatode 2 anos com uma reconduo.

    Colgio de procuradores: todos os membros do MPT. Presidido pelo PGT eelabora a lista trplice para nomeao do PGT e a lista sxtupla do quintoconstitucional.

    Conselho superior do MPT: d as diretrizes gerais de atuao do MPT.Cmara de coordenao e reviso do M PT: pacifica entendimentos, dirige e

    interage a atuao dos procuradores.Corregedoria do MPT: fiscaliza as atividades dos membros do MPT.

    3 Competncia da Justia do Trabalho:Diferena entre competncia e jurisdio : jurisdio ( jris diccio) uma e

    indivisvel, o poder-dever do Estado de dizer o direito, de solucionar dissdios.Competncia a medida da jurisdio atravs de quatro critrios (espcies decompetncia):

    Em razo da matria ( ex ratione materiae ): Natureza do feito. Competncia territorial ( ex ratione loci ): Local da causa. a nica competncia

    relativa. Competncia funcional: Em razo das funes dos rgos judiciais ptrios. Em razo da pessoa ( ex ratione personae ): Em razo de quem est na lide.Competncia absoluta e relativa : A absoluta improrrogvel por ser de

    ordem pblica, jamais ele se tornar competente. Todos os atos decisriosefetuados pelo juiz sero nulos, deve manifestar-se ex-officio. A relativa prorrogvel, o juiz torna-se competente, no pode ser reconhecida de ofcio pelo

    juiz. Deve ser constatada no primeiro momento possvel (audincia).

    3.1 Competncia material (art. 114, CF EC 45/04):A EC ampliou a competncia material da JT. Matria a natureza da relao

    controvertida. So 9 incisos:I Compete a Justia do trabalho processar e julgar aes oriundas da relao

    de trabalho: apenas as relaes de emprego eram julgadas antes, salvo algumasexcees previstas em lei. A alterao foi feita em funo de especialidade dodireito de trabalho.

    Aqui foi sensvel a alterao: de relaes de emprego (que espcie) para relaes de trabalho (que gnero). Novos tipos de trabalho envolvidos: estgio,voluntrio, eventual, autnomo, funcionrio pblico (!)...

    Funcionalismo pblico: A AJUFE ingressou com ADIn (2005) no STF para esteponto (ADIN 3395-6). O SFT, em deciso liminar monocrtica suspendeu a eficciadeste dispositivo. Ento, aes de funcionrios pblicos (exceto celetistas) no so

    julgadas pela Justia do Trabalho.Abrangidos os entes de direito pblico externo: (1) conflita com a regra de

    direito internacional de imunidade de jurisdio no pode um Estado soberano sersubmetido jurisdio de outro entendeu o STF que a imunidade relativa, osatos de gesto podem ser julgados diferentemente dos atos de imprio. (2)Imunidade de execuo: no pode ser efetuada a penhora de bem de Estadoestrangeiro em tese, condena-se porem no se executa, porm o STF relativizou

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    a imunidade de execuo, no podendo ser penhorado os bens utilizados para adiplomacia ainda nebuloso .

    Relaes de consumo: o CDC permite que sejam instauradas relaes deconsumo a partir da prestao de servios (entende o prestador como trabalhador).NO competncia da justia do trabalho.

    II A justia do trabalho competente para julgar aes que regulem oexerccio do direito de greve: tudo o que envolve greve da JT. Antes, apenas odissdio coletivo. Hoje abrange aes possessrias decorridas do direito de greve(Smula Vinculante 24, STF) e indenizao por prejuzos causados ao empregador.

    Greve de servidor pblico: o STF entendeu recentemente que se usa a lei degreve tambm para os servidores pblicos. Entretanto, por tratar-se de estatutriosvai para a justia comum (MI 670/07). Doutrinariamente bem controverso.

    III Aes sobre representao sindical e qualquer outra tambm envolvendosindicatos: dois sindicatos no mesmo territrio, conflitos entre dois sindicatos,questes internas dos sindicatos (questionamento de estatutos)...

    IV Mandado de segurana, habeas corpus e habeas data que envolva matriatrabalhista. Ex.: MS contra ato do auditor fiscal do trabalho, priso de depositrioinfiel de bem em disputa na justia do trabalho (apesar da smula vinculante),

    falso testemunho, retificao de dados em repartio pblica (SRTE).V Conflito de competncia entre rgos com jurisdio trabalhista: dois rgos julgam-se competentes ou no para mesmo feito.

    No h conflito de competncia entre rgos de diferentes nveis (a deciso sempre do hierarquicamente superior)! Se um dos rgos no tem jurisdiotrabalhista, a resoluo vai pro STJ (art.105, I, d, CF).

    Entre: Varas do trabalho (TRT), juzes de direito (TRT), Varas de diferentesregies (TST), vara do trabalho e juiz de di reito (STJ), entre TRT s (TST) e entretribunais superiores (STF).

    VI Aes de indenizao decorrentes da relao de trabalho. A Smula 392 doTST pacificou o entendimento.

    Aes decorrentes decorridas de acidentes de trabalho. O STF entendia que era

    a justia estadual, entretanto, mudou seu entendimento: (Smula vinculante 22,STF) quando so aes envolvendo indenizao do empregado contra seuempregador.

    Contra o INSS no competncia da JT.VII Penalidades administrativas: auto de infrao por fiscalizao do MTE.

    Empregador apresenta defesa, auto julgado, recurso, (talvez MS, aoanulatria,...) execuo. A execuo (anteriormente ia para a justia comum) vaipara a Justia do Trabalho.

    VIII A execuo de contribuies previdencirias feita de ofcio. O acordo irrecorrvel, salvo para verbas sociais pelo INSS.

    IX Outras controvrsias determinadas por lei. Atualmente esse inciso noacrescenta muita coisa, pois j aumentou- se a competncia para relaes detrabalho . Enfim...

    3.2 Competncia territorial (art. 651, CLT)Regra geral de competncia territorial (art. 651, CLT - territorial): competente

    sempre o foro do ltimo local de prestao de servios.Excees: (1) agente ou viajante comercial (ser o local onde a empresa

    tenha agncia ou filial a que estiver subordinado o empregado no caso deempresa sem agncia ou filial ser no domiclio do empregado), (2) contrataode brasileiro para trabalho no exterior (competncia da justia brasileira do localda contratao ou do domiclio do trabalhador [sem consenso], porm a legislaoaplicada ser a do local [Smula 207, TST- Lex loci executionis]), (3) empresaitinerante (Ex.: circo. ser o foro da celebrao do contrato ou o foro da ltimaprestao de servios).

    No existe foro de eleio na Justia do Trabalho!

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    3.3 Competncia em razo da pessoa verificvel apenas em MS, j que a competncia determinada pelo autor do

    ato coator (no h empregado/empregador).Contra auditor fiscal do trabalho: competncia da vara. Contra Juiz da Vara ou

    TRT: TRT. Contra ministro do TST ou ministro do Trabalho: TST (rgo especial).

    3.4 Competncia funcional determinado pela funo do rgo jurisdicional. Ex.: conflito de competncia; Dissdios coletivos: do TRT (pleno ou rgo especfico) ou TST (SDC),

    dependendo da abrangncia do dissdio; Incidente de uniformizao de jurisprudncia: pleno do TST. Aes rescisrias: se vara ou TRT, do TRT (pleno). TST, TST (SDI-2). Aes de cumprimento (destinada a cumprir clusula de ACT ou CCT):

    competncia da vara. Ao civil pblica: vara.

    3.5 Competncia normativaPoder normativo da Justia do Trabalho (art. 114, 2, CF): o poder-dever daJT de estabelecer (criar/modificar) condies de trabalho quando as prprias partes

    sociais no conseguiram faz-lo. quase uma funo legislativa (isso est entre ascrticas).

    A emenda 45/04 alterou o poder normativo da JT (doutrinariamente est sendodiscutido at se ele ainda existe). A EC estabeleceu o comum acordo para que adeciso de dissdios coletivos econmicos seja julgada pela JT, atuando somente oque no est ainda convencionado. ( necessrio que as duas partes acordem quese ir entrar com a ao) Crticas: fere o princpio do acesso a justia (h Adin),acordo tcito vale?, acordo deve ser prvio? (atualmente os magistrados meio queignoram esse dispositivo).

    Os dissdios podem ser individuais (842, CLT sujeitos determinados econcretos) ou coletivos (categoria, grupo) (jurdica [interpreta ou aplica] oueconmica [cria ou altera]).

    III Reclamao Trabalhista1. Atos, termos e prazos processuais: peculiaridades do processotrabalhista

    1.1 Atos processuais todo ato jurdico praticado pelas partes, juiz ou pela organizao auxiliar (art.770, CLT). So pblicos (Exceto se interesse pblico ou pessoal mostrar-se diverso.

    Pode ser determinado a pedido das partes ou de ofcio) e realizados em dias teisdas 6hrs s 20hrs (Exceo: atos com autorizao do juiz, penhora pode serrealizada em domingos ou feriados com autorizao do juiz (parg. nico)). Noconfundir com horrio de audincia: 8hrs s 18hrs.

    1.2 Termo processual a representao escrita do ato processual. Ex.: Ata de audincia, petio

    inicial, sentena,... Art. 771 e seguintes do CLT. Devem ser realizados escritos tinta, datilografados, a carimbo, a computador, a estenotipia (estes dois ltimosvm do CPC no h falta de regra e sim complementao). Os termos queenvolvem as partes devero ser assinados por elas (caso a parte no posso assinar,

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    ser firmado a rogo [por outra pessoa] na presena de duas testemunhas, salvo sea parte tiver procurador constitudo).

    Art. 773, CLT. Termos relativos ao andamento processual sero dignos apenasde nota resumida: Faa -se esses atos conclusos ao Juiz. Hoje tambm faz partedo processo civil.

    1.3 Prazos processuais o perodo de tempo em que as partes, juiz e rgos auxiliares devem realizar

    os prazos processuais. Regra geral: 8 dias . H unicidade de prazos recursais.(Somente h trs prazos legais diferentes: embargos de declarao: 5 dias, ).

    Os prazos podem ser legais (previstos em lei: recurso,...), judiciais (fixados pelo juiz, se no fixados: 5 dias) ou convencionados (fixados pelas partes: art. 265, II e3, CPC que a suspenso do processo por at 6 meses para acordo).

    Podem ser dilatrios (admitem dilao, normalmente a pedido da parte) ou peremptrios (no admitem dilao, salvo raras excees previstas no CPC (arts.182 e 183): calamidade pblica, dificuldade de transporte ou justa causadevidamente comprovada. Ex.: prazos recursais).

    Podem ser prprios (acarreta conseqncias processuais, Ex.: perda do prazopara recurso acarreta revelia, normalmente so os prazos das partes) e imprprios (no acarreta conseqncias processuais. Ex.: prazos do MPT, juiz e secretaria).

    Contagem de prazo : Os prazos se iniciam na data da comunicao do atoprocessual (notificao, citao, intimao ou publicao de edital). Exclui-se o diade comeo e conta-se o dia do trmino, prorrogando-se sempre para o dia tilseguinte. Exemplos: Sentena dia 21/09, intimao dia 22/09, prazo comea em23/09, termina dia 30/09. Sentena dia 24/09, intimao dia 24/09, prazo comeaem 27/09, termina dia 04/10.

    Se a notificao ocorre no sbado , deve-se considerar o incio do prazo nasegunda (se no for feriado) e comea a correr na tera (Smula 262, I, TST).Recesso forense : 20/12 at 06/01 e frias coletivas (apenas para os ministros doTST, ** a EC 45/04 revogou a possibilidade de frias forenses, porm ainda cai).So suspensos (e no interrompidos [se interrompido, recomearia]) os prazos(Smula 262, II, TST). Ex.: Intima-se dia 19/12, termina em 13/01.

    OJ-SDI-310: Litisconsortes com diferentes procuradores no h prazo em dobro. Administrao pblica : 4x para contestar (a contestao feita na audincia) e

    2x para recorrer.

    1.4 Atos processuais realizados por outros meiosA lei 9.800/99 possibilita a realizao de atos processuais por fax, desde que em

    5 dias seja encaminhada a original. Smula 387, TST: estipula que o prazo de 5dias comea a contar do trmino do prazo original para a prtica do ato, entretantoeste prazo no prorroga (se acaba no domingo, no prorroga para segunda).

    H, ainda, a transmisso eletrnica de documentos, uso da assinatura eletrnicae a utilizao de cartas de ordem (enviada de rgo hierarquicamente superior argo inferior), precatria (comarcas diferentes no Brasil) e rogatria (locais forado Brasil).

    2. Citao: peculiaridades do processo trabalhistaA CLT chama a citao do processo civil de intimao. Neste local, chamarei de

    citao.Na reclamao trabalhista, a secretaria tem 48hrs do recebimento da reclamao

    para expedir a citao. A citao feita por via postal j com marcao da data daaudincia, onde h presuno de recebimento (da citao) em 48hrs.

    Entre o recebimento da citao e data marcada para audincia deve haver prazode 5 dias (para a AP x4: 20 dias). Se o reclamado criar embaraos ou recusar-se areceber a citao, ser feita por edital. E a conta-se da publicao do edital. Aplica-

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    se para todos os entes da AP, exceto para empresas pblicas e sociedade deeconomia mista que exeram atividade econmica. Smula 16, TST e art. 841, CLT.

    No h citao por hora certa no Processo do Trabalho.

    3. Distribuio

    A distribuio determina a preveno do juzo. Induz a litispendncia.A distribuio interrompe a prescrio [no civil a citao]. admitida a distribuio por dependncia. Entretanto a notificao no ser

    automtica uma vez que a distribuio por dependncia deve ser deferida pelo juiz.

    4. Custas e emolumentosEmolumentos so os custos dos atos: pedido de certido, cpia de atos, etc. Art.

    789-B, CLT.As custas destinam-se a pagar a utilizao do aparato judicirio.Art. 789, CLT: as custas sero calculadas em 2% sobre alguns valores,

    respeitado o mnimo de R$ 10,64 (100% > R$ 532).Valores base: Valor da condenao/acordo. Se valor da causa indeterminado,

    ser o que o juiz fixar. Se improcedncia total, extino sem julgamento de mritoou procedncia de ao declaratria ou constitutiva, ser o valor da causa.As custas sero pagas pelo vencido na ao, entretanto o trabalhador s ser

    considerado vencido quando for julgado totalmente improcedente. Sendo assim, oempregado s paga custas se sua reclamao for totalmente improcedente. Nocaso de acordo, as partes pagaro em partes iguais as custas, salvo expressamanifestao em contrrio. Em dissdios coletivos, as partes so consideradas soresponsveis solidariamente.

    Devem ser pagas aps o trnsito em julgado ou dentro do prazo recursal .Difere-se de depsito recursal, pois este serve para garantir a execuo

    (somente pago pelo empregador).Art. 789-A, CLT. Custas na execuo : difere as custas por atos praticado.

    Iseno de custas : beneficirios de justia gratuita (790 3, CLT inferior a 2salrios mnimos ou declarao), MPT e entes da administrao (exceto empresaspblicas e sociedades de economia mista).

    5. Nulidades (art. 794 e seguintes, CLT): Absolutas: de ordem pblica. a irregularidade que no se convalida. Deve ser

    arguida ex-officio. Relativas: de interesse das partes. Admite-se convalidao.Deve ser arguida pelas partes.

    Princpios:Instrumentalidade de formas : no h atos formais no processo do trabalho

    com algumas excees, porm ainda que no respeitada a forma, se respeitada suafinalidade, no deve ser decretado a nulidade do ato.

    Do prejuzo ou da transcendncia (pas de nullit sans grief) ** : s serdeclarada a nulidade se houver manifesto prejuzo s partes (Art. 794, CLT).

    Interesse de agir : a decretao da nulidade relativa s ser executada seprovocada pelas partes (Art. 795, CLT).

    Interesse : no pode a parte se valer de sua prpria torpeza para argir aocorrncia de nulidade. (Art. 796, b, CLT)

    Lealdade processual : a nulidade dever ser levantada no primeiro momentoque a parte vier aos autos. Normalmente na audincia. (Art. 795, CLT)

    Economia processual : s sero anulados os atos que no podem seraproveitados (normalmente apenas os decisrios). (Art. 797, CLT)

    Utilidade processual : a nulidade prejudica apenas os atos posteriores e quedele dependem. (Art. 798, CLT)

    Converso : sempre que for possvel suprir ou repetir o ato, ele no seranulado (art. 515, 4, CPC). (Art. 796, a, CLT)

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    ** O artigo 795, 1, CLT (deve ser declarada de ofcio incompetncia fundadaem matria de foro) fala de incompetncia material! **

    III Partes e procuradores No h autor e ru. H reclamante e reclamado. No direito coletivo, suscitante e

    suscitado e no inqurito par apurao de falta grave requerente e requerido.

    1. CapacidadeCapacidade de ser parte : basta ter personalidade jurdica.Capacidade de estar em juzo (processual) : capacidade de postular por

    conta prpria. A partir dos 18 anos (art. 792, CLT). Art. 793, CLT: o menor de 18anos ser representado por seus pais ou tutores e na falta destes, pelo MPT,sindicato, MPE ou curador nomeado em juzo.

    doutrinariamente discutvel: a CLT utiliza ainda as idades de capacidade docdigo civil de 1916. Entretanto a maioria ainda concorda com estas regras acima.

    Outra parte da doutrina considera que entre 16 e 18 anos o menor ser assistido (eno representado).Capacidade postulatria (Art. 791, CLT): Capacidade de postular atos

    processuais qualificados, advogado (ou estagirio registrado na OAB desde queassine em conjunto com um advogado). uma grande exceo na Justia doTrabalho, j que aqui se pode postular sem advogado. Vlido tanto para empregadoquanto para empregador. Tambm admitido em dissdios coletivos. No se aplicaa atuao em tribunais superiores.

    Vlido lembrar que o artigo 133, CF no exclui o ius postulandi da justia dotrabalho.

    Os embargos de terceiro so uma exceo ao princpio do ius postulandi , devemutilizar advogado, pois o terceiro no faz parte da relao trabalhista.

    admitido o mandato tcito (comparecimento na audincia sem procurao).No confundir com mandato apud acta (mandato do juiz para que o juiz pratiqueapenas um ato).

    OJ-SDI1-349: Juntada de nova procurao sem ressalva implica a revogaotcita do mandado anterior.

    2. Assistncia Judiciria prestada pelo sindicatoArt. 5, LXXIV, CF Assistncia judiciria gratuita.Art. 14, Lei 5.584/70 No processo do trabalho, a assistncia judiciria gratuita

    pode ser efetuada pelo sindicato (sem excluir a assistncia estatal [art. 17]) atodos os trabalhadores da categoria ( inclusive no filiados [art. 18]). O empregadodeve comprovar atravs de simples declarao que ganha menos de 2 SM ou que

    no pode pleitear na justia do trabalho sem prejuzo de seu sustento. obrigatria, diferentemente da substituio. Os dirigentes que se negaram aprestar assistncia judiciria gratuita podero sofrer sano de multa, salvo secomprovarem que no podem prestar assistncia por motivo financeiro (art. 19).

    3. Honorrios advocatcios(Smula 219 e 329, TST) Apenas so devidos se assessorado pelo sindicato (o

    sindicato que recebe) e provar sua miserabilidade. Com percentual mximo de15%. A Smula 633 do SFT confirma este entendimento (para recursosextraordinrios em matria trabalhista). Quem recebe os honorrios o sindicato.

    CF/88 transforma a advocacia em funo essencial da justia, mas mesmo assimo TST s garante o pagamento dos honorrios nos casos j mencionados.

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    4. Representao a defesa de direito alheio em nome alheio.- Hipteses: menor de 18 anos e art. 843, CLT (devem estar presentes na

    audincia o reclamante e reclamado, no bastam os procuradores):(1) Reclamaes plrimas, pelo sindicato ( caput );

    (2) Aes de cumprimento, pelo sindicato ( caput );(3) Empregado doente ou motivo ponderoso, pelo sindicato ou outro empregadode mesma profisso apenas com o objetivo de evitar arquivamento (2);

    (4) Preposto de empresa, qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos (1) (Smula 373, TST O preposto deve ser empregado da empresa , excetoquando reclamao contra empregador domstico ou micro e pequena empresa).

    5. Substituio a representao em juzo em nome prprio pleiteando direito alheio. O

    principal caso na Justia do Trabalho a atuao do sindicato em casos de direitocoletivo e de direitos individuais homogneos. (art. 8, III, CF).

    - Caractersticas: facultativo, o sindicato no precisa de autorizao dossubstitudos (sem possibilidade de desistncia, renncia, transigncia, apenas comprocurao especfica), autnoma (o titular do direito pode pedir incluso na lidecomo assistente, desistir), no necessrio o rol de substitudos, o sindicato podeatuar na fase de conhecimento, execuo e como autor ou ru na ao rescisriade ao em que o sindicato foi autor (Smula 406, II, TST).

    ** O sindicato s podia atua com substituto processual nos casos expressos emlei (Smula 310, TST [revogada]).

    Temos quatro casos expressos: art. 195, 2, CLT (aes envolvendoinsalubridade e periculosidade); art. 872, parg. nico, CLT (ao decumprimento); art. 3, da Lei 8.073/90 (basicamente, hoje nem tem maisvalidade) e art. 25, da Lei 8.036/90 (pleitear o depsito do FGTS em nome doempregado).

    Entretanto, com base no art. 8, III, CF, o STF entendeu que a substituio pelosindicato ampla: pode ser utilizado sempre que h direito coletivo e individualhomogneo. O TST mudou seu entendimento para o mesmo que o do STF.

    IV Reclamao trabalhista1. Fase pr-preprocessual

    1.1 Comisses de Conciliao PrviaLei 9.957/00 (procedimento sumarssimo) e 9.958/00 (CCP).A ideia era instaurar uma fase pr-processual alternativa para resoluo de

    conflitos. A passagem pela CCP antes do juzo no obrigatria. Tem um papelapenas de mediao (no apresentando obrigao).

    Instituio: Tem sua constituio facultativa, porm no pode ter extinounilateral. Pode ser institudo no nvel de empresa, grupo de empresas, sindicatos eintersindical.

    Atuao: em conciliao de dissdios individuais.Composio: Dois a dez funcionrios, metade eleita pelos empregados (voto

    secreto fiscalizado pelo sindicato) e metade indicada pelo empregador commandato de um ano + uma reconduo e mesmo nmero de suplentes. A lei sdetermina a composio das CCP s no nvel de empresa ou grupo empresarial.

    Garantias: Os empregados tm sua estabilidade do registro da candidatura atum ano aps o trmino do mandato. O tempo trabalhado na CCP contado comotempo efetivo de servio.

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    Condio da ao: ** O empregado, se constituda a CCP, deve passar por elaantes de ir a juzo. Seria um dos requisitos da ao, salvo se no constituda ou pormotivo relevante (art. 625-D, CLT). Entretanto, pela inafastabilidade de demandado poder judicirio, discute-se muito este dispositivo, sendo hoje entendimento damaioria dos tribunais (TST, STF, maioria dos TJ s) que no pode ser requisito daao (STF em 2009: em duas liminares de Adin o STF entendeu que no requisito).Procedimento: Caso haja duas CCP (empresa e sindicato), o empregadoescolhe em qual entrar. Submetida a demanda a CCP, a CCP tem 10 dias parapromover soluo. Advogado facultativo. (1) Se no ocorrer nada em 10 dias: livrepara o poder judicirio. (2) Se no ocorrer a conciliao: faz-se termo indicativo, eliberdade para ir ao poder judicirio. (3) Se ocorre conciliao: forma-se termoexecutivo extrajudicial. Tem eficcia liberatria (no pode ser pleiteadas novamenteem juzo), exceto quando as parcelas ressalvadas.

    O ingresso na CCP suspende a prescrio.

    2. Fase de conhecimento

    2.1 Petio Inicial (reclamao trabalhista)Requisitos subjetivos : conciso, preciso e clareza (sem expresses em latim).Requisitos objetivos (art. 840, CLT e subsidiariamente o art. 282, CPC):

    Pode ser verbal (reduzida a termo em duas vias, com distribuioanterior) (art. 786, CLT o reclamante deve ir a cartrio em at 5 diaspara escritura de termos sob pena de no mais poder abrir reclamaopor seis meses) ou escrita;

    Endereamento; qualificao das partes (TRT da 2 regio, porprovimento interno, exige que se coloque a data de nascimento e o nomeda me); breve exposio de fatos (difere-se do processo civil por estedizer fatos e fundamentos deve-se isso em funo do ius postulandi );pedido; data e assinatura.

    A CLT no fala em valor da causa, minoritariamente h entendimento de que necessrio para definio de alada. Pode ser definido por ofcio pelo juiz.

    No necessrio pedir a citao (a citao automtica).No necessrio especificar tipos de provas.Pedido (art. 286 e ss, CPC): O pedido deve ser certo e determinado (no

    necessrio ser lquido). O inciso I (aes universais) do art. 286 no aplicado Justia do Trabalho. Pode-se ter multa nas obrigaes de fazer, alternativos,sucessivos, prestaes peridicas, cumulao e pedidos implcitos.

    Permite-se tambm aditamento da inicial (no processo trabalhista, admitidoat a contestao) e indeferimento de inicial (Smula 263 Se a nulidade forsanvel, o juiz dever abrir prazo para emendar a inicial).

    2.2 Audincia (art. 849, CLT)A audincia una, contnua e inadivel (exceto motivo de fora maior excesso

    de processos?). Se cindida a audincia, a nova audincia acontecer independentede nova notificao.

    Regras (art. 813, CLT): Pblicas (pode ser determinado sigilo), na sede do juzoou Tribunal (exceto em casos excepcionais com edital fixado na sede do juzo comantecedncia mnima de 24hrs), em dias teis, das 8 s 18 horas, durante nomximo 5 horas (salvo se estritamente necessrio).

    No comparecimento (art. 844, CLT): No caso do reclamante, ocorre o arquivamento (art. 732, CLT se der causa a

    dois arquivamentos seguidos, o reclamante fica 6 meses sem poder reclamar juntoa justia do trabalho); no caso do reclamado, ocorre revelia e confisso da matriade fato. Smula 122, TST Pode o preposto apresentar atestado mdico comimpossibilidade de locomoo para justificar falta (somente para a revelia).

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    No caso de aparecer preposto no empregado, ocorre apenas confisso.(Smula 9, TST) Reclamante que vai na primeira e no comparece em audincia

    adiada no d ensejo a arquivamento. (Smula 74, TST) Entretanto, aplica-se aconfisso [se devidamente falado anteriormente pelo juiz] por falta em audinciana qual deveria depor (exceo: pode a prova pr-constituda nos autos evitar aconfisso).

    A confisso ficta pode ser afastada se houverem provas pr-constitudas nosautos, porm no se trata de cerceamento de defesa o impedimento de produode novas provas.

    No comparecimento do juiz (art. 815, CLT): as partes podem se retirar aps 15minutos de no comparecimento do juiz, desde que conste em termo na secretaria.Pelo estatuto da OAB, so 30 minutos. No se aplica em caso de atraso deaudincia, apenas em no comparecimento.

    Rito da audincia (art. 846, CLT):Tentativa de conciliao no incio. (Aps as razes finais, feita nova tentativa

    de conciliao. A no tentativa de conciliao nos dois momentos d ensejo para anulidade da audincia.)

    Se houver acordo, deve constar nele prazo e condies para o cumprimento.

    Pode o juiz impor multa em funo de no cumprimento. O acordo tituloexecutivo extrajudicial e deciso irrecorrvel (salvo para a Secretaria da ReceitaSocial quanto aos valores do acordo). Contrariamente a legislao civil, o acordopode ser objeto de ao rescisria (Smula 259, TST).

    Caso no haja acordo, defesa oral (art. 847, CLT): cada parte tem 20 minutospara contestao, excees e reconveno. Normalmente a defesa escrita emarcada nova audincia.

    Antes da defesa, pode ser feita a leitura da reclamao, salvo se dispensadapelas partes (na prtica ignorada).

    Instruo: provas testemunhais em ordem: autor, ru, testemunhas, peritos. Osdepoimentos pessoais podem ser solicitados pelas partes ou ex-officio.

    Razes finais: oral com prazo de dez minutos. Normalmente s se reitera o j

    dito.Nova tentativa de acordo.No fim da audincia, o juiz declara a sentena (normalmente ele apenas declara

    o prazo em que ser publicada a sentena [marcando nova audincia de julgamento que normalmente no ocorre]).

    Se o Juiz proferir deciso na audincia e a ata de audincia ir aos autos em at48 hrs. Se for juntada em 48 hrs, no h intimao sobre a deciso; se no, oprazo conta da intimao.

    2.3 Fase instrutria:(art. 818, CLT e art. 333, CPC) Autor prova fato constitutivo de seu direito, ru

    prova fatos modificativos, impeditivos e extintivos.

    Casos de inverso do nus da prova: horas extras (Smula 338, TST), caso dedvida sobre dispensa ou demisso (Smula 212, TST), empregado que prestaservios aps o trmino do prazo (Smula 212, TST).

    Meios de prova:Documentos: so admitidos e devem ser apresentados com a petio inicial ou

    com a contestao. Eventual, com base no fato novo podem ser juntadosdocumentos em outras fase (Smula 8, TST).

    O art. 830, CLT dizia que s seriam aceitos documentos originais ou em cpiasautenticadas. Em 2009, foi alterado o artigo 830 permitindo a cpia desde que sejadeclarado autntico pelo advogado. S se impugnado, a original deve vir aos autos.

    CTPS ou instrumento escrito (Smula 12, TST) faz prova das condies detrabalho. E goza de presuno de veracidade.

    Necessidade de comprovao por documento: comprovao de pagamento desalrio: mediante recibo, vlido o comprovante de depsito; prorrogao de

    jornada - compensao: ACT ou acordo individual; valores rescisrios: quitao;

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    ACT, CCT, regulamento interno de empresa, contrato de trabalho, sentenanormativa: juntar instrumento.

    Depoimento pessoal : solicitado por requerimento ou ex-officio. O juiz podenegar motivadamente a oitiva. Objetiva obter a confisso real. A parte que aindano foi ouvida, no pode ouvir a outra parte (o advogado permanece se a parteno tiver advogado, ela permanece).

    O juiz formula perguntas. As partes podem sugerir.Testemunhas : A prova, no processo do trabalho, pode ser exclusivamentetestemunhal. At 3 no rito ordinrio, 2 no sumarssimo, 6 no inqurito de apuraode falta grave. As testemunhas podem comparecer independentemente deintimao (no h rol de testemunhas). S ser intimada (art. 825, CLT) se nocomparecer, e a se adia a audincia (para proceder a intimao, o juiz s deferirse for comprovado o convite).

    Pode ser qualquer pessoa, exceto os parentes de at 3 grau, amigo ntimo ouinimigo. Estas s podem ser informantes. (Smula 357, TST) No torna suspeita atestemunha pelo fato de estar ou ter estado em lide contra o ru.

    O depoimento de uma testemunha no ser escutado pelas demais. O juizformula perguntas. As partes podem sugerir.

    Percia (Lei 5.584/70): A percia rompe a concentrao de atos da audinciauma vez que necessrio interromper a audincia para realizao de percia.O perito do juzo (art. 3 da lei 5.584/70). As partes podem indicar apenas

    assistentes tcnicos. O juiz impe prazo de laudo para o perito, no mesmo prazo osassistentes devem apresentar seus laudos.

    (art. 790-B, CLT e Smula 341, TST) Honorrios periciais so pagos pelo vencido(no podendo ser exigido o depsito prvio em relaes de emprego, somente nasrelaes de trabalho). Honorrios do assistente tcnico so arcados pela parte queo contratou.

    Caso mais importante de percia obrigatria: adicional de insalubridade epericulosidade (ainda que haja confisso) (art. 195, 2, CLT).

    Prova emprestada: Busca-se prova em outro processo. Normalmente no

    muito usada por demorar muito. utilizada em casos de estabelecimento jfechado.Inspeo judicial: Juiz vai ao local verificar condies.

    3. Resposta do ruO ru deve, durante a audincia, apresentar a contestao, reconveno e

    exceo nos 20 minutos a ele destinados. Caso apresente por escrito, deve alegar aincompetncia relativa em pea separada, sendo que a absoluta (quanto a materia)pode ser alegada preliminarmente.

    3.1 ContestaoA contestao a defesa direta ou indireta do mrito. No se permite a negativa

    geral.

    3.2 ReconvenoH discusso se apenas uma defesa ou efetivamente uma ao. H

    discusso, mas majoritariamente se aceita a reconveno na Justia do Trabalho sea matria da reconveno for de competncia trabalhista.

    3.3 Excees uma forma de resposta do ru em que ele alega algum vcio do processo

    (imparcialidade ou incompetncia do juiz).As excees aptas a suspender a reclamao trabalhista so a incompetncia,

    suspeio (que engloba o impedimento) e a incompetncia. Outras coisas podemser alegadas, mas no do ensejo a suspenso do feito.Impedimento e suspeio (arts. 801 e 802, CLT e arts. 134 e 135, CPC) :

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    Impedimento: So critrios objetivos. Juiz parte. Juiz j conheceu do processono primeiro grau. Suspeio: So os critrios subjetivos. Inimizade ou amizadepessoal, parentesco e interesse particular.

    Devem ser alegados no primeiro momento em que souber da suspeio.No pode alegar suspeio (1) a parte que causou a suspeio do juiz, (2) que

    pratica ato que consente a suspeio ou (3) no alegar desde logo a suspeio.Procedimento: Em 48 hrs o juiz deve marcar audincia. No caso de procedncia,passa ao substituto que julga at final. No caso de improcedncia, remete em 10

    dias os autos, junto com suas razes ao TRT.Incompetncia (art. 800, CLT): Procedimento: Em 24 hrs, marca audincia s partes. Se procedente, envia para

    autoridade competente junto com fundamentaes. Se improcedente, continua oprocesso normalmente. No sobe para tribunal.

    Recursos de excees (art. 799, CLT): So decises interlocutrias e, porisso, no tem recurso (salvo se a deciso for terminativa do feito ou se for enviadopara outro TRT por incompetncia territorial Recurso ordinrio). (princpio dairrecorribilidade das decises interlocutrias)

    S podem ser alegados (esse recurso de exceo ) no recurso do prprio

    processo.

    4. Sentena (831, CLT)As sentenas podem ser: declaratrias, constitutivas, executivas, mandamental

    e executiva latu senso . A ltima sem muita aplicao na JT.Divide-se em relatrio, fundamentao e dispositivo. o dispositivo que faz

    coisa julgada.A sentena trar a natureza das parcelas devidas (salarial ou indenizatria) e

    responsabilidades pelo pagamento. Ser sempre intimada a Unio para que possarecorrer.

    (art. 833, CLT) permitida ao juiz a correo de erros de escrita, clculo eortografia ex-officio ou a pedido das partes.

    5. Procedimentos especiais

    5.1 Procedimento sumrio (de alada):At 2 SM. Lei 5584/70. Obedece

    5.2 Procedimento sumarssimoAt 40 SM na data do ajuizamento. Lei 9957/00 e art. 852-A I, CLT. Exclui-se

    Administrao Pblica Direta, autrquica e fundacional.Pedido: Deve ser certo e determinado com indicao do valor.

    Jurisprudencialmente foi decido que o valor pode ser aproximado (esseprocedimento necessrio para verificar qual procedimento implantar). O juiz podedeterminar a mudana do procedimento se verificar que o valor maior(simplesmente converte). Se o valor no for informado, o reclamante condenadono arquivamento a condenao em custas.

    Citao : no h citao por edital, cabendo ao reclamante indicar o corretoendereo, sob pena de ser condenado no arquivamento a condenao em custas.

    Compete s partes notificar o juzo de alteraes de endereo sob pena deserem consideradas vlidas as enviadas para o antigo.

    Prazo para julgamento : at 15 dias ou, se no for concludo em audincia (sehouver ciso), at 45 dias. um prazo imprprio, dificilmente cumprido.

    Audincia : Una e inadivel. Presidido pelo juiz titular e pelo substituto(poderiam ter dois juzes na mesma audincia no h aplicabilidade prtica).

    Prova documental ser imediata (gera um problema prtico com relao ao direitode defesa, uma vez que as provas tm que ser analisadas na hora). Duastestemunhas (s sero intimadas se comprovado o convite).

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    1.2 Subjetivo Legitimidade/capacidade: tem interesse em recorrer a parte vencida em

    algum aspecto da deciso. Tem legitimidade: a parte lesada pela deciso, 3interessado (deve comprovar), MPT (como fiscal ou parte) [vrias smulas sobrecompetncia] e Previdncia Social (s para questes previdencirias).

    Subjetivo, interesse: todos que sofreram prejuzo em razo da deciso, mesmoque parcial.

    2. Efeitos (art. 899, CLT)Aplicam-se todos os efeitos conhecidos no processo civil.Particularidade: os recursos no tm efeito suspensivo, e sim meramente

    devolutivo. Pode-se sempre proceder a execuo da sentena imediatamente.Smula 414, TST possvel implementar o efeito suspensivo por meio de ao

    cautelar. Pela Lei 10192/01, o presidente do TST pode dar efeito suspensivo emsentena normativa de recurso de ao de reajuste salarial por at 120 dias.

    Smula 393, TST O efeito devolutivo em profundidade (art. 515, CPC):tambm possvel no processo do trabalho: transfere automaticamente pro tribunal, a

    apreciao de fundamento no examinado na sentena e no renovado emcontrarrazes pode ser analisado pelo tribunal, exceto se pedido no apreciado nasentena.

    3. Outras caractersticas importantes (particulariedades) Remessa ex officio : Reexame necessrio (art. 475, CPC). o recurso de

    ofcio (h dvidas acerca da denominao, uma vez que recurso , por si,voluntrio) das aes em sentenas proferidas contra a unio,... entre outroscasos.

    Smula 303, TST Em casos de menos de 60 SM e deciso fundada em smulaou OJ do TST ou STF, na h reexame necessrio.

    Irrecorribilidade imediata de deciso interlocutria: Excees: [recursoordinrio: art. 893, 1, CLT terminao do feito], [Smula 214, TST (1) nocaso de deciso de TRT contrria a smula ou OJ do TST, (2) suscetvel de recursono mesmo tribunal, (3*) incompetncia territorial de TRTs diversos].

    Inexigibilidade de fundamentao (art. 899, CLT): Decorre do ius postulandi . Os recursos podem ser interpostos sem fundamentao. *** Recursosque envolvam matria jurdica necessitam de fundamentao. Para o TST necessria a fundamentao.

    4. Recursos em espcie> No foi dado inqurito para apurao de falta grave!!! Tem na apostila.

    muito especfico.

    No h recurso especial no processo do trabalho, recurso de revista.

    4.1 Recurso Ordinrio (art. 895, CLT): Corresponde a apelao . Cabimento: decises terminativas (sem mrito) ou

    definitivas (com mrito) de varas do trabalho ou decises terminativas oudefinitivas dos TRTs como campo originrio. Decises interlocutrias terminativasdo feito. Prazo 8 dias. Processamento: vai para o rgo prolator, abre pracontrarrazes (8 dias), segundo juzo de admissibilidade, enviar pra cima, novo

    juzo de admissibilidade,...Procedimento sumarssimo: ser imediatamente distribudo. Relator libera o

    processo em 10 dias, sem a figura do revisor. Colocado em pauta (sesso de

    julgamento), tem parecer oral do MPT. Acrdo a apenas a certido de julgamento com respectivas razes. A sentena pode ser confirmada por seus

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    prprios fundamentos (a turma acordou negar provimento ao recurso confirmandoa sentena por suas prprias razes e fundamentos). Tem pauta e turma especfica.

    Procedimento sumrio (de alada): No admite recurso, salvo afronte a CF.

    4.2 Recurso de Revista (art. 896, CLT) de natureza extraordinria no Processo do Trabalho por caber apenas em

    hipteses excepcionais. dirigido ao TST, tendo duas funes precpuas:uniformizar jurisprudncia e garantir a no violao da lei e da CF.

    Cabimento: No cabvel para reexame de fatos e provas (Smula 126, TST). cabvel apenas em dissdios individuais das decises proferidas em grau de recursopelos TRTs [os dissdios coletivos so originrios de TRT]. Hipteses: (1)interpretao diversa de lei federal de outro TRTs [se for mesmo TRT, cabe recursode uniformizao de jurisprudncia], SDI ou Smula do TST ou OJ (OJ-SDI1-219);(2) interpretao diversa de lei estadual, CCT, ACT, Sentena e regulamento deempresa de outro TRTs [estes instrumentos devem ter abrangncia de mais de umTRT], SDI ou Smula do TST ou OJ; (3) violao literal de dispositivo de lei federalou afronta direta a CF.

    necessria a comprovao do dissdio (diversidade) judicial juntando asdecises diversas e fazer o confronto dos acrdos (Smula 337, TST).

    Smula 221, TST No caso (3) no cabe interpretao diferenciada e razovel, necessrio a violao literal.

    Devem ser atendidos os pressupostos bsicos e mais os seus prprios: Prequestionamento: O tribunal deve ter se manifestado expressamente sobre

    a matria a ser questionada no Recurso de Revista. Caso no hajaprequestionamento, necessrio entra com embargos de declarao antes para

    suprir omisso . Se mesmo assim o tribunal no se manifestar (ex. negando orecurso), conta como prequestionamento.

    Transcendncia (art. 896-A, CLT includo em 2001): necessrio provar queh interesse maior que o das partes simplesmente (social, coletivo,..). Na prtica ignorado por seus problemas.

    Problemas: O artigo foi includo por medida provisria (h interesse e urgncia).O mesmo dispositivo existe para o STF, porm dispositivo constitucional.Procedimento sumarssimo: restrito a duas hipteses: contrariedade a smula

    ou OJ do TST ou violao a CF.

    4.3 Embargos de declarao (art. 897-A, CLT)H discusses sobre se seria realmente um recurso, pois ele se destina a corrigir

    omisso, obscuridade ou contradio da deciso. Ainda, o recurso substitui adeciso (efeito substitutivo) e aqui s torna mais clara a deciso (efeitomodificativo).

    Prazo: 5 dias!O efeito modificativo s cabe nos casos de omisso, contradio e equivoco no

    exame dos pressupostos extrnsecos do recurso. Para obscuridade no h efeitomodificativo. So julgados pelo mesmo juiz, que s precisa abrir vista paramanifestao da outra parte se houver intuito modificativo (OJ-SDI1-142).

    Embargos meramente protelatrios do ensejo a multa.

    4.4 Agravos de instrumento, de petio e regimental (art. 897, CLT)De instrumento :Funo: Destrancar o recurso (fazer subir). H depsito recursal! Admite o juzo

    de retratao (interposto o agravo de instrumento, a competncia do tribunal,entretanto ao receber o juiz pode retratar-se).

    De Petio :Cabe em decises terminativas ou definitivas da execuo (ex. embargos

    execuo). Art. 897, 3, CLT se a deciso do tribunal quem julga o prpriotribunal, e se da vara o tribunal.

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    passivo trabalhista, independente da continuidade da relao empregatcia(Exceo: Lei 11.101/05 em casos de recuperao judicial e falncia [declaradaconstitucional pelo STF em 2009]).

    Para grupos econmicos, no necessrio citar na execuo todas as empresas(a Smula 205, TST est cancelada). No caso de terceirizao, necessrio constarno ttulo todas as empresas (Smula 331, TST).

    Verificar outras modalidades: contra a fazenda pblica, massa falida,...

    Despersonificao da sociedade jurdica (art. 50, CC) aresponsabilizao do scio pelos dbitos da empresa. Hipteses: abuso depersonalidade jurdica caracterizado pelo desvio de finalidade da empresa ouconfuso patrimonial. O Processo do Trabalho no usa o artigo 50 do CC. NoProcesso do trabalho sempre h a possibilidade da desconsiderao dapersonalidade jurdica (independente dos casos do civil). At o ex-scio pode serresponsabilizado.

    5.1 Liquidao (art. 879, CLT) uma fase preparatria execuo. H o ttulo executivo, necessrio torn-lo

    lquido (dar um valor).Espcies : Por clculo ( a mais comum, s se deve calcular aritmeticamente o

    montante devido), por artigos (ainda h provas a serem produzidas: Ex. j se sabeque as horas-extras so devidas, mas quantas horas?) ou por arbitramento (no hbase para o clculo, ento se chuta: Ex. Empregado nunca recebeu salrio).

    No se pode discutir qualquer matria da fase de conhecimento na liquidao.Procedimentos :1: o juiz intima o autor para apresentao dos clculos (1-A Neste conta

    apresentada pelo autor j deve conter os recolhimentos previdencirios).2: Poder abrir vista ao devedor para manifestao em 10 dias sob pena de

    precluso (2). Se o prazo aberto, a parte manifesta-se por embargos execuo (perdendo o direito caso perca o prazo). Caso no abra prazo, osembargos podem ser opostos em qualquer tempo.

    3: Antes de proferir a sentena de liquidao, o juiz deve intimar a unio paraque se manifeste no prazo de 10 dias (3). A prpria CLT estabelece apossibilidade da unio no se manifestar em crditos de baixo valor.

    Apesar de chamar-se sentena, essa uma deciso interlocutria (no caberecurso, cabem embargos execuo [desde que garantido o juzo]). O exeqentepode impugnar a sentena [ necessrio estar garantido o juzo].

    Procedimentos de execuo:1: Inicia-se com a citao: o devedor ser notificado para que em 48hrs pague a

    dvida ou garanta o juzo. A citao pessoal e feita pelo oficial de justia (hdiscusses sobre a citao postal do advogado, embora nem tanto uma vez que

    no h omisso da CLT). O ru dever ser procurado por 2 vezes no prazo de 48hrs, se no for encontrado a citao ser por edital.2: No caso de pagamento, se presente o credor, ser feito perante o escrivo ou

    secretrio, assinado em duas vias; se no presente o credor, ser feito o depsitoem juzo.

    3: O devedor pode garantir a execuo (nomeando bens a penhora, ouefetuando o depsito da quantia em juzo e opor embargos execuo.

    (verificar ordem de bens penhorveis art. 655, CPC)Sero penhorados tantos bens quantos necessrios para a penhora: at aqui

    somente indisponibilidade, no venda ainda. (art. 883, CLT)OJ-SDI2-93 Penhora sobre renda da empresa. possvel, desde que o

    percentual penhorado no comprometa o desenvolvimento normal das atividadesda empresa.

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    4: Expropriao (art. 888, CLT): Com prazo de 20 dias ser publicado edital dearrematao (denominao errada da CLT), sendo fixado no juzo E publicado no

    jornal.5: A arrematao ser feita pelo melhor lance independentemente do valor do

    lance (aqui pode ser menor). O arrematante deve dar uma parcela de 20%imediatamente e o restante em 24hrs. Caso no pague o restante, o arrematadorperder em benefcio do juzo (e no do exeqente) o sinal.6: Remisso: o bem arrematado pelo devedor. Adjudicao: a compra dobem pelo credor. Em ordem: tenta-se a remisso, adjudicao e s depois aarrematao.

    5.2 Embargos execuo (art. 884, CLT)Prazo: 5 dias da garantia do juzo ou da penhora.A matria de defesa se restringe a matria da execuo.Procedimento: possvel arrolar testemunhas (se na defesa j tiverem sidos

    ouvidas testemunhas, o juiz poder no escut-las).Julgamento em 5 dias.

    (ver apostila tambm!!!)