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\ %»jCO'*»»'¦ PREÇO CRS2.501 A N.o 193S-ANO XLII ^^^^^^ ^__^__ii_^__^__^__k.\ \ NOVEMBRO DE 1946 ^^Ê _\\\_^__^_^Êk \m\.

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O TICO-

Lições

Vovô

_!________¦____¦_>-TICO1

Há 57 anos o Brasil adotou o regime republicano para

sua forma de governo. Foi isso a 15 de Novembro de 1889 e a

figura máxima da Proclamação foi o generalissimo Manoel

Deodoro da Fonseca, que foi o primeiro presidente da nova

República.O regime republicano, que substituiu o monárquico em

nossa terra, tem como fundamento a igualdade de todos os

cidadãos perante a lei, e estabelece o governo do povo pelo

próprio povo.É um ideal belissimo, o ideal republicano, pois se baseia

na liberdade, na igualdade, na fraternidade, assim como no

respeito à Lei, sem que esse respeito seja forçado, mas por con-vicção de cada um.

Neste regime, o direito de cada um acaba onde começao direito do outro. E isto, praticado concjentemente, meus ne-tinhos, é de grande beleza.

Todos somos iguais, todos temos os mesmos direitos e osmesmos deveres, perante a Pátria que, esta sim, é soberana !

-

114

____H___-n_a-_m-ra ii-«-__HnBn-_a_--i 5____n_-_a

/ ai Ti kl W ELZINHO\ CONTO DELAUSIMAR

LAUS GOMES

fi RA tão pretinho o Manuelzinho que até pareciaenvernizado.

Mas não pensem que êle tinha tristeza por isso, ou

que se achava feio. Pelo contrário, gostava de ficar uma

porção de tempo em frente de um caquinho de espe-lho, que ele mesmo pendurara na parede do seu barra-cão, olhando com admiração a sua carinha brilhante.

^^^^-%ypA,P^^ÊW-mAíA

^H V y^^^yiy^/yT\ ^Sqjjf YffáTW zinhos_*_H__i tEzA/ / AEémrTtrlE^s. E^4S\mí fesora

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/7// J \~^llt=-^1 T^—JL— 'pfc-_> v|l||búrcia

JAESA<AJ\ n j\iFw /m /? ^> —''•' •''¦ %/f_w? <$aLji A 1 ~~^%fíi A^ÊÈkW

"iUá i j__ál_ijOiRiJí!'\

''ii,

¦ W. ppO TICO-TIGp

Era meio filósofo, gostava muito de pensar... E porisso mesmo não fazia nada.

Mas na hora da comida, ah! Aí sim, o Manuelzinhoera gente! — Comia tanto, que às vezes chegava a es-

quecer de sua mãe. Coitada da preta Tibúrcia! Quasisempre não lhe sobrava nada. Mas ela era tão boazi-nha e gostava tanto do Manuelzinho que não tinha mes-mo coragem de ralhar. Só de vez em quando, repetia:"Menino, come para viver. Não vivas para comer."Mas, o Manuelzinho esquecia que a coitada da Tibúr-cia trabalhava — demais e sozinha, para que os doisvivessem sem passar fome, e além de comer quasi todacomida, não ajudava em nada, a pobrezinha. E ela, devez em quando, pedia: -- "Manuelzinho, vem ao menosrecolher a roupa". Mas qual. O Manuelzinho nem estavaaí. Não se mexia para cousa alguma. Ficava olhando

para o céu, as árvores e achava o mundo tão mau, tãomau, só porque os garotos da vizinhança o chamavamde "Chaminé do avesso"

Naquele dia, ête estava mais pensativo do que nun-ca. E' que deiembro já estava à porta e»toda a gentejá tinha escrito para o Papai-Noel, pedindo cousas boase bonitas.

Mas êle nada sabia escrever e mesmo que sou-besse, de certo não adiantaria, — pensou êle — "pois

Papai Noel parece que não entende a letra dos pobre-... No ano passado, o Luiz Carlos, o filho da pro-

tinha só dois aninhos, era tão pequititinho, nem

quasi pegar no lápis, fez uns rabiscos no papel eNo dia de Natal, Papai Noel trouxe-lhe mais

renta brinquedos e dos mais bonilos que há .'Enfim, enquanto Manuelzinho pensava, a preta Ti-

já tinha passado a ferro uma porção de roupas."Vamos, meu filho, vamosaté lá atrás recolher o res-to da roupa. Venha meajudar, já que você não fazoutra cousa." — "Ah ! Euestou tão cançado quenem posso . . ."

; Mas como êle an-

p dava querendo per-guntar uma coisa àTibúrcia, resolveu então, segui-la... A tardeestava muito bonita eo sol já se ia esconden-do devagarinho... Océu estava igualzinhoaos outros dias, cheiodaquelas nuvens aver-melhadas que tanto ofizeram pensar.E o Manuelzinho nãose conteve e pergun-tou : — "Mamãe, o

NOVEMBRO -1946

m

que será que faz o céu

ficar assim, lá para o

lado dos morros, cheio

de nuvens côr de fo-

?tl

A Tibúrcia, que jiuncaestivera na escola, quenão sabia quasi nadada vida a não ser oseu rude trabalho, fi-cou meio atrapalhadacom a pergunta deManuelzinho.

Olhou muito para o céu e teve uma lae.d. — "En-

tão não sabe, filho ? Pois aquilo é o clarão dos fornosde Nosso Senhor. Aí vem o Natal e desde já, começa a

fazer os doces para as crianças. Os fornos são muito

grandes e embora seja muito longe o céu de Nosso Se-

nhor, a gente vê tão bem daqui quando êle bote fogo

no forno..." E deu uma risadinha feliz.Mas como é que eu não ganho doces de Nosso

Senhor, no dia de Natal ?" disse o Manuelzinho. —"Pois de certo — começou a Tibúrcia — você é ma-landrão, não me ajuda em nada,não faz nada... Nosso Senhor nãohá de gostar disso e por isso nãolhe manda os seus doces gostosos.Trabalhe e verá como este Natalserá diferente !"

Manuelzinho encheu bem asbochechas, arregalou muito osolhos e ficou remoendo aquelas pa-lavras. Mas, trabalhar é que não eranada bom. E como o Pai do Céu

podia adivinhar o que êle tanto que-ria, o presente que êle pedia todosos dias em pensamento ? No outrodia, resolveu dizer à Tibúrcia, quonão trabalharia nunca.

Se o Papai Noel não lhe trouxesse o presentee os doces, melhor. Trabalhar é qjue não.

Mas, tambem, ver chegar um dia de Na+alvasio, sem a alegria do presente que êle tanto

queria, era muito triste... Foi para junto de suamãe, e começou outra vez a falar no Natal que

já vinha tão perto. — "E", começou a Tibúrcia,

o Natal está muito próximo mesmo e você com

esta preguiça, vai é ficar de mãos vasias." "Ora, mamãe, falou o Manuelzinho, eu

não sou mau, sou, mamãe ?" — "Não, meu filho,

você não é mau, mas é tão preguiçoso... E isso é

tão feio, é tão triste..."Olhe, mamãe, eu gosto de pensar, de

rezar e gostaria mesmo de fazer alguma cousa

para o Pai do Céu. Para Ele, sim, eu era capaz até detrabalhar um pouquinho."

— "Então, falou a preta Tibúrcia, sente-so aqui efique me ouvindo. Olhe, a minha bisavó, que era umanegra antiga... que era quasi do tempo de Nosso Se-nhor, foi quem me contou: Um mês antes do dia deNatal, Nossa Senhora sai todas as noites montada noseu burrinho, pelas esiradas a fora. Passa em todas ascasas e de manhã bem cedinho, se esconde no céu.

Você bem que podia trabalhar um pouquinho paraNossa Senhora, Manuelzinho.

Ela passa por fantos lugares, que no fim da noite,o burro há de ficar cansado e há de sentir fome.. Aceiteentão o meu conselho: corte todas as tardes um feixebem grande de capim e de noite, antes de você ir dor-mir, deixe em frente do barracão.

Aqui e' o úllimo lugar por onde Nossa Senhoradeve passar, porque é o morro e daqui é que ela vai

para õ céu.Ela saberá que o capim é para o burrico, eagradecida, mandará para você no dia de Natal, o pre-sente que você tanto deseja."

Manuelzinho não cabia em si de alegria. Ah I cor-tar capim para o burrinho de Nossa Senhora, que coisamaravilhosa ! E trabalhou contente, todo o dia, cortan-do o mais verde capim que existia no morro. De noite,

foi, religiosamente, colocar o capim em frente do bar-ração e com uma vozinha muitodoce, falou: — "Nossa Senhoraaté parece que eu estou lhevendo daqui, sentada na nuvemQuero que mande pelo PapaiNoel, uma violinha bem afinadae bem bonita. Eu gosto tanto demúsica, Nossa Senhora... Obri-gado. E com um assobiozinhomuito cheio de alegria lá 5 ;i oManuelzinho.

(Continua noutro local)

EM DEZEMBRO: 'ALMANAQUE D'0 TICO-TICO?'

NOVEMBRO—1849

{ música, Nossa Senhora... Obri- f'J^V^Éy. gado. E com um assobiozinho (v^lfl ¦ÉiV'7

Áv^Wl í\ muito cheio de alegria lá • :i o J^à^mSç ^~*|X^£a xxA Manuelzinho. __áS Rr ^-<ÉÚÈ\m\W$v*ff\ (Continua noutro local) **m^vW^BʧS&fflr &Ê

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Tiro-TICO

>H_w_y -,A, MPrrdoBIR^jéÊÚLy

y^lMi |W_W^

ncABL_A§niL

E OS SEUSPRESIDENTES

Escudo de armas da República dos EstadosUnidos do Brasil, proclamada a 15 de Novembrode 1889 pelo Marechal Manoel Deodoro da

Fonseca

EI^^^^A^^

15 de Novembro de 1889 foi procla"mada pelo generalissimo Manoel Deodoroda Fonseca, a República dos Estados Unidosdo Brasil, sendo adotada a forma federativa

para o novo regime.A partir daquela data, o nosso país tem

sido governado pelos presidentes cujos re-tratos aparecem nestas duas páginas, retra-tos de autoria de Mario Jacy, especialmente

para O TICO-TICO.

Esta é uma galeria de homens públicosbrasileiros que figurarão, pelo tempo a tora,na História de nossa Pátria.

Homens que tiveram sob os ombros a

grande, enorme responsabilidade de gover-nar o seu e nosso país.

Marechal Deodoro da Fonseca o Proclama-dor da República

Marechal FlorianoPeixoto

O TICO-TICO

Dr Prudente de Morais

NOVEMBRO—1946

Dr. Campos Sales

' ' i i\i

'•'""•' 'ii ¦¦'"'•¦ '«jMi'--""MiAliiiftt-va»i'*ii

Dr. Rodrigues Alves Dr Afonso Pena Dr Nilo Peçanha

y^jó&tAt&dZíIv^

Marechal Hermes daFonseca Dr. Weneeslau Braz Dr. Epitácio Pessoa Dr ^^ Bernardes

—_— «|^^^--^^^y^f«j^^^:yy

Dr. Washington Luis Dr. Getulio Vargas Ministro José Linhares General Eurico Dutra

Manoel Deodoro da Fonseca, o proclamador da República, nasceu em Alagoas em

! 827 e morreu no Rio de Janeiro em I 892. Matriculou-se na Escola Militar do Rio

de Janeiro e completou o curso de artilharia em 1847. Em 1864 tomou parte nas opera-

ções do Uruguai como major e distinguiu-se na campanha do Paraguai, sendo em 1868

promovido a coronel por ato de bravura. Foi Governador do Rio Grande do Sul e as-

sumiu a direção do movimento republicano Chefe do governo provisório, foi eleito pre-sidente efetivo em 25 de fevereiro de 1891.NOVEMBRÒ-Í946 0 TICO-TICO

*\\\\m--'^ T*ÍW

I IIP 1U__. Ví_f ___

Embora nos pareça

plana, a TERRA é, noentanto, redonda. E*

um imenso globo dc

40 MIL QUILÓME-TROS de circunferên-

cia que gira no es-

paço.

m TERRA

VIAJANDO PELOESPAÇO

K£T-NO.¦'€> ./

MtRCURiO.. -o---

¦ MARTE x-,>. •O; '--.

« ]#i>. __" -_._.¦_..--»--VENUS

'O TERRA.'...^Saturmo /

•;-. ---,.7V<.-<»-.o.-.. _.e s

-CURAMO-^ _*.'. •--¦-----*, V J**J "^ S*/m\it*& ---.,. _____. — --•

WJU. ITER' •>- -e 4-r_- S _jff/ff///_.

/> *0j

k_^ /"*___- _áL _

Nós andamos sobrea TERRA assim comoformigas ou moscassobre uma bola.Apenas, mantemo-nos sobre ela devi-do à sua imensa for-ca de atração. ATERRA é um grandeíman que nos atrai

para seu centro.

r)

A TERRA faz parte de uma reunião de planetas ou astros opa-

cos que giram em volta do SOL, do qual recebem luz e calor.

A maioria dos planetas possue SATÉLITES, que são astros me-

nores, girando em torno dos seus planetas. A TERRA possuetambém seu satélite, que é a LUA.

5vr 01

MOVIMENTOS DA TERRA

Ao mesmo tempo que í TLRRA gira

em tôrnò do SOL, vai também girando

em torno de si mesma. O movimento

que ela faz em volta do SOL chama-se

— de TRANSLAÇÃO e dura UM

ANO. O movimento em torno de si

mesma chama-se — de ROTAÇÃO

e dura 24 HORAS. OU UM DIA.

Um pião rodando em torno de si

mesmo e descrevendo um circulo em

volta dum ponto qualquer, dá^nos a

idéia da TERRA girando en. redor

do SOL.8

0ÍMAÍpt

T^_ \ <£r SATURNO

#/ SOL vtE. •5" 1 MILHÃO E 500 MIL ST>0^\ VEZES MAIOR DO QUE /g^NETUHO

^\ a TERRA... -/^.<^è\ E DISTANTE DE NOS /^^

^2*\ 150 MILHÕES DE KILOMETROS /§^v

?OTERRA

ftVENUS

OMARTE

flERCURIO

O SOL e os planetas conhecidos que giram em torno dele. OSOL é o centro do nosso sistema planetário.

'

O TICO-TICO(Da coleção"SET-T),

NOVEMBRO -me

-S_k*t \J8 _fc-É-^-_ii ''::''^ /-AA. ^y

Ri1

mBANDEIRA,

símbolo idolatrado éa Pátria ! Retratos toda a

grandeza do povo que constitui a nação soberana e inde-

pendente que somos. Representas, em tuas cores: amarelo-

ouro, a riqueza do nosso solo; verde-esperança, os anseios de

progresso que sentimos e azul-céu, estrelado, os ideais alevan-

tados do povo brasileiro !És o símbolo sagrado, glorioso, que nos inspira e nos con-

cita à luta. ao trabalho pelo Brasil bem-amado, terra queridacuja sorte é o nosso próprio destino.

Bandeira do Brasil! Retratas, outrosim, as florestas inco-

mensuráveis que cobrem nosso solo úberrimo, a nossa riqueza,

exuberância e fulgor, o céu incomparável, azul, bem mais azul,

a ordem indispensável ao progresso e as estréias impávidas,com o Cruzeiro do Sul à frente I

És, Bandeira, a nossa vida, a única razão de ser de nossa

própria existência. Amamos-te, Bandeira Brasileira, e por ti

daremos, em holocausto, a própria vida.Jamais te abaterão os fados, e jamais serás vencida.Tens por ti, Bandeira do Brasil, as bênçãos de Deus e a

bravura de teus filhos !

JOAQUIM SILVEIRA THOMAZ

IbLbutóZrA

I

NOVBMBHO-1946 0 TICO-TICO

áf^èom^^fos,

A MANTEIGA(VÊR O TEXTO NA PÁGINA SEGUINTE)

LEGENDAS

I — Fabricação da manteiga e utensílios necessários: a) des-natadeira; b) batedeira; c) moldagem; d) mesa, outaboleiro.Sala de uma fábrica de manteiga.

— Objetos ó formas.— Estábulo modelo— Desnatamento do leite para fabrico da manteiga.— Batedeira de desnatamento.

10 O TICO-TICO NOVEMBRO—1946

4

1

CONHECIMENTOSWf**™**********\ -_-___ff. n.° 8 H __-_a_____J-v^____! H

BP A MANTEIGA T|f> leite é — como vocês 'sabem —

um liquido branco, de cheiro

agradável e de sabor um tanto ado-

cicado, que contém em suspensão

uma grande quantidade de parti-cuias de gordura.

Quando deixado em repouso emuma vasilha, cobre-se de uma ca-mada sólida um pouco amarelada,chamada nata.

Uma vez retirada a nata se de-compõe em "soro" e "caseina".

O ara obter-se a "manteiga" o

processo é bater a nata — ou

parte gordurosa do leite — em unsrecipientes apropriados chamados"batedeiras", e depois se reúnem eamassam na água os pedaços demanteiga, ou "grumos" que se for-maram, cortando-se, depois em pe-daços regulares, ou "pães".

r~y ada 25 litros de leite produzemum quilo de manteiga.

A operação inicial, ou seja a re-tirada da gordura do leite, chama-se desnatamento.

O leite, depois de desnatado,

ainda tem muito alimento. Para as

criancinhas de pouca idade, até os

médicos recomendam dieta alimen-

tar de leite desengordurado, ou des-

natado.

H á vários corantes usados no fa-brico da manteiga, e por isso é

que nem toda manteiga tem a mes-

ma coloração.

A manteiga contem vitaminas

que são essenciais à saude, isto é,

são necessárias ao equilíbrio da

saúde do individuo. Todos devemos

comer, cada dia, uma certa porçãode manteiga, por isso, e também

porque as gorduras que ela contém,e que pertenciam à nata, de quefoi feita, têm, por sua vez, caloriasnecessárias ao nosso organismo.

N a pagina anterior vocês encon-tram ilustrações que mostram

como se fabrica a manteiga, e aslegendas explicam os nomes dosutensílios usados para tal fim.

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NOVEMBRO, 1916 0 TICO-TICO

âf^%\: r-*W|^B

¦li^\ r_V_L 11Jjrjf Gaveiinha do Saberwx !*r^oS%^-V_fiS

O metal urânio, deque os sábios se con-seguiram servir parao fabrico da bomba-atômica, deve seunome ao do planetaUrano, descobertoem 1781.

A ponte, muito orgu-lhosa, dizia ao rio:

Sem mim, quempoderia atravessartua corrente ?

E o rio respondeu:E sem mim, te-

rias sido construída ?Para que fim ?

•Não se deve espir-

rar pela boca, e simpelo nariz, com açnarinas livres paraque o ar possa sairsem impecilho. Co-locando o lenço semapertar, é claro.

Colocando-se wmpedaço de barra degelo conforme a figu-ra indica, e rodeando-o com um arame finoque sustenha um ob-feto pesado, depois decerto tempo se veri-ficará que o arameterá atravessado ogelo e o peso cairá,sem que se notequalquer ranhurapois o gelo se tornoua unir completamente.

As mariposas sãoatraídas pela luzporque sem olhos nãoa podem suportar.

Ao se aproximaremda luz ficam des-lumbradas e, comonão podem distinguiros objetos, perse-guem a luz, em queperecem que*madas•

Os mosquitos po-dem correr sobre aágua, graças a umasubstância oleosaque cobre a parteinferior de suas pa-tas. Certos aracní-deos também podemdeslizar sobre a»água.

O túmulo do sol--dado desconhecido,em Belgrado na Iu-goslavia, está sobre omonte Ayala, e cadadegrau da escada queconduz a êle é umalápide de mármorebranco, sob a qualdescansa um soldadomorto heroicamenteno campo de batalha.

As 7 maravilhas doMundo Antigo foram:o farol de Alexan-dria; o colosso de Ró-des; o sepulcro deMausólo; os jardinssuspensos de Babilô-nia; o Templo deDiana, em Éfeso; aestátua de JúpiterOlimpico e as plrâ-des do Egito.

Dizem os chineses:"Quando o arado estáreluzentes os cárceresvasios, os celeiroscheios; quando as es-cadas das escolas es-

tão gastas e as dostribunais cobertas demusgo: quando osmédicos andam a pée os padeiros aumen-tam suas vendas, o

país está bem gover-nado".

•Existe certa mos-

ca esbranquiçada epequenina que trans-mite às pombas a fe-bre palúdica.

Antes de outragrande guerra, viam-se na\s principaisruas de Paris as "co-lunas Morris" queeram uma armaçãode metal sobre aqual os concessioná-tios, com permissãodas autoridades, pre-gavam cartazes a-nunciando os espeta-culos do dia. Morrisfoi o primeiro ho-mem que se utilizoudesse melo de propa.ganda.

O primeiro órgãomusical — instru-mento hoje em usonas igrejas — foiconstruído por umengenheiro de Ale-xandria, no século IIIantes de Cristo.

•"Ler sem refletir écomer sem digerir"— M. de Maricá.

•O coral é encon-

trado em forma deplantas, no fundo domar. /Trata-se, po-rém, de aglomera-ções de esqueletosde incalculável nú-mero de anjmaischamados zoófitos.

A mordedura queproduzem os morce-gos chamados vampi-ro é muito pequena,porém inflama rapi-damente e é precisocuidar delas imedia-tamente, para 'evitar

que grangrenem. Mui-tos indigenas da A-mérica tropical mor-rem em consequên-cia dessas mordedu-ras.

•O começo da fabri-

cação da porcelana,na China, teve lugar,segundo se acredita,entre os anos 185 e87 antes de Cristo. NaEuropa a porcelanafoi conhecida apenasnos começos do sé-culo XVI, quando atrouxeram da Chinaos portuguezes e ho-landeses.

•O "halibut" é um

peixe grande, semespinhas. As fêmeaschegam a pesar 180quilos e os machosnão passam de 20.

E' um erro a crian-ça não ir ao dentistapara tratar dos den-tes de leite, porqueestes vão ser muda-dos. Esses dentestêm grande impor-tancia para a saúdee para garantia deuma boa segundadentição e devem sertratados.

As armas de fogosão usadas desde oséculo XIII.

•O primeiro livro im-

presso foi a Biblia.

A ilha de Córsegafoi cedida à Françapelos genoveses em1768.

•O monte mais alto

da Holanda tem ape-nas 102 metros dealtura.

O Imperador daFrança, Napoleão III,usava cartões devisita cujo brilho eradevido a uma espéciede verniz à base dearsênico.

O soberano enviouum deisses cartâes,certa vez, a um mo-de st o prefeito do in-terior. O homem, co-movido, beijou tantoo cartão que ficou en-venenado por causado arsênico do verniz:

Sabendo disso, Na-poleão III mandoudestruir o resto doscartões.

12 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1946

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THESOURO DA JUVENTUDE18 VOLUMES-5.914 PA'GINAS-6.000 ILUSTR COES - 200 GRAVURAS A CORES

Nunca estiveram reunidas emuma só obra tantas informaçõescuriosas e tanti\s explicações re-creativas, como no THESOURODA JUVENTUDE, composto de18 volumes cheios de tudo aqui-lo que as crianças e jovens dese-jam saber, de tudo aquilo que asua curiosidade inesgotável pro-cura desvendar. Por isso, oTHESOURO DA JUVENTUDE éo melhor presente de Natal quese conhece.

Os jovens e crianças que pos-suem esta obra, demonstramdesde logo a superioridade que

futuramente terão sobre os de-mais, pois se destacam pelos co-nhecimentojs aprendidos sem es-forço e em pleno divertimento.O THESOURO DA JUVEN-TUDE está dividido nas seguin-tes seções: "História da Terra","O Novo Mundo", "O VelhoMundo", "A Nossa Vida", "Coi-.c.as que devemos saber", "Ho-mehs e Mulheres Célebres" "AsBelas AçõeB", "Coisas que pode-mos fazer", "A Natureza", "OsLivros Famosos", "As Poesias","Os Contos", "Lições Recreati-tivas", e, finalmente, a seção "Os

Porquês", que estabeiece a curió-sida de e leva o pequeno leitor adescobrir e aprender coisas úteis.

FAÇA AGORA SUA ENCOMENDA,PARA RECEBE - LA ANTES DO

NATAL

Em face do grande aumento deencomendas que normalmente severifica nesta época, será de todaa conveniência que os interessa-dos nos confiem sem demora osseus pedidos do "Thesouro daJuventude", afim de as recebe-rem em tempo.

GRÁTIS Caso V. S. não possa visitar uma dasnossas lojas, queira preencher e en-

viar o cupon ao lado. Receberá pela volta do correio, semqualquer compromisso, um folheto sobre THESOURODA JUVENTUDE.

ui.m.jncKSonjnc.ED.TOREsSÃO PAULO RIO DE JANCIRO PORTO AUGRI

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r_ -1VV. M. JACKSON, INC. — Caixa Postal 360

RIO DE JANEIRO

Queiram enviar-me, GRÁTIS e sem compromissoalgum, o folheto relativo a:

"THESOURO DA JUVENTUDE"

NOMERUA

LOCALIDADEESTADO ....

N.°

T.T — 11/46

NOVEMBRO, 1916 0 TICO-TICO

Novo Concurso Escolard'0 TICO-TICO

castro alves

êxito alcançado pelo nossoConcurso Escolar comemorati-

vo do centenário da PrncesaIsabel, leva-nos, agora que se vaicomemorar em Março vindouro, ocentenário de Castro Alves, a lan-çar identco certame, obedecendoàs seguintes bases:

— Cada professor, ou diretor de estabelecimento escolar enviará àRedação d'0 TICO-TICO, à Rua Senador Dantas, 15, 5.° andar —-.

Rio de Janeiro, até o dia 31 de Janeiro próximo, as compcs çõesrealizadas em aula pelos concorrentes, versando sobre Castro Alves.

t

— Cada compôs'ção deverá ter um tamanho mínimo de 50 linhas emáximo de 100, devendo vir escrita pelo própr'o punho do concorren-te e com o visto do seu professor.

— O concorrente deverá tratar principalmente do papel de Castro Al-ves na campanha abolicionista, citar algumas de suas poesias e di-zer qual foi o seu título de glória, que o imortalizou, isto é, como é

êle hoje conhecido.

__ uma comissão de redatores de "O TICO-TICO", ¦'O MALHO" e"ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA" escolherá a melhor dentre as com-posições recebidas até aquele prazo, conferindo ao seu autor umPrêmio de Cr$ 100,00 em dinheiro e uma assinatura anual de "O

TICO-TICO".

— Serão conferidos nove (9) segundos prêmios aos autores das com-posições escolh.das em segundo lugar, e esses prêmios serão outrastantas assinaturas de "O TICO-TICO".

— Só entrarão em concurso as competições recebidas por intermédiode Escolas ou Colégios, e visadas ou autent.cadas pelos professoresou diretores.

— A composição premiada em 1.° lugar será publicada em nossa edi-ção de Março de 1947.

t)L>U^AL-KARISMIRevista de recreações materna-

ticas, jogos, problemas, histórias,

e curiosidades.

Direção de MALBA TAHAN.

Interessa a todos os professores.Número avulso Cr$ 10,00 — Pedi-

dos pelo Reembolso Postal ao edi-

tor: Getulio Costa — Caixa Pos-

tal 1829 — Rio de Janeiro.

'V^^^^^^^^*^i^^^^^«>>n«i^^^Si>^^S^^\^\XV^/S^\/\«<S/\^S^S/S/\/V^%/^

Saudaçãoà Redentora

Passeavam os feitorescom o chicote na mão,enquanto, cheios de dores,negros gemiam no chão.

Salve, augusta Redentora,Isabel, libertadorade escravos, em oandos mil,da linda terra — o Brasil !

Rubens Metclo Campos(9 anos)

Barbacena — Minas.I

( EU GOSTOU ^ 1\ __ /aa y j

II lNC_YH|/\ f*-

TÔNICO INFANTIL é o tônico 'de seu filho porque:Além de ser de paladar sabo-roso, engorda e íortiíica;Além de dar saúde ao corpo,dispõe para os estudos;TÔNICO INFANTIL, o tônicodas crianças.

Onico de fórmula especialmentepreparada para a infância.

TÔNICOINFANTIL/labs\

f RAUL)KlVTEJ________

14 O TICO-TICO

Se você to-ma parte em"NOSSOSCONCURSOS"

NAO DEIXE DE

USAR O COUPONCOLANDO-O A PA-

GINA DE BLOCO.

EM QUE MANDARA SOLUÇÃO.

NOVEMBRO. 1.916

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NOVEMBRO -1946 O TICO-TICO

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jACtídnhaVELHO relógio da cozinha tinha dado as dozehoras da noite.

e se reuniram na cozinha para conversar amigável-mente.

Imediatamente todos os objetos tomaram vidaNeste momento, Dom Ratão saiu do seu buraco

tão triste que vocês nem imaginam.Que aconteceu ? — Pergúnfou o rolo de abrir massaEstou com um resfriado muito forte —.disse Dom Ra-

tão espirrando com grande ruido.Coitadinho I — disse a Caçarola — E' melhor que

tomes um remédio para a tosse. Não importa q',_e não tenhastido tosse em tua vida. Isso não te fará mal.

E lhe deu uma garrafinha de azeite de comida.Dom Ratão bebeu-o apressadamente, de um só trago e

começou a chiar de novo.Sinto-me cada vez pior — disse.Certamente — retrucou a Caçarola — pois devias to-

mar, no mínimo, dois litros para sentir alguma melhora. Se nãofosses tão fíno e magro agora suportarias os litros de azeitenecessários para te curares.

Eu sei outro remédio — disse o Rolo de abrir massa —Vamos jogá-lo e apará-lo, de um lado para outro, num coadorde café. Tenho curado muitos amigos com este sistema.

Rom Ratão não estava acreditando muito naquela ma-neira de se curar resfriado, mas nada falou porque nada lheperguntaram e deixou-se jogar pelos ares.

Como não vissem sinais de melho-ras em Dom Ratão todos continuaramprocurando um meio de curá-lo.

Por fim, o doente achou o que |hefazia falta. Viu numa prateleira um vidrocontendo comprimidos e depois de leras instruções do rótulo pôs um compri-mido num tacho e começou a enchê-lodágua.

E que pensar fazer ? — per-guntou-lhe o Bule — Vais tomar banho ?

Dom Ratão não respondeu. Tirourapidamente a roupa e meteu-se naágua.

As intruções dizem que deveser tomado com água — disse de den-tro dágua, de onde saiu momentos de-pois espirrando dese speradamente.

Eu te epsinarei um modo fácil e

KM DEJ.EMBKO: "ALMANA-QUI- ivo TICO-TICO"

16 O TICO-TICO NOVEMBRO—1946

!__€/_ _. râ©Aseguro de curar o resfriado. — disse o Bule — e come

çou a encher dágua o tacho, onde tambem boiou um

pouco de mostarda. Em seguida fez Dom Ratão sentarnuma cadeira, cobriu-o com um coador de café e man-dou que êle metesse as patinhas no banho de mostarda.

Dom Ratão ficou muito contente porque passadospoucos minutos já se sentia melhor do resfriado. Tambem

já não espirrava, nem por casualidade.— Alegro-me em vê-lo curado — disse o velho re-

lógio — porque penso já ser hora de dar as duas. — Eassim dizendo levantou a mão e deu duas fortes pança-das sobre o peito, as quais ressoaram no escuro.

Todas as coisas da cozinha se puseram em mcvl-mento, cada uma procurando o seu lugar no qual ficaramaté a noite seguinte.

Quando chegou a outra noite Dom Ratão voltou tãoresfriado como na anterior.

O banho de mostarda só me aliviou do resfriadopor alguns momentos.

Na certa fizeste alguma extravagância — disseo Bule, um pouco aborrecido — porque o banho de mos-tarda é infalivel. Saiste a correr pelo sotão, não foi ?

Foi — respondeu Dom Ratão meio encabulado,— Senti um cheiro tão bem de queijo, que não quiz perdera oportunidade de prová-lo... Porém éle estava sobre umbanco rodeado de agua e eu tive que molhar minhas pataspara chegar até êle.

Estás vendo, guloso ? — disse o Bule. Merecia,gue não te dessem importância e te deixassem espirrandoe com calafrios; só assim aprenderias de uma vez a serprudente.

Ah, Senhor Bule ! — Seja bom e cure-me de novo.E como o Bule era muito bom preparou outra vez o

banho de mostarda e Dom Ratão suportou o mais quepôde aquele calor todo.

Depois agradeceu àquele que o havia curado e sefoi muito depressa, antes que o velho relógio desse asduas horas.

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NOVEMBRO-1946 O TICO-TICO 17

CASTIGO MERECIDO

No tempo em que os animais falavam nâo haviano reino dos bichos animal mais prosa, mais invejoso,mais presunçoso do que o sapo.

O jaboti, que era um bichinho astucioso e quenão gostava da sua prosápia, encontrando-se um diacom êle, pensou em pregar-lhe uma peça.

Vendo um boi que pastava próximo dali, o jabotiapostou com o sapo como êle não era capaz de che-

gar àquele tamanho

Presunçoso como era, o sapo aceitou a aposta elogo se pôs de pé fazendo os maiores esforços paracrescer.

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Quanto mais ia inchando, mais o jaboti oanimava batendo palmas e dizendo que com um pou-quinho mais êle estaria até maior que o boi.

18 O TICO-TICO

E tanto fez força e tarifo inchou, que acabou es-tourando como uma bomba... E foi assim que êle pa-gou caro o castigo da sua tola presunção.

NOVEMBRO-1049

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POR QUE OSÓRIO ESTASEM BOTAS?

VafUANDO um escultor vai fazer um monumento,tem sempre grande trabalho em estudar detalha-damente a época em que viveu a figura principal daobra que vai realizar, seus hábitos, as roupas que ves-

tia, suas posições prediletas, afim de que o trabalho

que lhe foi encomendado seja a expressão da reali-

dade, destinada a perdurar através dos séculos.Por isso, as estátuas e monumentos de uma ei-

dade são uma fonte preciosa de ensinamentos e o

ponto está em se saber interpretar o que eles, no seu

silêncio de bronze, nos estão mostrando.

Querem ver um exemplo ?

Quem olhar para a estátua do Marquês do Her-

vai, o general Osório, à Praça 15 de Novembro, no

Rio, há de estranhar que o guerreiro heróico esteja a

cavalo e sem botas.. Terá isto uma explicação ? Na-

turalmente.A explicação dessa aparente anormalidade está

na história do monumento.OvlDiário de Noticias", o grande e popular

matutino carioca, publicou há tempos, e agora reu-

niu em livro, que está à venda, "Monumentos da Ci-

dade", a história de todas as estátuas desta Capital.Há tanto o que aprender, nesse livro, como vocês

não imaginam ! Vem ali tudo o que se pôde desejarsaber acerca dos nossos monumentos, seus autores,

quando foram inaugurados, quem teve a idéia de oserigir, os feitos dos homens a que glorificam, etc.

Mas, vejamos a razão pela qual Osório está sembotas, no seu monumento. Conta o precioso livro edi-

tado pelo "Diário de Noticias":

"No intuito de informar os nossos leitores sobre

o motivo pelo qual Osório não se encontra de botasno bronze da praça 15 de Novembro, fomos ao Mu-seu Histórico e ali procuramos a pessoa indicada ca-

paz de esclarecer tão curioso detalhe. O professorMenezes de Oliva, diretor da Secção Histórica, a

quem temos recorrido algumas vezes, obtendo precio-sos informes, para utilizá-los nesta seção, à nossa per-

gunta sobrea ausência das botas na estátua de Osório,mostr ou^onhecer a história nos seus detalhes segurose minuciosos. Disse-nos mais eu menos o seguinte:

— Henrique Bernardelli, irmão do escultor, con-tou-nos toda a história e pediu que fos: .mos o cruzado6à sua divulgação. Não foi engano de Rodolfo Ber-

nardelli. Ele estudou rudo o que um escultor estuda

para fazar um monumento daquele tipo, indumentária

20 O TICO-TICO

militar, ambiente histórico, etc. e fez oque era cedo. Vestiu o general Osóriocom o segundo uniforme do qual fazemparte as botas. Quando a "maquete" fi-cou pronta, êle convidou a filha do nossogrande general, dona Manuela LuizaOsório Mascarenhas, a visitar o seu wai:e-

lier" de trabalho. Vendo o modelo, elase dirigiu ao escultor, declarando: —Está muito bonito. Mas é interessanteque meu pai esteja com botas, quandodesde 1868 êle não as poude mais usaraté o resto da sua vida.

A uma pergunta de Bernardelli, elaesclareceu: "Choveu torrencialmenteenquanto se desenvolvia a batalha doPasso da Pátria, na qual meu pai estevecombatendo durante 24 horas. Quandotranspôs o rio, as botas estavam enchar-cadas e não po^lia tirá-las, observandoque as pernas estavam inchadas. Orde-nou ao seu bagageiro que lhe cortasseas botas a faca, o que foi feito. Voltandoa combater, já no final dessa batalha, lu-tou meu pai sem botas. Mais tarde, jásob tratamento, na cidade de Pelotas, omédico sugeriu a aplicação de uma bi-cha em cada perna, do que resultaramduas feridas de mau caráter que não ci-catrizaram".

Continua cm outro local da revista

NOVEMBRO -1946

A IENA, O URSO CASTANHO E O POLAR

A iena é um animal do tamanhode um lobo, ao mesmo tempo covardee feroz, com grande força, nos dentes.De noite reunem-se em bandos decaça e roubam quanto encontram.

O urso castanho é de grande estatura,Pode subir às arvores e é capaz de matarcavalas e homens. Vive em cavernas e

passa o inverno em letargo.

-rirMük

^^rfáSfS^P^Jpis^IliSS^S^N sivtl

•=-— jtfÊ^' ^^%^ifel llSilf nrima!°erl ^^ ^ *

O urso polar habita as proxi-midade do Pólo Norte, onde oseu pêlo o torna dificilmente vi-

sobre o gelo. Come principalmente focas, masse encontra um hb-mem, tambem o ataca.No inverno a fêmeadeita-se numa grutano gelo e dorme até aprimavera.

Está por pouco tempo o aparecimento do querido ALMANAQUE D'0 TICO-TICO.NOVEMBRO—1946 0 TICO-TICO 25

_f§@ô)[L_^_!l ARTE DECORATIVA

£*W SP- "~;'-^B_l

vi_!!l?^5ísLm^^TimmmMmJfi^^(i^i_Í_£_a l m

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^JtJftííMHÍÍ_5^^^_-I-V\ ^_r_liíimi

/""NS jarros de barro podem ser deco-^"^ rados por um processo interessante

e fácil. As capas e páginas coloridas das

revistas constituem o material necessário

a este trabalho. Cortam-se as paginasem pequenos tacos, de feitios diversos,colocam-se em um prato com água otempo suficiente para amolecerem um

pouco.Molha-se o vaso com solução de

goma-arábica fraca. Quando estiver

seca, cobre-se com outra camada de

goma mais forte e, antes que seque, co-locam-se os pedaços de papel, que de-vem ser passados entre duas folhas demata-borrão, para tirar o excesso d'água.Desde que segure , passa-se com um pin-cel, macio, uma camada de verniz inco-lor. Está assim terminado o vaso imitação

de mosaico.

ESTA FICANDO UM COLOSSOO ALMANAQUE DO TICO-TICO

^^V^T i

\% «EuEM DEZEMBRO: "ALMANA-

QUE D'0 TICO-TICO"

26 0 TICO-TICO N0VEMBR0->te4e

ãw* riijel

Resolvendo corrermundo em busca deaventuras, Pechinchapôs-se a caminho. An-dou, andou, andou...ale que, fatifado, dei-tou-se...

3&¦V»

...em baixo de uma ár-vore. JA catava quasedormindo quando ou-viu um ruido exqulsl-to de vozes, que pare-ciam vir de dentro daterra...

(VAx j^P*^-*

><D>a

0

Cem e ouvidoperto do chio procurouescutar melhor. O ru-mor parecia parUr deumas pedras e o Pe-ch incha, com efeito,tratou de—w

Zj

<M

«Mrá-Ia- do lugar.

irpreendldo viu apa,-recer no chio um bu-raco enorme e, Ao bu-raco, uma escada quese perdia na escuridão.Corajoso..

J* ^...o nosso herói pôs-sea descê-la devagar, atéque se viu no fundo deuma jçruta. Uma luzi-nha brilhava lá adian-te e êle viu... — Cre-do ! seria por...

VZcM

kV

h

...acaso ali a famosacaverna de Alibabá ?Lá estavam cinco hor-riveis criaturas e, nochão. um cofre enor-me. até à beira de ri-quezas...

-*m m mJy ifl \

XBX-Tí^**¥!

fedfJríJ

CorfT.NÚr. r.0 PRÒ-aiMO HÚMCrto

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NOVEMBRO-1946 O TICO-TICO 2 7

Tradução de

A__I^^^^MACIEIRA estava carregada mas era tao

alta que nenhum menino ' subia nela para

colher seu fruto, mesmo porque costumavam dizer que

aquelas maçãs eram venenosas e quem cuidava delas era

uma feiticeira.

Um dia muito bonito, Miguel resolveu escalar a colina

onde estava a árvore, sem fazer caso do que dela se falava.

Era um menino muito decidido e corajoso, capaz de qual-

quer travessura.

Começou a subir calmamente como.se fosse fazer

uma visita a alguém por ali. E a cada trecho do caminho

que avançava mais lhe parecia certo o triunfo.

Um grilo que pulava desceu duma palmeira e gritou

para Miguel:

— Cuidado ! Olha que vais direito ao perigo !

Mas o menino nem pensou em voltar. Que valor po-

deriam ter as palavras de um triste grilo ?

Seguia, avançando sempre por um caminho áspero

e duro, até chegar onde eslava a macieira.

Um lagarto, que parecia uma serpente verde, lhe fa-

lou por traz de uma pedra:

28 O TICO-TICO

Não confies muito em tuas próprias forças. Tu te

arrependerás !

A Miguel pareceu que era um atrevimento muito

grande um insignificante lagarto estar se intrometendo

no que êle fazia.

Chegou afinal junto ao tronco nodoso e retorcido,

fácil de ser galgado.

Rapidamente, sem muito esforço se engurupitou

entre os ramos. Sacudiu um deles, mas nada caiu. As

frutas estavam bem seguras nos galhos. Conformou-

se então em arrancar uma das mais lindas, com forte

puchão Ai, que dor me causaste ! — falou uma voz que

saía da macieira.

Mas o temperamento de Miguel não era dos que se

comovem com um lamertto de fruta. Por isso desceu da

árvore com a maçã roubada e correu até o povoado,

para mostrar a fruta.

E que pensas fazer agora ? — perguntou-lh_

uma menina que tinha fama de ajuizada.

Ora ! vou comê-la ! — respondeu Miguel, sem

vaciiar. *As maçãs desta qualidade — respondeu a me-

NOVEMBRO—1946

nina — nós as usamos para pertumar a roupa branca, e

no inverno, quando estão maduras e quase brancas, nós

as comemos cozidas.

— Mas eu não posso es-

perar tanto tempo — falou o

menino — quero comê-la ago-

ra mesmo.

Ditas estas palavras, deu uma dentada

na fruta, enchendo a boca. Mastigou e engu-

liu, depois estalou a lingua enquanto todos os

meninos o olhavam admirados.

A fruta era tão amarga, tinha tanto áci-

do que lhe causou um terrivel mal-estar. Co-

meçou a sair da sua boca uma saliva verde,

enquanto o seu rosto redondo e gordo tam-

bem tomava a mesma côr. Até os olhos já se

tornavam verde brilhante.1'

O menino pareda-se mais com um mons-

tro, de tão feio. Vendo aquela cara horrível, os outros me

ninos fugiram espavoridos.

Miguel ficou só e chorando. Viu-se completamente

abandonado, como se fosse um verdadeiro monstro.

Então aconteceu uma cousa de surpreender.

A maçã mordida falou com voz triste:

Eu sou a alma da maçã amarga. Por que quiseste• me matar ? E" um grave delito destruir uma vida que está

se formando. O teu modo de proceder é igual ao daquele

que quebra, antes do tempo, um ovo com pintinho dentro.

Para que quebrá-lo ? Esse ovo não poderia ser comido e

o pintinho morreria antes de nascer.

E que poderei fazer para suavizar o mal que te

fiz ? — perguntou Miguel. Então a maçã falou:

Deves ir lá ao pé de onde me tiraste e colocar-me

n o lugar. Só assim poderei ficar madura, apesar de já estar

ferida. Miguel resolveu voltar à colina e quando lá chegou

viu uma velhinha encostada a árvore,a qual tinha o rosto

negro e o corpo tão magro que mais parecia um cabo de

vassoura. Era a feiticeira. Ao ve-la Miguel parou. Não sa-

bia se continuava ou se voltava, porém a velhinha o tran-

quiüzou:NOVEMBRO—1946

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~~~

"W^.rw?

— Vem ! Não ien!

acho que já te corrigUt

põe a maçã no lugar em

verias ter arrancado.

as medo. Nada te farei porque

j e já estás arrependido. Volta 9

que estava e de onde nunca a de-

0 TICO-TICO

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COM DISTRIBUIÇÃO DE 20 PRÊMIOS AOS CONCORRENTES it __—i

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ção e a lista dos premiados sairão na edi-

ção de Janeiro de 1947.

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Os leitores podem mandar juntas todas as solu-

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7 — PAULO ROBERTO ACCIOLY — Rua Carlos de Carvalho, 199 —Curitiba — Paraná.

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— MARIA SÔNIA AVELAR — Rua General Canabarro, 303-A — RioDistrito Federal.

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— ROSÁLIA MENDONÇA — Rua Araxá, 145 — Grajahú — Rio — Dis-trito Federal.

-r- NEUSA FRAGOSO BURLAMAQUI — Rua Luiz Guimarães, 63 —Vila — Rio — Distrito Federal.

10 — ARNO DAMM — Rua Carlos de Carvalho, 1.496 — Curitiba —Paraná.

11 — RE JANE LICIA FERNANDES — Vila Getulio Vargas, 4 — Ma-cáu — R"o Grande do Norte.

12 — GüNTER JULIUS — Rua Tomás Flores, 122 — Porto Alegre —Rio Grande do Sul.

13 — OSMARI CARDOSO SA — Travessa Pará, 28 — Barra do PiraíEstado do Rio.14 — ANTÔNIO LUIZ M. ABREU — Rua Mariano Moreira, 271 —

Taubaté — São Paulo.15 — SÉRGIO GUIMARÃES BASTOS — Avenida Rainha Elisabeth, 235

Rio — Distrito Federal.16 — WILMAN Q. SIQUEIRA — Rua Getulio, 31 — Todos os Santos —

Rio — Distrito Federal.Í7 — ADIR AZEVEDO — Rua Santos Dumont, 61 — Campina GrandeParaíba.18 — MANOEL GERALDO C. VIANA — Rua Conde de Irajá, 901 --

Recife — Pernambuco.19 — HENRIQUE BENJAMIM — Rua Odilon Santos, 4 — Salvador —

Bahia.20 — HELENA GUERREIRO — Rua Colina, 61 — Estácio -- Rio — Dis-

trito Federal.

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MENSARIO INFANTILDiretor: Antônio A. de Souza e Silva

Propriedade da S. A. "O MALHO"Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)

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Publica-se no dia 1.° de cada môs.

NOVEMBRO, 1916 O TICO

MANUELZlHNO(Conclusão)

FEZ assm durante um mês intei-

ro.Já estava gostando tanto do tra-

balho, que nunca mais soube o queera ter preguiça.

Levantava-se muito cedinho e iacorrendo ver se o burrlnho tinha co-miílo todo o capim.

E não encontrava nem uma fo-lha sequer.

O feixe de capim hav'a desapare-cido.

Esfregava as mãos todo intrigado,e ficou acreditando p'amente queNossa Senhora, hav"a passado por ali,com o seu adorável burrinho.

Mas, a verdade é que quem comiao capim não era o burrinho de NossaSenhora, e sim o Feitiço, um cavaloserelepe que o seu Percílio tinha ga-nho na rifa.

A T;búrcía vendia, sem que o Ma-nuelzinho visse, todos os feixes de ca-pim que êle cortava, e ia guardandoo dinheiro todos os dias. Com êle

'comprou uma violinha, porque tinhaouv cio o Manuelzinho pedir a NossaSenhora. ,

E no dia de Natal, o Manuelzinhoquase morreu de susto e de alegria.Nossa Senhora havia mandado, deverdade, uma encantadora violinhade cordas douradas !

NAO PALHAFAZ DOS FRACOS FORTESINFALÍVEL NOS CASOS DEESGOTAMENTO

ANEMIADEBILIDADE NERVOSAINSONIA

FALTA DE APETITEE OUTSOS SINTOMAS DEFRAQUEZA v ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS

Assine "O TICO-TICO"

POR QUEOSÓRIO ESTÁSEM BOTAS?

(Conclusão)E prossegue o nosso ihfor-

man te:—Ante o que lhe expusera

a filha de Osório, Rodolfo Ber--*ardelli resolveu fundir o mo-numento sem botas, inspiradono propósito de realçar, pe-rante as gerações, o sacrificiodo grande general. No dia dainauguração da estátua foiacoimado de ignorância e aroucos poude explicar a razãora falta de botas no eegundouniforme militar da épocaDeixou em testamento ao Mu-seu a "maquete", pedindo-meseu irmão Henrique que eucontasse a história aos cole-giais que visitam o Museu eassim o tenho feito".

^TNovidades P^à^x£r^las cr'l^^3^t^^M

^^r^fe^o^ ^^^^^^fc^^^^^^^^^-1^; l iv RAR^CRIS TO RJ lEDITORAl

¦?-' O TICO-TICO t NOVEMBRO, 1016

ZOOLOGIA^™ Por MAX NK1H1M°. 1

O ESQUILO

Q esquilo é um animalzinho gracioso, com cabeçaparecida com a do coelho. Sua cauda é grande

e serve-lhe de leme nos saltos que dá de um ga-lho a outro, parecendo voar, quando salta. No ven-tre, o esquilo de certa espécie traz uma membranaque se abre, durante o salto, e serve de planadore paraqueda. O esquilo alimenta-se de avelãs e defrutas que encontra nas árvores, e as rói segurando-as entre as patas dianteiras, como as cotias. Haoutras espécies de esquilo, como o nosso "serelépe",muito comum nas nossas matas. %

O T A T Ú

O tatu é um animal comum no Brasil e na África,notável pela sua couraça natural, formada de es-camas córneas que cobrem a parte superior de seucorpo. Quando ameaçado, o tatu defende-se enro-lando-ise em bola, de modo a ser impossível ataca-Io por qualquer lado. E' agilissimo na fuga e escavasua cova com as fortes garras que possue, comgrande presteza. Quando na cova, não há possibi-lidade de desalojá-lo. Com a couraça do tatu, umavez retirada do corpo, fazem-se cestinhos, daí seresse animal chamado de tatu canastra.

'—Jt^v ^**V

O PORCO ESPINHO

\m) porco espinho é um animal muito comum emdiversas partes do Europa, do Brasil e da África.Seu corpo é encoberto de enormes acúleos com pin-tas brancas e côr castanha. Quando atacado o por-co espinho extende em riste os acúleos e Lança osmenores que se encravam no inimigo com tal forçaque é difícil arrancá-los, não só como ainda mais seenterram, até produzir a morte do atacante. O por-co espinho é o pior inimigo das cobras, sabendo ata-cá-las com grande habilidade até feri-las de morte.E' imunizado ao veneno das cobras.Vive em tocas e só sái à noite, à procura dealimento.

O QUATÍ

w quatí, podemos dizer que é um animal que sóexiste na America do Sul. E' de pequeno porte edistingue-se pelo seu focinho alongado e curvo paracima. Possui cauda longa, estriada e um faro agu-dissimo. E' animal muito curioso, ao ponto de exa-minar detidamente qua/quer objeto que encontrar.Vive escondido em tocas, no mato, sendo fácil-mente domesticavel, mas imprestável, além de fi-car sempre em briga com os cachorros e gatos, peloseu cheiro desagradável.

INICIAMOS hoje a publicação desta interessante série educativa, de alto valor para os nossos lei-

tores e seus mestres, para a qual, aliás, pedimo s a atenção destes últimos. Seu autor é o nossocolaborador Max Yantok, e a série se alongará por muitas páginas, nas quais figurarão muitas es-pécies animais e os dados sobre cada uma. Aconselhamos ds nossos amiguinhos a colecionar a novasérie de páginas hoje lançada, pois com isso terão organizado um bonito e instrutivo álbum zooló-gico que lhes prestará bons serviços como fonte de consulta.

NOVEMBRO, 19-16 O TICO-TICO 33

CAMOMIÜNAPARA A DENTIÇÁO DAS CRIANÇAS

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tante conhecida, tem ded.cado boa soma de serviçosem prol do livro ipfantil o que constitue, sem duvi-da, um esforço apreciável, maximé ao considerar-mos quanto são prementes em nosso país os proble-mas educativos.

Prova manifesta do que aqui registamos é o ele-vado numero de obras que formam a Biblioteca In-fantil Anchieta, as quais, tanto pela aprese itaçãográfica, como pela variedaae ae temas sempre su-gestivos, têm o poder de despertar a curiosidade domundo infantil.

O TICO-TICO agradece à conhecida editorapaulista a oferta que se dignou fazer-lhe dos trêsvolumes "O Rei Oscar Pernilongo" e "O bonequi-nho de Massa" de Mary Buarque, bem como "NoPaís dos Anões" de Maria do Carmo Ulhôa Vieira.

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0 I ICO-TICO NOVEMBRO. 1946

Cenas òa IPía^Sacra

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Jesus consola e anima asmulheres de Jerusalém.

QUADRON.°8

Desenhode

El-Mano

^a^^PZ_**D-3-***r___*?___a--*-?_5SNOVEMBRO-194.6 O TICO-TICO

js-e-i

35

J$G Ati _->_-. 4Ê-ÚÊJ?-* JlAf,m4fe*Ê> /f^P^Ls^^

Qual das mãos é que a estátua da Li-berdade, de Nova York. tem levantada?

— A que segara o facho.Jucá, meu filho, que é que queres

ganhar este ano, pelo Natal, como prêmiopelo teu bom comportamento?

Ora, pai ! O Almanaque d'0 Tico-Tico !

—Manem, este remendo que você temno joelho está muito sujo.

— Não é remendo, não, professora.Sou eu !

Meu filho, porque comes com tan-ta pressa e gulódice quando há tantos do-ces no prato?

— Eu tenho medo que me fuja o ape-tite...

36 O TICO-TICO NOVEMBRO—1946

Gramática Infantil pela ImagemProf* Leonor Posada

(Continuação)

aMBosI \teMPlo caMPo\ \boMBo\ \raMPaiX'XXXrXX XNos outros ca-sos ponha o

» ^

nuNCa\\aNTes\\eNTÃo\ \tiNTa-^•^xsrx~Tome nota para firmar bem o que estudamos:Para se observar bem a prosódia e a ortografia é preciso saber:1.° a acentuação tônica ; 2.° o emprego das anotações léxicas. E*também preciso fazer: 1." ditados e cópias cuidadosas, diariamente;2.° ler sempre as lições de leitura em voz alta.

DÉCIMA LIÇÁOFamílias de palavras

As criaturas grupam-se em famílias. As aves, os insetos, osJ-animais, em suma, também formam famílias, dados os caracte-

rísticos que lhes são comuns.Você, lembrando as pessoas que compõem sua família, ve, em pri-meiro lugar o papai, depois a mamãe, os irmãos, os avós, os tiosem seguida, etc. Têm eles os mesmos característicos ou sinais: sãoparecidos, têm os mesmos costumes, usam o mesmo nome.

h>ai MÃEffjk. X r-X-, X

FILHOS AVÓSII'

Com as palavras dá-se a mesma coisa. Elas se grupam, for-mam famílias, de acordo com a sua parecença, conforme se apre-sentam. #De acordo com o emprego, a significação, a forma e a procedênciaou origem, as palavras se reúnem em diversas familias:1.. Família de palavras quanto a origem ou formação: Primiti-vas e Derivadas.São primitivas as palavras que não provêem de outras da nossalingua. São aquelas que nos chegaram da lingua latina, que e oidioma de que procedem as nossas palavras, na sua quase maioria.

NOVEMIÍIÍO—W46 0 TICO-TICO

\

37

LIVRO, CASA , I MONTEI r7£ÕÜAÕl [P«>£A0 —_L-^_.--N#*-X--l-^--t-J —\—

A 7^ nsao palavras primitivas.

III" Primitiva quer dizeraprimelra, a do princípio.São derivadas as palavras que se formam de ou eras, dasprimitivas, principalmenie.

LIVRARIA] | LIVRO | | CAS/NHOLÃ] CASA .

_________w y^ .£&'•MONTANHOSO] 1 AfO^TE | . | TOQVQ.404 | CnSÕVÃÕ]jW W5~^ • ^ *TW

PEDREGULHÕ] YPÊDRÃ

Podemos dizer que as palavras primitivas sao os pais das pala-vras derivadas.As crianças parecem-se com os pais, ora na côr da pele, dos olhosdos cabelos; ora no falar, nos gestos etc.As palavras derivadas têm também sua parecença com as primi-tivas. Quer ver?Note: em livraria há livr da palavra livro; em casinhola há casde casa; em montanhoso, você lê perfeitamente

MONTI ofeMONTE

em TROVOADA

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TROVÃO] | PEDREGULHÕr e em

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(contínua)

de

38 0 TICO-TICO NOVEMBRO -1H&

Aventuras de Zé Macaco e Faustina - Texto deP A N

~^ E'UM PE^FUMe

Faustina resolveu fabricar perfume. ... trabalhou um bocado e, por ^^"^Z^**^ ^em casa. Comprou essências famosas... fim chegou o dia de fazer a... começaram as nianifwt-coe, do, qu- Ur

ii y^fM hii_i_i_i__i_B_i_í-i-^-^-^-i-i-i-i-^-^-^-i-i_ií)<> &® •

...sentindo aquele cheirinho Pas- £ qnando Faustina entrou na sala foi um tel de fungar e fungar que erasando a porta dn cinema Pulgor , uma cousJ| louca Dentro em pouco m espectadores foram dando o fora, e quandoporteiro deu tres cheiradinhas no es- acendeu a.hlz só estava ela na platéia.paço, quando ela. entrou.

XI^mXAí. então, o ger^ite veio falar com cia, para propor

NOVSMBRO-1946 0 TICO-TICO

comprar o «perfume", para êle acabar com as pulsas do cinema

39

V© * >%? 47

<***

e todo o rebanho de cabrinhas o menino oa-britinho era a "ovelha negra", mentiroso como só êle.

Enquanto foVam só mentirinhas sem importância, o mal nãofoi tão grande, mas um belo dia resolveu iludir os demais poratacado.

— Lobo ! Lobo ! — gritava o nosso futuro bode.Acorreram os pastores e nada de encontrar a téra.O culpado do falso alarme rebolava-se no c-epim de

tanto rir. Passados dias voltou a repetir a façanha com os mes-mos resultados, excetuando a decisão dos iludidos de nuncamais acreditarem no mentiroso.

— Lá vem o lobo ! Lá vem o lobo ! gritava o nossoamiguinho com a energia vocal peculiar ásua raça. E vinha mesmo; mas ninguémecudiu. Todos pensaram que, como das ou-

trás vezes, se tratava -duma gracinha do\ nosso amigo.

,y O cabritinho corria, mas o lobo, corria"¦¦ma's e já lhe estava dando umas mordidas. para iniciar o almoço, quando surgiu o "Sem-

' pre alerta'-', cachorro do rebanho, que afu-geniou o agressor.

O cachorro pão havia acreditado nospedidos de socorro das outras ocasiões,porque não lhe cheirava a lobo, mas nesta,nem pensou duas vezes.

Naruralmente, o menino cabritinhonunca mais mentiu, pois que, a mentiraalem de ser um defeito deplorável, se voltacontra quem a pratica. (té«& MAj

40 O TICO-TICO NOVEMBRO—19/fi

PRODUÇÃO do BRASIL3_REGIÃ0 LESTE.I

Prof. ANY BELLAGAMBA

Feijão.Cana.FruTas....Algodão.

LEGENDA: st

Cacau /^/ig^*m\

coco Zl^íyy^-^vi CACAU . Ai

.FUMO \ m #\ i\W//

jj ^V^N \ /^^^ )*•) MILHO

rW Ú\U minas /M (JLJMi \ o + ESPÍRITO 1tíV ^J GERAIS /5AMT0

'FEIJÃO v^/^P + ' - ofde^

FRUTAS ALGODÃO ORQUÍDEAS

NOVEMBRO—1946 O TICO-TICO 41

¦'^i->k«SSC.-->j-^r- '/

NOÇÕES DEQEOQRAFÍA ECONÔMICA

3 - REGIÃO LESTE I

PRODUÇÃO VEGETAL

CACAU — É grandemente cultivado na

Baía e no Espírito Santo, sendo a regiãoleste a primeira produtora de cacau.

Os frutos do cacaueiro fornecem, alémda manteiga e do chocolate, óleos medicinais,boa aguardente e potassa explorada na fa-bricação de sabonetes.

FUMO — A cultura do fumo tem se desen-

volvido em todo país; não obstante, aprodução da região leste avulta sobre as de-mais, sobressaindo os Estados da Baía e Mi-nas Gerais e destacando-se particularmentea Baía como o primeiro produtor do Brasil.

MILHO — Embora existam grandes la-

vouras de milho espalhadas pelo país,cabe a Minas Gerais o primeiro lugar comoseu produtor.

O Brasil ocupa o segundo lugar na pro-du<;âo mundial dc milho.

¦puoiJÃO - ' ultura do feijão também es-•*¦ tá muito desenvolvida em todo o Brasildestacando-se ainda Minas Gerais como seuprimeiro produtor.

Constitue o feijão, principalmente naszonas rurais, a base da alimentação do bra-sileiro.

/^lANA — A região é a segunda produtorav-/ de cana de açúcar, sobressaindo os Esta-dos de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

São cultivadas no Brasil" várias espéciesde cana, avultando a Caiana. Pitú Mantei-ga, Roxa, etc...

FRUTAS — Na produção de laranjas e ba-

nanas, destacam-se, na região leste, osEstados de Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Nessa região sobressaem ainda as goia-bas, mangas, cajus, araçás, oitís, maracujás,amoras, cajás jaboticabas, genipapos, pitan-gas, abacates, etc...

ALGODÃO — Nessa região destacam-se

os Estados de Minas Gerais e Baía co-mo produtores de algodão, embora esse pro-duto esteja colocado em segundo plano.

/-NUTRAS PRODUÇÕES — A região leste.^—' é muito fértil no reino vegetal.

Além das culturas já citadas, destacam-se : coco, arroz, mandioca, batata, .mamona,café, etc.

Todo o litoral de Sergipe e Baía está co-berto de coqueiros que dão grande produção.

Existe nessa região grande variedadede madeiras de contração, tais como : jaca-randá,, ipé, canela, cedro, jequitibá, etc... evárias espécies de ervas medicinais.

PARTICULARIDADE — Na região do Rio«* Doce, no Estado do Espírito Santo, são

encontradas as mais belas orquídeas domundo.

%¦——'~—— ii». ¦¦ ... ¦¦- . —_—¦

42—'•'¦"-—•'

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O TICO-TICO NOVEMBRO—1946

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AVENTURAS DE CHIQUINHOQUW SEQA'o%GARKADÉ FERRO?,

6.MNDEPREM/'A QUEM I

descobrir;

CAAA, ^

CZZ.

Chiquinho de vez em quando mete-se a lêr livro de aventuras policiais, oque é muito impróprio para meninos decerta idade.

Certo dia, depois da leitura de umdestes livros, disse, todo prosa, ao Ben-janiin, que ainda haveria de ser um he-rói, como aqueles dos livros lidos.

Saindo a passeio, viu pregado a umaparede um enorme cartaz, cujos dizeresdespertaram sua atenção. Ali estava umaótima oportunidade para mostrar suas...

... qualidades ! Sem pensar em maisnada foi para casa, disfarçou-se com um"bonet" e os óculos velhos do vovô, esaiu à procura do tal "Garra deFerro".

De repente viu ao longe um indivi-duo que, para êle, tinha atitude suspei-ta. Sem perda de tempo meteu-se den-tro de uma barrica velha, que encon-trou ali perto.

O homem era justamente o dono dasbarricas, que vinha buscá-las, e, semolhar que havia dentro delas, pregou atampa na barrica em que estava o Chi-quinho. que tremia de medo.

Passaram-se algumas horas e o Ja- Depois, então, saiu em disparadagunço. como sempre fiel, dou por falta para casa, e na sua linguagem de ca-do Chiquinho. Farejando aqui e acolá chorro deu a entender ao Benjamin ofoi acertar direitinho com a barrica que estava se passando, e ambos parti-onde se achava o seu dono. ram em socorro ao Chiauinho.

GRÁFICA PIMENTA D. MELLO-RIO

E chegaram mesmo na hora precisa,pois quando o Benja arrancou a tampada barr>ca, Chiquinho já estava quasemorrendo sufocado. E foi assim que ofalso "detetive" fracassou mais uma vez!