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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: agosto/2011

Transcrição:

Stephanie Zanandrais

Copidesque:

Nicibel Silva

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Matheus Freitas

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Introdução

A Palavra de Deus não é simplesmente um livro, ela é a verdade, é o nosso manual, é a vontade do próprio Deus para a nossa vida. Nela encontramos as promes-sas do Senhor para nós. A Palavra é o próprio Deus nos dizendo o caminho a seguir. No Salmo 23, versículo 1, temos a seguinte promessa: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” Entretanto, se a promessa de Deus é que nada vai nos faltar, por que experimentamos fal-tas? Porque muitas vezes não temos o conhecimen-to pleno do significado da palavra “nada”. Segundo o dicionário, nada significa “coisa nenhuma, coisa ou pessoa que tem pouco valor, sem importância, coisa

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alguma”. A palavra “nada” no que se refere à gramática da Língua Portuguesa, é um pronome indefinido, ou seja, palavras que têm sentido vago, representando pessoas, coisas e lugares, ou exprimem quantidade in-determinada. Quando perguntamos a uma criança o que é nada, ela responde: “nada é nada”. Ela responde com inocência e sabedoria. Porque o nada é algo inde-finido. Amado leitor, nesta mensagem quero explanar sobre o significado do nada na nossa vida. Que você possa compreender que aquilo que é tudo para você é nada para Deus, mas quando entendemos que não somos nada, temos o tudo de Deus. Que através des-ta leitura você possa aprender que o nada de Deus é tudo o que você precisa para ter uma vida transforma-da. Boa leitura!

“Pai, que nesta hora a unção do teu espírito esteja sobre cada um dos teus filhos. Que cada um deles pos-sa compreender que o nosso nada deve ser colocado diante do Senhor, para que o teu tudo venha para o nosso coração. Em nome de Jesus. Amém!”

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A ImportâncIA de depender

de deus

Muitas pessoas têm dificuldades de verem Deus como Pai, até têm facilidade de se relacionarem com Jesus como Filho de Deus, irmão primogênito, Salvador e Senhor, mas não conseguem se achegar a Deus e vê-lo como Pai. São muitas situações e circunstâncias que levam uma pessoa a não ter uma relação de pai e filho com Deus. Às vezes, os pais terrenos causam muitas

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feridas em seus próprios filhos e por causa disso, eles têm dificuldade em verem Deus com um amor pater-no em razão do referencial de pai que tiveram. Muitos até veem Deus como um Deus castigador ou alguém inatingível, com quem só se consegue falar usando as palavras certas, impostando a voz e falando à distân-cia, pois é proibido se achegar a Ele. Isso não é verdade. Deus nos vê como filhos e deseja que nos acheguemos a Ele como filhos que têm no pai um companheiro, um herói, um protetor, com quem podem sempre contar. Existe uma música que diz: “Pai, meu Pai, meu, Papai”, a música se intitula “Nos braços do Pai”, do Ministério de Louvor Diante do Trono. Muitas vezes, quando can-tamos esse cântico nos cultos de louvor e adoração a Deus, muitas pessoas choram, mas outras não conse-guem se render nos braços do Pai. Isso acontece por causa do orgulho. Algumas pessoas se acham muito importantes, tornando-se assim inflexíveis e, por causa disso, não conseguem se soltar nos braços de Deus, o Pai. Entretanto, o único lugar onde nosso coração pode experimentar graça, vitória, paz, carinho e ver o Senhor face a face é nos braços dele. Em Gálatas, capítulo 6, verso 3, está escrito: “Porque, se alguém julga ser algu-ma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana.” O

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engano é algo terrível na nossa vida, e o pior engano é quando tentamos enganar a nós mesmos. E muitas vezes o nosso orgulho, empáfia, posição, soberba di-ficultam a nossa entrega nos braços do Pai. Quando a autossuficiência, a independência são maiores do que Deus na nossa vida, tendemos a nos afastar mais e mais do Pai. Só aquele que se julga totalmente de-pendente de Deus, aquele que reconhece a sua insig-nificância, que está disposto a se entregar à vontade de Deus, é que verdadeiramente poderá experimentar do aconchego que é estar debaixo das asas, nos braços do Senhor.

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” Mas quando é que não lhe falta nada? Quando você re-conhece a sua total dependência de Deus. Enquanto você se julgar suficiente, capaz, poderoso e sábio, não haverá um agir de Deus na sua vida. É preciso reconhe-cer que precisamos dele na nossa vida, e nos ver como Deus nos vê. Muitos países por serem mais desenvolvi-dos economicamente na sociedade são considerados autossuficientes, entretanto, quando analisamos a his-tória percebemos que muitas nações que foram potên-cia no mundo, hoje, nem existem mais. Isso acontece porque a glória desse mundo passa. Em Isaías, capítulo

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40, verso 17, Deus se refere assim às nações: “Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo”. O nosso Deus é soberano sobre todas as nações, ou seja, diante de Deus o que é uma nação? Um pingo d’água que cai num balde quando este é retirado do poço.

Certa vez, viajando com o meu filho André à São Paulo, lemos um jornal no avião que apresentava uma reportagem sobre uma empresa americana de gran-de porte que controlava outra empresa aqui no Bra-sil. Naquela reportagem dizia que no ano de 1999 as ações da empresa valiam cerca de US$ 99,00 (noventa e nove dólares) cada, mas na reportagem em questão dizia que estavam valendo, naquela ocasião, apenas US$ 0,67 (sessenta e sete centavos de dólar) e ainda no final do dia quando desembarcamos em São Paulo, o jornal da TV noticiou que estavam valendo US$ 0,23 (vinte e três centavos de dólar). O que isso significa? Uma empresa valer tanto e passar a valer quase nada? A glória desse mundo passa, mas a glória de Deus per-manece para sempre. Algumas pessoas depositam a confiança, a esperança, o alento, as raízes nas coisas que não são nada. Isaías, capítulo 41, verso 24, diz: “Eis que sois menos do que nada, e menos do que nada é

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o que fazeis; abominação é quem vos escolhe.” Deus condena aqueles que não dependem dele, e por isso, quem não depende dele nada tem a ganhar. O valor que possuímos é somente o valor que Deus nos deu. Uma pessoa que não consegue vivenciar a verdade da importância de depender totalmente de Deus, não experimentará o tudo de Deus. Vimos que a Palavra diz: “Eis que sois menos do que nada.” Quantas vezes nos gabamos daquilo que fazemos? Isso não agrada ao Senhor. O que agrada o coração de Deus é um co-ração quebrantado e contrito. Em Isaías, capítulo 41, versículo 29, lemos: “Eis que todos são nada; as suas obras são coisa nenhuma; as suas imagens de fundi-ção, vento e vácuo.” Podemos até construir e fazer coi-sas, mas as nossas obras são coisa nenhuma. “Eis que todos são nada.”

A Bíblia descreve sobre um homem chamado Na-bucodonosor, rei da Babilônia. Ele foi o rei que fez algo glorioso, construiu a Babilônia, porém se vangloriou disso, atitude que não devia ter tido, pois as obras de nossas mãos nada valem. Ninguém pode se aproxi-mar de Deus simplesmente pelos seus méritos e vir-tudes. Os nossos títulos e currículos são nada diante do Senhor. Somente através do sangue de Jesus que

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recebemos a graça de nos aproximarmos de Deus. As Escrituras dizem em Tiago 4.6 que “antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Os humildes se aproximam do Senhor, por isso “bem-aventurados aos humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.3). É tão maravilhoso quando compreendemos o que é ser nada. Pois, quando temos esse entendimento, o Senhor nos torna tudo. Em 1 Coríntios, capítulo 1, verso 19, lemos: “Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.” Mui-tas vezes as pessoas são cheias de sabedoria humana e empáfia, mas a Palavra diz que o Senhor destruirá essas coisas. Agora os versos 28 e 29: “E Deus esco-lheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” Quando passamos a depender somente de Deus, reconhecendo que somos nada, Deus pelo seu infinito amor nos torna tudo. “O homem não pode re-ceber coisa alguma se do céu não lhe for dada.” (João 3.27.) A nossa sabedoria é nada. Não devemos julgar saber alguma coisa, pois tudo o que temos e somos vem do Senhor. “Se alguém julga saber alguma coisa,

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com efeito, não aprendeu ainda como convém saber.” (1 Coríntios 8.2.) Quem julga saber alguma coisa de si mesmo, não aprendeu nada.

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A nossA AlIAnçA com

deus

Hoje em nosso país e mundo afora temos muitas denominações evangélicas. São igrejas maravilhosas, são nossos irmãos, mas com nomes e doutrinas dife-rentes. Algumas igrejas levantam questões doutriná-rias e começam a dividir o Corpo de Cristo por doutri-nas de homens. Já conheci uma igreja que ninguém podia usar a cor preta. No início da fé cristã, não existia essas questões como ver televisão, jogar bola, o que

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existia era a doutrina da circuncisão e incircuncisão. As pessoas eram divididas entre circuncisos e incircunci-sos. Mas Paulo disse em 1 Coríntios, capítulo 7, verso 19: “A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão tam-bém nada é, mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus.” Segundo o Dicionário Bíblico Universal, “essa cerimônia foi ordenada por Deus a Abraão e seus des-cendentes, como sinal da aliança estabelecida entre o Senhor e o povo escolhido. O rito fazia parte da heran-ça comum dos hebreus, dos cananeus e de outras na-ções da Antiguidade, mas os filisteus constituíam uma notável exceção, pois eram expressamente designa-dos como incircuncisos em 1 Samuel, muitas vezes. Ela era uma condição necessária na nacionalidade judaica. Toda criança de sexo masculino devia ser circuncidada no oitavo dia de seu nascimento. Nenhum estrangei-ro podia comer o cordeiro na celebração da Páscoa, a não ser que todos os varões de sua família fossem cir-cuncidados, tornando-se, portanto realmente judeu (Êx 12.48). Na igreja primitiva, levantou-se a questão quanto à obrigação da circuncisão dos gentios que se convertiam ao Cristianismo, dando causa a gran-des inquietações. Mas em Jerusalém, os apóstolos e os presbíteros decidiram que os gentios estavam

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inteiramente livres de toda obrigação a respeito de qualquer rito judaico (At 15.22-29). Todavia, o Cristia-nismo apoderou-se do significado espiritual da cir-cuncisão. No Antigo Testamento, aplicava-se a qualifi-cação de ‘incircunciso’ aos lábios, ouvidos e coração (Êx 6.12; Jr 6.10; Lv 26.41). Declara-se, no Novo Testamento, que a verdadeira circuncisão é a ‘do coração, no espíri-to, não segundo a letra’ (Rm 2.29). São os cristãos que, pela sua fé, constituem a circuncisão no sentido espi-ritual.” Então querido, não é uma questão de doutrina, mas o que importa é obedecer a Deus. Quando Jesus derramou seu sangue ali na cruz do Calvário, Ele, pela graça, pelo sacrifício de dar a sua própria vida por nós, justificou toda a humanidade. E por conta disso, hoje pela fé em Jesus somos circuncidados no coração, no es-pírito, temos assim, através de Jesus, aliança com Deus. A nossa fé não é uma religião, a nossa fé é um relaciona-mento com o Senhor. Não adianta seguir as doutrinas, e viver a vida de maneira errada. A Palavra diz que o que importa é guardar as ordenanças de Deus. E uma das or-denanças do Senhor é: Amar a Deus de todo o coração, de todas as suas forças, com todo o teu entendimento e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Isso é fé, isso é aliança. Em 1 Coríntios capítulo 13, verso 3, vemos que a

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fé cristã se traduz em um relacionamento de amor com Deus. Nós podemos fazer tantas coisas, podemos ser tudo aos olhos humanos, mas se não tivermos o selo do amor em nosso coração, nada seremos. “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.”

Você está aprendendo que o nada na verdade aos olhos do Senhor é tudo. Isto é, quando somos dependentes de Deus, reconhecendo o favor dele na nossa vida, que sem Ele nada somos, o Senhor nos concede pelo seu infinito amor tudo que Ele tem de melhor para nossa vida. Todas as coisas feitas por obrigação ou religiosidade, sem o amor de Deus, são nada. Tudo o que fizermos, devemos buscar a honra para o Senhor e não para nós mesmos. Às vezes as pessoas gostam de honrar a si mesmas por aquilo que fizeram, mas está escrito em 1 Coríntios, capítulo 9, verso 16: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” Outra tradução diz: “Se anuncio o evangelho, nada tenho de me gloriar.” Qual é o valor da nossa fé? Na Palavra de Deus está escrito que se eu anuncio o evangelho

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não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação. Evangelizar é um privilégio, mas também uma obrigação. Ai de nós se não pregarmos o evangelho. Muitas vezes proclamamos a Palavra dizendo: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”, mas por que falamos que nada nos faltará, mas está faltando? As coisas nos faltam porque muitas vezes não conhecemos a realidade do nada, o nada que na verdade é tudo. No evangelho de João, capítulo 15, verso 5, o Senhor diz: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá mui-to fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Sem o Senhor nada somos. E quando vivenciamos essa realidade do nada, vivemos na dependência absolu-ta do Senhor, mesmo nas pequenas coisas. Viver na dependência do Senhor é pedir a Ele sabedoria até mesmo para fazer uma abobrinha com carne moída. É dizer: “Senhor, dá-me sabedoria para fazer o meu melhor.” O crente no Senhor precisa viver uma vida de excelência, e isso só é possível quando depende-mos totalmente de Jesus na nossa vida. Porque sem o Senhor nada podeis fazer. Quando tudo está dando errado, é porque estamos agindo por nós mesmos, é porque estamos agindo por nossas próprias forças.

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Precisamos viver essa realidade de que tudo que te-mos, tudo que somos, vem do Senhor. Em João ca-pítulo 3, verso 27, diz: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada.” Só podemos ter aquilo que o Senhor nos dá. E aquilo que recebe-mos dele não pode ser roubado de nós. Tudo o que Deus faz durará para sempre (Eclesiastes 3.14). Entre-tanto, às vezes as pessoas desejam ter algo que não é de Deus para elas e por causa disso, acabam agindo de maneira contrária à vontade dele.

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reconheçA que precIsA

de deus

Amado(a), o Senhor quer nos dar o melhor. Ele deseja dar aos solteiros uma esposa, um esposo, para que tenham um casamento abençoado. Mas quando a moça ou o rapaz procuram por seus próprios méritos, buscando no tempo deles e não no de Deus, muitas vezes fazem um casamento que em vez de bênção pode se tornar maldição em suas vidas. Quando Deus dá é tão diferente. Em 1 Timóteo 6.7 diz: “Porque nada

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temos trazido para o mundo, nem coisa alguma pode-mos levar dele.”

Quando nos ajoelhamos e choramos pelos nossos familiares, pelo casamento, pelas nações e tantas ou-tras coisas, Deus recolhe nossas lágrimas e as coloca no odre dele, conforme lemos na Palavra: “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?” Nós, porém não trazemos nada para esse mundo e nada dele podemos levar. Somente Deus pode levar. Ele levará como registro tudo aquilo que fi-zermos para o reino de Deus. Mas existe uma diferença entre o que é chamado de galardão e salvação. O ga-lardão é a recompensa, a glória, a honra, já a salvação é pela fé no Salvador Jesus, e somos salvos pela graça do Altíssimo. A salvação não é concedida por obras, mas as recompensas são. “Porque o Filho de Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, en-tão, retribuirá a cada um conforme as suas obras.” (Ma-teus 16.27.) Para que Deus aja na nossa vida é necessário que primeiramente, sejamos dependentes dele. Ou seja, enquanto acharmos que somos tudo, nada seremos, mas somente quando reconhecemos que somos nada, Ele tudo fará por nós. É como as regras dos salva-vidas,

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quando uma pessoa está se afogando, gritando, deses-perada, o salva-vidas não corre imediatamente para sal-vá-la, porque se ele vai ao encontro dela de imediato, ela no desespero de ser salva, pode agarrá-lo com força e os dois acabarem se afogando. Primeiro a pessoa precisa se transformar em nada, ela precisa esgotar suas forças para reconhecer que precisa da ajuda do salva-vidas, que então entrará na água e a salvará. Muitas vezes as pessoas têm dificuldade de reconhecer que precisam de Deus em suas vidas, pois querem que tudo seja da forma que elas querem e não conforme a vontade de Deus. O perdão do Senhor nos é dado pela graça e misericórdia de Deus, não pelos nossos méritos, pelos nossos esforços. Nós não merecemos, mas pela graça recebemos de Deus o perdão. No evangelho de Lucas capítulo 7, versos 41 a 50, está escrito:

“Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a am-bos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mu-lher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os

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meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus ca-belos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mu-lher: Perdoados são os teus pecados.Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Mas Jesus disse à mu-lher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.”

Aqueles devedores não tinham nada, não podiam pagar a dívida, então o Senhor os perdoou. Às vezes achamos que existe uma pessoa mais pecadora do que a outra. E aquela mulher, aos olhos do fariseu, era mais pecadora do que os outros, mas para Deus não existe o mais pecador e o menos pecador. Todos peca-ram. No entanto, aquele a quem mais perdoou o ama-rá mais. Em Marcos, capítulo 5, do verso 25 ao 29, diz:

“Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e muito padece-ra à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior, tendo ouvido a fama de Jesus,

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vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a ves-te. Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo.”

É pena que buscamos primeiramente a solução nos homens, para depois então buscar a Deus. Precisa-mos buscar a Deus em primeiro lugar. Aquela mulher havia padecido anos e anos nas mãos de vários médi-cos, gastando toda a sua fortuna e mesmo assim não encontrou a cura. Ela precisava se tornar um nada para finalmente passar a depender somente de Deus e as-sim obter a cura tão desejada. Enquanto não entender-mos que nada se transforma em tudo, enquanto não vivermos essa realidade continuaremos dizendo: “O Senhor é o meu pastor; e nada me faltará”, mas as coi-sas continuarão faltando. Quem sabe seu casamento está doente, e você está buscando a solução em todos os lugares possíveis, e se esqueceu de buscar em Deus a solução. Mas não espere a situação tornar-se insus-tentável para ir até Ele. Jesus não deve ser o último re-curso, mas, ao contrário, Ele deve ser sempre o primei-ro. Então, por que buscamos Jesus sempre por último? Porque não estamos vivendo nos braços do Pai. A vida cristã é uma vida de comunhão, relacionamento

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e intimidade com Ele. Aquela mulher padeceu por muitos anos, até que percebeu que deveria correr para os braços de Jesus, e ali ela pôde subir mais alto. Temos tantos sonhos, passar no vestibular, ter um em-prego, casar, mas tudo o que fazemos parece em vão. Veja essa experiência em Lucas, capítulo 5, versos 1 a 5:

“Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescado-res, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entran-do em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, ha-vendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.”

Os discípulos tinham trabalhado a noite inteira lançando as redes e não apanharam nenhum peixe. Quem sabe você tem lançado as redes em tantos lu-gares e as tem recolhido vazias? Mas quando Jesus intervém é tão diferente. “Sem mim nada podeis fa-zer.” E ao lançar as redes, o milagre aconteceu: “Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes;

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e rompiam-se-lhes as redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem aju-dá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique.” (Lucas 5. 6 e 7. ) O problema não era as redes, o barco, as roupas que eles vestiam. Os discípulos tinham trabalhado a noite inteira e não haviam apanhado nada. Pessoas acreditam que se mudarem de cidade, de carro, de emprego a vida vai melhorar. No entanto, a diferença está em Jesus, que diz: “Você vai, mas agora sobre a minha Palavra”. E ao lançar as redes sobre as Palavras de Jesus, elas não voltam mais vazias, mas repletas daquilo que você mais anseia. Talvez você tem lançado suas redes a tanto tempo, e não tem apanhado nada. Às vezes o seu trabalho é lavar as redes, mas onde estão os pei-xes? Onde estão os frutos e os resultados? Agora é a hora, o momento precioso de Deus para você. O mo-mento em que Ele oferece a você uma nova oportuni-dade. Quem sabe você já desistiu e pensa que não dá mais, pois tem feito tudo, mas não tem colhido nada, contudo, o Senhor intervém e lhe diz que é tempo de voltar ao trabalho, só que agora você voltará debaixo da bênção de Deus para sua vida e tudo será diferen-te. Seja persistente, não desista!

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AndAr segundo A vontAde de

deus

Em Lucas, capítulo 11, a partir do verso 5, Ele nos fala sobre a oração. Leiamos:

“Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responda lá de dentro,

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dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que ti-ver necessidade.”

Quando os amigos chegam à nossa casa, não temos nada a oferecer. Eles chegam com fome, com o casa-mento destruído, enfermos, desempregados, tantas vezes presos a situações tão difíceis, mas o caminho não é desistir, mas persistir na oração e súplica ao Senhor. Devemos buscar de Deus e nunca despedi-los de mãos vazias. É na oração que alcançamos a vitória. O Senhor nos ensinou a importunar, a clamar, buscar até achar. Je-sus é nosso exemplo. Ele é o Deus da glória, no entanto, deixou sua glória e veio até nos. Jesus se esvaziou de si mesmo e tomou um lugar de dependência em relação ao Pai. Ele tomou o lugar de nada para que Deus pudes-se ser tudo na sua vida. Em João, capítulo 5, verso 19, vemos o caminho de dependência do Pai, que Jesus escolheu trilhar. “Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mes-mo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente

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o faz.” Verso 30: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.” Quantas vezes acreditamos que pode-mos fazer tudo por nós mesmos e o resultado é o erro, a decepção? Jesus andava segundo a vontade de Deus e devemos seguir o exemplo dele. Agora vamos ao texto sagrado de João 8.28:

“Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou”. Ver-so 54: “Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mes-mo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus.”

O apóstolo Paulo dizia: “Tenho-me tornado insensa-to; a isto me constrangestes. Eu devia ter sido louvado por vós; porquanto em nada fui inferior a esses tais após-tolos, ainda que nada sou.” (2 Coríntios 12.11.) Ele poderia louvar a si mesmo, por tantas coisas, mas escolheu dizer que nada era.

Quando dizemos que nada somos, Deus então pode nos transformar em tudo. É diferente. Querido(a), você pode ter tudo, dinheiro, posição social, mas o que deve sair da sua boca é o que está escrito em 2 Coríntios 6.10:

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“Nada tendo, mas possuindo tudo.” Não é uma questão de posse, porque ao olhar para o mar e para as estrelas, você pode dizer que tudo é do seu Pai. E aquilo que é dele é seu também: “Nada tendo, mas possuindo tudo”. Quando você vive essa realidade, que não é uma ques-tão de quantidade, mas de atitude, tudo muda. Em Lu-cas capítulo 22, verso 35, está escrito: “A seguir, Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles.” A bolsa transportava o dinheiro, o alforje os mantimentos, e quando Jesus perguntou se faltou alguma coisa, eles respondem: “Nada”. Nós, mui-tas vezes, caminhamos somente com aquilo que nossos olhos podem ver. Se a bolsa não estiver cheia e o alforje não estiver transbordando, ou as sandálias não estiverem nos nossos pés, temos medo de seguir em frente. Mas a pergunta do Senhor é: “Faltou-vos, porventura alguma coisa? Nada, disseram eles”. O Senhor não permitirá que falte nada para você porque Ele é o seu refúgio e fortale-za, sem Ele nada podeis fazer. Quando andamos segun-do a vontade, na dependência de Deus, o nada se torna tudo, pois as Escrituras dizem: “E o meu Deus, segundo as sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” (Filipenses 4.19.)

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consIderAções fInAIs

Atualmente, vivemos em uma sociedade que tem experimentado a angústia, a ansiedade, o estresse. As pessoas vivem cansadas, mas as Escrituras dizem: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, se-jam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4.6.) Deus deseja que tenhamos uma vida de bênçãos, de acordo com Filipenses 1.20: “Segundo a minha ar-dente expectativa e esperança de que em nada se-rei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como

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sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte.” Quando assumimos a posição de engrandecer a Deus seja qual for a circunstância, quer seja pelo nosso casamento, ou pela nossa solteirice, na alegria, ou na tristeza, na fartura, ou na escassez em nada seremos envergonhados. Em nada seremos intimidados. “E que em nada estais inti-midados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.” (Filipenses 1.28.)

O Senhor nos deu autoridade para pisarmos ser-pentes e escorpiões, e o inimigo não prevalecerá contra nós. É a promessa de Deus para nossas vidas quando assumimos que somos nada, Deus nos concede a tua maravilhosa graça e recebemos todas as bênçãos que Ele tem para nós. “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lucas 10.19.) Ele nos deu autoridade e a Palavra diz que absolutamen-te nada nos causará dano. Porque Jesus veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância. O sacrifício dele ali no Calvário foi para que fôssemos justificados pelo sangue de Jesus, por isso hoje podemos ter vida. Tudo que temos, tudo que somos, vem do Senhor. É por

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isso que podemos viver uma vida de vitória, santa, de abundância todos os dias da nossa vida, porque como está escrito: “Absolutamente nada, vos causará dano”.

Aprendemos nesta mensagem que nada na ver-dade é tudo. Quando reconhecemos que não somos nada e nos entregamos totalmente nos braços do Pai, o nosso Deus nos torna tudo. Precisamos depender totalmente do Senhor e Ele nos concederá todas as coisas. “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” Ao levarmos nosso tudo, que aos olhos de Deus é nada, e o deixarmos perante o Senhor, assumindo que na verdade nada somos, Ele toma o tudo dele e coloca em nossas mãos. “Cristo em vós a esperança da gló-ria.” O que Deus tem para você, não é nada pela me-tade, mas é toda a vida de Jesus na sua vida. Jamais procure outro caminho que não seja o de Deus para sua vida. Na Palavra de Deus está escrito que “sem mim nada podeis fazer”, por isso se entregue com-pletamente a Ele, deixe Deus realmente ser o Senhor absoluto da sua vida. Quem sabe, você tem lutado, lançado as redes tantas vezes, mas não tem colhido absolutamente nada. Mas agora, com arrependimen-to sincero em seu coração, você pode se entregar a Ele, e dizer que precisa se ver como um nada para que

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possa ter o tudo do Senhor na sua vida. Sem Deus nós não podemos nada, mas quando nos entregamos a Ele, tantas promessas, tantos milagres o Senhor tem para aqueles que o buscam e se rendem ao seu infi-nito amor. Por isso se entregue a Ele com tudo o que você tem.

Deus abençoe!

Márcio Valadão

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Jesus te AmA e quer

vocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração

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de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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