56
1 Presclipping em 16.dez.2013 “Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.” (Molière) Juscelino foi assassinado mesmo... Juscelino, mais uma vítima da ditadura Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:12 hs. 12/12/2013 - Junto do relatório da Comissão da Verdade de SP, a presidente Dilma Rousseff e os presidentes do STF, Joaquim Barbosa, e do Congresso, Renan Calheiros, vão receber um pedido para que o Estado e a Justiça reconheçam que o ex-presidente e seu motorista foram assassinatos Comissão da Verdade de SP quer que governo e Justiça reconheçam que ex- presidente foi vítima de conspiração O relatório divulgado ontem pela Comissão da Verdade Vladimir Herzog, de São Paulo, que atesta que o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, morto em agosto de 1976, foi assassinado, será enviado à presidente da República, Dilma Rousseff, aos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e à Comissão Nacional da Verdade. O documento irá com pedido para que seja reconhecido que a morte de JK e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, em um suspeito acidente na Via Dutra, foi decorrente de complô político encabeçado pela ditadura. “Queremos que seja declarado que JK foi assassinado”, pediu o presidente da comissão paulistana, vereador Gilberto Natalini (PV). Com 90 evidências de que o ex-presidente foi vítima de um atentado, o documento narra diversos fatos a partir do momento em que Juscelino e o motorista dele deixaram o Hotel-fazenda Villa-Forte, que pertencia ao brigadeiro Newton Junqueira Villa-Forte, um dos criadores do Serviço Nacional de Informações IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

 · Web view1 IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias

Embed Size (px)

Citation preview

1

Presclipping em 16.dez.2013

“Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.” (Molière)

Juscelino foi assassinado mesmo...

Juscelino, mais uma vítima da ditadura Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:12 hs.

12/12/2013 - Junto do relatório da Comissão da Verdade de SP, a presidente Dilma Rousseff e os presidentes do STF, Joaquim Barbosa, e do Congresso, Renan Calheiros, vão receber um pedido para que o Estado e a Justiça reconheçam que o ex-presidente e seu motorista foram assassinatos

Comissão da Verdade de SP quer que governo e Justiça reconheçam que ex-presidente foi vítima de conspiração

O relatório divulgado ontem pela Comissão da Verdade Vladimir Herzog, de São Paulo, que atesta que o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, morto em agosto de 1976, foi assassinado, será enviado à presidente da República, Dilma Rousseff, aos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e à Comissão Nacional da Verdade. O documento irá com pedido para que seja reconhecido que a morte de JK e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, em um suspeito acidente na Via Dutra, foi decorrente de complô político encabeçado pela ditadura. “Queremos que seja declarado que JK foi assassinado”, pediu o presidente da comissão paulistana, vereador Gilberto Natalini (PV).

Com 90 evidências de que o ex-presidente foi vítima de um atentado, o documento narra diversos fatos a partir do momento em que Juscelino e o motorista dele deixaram o Hotel-fazenda Villa-Forte, que pertencia ao brigadeiro Newton Junqueira Villa-Forte, um dos criadores do Serviço Nacional de Informações (SNI). O texto foi elaborado com base em depoimentos como o do motorista do ônibus Josias Nunes de Oliveira — à época, acusado de ter batido no carro de Juscelino antes que o veículo cruzasse o canteiro central da rodovia, na altura de Resende (RJ), e colidisse de frente com um caminhão. Outro relato importante foi o do perito criminal Alberto Carlos de Minas, que participou da exumação do corpo de Geraldo Ribeiro em 1996 e viu um fragmento metálico no crânio, mas foi impedido por policiais civis de fotografar os restos mortais.

O ex-secretário de JK Serafim Jardim acredita que o mistério sobre a morte do ex-presidente foi finalmente esclarecido. Ele confia que a Comissão da Verdade e a presidente Dilma Rousseff vão reconhecer que ele foi assassinado. “Hoje, não há como não reconhecer. O processo sobre a morte dele foi muito mal feito. Nós tivemos uma reunião com o secretário de Defesa Social de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

2

Minas Gerais, Rômulo Ferraz, onde chegaram a dizer que jogaram fora a bala que matou o motorista. Isso é um absurdo”, disse ele, indignado. Serafim lembrou o caso do jornalista Vladimir Herzog, cuja morte nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, foi reconhecida como assassinato.

Para o historiador João Pinto Furtado, a versão de que Juscelino foi morto por uma conspiração do regime ditatorial sempre esteve em pauta e que é muito factível. “Se há interesse de elucidar esse fato e se uma investigação séria está concluindo que ele foi morto, me parece que até que isso seja contestado, essa passa a ser a hipótese oficial. Se há pessoas que podem apresentar fatos novos, este é o momento”, diz.

Operação Condor

“Carta de 28 de agosto de 1975, atribuída ao coronel chileno Manuel Contreras Sepulveda, diretor da Dina, o serviço secreto da ditadura do Chile, e endereçada ao chefe do SNI, general João Baptista Figueiredo, alertou para o apoio de políticos democratas dos Estados Unidos a Juscelino Kubitschek e Orlando Letelier”, aponta o item 85 do relatório da comissão. Letelier, ex-ministro das Relações Exteriores do Chile, foi assassinado em Washington menos de um mês após JK ter morrido. Outra possível vítima da chamada Operação Condor, que consistia em uma aliança entre ditaduras sul-americanas e a inteligência dos EUA, é o ex-presidente João Goulart. Na semana passada, seus restos mortais foram recebidos com honras de chefe de estado em São Borja (RS), após exumação e perícia para investigar se ele foi envenenado. Ainda não há previsão para divulgação dos resultados dos exames.

“Queremos que seja declarado que JK foi assassinado”Gilberto Natalini (PV), vereador e presidente da comissão paulistana

Autor(es): Felipe Canêdo

Fonte: Correio Braziliense

IRPF: Receita Federal lança Nota de esclarecimento sobre matéria veiculada no site G1Gabriel Peixoto

Sobre a matéria “Fisco muda plano e só vai preencher IR de quem tem certificado digital”, publicada no site G1, de ontem, a Receita Federal esclarece que está mantido o projeto tecnológico de preenchimento automático dos dados de declaração de Imposto de Renda Pessoa Física, nos modelos completo e simplificado.

Em 2014, será implementada a primeira fase do processo, quando apenas os contribuintes que possuem certificado digital, cerca de um milhão de pessoas, poderão ter acesso a essa funcionalidade.

A decisão de escalonamento da implantação do projeto foi tomada em razão das questões de segurança que envolvem esse tipo de mudança. Em 2013, cerca de 26 milhões pessoas físicas entregaram declaração à Receita. Os normativos referentes as regras do IR 2014 serão publicados no

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

3

Diário Oficial da União.

Fonte: Receita Federal do Brasil

Mais de 600 mil brasileiros caem na malha fina Receita diz que número de declarações retidas será próximo do de 2012. Preenchimento automático começa já em 2014Guilherme Araújo

Publicação: 10/12/2013 06:00 Atualização: 10/12/2013 08:16

Brasília – Depois de anunciar ontem que os contribuintes poderiam consultar a partir de hoje o sétimo e último lote do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2013, a Receita Federal recuou e informou, por meio de nota, que a liberação das informações se dará em breve, “porém em data a ser definida”. Apesar da indefinição, as restituições serão pagas no dia 16 a quem não tem pendência com o fisco. Quem declarou e não apareceu nos lotes anteriores e nem nesse último cairá automaticamente nas garras do Leão. A Receita estima que o número de contribuintes que tiveram declaração retida este ano se aproxime do de 2012 (616 mil).

O fisco recebeu mais de 26 milhões de declarações entre março e abril de 2013. Também por meio de nota, o órgão informou que a partir do ano que vem será implantada a primeira fase do projeto tecnológico de preenchimento automático dos dados de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, nos modelos completo e simplificado.

Caso caia na malha-fina, o contribuinte poderá saber quais são as pendências para regularizar a situação por meio do extrato de declaração do IRPF 2013, disponível no portal e-CAC no site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br). Um código deverá ser gerado na própria página do órgão para acessar o sistema ou o contribuinte poderá utilizar o certificado digital, caso possua, para obter as informações.

A Receita dá preferencia aos pagamentos das restituições primeiramente aos idosos, depois aos contribuintes que têm certificado digital e, por último, segue a ordem de recebimento do Imposto de Renda 2013. As restituições pagas no último lote pelo fisco na conta dos brasileiros têm uma rentabilidade maior do que os benefícios pagos nos primeiros lotes.

Saiba mais...Receita Federal informa que consultas ao último lote do IR não saem terça-feira

Segundo Edino Garcia, consultor tributário da IOB Folhamathic, o último pagamento da restituição, IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

4

dependendo da variação da taxa básica de juros (Selic), pode render mais ao bolso do contribuinte. “Neste ano, as pessoas ganharam com o aumento da Selic. Isso é uma vantagem para quem não precisou do dinheiro nos meses anteriores, pois poderá aproveitar o recurso para fazer compras de fim de ano. Receber o benefício por último é mais rentável do que investir na poupança”, afirmou Garcia.

As consultas ao último lote poderão ser feitas pelo telefone 146 (opção 3), por meio do aplicativo da Receita isponível para smartphones e tablets ou pelo www.receita.fazenda.gov.br.

NOVIDADES

Segundo a Receita, o preenchimento automático dos dados de declaração do IRPF, nos modelos completo e simplificado, em 2014, será apenas para os contribuintes que têm certificado digital. “Cerca de 1 milhão de pessoas poderão ter acesso a essa funcionalidade. Os normativos referentes as regras do IR 2014 serão publicados no Diário Oficial da União (DOU)”, informou o fisco, em nota.

Para Edino Garcia, a Receita tem condições de fornecer a certificação digital gratuitamente aos contribuintes em vez de terceirizar o serviço. “Pagamos vários tributos anualmente, não seria nenhum prejuízo ao órgão”, afirmou. Ele alertou que, mesmo com preenchimento automático, é importante o contribuinte checar todos as informações, pois as empresas podem fornecer dados errados.

Negado habeas corpus a filha que não pagou pensão para o paiPublicado por Superior Tribunal de Justiça e mais 3 usuários - 5 dias atrás

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento a recurso em habeas corpus interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou que a filha (alimentante) faça o pagamento de prestações de pensão alimentícia em atraso devidas ao pai (alimentando), sob risco de decretação de prisão.

No habeas corpus, a alimentante afirmou desconhecer a origem da condenação, uma vez que nem foi citada na ação de alimentos. Disse que foi abandonada pelo genitor quando tinha dois anos de idade e que estava sem notícias dele fazia mais de 50 anos, tanto que a citação se deu por edital, porque o pai não sabia o seu endereço.

Sustentou, ainda, não ter condições financeiras de arcar com o pagamento da pensão, por ser dependente de seu marido.

Execução válida

Em seu voto, a relatora do recurso, ministra Isabel Gallotti, citou trechos do acórdão recorrido, segundo os quais a executada não nega o inadimplemento da verba alimentar e foi defendida no processo principal por curador especial nomeado, o que comprova a validade do título executivo.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

5

Não se tendo qualquer notícia da anulação da sentença que fixou os alimentos, não há que se falar em ilegalidade da execução e consequentemente da decretação de prisão, afirmou o acórdão, ao observar que a execução segue corretamente os ditames do artigo 733 do Código de Processo Civil: "O juiz mandará citar o devedor para, em três dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo."

A decisão do tribunal paulista também consignou que o habeas corpus não é o meio adequado para examinar aspectos probatórios em torno do alegado abandono sofrido na infância, já que tal matéria deveria ser discutida em ação própria.

Via imprópria

De fato, consoante afirmado no acórdão recorrido, a estreita via do habeas corpus não comporta a análise do quadro fático-probatório dos autos, para que se possa aferir sobre as condições financeiras da executada, tampouco a questão relativa à citação que redundou na nomeação do curador que a defendeu, afirmou a ministra Gallotti em seu voto.

Segundo a relatora, diante da ausência do inteiro teor do processo de alimentos no pedido de habeas corpus que trouxe apenas a sentença condenatória , é impossível aferir a regularidade da citação por edital, a suficiência da defesa apresentada pelo curador e as condições econômicas da devedora de alimentos. Além disso, o habeas corpus não é a via idônea para a invalidação de sentença condenatória.

Por todas essas razões, o recurso foi negado de forma unânime.

O número deste processo não é divulgado em razão de segredo judicial.

Receita abre na segunda-feira consulta ao sétimo lote de restituição do IRPF 2013Publicado em 13 de dezembro de 2013 por Júlia Pereira

A partir das 9 horas de segunda-feira, 16 de dezembro, estará disponível para consulta o sétimo lote do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física do exercício de 2013 (ano-calendário 2012). Poderão ser consultados também os lotes residuais referentes aos exercícios de 2012 a 2008, correspondentes aos anos-calendário de 2011 a 2007, respectivamente.

Neste último lote serão pagas as restituições de todos os contribuintes cujas declarações não ficaram retidas em malha, totalizando um valor de R$ 2.667.696.962,95, contemplando 2.181.908 contribuintes.

O crédito bancário aos contribuintes será realizado em duas datas. No dia 16 de dezembro será realizado o pagamento da restituição para 467.825 contribuintes e no dia 20 de dezembro o pagamento beneficiará 1.714.083 contribuintes, com créditos totais de R$ 500 milhões e R$

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

6

2.167.696.962,95, respectivamente.

Neste ano, a liberação do último lote em duas datas permitiu contemplar o maior número possível de restituições, incluindo inclusive aqueles contribuintes que foram liberados da malha durante o mês de dezembro.

Relativamente ao exercício de 2013, serão creditadas restituições para um total de 2.071.785 contribuintes, totalizando R$ 2.457.130.268,53 já acrescidos da taxa selic de 5,88% (maio de 2013 a dezembro de 2013). As restituições de lotes residuais de exercícios anteriores, conforme discriminado na tabela abaixo, beneficiam 110.123 contribuintes e totalizam R$ 210.566.694,42, valor atualizado até dezembro de 2013.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet (http://www.receita.fazenda.gov.br), ou ligar para o Receitafone 146. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smarthphones que facilita consulta a declarações de IR e situação cadastral no CPF. Esse aplicativo possui funcionalidades destinadas às pessoas físicas. Com ele será possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições das declarações do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais) e 0800-729-0001 (demais localidades) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Malha

Terminado o processamento das Declarações do IRPF 2013, 711.309 mil declarações com a expectativa de Imposto a Restituir ficaram retidas na malha até esta data, contra um total de 604.299 em igual período do ano passado.

A quantidade de declarações retidas hoje em malha fiscal corresponde a 3,2% do total de 27.753.332 declarações do exercício apresentadas até hoje (originais e retificadoras).

A omissão de rendimentos é o principal motivo de incidência na malha, com 373.820 declarações retidas, o que representa 53% do total. Outros motivos que se destacam são:

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

7

· Despesas médicas – 111.392 declarações – 15,66%

· Ausência de DIRF – 40.416 declarações – 5,7%

· Previdência Privada – 37.741 declarações – 5,3%

· Divergência de DIRF – 16.547 declarações – 2,32%

O contribuinte pode consultar informações atualizadas sobre a situação da Declaração por meio do serviço Extrato do Processamento da DIRPF, disponível na página da Receita, na internet, pelo link http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/IRPF/2013. O serviço é acessível mediante uso de certificação digital ou código de acesso.

Ao acessar o extrato, é importante prestar atenção na seção “Pendências”. É nessa seção que o contribuinte pode identificar se a declaração está retida em malha fiscal, ou se há alguma outra pendência que possa ser regularizada por ele mesmo.

Se a declaração estiver retida em malha fiscal, nessa seção, o contribuinte encontra um link para verificar com detalhes o motivo da retenção e consultar orientações de procedimentos.

Constatando erro na declaração apresentada, o contribuinte pode regularizar sua situação apresentando declaração retificadora.

Inexistindo erro na declaração apresentada e estando de posse de todos os documentos comprobatórios, o contribuinte pode optar entre aguardar intimação ou agendar pela internet uma data e local para apresentar os documentos e antecipar a análise de sua declaração pela Receita Federal.

O agendamento para declarações do exercício 2013 começa a partir do primeiro dia útil de janeiro de 2014.

Fonte: Receita Federal

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

8

Carga tributária dos produtos consumidos no Natal chega a 59%Publicado em 12 de dezembro de 2013 por Júlia Pereira

A menos de 20 dias do Natal, o consumidor deve se preparar para a alta tributação dos itens da ceia e de outros produtos muito consumidos no final do ano. A tributação do espumante, por exemplo, chega a 59,49%.

De acordo com um levantamento realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), as carnes de chester e peru chegam à mesa dos consumidores brasileiros com uma carga tributária de 29,32%. Já o panetone terá 34,63% do seu preço revertido em tributos.

Enfeitar a casa também carrega uma alta carga tributária. Na compra da árvore de Natal, 39,23% do valor vai para o fisco. Já para enfeitar as árvores, os consumidores devem desembolsar 48,02% para os tributos.

Veja abaixo a carga tributária dos principais produtos natalinos:

Árvore de Natal - 39,23%

Enfeites de Natal - 48,02%

Espumante - 59,49%

Fonte: IBPT

Uso indevido

TV deve indenizar homem por associá-lo a saquesPor Tadeu Rover

Por utilizar indevidamente a imagem de um cidadão, associando-o ao furto de mercadorias, a TV Vale do Itajaí terá de pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais. A decisão é da 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que manteve sentença que condenou a emissora.

No caso, a TV veiculou uma reportagem noticiando a prática de saques de mercadorias de um supermercado, em período de enchentes na região do vale do rio Itajaí. Entre as imagens utilizadas para ilustrar a notícia, a TV mostrou o homem, que carregava duas sacolas, conversando com um

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

9

policial.

Ao analisar o pedido de indenização, a 3ª Vara Cível de Itajaí condenou a emissora de televisão. De acordo com a sentença, "não se questiona a função social da atividade jornalística de levar ao conhecimento da sociedade tudo o que sucede. Entretanto, esta atividade deve basear-se em elementos objetivos, que dêem sustentação a toda e qualquer acusação que eventualmente venha a ser feita contra qualquer povo".

Ambos recorreram da sentença. A empresa de comunicação pedia sua absolvição ou a redução do valor determinado na sentença, arbitrada em R$ 10 mil; já o homem, pedia a majoração. Porém, a 4ª Câmara de Direito Civil do TJ-SC seguiu o voto do desembargador Luiz Fernando Boller, relator, e negou os pedidos.

Para Boller ficou evidente que o veículo de comunicação, objetivando melhor ilustrar a reportagem, indevidamente associou o homem à prática de ilícito penal, um vez que prova testemunhal evidencia que a captação da imagem do cidadão ocorreu em via pública distante do local dos saques.

Segundo o relator, é inegável a notícia deu a entender aos telespectadores que o cidadão seria um dos saqueadores do supermercado, já que, com o intuito claro de melhor ilustrar a situação, a TV filmou o homem, que carregava duas sacolas, junto com um policial, criando a falsa impressão de que estaria ele envolvido nos acontecimentos. "Portanto, resta bem delimitada a culpa pela utilização indevida de imagem de cidadão que apenas dialogava, de forma amena, com Policial Militar, conforme comprovam os documentos juntados", concluiu.

Clique aqui para ler a decisão.

Apelação Cível 2013.006046-0

Tadeu Rover é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 12 de dezembro de 2013

Propaganda enganosa gera ressarcimentoPublicado por Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e mais 1 usuário - 5 dias atrás

O juiz da 16ª Vara Cível de Natal, André Luis de Medeiros, deferiu parcialmente um pedido de rescisão de contrato oriundo da aquisição de um imóvel orçado em R$ 784,3 mil, cujo comprador alegou tratar-se de propaganda enganosa. O autor da ação vive em Natal, mas o apartamento alvo do contrato de compra e venda foi construído na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

A parte autora relatou que o contrato junto à Habitare Construtora e Incorporadora Ltda foi celebrado em abril de 2011. Segundo ela, a propaganda do empreendimento continha apelos de merchandising informando da sofisticação, da vista do imóvel, bem como que bairro onde o imóvel situa-se está localizado em área nobre de Belo Horizonte com fácil acesso aos principais pontos da

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

10

cidade.

Ele garante, por conseguinte, que foi induzido ao erro posto que o empreendimento localiza-se há cerca de 50 metros da entrada de uma grande favela, uma das maiores da cidade de Belo Horizonte e bastante perigosa. De acordo com o autor, o imóvel foi adquirido à distância e tais fatos só chegaram ao seu conhecimento após a assinatura do contrato de promessa de compra e venda, quando o mesmo fez visita ao prédio.

O folder, com as condições do empreendimento, alegou ainda ele, foi o principal atrativo para compra do imóvel e toda a propaganda centrava-se nas vantagens da localização e na qualidade do prédio.

Diante das informações, o juiz determinou o ressarcimento, pela construtora ao autor, de R$ 66.823,84, que é o valor pago até o momento. Ele pediu ainda o pagamento de R$ 50 mil por danos morais, mas o juiz entendeu que não era o caso.

Processo n.º 0115253-84.2012.8.20.0001

Mais de 30 veículos são apreendidos em operação contra fraude de empresa com sócios de fachadaPublicado por Ministério Público do Estado da Bahia - 4 dias atrás

Mais de 30 veículos (entre carros de luxo, ônibus, vans e caminhões), centenas de documentos (escrituras, contratos e procurações), computadores e aparelhos celulares foram apreendidos durante a Operação Citrus, que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão na manhã de hoje, 10, nos municípios de Salvador, Candeias e Santo Amaro. Os automóveis, entre eles um Camaro amarelo, um Chrysler e um Cadilac, encontravam-se nas garagens dos edifícios de luxo Mansão Chateau do Horto e Vale do Loire, localizados no bairro do Horto Florestal, na capital. Os documentos foram localizados em escritórios de contabilidade, sítios, residências e empresas nas outras duas cidades. O material foi apreendido como provas de um esquema de sonegação fiscal que envolve a empresa do ramo alimentício JB Refeições Industriais Ltda, de propriedade do Grupo Bordoni. Seus sócios, Bruno e Leonardo Bordoni, são suspeitos de terem usado dois funcionários semianalfabetos do grupo como laranjas da empresa, e também de criar uma patrimonial para dissimular os bens.

O material, apresentado durante coletiva de imprensa, vai ser utilizado para conclusão do inquérito policial a ser encaminhado ao MP para que seja oferecida a denúncia. Segundo a promotora de Justiça Vanezza Rossi, os Bordoni tiveram os bens bloqueados, para que ao fim da ação penal, sejam revertidos em pagamentos da dívida fiscal. Ela informou que os acusados responderão em liberdade, mas a prisão deles pode ser pedida se eles atrapalharem a investigação. Ainda segundo a promotora, os laranjas são um servente de pedreiro e um caseiro que trabalham para família, sem evidentes condições de contraírem os débitos fiscais identificados.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

11

Em decorrência das fraudes, a JB Refeições Industriais Ltda. apresenta um crescente volume de crédito tributário no âmbito estadual, totalizando atualmente R$ 4,8 milhões. Após a ação fiscal que resultou na constituição de crédito, foi detectada uma significativa redução no seu faturamento, demonstrando indícios de outras possíveis práticas de sonegação fiscal, que serão apuradas por meio da documentação apreendida. A investigação iniciou há um ano, a partir de dados colhidos pela fiscalização da Sefaz, que levantou hipótese de ocorrência de fraude na empresa JB Refeições Industriais Ltda., que opera no ramo de fornecimento de refeições, inclusive com contratos com prefeituras e empresas do polo de Camaçari. No curso das investigações, foi constatada a existência do gurpo, com participação em outras empresas, inclusive em uma locadora de veículos. O trabalho de apuração contou com o apoio do Núcleo de Inteligência Criminal (NIC), com a produção de relatórios com análise de dados bancários dos suspeitos.

Além da promotora Vanezza Rossi, participaram da operação os promotores de Justiça Pedro Maia e Luiz Alberto, todos os três do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular (Gaesf). A Citrus resulta da ação articulada de uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio da Promotoria de Justiça Especializada em Combate à Sonegação Fiscal de Âmbito Regional, com sede em Camaçari, em conjunto com o Gaesf; da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz); Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap); e Procuradoria Geral do Estado, pela Procuradoria Fiscal.

Fotos: Ascom / Imprensa / Sefaz

Nelson Mandela, um advogado da educação Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:06 hs.

14/12/2013 - Dilma, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Melo e até José Sarney foram prestigiar. Barack Obama e Raul Castro também – e, inclusive, trocaram um aperto de mão histórico. Na semana em que líderes de todo o mundo se mobilizaram para comparecer à cerimônia de despedida de Nelson Mandela, o Porvir preparou uma seleção com frases e feitos do sul africano em prol da educação.

Símbolo da luta contra o Apatheid, regime de segregação racial que separava brancos e negros na África do Sul, Mandela foi sempre defensor de um sistema educacional mais equânime e digno. “Não está além do nosso poder a criação de um mundo no qual crianças tenham acesso a uma boa educação. Os que não acreditam nisso têm imaginação pequena”, repetiria ele ao longo da vida. Ainda em 1953, antes de passar 27 anos preso por lutar pela democracia, ele disse no Congresso Sul Africano: “Façam com que todas as casas e todos os barracos se tornem um centro de aprendizado para nossas crianças”.

Já como presidente, cargo que exerceu entre 1994 e 1999, Mandela lutou por prover uma educação mais equânime entre negros e brancos. “O presidente Mandela falou com paixão em todos os fóruns possíveis sobre seu compromisso de prover educação de qualidade para todas as crianças da África do Sul, assim como propiciar também uma vida melhor para todos. Ele estabeleceu parcerias valiosas com o setor privado, especialmente para a construção de escolas nas comunidades rurais de todo o país”, diz o Departamento de Educação Básica em seu site.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

12

Mesmo depois de seu período na presidência e já octogenário, Mandela não deixou de lado sua ligação com educação. Em 2003, ele participou do lançamento da rede Mindset, uma organização sem fins lucrativos que provê material educativo e curricular para alunos e professores em vários temas, desde economia, matemática e física até tecnologia e orientação para a vida. Na ocasião, proferiu uma de suas aspas mais famosas e que resume parte de seus valores. “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, disse ele. E avisou: “Vou usar o resto dos meus dias para ajudar a África do Sul a se tornar mais segura, saudável e educada”.

Sua militância na área continuou sendo frequente, mesmo depois de se retirar da vida pública em 2004. A instituição que leva seu nome e se responsabiliza por levar adiante seu legado ajudou a reformar escolas e a criar centros de excelência de estudos pela África do Sul. No exterior, suas palestras em universidades foram muitas – no site de sua fundação, a Nelson Mandela Foundation, é possível acessar a transcrição de seus discursos. “As instituições de educação superior têm a obrigação de escancarar suas portas. As que oferecem a educação mais rigorosa é que têm a maior obrigação. Vocês têm a qualidade, a habilidade, o apoio necessário para pressionar por isso”, disse Mandela em 2005 a universidade norte-americana de Amherst.

Ainda em 2005, ele criou outra fundação, a Mandela Rodhes Scholarship, destinada a financiar os estudos de jovens líderes africanos. Dois anos depois, ele criou um instituto voltado para promover a educação na área rural de seu país, o Nelson Mandela Institute for Rural Development and Education. “Ninguém pode se sentir satisfeito enquanto ainda houver crianças, milhões de crianças, que não recebem uma educação que lhes ofereça dignidade e o direito de viver suas vidas completamente”, disse ele por ocasião da fundação da organização.

Além de ele em si ter sido um advogado da educação, documentos relativos à sua vida e à sua contribuição para a história também estão disponíveis e organizados, num trabalho feito pela Nelson Mandela Foundation. Todo o material está disponível na plataforma http://archives.nelsonmandela.org/home e pode ajudar educadores de todo o mundo a recontar a importância do líder sul africano para os séculos 20 e 21.

O legado de Mandela para a educação, portanto, passa pela defesa firme de uma educação de qualidade para todos, seja na cidade no campo, na escola ou na universidade. A educação, para ele, era uma forma de empoderar e libertar as pessoas, e a liberdade sempre foi sua maior bandeira. “Uma boa mente e um bom coração são sempre uma combinação formidável. Mas quando você adiciona a isso um idioma bem falado ou uma caneta, então você tem uma coisa realmente especial”, dizia ele.

Fonte: Porvir.Org.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

13

Destaque de tributos em nota fiscal foi um bom começoPublicado em 13 de dezembro de 2013 por Caroline Renner

O sistema tributário brasileiro é complexo: há muitos tributos e o contribuinte de fato – o consumidor final que arca com o ônus financeiro – ainda tem pouca familiaridade com o assunto. Além disso, não há dados tributários suficientes para munir este contribuinte de fato em um debate sobre medidas modificativas mais amplas sobre esse sistema. Forma-se, então, um círculo vicioso: sem informação, não há debate público; sem debate, não há reformas.

Muito se fala da complexidade[1] e do peso dos tributos no desenvolvimento do país[2], mas reformas tributárias efetivas não acontecerão se os interessados não souberem exatamente quais as vantagens e desvantagens de eventual mudança[3]. A participação significativa em processos democráticos exige cidadãos informados e escassez de informação inviabiliza isso[4].

Pesquisa empírica do NEF/DireitoGV[5], mediante entrevistas com diversos atores especializados no tema da reforma tributária, aponta que a escassez de informação é um grande entrave. Constatou-se que não há dados confiáveis sobre guerra fiscal e incentivos fiscais, dois dos grandes gargalos do sistema tributário brasileiro.

Também foi constatado que não se sabe ao certo qual seria o impacto da criação de um Imposto sobre Valor Agregado (“IVA”) nacional no orçamento dos Estados e também não está claro se os incentivos fiscais que delineiam a guerra fiscal trazem algum retorno positivo para os Estados. Relatou-se que, durante os trabalhos de discussão do Projeto de Emenda Constitucional (“PEC”) n° 233/2008 – a última grande proposta de reforma tributária –, os próprios envolvidos na elaboração do projeto não tinham acesso a dados armazenados pelo governo federal.

Além destes pontos, pode-se afirmar que há temas relevantes sobre nosso sistema tributário que ainda estão na penumbra. Podemos citar alguns desses questionamentos, a título exemplificativo, mas não exaustivo: (i) a interpretação do fisco acerca da legislação tributária é a mesma para todos?; (ii) quais empresas gozam de incentivos fiscais e regimes especiais de tributação e quais são suas justificativas para tanto?; (iii) dos créditos tributários constituídos por meio de autuações fiscais, quanto efetivamente é arrecadado aos cofres públicos e quanto é cancelado em processos administrativos ou judiciais?; (iv) qual é o custo administrativo de manutenção da Receita Federal[6]?; (v) qual é o custo-benefício da implementação de programas de parcelamento e anistia fiscal?

Apesar do panorama negativo quanto ao (não) acesso às informações tributárias, a Lei 12.741, de 2012[7], determinou que houvesse destaque, em nota fiscal, do montante de sete tributos[8] embutidos no preço de mercadorias e serviços que adquirimos. Trata-se medida de grande importância, que regulamentou o art. 150, § 5º, da Constituição, e que visa dar transparência da carga tributária para o cidadão comum.

Alguns tributos não estão incluídos na lista, como o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (“IRPJ”) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (“CSLL”) e desconsideram-se os efeitos da incidência cumulativa de tributos. No entanto, o saldo é positivo. Abre-se mão da precisão matemática no cálculo da carga fiscal efetiva, que poderia inviabilizar a promulgação da lei, em nome do impacto de cidadania que pode causar. A propósito, o NEF/DireitoGV, em 2010, elaborou projeto de lei[9] para regulamentar o mencionado dispositivo constitucional, com proposta semelhante àquela recentemente aprovada no Congresso Nacional.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

14

A transparência dos tributos em nota fiscal foi passo importante, que movimenta um sistema opaco há muito estagnado. Mas é apenas da ponta do iceberg que é o sistema tributário brasileiro. Os méritos da Lei 12.741/12 não devem obscurecer nosso julgamento: temos poucas ou nenhuma resposta para as perguntas exemplificativas feitas acima.

Sem dados confiáveis, é difícil começar a discutir qualquer tipo de reforma ou de se estabelecer metas sobre o que se espera do sistema tributário. Essa abertura de informações não necessariamente será capaz de garantir que decisões impecáveis sejam sempre tomadas. Mas pode ser um grande passo em direção à evolução contínua de processos democráticos, um verdadeiro empoderamento de cidadãos que passarão a ter condições de participar significativamente das decisões a respeito das ações coletivas, as quais têm efeitos profundos nas suas vidas[10] (e em seus bolsos).

[1] O Brasil tem o sistema tributário mais complexo do mundo. Segundo o relatório Paying Taxes de 2012, da PwC, o país é o último do ranking em tempo necessário para cumprimento de obrigações tributárias: 2.600 horas por ano, enquanto a média mundial é de 277 horas.

[2] Segundo a KPMG, a carga tributária média para empresas no país é de 34%, enquanto a média mundial é de aproximadamente 24%.

[3] Cf. Richard Bird. Taxation and Development. 2010.

[4] Cf. Joseph Stiglitz. On Liberty, the Right to Know, and Public Discourse: The Role of Transparency in Public Life. 1999. Oxford Amnesty Lecture at Oxford University, United Kingdom.

[5] Disponível no site do NEF/DireitoGV.

[6] Nos Estados Unidos, por exemplo, esse custo foi de 48 centavos de dólar para cada 100 dólares arrecadados no ano de 2012, segundo dados do Internal Revenue Service (Receita Federal americana).

[7] A lei foi promulgada em 08.12.2012, mas só entrou em vigor em 10.06.2012 e as punições só passarão a ser aplicadas daqui a um ano aproximadamente.

[8] ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, COFINS e CIDE.

[9] Disponível no site do NEF/DireitoGV.

[10] Cf. Joseph Stiglitz. Ob. cit.

Fonte: Consultor Jurídico

Via: IBPT

Ministra aponta individualismo como base da corrupção no Brasil

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

15

Publicado por Superior Tribunal de Justiça - 4 dias atrás

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, proferiu palestra sobre o tema Ética e Regulação durante as celebrações do Dia Internacional contra a Corrupção, na última segunda-feira (9), em Natal.

A magistrada, diretora-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo (Enfam), apontou a cultura do individualismo como a base da corrupção no Brasil, gerando o patrimonialismo entre o estado e a sociedade, ensejando a apropriação de recursos públicos para fins pessoais.

Eliana Calmon destacou que a incapacidade para pensar no coletivo impede que se desenvolva uma ética social. Hoje em dia, aquele que está pensando somente em si, está pensando em nada, afirmou.

A palestrante admitiu que é difícil criar uma mecanismos 100% eficazes para combater as irregularidades, mas apontou avanços como a criação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), em 2003, e as iniciativas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Alguns juízes ainda hesitam em utilizar as informações oriundas dessas instituições. Mas elas permitem mapear as atividades financeiras em todo país e descobrir várias irregularidades, informou.

Legislação

Outro avanço, segundo Calmon, foi a criação de diversas leis, como a Lei de Improbidade Administrativa, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei da Ficha Limpa. Segundo a ministra, tais iniciativas criaram um arcabouço legal para combater os corruptos.

Também devemos lutar contra a burocracia e o anonimato, duas grandes ferramentas de corruptores e corruptos, concluiu.

O Dia Internacional contra a Corrupção foi criado em 2003, com a assinatura da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, em Mérida, México. No Brasil, o evento é celebrado desde 2006, com o objetivo de conscientizar agentes públicos e cidadãos sobre a importância de evitar a corrupção.

Além do Rio Grande do Norte, foram promovidos eventos pela Controladoria Geral da União e pelo Movimento Articulado de Combate à Corrupção no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará e vários outros estados.

Responsabilidade de grupos é alvo do FiscoIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

16

dezembro 10, 2013 em Geral por Karina Canesin Serra

Desvio de finalidade, confusão patrimonial, dissolução irregular e apropriação indébita são requisitospara repasse de tributos

Inexistência de bens, desvio de finalidade, confusão patrimonial, dissolução irregular, e apropriação indébita são alguns dos requisitos fundamentais para atribuir responsabilidade tributária a um integrante do grupo econômico, quando se tem uma empresa devedora de tributo.Para que haja essa responsabilização é necessário que o Fisco comprove o envolvimento dessa empresa do grupo na operação tributária ilícita.Os meios para que as empresas do grupo sejam responsabilidades são as mais diversas, entretanto, especialistas ouvidos pela reportagem do DCI destacam requisitos que têm levado a Justiça a fazer com que empresas de um mesmo grupo paguem tributos de outras das quais, em tese, não têm relações de serviços.O sócio da área tributária do Siqueira Castro Advogados, Richard Dotoli, explica que quando o Fisco cria responsabilidade com várias empresas, isso acontece na importação exportação, operações onde há substituição tributária, ou seja, alguém deveria pagar o tributo e não o fez. “Nesse cenário, o Fisco considera os dois responsáveis, o que deveria ter pago, o que deveria ter retido”, explica Dotoli.Para poder atribuir a uma empresa pertencente ao grupo econômico de outra que a devedora do tributo é possível, se for comprovado o fato simulatório por desvio de finalidade, ou se houve confusão patrimonial. “Para que o Fisco chame outras empresas a título de desconsideração da personalidade jurídica é necessário estabelecer a prova de que houve o desvirtuamento de suas funções”, comenta a doutora em direito tributário e professora do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), Fabiana Del Padre Tomé.Fabiana explica que os autos de infração detém como motivação a linguagem das provas que dão ensejo aos débitos tributários. Entretanto, para que haja a desconsideração de personalidade jurídica é preciso haja prova não só dá obrigação tributária, porque a prova do f ato jurídico que ocasiona e quantifica a obrigação, leva um débito do contribuinte que praticou o fato.O abuso de personalidade jurídica criado pelo desvio de finalidade é destacado pela especialista como um dos requisitos essenciais para atribuir a responsabilidade tributária aos integrantes do grupo econômico. “A empresa constitui uma pessoa jurídica para desenvolver uma atividade “X”, mas isso é simulatório, e ela pratica outras atividades em nome dos sócios, e não atua naquilo que ela foi criada efetivamente. Esse exemplo, é um caso claro de desvio de finalidade que pode ser gerador de uma possível responsabilidade de empresa do grupo pelos atos ilícitos de outra companhia do mesmo conglomerado”, explica Fabiana.Já configurar a confusão patrimonial, ou uma simulação, entre os entes do grupo econômico, tem como caso típico a caracterização da controladora e controlada, “que apesar de serem pessoas jurídicas distintas, tem em seus caixas, faturamento e funcionários misturados”, diz a advogada.A tributarista comenta que, “a inexistência de bens para penhora é um impeditivo para responsabilizar empresas do mesmo grupo econômico”.O fechamento indevido da empresa também tem levado o Fisco responsabilizar os sócios de empresas do mesmo grupo econômico. “A dissolução irregular da sociedade gera responsabilidade para os sócios. Essas empresas fecham suas portas sem comunicar aos fiscos”, diz Dotoli.Para ele a apropriação indébita é um dos requisitos que tem sido perseguido pelo Fisco. “Esse fenômeno se dá quando a empresa faz a retenção do tributo e não passa para o Fisco,” diz Dotoli.Fonte: DCI – SP

- See more at: http://www.spednews.com.br/12/2013/responsabilidade-de-grupos-e-alvo-do-fisco/?utm_source=SPEDNews+%7C+Newsletters&utm_campaign=3fdb99e5ee-Not%C3%ADcias+Recentes+SPEDNews&utm_medium=email&utm_term=0_1384d844f3-3fdb99e5ee-18121173#sthash.YqswuKZx.dpuf

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

17

Receita desmonta fraude em venda de papel sem tributosPublicado em 13 de dezembro de 2013 por Marina Freitas

A Receita Federal desmontou um esquema de sonegação de impostos na importação de papel imune, usado para imprimir livros e jornais.

Foram identificadas como fraudadoras 43 empresas, entre importadoras, estabelecimentos de fachada (criados para emitir notas fiscais) e empresas de cobrança.Por ano, entidades do setor estimam que R$ 500 milhões em tributos deixem de ser recolhidos com a fraude.

O papel usado na impressão de livros, jornais e periódicos é isento do pagamento de tributos como Imposto de Importação, IPI, PIS/Cofins e ICMS. A diferença na carga tributária entre o papel comercial e o imune é de 35%.

O grupo investigado trazia o papel ao país declarando que ele estaria destinado a livros ou jornais, mas, na prática, revendia-o a atacadistas, distribuidores e empresas interpostas, para ser usado por gráficas em panfletos (venda de imóveis), propaganda (supermercados, drogarias) e até mesmo ser vendido como papel sulfite no varejo, papelarias e pequenos comércios.

Na alfândega de Santos, foram 250 contêineres apreendidos, com 5.000 toneladas de papel. Em um depósito da região metropolitana, mais 2.200 toneladas. No total, valem R$ 22 milhões.

Foi a maior apreensão já feita no Estado, segundo o fisco, que investiga as empresas desde janeiro.

“Serão fiscalizados também os clientes que se aproveitaram da fraude, comprando papel com menor preço, de empresas laranjas”, diz Fabio Ejchel, superintendente-adjunto da RF de São Paulo.

O fisco paulista deve cassar a inscrição estadual dos estabelecimentos que participavam da fraude -são 35 identificadas como empresas “noteiras”, criadas por “laranjas” para emitir notas.

Com documentação falsa, um contador conseguiu abrir um empresa há dois anos com duas sócias -uma delas estava morta desde 2005, e a outra em 2007, informa Marcos F.P. de Siqueira, superintendente-adjunto da RF, para área aduaneira.

No Paraná e em Santa Catarina, outra quadrilha, formada por distribuidoras e importadoras, também está sob investigação.

Ao menos duas empresas já pararam no Brasil de produzir papel couché -usado quando imune na fabricação de revistas e periódicos e quando não imune em panfletos comerciais, folders e cardápios de restaurantes, pizzarias, cafés-, segundo elas, por causa da concorrência desleal: a japonesa Oji Papéis e a finlandesa Ahlstrom.

Fonte: Folha de S Paulo

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

18

Empresas enfrentam desafios para adequação de balançosCompanhias brasileiras podem antecipar os efeitos da MP 627 a partir de janeiro de 2014.

postado 09/12/2013 10:11 por Angélica Petry

Publicada no dia 12 de novembro, a Medida Provisória (MP) 627 altera aspectos sensíveis da tributação federal e impõe um novo sistema fiscal que passa a valer a partir do encerramento do chamado Regime de Transição Tributária (RTT). Com isso, a apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) , da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) , de PIS e Cofins - que passa a ser feita com base nos resultados - inclui algumas normas contábeis para fins fiscais, enquanto outras acabam ficando de fora.

A realidade já determina desafios para as maiores empresas do País. O assunto foi tema de um seminário promovido pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) e a consultoria PwC em Porto Alegre. O novo regime tributário será obrigatório apenas em 2015. No entanto, a MP faculta às empresas a antecipação das normas e dos efeitos já em janeiro de 2014.

Por isso, o encerramento do exercício fiscal de 2013 tem sido marcado pela tomada de decisão a respeito dos benefícios de optar ou não pela adoção das normas. A definição trará impactos sobre aspectos como a distribuição de lucros e dividendos, alteração da base de cálculo dos Juros Sobre Capital Próprio (JSCP) e ainda gera polêmicas sobre questões que envolvem a participação societária em holdings estrangeiras e os lucros auferidos no exterior.

Conforme explica o sócio da área de impostos da PwC, Fernando Giacobbo, desde 2008, o padrão contábil brasileiro passa por modificações que visam ao alinhamento com as normas internacionais. As alterações representaram transformações drásticas na forma como as empresas reconhecem seus ativos e passivos, as transações correntes e os efeitos fiscais para os demonstrativos financeiros e de apuração de resultados de patrimônio líquido (PL).

No entanto, para efeito tributário, as mudanças ainda estavam protegidas, por um período transitório, pelo princípio de neutralidade. Agora, a MP 627 regulamenta o fim desse regime de exceção. Entretanto, o nível de incertezas na interpretação de alguns dispositivos tem colaborado para fomentar os debates sobre o assunto.

“Temos que ficar atentos, pois sempre que há mudança contábil, há alteração no volume de pagamento de impostos. Hoje ainda é impossível visualizar se haverá aumento ou diminuição da carga. Isso só poderá ser verificado em 2017 e 2018”, afirma Giacobbo.

Para o especialista, o momento é de dar início a um processo de avaliação criteriosa para definir os benefícios e prejuízos com a antecipação de efeitos da MP. Em caso de aquisições de participações societárias recentes, será preciso rever o cronograma relativo às potenciais reorganizações para não exceder prazos estipulados ou manter as regras atuais.

No entanto, um dos principais aspectos a ser considerado, segundo Giacobbo, diz respeito à análise das consequências das modificações previstas pela nova base de cálculo de PIS e Cofins, especialmente nas

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

19

empresas inseridas no regime cumulativo. A alteração abrange o resultado de equivalência patrimonial. Exemplo disso são as companhias que realizam a apuração fiscal com base no lucro presumido e já estão automaticamente recolhendo pelo sistema cumulativo. “A partir de 2015, a mesma empresa passaria a tributar resultados de equivalência patrimonial - o que para uma holding pura representaria a incidência de impostos sobre a totalidade dos resultados.”

Alterações geram incertezas em relação à distribuição de dividendos

No que se refere ao pagamento de dividendos, Fernando Giacobbo explica que um dos dispositivos da MP 627 estabelece que a diferença entre o lucro societário e o lucro fiscal (aquele posterior aos ajustes contábeis que por ventura forem distribuídos em forma de dividendos) não gozaria da isenção fiscal que já é estabelecida juridicamente para a não tributação dos dividendos.

O lucro fiscal é um dos pontos de partida para calcular os impostos. Nesse aspecto, uma solução de consulta da Receita Federal afirma que, da mesma forma que a divisão deveria ser feita sobre o lucro fiscal, a dedutibilidade da distribuição de juros sobre capital próprio (outra modalidade adotada por algumas empresas para remuneração de acionistas, porém, tributada na fonte) possui limites. O novo teto seria estipulado de acordo com o próprio PL das empresas.

“Isso deveria tomar em consideração não o PL societário, e sim o que se passou a chamar de PL fiscal. No geral, parece que o PL fiscal tende a ser menor do que o societário. Por isso, é possível vislumbrar que se teria um PL inferior. Todavia, há empresas que não passam por esse risco, pois, quando se avalia a distribuição, não se excede em momento algum o que prega o novo cálculo”, comenta o sócio da PwC.Por outro lado, há companhias recém-adquiridas com lucros acumulados em anos anteriores distribuídos antes da incorporação efetiva. Nesses casos - que não são incomuns -, a condição de maior exposição tributária estaria configurada.

Uma situação semelhante também ocorre quando grandes volumes repassados na modalidade de juros sobre capital próprio aos acionistas foram capitalizados para a empresa na forma de reinvestimento. 

 

Fonte: Jornal do Comércio - RS

Novo manual de instruções ao Sistema Tributário BrasileiroPublicado em 13 de dezembro de 2013 por Caroline Renner

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

20

O comando pelo sistema tributário de nosso país está ficando cada vez mais severo com o contribuinte e, por que não dizer, que esta administração tributária já necessita de uma reabilitação e/ou diagnóstico no tratamento para com os contribuintes. Esta é a conclusão a que podemos chegar quando examinamos a nova legislação que é imposta, feita às pressas e por notórios tributaristas, porém capazes de soltar uma norma deste calibre num curto espaço de tempo para adequação das normas. Refiro-me à Medida Provisória 627/2013, publicada no Diário Oficial da União de 12 de novembro de 2013.

É cristalino em nosso direito que a norma deve ser cumprida. Caso haja alguma inconsistência, esta deve ser questionada pelo Judiciário, que tem a última palavra sobre o tema. Em caso de uma decisão definitiva esta há de ser aceita, muito embora, estamos sendo cada vez mais pacientes quando observamos, em nosso direito, certo descaso e/ou falta de bom senso. A nossa Carta Magna prevê no artigo 62 a figura da medida provisória, porém desde que em caso de relevância e urgência. Todavia, não é o que de fato tem ocorrido há muitos anos. O que parece sim é tratar-se, sempre, de um “certo” decreto-lei. Vamos, afinal, à medida provisória, que é o que de fato nos interessa.

MECANISMO MP – Deixando questões de ordem temporal ou jurídica, por meio da Medida Provisória 627/2013 foram promovidas importantes alterações na Legislação Tributária Federal, referentes ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas. Tais contribuintes foram tributados pelo lucro real, presumido e arbitrado, bem como referentes ao PIS/Pasep e à Cofins, à extinção do Regime Tributário de Transição (RTT), instituído pela Lei 11.941/2009, bem como a adaptação às novas normas contábeis, à tributação em bases universais e ao parcelamento especial.

A nova MP trata de vários aspectos tributários e contábeis. São eles: despesa com emissão de ações, ajuste a valor presente, incorporação, fusão e cisão, despesas pré-operacionais, avaliação a valor justo (ganho, perda, lucro presumido para lucro real, ganho de capital subscrição de ações), tratamento tributário do goodwill, contratos de longo prazo, subvenções para investimento, teste de recuperabilidade, contratos de concessão, aquisição de participação societária, depreciação – exclusão no e-Lalur, amortização do intangível, prejuízos não operacionais, arrendamento mercantil, dentre outros. A MP entrará em vigor a partir de 1º de Janeiro de 2015, exceto os artigos 67 a 71 e 92 a 100, que passam a valer em sua data de publicação.

REGIME FISCAL DEFINITIVO – Com relação à extinção do Regime Tributário de Transição (RTT), a fim de que pudesse adaptar a contabilidade brasileira às normas internacionais, suprimindo um forte conflito no imposto de renda (a base de cálculo do IR é baseada na lei contábil), a Medida Provisória 627 veio estabelecer um regime fiscal definitivo. Isso se deve ao fato de que, desde 2008, a Lei das S/A vinha sofrendo alterações constantes. Portanto, chega-se ao fim a neutralidade do IFRS (Lei 11.638/2007) na apuração do IRPJ e da CSLL, o qual será feita por meio de Sped (Escrituração Digital), cujos registros serão mantidos no Livro de Apuração do Lucro Real digital (e-Lalur).

É importante ressaltar que o referido diploma legal estabeleceu que a tributação do IRPJ, CSLL, PIS e Cofins das pessoas jurídicas continuará sendo realizada com base na escrituração contábil, com os ajustes decorrentes das normas tributárias a serem realizados no Livro de Apuração do Lucro Real. Isso, porque a Instrução Normativa 1.397/13 (certamente será revogada) exigia que o contribuinte mantivesse duas contabilidades: uma para atender a Lei Societária e outra para atender a apuração de impostos.

AVALIAÇÃO – Vale ressaltar que a adoção das regras estabelecidas pela MP no tocante ao fim do Regime Tributário de Transição (RTT) é opcional em 2014, sendo obrigatória em 2015. Isso remete ao contribuinte avaliar os impactos das novas normas tributárias e decidir pelo melhor momento para efetivar a adesão. Quanto à distribuição de lucros, foi dada isenção com base nas regras do IFRS, no período de 2008 a 2013. A partir de janeiro de 2014 somente estarão isentos os lucros distribuídos com base nas regras fiscais. O que for distribuído a maior, será tributado. Ressaltamos que a referida medida provisória alterou diversos dispositivos tributários, sendo fundamental que as empresas iniciem desde já as análises e

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

21

avaliações dos possíveis impactos gerados pelas novas regras, de forma a buscar o cenário que melhor favoreça suas atividades.

Afinal, pelo alcance e importância das alterações introduzidas, a referida MP deverá ser objeto de intenso debate durante sua tramitação no Congresso Nacional. Acreditamos que os contribuintes consigam aderir, em tempo, essas novas providências (como o próprio nome diz, provisórias) e que, efetivamente, seja um marco positivo no Sistema Tributário Brasileiro dado a sua relevância e urgência.

José Osvaldo Bozzo

Consultor, tributarista e sócio da MJC Consultores.

Fonte: Monitor Mercantil

Contribuintes devem aproveitar este mês para gastos dedutíveis no IRContadores recomendam que é preciso priorizar a realização de procedimentos médicos e os investimentos em previdência privada.

postado 09/12/2013 11:12 por André Luis Rosa Soares

Com a estimativa da Secretaria da Receita Federal de que apenas 50% dos R$ 24 bilhões arrecadados com o Imposto de Renda (IR) 2013 serão restituídos aos contribuintes até o final do ano e de que o valor se manterá no ano que vem, os contadores lembram da possibilidade de aproveitar este mês para realizar procedimentos dedutíveis e evitar a dor de cabeça durante 2014. A dica é aproveitar até o dia 31 de dezembro para realizar aqueles procedimentos ou consultas médicas que foram postergados durante o ano ou investir um pouco mais em planos de previdência privada e, quem sabe, diminuir o saldo devedor.

A advogada e contadora Ana Paula Queiroz, da Moresco Contabilidade, lembra que, mesmo que o cidadão não caia na malha fina da Receita, a restituição pode demorar até um ano para chegar ao bolso do contribuinte, logo, “as deduções podem ser uma boa maneira de ter parte do dinheiro investido diretamente em si mesmo ou na família”.

Os planos de previdência privada também são uma boa alternativa para redução do valor do imposto devido, porém, nesse caso, há um limite legal de dedução - até 12% dos rendimentos tributáveis. “Temos o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), que pode ser deduzido, porém, é importante mencionar que, no momento do resgate, incidirá Imposto de Renda sobre o valor aplicado acrescido do rendimento. Ao contrário do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que não é dedutível, mas, no momento do resgate, incidirá imposto apenas sobre o seu rendimento”, alerta o contador da Fortus Consultoria Evanir Aguiar.

Ana Paula indica ainda que os contribuintes analisem a forma de declaração que vale mais a pena, quais despesas podem ser abatidas e, no caso de declarações com dependentes, qual declarante tem mais vantagens com a dedução.  “Atualmente, até mesmo os tratamentos de fertilização ou fecundação podem

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

22

ser deduzidos dos homens por se acreditar que o dependente é responsabilidade dos dois”, pontua, indicando uma análise criteriosa de como tirar proveito das opções oferecidas pela Receita Federal.

Apesar de ainda dar tempo de investir nos gastos dedutíveis, o planejamento durante o ano inteiro ainda é a melhor forma de garantir o preenchimento correto do Imposto de Renda e o pagamento justo do tributo. Preocupado em guardar os documentos desde que começou a fazer a Declaração do Imposto de Renda (Dirpf), João Otto Klepzig organiza em uma pasta todos os comprovantes de pagamento de honorários médicos e do seu seguro saúde, além dos recibos salariais, dividindo-os por assunto. O aposentado faz questão de conferir se todos os documentos foram preenchidos adequadamente para não ter problemas com o fisco, sempre olhando “se tem carimbo do médico, endereço e outros dados de identificação, para evitar que mais tarde os papéis sejam devolvidos por falta de informações”.

Klepzig também aproveita a possibilidade de dedução do Imposto de Renda para fazer doações a instituições beneficentes. O repasse de parte do valor total a projetos e instituições beneficentes de âmbito federal, estadual ou municipal é recomendado àqueles que certamente terão de acertar as contas com o fisco.

O pagamento é feito por meio  de um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) , gerado no próprio programa do Imposto de Renda. Aqueles que não quiserem ultrapassar o limite de até 6% do Imposto de Renda para doações podem reunir agora todos os documentos e fazer uma projeção de quanto será pago, realizando a doação sobre o saldo parcial.

A Lei Rouanet, de âmbito nacional, é a mais conhecida regulamentação de doações a atividades artísticas, culturais e sociais. Em Porto Alegre, o Funcriança disponibiliza em seu site a listagem completa dos projetos aprovados e aptos a receber as verbas. O donativo também pode ser feito no momento de preenchimento da declaração, porém, a taxa dedutível cai para 3%.

Arrecadação com receitas extraordinárias será recorde, afirma Receita

A Receita Federal (RF) informou que a a arrecadação com receitas extraordinárias será recorde neste ano. Até novembro, essas receitas já somaram R$ 24,376 bilhões, próximo, portanto, do recorde anterior, de 2009 (R$ 24,934 bilhões). A expectativa da Receita é que esse valor seja superado com a entrada de mais recursos extraordinários em dezembro.

A maior parte da arrecadação extraordinária de 2013 veio da recuperação de impostos atrasados. Os três programas especiais de pagamento de dívidas tributárias lançados neste ano pela União já renderam R$ 20,376 bilhões. O número divulgado ficou de acordo com o que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia estimado na quinta-feira, dia 5. Um desses programas, porém, só se encerra em dezembro, o que permite que mais empresas adiram às condições especiais e paguem seus débitos.

Além desses recursos, a Receita já havia arrecadado, também extraordinariamente, R$ 4 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões foram recolhidos com impostos sobre os ganhos da BB Seguridade com vendas de ações na bolsa de valores. O outro R$ 1 bilhão foi obtido com o depósito judicial de uma empresa que questiona cobrança de tributos na Justiça.

Fonte: Jornal do Comercio

A contrapropaganda nas relações de consumo IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

23

Publicado por Georgios Alexandridis - 4 dias atrás

A força psicológica da comunicação não pode ser ignorada, evidenciada o desvio de sua finalidade na publicidade, com a utilização de mensagens ocultas, ou mesmo por ser uma publicidade enganosa e/ou abusiva, nos termos do artigo 37, do CDC, não podemos nos contentar apenas com a imposição de indenização e a retirada da publicidade de veiculação.

Dever-se assim, buscar anular ou contrabalançar os efeitos ruidosos da publicidade ilícita, utilizando-se para tanto a imposição de contrapropaganda, nos termos dos artigos 56, XII e 60, 78, II, todos do Código de Defesa do Consumidor.

A imposição da contrapropaganda é medida que se impõe de forma judicial ou administrativa, como meio de efetiva prevenção e reparação dos danos dos consumidores, nos termos do inciso VI do artigo 6º da lei consumeirista, por tal razão não se trata de medida para denegrir a imagem do fornecedor ou de seu produto, mas sim apagar – ou pelo menos tentar – os reflexos negativos no comportamento do consumidor criados pela publicidade veiculada, por tal razão não se trata de contrapublicidade.

Sendo sanção a ser imposta ao fornecedor possui duas funções que devem ser perseguidas: a função corretiva, de forma a corrigir o desvio cometido na publicidade antijurídica e a função preventiva, para evitar a ocorrência de danos decorrentes da publicidade e para que não haja mais a utilização de mensagens ocultas.

Para a realização da contrapropaganda, deverá no caso concreto analisar a publicidade antijurídica veiculada para poder determinar os fatores de influência da publicidade nos consumidores, para a aferição da mais adequada sanção, de forma a tornar justa e eficaz.

Sem dúvida, no mínimo a contrapropaganda deverá ser veiculada no mesmo tempo, espaço e local em que foram veiculadas as publicidades, presumindo-se dessa forma que o alcance aos consumidores atingidos pela publicidade antijurídica, contudo, dependendo do tipo de lesão, não poderá haver limites para a veiculação da contrapropaganda.

Interessante sobre esse aspecto analisar a importância da atuação do Ministério Público com vistas a firmar compromissos de ajustamento de conduta para que imponha ao fornecedor a contrapropaganda de formas diferenciadas, obrigando-o a ter atitudes de valorização dos bens jurídicos que foram lesados pela incidência da publicidade antijurídica.

Difícil assim, a estipulação de critérios objetivos para a imposição da contrapropaganda, cujo objetivo maior sempre será a reparação do mal causado, tomando-se o cuidado de não transformar a contrapropaganda em uma publicidade a favor do fornecedor.

De qualquer forma, evidencia-se que o juiz não está preso a nenhuma formalidade para a determinação da realização da contrapropaganda, sempre pautados nos objetivos de reparação dos ilícitos cometidos, e a manutenção dos valores lesados

Devo, não nego, pago quando puder Publicado por Superior Tribunal de Justiça e mais 3 usuários - 1 semana atrás

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

24

A expressão popular descreve a situação financeira de muitos consumidores brasileiros diante dos bancos, financeiras, prestadoras de serviço e comércio em geral.

Dados recentes da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio, revelam que o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso subiu em novembro de 2013, em comparação com o mesmo mês de 2012.

Já a Serasa Experian, empresa especializada na administração de informações de crédito, divulgou que, no acumulado de janeiro a outubro de 2013, o índice de inadimplência do consumidor recuou 0,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, a primeira queda desde o início da apuração, em 1999.

Em outra pesquisa, realizada em 2012 com aproximadamente mil consumidores, a Serasa Experian apontou que 25% dos entrevistados se declararam inadimplentes. Destes, 38% admitiram não ter ideia do valor total das contas ou parcelas em atraso. E 60% dos devedores afirmaram que normalmente falta dinheiro no fim do mês e quase a metade de sua renda mensal está comprometida com dívidas.

As constantes ofertas de crédito e facilidades de pagamento divulgadas diariamente incentivam os consumidores a assumir compromissos além de sua capacidade e acabam por levar grande número deles aos temidos cadastros de inadimplentes. Muitas dessas situações chegam ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Obrigação do credor

Em recente julgamento, a Quarta Turma do STJ concluiu que o ônus de baixar a inscrição do nome do consumidor nos cadastros de proteção ao crédito é do credor, e não do devedor. A tese foi aplicada no Agravo em Recurso Especial (AREsp) 307.336, cujo relator foi o ministro Luis Felipe Salomão.

O recurso envolveu a Sul Financeira e um consumidor cujo nome foi mantido indevidamente em cadastros de proteção ao crédito. Os ministros mantiveram o entendimento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que condenou a financeira a pagar indenização no valor de R$ 5 mil ao consumidor, por danos morais, em virtude da não retirada imediata do seu nome dos cadastros.

Salomão invocou o artigo 43, parágrafo 3º, e o artigo 73, ambos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), para embasar sua conclusão. Esse último dispositivo caracteriza como crime a falta de correção imediata dos registros de dados e de informações inexatas a respeito dos consumidores.

Correção dos registros

A posição a respeito da obrigação do credor de providenciar a retirada do nome do devedor dos cadastros de inadimplentes, após a quitação da dívida, é entendimento pacífico nas Turmas que compõem a Segunda Seção, conforme o exposto pela ministra Nancy Andrighi no Recurso Especial (REsp) 1.149.998.

O recurso envolveu um consumidor e a empresa de telefonia e internet Global Village Telecom GVT. Após ter conhecimento de que seu nome havia sido incluído em cadastro de inadimplentes, o recorrente quitou o débito que originou a inscrição. Decorridos 12 dias, o consumidor fez pedido de cartão de crédito a uma instituição financeira mas a solicitação foi rejeitada, pois seu nome ainda fazia parte dos registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em virtude do débito quitado com a GVT.

Tal situação gerou o ajuizamento de ação de indenização por danos morais pelo cliente.

Ao se pronunciar sobre a lide, o tribunal gaúcho afirmou que as providências a serem tomadas para retirada do nome dos cadastros de inadimplentes cabiam ao autor, sendo exigido do credor tão somente a

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

25

conduta de não impor embaraços, o que se entende por satisfeito pelo fornecimento de recibo a autorizar a baixa do assento.

Entretanto, de acordo com a ministra Nancy Andrighi, a melhor interpretação do artigo 43, parágrafo 3o, do CDC é a de que, uma vez regularizada a situação de inadimplência do consumidor, deverão ser imediatamente corrigidos os dados constantes nos órgãos de proteção ao credito, sob pena de ofensa à própria finalidade dessas instituições, visto que elas não se prestam a fornecer informações inverídicas a quem delas necessite.

Induvidoso, portanto, que cabia à GVT ter procedido à baixa do nome do recorrente nos registros do SPC, afirmou.

Prazo

Ao dizer que a correção deve ser feita imediatamente ou em breve espaço de tempo, por vezes, os julgados deixam dúvidas quanto ao prazo a ser considerado pelo consumidor para cobrar de maneira legítima a efetiva exclusão do seu nome dos cadastros de inadimplência. Da mesma forma, os credores ficam sem um balizador para adequar seus procedimentos internos, de modo a viabilizar o cumprimento da exigência.

A solução pode ser extraída do próprio parágrafo 3o do artigo 43, conforme explica a ministra, pois ele estabelece que o consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.

Dessa forma, é razoável que o prazo de cinco dias do artigo 43, parágrafo 3o, do CDC norteie também a retirada do nome do consumidor, pelo credor, dos cadastros de proteção ao crédito, na hipótese de quitação da dívida. Por outro lado, nada impede que as partes, atentas às peculiaridades de cada caso, estipulem prazo diverso do ora estabelecido, desde que não se configure uma prorrogação abusiva desse termo pelo fornecedor em detrimento do consumidor, ponderou Nancy Andrighi.

Após a demonstração da negligência da GVT na exclusão do nome do recorrente dos cadastros, o STJ aplicou o entendimento consolidado, segundo o qual a inércia do credor em promover a atualização dos dados cadastrais, apontando o pagamento e, consequentemente, o cancelamento do registro indevido gera o dever de indenizar, independentemente da prova do abalo sofrido pelo autor, sob forma de dano presumido, conforme preconizado no REsp 957.880, de relatoria do ministro Villas Bôas Cueva.

Notificação prévia

Em julgado de relatoria da ministra Isabel Gallotti (AREsp 169.212), a Quarta Turma entendeu que a Serasa e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), quando importam dados do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) do Banco Central (Bacen) para inscrição do nome do consumidor em seus cadastros, têm o dever de expedir notificação prévia.

O recurso tratava de demanda entre um consumidor e o Banco Itaú. O correntista afirmou que era nula a sua inscrição nos cadastros restritivos de crédito, pois ele não havia sido comunicado previamente pelo Itaú. Entretanto, a tese adotada pelo STJ é de que a obrigação de comunicar a inscrição em órgão de proteção ao crédito é da entidade cadastral e não do credor, ressaltou a ministra.

De acordo com Gallotti, o disposto no artigo 43 do CDC, apontado por violado no recurso especial, dirige-se à entidade mantenedora do cadastro de proteção ao crédito e não ao credor ou à instituição bancária.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

26

O entendimento adotado pela Corte foi o mesmo ao julgar recurso que questionava o ressarcimento de um cliente por danos morais, em razão da falta de comunicação prevista no artigo 43, parágrafo 2º, do CDC. Nesses casos, o STJ entende que a legitimidade para responder por dano moral é do banco de dados ou da entidade cadastral, aos quais compete fazer a negativação que lhe é solicitada pelo credor (Ag 903.585).

Após consolidar a jurisprudência sobre esse ponto, o STJ editou a Súmula 359, que dispõe que a entidade mantenedora do cadastro de proteção ao crédito é que deve notificar o devedor antes de proceder à inscrição.

Recurso repetitivo

Em virtude da multiplicidade de recursos que discutiam indenização por danos morais decorrentes de inscrição do nome do devedor nos cadastros de restrição ao crédito com ausência de comunicação prévia, em especial nos casos em que o devedor já possui outras inscrições nos cadastros, o REsp 1.061.134 foi utilizado como representativo de controvérsia e julgado de acordo com o artigo 543-C do Código de Processo Civil.

O recurso versava sobre o caso de um consumidor que pediu o cancelamento do registro de seu nome dos cadastros de inadimplentes e pleiteou danos morais em razão da falta de prévia comunicação pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL). O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul não acolheu os pedidos, pois considerou que o devedor possuía diversos registros desabonadores, que evidenciavam a reiteração da conduta.

Legitimidade

O recurso serviu para a consolidação de alguns entendimentos sobre legitimidade para responder em ação de reparação de danos, caracterização do dever de indenizar e inadimplência contumaz.

Sob a relatoria da ministra Nancy Andrighi, a Segunda Seção firmou o entendimento de que a entidade que reproduz ou mantém cadastro com permuta de informações entre bancos de dados pode responder em ação indenizatória.

Nesses casos, o órgão que efetuou o registro viabiliza o fornecimento, a consulta e a divulgação de apontamentos existentes em cadastros administrados por instituições diversas com as quais possui convênio, como ocorre com as Câmaras de Dirigentes Lojistas dos diversos estados da federação entre si, observou a ministra.

O colegiado firmou a posição de que o Banco Central não é parte legítima para responder em ações de indenização por danos morais e materiais pelo fato de manter o CCF, pois o cadastro é de consulta restrita. Segundo a relatora, os dados do CCF apenas podem ser acessados em virtude da reprodução de seu conteúdo por outras mantenedoras de cadastros restritivos de crédito.

Dano moral

No mesmo recurso, a Segunda Seção pacificou a tese de que, para a caracterização do dever de indenizar, é suficiente a ausência de prévia comunicação, mesmo quando existente a dívida que gerou a inscrição. O objetivo da notificação não é comunicar o consumidor da mora, mas sim propiciar-lhe o acesso às informações e preveni-lo de futuros danos, explicou Nancy Andrighi.

Todavia, o dever de indenizar sofre tratamento específico quando o consumidor possui inscrições preexistentes, regularmente realizadas em cadastros restritivos de crédito. O pensamento foi inaugurado no julgamento do REsp 1.002.985, de relatoria do ministro Ari Pargendler, que considerou que quem já é

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

27

registrado como mau pagador não pode se sentir moralmente ofendido pela inscrição do seu nome como inadimplente em cadastros de proteção ao crédito.

Inadimplente contumaz

A existência de outras inscrições em nome do devedor afasta, portanto, o dever de indenizar por danos morais. De acordo com Pargendler, para que seja caracterizado o dano moral, haverá de ser comprovado que as anotações anteriores foram realizadas sem a prévia notificação do interessado.

Nesse sentido foi julgado o REsp 1.144.272, de relatoria da ministra Isabel Gallotti. O recorrente teve seu nome inscrito em cadastro de inadimplentes, sem notificação prévia, em virtude da emissão de dez cheques sem fundos em apenas um mês.

O Tribunal de Justiça da Paraíba considerou indevida a indenização por danos morais decorrente da inscrição irregular, quando o devedor já possui anotações anteriores. E determinou apenas a exclusão de seus dados do cadastro de maus pagadores.

Insatisfeito, o devedor recorreu ao STJ. Alegou que tinha direito à indenização. O STJ ratificou a tese do tribunal de origem, pois entende que a ausência de prévia comunicação ao consumidor atrai a compensação por danos morais, salvo quando preexista inscrição desabonadora regularmente realizada.

No julgamento, foi citada a Súmula 385, que dispõe que, da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento do registro.

Sonegação no Brasil é 20 vezes maior que gasto com Bolsa Família, diz Sinprofaz Publicação: 11/12/2013 15:28 Atualização: A sonegação no Brasil é 20 vezes maior do que o valor gasto com o Programa Bolsa Família. O cálculo é do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que volta a exibir hoje, em Brasília, o Sonegômetro, para mostrar os prejuízos que o país tem com a sonegação.

O placar, online, indica que a sonegação fiscal no Brasil está prestes a ultrapassar a casa dos R$ 400 bilhões. Desenvolvido pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), o

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

28

Sonegômetro apresenta, em tempo real, o quanto o país deixa de arrecadar todos os dias.

Para o presidente do Sinprofaz, Heráclio Camargo, a sonegação caminha em conjunto com a corrupção. “A sonegação e a corrupção caminham juntas porque a corrupção precisa do dinheiro da sonegação para financiar as campanhas de políticos inescrupulosos e fomentar o círculo vicioso da lavagem de dinheiro”, disse ele.

“Infelizmente, o Brasil é leniente”, ressaltou Camargo, porque permite a inscrição, com o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), de empresas localizadas em paraísos fiscais. Segundo o presidente do Sinprofaz, basta procurar em todos os jornais, em notícias recentes e em todas as operações da Polícia Federal.

“É só observar que, em todos os mensalões de todos os partidos, usam-se mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, e o governo federal não muda essa sistemática de permitir que empresas instaladas em paraísos fiscais sejam donas de hotéis, de restaurantes. São negócios que têm uma fachada lícita, mas muitos deles servem para lavar dinheiro”, reclamou.

Nos cálculos feitos por Camargo, R$ 400 bilhões representam aproximadamente 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riqueza produzidas no país), 25% do que é arrecadado. É 20 vezes mais do que se gasta com o Bolsa Família. De acordo com Camargo, mesmo com os questionamentos sobre esse programa, ele é benéfico para a economia, pois os recursos dele criam um circulo “virtuoso” da economia local. “Imagine se pegássemos 20 vezes esse valor e investíssemos em saneamento básico, na melhoria dos salário dos professores e na estruturação das carreiras de Estado. Seria um outro país, com R$ 400 bilhões a mais do que temos agora.”

Isso sem contar os valores da dívida ativa, que está em R$ 1,4 trilhão, acrescentou Heráclio. Ele destacou que os procuradores sequer têm um servidor de apoio por procurador, enquanto os juízes têm de 15 a 20 servidores. “Os culpados pelo sucateamento da Procuradoria da Fazenda Nacional são o Ministério da Fazenda e a Advocacia-Geral da União.” Para ele, é importante que a sociedade cobre, pois existem 300 vagas em aberto para a carreira de procurador e não há, também, carreira de apoio para combater o que ele considera "sonegação brutal" [R$ 400 bilhões] e tentar arrecadar melhor essa dívida de R$ 1,4 trilhão.

“São quase R$ 2 trilhões que estão aí para ser cobrados, e o governo pune os mais pobres e a classe média com uma tributação indireta alta e, notadamente, com a contrapartida baixa que é dada pelo Estado brasileiro, afirmou.

Operação em MG desmantela quadrilha que sonegava ICMSPublicado em 11 de dezembro de 2013 por Marina Freitas

A operação “Concorrência Leal” foi realizada contra distribuidoras de bebidas para execução de oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão.

Belo Horizonte – Uma operação conjunta do Ministério Público Estadual (MPE), da Polícia Civil e da Receita Estadual de Minas Gerais desbaratou nesta terça-feira, 10, uma quadrilha responsável pela sonegação de cerca de R$ 150 milhões do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em dois anos.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

29

A operação “Concorrência Leal” foi realizada contra distribuidoras de bebidas para execução de oito mandados de prisão – dois estão em aberto porque os suspeitos estão foragidos – e 28 de busca e apreensão em Belo Horizonte e mais seis municípios mineiros, além de Jundiaí (SP).

As investigações foram iniciadas pela polícia há aproximadamente dois anos. Neste período, foi identificado um esquema por meio do qual empresas de Minas Gerais compravam principalmente bebidas destiladas de um atacadista do Espírito Santo, que expedia notas fiscais em nome de companhias do Distrito Federal.

Em seguida, os documentos eram substituídos por outros em nomes de empresas mineiras com inscrições já canceladas junto ao Fisco estadual.

Segundo o MPE, com a fraude, as empresas mineiras beneficiadas pelo esquema obtinham créditos tributários das empresas de fachada com alíquotas de 25%, enquanto o tributo devido sobre as mercadorias adquiridas no Espírito Santo é de 12%. “Essa simulação permite que a empresa tenha margem de cerca de 30% de vantagem em relação ao mercado e consiga dominar o mercado”, observou o superintendente de Fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda de Minas (SEF-MG), Anderson Aparecido Félix.

Além da capital mineira e de Jundiaí, os mandados judiciais foram executados em Contagem, Betim, Nova Lima e Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, e Nova Serrana e Conceição do Pará, na região oeste de Minas. Um dos principais alvos da operação foi a Mixx Geraes empresa sediada nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A. (Ceasa).

De acordo com o delegado Denilson dos Reis Gomes, da Polícia Civil mineira, os acusados vão ser indiciados por lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha, crimes que, juntos, podem render até seis anos de prisão. O suspeito de liderar o esquema, que tem empresas em Minas – incluindo a Mixx – e São Paulo é um dos foragidos. Na sede do estabelecimento, que ficou com as portas fechadas nesta terça, ninguém atendeu o telefone.

Fonte: Estadão Conteúdo

Via: Exame

Caso extraconjugal

Divulgar infidelidade do marido afasta indenizaçãoPor Jomar Martins

Se a mulher é responsável por divulgar a infidelidade do marido, não pode alegar ofensa à sua honra e não deve ser indenizada por dano moral. O entendimento unânime da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul rejeitou o pedido de reparação movido por uma médica contra seu ex-marido, também médico.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

30

No caso, a mulher descobriu, no computador de casa, vídeos em que seu ex-marido aparecia fazendo sexo com as pacientes em seu consultório, sem que estas percebessem a gravação. Alegando obediência a princípios éticos, a mulher denunciou a conduta no Conselho Regional de Medicina do RS, onde o caso tramita em sigilo.

Após perder a causa no primeiro grau, a médica entrou com recurso no TJ-RS, insistindo no argumento de que a infidelidade, registrada em vídeos, desestabilizou o seu núcleo familiar. Tanto que ela e o filho tiveram de se submeter a tratamento médico, a fim de suportarem a situação.

O relator da Apelação, desembargador Ricardo Moreira Lins Pastl, lembrou, no acórdão, que a autora, antes de casar-se oficialmente, vivia em união estável com o homem e conhecia sua infidelidade. Mesmo depois do episódio dos vídeos, diz o acórdão, manteve uma ‘‘atitude complacente’’, pedindo seu regresso ao lar. Assim, a infidelidade só passou para a esfera pública em função das atitudes da autora.

‘‘Não ignoro a dor vivenciada, não é fácil passar por semelhante situação, é indisputável. Não obstante isso, não entendo haver prova a demonstrar que o réu agiu deliberadamente com a intenção de ofender a recorrente, de machucá-la, de humilhá-la — e embora seja inquestionável que assim se sentiu’’, discorreu o desembargador. Além do mais, segundo ele, o fato de a autora já se encontrar em tratamento para a depressão antes da separação do casal afasta o nexo de causalidade entre a traição e o dano.

Para o magistrado, a necessidade do réu de satisfação sexual pode ter as mais variadas origens e causas determinantes, mas nenhuma delas vinculada à intenção deliberada de prejudicar a mulher. ‘‘Parece que esse é o seu jeito, peculiar, e mesmo desajeitado, imoral, ainda que descabido, inadequado e impertinente, de encontrar sentido em sua vida. Nada pessoal’’, encerrou. O acórdão foi lavrado na sessão do dia 31 de outubro.

Clique aqui para ler o acórdão. 

Jomar Martins é correspondente da revista Consultor Jurídico no Rio Grande do Sul.

Revista Consultor Jurídico, 7 de dezembro de 2013

Human Rights Day (Dia dos Direitos Humanos) Publicado por Jose Claudio Rocha - 3 dias atrás

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo."

1. Introdução

Não há como se estudar o direito sem que se recorra a história. Para conhecer seu objeto, precisamos conhecer o sentido que a humanidade dá as suas categorias ao longo do tempo, por este motivo é que se diz ser o direito um objeto político, mas, sobretudo, histórico. Nesse prisma, para entendermos o que acontece com os direitos humanos, precisamos estudar o seu valor histórico. Sendo assim, no mês de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

31

dezembro nada melhor do que refletir sobre como os direitos humanos estão sendo percebidos em todo o mundo.

Em 10 de dezembro de 1948 a humanidade por meio das Nações Unidas proclamava a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)[2] com objetivo de consagrar mundialmente um sistema ético e jurídico de proteção à dignidade de todos os seres humanos do planeta.

Por este motivo, todos os anos, durante a semana do dia 10 de dezembro, militantes e ativistas dos direitos humanos no mundo inteiro discutem formas de fazer avançar os direitos humanos individuais, econômicos, sociais, culturais e ambientais em todas as suas dimensões.

2. A Declaração Universal dos Direitos Humanos

A DUDH é considerada pelos especialistas como a maior iniciativa de construção de um sistema ético, político e jurídico de proteção a direitos considerados fundamentais a pessoa humana[3].

Em seus trinta artigos a DUDH trata de direitos relativos às três grandes tradições do pensamento humano ocidental, ou seja, o liberalismo (direitos humanos de primeira geração), o socialismo (direitos humanos de segunda geração), e o humanismo (direitos humanos de terceira geração)[4].

Existem autores, como o cientista político Norberto Bobbio, que tratam ainda de uma quarta geração de direitos relacionados à bioética e às novas tecnologias de comunicação e informação. Essa somente é possível porque as inovações tecnológicas criariam para a humanidade problemas de ordem tal que o Direito, forçosamente, sob pena de alteração e deterioração do genoma humano, se veria instado a apresentar soluções, propondo limites e regulamentos às pesquisas e uso de dados com vistas à preservação do patrimônio genético da espécie humana. Com isso, o Direito estaria protegendo não só o homem enquanto indivíduo, mas também, e principalmente, como membro de uma espécie[5].

A DUDH foi proclamada em 1948 depois de muitas discussões entre as nações como uma resposta as atrocidades praticadas pelos regimes nazista e fascista, quando seres humanos eram mortos na câmara de gás. E o que dizer de nossos dias, passados mais de 65 anos da publicação da Declaração.

Quando olhamos para a realidade de nossa cidade e de nosso estado, percebemos que apesar dos esforços praticados pela sociedade civil organizada e por parte do Estado, principalmente, depois da proclamação da Constituição Federal de 1988 que consagrou os direitos humanos como pedra fundamental do Estado Democrático de Direito no Brasil, ainda existe muito a realizar, pois temos muita dificuldade em fazer com que esses direitos cheguem a todas as pessoas.

3. Mapa da Violência no Brasil

A pobreza e a exclusão social não podem ser naturalizadas, elas são causa da permanência de um sistema política que ainda insiste em sonegar os direitos de grupos sociais e situação de vulnerabilidade social.

Em nosso caso, a cidade do Salvador lidera o ranking entre as 27 capitais brasileiras em número de homicídios como apresenta o Mapa da violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil. Forma 1.671 homicídios em Salvador em 2011, o que representa 23, 6% dos homicídios no Nordeste. Nossa cidade triplicou o número de homicídios em 10 anos, se em 2001 o registro foi de 530 homicídios, o número alcançado em 2011 representa um aumento de 215, 3% em 10 anos.

O mesmo acontece em relação ao nosso Estado, a Bahia apresentou em 2011 o segundo maior número de homicídios entre os estados brasileiros, segundo o Mapa da violência 2013. Foram 5.451 homicídios no estado em 2011, número inferior apenas ao registrado no estado de São Paulo (5.629) e que representa

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

32

aproximadamente 28, 1% dos homicídios no Nordeste. O crescimento em relação à 2001, quando houve 1.579 homicídios na Bahia, foi o maior entre os estados: 245, 2%. Todavia, houve redução de aproximadamente 5, 41% em relação a 2010, quando houve 5.763 homicídios na Bahia[6].

4. Conclusão

Esses dados ilustram na verdade o quanto ainda precisa ser feito em relação aos direitos humanos no Brasil. Os homicídios registrados em verdade são a face mais violenta de uma realidade social que sonega direitos como: educação, saúde, assistência social, moradia, alimentação adequada, trabalho e renda entre outros.

Precisamos neste dia 10 de dezembro de 2013, no dia em que se comemora a proclamação da DUDH, no human right day, refletir sobre como construir políticas públicas que efetivamente possam promover e defender os direitos humanos na nossa cidade, no nosso estado e no nosso país[7].

Nesse aspecto, citando o líder humanista Nelson Mandela, a educação em direitos humanos é a arma mais poderosa que a humanidade tem para transformar o mundo em direção aos direitos humanos. Pensar, criar e agir em relação aos direitos humanos é cada vez mais uma importante estratégia para a construção da democracia e a cidadania entre os povos do mundo inteiro.

[1] José Cláudio Rocha é advogado, economista e professor universitário. Atualmente é advogado público de direitos humanos, professor titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Pró-Reitor de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) da UNEB. É líder do Grupo de Pesquisa Gestão, Educação e Direitos Humanos (GEDH/CNPq), coordenador geral do Observatório da Educação Direitos humanos, Cidadania e violência (UNEB/CAPES/INEP) e coordenador geral do Centro de Referência em Direitos Humanos da Bahia (CRDH/UNEB).

[2] Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), Organização das Nações Unidas (ONU). ROCHA, Rocha, José Cláudio. Guia da Educação em Direitos Humanos. Camaçari:EDUNEB, 2009.

[3] TOSI, Guiseppe (Org.). Direitos Humanos: história, teoria e prática. João pessoa:EDUFPB, 2005.

[4] TOSI, Guiseppe, BITTAR, Eduardo C. B (Org.). Democracia e Educação em Direitos Humanos numa Época de Insegurança. Brasília: SDH/PR, 2008.

[5] BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Editora CAMPU, 1992.

[6] WAISELFISZ, Julio Jacobo (Org.). Mapa da Violência 2013: Homicídios e juventude no Brasil. Centro de Brasileiro de Estudos Latino-Americano (CEBELA). FLACSO Brasil. Disponível em http://www.mapadaviolencia.org.br.

[7] ROCHA, José Cláudio. A participação popular na gestão pública no Brasil. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2886, 27 maio 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/19205>. Acesso em: 11 dez. 2013.

Brasileiros gastam mais dinheiro do que ganham Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:36 hs.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

33

14/12/2013 - Os brasileiros gastam quase R$ 1 mil por mês a mais em relação ao salário que ganham? É o que revela pesquisa da Associação dos Consumidores (Proteste). O estudo analisou as contas mensais de 818 famílias, na maioria com três ou quatro integrantes.

Os principais gastos são com moradia, transporte, alimentos, seguros e educação. Em média, são desembolsados R$ 3.176 com as despesas fixas mensais.

Para 20% das famílias algumas despesas estão cada vez mais difíceis de arcar, como os seguros de carro ou casa e planos de saúde. Para 16%, o financiamento do automóvel é o que mais pesa e, para outros 31% as viagens de férias.

Fonte: Consumidor Moderno - Pacaembu/SP.

Indenização a cobaias humanas Publicado por Instituto de Direito Sanitário Aplicado e mais 1 usuário - 2 dias atrás

TRF1 reconhece tortura em pesquisa sobre mosquito da malária e assegura reparação a ribeirinhos do Amapá

ANA D'ANGELO

A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) reconheceu ontem, por unanimidade, que ribeirinhos de comunidades do interior do Amapá que serviram de isca para mosquitos transmissores da malária, em testes realizados entre 2002 e 2003, têm direito à indenização por danos materiais e morais. O TRF1 reformou a sentença da 2ª Vara Federal do Amapá, que havia negado o pedido de reparação feito pelo Ministério Público Federal em nome das vítimas.

Patrocinada por duas universidades norte-americanas em parceria com a Secretaria de Saúde do Amapá e coordenada pelo servidor da Fundação Nacional de Saúde Alan Kardec Ribeiro Galardo, a pesquisa foi suspensa, em 2006, pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) por desvio do seu objeto e por violação de princípios éticos e da dignidade humana. Galardo estava cedido, na ocasião, à secretaria do Amapá.

De comunidades pobres, os ribeirinhos que participaram da pesquisa - em torno de 10, um deles com 65 anos - foram cooptados por Galardo e por um pesquisador dos Estados Unidos, mediante pagamento de R$ 12 (depois elevado para R$ 20) para cada uma das nove noites de trabalho. As cobaias humanas recebiam picadas e alimentavam, com o próprio sangue, 100 mosquitos, duas vezes por ano. Todos contraíram malária, que se espalhou na comunidade. O trabalho de campo da pesquisa, intitulada Heterogeneidade dos vetores da malária no Brasil, iniciava com a colocação na perna ou no braço dos voluntários da borda de um copo contendo 25 mosquitos por vez.

Dor insuportável "Os mosquitos ficavam loucos dentro do copo. Com o tempo, iam caindo de sono no fundo do copo depois de tanto sangue chupado", relatou uma das vítimas à Comissão de Direitos Humanos do Senado, em 2006. Quando todos os mosquitos estavam dormindo, os voluntários partiam para a segunda sessão, com mais 25 insetos, até chegar a 100, capturados por eles próprios. Alguns não suportavam a dor e não conseguiam atingir a meta. Com isso perdiam a "diária". Nenhum deles recebeu assistência médica para tratar as lesões. "O curativo era a gente chegar na beira do rio e passar uma água", relatou outra vítima ao Senado.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

34

O procedimento foi classificado como tortura pelo Ministério Público Federal, o que foi reconhecido pelos desembargadores da 5ª Turma do TRF1. Segundo o MPF, os ribeirinhos assinaram sem ler as cláusulas do contrato apresentado por um pesquisador norte-americano e pelo servidor Galardo. "Foi um atentado aos direitos humanos. Eram pessoas humildes, de baixo grau escolar, hipossuficientes financeiros", destacou o relator da apelação no TRF1, desembargador Souza Prudente. Pela condição de miséria que viviam, afirmou, os voluntários não tinham autonomia suficiente para dar consentimento livre àquela tortura.

O TRF1 condenou a União, o governo do Amapá e Kardec, de forma proporcional, ao pagamento de R$ 50 mil por danos morais, com juros de mora e correção monetária desde 2009, data da ação, a cada uma das vítimas que comprovadamente participaram da pesquisa como cobaias. O valor dos danos materiais será apurado na execução da sentença, conforme a decisão de ontem do TRF1.

Fonte: Correio Braziliense.

Senado uruguaio aprova a Lei da Maconha Publicado por COAD - 4 dias atrás

Por 16 votos a favor e 13 contra, o Senado uruguaio aprovou a chamada Lei da Maconha. A partir desta quarta-feira (11/12), o pequeno país sul-americano será o primeiro do mundo a legalizar e regulamentar a produção, venda e o consumo da marijuana.

Antes mesmo de a votação terminar, defensores da lei marcharam até o Congresso para festejar. No Uruguai, o consumo de maconha (ou de qualquer outra droga) não é considerado crime há 40 anos, mas era proibido comprar e vender os produtos. A nova lei pretende acabar com essa contradição e buscar uma alternativa à guerra contra as drogas. Estima-se que 28 mil uruguaios (5% da população entre 15 e 65 anos) fumam um cigarro de maconha por dia. Comparado com outros países, é um mercado pequeno - mas move US$ 40 milhões ao ano e tem crescido, apesar das políticas de combate ao narcotráfico. O presidente do Uruguai, Jose Pepe Mujica, quer que o Estado regule o comércio e uso dessa droga a quarta mais consumida no país, depois de bebidas alcoolicas, cigarros e remédios psiquiátricos. Pelo menos a metade dos uruguaios, no entanto, segundo as pesquisas de opinião, acha que a nova política não vai funcionar e que pode inclusive facilitar a vida dos narcotraficantes.

Pela nova lei que deve levar cerca de 120 dias para ser regulamentada e colocada em prática o governo vai distribuir licenças para o cultivo de até 40 hectares de marijuana, que será usada em pesquisas científicas, na indústria e para consumo recreativo. Os consumidores (residentes uruguaios maiores de 18 anos e devidamente registrados) terão direito a comprar até 40 gramas por mês nas farmácias, a preços inferiores aos do mercado negro. E quem quiser pode plantar até seis pés de maconha em casa sempre e quando forem declarados. Os críticos da lei dizem que o governo não tem como controlar o cultivo doméstico ou impedir que um consumidor uruguaio compre a droga na farmácia para revendê-la no mercado negro. Os defensores da lei argumentam que a guerra contra as drogas, implementada durante as últimas décadas, fracassou no Uruguai e em outros países.

Em 2016, a Organização das Nações Unidas vai rever as políticas de combate ao narcotráfico e seus resultados. Segundo Diego Pieri, que fez campanha pela aprovação da lei uruguaia, nos últimos anos mais países e até estados norte-americanos têm buscado alternativas para regular o mercado em vez de tentar destruí-lo com armas. Os ventos estão mudando, mas vai levar tempo convencer outros países a mudar de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

35

estratégia, disse Pieri, em entrevista à Agência Brasil. Por isso mesmo, o presidente Mujica pediu apoio internacional à sua iniciativa.

FONTE: Agência Brasil

5 razões para manter o hábito de escrever Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:04 hs.

14/12/2013 - Quando abrimos um caderno e começamos a rascunhar um monte de palavras soltas, o que queremos fazer? Registrar um pensamento, anotar uma ideia, adicionar um lembrete de uma tarefa por vir? Seja lá qual for o motivo, despejar aquilo que está na cabeça pode ser uma ótima maneira de compreender a evolução do seu aprendizado e até as soluções para situações difíceis.

Para a escritora norte-americana Flannery O’Connor, escrever é uma maneira de descobrir quem somos. E a opinião não é só dela. Virginia Woolf e Anais Nin, também escritoras, afirmavam que o hábito de manter diários era uma maneira de estimular a criatividade e, claro, deixar de lado aquelas ideias bobas que só incomodam os pensamentos.

E para seguir os ensinamentos do autor Ray Bradbury – que criava listas de coisas novas que aprendeu e que precisava aprender, cenários que visualizou e ideias que surgiram – seguem abaixo cinco dicas para usar a escrita em favor do aprendizado, da evolução e da criatividade:

1 . Escrever desocupa os espaços da sua mente

David Allen, escritor, consultor e criador do Getting Things Done – um modelo de gerenciamento do próprio tempo –, diz, em uma de suas palestras no TED, que nossa mente é feita para o processamento, não para o armazenamento. Esse armazenamento de informações, ideias e planos, pode ser melhor organizado se passarmos a escrever listas de coisas a fazer em um bloco de papel.

Essa ideia vem da noção de que nossa atenção é um recurso finito, que se esgota no decorrer do dia. Então, se você passa o dia pensando naquilo que precisa fazer em seguida – em vez de se preocupar em como começar a fazer essa atividade – você está importunando seus neurotransmissores com informações que só vão gerar cansaço.

2 . Escrever permite fazer um banco do seu conhecimento

Pessoas produtivas tiram melhores notas. Se alguém está despejando o conhecimento que sabe para você, escrever o que está sendo dito permite comprometer a sua atenção para o próximo pensamento. Você está produzindo enquanto escuta o conhecimento.

Além disso, se você tomar notas e mais notas sobre coisas impressionantes que ouviu dizer ou que leu, será capaz de acumular um banco incrível de conhecimento.

3. Escrever ajuda a observar seu próprio crescimento

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

36

Manter uma lista com suas atividades realizadas ajuda a perceber sua própria evolução. Teresa Ambile, diretora de pesquisa da Harvard Business School, descobriu, em algum de seus estudos, que as pessoas que se sentem mais engajadas, produtivas e com maios senso de significado em seu trabalho, quando registram até as mais simples realizações de seus dias.

É o que ela chama de Princípio do Progresso: quanto mais você aluno ou trabalhador está consciente do seu progresso, mais se sentirá envolvido para continuar buscando o crescimento.

4. Escrever ajuda a compreender seus próprios obstáculos

Uma pesquisa do psicólogo James Pennebaker, da Universidade do Texas, constatou que, ao escrever sobre as dificuldades que temos passado, nossos pensamentos se organizam mais facilmente para encontrar soluções e até mesmo significado para algumas experiências traumáticas.

Segundo o pesquisador, isso é fundamental já que, uma vez que você encontra um grande significado em suas dificuldades, mais resistente você estará diante deles. E o mesmo vale para os desafios no trabalho ou em um pesquisa, por exemplo. Nem sempre as pessoas mais felizes são aquelas que têm os trabalhos mais fáceis, mas sim aquelas que conseguem encontrar razões para continuar a executá-lo.

5. Escrever te torna mais sábio

Manter um diário permite entender mais sobre a vida como um todo, suas emoções, as atividades que você faz mais rapidamente, em quais tarefas se desenvolve mais rapidamente, como aprende mais rápido.

Prova disso está no hábito de duas das mais importantes escritoras do século 20, Virginia Woolf e Anais Nin, que mantinham suas histórias de vida atualizadas no papel. Para ambas, o hábito de manter um diário com suas ideias, perturbações, novas atividades e novos ensinamentos era uma maneira de evoluir, ser mais criativa e, é claro, deixar de lado as ideias que não acrescentam nada em sua arte.

Seja lá qual for a sua arte, empreender, aprender, formar, ensinar, compre logo o seu caderno e bons textos!

Com informações da Fast Company.Fonte: Porvir.Org.

Contabilidade gerencialPublicado em 11 de dezembro de 2013 por Gabriel Peixoto

Existem duas contabilidades: geral e gerencial. A contabilidade geral é principalmente destinada para públicos externos das entidades. A mesma segue as normas técnicas emitidas pelo Comitê de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

37

Pronunciamentos Contábeis- CPC. Todas as entidades reportando para públicos externos precisam obedecer as normas de registro e de divulgação ditadas nas normas do CPCs com o respaldo do Conselho Federal de Contabilidade e da lei federal em vigor.

A contabilidade gerencial que muitos confundem incorretamente com contabilidade de custos (um modulo da contabilidade geral e da gerencial), assume conhecimentos amplos de negócios, economia, matemática, estatística, capacidade de comunicações segmentadas para públicos alvos, etc. É uma atividade estratégica que estimula criatividade e inovação para trazer luz e fundamentos para os empresários nas tomadas de decisões.

Com o advento da Lei 11.637/ 2007 que sancionou a adoção obrigatória das normas internacionais de contabilidade em todas as entidades no Brasil, privadas e públicas, a maioria dos profissionais no Brasil passou a concentrar tempo e esforço para absorver e implantar as novas normas. Os avanços têm sido notáveis, e elogiados no mundo inteiro. Estamos na vanguarda mundial em termos qualitativos na prestação de contas para públicos externos.

Agora, passado seis anos é necessário resgatar a importância da contabilidade gerencial nas empresas. As Faculdades e cursos de graduação voltados para negócios precisam valorizar contabilidade gerencial. Temos carência de profissionais e de conhecimentos nesta área. As grades de ensino das entidades mais qualificadas deveriam dar prioridade para esta demanda. As que saírem na frente vão ter vantagens competitivas.

Em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento com ambições de crescimento sustentado os profissionais interessados estão aumentando a procura pela certificação de reconhecimento global CMA-Certified Management Accountant que difunde e monitora as técnicas de informes inteligentes e estratégicos para os públicos internos das entidades.

Uma das prioridades da contabilidade gerencial é prestação de contas prospectivas. Aqui no Brasil prestar contas do que vem pela frente é raro. É tabu. A realidade é que os administradores de empresas precisam se preocupar mais com o que vem pela frente. É o nosso futuro. Prestação de contas do que já aconteceu é commodity – vale pouco, quando comparado ao valor de previsões confiáveis do que vem pela frente.

A maioria dos empresários está colocando no sentido figurado nas suas empresas os faróis de iluminação nos fundos, e as lanterninhas de ré na frente. Tem relatórios retrospectivos para públicos internos e externos, e nada em termos prospectivos para públicos internos. Quando escurece ou há tempestades, a única opção para os mesmos é dirigir devagar. Nestas oportunidades, quem enxerga o que vem pela frente de forma melhor e com menos expectativas de surpresas tem um diferencial competitivo significativo e decisivo.

Em decorrência de quatro gerações com inflação elevada, até 1994, prestação de contas perdeu importância. Prestação de contas via contabilidade gerencial significa tomar um pouco das “rédeas” na tomada de decisão, compreendendo o negócio e apontando escolhas que promovam o crescimento e o retorno às partes interessadas, principalmente proprietários. Estamos esperando o que para acontecer?

Fonte: DCI-SPVia: Portal Contábeis

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

38

REVISTASÉpocaO que Mandela tem a ensinar a todos nósO legado inestimável do homem que sepultou o ódio, abraçou a paz – e construiu uma nação

Isto ÉO PIB que tira o sono de DilmaEconomia brasileira cai 0,5% no terceiro trimestre, no pior resultado em quatro anos, e leva empresários e especialistas a aumentarem as críticas contra a presidenta

Como comprar importados pela internetPreços mais baixos e produtos exclusivos oferecidos por sites estrangeiros atraem cada vez mais consumidores. Os negócios dispararam, mas as reclamações também

Isto É DinheiroArmando o timeSeu dinheiro teve de jogar na retranca em 2013. Saiba o que esperar para a próxima temporada

Os ricos entram em campoRecuperação dos países desenvolvidos e investimentos em infraestrutura ajudam o Brasil a disputar um lugar de destaque no campeonato do crescimento

Carta CapitalOMC conclui acordo histórico em Bali"Pela primeira vez a OMC cumpriu com suas promessas", declarou o diretor-geral da organização, o brasileiro Roberto Azevêdo

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato