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ORIENTAÇÃO EDITORIAL E INSTRUÇAO PARA OS COLABORADORES I. A REVISTA DO TRIBUNAL OE CONTAS DO ESTADO DO PARANÂ tem por objetivo divulgar as decisões do Tribunal de maior interesse pú- blico, assim como publicar artigos e legislação relativos às ãrcas de sua competência. 2. A direção da Revista aceitará com agrado trabalhos de investigação, co' rnunicaçõcs técnicas c revisões de Literaturaque tratem de assuntos de área de interesse do Tribunal. 3. Os originais submetidos para publicação 11[0 devem exceder de 15 pági- nas datilografadas com espaço duplo . numa única face do pape l, tamanho ofício . O cargo e a Instituição onde trab alh a o autor devem ser in cluídos logo apó s a tit olo do artigo . Deve ser incloído 0111 resum o do trabalho com aproximadamente 100 palavras, em folha separada. 4. Os crlgmais de artigosc Livrosp ara reccnsão devem serenviados à Dire- ção da Revista do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, na sede do T.C. REVIST RDO TRIB ljNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANA VOLUNIE 15 r, CÓPIA DIGITAL CONFERIDA COM O DOCUMENTO FÍSICO

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ORIENTAÇÃO EDITORIAL E

INSTRUÇAO PARA OS

COLABORADORES

I. A REVISTA DO TRIB UNAL OE CONTAS DO ESTADO DO PARANÂtem por objetivo divulgar as decisões do Tribunal de maior interesse pú­blico , assim como publicar artigos e legislação rela tivos às ãrcas de suacompetência.

2. A dir eção da Revista aceitará com agrado t raba lhos de investigação , co 'rnunicaçõcs técnicas c revisões de Literatura que tratem de assuntos deárea de interesse do Tribunal.

3. Os originais subme tidos para publicação 11[0 devem exceder de 15 pági­nas dati lografadas com espaço duplo . numa única face do pape l, tamanhoofício . O cargo e a Instituição onde trabalha o autor devem ser incluídoslogo apó s a titolo do artigo. Deve ser incloído 0111 resum o do trabalhocom aproximadamente 100 palavras, em folha separada.

4. Os crlgmais de artigos c Livros para reccnsão devem serenviados à Dire­ção da Revista do Tr ibunal de Contas do Estado do Paraná, na sede do T.C.

REVISTRDOTRIBljNAL DE CONTAS

DO ESTADO DO PARANA

VOLUNIE 15

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REVISTA DOTRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DO PARANÁ

1;71 /lIAI '1999

Vol.15 - N978

Jan/Mar.1983Trimestral

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Supervisão:Editoração:Redação:Revisão:

José Carlos AlpendreNocli Helender de Quadrose Rejane MaranhãoAntonio NogueiraErra Barros e Arístídes Athaydc

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Publicação Oficial do Tribunal de Contas do Estado do ParanáCentro Cívico80.000 . Curitiba - Pr.Tiragem: 800 exemplaresDistribuição GratuitaImpressão: Comunicare

rSSN 0101-7 I60

R. Tribun. Cont. Est . Paraná

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EDITORIAL

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DOCUMENTÁRIOAposentadoria e

Revisão de Proventos

- I1 -

Casos Interessantes

CONSULTAS· VOTOS­DECISOES

Convênio - Subsídiosde Prefeitos e Vereadores

-61-

Informativo do Plenário

SUMÁRIO

NOTICIÁRIOO Tribunal de Contas e

a Constituição

-3-

Cons. )0[0 Féder

DOCUMENTÁRIOPrestações de Contas

- 39-

Diretoria de ContasMunicipais

LEGISLAÇÃODec. Leis n9 1805/80,

1833/80 e 1970/82

-74 -

Colaboração que norteiaa ação

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EDITORIAL

REVISTA DO TRIBUNAL DE CONTASDO ESTADO DO PARANÁ consagra-se.preliminarmente, como sendo um poderososubsídio àqueles que estão envolvidos emtodos os níveis da administração direta ouindireta c, principalmente. a todos quetêm, sobre si, a responsabilidade de verbasoriundas do erário.

Capaz de melhorar o' conteúdo das comu­nicações de caráter interno e externo doTribunal de Contas c tendo em vista que ohomem, por sua natureza (em sendo umente social) é comunicativo por excelén­cia, o que lhe permite aproximar-se doseventos que lhe dizem respeito, a REVIS­TA tornou-se um instrumento de comuni­cação oficial, com vistas a ajudar a circula­ção de mensagens que vão c que voltam.entre a Corte de Contas do Paraná e os de­mais Órgãos Públicos.

Ela procura, em última análise, em suaforma e conteúdo, constituir-se numamídia de largo alcance que objetiva aten­der, fundamentalmente e de modo espe­cial aos administradores, que, muitas vezes,têm sobre si a responsabilidade do desem­penho eficaz das rotinas administrativas.Nela se encaixam os ternas de caráter espe­cífico, palestras sobre assunto de destaquena atualidade, bem corno a percepção, nasentrelinhas, de respostas às consultas, decuidados e de decisões sobre dúvidas equestões que o leitor ainda tenha.

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o TRIBUNAL DE CONTASE A CONSTlTIJIÇÃO

Cons. João Féder *

~.

* João Féder: Vice-Presidente do Tribunalde Contas, jornalista, advogado eprofessor da disciplina de Legislação deComunicação Social do curso de Comu­nicações Sociais da Universidade Fede­raldo Paraná.

R. Tribunal Cont. Est. Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983

Pode-se arquitetar uma Constituição e atémuitas Constituições; a tremenda dificul­dade é a de arranjar homens para viveremnelas. E respeitá-Ias.

Carlyle

Injusto. Eis a primeira impressão. Seinjusto não for será, quando pouco, irôni­co. E de fato, irônico que o Tribunal deContas não constitua, no quadro constitu­cional de todas as nações, um legítimo po­der. Irônico porque quando apareceu Doespirito das leis, estabelecendo a separaçãodos poderes do Estado. a Corte de Contasjá exercia suas atividades exatamente nopaís onde esse livro foi escrito e o autordesse livro não só já a conhecia como - edaí a ironia - já havia sido seu membro e,mais precisamente, seu presidente.

Com efeito, Montesquieu que, apósanos de trabalho, concluiu o seu Do espt­rito das leis em 1748, em 1716, depois dehaver sido conselheiro do Parlamento deBordeaux, foi presidente da Corte de Con­tas da França.

É provável até que a resistência ofere­cida pelo Estado moderno a todas as teses

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doutrinárias em favor da instituição dessequarto poder, represente uma penitênciacobrada pelo destino a essa inexplicávelomissão do barão de La Brede.

A leitura da obra, porém, permiteentendê-lo e perdoã-Io. Primeiramente, por­que a questão predominante à época diziarespeito não à fiscalização, mas à coleta deimpostos e à sua relação com a liberdadede criar tributos, como está escrito no Li­vro XIII: "A liberdade produziu o excessodos tributos; mas o resultado desses tribu­tos excessivos, foi o de produzir, por suavez, a servidão; e o efeito da servidão, o deproduzir a diminuição dos tributos." Eainda porque, embora tendo ido além das700 páginas, o próprio Montesquieu adver­te ao encerrar o Livro XI, no qual promovea teoria da separação dos poderes: "Mas épreciso que nem sempre se esgote de talforma um assunto, a ponto de nada deixarpara que o leitor também se esforce. Não setrata aqui de fazer ler, mas sim de fazerpensar."

Não Se reunem hoje os Tribunais deContas de todo o Brasil, entretanto, com­pelidos pelo desejo de se transformaremem um novo poder. Se lhes forem dados osinstrumentos legais para que bem possamcumprir os seus misteres, é o quanto lhesbasta e a sua posição no contexto da orga­nização estatal decai em relevância.

Efetivamente.embora nada o impeça devir a ser, não é o Tribunal de Contas umpoder, mas compõe a engrenagem básica efundamental que faz com que os três pode­res marchem em harmonia. E por que dei­xar de acreditar, presunçosamente, queMontesquieu, saído do Tribunal de Contas,não lhe tenha reservado o dignificantepapel de contribuir decisivamente para ocquihbrio e o bom funcionamento dos de­mais poderes?

Na realidade, o Tribunal de Contas setornou fator indispensável e, objetivamen­te, talvez o mais importante, já que, subje­tivamente, 11[0 se poderia minimizar a in­fluência da opinião pública, na estruturaque complemcnta os elementos necessáriospara a harmônica movimentação do Execu-

tivocdo Legislativo e do Judiciário,.e função do Tribunal de Contas pro­

curar assegurar a seriedade na aplicação dosdinheiros públicos, buscando impedir O seudesvio e a sua malversação. Mas, não apenasisto.

e função do Tribunal de Contas acom­panhar a execução financeira e orçamentá­ria para evitar que o Poder Executivo rea­lize um plano de governo diferenciado da­quele que apresentou ao Poder Legislativoc para o qual obteve aprovação. Mas, nãoapenas isto.

e função do Tribunal de Contas ex­tinguir a suspeição que paira sobre o ho­mem público, suspeição que se levantousobre os governantes a partir de J.J .Rous­seau. Mas, não apenas isto.

A função do Tribunal de Contas,acompanhando a evolução dos mais avan­çados sistemas da administração pública,há de ser a de fiscalizar pari passu todo atode despesa c, examinando a sua legalidadee a Sua essência. verificar se ele consulta ointeresse público. E se consulta o interessepúblico, quer quando praticado na adminis­tração direta ou na administração indireta,esta hoje responsável pelo emprego damaior parte das receitas públicas.

Não há dúvida, esse exame se faz à luzdas normas contábeis, jurídicas e adminis­trativas, mas não vemos como se possa dis­sociar da norma administrativa o profundoreflexo do interesse público.

A missão do Tribunal de Contas jánão cabe nas estreitas fronteiras da análisemeramente forrnal útica: não pode o Tribu­nal de Contas ficar limitado a verificar acompatibilidade da despesa com a dotaçãoorçamentária, até porque nas empresas es­tatais não há rubricas orçamentárias paraserem compatibilizadas com os seus gastos.

Àqueles que sustentam ser defeso aoTribunal de Contas analisar os aspectos dis­cricionários de ação administrativa, é dese responder com a coragem e a sabedoriados mais atualizados mestres do administra­tivismo pois estes asseguram que, no Esta­do moderno, já não mais sobrevive o atodiscricionário. A flexibilidade que a adrni-

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nistração hodierna reclama existe sim, masela está distante do conceito de discriciona­riedade, porquanto delimitada entre as al­ternativas que constituem oferta da próprialei; nunca, portanto, acima ou à margemda lei.

Verdade é que a doutrina brasileira.em boa parte. ainda persiste em considerarque o julgamento do mérito do Ato admi­nistrativo refoge ao alcance do Poder Ju­diciário, prolongando uma interpretaçãoque se vai tornando arcaica, a latere inclusi­ve da possibilidade do exame da moralida­de do ato administrativo trazida pela leique regula a ação popular, a partir de 1965.E, atualmente, quando se fala em discri­ção na administração pública, fala-se em so­mente dois elementos: oportunidade e con­veniência. Ora, conveniência e oportunida­de não são elementos suficientes paracaracterizar o livre arbúrio.

A liberdade para decidir a oportunida­de ou a conveniência da prática do ato ad­ministrativo não chega a transformar emdiscricionário esse ato. Pré-existe a facul­dade do exercício do ato e esse ato já con­tém. antecipadamente, um reconhecimen­to e uma forma legalmente definidos.

e o professor Caio Tácito que, no seuDireito Administrativo. declara: "Por certo.a moralidade do ato administrativo com­preende o exame da existência de motivos,finalidades adequadas e seriedade do ato.Negar ao juiz a verificação objetiva da ma­téria de fato, quando influente na forma­ção do ato administrativo, será convertero judiciário em mero endossante da auto­ridade administrativa. substituir o contro­le da legalidade por um processo de refe­renda extrínseco".

"Eis porque, afirma o professor Ma­noel de Oliveira Franco Sobrinho, no diplo­ma de 1967 se fazem sentir duas situaçõesconvergentes, a primeira dando poder àAdministração, outra aproximando a téc­nica jurídica positiva da técnica política.Isto é muito bom, pois não cabe ao Esta­do, nem à Administração. agir com discri­cionariedade,. quando dela não precisa".

R. Tribunal Com. Est. Paraná 15 (78) Jari/Mar 1983

o próprio Celso Antonio Bandeira deMello que, por vezes teme adotar teses queconduzam à mais ampla liberdade para oadministrador, o que, por sua própria pa­lavra, poderia caracterizar uma posição pe­rigosa do ponto de vista da política jurídi­ca, abriu a conferência que pronunciou noI Congresso Brasileiro de Direito Adminis­trativo, realizado em Curitiba. em 1975, di­zendo: "A Administração atua e só podeatuar debaixo da lei. A relação jurídica quetrava a Administração à lei não é do mesmotipo da relação que intercorre entre parti­culares e a norma legal. Em verdade, em setratando da Administração impõe-se nãoapenas uma relação de compatibilidade en­tre o comportamento administrativo e a lei,mas-requer-se, demais disso, uma relação deconformidade, de submissão. Enquanto nodireito privado se pode fazer tudo que nãoseja vedado pela lei, no direito administrati­vo o Poder Público só pode fazer o que lheseja permitido por ela. Há, pois, além deuma relação de não-contradição, a exigên­cia de uma relação de subordinação. Emsuma: a atividade administrativa é uma ati­vidade subsumida à lei."

Eis uma linha de raciocínio que secoaduna com a esposada por mestres reno­mados, pois encontra supedâneo na opiniãode Seabra Fagundes: "Administrar é aplicara lei de oficio"; De Cimc Lima: "Jaz a ati­vidade administrativa debaixo da lei quelhe assinala uma finalidade a cumprir; o fime não a vontade domina todas as formas deadministração"; de Cretella Júnior: "Juizabsoluto da oportunidade e da convenién­cía. servo incondicional da legalidade, con­tra a qual é impossível qualquer tipo de re­beldia, o funcionário orienta-se no sentidodo interesse público"; de ThemístoclesBrandão Cavalcanti: "Dentro do quadro daAdministração, interesse deve significartambém legalidade, porque o critério paradeterminar a existência ou não de interes­ses está necessariamente vinculado ao pró­prio princípio de legalidade", ou, recuandomais de dois séculos, de Jean-Jacques Rous­seau, no seu Discurso sobre a EconomiaPolüica: "Uma vez que o primeiro dever do

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legislador é conformar as leis à vontade ge­rai, a primeira regra da economia pública éque a administração seja conforme às leis";ou ainda no seu Contrato Social: "ChamoRepública todo Estado regido por leis, sobqualquer forma de administração que possaexistir, pois então só o interesse público go­verna" .

Não há como deixar de reconhecer,portanto, que todo ato administrativo pos­sui uma vinculação com a lei. E a lei é,na lição de Clóvis Bevilacqua , o processopelo qual o direito visa adaptar as ações IlU­manas à ordem pública, transformando-senuma expressão do acordo entre o indívr­duo e a sociedade.

Entre outras razões, também porque odesmedido crescimento dos tentáculostransformou o Estado num Leviatã da Ter­ceira Onda e tornou o homem dessa socie­dade extremamente dependente da admi­nistração pública.

Não há como deixar de reconhecer,portanto, que todo ato administrativo pos­sui vinculação perfeitamente visfvel com oprincrpio do interesse dessa sociedade - in­teresse público que, no dizer de C.W.Cassi­nelli , professor de Ciência Polúica da Uni­versidade de Washington, é a justificaçãofinal do poder da autoridade e da constitui­ção que a confere. E como, segundoEdgard Bodenheimer, professor de Direitoda Universidade de Utah, não se pode con­ceber que o interesse público consista emtudo que as autoridades públicas com o seufiat declarem ser, esse aspecto pode e deveser examinado. E o Juiz desse exame é, porimperativo constitucional, o Tribunal deContas.

"A criação, pois. de um Tribunal deContas, composto de membros vitalícios,bem remunerados, incompanveis comquaisquer cargos de eleição popular ou denomeação do Poder Executivo, responsá­veis perante o Supremo Tribunal de Justiçaquando esta Câmara decrete a sua acusa­ção, é um complemento necessário do Go­verno Parlamentar".

Estas palavras são de José de Alencar e

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foram pronunciadas da tribuna da Câmara,na sessão de 2 de agosto de 1861, em quese debatia a questão orçamentária do Im­pério. A essa ponderação se ouviu o apartedo deputado C. Moreira, tão gracioso há121 anos como hoje: "Quando o Brasil ti­ver dinheiro, deputado. Não me assuste jácom a criação desse novo Tribunal".

Alencar, todavia, respondeu seriamen­te: "J ulgo, ao contrário, que é este o meiode diminuir a despesa. Estou convencido deque se a ciência financeira tivesse tornado odesenvolvimento que tomou posteriormen­te, à época da promulgação da nossa Cons­tituição, não escaparia à perspicácia de seusautores a necessidade da criação de um Tri­bunal dessa ordem".

. Está visto, portanto, que não estevelonge de surgir um Tribunal de Contas logoem nossa primeira Carta Constitucional,pois então ele já se fazia presente, verbigratia, na França. Alemanha, Inglaterra,Áustria. Bélgica e Chile. Tivesse havido essaimportante antecipação e, certamente, esta­ríamos agora contando com uma institui­ção mais próxima do ideal.

A nossa primeira Constituição, entre­tanto, apenas enunciou, em seu artigo 172:"O Ministro da Fazenda, havendo recebidodos outros Ministros os orçamentos relati­vos às despesas de suas Repartições, apre­sentará na Câmara dos Deputados, anual­mente, logo que esta estiver reunida, umbalanço geral da receita e despesa doTesouro Nacional no ano antecedente eigualmente o orçamento geral de todas asdespesas públicas do ano futuro e daimportância de todas as contribuições erendas públicas". À par desse texto apare­ceu a Lei de Responsabilidade de 15 de ou­tubro de 1827, prescrevendo no seu artigo69 - "São responsáveis por dissipação dosbens públicos: § 19 - Ordenando ou con­correndo de qualquer modo para as despe­sas não autorizadas por lei ou para se fa­zerem contra a forma nela estabelecida oupara se celebrarem contratos manifesta­mente lesivos. Pena: de I a 3 meses de re­moção para fora da Corte e reparação dodano à parte ou à fazenda pública".

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Acusava, contudo, José de Alencar,nessa mesma sessão, que as Comissões deContas, encarregadas de examinar essaspeças, haviam caído em desuso, pois háquatro anos elas não eram enviadas ao Par­lamento e o último parecer emitido naCasa, datava de 19 de setembro de 1834,ou seja, 27 anos antes, embora a Comis­são já se houvesse dividido em três paratentar, em vão, dar cumprimento aos seusdeveres.

Por motivos assim, não deve ter- sidodifícil a Rui Barbosa realizar o seu ardentedesejo de incluir na Constituição de 1891,se bem que no Título V, nas "DisposiçõesGerais", o artigo 89 impondo:"~ instituído um Tribunal de Contas paraliquidar as contas da receita e despesa e Ve­rificar a sua legalidade, antes de serem pres­tadas ao Congresso".

Na Constituição de 1934, o Tribunalde Contas aparece no Titulo I (Da Organi­zação Federal), Capitulo VI (Dos órgãos decooperação nas atividades governamentais),Seção 11 (Do Tribunal de Contas), artigo99: É mantido o Tribunal de Contas que,diretamente ou por delegações organizadasde acordo com a lei, acompanhará a exe­cução orçamentária e julgará as contas dosresponsáveis por dinheiros e bens públicos".

. A Carta promulgada em 1937 mante­ve a Seção "Do Tribunal de Contas" e repe­tiu em seu artigo 114: "Para acompanhar,diretamente ou por delegações organizadasde acordo com a lei, a execução orçamentá­ria; julgar das contas dos responsáveis pordinheiros ou bens públicos e da legalidadedos contratos pela União, é institu ído umTribunal de Contas, cujos membros serãonomeados pelo Presidente da República,com a aprovação do Conselho Federal. AosMinistros do Tribunal de Contas são assegu­radas as mesmas garantias que aos Ministrosdo Supremo Tribunal Federal".

Foi com o advento da Constituição de1946 que se deslocou o Tribunal de Contaspara o Capitulo do Poder Legislativo e,mais especificamente, para a Seção do "Or­çamento", disciplinando. nos artigos 76 e

R. Tribunal Cone Est . Pararia 15 (78) JanfMar 1983

77 a forma de provimento dos seus cargos,a sua competência c subordinando a execu­ção dos contratos ao seu prévio registro.

A Constituição de 1967 fez modifi­car o nome da seção, que de "Orçamento"passou a "Fiscalização financeira e orça­mentária", mas manteve o Tribunal deContas no Capitulo do Poder Legislativo e,nos seus artigos 71 a 73, alterou a sistemá­tica de fiscalização, abolindo o chamado"registro prévio" e estabelecendo oscontroles interno e externo.

A Emenda Constitucional n9 I, de,1969, manteve o texto anterior, mas, aEmenda Constitucional n9 7, de 1977,modificou os parágrafos 79 e 89 do artigo72, referentes ao julgamento dos processosde aposentadoria, reformas e pensões.

Essa evolução histórica conduziu o Tri­bunal de Contas à situação que hoje ocupa,com não muitas reivindicações a fazer, mas,se poucas, todas legítimas e da maior rele­vância. E, deve-se afirmar de imediato, legí­timas e relevantes não para o interesse doTribunal de Contas ou dos seus membros,mas para ointeresse do aperfeiçoamento dagerência da renda nacional.

Em seu livro Urna introdução à Ciên­cia das Finanças. cuja primeira edição datade 1955, Aliornar Baleeiro, alinhando fatosque principiam com o pedido de demissãodo Ministro Serzedello Correia, escreveuque "e-m verdade, o nosso órgão de contro­le de execução orçamentária vem galgandopenosa via crucis para desempenhar a suatarefa constitucional",

Daquela obra a esta parte, porém, umalonga caminhada foi percorrida, assinalan­do alguns tropeços, mas grandes avanços,e revelando, especialmente, urna nova men­talidade administrativa, consciente danecessidade da eficiente fiscalização daaplicação dos recursos públicos e acordoem tomar a iniciativa de editar leis objeti­vando ampliar a escala da ação fiscaliza­dora.

E é essa nova mentalidade nacional,voltada para a superior prevalência do in­teresse público, que estimula os Tribunaisde Contas do Brasil a formular a sua pro-

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posta, em busca de uma precisa definiçãodas suas atribuições, não apenas visandoneutralizar o animus lucri faciendi, mas,precipuamente, no sentido do aprimora­mento e da racionalização da administra­ção pública.

Seria dispensável penetrar na discussãointrincada e controvertida acerca da posi­ção do Tribunal de Contas em razão dotexto expresso na Seção VII, artigo 70,§ 19 da Constituição Federal, estipulandoque "o controle externo do Congresso Na­cional será exercido com o auxilio do Tri­bunal de Contas". Qualquer idéia resul­tante dessa frase constitucional nenhumprejuízo causará ao Tribunal de Contas des­de que, na própria Constituição, as suasatribuições e a autonomia necessária paracumpri-las estejam claramente prescritas.

Não é a falsa idéia de "órgão auxiliar"que deve preocupar o Tribunal de Contas,enquanto essa falsa idéia não crie limitesindevidos para o exercício da sua compe­tência e não fira a sua independência.

Ademais, a Constituição também diz,no seu artigo 16, § 19, que o Tribunal deContas auxilia o Legislativo na fiscalizaçãodos Municípios e, nem por isso, ele sereduz a órgão auxiliar de uma ou de todasas Câmaras Municipais.

De outra parte, não há como vislum­brar Tribunais de Contas sem competên­cia perfeitamente definida e sem autono­mia absoluta, pois como já afirmou Leopol­do Cunha Mello, "no estudo da legislaçãode diversos países, se vê que a jurisdição desuas Cortes de Contas tem como traços ca­racterísticos, a exclusividade, a plenitude ea independência".

Se Constituições de outras Naçõesmostram um Tribunal de Contas vinculadoao Poder Legislativo isso ocorre, particu­larmente, porque, em verdade, trata-se alide um órgão que serve essencialmente aoParlamento. e o caso da França, cuja Cons­tituição, em seu artigo 47, dispõe: "O Tri­bunal de Contas assiste o Parlamento e oGoverno na fiscalização da execução dasleis de finanças", quase assemelhado aopreceito da Constituição de Portugal, ar-

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tigo 108, alínea 5: "A execução do orça­mento será fiscalizada pelo Tribunal deContas e pela Assembléia da República".

Há, rcconhecidamentev paises onde oTribunal de Contas é a grande instituiçãode que se utiliza o Parlamento para bem seinformar do desenvolvimento dos negóciospúblicos e sobre eles exercer a sua vigilân­cia política.

Elmer Staats, antigo ComptrollerGeneral dos Estados Unidos, revelou emfevereiro de 1981: "A maior parte do nos­so trabalho é resultado de solicitações decomitês ou membros do Congresso dosEstados Unidos e, geralmente, essas solici­tações se referem à medição de custos ebenefícios de projetos espccificos".

"Esse costume, todavia, não faz a regrana ordem internacional. Tanto é certo quea diretriz firmada pela Constituição da itá­lia, artigo 100, é diversa: "O Tribunal deContas exerce a fiscalização preventiva de'legitimidade sobre os atos do governo ea fiscalização superveniente sobre a gestãodo orçamento do Estado".

E diferente também é a solene decla­ração da Constituição da Espanha, artigo136: "O Tribunal de Contas é o Supremoórgão de fiscalização das contas e da ges­tão econômica do Estado, bem como dosetor público".

Como é certo que na Alemanha, se­gundo o Presidente do Tribunal de Contasde Berlim, Ulrich Mueller, "o Tribunal deContas não é órgão auxiliar do Legislativoe nem precisa obedecer às determinaçõesdele emanadas".

Como é certo, ainda, que aquele cos­tume não se arraigou na vida brasileira, on­de o Poder Legislativo tem preferido pres­cindir da colaboração das Cortes de Con­tas, o que está a sugerir discussão puramen­te semântica, que em nada alteraria a siste­mática em voga no cotidiano da adminis­tração pública.

Não há de Ser esse ,motivo para que sedeflagre uma batalha. O que há de ser leva­do em consideração é que o pacto socialestá a exigir dos Tribunais de Contas o cor­reto desempenho da sua missão de vigúia

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sobre a destinação dada aos recursos queprovém do administrado, pois é em nomedeste que essa instituição se faz fiscal. Enão serão os instrumentos para a consecu­ção desse desiderato que uma Constituição,traje do povo feito sob medida, no dizer deJobn Badley, poderá negar ao Tribunal deContas.

E quais são esses instrumentos?

E fácil enumerá-los: estender aos Mu­nicípios as normas financeiras e orçamen­tárias aplicáveis à União e aos Estados; atri­buir aos Tribunais de Contas dos Estadosa competência para apreciação das contasmunicipais, salvo o caso do § 39, do art.16 da Constituição Federal; tornar subsis­tente a impugnação do Tribunal de Contasquando do silêncio do Poder Legislativo;consolidar constitucionalmente a compe­tência do Tribunal de Contas para exami­nar as contas das entidades da administra­ção indireta; devolver-lhe a competênciaprivativa para julgamento das concessõesde aposentadorias, reformas e pensões e,por fim, dar força executória às suas deci­sões através de urna Lei Orgânica dosTribunais de Contas.

Representa essa reivindicação, de res­to, um reclamo da própria contextura so­cial, preocupada esta com o mais benéficoresultado na aplicação das rendas quetransfere ao erário.

O que propõe é indicar a forma demelhor desempenho de uma preponderan­te função pública. Portanto, uma propostairrecusãvel, porque proposta de servir.

Para Joseph Addison , não está emnossas mãos, simples mortais, determinaro êxito, mas podemos fazer o melhor paramerecê-lo.

Cremos mais. Cremos que além de fa­zer o melhor para merecer o êxito, emborasempre simples mortais, podemos fazermuito para determiná-lo. Para tanto sãosuficientes a realidade do trabalho e o mi­lagre de acreditar. E ambos estão em nós.

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Tribunal Conto Est . Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983.

APOSENTADORIA

De funcionário estatutário, com asvantagens do cargo de maior símbolo.(§ 39 do Ar!. 140 - Lei n9 6.174/70).

REVISTA DO TRIBUNAL DE CONTASDO ESTADO DO PARANÁ apresenta nes­ta edição três pedidos de aposentadoria,onde os interessados solicitaram que osseus proventos de inatividade fossem fixa­dos de acordo com o parágrafo 39, do arti­go 140, do Estatuto dos Funcionários PÚ­blicos Civis do Estado, ou seja, com asvantagensdo cargo de maior símbolo.Eofoca, também, um pedido de revisãode proventos.19 CasoInteressado: Ruy Ferraz de Carvalho.

ASSESSORIA TÉCNICO-] URImCAPARECER N9 1660/80

RUI FERRAZ DE CARVALHO, Con­sultor Legislativo, do Quadro de Pessoal,da Secretaria da Assembléia Legislativa doEstado, se aposenta a pedido, com pro­ventos correspondentes ao exercício efeti­vo por mais de cinco anos, de cargo deprovimento em Comissão e de funções gra­tificadas, inclusive tendo ocupado o postode Procurador Geral da Justiça, conformecomprova-se na ficha funcional de fls.,constante dos autos.

O postulante possui o tempo de 36anos, I mês c 24 dias de serviços presta­dos ao Estado.

O Artigo 140, item Hl, da Lei no6174/70. dispõe que o funcionário efetivoserá aposentado a pedido:

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"se houver exercido, por um períodonão inferior a cinco anos, ininterrup­tos ou não, um ou mais cargos em co­missão ou funções gratificadas, com asvantagens do cargo em comissão oufunção gratificada do nível mais ele­vado, desde que esse cargo ou funçãotenha sido exercida por um mínimo dedoze meses."

Os proventos de acordo com a simbo­logia DAS-I, foram concedidos com baseno § 30 , do mesmo artigo 140. da citadaLei, que normatiza que;

"Se nas condições dos incisos I e 11,deste artigo, o cargo em comissão exer­cido, não se conformar à simbologiaestabelecida para os cargos em comis­são do poder Executivo, poderá o fun­cionário aposentar-se com as vantagensdo de maior simbolo.

Em conseqüência, foi lavrado o Decre­to Legislativo no 256/80, de 19 de maio de1980, publicado no D.a.E., do dia20/05/80, fixando os proventos da inativi­dade em Cr$ 1.241.530,80 (hum milhão,duzentos e quarenta e um mil, quinhentose trinta cruzeiros e oitenta centavos),anuais e integrais, 03 triênios incorporados(art. 40, § lo da Resolução na 02/64),05qüinqüênios (parágrafo único, do Art. 170,Lei na 6174/70), O1 adicional (Art. 171,§ la e 20, da referida Lei), Gratificação deProdutividade (Lei no 6593/74) e 50%(cinquenta por cento) por serviços extraor­dinários (Lei no 6794/76).

Face ao exposto, tendo em vista osrequisitos necessários para a petição esta­rem formalizados, submetemos o processo,à apreciação superior.

~ o Parecer.

DECRETO LEGISLATIVONo 256/80

A COMISSA-O EXECUTIVA DA AS­SEMBLÊIA LEGISLA TlVA DO ESTADO

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DO PARANA-, no uso de suas atribuiçõese tendo em vista o que consta do processoprotocolado sob na 2120, de 24 de marçode 1980, deste Poder,

RESOL VE:

aposentar, a pedido, nos termos do Art.140, item 111, e § 3P, da Lei nP 6174, de16 de novembro de 1970, RUI FERRAZDE CAR VALHO, matricula nP 17, ocu­pante do cargo de Consultor Legislativo A,do Grupo Ocupacional Universitário, doQuadro de Pessoal da Secretaria desta As·sembléia, com proventos de inatividadecorrespondente ao Strnbolo DAS-I, acres­cido de três (3) triênios incorporados, deacordo com o Art, 40 , § IP, da ResoluçãonP 2/64, cinco (5) qüinqüênios, incorpora­dos, de acordo com o parágrafo único, doArt, 170, da citada Lei na 6174, um (OI)adicional, nos termos do Art. 171, §§ jo e2P, da referida Lei na 6593, de 15 de agos­to de 1974, e einquenta por cento (50%)de gratificação por serviçosextraordinários,sobre os respectivos vencimentos, de acor­do com a Lei nP 6794, de 08 de junho de1976.

Palácio "DEZENOVE DE DEZEM­BRO", em 19 de maio de 1980,

PROCURADORIA DO ESTADOJUNTO AO TC:

PARECER No 4093j82

Retoma a esta Procuradoria Geral oprocesso protocolado sob no 8.355/80-TC,referente à aposentadoria de RUI FERRAZDE CARVALHO, ocorrida nos termos doDecreto Legislativo no 256/80, de 20 demaio de 1980,

Requer o interessado, no pedido ini­ciai, que os seus proventos de inatividadesejam calculados com base nos vencimentosatribuídos ao símbolo DAS-I, de acordocom o que estipula o artigo 140, inciso IH,§ 30, da Lei no 6.174, de 16 de novembrode 1970.

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Esse direito teria sustentação, segundoo requerente, no fato de que ele exerceu,por mais de CINCO ANOS, diversas fun­ções gratificadas e o cargo em comissão dePROCURADOR GERAL DO ESTADO,atualmente PROCURADOR GERAL DAJUSTIÇA, por mais de DOZE MESES.

O processo foi instruído, na origem(Assembléia Legislativa), com a juntada decertidões relativas ao tempo de serviço, aoexercício das funções gratificadas e cargoem comissão e, ainda, à prestação de servi­ços extraordinários. Após informado e ins­truído, recebeu o parecer n9 7014, de 29de abril de 1980, de responsabilidade daDivisão de Assistência Técnico-Administra­tiva, da Augusta Assembléia Legislativa doEstado, que, a seguir, transcrevemos par­cialmente:

III - O Requerente conta, nesta data,com trinta e seis (36) anos, hum (01) mêse vinte e quatro (24) dias de serviço públi­co, computados nesse total, dois (2) anos,onze (11) meses e hum (01) dia, da Lein9 7.050, de 1978, pela Portaria n\l280j80.

[V - Então, pelo exposto verificamosque foram cumpridos os requisitos do Art.140, item Ill, da referida Lei. Todavia, osvencimentos do cargo de Procurador Geralda Justiça, sempre foram representados poralgarismos, equiparados aos de Desernbar­gador, e nunca por símbolos. Assim sendo,a nosso ver, em vez do funcionário ser apo­sentado com as vantagens do cargo em Co­missão, lhe é facultado, de acordo com dis­positivo legal antes mencionado, aposen­tar-se com as vantagens do cargo de maiorsímbolo.

V - É verdade que há o entendimentode que, em se tratando de funcionário esta­tutário, o maior símbolo deve ser o DAS-2,já que o DAS-I, aplica-se apenas a Secretá­rio de Estado, Chefe da Casa Civil e Militare Procurador Geral do Estado.

VI - Data vênia, não concordamos comtal entendimento. Ele estabelece uma dis­tinção entre servidores estatutários e nãoestatutários, que o parágrafo 39, do Art.[40, da referida Lei n9 6.174, não faz. Taldispositivo legal dispõe com meridiana ela-

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reza que, "se o cargo em comissão não seconformar à simbologia estabelecida paraos cargos em comissão do Poder Executivo,poderá o funcionário aposentar-se com asvantagens do de maior símbolo".

E, incontestavelmente, a escala de sím­bolos de vencimentos de cargos em comis­são do Poder Executivo, o maior é o DAS-I.

Pouco importa que, para remuneraçãode servidor em atividade, a lei que criou ossímbolos DAS, tenha reservado o DAS-I,para vencimento de Secretário de Estado,Chefes da Casa Civil e Militar do Governa­dor e Procurador Geral do Estado. É a fixa­ção do valor do pagamento do Estado aesses servidores em atividade. Nada impe­de, porém, que o funcionário estatutárioque tenha exercido cargo em comissão devencimento não representado por símbolo,seja aposentado com proventos desse Sím­bolo DAS-I, de acordo com dispositivo eS­tatutãrio citado.

VII - Há dias, em processo de aposen­tadoria de funcionário que exercera o car­go em comissão de Secretário de Estado,foi dado parecer, nesta Consultoria Legisla­tiva, pela concessão da aposentadoria comos proventos do Símbolo DAS·I. Aplicou­se, no caso, corretamente a disposição, doitem Hl, do Ar!. 140, do Estatuto.

No caso presente, tratando-se de cargoque não tem vencimentos representadospor Símbolo, como é o de Procurador Ge­rai da Justiça, é de se aplicar a regra, dojá referido dispositivo legal, que autorizaa aposentadoria com proventos equivalen­tes ao cargo de Símbolo DAS-I.

Nem seria justo que a funcionário ex­Secretário de Estado se concedesse aposen­tadoria com proventos de símbolo DAS-I,c a funcionário ex-Procurador Geral daJustiça, que tem vencimentos maiores quede Secretário de Estado, se atribuíssemproventos de Símbolo DAS-2.

VIII - Nestas condições, concluímosque o presente pedido tem amparo legal eopinamos pela sua aposentadoria, nos ter­mos do Art. 140, item Ill , e parágrafo 39da Lei n9 6.174, de 16 de novembro de1970, por contar com mais de trinta e cin-

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co (35) anos de serviço público, com pro­ventos mensais e integrais correspondenteao Símbolo DAS·], (Lei n9 6.996, de 12de abri! de 1978) mais as vantagens trie­nais, qüinqüenais e adicionais, Gratifica­ção de Produtividade e Gratificação porServiços Extraordinários.

Esse pronunciamento foi integral­mente acolhido, como se verifica pelaleitura do Ato aposentatório antes referi­do.

Neste Colendo Tribunal o pedido foiexaminado pela Assessoria Técnico-Jurídi­ca que, pelo Parecer n9 1.669/80-ATJ, opi­nau no sentido do atendimento, como se­gue, em transcrição parcial:

O Artigo 140, item 111. da Lei n96.174/70, dispõe que o funcionário efetivoserá aposen tado a pedido:

"se houver exercido, por um período0[0 inferior a cinco anos, ininterrup­tos ou não, um ou mais cargos em co­missão ou funções gratificadas, com asvantagens do cargo em comissão oufunção gratificada do nível mais eleva­do, desde que esse cargo ou função te­nha sido exercido por um mínimo dedoze meses."

Os proventos de acordo com a simbo­logia DAS·!, foram concedidos eom baseno § 39, do mesmo artigo 140, da citadaLei, que nonnatiza que:

"Se nas condições dos incisos I e 11,deste artigo, ° cargo em comissãoexercido, não se conformar à simbo­logia estabelecida para os cargos emcomissão do Poder Executivo, poderáo funcionário aposentar-se com as van­tagensdo de maior símbolo."

Em conseqüência, foi lavradoo Decre­to Legislativo n9 258/80, de 19 de maio de1980, publicado no D.O.E. do dia 20/05/80, fixando os proventos da inatividade emCr$ 1.241.530,80 (hum milhão, duzentose quarenta e um mil, quinhentos e trintacruzeiros e oitenta centavos), anuais e inte­grais, 03 triénioss incorporados (art. 49§ 19 da Resolução n9 02/64),05 qüinqüe-

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nios (parágrafo único, do Art. 170, Lei n96.174/70),01 adiciona! (Art. 171, § 19 e29, da referida Lei), Gratificação de Pro­dutividade (Lei nO 6.593/74) e 50% (cin­quenta por cento) por serviços extraordi­nários (Lei nO 6.794/76).

Face ao exposto, tendo em vista osrequisitos necessários para a petição esta­rem formalizados, submetemos o processo,à apreciação superior.

Finalmente, esta Procuradoria Geral,através do Parecer n9 4418/80, afirmou:

Vem a esta Procuradoria do Estado oprotocolado sob n9 8355/80, que trata deaposentadoria, a pedido, de Rui Ferraz deCarvalho, Matricula 17, ocupante do cargode Consultor Legislativo 17, do GrupoOcupacional Universitário, do Quadro dePessoal da Secretaria da Assembléia Legisla­tiva do Estado.

Estando o processo em ordem e o pe­dido amparado pelas disposições legais apli­cáveis à espécie, opinamos no sentido deser julgado legal o Decreto Legislativo na256/80, determinando-se o seu registro.

Definido assim, o objeto e origens doprocesso, passamos ao reexame da matéria,tendo em vista a r. decisão do EgrégioPle­nário.

1. As certidões e ficha funcional doaposentado comprovam que o mesmo:

a) foi nomeado para o cargo isoladode provimento efetivo, de Assistente Téc­nico, na Assembléia Legislativa, em 05 denovembro de )963, tendo assumido no dia27 do mesmo mês e ano;

b) contava com 36 anos, 1 mês e 20dias, em 25 de março de 1980;

c) desse total, foram computados paratodos os efeitos legais, 30 anos, 3 meses e6 dias;

d) tendo completado 30 anos de servi­ço para todos os efeitos, passou a perceber5 por cento de adicionais, a partir de 19 dedezembro de 1979.

Comprovam, ainda, os aludidos docu­mentos que o interessado exerceu, por maisde doze meses, o cargo em comissão dePROCURADOR GERAL DO ESTADO,atualmente denominado PROCURADOR

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GERAL DA JUSTIÇA. (certidão n9 74/79,da Procuradoria Geral da Justiça, Prot. 091.625/80, A.LE.).

Finalmente, verifica-se que o mesmoprestou, por mais de três anos, serviços ex­traordinários, percebendo 50 por cento, so­bre os seus vencimentos. (certidão expedi­da pela Divisão de Cadastro de Pessoal, daALE.).

Em razão dessas circunstâncias e dian­te dos diversos pronunciamentos jurídicosapartados ao feito, foi resolvida a aposen­tadoria do interessado, com proventosequivalentes aos vencimentos do SímboloDAS· I.

Entretanto e data máxima venia, en­tendemos que o ato aposentatório aplicou,EM PREJUIZO DO INTERESSADO, o ar­tigo 140, lll, § 39, do Estatuto, quando éevidente que o referido parágrafo nãoabrange a hipótese em exame. Com efeito,vejamos o que diz a Lei:

Art. 140 . O funcionário efetivo seráaposentado a pedido:

I - omissisII . omissisIll - se houver exercido, por um perto­

do não inferior a cinco anos, ininterruptosou não, um ou mais cargosem comissão oufunções gratificadas, com as vantagens docargo em comissão ou função gratificadado nivel mais elevado, desde que esse cargoou função tenha sido exercido por um mi­nimo de doze meses.

A leitura do texto demonstra, de pron­to, que a vantagem é concedida, tendo porpadrão de referência o cargo em comissãode maior NIVEL e não maior SIMBOLO.Poderia ser objetado que, ai', está eviden­ciada uma imprecisão terminológica e,por isso, as duas expressões devem ser en·tendidas como sinônimas. Todavia, aindaque se admita tranqüilamente a inconve­niência e imprestabilidade da interpretaçãomeramente literal, ponto de vista susten­tado por esta Procuradoria reiteradamente,com apoio na unanimidade da doutrina, pá­tria e forânea e, igualmente, na jurisprudên­cia, ainda assim a objeção seria improce­dente. O próprio legislador ordinário (hoje

R. Tribunal Conto Est. Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983

complementar) dá solução à questão. Asexpressões "nível" e "súnbolo" configu­ram conceitos perfeitamente determinados,estabelecidos claramente na lei.

Diz o artigo I 56 do Estatuto:Vencimento é a retribuição pelo efeti­

vo exerctcio do cargo, correspondendo aoSfMBOLO, ou NIVEL fixado em lei.

Data venia, parece de todo induvidosoque SIMBOLO e NIVEL são expressõesque se vinculam a diferentes realidades. E,pará confirmar essa idéia, basta que se exa­mine a Lei n9 6.996, de 12 de abril de1978, que instituiu a simbologia numéricageral, com a denominação DAS (direção deassessoramento superior), à qual passaram apertencer os cargos em comissão do Esta­do, DISCRIMINADOS NA PROPRIA LEI.Desse simples exame resulta luminosamen­te claro que o legislador pretendeu diferen­ciar abertamente os padrões de referência,para fins de remuneração dos cargos em co­missão. Por um lado estabeleceu SIMBO·LOS com a sigla DAS aplicáveis aos cargosdiscriminados no artigo 79 e, por outro,manteve o NIVEL como referência para osnão arrolados nesse dispositivo. Veja-se ,v.g., o que dispõe o artigo 29:

Os vencimentos dos Secretários de Es­tado, dos Membros da Magistratura, doMinistério Público, dos Conselheiros e Au·ditores do Tribunal de Contas do Estado,do Procurador Geral e dos Procuradoresno mesmo Tribunal ficam fixados, a partirde ]P de março de 1978, conforme tabelasdos anexos I e 11.

A referência de vencimentos dos car­gos indicados no Anexo I, Tabelas I, 11 eIll, é o NIVEL e a do Anexo 11 é o SIM.BOLO.

Diante de tão incisiva cópia de argu­mentos é imperativo que se aceite, comopremissa, que símbolo e nível, são concei­tos diferentes e, até, excludentes, na medi­da em que só se podem aplicar àquelas si­tuações visadas pelo legislador e consubs­tancíadas em normas de direito posto.

2. Se assim é, os proventos de aposen­tadoria do interessado deveriam ter sido fi­xados com vistas ao vencimento do cargo

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em comissão de NIYEL mais elevado e nãode SIMBOLO mais elevado.

O cargo de nível mais elevado exerci­do pelo requerente foi o de Procurador Ge­rai do Estado, posteriormente transforma­do em PROCURADOR GERAL DA JUS­TIÇA, que aliás, é a sua denóminaçãoatual. (Constituição Estadual de 1967, art.149).

Ora, o nível de vencimentos, por leiatribuído a esse cargo, não atrelado à sim­bologia numérica geral, é o mesmo fixadopara os desembargadores, nos termos doque dispõe o parágrafo único do artigo 49,da Lei no 5.849/68 (Estatuto do MinistérioPúblico).

Cabe, pois, perquirir sobre a naturezado benefício veiculado pelo artigo 140, in­cisa m.

De plano, é imperativo admitir-se quetal benefício caracteriza uma vantageman­pica, derivada de liberalidade do legislador,e que não se confunde com as demais van­tagens pecuniárias estabelecidas no Estatu­to dos Funcionários (Capítulo VIII). Odispositivo em questão, de contorno níti­damente previdenciário, cuja natureza eobjeto são caracterizadamente FINANCEI·ROS só tem sentido, portanto, se asseguraraos funcionários que se acham nas condi­ções muito especiais por ele fixadas, umbenefício pecuniário efetivo. Aliás, é pró­prio das normas ditas liberais, concedermais e não menos. Se sairmos dos limitesrestritos do TEXTO e endereçarmos anossa meditação ao CONTEXTO, pode­mos, sem dificuldades corroborar o queantes asseveramos. O artigo 143 do Estatu­to, cuida do reajustamento de proventosde inatividade. Aí, o legislador curva-se aordem taxativa da Constituição, tanto fe­deral, quanto estadual. Trata-se de normaconstitucional COGENTE PARA O LE·GISLADOR. Portanto, de liberalidade nãose trata. Porém o § 19 desse artigo 143, es­tabelece uma TIPICA LIBERALIDADE:

Os reajustamentos de que trata esteartigo, resguardam, ex-officio, ao funcio­nário inativo a melhor retribuição decor­rente das hipóteses previstas no art. 140,

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independentemente de opção manifesta­da no ato de aposentadoria.

Como se vê, em tais casos - os de libe­ralidade na concessão de vantagens pecu­niárias atípicas -, a preocupação da lei éDECLARADAMENTE, conceder A ME·LHOR RETRIBUiÇÃO FINANCEIRA.

Esse ao nosso entender, é o direito doaposentado. Portanto, à vista das conside­rações expendidas, opinamos por uma di­ligéncía à origem, para que a autoridade Sig­natária do ato, (se assim julgar cabível), re­tifique-a, para declarar que os proventos doaposentado correspondern aos vencimentosde Procurador Geral da Justiça e mais osacréscimos constantes do ato em exame.

É o parecer, sub censura.

Procuradoria do Estado,12 de maio de 1982.

Ivan Xavier ViannaPROCURADOR GERAL

PARECER N9 6.366/82

Havíamos opinado, pelo Parecer n94.093/82, no sentido de converter-se o pro­cesso em diligência, a fim de ser revisto ocálculo dos proventos de inatividade do re­querente, que, segundo o nosso entendi­mento, deveriam tomar por base os venci­mentos correspondentes ao cargo de Pro­curador Geral da Justiça e não os do sún­boloDAS·I.

Na sessão do dia 3 de junho do cor­rente, o Egrégio Plenário, a requerimentodo Conselheiro Relator Dr. Cândido Mar­tins de Oliveira decidiu remeter ° preces­se à Procuradoria Geral, para opinar sobrea inclusão, nos proventos de aposentado­ria do interessado, da gratificação relativaà prestação de serviços extraordinários, ma­téria que não fora abordada no parecer re­tro indicado, pelos motivos expostos emPlenário.

Admitida pelo eminente Relator a pro­cedência da opinião, sustentada por este ór­gão, no sentido de tomar como base decálculo dos proventos, os vencimentos de

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Procurador Geral da Justiça, foi suscitada,em aparte, pelo ilustre Conselheiro Dr. Ar­mando Queiroz, dúvida quanto à possibili­dade de aposentar-se o requerente com pro­ventos equivalentes ao vencimento de Pro­curador Geral da Justiça e MAIS A GRA TI­FICAÇÃO POR SERVIÇOS EXTRAOR­DINÁRIOS. Dos debates que se seguiramao aparte resultou, ao que dcpreendemos,o consenso do Plenário na direção doreexame do assunto por esta ProcuradoriaGeral.

Ratificando em todos os seus termoso nosso pronunciamento anterior, passa­mos à análise do problema questionado, is­to é, a incorporação da gratificação referidaaos proventos de- inatividade do interes­sado.

I. A denominada gratificação por ser­viços extraordinários é uma vantagem pe­cuniária que a administração constitui pararecompensar a prestação de serviços NOR­MAIS, em condições ou com encargosanormais, como perigo de vida e de saúde,fora da sede, além do horário de expedien­te e outros.

A esse gênero de gratificações tpropterlaborem) pertence a que se paga pela pres­tação de serviços extraordinários. O t rata­mento que a doutrina dispensa a tal vanta­gem pecuniária é mais ou menos uniformee de todos conhecido. A guisa de exemplotranscrevemos a lição de HELY LOPESMEIRELLES, a propósito do tema:

Essas gratificações só del/em ser per­cebidas enquanto o funcionaria está pres­tando o serviço que as ensejam, porque sãoretribuições pecuniárias PRO LABOREFAClENDO e PROPTER LABOREM. Ces­sando o trabalho que lhes dd causa, oudesaparecidos os motivos excepcionais etransitórios que a justificam, extingiie-se arazão de seu pagamento. Da,' porque nãose incorporam automaticamente ao venci­mento, nem são auferidas na disponibilida­de e na aposentadoria, salvo quando a leiexpressamente o determina, por liberali­dade do legislador. (in Direito Administra­tivo Brasileiro, Editora RT, 6~ edição, pág.448/449).

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Como se vê, trata-se de vantagem quesó se incorpora aos proventos de aposen­tadoria quando a lei, por mera liberalidade,expressamente o determine. Ora, a lei n96.794, de 8 de junho de 1976, dispõe, pre­cisamente, sobre a incorporação dessa gra­tificação aos proventos dos funcionárioscivis do Estado, em futuras aposentadorias,sob as condições nela especificadas. Aúnica vedação à percepção do beneficio(por sinal, taxativa) é.a estabelecida no arti­go 49, que exclui aos funcionários em regi­me de acumulação de cargos.

Pelo simples fato de ser uma retribui­ção pecuniária pro labore faciendo, é cu­rial que cessada a sua causa desaparece a ra­zão de seu pagamento. Em outras palavras,o direito à retribuição por serviços extraor­dinários é de natureza transitória e desapa­rece com a cessação da sua causa. Tal cir­cunstância, per se, demonstra que essa éuma vantagem que so PODE BENEFI­CIAR FUNCIONÁRIOS QUE SE EN­CONTRAM EM ATIVIDADE, eis que so­men te esses é que podem prestar serviços,sejam ordinários ou extraordinários. Sendoassim, podemos afirmar, sem resquiclo dedúvida, que uma coisa é o direito à PER­CEPÇÃO da gratificação e outra, muitíssi­mo diferente, é o direito à INCORPORA­çÃO DESSA GRATIFICAÇÃO AOS PRO­VENTOS DE INATIVIDADE. A primeira'situação não confere ao funcionário o di­reito subjetivo à percepção, ressalvada a cir­cunstância óbvia de haver o mesmo presta­do o serviço. A segunda situação, entre­tanto, reporta-se a uma vantagem pecuniá­ria ex labor facto e assegura ao servidor umdireito subjetivo, decorrente do serviço J ÂPRESTADO SOB AS ESPECIAIS CONDI­ÇÕES ESTABELECIDAS NA LEI. Conse­qüentemente, parece-nos de irre tocavelacerto afirmar que, no Estado do Paraná,a prestação de serviços extraordinários con­fere aos funcionários dois direitos distin­tos, quais sejam o de perceber uma gratifi­cação pela sua prestação e o de incorpo­rar essa grariflcação aos proventos de ina­tividade, desde que a prestação ocorra du­rante um período de 3 (três) anos consc-

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cutivos ou 5 (cinco) alternados. Satisfeitaqualquer dessas condições, o direito, an­tes inexistente, surge e incorpora-se, em de­finitivo, ao patrimônio do funcionário, pa­ra ser utilizado por ocasião da aposenta­doria, como quis expressamente a lei.

De outro ângulo, é imperioso reconhe­cer que os funcionários públicos, ao longodas suas carreiras vão acumulando vanta­gens de toda ordem, que, NA EXCLUSI­VA DEPENDÊNCIA DA VONTADE DOLEGISLADOR, traduzida concretamenteem normas de direito positivo, tem caráterde transitoriedade ou definitividade. Estasúltimas, nascidas por força da realizaçãodas condições legais indispensáveis à suaobtenção, caracterizam-se como trpico di­reito adquirido.

Esse é, indubitavelmente, o caso dosautos. O direito à INCORPORAÇÃO dagratificação por serviços extraordináriosaos proventos de inatividade surge, crista­lino, como conseqüência direta da reali­zação da sua conditio juris, que é a presta­ção de tais serviços, durante o penedo esob os requisitos determinados na lei. As­sim, mesmo sob risco de demasia, insisti­mos que o direito à percepção e o direito àincorporação, são diferentes desde as suasgêneses jurídicas até os seus efeitos.

2. Parece-nos indispensável, a estaaltura, examinar um outro ponto da ques­tão, que os debates em plenário revelaramrelativamente controvertido.

Há certos cargos, na estrutura organi­zacional de pessoal do Estado, cujos ocu­pantes não podem perceber gratificaçãopor serviços extraordinários. Essa impossi­bilidade, todavia, não decorre como equi­vocadamente afirmam alguns, de proibi­ção legal da percepção. Decorre, simples­mente, do fato evidente de que, deles, aadministração NÃO PODE EXIGI R APRESTAÇÃO DE TAIS SERVIÇOS, poiso seu regime de trabalho é diferente dosdemais funcionários. Em outras palavras,esses funcionários não percebem gratifica­ção por serviços extraordinários pela ele­mentar razão de que não prestam tais ser­viços.

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Teem essa característica, por exemplo,os cargos de Juiz de Direito, Promotor deJustiça, Secretários de Estado, ProcuradorGeral do Estado, Procurador Geral juntoa este Tribunal, Procurador 'Geral da Justi­ça e outros.

Pode suceder, entretanto, que tais car­gos venham a ser ocupados por funcioná­rios públicos, que, nessa qualidade. já con­tam, em seu acervo, com direito a inúme­ras vantagens, pecuniárias ou não, alcança­das em cargos anteriores, as quais, pela suanatureza, não mais lhes podem ser retira­das, porque se consubstanciam em direitoadquirido.

É de evidência facial que o exercíciode um novo cargo não pode ter o dom desuprir os direitos já irreversivelmente aderi­dos ao patrimônio desses funcionários, peloexercício em cargos anteriores. Ao contrá­rio, pode acontecer (e efetivamente acon­tece, com não rara freqüência) que o exer­cício das novas funções, a ocupação do no­vo cargo venham a enriquecer e ampliar oacervo de vantagens do servidor.

É o que ocorre, data maxima venia,com o caso vertente. O requerente preen­cheu, comprovadamente, as condições esta­belecidas na lei n9 6794 de 08 de junho de1.976, para poder usufruir do direito à IN·CORPORAÇÃO da gratificação por ser­viços extraordinários, aos seus proventos,para exercê-lo por ocasião da sua aposen­tadoria. Direito que vai somar-se a outros,de natureza diversa, que, porventura, a leilhe haja propiciado. Caberia, então, medi­tar, pausadamente, sobre a possibilidadede identificar-se incompatibilidade entre osvários direitos radicados no seu patrimônio,entre os quais se destaca, mais agudamente,o de aposentar-se com proventos equivaleu­tes aos vencimentos de Procurador Geral daJustiça, que, para nós, parece incontestável.

Tem sido objetado que ao se aposen­tar corno Procurador Geral da Justiça, ofuncionário não pode incorporar a gratifi­cação por serviço extraordinário, já que setrata de vantagem que o próprio Procura­dor não percebe. Com a necessária licença,devemos apontar a erronia solar desse en-

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tendimento. Na verdade. o requerente nãoestá sendo aposentado COMO PROCURA·DOR GERAL DA JUSTIÇA. Apenas. osvencimentos do Procurador Geral da Jus­tiça servem de BASE DE CÁLCULO paraos seus proventos. Trata-se, aí, claramen­te, de mera referência para a liquidaçãodos proventos, que está muito distante deigualar a situação funcional do requerentecom a situação funcional do Procurador.Não se configura, pois. nenhuma incom­patibilidade entre os dois direitos.

3. Acreditamos que, pela sua perti­nência, serão de utilidade para a aprecia­ção do tema as considerações que passa­mos a expender.

A remuneração paga pela Adminis­tração aos funcionários que lhe pres­tam serviços extraordinários, além doexpediente normal, fixado no seu regimede trabalho, é tratada em lei como GRA­TIFICAÇÃO. Também a doutrina e ajurisprudência conferem-lhe, tradicional­mente, esse tratamento conceitual, queconcorda, aliás, com a dicção dos me­lhores léxicos.

O Estatuto dos Funcionários, no Capi­tulo VIII, estipula que o servidor poderáperceber várias vantagens pecuniárias, en­tre as quais a gratificação pela prestação deserviços extraordinários. (artigo 172, 11).

Isso tudo, porém, não quer significarque essa chamada gratificação configureuma liberalidade do administrador ou,mesmo, do legislador. como, por pressa.supõem muitos. Bem ao revés, trata-se decaracterizada CONTRAPRESTAÇÃO FI·NANCEIRA, por trabalho executado peloservidor. Portanto. sob esse prisma. é exa­tamente igual ao vencimento do funcioná­rio, ao salário do trabalhador, ao soldo domilitar. E, certamente, ninguém chegaria aolimite de catalogar o vencimento comoliberalidade ... Por isso mesmo devem serconsideradas juridicamente cxcresccntesas disposições de leis que PROl BEM a per·cepçâo da gratificação por serviços extraor­dinários. como, e.g. o artigo 42. da lei nc7074 de 02 de janeiro de 1979. Ou o fun­cionário presta serviço extraordinãrio E

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POR ESSA RAZÃO tem direito ao paga­mento ou não o presta e, pois, nada lhe édevido, a esse título.

A administração exige que o funciona­rio trabalhe além do tempo normal (que éfaculdade sua) e, nesse caso, ESTÁ OBRI·GADA AO PAGAMENTO, ou não exige e,por isso, a obrigação não surge. Nada pode­rá ser mais simples. Afirmar o contrário,data venia, c'est parler pour ne rien dire ...Não se configura, conseqüentemente, nessecaso, liberalidade alguma.

Já com relação à INCORPORAÇÃOda gratificação aos proventos de aposen­tadoria a situação é outra. Ai, está caracte­rizada uma indisfarçavel liberalidade, sópossível se veiculada por lei. Assim, haven­do previsão legal concessiva dessa vanta­gem, não há que discutir senão o atendi­menta das condições fixadas pela norma.

No caso em exame, verifica-se que ascondições exigidas foram atendidas. Logo.o direito à incorporação é irrctorquivel.

Por derradeiro, sustentam alguns que areferida incorporação, a ser concedida, vul­ncraria a norma constitucional veiculadapelo artigo 102. § 29, que veda a percepçãode proventos de inatividade superiores àremuneração percebida na atividade.

É certo, porém, que tal matéria já temmerecido reiteradas apreciações pelo PoderJudiciário, inclusive em nosso Estado. (cf.Acórdão n9 21.063, proferido no Mandado·de Segurança na 44/80 - la Grupo de Cãomaras Cíveis. sendo impetrantes WILSONMAINGUÉ e outros; Acórdão 21 .212, pro­ferido no Mandado de Segurança na 65/80- 29 Grupo de Câmaras Cíveis, sendo im­petrantes GERALDO BOZ e outros; Acór­dão na 21.360. proferido no Mandado deSegurança nc 63/80 - 20 Grupo de Cãomaras Cíveis, impetrado por ANTÔNIOMONTES LUZ e outros). Todos os de cisó­rios citados reconhecem o direito à incor­poração da vantagem.

Altamente elucidativo é o voto, a se·guir transcrito parcialmente, do ínclito Mi­nistro Bilac Pinto, publicado na Revista deDireito Administrativo 112/199 e seguin­tes. que situa o lema ao largo de quaisquer

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dúvidas razoáveis;A inda no que conceme à norma cons­titucional, que estabelece que em casonenhum os proventos da inatividadepoderão exceder a remuneração perce­bida na atividade, a interpretação con­junta dos dois textos, o do § ]0 e o do§ 29, do artigo 102, revela o seguinte:- a primeira norma quando proibe queos proventos sejam superiores à re­muneração percebida em atividade, esempre uma regra aplicável ao caso in­dividuai do aposentado. E por que aocaso individual? Porque o montantedos proventos varia de acordo comuma série de fa tores. Não pode havercomparação com nivel geral de venci­merdas dos servidores ativos, da mes­ma categoria. Um funcionário comtrinta e cinco anos de serviço público ecom outras vantagens, terá situação deaposentadoria diferente daquele que seaposentou com menor tempo de servi­ço e sem as mesmas vantagens.

Pela autoridade inexcedível do b rilhan­te jurista citado, parecem-nos despicientesoutras considerações.

Em face do exposto, somos de opiniãoque o requerente tem direito à aposentado­ria com os proventos equivalentes aos Ven­cimentos de Procurador Geral da Justiça emais as vantagens pecuniárias a que faz jús.inclusive a gratificação por serviços extraor­dinários.

Eo parecer, sub censura.

Procuradoria do Estado,26 de julho de 1982.

Ivan Xavier ViannaPROCURADOR GERAL

VOTO

o interessado foi aposentado a pedidocom os proventos de inatividade corrcspon­dente ao Srrnbolo DAS-I. de conformidade

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com o que dispõe o parágrafo 30 do art.140, da lei Estadual no 6174/70, acres­cido das vantagens mencionadas no Decre­to-Legislativo n9 256/80.

A Procuradoria do Estado junto aoTribunal de Contas, pelo Parecer nO 4.418180, conclui que

"Estando o processo em ordem e o pe­dido amparado pelas disposições legaisaplicáveis à espécie, opinamos no senti­do de ser julgado legal o Decreto-Legis­lativo n9 256/80, determinando-se oseu registro."

Mas, a pedido do então ConselheiroRelator, a Procuradoria voltou a manifes­tar-se sobre o processo, pelo parecer n94.093/82.

Desta vez a Procuradoria modificouseu entendimento anterior para opinar

"por uma diligência à origem. para quea autoridade signatária do ato (se assimjulgar cabível) retifique-a, para decla­rar que os proventos do aposentadocorrespondem aos vencimentos de Pro­curador Geral da Justiça e mais osacréscimos constantes do ato em exa­me'

E formulou a Procuradoria essa opi-nião porque concluiu que

"os proventos de aposentadoria do in­teressado deveriam ter sido fixadoscom vistas ao vencimento do cargo emcomissão de NIVEL mais elevado enão de SI~lBOlO mais elevado."

Como chegou a Procuradoria a essaconclusão?

Ela revela seu raciocínio i tl.

"Data venia , pa rece de todo índuvido­50 que SIM BOLO e NIVEl são expressõesque se vinculam a diferentes realidades. E.para confirmar essa idéia. basta que se exa­mine :.1 Lei no 6.1,,)96. de 1~ de abril de1978. que instituiu :.1 simbologia numéricageral. com a denominação D~-\S (direçãode assessoramento superior). à qual pa5.S.3­ram a pertencer os cargos em comissão do

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Estado, DISCRIMINADOS NA PROPRlALEI. Desse simples exame resulta lumino­samente claro que o legislador pretendeudiferençar abertamente os padrões de re­ferência, para fins de remuneração dos car­gos em comissão. Por um lado estabele­ceu SIMBOLOS com a sigla DAS aplicá­veis aos cargos discriminados 110 artigo 79c, por outro, manteve o NlVEL como re­ferência para os não arrolados nesse dis­positivo. Veja-se, c.g, o que dispõe o ar­tigo 20:

Os vencimentos dos Secretários deEstado, dos Membros da Magistratura, doMinistério Público, dos Conselheiros e Au­ditores do Tribunal de Contas do Estado,do Procurador Geral e dos Procuradores nomesmo Tribunal ficam fixados. a partir delo de março de 1978, conforme tabelasdos anexos I e lI.

A referência de vencimentos dos carogos indicados no Anexo I, Tabelas I, II e1II, é o NIVEL e a do Anexo 11 é o SIM­BOLO."

Em resumo, porque

"Vencimento é a retribuição pelo efe­tivo exercido do cargo, correspondente aosímbolo ou nível fixado em lei" - art.156 do Estatuto.

E porque a referência de vencimentosdos cargos indicados no Anexo I, Tabelas I,li e Ill, seria o mvel, e a do Anexo li seriao sirnbolo, o que não é exato, a Procurado­ria concluiu que os proventos de aposenta­doria do interessado deveriam ter sido fixa­dos com vistas ao vencimento do cargo emcomissão de rnvel mais elevado e não o desímbolo mais elevado.

Ora, a Procuradoria arma seu silogis­mo usando de premissa errada e esquecen­do-se do que dispõe o § 30 do arl. 140 doEstatuto.

Ainda que ao invés da definição devencimento, tomada como primeira premis­sa, a Procuradoria houvesse tomado o inci­so 111 do art. 140, para ter um termo mé­dio comum, ainda ai' a conclusão não seria

a que chegou porque a premissa não é umaafirmação universal. Restringindo-a está,precisamente, o § 30 do art. 140:

"Se, nas condições dos incisos li e Ill,deste artigo, o cargo em comissão exercidonão se conformar à simbologia estabelecidapara os cargos em comissão do Poder Exe­cutivo, poderá o funcionário aposentar-secom as vantagens do de maior sirnbolo."

Efetivamente, é este preceito de leique define o direito do aposentado. E bastaler com atenção para se verificar que oparágrafo nem ao menos faz referência aruvel, nem se utiliza sequer da palavra, aliinteiramente ausente. E a Douta Procura­doria, além disso se valeu do termo ruvelcomo se sinônimo de vencimento fosse,pois, em última análise, a se aceitar a regradefendida no longo parecer, o funcionárioteria direito ao vencimento do cargo quehouvesse exercido independentemente dequalquer outra formalidade.

Isso, porém, é Inovação para a juris­prudência deste Tribunal.

Inovação, sim, porque é prática desteTribunal tratar com processos como o queagora é novamente chamado a apreciar.E por ser prática costumeira, as suas deciosõcs representam à luz de todos os mem­bros deste Egrégio Plenário, jurisprudênciatorrencial que, uma ou duas exceções nãopodem e nem chegam a abalar.

De fato, os precedentes invocados nãoservem para o debate do presente caso, eisque se trata de funcionário que se aposcn­ta na vigência de legislação já derrogada.

Efetivamente, o Art. 53 da Lei 4544,de 31 de janeiro de 1962, com a alteraçãointroduzida pela Lei 4883, de 9 de julhode 1964, dispunha:

"O funcionário que contar o tempoexigido para passar à inatividade, será apo­sentado:

a) com as vantagens da comissão oufunção gratificada em cujo exercício seachar desde que o exercício abranja, seminterrupção, os dois anos anteriores;

b) com idênticas vantagens, desde que

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o exercício do cargo em corrussao ou dafunção gratificada tenha compreendido umperíodo de 5 anos consecutivos ou não,mesmo que, ao aposentar-se, o funcionáriojá esteja fora daquele exercício."

Afora as demais distinções, interessasalientar que a regra de então não cogitavada simbologia como o faz, vinculativamen­te, a lei hoje em vigor.

O que se constata, desse modo, é a ine­xistência de precedente.

Não há como, portanto, se extrapolardo preceito da lei para invocar a jurispru­dência, porque esta não favorece a tese pro­posta que, diga-se desde logo. não nasceunem com a administração e nem com o in­teressado.

Ora, se a jurisprudência não socorre atese é preciso que se examine a lei. E o quediz a lei?

Quer no requerimento do aposentado,quer no Decreto-Legislativo 256/80, o fun­damento legal para o ato é um só.

Aliás, próll'io de um advogado derenomada cultura, o requerimento do in­teressado invoca o Art. 140, inciso IH eparágrafo 39 da Lei 6.174 e justifica: "co­mo o aludido cargo, na linguagem do pará­grafo 39 não se conforma com a sirnbolo­gia estabelecida para os cargos em comissãodo Poder Executivo, poderá o funcionárioaposentar-se com as vantagens do de maiorsímbolo."

E, precisamente, com amparo nesseditame da lei, foi baixado o Decreto­Legislativo.

Desde já é curioso salien tar como o re­querimento do aposentado contraria fron­talmente - e mais do que isso, pulveriza ­a argumentação trazida pela Douta Procu­radoria quando, no seu segundo parecer,sugere a este Tribunal que tome uma deciosão extra-petíta, ou seja, uma sentença emdesacordo com o pedido do interessado:

E assim é porque, no seu parecer, oúnico elemento novo que procura fazer al­terar o comportamento deste Plenário é oargumento sustentado, à fl. de que "ocargo de nível mais elevado foi o de Procu-

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rador Geral da Justiça. "Mas, é o própriointeressado, no seu requerimento, que diz,ipsis verbis: "como o aludido cargo não seconforma com a simbologia estabelecidapara os cargos em comissão, poderá o fun­cionário aposentar-se com as vantagens dode maior súnbolo". E não apenas o interes­sado, mas além dele a administração públi­ca, e além dela este Tribunal e todos eles,por ser um imperativo ditado pela lei.

Não se pode confundir, como o feza Douta Procuradoria a palavra mvel, decaráter subjetivo, ou o termo nível dosdicionários comuns. para uma pesquisa ouanálise de valores comparativos, mas simo termo rnvel como decorrência da leique, objetivamente, o classificou.

.Alias, para usar da feliz expressão dopróprio interessado e mais uma vez servin­do-se da sua inteligência, a palavra mvel ,assim como a palavra súnb olo (que nosdicionários também tem outro sentido),aqui, hão de ser examinadas "na linguagemdo seu parágrafo 30 " ,

Quanto ao outro argumento enfocadopela Douta Procuradoria, procurando supe­dâneo no Art. 143, § 10, dispensável setorna qualquer exame, eis que ali se cuidade outra matéria.

O que visa, na verdade, o parecer daDouta Procuradoria não é atribuir ao fun­cionário nem ruvel e nem simbolo, mas ovencimento, e qualquer vencimento, forados padrões dos níveis ou dos símbolosestatutários. E, por maior pesquisa que sefaça, é írnpossrvel encontrar na lei autori­zação para esse procedimento.

Tanto isso é certo, que o mesmo Art.140, no mesmo parágrafo 3<:', sustenta quea "nas mesmas condições, igual benefícioserá assegurado pelo exercício de cargodiretivo de órgãos da administração indi­reta do Estado".

E perguntemo-nos. Nas dezenas deprocessos de aposentadoria de funcioná­rios com esse direito, que anualmente pas­sam por esta Corte, em alguma vez se deci­diu que esse direito é o de levar o venci­mento do cargo que exerceu?

Ou a decisão foi de se cumprir a lei

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'2 determinar que o seu direito é o da apo­sentação dentro da simbologia, garantidoali sim o de maior conveniência?

Furtamo-nos de dar a resposta paranão repetir o que todos estão cansados desaber, e se trazemos o exemplo à luz dodebate não é por outro motivo senão pelaperplexidade causada pela linha de racio­cínio desenvolvida no sentido de alteraro rumo do processo.

A única referência à palavra rnvel, so­bre a qual foi desencadeada a linha de ra­ciocínio da Douta Procuradoria, não ape­nas no artigo da lei, mas em todo o capr­tulo "Da Aposentadoria", se faz no incisoIII do art. 140. que não é o caso do intc­ressado, amparado que está pelo parágrafo3~ do mesmo artigo. Ali se fala em "fun­ção gratificada de nível mais elevado".Mas, quando a lei fala do cargo em comis­são incomum no já aludido parágrafo 3~,

os termos usados são simbologia e maiorsímbolo.

Aliás, se a lei pretendesse que fossediferente, se a lei pretendesse que a situa­ção se definisse como resultou da inter­pretação do parecer mencionado, teriadisposto, sem nenhum rodeio, que o fun­cionário teria direito a se aposentar com ovencimento do cargo em comissão quehouvesse exercido. Mas. assim não disse.E se assim não disse. assim não pode sersem que essa mesma lei seja ferida.

Observa-se. consequentemente. que alei é clara e se ajusta. sem nenhuma difi­culdade e sem qualquer discrepância, àquestão em julgamento.

Está visto, pois. que o requerimentodo interessado está fundamentado no Art.140. inciso lll. da Lei 6.174. por ter eleexercido por mais de cinco anos cargos emcomissão ou funções gratificadas. e funda­mentado. especificamente. no § 3l? domesmo artigo, por ter exercido por mais deum ano cargo em comissão, o de Procura­dor Geral da Justiça. que não se conformaCOI11 a simbologia própria dos cargos emcomissão.

A regra que está escrita e que. só porisso. deve ser aplicada. diz que a sua apo-

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scntadoria se fará no cargo de maiorsímbolo. Nada e nunca fora disso.

Foi, na realidade, o que o requerentepediu. E foi, também, como procedeua douta Assembléia Legislativa do Estado.Não há, portanto, 110 processo mais quefazer senão julgar legal o Decreto-legisla­tivo aposenta tório.

Em. 14 de março de 1983.

JOÃO FÉDERConselheiro

RUI FERRAZ DE CARVALHO.adian·te assinado, diz nos autos de processo ad­ministrativo n~ 8355/80 que necessita ex­por e requerer a Vossa Excelência o se­guinte:

O requerente havia solicitado aposen­tadoria no cargo de Consultor Legislativo,nível 17, no Grupo Ocupacional Univer­sitário do Quadro de Pessoal da Secretariada Assembléia Legislativa, com proventoscalculados com base no vencimento atri­buid o ao sirnbolo DAS - I.

Formado e instruído o processo. foi­lhe deferido o pedido através do DecretoLegislativo na 256/80 de 20/05/1980.que se encontra, hoje. pendente de homo­logação por parte desse Egrégio Colegiado.

Porém. reexaminando a sua situação.o requerente entende que a aposentadoriadeveria ter sido concedida com proventoscalculados sobre os vencimentos atribuidosao cargo de Procurador Geral da Justiça.que ocupou por mais de 12 (doze) meses.quando era denominado PROCUR~DOR

GERAL DO ESTADO e não ao do sim­bolo DAS - I.

Isto posto. em aditamento ao pedidoinicial. requer respeitosamente. que oEgrégio Plenario. acolhendo a sua prcten­são. determine lima diligén cia à origemcom o fim de re tíflcaçao do Decreto Legis­lativo no 256/80. para declarar que os seusproventos de inatividade 5.1"0 calculadoscom base nos vencimentos do cargo de Pro­curador Geral da Justiça e não. como

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consta do aro, no do símbolo DAS-I.Esclarece o interessado que esse pedi­

do já fura formulado verbalmente ao Pro­curador Geral. que em seus pareceres,opinou favoravelmente ao atendimento.

Assim, o requerente pede licença paraadotar, como razão de pedir. os funda­mentos jurídicos e legais expressos nospronunciamentos daquela autoridade.

Isto posto, pelos motivos expostos epelos que serão aduzidos pelos eminentesjulgadores, pede deferimento.

I.S.1.

Curitiba,21 de março de 1981

RUI FERRAZ DE CARVAUIO

"VOTO"

Conforme se infere de fls. 3, do pro­cesso, RUI FERRAZ DE CARVALHO,funcionário do Quadro de Pessoal da Se­cretaria da Assembléia Legislativa do Es­tado, requereu a sua aposentadoria, solici­tando que os seus proventos de inatividadefossem fixados de acordo com o parágrafo30 , do artigo 140, do Estatuto dos Fun­cionários Públicos Civis do Estado, eis quepreenchia os requisitos estabelecidos noinciso 111, do mesmo artigo, ou seja, comproventos correspondentes ao SimboloDAS-I. eis que o maior súnbolo estabe­lecido pela Lei na 6.996, de 12 de abrilde 1978, que em seu artigo 79 fixou aSimbologia dos Cargos em Comissão doEstado, corresponde ao DAS-I.

Atendendo ao requerimento do inte­ressado, foi elaborado o Parecer no 7.014,de 29 de abril de 1980,jullto a AssembléiaLegislativa, que concluiu que efetivamenteo seu direito era aquele conforme o reque­rido, o que propiciou a feitura do cálculode fls., que constitui os proventos deinatividade à época da sua elaboração.atualmente já COIl\ seus valores atualizadosem virtude das posteriores leis que aumen­taram os vencimentos dos funcionários

públicos do Estado. tendo. conscqucntc­mente. sido baixado o ato de aposentaçâo ,que é o constante do Decreto Legislativonq 256/80, que se vê a fls.

Encaminhado o processo a este Tr i­

b unal de Contas. para julgamento da lega­lidade do ato aposentatório , a Procura­doria do Estado junto a este Tribunal,opinou pela legalidade, conforme Se obser­va do parecer Il~ 4.418/80, de fls.

Acontece, porém, que o então ilustreProcurador Geral. daquela Procuradoria,contrariou o parecer inicial de fls., fa­zendo crer que os proventos de inativi­dade do requerente deviam ter sido calcu­lados tomando-se por base o vencimentodo cargo de Procurador Geral do Estado,então exercido por mais de um ano, in­cluindo-sc também, além das outras van­tagens já constantes do cálculo de fls.mais a atinente a gratificação pela pres­tação de serviços extraordinários. mastudo com base no valor do vencimento docargo de Procurador Geral do Estado, atual­mente Procurador Geral da Justiça, o quevale a dizer que os proventos de inativi­dade do requerente, passam a ser superioresdo que o dos Eminentes Desembargadoresdo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado,porque os vencimentos do ProcuradorGeral da Justiça são equiparados aos dosDesembargadores do Egrégio Tribunal deJustiça, mais a verba atinente a vantagempela prestação de serviços extraordinários,a que se refere a Lei 119 6.794, de 8 dejunho de 1976 e que corrcsponde a mais50% (cinqüenta por cento) do valor do Ven­cimento, o que não me parece possrvel.

Sem se precisar cogitar da distinçãohavida entre "Nível de Vencimento" e"Simbologia para Vencimento". para oefeito de se verificar a improcedência dasalegações de fls., do Douto ProcuradorGeral junto a este Tribunal, basta observarcomo o Estatuto dos Funcionários PÚ­blicos Civis do Estado, tratou da matériaem seu artigo 140, pois assim o fez:-

"Artigo 140 - O funcionários efetivoserá aposentado a pedido:I - com provento correspondente

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ao vencimento ou remuneração inte­gral do cargo efetivo;11I - se houver exercido, por um pe­ríodo não inferior a cinco anos, inin­terruptos ou não, um ou mais cargosem comissão ou funções gratificadas,com as vantagens do cargo em comis­são ou função gratificada do ruvelmais elevado, desde que esse cargo oufunção tenha sido exercido por ummínimo de doze meses."Mas, completando o caput do refe­

rido artigo 140, do Estatuto, vamos encon­trar no parágrafo 3? dele, o seguinte:

"§ 3? - Se, nas condições dos incisosli e III, deste artigo, o cargo emcomissão exercido não se conformarà simbologia estabelecida para os carogos em comissão do Poder Executivo,poderá o funcionário aposentar-se comas vantagens do de maior simbolo.Nas mesmas condições, igual bene­f (cio será assegurado pelo exercíciode cargo diretivo de órgãos da admi­nistração indireta do Estado."Ora, se verificarmos a Lei 119 6.996,

de 12 de abril de 1978, que estabeleceua simbologia dos cargos em comissão doEstado, vamos ver que o cargo de Procu­rador Geral da Justiça, não está integradoali, entre as diversas simbologias dos car­gos em comissão, porisso há de se aplicara norma do parágrafo terceiro, do artigo140, do Estatuto, segundo a qual, quandoassim ocorrer, como ocorreu no caso dorequerente, o seu direito é o de aposen­tar-se com as vantagens do de maior sún­bolo, e o de maior símbolo para os cargosem comissão do Estado é o constante dasimbologia DAS-}, conforme está expres­so na referida lei.

t que o Estatuto dos FuncionáriosPúblicos Civis do Estado, no parágrafoterceiro (§ 30 ) , do artigo 140, restringiuo direito do funcionário se aposentar comas vantagens do cargo em comissão que nãoesteja integrado na simbologia para os car­gos de tal natureza, efetivamente para seevitar a anomalia pretendida pelo DoutoProcurador Geral do Estado junto a este

R. Tribunal Com. Esl. Paraná 15 (78)Jan/Mar 19iD.

Tribunal, em que determinado cargo emcomissão, os proventos de inatividadeseriam superiores aos dos Eminentes De­sembargadores do Egrégio Tribunal deJustiça do Estado, que compõem a maisalta classe funcional do Estado.

Nestas condições, e atendendo aoque o próprio requeren te solicitou em seupedido inicial de aposentadoria, bem co­mo as normas legais que regem a espéciee ainda adotando os fundamentos expen­didos no voto proferido pelo EminenteConselheiro João Féder, que integra oprocesso,

V O T O no sentido dc julgar legalo Decreto Legislativo no 256/80, de fls,que está de conformidade com os princí­pios. legais que regem a matéria nele con­tido.

É o meu voto.1.c., aos 22 de março de 1983.

Leônidas Hey de Oliveira.Conselheiro

ACÓRDÃO NO 1.ü55/83

VISTOS, relatados e discutidos estesautos de APOSENTADORIA, protocoladossob na 8355/80-TC., entre as partes:ALEP e RUI FERRAZ DE CARVALHO.

ACORDAM:

OS CONSELHEIROS DO TRIBUNALDE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ,por maioria, nos termos dos votos escritosdos Conselheiros JOÃO FÉDER e LEONI­DAS HEY DE OLIVEIRA, acompanhadospelos Conselheiros ANTONIO FERREIRARÜPPEL, RAFAEL IATAURO e ARMAN­DO QUEIROZ DE MORAES,

em julgar legal o Decreto Legislativona 256/80, de 19 de maio de 1980, cons­tante de fls.. determinando o seu re­gistro, tudo como consta das notas taqui­gráficas da SeSS[o.

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o Conselheiro Relator, JOSÉ ISFER,era pelo retorno do processo à origem, afim de que fossem refeitos os cálculos dosproventos de inatividade do interessado,excluídas as gratificações pela prestaçãode serviços extraordinários e produtivi­dade, com base nos vencimentos corres­pondentes ao cargo de Procurador Geralda Justiça, acompanhando o Parecer 1194.093/82, de fls., da Procuradoria do Es­tado junto ao Tribunal de Contas.

Sala das Sessões, em 22 de marçode 1983.

CÂNDIDO MARTINS DE OLIVEIRAPresidente

26 R. Tribunal Cont. Est. Paraná 15 (78) Jari/Mar 1983

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2? Caso

Interessado: Vidal Vanhoni

Divisão de Controle Financeiro de Pessoal

Em atendimento ao contido no Pa­recer n9 6.978, do Gabinete da Consul-

" teria Legislativa, procedemos abaixo oscálculos de Inatividade do servidor VI·DAL VANHONI, matrícula n9 019,ocupante do cargo de Consultor Legisla-

,:;. tivo "A", do Grupo Ocupacional Univer­sitário, do Quadro de Pessoal da Secretariadesta Assembléia, nos termos do Art. 138,inciso 11, combinado com o Art. 140, inci­so Ill , da Lei nO 6,174, de 16 de novembrode 1970,

PROVENTOS DE INATlVIDADE DE

Secretário de Estado - DAS-l

I (hum) triênio incorporado deacordo com o .Art . 4? 4 a? daResolução 2/64 .....

5 (cinco) qüinqüênios incorporados4~ parte de acordo com o § únicodo Art. 170, da Lei 6.174,de 16,11.70.

1° qüinqüênio CrS 2.208,732° qüinqüênio CrS 2.319,163° qüinqüênio CrS 2.435,124° qüinqüênio CrS 2.556,885° qüinqüênio CrS 2.684,72

5 (cinco) adicionais de acordo com° Art. 171 § I° e 2° da Lei 6.174de 16.11.70.

MENSAL

CrS 42.071,00

c.s 2.103.55

CrS 12.204,61

ANUAL

CrS 504.852,00

CrS 25.242,60

CrS 146.455,32

I? adicional2? adicional3? adicional4? adicional5? adicional

CrS 2.818,96c-s 2.959,91CrS 3.107,90c-s 3.263,30CrS 3.426,46 c-s 15.576,53 CrS 186.918.36

R. Tribunal Co»t. Est . Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983 17

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Gratificação de Produtividade, deacordo com a Lei 6.593,de 15.08.74 ..

50% (cinqüenta por cento) degratificação por serviçosextraordinários dos respectivosvencimentos, de acordo coma Lei 6.794, de 08.06.76 .

c-s 5.562,00

Cr$ 35.977,85

CrS 66.744,00

Cr$ 431.734.20

Importa o presente cálculo de proventos de Inatividade nos valores de CrS 113.495,54(cento e treze mil, quatrocentos e noventa e cinco cruzeiros e cinqüenta e quatro ccn­tavos) mensais e CrS 1.361.946,48 (hum milhão, trezentos e sessenta e um mil, nove­centos e quarenta e seis cruzeiros e quarenta e oito centavos) anuais.

Em 10 de Abril de 1980.

DECRETO LEGISLATIVON9250/80

,

A COMISSÃO EXECUTIVA DA AS­SEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADODO PARANÁ, no uso de suas atribuiçõese tendo em vista o que consta do processoprotocolado sob n(J 2.095, de 2 I de marçode 1980, deste Poder,

RESOL VE:

aposentar, a pedido, nos termos do Art./38, inciso 11, combinado com o Art.140, inciso /lI, da Lei 6.174, de 16 denovembro de 1970, VJDAL VANHONI,matricula no 019, ocupante do cargo deConsultor Legislativo A, do Grupo Ocupa­danai Universitário do Quadro de Pessoalda Secretaria desta Asscmbleia. com pro­ventos mensais e integrais correspondente

28

ao cargo de Secretário de Estado, simboloDAS-I, acrescido de um (OI) triênioincorporado, de acordo com o Art. 49,§ lO da Resolução nO 2/64; cinco (05)qüinqüênios incorporados e cinco (05)adicionais incorporados, de acordo comos Artigos /70, § unico e /71, § t» e 20 ,

da citada Lei n(J 6.174; Gratificação deProdutividade, de acordo com o Art. 19,da Lei n(J 6641, de dezembro de 1974 eGratificação por Serviços Extraordindrios.na base de cinqüenta por cento (50"10), deacordo com a Lei n9 6794, de 08 de junhode 1976.

Palácio "DEZENOVE DE DEZEM­BRO ", em I9 de maio de 1980.

R. Tribunal Cone Ese Paraná 15 (78) Jun/Mar 1983

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PARECER N° 866/83

Para apreciação c julgamento. vema esta Procuradoria do Estado o presenteprocesso. referente à aposentadoria, a pedi­do, de VIDA L VANHONI, ocupante docargo de Consultor Legislativo "A", doGrupo Ocupacional Universitário. do Qua­dro de Pessoal da Secretaria da AssembléiaLegislar iva do Paraná.

O postulante C0l110 se vê dos autos,requereu sua aposentadoria por ter com­pletado o tempo de serviço necessário.

Às fls .. consta a ficha funcional doDepartamento de Pessoal, que demonstraa situação funcional do requerente.

A Divisão de Assistência Técnico­Administrativa da Augusta Assembléia Le­gislativa, em parecer sob no 5978, às fls.,opinou pela concessão da aposentadoriana forma solicitada, nos termos do art.138, inciso 11. combinado com o art. 140,inciso 111 da Lei no 6174, de 1Gde novem­bro de 1970, com proventos mensais e inte­grais correspondentes ao simbolo DAS-l ,Lei 119 6996, de 12 de abril de 1978,mais as vantagens trienais, qüinqüenaise adicionais do plano anual, gratificaçãopela prestação de serviços extraordináriose gratificação de produtividade.

Ás fls. o Chefc da Divisão dc Con­trole Financeiro e Pessoal elaborou os cal­culos de proventos do interessado, no va­lor de Cr$ 113A95,54 (cento e treze mil.quatrocentos e noventa e cinco cruzeirose cinqüenta e quatro centavos) mensais,ou seja, Cr S 1,361 .946A8 (hum milhão,trezentos e sessenta e um mil, novecentose quarenta e seis cruzeiros e quarenta eoito centavos), anuais e integrais, inclusive5% (cinco por cento) de vantagem trienal:25% (vinte e cinco por cento) de adi­cionais: quarta-parte: 25% (vinte e cincopor cento) de adicionais por ano excedentea 30%: 50% (cinqüenta por cento) degratificação por serviços cxt raordinãrtos e

R. TribunalCom. Esl. Paran.i 15 17Rl]an/M:.lr 19R3

gratificação de produt ividade.Do exame das informações de fh.,

verificamos que o aposentando conta. atéa data de 25 de março de 19R0, com 37(trinta e sete) anos. 9 [nove] meses e 5(cinco) dias de serviço público. computa­dos para todos os efeitos legais.

Verificamos, ainda, que o mesmoexerceu por um penedo de mais de 5 (cin­co) anos função gratificada e cargo emcomissão, sendo o maior por mais de I(um) ano consecutivo, srrnbolo DAS-I.de Secretário de Estado, no penedo de31/01/56 a 02/07/58,

Às fls., certidão da Divisão do Ca­dastro de Pessoal cicntrfica que o reque­rente prestou serviços extraordinários pormais de 3 (três) anos consecutivos sendoo maior percentual de 50% (cinqüentapor cento) percebido por mais de 12 (do­ze) meses.

Ás fls., do protocolado no 12,287/79,consta em certidão do Grupo Setorial daSecretaria de Recursos Humanos que opostulante exerceu por 2 (dois) anos, 5(cinco) meses e 1 (um) dia, o cargo em co­missão de Secretário de Estado da Edu­cação c da Cultura, fazendo jus. portanto,à Simbologia Geral DAS-I - Direção eAssessoramento Superior.

Diante do exposto, opinamos nosentido de ser julgado legal o Decreto Lc­gislativo no 250/80, de fls. da ComissãoExecutiva da Assembléia Legislativa doEstado, determinando-se. em conseqüência,o seu registro na Diretoria competente.

É o parecer.

ACÓRDÃO N° 846/83

VISTOS, relatados e discutidos estesautos de APOSENTADORIA, protocola­dos sob no 8353/80-Tc', entre as partes:ALEP e VIDAL VANHONI,

ACORDAM:

OS CONSELHEIROS DO TRIBUNALDE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ,

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nos termos do voto do Relator, ConselheiroRAFAEL IATAURO,

I - em julgar legal u Decreto Legis­lativo no 250/80, homologando, em con­seqüência. os cálculos de fls. do pro­cesso, de acordo com o Parecer n9 866/83,de fls., da Procuradoria do Estado juntoao Tribunal de Contas;

11 - determinar o registro deste ato,tudo como consta das notas taquigráficasda Sessão.

Sala das Sessões, em 15 de marçode 1983.

JOÃO FÉDERPresidente em Exercrc!o

30 R. Tribunal Cone Est . Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983

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30 Caso

Interessado:Jacy Carvalho de Mendonça

PARECER N!' 3669/82

o Decreto na 5.257 de 21/07/82. po­blicado no D.O.E. n!' 1.338 de 22/07/82.refere-se à aposentadoria, a pedido, de JacyCarvalho de Mendonça, no cargo de Promo­tor de Justiça de entrância intermediária.

Tempo de serviço público: 39 anos,03 meses c 27 dias, para todos os efeitos le­gais (fls. lO).

Fundamento legal: arts. 74, item 111,75, item I, alínea a e 70, itens I e 11 daConstituição Estadual, combinados com'os arts. 138, item 11, 140, item I, 170e 171da Lei n!' 6.174/70, Leis n!'s 7.443/80 e7.561/81 e Decreto n!'4.910/82.

Proventos: CrS 5.454.037,44 (cincomilhões, quatrocentos e cincoenta e quatromil, trinta e sete cruzeiros e quarenta equatro centavos), anuais e integrais, inclu­sive 25% (quarta parte), os adicionais de25% e a verba de representação.

O processo está devidamente formali­zado e o Decreto n9 6.257/82, parece-nosem condições de ser registrado neste Tri­bunal).

E. o parecer.

R. Tribunal Cont. Esl. Paraná 15 (7R) Jari/Mar 1983

ASSESSORIA TÊCNICO-JURlbICA

Com a juntada do protocolado 0773/82-PGJ que trata da contagem dos temposde serviços públicos prestados ao ExércitoNacional e ao Estado de S. Paulo. constata­se que tais tempos de serviço. anterior­mente computados apenas para aposenta­doria c disponibilidade. o foram, de confor­midade com a Resolução n9 80 do Conse­lho Superior do Ministério Público e Por­taria n9 178, computados para todos osefeitos legais, retificadas as Portarias n9s

529, de 17/12/68 e 237 de 13/05/69.Isto posto, ratificamos o Parecer nc

3.669/82 ATJ, opinando pelo registro doDecreto no 5.257/82.

É o parecer.

PROCURADORIA DO ESTADOJUNTO AOTC

PARECER NO 10.170/82

Com a juntada da informação de fls.,da Procuradoria Geral da Justiça do Esta­do, fica atendida a solicitação contida naResolução n9 4.327/82, de fls., deste Tri­bunal, em razão do que, ratificamos emtodos os seus termos o Parecer n9 6978/72,de fls., desta Procuradoria.

É o parecer.

VOTO

I - Este processo. versando sobre opedido de aposentadoria do PromotorPúblico Jacy Carvalho de Mendonça estáretornando de diligência ordenada poreste Tribunal. que. para melhor se orien­tar. desejava saber:

a) - porque o tempo de serviço públicoprestado ao Exército Nacional e ao Estadode São Paulo fôra contado para todos osefeitos legais. quando a Carta Magna Fe-

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deral . artigo 102, parágrafo 30 e CartaEstadual . artigo 76, determinavam quetais tempo só poderiam ser computadospara os efeitos de aposentadoria c dispo­nibilidade.

b) - em que datas se processaram re­feridas contagens de tempo.

O Ministério Público ao prestar as in­formações solicitadas. fez anexar aosautos o protocolo no 0773 P.C.J., quetrata de "retificação de portarias de adi­cionais e pedido de adicionais" e tambémde atos outros, todos relacionados como pedido de aposentadoria em exame.

2 - Da leitura de todo este processadose infere que o aposentando em 17/12/1968 - portaria nO 529 teve contado,somente para aposentadoria e disponibili­dade. o tempo de 6 meses e 6 dias pres­tados ao Exército Nacional, e ainda. em13/05/1968 - portaria n9 237 e para osmesmos efeitos, o tempo de 8 anos, 4 me­ses e 29 dias prestados a União, e não aoEstado de São Paulo, como constou nopedido de diligência. Ressalte-se que essasduas decisões do C.S.MP. estavam de acor­do com o que dispunha o artigo 74, pará­grafo 20 do Estatuto do Ministério Público,que diz: .

- Artigo 74 - O agente do MinistérioPúblico será aposentado:

- Parágrafo 2?: Para efeito de aposen­tadoria será computado integralmente, otempo de serviço de qualquer natureza,em cargo ou função estadual, federal emunicipal ou entidades autárquicas ouparestatais.

3 - Agora, em 25/02/82, após quase14 anos, no primeiro caso, e mais de 13,no segundo, o interessado requereu retifi­cação das portarias retro mencionadaspleiteando, que a contagem desses tempos,o fosse para todos os efeitos legais, e não,tão só, para a aposentadoria e disponibili­dade, como anteriormente fôra deferidoe como conseqüência, se lhe reconhecesseo direito de perceber adicionais relativosao 300 , 310 , 320 , 330 e 34 0 anos deserviço, e isso porque ao ingressar no ser­viço público o que ocorreu em 02/0 1/1953.

32

a lei local (Lei n9 16/58 de 18/1 2/58)permitia a contagem desta forma e paraesses efeitos.

Instruiu seu pedido:a) - Certidões das Resoluções n9 434

e 435 do Conselho Superior do MinistérioPúblico, ambas deferindo pedidos de revi­são de contagem de tempo, em situaçõesabsolutamente iguais e idênticas às apre­sentadas pelo aposentando, aquelas, porém,desenvolvendo interesses dos PromotoresPúblicos Lary Calisto Razzolini e ErosMartins do Amaral.

b) . Fotocópia da Lei n9 16/58 de18/12/58. que modificando o então vi·gente Estatuto dos Funcionários Civis doEstado - Lei n\l 293 de 21/11/1949,man.dou. contar para todos os efeitos legaistempo de serviço público, federal e mu­nicipal.

c) - Fotocópias de decisões do Supre­mo Tribunal Federal, onde é adotada atese do "direito adquirido". em situaçõesassemelhadas e parecidas à do requerente.

4 - Acrescida da informação n9 22oriunda da Divisão Administrativa daP.G.J., a matéria foi submetida à aprecia­ção do CSMP . Conselho Superior do Mi­nistério Público, que deliberou pelo deferi­mento do pedido, determinando, medianteResolução n9 80 de 10/03/82 a retificaçãodas portarias n9s 529 e 237. aliás, nos ter­mos do que lhe fõra requerido, conside­rando, porém, prescritas as parcelas dosadicionais já atingidos pela prescriçãoqüinqüenal. Como remate foram baixadasas portarias n9s 178 de 16/03/82 e 179 de16/03/82, conforme a decisão do C.S.M.P.

Em 15/10/82, por determinação doProcurador Geral da ] usüça, foram jun­tadas aos autos cópias das Resoluções n9s392 e 393, ambas de 21/09/82, de inte­resse, respectivamente, dos Promotores PÚ­blicos Rui Pinto e Ari Faria Furquim,tratando de matéria idêntica e com idên­tico desfecho. Em ambas foi relator oDr. Josaphat Porto Lona Cleto. Por aíse vê que no Ministério Público, a matériavem sendo tratada de uma mesma forma.

ARMANDO QUEIROZ DE MORAESConselheiro

R. Tribunal Cont. Est. Pararia 15 (78) Jan/Mar 1983

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ACÓRDÃO N? 3.877/82

VISTOS, relatados c disco tidos estesautos de APOSENTADORIA. protocoladossob n9 13.080/82-TC entre as partes:O ESTADO DO PARANÁ c JACY CAR­VALHO DE MENDONÇA,

ACORDAM:

OS CONSELHEIROS DO TRIBUNAL'DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ.nos' termos do voto do Relator, Conse­lheiro ARMANDO QUEIROZ DE MO·RAES. homologando os cálculos de fls.,Julgar legal o Decreto n9 5.257/82. deter­minando o seu registro, tudo corno constadas notas taquigráficas da Sessão.

Sala das Sessões, em 09 de novembrode 1982.

JOSÉ ISFERPresidente

R. Tribunal Coru. Est . Paraná 15 (78)Jan/Mar 1983 ]]

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REVISÃO DE PROVENTOSInteressada: Diair Santos

PROCURADORIA DO ESTADO JUNTOAO TRIBUNAL DE CONTAS

PARECER N9 3.479/82

Volta o presente protocolado a estaProcuradoria Geral, para nova audiência,tendo em conta as dúvidas surgidas comrelação à aplicabilidade, ao caso da reque­rente, de disposto no artigo 21, parágrafoúnico da Lei n9 7.424/80.

Trata-se de diploma legal que, sob con­dições EXCEPCIONAIS, concede benefi­cios a servidor inativo do Estado, caractc­rizados pela possibilidade de ter revistos osseus proventos de inatividade, com base novencimento do cargo de maior símbolo quehouver exercido, por um período não infe­rior a um ano.

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Vejamos, para mais claro entendimen­to. exatamente como dispõe a lei:

Art. 2 I . O servidor inativo do Estadoque, na data desta lei, esteja exercendo outenha exercido, após aposentado, cargo emComissão por um período mínimo de cincoanos consecutivos ou dez anos alternados,terá seus proventos de inatividade revistosna data de seu desligamento do cargo quevenha exercendo ou a partir da data prc­vista no art. 26, se já estiver desligado docargo em comissão, com base no vencimen­to do cargo de maior símbolo que houverexercido por um penedo não inferior a umano.

Parágrafo Único - Se, nas condiçõesdeste artigo, o cargo em comissão exercidonão se conformar aos súnbolos estabeleci­dos para os cargos em comissão do PoderExecutivo, a revisão far-sc-a. pelos venci­mentos do de maior símbolo, exceto o pri­vativo de Secretário de Estado, ficando as­segurado o mesmo tratamento pelo exercí­cio de cargo diretivo de órgãos da Adminis­tração Indireta do Estado.

Em face do estabelecido pelas normastranscritas, cumpre examinar se a situaçãode fato, referida à interessada, contém osrequisitos fixados, para que possa subsu­rnir-se , sem constrangimentos, aos padrõesnormativos indicados.

A requerente é funcionária aposentada(primeira condição) e na data da lei já ti­nha exercido e ESTAVA EXERCENDOcargo em comissão (segunda condição), porpenedo de tempo superior a cinco anos(terceira condição). Observe-se que a leinão impõe nenhum outro requisito, alémdos mencionados. Sendo assim, é óbvio queo direito ao benefício é indiscutível, resu­mindo-se o exame posterior à qualificaçãoou quantificação desse benefício, tarefaque reclama análise de matéria de fato (pre­sente nos autos) e de direito, consubstan­ciado este último, na cuidadosa exegese dasnormas aplicáveis.

A leitura do texto legal - primeira ta­refa imposta ao intérprete e aplicador dalei - demonstra, desde logo que se trata deuma norma de cara ter excepcional e libe-

K. Tribunal ConL Est. Paraná 15 (78) Jari/Mar 1983

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ral. Liberal. porque confere direito de re­visão de proventos, com base não nos ven­cimentos do cargo em que ocorrera a apo·scutaçâc. que é a regra geral de alteração deproventos. mas com base nus vencimentoscorrespondentes ao cargo de maior súnbo­lo. que o interessado houver exercido. porpenedo não inferior a UIll ano. Exccpcio­nal , porque. sobre contrariar a regra geralatinente a revisão de proventos, estabelececondições cspcciahssirnas para a usufrui­cão do beneficio. Em outras palavras aliberalidade veiculada pela lei sú tem apli­cação nos casos muito singulares, de fun­cionários que já se aposentaram Listo é.já prestaram ao Estado. mais de TRINTA ECINCO ANOS DE SERVIÇO) c. DEPOISDA INATIVAÇÃü. voltaram a prestar no­vos serviços, em cargos de relevo. por maisCINCO ANOS CONSECUTIVOS OU DEZALTERNADOS.

Parece dcspiciemc dar ênfase ao fatode essas circunstâncias, quase insólitas, sópodem relacionar-se com funcionários demerecimento excepcional. o que confere àliberalidade do legislador uma legitimidadeque se situa para muito além de qualquercrítica. Cuida-se, dcscnganadamcutc . depremiar, com caráter de exceção, funcioná­rio que por UllI penedo nununo de QUA­RENTA ANOS. dedicou-se ao serviçopúblico de forma também excepcional.

Isto posto, vejamos a lei,

À primeira leitura é adotada uma pos­tura exegética gramatical. literal. poderiaparecer que o artigo 21, antes transcrito,não se aplica ao caso da interessada, Comefeito. esse dispositivo assegura o direito àrevisão de proventos com base no venci­mento do cargo de MAIOR SIMBOLO queo interessado houver exercido. Ora, o cargode Diretor de Diretoria, da antiga Secreta­ria de Educação e Cultura, que a requeren­te ocupou, por mais de doze meses, tinhavencimentos equivalentes ao Símbolo l-C.Nessas condições, o direito da requerenteestaria cingido a ler seus proventos rcvis­los com base nos vencimentos atribuídosao Símbolo I-C.

R. TribUII:J1 COll1. hl. Parnn.i 15 I7S1 Jan/.\lar \<.HU

Efetivamente, seria assim se a lei pu­desse ser aplicada pelo seu entendimento li­teral e sem nenhuma meditação. Isso, po­rém, não ocorre no Direito Moderno. Aliás,o Apóstolo Paulo, na segunda Epístola aosCoríntios. já sentenciara: "Littcra r-ccidit .csptntus vivificat " (a letra mala, o cspmtovivifica).

'·A segurança jundica. objetivo supe­rior da legislação, depende mais dos princr­pios cristalizados em normas escritas, doque da roupagem mais ou menos apropria­da que os apresentam. Deve. portanto, opensamento prevalecer sobre a letra. a idciuvaler mais do que o seu invólucro verbal".(Carlos Maximiliano, in Hermencutica eAphcaçâo do Direito, Freitas Bastosf l lJ4I ,p. 156).

E, como ressalta o festejado mestre ciotudo. o homem não é feito para os princi­pias; os princípios é que S30 feitos para oshomens. Se assim é, cabe indagar: qual ofim pratico (rclcotógico) pretendido pelolegislador, no caso'! A resposta é evidente:premiar servidores, que se destacaram porincxccdivel vocação pura o serviço público.com proventos correspondentes aos venci­mentos do cargo de maior CONTRAPRES­TAÇÃO FINANCEIRA. Por essa razão - esó pai essa - a lei usa as expressões "cargode maior srrnbolo". t COIllO se o legisladorest ivcsse dizendo "cargo de maior venci­mento". Essa conclusão é imperativa, poisde outra forma o beneficio se converteriaem prcjuizo.

Ressalte-se, ainda, que alei não vinculao bcncfú-io aos vencimentos corresponden­tes ao MAIOR SfMBOLO e. sim. AOS DOCARGO DE MAIOR SIMBOLO. Ora. oCARGO (isto é. o conjunto de atribuiçõesc responsabilidades cometidos a funcioná­rios) ocupado pela requerente correspondchoje, ao CARGO de Diretor Geral. cujosvcuctmcmos corrcspondcrn ao SímboloDAS-2.

Conscqücntcmcutc , pela comprovaçãoda sttunção do fato procedida na instrução.a situação da interessada está irrctocavcl­mente harmonizada com as exigências dalei.

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Ncm se argumente CUlJ] o disposto noparégnuo único do artigo .2 1, que esse. atoda evidencia. Ido Se aplica a funcionario-,do Poder Executivo. Trata da sit uaçâo dosruncionãrios do Poder Legislativo c do Po­der Judiciario. cujas csuuturas organiza­cionais atribuem aos respectivos cargosuma simbologia diferente e uus ctugos di­rc tivos de órgãos da Admini-rraçâu Indire­ta. que não têm simbologia cspcctfica .

Diante das constdcraçõc- e xpeudi­das c dos elementos de tato. consuu-tcs dasInrormaçõcs: estamo- convencidos da rn­zâo da pcticiotuhia. A faculdade de inter­pretar 11:10 pode ir a extremos. sllh penade in correr na censura de BACON. a de"tort urar as leis , a rim de causar torturas

a pc-soasPelo atcndimcuto.I: o parecer sub censuraProcuradoria do Estado. cm 2R de

abril de 1982.

Ivan Xavier ViannaProcurador Coral

ACÓRDÃO Ni' 1510/S2-TC

VISTOS. relatados c discutidos estes"lI"'S de REVISÃO DE PROVENTOS. pro­tocolados sob n~) 1547jBl-TC. en trc as par­tes: SERH e DIAIR SANTOS.

ACORDAM:Os Conselheiros do Tribuna! de Contas

do Estado do Paran.í. pelo voto anexo dedesempate do Senhor Presidente,

em negar a legalidade da Rexoluçiio n011.2h5. de 15 de janeiro de 19íC. COllst,1I1­te ás Os. do processo. tudo corno con Sta

das nulas taquigr:ífkas da Sessão.Votaram pela legalidade do Alo os

Conselheiros Rafael latamo (Relator).Cândido Martinx de Oliveira e o Auditorconvocado Ivo Thomazou i.

Votar.nu pela ilegalidade os Cou sclhci­rox Lcónidus He y de Olivcira.cl oâo Fé de r cArmando Queiroz de Moracx.

Sala das Sessões. em J 8 de maio deI l)82.

José lsfc:Presidente

VOTO DE DESEMPATE

I. APRESENTAÇÃOPara fins de voto de desempate sobem

:i Prc sidcucia estes autos de revisão de pro­ventos. contendo a Re-oluçüo n9 J 1.265,da Secretaria de Recursos Humanos. de 15de janeiro do corrente ano: a referida Re so­lução. com base no art. 11. da Lei nq7.424. de. 17 de uovcmbro de J 980. proce­deu :1 revisão dos provemos de inatividadede DIAI R SANTOS. par" lixa-los em CrS2.713.R11.52 (dois milhões. setecentos ctreze mil. oitocentos c onze cruzeiros c cin­qüentu c dois centavos). anuais e integrais.correspondentes ao vencimento do cargoem Comissao. súnbolo DAS-2. inclusive~5% - quarta parte. os adicionais de 10%e a grauucucão por serviços ext raordinu­rios. incorporada com base 110 art. 99 daLei n~) 7.517. de 05 de novembro de 1981.

c. OS FATOS.Exaruinaudc-sc o processo observa-se

que a interessada. DIAIR SANTOS. foiaposentada cm 19 de novembro de J9(lH.pelo Decreto llq 13.c147. daquela data. comproventos correspondentes ao simbolo l-C;llCSS:1 ocasião ela jri havia exercido os car­gos em Comissão de Diretor. símbolo .z-C.de 5 de agosto de 196(1 a 18 de outubro de19(17 e de Diretor. súnbolo l-C. de 19 deoutubro de 1967 a 19 de novemhro de1968: 11:10 hâ not feia no processo sobre osout ["Os cargos em Comissão ou funções gra­

tificadas por ela exercidos, para perfazeros cinco unos cxigidos por lci , mas supõe.Sl: preenchido l:SSC rcqulsuo. visto que aaposcutadorta roi aprovada por este Ttihu­na!.

Dcpo!s de inarivada. a lrucrcssada foi110111c;lua para L';lrgos ('111 Connsvao: Diretor;xnuhnlo l-c' e111 20 de novembro de 19ú8:Técnico de Pl.mci.uncruo. srmbolo l-C. cm

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11 de dczcmbru de 1C)ú8. Diretor. súnbolol-C. em 18 de março de 197]. Diretor.sunbolo 1-C. em 21 de janeiro de lln 2. As­sessor Técnico. xúnbolo l-C. em 5 de julhode 1974. cargo em que permanecia até 12de agosto de llJ82. quando solicitou a rc­visão de proventos.

Em resumo: ú dat a de sua aposentado­ria. a requerente já havia exercido funçõesgratificadas e cargos em comissões pelo pc­nodo necessário a se inativar com os pro­ventos do súnb olo l-C; e, após jubilada.exerceu por treze anos cargos em comissãode símbolo l-C.

3. INSTRUÇOES. PARECERES EVOTOS DO PROCESSO

3.1. No Poder Executivo.Em 18 de agosto de 1981. a interessa­

da protocolou seu requerimento. o qual.encaminhado à Assessoria de Recursos eAção Rescisória da Procuradoria Geral doEstado. lá obteve Sua primeira informaçãojurídica. genericamente favorável ;l revisãodos proventos. sem. contudo. lixar seusparâmetros. face :1 seguinte declaração doProcurador do Estado:

"Todavia. a forma e a cscalonagcm darevisão na atual tabela de símbolos (DAS).purccc , constituem ato administrativo dedeliberação de julgamento. afeto <1 autori­dade competente para conhecer e decidirda revisão de aposcmudoria. circunst.inciaque excluí das m.nufe staçõcs opinativasindicações nesse sentido".

No Conselho da Procuradoria Geraldo Estado o pedido recebeu o Parecer ll~l

06/81. favoravcl a revisão. com cquivatén­cia ao sunbolo DAS-2. considerando que ocargo de Diretor Administrativo da Sccrc.taria de Educação e Cultura. súnbolo l-C.exercido pela requerente. corrcspoudc aoatual cargo de Diretor Geral. stmb olo Dt\S­2. da mesma Secretaria. Referido Parecerainda. negou-lhe o direito à incorporaçãodas gratificações por serviços extraordiná­rios e de produtividade. por falta de am­paro legal. à época,

Submetido à Divisão de Assuntos Juu-

R. Trrbunal Cont. hl. I'a 1":1 n.i l S (71') J:ln!~bl l'JHJ

dicos da Secretaria de Estado de RecursosHumanos. a Infonn uçüo. opina pela inclu­sâu. 110S proventos de aposentadoria. dagratiflcaçáo pela prestação de serviços ex­traordinários. face ao advento da Lei no7.517. de l) de novembro de 1981. por for­ça do arLl)9.

3.1. No Tribuna! de Contas.A Assessoria Técnico-Jur idica do Tri­

bunal de Contas. no Parecer n9 836/82.opinou favoravelmente à legalidade da Rc­soluçJ'o n9 11.265/82.

3.3. Pareceres da Procuradoria do Es­tado junto ao Tribunal de Contas.

Às tls. no Parecer n~ 2.406/82. a Pro­curudoríu examinou o processo e o consi­derou legal diante da legislação vigente. So­licitada nova audiéncia <I Procuradoria. foilavrado o Parecer no 3.479/81, de Os. 011­

de () ilustre Procurador Geral. após min u­cioso exame das condições da lei, hemcomo. da situação da interessada. manifes­ta-se pelo nrcudimcnto á solicitação.

3.4. Do~ Votos.Em Plenário. dividiram-se as opiniões

sobre o assunto. O Relator. ConselheiroRafael latauro. o Conselheiro Cândido Ma.n ucl Martins de Oliveira e o Auditor COIl­vocado Ivo Thomazoni. votaram pela lega­[idade do feito, nos termos do Parecer daProcuradoria do Estado junto ao Tribunalde Contas: em sentido contrário. os Consc .lhciros Leónidas Hey de Oliveira. João Fé­der e Armando Queiroz de Moraes votaram

pela ilegalidade da Resolução 119 I 1.2ú5.entendendo que se estavam revendo osprovemos da interessada em corrcspoudén­(ia a um cargu - símbolo DAS-.? que clajamais exerceu.

Essa l: a súnc sc do processo que devodesempata r. nesta oport unidade.

4. O DIREITO4.1. A revisão de proventos.Basicamente. os proventos de inativi-

dade devem atender ao preceito da Súmulano 359. do Supremo Tribunal Federal:

"Ressalvada a revisão prevista em lei.os proventos de inatividade regulam-se pelalei vigente ao tempo em que o militar ou o

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servidor civil. reuniu os requisitos necessá­rios"

A Constu uicão Federal. no art. 102.§ 19. apenas autoriza a revisão de proven­tos de inatividade por motivo de alteraçãodo poder aquisitivo da moeda: igual é a pre­visão da Constituição do Estado. art. 75.§ IV.

Em exame genérico da qucst âo , obscr­va-so que as leis. bem COlHO os Tribunaistêm sido um pouco draconianos nessa ques­tão. negando. rcite radamente . revisão deprovento:'. quando da transformação de car­gos. rcformulacão de quadros. rccnquadra­mento de carreiras c outras medidas simi­lares. A norma, de uso seguido nesses casosé a de que "melhorias posteriores de carrei­ra não beneficiam a quem se inauvou ante­riormcn te"

Tal estado de coisas começou a se alte­rar lentamente. na esfera federal. com oDecreto-Lei n0 1.445, de 13 de fevereirode 1976. cujo artigo '27 trata da revisão deproventos segundo a correspondência entreo cargo em que o funcionário se inativcue os cargos da nova escala. estabelecida poresse mesmo Decreto-Lei no 1.445/76.

No Paraná. só em datas hem mais re­centes o assunto tomou forma legal. sob aégide de dois diplomas legislativos: a Lein9 7.424. de 17 de novembro de 1980 ea Lei n9 7.S17. de 5 de novembro de1981. Na Lei no 7.424. esta foi a dctcrmi­nação:

"Art. 15 - Nenhum servidor inativo po­derá ter o montante de seus proventos deinatividade inferior ao vencimento básicoinicial estabelecido para l:argo correlatoàquele em que foi aposentado. ressalvadosos casos 131: aposentadoria proporcional aotempo de serviço. cuja proporcionalidadedeverá ser mantida".

Já. a Lei n0 7 .517 trata de várias hipó­teses de revisão de proventos. referindo-sesobre os cargos em comissão:

"Art. 4~) - O funcionário aposentadocom proventos calculados sobre vencirncn­to de cargo em comissão que postc ríonucn­te tenha passado a integrar a simbologiaDireção e Assessoramento Superior

(DAS), terá seus proventos revistos de acor­do com o vencimento du sirnbolo DA5-5".

No art. 21 . da Lei no 7.424/80. cncon­Ira-se outra hipótese cspcciahssbua de revi­são de proventos. fartamente invocada nainstrução do processo. mas cuja aplicabili­dade depende de quatro condições, a saber:

a) servidor inativo:b) exercendo cargos em comissão.

após a inanvaçào:c) durante cinco anos consecutivos. ou

dez. alternados:d j que. por mais de um ano venha a

exercer cargo de súnbo!o superioràquele em que se inativou.

Poder-se-á argumentar que a quartacondição foi inventada. pois ela não vemexphcita nu art. ~ I: sua necessidade. po­rém, decorre de escrita observância lógica.Em atividade. o funcionário podere terexercido cargos em comissão de vários sun­bolos e. obviamente. inat ívou-sc com osproventos do de maior súnbolc exercido.por per lodo não inferior a um ano. Apósinar ivado , se retomar ao serviço CI11 cargode súnbolo mais elevado. tcrti seus proven­tos previstos pelo de mais elevado padrão.desde que exercido. no mtnimo , por Ulll

ano. Isto já ocorreu com.outros servidorese as revisões de seus proventos foram julga­dos legais. em óbices. por este Tribunal.

Retornando. todavia, o aposentado. aocxcrcrc!o de cargo de súubolo idêntico ouinferior àquele em que se inativou , a deter­minação do art. 21. citado. fica Sem objeto.pois não há para onde elevar os proventos:se não foi exercido cargo mais elevado.

No item no 2 deste Voto. verificou-seque o cargo de súnbolo mais elevado pelarequerente, antes e depois de inattvada . foio I·C: com tais proventos ela se aposentou.já em 1968.

Alega-se. - o que não está provado ­que o cargo de Diretor Administrativo daSecretaria de Estado da Educação e Cultu­ra. por ela exercido. na condição de súnbo.lo 1-C. hoje está remunerado como Diretor.DAS-:? Desde que provada essa alegação.os proventos de inatividade da interessadapoderão ser revistos para lhe ser pago o

R. TrÜJUtlal Conr. Esr . l'arami 15 (7 S) hnfi'.lar 1\)83

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equivaleute .lIlS cargos de súubolo DAS-5.segundo :1 clara disposição do art . 4Q. daLei IlY7.517.jú uuuscruo.

O rc-,to é sofisma. Alias , II digno Pro­curador (;cr:Jj junto :1 cSla Casa. ás Ih ..de seu Parecer IN 3.479/82. afirma que

"o cargo de Diretor de Diretoria. daantiga Secretaria de Educação c Cultura.que a requerente ocupou. por mais dedoze meses. linha vencimentos equivalen­tes ao símbolo I -C. Nessas condições, odireito da requerente CSHHiJ cingtdo aICr seus proventos revistos com base nosvencimentos atribu idos ao srmbo!o J -C",

Entretanto, não se pode concordarcom a interpretação ampla dada art . li daLei n9 7.424/g0. para o deferimento dopedido. por duas razões da maior relevân­cia jurfdica . A primeira é a de que o bene­ficio assim concedido contraria texto ex­presso de lei. ou seja o ano 4~l da Lei ]]97.517; a interpretação "contra lcgcm" éinadmissivcl . Pode o juiz suprir as lacunaslegais. dilatar o texto. complc tã-lo e COJll­

prccndé-lo: não se lhe permite. porem. al­terar. corrigir ou substüuir os princ(piosexpressos.

Outro forte IllOI ivo para a Ilegal iva é ode que as normas de caráter excepcionalinterpretam-se restritivamente. apenas asespécies nele inseridas. nada se lhe acres­centando. nem suprindo. Carlos Maximilia­no expressa muito bem cssa idéia. afirman­do:

"Como atribuir ao juiz a faculdade deabandonar o texto 4U31ldo lhe não parecersusccuvcl de se adaptar com ju stiça àespécie. concedem-lhe. de fato. a prcrr o­gativa de criar exceções ao preceito escri­to. isto é. fazem o contrário do que todaa evolução do Direito concluiu.justamente<JS exceções é que se não deixam ao arbt­trio do intérprete. devem ser expressas. eainda assim. compreendidas c aplicadasestritamente". (Hcnu. c Apl . do Direito).

5. CONCLUSÃOEm facc do exposto. desempato o jul­

gamento dos presentes autos, acompanhan­do os senhores Conselheiros que votaram

R. Tribunal Com. Ecr , Paraná I:; (18) Jan/Mar 191B

pela negativa da legalidade da ResoluçãoIl~) 11.265. de 15 de janeiro de 1982. daSecrctana de Recursos Humanos. rcfc rcntcà Revisão dos Proventos da Inatividade daDra. DIAIR SANTOS.

É o meu Voto.Sala das Sessões. em

José lsferPresidente

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PRESTAÇÕES DE CONTAS

Duilic Luiz BentoDiretor de Contas Municipais

o principio da prestação de contas dareceita arrecadada e do emprego dos di­nheiros públicos é fundamental para li

salvaguarda dos padrões de moralidade clegalidade que devem, necessariamente.constituir o suporte de qualquer adnunis­nação.

No que Se refere a contas municipais,o Ttihunal de Contas do Paraná tem de­senvolvido intenso trabalho técnico edidático-pedagógico, visando ti contribuirpara o aperfciçoamcn tu das finanças pú­blicas dos Municrpios.

Para isso. tem realizado intensa pro­gramação descentralizada, ministrando cur­sos e orientação nas sedes. das microrregiões.congregando Prefeitos, Vereadores e Técni­cos Municipais. numa verdadeira missãointegradora.

No entanto, a par do efetivo resultadoalcançado. materializado na substancial me­lhoria da composição da Prestação deContas, ainda permanecem casos isoladosem que o Muntcrpio continua com a prá­tica de disfunções administrativas no planocontábil. dificultando a análise técnica dascontas,

Assim, Revista do Tribunal de Contasdo Paraná, publica tão-somente comoreferência. duas análises de Prestação deContas. reveladoras de casos diferentes.A primeira, de como é posstvel estruturarquadros demonstrativos c compor adequa­damente as contas. A segunda, petas suascaracterfsticas , de corno não se deve pro­ceder em matéria de composição documen­tai c técnica.

R. Tribunal Cont . bl. Pararui 1~ l7S) Jari/Mar 1983

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Espera-se que os Municípios do Pa­ran" insutucionulizcm ampla consciênciasobre a importáncia da Prestação de Con­las, O que certamente permitira ao Tri­bunal de Contas agilizar a emissão deParecer Prévio c à Câmara Municipal omelhor julgamen to.

DIRETORIA DE CONTASMUNICIPAIS

PRESTAÇÃO DECONTAS APROVADA

INSTRUÇÃO N° 86/83

I - DOS ELEMENTOSDO PROCESSO

12.004,12.605,12.728,15.518,15.844,15.947, 16.218, 16.723, 18.588, 18.590,19.156,19.249,19.393,19.893,20.176,20.413,20.415,20.803,20.896,21.429,21.820,21.821,22.321 e 22.351/81; e2.433,4.369 e 4.461/82, contendo cópiasde leis, decretos e balancetes financeirosmensais, da Prefeitura Municipal, da Câ­mara Municipal e do Serviço Autônomo deÁgua e Esgoto - SAAE, este último deadministração indireta, bem como o De­monstrativo de Transferências Federais.

3 - O responsável pela contabilidademunicipal, Sr. . .. . - ... está registrado no Conselho Regional de

Contabilidade sob no 0000, na categoriade Contador, conforme Certificado deHabilitação Profissional, a fls.

11 - DO ORÇAMENTO

I - O Orçamento do Municrpiopara o exercício de 1981 foi aprova­do pela Lei na 504. de 03 de novem­bro de 1980, no qual foi prevista receita deCrS 57.312.500,00 (cinqüenta c sete miolhões. trezentos e doze mil e quinhentoscruzeiros) e fixada despesa em igual valor.sendo que desse montante. cxclurdas astransferências do Executivo, a parcela deCrS 2.954.000.00 (dois milhões. nove­centos e cinqüenta e quatro mil cruzeiros).corrcspondc fi administração indireta. con­forme resumo:

ADMINISTRACÁO DIRETA: PM:eM.

INDIRETA:. S.A.A.E.TOTAL GERAL.

52.87 1.600.001.486.900.002.954.000.00

57.312.500.00

I~ (rlllll n;11 Cont . hl. Paraná 15 (7 R) .I,tIl/Mar 19HJ

2 - Sofreu. contudo, no curso de suaexecução, diversas alterações oriundas deaberturas de créditos adicionais.

3 - Os recursos utilizados para a co­bertura dos créditos adicionais estão pres­critos no artigo 43. § 19. incisos 11 e 111.da Lei Federal no 4.320/64. consoante de­monstrai ivo J tls.. abaixo resumido:

41

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Recursos Utilizados

(A) Excesso de Arrecadação .(13) Cancelamento de Dotações

Orcamcn tãrias.TOTAL

CREDITaS ADICIONAIS

Suplementares

25513100,UU

99WAOU,00.15 A~2500 .UO

Especiais

700000.00

4501.000,005 20 1 .000,00

Totais

26.2J.J.IOO.OU

14A70AOO.OO40.ú~3.500.o0

Em decorrência da indicação do recurso citado na letra "A", acima. a despesa inicial­mente fixada. passou a CrS 80.571.600,00 (oitenta milhões. quinhentos e setenta e ummil c seiscentos cruzeiros} em concordau cia C0111 o registro no Balanço Orçamcruano.

III - DO BALANÇO ORÇAMENTARIO

I .. Os valores inscritos neste balanço conciliam-SI: com os demonstrados nos Anexos1l~)S l . 10 c 11. :'ls fls. como segue:

RECEITA

3(,.700,00 13 ..100.UO'::5:-J.7()'J .00 + 108.769.00

.,. 5.000.0013.175.278.90 + 12..224..278.90

-x· 5.000.0080.576.926,01 + 26.218426.01

'.\' - 26213100.0080.576.926.01 + 5.326,01

Títulos

RECEIT AS CORRENTESTributariaPatrimonialIndustrial.Transf. Cor rcu tcs.Diversas ..

RECEITAS DE CAPITALOperações de Crédito.Alienação Jc BCI;s:

Móveis.Imóvcis.

Amort . de Emp. Concedidos .Transf. de CapitalOutras Receitas de Capital ..

SOMA.DI~FIC'T .TOTAIS

Previsão

6.140.000,00IR500.00

556.000.00:'5.686.000.00

896.500.00

5DO.OO

50 .lIOO .0050.000.00

5.000.0010.951000.00

5000.0054 ..15~.5UU.OU2h.21.1.100,OO~0.571.600.00

DESPESA

Execução

(,426.648,30.:\­

452.594.0048.728.1,42.57

1.4'J8.2{>3.24

-x-

Diferenças

+ 286.648..1018.500,00

10.1A06 .00+ 13.042.642.57+ 60' .7'13.24

5DO .00

Créditos Otçautcnt , c SuplementaresCréditos Especiais.

SOMA.SUPERAVl'fTOTAIS

75 ..17O.C>OO .005.'01000.00

80.571.C>OO.OO-x­

~0.571.600.UO

75.270.795.59 ­5.2D0.276.10 ­

80A71.071.W ­105R54.32 +

Sü.576.92(),ül +

9'J804A I72.1 .90

100.528.31105854..12

5..126.01

R. Tribunal Com. I·:st. Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983

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RESULTADOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

2 - Constatou-se, neste balanço. os seguintes resultados:2.1. - Entre a previsão c a execução da receita houve excesso de arrecadação de

Cr S 26.218.426,01 (vinte c seis milhões. duzentos e dezoito mil, quatrocentos c vintee seis cruzeiros c um centavo).

1.1. - O déficit de Cr$ 16.113.100,00 [vinte c seis milhões, duzentos e treze mil ecem cruzeiros), inscrito na coluna "Previsão" da receita, representa o recurso indicadonas aberturas de créditos adicionais. demonstrado no item 3 do til ulo 11.

2.3. - O resultado da execução orçamentária, superávit de CrS 105.854.32 (cento ecinco mil. oitocentos c cinqüenta c quatro cruzeiros c trinta e dois centavos), será comeu­tadc ao procedermos a análise financeira do Balanço Patrimonial.

2.4. - A economia de dotações está representada pela importância de CrS 100.528.31(cem mil. quinhentos e vinte e oito cruzeiros e trinta c um centavos).

IV - DO RALANÇO FINANCEIRO

1 ~ Este balanço demonstra os resultados finais das operações financeiras do excr­cicio. ccnsuuudo de receita e despesa de natureza orçamcntarias e extra-orçamentárias.conjugados com os saldos do cxcrcrcio anterior e os que se transferem para o cxcrcrcioseguinte. consoante demonstração abaixo:

Tftulos

ORÇAMENTARIAEXTRA.ORÇAMENTÁRIARestos a Pagar.Dcpúsitox em Consignações.SALDOS.CaixaBancos c/MovimentoBancos c/Vinculadus

TOTAL.

Receita

80.5U>.9ê6.016 B79 079 .31>2.544.416.164334.653.10I .Oê5.904.68

75.h79.74853808.64

96.41 s.so88.481910.05

Despesa

80.471.071.695.175.464.111.771.144.3ê3.403.119.791.835.374.15

146.605.411.095.699.681.593.069.15

88.481.910.05

1 - As contas integrantes da Receita c Despesa Extra-Orçamentárias estão demons­trudus 110 Anexo no 17 - DEMONSTRAÇÃO DA DIVIDA FLUTUANTE. a Os.

3 - Os valores disporuvcís cru Caixa c Bancos. transferidos do c xcrcfcio anterior.conferem com os registros da ficha cadastral desta Diretoria.

4 - Os saldos de numcrãrio existentes no Caixa da Prefeitura t.' em B3IlCOS. em31/12/81, csuro comprovados pc lo Termo de Conferência de Caixa e Extratos Bancárioscom Slla~ respectivas cOllcili:l\·üc.\,;b fls.

V - DEMONSTRAÇAo DAS VARIAÇÓES PATRIMONIAIS

1 -- As v;lriaç{Íl's palrilllolli:lis cn conjratu-:-c organizadas da scguhuc forma:

4.1

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Títulos

RESULTANTES DA EXECUçAOORÇAMENT ÁRIA

R~~c i ta/Despes;]Mutações Patrimoniais.Independentes da ExecuçãoOrçamcutãriaResultado PatrimonialSuperávit.

TOTAL.

VARIAÇÕES

Ativas

80.571>.926.015H41>.838,14

2.91 ().802 .94

89.434.567.0')

Passivas

80.471.071.6Y913.163.08

611.86

8.049.n0 .4689.434.567.09,

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS

:2 - As incorporações de bens ao pauímónic do Municipiu se const itucm do seguinte:

BENS:Móveis.Imóveis.De Natureza Industrial ..TOTA L GERAL.

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS PASSIVAS

4.303332.501.598.018,70

45.486.945.946.838.14

J - Nas mutações passivas cncouuarnos importâncias baixadas do patrimônio muni­cipalnas seguintes contas:

BENS:Móveis.Imóveis.TOTAL.

36.700,00258.769.00295.469,00

NOTA: Os bens patrimoniais alienados. relacionados às fls .. tiveram como suportelegal as Leis n95 511/80 c 520/81 cujas cópias encontram-se às fl s.. conforme normasprescritas no parágrafo 2~) do art. 105 da Lei Fcdcral nv 4.32üjô4.

4 - Outras mutações

COBRANÇA DA DIVIDA ATlVA .TOTAL GERAL.

INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

5 - Nas Variações Ativas encontramos li inscrição das seguintes contas:

DIVIDA ATIVA .Valorização de Bens Imóveis Alienados ..

617.694.08913.163.08

1.771.981.40258438.29

IC Tribuna! Com E~l Paraná 1517HI Jari/Mar 19R3

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Valorização de Ações.Valoríznção de Bens Móveis Alienados.Incorporação de Bens Móveis (Doações).Incorporação de Bens lmóvcis (Doações) .TOTAL.

750,0012341,25

282,840,00584.452,00

2,910,802,94

6 - Nas Variações Passivas houve baixa por detcnoraçüc de BENS MÓVEIS, na im­portância de CrS 611.86 (seiscentos e onze cruzeiros c oitenta c seis centavos).

RESULTADO PATRIMONIAL

7 - Verificou-se no cxcrcicio financeiro de 1981, SUPERÁVIT de CrS 8.049.720.46(oito milhões. quarenta e nove mil, setecentos e vinte cruzeiros c quarenta e seis centa­vos), que se encontra corretamente acrescido na conta ATIVO REAL LIQUIDO, emconfronto com o resultado do cxcrcicio anterior.

VI- BALANÇO PATRIMONIAL

I - Este balanço demonstra. sinteticamente. ü patrimônio do Município no finaldo exercício de 1981, apresentando o seguinte quadro:

Títulos

Financeiro .PermanenteSALDO PATRIMONIAL

TOTAL.

Ativo

2.835374,2524.175969,44

-x­27.ü1 1343,69

ATIVO FINANCEIRO

Passivo

4320.190,52-x­

22.691.153,1727 .011343,69

2 - Compõem o Disponível as seguintes contas:

CaixaBancosBancos c/Vinculadu .TOTAL.

ATIVO PERMANENTE

3 - As contas do Ativo Permanente estão assim representadas:

BENS:Móveis.Imóveis.De Natureza Industrial.

VALORES:Ações de Sociedade de Economia Mista.

R. Tribu nal Com. Est. Parami 15 (78) Jan/Mar !lJSJ

146,605,421.095.699,681593069,152,835.374,25

11.154635938953357.54lóI8.ü10,41

402.934,00

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CRÉDITOS:Dívida Ativa.TOTAL.

PASSIVO FINANCEIRO

2.047.031.5624.175.969.44

4 ~ O Passivo Financeiro está representado pelas contas abaixo, devidamente com­provada, no Anexo 110 17 - DEMONSTRATIVO DA DIVIDA FLUTUANTE.

Restos a Pagar.Depósitos.TOTAL.

SALDO PATRIMONIAL

2.544.426.161.775.764.364.320.190.52

5 - O saldo da conta Ativo Real Liquido, atingiu J importância de CrS 22.69 1.153,l7(vinte c dois milhões, seiscentos e noventa e um mil . cento c cinqüenta c três cruzeiros r'e dezessete centavos) sendo que em 31/ I~/80. montava a CrS 14.641.432.71 (quatorzemilhões, seiscentos c quarenta c um mil. quatrocentos c trinta e dois cruzeiros c setentae um centavos) consoante registro desta Diretoria.

ANÁLISE FINANCEIRA

6 -- No exercício anterior o Déficit financeiro estava representado pelo resultado deCrS 1.590.670,59 (um milhão. quinhentos e noventa mil, seiscentos e setenta cruzeirose cinqüenta e nove centavos) o qual foi diminuído para CrS 1.484.816.27 (um milhão.quatrocentos e oitenta e quatro mil. oitocentos e dezesseis cruzeiros e vinte e sete cen­tavos), no exercicio em exame, em face do resultado da execução orçamentária positiva.comentada no item 2 subirem 23. do u'tulc UI.

VII - CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os recursos aplicados em despesas com Ensino de I? grau alcançaram o índice de330% em relação a Receita Tributária atendendo. assim. o limite nunimo de 20% estiopulado pela Constituição Federal, no art. 15, parágrafo 3~,letra "f".

Ensino de 1~ grau.Receita Tributária.

V/lI - TRANSFERENCIAS FEDERAIS

21.250.7(,5.39(,.426.54830

Em obed iên cia ao disposto no art. 6?, itcml , do Decreto-Lo i n9 I .805, de Ol/I 0/80,o Prefeito Municipal de. . . . . . . . . . . através doofício s/n9. datado de 10/03/82. à Ih.. encaminhou a Prestação de Contas de Transfe­rências e Fundos Federais. às fls.. que passamos a examinar:

46 R: Tribunal Cont . Esl . Pararuí 15 (78) Jall/~Iar 1983

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DEMONSTRATIVO DAS QUOTAS RECEBIDAS

Especificação

RECEITA ORÇAMENTÁRIA.Fundo de Participação dos Municfpios - FPMFundo Rodoviário Nacional - FRN .Fundo Nac. de Desenvolvimento Urbano - FNDU.Taxa Rodoviária Única - TRU.Imposto Único s/Minerais - IUM .

SALDOS DO EXERCICIO ANTERIOR: .Bancos:

FPM.FRN.FNDU.IUM.TOTAL.

Importância

29.344.323.1528.214175.]4

869.256.4159.446.42

] 79.146,0212.299.16

16.619.90

9.773.95624,19218.88

6.002.7829.360.943.05

DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS REALIZADASA CONTA DE TRANSFERÊNCIAS E FUNDOS FEDERAIS

DESPESA ORÇAMENTÁRIA.

DESPESAS CORRENTES.Pessoal Civil.Material de Consumo ..Serviços de Terceiros e Encargos.

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES.Contribuições p/Fonnação do PASEP.

DESPESAS DE CAPITAL.

INVESTIMENTOSObras e Instalações

SALDOS P/O EXERCICIO SEGUINTE.Bancos:

FPM.FRN.FNDU.TRU ..IUM.TOTAL.

R. Tribunal Conl. ['I. Paraná 15 ns) Jan/Mar \lJSJ

28.247.743.93

24136A99.149.193392.17

13497196.97IA45.910.o0

403.828.9 3403.828.93

3.707 AI5 .86

3707 AI5 .86

1.113.199.12

9~5.67S.76

(18.::!ÜS .S735.795 JO8~.255 .98

1.263.212l).JhO.9.:.J.3.0S

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CÂMARA MUNICIPAL

IX - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

I - O Presidente da Câmara Municipal de ., emobediência às normas prescritas nos parágrafos 3~ c 59 do artigo 113 da Emenda Consti­tucional nc 03, de 29 de maio de 1971, encaminhou, às Ils.. a prestação de contas da­quele órgão.

2 - O responsável pela contabilidade da Câmara Municipal., está registrado no Conselho Regional de Contabilidade sob nç , na

categoria de Técnico em Contabilidade, conforme Certificado de Habilitação Profis­sional. à fls.

X - DO ORÇAMENTO

I -- O Orçamento do Município fixou dotações à Câmara Municipal no montante deCrS 1.486.900,00 (um milhão. quatrocentos e oitenta c seis mil e novecentos cruzeiros).

2 - Durante o exercício foram suplemcntadas e cancelados dotações através deaberturas de créditos adicionais, sem que se alterasse o montante da despesa inicialmentefixada.

3 - A despesa efetivamente realizada no exercido importou em CrS 1.473.318,00(um milhão, quatrocentos e setenta e três mil e trezentos e dezoito cruzeiros), nos seguin­tes elementos:

DESPESAS CORRENTES

Despesas de CusteioPessoal Civil.Material de Consumo.Serviços de Terceiros c Encargos.

DESPESAS DE CAPITAL

lnve st imen tosEquipamentos c Material PermanenteTOTAL,

1. 173.ül4.0017.119.00

281.175.00

2000.001.473.318.00

NOTA:Verifica-se que a remuneração dos Vereadores importou em CrS 1,173.024.00 (ummilhão, cento c setenta e trcs mil. e vinte e quatro cruzeiros), ficando um poucoabaixo do limite de 3% (1.191.449,0(1) calculado sobre a Receita efetivamentearrecadada nu exercrcio anterior (1980) no valor de CrS 35.743.471.99 [t rinta ecinco milhões. setecentos c quarenta L' Ires mil, quatrocentos e setenta e um cru­zeiros c noventa e nove ccn tavos].

4 - Ainda que 1l,10 tenha sido configurada na p rcstaçáo de contas, cabe destacar quea percepção da Verba de Rcprc .......-n ta çâo . pelo Presidente d a.Crlruara é considerada ilegalpor este Tribbunal. conforme Re soluçáo no ~.385/80 de 19 de junho de 1980.

4' R. Tribunal C0l11. Est . Paraná 15 (7 81 Jan/~I;lI 191'.1

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SERViÇO AUTÔNOMO DE ÃGUA E ESGOTO ~ S.A.A.E.

XI - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

I - O Prefeito Municipal de , emobediência ao disposto no art . 10, do Provimento no 1/81, de 03/09/81, deste EgrégioTribunal de Contas, encaminhou. às fls., a prestação de contas da Autarquia em tela, rela­tiva ao exercício financeiro de 1981, que passamos a examinar.

2 - O responsável pela contabilidade municipal. . . .está registrado no Conselho Regional de Contabilidade sob 09 ,na categoria deTécnico em Contabilidade conforme Certificado de Habilitação Profissional, a fls.

XII - DO ORÇAMENTO

1 - O Orçamento da Autarquia para o excrcrcio de 198], foi aprovado pelo Decretono . de 21 de novembro de 1980, no qual foi prevista receita de Cr$ 3.094.000,00(três milhões c noventa e quatro mil cruzeiros) e fixada despesa em igual valor.

2 ~ Sofreu, contudo. no curso de sua execução. diversas alterações oriundas deaberturas de créditos adicionais.

3 - Os recursos utilizados para a cobertura dos créditos adicionais estão prescritosno artigo 43, § 19. incisos 11 e 11I. da Lei Federal no 4.320/64. consoante demonstrativoà Ih. . abaixo resumido:

CREDITOS ADICIONAIS

Recursos Utilizados

(A) Excesso de Arrecadação ..(B) Cancelamento de Dotações Orçamentárias ..

TOTAL.

Suplementares

130.500.00598.800,00729.300.00

Em decorrência da indicação do recurso citado na letra A. acima. a despesa inicial­mente fixada passou a CrS 3.~~4.500.00 (três milhões. duzentos e vinte e quatro mil equinhentos cruzeiros) em concordância com o registrado 110 Balanço Orçamentário.

XIII - DO BALANÇO ORÇAMENTÃRIO

I - Os valores inscritos neste balanço conciliam-se com os demonstrados nos Anexos1,10 c 11, às fls. COIJIO segue:

RECEITA

Títulos

RECEITAS CORRENTESPatrimonialIndustrial.Transf. Correntes..Diversas.

Previsão

10.000,002440000.00

oo .000,0025.000.00

Execução

-x­3.254.968,80

.x-31 .481>.00

Diferenças

10000.00814.968.80

(,0.000.006486.00

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RECEITAS DE CAPITALTran sf. de CapitalOutras Receitas de Capital.SOMA.DÉfiCIT.TOTAIS

Títulos

Créditos Orçamentários cSuplementares

SOMA.SUPERÁVITTOTAIS

HO.oOO,OO220.000.00

3.094.000.00130.500,00

3224.500,00

DESPESA

Fixação

3,224.500,003224.500,00

-x­3.224,500,00

-x--x-

3.286.454,80-x'

3.286.454,80

Execução

3.200.769 .703.200.769 .70

85.685.1 O3286.454,80

80.000,00220,000,00192.454,80130.500,0061.954,80

Diferenças

23.730,3023730,3085.685.1 O61.954,80

RESULTADOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

2 - Constatou-se. neste balanço. os seguintes resultados:2.1. - Entre a previsão c a execução da receita houve excesso de arrecadação de

Cr S 192.454.80 (cento e noventa e dois mil. quatrocentos e cinqüenta c quatro cruzeirose oitenta centavos).

2.2. - O déficit de Cr S 130.500.00 (cento e trinta mil c quinhentos cruzeiros).inscrito na coluna "Previsão" da receita. representa o recurso indicado nas aberturas decréditos adicionuis. demonstrado no ítem 3 do ut ulo XII.

2.3. - O resultado du execução orcarncntãria , superávit de CrS 85.685,10 (oitentae cinco mil. seiscentos e oitenta e cinco cruzeiros c dez ccntavos í. será comentado aoprocedermos a anãlísc financeira do Balanço Patrimonial.

2.4. - A economia de dotações está representada peja importância de CrS 23.730.30(vinte c três mil. setecentos e trinta cruzeiros e I rinta centavos).

XIV - DO BALANÇO FINANCEIRO

1 - Este balanço demonstra os resultados finais das operações financeiras do exer­Cicio. consunndo de receita c despesa de natureza orçamentária c cxtra-orçamcntãrias.conjugados com os saldos do cxcrcrcío anterior c os que se transferem para o cxercicioseguinte. consoante demonstração abaixo:

Tltulos

ORçAM ENT ÁR IAEXTRA-ORÇAMENTÁRIA

Depósuos em Consignações.SALDOS.CaixaB:.lllCOS c/Movimcu to .TOTAL.

Receita

3.2HI>.454,8010(>.476.20106476,2024 .tnl ,61~4.l)67 ,53

4,OR3.41790~.úl

Despesa

3.200.769,7030.80 I .7020.801,70

186.331.2193.558.7292.772,49

,1.417.902,61

2 - As contas integrantes du Receita c Despesa Extra-Orçamentanas são dernons-

R. Tribunal Conr . 1'\1. Paraná 15 OH) Jau/Mur IYHJ

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tradas no Anexo nO 17 - DEMONSTRAÇÃO DA DIVIDA FLUTUANTE. a Ils.NOTA: Expurgamos a importância de CrS 3.200.769.70 (três milhões, duzentos

mil. setecentos e sessenta c nove cruzeiros e setenta centavos), registrada na Receita c naDespesa Extra-Orçamentária, sob o utulo de "Contas a Pagar", recomendando à Contabi­lidade. que no futuro. se abstenha de efetuar tais Inscrições, por indevidas. neste Balançoc próprias dos Balanceies Financeiros mensais. (Vide art. \03 e Anexo 13 da Lei Federaln94.320/64).

3 - Os valores disponíveis em Caixa c Bancos, transferidos do cxcrcrcio anterior,conferem com os registros da ficha cadastral desta Diretoria.

4 - Os saldos de numerário existente no Caixa da Autarquia c em Bancos. em 31/12/81, estão comprovados pelo Termo de Conferência de Caixa e Extratos Bancários comsuas respectivas conciliações, às fls.

xv - DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

I - As vari.açües patrimoniais encontram-se organizadas da seguinte forma:

VARIAÇÕES

Títulos

RESULTANTES DA EXECUÇÃOORÇAMENTÁRIA

Receita/DespesaMutações Patrimoniais.Resultado PatrimonialSuperávit ..TOTAL.

Ativas

3.286.454.80146.575.49

3.433.ü3029

Passivas

3200.769.70

232.260,593.433.030,29

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS

2 - Foram incorporados bens imóveis de natureza industrial na importância deCr$ 146.575.49 (cento e quarenta e seis mil. quinhentos e setenta e cinco cruzeiros equarenta e nove centavos). devidamente arrolados às fls.

RESULTADO PATRIMONIAL

3 - Verificou-se no cxercicio financeiro de 1981. SUPERÁVIT de CrS 232.260,59(duzentos e trinta e dois mil. duzentos c sessenta cruzeiros c cinqüenta e nove centavos),que se encontra corretamente acrescido na conta ATIVO REAL LIQUIDO, em confron­to com o resultado do exercício anterior.

XVI - BALANÇO PATRIMONIAL

I - Este balanço demonstra. sinteticamente, o patrimônio da Autarquia no final doexercício de 1981, apresentando o seguinte quadro:

Títulos

Financeiro .

R. Tribunat Conr , E.~l.l'araná 15 OH) Jun/Mur 1983

Ativo

186.331.21

Passivo

255.965,09

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PermanenteSaldo Patrimonial

TOTAL.

2.013.564,48

2.199.895.69

ATIVO FINANCEIRO

32.628,10I .91 I .302,502.199.895.69

2 - Compõem o Disponível as seguintes contas:

CaixaBancos c/Movimento.

TOTAL.

ATIVO PERMANENTE

3 - As contas doAtivo Permanente estão assim representadas:

BENS DE NATUREZA INDUSTRIAL:Móveis.Imóveis ..TOTAL.

NOTA: O inventário dos bens encontra-se à fls.

PASSIVO FINANCEIRO

93.558,7292.772.49

186.331.21

4.423,502.009.140,982.013.564,48

4 - O Passivo Financeiro está representado pela conta DEPÓSITOS EM CONSIGNA·ÇÕES, no valor de CrS 255.965,09 (duzentos e cinqüenta e cinco mil. novecentos e ses­senta c cinco cruzeiros e nove centavos), devidamente comprovada no Anexo no 17 ~

DEMONSTRAT1VO DA DIVIDA FLUTUANTE. a Os.

PASSIVO PERMANENTE

5 - O Passivo Permanente está representado pela conta Olvida Fundada Interna.por contratos, no montante de CrS 32.628.10 (trinta e dois mil. seiscentos c vinte e oitocruzeiros e dez centavos). cujo saldo provém. de autortzução legislativa através da lei»o . de 05 de novembro de 1965, devidamente demonstrado no "ANEXO 09 16 ­DEMONSTRATIVO DA DIVIDA FUNDADA INTERNA", a Os.

SALDO PATRIMONIAL

6 - O saldo da conta Ativo Real Líquido, atingiu a importância de CrS 1.911.302,50(um milhão, novecentos c onze mil, trezentos e dois cruzeiros c cinqüenta centavos),sendo que o Ativo Real Liquido existente em 31.12.80, montava a CrS 1.679.041.91(um milhão, seiscentos e setenta e nove mil. quarenta e um cruzeiros e noventa c um cen­tavos) consoante registro desta Diretoria.

ANÂLISE FINANCEIRA

7 - No cxcrcrc!o anterior o Déficit financeiro estava representado pelo resultado de

52 R. Tribuna! Conl. E~t. Paraná 15 OS) Jan/Mar 198]

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CrS 155.318,98 (cento e cinqüenta e cinco mil~trezentos e dezoito cruzeiros e noventa coito centavos) o qual foi diminuído. para CrS 69.633,68 (sessenta e nove mil, seiscentosc trinta c três cruzeiros e sessenta c oito centavos), nu cxercrcio em exame, em face do re­sultado da execução orçamcntaria positiva, comentada no item ~ suhitem 2.3. do nt uloXIII.

CONCLUSÃO

Em face da analise procedida na prestação de contas do municrpiu de. .concernente à Prefeitura Municipal. Cárnara Municipal e Serviço Autônomo de Agua eEsgoto, CONCLUlMOS que, sob () aspecto técnico-conrnbil. as contas estão CORRETAS.

D.C.M.. em 2 de março de 1983.

PROCURADORIA DO ESTADOJUNTO AOTC.

PARECER N9 3085/83

Através do oficio inicial, a Prefeiturade , tempestivamente, en­dereça a este Tribunal o processo de Presta­ção de Contas, relativo ao exercicio de1981, atendendo a preceitos normativos re­

gcdores da espécie.Encaminhamos os autos à Diretoria de

Contas Municipais, conforme Instrução n986/83, às fls. , na analise produzi­da conclui a citada diretoria que as contasestão corretas.

Diante do exposto, considerando a lns­1rução originária da Diretoria de ContasMunicipais, opinamos no sentido de quesejam APROVADAS as Prestações de Con­tas do Executivo e Legislativo Municipaise do Serviço Autônomo de Ãgua e Esgoto.de , relativas ao cxerciciode 1981.

Eo parecer.

Procuradoria do Estado.07 de março de 1983.

Alide ZcucdinPROCURADOR

AUDITORIAPARECER PREVIO N9 74/83

A prestação de contas do Munidpiode. . correspondente

R. Tribunal Conl. ht. Parun.i I:' I7Hl Jan!~lar 1983

ao exercício de 1981, foi conclusivamenteanalisada e considerada correta pela Direto­ria de Contas Municipais, a qual. em suaInstrução n9 86/83, observa haver a Muni­cipalidade obedecido âs normas legais per­nncntcs.

A douta Procuradoria do Estado. emParecer 119 3085. dc 1983, opina pela apro­vação das contas referentes ao Executivoe Legislativo Municipais e ao Serviço Autô­nomo de Água e Esgotos de.

Antes de concluir, solicitamos ao res­ponsavcl que continue observando o dis­posto nos artigos 48, ahnea b . 50 e 80 daLei nu 4.320/64, no artigo 18 do Decreto­Lei n\J 200/67 e no artigo 19 do Decreto­Lei Il~) 1377/74 - 110 sentido de limitarsuas despesas às reais disponibilidadesfinanceiras e orçamentárias até readquirirestabilidade financeira -, pois. apesar dovultoso excesso de arrecadação, o supera­vit orçamentário foi insuficiente para re­gularízar as finanças do Munio'pio, que ain­da apresenta déficit financeiro de CrS1.484.816.27 (hum milhão. quatrocentos eoitcn ta c quatro mil. oitocentos e dezesseiscruzeiros e vinte e sete centavos).

Ante o exposto. chegamos à seguinte

CONCLUSÃO

Considerando que a prestação de con­tas encontra-se regular, conforme lnstru­çâo 119 86/83-DCM:

Consideraudo.o Parecer no 3085/83da douta Procuradoria do Estado junto ao

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Tribunal de Contas,Somos de pare cer que a prestação de

contas do Muntcrpío decxcrcrcio financeiro de 1981. pode seraprovad a.

Tribunal de Contas.em 18 de março de 1983.

Auditor OSGlf Felipe Loureiro do Amara!RELATOR

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADODO PARANÁ

RESOLVE:

Aprovar o Parecer Prévio no 74/83 defls. do processo, emitido pelo Exrno. Sr.Auditor Oscar Fclippe Loureiro do Amaral,na Prestação de Contas do Municfpio , refe­rente ao exercício de 1981, cujas conclu­sões são pela APROVAÇÃO das aludidascontas, ordenando as anotações necessáriasna Diretoria de Contas Municipais desteOrgão, encaminhando-o, em seguida.junta­mente com as referidas contas, ao Legisla­tivo Municipal. para o competente exame ejulgamento, de acordo com as disposiçõesconstitucionais vigentes, tudo como constadas notas tuquigraficas da Sessão.

Sala das Sessões,em 24 de março de 1983.

Cândido Martins de OliveiraPresidente

,4 R. Tribunal Cont . E",l. Parami 15 (7HI.lan/"tar 1983

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DIRETORIA DE CONTASMUNICIPAISPRESTAÇÃO DE CONTASDESAPROVADA

INSTRUÇÃO N~ 89183.

I - DOS ELEMENTOSDO PROCESSO

I. O Prefeito do Municipio dedurante o cxer cicio financeiro

de 1981, enviou a este Tnbunal , através doOficio 119 . de 30 de março de 1982.para exame. o processo de prestação decontas. protocolado em data de 05 de abrilde 1982, fora. portanto. do prazo regula­mentar (Art. 75, inciso XIX, alínea "a",da Lei Complementar 11902. de 18 de ju­nho de 1973. c artigo 29 do Provimentono 01/81 • de 03 de setemb ro de 1981 . des­te Órgão).

2. O processo, em eprgrafc. está com­posto pelos seguintes elementos:

DISCRIMINAÇÃO

R Tribunal COl1t. bl. Paraná 15 OH) Jan/Mar 198:1

30 - Relação dos bens de Natureza Col­rural. obras adquiridas em 1981.

31 - Relação de Restos a Pagar inscri­tos no cxe rcfcio.

32 - Relação nominal dos devedores ins­critos no excrcicio em Dívida Ati­va.

33/34- Relação de Pessoal.35 -Ancxo 15 - Demonstração das Va­

riações Patrimoniais.36 - Anexo 16 - Demonstração da D{­

vida Fundada.37 - Anexo 17 - Demonstração da Dívi­

da Flutuante.38 - Recebimento e Remessa.

n HISTÓRICO

Por força das normas prescritas nopanigrafo 19 do artigo 16 da Emenda Cons­titucional (Federal) no I, de 17 de outubrode 1969 e artigo 113 da Emenda Constitu­cional (Estadual] nç 3, de 19 de maio de1971, iniciou este Tribunal a fiscalizaçãofinanceira e orçamentaria dos municipios.mediante controle externo auxiliar para asCâmaras Muntcípais.

Pa-a pe rfeito entendimento dos nossosobjetivos, na conclusão desta instrução,reportamo-nos à história das prestaçõesde contas sob a responsabilidade do prefci­!CL

1977 - RESOLUÇÃO No 2.453/78-TCPARECER PRÉVIO NO 96/78-TC

Conclusão: NÃO APROVAÇÃO DASCONTAS.

Motivo: Foram encaminhados apenas7 (sete) documentos: Anexos 1,13.14,15e 16, orçamento e balancetes financeiros,

Parecer do Exmo. Sr.. Auditor Relator, consubs­

tanciado na Informação no 29/78. da Dire­toria de Contas Municipais, que assim seexpressa:

"Aceitar tão-somente esses documen­tos como Prestação de Contas, sobre cons­tituir perigoso precedente de conscqüen-

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cias imprcvtsiveís é, também, desprestigiaraqueles Municípios que, com exação e dcn­tro das diretrizes técnicas e legais emanadasdas leis atinentes e bem assim do Provimen­to nç 1/70, desta Casa, remeteu, em seuglobo, os documentos exigidos."

A Douta Procuradoria do Estado juntoa esta Corte encerra seu Parecer 119 3.803!78, nestes termos:

"Nestes autos, encontram-se parte dadocumcnraçâo componente da Prestaçãode Contas do Município, referente ao exer­cício de 1977. Vemos, assim, um flagrantedesrespeito não só às normas legais aplicá­veis à espécie, como também às que presi­dem a elaboração das Prestações de Contas,oriundas de diversas fontes. Ante o expos­to. diante da dupla negligência demonstra­da pelo município interessado, no trato dematéria da maior responsabilidade, opina­mos pela DESAPROVAÇÃO da prestaçãode contas Ora sob análise".

Conclusão: NÃO APROVAÇÃO DASCONTAS.

Motivo:1) Não remeteu a Lei de Orçamento

e respectivos Quadros e Anexos.2) As despesas orçamentárias sobre­

pujam os limites elos créditos con­cedidos.

3) Os recursos retidos. relativos aosdescontos previdenciários, foramclassificados irregularmente comoreceita orçamentária.

4) Os bens patrimoniais não foram in­ventariados de acordo com as nor­mas legais em vigor.

1979 - RESOLUÇÃO No 5.386/81-TCPARECER PRÉVIO NO 244/81-TC_

Conclusão: APROVAÇÃO.Ressalvas:

56

I) Operação de crédito prevista semobservância das normas prescritasno parágrafo 20 do artigo 70 daLei no 4.320/64_

2) O responsável não deu entrada noscofres municipais das receitas pro­venientes de "Depósitos em Consig­nações", referente a descontos pre­videnciários de natureza extra-orça­mentária.

3) Alerta sobre as normas dispostas naletra "b" do artigo 48, e artigos 50e 80 da Lei no 4.320/64.

111_ LEGISLAÇÃO APLICADA

A Municipalidade não observou váriasnormas prescritas em leis, das quais desta­camos:

A) Emenda Constitucional (Estadual)no 3. de 29 de maio de 1971.Art. 31 - Os Munictpios observarão

as normas da Constituiçdo da República edas leis federais sobre o exerci"cio finan­ceiro, a elaboraçâo e a organização dosorçamentos públicos, assim anuais comoplurianuais de investimento.(Combinado com o artigo 123 da L.O.M_

Lei Complementar n~ 02. de 18.06.73).

Art. 112 - O Estado, mediante lei, esta­belecerá normas de funcionamento dos ór­gãos municipais, fixando-lhes as atribui­ções, observado o seguinte:

I - _IV - obrigatoriedade e forma de presta­

ção de contas e publicação de balancetesno Diário Oficial do Estado e fisaçao dosrespectivos prazos.

Art. 120 - As leis municipais somenteentrarão em vigor após a pubíícaçdo noórgão oficial de illuni(Jpio.

B) Lei Comp.emcmarno 02,de 18.06.73,- Lei Orgânica dos Municípios.

R Tribunil[ Coru . Est. Parana l S (18) JanfMar 1983

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Art. 75 - Compele ao Prefeito Munici-pai:

XIX - encaminhar ao Tribunal de Con­tas do ESlado'

a) ale trinta e um de março de cadaal10 as contas e o balanço geral do cxcr­cicio findo, iuruamente com as contas daCâmara Municipal;

b) até trinta e um de janeiro de cadaano, o orçamento municipal em vigor noexerctcio:

c) dentro de la (dez) dias contadosda respectiva pubticaçâo. o teor dos aIOS

que alterem o orçamento municipal prove­íüentes de abertura de créditos adicionais..;

d) até o prazo de /0 (dez) dias, con­tados da data de sua respectiva publicação,a cópia de leis, decretos, .

e) até o último dia do mês seguinte obalancete financeiro municipal,

100. A publicação dos atos munici­pais, salvo onde houver imprensa oficial.será feita preferencialmente em orgdos daimprensa local ou regional c afixação nasede da Prefeitura. (Os grifas. são do ana­lista).

C) PROVIMENTO NO 01/81 . Tribunalde Contas, de 03 de Setembro de 1981

Art. 59 - O Prefeito deverá encaminharao Tribunal de Contas do Estado:

I - até 31 de janeiro de cada ano:a) o orçamento municipal em vigor

no exc-o'cio:b)II - dentro de \0 (dez) dias, contados

da respectiva publicação. cópias dos atosque alterem o orçamento municipal c refe­rentes a abertura de créditos adicionais oua operações de créditos;

UI· no prazo de 10 (dez) dias, conta­dos ela data de sua publicação, cópias dasleis, decretos, instruções e portarias de na­tureza financeira e t ribu taria municipal:

IV - até o último dia do mé s scgulnrco balancete financeiro municipal. discri­minando a receita c a despesa orçamcntária

R. Tnbunu! Com. !-:SI. l'ar:lll;i ! 5 (7H} Jall/~br 19B:\

realizadas no petrodo , bem corno os rece­bimentos e os pagamentos de naturezacxtra-orçamcntaria nele efetuados, ... ;

Art. 7P - A prestação de contas dosMunicípios com população inferior a50.000 {cinqucnta mil) habitantes compor­se-a de:'

I ..

111· Anexos nOs 1,2.3,4,5,6e7,doDecreto-Lei na 1.875, de 15 de julho de1981:

VI - Extratos de Contas Bancáriascompletas, evidenciando o saldo em 3 J dedezembro e do mês de janeiro do anoseguinte;

VII· Fundo Especial- FE.

IV. IRREGULARIDADES

Com referência à legislação aplicada,a Municipalidade não observou as normasprescritas em leis. cometendo as seguintesinfrações:

I) Não remeteu a lei de orçamento,com quadros e anexos estabelecidos nosartigos 2 0 e 22, da Lei Federal nO 4.320/64.

2) Durau te o exercício foram abertoscréditos adicionais. conforme pode-seobservar através do Balanço Orçamentário,a fls. Entretanto. não foram cncarni­nhados os respectivos decretos c as leis au­torizatórías.

3) A prestação de contas. incompleta.deu entrada nesta Corte de Contas. fora doprazo regulamentar.

4) Os balancetes financeiros foramexecutados, e enviados conjuntamente coma prestação de contas, apenas para satisfá­zer nosso provimento 119 OI /81-TC. Entre­tanto, não podemos considerá-los como"MENSAIS".

5) Não foram encaminhados os Ane­xos 119 2. tanto da RECEITA como daDESPESA (Decreto-Lei no 1.875/81), con­solidadas na forma dos Anexos nÇls 3 e 4,atualizados pela Portaria no ~8, de05.06.78, da SEPLAN·PR., da Lei 4.320/64.

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6) Os extratos de contas bancárias nãoforam encaminhados conforme o dispostono inciso VI do artigo 79 do ProvimentonO OI/8 1-TC.

Somando-se, ainda, os saldos dos ex­tratos, apresentados às fls.. ternos CrS .235.738.79 (duzentos e trinta e cincomil. setecentos e trinta e oito cruzeiros csetenta c nove centavos), e não CrS245.724,82 (duzentos e quarenta e cincomil, setecentos e vinte e quatro cruzeirose oitenta e dois centavos). apresentado noBalanço Patrimonial. a fls. A diferençane CrS 9.986,03 (nove mil, novecentos coitenta e seis cruzeiros e.três centavos), nãofoi devidamente conciliada.

7) A Municipalidade, tal como vinhaocorrendo em c.xercrcios anteriores. nãodemonstra as retenções dos empregados, re­lativas às obrigações previdenciárias, atra­vés da conta: Depósitos em Consignações:

lAPAS. (Art. 93 - L.F. 4.320/64)

Encontramos. a fls. , os seguintescredores, inscritos em Restos a Pagar, por­tanto, despesas empenhadas, relativas àsobrigações patronais:Instituto Nacionalde PrevidênciaSocial-lAPAS. CrS 639.566,06Fundo de GarantiaTempo de ServiçoF.C.T.S. c.s 279.142,16Instituto Nacionalde PrevidênciaSocial- lAPAS. c-s 14.292,32Banco do BrasilSi A PASEP CrS 9426,44

8) Não foram encaminhados os De­monstrativos prescritos nos incisos VI1 ç

IX do artigo 79 do Provimento n9Ol/SI-TC.

9) Não foi encaminhada a declaraçãoexigida pelo artigo 99 do ProvimentoO1/81-TC., bem como os demonstrativosrelacionados no art . 11 .. desse Provimento.

5X

CONCLUSÃO

Considerando que o Sr ..quando Prefeito Municipal deraramente se preocupava em atender àsnormas legais e às diligências solicitadas poreste Tribunal, principalmente agora que ocitado cidadão deixou o cargo, e como nãocompete ao atual Execu uvo corrigir ousanear as incorreções ou irregularidadesdeixadas pelo seu antecessor, conclurmosque as contas relativas ao cxc rcicío finan­ceiro de 1981 estão irregulares. pelos mo­tivos expostos ao longo desta instrução.

D.C.M., em 02 de março de 193:'.

R_ Tribunal Conto E·,t. Panuui \5 (78) .J<ln/~lar \983

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PROCURADORIA DO ESTADOJUNTO AOTC

PARECER NO 3086/83

Através do oficio inicial. a Prefeiturade , intentpe stivarneute ,endereça a este Tribunal O processo dePrestação de Contas relativo ao cxercrciode 1981, atendendo a preceitos normati­vos regcdores da espécie.

Encaminhados os autos à Diretoriade Contas Municipais, conforme lu stru­ção n9 89/83, às lls. .nu análiseproduzida conclui a citada Diretoria queas contas estão irregulares.

Diante do exposto, considerando a Ins­trução originária da Diretoria de ContasMunicipais, opinamos no sentido de queseja DESAPROVADA a Prestação deContas do Município de

.. relet iva ao exercício de 1981.Ê o parecer.Procuradoria do Estado, 07 de março

de 1983.

Alide ZenedinProcurador

AUDITORIA

PARECER PRÉVIO NO80/83

A prestação de contas do Municlpiode , correspondente aocxercfcio de 1981. foi conclusivamenteanalisada e considerada irregular pela Di­retoria de Contas Muntctpaís. a qual. emsua In t ruçâo nç 89/83, observa a falta dequase todos os documentos que compõema prestação de contas e reporta-se a histó­ria das contas apresentadas sob à respon­sabilidade do Prefeito, as quais, fo­ram desaprovadas por este Tribunalde Contas, por falta de documentos,apesar de reiteradas solicitações destaCasa.

Aceitar tão-somente os documentosapresentados corno Prestação de Contas.

R. Tribunal Cont . Est . Paraná 15 (781 Jall/,\Lir 1983

pode constituir-se em perigoso precedentede conseqüências imprevisiveis é, também.desprestigiar aqueles Municípios que. comexação e dentro das diretrizes técnicas elegais emanadas das leis atinentes e bemassim do Provimento no 1/70. desta Casa.remeteu, em globo, os documentos exi­gidos.

A douta Procuradoria do Estado, emParecer no 3086/83, opina pela desapro­vação das contas referentes ao Municf­pio de . , relativas aoexercfcio de 1981.

CONCLUSÃO

Considerando que ,I prestação de con­tas encontra-se irregular. conforme Ins­trução n9 89/83 - DCM;

Considerando o Parecer no 30B6/83da douta Procuradoria do Estado juntoao Tribunal de Contas,

Somos de parecer que a prestação',de contas do Município de

. cxercicio financeiro de 1981, nãoestá em condições de ser aprovada.

Tribunal de Contas, 24 de marçode 1983.

Auditor Newton Luiz PuppiRelator

O TRJBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO PARANÃ,

RESOLVE:

Aprovar o Parecer Prévio no 89/83de fls. do processo. emitido peloExmo. Sr. Auditor NEWTON LUIZ PUPPIna Prestação de Contas do Município, re­ferente ao exercfcio de 1981. cujas conclu­sões sao pela NÃO APROVAÇÃO dasaludidas contas. ordenando as anotaçõesnecessárias na Diretoria de Contas Muni­cipais deste Órgão. encaminhando-o, emseguida, juntamente com as referidascontas. ao Legislativo Municipal, parao competente exame e julgamento. de.

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acordo com as disposições constitucionaisvigentes, tudo como consta das notas ta­quigraficas da Sessão.

Sala das Sessões, em 7 de abril deIn3.

CÂNDIDO MARTINS DE OLIVEIRAPresidente

60 R. Triuunal COI11. r«. Paran.i 15 (78) Jan;:-'lar 1l)~3

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CONSULTAS. VOTOS. DECISÕES

SUBSÍDIOS

Nesta edição, a REVISTA DO TRIBUNALDO ESTADO DO PARANÁ apresenta res­postas às consultas sobre pagamentos desubsídios a Prefeitos e Vereadores, comotambém a admissão de funcionário semconcurso c convênio entre município eestabelecimentos particulares de ensino.

o decisório da Casa oferece excelente opor­tunidade para que os novos executivosmunicipais, bem como os vereadores recémempossados, conheçam a posição ou ado­tem, se for o caso, a medida apresentadapelo Plenário da Corte de Contas doParaná.

Interessado: Câmara Municipal deCampo Mourão

Relator: Conselheiro João Féder

DIRETORIA DE CONTASMUNICIPAIS

INFORMAÇÃO N~ 21/82

o Vereador José Pedroso Fabri , Presi­dente da Câmara Municipal de CampoMourão, através do ofício no 445/81/82,datado de 15 de março de 1982, remeteu aesta Egrégia Corte de Contas a seguinteconsulta, que segue em seus expressos ter­mos:

R. Tribunal Cont , E~l Paran.i 15 {78~J:jn/;\lar 19H3 61

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"Senhor Presidente:O presente tem a finalidade de solicitar

de Vossa Senhoria, para aplicação no muni­ctpio de Campo Mourão, sobre a legalidadee aceitação por parte desse Egrégio Tribu­nal de Contas, da seguinte consulta:

I - Possibilidade de reajuste nos subst­dias e representação do Sr. Prefeito Munici­pal, visto a legislação vigente, informandoainda, que pela Resolução na 09/79/80,de 09/09/80, desta Câmara Municipal, porter sido prorrogado o mandato do mesmo,[oi feita uma majoração;

IJ - Reversão em valor pecuniário, daLicença Especial, objeto do Art. 247 e se­guintes, do Estatuto dos funcionários Civisdo Estado, adotado pelo Munictpio; e,lI! - Reversão em abono pecuniário, de

1/3 (um terço) das férias anuais previstaspara os funcionários municipais, em igual­dade com os servidores Celetistas. "

No MéritoInicialmente, cabe informar que a Lei

Complementar n9 2 de 18 de junho de1973, em seu artigo 49, § 19 incisos IJ] eIV, reza que a fixação dos subsídios doPrefeito e verba de representação para oPrefeito e Vice-Prefeito, deve ser feita naforma de Decreto Legislativo e não atra­vés de Resolução, como procedeu a Câma­ra Municipal de Campo Mourão em suaResolução 09/79/80, de 09 de setembrode 1980.

No item I, o Senhor Presidente da Câ­mara Municipal de Campo Mourão, indagaa respeito da possibilidade de reajuste nossubsídios e Verba de Representação do Sr.Prefeito Municipal. Informa, tendo em vis­ta a prorrogação de mandatos, já havia ma­jorado os subsídios.

Em resposta à indagação acima, cabeinformar que há possibilidade para o rea­juste dos Subsídios e da Verba de Repre­sentação do Prefeito, tendo em vista o quedispõe o artigo 211, da Emenda Constitu­cional n9 20, de 20 de outubro de 1981,publicada no Diário Oficial da União, de23 de outubro do mesmo ano. De outrolado, este Tribunal, em sua Resolução 801/

62

82, de 9 de fevereiro de 1982, em consul­ta de igual teor, respondeu afirmativamen­te, para os casos em que os Subsídios te­nham sido fixados antes do advento dessaEmenda Constitucional.

No item 11, pergunta o Senhor Presi­dente da Câmara Municipal, se é legal a re­versão, em valor pecuniário, da LicençaEspecial, objeto do artigo 247 e seguintesdo Estatuto dos Funcionários Civis do Es­tado.

A resposta é afirmativa, desde queexista lei específica ou disposição nessesentido no Estatuto dos Funcionários Mu­nicipais, conforme Resolução no 4341/81,deste Tribunal de Contas.

Por último, o item 111 questiona so­bre a legalidade e a aceitação deste Tribu­nal sobre a Reversão, em abono pecuniário,de 1/3 das férias anuais para os funcioná­rios municipais, em igualdade com o servi­dor celetista.

A resposta a indagação acima é afirma­tiva, desde que, para tanto, o Município,que no caso presente adota o Estatuto dosFuncionários Cívis do Estado, possua LeiMunicipal especial que autorize tal proce­dimento.

f a Informação.D.C.M. em 30 de março de 1982.

Gabriel Mader Gonçalves FilhoP.S.2.3

OAB. - PR n9 4526

PARECER N9 2924/82, DAPROCURADORIA DO ESTADO JUNTO

AO TRIBUNAL DE CONTASA Câmara Municipal de Campo Mou­

rão, por Seu Presidente, consulta esta Cor­te sobre:

I) Possibilidade de reajuste dos subsr­dias e representação do Prefeito Municipal;

2) Possibilidade de reversão pecuniáriada licença especial e das férias dos seus fun­cionários estatutários.

A D.C.M., analisou o assunto comsegurança em sua Informação 09 21/82 eofereceu resposta afirmativa a todos osquesitos, com o que concorda, em parte,

R. Tribunal Conto Est. Paraná 15 (78) Jari/Mar 1983

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Procurador Pedro Stenghel Guimarães

esta Procuradoria. pois quanto ao primeiroitem nada há a opor.

Quanto ao mais. todavia. é óbvio que.se o consulente esclarece que os seus servi­dores são regidos pelo Estatuto dos Funcio­nários Cívis do Estado. a resposta é negati-va.

Vale. frizar, porém. a ressalva fci:apela D.e.M. de que. se existe lei municipalque a autorize. a reversão é possível. "Datavenia" -' porém, dcpreende-sc dos termos daconsulta. que isso não OCorre.

f o parecer.Procuradoria do Estado, em 06 de

abril de 1982.

Pedro Stenghel GuimarãesProcurador

RESOLUÇÃO No 2.289 /82-TC

O Tribunal de Contas do Estado do Pa­raná. nos termos do voto do Relator. Con­selheiro João Féder ,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fls ..de acordo com a Informação no 21/82. defls. da Diretoria de Contas Municipais e

R. Tribunal COTl1. h! Paran.i 15 f7K) Jani~L!I 19HJ

Parecer no 2.924/82. de fls.. da Procurado­ria do Estado junto ao Tribunal de Contas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros Leónídas Hey de Oliveira. RafaelIatauro. João Féder (Relator), ArmandoQueiroz de Moraes, Cândido Martins deOliveira e o Auditor Convocado Oscar Fe­lippe Loureiro do Amaral.

Foi presente o Procurador Geral juntoao Tribunal de Contas, Ivan Xavier Vianna.

Sala das Sessões, em 29 de abril de1982.

José lsfcrPresidente

Interessado: Câmara Municipal deGuarapuava

Relator: Conselheiro Armando Queirozde Moraes

DIRETORIA DE CONTAS MUNICIPAIS

INFORMAÇÃO No 34/82 - D.C.M.

o Vereador Abrão José Melhem. Prcsi­dente da Câmara Municipal de Guarapuava,através do Ofício na 07/82, datado de 08de janeiro de 1982. remeteu a esta EgrégiaCorte de Contas a seguinte consulta, quesegue em seus expressos lermos:

"Excelenussimo Senhor:Vimos através do presente, solicitar

a esse Egrégio Tribunal de Contas, PARE­CER à seguinte consulta:

- PAGAMENTO DE SUBSIDIOS ÁVEREADOR LICENCIADO.

- Art. 529 - Item 111 da L.O.M.- Art . 69 0 - Item 111 da RI

LICENÇA PARA TRATAR DE INTERES­SES PARTICULARES

Considerando o contido no art. 529da Lei Complementar na 02 de 18/6/73:

"Art. 529 O Vereador poderá licen--rar-sc somente:

1­11-

Hl - para tratar de interesses particulares.por prazo determinado, nunca inferior at rinta dias, não podendo reassumir o exer­cicio do mandato antes do término da Li­ccnça

hJ

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§ 19 - Para fins de remuneração. consi­derar-se-á corno em exercrcio u Vereadorlicenciado nos termos dos incisos I e 11.

Considerando que o Regimento Inter­no desta Câmara Municipal contém idênti­co dispositivo legal. em seu art. 69 cita­mos:

"Art. 69 - O Vereador. poderá licen­ciar-se somente:

I ­!l-

IH - para tratar de interesses particularespor prazo determinado, nunca inferior a30 (trinta) dias. não podendo reassumir oexcrcrcio do mandato antes do término dalicença.

IV-§ 19 - Para fins de remuneração, consi­

derar-se-á como em exercício o VereadorLicenciado nos termos dos incisos I e 11.

DIANTE DO EXPOSTO, solicitamosdesse Egrégio Tribunal de Contas. parecera respeito de pagamento de subsídios a Ve­reador licenciado nos termos do inciso 111,dos artigos citados, e em caso de Vereadorhaver recebido os subsrdíos no penedo des­sa Licença, quais as sanções legais previs­tas."

No MéritoA consulta acima indaga sobre a vali­

dade do pagamento de subsídios a vereadorlicenciado nos termos do inciso 111, do arti­go 52, da Lei Complementar n9 2, de18.06.73.

A resposta à indagação é negativa, poiso artigo de Lei que concede licença a verea­dor é claro, quando define. que só deve serremunerado, o vereador de licença pelomotivo de moléstia comprovada ou quedesempenhar missões temporárias de cará­ter cultural ou de interesse do Municfpio.

Assim sendo. o vereador licenciado pá­ra tratar de interesses particulares não temdireito de receber remuneração pelo per {o­

do de licença.Na continuidadeda consulta, o Sr. Pre­

sidente da Câmara, quer saber quais as San­ções legais previstas para o caso do verea­dor que tenha recebido subsidies no peno­do dessa licença.

Em resposta. cabe informar, salvo me­lhor ju{zo, que não se configura como decompetência deste Tribunal informar sobreo assunto acima, pois o artigo 31 da Lei5.615, de I] de agosto de 1967, limita asconsultas a serem respondidas por esta Cor­te de Contas. apenas sobre as dúvidas susci­tadas na execução das disposições legaisconcernentes ao orçamento, à contabili­dade ou às finanças públicas.

I: a informação.D.C.M., em 19 de maio de 1982.Dr. Gabriel Mader Gonçalves Filho

P.S.2.3 OAB n94526

PARECER N9 4.840/82, DAPROCURADORIA DO ESTADO JUNTO

AO TRIBUNAL DE CONTASA Câmara Municipal de Guarapuava,

pelo seu Presidente, consulta esta Corte so­bre a legalidade da percepção de substdiospor vereador licenciado para tratar de inte­resses particulares e, no caso desse recebi­mento ser ilegal, quais as sanções cabiveís.

A indagação, como está posta, pois oconsulente enuncia os dispositivos que re­gem a matéria, evidencia o óbvio. Seria to­talmente desnecessária a pergunta prelimi­nar. E elementar e clara a resposta. em facedo que dispõem os textos legais ciÍados pe­lo consu\cnte.

Estabelecido. pois, que é ilegal a per­cepção, conseqüentemente fica obrigadoaquele que recebeu indevidamente a devol­ver ao erário o que não lhe cabia por direi­to.

A Câmara, portanto, pela sua Presidên­cia, cabe providenciar para que seja repostaa quantia pelo beneficiário ilegítimo.

Quanto a possrveís sanções legais,concordamos com a D.C.M. em sua Infor­mação no 34/82, de fls. Não compete aesta Corte dizer pois é matéria de caráterestranho ao orçamento, contabilidade e fi­nanças públicas.

eo parecer.Procuradoria do Estado, 19 de junho

de 1982.

Pedro Stenguel GuimarãesProcurador

R. Tribunal Com EsI Paraná 15 (78) Jun/Mur 1983

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RESOLUÇÃO NP 3.100/82-TC

o Tribunal de Comas do Estado do Pa­raná, nos lermos do voto do Relator, Con­selheiro Armando Queiroz de Moraes,

RESOLVE:

Responder à consulta formulada peloSenhor Presidente da Câmara Municipal deGuarapuava , de acordo com o Parecer n94.840182, da Procuradoria do Estado jun­to ao Tribunal de Contas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros Leônidas Hey de Oliveira, RafaelIatauro. João Fédcr , Armando Queiroz deMoraes (Relator), Cândido Martins de Oli­veira c o Auditor convocado Roberto Ma­cedo Guimarães.

Foi presente o Procurador Geral juntoao Tribunal de Contas. Ivan Xavier Vianna.

Sala das Sessões, em 08 de junho de1982.

José IsferPresidente

Interessado: Município de Cruzeiro do SulRelator: Conselheiro Cândido Martins

de Oliveira

DIRETORIA DE CONTAS MUNICIPAIS

INFORMAÇÃO N9 51/82

o Sr. João Julíão . Prefeito Municipalde Cruzeiro do Sul, através do ofício no163/82, de 07 de julho de 1982, com oobjetivo de atender aos dispositivos legaisreferentes à liberação de recursos, encami­nha a este Tribunal de C'ontas a seguinte

CONSULTA

- Qual a remuneração real devida aoVereador integrante de uma Câmara com­posta de nove Vereadores, levando-se em

R. Tribunal Com. Esr P~H:1Jl,í 15 (7H) J,ltl/~hr 19H3

consideração que a receita efetivamente ar­recadada em 1981 foi de Cr$29.889337 AO.

- Na hipótese de ter sido fixada im­portância superior àquela prevista na legis­lação especifica, quais os caminhos que oPrefeito deve tomar quanto à exata libera­ção de recursos e também quanto à possí­vel recebimento além daqueles decorrentesde Lei.

No méritoI) Segundo Censo Demográfico do

Estado do Paraná, -- 1980 - realizado pelaFundação Instituto Brasileiro de Geogra­fia c Estausrica OBGE), o municipio deCruzeiro do Sul conta com 5.791 (cincomil, setecentos e noventa e dois) habitan­tes.

A Lei Complementar no 25/75, comnova redação dada pela Lei Complementarna 38/79, estabelece:

"Arügo 49 - A remuneração dos Ve­readores não pode ultrapassar. no seu to­tal, os seguintes limites em relação a dosDeputados à Assembléia Legislativa do res­pectivo Estado:

I - nos Municrptos com população até10.000 (dez mil) habiUlIlles, 10% (dez porcento);

X- a remuneração mínima dos Verea­dores será de 3% (três por cento) da quecouber ao Deputado Estadual. podendo,nesse caso, a despesa ultrapassar o percen­tual previsto no art. 7Q.

Artigo 69 - Poderão as Câmaras Muni­cipais atualizar a remuneração dos Verea­dores para a mesma legislatura quandoOcorrer fixação ou reajustamento da rcrnu­ncraçãc dos Deputados dos respectivos Es­tados, observados o disposto no artigo 49.

Artigo 79 - A despesa com remunera­ção dos Vereadores não poderá, em cadaMunicípio, ultrapassar, anualmente. 3%(t rés por cento) da receita efetivamenterealizada no cxcrctcio imcdiatamcn te ante­flOr.

Parágrafo único - Se a remuneraçãocalculada de acordo com as normas do arti­go 4V ultrapassar esse limite, seni reduzidapara que não o exceda."

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Procederemos 3 (três) cálculos à fixa­ção dos subsidies dos Vereadores e estabe­leceremos aquele que se coadune com asnormas prescritas em lei.

Primeiro cálculo: A despesa baseada noartigo 70 da Lei Complementar nc 25/75,não pode exceder a 3% (três por cento) dareceita realizada no exerctcto de 1981, ouseja,

0,03 x 29889337,40 = CrS 896680,\2(oitocentos e noventa e seis mil. seiscentose oitenta cruzeiros e doze centavos).

Segundo cálculo: (ArL 49 ~ Inciso I daLei Complementar n9 25j75)~

TOTAL DA REMUNERAÇÃO MEN~

SAL ~ TABELASa) A partir de la de janeiro de 1982:

DOS VEREADORESc.s 18.154,13

.......... .CrS

.crS.. .crS

.cr.. .. .c-s

DOS DEPUTADOSCr$ 181.541,33

b) A partir de 10 de maio de 1982:Cr$ 246~694,33

De acordo com as tabelas, procedemos os seguintes cálculos:Remuneração mensal (ahnea a)Multiplicado pelos quatro primeiros meses.

Remuneração de eada Vereador ...Multiplicado pelo número de Vereadores.

Sub total

Remuneração mensal (ahnea b) .Multiplicado pelos meses remanescentes.

Remuneração de cada Vereador.Multiplicado pelo número de Vereadores.

Sub totalSomatório da remuneração dos 4 meses ...Somatório da remuneração dos 8 meses.

TOTAL DA REMUNERAÇÃO ANUAL . ~ ....

.crS

· .CrS.CrS

.CrS

CrS 24.669.43

18~154,13

x 4

72 .616.52x 9

653.548.68

24.669 .43x 8

197.355,44x 9

1776.198,96653.548,68

1.776198.96

2.429.747,64

Terceiro cálculo: (Art. 40 . Inciso X da L.C. no 25/75).

181.541,33x 4

726.165,32

246.694.33x 8

1.973.554.64726.165,32

1.973.554,64

2.699.719,96x 0,03

80.991,60x 9

· .CrS

· ~CrS

.CrS.....CrS

~CrS

· .CrS

~ CrS

..... ~ ..... ~ .. ~ CrS

Remuneração dos Deputados.Multiplicado pelos quatro meses (jan , a abril).

Sub total

Somatório da remuneração dos 4 meses ..Somatório da remuneração dos 8 meses ..

TOTAL ANUAL.(3%) .

Remuneração rmnima anual de cada VereadorMultiplicado peLo número de Vereadores _ .

Sub total

Remuneração dos Deputados ...Multiplicado pelos oito meses

Total da remuneração mmima anual correspondente a 3%da dos Deputados . · CrS 728.924,40

66 R. Tnbunal Conto Est. Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983

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CONCLUSÃO DO PRIMEIROQUESITO

Verificamos que o segundo cálculo ex­trapola o limite permitido por lei.

Prevalece, portanto, o Terceiro cálcu­lo, em face do fundamento contido no pri­meiro cálculo.

2) A resposta legal do segundo quesitoestá definida no Parágrafo único do artigo79 da Lei Complementar 119 25, de02/7/75.

A redução, será feita nos meses cxcc­dentes c. verificado pagamento a maior. osSrs. Vereadores deverão repor ao eráriomunicipal as quantias recebidas irregular­mente. com o competente estorno da des­pesa.

Se os Srs. Vereadores. até determinadomês, receberam além do permitido, mesmoque ainda haja saldo de dotação, nada maislhes é devido. não poderá. portanto, haverliberação de recursos.

Submetemos os termos desta informa­ção à consideração superior.

D.c.M., em 04 de agosto de 1982.

Clóvis Carvalho LuzTécnico de Controle Externo

PROCURADORIA

PARECER N~ 7267/82

o Prefeito Municipal de Cruzeiro doSul consulta esta Corte sobre qual remune­ração deve ser atribuída aos Vereadores.em função da receita arrecadada no exer­cício anterior c como proceder no caso des­sa remuneração haver excedido os limitesfixados emlci.

A D.C.M., em sua Informação 11951/82, de fls. 3 e seguintes analisou preci­samente o assunto c lhe deu, resposta ade­quada.

t a razão por que opinamos para que aresposta seja fornecida nos exatos termosdaquela instrução.

l~ o parecer.Procuradoria do Estado, 17 de agosto

de In2.R. Tribuna! Con1. hl Paran.i 15 (18) Jan/Mar 19HJ

Cons. Cândido M. OliveiraRelator

VOTO

Atral'és de correspondência regulamen­tar, o Senhor João Julião, Prefeito AJuntá­paI de Cruzeiro do Sul, encaminhou con­sulta a este Tribunal indagando. basicamen­te, o seguinte:

a) Qual a remuneração real devida aoVereador integrante de uma Câmara com­posta de 9 Vereadores. Para isso, indicoua receita efetivamente arrecadada no exer­cicio de 1981, de CrS 29.889.337,40.

h) Na hipótese de ter sido fixada, pelaCâmara. importância superior àquela pre­vista na legislação especifica. quais os cami­nhos que o Prefeito deve tomar quanto àexata liberação de recursos e quanto a pos­s/vet recebimento além daqueles decorren­tes de lei.

1\ Diretoria de Contas Municipaisinformou o assunto com detalhes, porém,deu-lhe tratamento técnico complexo e am­plitude que poderão escapar ao perfeito en­tendimento da matéria.

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Com o objetivo de proporcionar àconsulta resposta objetiva e simples, à luzda própria solicitação do Prefeito e rigoro­

·samente de acordo com a lei, entendo quea resposta possa ser dada nos seguintes ter­mos:

a) conforme disposição do artigo 79da Lei Complementar Federal n9 25, de02.07.75, a despesa com a remuneraçãodos Vereadores não poderá, em cada Muni­cípio, ultrapassar, anualmente, 3% (Trêspor cento) da receita efetivamente realiza­da, no exercício imediatamente anterior.Aplicando-se, portanto, 3% sobre Cr$29.889.337,40, obtém-se CrS .896.680,12, que é o máximo que a Câma­ra pode despender, em 1982, com a remu­neração dos Vereadores;

b) dividindo-se Cr$ 896.680,12 pelonúmero de Vereadores à Câmara, no totalde 9 (nove), obtém-se CrS 99.631,11, li­mite de remuneração anual do Vereador.Esse valor, dividido por 12 (doze), corres­ponde aos meses do ano, dá como resul­tado CrS 8.302,58 (oito mil, trezentos edois cruzeiros e cinqüenta e oito centavos),que é a remuneração mensal máxima que oVereador à Câmara Municipal de Cruzeirodo Sul pode perceber ao longo do exerci­cio financeiro de 1982;

c) se a Câmara fixou valor superior de­ve, nos termos do parágrafo único do artigo79 da citada Lei Complementar Federalno 25, reduz í-lo ao valor mensal já mencio­nado, devendo ser reposta aos cofres públi­cos a importância recebida a maior.

E o meu voto.Sala das Sessões em 24 de agosto de

1982.

Conselheiro Cândido Martins de OliveiraRelator

RESOLUÇÃO N9 4.118/82-TC

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade,

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RESOLVE:

Responder à consulta formulada peloSenhor Prefeito Municipal de Cruzeiro doSul, conforme propôs o Conselheiro Rela­tor Cândido Martins de Oliveira.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros: Leõnidas Hey de Oliveira. AntonioFerreira Rüppel, Rafael Iatauro, João Fé­der, Armando Queiroz de Moraes e Cândi­do Martins de Oliveira (Relator).

Foi presente ° Procurador Geral jun­to ao Tribunal de Contas, Ivan XavierVianna.

Sala das Sessões, em 24 de agosto de1982.

José IsferPresidente

Interessado: Município de Santa Isabeldo Ivai

Relator: Conselheiro Leônidas Heyde Oliveira

DIRETORIA DE CONTASMUNICIPAIS

INFORMAÇÃO N9 41/82

Através do Oficio no 142/82, de 27de maio de 1982,0 ilustre Prefeito Munici­pal de Santa Isabel do Ivai, Dr. EduardoOuo, encaminha consulta a este Tribunal110S seguintes termos:

A CONSULTA

Senhor Presidente,"Com o objetivo de esclarecer proce­

dimentos admínístrativos, adotados peloLegislativo deste Muníct'pío, conforme có­pia anexa (Portaria no 01/82 de 16/04/82),no que respeita a nomeação de funciondriopara o cargo de provimento efetivo deescrituraria, SEM CONCURSO, tenho ahonra de consultar esse Egrégio Tribunalsobre a legalidade de tal iniciativa, levando­se em consideração a necessidade de libe­ração de recursos orçamentários para o res­pectivo pagamento de vencimento.

R. Tribunal Cont , Est. Paraná 15 (78) Jan/Mar 1983

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Este Munictpio, no que Se refere aosseus funcionários, adota o Estatuto dosFuncionarias Civis do Estado Lei n9 6174de 16/11/70, e em função disso, o dispostolegal que determina a indispensabilidade doconcurso público para a primeira investidu­ra em cargo público.

O Regimento lntemo do Legislativo,anexo em seu artigo 54 - § 1.0, repete aexigência do Estatuto. configurando ànecessidade de sua observância.

De outro lado, alterando 0.<; limites deremuneração, atribuidos aos ntveis dos [un­cionários de cargos de carreira, conformeLei Municipal n9 2/81, anexa, o Legislati­vo, pelo seu Presidente, atribui ao Padrão10. Portanto, à luz de precitada Lei Muni­cipal, o vencimento, admitida a legalidadeda nomeação, seria a luz da Lei Municipaln9 07/81, anexa, de CrS 20.033,65 [vintemil, trinta e três cruzeiros e sessenta e cincocentavos), nível lO, e não CrS 32.500,00(Trinta e dois mil e quinhentos cruzeiros),Padrão 10, como vem sendo pago. Esteprocedimento, por outro lado, contrariaigualmente o disposto nos parágrafos 59 e69 do artigo 54 do mencionado RegimentoInterno.

Assim sendo, a manifcstaçâa desseEgrégio Tribunal, serd impor/ante e decísi­I'a para o exato esclarecimento da matéria'.'

Atenciosamente

Eduardo OttoPrefeito Municipal

Os fatos trazidos à consideração desteTribunal revelam que o Presidente doLegislativo do Município de Santa Isabeldo Ivai incidiu em dois erros flagrantes, asaber:

a) - em se considerando que o Muni­cípio adota, no que diz respeito aos seusservidores, o Estatuto dos Funcionários Ci­vis do Estado - Lei 119 6.174, de 16/11/70- conforme permissivo da Lei Orgânica dosMunicípios do Paraná, a "nomeação" pro­cedida, sem concurso, pelo Presidente daCâmara, pela Portaria n901/82, de.

R. Tribunal Cont. Est. Paraná 15 (18) Jan/Mar 1983

16/04/82, às fls., de funcionário paraocupar cargo de provimento efetivo é nulade pleno direito, haja vista disposiçõesespecíficas do Estatuto, por ordem:

"Art. 29 . Funcionário é a pessoa legal­mente investida em cargo público, que per­cebc dos cobres estaduais vencimentos ouremuneração pelos serviços prestados".(grifei)

"Art. 59 - A nomeação em caráter cfc­tivo para cargo público exige aprovaçãoprévia em concurso público de provas oude provas c utulos, salvo as exceções le­gais". (grifei).

Além das disposições legais invocadas,há que se por em linha de relevo matériaensartada no próprio Regimento Interno daCâmara Municipal de Santa Isabel do Ivaf.anexo, objeto da Resolução n9 01/74, de27.11.74. Assim, o § 19 do artigo 54 des­se documento, capitula:

"ArI. 54 -...§ 19 - A Câmara somente poderá ad­

mitir servidores mediante concurso públicode provas ou de provas e títulos, após acriação dos cargos respectivos através de leiaprovada pela maioria absoluta dos mem­bros (Const: da República Federativa doBrasil, art. 108, § 29).

b) além do procedimento ilegal já re­ferido, o Vereador Presidente incorreu emnova impropriedade, ao atribuir ao "fun­cionário nomeado" vencimento discrimina­tório e diverso daquele previsto na Lei Mu­nicipal no 07/81, já que, inusitadamente,deu a cargo de provimento efetivo o trata­mento remuneratório de cargo. em comis­são, padrão 10, especificado no artigo 19,letra "h", da Lei nç 02/81, de 20 de abrilde 1981, às fls.

Aqui, também. como no caso prece­dente. houve desrespeito ao Regimento In­terno da Câmara, em função do dispostoaos parágrafos 59 e 69 do artigo 54 domesmo, a saber:

"Art. 54§ 59 - Aplicam-se. no que couber. aos

funcionários da Câmara Municipal os sis­temas de classificação c n rveis de vencimen­tos dos cargos do Executivo.

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§ 69 - Os vencimentos dos cargos daCâmara não poderão ser superiores aos pa­gos pelo Executivo, para cargos de atribui­ções iguais ou assemelhadas".

Diante do exposto, não tem validadejurídica o ato do senhor Presidente da Câ­mara Municipal de Santa Isabel do lva i, de"nomeação", sem concurso, de servidorpara exercer cargo de provimento efetivo.

ea informação.D.C.M.,em07 de junho de 1982.

DU11io Luiz BentoDiretor

PARECER NP 5.138/82, DAPROCURADORIA DO ESfADO

JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS

o Prefeito Municipal de Santa Isabeldo Ivaí consulta esta Corte sobre a legali­dade do ato do Presidente da Câmara Mu­nicipal que, sem concurso, nomeou funcio­nário para cargo de provimento efetivo', e,além disso, atribuiu ao nomeado venci­mentos próprios de cargo de provimentoem comissão.

A dupla ilegalidade do ato daquela au­toridade, ferindo. frontalmente, todos osdispositivos legais que regem atos dessa na­tureza, foi seguramente analisada pelaD.C.M., em sua Informação no 41/82, defls.. cujos termos endossamos por intei­ro.

Opinamos, pois. para que a respostaseja vasada com base naquela instrução.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 10 de ju­

nho de 1982.

Pedro Stenghel GuimarãesProcurador

RESOLUÇÃO No 3.373/82·TC

o Tribunal de Contas do Estado do Pa­raná, nos termos do voto do Relator, Con­selheiro Leónidas Hey de Oliveira,

70

RESOLVE:

Responder à consulta de acordo com aInformação n9 41/82, de Os. da Diretoriade Contas Municipais.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros Leônidas Hey de Oliveira (Relator),Rafacl latauro , João Féder , Armando Quei­roz de Moraes, Cândido Martins de Olivei­ra e o Auditor convocado Roberto MacedoGuimarães.

Foi presente o Procurador Geral juntoao Tribunal de Contas, Ivan Xavier Vianna.

Sala das Sessões, em 24 de junho de1982.

José IsferPresidente

Interessado: Município de Telêmaco BorbaRelator: Conselheiro Annando Queiroz

de Moraes

DIRETORIA DE CONTAS MUNICIPAIS

INFORMAÇÃO No 20/82

o Prefeito Municipal de Telêmaco Bor­ba, Sr. Carlos Hugo WolffVon Graffen, en­viou a esta Colenda Corte de· Contas a se­guinte consulta, que. para não perdermosseu integral conteúdo, a transcrevemos,"vcrbts":

A CONSULTA

"Senhor Presidente:Dirigimo-nos a esse Egrégio Tribunal,

objetivando formular consulta sobre a via­bilidade da celebração de um Convênio en­tre esta Prefeitura e o Instituto de EnsinoCamões , com sede na Capital do Estado.visando transferir àquela entidade, parteda responsabilidade pelo ensino de primei­ro grau deste Município.

Conforme se infere da leitura dos se­guintes documentos, cópias juntas: Ofíciono OI75·3/81·DA, Anteprojeto de Lei,

R. Tribunal Conto Est . Purana 15 (78) Jan/M ar I Sl83

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I-,i!íi,II

Contrato de Comodato c Túmo de Convê­nio. com ti oficial ização da proposta doInstituto, parte da responsabilidade peloEnsino de 19 Grau no Municrpio passaráàquela organização, mediante a captação derecursos oriundos do Salário-Educação,previsto na Constituição Federal em seuartigo 178.

Sucede porém, que a Lei Complemen­tar n9 2, de 18 de junho de 1973 (LeiOrgânica dos Municipios) em seu artigo19, diz que:

Artigo 19 - Ao Municfpio compete.concorrentemente com o Estado:

I· .11 - Promover a educação. a cultura e o

serviço social:O artigo seguinte, do mesmo diploma,

estabelece que:Artigo 20 - O Municrpio poderá dele­

gar ao Estado, mediante Convênio. os ser­viços de competência concorrente de suaresponsabilidade a que se refere esta Lei.

E ainda. em seu artigo 21. nos informaque:

Artigo 21 - Ao Munidpio é facultadocelebrar Convênios com órgão da adminis­tração direta ou indireta. do Estado ou daUnião. para a prestação de serviços de suacompetência. quando lhe faltarem recursostécnicos ou financeiros ou quando houverinteresse mútuo.

Do exposto. surge-nos então a dúvidaquanto a legalidade da celebração do pre­tendido Convênio. para o quc , pedimos,"data vcnía". o abalisadc parecer desse Tri­bunal.

Solicitamos informar também. em casopositivo. Se tu! medida traz bcneucfos eco­nômicos ao Municr'pio . c, ainda, quanto alegalidade da garuru ía da obrigação. exigidano artigo 79 do Ante-Projeto de Lei.

Na expectativa de contarmos com umabreve resposta desse órgão. prevalecemo­nos do ensejo para reiterar protestos deapreço e consideração.

Atenciosamente

Carlos Hugu Wolff VOII CraffcuPrefeito Municipal"

R. Trrhu na I Cour. hl. ParanJ 15 (7HI Jarl/M;lr Il}HJ

Prclirninurmcnte , há que dizer que. emparte. existe competência deste EgrégioTribunal para apreciação da consulta, maisespecificamente quanto à matéria dasfinanças públicas. conforme disposto noart. 31 da Lci nc y.ôl Sc dc li de agosto de1967. "in exprcssis":

"0 Trihunal resolverá sobre consultasque lhe forem solicitadas pela administra­ção publica. por intermédio dos chefes dosPoderes Públicos, Secretários de Estado,Administradores de Entidades Autárquicas,direta e indireta do Estado, acerca das dú­vidas suscitadas na execução das disposi­ções legais concernentes ao orçamento, àcontabilidade ou às finanças públicas",

Dentro desse contexto, passamos aoexame "de meritis",

I. De acordo com a minuta de fls..que objetiva a concretização de termo deconvênio entre o Instituto de Ensino Ca­mõcs e o Municrp!o de Telêmaco Borba.visando aplicação de recursos destinados àmanutenção de alguns estabelecimentos deensino. temos a considerar que a instru­mentalização do acordu está incorreta. Aminuta. como referida. trata de convênio.instrumento próprio c privativo para serutilizado entre pessoas jurídicas de Direi­to Público, Assim é porque o legislador de.1967. ao elaborar o texto do Decreto-leino 200. de 25 de fevereiro daquele ano.deu ao instituto "convênio" identidadeprópria e especifica. e para isto considerou,parece-nos. que para os acordos entre pes­soas jurídicas de Direito Público e as deDireito Privado. existe as espécies jurídicasdo "contrato" e das "concessões". maispróprias. face às pessoas c a natureza dosinteresses que nelas Se hão de produzir. Talentendimento encontra amparo na doutri­na. em que especificamos. "in vc rbis":

"Com o Advento do Decreto-lei no200. de 25 de fevereiro de 1967, porém.ganhou a matéria 110VO dimensionamento.em termos de terem sido fixadas as respec­tivas áreas de influência. Hoje. não maisse admitem l:Jis cqurvocos. Na verdade.têm os convênios. no Direito Administrati­vo Brasileiro. destinação específica. como

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fatores de descentralização (§§ \0. almca"b", e 59 do art. 10 do Decreto-lei 119200, de 25 de fevereiro de 1967). São, poisveiculas utilizáveis entre pessoas jundicasde Direito Público Crema "Convênios cContratos", do Dr. Jair Teixeira Campos,publicado às páginas 31 c 32 da Revistado Tribunal de Contas da União, de no 9dezembro de 1974).

Certo é que o Instituto de Ensino Ca­mõcs é uma entidade qualificada comopessoa jurídica de direito privado.

Ainda com relação à minuta do possí­vel acordo. a cláusula segunda, com o texto"Todos os funcionários c professores neces­sários ao perfeito funcionamento dos esta­belecimentos acima mencionados passarão,a partir do exercício de 1982, a integrar oquadro de funcionários do Instituto de En­sino Carnôes, somente para efeito de paga­mento, sem prcjuizo dos direitos decorren­tes do vínculo dos mesmos com a Prefeitu­ra Municipal", avança por caminhos da dcs­truiçâo , ou na melhor das hipóteses porconfusão, do contrato bilateral de trabalho,pois a identificação do empregador é de in­dagar-se se recai somente na Prefeitura Mu­nicipal ou em esta e o Instituto de EnsinoCamões, ou mesmo outra hipótese cabível.

2. Oportunamente, a Municipalidadejá fez pesquisa e relaciona o artigo 21 daLei Orgânica dos Municípios do Estado doParaná (Lei Complementar nO 2, de 18/06/73), o qual é claro ao delimitar a área deabrangência da figura dos "convênios",privativo de órgãos públicos, como já rcfc­rido anteriormente, o que engrossa o rol deartigos que, uniformemente, assim pres­crevem.

3. Com relação ao artigo 79, do Antc ­projeto de Lei cuja minuta se encontra "inexpressis"

"Como garantia da obrigação assumidano inciso lI, do art. 39, a Prefeitura habili­tará a entidade convenentc ao recebimentodireto junto ao Banco do Estado do Paran ..íS/A. ou onde for efetuado o pagamento departe da quota do Imposto de Circulaçãode Mercadorias, atribuído ao Municfpiopelo Estado do Paraná.

72

Temos a considerar o exagero no tex­to. pois sequer limitou O "quanturn" a serlevantado, ncm estipulou condições paraessa fixação, isso tudo sem considerar acondenação que merece o uso do sistemade recebimento, diretamente nos bancos.de valores do Municfpio , por parte de cre­dores. pois em casos C0l110 esse se fere odisposto no artigo óO da Lei Federal no4.320/64, o qual estabelece a exigência deprévio empenho para a realização de despe­SaS.

Parece-nos que esse artigo criará tantosimpccilhos à administração municipal. querecomendamos a sua eliminação. ou elabo­ração de novo texto mais conseutáneo como bom senso c a realidade das prescriçõeslegais que regem a matéria.

4. A Municipalidade indaga se a apre­ciada proposta traria beneficios econômi­cos ao Municfpio , o que não nos cabe apre­ciar por falta de amparo legal para acompetência desta Egrégia Corte, searapertencente ao administrador públicomunicipal.

5. Por último, indaga-se quanto à lega­lidade da proposta apresentada pelo Insti­tuto de Ensino Camõcs , em que esclarece­mos que nada existe de proibitivo quantoà natureza do pretendido vinculo contra­tual. Entretanto, a configuração técnica e ainstrumentalização são deveras temeráriaspelo exagero em parte de seus textos, emque o Município é colocado na condiçãode pai bondoso que só lhe caberia aceitaros fatos, mesmo que exagerados.

f a informação.O.C.M. em 22 de março de 1982.

Nocdí Bittencourt MartinsTC-IOO.3

Técnico de Controle ExternoO.A.B./PR 1196206 - C.R.C./PR nç 9692

PARECER Nr 2.770/82, DAPROCURADORIA DO ESTADO

JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS

O Prefeito Municipal de TelêmacoBorba, consulta esta Corte sobre a viabi-

R. Tribuna! Coru. E~I Paraná 15 (78) Jal1/~lar 1YXJ

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lidade de celebração de convênio COI11 es­tabelecimento de ensino de primeiro graudaquele rnunic ipic , e anexa minuta deante-projeto de lei que embasaria o referidoprocedimento.

Prelinunarrncntc , entendemos que amatéria colocada a exame extrapolá dacompetência desta Corte, nos termos doar t . 31, da Lei no 5615/67. muito embora,em parte envolva problema de aplicação dedinheiro público, relacionado com o recebi­mento e utilização de recursos do salário­educação.

Frfze-se , porém, que quanto a esse as­pecto a União, através de Decreto nc87.043/82, deu nova regulamentação aorecebimento e aplicação daquela contribui­ção e as normas respectivas são da alçadado Conselho Estadual de Educação, que se­ria, em nosso entendimento, o órgão com­petente para dirimir as principais dúvidasdo consulente , quanto à possibilidade le­gai e o interesse para o rnunicfpio , do quelhe está sendo proposto, - é esse o pontovital da consulta -.

Daí porque esta Procuradoria opinapara que o douto Plenário não tome conhe­cimento da indagação, e, se houver porbem, apenas oriente o interessado para quese dirija ao citado Conselho que estará per­feitamente abalisado a lhe oferecer os es­clarecimentos que deseja.

f o parecer.Procuradoria do Estado, 26 de março

de 1982.

Pedro Stenguel GuimarãesProcurador

RESOLUÇÃO N9 3.262/82-TC

O Tribunal de Contas do Estado doParaná. nos termos do voto do Relator,Conselheiro Armando Queiroz de Moraes,

Considerando o que consta da Instru­ção de fls. da Diretoria de Contas Munici­pais e do Parecer no 2.770/82. da Procu­radoria do Estado junto ao Tribunal- de

R. Tribunal Cont. Est. Paraná 15 (78) Jan/Mur 1983

Contas;Considerando o que estabelece o arti­

go 13. do Decreto Federal nO 87.043, de21 de março de 1981, que regulamentou oDecreto-Lei no 1.422.de 23 de outubro de1975. que dispôs sobre o Salário Educação;

Considerando. assim, que a matériada consulta não pode merecer apreciaçãopor parte deste Tribunal;

Considerando. ainda, que não nos pa­rece ser a forma exposta na consulta a ade­quada ao atendimento do serviço e ao pre­tendido acordo.

RESOLVE:

Devolver o processo à Sua origem.Participaram do julgamento os Conse­

lheiros: Leónicas Hey de Oliveira. JoãoFéder, Armando Queiroz de Moraes (rela­tor). Cândido Martins de Oliveira e osAuditores convocados Oscar Felippe Lou­reiro do Amaral e Roberto Macedo Guima­rães.

Foi presente o Procurador Geral juntoao Tribunal de Contas. Ivan Xavier Vianna.

Sala as Sessões. em 15 de junho de1982.

José IsfcrPresidente

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Decreto-Lei n? 1805,de 1 de outubro de 1980

Dispõe sob Te a t ransfcréucia aosl:st<lUns. Disuüo Federal. TerritóriosL' i\-IUllil'(pios das parcelas ou quotas­part c s dos recursos uibutarios arrc­cadudo s pela União, c da outras pro­vidcu cia-;

() I'RESIDE~TE DA REPÚBLICA.no uso da at rtbuíção que lhe confere, oart. 55. IIlCiM.l 11. da Constn uiç.ro. e tendoem vista li conveniéncia de desburocra ti­zar e descentralizar os mecanismos detransferência dos recursos destinados aosEstados, Distrito Federal e Municípios,fortalecendo-lhes simultaneamente a estru­tura financeira e a autonomia adminis­trativa,

DECRETA:

Art. I~l - A partir do mês de janeirodo excrcrc!c de 1981. ou do primeiro t ri­mestre do mesmo cxcrcfcio , no caso derecolhimento trimestral, as parcelas ouquotas-partes dos recursos tributários arre­cadados pela União e destinados aos Es­tados, ao Distrito Federal. aos Territóriosc aos Munícrpios ser-lhes-50 automatica­mente entregues pelo Banco do BrasilS/A, observados os percentuais de dis­tribuição ou índices de rateio definidospelos órgãos federais competentes,

§ 1C? - O disposto neste artigo aplica­se às parcelas ou quotas-partes relativasàs seguintes transferências:a)· Fundo Rodoviário Nacional - FRN;b) - Taxa Rodoviária Única - TRU;

R. Tribunal COIH. E~t. Parana 15 t7S) J::n/Mar 1983

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.'

c) - Adicional do Imposto Único sobreLubrificantes c Cornbust íveis Líquidose Gasosos - IULCLG:

d) - Imposto Único sobre Energia Elé­trica - IUEE:

c) - Imposto Único sobre Minerais - IUM.Art. 2? - Os órgãos federais respon­

sáveis pela fixação das alíquotas ou per­centagens dos fundos ou transferências,a que se refere o artigo anterior. comuni­carão ao Banco do Brasil S/A. até o últi­mo dia útil do mês ou do trimestre scgutn­te ao do recolhimento, conforme o caso.os percentuais de distribuição ou Índicesde rateio atribuídos aos Estados, ao Dis­trito Federal, aos Territórios e aos Mu­nicrpios.

§ 1~ - Recebida a comunicação deque trata este artigo. o Banco do Brasil51 A creditará, imediatamente, nas contasespeciais nele mantidas pelas entidadescredoras, as quantias devidas com basenos respectivos percentuais de distribuiçãoou mdices de rateio.

§ 2Çl - Esgotado o prazo previstono c.aput deste artigo, sem que tenha rece­bido a comunicação. o Banco do BrasilS/A creditará, nas contas especiais dasentidades credoras, as quantias devidascom base no mesmo critério de distribui­ção ou rateio aplicado no último mês outrimestre pago, procedendo-se aos neces­sários ajustes ao final do excrcrcio.

Art. 3~ - Na aplicação dos recursosprovenientes das parcelas ou quotas-partesde que trata este Decreto-Lei, os Estados,o Distrito Federal, os Territórios e os Mu­nicípios respeitarão a destinação previstana correspondente legislação específica.observadas as peculiaridades locais e asnormas. diretrizes e prioridades estabe­lecidas pelo Presidente da República.

Parágrafo Único - O orçamento ela­borado na fonna da Lei n~) 4.320. de17 de março de 1964. e com observânciado disposto neste artigo, constituirá. umavez aprovado pelo Poder Legislativo com­petente. prova da adequada destinaçãodos recursos à sua vinculação específica.

Art. 4~ - A fiscalização da entrega.

R. Tribunal Con!. EsL Paraná 15 (78) JanfMar 1983

às entidades credoras, dos recursos de quetrata este Decreto-Lei será feita pelo Tri­bunal de Contas da União. cunforme odisposto no artigo 31, item VIII. do De­ereto-Lei n9 199. de 25 de fevereiro de1967.

Art. 59 - Para os fins previstos nosartigos 3~) e 4~. tão logo sejam credi­tadas as importâncias devidas aos Estados,ao Distrito Federal. aos Territórios e :lOS

Municrptos, o Banco do Brasil S/A comu­nicará ao Tribunal de Contas da União eà Secretaria de Planejamento da Presi­dência da República os montantes transfe­ridos a cada unidade .

Art. 69 - A fiscalização da aplicaçãodos recursos de que trata este Decreto­Lei será exercido pelo órgão legislativocompetente com o auxilio:

I - dos Tribunais de Contas dosEstados, ou dos Conselhos de Contas dosMunicrpios. quando houver. ou. ainda. dosTribunais de Contas Municipais. consoanteo disposto nos artigos 13, item IV. e 16e seus parágrafos, da Constituição;

11 - do Tribunal de Contas do Dts­trtto Federal. no que conce rne aos valorestransferidos ao Distrito Federal: e

111 - do Tribunal de Contas da União.no que se refere aos valores transferidosaos Territórios.

§ 1~ - Para os fins previstos nesteartigo, os Estados, o Distrito Federal. osTerritórios e os Municípios apresentarão, apartir do exercício de 1981. ao Tribunal ouConselho de Contas competente, o BalançoGeral referente ao exercício anterior.

§ 2o - Na falta da apresentação dodocumento a que se refere o parágrafoanterior. o Tribunal ou Conselho de Con­tas poderá solicitar ao Banco do BrasilS/A o bloqueio dos recursos até que sejasanada a irregularidade.

Art. 70 ~ O produto da arrecadaçãodo Imposto sobre a Propriedade Territo­rial Rural - ITR será diretamente credi­tado ao Município interessado pelo Bancodo Brasil S/A ou agente arrecadador, de­duzida apenas a parcela legalmente devidaao INCRA - Instituto Nacional de Colo-

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nização e Reforma Agrária. observados osprazos e cominações previstos no artigo 24,~ 3~). da Constituição.

ArL 8~) - As parcelas de receita de­correntes do Salário-Educação, de quetrata a alínea a do artigo 2? do Decreto­Lei n~ 1.422, de 23 de ootubro de 1975,serão entregues às entidades credoras damesma fonna e nos prazos previstos nosartigos I~) e 2~) deste Decreto-Lei índepeu­dentemente de qualquer formalidade.

Art . 9 0 - A Secretaria de Planeja­mento da Presidência da República estabe­leceni normas e baixará instruções paraa execução deste Decreto-Lei. bem comoadaptará aos seus preceitos quando cabí­vel, o tratamento relativo a outros recur­sos federais repassados aos Estados, ao Dis­trito Federal, aos Territórios e aos Mu­nicípios.

Art. 10 - Os saldos das contas manti­das no Banco do Brasil S/A pelos Estados,Distrito Federal, Territórios e Municípios,provenientes de recursos arrecadados pelaUnião e a eles transferidos. poderão serlivremente movimentados independente­mente de autorização de qualquer órgãofederal.

Art. l1 - Ficam revogadas as dispo­sições legais e regulamentares que atri­buam competência a órgãos da Adminis­tração Federal para orientar ou fiscalizara aplicação dos recursos transferidos deque tratam os artigos anteriores, e, conse­qüentemente, abolidas as exigências deplanos de aplicação, programas de traba­lho e outros instrumentos de controle,passando a matéria a ser regulada exclu­sivamente pelo disposto neste Decreto-Lei.

Parágrafo Ún ice - O disposto nesteartigo não se aplica aos fundos de quetrata o artigo 25 da Constituição. (Re­vogado)

Art. 12 - As normas de fiscalizaçãoe controle previstas nos artigos 4~, 5?e 6~ deste Decreto-Lei serão observadasna entrega e aplicação dos fundos refe­ridos no artigo anterior. (Revogado)

Art. 13 - Este Decreto-Lei entra emvigor na data de sua pubficaçâo. revogados

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o item X do artigo 31 e o artigo 43 doDecreto-Lei n9 1.755, de 31 de dezembrode 1979,e demais disposições em contrario.

Brasilin, 10 de outubro de 1980;159~) da Independência e 92~ da Rc­pública.

(aa) JOI\O FIGUEIREDOEduardo Pereira de CarvalhoAntônio Delfim NettoHélio Bclt rão.

R. Tribunal Cont . Est. Pararui 15 (78) Jari/Mar 1983

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f) Fundo de Participação dos Es­tados. do Distrito Federal e dosTerritórios - FPE;

g) Fundo de Participação dos Mu­nicrpios - FPM;

h) Fundo Especial - FE,"Ar1. 1° - O Art . 3~) do Decreto-Lei

no ] .80). de ]l)gO. passa a vigorar ('0111

I\

l'IiI

II

III

R. Tribunal Com. ht. Pannni 15 (78l Jan/:--'lar 19H3 .

Decreto-Lei n? 1833,de 23 de dezembro de 1980

Extingue a vínculucdo .as categoriasecuturmicus na aplicaçúo, pelos ESTa­dos, Distritos Federal, Territórios eMUlliClpios. de recursos tributdriostranstcrídos pela Uniiio, e dd outrasP}"() vtden cios.

o PRESIDENTE DA REPÚBLICAno USo da atribuição que lhe confere oartigo 55. item li, da Constituição, tendoem vista o disposto na Emenda Consti­tucional 119 17. de .2 de dezembro de1980, e no Decrc to-Lci no 1.805, de 10de outubro de 1980. c consoante os objc.ttvos do Programa Nacional de Desbu­roera t izaçâo .

DECRETA:

Art. I? - São acrescentados ao pará­grafo único do artigo I'? do Decreto-Leinu 1.805, de 10 de outubro de 1980,trcs ahncas. na forma abaixo:

"1\ rt . I '?Purãgrafo Único _. O disposto nesteartigo aplica-se às parcelas Oll quotas­p.utcs rcla uva s às seguintes trans­fcrénctas:

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a seguinte redação:"Art. 3? - Na aplicação dos recursos

provenientes das parcelas Oll quotas­partes de que trata c stc Decreto-Lei,os Estados, o Distrito Federal. osTerritórios e os Municípios respei­tarão exclusivamente as vinculações afunções de Governo previstas na legis­lação específica, observadas as peculia­ridades locais e as normas, diretrizese prioridades estabelecidas pela Presi­dência da República.

§ I~) - Ficam extintas, a partir de1~ de janeiro de 1981, as vinculaçõesdas categorias econômicas (art. 12, Leinç 4.320, de 17 de março de 1964).§ 2~ - O orçamento elaborado con­forme a Lei n~ 4.320, de 17 de marçode 1964, e com observância do dis­posto neste artigo, constituirá, urnavez aprovado pelo Poder Legislativocompetente, prova da adequada desti­nação dos recursos à sua vinculaçãoa funções de governo.~ 3~ - Para efeito de conhecimento,e após a aprovação dos orçamentoselaborados nos termos do parágrafoanterior. as entidades referidas nesteartigo encaminharão à Secretaria dePlanejamento da Presidência da Re­pública - SEPLAN informações sobreos recursos aplicados."

Art. 3? - A fiscalização de que tratao artigo 6?, itens I e 11. do Decreto-Leino 1.805, de 1980, será feita pelo Tri­bunal de Contas da União até o exercíciode 1979. inclusive, cabendo-lhe ainda aapreciação dos recursos interpostos comrelação às contas fiscalizadas.

Art. 4l? - Este Decreto-Lei cntraráem vigor na data de sua publicação.

Art. 5~ - Ficam revogados o pará­grafo único do artio 11 e o un igo 12 doDecreto-Lei Il~) 1.805. de 1980. e dentaisdisposições em contrtirio .

Brasília. 23 de dezembro de 1980.159~) da Independência c 92~1 da Repu-

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blica.

(aa) JOÃO FIGUEIREDOEmane CalvcasAntônio Delfim NettoHélio Behrão.

R. Tribunal Com. Fsl. Paraua 15 (7H) Jun/Mar 19H3

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R. Tribunal Cont. Est. Paraná 15 (?SI Jari/Mar 1983

LEGISlAÇÃO

Decreto-Lei n? 1970,de 29 de novembro de 1982

Elimina as frações de Cruzeiro /lasoperações de natureza orçamentária.financeira e contdbil.

o Presidente da República, 110 uso daatribuição que lhe confere o artigo 55-,item 11. da Constituição,

DECRETA:

Art. I? - Nas operações realizadasem moeda nacional, de natureza orçamen­tária, financeira e contábil, em que figuremórgãos e entidades da administração dire­ta c indireta da União. dos Estados, dosMunicfpios e do Distrito Federal. bem co­mo as fundações por estes mantidas ouinstituídas. serão desprezadas, no rcsul­tado final dos cálculos. as frações deCruzeiros (CrS).

Art. 2? - Este Decreto-Lei entraem vigor na data de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário.

Hrastlia. em 29 de novembro de 1982;161~) da Independência e 94~ da Re­pública .

JOÃO FIGUEIREDODelfim NettoHélio Bel/rôo

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Pede-se acusar o recebirneno a fim de não serinterrompida a remessa.

Recebemos a R. Trinb. Conto Est. Paraná v. 15 n9 78, Jan./Mar. 1983

Nome:

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