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Home 15/06/2011 11:07:55 Endereços do Judiciário Fale com o TJPE Ouvidoria Plantão Judiciário Acompanhamento Processual - 1º Grau Dados do Processo Número NPU 0000319-79.2011.8.17.1150 Descrição Ação Popular Vara Vara Única da Comarca de Pombos Juiz Luiz Carlos Vieira de Figueiredo Data 16/05/2011 21:26 Fase Devolução de Conclusão Texto PROCESSO N.º 000319-79.2011.8.17.1150 AUTOR: MARIA DAS GRAÇAS BEZERRA RÉU: PREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE DE POMBOS (MUNICÍPIO DE POMBOS – PE), AGÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – CPRH E BRASCON GESTÃO AMBIENTAL LTDA. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Vistos etc. MARIA DAS GRAÇAS BEZERRA, vereadora, em gozo de direitos políticos e devidamente qualificada nos autos, por seu advogado, ingressou com a presente AÇÃO POPULAR contra a PREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE DE POMBOS, AGÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – CPRH E BRASCON GESTÃO AMBIENTAL LTDA, igualmente qualificados, objetivando os cancelamentos: a) da licença provisória de nº 02.10.03.031150-1, concedida em 26/08/2010; b) da licença de instalação de nº 01.11.01.000906-5, concedida em 26/01/2011 pelo CPRH; c) da Anuência Prévia dada pelo Município de Pombos, todas referentes a empresa Brascon para o funcionamento de uma Usina de Autoclavagem com capacidade para esterilizar aproximadamente 20 toneladas de lixo hospitalar por dia. Eis a síntese dos fatos alegados pela autora: I – No mês de julho de 2010, a Sra. Prefeita Municipal de Pombos enviou Projeto de Lei n.º 770/2010, o qual previa a doação de lotes de terreno pertencentes ao Município de nºs 03 e 04, no distrito industrial desta cidade (Km 58 da BR 232), cuja donatária era a empresa Brascon Gestão Ambiental Ltda.; II – A doação teve destinação específica: instalação de uma empresa destinada à coleta de resíduos perigosos. III – Dentre os documentos apresentados pela empresa Brascon, seus atos constitutivos revelam que o objeto social da empresa é o seguinte: "disciplinar o expediente e os resultados patrimoniais auferidos na prestação de serviços ampla e restrita de locação de veículos leves utilitários máquinas e equipamentos comerciais e industriais limpeza e conservação coleta de lixo hospitalar serviço integrado de limpeza urbana operação de aterro sanitário e participação em outras empresas". IV – Assim, pelo que foi apresentado, a empresa apenas funcionaria para coletar resíduos sólidos e, por isso, a doação foi autorizada pela Câmara. V – Após a aprovação da doação, os edis foram averiguar a atividade da empresa e, para surpresa, descobriram que o verdadeiro intuito da empresa Brascon era o tratamento de resíduos perigosos (lixo hospitalar). VI – A Câmara Municipal expediu ofício dirigido ao Ministério Público, que instalou procedimento administrativo com objetivo de investigar as doações feitas pelo Município, com o escopo de saber de as mesmas estavam revestidas de legalidade. VII – O Parquet remeteu ofício ao Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio .:. Poder Judiciário de Pernambuco .:. http://www.tjpe.jus.br/processos/consulta1grau/OleBuscaProcessosNu... 1 de 5 15/6/2011 11:08

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15/06/2011 11:07:55 Endereços do Judiciário Fale com o TJPE Ouvidoria Plantão Judiciário

Acompanhamento Processual - 1º Grau

Dados do Processo

NúmeroNPU

0000319-79.2011.8.17.1150

Descrição Ação Popular

Vara Vara Única da Comarca de Pombos

Juiz Luiz Carlos Vieira de Figueiredo

Data 16/05/2011 21:26

Fase Devolução de Conclusão

Texto PROCESSO N.º 000319-79.2011.8.17.1150AUTOR: MARIA DAS GRAÇAS BEZERRARÉU: PREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE DE POMBOS (MUNICÍPIO DE POMBOS – PE),AGÊNCIAESTADUAL DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – CPRH E BRASCON GESTÃOAMBIENTAL LTDA.

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos etc.

MARIA DAS GRAÇAS BEZERRA, vereadora, em gozo de direitos políticos e devidamentequalificada nos autos, por seu advogado, ingressou com a presente AÇÃO POPULAR contra aPREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE DE POMBOS, AGÊNCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE ERECURSOS HÍDRICOS – CPRH E BRASCON GESTÃO AMBIENTAL LTDA, igualmente qualificados,objetivando os cancelamentos:

a) da licença provisória de nº 02.10.03.031150-1, concedida em 26/08/2010;b) da licença de instalação de nº 01.11.01.000906-5, concedida em 26/01/2011 pelo CPRH;c) da Anuência Prévia dada pelo Município de Pombos, todas referentes a empresa Brasconpara o funcionamento de uma Usina de Autoclavagem com capacidade para esterilizaraproximadamente 20 toneladas de lixo hospitalar por dia.

Eis a síntese dos fatos alegados pela autora:

I – No mês de julho de 2010, a Sra. Prefeita Municipal de Pombos enviou Projeto de Lei n.º770/2010, o qual previa a doação de lotes de terreno pertencentes ao Município de nºs 03 e 04,nodistrito industrial desta cidade (Km 58 da BR 232), cuja donatária era a empresa Brascon GestãoAmbiental Ltda.;

II – A doação teve destinação específica: instalação de uma empresa destinada à coleta deresíduos perigosos.

III – Dentre os documentos apresentados pela empresa Brascon, seus atos constitutivosrevelam que o objeto social da empresa é o seguinte: "disciplinar o expediente e os resultadospatrimoniais auferidos na prestação de serviços ampla e restrita de locação de veículos levesutilitários máquinas e equipamentos comerciais e industriais limpeza e conservação coleta de lixohospitalar serviço integrado de limpeza urbana operação de aterro sanitário e participação emoutras empresas".

IV – Assim, pelo que foi apresentado, a empresa apenas funcionaria para coletar resíduossólidos e, por isso, a doação foi autorizada pela Câmara.

V – Após a aprovação da doação, os edis foram averiguar a atividade da empresa e, parasurpresa, descobriram que o verdadeiro intuito da empresa Brascon era o tratamento de resíduosperigosos (lixo hospitalar).

VI – A Câmara Municipal expediu ofício dirigido ao Ministério Público, que instalouprocedimento administrativo com objetivo de investigar as doações feitas pelo Município, com oescopo de saber de as mesmas estavam revestidas de legalidade.

VII – O Parquet remeteu ofício ao Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio

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Ambiente para que este se abstivesse de conceder licenças ambientais e realizasse vistorias nolocaldo terreno doado à Brascon.

VIII – Descoberta a verdadeira intenção da empresa, a Câmara de Vereadores, em 15 deoutubro de 2010, votou e aprovou a Lei Municipal nº 774/2010, que proíbe por 10 (dez) anos aconcessão de licença em favor de empreendimentos que venham a processar ou incinerar lixohospitalar ou outros resíduos considerados perigosos no Município de Pombos. A lei foi vetadapelaPrefeita, mas o veto foi derrubado em Sessão Plenária da Câmara Municipal;

IX – A Brascon, segundo a autora, tenta ludibriar a população local informando uma atividadee exercendo outra. Ademais o CPRH e o Município concedeu licenças sem EIA e RIMA.

X – Outro indício que revela a conduta irregular da Brascon é utilizar carros de coleta com onome "cevada" para desenvolver atividade altamente polumente.

XI – Em caso semelhante acontecido na cidade de Moreno, o próprio CPRH informou que antesde ser concedida qualquer licença, havia a necessidade do estudo do impacto ambiental(EIA/RIMA).

Ao final, pugnou pela concessão de medida liminar para suspender as licenças já referidas e aanuência prévia, bem como que fosse determinado a realização do EIA para averiguar se os danosque o empreendimento causaram ao meio ambiente.

RELATEI E DECIDO:

DA ISENÇÃO DAS CUSTAS.

A Ação Popular tem sua apreciação independentemente do recolhimento de custas, não sendonecessário qualquer pagamento para sua propositura ou ao longo de sua tramitação

Como especifica a Constituição da República de 1988:

Art. 5º [...]LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular atolesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvocomprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

DA LEGITIMIDADE.

Registro, de logo, que o direcionamento da ação para a Prefeitura ao invés do Município émero erro de terminologia.

É certo que a prefeitura não detém personalidade jurídica, porém não há de se falar emilegitimidade de parte diante do equívoco de chamamento ao processo da prefeitura municipal aoinvés do município, posto ausente qualquer prejuízo.

O mero erro de terminologia não prejudica o reconhecimento do verdadeiro réu do processo.

Por outro lado, a autora comprovouu estar em pleno gozo de seus direitos políticos (fl. 14).

DA AÇÃO POPULAR. DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA LIMINAR PERSEGUIDA.

A ação popular se presta para a correção de atos lesivos ao patrimônio público, à moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do inciso LXXIIIdoart. 5º da Constituição da República;

A expressão "ato" deve ser entendida em sentido amplo, abrangendo lei, decreto, resolução,portaria, atos administrativos típicos, contratos e todo e qualquer ação do Poder Público que tenhaefeito concreto

Na causa de pedir da presente ação popular temos que considerar a remota, que abrange aprópria essência do exercício desta ação, pois diz respeito ao direito da pessoa portadora decidadania de exercer seus direitos políticos como cidadão, pronta para exigir o direcionamento daadministração em defesa do interesse público.

A exordial é clara ao atacar os atos administrativos de concessão de licenças emdesconformidade com a lei e com regulamentos administrativos.

No presente caso, os atos atacados são tão lesivos quanto ilegais, fato que permite aconcessão da medida liminar perseguida. Vejamos:

A doutrina ministra que "o deferimento da liminar pressupõe a necessária e cumulativasatisfação de certos requisitos básicos, que se expressam (a) na plausibilidade jurídica da teseesposada (fumus boni iuris), (b) na possibilidade de prejuízo decorrente do retardamento dadecisãopostulada (periculum in mora), (c) na irreparabilidade ou insuportabilidade dos danos emergentesdos próprios atos impugnados e (d) na necessidade de garantir a ulterior eficácia da decisão."(D.J.10.11.89 - pág. 16879 - Min. Celso de Mello).

Dentro desses quadrantes, pois, é que me pronunciarei sobre a medida acauteladora

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requerida .

- Quanto ao fummus boni iuris.

Inicialmente destaco que na Administração Pública, não há liberdade nem vontade pessoal.Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na AdministraçãoPública só é permitido fazer o que a lei autoriza (Direito Administrativo Brasileiro, 2ª edição,Revistados Tribunais, São Paulo, 1986, pág. 61).

Posso dizer, inclusive, que a situação em voga possui contornos de típica cognição sumária.

Existe uma Lei em vigor que proíbe a concessão de licença em favor de empreendimentoscom fins de incineração hospitalar e outros resíduos considerados perigosos no Município dePombos (Lei nº 774/2010).

A Lei foi aprovada dentro dos parâmetros do processo legislativo constitucional. Expressa avontade do povo, concretizada na voz do parlamento municipal.

A mácula pode ser identificada na origem: a doação dos lotes.

A empresa Brascon tem por objeto social "disciplinar o expediente e os resultadospatrimoniais auferidos na prestação de serviços ampla e restrita de locação de veículos levesutilitários máquinas e equipamentos comerciais e industriais limpeza e conservação coleta de lixohospitalar serviço integrado de limpeza urbana operação de aterro sanitário e participação emoutras empresas".

Não está no seu contrato social a incineração de tais resíduos.

Lixo Hospital é tema sério e não pode ser tratado de forma tão displicente . Afinal de contas,"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo eessencial à qualidade de vida saudável, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever dedefende-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações" ( Artigo 255 da Constituição daRepública Federativa do Brasil, 1988)".

Destaco trechos do trabalho "VII SEMEAD – RELATO DE EXPERIÊNCIA - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL :

Administrar uma empresa atualmente, requer muito mais do que o exercício das funções básicasdegerência. As empresas prestadoras de serviços de saúde possuem papel importante na gestãoambientale a busca por certificados de garantam tais cuidados estão sendo buscado. Os procedimentos degestãoambiental foram padronizados em nível mundial, com o objetivo de definir critérios e exigênciassemelhantes.

E ainda:

A incineração é um processo de combustão controlada para transformar resíduos sólidos, líquidosegases combustíveis em dióxido de carbono, outros gases e água, reduzindo significativamente ovolumee pesos iniciais. Da incineração do lixo resulta em residual sólido constituído basicamente demateriaisincombustíveis que deverão ser dispostos em aterros sanitários ereciclados.(www.formosaonline.com.br/geonline/textos, pesquisada em 13.10.2003)A melhor forma de destruir o lixo hospitalar é a incineração, desde que os incinerados possuamtecnologia adequada e estejam em, locais que não causem incômodos à população.Os custos do tratamento do lixo hospitalar são elevados e seria, de todo interessante, a formaçãodeconsórcios geradores, para a adoção de uma solução comum na destinação.(www.gpca.com.br/gil/art62.html pesquisada em 13.10.2003)Os incineradores convencionais são fornos, nos quais se queimam os resíduos. Além de calor, aincineração gera dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, dioxinas e outroscontaminantesgasosos, cinzas voláteis e resíduos sólidos que não se queimam. É possível controlar a emissão depoluentes mediantes processos adequados de limpeza dos gases.(www.lixohospitalar.vilabol.uol.com.br/Lixo.html pesquisada em 13.02.2004)

O Estudo e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA são dois documentosdistintos, que servem como instrumento de Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, parteintegrantedo processo de licenciamento ambiental. No EIA é apresentado o detalhamento de todos oslevantamentos técnicos e no RIMA é apresentada a conclusão do estudo, em linguagem acessível,para facilitar a análise por parte do público interessado.

As licenças foram concedidas sem esses documentos.

São vários os indícios da duvidosa intenção da Brascon: a informação do contrato social seruma e a atividade ser outra; b) a utilização de equipamentos com o nome de "cevada" etc.

- Da existência do periculum in mora;,

O risco de lesão irreparável está no fato de que caso não seja concedida a medida liminar, aBrascon poderá desenvolver atividades potencialmente lesivas ao meio ambiente.

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Dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, dioxinas e outros contaminantesgasosos, cinzas voláteis e resíduos sólidos que não se queimam liberados na atmosfera poderãotrazer males à população.

A contaminação do meio ambiente e da população podem ser irreversíveis.

Assim, considerando que: a) O EIA/RIMA é instrumento adotado pela Política Nacional domeio ambiente à averiguação de viabilidade de instalação de obra ou atividade potencialmentecausadora de significativa degradação do meio ambiente, forte no art. 225, § 1º, IV, da CF; b)Quenão houve a realização destes estudos; c) Que existe Lei em pleno vigor, vedando a incineração delixo hospitalar em Pombos; d) Que a BRASCON não possui em seu objeto social a atividade deincineração de lixo hospitalar, mas a simples coleta; e) Que a doação dos lotes foi direcionada parauma empresa que apenas coletaria o lixo hospitalar, não resta outro caminho a trilhar senão o daconcessão da liminar.

Por fim, faço algumas considerações:

Quanto maior o leque de empresas que possam contratar com a Administração Públicamelhor. É de interesse público pode selecionar a proposta mais vantajosa.

Atualmente, só a empresa SERQUIP cuida da gestão do lixo hospitalar em todo o Estado. Aparticipação da BRASCON ou de que qualquer outra empresa que possa gerir tais resíduos seriamuito bem vinda, desde que não haja qualquer irregularidade, com as constadas neste feito.

Diante de todo o exposto, concedo a liminar para suspender:

a) A licença provisória de nº 02.10.03.031150-1, concedida em 26/08/2010;b) A licença de instalação de nº 01.11.01.000906-5, concedida em 26/01/2011 peloCPRH;c) A Anuência Prévia dada pelo Município de Pombos, todas referentes a empresaBrascon .

Por conseguinte, as obras de construção e instalação da Brascon neste Município ficamimediatamente suspensas até deliberação ulterior.

Fixo multa diária de R$ 100,00 para caso de descumprimento da medida.

Nos termo do artigo 7º, da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965 , determino a citação dosdemandados para apresentar resposta, com as advertências de praxe.

Ademais, expeça-se oficio ao CPRH solicitando a elaboração do EIA/RIMA.

Intime-se o Parquet..

Pombos, 16 de maio de 2011

Luiz Carlos Vieira de FigueirêdoJuiz de Direito

Art. 5º, § 4º, da Lei da Ação Popular: "Na defesa do patrimônio público caberá a suspensãoliminar do ato lesivoimpugnado". Para se ter ideia do que pode ser considerado lixo hospitalar: 1 – culturas e estoques de agentesinfecciosos delaboratórios industriais e de pesquisa; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto oshemoderivados, descartede vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizadospara transferência,inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratório de engenharia genética. 2 – bolsa desangue ouhemocomponentes com volume residual superior a 50 ml; kits de aférese. 3 – peças anatômicas(tecido, membros eórgãos) do ser humano, que não tenham maior valor científico ou legal, e/ou quando não houverrequisição prévia pelopaciente ou seus familiares; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500gramas ou estatura menorque 25 cm ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham mais valor científico oulegal, e/ou quando nãohouver requisição prévia pela família. 4 – carcaças, peças anatômicas e vísceras de animaisprovenientes deestabelecimentos de tratamento de saúde animal, de universidades, de centros de experimentação,de unidades de controlede zoonoses e de outros similares, assim como camas desse animais e suas forrações. 5 – todosos resíduos provenientesde pacientes que contenham ou sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco IV, queapresentam relevânciaepidemiológica e risco de disseminação. 6 – kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores,quando descartados.Filtros de ar e gases oriundos de áreas críticas. 7 – órgãos, tecidos e fluídos orgânicos comsuspeita de contaminação comproteína priônica e resíduos sólidos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais comsuspeita de

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contaminação com priônica (materiais e instrumentais descartáveis, indumentária que tiveramcontato com os agentesacima identificados) o cadáver, com suspeita de contaminação com proteína priônica, não éconsiderado resíduo. 8 -resíduos dos medicamentos ou dos insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados,apreendidos para descarte,parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para consumo, que oferecem risco. 9– resíduos dosmedicamentos ou dos insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, apreendidos paradescarte, parcialmenteutilizados e demais medicamentos impróprios para consumo, que , em função de seu princípioativo e forma farmacêutica,não oferecem risco. 10 – resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pelaPortaria MS 344/98 e suasatualizações 11 - – saneantes, desinfetantes e desinfestantes 12 - substâncias para revelação defilmes usados em Raios X13 - resíduos contendo metais pesados; 14 – Reagentes para laboratório, isolados ou emconjunto 15 - outros resíduoscontaminados com substâncias químicas perigosas. Disponível em www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd51/silva.pdf Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil,observadas asseguintes normas modificativas: I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: a) além da citaçãodos réus, aintimação do representante do Ministério Público; b) a requisição, às entidades indicadas napetição inicial,dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros quese lheafigurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) diaspara oatendimento.

ESTADO DE PERNAMBUCOPODER JUDICIÁRIOVARA ÚNICA DA COMARCA DE POMBOS/PE

Fórum Dr. Ronaldo de Barros NotaroRua I, s/nº, Loteamento Capitão Manoel Gomes de Assunção.POMBOS/PE - CEP. 55.630-000 - Fone/Fax (81)3536-1921/1800

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