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De tidas as bo- em e de todoa oo apare» lhoo do rádio espalha-se, porajaaonte porque con» ttnuamente renovada, a núaka do carnaval, quo é, coni tidas aa aaaa va» riedade*, uma ai: a mé» a I e a espontaneamente elaborada e vivida pelo povo noa quatro dias quo apenaa epilogam o janci» ro, o dezembro, o nevem» bro antecedentes. Música por quo se exprime a ai* ma do .povo brasileiro, povo Jocoso, amoroso, satírico, Irreverente, dig- no do todos os sonhos e das maio ootrênuas ab- negação», povo que, por isso mesmo, como notou Drummond, se parece todoa- os povos do mun» do. Povo que nio t me» .Ífcç^W:|'lfaa^d_ unânime do po» vo, o carnaval checou. Vaaaos ao carnaval, pa- rêntcoe hedonista dentro do cotidiano entretecido de lutas, frustrações e até alegrias, quatro dias em que o povo sofrido, humilhado, explorado, se dispensa a si mesmo de chorar, e ri, e cai no "samba e na marcha —• na marcha alegre. Festa qne o povo ainda espera que um dia, um dia perto, se- ja a alegria que exprime a alegria e não a alegria que interrompe e disfar- ça muita tristeza. (NO* VOS RUMOS volta a circular na quinta-feira, dia 20). ClÉ Esteve no Brasil o If- der sindical cubano Lá- raro Pefia. Secretário-ge- ral da Confederação dos Trabalhadores Cubanos e membro do governo e. do Partido Unificado da Revolução Socialis- ta. veio a nosso País che- fiando a delegação cuba- ' na ao Congresso de Uni- dade dos Trabalhadores* da América Latina (CUTAL), realizado re- centemente em Brasília. Por. toda a parte onde esteve, em nosso territé* rio, Lázaro Pefia encon* trou o mais vivo inferes* se e solidariedade dos brasileiros pela gloriosa Cuba por parte de operários e camponeses, estudantes, intelectuais, jovens e mulheres. Suas impressões acêr* ca do CUTAL t infor* mações quanto à atual situação econômica de Cuba que melhora progressivamente apesar do bloqueio do imperia* . I i 8 m o norte-americano —, além da explicação de por que o governo re- volucionário cubano não assinou o Tratado de Moscou e de outros as- suntos de grande inte- ref.se é o conteúdo da entrevista que Lázaro Pena concedeu a NOVOS RUMOS e vai transcrita na 4a. página. CGT Mibiliza Trabalhadores do País - Concentração Dia ? na Guanabara Doxians nèltiUI |H| M (¦¦¦II ¦ -" ''.fll ¦[ ¦.¦'¦ "¦'^•B'*II'B ^i ^k^I''^bTI'' u II ' ^r,m~-«-^''^Z**.'** ******* ''¦•" •**mSm""" a Partir (le Janeiro '¦'''H-' ¦ ¦¦:'.'¦¦£. , . /,. •¦ ¦¦ *¦¦-•-...... -,w -*.--.. 榦¦, ..1 r*.!-- W-.-«-* *' n-!*-**..'-->• ' "ítar-ae -*»t.' '* ' '*'?•*' jÜÜT HfÍh -'.J",-, -:*.'•'i- * tis WfXJ&JK-v*} ^i*fi'^sm^tmj^i>pMl *-,* **¦**- ¦P-V VIGORANDO mais de um ano, os atuais níveis de salário minimo re» presentam um verdadeiro assalto ja bolsa dos trabalhadores. Foram eles decretados, como se sabe, em outubro de 1962. E passaram a vigorar em janeiro da 1063. mento dê' fréços ocorrido entre a decreta- ção e a vigência dos novos níveis, o valor real do salário mínimo sofria acentuada redução antes mesmo de entrar em vigor. Além disso, a divisão em mais de cinqüenta zonas, mantida até hoje,~encerra um cri- tério absurdo, profundamente lesivo- aos interesses dos trabalhadores em quase todo o País. Em conseqüência dessa divi- são, ó salário minimo é fixado, num eleva» díssimo número de municípios, em nível inferior ao de municípios que apresentam o mesmo nivel de carestia da vida. A re- numeração dos trabalhadores sofre, assim, uma dupla redução, uma vez que os mais altos níveis de salário mínimo são insu- ficientes, pois não acompanham a elevação dos preços. NÃO pode haver dúvida, por isso, quanto •' à justeza da exigência de répéonea» mento do salário mínimo e de sua elevação de lOO^e. São conhecidos os dados sobre «inflação e a carestia no ano passado. E é de ae notar: -tò^safs dadoa nào a-pè íSV, OOfflO i»im^ ¦»»»-• ",T»T-*ry***f*»*--.—~.".*• \T\1\~—t.^;--—-.--^.» como aliás vem ocorte~1do muito tempo, o valor real do salário foi sendo reduzido, por assim dizer, dia a dia. Noutras pala- vras: a cada dia, o trabalhador recebe me- nos pelo que produz. E desse desfalque êle hão é reembolsado, fcessa forma, os novos níveis salariais, mesmo no caso de serem fixados rigorosamente acordo com à su- bida dos preços, jamais anulam as peno- sas conseqüências impostas aos trabalha- dores pela inflação.. NA LUTA pelos novos níveis do salário mínimo, deve-se levar em conta que está em jogo, direta) ou indiretamente, o interesse de todos os assalariados. Sua fi- xação influirá," *pór ekemplo, no sentido de í^;-:?É^^lra um reajustamento geral. Acarretará a ale- vaçáo do salário-família. E atingirá cir» cunstància que se torna mais importante no momento atual os assalariados agri» colas. |sf»* .'•¦ ¦"%x,.-$., ^rg^g|t^^hÀà.^ na Gua- pela. C!*bS, se colocaram à frente da luta pelo resoneamento e pelo aumento de 100 c/o do salário mínimo, a vigorar a partir.de i.° de janeiro. É indis- pensável quebrar as resistências encontra- das, como a do SEPT, que pretende arras- tar seus estudos até o mês de março, numa revoltante demonstração de insensibilida- de diante das privações dos trabalhadores. Para quebrar essas resistências, torna-se necessário entrosar na luta todas as orga- nizações sindicais, levar a luta para as em- presas, à sede dos Sindicatos e a praça pú- blica, numa ampla e enérgica mobilização de massas. E isso sem perda de tempo. (Na I* pá-JM, tmfmíiHwm sébrt *•• Iflln»! MffMnv^ ¦ Ministro da Guerra Desmente "0 Globo'' A vergonhosa e repulsiva mentira, es» tampada no ;,íac-simlle" ao lado, íol publi- . cada em "O Globo", edição do dia 3. Como verá o leitor, o texto-legenc a do jornal do "comendador" Marinho refère-se às come- morações do'primeiro aniversário do go- vérno de Miguel Arraes. Nào uma ver- dade no "noticiário". A indignidade politl- ca e profissional chega ao auge, porém, quando o Jornal cada vez mais uni bo- letim ianque, escrito em português apre- senta aos seus leitores como sendo "mili- cias armadas" ou o "Exército Revoluciona- rio de Arraes", o que na verdade é uma ex- pressão das tradições do Nordeste: o Grupo de Bacamarteiros de Caruaru, constituído de anciãos e crianças, com seus velhos baca- martes e seus-trajes típicos. A velhacarla da imprensa de aluguel, paga para enga- nar o povo e trair á Pátria, substitui toda. noção de seriedade. E nisso nenhum outro jornal editado no Brasil leva a palna a "O Globo", órgão do IBAD e da embaixada norte-americana. Explorando assim, sem nenhum escrú- pulo, a presença dos bacamarteiros de Ca- ruaru nas impressionantes manifestações populares de apoio a Arraes, "O Globo;;, pro- cura infundir nos leitores a impressão de estar Pernambuco entregue à violência ei insegurança. Mas no dia 5 era toda -a imprensa obrigada a divulgar as declara- ções oficialmente feitas pelo ministro da* Guerra, após a sua visita ao Nordeste. ambiente de Pernambuco é de paz e tra- balho. O governador Miguel Arraes está em- penhado em cumprir o seu plano de go- vêrno, resolvendo os problemas do Estado" disse, com todo o peso de sua autorida- de, o general Jair Ribeiro, reduzindo a na- da o infame embuste do "comendador" Ma- rinho.:.x,-.fly r- '.- E' com a mesma insensibilidade que os apátridas de "O Globo" publicam as duas noticias ã falsa e a verdadeira. E não têm» sequer o rasgo de pudor de desculpa/- se aos leitores pela deslavada mentira; acêr- ca dos bacamarteiros de Caruaru. E' assim a "imprensa sadia".'* Na Sa. página desta edição, noticiário das comemorações do primeiro aniversário do governo Miguel Arraes. 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NotadauMn» te r+ luropor auisiata ram eles as duas gaor* ras mundiais deeenca* deadas pelas nações im* perialistas, 1 orando à, morte de milhões de sê* rea humanos. Procuran* do encaminhar uma ao* lução pacifica para té- das as divergências do fronteiras existentes ho» je no mundo, o primeiro ministro Nikita Krus* chiov, em nome do Go- vêrno soviético, enviou mensagem a todoa oo chefes de Estado. O documento, mais um esforço sério da União Soviética tendo em vista a consecução de acordos que aproximam mais a humanidade do uma pas estável e duradoura, eo* publicado na integra em tablóide que aeompa- nha eeta edição e que não pode ser vendi áe as». paradamonlo. Petrobrás Suas palavras sio um catecismo para a Po» trohrás disse o maré» chal Oavino Alvos, atual presidente daquela em» presa estatal, referindo» se ao discurso proferido pelo engenheiro Jairo José de Farias an passar seu cargo de diretoria ao general Mata, em sole* nidade realizada ontem. ALERTA Em seu discurso, o sr, Jairo de Farias ressal* tou a necessidade da en* campacão das refinarias particulares e de o mo* nopólin da Petrobrás ser estendido à distribuirão dos derivados de petró- ieo. E alertou a nova dire- loria, os trabalhadores e o povo em geral para a manobra reacionária no .sentido de dividir a Pe- trobrás em numerosas empresas subsidiárias, vi- sando a enfraquecê-la levá-la assim à perdição. (Leia na 3a. página reportagem sabre a CPI do petróleo: e na 7a., ar- tigo do deputado Marco Antônio a respeito da crise na Potoohrás.) -V;

² T>|.tí3» CGT Mibiliza Trabalhadores do País ... · e membro do governo e. ... inferior ao de municípios que apresentam ... estendido à distribuirão dos derivados de petró-ieo

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Jornadas Nacionalistas*

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e Macaé Pelas Reformasanov- Uo do Janoiro,^ a 13 do fivorolr* do 1964 T>|.tí3» MUátfMlttT

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CarnavalMaia om carnaval in»

tado, ocupa a cidade doRie e todas aa cidades deBrasil. Alguma* oo roa»den • mono» ;:- muita* aecntrogaai eomo o Rio,como Recife: completa»mente. De tidas as bo-em e de todoa oo apare»lhoo do rádio espalha-se,porajaaonte porque con»ttnuamente renovada, anúaka do carnaval, quoé, coni tidas aa aaaa va»riedade*, uma ai: a mé»a I e a espontaneamenteelaborada e vivida pelopovo noa quatro dias quoapenaa epilogam o janci»ro, o dezembro, o nevem»bro antecedentes. Músicapor quo se exprime a ai*ma do .povo brasileiro,povo Jocoso, amoroso,satírico, Irreverente, dig-no do todos os sonhos edas maio ootrênuas ab-negação», povo que, porisso mesmo, como notouDrummond, se parece •todoa- os povos do mun»do. Povo que nio t me».Ífcç^W:|'lfaa^d_

unânime do po»vo, o carnaval checou.Vaaaos ao carnaval, pa-rêntcoe hedonista dentrodo cotidiano entretecidode lutas, frustrações eaté alegrias, quatro diasem que o povo sofrido,humilhado, explorado, sedispensa a si mesmo dechorar, e ri, e cai no"samba e na marcha —• namarcha alegre. Festa qneo povo ainda espera queum dia, um dia perto, se-ja a alegria que exprimea alegria e não a alegriaque interrompe e disfar-ça muita tristeza. (NO*VOS RUMOS volta acircular na quinta-feira,dia 20).

ClÉEsteve no Brasil o If-

der sindical cubano Lá-raro Pefia. Secretário-ge-ral da Confederação dosTrabalhadores Cubanose membro do governo e.do Partido Unificado daRevolução Socialis-ta. veio a nosso País che-fiando a delegação cuba-' na ao Congresso de Uni-dade dos Trabalhadores*da América Latina(CUTAL), realizado re-centemente em Brasília.

Por. toda a parte ondeesteve, em nosso territé*rio, Lázaro Pefia encon*trou o mais vivo inferes*se e solidariedade dosbrasileiros pela gloriosaCuba — por parte deoperários e camponeses,estudantes, intelectuais,jovens e mulheres.

Suas impressões acêr*ca do CUTAL t infor*mações quanto à atualsituação econômica deCuba — que melhoraprogressivamente apesardo bloqueio do imperia*

. I i 8 m o norte-americano—, além da explicaçãode por que o governo re-volucionário cubano nãoassinou o Tratado deMoscou e de outros as-suntos de grande inte-ref.se — é o conteúdo daentrevista que LázaroPena concedeu a NOVOSRUMOS e vai transcritana 4a. página.

CGT Mibiliza Trabalhadores do País - Concentração Dia ? na Guanabara Doxians

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VIGORANDO há mais de um ano, os

atuais níveis de salário minimo re»presentam um verdadeiro assalto ja bolsados trabalhadores. Foram eles decretados,como se sabe, em outubro de 1962. E sópassaram a vigorar em janeiro da 1063.

mento dê' fréços ocorrido entre a decreta-ção e a vigência dos novos níveis, o valorreal do salário mínimo sofria acentuadaredução antes mesmo de entrar em vigor.Além disso, a divisão em mais de cinqüentazonas, mantida até hoje,~encerra um cri-tério absurdo, profundamente lesivo- aosinteresses dos trabalhadores em quasetodo o País. Em conseqüência dessa divi-são, ó salário minimo é fixado, num eleva»díssimo número de municípios, em nívelinferior ao de municípios que apresentamo mesmo nivel de carestia da vida. A re-numeração dos trabalhadores sofre, assim,uma dupla redução, uma vez que os maisaltos níveis de salário mínimo já são insu-ficientes, pois não acompanham a elevaçãodos preços.

NÃO pode haver dúvida, por isso, quanto•' à justeza da exigência de répéonea»

mento do salário mínimo e de sua elevaçãode lOO^e. São conhecidos os dados sobre«inflação e a carestia no ano passado. E éde ae notar: -tò^safs dadoa nào a-pè

íSV,

OOfflO i»im^ ¦»»»-• ",T»T-*ry***f*»*--.—~.".*• \T\1\~—t.^;--—-.--^.»como aliás vem ocorte~1do há muito tempo,o valor real do salário foi sendo reduzido,por assim dizer, dia a dia. Noutras pala-vras: a cada dia, o trabalhador recebe me-nos pelo que produz. E desse desfalque êlehão é reembolsado, fcessa forma, os novosníveis salariais, mesmo no caso de seremfixados rigorosamente dé acordo com à su-bida dos preços, jamais anulam as peno-sas conseqüências impostas aos trabalha-dores pela inflação..

NA LUTA pelos novos níveis do saláriomínimo, deve-se levar em conta que

está em jogo, direta) ou indiretamente, ointeresse de todos os assalariados. Sua fi-xação influirá," *pór ekemplo, no sentido de

í^;-:?É^^lra

um reajustamento geral. Acarretará a ale-vaçáo do salário-família. E atingirá — cir»cunstància que se torna mais importanteno momento atual — os assalariados agri»colas. |sf»* .'•¦ ¦"%x,.-$.,

^rg^g|t^^hÀà.^ na Gua-pela. C!*bS, já se colocaram

à frente da luta pelo resoneamento e peloaumento de 100 c/o do salário mínimo, avigorar a partir.de i.° de janeiro. É indis-pensável quebrar as resistências encontra-das, como a do SEPT, que pretende arras-tar seus estudos até o mês de março, numarevoltante demonstração de insensibilida-de diante das privações dos trabalhadores.Para quebrar essas resistências, torna-senecessário entrosar na luta todas as orga-nizações sindicais, levar a luta para as em-presas, à sede dos Sindicatos e a praça pú-blica, numa ampla e enérgica mobilizaçãode massas. E isso sem perda de tempo.

(Na I* pá-JM, tmfmíiHwm sébrt • *••Iflln»! MffMnv^ ¦

Ministro da Guerra Desmente "0 Globo''A vergonhosa e repulsiva mentira, es»

tampada no ;,íac-simlle" ao lado, íol publi-. cada em "O Globo", edição do dia 3. Comoverá o leitor, o texto-legenc a do jornal do"comendador" Marinho refère-se às come-morações do'primeiro aniversário do go-vérno de Miguel Arraes. Nào há uma só ver-dade no "noticiário". A indignidade politl-ca e profissional chega ao auge, porém,quando o Jornal — cada vez mais uni bo-letim ianque, escrito em português — apre-senta aos seus leitores como sendo "mili-cias armadas" ou o "Exército Revoluciona-rio de Arraes", o que na verdade é uma ex-pressão das tradições do Nordeste: o Grupode Bacamarteiros de Caruaru, constituído deanciãos e crianças, com seus velhos baca-martes e seus-trajes típicos. A velhacarlada imprensa de aluguel, paga para enga-nar o povo e trair á Pátria, substitui toda.noção de seriedade. E nisso nenhum outrojornal editado no Brasil leva a palna a"O Globo", órgão do IBAD e da embaixadanorte-americana.

Explorando assim, sem nenhum escrú-pulo, a presença dos bacamarteiros de Ca-

ruaru nas impressionantes manifestaçõespopulares de apoio a Arraes, "O Globo;;, pro-cura infundir nos leitores a impressão deestar Pernambuco entregue à violência eiinsegurança. Mas já no dia 5 era toda -aimprensa obrigada a divulgar as declara-ções oficialmente feitas pelo ministro da*Guerra, após a sua visita ao Nordeste. "Óambiente de Pernambuco é de paz e tra-balho. O governador Miguel Arraes está em-penhado em cumprir o seu plano de go-vêrno, resolvendo os problemas do Estado"— disse, com todo o peso de sua autorida-de, o general Jair Ribeiro, reduzindo a na-da o infame embuste do "comendador" Ma-rinho. :.x, -.fly r- '.-

E' com a mesma insensibilidade que osapátridas de "O Globo" publicam as duasnoticias — ã falsa e a verdadeira. E nãotêm» sequer o rasgo de pudor de desculpa/-se aos leitores pela deslavada mentira; acêr-ca dos bacamarteiros de Caruaru. E' assima "imprensa sadia".' *

Na Sa. página desta edição, noticiáriodas comemorações do primeiro aniversáriodo governo Miguel Arraes.

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Quem é Doxlartto — oque significará entrosara éoae emprosirio o do*oen vol vimento urbantati»co do Rio de Janeiro atéo ano 2000? Mühòoa dodólares —¦ mifh&oa docruzeiro» conrortidoa emdólares lhe serio entro*Ruea.

Na pasina 7 Aristidesde Oliveira examina o«negócio grego» do go»vernador e a r i o c a: oumelhor, o sentido du via»da do Doxiadia.

TaUouteOs litígios froaMrifos

conatituom permanentesfocos do atritos ostro ooEstados. NotadauMn»te r+ luropor auisiataram eles as duas gaor*ras mundiais deeenca*deadas pelas nações im*perialistas, 1 orando à,morte de milhões de sê*rea humanos. Procuran*do encaminhar uma ao*lução pacifica para té-das as divergências dofronteiras existentes ho»je no mundo, o primeiroministro Nikita Krus*chiov, em nome do Go-vêrno soviético, envioumensagem a todoa oochefes de Estado.

O documento, mais umesforço sério da UniãoSoviética tendo em vistaa consecução de acordosque aproximam mais ahumanidade do uma pasestável e duradoura, eo*tá publicado na integraem tablóide que aeompa-nha eeta edição e quenão pode ser vendi áe as».paradamonlo.

Petrobrás— Suas palavras sio

um catecismo para a Po»trohrás — disse o maré»chal Oavino Alvos, atualpresidente daquela em»presa estatal, referindo»se ao discurso proferidopelo engenheiro JairoJosé de Farias an passarseu cargo de diretoria aogeneral Mata, em sole*nidade realizada ontem.

ALERTA

Em seu discurso, o sr,Jairo de Farias ressal*tou a necessidade da en*campacão das refinariasparticulares e de o mo*nopólin da Petrobrás serestendido à distribuirãodos derivados de petró-ieo.

E alertou a nova dire-loria, os trabalhadores eo povo em geral para amanobra reacionária no.sentido de dividir a Pe-trobrás em numerosasempresas subsidiárias, vi-sando a enfraquecê-la •levá-la assim à perdição.

(Leia na 3a. páginareportagem sabre a CPIdo petróleo: e na 7a., ar-tigo do deputado MarcoAntônio a respeito dacrise na Potoohrás.)

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Tomará posse no próximo dln 32 a nova diretoria dnSindicato dos Trabnlhndores em PmçAn e Teeelaaem, eleitarecenlementr, A rhnpn enrnneçnrin por Hércules Corresdoa Reis foi «uflngrnria mociçamcnte r a abstenção foiinferior a 20'?,AUIONAUTAS

Nún se realisnu rm dia *•* último a ee«*lo da 13.* Juntar>a Justiça do Trabalho para n Julgamento da questão dnComandante Melo Hn*to*. o lulaamento foi adiado tine diedevido no adoeelmento dn juls competente.

CONSTRUÇÃO CIVILO Departamento Nacional dn Trabalho designou dois

rnntadniTK para Jazer um levantamento das contas da atualdiretoria do Sindicato rios Trabalhadores nas Indústria drConstrução Civn, pois as denuncias dos associados foramnumero* n*.

Os diretores désse sindicato silo contumazes espanca*dnres de operários que nâo aceitam a orientação, os mito-dns rie sçko t as ligaçóe. da diretoria com o governador daGuanabara.

SERVIDORESO Comando Oeral dos Servidores da Guanabara, levan-

do a prática a resolução da assembléia das servidores trans-corrida no dia 30 de janeiro passado, realizou terça-feira,as 17.30 horas, nas escadarias da Assembléia Legislativa,uma concentração de funcionários estaduais para exigir opagamento dos lotes antes do Carnaval r pnra que o pa*gamento rio exercido seja efetuado no máximo com cincodias ric atraso. O Comando Geral dos Servidores da Oua-nabara. que está coordenando as ações dos funcionários,congrega e representa S entidades da categoria a comissões.

Enquanto Isso. a 2.» comissão de Inativo» da Ouana-bara voltará a reunir-se amanhã, sexta-feira, às 14 horas,na Apelação dos Motoristas e Mecânicos do Estado daOuanabara. Av. Mal. Florlano, 227-A, com a seguinte or-dem do dia:

ai situação dos aposentados.bi setor de aposentados no C.G.S.G.

RADIALISTAS HOMENAGEARAMOs radialistas da Ouanabara homenagearam quinta-'

feira, na sede náutica do Club de Regata* Vasco da Gama,na Lagoa Rodrigo de Freitas, o presidente da Federação erio Sindicato dos Radialistas, Kemíiclo Fròcs, nomeado di-retor-geral dn Rádio Nacional dn Rio de Janeiro.

A homenagem compareceram o superintendente riasEmpresas Incorporadas ao Patrimônio da União, majorGama Abreu, o presidente do Sindicato dos Bancários, opresidente do Sindicato dos Jornalistas, o presidente da As-soclnção dos Rádlo-Rcpórteres, Roberto Morena, represen-tando a CPOS. represenfanter. do Ministério rio Trobnlho.além de grande numero de amigos e companheiros de He-milclo Fróes.

NOVA CONFEDERAÇÃOReunidos na aede do Sindicato cios Radialistas, os tra-

balhadores em empresas telegráíicas e de publicidade dis-cutlrsm acerca da criação de uma nova confederação detrabalhadores: a Confederação Nacional dos Trabalhadoresem Empresas dc Publicidade c Comunicações,;

A nova entidade sindical está sendo estruturada e suafundação é aguardada para breve.

TELECOMUNICAÇÕES: ENCONTROTeve inicio terça-feira, dia 4. o II Encontro Nacional

Extraordinário dos Trabalhadores em Telecomunicações.Instalado no Slndicp.to dos Tc>nrãficos. com a participa-ção de 14 delegações, representando 12 Estados da Federa-çào.

Dn temário do II Encontro destacam-se os seguintesitens:

1» Contrato coletivo de trabalho:ai jornada de seis horas para todos oa telegráficos.b) ampliação da gratificação de férias.t) ampliação das gratificações juninas2i Debate sobre a EMBRATEL e sóbre a ação dns trus-

tac de Telecomunicações no Brasil.O Incontro ericerrar-se-á amanhã, a noite, e no sã-

bado será oferecido nm almoço dc confraternização como eompareclmento de renresentant.es do Comando Gemides Trabalhadores e do ministro Amauri Silva, possível-¦¦senta, 1

•ARRAVAL DA ASCBA Associação doe Servidores Civis do Brasil fará rea-

Haar nos próximos dias 8. 9. 10 e 11 bailes carnavalescos,das 18.às 4 horas pnra adultos « matinês nos dias Belldas 15 Ss 21 horas. Os convites estão à venda na sede riaentidade 'Av. 13 de Maim e na Av. Wenceslau Braz esqui-na da rim Lauro Müilrr, Botafogo, próximo ao túnel novopara Copacabana.METALÚRGICOS

O «ajustamento saiarin! rios metalúrcicos só está rir-pendendo da apresentação prlo SEPT do índice por èle ve-rificado rio aumento do custo de vida de agosto de 63 atéJaneiro último.

Oo programa dr conferências levado a efeito em comumacordo com o Mini.stnlo tia Eriucaçlo, ns duas primeiras Jáforam ministradas: a Inicial dada no dia 29 pelo professorNelson Wernek Sndré. sobro a História da Propriedade daTerra no Brasil. •? » .secunda pelo professor Pedro CelsoUchóa Cavalcanti — sobre a História do Domínio Estran-gelro no Brasil. As aulas são ministradas às quartas-feirasM 30 horas e mais de 200 alunos estão inscritas. As pró-ximas aulas versarão sobre os seguintes temas: Históriada Industrialização do Brasil Historia da luta pela Demo-«rada no Brasil e História da Revolução Brasileira. Todosos professores sfto-do ISFB.

Csmayal — o Sindlcnto das Metalúrgicos tem o seguin-te preframa para o carnaval:

Matinês — dias 9 'domlngoi e II itèrça-feirai, das 14às 18 horas;

Bailes para adultos — sábado, domingo, segunda e ter-ça, das 23 Às 4 horas dn manha. Os associados não paga-rio convites'em duas oportunidades, enquanto cs nâo as-soelados poderão brincar comprando o convite a CrS 500.00na aede do sindicato à Rua Ana Néri, 157

BANCÁRIOS: CARNAVALO Sindicato dos Bancários programou para éstr car-

naval três bailes ínfantó-Juvenis para os seguintes dias: 3.W e 11, das 15 às 18 horas. As entradas se farão mediantea apresentação de carteiras rir associado ou de apresenta-çio de convites especiais que se encontram à disposiçãona aecretaria do sindicato, na Av. Presidente Vargas, 502.

AH.0W.&R.OSDevido a assembléia rios trabalhadores em assistência'

social. iSesc. Sesi. LBA etci transcorrida na quinta-feira,nas dependências rio sindicato, a assembléia dos aeroviá-rio* da Panair só pôde ser realizada na última segunda-feira. Resolveram os trabalhadores, cm sua assembléia nm-blllzar tória a categoria para a.luta pelo cumprimento riaportaria baixaria pelo Ministério da Aeronáutica determi-nando a vigência do expediente de seis hora* de trabalhonas pistas de aviação.

EMPRESA NAO INDENIZAOs operários da empresa Colonlftclo Rio Branco, slt.ua-

da na Estrada do Barro Vermelho, 484 — Rocha MirRnria,declarada falida no dia 31 dc dezembro último, estáo comação impetrada no TRT reclamando indenização no mon-tente de 9(1 milhões dp cinzeiros, deviria pela empresa aosempregados. Entre os operários, muitos JA contam com maisde 30 «nos de serviço: a decisão é de receber indenizaçãointegral, pois foi recusada a proposta dos patrões aw de-sejavam panar uma ninharia correspondente a 25"; dovalor real, t&qunnto na Junta de Conciliação, que deu ea-nho de causa aas operários, oiereceram 50 Tr, também recu-sados.

Os 129 trabalhadores, encontram-se em sltunçAn afli-tiva. pois estão desempregados há mais de um mês e asfamílias completamente desamparadas.

O Sindicato rios Têxteis vem auxiliando e rinnrio totalspoln jurídico; seus advogados lutarão na. Justiça superiorde trabalho onde a empresa impetrou recurso.

QRANC0S COMEMORAMO Sindicato dos Grtfieos comemorar* com um festivo

baile de conaraçamento o Dia rio Trabalhador Gráfico, nodia 7, sexta-feira, na sede social da entidade, na Av. Pre-sidente Vargas, 529.

A diretoria do sindicato resolveu, também, eolocar adisposição dos associados e suas respectivas famílias as dc-pendências de sua sede durante os desfiles carnavalescos,

O Istado do Mo viveuno domínio passado, dia l,um doa seu* irande» éiupoliticos com a Jornada dacaravana nacionalista che*finda pelo deputado Leonelniiwla, que percorreu ostre.cntos quilômetros queseparam Niterói da Campos.

De cidade em cidade, devilarejo em vilarejo poronde passaaaem os nacio.nallstas, o povo vinha abra.çá-ir* « incentivá-lo* nagrande luta de libertaçãonacional.

Em Mocaé

Quando a caravana seaproximou dr Macae, Im*portam» centro ferroviário,uma multidão de trabalha-dores, estudantes e morado*res daquela prospera cidadeveio ao seu encontro aindabem fora da zona urbana.

Sob o estrépldo dns lognse das motocicletas dos ba-tedores, ao snm da famosaLira Nova Aurora, a imen-sp. coluna de patriotas prr-correu a cidade rm direçãoda Prefeitura Municipal.

IntegrantesO prefeito Benjnmln Cur-

..Mo recebeu todos os mem-bic, da caravana, consti-

t uida oos deputados federaisLeonel Brlzola, Neiva j Mo*teirü, Adio Pereira Nunes eDemistoclldcs Batista, eno« estaduais Afonso CelsoMiranda, Aristóteles da Mi*randa Melo. Kiffer Neto eFrancisco Alves, o popularZislnho, lider dos maritl-mos.

Outros Integrantes eramsitos dirigentes autárquicos,como o Or. Clldcnor deFreitas, presidente do IPASE, c o Dr. Maranhão,diretor da Estrada dc Fer-ro Leopoldina. além rie trêsdezenas de outros rilrigen-tes autárquicos e sindicais.

Reformas de BaseDiante de uma rnultidlo

rie mais de três mil pessoasentre as quais centenas ds

earapmesos empunhandoeomo estandartes fetaes deeana e milho, o deputanofluminense Aristóteles deMiranda Melo proferiu vi-brante discurso sobre a ne.ccssldade e urgência dns rc-formas de base, e»peeH»l*mente a agraria con. a dis.tribuição imediata aos cam*ponesee das terces latiíun-diárias, Já que o municípiode Macaé se constitui numexemplo frlssnte de umaatrasada estrutura rural:ali. poucas famílias detémn domínio de quase tôdnsas terras cultlvávcis.Muito aplaudido pelo povo,o deputado Aristóteles de

Miranda, líder daquela re-alto, passou a palavra aoPadre Aliplo, que criticou afalse sociedade crista porusar o seu Deus n fim rieamortecer o Ímpeto de li-bertaçâo dos humilde, n-mo se Jesus Cristo não M-vesse sírio o filho de umcarpinteiro, nascido portan-to em berço pobre.

Escravidão ContinuaO deputado Adáo Pereira

Nunes, foi o orador seguin-le. Falou pouco a claro.Achava — disse — que alibertação dos escravos ain-da não se tinha concluico.A multidão atenta os suaspila vras estava constituídada elevada percentagem riehomens de côr; vieram daÁfrica comn tratores huma-nos'para revirar e- plantaras terras dos senhores bran-cos.

Perguntou o deputado:"Qual de vocês recebeu umsó palmo de terra depois daabolição da escravatura?Ante a resposta evidente-mente negativa, Adão Pc-reira Nunes, completou: éque aboliram de mentira aescravidão, porquanto asterras continuaram nasmãos dos senhores r. atra-vés delas, éste.s continuama escravizar os homens.

Frento AmplaSob estrondosa salva de

palmas, iniciou o seu dis*

curso o deputado LeonelBrlrola,

Dua. horas a fio, sob umsol de racbar, a multidãoouviu atentamente o linernacionalista que, em lin-gungem simples, abordouIodos os aspectos das refor-mss de base.

De quando cm quando,mu» palavra fail* aflorar oentuMasmo dos trabalhado-res, que então aplaudiam asverdades ditas com durez..pelo deputado Leonel Brl-sola,

O imperialismo e o lati-fúnelio como caussH doml*nantes de nossa pobreza fo-ram objetos da critica dnparlamentar gaúcho, queconcluiu afirmando: só-mente o p.ivo organizadonuma ampla frente de li-bertaçâo nacional poderáderrotar as poderosas fór*ças que Insistem cm oprl-mh a nação brasileira.

Ames do prosseguimentoda cnmlnhada para Cam-pus. n prefeito Brnj-unlnCurvclo ofereceu um nlmó-ço nos visitantes, ocasiãocm que se confraternizaramos componentes dn carava-na * os nacionalistas ma-caenses,

Campos dePortas Abertas

As quatro horas ria tarde,em pimtc, • çsravano che-gou em Campos, sendoatradávelmcnte surpreen*dida a entrada ria cidade

feio prefeito Barcelos Mar*

ins, velho e destacado na-cionallsta, que oferecia sim-bòllcnmente a ch?ve de aeumunlciolo aos bravos eprestleiados visitantes.

Novo e emocionante es-petáculo oeuarrtava a colu-na nacional-libertndora nosalão da rodoviária: cincomil pêssqes dc né. supcrlo-tandn anuela riependcncla,esneravam os lideres nnclo*nallstas. Ê que para aquelahora estava marcada apoM« da nova diretoria docombativo Sindicato dosTrabalhadores em Usinasde açúcar. Então, o Almi-

Carta Aberta ao MarechalOsvino Ferreira Alves

No momento em que mais uma violen-U crise que abalou a PKTROBRAS começaa ser debelada t a grande Empresa volta ásua rotina de trabalho, nós, os trabalha-dores de petróleo, com as vistas voltadaspara os sagradas interesses do monopólio

taçáo elaborado pelos técnicos da Emprega,aob pena de, através do colapso rie abas-teclmento nacional, desmoralizar-se a pró-pria instituição do monopólio.

Orande entrave ao desenvolvimento daPETROBRÁS é a política financeira de Go-

estatal, nos dirigimos ao novo Presidente, * vérno que dificulta constantemente as opeo Marechal Osvino ferreira Alves, para reafirmar, de público, a confiança dos traba-lhadores e a disposição de colaborar, emtudo que fór; possível, pen. reíorearü con-ceito da opinião pública sóbre á PBTRO-BRAS e atacar, de Imediato, todos os pro-blemas ainda nào solucionadas.

A crise foi provocada, contra a vontadedos trabalhadores e do povo brasileiro, por.aqueles que estão sempre interessados emdestruir a PETROBRÁS e que encontraramno General Albino Silva um instrumento deseu fácil manejo.

Os Diretores e técnicos da Empresamerecedores da confiança dos trabalhado-res assumiram uma atitude patriótica ecorajosa, denunciando as maquinações doGeneral Albino Silva, que, em contrapar-tida, manipulou dados técnicos com falai-dade para forjar uma acusação. Seu es-forço para inverter os fatos não conven-eeu a ninguém e ficou sempre presente asua incapacidade de responder às acusa-ções que lhe foram feitas.

Está bastante claro que se tentava umavultosa negociata com a ESSO, e só a rea-cão enérgica dos Diretores, Técnicos e dosSindicatos foi capaz de impedi-la. Assimcomo agora, estaremos sempre prontos paraa defesa da PETROBRÁS e nunca perml-tiremos que se desvie esta Empresa de seucaminho patriótico em busca do monopóliointegral do petróleo, da libertação nacional.

Para consolidação deste principio, exl-gimos intransigentemente que todas as de-núncias sejam apuradas para que, enfim, aopinião pública possa separar o joio do tri-go, possa distinguir, de um lado. os hones-tos e patriotas e, de outro, os negocistas.Estaremos participando, da Comissão deInquérito e temos tranqüilidade bastantepara exigir que se apure toda a verdade,pois estamos prontos e livres para apon-tar ao povo aqueles que foram Incriminados.

Entendemos que os Diretores da PE-TROBRAS devem provir de seus quadrosfuncionais, pois assim estará resguardadaa Empresa dos arranjos e acomodações deordem puramente politica. A Diretoria daPETROBRÁS nào deve ser transformadacm campo de manobra para a voragem degrupos ou partidos.

Nào admitiremos que a PETROBRÁSvenha a servir' a interesses políticos comoalimentadora de caixinhas eleitorais.

t hora de atacarmos todos os proble-mas que estlo s exigir solução imediata,pnra capacitar s PETROBRÁS a caminharmais rapidamente na direção de seu en-grandee.lmento. Acreditemos que a premis-sa básica para o encaminhamento destapolítica é o entendimento franco, constan-te e leal entre os dirigentes, os técnicos ens trabalhadores da Empresa. Para nós, adiscussão é o fundamental.

Sabemos, à luz de abalizados estudostécnicos, que a produção de óleo cru podeser duplicada em tempo curto e que emquatro anos podemos atingir a nuto-sufl-ciência. F é este o problema crucial da PE-TROBRAfl

Na área de refino, torna-se Indlspen-•Avel que se acelere o ritmo das obras dasnovas refinarias, ao mesmo tempo em quesr deve forçar cada vez mais a encampa-çãn das refinarias particulares, a começarpels de Capuava.

O aumento da distribuição a grosso riederivados á um passo que nào pode tardare os estudos estão preparados, aguardandonpenns a medida decisiva. Da mesma for-mn. impõe-se uma solução imediata para oproblema da industrialização do xisto, queservirá rie suporte inestimável para o abas-teclmento nacional.

Já conquistamos o monopólio estataldn Importação de óleo cru e derivados etórná-sé urgente a sua efetivação, execu-tando-se imediatamente o plano de impor-

rações de câmbio por impatriotismn daSUMOC, fato que exige imediata atenção.

Quanto à;-politica de, pessoal • nossa"atiuação lem ttta-feWiÀfilrà. Oposição aoempregulsmo e dê luta continuada pelainstauração do sistema de méritos na mo-vlmentaçào do pessoal, o que está consu-bstanclado na Resolução 36/63.

Para o preenchimento de funções dechefia na PETROBRÁS achamos que sãorequisitos principais a honestidade, a ca-pacidade técnica e dedicação ao trabalho,um passado de afinidade com os interés-ses nacionais e uma posição clara e de en-tendimento frente aos sindicatos.

A importância da PSTROBRAS e suasignificação na vida brasileira faz com quenão se possa deixar o povo desinformadodn auas atividades e realizações, tornando-se necessária, portanto, a dlnamização dasRelações Públicas em função dn Empresae nào das pessoas de seus presidentes, comotem ocorrido até então.

Indispensável também que reafirmemosa necessidade da manutenção das liberria-des sindicais, condição necessária para quesejam atendidas e discutidas ns reivindica-ções mais imediatas dos trabalhadores, bemcomo para que Re mantenha a permanentemobilização em' defesa da PETROBRÁS.

Esta a disposição dos trabalhadores, quenada mais desejam senão servir à PETRO-BRAS, à causa da libertação nacional,

Finalmente, lembramos a disposição doSenhor Presidente da República cm fazerretornar aos seus postos aqueles Diretorescontra quem nada se apurar na Comissãode Inquérito. Êste é um ponto n^. honratanto para o Presidente da Revúhl.ia, quan-ta paru o Presidente da PETROBRÁS e paraos Trabalhadores.

Rio de Janeiro, 30 de Janeiro de 1964.AFONSO NOGUEIRA, Sociedade dos

Engenheiros de Petróleo da Amazônia;LUIZ G. S. MIRANDA, Associação dos.Téc-nicos da PETROBRÁS no Nordeste; PEDROCASTILHO, Sociedade de Engenheiros' dePetróleo do Recôncavo; ROGÉRIO T. MA-GALHAES. Associação dos Engenheiros riaPETROBRÁS nos Estados rio Rio de Janel-ro e Ouanabara; RODY A. MEDEIROS, So.ciedade de Engenheiros da Bacia do Para-ná; ADELINO NOGUEIRA CERQUEIRA,Sindicato dos Trabalhadores na Indústriada Destllnçào e Refinação do Petróleo nosEstados do Pará, Amazonas e Maranhão;JOSt GONÇALVES LIMA, Sindicato dosTrabalhadores na Indústria da Extração doPetróleo nos Estados de Alagoas e Sergipe;WILTON VALENÇA DA SILVA, Sindicatodos Trsbalhadores na Indústria ria Extra-çào do Petróleo'do Estado da Bahia; CIDDE CE8ARE SALOADO. Sindicato rios Tra-balhadores na Indústria ria Destilaçào •Refinação do Petróleo do Município de Du-que de Caxias: FERNANDO H. AUTRAN,Sindicato dos Trabalhadores nn Indústriada Destilaçào e Refinação rin Petróleo nosEstados da Guanabara e Rio de Janeiro;OERALDO SILVINO DE OLIVEIRA, Sindi-cato dos Trabalhadores na Indústria riaDestilaçào e Refinação do Petróleo dos Mu-nlciplos de Cubatão Santos e São Sebastião;LUIZ JORGE GOMFS. Sindicato dos Tra-balhadores na Indústria Petrooulmlca rieDuoue de Caxias; ALNARY NUNE8 RO-CHA. Sindicato dos Trabalhadores na In-dustria da Extração rio Petróleo do Paraná;HIPÔLITO CASSIANO DOS SANTOS. Sindi-cato dos Trabalhadores na Indústria riaDestilaçào e Refinação do Petróleo no Es-tado do RIO G. Sub WALTER DE ASSIS,Slnd. Ttab. Ind. Dcst, Ref. Petróleo Est.Minas Oerals; JOSÉ NEWTON PEREIRA.Associação dos Empregados do Xisto; sin-dicato dos Trabalhadores na Destllnçào eRefinação do Petróleo no Estado da Bahia,MARIO SOARES LIMA.

rante Costa, irande dlrl-Rente operário, passaria apresidência do Sindicato,cano ae qual ceudusira ostrabalhadores das usinas atantas vitória*; farias detrinta dias, moradia am*

, tuna. reconhecimento dosdelegado, sindicais e e maiselevado salário-minlmo doBraslil

Presidente do IAAAchava-se presente o Dr.

Manoel aomea Maranhão,presidente do Instituto doAçúcar e do Álcool,Pela primeira vez um pre-

sidente do IAA comparecia« reconheci* a Importânciaa uma solenidade- operáriaprimcrrilal da clave traba-Ihudora,

apiovsltou a oporlu*nldade para atender a umaantlia reivindicaçãotrabalhadores, qual seja ade que o Instituto auxiliecs hospitais tino Senta Ca a,que tanto ajudam ans pu-bres.

O .Dr. Gomes Maranhão,autorizou, no ato da pos-*,o auxilio para doze SantasC»va« a prometeu uma mn-tribuição apreciável para aconstrução do palácio dnstrabalhadores na Indústriaacurarem.

Relatório o Possoo presidente do Sindica-

to. o prnclnha AlmiranteCosta, relatou as atividadesde sua administrado e pe*dlu que o deputado LeonelBrlzola empossasse a novadiretoria.

Os trabalhadores, de pé,aplaudiram Almirante Cot-ta e também a«slm saúda-ram os novos dirigentes.

Solicitado pela multidão,o deputado Lr.inel Brlzoíadurante duas horas falouàquele povo trabalhador eesperançoso, disposto a pnr-tlcipnr ria grande arranca-da para a libertação de nos-sa pátria.

Em Praça PúblicoJá ia ficando tarde e ou-

tra multidão esperava osnacionalistas na principalpraça da cidade. Diante deuma tal manifestação, osvisitantes nem se permiti-ram um pequeno descanso:ao som de um vibrante do-brado marcial, executadopela Lira de Apoio, cami-nharam para a praça deSào Salvador, onde mais dequinze mil pessoas prorrom-

peram numa ensurdecedorasalva de palmas e em vivasinflamados a sua chegada.

Um espetaetilo Ia saqueei*vel, uma afirmado da bro-vm» do povo fluminense eda elevada polltlseção depopulação campista.

O liaill Ouviu

Quatro estações de rádiolocais transmitiram a fran*de festa popular, e a alai-rlnck Vetfa. com toda a suaradria. levou para o Brasilinteiro o clamor de nyiltl-dio mobilizada na praçaprincipal da maior cidadefluminense, aplaudindo comcalor a dcclsío aqueles queempunham hoJê rm dln nbandeira dc um grande pro*grama dc transformnçeossociais.

dos Oa «Diárias Associados»Na ocasião, foi lido um

tópico do jornal MonitorCampista. órgão dos "Dlá-rios Associados", Isto é, as-socIndCH acv Inimigos donosso povo. O tópico diziaque o comido seria um frn-casso, que nem trezentaspesMJis estariam presentes.

Primeiro, foi uma tremen-rin vala que se ouviu con-trn o jornal porta-vos da

reação: depois, um estreei*doso viva aos nacionalistas,que ecoou por toda a praçae se irradiou pele -Wasilafora,

•rixola: legalidadeNra aKa

ralaram duas destoas deoradorea, entre eles es depu-tados Nelva Moreira, be-mlstocltdes Batista, AdáoPereira Nunes, Afonso Gel*so, Francisco Alves, veran*dor Jacy ftarbetas — o maiivotado no município —, oprefeito Barcelos Martins c,

Sor fim, o deputado Leonel

rlsola.Brlzola falou ean defesa

do voto para os soldados eos analfabetos, da anistiapnra os sargentos, da lega-lidade para o Partido. €**>-mnnista> Brasileiro, da dh<trlbuleao Imediata daa ter.ras improdutivas des lati-fundia', da suspensão dareme.«sn de dividendos aosImperialistas e da Instala-ção dc um governo nado-nallsta e democrático.

'Todos ns que assistiram

an comicln da PrIÇe 8#oSalvador, de Campos, fica-rnm certos de que nenhumaforca será cap**s de irnoe-dir a libertação do povobrasileiro.

TÉCNICOS DA PETROBRÁSDIRIGEM-SE AO POVO

Dr. MiguelSalles .Cavalcanti

Faleceu no dia 17 de ja-neiro em Florianópolis oMédico Miguel Salles Ca-valcanti. O passamento vc-riíloou-se vinte dias depoisde ter sido o pediatra sub-metido a Uma delicada ln-tcrvençào cirúrgica. MiguelSalles Cavalcanti estavaradicado em Florianópolishá 25 anos e dedicava-senos últimos anos k cons-trução do hospital Infantildaquela Capital, o únicodo Estado, seu grandesonho..

Seu sepultamento, aoqual acorreram populares ealtas autoridades, foi umademonstração de quantoera querido o militante co-munlsta.

A viúva Marina SarmentoCavalcanti e a seu filho,nossas condolências,

A diretoria da Associaçãodos Engenheiros da Petro-bras nos Estados do Rio eGuanabara divulgou a se-guinte nota:"Em Assemb!6ia-G e r aida Associação des Enge-nhelrog da Petrobrás 'lo*Estados do Rio de Janeiroe Ouanabara •AEPEP.Ci.realizada em 27 de Janeirode 19M. os técntMM da PE-.'SOBRAS analisaram rmprofundidade todo. os ia-tos e Informações relaçlo-nados com a atual crise naEmpresa.

Naquela oportunidade ossenhores engenheiros «oséAlberto Davie.s Freitas, en-gcnhelro Stcphan Prochnl-ck e Ccmsndante Júlio Ce-sar de Sá Carvalho expu-sernm pormenorizadamenteos fatos relacionados comas acusações que lhes fo-ram assacadas pelo até m-tão Presidente ria Kmprè-sa. Gal. Albino Silva.

assunto foi amplamen-te debatido k luz de todaa documentação pertinentee. após terem sido esclare-cidos iodos o< «âpectoa doesso, foi-< aprovada a se*guinte moção:

— Face ã gravidade rioproblema e sua transten-dente importância para oPais, convennidi» da absn-luta lisuru d« procedlmer-to do. nossos companhrt-ros — profisslunois dft Ir-discutível i-cmnctcncia --exigimos de público a apu-raçáo em Lõcla a su pn--fundidade úôs fatos miemotivaram a presesnte cri-se:

— Além das declara-çõe«, largamente difundidas,rio então Presidente, seremdestituídas de consistência,repudiamos a maneira le-vlnnn e as expressões tor-pes divulgadas públlcamen-tP sem uma prévia Invés-tlgaçào;

•— Considerando absur-da, nas c i r c u n st ànciasatuais, a exoneração dos ti-tulares até então da con-fiança do Presidente Albi-

p oí. problemas majs caniientes tiaatualidade internacional

A coexistência pacifica, uma necessidade objetiva.Nova etapa no desenvolvimento da crise geral do ca-pitallsmo. A "democracia" Imperialista. A benéficaInfluência do socialismo sobre a luta libertadora dospovos. O movimento comunista, a fôrça mais Influentede nosso tempo. A construção do co-nunlsmo na URSS.Estas e outras importantes questões são focalizadascom objetividade e clareza por Kruschiov na seguin-te coletânea de 5 livros:

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no Silvs. pelo fato de indu-zir a opinião pública a re-laclonar este ato com ..mapretensa poslçio dolosaque. cm absoluto, não foiconstatada:

— Chamamos a aten*cão'da opinião púbica pa-ra a estranha coincidênciade terem sido aqueles téc*nicos os que se manifesta-rnm. cm relatórios « es'.»-dos, contrários à propostapara fornecimento de pc-tróleo bruto árabe feitapela Esso, proposta estacomprovadamente desvan-talosa para a Empresa:

— Manifestamos a nos*>aa Irrestrita solidariedadeà digna e corajosa atitudedo colega José Alberto Da-vies Freitas, Presidente des-ta Associação, na defesados mais caros ideais docorpo técnico da Empresa,expressão lídima da capa-cidade, dedicação e entusl-afmo do povo brasileiro:

— Convocamos todosos brasileiros k unlio decl-dida na luta pelo monopò-lio integral do petróleo. »mbusca de melhores dla« pa-ra o Brasil".

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«inr Rie de Janeiro, 7 a 13 de fevereiro de 1964 W**"-»!-^*-»»»-"

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nr ii i Um Economista da CIA

SolidariedadeAos MarinheirosSetor»» reacionário* da Ma*

rinha eatio criando um amhl*ente de penteguiçòes e violên*ciaa contra oe marinheiro», ca»boe e fuiileiros. Todo um pia*no está em andamento com oobjetivo de fechar a Ansocia*ção dos Marinheiros, perseguire prender oa seus dirigentes e«ilegalizar» a organização dossoldados do mar.

Ou responsáveis por tais vio*lèncias na Marinha estão co*metendo um brutal atentadocontra a Constituição. Kasea*doa em quê esses grupos rea*eionários e golpistas tentamsuprimir o direito de organi*zação dos marinheiros? Apoia*do» em qurConstituição essessetores procuram impedir amaruiada de lutar contra a

intragável alimentação que,em muitos casos, lhe é impôs*ta, de reclamar contra os maustratos, de exigir que lhe sejareconhecido o elementar direi*to de votar e eleger-se?

As violências cometidas con*tra os marinheiros estão des*pertando a indignação e o pro*testo de todos oa democratas.Em notas públicas, a Frentede Mobilização Popular • ou*trás entidades já manifestarama solidariedade do povo aosmarinheiros. Essa solidarieda*de é, hoje. parte integrante dalula geral do povo brasileiroem defesa das liberdades de*mocráticas. Por isso mesmo, osdemocratas de todo o Pais exi*gem do Governo que cessemas ai-l)iti'arie(!n.(les e persegui*ções conira os marinheiros»

*r*

CPI Contra o BrasilTem sido com certo espanto,

mas sempre com indignação queos patriotas defensores do mono-pólto estatal do petróleo vémacompanhando os trabalhos daComissão Parlamentar de Inqué-rito sôbre a Petrobrás, ora emfuncionamento. De algum tempoa esta parte, a mencionada co-missão, dominada por golpistas epor inimigos disfarçados ou os-tensivos da Petrobrás, transfor-mou-se num desmoralizado ins-trumento dos trustes Internado-nau» e das refinarias particulares,notadamente as de Capuava eMangúinhos. Como se fosse a coi-sa mais natural do mundo, gra-duados funcionários da ESSO, deCapuava, de Mangúinhos fazemsentir sua presença não apenasno recinto, como também nostrabalhos, assessorando mais oumenos abertamente alguns depu-tados, como é o caso do sr. Teó-dulo Albuquerque, do PTB daBahia, que não tem o menor pu-dor de se apresentar como umadvogado da refinaria do sr. Soa-res' Sampaio.

É simplesmente escandalosa aatuação da CPI nos recentesacontecimentos da 'Petrobrás,quando a ação patriótica e opor-tuna de dois diretores indicadospelos sindicatos e de outros fun-eionários graduados da empresaestatal Impediu unia negociata epreservou o monopólio da impor-'ação de petróleo; Ao invés de de-

fender a Petrobrás da Investidada ESSO e das refinai Ias parti-culares e de colocar-se ao lado dopovo brasileiro, que reclama acompleta Integração do monopó-Uo estatal, a maioria da ComissãoInveste contra a empresa, buscan-do por todos os meios e modos ar-gumentos para demoli-la. Náo sedetém diante de coisa alguma,buscando apoio em toda parte,inclusive no golpismo e nas áreasmais hostis ao movimento sindi-cal e democrático. Foi precisa-mente numa destas ocasiões queos deputados nacionalistas inte*.grantes da Comissão resolveramabandoná-la e denunciar ao povoseu verdadeiro caráter.

Assim, em vez de Investigarpara apurar a verdade, aqueleagrupamento reacionário, de res-to um espelho do grupo Ibadlanodo' Congresso, montou, de fato,um palco onde se exibem gorilasde todo tipo e onde os homenshonrados são postos na condiçãode réus. Exemplo frisante foi odepoimento do sr. Albino Silva,pivô da negociata que ensejou acrise na Petrobrás, peça à qualemprestaram sua prestlmosa co-laboração o presidente da Comis-são e vários deputados. Pois bem.¦ O depoimento do sr. Albino foiretrammitido-pela chamada "Rê-de da Democracia", mantida,como se sabe, pelos mesmos fl-nancladores do IBAD: empresasestrangeiras — entre as quais aESSO — e grandes capitalistasnacionais associados a interessesalienígenas.

Ensaio GeralUm funcionário de uma compa-

nhia imobiliária foi preso sema-na passada, porque emitih umpalpite sóbre política em umadaquelas rodas de discussão es-pontâneamente formadas em fren-te ao edlficio Edson Passos, es-quina dá Avenida Rio Branco erua Sete de Setembro, ao lado deuma banca de jornais de longedistinguida pela bandeira do Bo-tafogo, clube de simpatia do do-no da banca.

Os -policiais — disfarçados àpaisana —- explicaram a prisãodizendo que no Estado da Gua-nabara não se tolera atividadesubversiva. Vê-se logo que era oServiço de Atividades Antiextre-mistas, organização criada pelogoverno do Estado, que começavaa agir.

O Inocente empregado de umacompanhia imobiliária foi presopor ter expresso uma opinião con-traria ao governador do Estado.Foi preso em um local onde ele-mentos anônimos do povo — nun-ca- os' mesmos, sempre renovados:sáo transeuntes que possam e pa-ram e entram na discussão —•Variamente se ocupr-m em co-mentar futebol, política, tudoquanto f assunto.

Pois foi lã oue o Serviço de AM-vidades Antiextremistas resolveulocalizar e identificar antllacer-distas, para prendé-los e, depois

de algumas horas de tortura mo-ral no Distrito, fichá-los comocomunistas. Só vão presos os queopinam contrariamente ao sr.Carlos Lacerda. Esses são sub-versivos. Cadeia pra eles.

O fato é uma reafirmação, maisuma reafirmação da essência fas-cista do governador do Estado.Fascista puro, safado, mentiroso.Lacerda é o mais feroz inimigo dademocracia que existe neste pais,E isso êle mesmo é que se encar-rega de demonstrar, de dizer, deconfessar. Quando Jânio renun-ciou, Lacerda ocupou milltarmen-te os jornais do Estado — e de-pois, em Nova Iorque, disse que ofizera para*'defender a democrá-cia. Rapazes protestam contra afalta d'água em Copacabana —são presos:;jjbr atos subversivos.

A Guanabara só não está sobum regime de terror porque La-cerda não é o onipotente que gos-taria de ser para praticar todos osatos que sua mente inimiga con-cebe. Mas: limitado embora, êlefaz o que pode para esboçar umaamostra do que faria, se mais po-der tivesse.

Não é admissível que ésse Tor-quemada mirim continue impunetanto tempo, ensaiando, sóbre opovo carioca, um replm** qn<* élequer nacional, imposto ao Brasilinteiro.

Náo Querem Nos «Perder»No mesmo dia. dois "gorilas" do

Imperialismo norte-americano fi-zeram grosseiras declarações in-sultando o nosso Pais. Primeiro,o diretor da AID. David Bell. teveo desplante de afirmar que o Bra-sil só receberá "ajuda" dos Esta-rios Unidos depois de conseguir asua "estabilização econômica" —ouando todos sabem oue o prin-c'oal fator da Instabilidade, hãosò do Brasil mas de toda a Amé-rica Latina, salvo Cuba, é a espo-lia cão dos trustes Ianques. '

Depois, coube a Richard Nixon«•""¦arar que "já perdemos" Cubae "estamos na iminência de Der-d*"*" também o Brasil e a Bolívia.

Nixon — os leitores sabem bemd» quem se trata: é o "boss" que.há »l**uns avios. andou levandodisparadas no rosto em nossa

América do Sul. Mostrando- quenào se emenda, ai está Nixon in-sistindo em nos considerar umasimples possessão dos EstadosUnidos, que êle e seus parceirosde Wall Street "ganham" ou "per-dem".

Nos Insultos de Nixon há. con-tudo, uma confissão. Nela se re-vela que a continuação do atualestado de coisas significa que so-mos uma presa dos monopóliosnorte-americanos. E, ao contrário,que a emancipação nacional sig-nificará aue esses monouóllos nos"perderão", isto é, que deixaremosde ser sua presa.

'

Afrontas como essas, de Bell eNixon. constituem, afinal novosestímulos para a luta de liberta-ção de nosso povo.

Suplemento da "Jomal dnBraul" oe uonungo últimopublica curiosa polêmica »n-tia o diplomais e festejadoeconomista patricio lloberloCampos e o semanário in»glés "The Economiit", Allii,paia sermos mais exatos, o •d bate * mesmo entre a pu-blicaçao britânica e a íaml-g.rada "Central lntelligcn-re Agenry" ia CIA, dos c*(*i.-iioH Unidosi, m cujos con»relto» o sr, Campos aucra«em reservas <• da qual seia/ franco porta-voz: o ar-ligo transcrito do "Econo-mm" a descobre.

Ma*, vamos ao lema «IodciiAU: ti.ii.i-M> da «comi-ntia soviética. Até ai, ivi-drnt mente, n.id.i ilnii-.is.Primeiro, proclama wi-m» afnléncla to,ai da conomiuniM-iallMn. Ültiniamoiie, dc-pois quo on "sputniks" der-iiibar.in .anias murainaade fantasia, era nee ssárlomudar dc tecla. Dai a pre-f ríiuia poi lema* inalssulis: n chamado fracassoda agricultura soviética ••-agora, a descoberta de quea -onomia soviética «siAcrescendo a ritmos menn*ros do que a do mundo ca-pitalista e até mimo ,'iioque a economia americana.

O Quo Diz msr. Campos

Após terer uma série d"considerações "sólne os pe-rigos da profecia". . ui quep.ocura aparentar uma po-sição cquidistante do ho -ralismo econômico o do so-ciallsmo, o sr. Roberto Cam-pos escreve o seguinte: "A«vidência mais reeent-- Idotal fracasso da profecia —N. R.i é no sentido de queli)', nos últimos dois anosa taxa de crescimento eco-nómicn da Europa Ociden.tal e mrsmo a dos EstadosUnidos, t ria superado a docrjescimmto russo e a de vá-rios dos paises satélites. »x-cetuartos apenas a Romê-nia e a Iugoslávia (que sedesviou substancinlm nte docomportamento socialistapadronizado, restaurando in-centivos de preços e merca-do) e (2> que as tensões in-ternas do bloco socialista,sja- no plano ideológicoiRússia versus China», s-jano tocante ao esquema dedivisão de trabalho econó-mico dentro da área (Rú**w-sia versus Romênia), são'tão ou mais sérias quantoas dissenções no mundo ca-pitalista".

"O fnómeno mais lnespe-rado e importante dos últi-

» *-li

mos tempo» parece ter aqueda da tftkft de crescimen-to econômico da Rússiaabaixo da atingida pelosKiudos Unidos, Cites, emMtó.1, registraram um acres-cimo do Produto NacionalBruto de *•.'''«. esperando-»e 6'. para 106-1. j'.*t".IpIíi-mente, a taxa russa terin •!•.clinado para entre 2,5 a 3'/»".

O Qut Diz o«Economitt»

No sgunili) dos três arli-gos do "Eciinomist" r:pro-rtu.iiio no suplemento, é lei-lu uma análise dos dmlosaprr sen tailn» pela CIA:"U novo qtiiulrn apresentadopelo* peritos em assuntossoviéticos d • Washington •>Ino duvidoso quanto a poli-tica que o Inspira. Ninguémduvida de que a União So.vlétlca pasta por dificulda-des econômicas enquanto nsEstados Unidos atravessamum período de • xpansão rro-nômica. Mas, a CIA pareci*exagerar e extrapolar essatendência ao afirmar que aeconomia americana estácrescendo duas vezes maisrapidamente que a soviéticae Insinuar que a diferençatemi* h accimiar-so aindamais. A extrapolação é 1.1osuspeita quanto as informa-ções fornecidas por gruposdiferentes, segundo as quaisa URSS progredia numamédia de dez por centoanualm nte, enquanto osEstados Unidos de . apenasdois por cento.

"O centro das revelaçõesda CIA é o d* que a remianacional soviética cresceuap-Mias ã média de 2,5 porcento nos últimos dois anos.Esses dados parrcem Incrl-velmente baixos no quo dizresp ito a lflfi2. e balxlssi.mos também em r-laçao n1963, em comparação nftosomente com os dados ofl-cirts soviéticos, como as es-timàtlvas feitas anterior-mentp por analistas ociden-tais indep nrlcntcs. inclusiveda própria CIA".

E vai por ai a fora a con-testação oferecida pelo, nocaso, insuspeito jornal in-glés; aos conceitos postosem circulação pio órgãocentral da espionagem e daguerra fria dos EstadosUnidos. Ou Q.que é o mesm0.aos oonroHos abraçados pe-lo ir.? Ro$ert*V, Campo*». !

Escotaiticismot má-fé

Na verdade, o artigo dosr. RobTto Campos, que o

retraia de'corpn inteiro ro-mo um homem enfeuriadoao modo de pensar escolas-tico, é tambóm eivado dema fé. Deielatse o tr. Rn-herto Campo» niani<r umacompostura d-* economista,mas de cconomittii que n.*»teme reconhecer a verdade, enao misiiir.it Ia conceitos lAodifer-nies como o ProduioNacional Rruio - da rlèn*cia econômica burguesa —e o Produio Social Total —da economia- política mar-xlsln. Kssa distinção é feitaaté m smo por órgãos téc-nlcns da ONU (vcja.se, porexemplo, o relatório econó-mico sôbre n Europa, reln-tivo ao ano de 1053. No ca-mi dc iliiiis economias desen-volvidas, como o sso a so-vlétlca .> a- ,'imeilcaiiH, essadistinção é fundamental elevaria a resultado* suhs-innclnlmcnte diferentes ~-ja náo dizemos dos da CIA,t,...- suo dclib-radam nt.'Inlslficados --. mas até osde outros economistas bur-gueses, qip nfto aceitam *conceltuaçfto marxista dovalor e também, por conse.qüênrla. a divisão dos s*r* •viço* rm produtivos e lm-produtivos, éstes últimos so-mando na coluna de con-sumo e nfto dc produção.

Se nfto pudesse, ou nàosoubesse, fazer tal distinção,uma atitude srria compararos riimos de Incr mento d»produção industrial do* doispaise» — que constitui, emambos, a parcela principal «•básica do Produto SocialTotal. Por que nfto o fêz osr. Campos? Porque assimnfto deteria os números quereproduz. Ao contrArio. «'he-garía á conclusão d-- que aindústria soviética progridea- ritmos muito mais eleva-dos do que a norte-ameri.cana. Isto pod-ria ser peno-so para éle. Mas, seria ho.nento.

P r o c e d 1 m e nlo análogoadotou o sr. Roberto Cam-po* quando tratou do pro-blema da deterioração «lospreços dos produtos prima-rios em contraste com nsdos manufaturado*. Depoisd» muitos circqnlóquios.chega a esta conclusão: '"Mas, nada se ganha dandouma lnterpr'taçflo conspira-tória e Ideológica ao que é

¦ simnlrg fenômeno d« mer-cario", .'..AXirvêsptt-fF dá Conjr*rén. 'cia Mundial de Comércio, o:*r. Roberto Campos não po-deria dar maior rasteira nadelegação brasileira, nemmais prestimósa ajuda aosd'legartos dos países Impe-rialistas.

VK#IA tRiA»tWw»VIIV*.*\ ¦***¦ w*oe otwsjdo

Vlf Mànclt pari prtttrvir • mm|míi«i

O* que lurtlcipnn- A* lm* pei»emancipação eronómlra t o progrftw torial du immm) Pai* nln devem perder devitts, em nenhum momento, .< lmpirUn«te i.iii.|iii«i» que è a lei de rrmrsM ilelucro*, cimii *ii» rètpcctivr) resiiUnient».<Jo, 1'erumtnte, não íoi eu» * primei-ra vil i|*,ie se procurou nu Rriill lixarnormai de ditcipliu* par» o capital e*.fangeiro. Tela primeira vc/, tini, a tm*lativa víiirou: i-i>iii|iii*.t>.u ••¦ a In t, ain.<la i|iu- t|tuM- anu t mei.» depoii, Unibéin>ua reüiilaineiitaçlo. I'.ni poimn pala*vra», <li«i>iV agura o |iovó hrstilelro dnt'niti|M-tenti* iti|iloma legal para conhecera iiiianiii munia o ijpii.il e»tr,ing(lroai|iii evi»lrlile, iinde «-«lá éle aplicado rcm que proporção é, sobretudo, qne par*te do» lucros por éle auferido. p.nic »eriratisferiila lénalmfHtí para o e\iei|,.r.I«>o. que parece pouco, é uma ronqtiit-ta eviraunlinária. Dai a nccrsriiladc ilecstãriiiòii prepaia-tn*. para enfrentar o«Rolpri tir represália que o imperialUniolataliiirnte ilou-cliará contra lio», outraa*, conquistai, já obtida*, ile qm- r exeih.pin a «únlida campanlia eiltregllUta orade>rii.-aile.nU contra a Pctrobrál.

A anula luta dc lia»tulnre< <mc*- *.-desenrolou á mai nem da elaborava.) <lareRulamciitac..°.o da lei ile rmtr»*a -'•em parle c itu aspectos huladoi é conlie.cuia pelo -iianile público. Kiilri-tatilo.aproentini ela lances ilumãtico*. diiran.le nt quais <i\arain se eiri certo, nuuinriito. com gi atuir uiliilr/ as |>05Íç,õcsdos nacioualisias e ilr i|rsaverguiiliailosagenlrs do capital estraiigeiro, f-*lc llie*..mo jornal, às véspera» da assinatura dndecreto de regulamentação, leve oportu-nidade de alertar os patriotas para' aameaça de virtual rrvogaçío da Iri, atra.»es da introdiicJn de dispositivos \i*an-do' tnrná.la mai» "flexível" e mai»"atraente"

para o» capitais esiraiiRçi-ros. Ncssi- sentido, ini notória a alua.Cio do sr. Jorge Scipa. ligado a fjcu-sos interesse*, (.«tràngeiros e. pessoa deampla influencia politira. Manda a .iu«ti-ça qut se ponha agora em relevo a atua-

çao At irVuirn* otViai». como «ir» nmtro», o* iri, Jorge FurUdo, Dingo r,»r.par, Paulo dc Moro, Oualdn (íuuntn. deíigurss tio (íovírno como ot srs. VtMirPiret.e Harri Ribeiro, que aluaram rir.ciüivamcntc no sentido de que a itgula*mentiçln |.eli> menot trsduiisse o r«pl.ritn da lei, to invét de castrá-la tnxer.landn diiposilivot safado».

Particularmente em dois pooto<. •regiilamentaçlo melhorou o Itxto da le!nn tentidn da fidelidade an espirito que* gemii, Reíerim*>nos i controvérsia en.tre ns artigos 28 c JI d* Iri (relativa,mente a prrccnlaRcm máxima sóbre ocapital pcrmissivel para transferencia»),contraste que nn regulamento foi elimi*nado. e. em segundo lugar, à interpreta*r.V. dada ao dispositivo da lei concernen*te à* reme>»a* a titulo de "royalties" tdr prtStaçUo de a*.»i»téncia técnies. paraa» quais foi fixado o leln dc dois porcento cumulativos,

De outro lado, conforme lem tiriofrisado em artigos que publicamos rmnos»» ihia» últimas edições, um rin»quais rio inrslrr Aristóteles Moura, a leir o regulamento rcsteiitent.se rie falhasipic necessitam «er removidas, Xio cabea.|iri especular sobro »e «Ao elas simpleslapsos, ou, se iineiiciniiais, fruto da po-

.liii.a d.- conciliação com o imperialismo,á qual servem em ultima análise.

No momento, o importante é que ra.da nacionalista »r compenetre rie qutir»ta talvez o mai» ilifiril: aplicar a re.gnlaineiilac.io. Tara que a SUMOC se.ja rapa- de ta-é-lo, mi«lcr se torna quee«ieja à «ua frente um técnico favorá.vel à lei — iá que n »r. Hias Carnei-m rsta praticamente afastado de lá —coutando com o pe*«oal e o material ne.cenários. A r.\pcricnria en«ina que n me*Ihnr dos regulamentos pode transformar,se em letra morta.

1'malinenic, é licito prever que osinteresses rontrarlartos nSo lafilario •'ba'rr ás portas do Judiciário. O capitalimperialista nunca tolerou limitações aos.«eus abusos.

Os CamposDos PequenosClubes

A Lei de Remessas de Valores Parao Exterior e o Seu Regulamento (II)Consiaerar-se-á Corre*

ção Monetária do Capi*tal as alterações proce*didas de acordo com alegislação em vigor, novalor monetário do capi*tal social das empresasportadoras de Investi*mento.

Essa é a redação do ar-tigo 7.° do Regulamento daLei n.° 4 131, ae 3 de sétem-

. bro de 1962, que os leitoresconhecem sob a denomina-çao de "Lei de Remessas deLucros". '

Reporta-se o Regulamen-to à legislação em vigor enela vamos encontrar oexaio sentido da expressão"Correção Monetária doCapitai' que significa "cor-rigir o registro contábil dosbens do seu ativo imobiliza-do até o limite das varia-ções resultantes da aplica-ção" ... "de coeficientesdeterminados pelo ConselhoNacional ae Economia...'

Trata-se; então, de corre-ção monetária do capitalap.icado em bens de produ-çao e da conseqüente alte-ração do capital social, como acréscimo da variaçãoobtida.

Tanto a Lei como o Regu-lamento, este fiel àqueia,determinaram que, entre osregistros a serem efetuadosna SUMOC, fossem regis-tradas as correções mone-tárias do capital, (letra "e"do artigo 1.9 do Regulamen-to e leira "d" do artigo 3.°da Lei).

O que nos leva a esere-ver este artigo reside sò-•mente ^a pergunta: QUALA RAZÃO DO REGISTRODA CORREÇÃO MONETÁ-RIA DO CAPITAL, NASUMOC?

Através do artigo 31 doRegulamento fica-se saben-do que "as remessas de lu-cios para o exterior nãopoderão exceder de 10% doInvestimento registrado, naíorma do art. 13 deste de-creto" e o artigo 13 fazmenção às letras "a", "b" e"f".do artigo 1.9, seguintes:"ai — os capitais estran-geiros sob a forma de in-vestimentos;" ."b> — os capitais estran-geiros sob a forma de em-préstimos;"

"fl — os contratos queenvolvam transferências atitulo de "royalties" e paga-mentos por assistência téc-

I. Bentonica. cientifica, adminis-trativa ou semelhantes;"

Vemos que o artigo 31 re-fere-se a lucros e, assim,excluímos, de pronto, a lè-tra "b", pois o rendimentode empréstimos tem a de-nominação de juros que, se-gundo o i 1." do artigo 4.°,"...terá obrigatoriamente asua aplicação, amortizaçãoe remuneração tos juros)reguladas em instrumentopróprio".

Também devemos excluira letra "í", pelas razões ex-postas em artigo anterior.

Resta-nos a letra "a", quese refere aos capitais es-trangclros sob a torna deinvestimentos, definidos noartigo 3." do Regulamentocomo sendo "...o capitalestrangeiro que se integrano capital social e participede forma direta do risco doempreendimento econômi-co'.

Examinadas as três hipó-teses que podem dar origema remessas de rendimeiuos,ícgunro o artigo 31 e, espe-cialmente, a que esta limi-tada a 10% do investimentoregisuacio, neias . nao en-centramos a CORREÇÃOMONKTARIA DO CAPITALe a razão é bem simples.

Quando um CAPITAL in-gressa no Brasil e é invés-tido em bens ou esses bensjá constituem o próprio ca-pitai (bens importados semcobertura . cambial e aquiavaliados)! perde a rela-ção inoeda-estrangeira-cru-zeiro, passando a ser conhe-cido somente na moeda na-cional. E as alterações ha-vidas,' resultantes da infla-çao, que guardam relativaparidade com a moeda es-trangeira, são avaliadasatravés de.cálculos median-te a aplicação de coeficien-tes (baseados na alta dospreços) fixacios pelo Conserlho Nacional de. Economia.Essa alteração tem o nomede variação e é acrescidaao capital em cruzeiros, as-sim:

1958 — CAPITAL ' ES-TRANGEIRO = CAPITALNACIONAL (valor de con-versão).

1963 — o mesmo = CAPI-TAL NACIONAL mais VA-RIAÇAO.

Nota-se que O CAPITALESTRANGEIRO permaneceo mesmo e serve de basepara as remessas de lucros,segundo o artigo 31, citado.No entanto, ao seu valorinicial de conversão acres-cem-se as variações em

cruzeiros, resultantes dacorreção monetária e sãoregistradas na SUMOC.

Que capital será, então, oresultado da correção mo-netárla?

Conforme o artigo 9." doRegulamento são, conside-radas capitais nacionaisaqueles que, embora perten-centes a pessoas físicas oujurídicas domiciliadas, re-sidentes ou com sede no ex-terior, não corresponda aingresso comprovado noPais, de bens ou de recur-sos financeiros ou monetá-rios.

Assim, poderemos situaras correções monetárias co-mo capitais nacionais, per-tencentes a residentes noexterior e sem direito aqualquer remessa.

Dir-se-a. que a correçãomonetária assegura o re-gresso do capital estrangei-ro ao câmbio do dia do re-torno, pois, teoricamente,ela atualiza o valor em cru-zeiros, frente à moeda es-trangeira.

No entanto, o regresso docapitai, dando-se em parce-Ias,. deixara resíduo ou dl-ferença de cambio que vaicarregada a Lucros e Fer-das, diminuindo -os lucro*em cruzeiros e não afetan-do a variação acrescida aocapital. Da-se um processode retorno, sem riscos paraa variação e, assim, termi-nado o retorno, resta umcapital nacional de proprie-dade de estrangeiros, fácil-mente negociável e.de re-messa garantida atravésdos mercados de câmbiomanual ou paralelo.

Respondemos à perguntaantes formulada: O RE-GISTRO DA CORREÇÃOMONETÁRIA, NA SUMOC,assegura Vantagem adlcio-nal ao capital estrangeiro,fora totalmente do espiritoe letra do artigo 31 do Re-gulamento, que correspon-de, em número, ao artigo 31da Lei.

E' uma decorrência dascontradições existentes naLei e que o Regulamentonào soube esclarecer, conve-nientemente, uma vez que,para tanto, deveria impedirque qualquer diferença decâmbio no retorno de invés-tnnentos diretos fosse atri-huivel à conta de Lucros ePerdas e sim, somente, àconta de capHál em cruzei-ros, sendo a moeda estran-geira a variável. Seria re-tornado o que. de moedaestrangira, fosse possívelcomprar com o capital es-trar.geiro registrado mais acorreção monetária.

¦&'S

Encontra-*e «m trami*tação na Assembléia L».KtsUtiv» p r o j r t n «ueapresentei i* que lonioti onumero 7lu. de 1%.'. f.vse projeto cria praças ilef-|N.rtc na Guanaliára,destinadas ao u«o dos «lu-be.* amadores, e*rola\ tnutras entidades popularesqge se .dediquem á práti-ca dos esportes rm jurai.Trata o projeto da drsa.propriaçio das área- Heterreno que se fizerem ne-cessárias à instalação, nnininiiiio, dr um campo dcfutebol com arijuibauca.das laterais, vestiários ebanheiros. Determina oprojeto a criação, pelogoverno estadual, de um(impo de trabalho ruçar-regado de escolher, emligação com as entidadesacima mencionadas, locaisapropriados c áreas a se-rem de.-apropriadas paraa Construção dc praças deesporte. A rcRiilámcnta*Cão do uso déssrs camposserá, também, feita pelogoverno, em combinaçãocom as associações o mi-trás entidadas interessa-das.

Visa o projeln a impe-dir a completa extinçãodas praças dr esporte uli-lixadas tradicionalmentepor milhares dr clulicsaniadoristasi Os terrenosocupados por é>se. cam-pos de futebol ví-m sendosistematicamente i n madospor organuaçôe* que ex-pioram atividades itnnbi.íiárias.

De há muito, as prnue-nas associações esportivas

Jtáo MissMa Mtlelutam eom dificuldadescrescentes. As companhias-reali-adnras dr loteamen-tos, usando todos ns meiosi seu alcance, inclusive,em alguns casos, meiosilícitos, ocupam os terre-no> onde •*• situam praçasrle esportes, transi, irmaiudoa* «ri áreas de cons-truçá". .-. idéia contida noProjeto 710. ua realida-de é antiga. Tem consti-ttiido, há tempos, assuntode campanhas eleitorais.Muitos candidatos cn.tu-ui.im prometer aos eleito-res. entre outras coisas,campos, de esporte. Meu(.rojei.i visa a transfor-mar t.-iis promessas emrealidade.

Sóbre o assunto, acalmde receber ofício em que.uma entidade do tipo deque trata meti projeto, oEsporte Clube Unidos dcAnebieta, comunica haver,sido aprovado em assem.Meia associativa um votodr congratulações e deloiivur. em vista da apre-sriitaçán. ,po r mim. doProjeto 71(1. Rcfcre-sc ooficio á pressão qne a So-ciedade está sofrendo, porparte do Ranço Proletáriol.ar Brasileiro, que .já •»•<-tiiifitiiu dois campos defutebol c cpie interditou odo Ksportc Clube Unidosde Anchicta.

A ganância e o poderinsidioso de companhia-,hacos e simples arapucasexploradores de especula-côcs imobiliárias exerceinfluência perniciosa, quese manifesta por várias

turmas e t-tn vários as-prelos da vida carioca.São essas orgshiiaçfiesresponsáveis, inclusive, pe-Ia ilefoimução urbanísticad.. Rio. Construir ao má-ximo, aproveitar ao má-ximo a especulação emáreas couquistáveis, é alei suprema dos explora*dores da atividade de in.ve«t«nentos em cimstn»i;ões de imóveis. Essas en-tidádes, que deformaramüibanisticamentr a Aveni*da Atlântica c a AvenidaRio Rranro (éstes sãoapenas dois exemplos en.ire milhares'), privam ospequenos clubes de seuscampos de esporte. riSpa.Ihain seus tentáculos depolvo |«or toda parte, embusca de lucro fácil, obti-do com as. economias deterceiros.

Meu projeto.poderá sal-var os campos de futeboldas

'pequenas associaçõesde completa extinção.Contudo, o Projeto 710,submetido a decisões de.comissões e do plenárioda Assembléia I.egislati.va,' para ser- aprovadoprecisa do apoio das eu.tidades interessadas. Talapoio (xide se manifestaratravés de pri-níiilciainen*tos feitos junto á Cama*ra, onde por sinal exer.rem mandato muitas pes.soas que em campanhaseleitorais prometeram tra-balhar em defesa da cria*ção de praças dr esportesdestinadas aos clubesamadoristas.

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RA 0E RUMO paulo moita limo

Subiu o preço da venda avulsa dosjornais mas não melhorou a qualidadede sua principal

'mercadoria, a • noti-cia. A propósito da prisão dc dois fu-gitivos da Penitenciária Lemos Brito,um vespertino afirmou, que restam fo-ragidos sessenta e Ires, enquanto unimatutino publicou que somente nina ain*da não foram recapturados,

Mais avariada aprcseiita.se a mer-cadoria dos jornais em que o subjetivis-mo entra como matéria prima. Vamosa um exemplo. O ministro da Justiçarecebeu a visita dos presidentes das as-sociações de Mihotjciais c sargentos doExército, da Marinha, Ua Aeronáutica,dos músicos militares e do Corpo de.Bombeiros. 1'oram agradecer obséquiosprestados pelo sr. Abelardo Jurema. Aoniesiiio teiopo asseguraram que suas as.sociações continuavam inteiramente vol-tadas para a deiesa da ordem e da.- ins.titiiiçócs. O ambiente era dc cordial!*dade e o sr. Jurema combinou com osvisitantes a execução dc uni programade tocatas em praça pública, pelas ban.das já integradas nos quadros federais,

Enquanto isso, nas contraditóriaspáginas dos jornais, vimos o ministroda Marinha a excomungar, sem músi-ca, a Associação dc Marinheiros e Fu.zileiros Navais. Segundo o ministro,'agitadores contumazes, aproveitando-seda inexperiência e da pouca idade" dosassociados, estariam "procurando levar adiscórdia ao seio da Marinha". Mera-

mente interpretativa, á nota do atmir.-n-te Silvio Mota nos deixa sem saber oque sc entende por promoção dr iii*,.-r.dia ou agitação contumaz; Também nãoconvence o argumento dc que os com-ponentes da Associação, excessivamentejovens, não tém experiência. A idade,dos marinheiros e fuzileiros é previstanos regulamentos.

fv dc supor que os marinheiros é fu-zili-in.s, homens feitos, não -.¦ deixe-.-levar pelas Opiniões de terceiro-. Na úl-lima guerra, cm missões perigosas, li.dando com material precário, éle. mus.trarant que náo eram crianças nem inex-perielltes,

Inexperiente, sem ser criança, éum Htfdk, e um Pena Botto. Heck eseus colegas das pastas da Guerra e daAeronáutica demonstraram insensatez epéssima orientação política no golpe .le1961, tentando impedir a posse do pre-sidente Goulart c revelando, por fim,que não contavam com a tropa. A ín*sensatez de Pena Botto, caricatural,atinge o ridículo. :E contra Heck e Pe-na Botto os regulamentos e leis sáo apli-cados com mão de seda. Não vaie, por-tanto, tralar com mão de ferro os ma.rinbeiros e fuzileiros, que reclamam com-preensão e justiça por parte da socieda.de cm que todos vivemos e na qual de-vemos ser tottos iguais, perante a lei.

Há coisas que. hoje até as verda-deiras crianças percebem e que de.e-riam ser compreendidas também pelosadultos.

Rio de Janeiro, 7 a 13 de fevereiro de 1963 nr 3

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IISTUM TERMOEUTRICO

o ontrocientifico-Técnico d •EletrônicaMédica daDre*de iRe- Ipública De-mocrátlc»Aluna i cnn«-trulu um no-vo i n s t r u-mento dratl-nado à clrur-Kl a. Comajuda do nó-

wi "blsturi termoelétrlco", o clrurglio estaráem condtçôfí de praticar operações sem queo pacienta perca grandes quantidades desangue. O blsturi fa/. aa incisóeg sob a açàodo calor e obstrui ao mesmo tempo os vasossangüíneos, através da coagulação do «an-gue.

GIGANTE PARA CAVAR

Na fabrica de maquinaria pesada dosUrais, esta sendo construída uma nova es-cavadora, de dimensões colossais. Seu pro-jeto foi elaborado por um grupo de dese-nhiitas, dirigidos por Borls Satovakt, lau-reado eom o Prêmio do Estado. A nova es-ravadora levará equipamentos desmonta-vels: caçambas de 50 e 80 metros- cúbicose. torres dt 100 e 125 metros. Os projetistascalcularam que a máquina poderá extrair23 milhões de metros cúbicos de terra, oque significa, carregando-se em vagões essaquantidade de terra, a formação dc doiscomboios paralelos com um comprimentoigual à distância de Moscou a Nova Iorque.

AUMENTA A RENDA

Em IMS. a renda real da populaçãohúngara experimentou um aumento dc 5a 6 por cento. Uma parte dè.«sp aumentose exprime sob a forma de ric vação dos sa-lários e outra parte se realiza através dos"fatores indiretos": diminuição dc preçosrie uma série de produtos, extensão das ból-sas de estudo, redução da jornada dc tra-balho em vários setores da economia, cria-çàrt de 6 mil novos jardins de infância e 20mil creches escolares, etc.

Para este ano, prevê-se um aumento de7% da produção industrial e um incre-mento de crêea de 5% no consumo de gê-neros pela população. Serão concedidos nn-vos aumentos dc salários aos trabalhadoresdas ferrovias, do.s correios p diversos gru-pos dos servidores do Estado.

O DOBRO DE ENERGIA

A Rumánia produziu em 1983 quaneduas veies mais energia elétrica que em1959, ano que antecedeu ao Inicio do novoPlano Bexenal. Esse aumento se deve aofato de terem sido alcançados os objetivosenergéticos mais importantes: a centraltérmica de Ludus, as primeiras centrais hi-drelétrleos sobre a Bistritza, a duplicaçãoda produçlo de energia elétrica da centraltérmica de Brazl. Foi também construídaunia rêdt de linhas de transporte de ener-(ia elétrica. Somente em 1903, foram Insta-ladOa 043 quilômetros de linhas de 110 e320 KW. Em 1904, novos grupos de 150 MW.eerào postos em funcionamento na centraltérmica de Paroseni, e entrará em açio amoderna central de Cralova. começará aproduzir a de Pitestl, assim como outras sò-bre o rio Bistritza.

MAQUINAS NO CAMPO

A agricultura da República Popular daBulgária receberá, neste ano, 65 mil novasmáquinas, fabricadas no pais ou importa-das. Da União Soviética e dos demais pai-ses socialistas serão Importadas 14 mil má-quinas: tratores, semeadoras, máquinascombinadas para cereais, segadoras paraMno, etc. Para atender as necessidades es-peclalmente das granjas de ;ado, serão im-portadas mais de 1840 instalações, equipa-mentos e máquinas,

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Lázaro Pena: Povo Cubano QuerPaz Para Edificar o Socialismo

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Esteve em nossa redação o dirigente sin-dical cubano Lázaro Pefta, secretario-geralda Confederação dos Trabalhadores Cubanos(CTC) e membro da direção do Partido Uni-ficado da Revolução Socialista (PURS), queveio ao Brasil chefiando a delegação cubanaao Congresso de Unidade dos Trabalhadoresda América Latina (CUTAL).

Na oportunidade, concedeu-nos a seguinteentrevista:

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O CUTALO Congtcsso foi um gran-

d.- sucesso, declarou inicial-mciiic. "Us representantespr. sentes, ue quase todos ospaíses I a 11 n o.amci leu nos,coincidiram *m que as lu-tas pelas reivindicaçõesoperárias, democráticas onacionais «stao cresccnr.ona America Latina, i.ui.unos sindicatos, lutam os «'Stu-danie» nas univcrsiiiaues,luum as mulh res t os 1o.vens; luia io<ia'a massa «iopovo. A discussão e os pon-los de vista de todos oi de-legado» coincidiram na esti-maiiva dr que, em tais ton-dlçõcs, oi trabalnadures eos sindicatos u-m dj kusipii-lar com vigor a luta unidapeu* su»s reivindicaçõeseconômicas',"Tém <i« sustentar iam-bém — acentuou o litier sm-dlcal cubano — a.s r: ivindi.ca<,ôei gerais do povo, por-que é i-iaro oue quanto maisa classi operária se colo-i|Ue á frente delas, mais •;»-i.u.io garantida» r s rá maisprolunda sua conquista".UNiDADE

Km vez dp fundar umaCentral Sindical Latino-Americana, 4) Congresso re-solvcu transformar-se «mCongresso Permanente errlar um Conselho com umSecretariado que deverá lm-pulsiòriar as atividades doCongresso <t promover auniuade dos trabalhadoresamericanos, de acordo como programa estabelecido.

A respeito, disse LázaroPena: "Essa det rminaçâo—¦ a de não criar a Centralimediatamente — em nossaopinião é jufiii, i correta.Quanto á idéia da CentralSindical Latino.Americana,qiic os trabalhadores qu -rem e de que "s nòssog po-vos precisam, deve ser con-cretizada com a participa-ção do» repres'ntanle-, domovimento sindical argenil-no, peruano e principalm-n-le o movimento sindical bra-sileiro, cujo* dirigentes —daCNTI — prestaram umagrande animação ao Con-gresso. demonstraram entu-siasmo p vontade p Ia cau-sa da unidade sindical inter-nacional na América Latina.Mas. dp imediato, não é pos-sivel dar o passo de Íntegra-ção de uma Central Sindical,porque é uma questão a serdecidida pelo conjunto domovimento sindical dessespaises".

Referiu-se a seguir ã boaacolhid* que lhe prestaramem Brasília os op rários emconstrução, que são a maio-ria ali, e às facilidades pro-porcionadas pelas autorida-des locais para a realização

ÁTOMOS PACÍFICOS

Com auxl-lio das ra-diaçòes atô-miras foramobtidas naUnião Sovié-tica novasvariedadesvegetais, emexperíéne 1 a srecentementereal 1 z a d a s..Vários tiposde trigo in-vernais e pri-maverLs po-derão rendertrinta porcento maisque as varie-dades co-muns. Poramobtidas tam-bém acen-

tuadaa melhoras no milho, cevada e toma-tes, que acusaram um amadurecimento rá-pldo, produzindo cerca de 25% a mais. ajpesquisas dos cientistas soviéticos demons-traram que a irradiação dos raios "gama"possuem efeito permanente, o conteúdo devitamina "C", aumento de pelo menos 50%.Também foi assinalado um grande aumen-to de vitaminas nas batatas, depois das ir-radiações.

CORÉIA SE ELETRIFICA

A Usina de aparelho» elétricos de Pion-giang (República Popular da Coréia i con-tribui para a automatização das empresasIndustriais e a eletrificação das estradas-de-ferro. produzindo diversos tipos de ma-terial eletrotécnico, aparelhos de medição,eletrômetros, computadores a mercúrio, mo-tores, etc. Atualmente, tem ela uma impor-tinte missão: fornecer à população men-Jtflios elétricos domésticos. Neste ano. ausina produzirá dezenas de variedades dês-ses aparelhas, tais como 8 000 máquinas delavar, 50 mil ventiladores. 20 mil ferros deengomar, e milhares de geladeiras, marmi-tas térmicas, relógios, etc.

Ho Congresso, objeto d» gra-ndfto expressa do» dMega*do* mi governo federal.

A Economia Cubano"A situação econômica

cubana esta melhorando",declarou Lázaro Pefta.'.'Melhora porque dentrodo pais cresc-m a.s conquis-tis oo governo, oot traba-lhadores e dc todo o povopara atiro ntar a produçãoe a produtividade do traba-lho, para uma melhor <>rga-nizaçuo de tudo o que se re-laclona com -Isso; e graçastambém ao rspirito geral deluta que exisi • na popula-çáo e na direção revoiucio-nária para esse objetivo".

Por outro lado, o bloqueioimpc.ialisia eslá.se desla-i. ndo cada v z mais. "Quan-ou sai do pais. havia porexemplo um acordo com aKspanha pelo qual nos ven-dera barcos de pesca, ónl-bus • outras coisas mais;já no Na*a| passado haviano mercado cubano umagi*andc quantidade dp pro-iiittns espanhóis. O governonort! - americano tudo }'êzpara Impedir essas nego-rincões, mas fracassou. Aperspectiva é de que essecomércio se amplie".

Lázaro P Aa lembrou ain-da o acordo recentementeconcluído eom a Inglaterrapara a aquisição de ônibus,acordo este que mais uma-vez o governo norte-ame ri-cano procurou Inutilmenteembargar. Com o Uruguai,íéz-se um acordo de vendade açúcar e aquisição ilecarne seca. "t. do Interessedo» países capitalistas nego-ciar com Cuba-, <> a disposi-ção neste sentido aumentaapesar da resistência e dapressão do governo norte-americano",

A ProduçãoAçucareira

Aduziu o dirigente sindi-cal cubano que o. pr:ço doaçúcar subiu no mercadomundial, ao mesmo tempoem que se assegura o erp«-pimento da- produção açuca-reira em seu pais. "Êsl? ano• - disse —" a safra será. semdúvida, maior do que a an-terior. e tudo se dispõe paraassegurar que a safra dospróximos anos ultrapassea produção atual."Os acordos comerciaisque se concretizam àbase da venda de açúcar porvários anos a preço fixo, eas perspectiva» que ofer ceo mercado mundial dãouma base justificada parapensar que a situação eco-nômica de Cuba melhorabastante".

A Clatio Oporáriana Rovolucâa

Qual a participação naclasse op rari.i na direçãoda Oiha e como se mani-lesta essa participação?"A participação da classeoperária se expressa funda-mcntalmenu no conteúdo dapolítica e no caráter de cias-se do Partido Unificado daRevolução Socialista; isto é,é um governo do poder ope.rárlo. O PURS fortalece-secada vez mais sob a dir -ção de Fidel Castro, e suabase adquire mais consciên-cia de seus devores paracom a revolução socialista"."No que diz respeito aossindicato» — acresentou - ,não têm uma função par-llcular, especifica, na inte-gração dos órgãos de dire-çáo do governo, a não ser asippres nlações dos sindica-tos nos conselhos de adml.nistração das empresas, nadeterminação dos planos deprodução, na discussão comespirito de critica e auto-cínica nas assembléias deprodução /> em todos os õr-gáos e nvio» em que »p dc-senvolve a emulação sócia-lista",

O dirigente sindical rieCuba ressaltou o trabalhovoluntário dos op ràrios ur-ba-nos no porte da cana, as-sim pomo a preocupaçãocrescente que existe nos sin-dieato* pelo aumento «Iaprodutividade, pela dlsclplt.na e p-la economia de ma-téria-prinia no trabalho.

Infiltração do CIAEm Cuba, a vontade n>

luta é unânime. A força dacontra-revolução, inte rior-mente, é mais débil do quenunca, desde o triunfo <l«revolução. K, do ponto dlvista «xterno, é claro quenão cessa a preparação dec o n t r a-revolué. nário» emalguns paises da AméricaLatina: Nicarágua, Guate-mala, etc.

E, acrescen t ou:, "Á CIA(Agência Central de Inteli-gência) continua infiltrandoag*nte» contra-revoluelonà-rios, sabotadores, etc. emCuba, aproveitando-se dosquilômetros de costa que te-mos. Muitos desses agentessáo descob rios e lhes sáoaplicadas a.s lei» revolucio-nárias"."Mars o povo cubano estáatento a essas atividades;e tem plena fé na vitória,ainda mais porque se s<mt-fortalecido pela solidarieda-de internacional recebidado» traba-lhadores e dos pai-ses irmãos da América La.tina e do» dfmais paises domundo; em particular e de-cisivamente dos povos so-

CUIDADO COM AS «INFORMAÇÕES^o sr. Vitor Rego, comen-

t a r i s t a internacional de"última Hora" de São Pau-In, gosta de exibir aeu ecle-tismo "esquerdista". Êsse éum direito que ninguém lhepode negar, ainda quando

Isso possa eventualmentelevar confusão a certos lei-tores menos prevenidos.Mas, o que nenhum jorna-lista sério tem o direito defazer especialmente quandose pretende "esquerdista

'¦vmmm-wm^*^' ^osmagBV. Kf in i!yrf:-*^.'jt'": ''^^S^S^^mmmmmmmW:M.^a^^

PASSEEI;,«Rotçw£:||Pí

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. pela tàmltíbSi-.à T«èrtt: . .ipèríia d^íctób''^í*ffej^<?f-ICfiisiíia. ò» Tj^m/fHçiíflr"'*.* ¦>kfàptjtifi<e Iwiót. çtó:íéçt*-«í-ripi^ d* n-ator Ixita no

No Mundo da Lua

puro", é encompar falsida-des distribuídas pelas agèn-cias noticiosas lmperialis-tas, para dai tirar conciu-soes.

E foi precisamente isso oque féz o sr. Vítor Rego émseu comentário de 17 ue ja-neiro. Para edificação doleitor vamos transcrevertodo o primeiro tópico des-sa matéria. Ali diz éle."Ontem, escrevíamos nes-tas colunas que a fibra dopovo espanhol e a seduçãoque a» "Iguarias'' chinesasiaot exercendo em pondera-vel ala do Partido Comunis-ta Espanhol eram a nuvemno horizonte de Franco. Umtelegrama da France Pressproveniente de Madri e pu-bllcado na Imprensa pau-lista veio confirmar, 24 ho-ras depois, nossa opinião.O "Mundo Obrem", órgãoda Comissão Política do PCpublica um editorial emque é acolhida a tese de queMoscou, e náo Pequim, divi-de o comunismo internado-nal, que as conversações

cialista», primordialmente daUnião Soviética".A Ajuda Soviética

liizaru Poha declarou sera ajuda da União Soviéticaao seu pais realin.nt.- Illmi-(¦ida, o qualificou-a comu"um exemplo vivo e verda-deiramente «moclonanie aalealdane do internacionalls-mo proletário e da amizadepa.a com o nosso povo so-cialista". "As relações entreCuba <¦ a União Soviéticademonstram - - conformedisso Fidel Castro — comosão as relações entre doispaises guiados pflás idéiasdo ir.arxismo.lcninismo".SolidariedadeArgelina

Argélia foi o primeiropais a manifestar s u inte-gr.al apoio a Cuba, pur oca-siáo <la denúncia vonezuela-na contra este pais. Indaga-mus de Lázaro Pefta o» mo-tlvos d? relações tão ír.rtcr-nais entre o seu pais e aArgélia."A visita dc Ben Belia aCuba e o estabelecimentodas relaçò.» entre o nossopais o a Argélia, assim co-mo a popularização de cadauma de nossas revoluções nooutro pai.s. aproximarammuito os nossos povos".

Ademais, as relações en*tre outro» povos africanos eCuba também se íòrtaUce.Kssa amizade crescente, eucreio que tem por base osantecedentes daqueles povosque, como o nosso, se liber-tam do domínio do imprialis-mo ampliando o caminho dasuperação de seu atraso eco-nômico dentro de dificulda-de» similares às que «nton-t ramos". ,Porque o«Castro-Comunismo»

Quanto As provocações im-perialistas a propósito dosmovimentos patrióticos naV nezuela e. mais recente-mente, no Panamá e emZanzlbar — em que os rea.donários de todo o mundoquerem sempre descobrir od: do de Cuba — declarouLá/aro Pefta:"Seja onde fôr que *c Je-va-nie a bandeira da inde-pendência nacional, da Juiacontra o saque do.s monopó-lios imperialistas, o governonorte-am-ricano e os reacio-

.nários de dentro desses pai-ses acusam os patriotas de"ca st ro-comu nismo''.

Recordando que já FidelCastro denunciara ser essaacusação um empenho defazer crer que em Cuba ogoverno e o povo sfto duascoisas diferenfs. Lázaroprecisou náo ser o raso de ogoverno cubano ter dito quenão exporta a revolução, e

hispano-soviéticas refor-çam o regime franqulsta eque, principalmente, o Co-mltê Central do PC foi res-ponsável pelo malogro par-ciai das greves asturlanasdo verào passado. Esta úl-tinta acusação é multo gra-ve. Vem ao encontro de de-núnclas , até agora veladas,de muitos militantes ex-perlmentados. Voltaremos,posteriormente , ao assun-to."

Ora, essa edlçào de "Mun-do Obrero", a que se refereo comentarista internado-nal Vítor Rego, náo passade uma grosseira falsifica-çáo da própria polícia deFranco. Nem isso constituinovidade ali. Quando o PCespanhol lançou a palavrade ordem de luta pela re-conciliação nacional, a rea-ção franqulsta, desesperadapela profundidade de pene-tração dessa orientação,elaborou também um nú-mero falso de "Mundo Obre-ro" para lançar confusãonas fileiras operárias. Em

!«> ria ^rtWaeo mQfíobtísü'Itòfid ¦ira» ¦ife<f»iKplo»fíwr..

INDOLOR E INCRUEN TÒ ..

á4m

Durante dias, a "grandeImprensa'' abriu enormes

.manchei cs para anunciarque os EUA conquistaram a"superioridade" sobre os so-viéticos ao mandarem à Luao "Ranger VI". Fazendo umtrocadilho, de puro saborianqtie, disse o 'Diário deNoticias", edição do dia 2:"Ranger VI Está no Mundoda Lua Vencendo a URSS"A alegria durou pouco: jáno dia 3, as mesmos jornaisviam-se obrigado» a publi-

car os telegramas de NovaIorque dizendo que o "Ran-ger" apenas caiu na Lua,nio 'andando fotografiaspara a Terra. Quer dizer:a "superioridade" se redu-zlu a terem os EUA conse-guido fazer hoje o que ossoviéticos fizeram já hácinco anos: mandar um fo-guete à Lua...

Como se vè, não é só oRanger que está no mundoda Lua. E' também, com élea "imprensa sadia".

Mais um golpe de Estadono Vietnã do Sul. Destitui-do o Comitê Militar do ge-neral Duong Van Minh —e instaurado o poder de umConselho Militar Revolucio-nário, presidido pelo gene-ral Nguyen Khanh.

Motivo: necessidade decombater o comunismo. Se-gunda-íeira atrasada — 27de janeiro — o secretáriode Defesa dos Estados Uni-dos, Robert MacNamara, re-latou a situação do Vietnãdo 3ul ao Congresso e de-clarou que os comunistasandavam progredindo mui-to, ao mesmo tempo que ogoverno que depusera Dieme madame Nhu manifesta-va-se incapaz de opor-se

com eficácia ao avanço doscomunistas.

Isso, segunda-feira. Vema quinta — e cal o govér-no acusado de incompetên-cia em matéria de antlco-munlsmo. E sobe ao. poderum comitê novo, que sepropõe o objetivo de mos-trar competência em mate-ria de anticomunismo.

Mas a questão perde aaparência de simplicidadecom uma outra revelaçãofeita pelo general NguyenKhanh: o governo depostomostrava tender a uma po-sição de neutralidade, e aiandou o dedo do general DeG a u 11 e, patrocinador daidéia de que o Vietnã do

sim nV que sabemos todoaqu ¦ a revolução não te tx-porta."O» Imperjallsln» p ««!••.«¦inn.irios de lôda a laiafecham os olhos ante o fa-to dc qup ii culpa 6 dele»iiifMiio.» p procuram lança-)« comi,i o "caÉiro-comunií-mo". Mas é claro qu? istonão muda nada".

O Tratado de MoscouA imprensa macionuiin.

no brasil (tproveita o mi»at: o governo cubano nuo terii.otn.iiio o i raiado de Mus-cou, ue proibição parcial tiascxp.i lendas nucleares, par»apontar Cuba como desejo-su d uma guerra atômica."A posição de Cuba a estarespeito- - diz Lázaro - - «oiexposta por Fidel em seudiscurso o.- comemuraçuo du.'>." aniversário da rtevuliiçáo,e lambem p Ia representa-çáo cubana na ONU e peioseditorial» dc nossa impren-sa. Cuba achou e acha quao Trataüo dc Moscou v posl-tivo. Se não o firmamos, ésomente pelo qu • diz respei-to As reiaçôes diretas entreCuba e os EUA".

K continuou; "Sobram ra-zôe.s para orientarmos nos-sas relações com os KUAsóbr u liase de um tratoabsolutamente igual. O» go-vernantes norte-americanostratam de dar a impressãoa seu povo e ao povo cuba-no de que eles pod m Inclu.sive caminhar no sentido dapa/ no terreno internacionale. ao mesmo tempo, mantersua política de provocação,d - bloqueio, dc Infiltraçãodp c o n t r a-revolucionários,etc. contra Cuba. Em taiscondições, a assinatura dogoverno cubano ao lado dado norte-americano numtratado como êsse, que pro-jela um caminho para apaz, é inconcebível para onosso povo","Por estas razoes — com-pr'endldas aliás não só pe-lo nosso povo como tambémpálòg povos dos palies ao-cialista» — é que Cuba nãoassinou o Tratado de Mos-cou. O governo cubano nãoteria feito nenhum reparoem assiná.ln, se nflo fosseessa particularidade dir'ta-das relaçõp» entre Cuba eos EUA"."Cuba nflo está pela guer-ra. Cuba está pela P"*- P°rocasião do 5.» aniversário daR voliição, Fidel reiterou avontade de Cuba de normali-zar a» relações com os EUA.O que acontece é que Issonão depende de Cuba sôm' n-te; depende também do go-vêrno dos EUA". - • . t ,ã,fiAgradecimentoao Povo Brasileiro

Finalizando sua entrevis-Ia, o lider Lázaro Tefta su-blinliou particularmente a

¦gratidão <ip seu povo peiasolidariedade do.s trabalha-dores e do povo brasileirosà Revolução cubana. "O po.vo cubano reconhece agra-decido o fato de que o go.vêrno do Brasil, no interés-se da soberania de stu pí'ó-prio pais e no interesse deseu próprio povo, não sp so-mou a dptermlnada» pr s-soes e agrrssftps contra <>governo cubano, exigidaspelo governo norte-amerl-cano".

todo o movimento revolu-cionário e.-sas coisa» sáo co-nhecidas e aqui mesmo noBrasil temos a experiênciado número falsificado de"Voz Operária", editado pe-Ia reação de Pernambucoem 1958 com uma falsa pro-clamaçâo de Luiz CarlosPrestes a favor da cândida-tura de Osvaldo Cordeirode Farias ao governo da-quele Estado, precisameritequando os comunistasapoiavam Cid Sampaio.

Que a reação se valha detais métodos para confun-dir os trabalhadores, os re-voluclonárlos, está certo.Mas que elementos preten-samente "de esquerda"queiram apoiar-se neles pa-ra justificar seus própriosponto de vista é duplamen-te lamentável. Lamentávelporque revela leviandade docomentarista. E lamentávelporque deixa claro que suasopiniões se coadunam per-feilamente com as dos queeditam números falsos dejornais revolucionários.

Sul deve adotar essa posl-ção.

Há um conflito entre apolítica exterior da Françae a do Departamento de Es-tado a respeito do proble-ma Vietnã. De Gaulle vira-se de novo para a Ásia econtraria, assim, o Depar-tamento de Estado.

Do golpe de Estado dequinta-feira no Vietnã doSul as agências de notíciasestrangeiras destacam umaparticularidade (saúda-da por Cabot Lodge) curto-sa: "o golpe de Estado nãoprovocou derramamento desangue, como aconteceu a1.° de novembro último".

E' um consolo: golpe deEstado indolor e incruento...

TUTTI IUONA GINTfSaiaur, em entrevista lojoriiil "Dwt-

che Nationalicltung und Soldatenielluni",da Alemanha ocidental, moitrou*M traioao «polo que vem recebendo do governode Bonn pela politlea colonialista de Por-tuial, Teceu louvores também ao acordomilitar firmado entre o* dois palies, • eu-ptessou a esperança de que a imprensa a»Alemanha ocidental valorizara com lujtes»"nosso posição morul. a qual, ademais, coi-rejponde aos interesses europeus". Oditador português acrescentou que a Ale-manha de Bonn é o pais que lhe pres'.amaior ajuda, seguida da Eupanha e da Fran-ça. Aproveitando a oportunidade, a múmiade Lisboa dirigiu ataquei furiosos * ONU,

Íicla condenação dé-se organismo a sua po-

ítlea na "província de ultramar". Dt pa-rabens, portanto, o mundo livre. yHERANÇA MALDITA

Está sendojulgado, noiEstados Uni*dos iem Ja-cksom o in-dlvlduo By-ron Beck-wlth. acusa-do do assas-sinlo do lídernegro Meg-dar Everi,em 1061.Como foianunciado naépoca, Iveri,

que era se*crctárlo da Associação Nacional para o Pro-gre-so dos Homens de Côr. recebeu um tiropelas costas, quando regressava a sua res.l-dênda. O lamentável da noticia não é pro-prlamentc o fato de que o jurl é compostode onze homens branco», nem que o assai-sino seja casado com uma mulher loura.O nnls relevante é o fato dp o filho deByron ter declarado ao correspondente daAP ser racista, tendo o Jornalista apuradoque se trata também de um "play-bojr" daOrcenwood. t a bela herança que o anas-sino vai deixar ao filho: o ódio à raça negra,

ANJOS DO CONGOMoisés Tchombe, um dos assassinos do

lider congolês Patrlce Lumumba, residehoje em Madri, gastando os milhões quesurrupiou ao povo do Congo. Agora, resol-veu falar sóbre o crime hediondo. I aeuiaos atuais dirigentes congoleses. afirmandoque, em agosto de 1960 (um més depois daIndependência do Congo l, a eliminação deLumumba já era discutida. E o govêmo bel-ga — quem o diz é o próprio Tchombe —deu aos- antllumumblstas uma "primeira tImportante soma". Acrescenta êle que o go-vêrno de Bruxelas não queria a ellmlnaçai»física, mas apenas uma ação de propaçan-da. São todo» uas anjos:. Tchombe, Ka»a-vubu, os Integrantes do governo oel|«-- At*que os congoleses lhes queimem ai asas.

UM PIEDOSO NAZISTAEm Frank-

furt está sen-do J u i ga doum outroinocente: oe x-enfermei.to daa tro.

Sas nazistas,

oséf, Klehv,que aplicavaInjeções daácido fênlcon o coraçãodos prlsionel-ros. O coita-do dis quefêz isso por-que recebeuordens, poisera um ho-mem bom. O

piedoso enfermeiro (que hoje é carpinteira),afirmou que, duas vezes por semana, faziaaquelas aplicações em grupos de 12 a quin-ze prisioneiros. Quando o juiz comentouque éle teria matado uns 200, Josef retru-cou, nào .sem esconder certa vaidade pelorecorde: "não ... 250 a 300", aduzindo queo fi»ra para cumprir ordens. O carrascoexercia suas caridosas atividades no cam-po de concentração de Auschwitz. E é co-lega de alguns dos atuais dirigentes da Ale-manha ocidental.GOZADORES DE MIAMI

Cinco "organizações de exilados cuba-nos" — das centenas que existem à catados dólares da CIa — resolveram fundir-se, constituindo o que chamaram de "J.untaRevolucionária". Dizem as noticias que a"nova" entidade deixou de lado o "Con-selho Revolucionário Cubano",! chefiado porCardona e Varona. Todas as unidades queagora "se fundiram" ostentam modesta-mente nomes revolucionários. Uma delasfoi treinada em Fort Jackson, juntamentecom forças do Exército norte-americano. Ocompromisso do Conselho é o seguinte: "esteano estaremos lutando em Cuba". Há cincoanos esses gozadores repetem a mesma coi-sa. Agora, para facilitar a entrada pelo ca-no, tratam de fundir-se.

JAPÃO DIZ «GO HOME»Quase um milhão de japoneses partici-

param das manifestações realizadas nas vi-zinhanças de mais de 40 bases norte-ame-ricanas em t.,-Ao o país. A principal mani-festação deu-se junto a Yokoda, a maiorbase aérea ianque no Japão. Foram 120 milpessoas, portando faixas e cartazes, quaaprovaram uma resolução comprometendo-se a lutar contra as bases atômicas e pelaexpulsão das tropas norte-americanas doJapão e de toda a Ásia. Depois da concen-tração, os manifestantes dividiram-se emtrês grupos, cercando a base e bradando"Fora os ianques". Estes, aterrorizados, íe-charam as portas da base e hão se atreve-ram a aparecer. Também em Itatshue, outraimportante base, setenta mil patriotas ja-poneses cercaram as instalações ianquesdurante três horas e mela. £ porlsso queNixon está desesperado: "perdemos Cuba,Zanzlbar"... e estamos perdendo o Pana»má, o Japão, etc,

UM FOGUETE LUSOAlves Pinheiro nos manda noticias de

Portugal. Três jovens do Porto resolveramlançar "um íoguetão de dois andares", quesubiu rapidamente, dirigiu-se para o mar,dlvldlu-se em dois, caindo no Oceano, "tudocomo havia sido previsto". Acrescenta queé a segunda experiência desses jovens, co-roada de êxito. Tudo indica que Von Braunmandará chamar os lusos para dar uma,ajudazinha nos seus "Rengers": pode serque assim venha alguma foto da Lua. O Por-tugal de Salazar nâo deixa de ter suas am-bicões: quer ser o dono do espaço, como oíhomens de antanho foram donos do mar.

àm\ OI* Rio de Janeiro, 7 a 1 3 de fevereiro de 1964

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ARRAES *tf* .*-*"*

• /

Na concentração realisada na Praça da Repú*blica, na noite de 31 dc janeiro, o governador MiguelArraes — interrompido várias vèzcs por delirantes• prolongados aplausos — pronunciou o seguintediscurso:"Meus amigo»;

Este é o primeiro nnlver-aário do governo do povode Pernambuco, Para come-morá-lo, não trazemos ne-nhuma cartola de mágico,dentro da qual se guarda-ria promessas e llurões. Otempo do» mágico» já pas-eou: oa raros que ainda in-«latem em Iludir nosso po-vo apenas fasem rir aospouco» crédulos que o» as-sistem. O* tempos muda-ram e éle» nao perceberam.Nossa vida também estámudando: o preço dos po-líUco» de cartolamágica é caro demaispara um pov0

' que ae

descobriu a si mesmo cdescobriu que pode, êle pró-prio, trabalhar contra suamlíérla e sua fome — pre-ço das promessa», da ilusãoe da mágica.

O trabalho é uma H-herdade que estamos, comopovo, aprendendo a con-quUtar. Nos doze meses quehoje findam, essa foi nos-sa maior luta: dar dignida-de ao trabalho do homem,na» cidade» e nos campos,t criar condições para queéle trabalhe cada vez me-lhor e todos possam, umdia. viver na alegria de seupróprio trabalho. Fácil náovem sendo essa luta; a fa-èilidade nio i deste nossomundo — o Nordeste — noqual oa que sobrevivemos ãdoença e a fome temos delutar, eada dia, contra adoença e á fome de ml-Ihões. E ainda dizem quesomo» rijos e rudes. K! quesomo» feito» dé sofrlrnen-to e de perseverança, cedoaprendemos que a teimosiaé a condição de nosso vi-ver-"Mais do que há um anoatrás, tenho agora razõespara dizer que governarnão é fácil nem é cômodo,no Brasil de hoje. E emPernambuco prlnclpalmen-te. A n&o ser para os auegovernam tendo em vista,apenas os interesses de pe-quenas minorias favore-cldaa: para esses, o exerci-cio do poder é uma espé-clfi de vlleglatura altamen-te rendosa Para nós, po-rém, é uma luta sem con-dlções e sem trégua, cujarecompensa única —.- e bas-tante — é o privilégio deestar lutando. ¦¦,'.,,

Não me refiro ao déficitencontrado, pois o simplesdéficit não significa, ne-cessàriemente, falta de go-vérno. Quero referir-me aodescalabro administrativo,com a onerosa multiplica-ção de serviços, de pessoale de material para os mes-mo» «ns; reflro-me ao mal-barateamento d0 dinheiro'do

povo, com a aquisiçãode custosos maquinarlos,escolhido» em catálogos depropaganda de complexo»industriais superdesenvolvl-do», muito» dos quais con-tinuam subutllizado» oumesmo, encalxotados havários «nos, sem trazerqualquer beneficio ou me-lhora ás condições de vidada coletividade, como sefôssemos uma sociedadeconstituída exclusivamented» caprichosos perdulários.Reflro-me ao caos era quenos deparamos, o Estadosem memória de seu patrl-mônlo. sem saber exata-mente o oue possui e ondepossui. Até hoje estamos adescobrir o Estado, a com-pleter e atualizar a memo-ria d», seu patrimônio paraque de agora por diante,seja possível governa-locom mais segurança- Naoera o déficit, pois, o quenos impressionava. No setorde saúde pública, porexemplo, encontramos umadivida que somava cerca de

• 500 milhões. de cruzeiros;

nada poderiamo» objetar,se a essa divida correapon-desse melhoria no» servi-eo» de aoúde pública que oEstado tem a obrigação deassegurar ao povo. Nadadisso; o déficit lá estava,mas o.s hospitais estavamcomo ainda hoje estão, emgrande parte, carentes deprovidencia» e de reformasque lhes possibilitem aten-der convenientemente à po-pulaç&o. Havia hospitaisque não recebiam reparoshá 20 e até há 30 anos. Ou-tros, eram criminoso» depó-sites de doentes.

No setor de Agricultura.o déficit encontrado tam-bém não representa umadespesa feita em beneficiodo povo. Ainda hoje esta-mos pagando equipamentosque o governo passado com-prou a prazo, multo» dosquais como os tratores, pa-ra exibir como propagandasua durante a campanhaeleitoral. Ora, a política decomprar tratores nem é aúnica nem é a mais acer-tada, em noss0 caso. O» tra-tores servem a uns poucossetores da população ruraldo Estado, os quais já sãocumulados de outros favo-res oficiais; mas, não ser-vem a imensa maioria denossa população rural, quenecessita de instrumentosagrícolas mais simples emenos custosos. Pois bem:enquanto esses tratoreaeram adquiridos, tendo emvista principalmente a pro-paganda eleitoral, uma íá-brica de arados existenten0 Estado era obrigada a

.mudar sua linha de produ-ção, para fabricar outrosmateriais, por falta deapoio e de encomendas doEstado. O exemplo da Com-panhla dP Revenda e Co-lonlzação é ainda mais es-candaloso. Ali foi encon-trado um déficit de cercade 125 milhões, sem que es-sa empresa houvesse.

' se-quer, Iniciado a formulaçãode uma adequada politicad» abastecimento de gene-ros. O que féz foi, à» ves-peras da campanha eleito-ral, comprar gêneros dequalquer modo e, demagò-gica e criminosamente, ven-dê-los ou quase doá-los, naesperança de obter votosque lhe permitiriam, e aseus associados de .demago-gia, continuar enganandoo pov0 à custa do dinheirodo povo. Quando assumi-mos o governo, a CRC erauma empresa sem conceitoe sem crédito, que em 2o

• meses de funcionamentohavia faturado, apenas, aquantia de 213 milhões decruzeiros. Hoje, a CRC éuma das quatro sociedadesbrasileiras de economiamista que dispõe de crédi-t0 n0 Banco do Brasil e,.em apenas onze meses denova administração e no-va politica em nosso gover-no, faturou dois bilhões e

' quarenta é cinco milhões decruzeiros, o que significaum crescimento de o3*""sobre os dados do govér-no anterior. Mais ainda:tendo estabelecido uma po-litica de abastecimento degêneros alimentícios e deassistência aos pequenos emédios agricultores, a CRC,nos já citados 11 meses,vendeu, um milhão de qul-los de charque k popula-ção do Estado, contra ne-nhuma grama da admlnis-tração anterior, e abaste-ceu todo» os municípios dointerior com toda a •*r>hade i implementos agrícolasde que necessitam as pe-quenas e média» proprle-dades.

Para finalizar essa rápl-da enumeração: ninguémignora, por exemplo citadono Brasil inteiro, que mal»de 907o da despesa do or-

çamento de Pernambuco éfeita com o funcionalismo.A l»*o deveria corresponder,pelo menos, um aparelhoadministrativo de causarInveja aos outro» Estados.Longe disso, 0 QUe encon-tramo» foi uma desengre-nagem burocrática terrível.O funcionalismo efetivo eregular sem poder dar orendimento minlmo que dê-le »• poderia exigir, por fal-ta de racionalização dosserviços, pela confusão deórgãos semelhante» e afins,pela carência de métodos ede técnicas admlnlstratl-vas coerentes com a nossarealidade cotidiana. Alémdele, fora dos quadros do

<• Estado, agregados em' qual-quer parte e de qualquerforma, remunerados de mo-do o mal» disparatado, en-contramo» milhares de pes-soas, Inclusive quatro milprofessoras, cuja situaçãoirregular perdurava há vá-rio» anos. \

A Falia Democraciattse quadro, que- ora des-

crevo sem propósito de cri-tica, apenas em parte re fie-te a sltuaçlo do Estado háum ano atrás; maa, per-mlte a todoa Imaginar asdificuldade» que tlvemo-, eainda temos de vencer. Dl-ante dele, e tendo em vis-ta que nó» éramos, comosomos, o povo no exerciciodo poder, n&o era nem pos-sivel hesitar diante dasduas alternativas que senos apresentavam: Ignoraro quadro encontrado oucorrer o risco de aceitá-loe assumi-lo. A primeiradessa» alternativas, é a quetem sido geralmente acei-ta, estadual , e nacional-mente, cada novo governoquerendo evitar dlflculda-des e por Isso partindo pa-ra a execuç&o de planos eprogramas que se super-põem aos Incompletamenterealizado» pelo governo an-terior; é uma espécie decaminho de facilidade, queescamoteia a realidade epode conduzir a uma efê-mera aparência de eficlên-cia p trabalho. Mas ntoconduz, não pode conduzirà solução dos verdadeirosproblemas de nosso Esta-do e de noss0 povo. cujaeconomia, nessa hipótese, émalbaratada em nome deInteresses que não s&o o»seu», é utilizada para asse-gurar a abastança do» pri-vlleglado». Nem podia serde outr0 modo: sendo o re-flexo de antagonismos edivergências, que se com-pensam ao longo do pro-cesso administrativo e po-litlco, essa atitude de go-vérno reflete a ditaduraeconômica e «oclal qu» sô-bre a Imensa maioria dopovo exercem .minorias se-cularmente favorecida» pe-lo exercicio do poder. Dl-zendo-se mandatários damaioria do povo, essas mi-

i norlas fingem esquecer quedois terços de nosso povonão votam; dizendo-se de-mocrátlca», procuram pelaviolência e pelo terror im-pedir que os trabalhadoresdefendam o pão de eadadia através das greve» edos movimentos de organl-zação e de solidariedade,únicas armas de que dls-põem; dizendo-se deíenio-res do Interesse geral, llml-tam-se à defesa de seuspróprios Interesses, ne-gando a mllhoe» e milhõesde brasileiro» o direito dese integrarem na comunl-dade nacional, não lhes re-conhecendo interesse» nemlhes permitindo outro dl-reito qu» o de serem mlse-rável» e subhumanos- Asegunda alternativa, que foia por nó» adotada, slgnifl-cava assumir o ônus dosacerto» e doa erros da ad-mlniatraç&o anterior e tra-tar de equacioná-lo». doponto de vista do povo,tendo em vista q Interessede todos e não somente oInteresse de algum grupos.Tratava-se, para nós, deaceitar o desafio de umarealidade d e s 1 g ualmehte

ANOMa XI de Janeiro, • mn» pernambiirane

•aía à» ma» para fMleJar t primeiro ani*vtnárit da gtvérne Migutl Ar nu». TanUtm Rttitt teme aa mataria d»» município»ét Inttrter, aa fettaa papaia*» te prulon*para-a per toda • dia. Tão grande tra aalegria 4* peve qua aa eotatmeratètaj luguadtuirtraa» ai caratUriiil*** «W um- vtr*dadtlra antecipa»» do Carnaval. H*anv«*va*»a e eanlava*st na» rua», enter w vivaia 'mui • aa brada» seita ttttemt» it

A» M-M-aora*;-*» •oueenlreram-M tape*eialMMte im Ktr.re. üuranla todo u dia, egovernador Arratt, aaMipanhado dt mu*auilllar-», taaugwfw. vária» abra». Parllrl*pon também dt diverte» ata», entre w qual»uma Ratai» m» HíinAmIo Ata Cumerelarlun

t outra na Centro Roeial ém Cabe* • ¦»Ma*im da Polieia Militar,

A noite, aa ft*UvMad« ruI-ainaraiN tetauma c-**i«tniM.càu 4a intns* ét ¦illn*wdt >»n»a» — Retraia*» tptrárit» • têm*-mmmuw. vindas de dlvteaaa pssAat tm Ia*lado — m riem 4a mmiílitm. Perantevaria» matem. imaU és mm mullMa* som»parta t «htla dt tutu»!»*».»», dttfilaramnumero.**» uirulure-, rtp-MtnUnW*, ét Ira-balhadtraa, mmtmmm, «atudantet • to.'»*WoluaU. Unir» at etaéotta figuraram •deputada Artur Lima Cavalcanti, ptla fren*to Parlamtular NacienalUla, • wdtpuU*ia Uavl CapiRlraiw, em nume daa comu*nUiai parnamburanM, a • lidtr sindicalentro Tar gine 1'aiiu». prtaidtnt» d*CONKINTMA.

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Nossa Luta é Pelacaótica. % para aceitá-lon&o era necessário ser he-rói ou santo. Era, necessá-rio ser povo, e povo lm-pregnado de patriotismo ede revolta, capaz da humll-dade de fincar os pés naterra, ainda que essa terraseja a da extrema misériae a do atraso extremo; ca-paz de não sentir vergonhade ser o governo de ZéNinguém, de n&o ter nojoe medo da doença, da fome,da subhumanldade do po-vo e não procurar ignora-las ou escondê-las, mas tra-balhar para superá-las.

Nunca nos fizemos Hu-soe» quanto às dlficulade»a enfrenttar. Sabíamos quemultas Iriam decorrer dodesespero do» que perde-ram 0 governo de Pernam-buco e sentem qüe nãomal» poderão, normalmen-te, voltar a exercê-lo. Kmvária» oportunidades adver-tlmos que êsse tipo de dlfl-cuidada» nem de longe nosatemorizava. E que nó» »a-beriamo» responder & altu-ra: n&o nos arredarlamo»um só passo do programaque nos traçamos e da li-nha de conduta pacifica eordeira com que o esta-mo» executando, mas, qual-quer tentativa de ilegallda-de contra o governo do po-vo de Pernambuco certa-,mente teria conseqüênciasimprevisível», pel» respostaimediata e franca que aela daríamos. E' que no» so-mos o povo, e a força dopovo é invencível. Os quedisso ainda duvidavam, en-salaram investir contrao nosso governo, durante oepisódio infeliz do eitadode aitlo. B foi o Que se viu:o povo mobilizado e ràpi-demente s e organizando,aqui e no Interior, paran&o permitir a usurpaçáod* aeu» direitos. Fracassa-da essa tentativa, como ou-tra» anteriores, nós sabe-mos que mesmo assim no-vas tentativas poderão serfeitas. O pov0 está atentoe vigilante, está organiza-do para enfrentar esse tipode dificuldade.Consciência Critica

O tipo de dificuldade queainda noa preocupa é q 4uedecorre de nosso própriocontexto sóclo-econômleo,cujo processo está criando,com - rapidez inesperada,realidades novas para asquais ainda nào estamossuficientemente preparados.Não que isso nos impeça decontinuar avançando, queisso seja obstáculo irremo-vivei ao progresso de nos-sa luta contra o subdesen-volvimento, o atraso e amiséria. E* que nem todosjá se capacitaram dessasdificuldades, e a falta des-sa consciência critica é queé, em si mesma, um obstá-culo a ser Imediatamenteremovido.

Do ponto de vista admi-nlstrativo, por exemplo, es-sa consciência critica é ur-gente. Nà0 basta dizer queem Pernambuco o povo es-tá integrado no governo.E' necessário que isso nãoseja — como não é na rea-iidade — uma simples ira-se de efeito. E' preciso quetodos «e capacitem de que,num governo como o nosso,a adimlnistração públicatem de aer .encarada de ou-tro ponto de vista que nãoo tradicional em nossomelo. E' preciso, por, exem-pio, corrigir o éVr0 de pia-nejar de cima para baixo,o planejamento sendo umaimposição ou um»,fatalidade que se abatesobre a cabeça dos qúe, porfalta de participação oude comunicação, tém umavisão deturpada ou incom-pleta dos problemas. Oexercício • democrático dopoder deve ser a resultantede vontades livrementealiadas, tendo em vista umobjetivo político comum. Enenhum administrador, pormais consciente que se pre-suma, pode conhecer per-feltamente quais os Inte-rèsse» de determinada co

- /munldade, se nio auscultaessa comunidade, .*• nào es-tabtlece com ela um diálo-go permanente de igualpara igual. Problemas quepareçam simples, com0 oda opção entre um postede Iluminação pública e umsimples chafariz em deter-minado logradouro, ga-nham sua verdadeira dl-mens&o quando examina-dos d« baixo para cima. Esendo Pernambuco um Es-tado pobre, nossa tarefaprincipal é Impedir o gastosupérfluo, o" Inadequado,ou nio-prlorltárlo; é pro-curar aplicar o» parco» re-cursos de que dispomos na-quilo que é prloritàrlamen-te fundamental a cada co-munldade. Uma políticadesse tipo n&o envaidecenem serve à propagandaeleltorelrat mas é a quenos parece mal» eficaz aoencaminhamento de nossosproblemas coletivos e a queexige do administrador acondição de povo lmpreg-nado de patriotismo e derevolta. E essa condiç&o sóse adquire ou mantém pe-lo dialogo permanente en-tre a administração e o po-vo, diálogo do qual resultao planejamento de baixopára cima, como nova ati-tude da administração pú-bllca. Easa atitude novacria choque» com a màqul-n» administrativa preexls-tente, quf estamos procu-rando transformar, atravésde reformas, de debate e

-de esclarecimento, mercêdo» qual» ae criará a cons-ciência de qu, o governonào é apena» os que forameleito», mas, todos os queparticipam dos serviços pú-bllco» e também otpovo, pa-ra quem ttse» serviços de-vem ser Instituído» e reall-zados. Hoje, qualquer clda-dão pode pretender a con-diçào de funcionário do Es*tado, disputando em con-curso esaa condição, semter de recorrer a Influên-cia ou a prestígios politl-cos, cuja atitude paterna-lista e assUtencialista, ago-ra eliminada, tanto detur-pou a íunç&o pública-Antipatmfnalismo

Essa mudança de atltu-de diante dos problemas éum do» fundamentos daintegração do povo no.í°-vêrno. E assa integraçãon&o é «*em uma txtsede efeito demagógico nemuma fórmula ou receitamilagrosa. E' uma política.E é uma política que rejel-ta e combate o principiobáalco daquela outra poUU-ca, que dominava em P*r-nambuco até um ano atrás,segundp o qual a generall-zação da miséria * inevltè-vel e necessária à prospe-ridade de uns poucos. Essetempo, para nós, pertence aum passado Irreversível, esubjetivamente multo dl»*tante, do qual não guarda-mo» qualquer saudade.Nossa política é a de dar aohomem, quem quer que se-ja, e ondp quer que ele seencontre, a dignidade decidadão capaz de reconhe-cer e defender suas liber-dades e seus direito». Dalnossa luta contra o pater-nallsmo c o asslstenclalls-mo- nos qual» nos»o povo vaigradatlvamente perdendo aantiga Ilusão, que o entor-pecla para o reconheclmen-t0 de sua própria miséria.E' natural que essa lutaainda encontre reslstên-cias, felizmente bem locall-zadas, que esperamos ven-cer pel° exemplo, pelo dlá-logo, pelo esclarecimento,na prática de uma politicade libertação e dlgniflcaçàodo homem.

Cajueiro Seco é o me-lhor exemplo do antlpater-nallsmo de nossa política

.de libertação do homem.Ninguém ali verá 0 governoconstruindo caias para dara quem n&o tem condiçõesde sustentá-las; seria fácile simples construir 300 ca-sas, ou 500, ou 1000, e paraelas transferir famillascujo» mocambos seriam in-

Emancipaçãocendiado» para efeito depropaganda. Ma», Isso >*àuresolveria nem o problemadessas famillas — que con-tinuariam nas mesmas

.condlçôe» econômicas drantes, e já agora sem pos-sibilidade» de manter asnovas casas, que lhes exi-glrlam mal» que oa antigosmocambo» — nem resolve-ri» o problema habitado-nal. por exemplo, de 70';da população do Recife, quevivP em mocambos e do»quais essas 300 famillasconstituiriam menos demelo por cento, apenas.Quem nfto compreender issonáo compreenderá Cajuel-ro Seco, não entenderá amudança que ali se estáprocessando, numa expe-rlência que vamos estendera vários pontos do Estado.

Ainda hoje foram aaslna-dos dois decretos de desa-proprtac&o de terrenos, su-mando 1S8 hectare» na 'região do Recife, para nelesImediatamente ampliar aexperiência de CajueiroSeco. Essa experiência ésimples e fácil, quando é opovo quem governa. O queali se faz é criar condiçõespara que o homem, numaárea urbanizada pelo go-vérno, construa seu mo-cambo ou sua casa, a seumodo e' a seu gôst.osegundo sua» pos-lblll-dades, mas, tendo toda»as oportunidades d-> melho-rá-las, segundo as novasnecessidade» objetiva» esubjetivas que vai criando,uma vez Integrado na co-munldade. AH nào há nemdoaç&o nem Imposição. Ohomem s* descobre e se 11-berta pelo trabalho e pelavida em comum com ou-tro» homem.A Intranqüiljdadt

Desse comportamento po-litlco-admlnlstratlvo se dls-se que era subversivo evisava tio-sòmente a ge-neraUzar a Intranqüilidadeno Estado. Mentiu-se des-lavada e desesperadamente,aqui e no Sul do Pai», comose um dia a verdade nàosaltasse aos olho» de todos,nâo invadisse a consciênciados próprios fabricantes da»mentiras, como reflexo deuma realidade objetiva eindiscutível, O problemado» trabalhadores da /unada Mata, por exemplo, foium dos pretextos preferi-dos por toda uma custosacampanha de calúnia e dementira. Ma», apesar detudo Isso, da» ameaça» edas pressões recebidas, paraque n&o subvertêssemos aordem nem disseminasse-mos a intranqüilidade noEstado, em nada modifica-mos nosso comportamentop oi 1 11 c o-admlnistratt-vo, nem o modificaremos.Os primeiro» resultados aiest&o, para julgamento dequem tenha honestidade eisenç&o para Julgar. OAcordo do Campo é umdesses resultados, e delehosio governo guarda jus-tlflcado orgulho. As mu-dança» que êle provocou,e continua a provocar, emnosso contexto sóclo-econó-mico, emudece hoje aqué-les que ainda ontem, emdesespero de causa, diziamque nossa» tentativas deacordo entre camponeses eusinelro» visavam à auber-são e à Intranqüilidade. Nuverdade, foi subvertida aordem semlfeudal que há300 ano» reinava na regiãoda Mata. Modificaram-se ssrelações de trabalho e deemprego, melhoraram ascondições de vida das po-.pulaçóe* rurais, aumentoua circulação de dinheirona região, refloresceu o de-cadente comércio de deze-nas de cidades, a lavourada cana registrou em 1963a maior safra de sua bis-

' tórla, a agro-lndústrla doaçúcar obteve lucros fabu-lusos, um sopro de vidanova acena esperanças quenosso povo Jamais antesconheceu. Toda essa sub-versão gera, na verdade,um clima de Intranqüillda-

de. Até pouco tempo, aosque me Indagavam sobre afalada Intranqüilidade emPernambuco, eu respondiaque Pernambuco era umdos mais tranqüilos, senãoo mais tranqüilo Estado daFederação. Hoje, quero pu-bllcar opinião diferente.Sinto e sei que. hoje, Per-nambuco é o Estado maisIntranqüllo da Federação.Não sp trata daquela In-tranqüilidade de que fala-vam a» campanhas de ca-lúnla e de mentira, e ne-las Isso queria diaer faltade segurança e de cnnflan-ça. pânico pela Iminênciade explosões de ódios e devingança» pessoal». De ou-tra espécie de intranqülll-dade vive agora tomadonosso povo e nosso Estado.Trata-se de salutar In-tranqüilidade de quem. derepente e au mesmo tempo,descobriu seu atraso e suaposslbMIdadp de superar oatraso e progredir; desseespecial estado de espiritoque contamina todo- umpovu. quando êle pressentesua oportunidade históricae percebe que »e encontraamadurecido para efetiva-Ia. Tal é o nosso caso.Os pouco» mas expressivosêxitos obtido» nente pri-meiro ano de governo nãono» subiram à cabeça- Poroutro lado, os erro» come-U00»' nào no» arrefeceramo ânimo. Dai nossa lntran-qüilidade. Nâo é o receio •—para retomar o mesmoexemplo da Zona da Mata— de que a? percam o»avanço» obtidos. Já se In-slnua que o camponês nàoestava preparado paru ga-nhar o que buje ganha ;que éle nào sabe que fazerdo dinheiro, e por Isso co-meça a ser vitima de ou-tro» tipos de exploração. Eque o governo devia terantes educado o camponêspara que êle melhor apru-veitaase a situação quehoje desfruta. Essa i umavisão Ingênua e estreita dosfenômenos sociais e hlstó-rico», t necessário substi-tui-la por uma visão «*-lista e ampla, que no»ofereça perspectiva de tu-turo.

Nossa Intranqüilidadevem, também, do fato desabermos que eatamo» ematraso e ê necessário náoperder tempo. E multotempo tivemos de perdernestes primeiros doze me-se» de governo. O resultadoé que fizemos multo poucoem relação às necessidadesde nosso P°v0< apesar doesforço despendido por to-dos nós, todos os que temosresponsabilidade direta ouindireta neste governo,desde o Governador aumal» humilde dos serventes.Somos todos animados dumesmo espirito e da mesmavontade de trabalhar paraque o povu de Pernambucoreencontre o caminho, desua antiga grandeza e desua antigamente reconhe-cldà e invejada prosperi-dade.

. Náo no» basta o tato desabermos que a arrecada-ção do Estado aumentou de85,3% neste primeiro anode governo, embora muitosimpostos tenham baixado,e que um município comoTaquaretinga do Nortetenha aumentado sua ar-recadaçáo em cerca de1364,8%. Nào nos basta otato de saber que o atualBanc0 de Desenvolvimentode Pernambuco, que emanada antiga e pouco movi-mentada Caixa de CréditoMobiliário do Estado, au-mentou; em relação a 1962.em mais de 5 bilhões osempréstimos efetuados em1963, e com Isso atendeu1212 pequenas Indústriasque carecem de auxilio ede estimulo. Nà0 nos basla,também, saber que os pe-quenos e médios agrlcul-tores estão sendo auxilia-dos eomo Jamais o foramem toda a nossa história.Tudo isso faz parte da po-litica do governo do povode Pernambuco, que boje

comemora seu primeiroaniversário. O qu» noapreocupa, sem falsa modéa-tia. é saber que tudo lisoainda representa multopouco em relação àa neces-sidades do povo e do Ea-tado. A experiência adqul-rida neste primeiro anovai nos ensinar a agir commais presteza no segundoano que logo vamos iniciar.

Emoncipacõo Nacional

Mas, ê necessário que opovo não esqueça de quenossos problemas n&o po-.derão ser efetivamente re-solvldos. caso os problema»nacionais não sejam, elestambém, equacionado» eresolvido» segundo °a Inte-résses do povu brasileiro.Quero dizer, segundo oaanseio» de emanclpaç&o.nadonal. E não haveráemancipação alguma sem t,liquidação do processo es-poliativo do» capitais lm»perlallstas em nossa eco*nomia. Nào haverá nenhu-ma emancipação sem areforma da» estruturas es-clerosantei que ainda *&»as nossas, principalmente areforma agrária, que aquiJá foi Iniciada. Os Interes-sados na conservação dosprivilégios e na manutençãoda» estruturas que o» ali-mentam. procuram espa-lhar o panlcu entre "as cré-dula» populações do Inte-rior do Pai», querendoconvencè-los de qi**. a re-forma agrária é o fim domundo, porque é a tomadaindiscriminada de terra aosque u possuem e nela tra-balham. Ao povo de Per-nambuco ninguém precisaensinar o QÚe é a reformaagrária. O camponês nu-miliie, o pequeno e o médioproprietário de/ terra, e »próprio senhor que tem »euulatifúndio cultivado p Pr°-duzlndo. todo» sabem queo governo nào quer tomara terra de quem efetiva-mente trabalha à terra. Oque o governo pretende evat fazer é ajudar aos pe-quenos e aos grande» qutvivem de trabalho na terra,dando-lhe» assistência •empréstimo P»™ °-ue elespossam melhorar, .yomolutou para Que o numiioacamponês fosse convenien-temente remunerado Porüén trabalho na lavourada cana. t também certoque o governo vai fazerproduzir as grandes exten-soes d* terra que perma-necem incultas e inexplo-radas, e Isso só pode trazerbenefícios para todo o povobrasileiro.

Quero que todos saibamqual é nossa posição nessaluta, e por isso falo com afranqueza' com que sempretenho falado a todos Nos-sa luta é pela construçãode uma nação livre e Inde-pendente,, onde nosso P.°vopossa viver próspero e feliz.Isso quer dizer que nossaluta é pela manutenção dasliberdades demo-¦í-átlcas, pois sem ela»nosso povo não P°c\e orga-rilüár «ua unidade e suaresistência. Nossa luta acontra os capitais lmpena-listas que espoliam nossasriquezas e procuram de-sacreditar nossos ãnse-os <"*emancipação, como agoraestãõ fazendo com a re-trobrás, que é o nervo e..o.Se de nossa libertaçãoNossa luta é pelas reformasde base. especialmente areforma agrária, J*>-.s £ela nosso povo na0 conse-unirá ser livre e indepet-dente. Nossa luta e pelapaz no mundo, porque apaz é o bem supremo casuprema finalidade da vidahumana.

Trabalho e Paz- mrusamigos, são meus votospura o povo neste primeiroano de governo.

Paz e reformas, para quesejamos livres e prósperos.

Reformas e governo de-mocrátlco e popular, paraque sejamos uma nação 11-vre e independente".

Sio da Janeiro, 7 • 13 de fevereiro de 1963 nr

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A Frente de MobtlUnçftoPopular da Paraíba divul-aou mita note oficial emque eeelarect o povo «obreoa aeonteelmentoa que ti*rarlm a vida de drx Uvrn-dore» daquela reglfto, me-tralhado» por polli-laix aaervlço do» mineiro*. Ontrágico» acontecimento» dudia 15 de janeiro pauadoforam pela *ua brutellda-de. amplamente divulgado»pela Imprensa, que tratoude modificar, segui Jo ieu»interesse», o desenrolar dosfato». Dessa maneira, aTOP depola de ter ouvidoo» participantes dos acon-tecimenlos, apresentou asseguinte» afirmações, quevinham sendo deturpadaspelai órgfto* noticiosos:

1. O conflito, «o contráriodo que foi divulgado, nao

ae deu em terras da Fa*xenda Bnnlo Antônio e nemmesmo demiti dos latifún-dios da familia Ribeiro, esim ua área de proprleda-de du sr Ni7.ii.ho de Paula,que havia concordado comu plantio a ser realizadopelos camponeses, depoisdc ter-se entendido com urepresentante do skidlcatodos lavradores.'O trabalho do» homensdo campo desenvolveu-seordeiramente por dois dias.sendo que os trabalhadore»foram surpreendidos ao Ini-cio da terceira jornada coma chegada de uma viaturada Usina Sáo João, quccolidurla o »*. FernandoOouvria. o agrônomo JoséDaniel e ainda dois mu-gentos a raiados de metra-lhadoras. acompanhado»

Sta. CitariM

ADEMAR MANDOU MATAR

DEPUTADO NACIONALISTAFlotMnxfÀit, jani-ini — l_Dii

rnrrfMHiiidciite) — A PoliciaMttiur «Io K»t»ilo ilr ShiiIü C».tariria i- n DélcRticia Rvftiónql «lfPoliria <lr>»^ ciilíile, iitslanraramir.iiurriii-i» » jvnlfiln «Ia Me»» «Ia.\»»fmlilfia l.rci»Utiva, para atui.r»r i'r«poii»aliiliilailr< ua tentati-\a «Ir hoiniiúlii» rtrliwila r«m.ira ii ilrpnlado K»ta«liial Paulu\\ right.

<) i«mial Folha CalàriiifSSf,rm »ua rilis-ão «IfMa sciiwiih. dc-rum-ia «|ii« o iiii|iirrit«i já «tirounn «ni "ntiailragésimo «lia. »rinqiir «r apuraííe n»'la rir roniri.tn. A rnilicia, alimt-nlaila pf'"rv>ntn l\'. vi«npl«m«?mc arra«lao pnvrf«H>".

O'autor Ha trama cmitra a \i.Ha «li deputado Paul-i Wriglii.r. n «iiplrntc He deputado r hi-rheiro Manuel Santo», elementode cónliariça «In ^r. Ademar deBarro» e enearreijailii da rre»-troturacao do PSP em SanlaCatarina.

AnttcadcntMO deputado Estadual I' a u 1 o

Whight foi eleito pela legenda dnPSP. Como único deputado elri-to pelo Partido, foi pressionadopara «jar »e licem:ia«»r. dandovaira assim para os suplente».

Apesar dr todas a» pres»ôr<. odeputado Pauli) \» i iiilil nSo »clicenciou. salM-iidn ¦ «pie ti» seusfinco primeiros suplentes »á-i ele-mentos comprometidos com o sr.Ademar de Rarro». Diante.«|is-to, os suplente» Delamar \ íeiraf Manoel Santo», conseguiramfazer caducar o Diretório renio.nal e receberam carta do »r. Adt--mar de Barro», creilenciando.o»a reestruturar o Partido. A pri-meira medida dos dois Miplente»,íoi anunciar, que expulsariam odeputado Paulo Wriizht do Par-«ielo. devido is saias "idéias eo-munistas".

Morta Seriaa Facadas

O suplente Maiv»-! Santos, na.benrln ipir nãn conseguiria a«-sumir o cargo enm o deputadoPauln \\ rigln vivo, resolveumandar mata In.

• Coniornii» os auto» ik> rni|ué>rito já instaurado |«-la Poliria,* bicheiro Manoel Sanlo.» con.

tratou.o »argentn Júlio D'ávi-Ia, para matar o deputado Pau-Io Wrifrht,'pelo m»e receberia cem

mil cruxeiios de entrada f cín.qúenla mil cru/.i-ir«is i«ir iti--< atéo fim «Ia proeiile Icalslaturà. .

Depondo no inquérito, o sar-getitn Júlio l)'i\ila afirmou «iuco »i-, Manoel Sanlo» «picna amorte a facada», para

"ilfpis-tar c não deixar prova»". O «le-piiimentii «Io sargento foi eouíir-mado («ii lesteniniiliai.Mandantt é Bicheiro

O tiinmlaiilc do linnticiilio «piek pn-teiiilia i-onietcr eontra udepiiiatln Paulo \\'riglu. ja a-»a»»innii um caixeiru-viaiaiitc imcidade «le Tubarão, estandu atual-mente rm lilK-rdadc.

l-".i-.i di-piiinu-iilM proladx no in.«pieritn da D.R.I'., n -r. ManoelSanto» declarou tpir era bicheiro(rm Sanla Catarina o j<"igo «Ioliiclio é proiliíiln) i- iiâo róiitcd-le com isto citou <i nome dc uu-tm» sele bicheiro..

li mais eslraiilio disto tu«lo. <que ileinoiístra a total çonivéu.ru do governo dc S^iit.i tala.rioa com o bicheiro, é quc, nor.nialnientc, o inquérito deveria«er pic»iili'!n pelo secretário «leSegurança Publica, encontrando.-ir •nliic.ãii em 4X hora»: a poli-cia já deveria ter providenciadoa convocai,-âo de toda» as te»ie.miinlia». coi«a que nâo íivj lei.ia: o »r. Manoel Santos já «te-veria e»iar pré»o pela» declara-«,•("«¦» íeitas durante o inquérito.

Nu inicio dc»le mes, a FrenteÓperário-KstiidáiitiUPfipular 'leSínla (.'alarina, divulgou Mani-íosto, em que atacava o serre-lário «le Segiiiani.-a Publica,aciisaiiilo-o de cuiiipliciilailc comn bicheiro. Por incrível une pa.rec,a, quem veio a público de.fendendo o secretário de Scgii-rança Pública íoi o sr.- ManiielSanto», que tmlos »aheni .»cr umelemento senii-atialfahelo.

Uma situação dc violência ecorrupção ocorre em Sanla Ca-tanna. sem que o governo e«-ladual tome qualquer providên-cia. O caso «Io alentado çonlrâo deputado Paulo Wright. ele-mento de vanguarda do nacioiia-lismo em Santa Catarina, nic-rece n apoio ile todos o.» )iaiiio-tás brasileiros; P"i» há mai- dcnm mi-s éste parlamentar pos;sui a casa vigiada por policiaise é obrigado a permanecer ruminvestigadores á sua <lispo-u;áo.pois rm caso contrário poderáser as»as»ina«lo impunemente nomeio da rua..

de três vlgliu da Vsinn.A seguir, a nola da FMP,

historiando rapidamente o»I u t u o » o * acontecimento»ressalta que nenhum do»policiais pertencia ao des-tncamenlo policial da cida-de de Murl. tendo sido re-«•ruindo* pelos organizado-res da chacina dentre ospolicial» de Santa Rite econdusldo» em caráter par*ticular a Marl, Uma vea

.chegados ao local onde saencontravam o» lavradores,o sr. Fernando Oouveladecreu do jipe que o con-dtizlru em companhia doapoliciais, e dlrlglu-se amea-çodornménte contra o pre-sldente do Sindicato dosLavradores, sr. Antônio Oal-dlno. .Surgindo uma dlscut-são entre os dois, os poli*ciais, covarde e premedita-damente. dispararam sua»metralhadoras contra amassa de lavradores qye seencontrava no local. A Isso,es lavradores que tinhamvisto tombar sem vida seuscompanheiros. ln\esllrameom suas foices e enxadascontra os policiais e seusacompanhante»-, resultandomortos e feridos de amboso» lados.

Ainda historiando o su-cedido, a» entidades popu-lares da Paraíba denunciamuma nova Invalida policial,'pouco tempo depois, de par-te dos soidados sediados emMarl. que síb o comando deDtirvnl de tal err-m Instl-gados a repetir a chacl-na perpetrada anterior-mente. Entretanto. è*se te-gunrio ataque policial foiImediatamente repeUdo pc-los lavradores, oue dunn-te n primeiro choque ha-viam tomado as metralha-doras aos nollnhis que fu-giram acovardados.Solidariedadee Vencimentos

¦ Solida rlzahdo-se eom asfamílias enlutadas pela acâocovarde e premeditada doslatifundiários, a Frente deMobilização Popular rcssal-tott o caráter patriótico daluta contra a estrutura re-trógrada que predomina cmnosso campo, verdadeiraculpada pela morte do ho-mem do campo, quer sejaassassinado pelas balas alu-cadas ao latifúndio, ou pelafome que assola nossoscampos.

Finalizando a nota aopovo paraibano, a FMP ma-níféstou-se favorável ao au-mento dos vencimentos do»policiais, que percebem sa-lários de miséria o que con-tribul para a criação de 11-pações espúrias entre o la-tifúndio e os destacamentospoliciais que se tomam tro-pas de choque a serviço do»usineiros.

fi A n ii f. '.ío'", ni:CO.MISSOKS

Greve Paralisou QuatroNavios no Cais do PortoRECIFE íDo correspon-

dentei — Depois de cincodias, terminou vitoriosa-mente a greve nacional dosmarítimos do Lóide e daCosteira, que exigiam o pa-gamento integral do 13."més para ativos e inativos.A "parede" começou no dia4 do corrente e terminou nanoite de quarta-feira, dia 8,tendo sido deflagrada pelaFederação Nacional dos Ma-ritimoe, que, em assembléiageral, deliberou a paralisa-ção de todos os navios da-quelas companhias nacio-nais, até que fossem aten-didas as reivindicações da-queles maritimos.

No Rerife. a comunicaçãodo término da greve chegouà sede da» delegacias mari-timas na noite de quarta-feira, através do seguintetelegrama, enviado peia Fe-deração: "Firmado o proto-

BANCÁRIOS DEGARANHUNSFIZERAM EGANHARAMUMA GREVEPRÓ TRIBUNAL

. Pará garantir uma decisão doTribunal Regional do Trabalhocontra a qual se rebela ram ojpatrões, os bancários de liara-nliuns, Pernambuco, realizaramuma greve que terminou com-pletarnêtite vitoriosa, na semanapassada.

Km sua greve, os bancáriosminaram com a solidariedadedc Outras cateRorias: orla maii-tuna. paiiiiicadorcs do Reciíe,tecelões, trabalhadores rurais deIguassu, PaUnares. o outros.

A greve de Garátliiiíiis carac-tcriwu-se pela unidade demons.trmla.. '

colo. no Lóide, na Costeira.Bacia do Prata e SNAPPlesta no Parái e portos devia navegável (controladospelo Estado i. com o paga-mento do 13.° més aos ser-vidores ativos e inativos, e.o desconto de 8% para os,pensionistas (IAPM). Sus-pensão do movimento."A «Parede»

Nu cuis du porto da capi-tàl pi-i-iia.iibuL-ana a ''pare-'de" ei-lodiu ua manhã dodia 4, após uma grande emovimentada assembléia daclasse. A senha foi recebidapelas delegacias dos síiuli-catos nacionais dos mini-nlieiros, foguistas e ttiifei-ros precisamente as 8.40horas. As delegacias ime-diatamente ordenaram aparalisação dos navios quese encontrassem no anco-radouro ou que nele atra-cassem. Assim sendo, paia-lisai-am de imediato os seusserviços os cargueiros "lia-

puã", •Itaipc" e "Rio Bio-bonha". No dia seguinte,chegou *o navio "Rio Pian-có", perfazendo, assim, onúmero de quatro os barcosque permaneceram em gre-ve no cais do porto.

Desde os primeiros Ins-tantes, a greve dos maiiti-mas das duas companhiasoficiais de navegação con-tou, no Recife, com a soli-dariedaJc irrestrita, nâo sóda orla marítima, como dequase todas as demais cite-gorias de.trabalhadores, no-tadamente-do Conselho Sin-dical dos Trabalhadores —CONSINTRA.

O Pacto de Unidade eAção da Orla Marítima, porexemplo, esteve reunido edeliberou, entre outras coi-sas, que, se houvesse vio-léncia contra os partlcipan-tes da "parede", esta pode-ria estender-se a todas as

demais classes portuárias,transformando-se em grevegeral.

As federações nacionaisdos trabalhadores mariti-mos hipotecaram, também,solidariedade, recomendai!-do, através de telegramas,dar toda cobertura às guar-nições dos navios ameaça-dos de desembarque, aler-tando, ainda, que o desem-barque forçado das guarni-cões do.s quatro navios emgreve, poderia, ser interpre-tado como um ato de vlo-léncia e discriminação con-tra os grevistas, o que, tam-bém, poderia levar a umagreve geral, não-só dos ma-ritimos das empresas par-ticulares, mas de todos ostrabalhadores da orla ma-ritima.

Apuramos, junto aos diri-gentes sindicais do. Çoman-do de Greve, não ter havi-do nenhum incidente du-rante o movimento.

Náo houve violência, porexemplo, de parte das com-panhias atingidas, contraas guarniçòes dos quatrocargueiros quc. no cais per-maneceram cinco dias pa-rados. E, de parte do.s gre-vistas, principalmente departe dos piquetes, náo foiregistrada, também, nenhu-ma demonstração de violên-cia. Tudo decorreu dentroda ordem e do respeito aodireito de greve, asseguradopela Constituição Federal.

As assembléias tealiaa-vam-se na sede das delega-cias locais dos sindicatos'nacionais das classes emluta, e tiveram um'^grandeeonpareeimento de mariti-mos, o que veio demons-trar. mais uma vez, a dis-posição do.s homens do marde obterem, através da lutaorganizada, os srus direitosassegurados em lei.

Mfti-*'^ **-: $r'^$§&-rn' K*

)$%Í^»Ví^fi?* . *ffò;_8" '!

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VÍTIMAS 00 .LATIFÚNDIODez lavradores morreram em Mari. Ma-

taram-nos policial» armado» de.metralha-doras e Instruído» pelos latifundiários. Ouslneiro chegou num Jipe — acompanhado

dos assassinos e de capanga» — lelocar um chocalho nn cabeça do pre,do Sindicato dos Lavradores, eguindo mandou que abrissem fogo» camponeses.

CONTAI] en 1SM:e Reforma Agrária

3»V -!¦¦ ¦Sinilicalizaça* 4i

O plano de atividade daCOWTAG pa.a 1064 e a Re-forma Agrária foram os ,principais pontos em focona primeira reunião da Di- -retoria da Confederação Na-eional dos Trabalhadoresna Agricultura, realizada en18 de Janeiro.

No último ponto da ordemdo dia, a Diretoria exami-nou as violências policiaiscontra os camponeses deMari, no Estado da Parai-ba, resolvendo enviar áque-le E-tado um de seus dire-tores, que verificará no lo-ral os acontecimentos e pe-dirá ao governador PedroGondim medidas preventl-vas quanto à fatos dessa na-tureza.

A CONTAG IM 196*

Ficou resolvido que aCONTAG, este ano, levaráà prática uma série de pro-vidència» para o desenvol-vimento da sindicalizaçãorural. Contlnuar-se-á o tra-balho de formação e reco-nhecimento de sindicato»e federações, concentrando-se o trabalho na» regiõesfundamentais do Pais.

A formação de dirigentessindical» merecerá especialatenção, pois que dela de-pende em muito o bom êxi-to do trabalho de sindicaU-zação. Com esse objetivo, se-rão realizados cursos combase. inicialmente, em reu-niões de trocas de experiên-cias, palestras sobre o fun-cionamento dos sindicatos efederações »e o comporta-mento dos seus diretores esobre o Estatuto do Traba-lhador Rural e Legislaçãoem vigor.

A CONTAG dará assistén-cia urgente às federações,ajudando-as na elaboraçãode seus planos de trabalho.

Para Isto; utilizará todos osmeios de divulRaçr.o po..»i-ve!» na difti. ào do sindica-lismo.

R«ivindico$«5«t

as principais reivindica-ções dos camponeses bra-sileiros seráo sustentadas em1664 pela CONTAG, entreelas, a regulamentação Ime-dlaa do Estatuto do Traba-lhador Rural, lundamcntal-mente daqueles itens refe-rentes á Carteira Profissio-nal, á taxa de habitação, aoConselho Arbitrai e ao Im-pòsiò Sindical.

Outras reivindicações são:aplicação da previdência so-ciai ao camponês, Já regu-lamentada; extensão do sa-lário família ao trabalhadordo jcampo; efetiva aplica*ção do salário mínimo atuale lute por aumento de sala-rio; liquidação do rezone-amento e aumento do ni-vel do atual salário minlmo;preço mínimo e o m p e n -sador na fonte de pro-dução; titulo de posse aosposseiros; impulsionamen-to da alíabetização, atravésdos vário» métodos existen-tes; estimulo do cooperatl-vismo. exigindo dos podereipúblicos a ajuda e aplica-çáo das verbas existentespara esse fim.Unidade •Solidariedade

A CONTAG se orientaráno sentido de reforçar e am-pliar a unidade do movi-mento campone» e a destecom o movimento sindicaloperário, e de ' difundir a.solidariedade entre os tra-balhadores.

Já em sua primeira reu-nião, a Diretoria daCONTAG decidiu, em face

icítsi: » .mjo^ . .Njflffvvxistència de mais dcquirenta ca np .i-es piu-criado.» pela Lc« de Stvgu-rança Nacional e dos cons-tantes atentados praticadoscontra os diretores dos sin-dicatos ru.ais. encaminharao governo federal a de-núncia dessa» perseguições•e o-pedido de medidas deproteção àqueles que us.amo direito legal de se orga-nizar e reivindicar.

Reforma Agrária

A Confederação adotaráa Resolução do 1 Congres-so Nacional dos Lavraao.ese Trabalhadores Agricolas,realizado em novembro de19*1, em Belo Horizonte, co-nhecída sob o titulo de "DE-CLARAÇAO SOBRE O CA-RATE» DA. REFORMAAGRARIA".

A contribuição daCONTAG para a solução dosproblemas do campo brasi-leiro se fará sentir tambémpelo estudo do Plano de Ir-rigaçáo do Nordeste, paraver em que medida podemosaproveita-lo, e pelos esíor-ços que dlspenderá na ela-boraçáo de um anteproje-to de lél de Reforma Agra-ria, a ser apresentado aoCongresso Nacional.

Apoio ò SUPRA

Ao final da reunião, a Di-retoria da CONTAG resol-veu apoiar, de modo geral)o projeto da SUPRA que visaa desapropriar as terras àsmargens das vias federais edos açudes, e dirigir-se aoSupremo Tribunal Federalpedindo o imediato julga-mento do recurso contra acondenação do lider cam-ponês Jofre Corrêa. Netto esua pronta libertação.

Trabalhadores de Petrópolis Manifestama Goulart Apoio Total às Reformas

Nin éiHontro que tiveram romo presidente da República mi «lia(1 de janeiro passado, os tratia-lliatlores ilo 1." Distrito dc Pctrópplis enrresaratn-llie um ma.niiesto. de apoin às j-ciòrriias dcliase, "sem as quais o Rrasilnão sairá da grave crise infla-ciõllária que mina de alto a biii-.\o a sua 'economia ". A uiRéii.cia da rcalizaçSo de uma reíor-'ma agrária fui ressaltada peloiiianiicsui, qne postula lanihém

"a unidade da.» forcas populares,patrióticas e progressistas".

1-iis a íntegra do .maiiiiestp dostral/alliadorcs peiiopolilanos eu-trt-gne ao presidente João liou.lart:

"U< trabalhadores do I." Dis-trito de ' Petrópolis, saúdam V.Ivxcia. no limiar do A rio del')ii-i desejando-lhe nin ano pli"lio de felicidades extensivo-à suadigníssima íamilia.

Na oportunidade d é »1 e eii-conlrií querem reafirmar a V.I'.\cia. a «ua determinação iiialiá-lavei de total apoio às Keior-mas <!(• Base sem n* quais oBrasil não sairá da grave-cri-se iuílacionária qiie mina dc ai.to a baixo a sua economia.

íí urgente a. Reforma Agrá-sria com a reforma «Ia Conslitui-ção lederal. fi urgente a de»a-própriação cios latifúndios e ter.ras improdutivas ao longo dasrodovias e ferrovias construídascom o dinheiro «rio povo. paraservir ao povo. Coiuo-igualmen.te urgente c a regulamentaçãoda l.ci de Rcines-a dc Lucros pa-ra o exterior, remessas quc em-pobreceni o nosso Pais através

de um proce so dc e-poliaçãosem precedeu! t-s «' • «¦ i-cono-mia c dc nosso Trabalho.

A c r ed itam os tra ...ualorcsque »em a unidade das forçaspopulares, palrioiicas e progres.si.»tas essas reformas serão ve-tardadas ao extremo. K sem dú-vida são o» trabalhadores, emseus Sindicatos c entidades su-

pcrioies, n i-rrnr des«as força»patrióticas quc nãn dc levar oRta-il a seus gloriosos «le«tinos.Por isso os trabalhadores In-tam, também, pela unidade emsuas hostis, quc têm na C.G.T.a sua expressão máxima.

Kslão, Sr. Presidente, áprecil-'»i\u» os trabalhadores, dianteda crescente reaiticulação deforça- anliitacionais e autide-niocráticas contra essas réiormasinadiáveis. i'.'

li verdade quc o IBAD f«iifechado. Mas as forças que fi- .' nanciavãln o IBAD. os "tru»t>"internacionais, continuam a ii-nanciar movimentos- ostensivos tclandestinos quc tramam contraii Brasil, que continuam a cons.pirar contra o Governo «Ic V.Kxcia.

Cuidado cum os "gorüiis" na.cionai». SK. P R KSIDKN'TK.. •

.¦» -áo capazes dc todos os de-salinos paia impelir, que o Bra-»il >e emancipe e progrida, «pieo Brasil se liberte da ignorán-.-ia c da fome. Para conservarsen» privilégios «> poder «fconó.mico náo recuará «liante de m>nhum crime, como não exilouem armar o braço assas.-ino queinalo» o Presidente Kennedy.

Por isso os trah»lbadores «pie-rem iraiirmar quc lutarão, sepreciso fòr rie armas na mão,cm defesa «Ias Reformas «le Ra.»r e contra-os "golpes" quepiei:ndam barrar a marcha his-torica «le nossa Pátria.

No ensejo «leste encontro ostrabalhadores potropolitanos têmmuitas reivindicações especificas afa et a V. Kxcia;

O reinicio das obras de Agen-cia» do I.A.P.I. com 10 andares,para instalação «Io hospital do»indu-iriarios, é uma delas.

O fornecimento de água parao con-iinto residencial do I.A.P.I.c outra.

Reivindicam, também, os traba-lhadores «Ic Petrópolis, o íinau-ciamenio de casa própria, peia

Caíva Econômica Federal, nasme»ma» bases rm «pie foi con.cedido aos ferroviários.

A melhoria do serviço ferro-viário será dc grande alcancepara os trabalhadores de Petró.polis que assim se libertarão «ia»e.xtorsivas tarifas dos ônibus.

Os comerciários desde a ins-talação da Agência local, nãopossuem serviço médico-cirúrgi.

. co.hospitalar. Entretanto a-arre-cadaçáo daquela Agencia já seeleva a CRÇ ' 23.0W).tKK),00 men.sais.

Kssas, Sr. Presidente, algu-mas dc nossas reivindicações es-pecificas.

Nossís demais reivindicações»á<> idênticas às de todo o po-yo brasileiro.

f.utanins contra a carestia davida. Pelos novos niveis sala-riais de lüOÇn.

— Lutamos ciintra a espoliaçãodc nossa Pátria pelos consórciosinternacionais.-

•l.titainos para que o Brasilconserve a sua poiitica externaem plano independente, deten-«lendo a Mia soheraria e não ]h-r-mitindò a violação do principio«Ic autodeterminação para todosos povos «Io Mundo, o quc im-porta em não se aliar a gruposquc sob pretextos obscuros vi-sam atentar contra a soberaniade outros paises, como Cuba

Finalmente. Sr. Presidente, ln-tamos pela pacificação da íanii-lia brasileira, o que somente se.rá possivel através das reíiir-mas de base, pela realização deuma política de justiça sociale também, pela Anistia aos Sar.g e ti tos presos e processados.Ahi.-tiá.lns não será ohsólvè-los,porquê élés não cometeram cri-me algum. Anistia lus será rea-lizar uma iwbtica de pacifica-ção conforme as tradições his-tórica» do Brasil. .

F.m resumo, Sr. Presidente,éste o apelo e estas as saúda-ções dos trabalhadores têxteis dePetrópoli» ".

A HISTÓWI DO 21O tr. M FiKher, ile Porto Altir» (ROS), *' iu'-* «/.i

IiUióiíi ile 74 Prlcffi» & U 1'rolria. |H»r ílc xmm mim»'»., amlmla r ilittrllwlila iu lábrica mkI« h»ImIIm. l>liunu> «.-ic

Uiiilirm a ilivulvit'«riiiu>. Ki.la:"Quetil itlo rmili«-c a liiMórl» ile ti 1'elfBO?Zr iuIuII-í oito iMiruí r nifi» In HUrlw. nw. «vhiio o »*.»

lirio «pie k*iiIii é liinjiíicirnlr, vè-»e iiImíhjiiIo » l*w \*>t**extrai «-. <lc qiwiilo *m «iimihIo, algum "Mco" l»ir iWa.

/é 1'cl-jii í*Iic «ine iilmiiiM mi»» «lida m»l: o tnualho rttn\n nmi. «Iiiro, » vida carta vci mni» «ara, «» fillKH _lri»le» «a

(-'mirrado. rumo flúr«r« t:m wil, n iNirtug» Hu armarem ruiu.ülnaiitlo contra a falia «Ir itauainruio.

Mat Zé 1'elego icfili IihIui laixa » «altç» " fal».... A» vè»i*., ao \er o imirâo «le»lil»r no »«,u railiUiiiie im*

?. ,</\>\\m rm iiilli». ni«|iiaiito élr, Zé. é obrigado a tnAar «?m • <-•j-lelivo» superlolado»: ao \<f o» filho» «lu patrl». nédloi * rt;•v.liiífilte» nn »fa* faliota* »ob nifiliita. rnquanto *en* prplirmi,V.fllÍNi« aluíam ilr.calço* e siilinutrido». Zé m'« lima ptinta •!«•

JkiiAUí. Ma» baixa a cabeça r cala.../> ,'./.c 1'íiign tem mé«fo. Medo «le recUm.il. «Ir penlrr o fm.

VílfV- M" ,!,l"• t|iic lambem é forte. 'i»r- uuMo go» mWüm'rJÍÍH\» lorça (iiíiciciiie p:ira ("gurr.-r - <Ü'«-r "ba»ta!". N*J'»ytyjÃiVi:.falar com -ni» ciimpanlH-iro», nAo proiina »iui|icali/ar-

JiiiJ^ljili» túOciira luiar.SJ,\y/i- IVIego lein iik-Io . . ," bfâífl CKOI.KTA. no «niiuiio. é lein ilifcriiitç ile /«• I4*»

tdi^-Jira' |Hir um iiiuii.n melhor. Nfio nin iié!«» «ic «er :«••.•tio «Ir.rmi.rigo «• na mi«'iÍH nn «oii»ei|ii<iu'ia da Im».

r»*e-'«|ue. «e u.i-i lu'.ir. ai »im a mi«éria virá. íihiih jaVifíilii. Virá a lume c virá o de-cpini. Z* Prole!» luta,'sali- «pie. se não luiar »erá a covardia, ^tr* * «lerrofa,

«èrá a liinnilliaçãn de ter «lrix»>'o para »nil filho* nm» l""*

jtàhça «Ir miiéria e fome, «le ter drl.xadn para seu» ÍIiIkm a ta-refa «le rnlrar na luta da qual éle. |nir covardia, fugiu.

Mas Zé Protela »al»e ii «|ne qtier. N'i;>_ W deixa .•tiganar .íp«'r iiroiiiessa», de político» r «ieiiiiisogo». 7.t Proleta le, e>tu«

da. cinivena com s.'us comi»nlièiro.«, participa «ta Im» |x>litira. «'a luta econômica. Zé 1'ndeia é um operário cumei.

> enie. Zé l*.«>:efa sabe que é ureclin mudar, e >alK- qunn «lev-,

mudar. Sabe «|iie somente o» Zé» Proleia» iHiderão mudar o«pie precisa ser níudado pui» somenlr éle» têm interesse ne-«»

- mudança. Zé Protela nao c»i>cra que a mudança venha «ornoum favor d.is céu». I.u.a juir ela. por ela participa, ws comi;rios. dói debates H«'* sindicatos, nas as»ociaç«"»e» «Ic bairro, lio»movimento».' populares. !

Zé Pelego náo procura muitos contatos com Ae I roleta.Aías-a-r dele. «lii que Zé Pr.deta é subversivo, é awador. -

comuni-ta. é louco. >em compreender quc » maior loucura *cru-ar o» braços quando fóhre o» filho» de todo» ;«» /.'*,

prõleta» e pelegos, paira a sombra da' iome. «Io desemprego, «'oanalfabetismo. «Ia subalimentação, quando a rare«H» rai eomonm alude sobre ns lares humilde» de Iodos «>' Zé».

Se Zé Pelego procurasse falar com Zé Proleia: se pro.cura»»e falar eom Iodos ns seus companheiro»; »e iiroruras-en seu sindicato, os movimentos itoptllarcs; e tivesse a coragem..uficicnle para erguer a cabeça e lutar; se prorura.»»e esçlare.ier»r, «• esclarecer aos seus n-mpanheiros — então, deixaria »!ecliamar-»e Zé Pelego e passaria a chamar-se Zê PROI.ETAlambem".- /

CONCILIAR 0 INCONCILIÁVEL-Leitor assíduo «le NOVOS RUMOS, li e apreciei a en-

tica feita por éste jornal ao artigo de L"H , quv procurandojustificar o fracasso «Io Sr. ioáo Goulart com sua política ;or.luosa, lançava a culpa nas esquerdas e no movimenJo sindical,distorcendo os falos. «orno bem diz o titulo" — declara o .<r.Antônio r.ambetta Arraes Barbona (GB), para definir mais^adi.ante a rsrilitica seguida pelo presirlerrte da República como "on.

entada no sentiilo de procurar conciliar o inconciliável".Khire outras manifestações dessa polhica, o sr. Antônio

Gatnbetia asninala: "O Ctovérno Federal não faz a ReformaAgrária porque o Congresso nao consente. Mas éle a pode ta-zer «iiÍ referendam ,do Congresso, como foi feito o Acordo Mi.litar BrasitEstados Unidos pela governo de traição nacional HeDutra! K nm" iuc ó Sr- Goulart não dá-cumprimento ao Deere.to Legislativo n.° 18 que concede anistia a civis e militares, tra-balhadores autárquicos e servidores públicos demitidos sem jus.Ia causar! P.sse decreto, já há dois anos que foi lavrado (em 1?dr dezembro de 1%I), e até agora não foi cumprido, «emboraseu cumprimento possa e«leva ser ex-ofício"."CONCRETISMO CUBANO"

Sob éstç titulo geral, o sr. Ulysses Demócrito Horta de Si-queira (GBÜ remeteu-nos três poemas de sua autoria, de «»u4*.

ção à revolução e aos lideres cubanos. Xa impossibilidade «le it-produzi-los por inteiro, apresentamos apenas a estrofe final <J"poema'" Cérebro ":

• Doesto, chega, vara,qual presto chega a vai».,num esto, chega e varaERNESTO CHE GUEVARA.

"INJUSTIÇAS DA "SAO FRANCISCO'"O sr Orlando Estevam da Silva, da capital de S. Paulo, vem

denunciar através de NR os desmandos da Empresa de Transpor-tes Coletivos São Francisco, daquela cidade, que anda despedin-do seus empregados sem o menor motivo justo. Isto sucedeutambém com «lois filhos do sr.- Orlando. Um deles, cobrador de-ônibus, foi certo dia dispensado sem maiores explicações, apósIres meses de trabalho, por não ter apresentado nm documentode pequena importância, exigido pela Empresa. O moçri não tive.rá tempo para providenciar o referido documento, devido ao ex-cesso de trabalho e também porque a Empresa não lhe concede-ra nenhum dia de licença pata aquele fim.

Oiitro filho do sr. Orlando, éste casado e com. familia nu.merosa para sustentar, dirigia um ônibus muito velho, em pes-simas condições, que andava a largar os pedaços pelas ruas. Nodomingo dia 15 de dezembro. ¦ quando viajava lotado na linha"Santo Amaro—Cidade Ademar", o veiculo encrencou e parou. AI-

gims passageiros ofereceram-se para empurrar o carro; mas ou-tro. dirigindo palavras injuriosas ao motorista, sacou de uma pcuxcira c contra éle inve-tiu. O agressor, porém, encontrou firmeresistência e foi dominado. O filho do sr Orlando esperava miea Empresa tomasse.'-providências a seu favor, reconhecendo queum ônibus naquelas condições só poderia Irazer. mais «edn oumais tarde, aborrecimentos a quem o dirigisse. Mas ao contrario,foi- forcado a assinar um termo de demissão prio qual recebia ape-nas o correspondente a algumas horas de trabalho, embora tives.se direito a indenização por tempo de serviço prestado.

Fatos como estes sáo ireqüenles na Empresa de TransportesColetivos Sio Francisco, c para eles o .sr. Orlando Estevam daSilva pede serias providências das autoridades competentes.

CORRESPONDÊNCIA-*WAMl PAULO DE OLIVEIRA (llerculânc.ia — S.

Taulo) — Knviamos.lhe uma reportagem e um artigo publicadoscm NOVOS RUMOS, como também alguns boletins informa,tivos «Ia RDA. Quanto a -livros, comunique-se com a Livraria Cj.vilização Brasileira, rua 7 de Setembro. °7 (GB). Adiantamos-lheser inu i t o interessante o que leva o titulo: " Berlim, pon-ta de lança do imperialismo", coletânea de documentos c noti.cias dc agencias internacionais.

RAIMUNDO PEREIRA DA SILVA (Belém) - To-mantos conhecimento apenas do III Congresso Nacional dos. Ser-vidores do l>NER. realizado em Recife, de Jfi a J1 dc junho del%.t. noticiado em NR n." 23.Í, de 9 a 15 de agosto do mss-mo ano

JOSfc ARANHA I Parnaíba -- Piauil — Agradecendoe retribuindo os votos de Feliz Ano Novo. respondemos á inforinação que no» pede: Sim. o sr. tem esse direito.

ORATÔRI.\ — A Diretoria do Instituiu Duque de Bra-gança comunica que estão aliertas as matrículas para novas tur-mas do cur.-o de Oratória Mod^-na. que funcionarão sob a Aixt-ção do Prof. Durval de Alvarenga, e convida os interessados paraassistirem a uma aula nas turma» existente». Informações pelotelefone .L'.X9ri7 ou na rua México 148; grupo 80í, Rio.

"ALERTA" — Acusamos r. recebimento do n." J do perin-dico politico ideológico, " ALERTA". editado por nm grupo leestudantes marxistas do GER.M. Diretor: Péricles Brasil, •eo'»tário: Ciro Cnnstança.

SEBASTIÃO JOSÍ- DK ROCHA (Palmeiras «Ic Goiás)- — A "Nota Econômica" «le NR n.n .'47, de 15 a .'I de novrm.

hro de 1963, tratou do assunto. Pedir á Gerência dc NR; ruaLeandro Martins. n.° 74. 1." andar (GB).

DEMISSÕES NA VAR1G — Assinado pelos presiden-tes «lò Sindicato Nacional dos Aeronautas e do Sindicato Nacio.nal di.s Aeroviários. rcc.bemos o documento de denúncia ao mi.n i s t r o do Trabalho sobre " As demissões em massa i»VARIG S. A.".

"AEKOBRAS í- A SOLUÇÃO" _ Encimado por r-tapalavra dc ordem, saiu o 2." número do Boletim Informativo ».aFederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos. '

ABAIXO-ASSINADO — Antônio Francisco, EucljdMNovais. Irineu Gásparini-, Antônio Cardoso dc Morais e mais- IMoutros ferroviários da Estrada de Ferro Sorocabana, residente rm

• Assis, endereçam ao presidente da República a solicitação dc «pieseja nomeado para o Ministério «Ia Fazenda o deputado I.eorrlBrizola, assim como de que se constitua "um Ministério Nacio-nalista que po»sa resolver a situação angustiante do povo Bra-sileiro". •-,..."

(fa \nr Rio de Janeiro, 7 a 1 > de fevereiro de 1964

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A Crise na Petrobrás CJúrtfO DE PAGINA - #wWt

Mirce Aitenk OHllit' Na semana que piniou ve*rttlfleou-u no Ptls um»acuda luta política qut ocu-pou m mtncheUi do» jor»nal* t « âtençlo do «ranrtr

Íiúblleo. A ciím na Petrobrto

ot um episódio de Impor*tanela no combate leral que.•• forca* nacionalista» e de-mocrátlCM travam contra•• correntes reacionária* etntrttulitM Pelo que seJorkh na crise nao se tra*Ura de uma questão Inter-na da ftrande empresa e o»resultados do choque inte-reuavam vivamente a*, cor-rentes políticas.

Embora Banhassem publl-eldade os chamados escan-dalos, a luta girouessencialmente em torno druma questão: a Infiuínmdo movimento sindical e dascorrente* nacionalistas den*tro <•> Petrobrás. O ódio nomovimento sindical é expll-eado pelo fato dos reacioná-rloa Já terem sentido que*-» trabalhadores da Petrn-twàs constituem a primeiralinha d- defesa do mono--pollo estatal do petróleo.Nao por acaso, nos últimostempos vinha a imprensareacionária martelando comai costumeiras acusaçõessóbr*» a "Infiltração comu-nlsta". na empresa. Dignade nota foi a Incrível dccla-reçao do Presidente daU. D. N„ dcp. Bllac Pinto.de que a influência dossindicato* na Petrobrás eraum dos elementos de pro-va da atividade subversivado presidente Joio Ooulart.

D* longa data estava ar-tlculado o coro contra ossindicatos e o» diretores daPetrobrás. a eles ligados —Jalro Farias e Hugo Régls.Deste coro faziam parte osagente* do« trustea de- pe-tróleo, o* homens dR Ca-puava, os reacionários detoda laia e os negocistasqu» desejam saquear a em-presa estatal. O último

¦ trunfo utlllgadn pelo» rea»clonárln» foi * convocaçãodo general Pery Qrvllicquapsra depor na ComissãoParlamentar de Inquérito,a fim de repetir oi edito*riais do "O Globo". JA quade petróleo nada entende,não sabendo sequer dlstln-Ruir gasolina d- querosene.

O drflagar da crise foidevido à assinatura do de*creto presidencial esUbcle-rendo o monopólio da tm*pnrtaçno de óleo cru e dederivados dn petróleo • àsmedidas iniciai- adotadaspela Petrobrás para im-plantar oss- monopólio.Por tudo isso. buscava areação um pretexto paradesencadear o golpe brancodentro da giganlcsca rm-presa. Tal motlv0 fo| rn-rontrndo quando o generalAlbino Silva de.impcrou-.secem a oposição do dirrtorJalro de Farias e váriostécnico*, como Stefnn Pro-chnik, Sn Carvalho e Da-vlcs de Freitas, a que fosseaprovada uma absurdaproposta da Esso. A rcsls-tencla á negociata foi arazfm que levou o cx-presl-dente da Petrobrás a abrira crise, ao exigir de Jangoa demissão de Jalro e demais 15 superintendentes echefes da empresa.

Informados da articula-çáo do golpe, os sindicatosdos trabalhadores, em es-Irrita ligação com o- téc-nicos, decidiram denunciarà opinião pública o casoda proposta da Esso, de-monstrando com fatos oqu* o cx-chefe de Policiano Paraná, no tempo deLupion. tramava junto comos inimigos da Petrobrás.Utilizando o general Albl-no Silva a reação procuroufazer crer que os diretoresda Petrobrás. vinculadosaos sindicatos, eram tam-bém responsáveis por lrre-gularidades na conduçãodos negócios da empresa.

Enfim, usam da tática doIrádrio denunciado que salBritando: "pega o lidráo I"Acusações ridículas e prl»máriai foram articuladas,*em a menor procedência.

O objetivo maior da rea»çáo — quebrar a Influênciadoa sindicato* — nfto foi.felizmente, alcançado. Aocontrário, embora tenhamsido substituídos Jalro •*Hugo, manteve-se o prln-ciplo da escolha dos dire-torW da Petrobrás na base

rio entendimento entra o Oo*vèrno • aa organluçoessindicais da empresa. Con-scgulu-se também botarpara fora o oportunistaAlbino Silva, com a nomea-cão para a presidência daempresa de um dos homensmala prestigiados entre nsnacionalistas, o marechalOsvlno Ferreira Alves.

A vitória nacionalista nilnfoi fácil. Para «e alcançá-lafoi indispensável a moblli-mrào geral do.s sindicatosdos petroleiros, que seaprestaram Inclusive paraa decretação de greve. Ossindicatos exerceram papeltão decisivo cm virtude deatuarem nacionalmenteunidos • porque vêm sefortalecendo dentro da cm-'prèr-a. Tal ascenço decorredo fato dc lutarem firme-mente pelos Interesses eco-.rsfíA dmftrem o» problemai <U em-presa t o curao da "Upolítica em nossa Pátria.

Fator Importante para avitória foi a aliança esta-bclcclda entrf os sindicatose os técnicos. Ao contráriodo que antes ocorria, comonas crises surgidas nas.ad-minlstraçóes Geonislo Bar-roso e Mangabrira, náohouve, neste episódio, dl-vergcnelas importantes en-tre os dirigentes sindicais~ as associações dc enge-nhclros da Petrobrás. Con-trlbulção valiosa foi dada.igualmente, pclo.s deputadose militares nacionalistas,

assim eomo por Britou •Miguel Arraes. qu* dtíen»deram a posiçio do» rtndi-ratos doa trabalhadoita darmpréia* Contaram ésteacom a total seUdartedidida clat-v operária • doaestudantes, exprfltMdn naaa mudei assumidas peloC.O.T. e Pela U.N.E. Era,pois, uma ampla frentevoltada para ealflr do Oo*vêmo uma solução corretapara a questão

A erla« na Pifrobrés ser-v« como uma advertênciapara o nono povo* Ataviadela pode se perceber odcatlnn da reaçAo e suavontade de liquidar certasconquista.*, alcançadas pelaclasse operária e seus alia-dai. Mas. a solução da cri-r- Indica que temos forçapara derrotar essas mano-bra* e levar o movimentomuito mais longe. -Usesfatos vieram alertar nacorrentes progressistas pa-ra a necessidade de acom-patinarem atentamente o

que ocorre dentro das cm-presas estatais, a fim deque possam, a cada inatan-te. contribuir para a tm*pllacão dessas unidades, tIndispensável e Inadiávelque o movimento patrióticodé maior ntcncào a Elctro-brás, á Rèdc Ferroviária, à.Siderúrgica, a AlcalLs. ao*

compreender qua, na •'•».etapa. taU empresa*, áo-dem constituir importantespontos de apoio na lutacontra o Imperialismo, con-tra o latifúndio e a rea-ção. Não é possível ficarmosomisso* ou indiferentes aoque ocorre nestas empresas,que são peças básicas naeconomia brasileira e naluta pela sua transforma-çào.

Finalmente, a crise naPetrobrás Indica aos tra-balhadores das empresasestatais que devem ocupardentro dc cada uma desiasunidade* a mesma r"*-i**ão

qua «a trabalhadores dapetrólto dtarmpenham naPetrobrás. Via de rt»ra,nfto lio bem dlrtgldai Mempráaaa catatau e Mlaisio freqüenta rou boi,mnlvrraaçofa t empreguli-mo. ftata fato», aliado* kcampanha tremtnda quesofrem por parle dos gru*poi econômicos, e ani erroídecorrente! de concepçõeseconômicas falsas, sio ascausaa do pequeno êxito, ounenhum **lto. da virludaa tmprèaM eitatais.

O exemplo positivo daPetrobrás. onde se vluoiu*cesso dos administradoresapontados pelo* sindicatos•que Impediram a grossanegociata com a Essoi, de-ve ser seguida nas demaisempresas estatais. Por queos diretores dessas rmprê-

. sas devem ser' obrigatória*mente «colhido, no JockevClub, no Bacha'1 ou na Cá*mara do Coirwrcio Norte*Americana ? Os trabalhado-rei, que conhecem comoninguém a situação inter-

, na dai empresas, podemIndicar bons têcnlcoi, capa-zei de dirigirem esses ór-Rios. Evidentemente, talcoisa somente será alcan*çsda se os sindicatos fo-rem fortes e se dominarem

, amplamente o- problemas'• dessas empresas.

peloi-.*^aioi.*».i|Ct.i-rentti pt«|-t-uli.tai. ftfatu*ralmente, a reaçio volta.ák carga, pois não se cen-formará com a derrota.* E'Indispensável, portanto, amaior vigilância porquenovos problemas surgirão.D- outro lado, nio pode-mos no* contentar com oque foi obtido. Diante daPetrobrás existem sérios

, inimigos t complexos pro-blcmai. A derrota daquelese a soluçio deste* exift> apermanente moblllaaçao oetòdai as forcas que Atua-ram decisivamente nestesdias de crise.

PICADOS OAPITAISPalavru t coisas resiturlUm ine»|)f*

radamenU na vida da gente. P»"».ui. ••¦¦•nos $en ouvir falar nesta nu naquela e,d« repente, lã voltam elas a um prtmeirnplano, Eitá acontecendo Isso agora com nspecados capital». A Clvilluçfto Brasileiravai lançar um livro de contos no qual cariar-crltor ou melhor sete escritores fala-rio dos sete pecados; a revista "Claudia"encomendou.me um artigo «outros seledirão coisas sobre os aetei e deu-me comotema a "Gula", Ora Imaginem vocês, ngula. Antes de falar dela. contarei que fizexperiências com */*rl*i pessoas, pergun-tando-lhei qual* «nun oa pecados capitai*.Ninguém saola direito, nem de enr nemsaltcndo. Uns criavam uns pecados que,pensando bem. foram esquecidos e náoarrotados nos capitais, outros — flncinrioprofundo re1 peito religioso — declaravamque aquela nio era a hora de se falar riuassunto tio grave, tô, ns flltstcu»'i

Para começo de conversa, acho que aIcreJa devia faaer uma revisa,> nos men-rlonadoa pecado*. Orgulho será prendo?Orgulho de ter nma opinião r defendê-la,orgulho de viver a viris de cabeça rrauí-da. é pecado? Acho que não. Oreiillui êuma arma, um escudo com o qual o homem

avança. Quem náo tem orgulho de algu»ma coisa realizada náo é gani* nem bi*rho, ê farrapo, espantalho, Quanto á gula,coitada, ê um pecado Uo fora da nossa*piivlliilidiides econômicas, Quem hojepode cultivar a guli? Oa pobr** Jamal»,os rico» náo querem nada com a gordurae quem dl» gula dli gordura. O problemacentral da gula ou do guloao * econômi*rn; nio havendo dinheiro (vocéa se lem*••ram de um tempo em que se ouvia dlter:"quando eu tiver um dinheiro vndlo —"havia dinheiro- vndln*. sem destino, o pu-tre* temposi pode haver gula? Avareiar pecado capital maa quem á avaro? orico, só êle, logo o reino da avareia náo e*rni-a para nos, os de salário pequeno eorçamentos altos.

A Ira quando chamada raiva — creio•- nfto ê moi*. pecado e multo menos ee-pitai. Raiva tem que ('nr na gente diantede tanta calamidade, de tanta Injustiçasocial, de tanta infâmia e de tantas pro»vocações. Restam então dois pecados tre.»nvnrios: luxúrla, rio qual nin falarei, poisê«»r ê nn lornal f-érlo e a preguiça quemnão a tem? Mas náo estou aotil fazendotratados .«obre pecados Acho «penas queêlet deviam ser revistos. Os pecado* drontem náo *ão mais o dc hoje.

Taba Tupi Volta ao Cartaz:Foi Caso de EstelionatoA "maior obra arquiteto-

nica da América do Sul",a Taba Tupi. Idealizada pe-lo velho escroque AssisChateaubrinnd foi conside-rada pelo Tribunal de Jus-tiça da Guanabara comosendo um caso de puro csimples estelionato, rcsol-vendo que venha a ser in-denizado o sr. AmadeuMarques.

Oue Foi a Taba

Lançada dentro de umagrande campanha puhllci-tárla, * Taba Tupi foi uma

Arquitetosde

Reagem à ImportaçãoEstrange i r os Para 6 O an a bar a

dai maiores cspcculaçnr.*imobiliárias já realizadasna Guanabara. Passaram-so os anos. e nem a demoli-çào dos prédios foi comple-tada em mais dc dei anos.Enquanto Isso o povo con-tinuou a contribuir mensal-mente para os cofres do sr.Chrnc-uibriand que empre-gava o dinheiro como bementendia, menos na Taba.

Uma vez constataria peloscontribuintes a arapuca cmque cairnm, sucederam-seas ações Judiciais exit-inclnindenizações por perdas edanos. Enquanto Isso osadvogados dos "Diários As-soclados" agiam no.* corre-dores dos trlbuanls "im*pedindo" que a Taba viessea ser considerada como umcaso de estelionato.

Mas a especulação foidesnudada pelo desrmbar-gador Olavo Tostes que deu

ganho de causa ao ir,Amadeu Marques, Imp»-trante rie uma sefto o*perdas e ria noa. Durante ame*ma sessão do Tribunalde Justiça da Ouanabara, odesembargador Osny Duer-te Pereira determinou quefossem desarqulvadas ascopias rio proces*o. provi-rifnelnnHo-fe qne sejam en-vladas k Procuradoria doEstado para que esta eeIncumba ri*, apurar se aTaba Tupi foi um caso daestelionato contra todos mseus financiadores, hipóte»se que se confirmada pelaProcuradoria, devolverámulto dinheiro perdido,drixando em má situação"defensores" da iniciativaprivada como o sr. JoáoCalmou.

Arittidos do Oliveira

O departamento da Gua-nabara do Instituto dosArquitetos do Brasil dlvul-gou, quinta-feira, uma no-t» oficial Informando *ue

a comissão formada para•studar o contrato firma-do entre o governo esta-dual e a "Doxiadis Inter-nacional" concluiu por con-siderar o contrato "em seutodo como um instrumen-to prejudicial à comuntd*.-dP carioca, sob todos ospontos de vista",

A nota-, aprovada pela as-sembléia geral dos associa-dos do Instituto, diz quo acomissão resolveu orocedera uma análise do contrato.sob os aspectos ícguiti es:a) características des sei-vlços a serem prestadas pe-ia Doxiadis (serviços aeconsulta, assessoria e ola-nejamento); ,b) objetivosdo contrato; c) incoveniên-cia do contrato diante dasua desvinculação ao pia-nejamento regional; d) ic-percussão maléfica do non-trato no interior rio Brasil;ei inviabilidade e levia-úla-de dos prazos; f» ilègalida-de da realização de pror-to* perante a legislação ciaprofissão dos arquitetos;g) desprestígio.de •«'•íiiecsbrasileiros; hv levantamen-

. to do curricti/uni da Doxia-dis, sua filosofia de plano-jamento, suas obras

Para melhor atuar, oIAB vai — por auges.ão

também da comissão - acei-ta pela assembléia geral— entrar em contacto cimórgãos e profissional* ha-bilttados a fornecer as nc-cessárias apreciações sobreos aspectos legais, orça-mentárlos e relativos à se-gurança nacional, e tam-bém financeiros, relativasà aplicação dos recurso.»públicos. Sugeriu mais acomlssáo: 0 relatório, oueserá apresentado h.->ie àassembléia geral, deverá fi-nalizar-se com a apresen-tacão de soluções que de-vrm ser adotadas pclr Es-tado da Guanabara, com ofim de implantar-se um"planejamento fisico, ece-rente com as tieíessidad-wda população".

Considera o Instituto dosArquitetos do Brasil, se-ção carioca — que j*. rece-' beu a solidariedade dis se-ções de Goiás, Bahia - RioOrande do Sul e emeraque as outras seções esta-duais breve, se manifestem,ao lado d0 apoio já expve.1-so pelos melhores represen-tantes da arquitetura bra-sileira, como Oscar NÍ6-mayer — que o contratoentre o governo da Ouana-bnra e a firma Doxiadis é"lesivo à comunidade cario-ca" sob o,ç todos os aspe,-tos por ir""! s» possa anali-sá-lo.

Doxiodis

A firma Doxiadis nãotem nenhum prestigio ln-ternacional. Oscar Nie-mcycr declarou, na mensa-

- gem que enviou ao IAB, ciesolidariedade k sua lut-a

contra a iniciativa de La-cerda, que não conhec-, Do-xiadls, nfto sabe do ;;-euprestigio, alegado pelo go-vèrno. ",;',(¦.,

Especializada em subem-preitadas, Doxiadis , U.is\atuado a. partir:d»recons-_truçlo dai cidade* <iur<í-pélu, apô* o fim da 8e-;gunda O u e r ra Mundial,anunciada por uma "filoso-fia urbanística", que bati»zou de eklstica. Que é a ekis-tica? Um nome grego parauma teoria velha — a mal-thuslana, baseada na Idéiade que a população cresceem progressão geométrica,enquanto a produção crês-ce" em" progressão arltmétl-ca. desnível que gerará, naoplnl&o de Malthus, a fo-me. em futuro próximo.Malthus escreveu em finsdo século XVIII - e o íu-turo que éle previa já de-ve ter-se apresentado. 8u-bordlnados a essa idéia, osmalthüsianistas e neo-mal-thuslanlstas orientam seutrabalho em funçfto daconservação da estrutura:não conseguem enxergaralém do horizonte da as-slsténcla, social. No plane-jamento das cidades, dãosoluç<5es falsas, que eonsti-tuem um engodo — maisengodo do que pallaçfto dosproblemas.

Doxiadis trabalhou paraos executores do "PlanoMarshall", quando da re»construção das cidades des-truldas pela guerra. E' umhomem Intimamente liga-do ao imperialismo, ao qualserve há muitos anos. Afirma qu« éle, fundou t«vetrabalho suficiente, no Ini-cio de sua* operaçoei,, nofim da guerra; depois,quando cessou a demanda,porque a* cidades que ne-cessltavam reconstruir-se

acabaram reconstrulndo-se.Doxiadis estendeu sua açãoaoi palies subdesenvolvidosda África * da Aala, ondeexerceu um trabalho dasubempreltamentos, atra-,vés doa quala eipollava, es-polia até boje, os arqulU-

Doxiadis servirá decerto áspretensõe* políticas do ^o-vemador da Guanabara,como tnatrumento eleitoral.

Ameaça

que éle controtMn<e.eoio»/i.t,r|rjnMM ... .mmUlt.^. hrt.cava ao seu «enrica

Contrato Ltslvo

O Instituto dos Arqulte-tos considera atentatória ásegurança nacional brasi-.letra a entrega do Estadoda Guanabara a uma equl-pe de técnico* estrangeiros,que vai, por força' da riátu-reza de seu trabalho, reali-zar um levantamento mlnu-dente e completo da reali-dade geográfica e sócio-econômica da reglfto, aaslmse a-senhoreando de umconjunto de dados de In-formaç&o que nfto se adml-te calam em mãos de >«-;trangelros, ainda mais vin-culados, como os da firma _Doxiadis, à ação norte-americana no mundo.

O trabalho da Doxiadisserá coracterUtlcamenie i,um trabalho de InfiltraçãodP métodos e processos quenfto se pode aceitar com"Inocência". O plano de Do-xiadls terá um alcance, notempo •— o. ano 2.000 —que impõe a dedução deque é um plano baseadono pressuposto de quP con-tara com um futuro am-paro nacional, pois seriaabsurdo planejar o desen-volvimento de um listadosem contar com a certezade que o planejamento po-:derá ser entrelaçado comum plano de aplicabilidadeem escala nacional. Dondeie conclui que a ação de

'ameaça aoi arqultetoa bra»illelros. A lmportaçfto deurbanistas * arquiteto* ei*trangelros para, fazer umtrabalho a que o* proflsslo-nati brasileiros ae recomen-dam por um conceito Inala-cado no mundo Inteiro eque aliás se formou * crês*eeu sobretudo no estrangei-ro, constituirá um fator itmarglnalliaçto e aubapro-veltamento, da máo-de-obrabrasileira. Oi arquitetasbrasileiros Já *io, há multotempo, mal aproveitados;ganham mal e trabalhambem menos, do que neces-•ltam — e aquém daa ne-cessldade* do pais. Embo-ra o Brasil forme umnúmero quase Irrisóriode arqultetoa por ano,mesmo esse pequeno nume-

o vive inaproveltado, sempoder dar de al tudo o quepode, tudo o que -deve • .*„ etudo.o que o Bnuül preet*sa. Há uma margem -fe ca-pacldade de produção oclo-sa dos arquitetos brasilei-ro* que só pode estlmilará solução dessa anomalia —e nfto à cristalização dela,e, pior: ao exacerbamentodela.

O que vai acontuier ne.Ouanabara com a vinda deDoxiadis — a ser sustenta-da com dinheiro do povo— será, pois, a relegaçlodo profissional brasileiro,tfto capaz quanto os me-lhores do mundo, a umacondição de aubalternlda-de, inadmissível neste mo-mento de maturidade Já

alcançada pela cultura bra-sileira. Subaltemidade eInaproveltamento — umcrime puro.

Coita dt Inimigo

Apesar da reação geral e' unls-onamente m a nlfestade todoa o* setores respon-•ávels do paia. o governa-dor da Ouanabara reaflr-ma, em entrevista enviadaao "O GLOBO" segunda-feira passada, o propósitode cumprir o contrato ce-lebrado com Doxiadis, Pa-ra o governador, a reaçãoao contrato compõe apenasuma "exploração política"dos seus Inimigos. SemwssaJIlfjr^que- "com essaobservação»;, o governador,éle próprio, se incumbiu de.confirmar a idéia bem dlfu-ia de que é multo grandeo número de teui Inimigos,tfto geral e não quebndapor nenhuma exceção foia reação á sua atitude detrazer Doxiadis ao Rio rieJaneiro, Importa observarque essa atitude dò gover-nador e mais i.ma mant-festaçáo de sua ojerlza aodebate —* feto essencial-mente democrático. A car-ta qu* o Instituto dos Ar-qultetói do Brasil enviou aoir. Lacerda, propondo umencontro-debate, não foirespondida. Lacerda nãolhe emprestou nenhum va-lor. E era uma carta doInstituto • doi ArquitetosBrasileiros, que não se sa-be tenha ou possa ter o mi-nimo Interesse político emopor-ie — ao governador?,não, em opor-se a um niodo governador, o qual fere,atinge fundamente os ln-terêsses vitais dos arqulte-tos brasileiros, coinclden-tes, neste caso, com os dopai* todo.

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Rio de Janeiro, 7 a 13 de fevereiro de 1963 nr 7

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Em reuniSo rcaltsndn na tarde de têrça-felra, mdiretores riu Confcdcraçfto Nacional doe Trabalhado*reu nn Indústria, oa liderei do Comando Oeral dosTrabalhadores e os da Comissão permanente daaOrpanliaçôes Sindicais decidiram mobllliar o opera*rlado brasileiro em todos os pontos — ruas e local»ds trabalho —¦ do pais a fim dc conseguir a imedia*ta assinatura, pelo Presidente da República, do de*creto de elovaçAn do salário-minimo de 21 para 42mil cruzeiros, com vigência a partir de Í.° de Janeiro.

As organizações sindicais que comandam o mo*vimento operário brasileiro decidiram sugerir a to-dos os sindicatos do pais a realisação dc assembléiasnas quais devrm fixar essa posição de exigência deaumento dr 100 por cento e já; ao mesmo tempo,ressaltaram a necessidade de se organizar manifes-tações do rua e encontros nas portas das fábricase demais locais de trabalho, como forma de mobili*'zação.

Após a reunião, os dirigentes da CNTI e do CGTsolicitaram e obtiveram uma audiência com o pre-sidente João Goulart, a quem informaram das de.cisões tomadas, entre as quais a principal: a de náotransigir na exigência dc aumento de 100 por cen-to e a partir de l."'de janeiro.

Amanhã, sexta-feira, às 17 horas, as entidadessindicais ria Guanabara realizarão uma concentra-ção diante do Ministério do Trabalho, á qual deve-rão comparecer milhares de trabalhadores.

Salário-Mínimo

Salário-mínimo é, como diz o nome, o menorvencimento capaz de manter o trabalhador vivo —para continuar a trabalhar. Necessita, pois, de-acompanhar a elevação do custo de vida. para re-compor — cm aparência — o equilíbrio entre ospreços das mercadorias, dos bens, e o poder aqtilsl*tivo desgastado pela inflação.

Nos últimos 23 anos, o salário-minimo, Insti-tufdo em 1940, já foi aumentado dez vezes. De 240cruzeiros em 1940, passou a 21 mil nn ano passado.Nesse período, o desgaste dos salários gerado prlainflação tem-se acentuado em progressão cada vezmaior: o poder de compra dos salários reais é "de-crescentemente menor.

Para compreender o que significa em verdadeum salário, deve-se classificá-lo em dois tipos: sa-lário nominal e salário real. Nominal é o saláriopago ao trabalhador; o salário nominal no Estadoda Guanabara — é um exemplo — é de 21 mil cru»zeiros atualmente. Salário real é o valor real do sa-lário nominal. Existe uma diferença nítida entre sa-lário nominal e salário real. Demonstra-se essa di-ferença por um exemplo simples: se o custo de vidana Guanabara aumentou em 95.8 por cento em1963, isso significa que em dezembro se comprapor CrS 195.80 o que em janeiro, doze meses antes,se comprava por CrS 100. Quer dizer: a mercado-ria — unia mercadoria qualquer — teve dois pre-ços no decurso de um ano. temoo em que o salárionão se modificou, permaneceu inalterado. O resul-tado é que o salário, em janeiro, era nominal e real

mas em dezembro apenas nominal, porque per-dera a realidade, que é o valor, o poder de compra,de adquirir, de converter-se em bens.

O reajustamento dos salários na proporção doaumento dos preços — do custo de vida — é porconseguinte uma tentativa de devolver ao saláriodesgastado a sua realidade, o seu valor real.

De tudo isso deduz-se diretamente que a desva-lorizacào contínua dos salários obriga o'trabalha-rior assalariado a trabalhar cada vez mais, para po-der comprar a mesma quantidade de bens sempre.Assim, apesar rie ter seu salário aumentado, de vezem 'Quando o trabalhador vé-se constrangido a tra-brilhar mais, porque a não correspondência entre arcaürlarlr rin salário e a realidade declarada, ou seja,nominal, é crescente, progride com o progresso dainflação. Daí — é desnecessário dizer — que o tra-balhadòr, nâo lhe sendo possível trabalhar mais ho-ras, é obripario a... comer menos.

Nos últimos anos, o surgimento da necessidadede recomnor a realidade dos salários tem ocorridoem períodos cada vez mais restritos. Antes, era ne-cessário aumentar o salário de dois em dois anos;hoje. de três em trép meses. Êsse fato novo, ou melhor,a evidência desse fato é que impôs, ainda no ano pas-sacio, a idéia de instituir-se a escala móvel dr- sala-rios. com a qual se tentará tornar minimamentepermanente o valor real dos salários.

Rezoneamento

Há muitos anos que os trabalhadores, por suasentidades, lutam pela revisão do zoneamento dos ní-veis de salário-mínimo. Os sindicatos, as federaçõese as mais associações de classe há muito tempo quese colocaram em oposição frontal à existência de 56regiões, cada uma com um salário-mínimo próprio.Êsse zoneamento do salário é responsável por ahsur.rios gritantes. Em um mesmo Estado, como SãoPaulo, Minas Gerais e outros, dois, três ou mais ní-veis díspares de salário-mínimo coexistem, um aolado rio outro, configurando, com isso. o contra-sen-so de um trabalhar ganhar, num município, menosrio oue no município vizinho. Fácil imaginar as con-scoúèncias práticas e cotidianas de absurdo tãogrande. .

Um exemplo. Itaguaí e Nova Iguaçu, munici-pios que limitam com o Estado da Guanabara, dooual compõem a mesma órbita econômica, estão si-tuados em zonas de salários diferentes. Em NovaIguaçu o salário-mínimo é um; em Itaguaí é outro

menor do que em Nova Iguaçu. O resultado —imediato — é que a mão-de-obra de Itaguai prefe-re procurar trabalho na Guanabara, onde o salário-.minimo é bem mais alto, assim provocando carên*c:i de trabalhadores em Itaguaí, que fica tolhida nasua ambição e nas suas possibilidades de industria-iizar-se ao ritmo de, por exemplo., sua vizinha NovaIguaçu.

Primeiro Passo

Durante as últimas discussões sobre n ?:on*»"i-rvnto, o SEPT — órgão incumbido dele. e que ;ri-t?<ri'a o Ministério do Trabalho — manifestou a dis-posição de diminuir o número de zonas, racionali-zando a fixação dos salários-mínimos regionais. Porpressão dos trabalhadores — o SEPT reduziu o nú*mero atual, de 56, para 36 zonas; por nova pressão,representada por um estudo, da Confederação Na*cicnál dos Trabalhadores na Indústria, mais quatro'zonas foram suprimidas, e ficou o total de 32.

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PBK8

Vinte a quatro xonas foram extinlas, pnrtfnio,a partir do novo snlàrlo minimo mie vai tCi uecu» •do Bà S4o Paulo continuará «i .dividido em 3 :?•piões — o que já constitui um propresío: eram cin.co as regiões. O novo ronenmcnto estabeleceu umi

e nó máximo duas — sub-região para os Estados,exceto 81o Paulo; exccçfto combatida pelo operariadopaulista.Está evidente que.» redução do número dc r*glÕPH _ passo primeiro no sentido da unlversali7j*çáo do salário-minimo, Isto é. a uniformização do i >lário-minlmo a todo o pais - produzirá beneficiasimediatos ás áreas estaduais, até «gora prejudica,das pelo absurdo que é a diversidade de salários. Emprimeiro lugar, ocorrerá uma fixação do trabalha,dor em sua própria região, eliminada que terá .".idoa tentnçfto c a necessidade dc buscar, em outra .ire»,o salário mnls alto oue a sua não fhe propicia, Oprocesso de Industrialização receberá um maior '*•cremento — abolido n êxodo da mão-dcobra, nngeral acompanhado ou seguido de capitais de ln.vestimento.

Cem Por Cenlo

Outra questão que constituiu tema de discussãoe debate a propósito da elevação do salário-minimofoi a do início da sua vigência: os trabalhadores nãoabrem mão dc que seja a partir de primeiro de ja*neiro — c dc que o aumento seja de 100 por cento.

Quanto ao Índice do aumento, a controvérsia *Sda responsabilidade do Serviço de Estatística daPrevidência Social (SEPT), que embora haja rece*bido ordem ainda em principio do ano passado paraproceder ao levantamento dos Índices parciais deelevação do custo dc vida até o mês de julho último

não cumpriu a tarefa até hoje; conforme decla-ração do diretor, o SEPT precisará dn 25 dias em fe*verciro para calcular o aumento do custo de vidacm janeiro.

A.morosidade do SEPT oue provocaria o adia-yiento da assinatura do decreto'de novo salário-mí-nimõ pelo mnnos nara março, é naturalmente repu-diária pelos trabalhadores, que querem o aumentodr 100 por cento já, e a partir dc janeiro passadaO movimento sindical está, em função dessa posi*çáo de exigência de não retardamento do decreto, nr-ticulandn uma ação de dimensão nacional, e raheaue o,SEPT já tem o levantamento dos Índices doaumento do custo de vida em 13 meses, que incluemo de janeiro passado, o que bastaria perfeitamente,é claro, para calcular o nuantum de aumento dossalários é reoueridn pelo atuç»l custo de vida.:

O início da vitrência do novo salário-mínimo de.vp ser — juleam os trabalhadores — a partir de 1."do janeiro, data em que expirou a vigência do últl-mo (mas ainda em vigor) salário, que agora se queraumentar.

Salário-Família c Aposentadoria

A última reunião dos dirigentes da CNTI, doComando Geral de Trabalhadores e da ComissãoPermanente das Organizações Sindicais, têrca-feira,tratou também da questão do salário-familia, quepor lei corresponde a cinco por cento do salário-mí*nimo.

Outra questão abordada: a da aposentadoriaespecial que várias categorias profissionais não têmainda e estão exieindo. Embora incluída na Conso*lidação das Leis do Trabalho, a vantagem da apo-sentadoria especial ainda espera a sua regulamenta*ção. Uma comissão estudou três anos essa regula*mentação- pretendida — e.parece que agora vai for*mular um projeto, pelo oual, se aceito, diversas ca-tegorias profissionais terão um limite menor para otempo de trabalho requerido como condição de ob-tencão de aposentadoria. Serão alcançados oelo-be-nefício os trabalhadores que exprcem atividade emlocais insalubres ou com risco de vida.

União

O salário-mínimo. com.tudo o que implica, e aregulamentação das aposentadorias especiais são asduas grandes questões que as liderencas sindicaisvão colocar no meio da rua e às portas dos estabele*cimentos de trabalho, meio dé mobilizar o operaria*do brasileiro em defesa de seus direitos, cujo aten-dimento vem sendo adiado há mais de um mês normotivos inadmis-síveis. como o alegado pelo SEPT,de que precisa de pelo.menos mais um mês paracompletar seus estudos do problema. A mobilizaçãoserá geral — e insistirá em mostrar a injustiça do

•fato de que milhões de trabalhadores da cidade edo campo, aqueles que são remunerados pelo sala-rio-minimo, não tiveram ainda o aumento que já foidado a numerosas categorias profissionais, como ásque realizaram, juntas, em São Paulo, em fins deoutubro, a grande greve «dos 700 mil», ou as diver.sas categorias qúe conseguiram, nos últimos trêsmeses, na Guanabara, por meio de greves, o aumen-to de salários pretendido e reivindicado.

É é preciso atentar— e a campanha do movi*.mento sindical vai chamar a atenção para isso —que o novo salário-minimo já vai nascer morto: rs-vaziado de todo poder de aquisição. Mesmo dobrado,para 42 mil cruzeiros, vai significar muito pouco,porque os preços, antes da e com a noticia das de-marches pelo aumento, já subiram assustadora* ,mente.

Ofício

Consciente de que a luta pelo aumento do sa*lário-mínimo não pode ser desprezada como ocasiãode.alertamento sôbre as causas da desvalorizarãodos salários e de indicação da solução desse proble*ma, que é a inflação, o Comando Geral dos Traba»lhadores entregou ao presidente da República umoficio fsolicitando-lhe providências concretas — queestão ao seu alcance — no sentido de resguardar aeconomia brasileira, subtraindo-a ao domínio dosgrupos econômicos estrangeiros e promovendo asua emancipação completa.

No ofício, o CGT lembrou ao presidente da Re.pública que quem mais sofre com a inflação e a ca*réstia são os trabalhadores; os beneficiários, os quese locupletam com a inflação e a carestia são osmonopólios estrangeiros e seus aliados nacionais,exatamente os responsáveis pela situação brasileira.

Propondo medidas efetivas, o Comando dos Tra-balhadores chamou a atenção do presidente para apróxima Conferência Internacional do Comércio,em Genebra, exigindo-lhe que instrua a delegaçãobrasileira no sentido de defender a necessidade e odireito do comércio com todos os paises do mundo,e a valorização das matérias-primas, que são, atual-mrnte, as principais mercadorias de exportação dospaíses subdesenvolvidos.

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Mensagemde KrnschiovAos Chefesde.»>- Estano

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SUPLEMENTO ESPECIAL — 7a 13/2/64

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NAO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Meisaienile Kruschiovlos Chefesde Estadodo Mundo

O presidente do Conselho de IU-nutro» da URSS, Mlklta Kruschiov,enviou em 91 de desembro a seguin-m mensagem aos chefes de Balado(governo) do mundo:

Dlrijo-voa a presente mensagempara chamar a atenção de V. Excia.a um dos problemas que, na minhaopinião, encerra uma particular im-portáncia para a consolidação dapaz: o problema dos conflitos terrl-torlais entre oe Estados e as formasde solucioná-los.

Inicialmente, desejaria eaclare-cer por que o Governo soviético for-mula esta questão precisamente nes-te momento; qual é a razão em virtu-de da qual consideramos este pro-blema de singular atualidade e par-Ucular importância.

Confio em que V. Excia. está deacordo cm que na atualidade a pró-pria vida formulou, irrevogávelmen-te, a todos, independente de sua na-cionalidade ou raça, de suas convic-ções políticas ou religiosas, o proble-ma da manutenção e consolidação dapaz.

ultimamente, graças aos esforçosconjuntos de numerosos Estados, ve-rificaram-se determinados progressosno sentido do alivio da tensão inter-nacional. A conclusão do tratado deproibição das provas com a armanuclear na atmosfera, no espaço cos-mico e sob as* águas, calorosamenteaprovada pelos povos, é, de acordocom o sentimento geral, um impor-tante passo para a solução pacificados problemas internacionais maisurgentes. Também foi acolhido favo-ràvelmente por todos os que aspiramao fortalecimento da paz o compro-mlsso entre a URSS e og EUA, con-firmado por resolução unânime daAssemblêia-Geral da ONU, de nào co-locar em órbita artefatos portadoresde armas nucleares e outros tipos dearmas de extermínio maciço. Estespassos representam um bom começo,• hoje é indispensável continuar aobra iniciada.

Verificou-se nos últimos mesea,eomo é notório, uma troca de opi-nióes em torno da possibilidade deadotar novas medidas tendentes asuavizar a tensão internacional, aconsolidar a pac. A obtenção de acôr-dos sóbre estas medidas influiria nbeneficamente, como é natural, naeituação internacional. O Governo so-vlético parte do critério de que de-vem prosseguir as buscas de soluçõespara os problemas internacionais emoausa.

Se avaliarmos devidamente o queO* convenckwrM chamar de realida-dea do aécralo amelsar, teremos de re-aonhecer qu* o dever comum doa ea-tadistas, que tom alta reapornabili-dade pela •**•*)* da pas, pelo futurodos povos, consiste em dar passosmais radicai* ainda para eliminar operigo de ums nova guerra.

Levado por seu desejo de colabo-¦ar para a solução desta grandiosatarefa, o Governo soviético propôs odesarmamento geral e completo. Ho-Jo, todos reconhecem que a efetivaçãodessa proposta asseguraria uma pazverdadeiramente firme e inquebran-tavel. Entretanto, é triste o fato deqae quando se chega ao terreno dasnegociações concretas em torno dodesarmamento geral e completo, davedação ,do correspondente tratadoInternacional, conversações que jáduram ano*, nem todos os Estadosaaostram-s* efetivamente dispostos aseguir nesta direção.

Pelo visto, há razões para isso!a, nâo tenho a intenção agora delliaar essas razoes, nem multo me-

nos de polemizar em torno destaquestão. Qusta uulc.ajB.ente assinalar

o fato de que as negociações a res-peito do aesaimainento geral e com-pleto nâo deram resultados percepti-vels até o momento.

A luta para plasmar na práticaa Idéia do desarmamento geral ecompleto, Idéia na qual se cristalizamos sentimentos mais recônditos dospovos, prossegue, e prosseguirá en-quanto náo se chegar a um acordo.

For seu lado, a União Soviética,da mesma forma que antes, faz efará tudo o que fôr necessário paracontribuir para o êxito nesta quês-tão. O Governo soviético, como é doconhecimento geral, deu novos passosnesta direção na XVIir Assembléia-Geral da ONU, encerrada recente-mente.

Examinando a situação atual, oGoverno soviético chegou ã conclusãode que será útil, alem de prosseguirttabalhando imaiigáveimente pelasolução do desarmamento geral ecompleto, multiplicar simultâncamen-te nossos esforços para eliminar osgraves atritos existentes nas re.açõesentre os Estados e os focos de ten-são.

Creio que V. Excia. estará deacordo comigo em que se confrontar-mos os problemas, chegaremos a con-ciuião de que sao indubitavelmenteos conflitos territoriais, os problemasdas fronteiras entre os Estados, osque originam mais do que outros pe-ngosas fricções entre os Estados nasdiferentes partes do mundo. As recla-mações mútuas ou unilaterais de ler-ritórios de outros. Estas sáo as cir-cunstàncias que nos induzem a en-frentar este problema. E' da própriavida. Na minlia opinião, é irremeaià-vel que pensemos neste problema.

A questão das fronteiras, ou maisexatamente, das reclamações e con-fiitos territoriais, não é, naturalmen-te, nova. Existe ao longo de toda ahistória, e a ela se vincularam gia-ves conflitos entre Estados, a descon-fiança mútua e a inimizade entre ospovos. A ocupação - de territóriosalheios era o satélite Invariável dasguerras de conquista, levadas a cabopor numerosos governos da antigüi-dade, da idade média e da época mo-derna. E as inúmeras guerras colo-niais. Sua principal finalidade tam-bém era, invariavelmente, a de üsur-par territórios alheios, submeter ou-tros povos. Isto, hoje, ninguém podenegar, por mais que os colonizado-res, no seu tempo, procurassem enco-brir suas obras vis com argumentosem torno de sua ''missão civilizado-ra".

Também em nosso século as re-emanações territorial* entre o* Esta-do* deram lugar a muito* conflito*armado*. Nas duas guerras mundiaisengendradas pelo imperialismo, o de-sejo de apoderar-se de territóriosalheios desempenhou um grande pa-pel. Dezenas de milhões de vidas fo-ram imoladas no altar do moloc daguerra. Os anseios dos que, por umlado, na Alemanha do Kaiser, e, poroutro, nos paises da Entente, prepa-raram os planos para refazer o ma-pa da Europa em seu favor, e não sóda Europa, impulsionaram os fatosque levaram à Primeira Guerra Mun-dial. As reclamações da Alemanhahitlerista e de seus aliados na agres-sào pelo -"espaço vital" à custa deoutros povos, abriram caminho paraa Segunda Guerra Mundial.

Mas, se é certo que as reclama-,,çõee territoriais transformaram-se*em muitos casos om guerras e con-flitos bélicos, também é certo que asguerras, como meio para resolver asdivergências" territoriais, foram sem-pre custosas 'para as povos. Bastavaque um Estado se apoderasse pela

. At-y mm* AâfamfjaMJLgeW §-*•¦»

biigiti mm» e cuaam ae otu.o aetodo,para que êste começai.* a prepararuma nova guem a fim Oe. reaver otcrr.tor.o perdido. Depois, o circuloae repetia. *." bastante recordar co-mo a Alsác.a e a Lo.ena paa4ara.1t3e

uma mao a outra, e de como ca-a vez. que êste* territórios mudavam

dc mao ciam derramados rio* de -an-gue. üepois de cada luta peto* terrl-torio-t, a> divergência* entre o* Bata-dos agravavam-se multo mais do queamej.

Herdamos do passado muitosdesse, comuto, tcirilo.iais. Hoje,essas divergência* e recla nações mú-tuas exis.cm incuaive em núsaeromulto maior do que antes, isto ae ex-piica, entre outra* coisas, pela fatoOe qae mu.ios novo* felados sobera-no* que conquistaram recentementea inacpcndéncia nacional, herdaramdo., regimes colonial* um número ele-vado de problemas fronteiriço* artifi-ciaimi-ine eriaclo*. Se fixarmos o ma-pa político do mundo atual, encon-traremos nele dezenas, quem sabecentenas, de sonas cuja posse édisputada por determinados Estado*.

E' certo que a* disputas e recla-mações territoriais entre o* Estado*nâo são do mesmo caráter. Há entreelas as que dependem da libei taçãodeste ou daquele povo do jugo colo-nial ou ua liquidação aa ui**umo es-trangeira.

Sabe-se bem que nem todos o*afetado* co.onials, imediatamente de-pois de sua libertação, conseguiramresgatar do domínio dos colonizado-res todos os território* que lhe* per-tencem legitimamente.

Antes de tudo, é necessário as-sinalar Taiwan. Esta ilha é parte in-tegrante do Estado chinas desdetempos remotos. A ocupação ilegal deTaiwan pelas tropas norte-america-nas deve cessar. A ilha é uma par»te inseparável da Hepuoi.ca ro^u-arda China e há multo tempo já de-veria ter sido reintegrada se nãofosse a intervenção externa de outroEstado.

Se, em relação côm isto, são ne-cessarios outros exemplos, é.es sal-tam à visa. Poderíamos tomar, porexemplo, a questão, ainda recente, dareunificação do Iria Ocidental á In-donOsia. A exigência dos Es.ados ii-bertados de que lhes sejam entreguesos territórios que ainda se encontramsob o domínio colonial ou submeti-dos à ocupação estrangeira são in-dubitàvelmcnte justas.Tudo isto também se refere, natu-ralmente, aos territórios dos povosque em geral não conseguiram aindaa independência nacional e permane-cem na situação de colônias. Nâo épossível Cotar de acordo com a ex-piicação dos colonialistas que. aindaconservam colônias, os quais afir-mam que êstes territórios são parteintegrante da metrópole. Neste casonão pode Haver lugar para nenhu-ma confusão. O direito de todos ospovos à sua redenção, liberdade e in-dependência, inscrito na Carta daONU, no capitulo referente á conces-sào da independência aos paises epovos coloniais, não pode ser postoem dúvida por ninguém.

Desejaria destacar que o papelde todos os que estão verdadeira-mente interessados na mais rápidae completa liquidação do vergonho-so sistema colonial, cujos restos con-tinuam envenenando a atmosfera donosso planeta, consiste em ajudarêstes povos a se libertarem o maisrapidamente possível da opressão co-lonial.

Quanto mais rápida e plenamen-te isto seja levado a cabo, mais ga-nhará a causa do reforçamento dapaz em todo o mundo. Os povos queainda esuo submetidos à expioraçaocolonial esforçam-se para obter sualibertação e independência por meiospacíficos. Mas, nem sempre estesmeio* se revelam suficientes, já queaqueles que eatão. interessados emconservar e ejernlzar os resto* dosistema colonial, freqüentemente,respondem com a forca das armasàs justas exigências de liquidaçãodos regimes coloniais. Nestes casos,aos povos opr.uidos só resta empu-nharem armas, e este é seu direitosagrado.

Igualmente devem ser dearnan-teladas as bases militares instala-das em territórios estrangeiros, dis-tantes dos Estados a que pertencem.E não deve' enganar ninguém ne-nhuma referência ao fato de que a<terras onde tais bases estão instala-das e são mantidas tropas estrangei-ras foram em alguma época cedidasem virtude de tais ou qual* acordos.

Nâo é segredo para ninguém aforma através da qual eram firma-dos esses acordos: o mais forte im-punha sua vontade ao mais fraco.Hoje, os mesmos Estados que em ou-tros tempos viram-se obrigados a ce-der seus territórios para bases es-trangeira?; sentem o peso, exigem aanulação dos tratados sobre as ba-

soa a êsvsmmÊs ie o»o desmantelam» ato dasrada das tioposjuiia* exigência*

reü-lata*

ser atendi-

Há ainda outro problema ligadoaté certo ponto ao problema terrlto-rlal: o problema da unificação daAlemanha, Coréia e Vietnã. Cada umdeste* peite* ficou dividido depoU daguerra cm doía Ettadcw eom slatcmasocial diferente. O anseio de unifica-çáo de aetii povo* deve aer compre-endido e respeitado.

Mas. deve-se depreender dissoque o problema da ramificação de-ve aer resolvido pelos próprio» povo»deste* btados e seus governes, semingerências nem preaocs do exterior,e, indubitavelmente, nem nenhumaintervenção militar estrangeira, sema acupaçâo, cono ocorre de (ato, porexemplo, -na Coréia do Sol e noVietnã Meridional.

Para resolver este problema *necessário renunciar ao emprego daforça, possiblliundo a estes povos aunificação pelo caminho pacifico. To-do* os demais Estados devem colabo»rar para gue Isto ocorre.

Maa, o problema que.examina-me* hoje nao é este, e um o que fa-ser com os conflito* e recinmaçõeaterritoriais que tem soas origens na*fronteiras estabelecidas entre os Ei-tados. Consideremos em primeiro lu-gar a natureza oe*»as o^ergenctas *reclamações.

i No quadro dêste* conflitos, têmum lugar especial as exiganeta* doscirculo* revanchistas de atgans paisesque foram agressores na Segun-oa Guerra M*ancuai.° Ssies cucuios,desejosos de uma revanche e queren-de vingar-se da derrota que sofre-ram na guerra, manipulam planospara rever a justa divisão territorialfeita depois do conflito. Em primei»ro lugar, querem recuperar os tem-tortos que passaram a outros Estadospara liquidar os efeitos da agressãoe garantir sua segurança futura.Tais "reclamações" territoriais devemser rechaçadas resolutamente comoincompatíveis com os Interesses dapaz, já que destas reclamações pode-se originar uma guerra mundia-

Há, entretanto, outros conflitosfronteiriços e reclamações territo-riais, que, além do mais, talvez se-jam em número maior. Estas di-spu-tas nâo têm nada que ver com oajuste de após-guerra. As partes nes-sas disputas baseiam suas reclama-ções em argumentos e consideraçõesde ordem histórica, etnográfica, la-ço* de sangue, religiosa, etc.

Ocorre com freqüência que umEstado alega razões desta índole afavor de sua reclamação territorialcom outro Estado, e êste, por suavez, apresenta provas dessa mesmaíndole, mas no sentido diametral-mente oposto, apresentando tambémsuas reclamações territoriais. Coose-qüentemente, exacerbam-se as pai-xões e a inimizade entre êle* aproiun-da-se.

Como saber com quem está averdade, quem mantém uma posiçãojusta e quem uma posição injusta?Certas vezes isto é sumamente difícil,já que as fronteiras atuais se forma-ram sob a influência de numeroso*fatores.

As citações históricas nio aju-dam em muito* casos. Quem podeafirmar que a citação de um fato doseeulo XVII apresentada, por Jiipó-tese, por um Estado para justificarsuas reclamações territoriais, é maisconvincente do que, por exemplo, acitação referente ao século XVIII ouao século XIX, com a qual outro Es-tado pretende fundamentar aua con-tra-reclamação? Se nos basearmos nahistória de vários milênios para de-cidir tal disputa fronteiriça, todos es-tarão de acordo, evidentemente, emque na maioria das vezes não se podeencontrar uma solução verdadeira.Tampouco podemos esquecer o fatode que com citações históricas ire-qüentemente encobre-se a mais dês-carada agressão. Muasolini utilizouo* argumentos da* fronteiras do im-pério romano para justificar suasusurpaçôes territoriais no Mediterrà-neo, que os fascistas Inclusive deno-

. minaram "maré nostrum", procuran-do apaeeoer cosao herdeiros dos an-tigos romanos.

E' difícil averiguar eaa muitoscasos a justeza das "Tirmtst" preveni-entes de terreno nacional, etnográfi-co ou de laços de aangue. A humani-dade desenvolveu-ae de forma quealguns povos habitam hoje em terrl-torlo de vários Estado*. Por outrolado, há Estado* de tipo mraftinacio-nal, onde muitas vêses vivem deze-nas de povos, pertencente* inclusivea diferentes raças.

Oeegraçadaraente, as disputas defronteiras nâo são travaaaa sêmen-te entre os historiaeaares e os etnó-gratos, mas entre Sstadei, onda umdos quais dispõe de forças armadasás vezes numerosas. A vida demoris-tra que a maioria dos conflitos te*-

omassmO ata ias O m*mO (to tfSS M .MM Ma fl mtMmmwS mOMSÊ M SJMMH MHM"••••» *****!? **?*** m ¦'¦•¦¦ SmU. o mais émpiíImim tom «tm ê ssooM

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Rita» armada*, ocasionalmente gra-no, e, por conseguinte, representampotencialmente una ameaça :'n iCH

geral. lato quer diaer que o pro-ema daa fronteiras estabelecldaohistoricamente deve aer íocallaadoeom a neoeasárla compreeruáo.

Tal ves haja. Ingéouos que, Já quea maioria du disputas tcrrltorlaUafetam somente aa relações entre Ia-todos pequenos que nio dispõem dearmas nucleares, acreditam que elasnão contêm nada de terrível.

Que discutam e, no pior dos ca-aoa, que lutem entra 'tá ei paises pe-sjosnos, lá que Isso Mio trata gravouaonreqdénclaa paia a hwusn.Martc.

Esta forma de raciocinar é in-Justa e prejudicial. Por acaso pode-ee ver com indiferença os povos der-remarem seif sangue por questões defronteiras? Além -do mais, deve-seaer realista nesta questão. Brn nossotempo, em que o desenvolvimentodas relações internacionais ias comque os interesses dos Estados — eco-nómlcos, políticos, estratégicos- e deIoda classe—* se entrelacem, quan-do subsistem sistemas ramificadosde alianças, nestas circunstancias,qualquer choque que se verifique numponto qualquer, o qual aparentemen-le deveria ter um caráter estrita-mente local, também pode arrastarrapidamente muitos outros Estados.Entrariam em açio também os com-promlssos contraídos nessas alianças,e os temores fundados ou fictícios deoutros Estados pela sua segurança,tanto dos que se encontram nas pro-ximidades dos conflitos, como dosSue

se encontram a milhares de qui-imetros. E„ também, digamo-losem rodeios, o simples desejo de ai-guns Estados de aproveitar o confll-to local para seus fins particularesde usurpação. Além do mais, tam-pouco devemos esquecer que umaguerra Iniciada com o emprego dearmas convencionais, pode-se con-verter em nossos dias numa guerramundial con emprego de armas ter-monucleares.

Creio que V. Excia. estará deacordo comigo em que seria perigosopara toda a humanidade particular-mente um conflito bélico fronteiriçona parte do mundo onde no passadodesencadearam-se ambas as guerrasmundiais, e onde atualmente hágrandes concentrações de tropas earmamentos de Estados pertencentesaos dois grupos militares que sé con-trapõem. Essa parte é indubitàvel-tneiuu a Europa.

. Náo resta dúvida de que, se emvirtude de um choque local entre Es-tados que procuram resolver, pelaforça das armas conflitos territoriais,desencadear-se uma guerra nuclearmundial, esta não perdoará ninguém# ninguém poderá permanecer & mar-gem aela. Ninguém, a náo ser politi-008 insanos ou cegos pelo ódio, po-de permitir uma tal perspectiva.

Quero declarar clara e firme-,mente que na União Soviética nãoexistem tais tipos, e que se apare-eessem seriam sem dúvida algumaencerrados num manicômio. A linhaprincipal da política dos Estados so-cíalistas, orientada para a consoll-dação da pas e evitar a guerra, é agarantia precisa de que, de nossolado, as armas não são nem podemser empregadas para resolver emnosso favor qualquer tipo de dlspu-tas territoriais. Desejaria acreditarque também es estadistas dos de-mais paises, inclusive dos países queparticipam da OTAN e de outros bio-«os militares criados pelas potèn-elas ocidentais, se apercebem dos pe-rigos terríveis contidos em qualquertentativa de recorrer, em nossa épo-ea) ao emprego da força para resol-ver as questões territoriais.

Estamos firmemente convenci-dos de que o.emprego da força pararesolver as'questões territoriais nãocorresponde aos verdadeiros Inte-résses de qualquer povo e de qual-quer pais.Não corresponde aos interessesdos povos europeus, que habitampaises em que quase que cada palmode terra foi regado pelo sangue der-ramado nas guerras passadas. Os po-vos destes paises criaram com seutrabalho a economia, construíramfábricas s empresas, . semearam asterras não para lançar-se doidamen-te em desastrosas aventuras mlllta-res visando arrebatar um pedaço daterra de seus vizinhos.

Por acaso não constitui um pe-**rigo para os povos da Asla o emprê-go da força objetivando rever asfronteiras entre os Estados sstabele-cidas nesta parte do mundo? Natu-ralmente. eles náo sentem falta dis-so. Já está clara, atualmente, que osconflitos de fronteiras que se verlfi-earn entre alguns Estados asiáticosrefletem-se desfavoràvelmente navida dos povos daquela região. Ospovos do oonttaeoto asiático tém di-

construir a» bases de uma Industriamoderna e Imprimir um poderosoImpulso á produtividade agrícola pa-ra libertar a população Me seuspaises da indlgêneia a necessidadesseculares, isto exige esforços e, o queé atais Importante, exige que hajapai a tranqüilidade esa suas frontei-ras. Hoje em dia, em virtude náo sódá existência, mas do agravamentodos conflitos fronteiriços entre eles,os Estados da Asla vêem-se obriga-gados a manter e Inclusive refor-çar as forças armadas, gastando im-ganha cem isso! Náo serio, natural-mente, ea povoe que aa libertaram doJugo colonial.

Bastante complexa e complicadaé a questão das fronteiras entre osEstados da África, problema herda-do do coionlailsmo.. Mas, apesar dacomplexidade dos problemas territo-riais, a conferência dos chefes deEstado dos paises da África incluiuna Carta da Organlsaçáo da Unida"de Africana, aprovada unáaimemen-te em maio de 1963, a Inadmlaslbill-dade de resolver por meio da forçaos conflitos e divergências territo-riais entre os Estados africanos, e anecessidade de solucionar éstes pro-blemas exclusivamente por meios pa-cifleos.

A África llberta-se dos últimosgrilhões do colonialismo. Os novosEstados africanos ainda tém que tra-balhar muito para liquidar as terri-veis conseqüénclai do colonialismo ecolocar-se firmemente de pé. Estameta requer que ponham em tensãotodos os seus recursos e forças.

Oe recentes acontecimentos naÁfrica do Norte deixam claro que ofortalecimento e desenvolvimentodos Estados africanos Independen-tes sáo bastante prejudicados quandoum deles recorro ao emprego da for-ça armada contra outro para aátis-fazer suas reclamações -territoriais.Tampouco podemos esquecer que osconflitos territoriais entre os Estadosafricanos podem constituir um pre-texto para Estados mais fortes, queainda não renunciaram a sua* espe-ranças de recuperar de uma ou deoutra forma alguma coisa do queperderam.E na América Latina? Até ago-' ra alguns paises americanos náo con-seguiram recuperar-se dos efeitosprovocados pelos choques armadosque éclodlram em virtude de confll-tos territoriais que se verificaram nopassado. E' bastante recordar aguerra do Paraguai contra Estadosvizinhos, em fins do século XIX,guerra onde tanto sangue foi derra-mado. Ainda hoje a população doParaguai é inferior á de antes dsssaguerra. Por acaso vala a pena que ospaises latino-americanos, onde hátanta coisa que faser, apontem suasbáionetas uns contra os outros?

Náo sei inclusive que palavrasescolher, mas desejaria expressarcom claresa absoluta a idéia de quenão deve nem pode haver em nossotempo, entre os Estados existentesatualmente, disputas territoriais, pro-blemas fronteiriços nio resolvidos,para a solução dos quais seja admie-sivel o emprego da- força armada.Não, náo se pode permitir isso, e énecessário fazer tudo o que-for ne-cessárlo para excluir um tal desen-volvlmento doe acontecimentos.

Podem perguntar — e náo excluio fato de que V. Excia. já ee fés estapergunta: Mas, o que é Isto: A UniãoSoviética propõe cancelar de uma vestodos os problemas territoriais exls-tentes entre os Estados, renunciar atoda sorte de solução, faacndo comose éstes problemas nio existissemem geral na natueeaa? Nio. O pro-blema está formulado em termosbastante diferentes. Compreendemosque uma série de Estados tom rasõssfundadas para faser suas reclama-ções. Em todas as disputas 'atuais-sobre fronteiras entra os Estados, aspartes devem, naturalmente, estuda-Ias a fundo para solucioná-las. Mo-mos inteiramente favoráveis a leio.Estamos é contra os métodos bélicospara resolver as disputas territoriais.Sóbre isto é que deve haver acordos,exatamente sobre isso.

Quanto aos meios pacíficos pararesolver os problemas territoriais, aexperiência demonstra eom toda aevidência que sáo perfeitamente viá-veis.

A existência ao mundo de hojede sistemas sociais diferentes e deformas diversas ds Estados nao podeconstituir um obstáculo para a sola-ção pacifica dos proMeenaa territo-riais, se, como é natural, ambas separtes desejam-no sinceramente. Avida demonstra de maneira palpávelque em todos os easos, quando osEstados praticam firmemente osprincípios da coesJoténcla pacifica,revelam boa vontade e serenidade etêm em conta devidamente os tato-

«e «ms a eMtosa, slo Inteira-capasse da sair do iaoiiiuio

Mm IMlòrae históricos, nacionais, geo-gráficos e outras, e encontrar umasolução satisfatória.

Também é Importante sublinharque o caminho militar. Isto é, o em-prego da força, náo leva em sbso-luto a liquidar os conflitos territo*riais, mas, isto sim, aprofunda-asa amplia-os. Em troca, o caminhopacifico liquida esses conflitos e sil-mina em medida considerável a pró-pria causa da disputa, pois atravésde u» exame sereno surgem maispossibilidades de resolvê-los do queem qualquer outra situação em queaa partes divergentes estáo dispostas• sa dlgladlarem com armas na mão.

Tudo, Inclusive as enormestransformações que se verificaramno mundo no último período e quecolocam de forma nova muitos pro-blemas Internacionais, entre eles oterritorial, demonstra que no momen-to atusl existe uma situação que per-mlte formular praticamente e resol-ver o problema de excluir da vidainternacional o emprego da forçapara resolver as disputas territoriaisentra os Estados. t*

A possibilidade de provocar umamudança radical no sentido da solu-ção pacifica dessas questões é faci-lltada pelo fato de que é cada diamala aceita a idéia d* coexistênciapacifica entre Estados com regimesocial diferente. A idéia da coexis-tência pacifica, na qual se baseianossa politlea exterior leninlsta, tevesua expressão nas resoluções da his-tórlca Conferência de Bandung, naCarta da Organlsaçáo da UnidadeAfricana e em outros documentosinternacionais. E* cada vex maior anúmero de governos-que chegam á'firme conclusão de que no séculonuclear a guerra Já nao pode ser ummeio para resolver os problemas in-ternaclonaia em litígio, e de que acoexistência pacifica é a única for-ma através da qual os Estados po-dam e devem basear suas relações.

Tampouco podemos deixar dever que hoje a ciência e a técnicaprogridem Impetuosamente, queabrem-se imensas perspectivas parao desenvolvimento da produção In-dustrial e agropecuária em todos osterritórios, o que demonstra cadavoa mais a falsidade das razões ale-gadas pelos que querem justificarsuas reclamações territoriais com asuperpopulação ou a escassa ativida-ds econômica de seu próprio terri-torto.

A solução pacifica dos problemasterritoriais é favorecida também pelofato de que se foram acumulando eaperfeiçoando nas relações Interna-cionais os próprios métodos para re-eolver pelos caminhos pacíficos osproblemas sm litígio: conversaçõesdiretas entre os Estados interessados,os bons ofícios, apelo ás organiza-ções internacionais para que ajudem,etc. Embora esteja longe de conside-rar que a ONU em sua forma atualé o instrumento ideai da cooperaçãopacifica entre os Estados, ela tani-bém pode. através de uma aprecia-çáo objetiva, contribuir poeltivamen-te para a solução pacifica dos pro-blemas territoriais e fronteiriços.

Atendendo a todas estas conside-rações, o Oovêrno soviético, guiadopelos Interesses da consolidação dapas e do desejo de evitar a guerra,apresenta á consideração dos go-" vemos de todos os Estados a seguin-te proposta:

concertar um convênio (ou tra-tado) Internacional em virtude do'qual os Estados renunciem ao emprê-sja 'da força para resolver os confll-tos territoriais e os problemas fron-teiriços. Em nossa opinião êsse acôr-do deve prever; eomo principais, àsseguintes cláusulas:

prisaeira: o compromisso soleneMos Estados signatários de náo ré-oorrer ao emprego da força paramodificar aa fronteiras nacionais; •

'segunde; concordar que o terri-torto de qualquer Estado não deveaer, nem sequer- temporariamente,objeto de nenhum* espécie de Inva-são, ataque ou de ocupação militar,ou de quaisquer outras medidascoercitivas adotadas direta ou Indl-retamente por outros Estados, ba-soados em náo Importa que classe daconsiderações de Índole política, eco-nomlea, estratégica, fronteiriça ou dooutro gênero;

toreeira: proclamar firmementeque nem as diferenças no regime ao-elel e estatal, nem o náo reconheci-mento ou a ausência de ralações dl-ptomáticas, da mesma forma quequalquer outro pretexto, podem seraduzidos como raaio para que umEstado vtóte a intanglbüldade terri-teclai de outro; J

quarta: o compromisso de resol-vor exclusivamente por meios pacífl-cos todas as disputas territoriais: ne-goelações. arbitragem, conciliações eoutras meios pacíficos a escolha das

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Carta das Nações Unidas.Está claro que um tal convênio

Internacional deverá abranger todasás disputas Internacionais relaciona-- das eom as fronteiras entfe os b»u»-dos. i

O convênio que propomos ser'*suporte, concretização e de*envo.v.-mento dos princípios da Carta daOrganização das Nações Unidas, apl -cável ás relações entre os Estados mique concerne ás questões tcrrltoria..-.,um expoente da boa vontade c dtdecisão dos Estados de respeitar ri*gorosamente éatet princípios. •O Oovêrno soviético está profun*damente convencido de que se o.s Es-tados contraírem o comproniUo deresolver as disputas territoriais porcaminhos exclusivamente pacíficos,os assuntos internacionais serão nor-analisados em grande medida. A con-clusáo de um convênio internacionalpelo qual os Estados renunciem aoemprego da força para resolver asdisputas Internacionais dissiparia,como uma rajada de ar fresco, mui-to do que na vida Internacional eu táhipertrofiado artificialmente e obs-tacullza a dlstensáo no mundo e aconsolidação da paz. Este conv. n.ncontribuiria psra aliviar o etnia In-ternaclonal e criaria um bom turre-no para o surgimento da confiançaentre os Estados.

Podemos dizer com toda a segu-rança que na nova situação que secriasse como conseqüência da con-clusáo de um convênio de renúnciadoe Estados so emprego da força pa-ra resolver as disputas territoriais,seria muito mais fácil resolver outrosproblemas internacionais de Impor-táncla capital. Isto se refere pr.nci-palmente, mais do que a qualqueroutro, ao problema do desarmameu-to. -A ânsia de alguns Estados emrecorrer à força contra outros pararesolver em seu favor os litígiosfronteiriços, sempre foi e é um do*principais estímulos da corrida ar-mamentlsta. As disputas entre o.-»Estados sóbre questões territoriais, éo melo que nutre o militarismo, damesma forma que exacerba as pai-xões, com as quais especulam commuita satisfação os que vêem nacorrida armamentista desenfreadauma fonte dc lucros. Quando ò.s Es-

.tados puderem estar tranqüilos enrelação ás suas fronteiras, quandoqualquer plano de modificá-las pelaforça fór proibido por uma lei lnter-nacional geral, uma boa parte dosmotivos que impulsionam os Estadosa aumentar suas forças armadas de-verá desaparecer. Entáo ficará dc-monstrada ainda mais a falta dc ra-são dos que, ou vacilam em aceitar odesarmamento, ou, dissimulando seudesejo de náo chegar a um acordo .em relação a êste problema, reiacio-nam o perigo existente na situaçãoatual com os problemas territoriaisque devem ser resolvidos. São asgrandes potências que devem dar oexemplo na questão do desarmamen-to. *

E* evidente também que quandoos Estados não tenham mais motl-voe para desconfiarem uns dos ou-tros sm virtude das disputas frontei-riças, aumentará incomensuruvel-mente a possibilidade de uma amplacolaboração pacifica entre eles. odesenvolvimento do comércio e dosmeios de transporte, dos intercám-Mos culturais e dos contatos clenti-flcos em beneficio dos povos serãoimpulsionados.'

Da tudo isto cada povo e ca-da Estado sairá ganhando, ganharátambém o mundo em seu conjunto.

Quanto á forma do futuro con-vento internacional de renuncia dosEstados ao emprego da força pararesolver as disputas, territoriais, etambém no que se relaciona com aanegociações para a sua conclusão,consideramos que nio seria difícilchegar a um entendimento se, comoé natural, os Estados Interessadosrevelarem desejos disso. Por seu la-do, o Oovêrno soviético está dispôs-to a faser tudo o que fõr necessáriopara facilitar a solução dessas quês-toes.

finalmente, desejaria expressara esperança de que V.' Excia. examl-nará detidamente as consideraçõesdo Oovêrno soviético apresentadasna presente mensagem e as acolhe-ré favoravelmente. Estas "considera-çees sio ditadas pelos Interesses dapas e o desejo de contribuir paraevitar um*, guerra.

Respeitosamente,N. Kruschiov

Presidente do Conselho deMinistros da URSS

Moscou, Kremlin, St de desem-bra de IMS.

(Publicado em Fravda de -4 daJaneiro de 1964»

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