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Pais e filhos
Dentre os mandamentos constantes na
Bíblia Sagrada, existem aqueles
seguidos de promessa.
E o primeiro dentre estes ensina:
“Honrarás pai e mãe,
a fim de prolongares os
teus dias na terra...”
Honrar é colocar em lugar de honra,
- num trono ou num altar -,
ou, no mínimo, no melhor lugar da mesa
e no mais confortável cômodo da casa.
Honra aquele que reconhece o carinho e o cuidado que os pais manifestaram num tempo em que de tudo ainda éramos dependentes.
Honra aquele que
recorda e tenta retribuir
o carinho e a proteção
que recebeu ainda na
mais tenra idade.
Num tempo em que os
pais se esforçaram para
saciar-lhe a sede,...
...matar-lhe a fome,...
...proteger-lhe do frio,...
...e apresentar-lhe um
admirável mundo novo que se
descortinava à sua frente.
Acerca deste tema,
ensina-nos o
Sagrado Alcorão:
“E teu Senhor decretou que
não adoreis senão a Ele.
E decretou benevolência para com os pais.
Se um deles ou ambos atingem a velhice em vossa
companhia, não os reproveis, nem os repreendais.
Outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas,...”
“...e estende sobre eles
a asa da humildade, e dize:
‘Ó Senhor meu, tem misericórdia deles,
como eles tiveram misericórdia de mim,
criando-me desde pequenino.’
Vosso Senhor bem sabe o que tendes na
alma. Se sois justos, Ele sempre perdoa aos
que voltam para Ele contritos.”
Honrar significa exaltar as virtudes,
sem, no entanto, ignorar os
defeitos, - defeitos estes que,
em sermos humanos, todos nós
carregamos.
Honrar os pais significa nos
empenharmos em transformar, em nós
mesmos, as limitações neles
encontradas em virtudes.
Onde porventura houver ressentimentos e
mágoas acumuladas, perdoar em dobro;
onde acaso existir ganância, cultivar
generosidade; transmutar indiferenças
em compaixão...
...de modo que aqueles que se
depararem com os frutos bendigam
a árvore que os produziu.
Ensina-nos a
Doutrina de Buda:
“Seria impossível a um filho retribuir a
seus pais toda a afável bondade, mesmo
que pudesse, durante cem longos anos,
carregar seu pai no ombro direito e sua
mãe no esquerdo.
“Mesmo que pudesse, durante cem
anos, banhar os corpos de seus pais com
ungüentos aromáticos, serví-los como
um filho ideal, ganhar um trono para
eles e lhes dar todo o luxo do mundo,
ainda assim não estaria apto em lhes
retribuir suficientemente a grande dívida
de gratidão que a eles deve.”
Imensa é, portanto, a dívida, e constante
deve ser a lembrança de como estamos
retribuindo o bem recebido,
e cumprindo o nosso dever de lhes honrar.
Acerca deste tema, também
nos orientam os
Ensinamentos da Fé Bahá’í:
“Convém ao servo, após cada oração,
suplicar a Deus que conceda a seus pais
misericórdia e perdão.
Com isso se erguerá o chamado de Deus:
‘Milhares sobre milhares daquilo que
pediste para teus pais será tua
recompensa’.”
Que nos esforcemos,
portanto, diariamente,
para retribuir uma parcela,
- mesmos que diminuta -,
dos sacrifícios que nossos
pais por nós suportaram, e
do amor e carinho que em
nós a cada instante
depositam.
Feliz Dia das Mães!
