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Nesta edição temos o prazer de abordar o tema da Imigração e Saúde Pública através da visão da Head of Migration Health at Public Health England, a Dra. Inês Campos Matos. Apresentamos a secção "Ecos do ESCAIDE 2019" através da visão do nosso colega, Vasco Ricoca Peixoto, que para além de médico interno de Saúde Pública é EPIET fellow. Destacamos, como artigo do mês, um artigo da Teresa Leão, médica especialista em Saúde Pública e investigadora, publicado na revista científica Elsevier. Como é habitual, lançamos as atualidades de Saúde Pública de âmbito nacional e internacional na secção das notícias e as oportunidades formativas disponíveis. No Espaço CMISP, finalizamos a apresentação das novas Comissões de Médicos Internos de Saúde Pública (CMISP), contando nesta edição com o contributo da CMISP Açores. JANEIRO 2020 | EDIÇÃO 4 Newsletter de Médicos Internos de Saúde Pública NESTA EDIÇÃO

íëìô - PÚBLICAEm 2 0 1 9 , cerca d e 2 7 2 mi l h ões d e p essoas n o mu n d o v i v i am n u m p aí s d i f eren te d o seu p aí s d e ori g em. A mi g ração será p rov

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Nesta edição temos o prazer de abordar o tema daImigração e Saúde Pública através da visão da Headof Migration Health at Public Health England, a Dra.Inês Campos Matos. Apresentamos a secção "Ecos do ESCAIDE 2019"através da visão do nosso colega, Vasco RicocaPeixoto, que para além de médico interno de SaúdePública é EPIET fellow. Destacamos, como artigo do mês, um artigo  daTeresa Leão, médica especialista em Saúde Pública einvestigadora, publicado na revista científica Elsevier. Como é habitual, lançamos as atualidades de SaúdePública de âmbito nacional e internacional na secçãodas notícias e as oportunidades formativasdisponíveis. No Espaço CMISP, finalizamos a apresentação dasnovas Comissões de Médicos Internos de SaúdePública (CMISP), contando nesta edição com ocontributo da CMISP Açores.

SAÚDE+PÚBLICAJ A N E I R O 2 0 2 0 | E D I Ç Ã O 4

Newsletter de Médicos Internos de Saúde Pública

EDITORIAL

ECOS DO ESCAIDE 2019

ARTIGO DO MÊS

NOTÍCIAS

N E S T A E D I Ç Ã O

OPORTUNIDADES

FORMATIVAS

ESPAÇO CMISP

EM FOCO

INTERNOS PELO MUNDO

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That migration is the most problematic of thepopulation variables is taken as given. Unlike the uniqueevents of birth and death that define an individual’slifetime, migration can be a multiple event. Itsmeasurement depends entirely upon how it is defined intime and across space. How long does a person have toreside at a destination in order to be defined as amigrant? How far does that person have to travel inorder to be so defined?

Vivemos numa época de migração sem precedentes, emque promessas de construir muros e “fechar” fronteirassão argumentos políticos decisivos. Em 2019, cerca de272 milhões de pessoas no mundo viviam num paísdiferente do seu país de origem. A migração seráprovavelmente um tema determinante desta época noslivros de História do futuro. No entanto, foram raras asvezes durante o curso de medicina, o mestrado emsaúde pública, e mesmo o doutoramento em saúdeinternacional, em que me foi colocada esta questão –que implicações tem a migração para a saúde doindivíduo e das populações?Por onde começar? Talvez pelo mesmo sítio paraqualquer questão de saúde pública – pelacaracterização da população de interesse. E osproblemas começam aqui. Como diz Skeldon numapublicação recente sobre definições de migração:

Esta falta de definição pode ser problemática para asaúde pública. A Organização Internacional para asMigrações (OIM) considera que um migrante é umapessoa que se desloca da sua residência habitual,dentro do mesmo país ou atravessando uma fronteirainternacional, temporária ou permanentemente,independentemente da razão pela qual se desloca.

Esta definição engloba migrantes muito diferentes,desde migração forçada até pessoas que emigram paratrabalhar.Para simplificar, olhemos apenas para a migraçãointernacional – quando alguém muda o seu país deresidência habitual, independentemente da razão. Deacordo com a OIM, a maioria destes migrantes sãopessoas em idade ativa. À escala global, a migraçãointernacional não é um fenómeno equilibrado. A Figura1 descreve visualmente este fenómeno: há regiões domundo, como a América Latina, que “perdem” muitaspessoas e “ganham” poucas, e outras regiões, como aEuropa e a América do Norte, em que a maioria do fluxomigratório é o oposto.Evidentemente, as características destes movimentos edas pessoas que os fazem tem implicações importantespara a saúde, para os serviços de saúde e para aspolíticas de saúde dos países de origem, os países detrânsito e dos países de destino. A Figura 2 organiza osdeterminantes da saúde associados à migração nestestrês passos do processo migratório, sob a perspetiva dopaís de destino.O país de origem é determinante de diversas formas.Por exemplo, existe larga evidência que migrantes depaíses com elevada incidência de certas doençastransmissíveis trazem consigo esse risco quandomudam de país. A existência e acessibilidade dosserviços de saúde e as condições ambientais esocioeconómicas no país de origem também podem serimportantes determinantes – por exemplo, uma pessoaexposta a elevados níveis de poluição ambiental emcriança no seu país de origem pode sofrer asconsequências dessa exposição em adulta, já no seupaís de destino.O país de destino e principalmente as condições de vidaneste país são importantíssimos determinantestambém. Vários estudos mostram que os migrantes naEuropa tendem a ocupar trabalhos em condiçõesadversas. O estatuto legal pode determinar o acessoaos cuidados de saúde e a apoio social. Algunsmigrantes vivem e trabalham ilegalmente, evitandoassim as autoridades e por vezes também os serviçosde saúde por medo que estes os denunciem àsautoridades. Mesmo que não vivam ilegalmente, osmigrantes podem simplesmente não saber comoaceder aos cuidados de saúde, que frequentementeestão organizados de forma muito diferente do seu paísde origem. Quando acedem aos cuidados de saúde, os

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EM FOCO

IMIGRAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA:

UMA QUESTÃO DE IGUALDADEInês Campos MatosHead of Migration Health at Public Health England

Figura 1

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profissionais de saúde podem ter dificuldades emoferecer cuidados de saúde de qualidade – podem nãoconseguir comunicar por dificuldades na língua etradução; podem existir diferenças culturaisimportantes, impedindo uma boa comunicação clínica;e quando alguém muda de país raramente trás consigoos seus registos clínicos, impedindo assim, por exemplo,a confirmação dos registos vacinais (há estudos quesugerem que esta população é das mais sobre-vacinadas exatamente por não levarem consigo os seusregistos vacinais).Também não podemos ignorar o contexto político esocial do país de destino – fatores como o racismo, axenofobia e a discriminação podem ter impactosimportantes na saúde do migrante, principalmente nasua saúde mental.Finalmente, as circunstâncias da viagem do país deorigem para o país de destino são importantes, assimcomo o retorno (definitivo ou para visitar família eamigos). Viajar de avião ou atravessar o mediterrâneonum barco sobrelotado são acontecimentoscompletamente diferentes, e um tem um risco de mortebastante superior ao outro. O retorno para visitarfamiliares pode expor o indivíduo ciclicamente adoenças transmissíveis, por exemplo. E o retornoforçado (no caso de migrantes sem estatuto legalregularizado) pode ser traumático.Os migrantes estão, assim, sujeitos a determinantes dasaúde próprios, diferentes da população em geral, queos expõem a uma maior vulnerabilidade e pioresresultados em saúde. A saúde pública tem um papelfundamental no apoio ao processo de migração, desdea preparação para a viagem, a integração na novasociedade e no apoio ao migrante/viajante que volta devez ou para visitar família no seu país de origem.O processo de integração começa antes da viagem, e asaúde publica pode dar um apoio fundamental nestepasso. O Reino Unido estabeleceu um protocolo com aOIM que determina, por exemplo, que vacinas sãoessenciais para os refugiados que são acolhidos pelopaís, antes destes viajarem. O protocolo estabelecetambém que informação é fundamental que o médicode família e os serviços sociais tenham conhecimentopara se certificarem que as condições oferecidas no país– por exemplo, uma casa adaptada a uma cadeira

de rodas – são necessárias para facilitar a integração.O apoio à viagem também é muito importante.Particularmente para os migrantes que viajamfrequentemente para visitar familiares e amigos no seupaís de origem, é importante considerar como é que aconsulta do viajante tem de ser adaptada a estascircunstâncias.Por exemplo, é frequente um migrante de um país ondea malária é endémica dar pouca importância àprofilaxia, por considerar que não é necessária. NoReino Unido, a maioria dos casos de malária ocorre emmigrantes que vão visitar amigos e familiares ao seupaís de origem e que não fizeram profilaxia.No país de destino, há uma necessidade constante decompreender a saúde dos migrantes e se existemnecessidades em saúde que não estão a ser apoiadas.Por exemplo, a vigilância de doenças transmissíveispode fornecer informação sobre o tipo de rastreios quedevem ser oferecidos. Há também um papelfundamental da saúde pública na educação doprofissional de saúde – educação em questões culturais,por exemplo, e fornecendo informação sobre quedoenças menos frequentes no país de destino podemestar presentes em migrantes de certas regiões domundo. A  Public Health England  (PHE) – agêncianacional de saúde publica do governo inglês – produzum Guia de Saúde dos Migrantes, online, gratuito, paraprofissionais de saúde que veem migrantes na suaprática. O guia reúne um vasto rol de informação, desdeos direitos dos migrantes aos cuidados de saúde,questões culturais, doenças transmissíveis e nãotransmissíveis, assim como uma lista de mais de cempaíses que ajudam o profissional de saúde acompreender melhor o seu doente.Apesar de vivermos numa época de migração semprecedentes e do medo que parece haver destes fluxosmigratórios, a verdade e que apenas 3% da populaçãomundial vive num país que não o seu país de origem.Mas o dever da saúde pública para com os migrantesnão é necessariamente pelo volume que representamna população, mas sim pela vulnerabilidade que podemtrazer consigo, principalmente quando este movimentoé forçado. Apoiar e melhorar a saúde dos migrantes é,assim, fundamental para reduzir as desigualdades emsaúde. Tal como é nosso dever prestar especial atençãoa outras populações vulneráveis, também é nosso deverapoiar esta população. Este apoio deve incluir amonitorização da sua saúde, o apoio aos serviços epolíticas de saúde, e ser uma voz contra aestigmatização e discriminação destas populações.

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Figura 2

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O ESCAIDE, promovido anualmente pelo ECDC, assume-se como um importante palco de partilha de ideias eciência na área do controlo de doenças infeciosas eepidemiologia aplicada a essa causa, nas palavras dosorganizadores: The Leading European ScientificConference on Applied Infectious Disease Epidemiology.Este ano a conferência reuniu mais de 600 participantesde 46 países, incluindo 20 países fora da UE.É um espaço de proximidade e comunidade, duascoisas cada vez mais importantes para a cooperaçãointernacional em áreas em que, como já repetido vezessem contas, as ameaças não conhecem fronteiras e só apartilha de boas práticas e experiências, e ciência dequalidade pode garantir que estamos à altura dosnovos desafios ou que respondemos aos velhosdesafios de formas mais modernas, eficazes eeticamente justas.Na conferência, o cruzamento de conhecimentos leva anovas ideias e constatações que ultrapassam os silos deconhecimento em que, demasiadas vezes, a nossasociedade atual se organiza. Epidemiologistas, profissionais de saúde pública,médicos clínicos, veterinários, microbiologistas,especialistas em comunicação, modeladores,estatísticos, cientistas sociais, economistas e políticoscriam pontes entre ideias, motivações, prioridades ecapacidade efetiva de investigar e operacionalizar.Desse cruzamento de conhecimentos aproximamo-nos

de uma abordagem integrada e de uma compreensãotransversal de problemas e das abordagensinterventivas que podemos aplicar.Um incrível exemplo disso foi a Sessão Plenária dosegundo dia intitulada “Vaccine confidence in a post-factual world”. Nesta sessão foram apresentadas asperspetivas de um cientista social Prof. Dr. WolfgangGaissmaier, Social Psychology and Decision Sciencesque dedicou a vida a estudar processos de decisão eperceções em áreas como a vacinação e outrasrelacionadas com a saúde. Algumas ideias discutidasnesta sessão plenárias foram: a “cultura da falta deevidência” referindo-se ao facto de na Alemanha aindaser gasto dinheiro público em homeopatia como “umescândalo”. Foram demonstrados exemplos de comofiguras públicas e políticos promovem pseudociência,referindo o que uma Ministra da Saúde de um estadoalemão disse (“I am convinced that it works”) comoexpoente máximo da evidência anedótica; ou um Twitdo presidente Donald Trump a dizer que “a child getspumped with massive shot of many vacines, does’nt feelgood and changes -AUTISM- many such cases”.Outros tópicos mencionados foram influência social epolarização na comunicação e nas perceções, odiferente impacto de notícias “vaccine scare” emdiferentes países e recomendações sobre novas formasde combater a hesitação de vacinas a partir de

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ECOS DO ESCAIDE 2019

EUROPEAN SCIENTIFIC CONFERENCE ON APPLIED INFECTIOUSDISEASE EPIDEMIOLOGYVasco Ricoca PeixotoMédico Interno de Saúde Pública / EPIET Fellow

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abordagens da ciência comportamental. Isto afasta-nosdo velho modelo que atribuía às decisões apenas a“falta de conhecimento”, referindo a importância deabordar o problema desde a escola, estimulando opensamento crítico. Foi ainda referido que tornar asvacinas obrigatórias não muda as causas de raiz doproblema.Foi referida a necessidade de melhorar a comunicaçãode risco através de um exemplo: um aumento no riscode 18% por cancro do cólon associado ao consumo de50g de carnes processadas por dia significa que o riscode alguém de 60 anos passa de 5 mortes em 1000 para6 mortes por 1000 nesse período e acrescentando queo tabaco causaria mais 120 mortes por 1000 fumadoresde 60 anos nesse período e acabando a dizer “basically ifyou don't smoke you can do whatever you want”.Adicionou ainda que a comunicação social deturpafrequentemente o significado da informação paraaumentar o alarme e a probabilidade de interessar osleitores, referindo que o tabaco e as carnes processadasestarem na mesma classe de carcinogénicos da WHOapenas significa que têm um nível de evidência robustoe não que têm uma magnitude de risco para saúdesemelhante como foi várias vezes transmitido, aindaque o consumo de carne tenha outras externalidadesnegativas nomeadamente em termos desustentabilidade ambiental e de recursos.Foram apresentados  trabalhos nas áreas da qualidadee avaliação de sistemas de vigilância da EpidemicIntelligence (event based) aos Sistemas clássicosIndicator based,   Investigação e controlo de surtos,desde um surto de norovirus num cruzeiro no rio Douro(vencedor do prémio de melhor poster) ao últimosavanços na investigação e controlo do surto de Ébola naRepública Democrática do Congo, passando por surtosde Sarampo numa Europa pós-factual onde o númerode suscetíveis está a aumentar em parte devido àhesitação em vacinar.Vários outros tópicos e métodos relevantes para oavanço da saúde pública foram abordados como:deteção de sinais em sistemas de vigilância (ECDC EPisignal detection R Package), novas formas decomunicação rápida colheita de informação em saúdepública (ex sms, apps moveis), a importância de umavigilância transparente com produção de resultadoscomparativos na área da infeção associada aos

cuidados de saúde e resistências a antimicrobianos;avaliação de impacto de estratégias de vacinação,  autilização de PrEP e a sua possível influência noscomportamentos de risco dos utilizadores, novasmetodologias de investigação de surtos detetadosinicialmente por Whole Genome Sequence noslaboratórios, da transparência das publicaçõescientíficas e de tornar públicos os comentários dosrevisores (como já faz a revista PLOS One).A presença e participação de vários e investigadores,médicos e profissionais de Saúde Pública Portuguesesfoi intensa com várias apresentações orais e posters eum networking que reforçou laços internacionais, mastambém entre profissionais do nosso país que, porvezes, só se encontram em eventos deste tipo, o quedemonstra a necessidade de promover mais momentosde partilha de ciência e boas práticas em territórionacional como foi o 1º Congresso Nacional de Médicosde Saúde Pública promovida pela Associação Nacionalde Médicos de Saúde Pública. A participação de médicosinternos de Saúde Pública de todo o país foi muitorelevante no ESCAIDE 2019. Muitos portuguesesutilizaram o pin “Public Health Portugal” que pretendeidentificar e aproximar Saúde Pública Portuguesa, àsvezes dividida “em quintas” de modo a aproximar osprofissionais de saúde pública numa comunidade coesasupra-institucional com foco no impacto.Este é um momento de atualização e partilha de boaspráticas fundamental para uma saúde pública em rede,global e de ameaças globais com o benefício prático decolocar pessoas em contacto direto, quebrar barreirasde comunicação e permitir um networking de qualidade,num ambiente familiar, de confiança, qualidade etransparência, rodeados pela comunidade da SaúdePública Europeia e Mundial com foco no controlo dedoenças infeciosas, dos mais novos aos mais velhos ede diferentes backgrounds e meios.Esperamos contar com ainda mais colegas médicosinternos de Saúde Pública no próximo ESCAIDE emNovembro de 2020 em Varsóvia!

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ECOS DO ESCAIDE 2019

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Teresa Leão, Anton E Kunst, Michael Schreuders, Pirjo Lindfors, Mirte AG Kuipers, Julian Perelman, SILNE-R Group

Adolescents ’ smoking environment under weak tobacco control : A

mixed methods study for Portugal

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ARTIGO DO MÊS

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são poucos os médicos especialistas em Saúde Pública atrabalhar na Região, pelo que o número do médicosinternos se prevê diminuto no futuro próximo.No entanto, esse motivo não pareceu constituir forteargumento para a manutenção de uma alienação dosassuntos e partilhas com os restantes médicos internosa nível nacional realizada através das CMISPs. Pelocontrário, enfatizou a necessidade de aproximação,aprendizagem e partilha de funcionamentos, quegarantem a uniformização e redução de hiatos majordurante a formação especializada entre Regiões.Assim, num tempo de trabalho em equipa e em rede, departilha de conhecimentos e de experiências, a CMISPAçores procura contribuir no sentido da colaboraçãoentre todos os médicos internos de Saúde Pública parao florescer de uma Saúde Pública moderna, robusta efocada na melhoria da saúde das populações. Como primeira Comissão, e sendo constituída por umaúnica pessoa que não dispunha de qualquerexperiência ou familiaridade com o papel de umaComissão de Médicos Internos, foi fulcral a colaboraçãodas outras CMISPs, à semelhança do que sucedeu coma CMISP Algarve, para que a constituição da CMISPAçores chegasse a bom porto. O (meu) muito obrigada a todos os colegas das CMISPs! A Comissão de Médicos Internos de Saúde Pública dosAçores ([email protected]).

A Comissão de Médicos Internos de Saúde Pública dosAçores (CMISP Açores), neste primeiro espaço decomunicação, pretende dar-se a conhecer aos restantescolegas médicos internos de Saúde Pública, bem comoclarificar as circunstâncias inerentes à sua constituição.A CMISP Açores, a mais recém-formada CMISP, foiconstituída em novembro de 2019, fazendo parte desta,atualmente, uma única médica interna. Apesar de seruma constituição peculiar e à primeira vista um poucosem sentido, tornou-se claro que, não havendoconstrangimentos legais relativamente ao númeromínimo de médicos internos para que se constituísse aComissão, seria de sobejo interesse a sua criação.Interesse esse correlacionado com uma das principaismissões da CMISP Açores: a contribuição para ointernato médico dos futuros médicos internos deSaúde Pública dos Açores. Há a ressalvar que existeapenas uma Unidade de Saúde Pública na Região,localizada na Ilha de São Miguel e criada em 2014, e que

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CMISP AÇORES 2019-2021

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ESPAÇO CMISP

Bárbara Vieira

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Saúde + Pública, a  newsletter  dos MédicosInternos de Saúde Pública, conta com umaequipa de médicos internos de Saúde Públicadedicados, dinâmicos e com interessesdiversificados que trabalham em prol damelhoria contínua do site e da newsletter. Se quiseres colaborar connosco ou necessitaresde mais informações, contacta-nos através do e-mail [email protected]. Para poderes receber a nossa Newslettersubscreve no link abaixo.

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Caros colegas, em nome da equipa S+P quecessa funções, venho por este meio anunciarque chegou a hora de abrirmos oportunidadepara novos colegas viverem a experiência deestar por detrás desta máquina que é aSaúde+Pública. Como equipa estamos gratos pelo apoio detodos os colegas nesta dinâmica de partilha deinformação. Trazer temas interessantes para os internos deSaúde Pública sempre foi a nossa prioridade eesperamos que tenha correspondido às vossasexpectativas. A nova equipa S+P, que apresentamos a seguir,vai continuar a trabalhar em conjunto para quecada ano a Saúde Pública se torne mais forte emais visível. Com os melhores cumprimentos pessoais,Davy FernandesResponsável pela Newsletter S+P

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A nova equipa S+P