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* *«*»=- - Sclatítn n9 7 MOVIMENTO PELA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS NO ARASIIATA

- Sclatítn n9 7 MOVIMENTO PELA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS … · posseiros e doa padres, ura grupo de padres e pastores, no Nordeste, criou o cartão de Natal/81, "...não há lugar

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- Sclatítn n9 7

MOVIMENTO PELA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS NO ARASIIATA

ATENÇÃO ENVIE TELEGRAMAS E/OU CARTAS PEDINDO A LIBERTAÇÃO DOS PRH SOS CPADRÉS B AGRICULTORESV DO ARAGUAIA PARA OS SEGUTN-' TES ENDEREÇOS:

DR. JimACI REIS COSTA AUDITORIA DA 8a. C.J.M. AV, GOV. JOSÉ MALQ-ÍER, 611 66.000 - BELÉM-PARÍ - BRASIL

-; MINISTRO DA JUSTIÇA ESPLAN,ADA DOS MÍNISltRIOS MINISTÉRIO DA j;iSTIÇA-49 ANDAR

v 71.700,- BRATLTA -DF-BRASTL

COMPAREÇA ÁS MANIFESTAÇÕES PUBLICAS. REIVINDICANDO A LIBERTAÇÃO DOS PRE- SOS. POR OCASIÃO DO IULÕAMENTO EN- TRE 25/03/82 - ll/Ü</82, BELÉM- PARA - BRASII

a) MLPA- Mc Lmento pela Libertação

dos presos do Araguaia

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-mm A m^ m i mm LSiOhM. mmm&m r? M^witio DE ABRIL.

Aproxima-se o julgamento dos pUres Aristides e F^^^^ los 13 posseiroSMiç S30^^1^ do Araguaia. Ja fez mais de 20ü dias que eles estão: presos e somente agora se anuncia o julgamento para o fim de março ou inicio de.abril. Não ê a verdade ou a justiça que decidira a libertação dos presos. 0 que decidira a sorte dos 15 será a conciencia do Estado, daqueles que tém_o dinheiro e o poder nas mãos para mantê-los presos ou soltá-los. . -, - „ De qualquer forma se julgara a pastoral preferencial_dos pobres e oprimidos, a situação calamitosa de milhares de ap^ri.i tores perseguidos e expulsos das suas terras, a sede de liberdade, de organização e de justiça de todo o povo. „. .' ^jrtC; Portanto, ê necessário que todos se empenhem a fim de que a justiça seja feita ou a injustiça seja denunciada. Esperamos que este 7* Boletim do MLPA seja mais um _ estímulo para uma participação ativa e consciente na luta pela libertação dos presos e na defesa daquilo que eles representam.

LrWICfl/

Nas diversas assembléias do MLPA foram discutidas as diversas palavras de ordem que deveriam estar presentes nos nossos cartazes, boletins e manifestações. Além da imediata libertação dos presos foram aprovadas mais três. Em seguida explicaremos um pouco o que cada uma significa para nós.

PELA REFORfA AGRARIA RADICAL E IMEDIATA.

Os diversos encontros de lavradores para discutir a sua situação, tem constatado que no Brasil existe muita gente com pouca terra e pouca gente com muita terra, dividida da seguinte forma:

Pequenas propriedades(mini fundi os) / 24% das terras

Grandes propriedades(latifúndios) 76% das terras

Vocês viram que:

1) Aquela muita gent í que tem pouca terra, produzem riais que aqueles poucos que tem muita terra:

Peouetias propriedades (KINIFONDIOS) 531 de toda produção.

Grandes propriedades(LATIFONDIOS) 47% da produção

2) Os muitos que era pouca terra produzem mais recebem menos ajuda do que os que em muita terra produzem menos. 0 credito agrícola no Brasil dividido assim:

Pequenas propriedades (MINIFÚNDIOS) , 30% do total do. crédito.

M r < _ -* Grandes propriedades (LATIFONDIOS) 70% do total do credito.

Quer dizer: de cada 100 cruzeiros' para serem aplicados, 70 cruzeiros vai para os poucos e grandes donoi da terra e 30 cruzeiros vai para a maioria de pequenos agricultores | que produzem mais. f

I

*mm 3) Aqueles poucos que jã têm muita

terra ainda estão querendo mais e por isso estão expulsando os lavradores de suas poucas terras. Na maioria das vezes com violência e auxiliado por órgãos governamentais.

Constataram que por isso esta aumentando cada vez mais o número de lavradores que esta vindo para a cidade morar nas baixadas, favelas, etc, vindo sofrer desemprego, falta de escolas, saúde, etc, tendo muitas vezes que lutar para conseguir um pedaço de terra para morar.

Foi visto que, para solucionar esse grave problema, em primeiro lugar teriam que se unir e se organizar junto com os trabalhadores da cidade.

Através da união e organização lutam pra conquistar a REFORMA AGRÁRIA, quer dizer, modificar a forma como esta organizada: a propriedade, o^crédito, etc... Mas viram também que para satisfazer os seus interesses de trabalhadores essa modificação tem que se dar da seguinte forma:

^EFORMA ACHARIA fAMPLA 7 /AiV^lVA, ^AI>lcALri

{AAEDlATA 7 SOB o COMlROLE DOS >

1) Tem que ser AMPLA. Quer dizer, que não pode ser feita com conta- gotas , dando um título aqui e outro ali, mas que seja feita ao mesmo tempo em todo o Brasil.

2) MASSIVA. Quer dizer, dar a terra~pãra todos, permitindo o acesso a terra de milhões de famílias que hoje, por causa da situação, ou perderam a terra ou tem tao pouca terra que nada podem fazer com ela,

3) Tem que ser RADICAL. Quer dizer, que es ^a"modificação tem que mexer com a raiz do problema e não só com a^folhagem. E a raiz ê a existência dos latifúndios; são eles que devem ser acabados, Não deve haver indenização de nenhum latifúndio seja ele

■.,; produtivo e improdutivo, pois a terra ê do povo brasileiro e deve ser utilizada a serviço desse povo,

U) IMEDIATA. Quer dizer, que se não'for feita jã, os conflitos pela posse da terra^que contando so os conhecidos ate dezembro do ano ^a---"^ ^oram 1.0 58 _em todo o Brasil vão se multiplicar. Não da para esperar, deve ser estabelecido um programa imediato, definido e com prazo estabelecido. .

5) Deve se dar SOB 0 CONTROLE DOS TRABALHADORES. Quer dizer, quem deve controlar essa medida devem ser aqueles que estão interessados em mudanças, que hoje são prejudicados. São muitos com pouca terra os trabalhadores que devem dirigir esse processo de mudança, tendo o controle para garantir que seja cumprida conforme seus interesses.

CONTRA A LEI DE SEGURANÇA NACIONAL - LSN.

Os ricos e os poderosos de nosso país criaram uma Lei para manter^seguros os^seus privilégios que são conseguidos com a miséria e a pobreza da imensa maioria do povo brasileiro.

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Cbrmaram esr;'a Lei de "LEI DE SEf.URANÇA NACIONAL-LSN", ou seja, segurança dos exploradores e insegurança e perseguição para os trabalhadores. O principal objetivo da LSN ê impedir que o povo se organize e | lute para conquistar melhores condições de vida e loberdade , política e sindical. ' Os padres e posseiros não foram j os primeiros a serem vítimas desfea Lei. Nos últimos 10 anos centenas de pessoas já foram enquadradas e presas por estarem ombro a ombro na luta dos trabalhadores. Podemos citar alguns exemplos:

a) A condenação^de mais de 10 operários metalúrgicos do ABC paulista(inclusive o Lula), por terem dirigido a grande greve de 80.

b) 0 Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agrici 1 turaCCONTAG) , José Francisco, também esta ameaçado de condenação na me?:,;a Lei, por defender os .lavradores contra a violência dos fazendeiros e do governo.

c) O Pe. Reginaldo Veloso condenado a ura ano de prisão, igualmente com base na LSN por ter escrito uma musica homenageando o Pe. Vito MiracapilJo, expulso do Brasil em 80,

Na cidade e no campo, prendendo operários, lavradores e todos aqueles que se comprometem com a luta do Povo, a Lei de Segurança^ Nacional ê uma ameaça constante i livre organização dos trabalhadores brasileiros. E por isto deve ser tarefa fundamental do Movimento Popular a revogação dessa Lei.

PELA ANISTIA AMPLJ, GERAL E IRRESTRITA

Em 1979, milhares de pessoas foram às ruas exigindo uma anistia que beneficiasse todos os que,haviam sido presos pelo governo militar, por lutar era defesa dos direitos dos trabalhadores. Mas a anistia que o governo anunciou foi uma farsa por dois motivor:

19) Foi uma anistia PARCIAL - QUE AINDA DEIXOU MJÜITA GENTE NA PRISÃO, e muitos, depois de soltos, não conseguiram voltar para os seus empregos;

29) A repressão do regime militar (Polícia Federal, DOPS, DOI-CODI, etc) continuaram de pé prendendo e matando trabalhadores. Além de já estar provado o envolvimento desses orgãon nos atentados terroristas dos últimos dois anos. Apesar do Governo falar era "ABERTURA" e "DEMOCRACIA", OS trabalhadores e o povo continuam debaixo de forte repra£,são, sendo enquadrados na LSN, presos e condenados. Por isso, cabe ao Movimento Popular continuar a luta pela ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA.

• Falando na prisão arbitraria dos posseiros e doa padres, ura grupo de padres e pastores, no Nordeste, criou o cartão de Natal/81, "...não há lugar para £le(Jesus> na pessoa dos 12 milhões de brasileiros, camponeses e posseiros). "Nao há lugar para eles". Nas cidades, Herodes expulsam e perseguem os que defendem o seu direito por um pedaço de chão para morar e viver,

, Ainda no nordeste, durante a prisão do padre Reginaldo Veloso, as comunidades fizeram grande mobiiízaçio para que o mesmo fosse libertado. Durante as vigílias e campanhas, sempre fizeram a

ligação com os 15 presos do Araguaia.

. Era muitos Estados, vários grupos que lutam pela defesa dos direitos humanos astão se articulando para denunciar os opressores e apoiar os injustiçados. Todos eles estão se mobilizando para o julgamento a fira de impedir que os padres e posseiros sejam condenados.

, Em São Paulo e em Conceição do Araguaia já foram criados dois MLPAs.

. Não ê apenas no Brasil que aumenta os núcleos e comitês pela libertação dos presos do Araguaia, mas também na Europa e, através da Anistia Internacional, no mundo inteiro.

- Ds B-cfbal(MA), recebemos um abaixo- as^inaro contendo cerca de 1^00 assinaturas, numa demonstração de apoio

50i íar.edade s^s psdrcs e posseiros

. Mês passado um grupo de diversas entidades humanitárias da Europa foi ate a embaixada do Brasil em Paris, entregar um abaixo-assinado cora cerca de 11.50Ü assinaturas de políticos, religiosos e autoridades em geral, exigindo a libertaç?o imediata dos presos do Araguaia. Fez parte dessa Comissão o Sr. Pierre Gouriou, irraao do

Pe. ChLco Gouriou.

. A Anistia Internacional, movimento que luta no mundo todo em defesa dos presos e perseguidos políticos, já tendo impedido que muitos deles apodrecessem nos cárceres das ditaduras militares de seus países, acabou de reconhecer os dois padres e os 13 posseiros como presos políticos e assim fazendo, vem juntar forças na campanha pela sua libertação.

presos

PCO NVOCA Ç 1 C;M

,'., VláAo' PAKA1 0 DSTÍ JULGAMENTO £ ENTRE || DIAS.fS DE MARÇO E

10ÍÜE ABRIL.

Io" MLPA CONVIDA A 1T0D03 DE SE FAZEREM Jkí^aNTES PARÁ PRESTAR] Í&:'S£Ü APOIO AOS , „. r ' 11 COMPANHEIROS PRESOS, í. 1 ARBITRARIAMENTE. ... JDESDE AGOSTO DE 1981.

IDIVULGUE NA SÜA t^í 1 COMUNIDADE, NO-SEU ■ v; IMIRRO, NA SUA CIDADE !0UHN0 SEU GRUPO, ATRAVÉS DESTE BOLETIM.

! CARTAZES, > „„, , MOSQUITINHOS, ADESIVOS,

! CAMISAS,■CONVITES,etc, ISBIIIliMIlllíllliB

O DESENROLAR DO PROCESSO

A cada dia que passa as arbiti^ariedades do processo ficam mais claras. No dia 28/02, o Juiz Auditor Juracy Reis Costa negou:

a) 0 pedido feito pelo advogado dos padres para uma acareação(confronto entre os padres e seus acusadores;

b) 0 pedido de informações a órgãos judiciais dos antecedentes do morto na emboscada, o que mostraria o passado de crimes desse pistoleiro;

c) 0 pedido da defesa dos padres •. para que íossem ouvidas como testemun1 as o diretor^do Presídio São José, coronel José Bahia, a filha de oosseiro João Matias e a test mui,\. Manoel Raimundo, portador le um bilhete de João Matias pira o Pe.Aristides, avisardü Ia presença de uma "comiriva de pistoleiros" na área, dies antes do conflito;

d) 0 pedido do advogado dos padres para que fosse ouvida a tradutora publica, Lila Araújo Rhone, responsável pelas traduções tendenciosas de documentos importantes no processo, como e^o caso da ata da reunião das Missões Estrangeiras de Paris-MEP, uma_das "principais provas" de acusação contra os padres.

O juiz auditor recusou todos estes pedidos justos que pudesse provar a inocência dos acusados. Aceitou, porem, vários pedidos do

*

"advogado dos posseiros'1 para que fosse juntado ao processo movido contra os padres^e posseiros, documentos que so tem objetivo de condenar os padres, como:

a) Artigos de bispos ultra

conservadores, tais como: D. Ângelo Rossi, D. Vicente Sherer, D. Alberto Ramos e ainda o Monsenhor Leal. Estes artigos são frontalmente contra a linha adotada pólos bispos de toda a América Latina;

Este Sem realizou março. 0 foi orga particul sobre Ca Oziel Ca consegui MLPA. Foram tr com mai"" de estíi-

inario preparado pelo MLPA se nos dias 3, 4 e 5 de fato que nos mesmos dias

nizado na universidade ar "CESEP" um seminário _ajás com a presença de rneiro, do PDS, não u esvaziar o Seminário do

Gò dias de grande sucesso,_ oe 3 50 participantes serviu

a, Io para todos 1

0 TRABALHADOR E ENGANADO AO OUVIR FALAR QUE OS GRANDES, PROJETOS SAO P^RA PAGAR A DIVIDA EXTERNA E QUE TODOS VAWDS FICAR RICOS

IWnCMMLUiafSLAiniEBiaaOMS MMESK AemCULTOSEJ PIÍES0Í. ~mk^M*ãw&iAiimãL íimmTA,

JOm A LEI DE SEMBAHÇA MCMAL JlflCAMENTOiFIM DE MARÇO, IMltlO DE ABRIL.