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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Identificação Colégio Estadual “Maximiano Pfeffer” Ensino Fundamental e Médio Código 41353544(MEC) Endereço: Rua Luiz Neppel, s/n Lageado dos Vieiras Rio Negro – Paraná Código 2.250 Telefone: 041-35431113 E-mail:[email protected] Funciona sob: Decreto nº Resolução nº 994/97 Reconhecido oficialmente: Ensino Fundamental Resolução nº 3826/99 Ensino Médio Resolução nº 2210/04 1

 · Web view- Reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos _ , de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

IdentificaçãoColégio Estadual “Maximiano Pfeffer”

Ensino Fundamental e MédioCódigo 41353544(MEC)

Endereço:Rua Luiz Neppel, s/nLageado dos VieirasRio Negro – Paraná

Código 2.250Telefone: 041-35431113

E-mail:[email protected]

Funciona sob: Decreto nºResolução nº 994/97

Reconhecido oficialmente:Ensino Fundamental Resolução nº 3826/99

Ensino Médio Resolução nº 2210/04

Subordinado:Governo do Estado do ParanáSecretaria de Estado da Educação

Núcleo Regional de Educação – A.M. SUL

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APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

Este documento elaborado a partir de reuniões, debates e estudos, tem a finalidade de definir, esclarecer e organizar todo o trabalho desenvolvido neste Estabelecimento de Ensino. Ele também demonstra os anseios e metas de toda a comunidade escolar.

Neste P.P.P estão descritas as intencionalidades de todos os membros participantes deste Estabelecimento de Ensino.

Para sua elaboração utilizamos uma metodologia participativa onde participaram todos os órgãos colegiados. Foram feitas pesquisas e tomadas de opiniões para que nela estivesse explícita a identidade de nossa instituição escolar na sua singularidade.

Mais do que teorias e discursos, procuramos apresentar o nosso compromisso com a formação de um aluno cidadão e profissional.

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HISTÓRICO

O Colégio Municipal “Maximiano Pfeffer” Ensino Fundamental e Médio, iniciou suas atividades oficialmente no dia 23 de agosto de 1970 sob a denominação Escola Municipal “Maximiano Pfeffer”.

Seu funcionamento teve início no dia 1º de março de 1970 com 4 séries, sob administração e orientação pedagógica do Departamento de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal.

Ao iniciar suas atividades a Escola contou com a professora habilitada Nelci Nair Turnes, atendendo de 1ª a 4ª séries. Seguiram-lhe o trabalho docente as Professoras: Dione Guimarães de Oliveira, Maria Marici Grahl, Lirien Terezinha Schroeder, Marilene König, Natália Carlins, Angelina Zorandi Gruber.

Em 1º de setembro de 1976, presentes o excelentíssimo senhor Francisco Borsari Neto, Secretário de Estado da Educação e Cultura, a Equipe de Coordenação da Comissão de Relações com os municípios e o senhor Alceu Antonio Swarowski, Prefeito de Rio Negro, foi assinado o Convênio de Assistência Técnica e financeira, publicado em Diário Oficial nº 154 de 12 de Outubro de 1976, com o qual as Escolas municipais passaram a receber auxílio material e financeiro.

Em 9 de abril de 1978, na Escola Maximiano Pfeffer, realizou-se a inauguração de mais uma sala de aula, pátio coberto e cantina escolar, obra construída com verba do Termo Aditivo nº 02/77, Programa de Cooperação Estado/Município.

Em 1981 foi autorizada a implantação gradativa das séries finais do 1º grau (5ª a 8ª série) conforme comunicação expressa no ofício nº 1405/81 de 26 de fevereiro, expedido pelo Departamento de Ensino de 1º Grau.

Em 1982 a Resolução nº 3.214/82, autorizou em termo legais o funcionamento do 1º grau completo, ainda neste ano, teve início o funcionamento de uma classe de pré-escolar.

Com a resolução nº 67/89, foi reconhecido o 2º grau – Plano de Preparação para o Trabalho, passando a denominar-se Colégio Municipal Maximiano Pfeffer – Ensino de 1º e 2º Graus.

Pela resolução nº 902/97, resolve conceder a Cessação Voluntária e Definitiva das atividades escolares relativas ao Ensino de 1º e 2º Graus, do Colégio Municipal “Maximiano Pfeffer”, mantido pela Prefeitura de Rio Negro, Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana Sul, a partir do corrente ano letivo, ficando a documentação escolar de 1ª a 4ª série sob guarda do órgão municipal, a documentação de 5ª a 8ª série sob a guarda da Escola Estadual Maximiano Pfeffer, e a documentação referente ao ensino de 2º grau sob guarda do Colégio Estadual Presidente “Caetano Munhoz da Rocha” – Ensino de 1º Grau Regular, Supletivo e de 2º Grau Regular.

Com resolução nº 994 de 08 de abril de 1997, resolve criar e autorizar o funcionamento da Escola Estadual Maximiano Pfeffer – Ensino de 1º e 2º Grau, com oferta de 5ª a 8ª série, situado na rua Principal S/Nº - Lageado dos Vieiras, do município de Rio Negro, , Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Sul, mantida pelo Governo do Estado do Paraná. Estabelecendo um prazo de 180 dias para o Estabelecimento de Ensino solicitar o reconhecimento da oferta indicada no artigo 1º.

Em 1999 foi autorizado o reinício do Ensino Médio, com implantação simultânea das 3 séries para atender a clientela vinda de outras escolas situadas nos municípios vizinhos.

Considerando a Lei Federal nº 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; a resolução nº 7/2010- CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos; a Deliberação nº 03/2006 – CEE/CEB; o Parecer nº407/2011 – CEE/CEB, que responde a consulta da SEED quanto a implantação do 6º ao 9º ano e a obrigatoriedade da oferta do 6º ano do Ensino Fundamental em 2012 e a Instrução nº 008/2011 – SUED/SEED acontecerá a implantação simultânea do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental neste Estabelecimento de Ensino a partir de 2012, ocorrendo assim a mudança de nomenclatura série/ano e adequação do PPP para esta oferta.

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IDENTIFICAÇÃO(Marco Situacional)

O Colégio Estadual “Maximiano Pfeffer” – Ensino Fundamental e Médio atende no período diurno, alunos na faixa etária de 10 anos a 17 anos de idade, no Ensino Fundamental, sendo que seis turmas funcionam no período matutino, dois 7º ano, um 8º ano, e um 9º ano, uma 1ª série e uma 2ª série do ensino Médio por Blocos, 4 turmas funcionam no período vespertino, um 6º ano, um 7º ano, um 8º ano e um 9º ano. Também funciona a Sala de Apoio com aulas de Língua Portuguesa e Matemática. No período noturno temos 1ª série, 2ª série e 3ª série, no Ensino Médio. No ano de 2010 foi implantado o Ensino Médio por Blocos de Disciplinas, com alunos na idade entre 14 e 20 anos.

Os alunos que frequentam a escola, são oriundos das localidades de Lageado dos Vieira, Lençol, Areia Fina, Matão do Caçador, Campina Bonita, Ovelhas e Lageado das Mortes, sendo que nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) os alunos estudam nas Escolas Municipais Duque de Caxias e Paulino Valério. Recebemos alunos com grande defasagem na aprendizagem, falta domínio de conteúdos básicos, tais como leitura, escrita e noções matemáticas, situação que traz dificuldade para a obtenção de resultados eficientes nas turmas de quintas séries. A partir do ano 2011 podemos visualizar melhores índices pois algumas atitudes demonstram mudanças na prática dos professores o que significa a possibilidade de avanços na aprendizagem.

Dados estatísticos de 2009 e 2010 são bastante preocupantes e apresentam características que devem ser repensadas. Em 2009, a turma de quinta série obteve o desempenho: Aprovados-27; Aprovados por Conselho-28; Reprovados-14; Transferidos-11; Desistentes-3 e em 2010: Aprovados-30; Aprovados por Conselho-16; Reprovados-22; Transferidos-14; Desistentes-2.

Em 2009, a turma de sexta série obteve o desempenho: Aprovados-34; Aprovados por Conselho-22 Reprovados-3 Transferidos-8; não houve desistentes- e em 2010: Aprovados-26 Aprovados por Conselho-23 ; Reprovados-14 ; Transferidos-12 Desistentes-4.

Em 2009, a sétima série obteve o desempenho: Aprovados-37; Aprovados por Conselho-13; Reprovados-9; Transferidos-11; não houve desistência e em 2010: Aprovados-23; Aprovados por Conselho-16; Reprovados-11 Transferidos-13; Desistentes-4. Em 2009, a turma de oitava série obteve o desempenho: Aprovados-33; Aprovados por Conselho-12; Reprovados-1; Transferidos-7; Desistentes-2 e em 2010: Aprovados-41; Aprovados por Conselho-7; Reprovados-2; Transferidos-5; Desistentes-1.

O Ensino Médio (Regular) em 2009 obteve o seguinte resultado na primeira série: Aprovados-34; Aprovados por Conselho-6; Reprovados-4; Transferidos-2; Desistentes-12; Na segunda série: Aprovados-28; Aprovados por Conselho-7; não houve reprovados; Transferidos-8; Desistentes-4; Na terceira série: Aprovados-27; Aprovados por Conselho-8; não houve reprovados; Transferidos-8; Desistentes-3.Em 2010 foi implantado o Ensino Médio por Blocos de Disciplinas e nesta fase experimental os resultados foram: no primeiro semestre: 1ªB1: Aprovados-11;Não houve Aprovados por Conselho; Reprovados-6; Transferido-1; Desistentes-1; 1ªB2: Aprovados-14; Aprovados por Conselho-1; Reprovados-1; não houve transferidos; Desistentes-2; No segundo semestre: 1ªB1: Aprovados-17; Não houve Aprovados por Conselho, nem transferidos ou desistentes; 1ªB2: Aprovados-14; Aprovados por Conselho-1; não houve reprovados nem transferidos; Desistentes-3;No primeiro semestre: 2ªB1: Aprovados-23; Aprovados por Conselho-5; Reprovados-5; Transferido-2; Desistentes-3; 3ªB2: Aprovados-28; Aprovados por Conselho-5; Reprovado-1; não houve transferidos; Desistente-1no segundo semestre: 2ªB2: Aprovados-30; Não houve Aprovados por Conselho; Reprovado-1; não houve transferidos; Desistentes-2; 3ªB1: Aprovados-32; não houve Aprovados por Conselho; nem reprovados ou transferidos; Desistentes-2

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Nossa Escola está inserida numa comunidade formada na sua maioria por pessoas que se dedicam a agricultura, pecuária, avicultura, fumicultura e um pequeno número que trabalha na indústria madeireira e comércio local, composto por supermercado, lojas de confecção, móveis e eletrodomésticos. Algumas pessoas trabalham no serviço público local, composto por escolas, subprefeitura e postos de saúde. No ano de 2011 está sendo construída a primeira creche na localidade com previsão de atendimento para 90 crianças

Conta com serviços de energia elétrica, água tratada e linha telefônica. Não existe tratamento de esgoto na comunidade. O acesso a internet é possível pela aquisição de antenas captadoras de sinal, via rádio, discada e lan house .No Colégio existe o Laboratório de Informática do Paraná Digital, porém é muito difícil a manutenção dos computadores em funcionamento, o acesso a internet com turmas inteiras de alunos torna-se inviável.

A maioria das pessoas que moram na comunidade e próxima dela, são descendentes de alemães, italianos e poloneses. Há também descendentes de índios, portugueses e africanos que por não conhecerem a própria cultura não promovem sua valorização. No que se refere à religiosidade predomina a fé cristã Católica Apostólica Romana, atualmente é crescente o surgimento na comunidade, de igrejas de outras confissões que encontram cada vez mais espaço de atuação, como exemplo, temos a Igreja Luterana, Igreja do Evangelho Quadrangular e Assembleia de Deus. Existem ainda os que não frequentam nenhum grupo religioso. O nível sócio-cultural da população, que era limitado a escola, característica própria da zona rural, vem passando por algumas mudanças devido à implantação de Políticas Públicas que proporcionou melhoria na qualidade de vida e mudança de mentalidade. Pessoas que conseguiram atingir outro padrão de desenvolvimento agora utilizam seu tempo com atividades diversificadas de lazer. Existe o Grupo da Terceira Idade que promove atividades recreativas e culturais tornando útil o tempo das pessoas nesta faixa etária.

As localidades próximas possuem Associação de Moradores como forma de organização local para o aperfeiçoamento cultural, atendimento à saúde, atividades esportivas, promoção de cursos com o apoio do SENAR e encontros de confraternização da população. Neste contexto começam a surgir e caracterizar o distrito no cenário regional as comemorações como: Festa do Frango, Trilha do Frango, Costela ao fogo de chão, Tradicional festa de Santo Antônio. Mesmo assim, constata-se que falta consciência política para os moradores desta região, que dificilmente, agem coletivamente na luta pelos seus direitos.

Podemos verificar ainda, a existência de um “antagonismo social”. De um lado o agricultor forte e bem amparado socialmente, e do outro lado o empregado temporário com bons salários na época da colheita ou do plantio e desempregado fora da safra: Temos presente a formação inicial de favela, os moradores vão se aglomerando em locais sem nenhuma infra estrutura, vivendo no descaso social desencadeando por vezes ações de violência e desrespeito a dignidade humana.

Apesar das comunidades estarem localizadas em área rural, pode-se notar o consumo crescente de drogas em algumas delas. A falta de investimentos em espaços para cultura e lazer, em construções de creches e projetos educacionais leva muitas crianças de até um ano de idade, a estar em contato com adolescentes viciados em fumo, álcool e até outras drogas, situação preocupante, pois, como o desenvolvimento é alcançado por uma parcela da população, outros já têm seu futuro colocado à margem desde a primeira infância. Esta realidade é mais presente na divisa do município de Rio Negro com o Estado de Santa Catarina.

ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O Colégio funciona atualmente em três turnos: matutino, vespertino e noturno nos seguintes horários de aula: 7:30h; 8:20h; 9:10h; 10h; 10:15h; 11:05h; 11:55h, no período da manhã; 12:45h; 13:35h; 14:25h; 15:15h; 15:30h; 16:15h; 17h, no período da tarde e 18:30h; 19:15h; 20:00h; 20:45h; 21:00h; 21:45h,22:30h no período da noite.

O prédio onde funciona o Colégio é de propriedade da Prefeitura Municipal de Rio Negro da qual possuímos a Concessão de Uso, com 1035 metros de área edificada sendo uma sala para secretaria, uma sala para direção, seis salas de aula, uma sala de professores, um laboratório de química, um laboratório de informática, uma lavanderia, um banheiro para professores, banheiro dos meninos e banheiro das meninas, um depósito de materiais de

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limpeza, sala de educação física, biblioteca, cozinha, dispensa, refeitório, depósito de materiais e quadra de esporte com cobertura.

Possuímos 14 turmas, subdivididas em um 6º ano, três 7º ano, dois 8º ano, dois 9º ano, no Ensino Fundamental, duas 1ª séries, duas 2ª séries e duas 3ª séries no Ensino Médio.

O Quadro dos Funcionários da Educação Básica formado pelos cargos de Agente Educacional I e Agente Educacional II, que Após a implementação do Plano de Cargos e Salários - Lei Complementar nº 123 de 09 de setembro de 2008, começaram a participar de formação e qualificação profissional, através de formação continuada ofertada juntamente com os outros profissionais do colégio, bem como cursos ofertados por outras entidades e isso fez com que houvesse mais motivação e valorização perante os demais funcionários. Esses servidores possuem as seguintes atribuições:

• Agente Educacional I – zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar.

• Agente Educacional II – realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha.

A maioria dos professores deste Colégio reside nas cidades próximas (Rio Negrinho, Rio Negro e Mafra. O deslocamento até o local de trabalho ocorre na forma de rodízio. Está determinado o motorista e carro do dia. Este conduz os colegas até o Colégio.

A demanda atual de matrículas permite a atuação de sessenta horas de Professor Pedagogo, quarenta horas de Direção e vinte horas de Direção Auxiliar.

REGIME INTERNOAs normas do Regimento Interno estão previstas no Regimento Escolar deste

Estabelecimento de Ensino.Para resolvermos os problemas disciplinares, primeiramente, conforme a gravidade da

ação ou infração, o aluno recebe uma advertência verbal sem registro, se ocorrer problemas novamente, recebe advertência com registro e posterior conversa com os pais, se estas ações não forem suficientes serão tomadas outras medidas socioeducativas para melhor desempenho escolar do aluno. Contamos com o apoio de Assistente Social e atendimento com Psicólogo, uma vez por semana na subprefeitura de Lageado. Casos mais sérios serão encaminhados para o Conselho Tutelar, para que sejam tomadas as devidas providências Quando o aluno for maior de 14 anos os casos de maior gravidade serão levados à Promotoria Pública para que sejam aplicadas as leis propostas na L.D.B e no Estatuto da Criança e do Adolescente .

Para solucionar problemas de evasão contamos com o auxílio do Projeto FICA que consiste na comunicação imediata entre a escola e a família, visando obter informações sobre a ausência do aluno. Não havendo retorno da família, a ficha do aluno ausente é encaminhada ao Conselho Tutelar que entra em contato com os responsáveis, buscando o retorno do aluno as atividades escolares.

Contamos também com o projeto Patrulha Escolar que é mais uma alternativa para assessorar a comunidade escolar na busca de soluções para os problemas de segurança de alunos , professores, funcionários e instalações deste estabelecimento de ensino.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é muito atuante resolvendo e atendendo sempre que possível as necessidades do Colégio. Através de suas promoções, doações e do dinheiro que recebe do Programa Dinheiro Direto na Escola podemos adquirir equipamentos e materiais pedagógicos que contribuem para melhoria do ensino ofertado.

Outra grande responsabilidade da APMF é discutir , colaborar e participar das decisões coletivas sobre as ações da equipe pedagógico-administrativa e do Conselho Escolar , visando a assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e a integração escola-família-comunidade.

Para que sejam tomadas decisões a respeito de toda e qualquer ação à ser desenvolvida no Colégio, bem como aquisição de bens, reformas e ampliações sempre é solicitada a presença

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dos membros do Conselho Escolar , bem como de todas as instâncias colegiadas, visando uma gestão democrática e participativa.

Temos a participação do Grêmio Estudantil em todos os eventos realizados. O Grêmio também atua como veículo de interação entre os alunos e a equipe administrativa, fazendo solicitações, dando opiniões e buscando harmonizar as relações entre alunos-professores-direção-pedagogos.

A eleição do aluno representante de turma é realizada no início de cada bimestre, a eleição do professor orientador acontece uma vez no ano. Esta eleição é acompanhada pelos pedagogos, pois este aluno estará presente durante os Conselhos de Classe.

O Conselho de Classe é o momento e o espaço de uma avaliação diagnóstica da ação pedagógica educativa da escola, feito pelos professores e pelos alunos. Essa avaliação é realizada de forma participativa, como construção conjunta, cumpre a função de ajudar na formação da subjetividade e da criticidade do professor e do aluno. Os alunos de quintas séries que apresentarem dificuldade na aprendizagem são encaminhados para a Sala de Apoio à Aprendizagem e participam de quatro aulas semanais de Língua Portuguesa ou Matemática, dependendo de onde se acentue maior dificuldade.

No Conselho de Classe procuramos verificar se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão coerentes com o referencial de trabalho pedagógico do Colégio.

Sabendo que a participação dos pais na vida escolar dos filhos muito contribui para a melhoria na qualidade do ensino que pretendemos ofertar, procuramos manter uma estreita relação com as famílias. São feitas reuniões bimestrais para informar os pais sobre o andamento da aprendizagem do seu filho, aproveitando também para que os mesmos conheçam como é o dia-a-dia da escola, nossos avanços e nossas dificuldades.

Procuramos, sempre que possível, oferecer aos pais momentos de interação com toda a comunidade escolar, promovendo exposições de trabalhos escolares, gincanas, apresentações artísticas e culturais.

Mesmo com a dificuldade de acesso devido à condição de escola do campo, a participação dos pais é satisfatória.

RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃOMarcio Antonio Raksa Diretor Letras Pós – Graduação em interdisciplinariedade na

Educação BásicaFranciele da Silva Graff Pedagoga Pedagogia – Licenciatura Plena, Pós Graduação em

Metodologia do EnsinoNircéia Moreira Ribeiro Valério

Pedagoga Pedagogia Licenciatura Plena, Pós Graduação em interdisciplinariedade na Educação Básica;

Marlene Pelachini Valle Diretora Pós graduada em Letras

PROFESSORES

NOME DISCIPLINA FORMAÇÃO

Adriana Aparecida Ribovski de Oliveira

LEM - Inglês Habilitação em Língua Portuguesa, Inglesa e Respectivas Literaturas

Alex Hellinger Matemática/ Ciências Graduação em Ciências Biológicas; Especialização no Ensino de Ciências.

Alice Pscheidt Nossol QuímicaCurso Superior de Tecnologia em Mecânica

Angelita Ferigotti Língua Portuguesa/ LEM Inglês

Licenciatura em Letras Português e Inglês

Deile Francine Vasconcelos História Licenciatura e Bacharelado em História, Pós

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da Silva Ferraz Graduação em Metodologia do Ensino de História e Geografia

Diego R. Taucher Filosofia FilosofiaEdson Célio Alexandre Matemática Ciências 1º Grau, Complementação em Matemática –

Pós Graduação em EducaçãoElcio José Matoso Geografia Pós Graduado em Metodologia do EnsinoIsabela Cristina Aparecida Mayer

Geografia

Jefferson Cavalheiro Química

Jucélia da Silva Educação Física Educação Física e pós graduação em Ciências do Movimento Humano e Metodologias inovadoras voltadas a Educação

Karine Borba Matemática e Ciências Pós graduada em Gestão de PessoasLileana Aparecida G. Swarowski

Sociologia

Lilian Mara Calomeno Vidal Ciências Ciências 1º Grau, Complementação em Biologia – Pós Graduação em Gestão de Pessoas

Márcia Aparecida Wenduchoski

Arte Educação Artística

Marcia Cristina Ruthes LínguaPortuguesa / LEM - Inglês

Marlene Pelachini Valle Língua Portuguesa Pós graduada em LetrasMarina Vizentainer de Sousa Língua Portuguesa e LEM -

InglêsLicenciatura e Pós Graduação em Letras.

Ocimar Luiz Kwitchal (afastado por doença)

História Graduado em História

Rosália Terezinha Marques Química/ Biologia Licenciatura em Ciências

Rodival MatemáticaSidineia Seidel Educação FísicaVeridiana Moreira Paes História

FUNCIONÁRIOS

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃOClaudiane Grossl Grosskopf Agente Educacional I 2º Grau – Magistério de 1ª a 4ª SériesGeziane Gruber Baümel Agente Educacional II 2º Grau – Magistério de 1ª a 4ª Séries - PedagogiaIzailda Soares Preisler Agente Educacional I 2º GrauMarcilene do Rocio Ferreira da Maia

Agente Educacional II Cursando o 2º ano de Administração Pública _UFPR

Sonia Maria Forteski Agente Educacional II Pedagogia Licenciatura Plena Pós Graduada em Psicopedagogia

Raquel de Lima Santos Agente Educacional II 2º GrauRosilda Teresinha Schreiner Schroth

Agente Educacional I Pedagogia

Girlei Moreira de Bastos IAgente Educacional I 2º Grau

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Sergio Luiz Piontkievicz Agente Educacional I 2º GrauSolange Stafin Wendocheski Agente Educacional I 2° GrauZenita Vieira Lavall Agente Educacional I 2º Grau

MARCO CONCEITUAL

FILOSOFIA DA ESCOLA

A educação não pode servir unicamente para desenvolver inteligências e habilidades, mas deve contribuir para ampliar as perspectivas do homem e torná-lo útil para a sociedade e para o mundo. Isso se torna possível somente quando se promove o cultivo do espírito, junto com a educação nas ciências físicas”.

(Sattya Sai Baba)

As mudanças históricas estão exigindo dos indivíduos a identificação de novos cenários que os levem a compreender que são cidadãos do mundo em que tem o direito de estar suficientemente preparados para apossar-se dos instrumentos da realidade cultural que o rodeia, isto significa, estar preparado para elaborar as informações produzidas no mundo e que afetam a vida de cada cidadão.

O Conceito de infância vem sendo construído historicamente a partir do fim da Idade Média quando se passou a dar atenção a fragilidade, ingenuidade e dependência infantil, mais tarde impulsionado pela Igreja e pelo Estado o processo educacional passa por um enfoque disciplinar e moral.

No Brasil a partir da década de 1980, em pesquisas educacionais e debates políticos em torno da constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente nos anos 1990, a LDB 9394/96 a concepção de infância começa a ser incorporada legalmente como um sujeito de direitos.

Embora haja uma concepção de infância aceita pela sociedade em determinada época, existe também diferença resultante da estrutura socioeconômica em que a criança está inserida. Considerando a criança como um ser capaz de reagir à estímulos e aperfeiçoar seu desenvolvimento através da interação, encontramos no ambiente escolar uma diversidade de indivíduos e capacidades a serem respeitadas em sua singularidade. Concepção de adolescência

Após a segunda infância, o indivíduo entra na adolescência e esta etapa da vida é extremamente marcante tanto para quem a vive, quanto para os que convivem com o adolescente e suas mudanças. As alterações físicas e psicológicas assustam, e o adolescente passa por um período de baixa aceitação de si próprio. Os questionamentos existenciais são muitos e os conflitos com os adultos também, pois faz parte da construção da personalidade a contestação aos valores incutidos anteriormente. Neste espaço de contestação os grupos sociais (família e escola), os mais elementares para a inserção social do indivíduo entram em crise de entendimento desta maneira interferindo nos resultados esperados pela família, escola e sociedade. Onde a conduta do adolescente nem sempre corresponde as expectativas desses grupos sociais.

Sendo a escola responsável pelo processo de aquisição do conhecimento é preciso buscar caminhos alternativos que auxiliem o adolescente a se auto superar sem prejuízos para a aprendizagem e sua vida escolar.

O desempenho de todo estudante começa a ser traçado desde muito cedo. Atualmente com a inserção da criança na escola a partir dos seis anos e a impalntação do Ensino Fundamental de nove anos é imprescindível que haja uma reflexão sobre os primeiros passos da criança na escola em busca de acerto no processo inicial da aquisição do conhecimento da leitura e da escrita.

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A Alfabetização em sua concepção original ( conhecer o alfabeto), sustentou por muito tempo a prática de fazer com que o aluno fosse capaz de decodificar o sistema de escrita transformando sinais gráficos em sons, e em sentido oposto, registrar sons da fala através de sinais gráficos. Esta forma de conceber o ensino aprendizagem da leitura e escrita permaneceu desvinculada de significado e da função social desta habilidade para o desenvolvimento global do estudante. Após estudos realizados pelas pesquisadoras Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, na década de 1980, sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, a concepção da alfabetização se ampliou com o início da compreensão de que a criança poderia desenvolver-se pela construção e reconstrução de hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da Língua Escrita. Esta evolução deu origem ao termo alfabetização funcional e mais tarde surgiu a palavra Letramento, que traz em seu significado uma conceituação mais abrangente para o processo de comunicação escrita.

Letramento é pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da língua escrita e ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita.

Pró Letramento Alfabetização e Linguagem, 2007 p.11 Unid 01

Para reduzir as diferenças sociais, a escola precisa assegurar a todos os estudantes diariamente a vivência de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados.

Uma das coisas a se perceber é que a missão da escola mudou. Ela passou a atender o aluno, que utiliza o conhecimento de forma diferente e que necessita ser efetivamente atendido, pois compreende-se que nem todos aprendem da mesma maneira. Cada estudante é único, visto e compreendido com uma totalidade integrada, indivisível, que compreende o diálogo existente entre a mente e o próprio corpo que constrói o conhecimento usando não apenas o seu lado racional, mas também as sensações, as diferentes funções relacionadas com a lógica, com a sequência, bem como funções mais globais, que envolve a intuição, a orientação espacial e as aptidões musicais.

O educando atualmente é um ser de existência que busca sua autonomia de ser e de existir. Um sujeito de práxis, de ação e de reflexão sob o seu mundo que não pode ser compreendido fora de suas relações dialéticas com o mundo, como afirma Freire (1.983).

Com todas as transformações que estão ocorrendo no mundo mais do que nunca necessitamos desenvolver em nossos ambientes de aprendizagem, a autonomia de nossos educandos, utilizando metodologias adequadas de pesquisas, e elaboração de estratégias para efetivação da aprendizagem, a incorporação do conhecimento historicamente acumulado pela humanidade.

Assim, a pedagogia atual não poderá se contentar em ser mera transmissora de conteúdos e informações, ela exige a capacidade de construir e reconstruir o conhecimento. Para tanto, os recursos utilizados deverão ajudar o educando a construir uma atitude positiva, crítica e criadora diante da vida. Levando em conta as especificidades de uma escola rural que necessita buscar sua própria identidade.

Buscamos uma educação que contribua para o desenvolvimento do campo e que priorize o ser humano e o campo como um lugar de vida, de trabalho, de lazer. De produção econômica, cultural e de conhecimentos, superando a visão historicamente construída.

A afirmação do campo como espaço de vida contribui para a auto afirmação da identidade do povo do campo, no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos.

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O campo retrata uma diversidade cultural que se dá a partir dos sujeitos que nele habitam. São diferentes gerações, etnias, gêneros, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver problemas e de ver o mundo.

Essa forma de compreender o processo de construção do conhecimento pressupõe novos conceitos do que significa ser professor, pois quem educa também aprende, uma vez que a aprendizagem decorre de processos reflexivos e dialógicos que traduzem os movimentos existentes no processo educacional. O educador deverá ser a ponte entre o texto, o contexto e o seu produtor, colaborando para que ocorra integração nos mais diferentes níveis. Deve colocar-se na posição de eterno aprendiz, que não tem a certeza das coisas; que aceita a indeterminação e compreende a complexidade, não apenas do ato educacional, mas de tudo o que a vida tem. É um sujeito mais pesquisador do que transmissor, preocupado com a atualização constante, que respeita o ritmo individual e grupal de construção de conhecimento, mas que ao mesmo tempo instiga seus alunos a buscarem superar seus próprios limites.

A proposta de organização e tratamento dos conteúdos, deverá envolver os conceitos de interdisciplinaridade e contextualização.

A interdisciplinaridade deve ir além de mera justaposição de disciplinas, devendo ser uma prática pedagógica e didática de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não distinguidos.

Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido, significa, em primeiro lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. Na escola fundamental ou média, o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações originais nas quais acontece sua produção. Por essa razão, o conhecimento escolar se vale de uma transposição didática, na qual a linguagem exerce papel decisivo na constituição das relações entre o indivíduo e a construção de sua identidade.

A apropriação dos meios e linguagens de comunicação são elementos importantes no processo de construção da cidadania autônoma e participativa, capacitando o indivíduo a interagir com as diversas formas de tecnologia e permitindo o diálogo com a realidade em todos os níveis. Para tanto, a escola fará uso das novas tecnologias (vídeo, DVD computador, internet etc.) em seus usos técnicos e pedagógicos.

É preciso que a escola ofereça ao educando oportunidades para ele se apropriar das linguagens do seu tempo. Para isso o currículo escolar deve possibilitar ao educando estabelecer relações com o meio ambiente, percebendo-se parte dele; entender as relações de trabalho estabelecidas entre os homens, bem como entender-se como integrante de uma cultura, valorizando suas formas próprias de pensar, de agir e de se expressar, sem desconsiderar o intercâmbio entre as diferentes culturas.

As múltiplas linguagens como a publicidade, as novelas, os filmes, jornais e revistas, são instrumentais de que o professor pode lançar mão no processo de construção de identidade autônoma e crítica do aluno.

Portanto, a qualidade educativa implica qualidade de interação que ocorre em ambientes ricos em trocas simbólicas; envolve também um esforço para integrar e correlacionar disciplinas, na busca de proporcionar uma aprendizagem significativa. Requer uma nova pedagogia, uma nova metodologia, que visa à integração dos conhecimentos parciais na procura de um conhecer global.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

De acordo com a Res. CNE/CEB nº 02, de 11/09/2001 em seu artigo 1º institui as Diretrizes Nacionais para a Educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais na Educação Básica em todas as suas etapas e modalidades.Art. 2º - O sistema de Ensino matriculará todos os alunos onde a escola organizar-se-á para o atendimento aos educandos com necessidades especiais, assegurando as condições especiais para uma educação de qualidade para todos.Art. 3º - O sistema de ensino assegurará a acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas urbanística na edificação incluindo instalações e equipamentos imobiliários e nos transportes

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escolares, bem como de barreiras nas comunicações provendo as escolas dos recursos humanos e materiais necessários.§1º - Para atender aos padrões mínimos estabelecidos com respeito a acessibilidade, será realizada a adaptação da escola e condicionadas a autorização de construção e funcionamento de novas escolas ao preenchimento de infra-estruturas definidas.§2º - Deve ser assegurada, no processo educativo de alunos que apresentam condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais educandos a acessibilidade aos conteúdos curriculares mediante a utilização do sistema Braile da língua de sinais e demais linguagens e códigos aplicados sem prejuízo do aprendizado da língua portuguesa facultando-se aos surdos e as suas famílias e a opção pela aprendizagem pedagógica.Art. 4º - Pôr educação especial, modalidade da educação escola, estende-se um processo educacional definido na proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.Parágrafo Único – O sistema de ensino deve constituir a fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.Art. 5º - Como modalidade das etapas da Educação Básica, a educação especial considerará as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará pôr princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar;- a preservação da dignidade humana, ou seja, o direito de cada aluno à oportunidade de realizar, com maior autonomia, seus projetos;I. – a busca da identidade, ou seja, a identificação própria de cada um, o reconhecimento e

a valorização das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a construção e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências.

II. – o exercício da cidadania, ou seja, a capacidade da participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e usufruto de seus direitos.

Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção, a diversidade é o eixo norteador do paradigma da educação inclusiva, isto é, uma educação de qualidade para todos, por tanto, de acordo com a Res. no seu 10º artigo, onde evidencia que as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns:I. - professores das classes comuns e da educação especial capacitados e especializados,

respectivamente, para o entendimento às necessidades educacionais dos alunos;II. – distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas várias classes

do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as experiências de todos os alunos, dentro do princípio de educar para a diversidade;

III. flexibilização e adaptações curriculares, que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico, respeitando a frequência obrigatória.

De acordo com o artigo 11§2º, as escolas de Educação básica devem constituir parcerias com instituições de ensino superior com vistas à identificação de alunos que apresentem altas habilidades/superdotação, para fins de apoio ao prosseguimento de estudos no ensino médio e ao desenvolvimento de estudos na educação superior, inclusive mediante a oferta de bolsas de estudo, destinando-se tal apoio prioritariamente àqueles alunos que pertençam as classes sociais de baixa renda.A educação é uma questão de direitos humanos e todos os indivíduos devem ter garantido o acesso, em todo o período da escolarização.

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O artigo 20 contempla que no processo de implantação das Diretrizes Curriculares pelos sistemas de ensino, caberá às instâncias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em regime de colaboração, o estabelecimento de referências, normas complementares e políticas educacionais.Conforme o artigo 21, a implantação das presentes Diretrizes Nacionais para a Educação Básica será obrigatória à partir de 2002.

CAPÍTULO V, ART 58,59 E 60 DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL

CAPÍTULO VDA EDUCAÇÃO ESPECIAL

ART. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escola, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais.Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.Parágrafo Único. O poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

DECLARAÇÃO MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS E DECLARAÇÃO DA SALAMANCAO Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo, ao concordar com a declaração Mundial de Educação para todos, firmada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade.Desse documento alguns trechos criam as justificativas para as linhas de propostas.- “todas as crianças de ambos os sexos, têm direito fundamental a educação e ao

conhecimento.”- “cada criança tem características interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem

que lhe são próprios.”- “os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que

tenham em vista toda gama dessas características e necessidades.”- “as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns

que deverão integrá-las em uma pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades.”

- “as políticas deverão levar em conta as diferenças individuais e as diversas situações.- “desenvolver uma pedagogia centralizada na criança, capaz de educar com sucesso todos

os meninos e meninas, inclusive os que sofrem de deficiências graves e criar comunidades que acolham a todos.”

- “o acolhimento, pelas escolas, de todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.”

- “uma pedagogia centralizada na crença, respeitando tanto a dignidade quanto as diferenças de todos os alunos.”

- “uma atenção especial às necessidades de alunos com deficiência grave ou múltipla, já que se assume terem eles os mesmos direitos que os demais membros da comunidade, de virem a ser adultos que desfrutam de um baixo grau de independência.”

- “as escolas comuns, com essa orientação integradora, representam o meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e dar educação afetiva à maioria das crianças e melhoram a eficiência e, certamente, a relação custo-benefício de todo o sistema educativo.”

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- “a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem, a todos os alunos, especialmente àqueles portadores de deficiência.”Procurando cumprir com estes propósitos e com os demais previstos pelas leis já mencionadas, nossa escola busca a promoção de uma educação inclusiva para todos, uma escola onde todos os alunos aprendam, pois esta é a finalidade maior.

Destacamos algumas transformações que consideramos primordiais para que possamos dar um ensino de qualidade para todos. colocar a aprendizagem como eixo. Garantir condições para que todos aprendam, sob uma nova perspectiva de avaliação. Procurar atendimento especializado, preferencialmente na escola, para aqueles alunos

que possuem necessidade. Abrir espaço para a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito

crítico.Para ensinar a turma toda, parte-se da certeza de que as crianças sempre sabem alguma coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe são próprios. É fundamental que o professor tenha uma elevada expectativa pelo aluno. O sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades, deficiências e limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem conduzir ou restringir o processo de ensino como habitualmente acontece.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A proposta curricular para o Ensino Fundamental e Médio deve garantir aos alunos a aquisição do conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, como condição imprescindível para o exercício da cidadania e para o prosseguimento de estudos.

Para orientar as práticas pedagógicas do Ensino Fundamental e Médio o Estado do Paraná estabeleceu as Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica , as quais permeiam todo o fazer pedagógico deste Estabelecimento de Ensino.

A proposta curricular do Ensino Fundamental e Médio propõe atender a LDB, no artigo 9º, parágrafo VI. – Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma Base Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional; a Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a relação entre a Educação Fundamental e Médio, a vida cidadã e as Áreas do Conhecimento.

Assim, esta articulação permitirá que a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada atendam os direitos dos alunos e professores terem acesso a conteúdos mínimos de conhecimento e valores, facilitando desta forma a organização, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas das escolas, como estabelecido nos art. 23 a 28, 32 e 33, da LDB.

A Proposta Pedagógica Curricular será organizada, na sua estrutura, em séries a partir de 2001 compreendendo 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.

A Base Nacional Comum visa à formação básica do cidadão mediante o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta e sociedade, desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, do fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância, situados no horizonte da igualdade; assegurando a formação indispensável ao exercício da cidadania.

Assim, a escola estará contribuindo para um projeto de nação em que aspectos de cunho planetário, bem como as questões oriundas da Educação do Campo se articulem com os conteúdos mínimos das Áreas do Conhecimento.

A Parte Diversificada deverá enriquecer e complementar a Base Nacional Comum, propiciando a aquisição do conhecimento de uma segunda língua tão necessária em tempos de globalização, bem como para utilização das novas tecnologias que adentram cada vez mais o espaço escolar.

As práticas pedagógicas da escola, a organização do currículo e das situações de aprendizagem, os procedimentos de avaliação deverão ser coerentes com os princípios da Educação do Campo visando uma educação que contribua para o desenvolvimento do campo e que priorize o ser humano e o campo como um lugar de vida, de trabalho, de lazer. De produção econômica, cultural e de conhecimentos, superando a visão historicamente construída.

Trabalhar o campo como espaço de vida contribui para a auto afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos.

Nesta perspectiva de trabalho serão contemplados os eixos temáticos constantes nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo que estarão inseridos em todas as disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, somando os saberes e as experiências trazidas pelos alunos e pelos professores, articulando os conteúdos sistematizados com a realidade do campo.

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É preciso que o aluno reconheça que a diversidade cultural do campo, se dá a partir dos sujeitos que nele habitam. São diferentes gerações, etnias, gêneros, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver , de se organizar, de resolver problemas e de ver o mundo.

Portanto, esta proposta deverá dar condições para que o educando aprenda o significado de cidadania a partir das diversas experiências de vida através de múltiplas formas de diálogo, os quais devem contribuir para a constituição de identidades afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações solidárias e autônomas de construção de conhecimentos, posturas, valores e procedimentos indispensáveis à vida cidadã: garantindo que todos ampliem sua capacidades de abstração, de criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar e trabalhar em equipe, do saber comunicar-se, de buscar conhecimento, de compreender e saber utilizar as diferentes Tecnologias da Informação e da Comunicação presentes na sociedade e que vêem sendo proporcionadas dentro do espaço escolar, através da implantação do Laboratório de Informática , que será utilizado como fonte de pesquisa e enriquecimento dos conteúdos em todas as disciplinas,

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede Pública Estadual de Ensino o trabalho com o conhecimento deve ser voltado para o pleno exercício da cidadania, sendo um instrumento de transformação social. Os saberes devem ser trabalhados de forma que promova tanto aquele que aprende ,quanto aquele que ensina, diminuindo as desigualdades e a exclusão social.

O Currículo escolar dará ênfase aos conteúdos científicos presentes nos saberes que compõem as disciplinas constantes na matriz curricular, conforme sugere a LDBEN/96.

Temos como função principal o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para que adquiram “ chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu tempo”. (SAMPAIO, 1998,p147)

O currículo será organizado por disciplina na Base Nacional Comum e a Parte Diversificada constará da disciplina de Inglês no Ensino Fundamental e Filosofia, Sociologia e Inglês no Ensino Médio

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PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL

1.1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAComo disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares

brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Nos primeiros tempos da colônia não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político, social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Nesse momento, o sistema jesuítico de ensino organizava-se a partir de dois princípios: primeiro uma pedagogia que, por meio da catequese indígena, visava a expansão católica e um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a formação de elites subordinadas à Metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país colonizador”.

Em decorrência dos ideais iluministas, cujos princípios racionais estavam embasados tanto no cartesianismo quanto no empirismo, em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Embora tenha passado a fazer parte dos conteúdos curriculares, o ensino da Língua Portuguesa continuou a seguir os moldes do ensino de Latim, o que acabou por gerar a fragmentação deste ensino nas disciplinas de Gramática, Retórica e Poética. Essa realização tripartite do ensino de Língua Portuguesa manteve-se até final do século XIX.

Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português. De acordo com Magda Soares (2001),, a mudança de denominação não significou mudança no objeto e no objetivo dos estudos da língua: a disciplina Português manteve, até os anos 40 do século XX, a tradição da gramática, da retórica e da poética.”

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando iniciou-se no Brasil, a partir de 1967, “um processo de ‘democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores [...].” (FREDERICO & OSAKABE, 2004, p. 61). Como consequência desse processo de “democratização”, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes.

O ensino de Língua Portuguesa, nesse contexto, não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola.

Cabe lembrar que no processo brasileiro de industrialização, iniciado já no governo de Getúlio Vargas, institucionalizou-se a vinculação da educação com a industrialização. A Lei 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades linguísticas do falante.

Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se, principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à

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teoria da comunicação. Em decorrência disso, a Gramática deixava de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da comunicação passava a ser o referencial, embora na prática das salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa passou a se pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

Nesse período verificou-se uma intensa ampliação de vagas escolares e de acolhimento a professores advindos de ambientes pouco letrados (SOARES, 2001). Em decorrência de tal política, houve uma multiplicação no número de alunos, rebaixamento dos salários docentes, o que precarizou ainda mais as condições de trabalho, de modo que os professores passaram a buscar alternativas didáticas para facilitar o ensino.

A necessidade de suprir a demanda de vagas lançou para um segundo plano a formação pedagógica, transferindo a responsabilidade do planejamento das aulas para o livro didático, produzido industrialmente, como orientador das atividades. A força e a preponderância do livro didático retiraram do professor a autonomia e a responsabilidade quanto à sua prática, de modo que foi desconsiderado seu conhecimento, experiência e senso crítico em função de um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão.

Com base na estrutura dos livros didáticos, tinha-se um ensino de Literatura apenas focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de textos, em vez dos textos integrais. Para o ensino da Língua Materna, aplicavam-se exercícios estruturais do tipo preenchimento de lacunas ou questionários de simples verificação de ocorrência, que desconsideravam as potencialidades que a interação com o texto propiciaria para a expansão dos sentidos da leitura. Além disso, os altos índices de evasão e repetência das classes populares, o arrocho salarial dos professores e a abertura indiscriminada de faculdades comprometeram ainda mais a qualidade do ensino.

Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização.

A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

No Brasil, essas ideias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 1980, com as contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin. Deve-se a esses teóricos, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem, ou seja, a língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa interação. Ela mesma, a língua, constitui-se sobretudo pelo uso e pelos sujeitos que interagem. Essa concepção diverge das abordagens de cunho formalista-estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua.

Se por um lado as teorias do Círculo de Bakhtin trouxeram alguns avanços para o ensino de Língua Portuguesa, por outro, não conseguiram, de imediato, o mesmo espaço no trabalho com a Literatura, pois ainda eram muito influentes as teorias formalistas que davam ênfase a função referencial da linguagem em detrimento da função poética e o valor estético da obra literária (GERALDI, 1997).

Desde que a preocupação com a formação dos professores emergiu no campo do ensino, observou-se um movimento que procurava se libertar do ensino normativo inicial. Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas acerca do ensino da língua, com enfoque nas práticas discursivas, houve uma apropriação, por grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso se refletisse na mudança efetiva de sua prática.

Atualmente, os livros didáticos tendem, em grande medida, a perpetuar essa situação ao priorizar determinados autores para estudos diacrônicos, com base nos períodos literários, características, biografias, fragmentos de textos. Essa prática priva o aluno de uma efetiva leitura do texto literário e de um real exercício do pensamento crítico, devido ao pouco tempo para abranger a extensa produção literária do século XVI ao século XX.

A busca da superação desse ensino normativo, historiográfico, recentemente tem alcançado os estudos curriculares e, em particular, os ensinos de Língua e Literatura, seja pela

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influência dos pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, seja por meio de novos campos de saber ou espaços teóricos como a análise do discurso, a sociolinguística, teoria da enunciação, teorias da leitura, pensamento da desconstrução, etc.

A partir de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. É dessa época o livro O texto na sala de aula, de João Wanderley Geraldi, que marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo textos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre a Língua Portuguesa, Linguística e ensino da língua materna.

A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino tradicional. No entanto, na análise de Barreto (2000, p. 48), a maioria dos currículos do Brasil, ainda que apresentem uma proposta nessa linha, “ao explicitar um conteúdo gramatical não consegue traduzi-lo em termos de uma concepção enunciativa ou dos usos da língua, da competência textual, em situações de comunicação, recaindo assim no estigma da gramática tradicional, que trabalha com a gramática da frase”.

No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista. A proposta, ainda conforme Barreto, já delineava a diferença entre a opção pelo estudo mnemônico da nomenclatura e a opção pela nomenclatura como ferramenta de compreensão da prática textual. A fragilidade da proposta aparece quando, na relação dos conteúdos, ainda seriados, não se explicita, por exemplo, a relação entre os campos de conhecimento envolvidos na produção escrita de textos, tais como a estruturação sintática, a ortografia, os recursos gráfico-visuais, as circunstâncias de produção, a presença do interlocutor. Outro ponto considerado pela autora é o fato de aspectos da linguística textual, fundamentais na estruturação do texto escrito, recursos coesivos, conectividade sequencial e estruturação temática, aparecerem como conteúdos da gramática tradicional.

1.1 OBJETIVOS GERAISA disciplina de Língua Portuguesa tem como objetivo levar o aluno a apropriar-se do LER,

FALAR e ESCREVER

1.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOSQUANTO À LEITURA

- Reconhecer, em qualquer atividade, da presença e intenção do outro, do processo e contexto de produção e da especificidade de cada texto, interpretando situações pessoais;- Interessar-se pelos mais diferentes tipos de textos e o desejar lê-los por iniciativa própria.

QUANTO À ORALIDADE- Desenvolver uma expressão oral fluente em situações formais, adequando a linguagem ao interlocutor e às circunstâncias:- Expor ideias com clareza, boa sequência, objetividade, consistência argumentativa, adequação vocabular, assim como reconhecer na fala do outro essas qualidades;- Incorporar ao seu comportamento social uma postura adequada às situações de diálogo argumentativo: respeito ao ponto de vista do interlocutor, senso de conveniência em relação ao momento de intervir na conversa, linguajar adequado, etc.

QUANTO À ESCRITA- Produzir todos os tipos de texto com criatividade, clareza, coerência, coesão, consistência argumentativa, correta paragrafação, adequação à norma padrão, correção gramatical e organização;

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- Adequar o tipo de texto e a linguagem ao(s) seu(s) leitor(es)-destinatário(s) e à finalidade a que se destina o texto produzido;- Apurar seu senso crítico em relação ao seu processo de produção, de forma que se predisponha a reformular seus textos, objetivando torná-los mais satisfatórios e eficazes, tendo em vista a finalidade a que se destinam;- Produzir textos nos quais se reconheça como autor.

QUANTO À ANÁLISE LINGUÍSTICA- Conhecer a ampla diversidade de estruturas gramaticais que lhe possibilitam fazer análises e reflexões e que contribuem para o aprimoramento de sua capacidade de comunicação;- Dominar, gradativamente, a norma culta, variedade indispensável para a sua participação na vida social letrada;- Desenvolver um certo domínio sobre a classificação gramatical, não como um fim em si, mas como uma “linguagem especial”, útil para a discussão, compreensão e emprego da norma culta;- Estabelecer paralelos entre estruturas gramaticais da norma culta e suas similares presentes nas demais variedades linguísticas, relativizando o conceito de “erro”.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTESAssumindo-se a concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes

instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante, portanto, é o discurso como prática social.

A disciplina de Língua Portuguesa/Literatura é como um campo de ação, em que se concretizam práticas de uso real da língua materna. Essas práticas, em sala de aula, estão relacionadas à FALA, ESCRITA e LEITURA. Esses são os eixos centrais da disciplina de Língua Portuguesa.

2.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6ª ANO- Fonema, letra e sílaba;- Uso do dicionário (sinônimos e antônimos);- Estrutura e funcionamento da língua (palavra, frase, parágrafo, texto),- Sujeito e Predicado;- Encontros vocálicos e dígrafo;- Formação do substantivo;- Adjetivo e locução adjetiva;- Acentuação;- Pontuação;- Artigo;- Numeral;- Pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos;- Verbo (pessoa, número, tempo, modo e conjugações);- Ortografia (porquês, mal e mau, viagem e viajem);Texto narrativo, descritivo, bilhete, história em quadrinhos, fábula, poesia.

7ª ANO- Revisão: Estrutura e funcionamento da língua;- Substantivo (classificação e flexão);- Pronomes indefinidos e interrogativos;- Classificação do sujeito;- Ortografia (uso de ch e x, j e g, s e ss);- Pontuação;- A palavra na oração;- Verbo (tempo, modo, pessoa, número);- Formas verbais e nominais;- Verbos regulares e irregulares;

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- Classificação do predicado;- Verbos significativos;- Complementos verbais;- Preposição;- Advérbio;- Classe gramatical e função sintática;- Adjunto adnominal;- Adjunto adverbial;- Texto narrativo, descritivo, carta, monólogo, anedota, acróstico, paródia, provérbios, verbetes de dicionários.8ª ANO- Revisão das classes gramaticais;- Sujeito e Predicado;- Verbos significativos e de ligação;- Substantivo (gênero e número);- Diferenças entre adjetivo e advérbio;- Adjetivo (gênero, número e grau);- Predicativo do sujeito e do objeto;- Adjunto adverbial e adjunto adnominal;- Complemento Nominal;- Vozes verbais;- Agente da passiva;- Funções dos pronomes oblíquos átonos;- Aposto;- Vocativo;- Conjunção;- Interjeição;- Acento diferencial e trema;- Pontuação;- Ortografia (mas e mais, senão e se não, acerca de e a cerca de);- Texto narrativo, descritivo, dissertativo, dramático, informativo, publicitário, instrucional, poético, paráfrases, tirinhas e textos visuais.

9ª ANO- Parônimos e homônimos;- Sujeito Indeterminado com verbo + se;- Elementos estruturais (radical, desinências, vogal temática, prefixos e sufixos);- Frase, oração e período;- Formação das palavras (derivação, composição, onomatopéia e sigla);- Orações coordenadas;- Orações subordinadas;- Verbos regulares e irregulares;- Verbo (modo imperativo afirmativo e negativo);- Formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio);- Orações reduzidas;- Concordância verbal;- Vozes verbais;- Verbo +se, verbo ser, verbos impessoais;- Figuras de linguagem;- Concordância nominal;- Colocação pronominal (próclise, ênclise e mesóclise);- Regência verbal;- Crase;- Ortografia;- Texto narrativo, descritivo, dissertativo, poético, visual, crônica, conto, telegrama, requerimento e revisão de todos os tipos de texto.

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Obs.:No conteúdo de todas as séries:- Atividades que focalizem o indivíduo negro e sua família em diferentes contextos sociais e profissionais para a valorização da diversidade étnica brasileira;- Estudo de obras de autores brasileiros que abordem e discutam questões relacionadas à cultura afro-brasileira. Por exemplo “Macunaíma”, de Mário de Andrade e “Navio Negreiro”, de Castro Alves.- Atividades interdisciplinares, usando textos do livro didático de Ciências e de Geografia, sobre temas relacionados ao meio-ambiente (clima, solo, recursos hídricos, etc.) e realização de debates sobre o assunto;- Atividades interdisciplinares, usando textos do livro didático de História para leitura e discussão sobre a história e cultura paranaense visando produzir textos sobre o assunto.

3. METODOLOGIATrabalhar a Língua Materna com os estudantes significa estabelecer parceria em sala de

aula, dar-lhes voz, escutar o que têm a dizer, em experiências de uso concreto da língua. Não é a simples ocupação da “sala-de-aula” que a torna espaço privilegiado de interação e aprendizado. O constante diálogo e sua análise representam possibilidade concreta de ir além do autoritarismo e da apatia nessas relações. Sob uma perspectiva mais generosa, valorizar o ambiente escolar é também reconhecê-lo como espaço fértil para construir racionalidades mais solidárias e combater intolerâncias e qualquer tipo de preconceito.

As aulas de Língua Portuguesa devem tornar o estudante capaz de inserir-se nas diversas esferas da atividade social e, consequentemente, apto a buscar vagas no ensino superior e a conquistar espaços no mundo do trabalho.

3.1 A PRÁTICA DA ORALIDADE- Apresentação de filmes (em DVDs) e livros para os alunos traçarem um paralelo entre eles através de seus pontos de vista;- Leitura e discussão sobre livros de temáticas variadas, inclusive meio-ambiente, cultura afro-brasileira e história paranaense, para que se sintam parte desses contextos e se instrumentalizem para desenvolver ações que modifiquem a realidade;- Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelos alunos ou pessoas do seu convívio, já que, muitas vezes, a realidade de cada aluno é muito diferente da realidade dos colegas e/ou professor;- Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades sobre temas abordados em textos e filmes, que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;- Transmissão de informações, relatos de experiência e troca de opiniões em todas as atividades orais;- Contação de histórias através de dramatizações;- Declamação de poemas em sala de aula e em concurso anual realizado na escola;- Produção de jornal falado, programa de rádio e propaganda, familiarizando o aluno com os meios de comunicação;

3.2 A PRÁTICA DA LEITURA- Leitura de textos de diversos tipos (narrativo, visual, dissertativo, descritivo, instrucional, informativo, poético) e escritos na linguagem formal e informal; com temáticas variadas, que propiciem o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda a uma atitude responsiva diante deles. - Leitura de livros (romance, poesia, histórias de detetive, contos, crônicas) para ampliar os horizontes do aluno, melhorando sua capacidade de interpretação e produção de seus próprios textos. 3.3 A PRÁTICA DA ESCRITA

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- Relatos (histórias de vida); bilhetes, cartas, cartazes, avisos (textos pragmáticos); poemas, contos e crônicas (textos literários); notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa);- Relatórios, resumos de artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica)..3.4 ANÁLISE LINGÜÍSTICA- Reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos _ , de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra escolar..4. AVALIAÇÃO

A avaliação não deve ser encarada de maneira estanque, mas sim, deve acompanhar todo o processo de aprendizagem.

A avaliação deve ser contínua e pode concretizar-se por meio de:- Uma observação permanente e sensível por parte do professor que, junto com os alunos no dia-a-dia, tem condições de perceber e avaliar atitudes, interesse, participação, comunicação oral e escrita, confronto e defesa de ideias:- Fichas de avaliação que forneçam, acima de notas ou conceitos, um perfil do desempenho de cada aluno ao longo do processo, nos diversos aspectos envolvidos na construção do conhecimento;- Provas, testes, desafios, jogos, trabalhos em grupos com a frequência possível para acostumar o aluno a perceber a avaliação como um aspecto natural da aprendizagem;- Auto-avaliação que dá ao aluno a oportunidade de diagnosticar seu próprio desempenho, de forma honesta, reconhecendo acertos e dificuldades e, sobretudo, refletindo sobre isso com a ajuda do professor. Esse exercício pode se dar oralmente ou por escrito, e também é saudável se feito em grupo em alguns momentos.

4.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os critérios de avaliação referem-se ao que é necessário aprender, enquanto os objetivos, ao que é possível aprender.

Para avaliar, segundo os critérios estabelecidos, é necessário considerar indicadores bastante precisos que sirvam para identificar, de fato, as aprendizagens realizadas. No entanto, é importante não perder de vista que um progresso relacionado a um critério específico pode manifestar-se de diferentes formas em diferentes alunos, e que uma mesma ação pode, para um aluno, indicar avanço em relação a um critério estabelecido e, para outro, não.

É nesse contexto, portanto, que os critérios de avaliação devem ser compreendidos. Por um lado, como aprendizagens indispensáveis ao final de um período. Por outro, como referências que permitem _ se comparados aos objetivos do ensino e ao conhecimento prévio com que o aluno iniciou a aprendizagem _ a análise de seus avanços ao longo do processo, considerando que as manifestações desses avanços não são lineares, nem idênticas, em diferentes sujeitos.

5. REFERÊNCIAS

________. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência

da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental, 2006.

FERREIRA, MAURO. Entre palavras: 5ª à 8ª série. São Paulo: FTD, 2002.

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PROPOSTA CURRÍCULAR DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna.

Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar criticamente as informações.

Segundo (Abrantes, 1999, pg 17) “A Matemática constitui um patrimônio cultural de humanidade e um modo de pensar. A sua apropriação é um direito de todos nesse sentido, seria impensável que não se proporcionasse a todos a oportunidade de aprender matemática de um modo realmente significativo, do mesmo modo seria inconcebível eliminar da escola básica a educação literária, científica, ou artística. Isso implica que todas as crianças e jovens devam ter a possibilidade de contatar, a um nível apropriado, as ideias e os métodos fundamentais da matemática, como ciência em constante evolução, pode ser encarada como um corpo de conhecimento constituído por teorias bem determinadas, ou como um conjunto de processos característicos que devem ser desenvolvidos. Na escola o trabalho com a matemática pode ser uma das formas de mostrar aos alunos o papel que exercemos na construção do conhecimento e a relação social interagindo em determinada época mostrando que o conteúdo ensinado tem, relação com acontecimentos cotidianos internos ou externos a escola.

A prática docente encontrará fundamentação teórica e metodológica na Educação Matemática englobando inúmeros saberes relacionando o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático, tendo por finalidade fazer o estudante compreender e se apropriar a matemática não somente como um método, procedimento ou algorítimo mas construindo uma formação integral por intermédio do conhecimento matemático.

Estabelecendo estudantes mais críticos, autônomos capazes de agir socialmente precisa-se de conhecimentos lógicos matemáticos onde serão vistos sob uma visão histórica e onde conceitos apresentados possam ser discutidos e reconstituídos no seu pensamento humano e na produção de sua existência por meio de ideias e tecnologias.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

6 a ANO:

Números, Operações e Álgebra:_ História dos Números;_ Sistemas de Numeração Decimal e não Decimal;_ Números Naturais e suas representações;_ Conjuntos numéricos naturais;_As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação)_Múltiplos e divisores;_ Mínimo múltiplo Comum;

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_ Transformação de números fracionários ( na forma de razão/quociente) em números decimais, por equivalência;_ Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações;_ Fatoração;_ Expressões numéricas;_Números primos;_ Porcentagem;

Medidas:_ Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;_ Transformações de unidades de: massa, capacidade, comprimento e tempo;_ Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos;_ Capacidade e volume e suas relações;_ História das medidas;

Geometria:_ Classificação e nomenclatura de sólidos geométricos e figuras planas;_ Planificação de sólidos geométricos;_ Condições de paralelismo e perpendicularidade;_ Polígonos e ângulos;_ Classificação de triângulo;_ História da Geometria;_Mosaicos;_Simetria;_ Classificação de poliedro;_ Estudo de Polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;

Tratamento da Informação- Coleta, organização e descrição de dados- Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas, diagramas, quadros e

gráficos- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor, renda e

escolaridade no país e no município- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população

negra.

7ª ANO

Números, Operações e Álgebra- Conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais)- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e

radiciação)- Juros e porcentagens nos diferentes processos de cálculo (razão, proporção, frações e

decimais)- Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela substituição de letras por

valores numéricos- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença- Grandezas: diretamente e inversamente proporcionais- Equações, inequações e sistemas de 1º e 2º graus- Múltiplos e divisores- Mínimo múltiplo comum- Expressões numéricas

Medidas

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- Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas

algébricos- Capacidade e volume e suas relações- Ângulos e arcos-unidade, fracionamento e cálculo- História das medidas

Geometria- Construções e representações no espaço e no plano (Cultura Afro)- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmedes e prismas- Condições de paralelismo e perpendicularidade- Desenho geométrico com uso de régua e compasso- Ângulos e polígonos- Classificação de triângulos- Interpretação geométrica de equações- História da geometria- Mosaico e polígonos regulares

Tratamento da Informação- Coleta, organização e descrição de dados- Leitura, interpretação e representação de dados na tabela, listas, diagramas, quadros e

gráficos- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor, renda e

escolaridade no país e no município- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população

negra

8ª ANO

Números, Operações e Álgebra- Conjuntos Numéricos ( naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais)- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença- Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo- As noções de cálculo e variáveis e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da

substituição de letras por valores numéricos- História das equações- Equações, inequações e sistemas de equações de 1º grau- Polinômios e os casos notáveis- Potências e raízes- Produtos notáveis- Fatoração- Expressões numéricas- Cálculo de número de diagonais

Medidas- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas

algébricos- Capacidade e volume e suas relações- Ângulos e arcos-unidade, fracionamento e cálculo- Triângulos quaisquer: lados e ângulos- Poliedros regulares e suas relações métricas

Geometria- Condições de paralelismo e perpendicularidade- Definição e construção de baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro

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- Desenho geométrico com uso de régua e compasso- Ângulos, polígonos e circunferências- Classificação de triângulos- Representação cartesiana e confecção de gráficos- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações- Representação geométrica dos produtos notáveisTratamento da Informação- Coleta, organização e descrição de dados- Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas

9ª ANO

Números, Operações e Álgebra- Conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais)- Propriedades da potenciação e radiciação- Operações- Equações do 1º grau- Equações do 2º grau e inequações- Expressões numéricas- Funções- Trigonometria no triângulo retângulo

Medidas- Congruência e semelhança de figuras planas (Teorema de Talles)- Triângulo retângulo, relações métricas e Teorema de Pitágoras

Geometria- Noções de geometria euclidiana e não euclidiana- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas- Construções e representações no espaço e no plano- Planificação de sólidos geométricos- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides- Estudo dos poliedros de Platão- Geometria Grega

- Tratamento da Informação- Coleta, organização e descrição de dados- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,

quadros e gráficos- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas- Noções de probabilidade- Médias, moda e mediana

METODOLOGIAA concepção de Matemática em qualquer nível de ensino remonta ao fato de que a

Matemática é uma ciência que surgiu da própria necessidade do homem de contar, representar, medir e expor dados de formas organizadas e com precisão. Diversas outras ciências se aprimoraram graças aos conhecimentos matemáticos realizados pela humanidade. A partir das produções artísticas, filosóficas e estruturais realizadas pelos povos primitivos, estabeleceu-se ao longo dos anos, uma matemática formal, dotada de vários pré-requisitos e de estabelecimento de relações abstratas e lógicas. A matemática realizada em sala de aula pressupõe estruturas lógicas realizadas através de cálculos lógicos, baseados em estruturas formais, mas adaptadas à realidade do educando.

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A praticidade exigida em diversos segmentos da sociedade indica a forma de trabalho realizada em sala de aula. Resolução de situações problemas englobando os conteúdos próprios que incorporam o aprendizado.

A matemática deverá ser ensinada de forma simples e adequada com o perfil do aluno, ressaltando os pré-requisitos e dando ênfase a todos os conjuntos numéricos. As atividades de ensino incorporam elementos estruturais e práticos, resolução e problemas do dia a dia, uso de calculadora e de tabelas e fórmulas designadas para aprimoramento das questões. O uso de fórmulas estará comprometido com a construção, bem como a estruturação da mesma, sua aplicação e não somente uma mera substituição de letras por números. O uso da calculadora corresponde a compreensão de elementos matemáticos tais como são calculados com e sem a manipulação da tabuada, ou simples cálculos de porcentagem. Os conteúdos matemáticos envolvem diferentes tipos de aula, desde as expositivas, as vídeo, as de pesquisa, até as práticas, geralmente realizadas no pátio ou demais dependências do colégio. Os trabalhos serão realizados individualmente, em duplas ou equipes, podendo até ser realizadas com a turma toda, dependendo da ocasião e do conteúdo. As aulas de pesquisa estarão sujeitas a conexões com as outras disciplinas, principalmente quando se tratarem de história da matemática e de suas aplicações. Em conteúdos como Geometria, Probabilidade, Função e Lógica, utilizar-se-ão criptogramas, jogos de xadrez e general, bem como simples quebra cabeças geométricos, como o tangran, poliminós, ou poliedros. Nos momentos propícios, serão utilizadas atividades lúdicas matemáticas. O ensino-aprendizagem de Matemática tem como ponto de partida a resolução de problemas e posteriormente utilizando aspectos de modelagem matemática.

Ao aluno, estar diante de um problema proporciona elaborar um ou vários procedimentos de resolução, comparar os resultados com os colegas e validar seus procedimentos.

No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras, escritas numéricas); outro consiste em relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando o aluno a falar e escrever sobre Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos, construções, e aprender como organizar e tratar dados.

A aprendizagem está ligada à compreensão, isto é, à atribuição e apreensão de significado, apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe identificar suas relações com os outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as demais áreas, entre ela e os Temas Transversais, entre ela e o cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.

O conhecimento matemático é historicamente construído e, portanto, está em permanente evolução. Assim o ensino de Matemática precisa incorporar esta perspectiva, possibilitando ao aluno reconhecer as contribuições que ela oferece para compreender as informações e posicionar-se criticamente diante delas.

Recursos didáticos como livros , jogos com material concreto feito pelos próprios alunos, dicionário de matemática, vídeos, televisão, calculadoras,informática, etno-matemática, têm papel importante no ensino e aprendizagem. Contudo eles precisam estar integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão;

Trabalhar o abstrato e o concreto juntos;Trabalhar em equipe e individual, com apoio do livro didático;Utilizar o dicionário de matemática como fonte de pesquisa;Resolução de exercícios em sala de aula com apoio do professor;

O ensino da Matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidades como:

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Observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e validação de processos e o estímulo ás formas de raciocínio como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa.

AVALIAÇÃOA avaliação de matemática compreende a integração do que o educando aprende, com a

aplicação da metodologia do professor. Ou seja, um elo entre a aprendizagem e o ensino.Avaliar em matemática compreende entender a maneira pela qual o educando fica mais

motivado a aprender, por conseguinte, o erro deve ser o ponto de parada tanto do aluno como do professor. O aluno para verificar onde tem dificuldades e procurar mais atenção aos cálculos propriamente ditos, enquanto que para o professor, ele corresponde a uma nova adaptação de metodologia de ensino, onde ele estuda e interpreta dados de seu próprio trabalho. A avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades lúdicas, atividades escritas, atividades orais, indicações de acompanhamento escolar e comportamento em sala, e trabalhos pré-estabelecidos.

Ou seja, a avaliação dar-se-á de forma global e individual, em sala de aula, através de observações sistemáticas, análise das produções dos alunos e atividades específicas, deixando bem claro para os alunos o quê se pretende avaliar. O registro se dará através do livro de chamada. Tendo consciência da importância da avaliação, há de se abrir para discutir a realidade deste processo na escola atual e as alternativas que se oferece diante da nova proposta educacional. Com raras exceções , a avaliação ainda é sinônimo de medida do conteúdo que o aluno é capaz de memorizar e gravar) para reproduzir mecanicamente as questões de uma prova, realizada de forma unilateral , autoritária e conservadora. Assim o único avaliado é o aluno, sendo classificado por notas ou conceitos que lhes garantirão, ou não, o acesso a serie seguinte. Raras vezes, essa avaliação lhe é desenvolvida em forma de feedback do conhecimento adquirido. Caso seja o retido na mesma série, a vitima , o aluno é considerado o culpado do fracasso ocorrido. No sistema de avaliação vigente, não entra em questionamento o Projeto Político Pedagógico da escola, ou seja o sistema estabelecido, a metodologia utilizada compreendida como conteúdo e forma, a competência do professor contribui , portanto para a utilização da escola, já que se constitui um elemento preponderante de exclusão do aluno. A avaliação, neste sentido, é sempre o confronto com um aluno ideal, um estereótipo em função da qual se aferem os demais. Numa proposta que se sugere para a compreensão do mundo em sua dinâmica, formando sujeitos críticos capaz de atuar na transformação social, a avaliação deve ser reconsiderada em outras bases. Passa a ser, sem dúvida um processo mais amplo, que envolve toda a estrutura e todos os componentes do sistema escolar. São conhecidas as dificuldades encontradas na área de Ciências Exatas, em particular na questão da avaliação. Alguns preconceitos quanto à própria natureza destas disciplinas, a formação de professores, a falta de integração entre os diferentes componentes curriculares, podem explicar algumas reservas que se oferecem a concepção mais ampla de avaliação. Para superar essas distorções, a avaliação deve ser entendida como um processo amplo envolvendo toda a estrutura do sistema escolar. A avaliação do projeto pedagógico, em cada unidade escolar, é um processo contínuo onde todos avaliam e são avaliados evidenciando resultados da prática pedagógica. De fato, não basta revermos a forma ou metodologia de ensino se mantivermos o conhecimento matemático restrito a informação (definição e exemplos) e exercitação ( exercício de aplicação ou fixação ). Quando os conceitos são aprendidos de uma forma fragmentada que, apesar de completa e aprofundada, mantém as ideias de qualquer significado para o aluno e desconectadas uma a outra. É inútil acreditar-se então, que o aluno seja capaz de construir as múltiplas relações entre os conceitos e as formas de raciocínio envolvido nos diversos conteúdos.

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REFERÊNCIAS

BICUDO, M. V; Borba, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2.004, p. 13-29.BRASIL. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasilia. MEC/Sef. 1.997.BOYER, C. B. História da Matemática. 12 ed. São Paulo: Educação Blucher, 1.996.CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. 4a Edição. Lisboa: Gradiva, 2.002.DCE da Disciplina de Matemática.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAO ensino de História é de grande relevância no processo de ensino aprendizagem, pois

cabe a ele fornecer subsídios necessários para o entendimento da sociedade em suas diversidades histórico culturais bem como as relações sociais, políticas e econômicas entre outras, situadas num determinado tempo e espaço.

O cotidiano vivido pelo sujeito histórico, é uma rica fonte de construção do conhecimento histórico, pois é nele que ocorrem as relações e ações que fazem a História.É dentro desse contexto vivido que encontram-se os homens com suas experiências concretas. Essas experiências são o resultado da construção cultural da sociedade, e para o seu aperfeiçoamento é fundamental a construção de uma identidade cultural através da memória histórica a ser resgatada, com o auxílio da historiografia, que permitirá a compreensão das relações em sociedade.

Este conhecimento requer uma operação em diferentes temporalidades permitindo o entendimento dos vários e simultâneos tempos que coexistem num fenômeno, movimento ou processo. A pesquisa histórica norteada por um método que proporcione resultados quantitativos é uma forma inovadora tanto para ensinar como para adquirir o conhecimento histórico. Numa relação presente-passado-presente, o pesquisador será levado a pensar criticamente, os acontecimentos do seu cotidiano,a fim de compreender a sociedade na qual esta inserido,e que tipo de sociedade se quer produzir,a partir da análise conjuntural e estrutural,da atualidade.

È preciso desenvolver com o aluno o pensar historicamente para que possa com os recursos que possui fazer uma reflexão enquanto sujeito histórico, e que o leve a desenvolver ações no meio social em que se encontra. É preciso fazer do ensino de história um processo ativo de produção de novos saberes, e não apenas divulgar os saberes já consagrados. Para isso compete ao professor como mediador do processo, estimular os alunos a produção histórica, tendo como recursos, fontes orais, documentais, a cultura histórica, a historiografia entre outros recursos que possivelmente aparecerão no decorrer do processo. O ensino de Historia, deve demonstrar ao aluno que outro mundo é possível, a partir das relações sociais de produção que norteiam a vida em sociedade. Esse novo mundo deve ser balizado pela ética, solidariedade e valores que preservem e construam uma sociedade que traga oportunidades a todos de serem realmente cidadãos.

2.0 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINAENTENDER-SE como sujeito histórico situado no tempo e no espaço ,interagindo nas

relações sociais;PERCEBER-SE como sujeito histórico numa sociedade em constante

transformação,relacionando presente – passado –presente, numa perspectiva local-global-local;FAZER uso das fontes documentais como referencia histórica;MOTIVAR a pesquisa histórica como um recurso pedagógico inovador;PENSAR e agir criticamente diante dos desafios da sociedade moderna;FAZER uso das diferentes tecnologias de informação e comunicação.

3.0–CONTEUDOS ESTRUTURANTES

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No processo de construção do conhecimento histórico é fundamental conhecer como se processam as relações de Poder, Trabalho e Cultura. Nesse caso será dado relevância para a historia local, regional e do Paraná.

Conteúdos para 6ª ano 1. O que é históriaAs várias concepções da história.A história como ciênciaA analise históricaFontes históricasDocumentos históricosAnalise de um documento históricoNatureza, cultura e sociedade.

2. O homem Sua origemHipóteses sobre a origem do homem.A ideia de Charles Darwin e a seleção natural.A pré-historia O homem e sua organização socialA mesopotâmiaAs primeiras civilizações.O Egito antigo.O povo HebreuOs Fenícios, o Persas.A China, a Índia e o Japão.

3. A origem do homem americano.Os vestígios do homem no Brasil e no Paraná.Os grupos humanos no Brasil os Marajoaras.

4. A Grécia antiga.A cultura Grega antiga.Filosofia, teatro, jogos olímpicos, mitologia.O Helenismo.

5. Roma Antiga.A civilização Romana e o legado cultural para a civilização Ocidental.O direito, o latim, o Cristianismo.O Império Romano.Origem, apogeu, decadência.A formação da Europa.

7ª ano1. As cruzadas e o poder da Igreja Católica.A crise do feudalismo e o renascimento comercial e urbano.A centralização do poder, o absolutismo e as monarquias nacionais.A formação da burguesia e seus interesses.O Renascimento cultural e artísticoA Reforma Protestante.O comercio com o Oriente e as Especiarias.

2. As grande navegações.Cristóvão Colombo e a ocupação da América.Portugal e Espanha e a disputa da América.A colonização da América Espanhola.

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A colonização da América Portuguesa.O Pau-Brasil na economia Portuguesa.A colonização da América Inglesa.

3. O sistema colonial A produção do açúcar no Brasil Colônia.O ouro, a mineração, e a exploração da Colônia.A organização administrativa da colônia Portuguesa.O gado, o tabaco, e a conquista do interior do Brasil.

4. O Paraná e a colonização.Os primeiros habitantes. Ameríndios. As reduções indo-cristãs no Guairá.Origem e fundação de Paranaguá.Antonina e Morretes.A exploração do ouro no Paraná.Origem e Fundação de Curitiba.Os Campos de Guarapuava.

5. Cultura no Brasil Colônia.Família, religião e economia. O poder no Brasil Colônia.O Brasil ruralizado, as relações entre a cidade e o campo.

6. A África pré-colonial.A utilização da mão-de-obra escrava, negra, africana na América.A contribuição Africana na cultura brasileira.

8ª ano1. A ideia sobre revolução.A crise do absolutismo e o desenvolvimento do pensamento iluminista.O estado liberal.A Revolução Francesa e a Declaração Universal dos direitos do homem e do cidadão.A Crise do sistema colonial e a Inconfidência Mineira.

2. A Revolução Industrial e o nascimento do proletariado. A exploração do trabalhador e as ideias socialistas utópicas e cientificas.O anarquismo e Colônia Cecília no Paraná.A Revolução Industrial na sua segunda fase e o capitalismo monopolista.A dominação inglesa sobre o mundo americano e a independência do Brasil.Forças políticas no processo da independência do Brasil.A constituição de 1824.A crise do Primeiro Reinado e a Abdicação de Dom Pedro I.

3. O Período Regencial e as Revoltas.Cabanagem, Farroupilha.Os Caminhos do Paraná e o Tropeirismo.O Segundo Reinado.A emancipação Política do Paraná.A Erva-mate na economia paranaense do século XIXA crise escravista e o combate a escravidão.O Paraná escravocrata.

4. O Imperialismo no século XIX.Os efeitos do imperialismo Inglês no Brasil.A partilha da África e da Asia pelas potências européias.

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5. Cultura e Economia no Mundo do século XIXA fundação da Vila de Rio Negro.A Imigração para o Paraná no século XIX.As colônias européias no Paraná.

9ª ano.1. O Brasil ruralizado.O Golpe republicano de 1889.A Ditadura de Floriano e Revolução Federalista.O poder dos coronéis e a política do Café com Leite.

2. A Primeira Guerra Mundial.A urbanização do Brasil nos anos 20.O movimento operário no Brasil e no Paraná.A crise das oligarquias e o Tenentismo.A coluna Prestes.Os comunistas na história do Brasil.

3. A Revolução de 30.A Constituição de 1934.Trabalhismo e Industrialismo Varguista.A Revolução de 30 no Paraná.O período entre guerras e a crise econômica de 1929.A ascensão dos regimes totalitários.Nazismo e fascismo.Integralismo e a ditadura do Estado Novo.

4. Segunda Guerra Mundial.Paranaenses na Segunda Guerra Mundial.O Brasil após a Segunda Guerra Mundial.A Guerra Fria.

5. Cultura, desenvolvimento e poder no período da Guerra Fria.Os anos 50 no Brasil e o desenvolvimentismo.O Paraná no período Juscelino. A crise do populismo e o Golpe Militar no Brasil.A Ditadura no Paraná.Abertura democrática.O retorno dos governos civis e a democracia.

6. O mundo no Oriente Médio.Israel e Palestina.Atualidades no mundo econômico mundial.Crises, mudanças e permanências.

4- METODOLOGIA Serão ministradas aulas expositivas para a apresentação dos conteúdos aos alunos de maneira que esses interajam no processo. O uso do livro didático publico será feito como um recurso pedagógico ,porém não o único.O uso das diferentes mídias aplicadas a educação com tv pendrive, sites, dvd, servirão de ferramentas para a construção do conhecimento histórico.A utilização de filmes que tenham relação com o tema estudado sempre com a mediação do professor.

5- AVALIAÇÃO

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A avaliação será constante , ocorrendo durante todo o processo de ensino aprendizagem. Será considerado a capacidade critica do educando de estabelecer relações do seu cotidiano com o passado .Serão aplicadas provas objetivas e discursivas de acordo com a proposta da escola .A interpretação de textos com diferentes visões da historia. O trabalho de pesquisa histórica com apresentações sendo aqui considerado como critério maior a capacidade de desenvolver e transmitir o tema pesquisado.

6- REFERÊNCIASDIRETRIZES, Curriculares de História. WACHOWICZ, Ruy Christovam. História do Paraná. Ed. Vicentina, 1968.Paraná espaço e memória : diversos olhares histórico-geográficos/ autores Scortegagna.... [et al.]; organizadores Cláudio Joaquim Rezende, Rita Inocêncio Triches. – Curitiba : Editora Bagozzi, 2005.BRUM, Nilo Bairros de. Caminhos do Sul. Porto Alegre, Metrópole, 1999.MARTINS, Romário, 1874-1948. História do Paraná. Curitiba, Travessa dos Editores, 1995.SILVA, Marcos A. da. Repensando a História. São Paulo, Editora Marco Zero, 1988.LEWIS, Bernard. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje. Rio de Janeiro, Jorge Zahar

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA.ENSINO FUNDAMENTAL

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA :A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações. Neste sentido assume

grande relevância dentro do contexto escolar, tendo como meta à conquista da cidadania

brasileira.

A Geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico na

formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar,

território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa abordagem relacional, trabalha com

diferentes noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e

naturais característicos de cada paisagem, para permitir uma compreensão processual e

dinâmica de sua constituição, para identificar e relacionar aquilo que na paisagem representa as

heranças das sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação.

Nesse sentido, a análise da paisagem deve focar as dinâmicas de suas transformações

e não simplesmente a descrição e o estudo de um mundo aparentemente estático. Isso requer a

compreensão da dinâmica entre os processos sociais, físicos e biológicos inseridos em

contextos particulares ou gerais.

A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de perceber os

diferentes lugares e territórios como os fenômenos que constituem essas paisagens e interagem

com a vida que os anima. Para tanto é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, em

determinado momento, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do

presente que neles convivem.

O espaço considerado como território e lugar é historicamente produzido pelo homem à

medida que organiza econômica e socialmente sua sociedade. A percepção espacial de cada

indivíduo ou sociedade é também marcada por laços afetivos e referências sócio-culturais.

Nessa perspectiva, a historicidade enfoca o homem como sujeito produtor desse espaço, um

homem social e cultural, situado além e mediante a perspectiva econômica e política, que

imprime seus valores no processo de produção de seu espaço.

35

Assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em que

interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. Por ser dinâmica, ela se transforma

ao longo dos tempos históricos e as pessoas redefinem sua forma de viver e de percebê-la.

Pode-se compreender por que o espaço, a paisagem, o território e o lugar estão associados à

força da imagem, tão explorada pela mídia. Pela imagem, muitas vezes a mídia utiliza-se da

paisagem para inculcar um modelo de mundo.

Sendo a Geografia uma ciência que procura explicar e compreender o mundo por meio

de uma leitura crítica a partir da paisagem, ela poderá oferecer grande contribuição para

decodificar as imagens manipuladoras que a mídia constrói na consciência das pessoas, seja em

relação aos valores sócio-culturais ou a padrões de comportamentos político nacional.

O estudo de Geografia possibilita aos alunos a compreensão de sua posição no

conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e por que suas ações, individuais ou

coletivas, em relação aos valores humanos ou à natureza, têm consequências (tanto para si

como para a sociedade). Permite também que adquiram conhecimentos para compreender as

atuais redefinições do conceito de nação no mundo em que vivem e perceber a relevância de

uma atitude de solidariedade e de comprometimento com o destino das futuras gerações.

Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino da Geografia pode e deve ter

como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma

realidade em que as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado

(constantemente em transformação) do qual ele faz parte e que, portanto, precisa conhecer e do

qual se pinta membro participante, afetivamente ligado, responsável e comprometido

historicamente com os valores humanísticos

2. OBJETIVOS Reconhecer que a sociedade e a natureza possuem precipícios e leis próprios e que o

espaço geográfico resulta das interações entre eles, historicamente definidas;

Compreender a escala de importância no tempo e no espaço do local e do global e da

multiplicidade de vivências com os lugares;

Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de humanização da

natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas naturais ou históricas, a

exemplo das grandes paisagens naturais, as sociopolíticas como os Estados-nacionais e

cidade-campo;

Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiram ao longo da escolaridade

são parte da construção da sua cidadania, pois os homens constroem, se apropriam e

interagem como o espaço geográfico nem sempre de forma igual;

Reconhecer e comprar a presença da natureza, expressa na paisagem local, com as

manifestações da natureza presentes em outras paisagens;

36

Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais se

apropriam da natureza de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas formas de se expressar e no

lazer;

Criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem gráfica

utilizada nas representações cartográficas;

Saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo

mediante ilustrações e linguagem oral;

Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização, orientação e

distância, de modo que se desloque com autonomia e represente os lugares onde vivem e se

relacionam;

Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado como o meio em que

vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se devem ter na preservação e

na conservação da natureza

3 - METODOLOGIAA metodologia a ser desenvolvida deve aprofundar procedimentos tais como: observar,

descrever, representar cartograficamente ou por imagens os espaços, construindo conceitos

para obter maior autonomia, em relação aos métodos da observação, descrição, representação,

explicação e compreensão do espaço e suas paisagens.

É importante descrever que a sala de aula é um universo bastante complexo. Muitos

são os fatores que estão interagindo no seu interior, desde o campo de afetividade entre os

alunos e deles com a escola e o professor, o nível de maturidade e individualidade de cada um

dos alunos, assim como o nível de conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, a

natureza do espaço físico e dos materiais e recursos didáticos usados na sala de aula, até

eventuais acontecimentos inusitados que poderão ocorrer com os alunos e seus familiares, e

com o seu cotidiano fora da escola.

Tudo isso leva à reflexão sobre as seguintes condições que deverão ser propiciadas no

interior da sala de aula:

- Desenvolver um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro seja encarado como

desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção de personalidade e que

todos se sintam seguros e confiantes para pedir ajuda;

- Que a organização da aula estimule a ação individualizada do aluno para que possa

desenvolver sua potencialidade criadora, mas que, também, esteja aberto a compartilhar

como o outro suas experiências vividas na escola e fora dela;

- Oferecer oportunidades, por meio das tarefas organizadas para a aula, em que vários

possam ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo,

fortalecendo, assim, sua auto-estima, atribuindo alguns significados ao produto do seu

trabalho intelectual.

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É necessário também, que o professor utilize-se do maior número de recursos

didáticos para administrar o conteúdo em sala de aula, para que seja diferente da maioria das

aulas tradicionais, onde são cansativas, sem motivação e com conteúdo extenso. Os recursos

didáticos utilizados em sala de aula, com o objetivo de se ter uma aula que possibilite aos alunos

maiores informações e dinamismo, são: Retroprojetor, Transparências, Fitas de Vídeo, Livros,

Revistas, Jornais, Maquete, Mapas, Globo Terrestre, Fotografia Aérea, Imagem de Satélite,

Plantas ; Uso da informática ,etc.

Portanto, qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, estas

deverão estar voltadas à formação do educando. Deve-se ter sempre o cuidado de deixar claro

quais são os métodos mais adequados que garantem atingir o verdadeiro objetivo do

planejamento da aula seja diário, semanal ou anual. Outro fator importante de lembrar é que o

professor deverá sempre perceber em que contexto social, econômico, cultural e religioso do

aluno, para que este possa levar em consideração a realidade do aluno.

4. CONTEÚDOS

4.1 CONTEÚDOS - 6a ANO

MAPEANDO O ESPAÇO GEOGRÁFICO- Comunicação por mapas: a linguagem cartográfica.- Mapeando sua escola e a sala de aula.- Orientando-se no espaço geográfico.- Redução e ampliação: Escala.- Sistema métrico - escala.- Como são feitos os mapas?- Tipos de mapas.- Qual a nossa localização no espaço geográfico.DESVENDANDO AS PAISAGENS- Desvendando as paisagens cotidianas.- Desvendando outras paisagens.

OS SERES HUMANOS CONSTROEM O ESPAÇO GEOGRÁFICO- Construções humanas.- Os aspectos invisíveis do espaço geográfico.- Paisagens naturais e humanizadas.- Desvendando o lugar onde vivemos.- As relações humanas no espaço geográfico.

AS DIFERENÇAS ENTRE A CIDADE E O CAMPO- As diferenças entre os lugares urbanos e rurais.- Modos de vida no campo e na cidade.- As relações entre o meio urbano e a zona rural.

A ZONA URBANA- Os problemas das cidades.- Os serviços públicos, privados e a exerçam da cidadania.- Problemas comuns às grandes cidades brasileiras.

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A PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM NOSSO COTIDIANO- O que é indústria.- Os bens de consumo em nosso cotidiano.- A indústria organiza o espaço geográfico.- Produção industrial.- Causas e consequências do setor industrial.

CONSUMO E CONSUMISMO- O necessário e o supérfluo.- Os direitos do consumidor.A ZONA RURAL- O que se produz na agricultura e na pecuária.- As propriedades rurais e a produção agrícola.- A produção agropecuária brasileira.- Os assentamentos rurais.- A agricultura e a natureza: as plantas e o clima.

AS RELAÇÕES DOS SERES HUMANOS COM A NATUREZA- Somos parte da natureza?- O controle sobre a natureza.- Relações entre os elementos da natureza.- As formas da Terra.

O CONSUMO DA NATUREZA E O MEIO AMBIENTE- De onde vêm as matérias-primas?- Recursos naturais renováveis.- O lixo: matéria-prima para as indústrias.- O que é poluição.-5.2 CONTEÚDOS - 7a ANO

O PLANETA TERRA EM MOVIMENTO- O tempo geológico.- A história geológica da Terra- A estrutura da Terra e as rochas.- A movimentação das placas tectônicas.- As eras geológicas.

A HISTÓRIA DOS LUGARES- Mudanças na paisagem urbana.- Reconstruindo a história do lugar onde vivemos.- A paisagem acumula formas construídas de diferentes idades.- Tempo biológico, histórico e geológico.

A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO- Da máquina a vapor ao robô.- Artesanato e manufatura.- As primeiras fábricas no mundo.- As primeiras fábricas no Brasil.- Os impactos de novas fontes de energia.- Produção industrial.

A PRODUÇÃO AGRÍCOLA- A evolução agrícola.

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- A mecanização agrícola.- Agricultura e natureza.- A adequação das técnicas de produção.- A revolução Verde.

O COMÉRCIO AO LONGO DA HISTÓRIA- A evolução do comércio.- Do comércio local ao mundial.- O comércio atual e as mudanças no espaço geográfico.- Como pagamos nossas compras?

AS CIDADES E O MEIO AMBIENTE- As grandes cidades.- As cidades brasileiras.- O tempo, espaço e a história das cidades.- O crescimento desorganizado do espaço urbano.- Cidade X natureza

O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO E A PLURALIDADE CULTURAL- O crescimento da população.- O crescimento da população brasileira.- A pluralidade cultural brasileira.- A herança cultural do povo brasileiro.

A DIVISÃO REGIONAL E A ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO- Região Sudeste

- Os fluxos migratórios.- A descoberta do ouro, o cultivo do café.- As características naturais- A concentração industrial.- As cidades e as metrópoles.

- Região Nordeste- O processo histórico de ocupação.- As características naturais.- As áreas industriais.- A agricultura irrigada no sertão.- O turismo.- A distribuição atual da população.

- Região Sul- A colonização de povoamento.- As características naturais.- A agricultura e a agropecuária.- Os centros industriais.- A distribuição da população.

- Região Norte- A ocupação recente.- A produção econômica.- A Amazônia.- As características naturais.- O Plano de Integração Nacional.- Os problemas de desmatamento e das queimadas.- O desenvolvimento sustentável.- A distribuição da população.

- Região Centro-Oeste- A ocupação ao longo da história.- As características naturais.

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- A fundação de Brasília.- A distribuição da população.

Brasil: uma visão de conjunto- Aspectos físicos do território brasileiro.- Os domínios naturais do Brasil.- A distribuição regional da indústria.- A qualidade de vida da população brasileira.

5.3 CONTEÚDOS - 8a ANO

O ESPAÇO GEOGRÁFICO E A SOCIEDADE- Espaço geográfico e cidadania.- O desenvolvimento humano no Brasil e no mundo.- As migrações no Brasil e no mundo.- O desemprego e o subemprego.- O trabalho infantil.

A CIDADE E A CIDADANIA- As funções urbanas.- As regiões metropolitanas.- O crescimento populacional.- A organização interna das cidades.- Planejamento Urbano.- Os serviços públicos e a infra-estrutura.

COMUNICAÇÃO, ESPAÇO GEOGRÁFICO E CIDADANIA- A comunicação em nosso cotidiano.- As telecomunicações e a estrutura do especo geográfico.

MEIOS DE TRANSPORTE E A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- Como os meios de transportes estruturam o especo geográfico?- Transporte rodoviário.- Transporte ferroviário.- Transporte hidroviário.- Transporte aéreo.

BRASIL: REGIONALIZAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO- A divisão política do território brasileiro.- A organização do território em regiões.- O Brasil e a globalização.

A DINÂMICA DA NATUREZA- A natureza tem suas próprias leis.- A interferência humana.- De onde vem a energia da natureza.- A Terra e o sistema solar.- Hidrografia.- O solo e o aqüífero.- Vegetação.

OS PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS- A importância da vegetação nas grandes cidades.

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- A impermeabilização do solo e as enchentes.- Inversão térmica.- Os desmoronamentos.- O trânsito- 0s transportes coletivos.- O destino do lixo.- Saneamento básico.- O meio ambiente urbano e a cidadania.- A energia e o meio ambiente.

PAISAGENS E DIVERSIDADE TERRITORIAL NO BRASIL- O parque industrial brasileiro.- As atividades econômicas e o PIB.- A industrialização da vida rural.- O comércio de mercadorias do Brasil com o exterior.- Indústria, desemprego e educação.- A distribuição e o uso das terras no Brasil.- A reforma agrária.- A agropecuária e a questão ambiental.

5.4 CONTEÚDOS - 9a ANO

O CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- Um mundo dividido em Estados.- A origem do Estado moderno.- O Estado e a globalização.- Um mundo com lugares cada vez mais interligados.- A expansão mundial do capitalismo.- A economia mundial no pós-guerra.- A revolução técnico-científica.

DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO- Origem histórica do subdesenvolvimento.- Fatores internos e externos do subdesenvolvimento.- Indicadores sociais e econômicos.- Mundo em desenvolvimento é heterogêneo.- Desenvolvimento e ecologia.

A FRAGMENTAÇÃO POLÍTICA DO MUNDO- Globalização X fragmentação.- Os conflitos étnicos e nacionalistas.- A fragmentação da União Soviética- A fragmentação da Iugoslávia.- Conflitos no Oriente Médio.- Conflitos na África.- Conflitos na América Latina.

UM MUNDO DE EXTREMOS- Os integrados e os excluídos.- Os tecno-pólos e a rede mundial de conhecimento.- Os excluídos da globalização.- África: continente marginalizado pela globalização.

OS PRINCIPAIS FLUXOS DA GLOBALIZAÇÃO- O avanço da técnica: a base da globalização.

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- Os fluxos de capitais produtivos especulativos.- Os fluxos de mercadorias.- Os fluxos de informações.- Os fluxos de pessoas. AS CIDADES GLOBAIS- As cidades globais e as megacidades.- Os fluxos da globalização em redes.- A globalização é desigual, mesmo nas cidades globais.

OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS- Um mundo organizado em blocos.- União Européia.- Nafta.- Mercosul.- Ásia e a bacia do Pacífico.- África.

IMPACTOS AMBIENTAIS GLOBAIS E AS LUTAS PELA PRESERVAÇÃO- Os impactos ambientais: do local ao global.- E feito estufa.- Buraco na camada de ozônio.- A escassez de água doce.- A sociedade urbano-industrial e o consumismo.- As lutas pela preservação do meio ambiente.- A importância da cidadania.

A CARTOGRAFIA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO MUNDIAL- As representações do mundo- O mundo visto pelos conquistadores europeus.- O mundo visto pelos países em desenvolvimento.

AVALIAÇÃOO processo de avaliação utilizado em sala de aula para avaliar os alunos será de forma

minuciosa e cuidadosa, variando sempre que possível, para dar maior possibilidade de

recuperação aos alunos.

A avaliação é um momento privilegiado do processo de ensino-aprendizagem. Ela deve

estar presente em todas as etapas do aprendizado de forma que os alunos e professores

percebam em que grau estão envolvidos no processo e como acompanham sua dinâmica.

Dessa forma, assim como é um momento de fundamental importância para que o aluno

compreenda como está se desenvolvendo seu processo de aprendizagem, e também, para que

o professor possa compreender como está desenvolvendo seu processo de ensino.

É importante que a avaliação tenha caráter diagnóstico e dual, para que o professor

possa avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e

outras possibilidades de como atuar no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos.

Avaliar as situações comportamentais dos alunos diante de suas relações em sala de

aula, com os outros alunos, na questão do trabalho individual ou em grupo, participação,

assiduidade (presença em sala de aula e entrega dos trabalhos), responsabilidade, habilidades

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específicas, e por fim, avaliação dos conteúdos com a elaboração de provas e trabalhos

(individual, grupo, em sala de aula, casa).

6 - REFERÊNCIAS

AB’SABER, A. N. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EDUSP, 1996.

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia – Ciência da sociedade – Uma introdução a analise do pensamento geográfIco. Editora Atlas, São Paulo: 1987, p. 20-36.

ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história: inteligências múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a-dia. 2a edição, São Paulo: Papirus, 2003.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Ed. 3a, Curitiba: 1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. DOU, 23/12/1996.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CARLOS, Ana Fani A. (org.) Geografia na sala de aula. 5a edição, São Paulo: Editora Contexto, 2003.

CASTELAR, Sonia & MAESTRO, Valter. Geografia. 2a edição, Coleção de 5a a 8a série, São Paulo: Quinteto Editorial, 2002.

MOREIRA, Ruy. O que é geografia? São Paulo: Brasiliense, 1986.

PARO, Vitor Henrique. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. Campinas: Papirus, 1996.

SANTOS, Milton. Urbanização Brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.

_______. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Hucitec, 1991.

_______. Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1982.

SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos. A geografia no dia-dia. Coleção Trilhas da geografia. Coleção de 5a a 8a série. São Paulo: Scipione, 2000.

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL

1-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINADesde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta e aprender com

eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o caráter sistematizador do conhecimento.

Alguns processos importantes da história marcaram acentuadamente o pensamento da humanidade e em consequência disso, a ciência.

Muitos nomes influenciaram o desenvolvimento do pensamente científico como Leonardo da Vinci, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes, Isaac Newton, colaboraram sobremaneira com a ciência, não só do seu tempo mais ainda hoje a influencia.

Alguns momentos marcantes da história da ciência, contribuíram para que esta passasse a ser, independente das diversas religiões, um resgate histórico de todo o conhecimento científico acumulado até então.

Os avanços científicos determinaram o desenvolvimento da indústria que por sua vez exigiu que a ciência ascendesse para aperfeiçoar as técnicas e com isso desenvolver novas tecnologias para a indústria. Em decorrência desse processo aumenta a exploração do ambiente para produção de energia.

O século XIX vem para consolidar a ciência, evidenciando as relações entre homem-homem e homem-natureza, pois o homem passa a entender que pode, por meio da ciência, interferir na natureza buscando melhores condições de vida.

No século XX as contribuições da ciência para a humanidade são incontáveis, entretanto a ciência também tem momentos de efeitos negativos, ao incrementar as guerras e influenciar a miséria de muitos. Fica cada vez mais claro que a ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível, intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.

A disciplina de ciências deve priorizar os conhecimentos científicos físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais sem deixar de considerar as implicações da relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

A disciplina de ciências deve ser abordada com base nos conteúdos estruturantes: corpo humano e saúde, ambiente, matéria e energia e tecnologia, que se desdobra nos conteúdos específicos da disciplina.

Esses conteúdos devem ser abordados de forma consistente, critica, histórica, considerando as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

Os conteúdos específicos poderão ser abordados em suas inter-relações com outros conteúdos e disciplinas, considerando seus aspectos conceituais, científicos, históricos, econômicos, políticos e sociais, os quais devem ficar evidentes no processo de ensino-aprendizagem da disciplina.

2– OBJETIVOS GERAISA disciplina de ciências deve ter por objetivo retomar a função social da disciplina, que por

meio de tratamento crítico e histórico dos conteúdos promova a socialização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos de natureza social. Deve permitir compreender o desenvolvimento científicos nos diferentes tempos da história da humanidade, dando possibilidades aos sujeitos do processo de ensino-aprendizagem de, usar os conhecimentos científicos no seu cotidiano, adequando-os às suas necessidades e interesses.

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Objetivos específicos Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade,

como agente de transformação do mundo em que vive em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atitude humana, histórica associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;

Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das praticas científico-tecnológicas;

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

Formular questões, diagnosticar problemas reais e propor soluções para eles a partir de elementos das ciências, colocando em pratico conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentações e registro para a coleta de dados, realizar comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações.

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação critica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.

3 CONTEÚDOS6ª ANO

CORPO HUMANO E SAÚDE

- Agentes causadores e transmissores de doenças.- Prevenção e tratamento das doenças relacionadas a poluição e contaminação do ar, da

água e do solo- Saneamento básico: ETA, ETE, lixo.- Reciclagem e reaproveitamento.- Doenças causadas por animais: Parasitoses, zoonoses e verminoses. - Tratamento e prevenção dos efeitos solares sobre o organismo humano.- Relação de Adaptação do às viagens espaciais.

AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA

- Características básicas bióticas e abióticas- Relações de interdependência- Adaptações dos seres e controle da temperatura corporal.- Biosfera, ecossistema, comunidade, população e individuo.- Ciclo da água e sua importância no meio ambiente global.- Poluição da água, preservação e tratamento.- Existência e ausência do ar: Vácuo, utilização do vácuo.- Atmosfera: camadas, propriedades, expansão, compressibilidade e pressão.- Movimentos do ar: Ventos, brisa, velocidade e direção dos ventos.- Resistência do ar e pressão atmosférica.- O ar e os seres vivos. (Camada de ozônio)- Controle da poluição do ar (técnicas e mecanismos).- Tipos de poluição.- Doenças causadas por poluição.- Equilíbrio e conservação da natureza.- Alterações de temperatura e mudanças de estados físicos.- Sol: Fonte de luz e energia, composição química e sistema solar.

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TECNOLOGIA

- Meteorologia e previsão do tempo.- Pressão atmosférica, umidade e instrumentos de medição.- Composição do solo, tipos e agentes de transformação do solo, uso racional da terra.- Tecnologia de manejo do solo (adubação, rotação de culturas, Ph, tratamento do solo,

etc).- Degradação do solo (queimadas, desmatamentos, erosão, mata ciliar, etc).- Controle da poluição do solo (técnicas e mecanismos).- Fontes alternativas de energia: Eólica, hidrelétrica, termoelétricas entre outras.- Biodigestor- Fenômenos ambientais: Efeito estufa, camada de ozônio, aquecimento global,

consequências para o planeta.- Movimentos da Terra: Tectônicos, translação e rotação, força gravitacional.- Estações climáticas- Constelações e orientação espacial.- Sistema solar- Instrumentos de estudo e análise espacial (astrolábio, luneta, telescópios, etc).- Telecomunicações: Satélites, sondas, fibra óptica, entre outros.

7ª ANOCORPO HUMANO E SAÚDE- Aspectos morfo-fisiológicos das células e dos tecidos (animais e vegetais)- Divisão celular- Infecções bacterianas, viroses, protozooses e micoses.- Intoxicações causadas por plantas tóxicas.- Diagnósticos: Exames clínicos.- Prevenção e tratamento: Alopatia, homeopatia, fitoterapia, entre outros.- Efeito das intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo.- Sol: produção de vitamina D.- Ritmos biológicos.- Fotossíntese: processo de armazenamento de energia (fluxo de energia e cadeia

alimentar)

AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA- Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não vivos.- Relações de interdependência.- Adaptações e interações com o meio e com os seres vivos.- Divisões da Biosfera.- Agrupamento dos seres vivos.- Classificação dos seres vivos.- Biotecnologia- População e densidade demográfica.- Teias e cadeias alimentares.- Respiração, gustação, transpiração e fermentação.

TECNOLOGIA- Equipamentos e unidades de medidas.(microscópios e lupas)- Melhoramento vegetal.

8ª ANOCORPO HUMANO E SAÚDE- Metabolismo: transformação da matéria e da energia (Fotossíntese, respiração,

fermentação, decomposição e combustão).- Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação de água e

temperatura.

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- Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos e nutrientes.- Aspectos morfo-fisiológicos das células animais e vegetais (tecidos, órgãos, sistemas e

indivíduo).- Divisão celular: Mitose e meiose, anomalias cromossômicas.- Conceitos básicos de unidades de medidas.- Imunização artificial, diagnósticos, tratamentos de doenças.- Intoxicações por agentes químicos.- Sistema imunológico.- Dependência química e suas implicações.- Nutrição e aproveitamento dos nutrientes.- Morfologia e fisiologia dos sistemas (digestório, cardiovascular, respiratório, urinário,

reprodutor, sensorial, nervoso, endócrino, esquelético, muscular)

AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA- Ação mecânica e transformação bioquímica em todos os sistemas.- Combustão.- População: taxas e densidade demográfica.- Camada de ozônio.- Efeito estufa.- Qualidade de vida- Lixo orgânico, hospitalar e industrial.- Pesquisas, contenção do aquecimento global.- Genética alimentar.

TECNOLOGIA- Reprodução.- Associação ao diagnóstico e tratamento de doenças.- Manipulação genética.- Doação de órgãos e sangue.- Próteses.- Radiação.- Tecnologias que causam danos a vida.- Imunização artificial.

9ª ANOCORPO HUMANO E SAÚDE- Organização do corpo humano (átomos à organismo)- Fecundação e hereditariedade- Organogênese.- Gravidez.- Controle de natalidade.- DST e AIDS.- Comportamento humano e interação.- Circulação.- Digestão - Respiração.- Doenças dos sistemas (circulatório, nervoso e digestorio, etc)

AMBIENTE / MATÉRIA E ENERGIA - Evolução histórica do átomo.- Elementos químicos.- Ligações químicas e constituição das substâncias.- Transformações químicas.- Transformações físicas.- Circuito elétrico (humano e residencial)

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- Respiração, combustão, fotossíntese, fermentação, alimentação, nutrição, eletricidade e magnetismo.

- Organização da Biosfera.- Inter-relações entre os diferentes ecossistemas.- Chuva ácida.- Camada de ozônio. - Aquecimento global.- Ciclos biogeoquímicos.

TECNOLOGIA- Recurso tecnológico no diagnóstico e tratamento de doenças.- Recurso tecnológico no controle da poluição.- Engenharia genética.

4 - METODOLOGIAPropõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa

abordagem articulada seguindo uma perspectiva crítica e histórica, que orientem o encaminhamento metodológico considerando os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

Considerando-se que, a ciência, como construção humana, cujos conhecimentos científicos são possíveis de alteração ao longo da história da humanidade e marcados por intensas relações de poder, o tratamento dos conteúdos, na escola exige conhecimentos científicos de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo.

O encaminhamento metodológico deve considerar a pratica social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.

É imprescindível que o professor reconheça que existem conhecimentos físicos, químicos e biológicos basilares, para que o processo de ensino e de aprendizagem, que precisam ser abordados tanto na 5ª quanto na 6ª, 7ª e 8ª séries.

Deve-se respeitar o nível cognitivo dos alunos, à realidade local, a diversidade cultural, às diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos, bem como adotar uma linguagem coerente com a faixa etária, aumento gradativamente o aprofundamento da abordagem desses conteúdos.

O tratamento dos conteúdos pode ser efetivado por meio de uma metodologia que problematize a prática social do sujeito. O problema escolhido se refere à sua amplitude, ou seja, ele não pode ser escolhido aleatoriamente ou representar o interesse de um ou de outro sujeito, mas sim ser de interesse coletivo.

Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda por meio de atividades e aulas práticas, desde que se considere a coerência entre a teoria e a prática, e o conteúdo e a forma. É importante lembrar que as aulas e as atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na escola e fora dela.

O encaminhamento metodológico para esta disciplina não pode ficar restrito a um único método. Nesse sentido algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas à indústrias, museus, projetos individuais e em grupos, palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários dentre outros. Podem ainda envolver música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, historia em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras.

A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de ciências poderá resgatar na escola, a sua principal função: os estudos dos fenômenos naturais por meio de tratamento dos conteúdos de forma crítica e histórica.

5 - AVALIAÇÃOA avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem possibilitando ao

professor, por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor que considere aspectos como os

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conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e aprendizagem e, no seu cotidiano.

É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo.

Deve-se considerar também como outro critério avaliativo o quanto e de que forma o aluno se apropriou do conhecimento cientifico; quanto o aluno, e/ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos relacionados aos assuntos trabalhados e sua relação ciência, tecnologia, sociedade. É importante também avaliar em que medida o aluno, e/ou a turma compreende o quanto os conhecimentos científicos abordados nos conteúdos se aplicam à sua prática social, o quanto eles se relacionam com outros conteúdos e até mesmo com conhecimentos de outras disciplinas.

Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe é preciso que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. Além de propor provas objetivas ou questionários com perguntas e respostas diretas, os alunos devem poder expressar seus avanços na aprendizagem, à medida em que interpreta, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista. Com isto o professor pode interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as concepções de ciência, tecnologia, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e do currículo de ciências.

6 - REFERÊNCIAS

- CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo: Scipione, 2004.

- ALVARENGA, Jenner Procópio de. Ciências naturais no dia-a-dia. 5ª a 8ª série. Curitiba: Positivo, 2004.

- VALLE,Cecília. Coleção Ciências, 5ª a 8ª série. Curitiba: Nova Didática, 2004.

- ALMEIDA, M. J. P. M. de Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras possíveis. Campinas: Mercado das Letras, 2004.

- SANTOS, C.S. dos Ensino de ciências: abordagem histórico-crítica. Campinas: Armazém do Ipê Autores Associados, 2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINANa procura de uma identidade a disciplina de Educação Física, passou por várias modificações, as quais todos os períodos refletiam a situação política que estava presente no país. Dentro desse estudo, notou que a disciplina tomou vários rumos priorizando sempre um conteúdo por fase o qual deveria suprir a necessidade da época. Seguindo essa linha, houve a obrigatoriedade da disciplina nas escolas da corte, 1882, foi incluído a ginástica essa época a qual o nome da disciplina mudou de Educação Física para ginástica, 1961 o esporte tomou conta das aulas, 1964 com tendência tecnicista o qual priorizava o desenvolvimento técnico e físico do aluno, na década de 80 o enfoque passou a ser psicomotor. A educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança. Nessa perspectiva, centrada na educação pelo movimento, a Educação Física ficou subordinada a outras disciplinas escolares, ou seja tornou-se elemento colaborador para o aprendizado de conteúdo diversos daqueles próprios da disciplina de Educação Física. Nesse processo, muitos autores constituíram discursos e publicações sob a denominação de progressista, a fim de que se construíssem um movimento renovador na disciplina. Surgiram então, várias proposições relevante e como consequência, interrogações acerca de sua legitimidade, como campo do conhecimento. Tais propostas dirigidas crítica aos paradigmas da aptidão física e da esportivização. Entre as correntes ou tendências progressistas, destacaram-se as seguintes abordagens:Porém, vinculadas à discussões da pedagogia e sociologia, estão as seguintes tendências:

- crítico-superadora;- crítico-emancipatória;O Currículo Básico para EF, de então, fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica,

denominada de educação física progressista, revolucionário e crítica, sob pressupostos teóricos pautados no materialismo histórico dialético. E um tal currículo, propunha-se uma prática politico-pedagógica que contribuísse para superar as contradições e injustiças sociais. De fato, a EF ser trabalhada sob o viés de interlocuções com disciplinas variadas, que permitem entender o corpo em sua complexidade, ou seja, sob uma abordagem biológica antropológica, sociológica, psicologia, filosófica e política, juntamente por sua constituição interdiciplinar.

Destaca-se que as aulas de Educação Física não são um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para a dureza das tarefas em sala de aula. E sim, que é uma disciplina que é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve estar articulado ao PPP da escola. Como enfatiza o documento da LDBEN ( Lei 9394/96 artigo 26).

“ A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se as faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos (LDBEN, 1996).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESNestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes foram definidos como os

conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

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- Manifestações esportivas;- Manifestações ginásticas;- Manifestações estético-corporais na Dança e no Teatro;- Jogos, brinquedos e brincadeiras.

No Ensino Fundamental, a expressividade corporal deve ser o foco na abordagem com as mudanças culturais, essenciais para a educação do corpo, como alicerce do projeto educativo.

Ao trabalhar a expressividade corporal em práticas esportivas, o professor do Ensino Fundamental pode discutir como são tratados o corpo masculino e o feminino, quais expressões esses corpos manifestam e como indicam diferentes formas de comunicação por meio da corporalidade.

A noção de corporalidade, entendida como construção histórica e social do corpo, e a noção de cultura escolar baseiam a discussão dos conteúdos estruturantes para o Ensino Fundamental.

Nestas Diretrizes, propõe-se uma reorientação das concepções da disciplina de Educação Física na Formação do aluno, de modo que se identifiquem as múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica, conforme o lugar onde esteja situada a escola e de acordo com seus traços peculiares de cultura.

Ao pautar as Diretrizes do Ensino Fundamental na noção de corporalidade, partiu-se de uma tradição materialista histórico-dialética em que o homem é visto como sujeito social, o que repercute no entendimento da sua dimensão corporal. Essa referência supera a tradicional forma de compreender a Educação Física como mera transmissora de técnicas e habilidades que tratam o corpo como elemento instrumental.

A corporalidade vai além da dimensão motriz, porque as questões corporais implicam a multiplicidade de experiências decorrentes da estrutura de um sujeito – como ser singular e social - que expressa de diversas maneiras a sua posição diante de si, do outro, no mundo. A estrutura física, a expressividade, os níveis de repressão e de liberdade de movimento podem ser compreendidos, por um lado, como produtos históricos e, por outro, como agentes de transformação.

Nestas Diretrizes, recomenda-se ao professor a abordagem de alguns conteúdos específicos, entre outros que podem emergir no ambiente escolar.

Manifestações esportivas- Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;- O esporte como fenômeno de massa;- Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;- O sentido da competição esportiva;- Possibilidades dos esportes como atividade corporal;- Elementos básicos constituídos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes, fintas;- Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

Manifestações ginásticas- Origem da ginástica e sua mudança no tempo;- Diferentes tipos de ginásticas;- Práticas ginásticas;- Cultura da rua, cultura do circo malabares, acrobacia.

Manifestações estético-corporais na Dança e no Teatro- A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal;- Diferentes tipos de dança;- Por que dançamos?- Danças tradicionais e folclóricas;- Desenvolvimento de formas corporais ritmo-expressivas;- Mímica, imitação e representação;- Expressão corporal com e sem materiais.

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Jogos, brinquedos e brincadeiras- A construção coletiva de jogos e brincadeiras;- Por que brincamos?;- Oficina de construção de brinquedos;- Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;- Diferentes manifestações e tipos de jogos;- Jogos e brincadeiras com e sem materiais;- Diferenças entre jogo e esportes.

ELEMENTOS ARTICULADORES PARA O ENSINO FUNDAMENTALA partir dos conteúdos Estruturantes de Educação Física para o Ensino Fundamental,

apontam-se alguns elementos articuladores que integram e interligam as práticas corporais para maior aprofundamento e diálogo com as diferentes expressões do corpo.Ganham destaque nestas Diretrizes:- O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;- desenvolvimento corporal e construção da saúde;- o corpo no mundo do trabalho.

O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas

O desenvolvimento corporal e construção da saúde.A relação do corpo humano com o mundo do trabalho.

Conteúdos :6ªANO

1º Bimestre:

Conteúdo Estruturante: Exame Biométrico- Peso- Altura- Índice de Massa Corporal- Pirâmide Alimentar

- Volei - DançaAtividade:Calcular o peso e a alturaCalcular a massa corporal de cada alunoAvaliar o estágio em que se encontram na tabela de IMCAnalisar a pirâmide alimentar e suas proporçõesProdução de cartaz com rótulos e calorias por alimentoCritérios de Avaliação:

1. Cartaz2. Exercício Avaliativo3. Produção de texto

Objetivo:Avaliar a situação do aluno em relação a seu IMC.Conscientizar a respeito da alimentação saudávelNutrição: abordar a necessidade diária da ingestão de carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e de aminoácidos.VoleibolSaque

- Por baixo (quadra do minivoleibol)Manchete

- ParadaToque

- Parado

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Cortada- Golpeio da mão na bola

MinivoleibolRegras

- conhecimento da quadra e posicionamento para o minivoleibol- posicionamento e rodízio para o minivoleibol- número de toques- invasão no saque- movimentos que caracterizam conduções

HistóricoEvolução do EsporteDança :Dublagem, dança da cadeira .

2º Bimestre:HandebolDrible

- Parado- Em deslocamento

Passe Recepção- Ombro direto- Ombro quicado- Diferentes distâncias

Arremesso

METODOLOGIA

O conteúdo ginástica, esporte, jogos, lutas e danças como saberes construídos pela humanidade podem ser palco de abordagem dos mais diferentes temas: gêneros, práticas corporais em espaços públicos, entre outros. Além disso, cada um desses conteúdos possui uma vinculação do esporte à industria cultural e à produção do espetáculo televisivo e venda de produtos. A dança, por sua vez, também possui vinculação étnicas, culturais e históricas, bem como relações de gênero a serem discutidas na escola.

A ginástica e as lutas possuem a riqueza das influências dos vários povos e culturas que construíram o Brasil. Estão ligadas a questão estética e ás tradições da “boa condição física”. Carregam consigo o simbolismo da beleza corporal e o mito da longevidade, do corpo saudável e dos rituais de passagem presentes na história e nos modos de vida dos vários grupos étnicos.

Os jogos carregam as intenções lúdicas de cada prática corporal desenvolvida no campo das transformações culturais. Quando se fala em possibilidades de práticas de lazer, em processo criativo na escola ou em relações solidárias e diversidade cultural, os jogos, como conteúdo, representa a possibilidade da singularidade, do algo descoberto, aquilo que representa a identidade dos grupos. Os traços da África, da Europa e do índio estão presentes no despojamento corporal, desde os jogos dançantes até a simulação de combate, de festas religiosas, e nos ritos sagrados de produção e sustentação da vida, como o plantio e a colheita. Os jogos são, ao mesmo tempo, tradição e consolidação de identidades, criação e transformação permanentes; são a marca dos acordos coletivos.

Temas e conteúdos demandam ações pedagógicas que poderão ser contempladas com pesquisas acerca das práticas latentes – não vivenciadas por falta de espaço, equipamentos e oportunidades – e remanescentes de diversos grupos humanos ao alcance da estrutura escolar. Além disso, a realização das práticas corporais, as pesquisas e os registros produzidos pelos alunos passam a fazer parte de programas de aulas-oficinas, aulas-laboratórios e outras ações educativas, quando as vivências e experiências diversas serão procedimentos fundamentais para o processo de sistematização e transformação de tais práticas em objeto de ensino.

Essa articulação de temas e conteúdos, envolvidos pelo tratamento pedagógico, dará condições ao professor de fazer a Educação Física cumprir algumas de suas perspectivas em relação á formação de seus alunos, dentre elas a questão da autonomia sobre as práticas corporais, o acúmulo e a produção cultural a partir dos conhecimentos construídos e a

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capacidade de intervenção político-social acerca das definições públicas na organização e gestão política do espaço, dos equipamentos e dos serviços públicos para as práticas corporais da comunidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, para buscar novas formas de compreensão de seus significados no contexto escolar.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliação está vinculada ao projeto político-pedagógico da escola com critério estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade do ensino. Deve ser contínua e identificar os progressos do aluno durante o ano letivo, de modo que considere o que preconiza a LDB 9394/96, pela chamada avaliação formativa em comparação à avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas a diminuir desigualdades sociais e construir uma sociedade justa e mais humanizada.

Pela avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo pedagógico, planejar e propor encaminhamentos que superem as dificuldades constatadas.

Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais – da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas – cujo horizonte é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais e sociais.

REFERENCIAS- PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba:

- ADORNO, theodor. Tempo Livre. In: ADORNO, Theodor. Palavras e Sinais: modelos críticos, v.2. Petrópolis : Vozes, 1995

- ADORNO, Theodor. Educação e emancipação. São Paulo : Paz e Terra, 1995.- ASSIS DE OLIVEIRA, Sàvio. Reinventando o esporte: possibilidade da prática pedagógica.

Campinas : Autores Associados CBCE,2001- BARRETO, Débora. Dança ...ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas :

Autores associados,2004.- BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança o brinquedo e a educação. São Paulo : Duas

cidades: Editora 34,2002.

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ENSINO FUNDAMENTAL – 6a à 7a ANO –DISCIPLINA: ENSINORELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O Ensino Religioso juntou-se historicamente no ensino do catolicismo que expressava a

proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da República, a nova constituição separou o Estado da igreja e o ensino passou a ser laico. Tal influencia pode ser constatada em todas as constituições do Brasil, nas quais o Ensino Religioso foi citado, expressando a representatividade hegemonicamente cristã no processo de definição dos preceitos legais. No entanto, a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas catequéticas não corresponde mais ao sentido desta disciplina na escola. Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de um novo enfoque para o Ensino Religioso: É atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa; Diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da educação e da comunicação;

Traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu ápice na celebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) “Deus está morto”. Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capaz de crer numa ordenação cósmica, Transcendente/Imanente, o que conduz a uma repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores. A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX apresentava-se distante de uma explicação religiosa de mundo.

Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado. Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a necessária superação dos tradicionais autos de religião, e a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnados.

Com o Ensino Religioso, pretende-se formar indivíduos críticos, sabedores da sua importância de homens num processo de transformação do mundo, capazes de analisar realidade com tranquilidade, objetividade e firmeza, utilizando linguagens diversas, criando condições para que os educandos expressem suas opiniões e contribuam com a sua criatividade, pois o mundo precisa de que o homem viva suas religiões e, que possam compartilhar este mundo com as pessoas de diversas crenças e credos, e que estes homens, através da sua fé consigam amenizar situações desarmônicas, respeitando-se profundamente e trabalhando para o bem estar de todos.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: •Analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural e faz parte do processo civilizador da humanidade; •Identificar a diversidade religiosa presente sócio-cultural, analisando os fenômenos religiosos, com um dado da cultura, desenvolvendo o diálogo, tolerância e o respeito às diferenças de crédulo e raças; •Ampliar a compreensão de mundo e favorecer o respeito para com todas, as etnias, as religiões e filosofias de vida;

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•Abrir horizontes para a cultura e os conhecimentos, e que os mesmos tenham sua dia-a-dia a vivência do Transcendente; •Desenvolver atitudes conscientes, de um ser conhecedor do meio onde vive, crítico e apto a promover as mudanças na sociedade, não importando a crença que professam, mas que estejam a favor do bem comum, a justiça, a paz, a amizade e a fraternidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES POR SÉRIE:

6a ANO - Respeito à diversidade religiosa: - Organizações religiosas; - Festas Religiosas; - Vida e Morte; - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa; - Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão; - Direito à liberdade de reunião e associação pacífica; - Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado. - Lugares Sagrados: - Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc; - Lugares construídos: Templos, cidades sagradas, etc. - Textos orais e escritos: Literatura oral e escrita (contos, narrativos, poemas, jogral, etc.).

7a ANO • Universo simbólico Religioso - Ritos; - Rituais; - Símbolos religiosos; - Tradição; - Tradição religiosa; - Transcendente. - Organizações Religiosas; - Festas Religiosas; - Vida e Morte. • Textos orais (histórias contadas): - Textos escritos (escrituras sagradas ou livros sagrados);

Textos pictóricos (desenhos, pinturas), esculturas, construções arquitetônicas, dança, música, etc.

Conteúdos Básicos: - Cultura Afro-brasileira: - Consciência negra; - Resgate da cultura; - Os disfarces do racismo;

È preciso superar o racismo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso, não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo educador poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando universo cultural dos educandos. Uma das formas de romper com a vinculação entre a disciplina de Ensino Religioso e as aulas de religião é superar práticas que tradicionalmente têm marcado o seu currículo, seja em relação aos

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fundamentos teóricos, ao objeto de estudos, dos conteúdos selecionados, ou ainda em relação ao encaminhamento metodológico adotado pelo professor. Para que o Ensino Religioso contribua efetivamente com o processo de formação dos educadores, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes: paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados, o conjunto de conteúdos escolares a serem observados pelos educadores.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidos ou pouco conhecidas dos educandos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. Elas serão objeto de estudos ao final de cada conteúdo tratado, de modo que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações já conhecidas e ou praticadas pelos educandos e ou na comunidade. Convém, destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de prosetilismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado. Para corresponder a esse propósito, a linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagogia e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequado ao universo escolar. Esta é uma das formas de respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa do educando, ou seja, as reflexões e análise se darão por meio do tratamen to dos conteúdos, destacando-se os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-cultural, ou seja, o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.

A história da Educação especial esta relacionado á mudança na concepção das pessoas com deficiência, que passam ser vistas como cidadãs, com direitos e deveres de participação social, embora persista a ótica assistencial e caritativa, e o víeis da medicalização em sua educação.

Foi no Brasil, as primeiras ações, de atenção á deficiência de caráter público, motivadas, em resumo por dois fatores: a mobilização social e os movimentos sócio-econômico mundiais. Essa forma abre-se a perspectiva da intervenção educacional como favorecedora na transformação da condição, até então imutável, física e intelectual das pessoas com algum tipo de deficiência.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA: O Ensino Religioso é uma disciplina facultativa, sendo assim, o educando não será

avaliado através de conceitos quantitativos, mas através de observações na mudança de comportamento, atitudes, responsabilidades, assiduidades, diante de seus colegas de curso e dos educadores da escola. A avaliação da disciplina do ensino religioso está presente no nosso dia a dia, na vida humana e na rotina escolar. Por isso, é necessário pensar e repensar sobre o seu sentido e a sua razão ser.

Esta disciplina deverá ocupar seu espaço para que o educando adquira conhecimentos de que existe um ser supremo, SUPERIOR, e que devemos respeitar essas diferentes organizações religiosas, acreditando que este crença humanize-se para atuar de forma transformadora na sociedade.

As práticas escolares com relação as avaliações, deverão provocar mudanças processuais na concepção de homem, de mundo, de sociedade. Assim, a avaliação é indispensável na ação humana de educar promovendo um contínuo processo de ação, reflexão e construção, buscando alternativas que promovam o crescimento individual do educando, e o reconhecimento de suas capacidades, limites, a fim de que cresça de um saber adquirido parta outro elaborado e enriquecido. Portanto, a avaliação observada no dia a dia, no ensino religioso, contemplará as mudanças de comportamentos e atitudes de nossos educandos na sua dimensão processual: O Conhecimento (o saber); a Participação (o saber fazer); A Atitude de Vida (o saber ser); A Relação (o saber viver). Enfim, elementos que implicam no crescimento pessoal, espiritual e no exercício das ações que transformam e realimentam o ser humano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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-Caderno Pedagógico de Ensino Religioso. Secretaria do Estado da Educação.1ª edição. Curitiba. 2008.-Tratado de História das religiões. 2a edição. Martins Fontes.São Paulo; - Ensino Religioso no Brasil.Curitiba: Champagnat, 2004; - Religiões- Cisalpiano, Murilo. Editora Scipione; - Assintec - Proposta Pedagógica para o Ensino Religioso; - A educação especial na sociedade moderna: Bueno, Jose Geraldo; Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –– SEED/2006 - Inclusão escolar e suas implicações: Fauon, Jose Raimundo, IBPEX, 2005.

Dimensão Histórica da disciplina de E.F Ensino Médio Para situarmos a E.F no Brasil, precisamos retratar vários momentos da nossa sociedade.

Em um primeiro momento a E.F recebeu conhecimento de médicos e da instrução militar, a E.F então era denominada ginástica que surgiu, a partir de uma preocupação com a saúde e formação moral dos cidadãos brasileiros.

Nesse contexto a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era exigência da nova ordem em formação. Então, a disciplina confundia-se com a prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos baseados nos moldes médicos-higiênicos.

Com a proclamação da República, veio a necessidade da discussão sobre as instituições no ano de 1882, a disciplina tomou a dimensão de formar corpos fortes e cidadão, preparador para defender a Pátria.

O que foi um grande marco para a mesma, pois ficou o componente militar dominou métodos de ensina E.F nas escolas brasileiras.

No final da década de 1930 e início da década de 1940, ocorre um processo chamado desmilitarização, da Educação Física brasileira, nesse momento ouve a propagação do esporte.

Nesse contexto, as aulas de E.F assumiram os códigos esportivos de rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação rígida e a racionalização de meios e técnicas. Ouve a preocupação de propagar códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento.

Com o golpe militar no Brasil, em 1964 o esporte passou a ser tratado com maior ênfase nas escolas. Nesse contexto, o esporte consolidou sua hegemonia como objetivo principal nas aulas de Educação Física, com o enfoque para competições, desempenho de alunos. A escola era usada para preparação de atletas, prontos para representar o país em competições nacionais e internacionais.

Após, ouve a influência da corrente psicomotora, tais fundamentos valorizam a formação integral da criança, a acreditar do que esta se dá no desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos, afetivos e motores.

A Educação Física era subordinada a outras disciplinas sem valor contextual.Nesse período, a comunidade da E.F se fortaleceu com a expansão da pós-graduação

nessa área do Brasil. Nesse momento possibilitou muitos professores uma formação não mais restrita às ciências naturais e biológicas.

Então ouve a aprovação da lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDB n.93944196 o MEC) apresentou os (PCN). No mesmo as diversas concepções pedagógicas ali apresentadas valorizam o individualismo a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir e oportunizar o acesso que oportunize a formação crítica.

Então, a educação do Estado do Paraná, entende a escola como um espaço que, dentre outras funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido pela humanidade, junto com esse o objeto de estudo, cultura corporal, a educação física proporciona o conhecimento e à reflexão crítica de inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, o que contribui para a formação de um ser humano crítico e reflexivo, considerado o sujeito um agente histórico, político social e cultural.

Objetivos da Educação Física no Ensino Médio

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A Educação Física, na condição de disciplina curricular, conectada aos objetivos da escola no

Ensino Médio, deve possibilitar aos alunos:

Experimentar vivências corporais diversificadas, independentemente de suas

qualificações prévias ou aptidões físicas e desportivas, por meio das práticas da cultura

corporal, de jogos, esportes, lutas, ginásticas, entre outras manifestações, possibilitando

a compreensão da natureza histórica, social e cultural dessas práticas;

Entender a necessidade do lazer como manifestação cultural em suas diferentes formas

de expressão (praticar esportes; viajar; ler um livro; ir ao teatro; ao circo ou ao cinema;

passear no parque; assistir a um show, etc.);

Desenvolver a iniciativa, a criatividade, a autonomia, o trabalho em equipe, a resolução

de problemas, a abertura ao multiculturalismo, a autoconfiança e as capacidades

avaliativas.

Encaminhamento MetodológicoConhecer o caminho pela qual a Educação Física passou, nesses longos anos de

intensas e importantes mudanças auxilia muito o professor a desenvolver seu trabalho dentro da atual concepção da Educação Física defendida pelas Diretrizes Curriculares.As diretrizes curriculares do Paraná nos dizem que para iniciarmos uma discussão sobre os fundamentos teóricos metodológicos é necessário reconhecer alguns dos problemas pela qual a Educação Física atual passa. Ela cita Shardakov (1978) que diz que é preciso superar: A persistência do dualismo corpo-mente como base científico-teórica da Educação Física que mantém a cisão teoria-prática e dá origem a um aparelho conceitual desprovido de conteúdo real [...];

A banalização do conhecimento oferecido da cultura corporal, pela repetição mecânica de técnicas esvaziadas de valorização subjetiva que deu origem a sua criação;

A restrição do conhecimento oferecido aos alunos, obstáculos para que modalidades esportivas [...] possam ser apreendidas na escola, por todos, independentes de condições físicas, de etnia, sexo ou condição social;

A utilização de testes e medidas padronizadas, não como forma de acesso aos conhecimentos oriundos do esporte de rendimento, mas com objetivos exclusivos de aferir o nível das habilidades físicas, ou como instrumentos de avaliação do desempenho instrucional dos alunos nas aulas de Educação Física;

A adoção da teoria de pirâmide esportiva como teoria educacional;

A falta de uma reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento de aptidão física e sua contradição com a reflexão sobre a Cultura Corporal;

E ainda, BETTI escreve que, muitos conteúdos são deixados de trabalhar nas escolas pelos motivos dos profissionais da Educação Física não dominarem tais conteúdos, ou por acreditarem que a escola não possui nem espaço e nem material apropriado, ou ainda por acharem que os alunos não gostariam de aprender outros conteúdos e ainda a resistência dos

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professores face às novas propostas de ensino onde se dividindo o ano letivo em quatro bimestres, oferecendo o basquetebol, o handebol, o futebol e o voleibol.

É, portanto, necessário que a educação Física fundamente-se nas reflexões, principalmente nas necessidades de educação atual, objetivando sempre a valorização da educação dos alunos.

A disciplina de educação Física é de grande importância no processo pedagógico, pois [...] é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. (PARANÁ, 2008). Sua articulação com as demais disciplinas é de grande valia, pois, as outras disciplinas integrantes do currículo escolar vêem a contribuir para o melhor entendimento da Cultura Corporal e de sua complexidade.

As atividades a serem desenvolvidas na Educação Física, devem possibilitar aos alunos a ter acesso ao conhecimento que foi e que continua sendo produzido pela humanidade e relacioná-los com as praticas corporais, não só num contexto, mas ao histórico, político, econômico e social. Tendo as palavras anteriores como reflexão, entende-se que as práticas pedagógicas devem ir além da preocupação com o desempenho esportivo, com a aprendizagem motora, com a aptidão física, a estética, etc...

Há uma necessidade de analisar o modelo atual de ensino, pois, conforme nos diz as Diretrizes Curriculares do Paraná, esse modelo de ensino muitas vezes não contempla a riqueza das manifestações corporais produzidas pelos diferentes grupos na sociedade humana. A partir das relações do homem com o próprio homem e dele com a natureza, que está relacionada com a vida em sociedade, os seres humanos desenvolveram muitas habilidades, aptidões físicas e estratégicas para garantir a sobrevivência. Por tanto é a relação do homem/homem e homem/natureza que dá sentido à existência humana e a materialidade corporal que constitui “um acervo de atividades comunicativas com significados e sentidos lúdicos, estéticos, artísticos, místicos antagonistas (ESCOBAR, 1995, apud. PARANÁ 2008), tornando-se um objeto de estudo e de ensino, que é a Cultural Corporal”.

As Diretrizes Curriculares do Paraná nos mostram um novo caminho a ponto de romper com a maneira tradicional pela qual o Ensino da Educação Física tem passado nos apresenta um trabalho que é necessário interligar e integrar as práticas corporais, tão comentada, de uma forma mais reflexiva e contextualizada, que segundo ela, é possível por meio dos Elementos Articulares, que são:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo Do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – Técnica e tática;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

Cultura Corporal e Corpo: Nesse elemento articulador, o corpo do ser humano é entendido na sua totalidade, pois segundo PARANÁ (2008), o ser humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. O corpo deve ser valorizado e analisado de uma forma crítica em relação à beleza (estética) e a saúde, que são vinculados a mídia e ao mercado, onde utilizam o corpo como ferramenta e meio de consumo.

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Cultura Corporal e Ludicidade: O lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais e “o professor deve lançar mão das diversas possibilidades que o lúdico pode assumir nas diferentes práticas corporais”. (PARANÁ, 2008). Quando um ser humano vivência uma atividade lúdica, ele consegue estabelecer conexões entre o imaginário e o real e ainda reflete sobre os papéis que o mesmo assumiu nas relações com o grupo.

Cultura Corporal e Saúde: Nesse elemento articulador, há alguns elementos a serem considerados como constitutivos da saúde são: nutrição, aspectos anátomo-fisiológicos da atividade corporal, lesões e primeiros socorros e o doping. Pode-se trabalhar ainda a questão da sexualidade, dos meios utilizados para alcançar a “saúde perfeita” a qualquer custo, o uso de entorpecentes e seus efeitos sobre a saúde, o excesso de exercícios físicos, entre tantos outros. Nessas Diretrizes, os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos. (PRANÁ, 2008).

Cultural Corporal e Mundo do Trabalho: Nesse elemento articulador, podemos nos concentrar nas relações sociais da produção e de assalariamento. Pois se pode analisar o processo e as consequências da passagem do esporte/atleta amador (amadorismo) para o esporte/atleta profissional (profissionalização esportiva).

Cultura Corporal e Desportivização: A desportivização das práticas corporais é consequência da supervalorização do esporte na atual sociedade e ela segundo Paraná (2008) deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais.

Cultural Corporal- Técnica e Táticas: Nas mais diversas manifestações corporais, têm presentes elementos técnicos e táticos “[...] elementos que constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas corporais, [...] trata-se, sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito além dos elementos técnicos e táticos” (PARANÁ, 2008).

Cultura Corporal e Lazer: O lazer torna-se elemento articulador dos conteúdos estruturantes da Educação Física, na medida em que por meio dele, os educandos poderão refletir a discutir as mais variadas formas de lazer em diferentes grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das comunidades culturais e a maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.

“O Lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como veículo de educação (educação pelo lazer)” (PARANÁ, 2008). Assim o professor de Educação Física, em suas aulas, deve procurar educar para o lazer, trabalhando para transmitir o que é desejável em se tratando de valores, funções e conteúdos, como nos diz as Diretrizes Curriculares do Paraná.

Cultural Corporal e Diversidade: nesse elemento articulador as diretrizes curriculares do Paraná propõem um trabalho de abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais, e as aulas de Educação Física é um ambiente de muitas oportunidades de relacionamentos, convívio e respeito entre as diferenças, de valorização humana, de interação e integração, entre outros. É de grande importância para a educação à valorização das práticas corporais dos mais variados segmentos sociais e culturais e que os alunos convivam ou que tenham conhecimento das diferenças e a partir daí estabeleça relações corporais valiosas em experimentações.

Cultural Corporal e Mídia: a mídia tem um poder grande de divulgação e conseqüentemente de influência sobre a população. Assim esse elemento articulador segundo as diretrizes curriculares do Paraná, deve propiciar a discussão das práticas corporais que são transformadas em espetáculo e, e como objeto de consumo, que diariamente são exibidos nos meios de comunicação para promover e divulgar produtos. Portanto é necessário uma analise crítica dessa concepção de práticas corporais exibida pela mídia.

Conteúdos estruturantes1ª Série

Dança

Danças tradicionais ou folclóricas

Alemã

62

Italiana

Africana - Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana.

Fandango

Quadrilha

Ginástica

Ginástica Geral – Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 Educação sexual e Prevenção a AIDS e DST.

IMC

FCM

Jogos

Jogos motores- Caçador, 10 passos, chute a gol, Love bol, Ameba.

Lutas

Judô

Caratê

Esportes

Tênis de mesa

Basquetebol

Atletismo

Voleibol

Futsal

Handebol

Goobol

2ª SérieDança

63

Danças populares- Carnaval Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DST.

Circulares- Indígena

Ginástica

Ginástica Geral

Ginástica Rítmica

Jogos

Jogos tabuleiro: Trilha, xadrez, dama.

Kalah (jogo tabuleiro africano) Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana.

Lutas

Lutas ocidentais

Esgrima

Boxe

Esportes

Skate

Atletismo

Voleibol

Basquetebol

Futsal

Tênis de campo.

3ª SérieDança

Dança de salão - valsa, tango, rumba;

Dança Circulares – Lei indígena.

64

Ginástica

Ginástica geral

Ginástica Aeróbica

Primeiro Socorros

Jogos

Escravo de Jô- Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana.

Caçador

Carimbo

Arrastabol

Handsabonete

Ludo

Jogos eletrônicos

Esportes

Atletismo – Lei nº 11.343/06 Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas

Voleibol

Basquetebol

Futsal

Punhobol

Handebol

Goobol (esporte adaptado)

Lutas

Capoeira

Esgrima

65

AvaliaçãoA avaliação ajuda a compreender aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Do ponto de vista do aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades. Para a escola, possibilita reconhecer prioridades e localizar ações educacionais que demandam mais apoio. (BRASIL, 2000, p.232).

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, avaliação deve ser entendida como:

“(...) um processo contínuo, permanentemente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentando nas diversas práticas corporais – da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas – cujo horizonte é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais. (PARANÁ, 2006, P.47).

Essa é a tarefa de todos os professores - mais que seguir um “cardápio” de questões teóricas sobre regras e histórico das modalidades esportivas, um “receituário” de gráficos e tabelas de padrões maduros de movimento ou, ainda, (ou seria somente verificar?!) a participação e assiduidade dos alunos, é preciso estar conscientes dos por quês da utilização de determinado instrumento para coleta de dados. Considerando-se cada objetivo de ensino a ser atingido, podem surgir diferentes instrumentos de avaliação. Instrumentos esses que auxiliam o professor em toda a caminhada dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.

A avaliação em Educação Física deve agir sob a ótica do fazer coletivo, analisando sempre os objetivos, os conteúdos e as metodologias. Seus instrumentos devem ser bem elaborados – como estímulo e desafio ao interesse dos alunos – por meio dos quais se possa e se deva usar uma variedade de eventos avaliativos. (SOUSA JUNIOR, 2006).

ReferênciasPARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba:Secretária de Estado da Educação do Paraná, 2006.RANGEL – BETTI, Irene Conceição. Educação Física escolar: a preparação discente. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas: CBCE, nº. 16, p.158 – 167, maio 1995.

66

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ARTEA arte é uma manifestação antiga, pois já existia a milhares de anos. Tem registro de arte

nas paredes das cavernas, isto mostra que cultura depende do tempo e momento que se

encontra, depois do momento passado, podemos entender o porquê de tal produção. No

momento da criação não percebemos, que o que fazemos reflete nossos sentimentos.

O ensino da Arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade.

Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorpora para o

ensino de outras faixas etárias. A valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola

Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e

sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper a transposição

mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.

O ensino de música torna-se obrigatório nas escolas. Ao contemplar a teoria e o canto, o

ensino de música enfatizava uma política de homogeneização do pensamento social, com o

objetivo de criar uma identidade nacional.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram por meio de movimentos

sociais e artísticos. Todos os períodos históricos da arte foram ensinados em diversos espaços

sociais, de acordo com a classe social, desenvolveram formas de ensino com a corporação de

músicos e de artesãos. Os artistas imigrantes trouxeram novas ideias e experiências culturais

diferentes, entre elas à aplicação da arte aos meios produtivos e o uso da arte como expressão

individual. Ao se adaptarem à nova realidade, os artistas começaram a pensar sobre a

importância da arte para o desenvolvimento de uma nova sociedade, com características

próprias e a valorização da realidade local.

Ao longo da historia vemos a arte presente em diversos aspectos da vida do homem.

Como fala Ernest Fischer 2002. “a arte era um instrumento mágico e servia ao homem na

dominação da natureza e no desenvolvimento das relações sociais”. Assim, a arte acompanha o

homem até hoje com esse mesmo propósito de transformação e comunicação, pois arte é

trabalho e é linguagem. Através dela o ser humano constrói e comunica, não somente o que é

material, mas o imaterial, seus sentimentos, suas percepções, suas interpretações de mundo.

Em cada momento da historia a arte atendeu as necessidades para as quais o homem a utilizou.

Toda essa história da arte, de como ela se apresentou em diferentes momentos, refletiu

na forma em que ela esteve presente na educação.

O ensino da arte é relevante dentro da escola, não pela sua obrigatoriedade no currículo

escolar, mas sim pelo “seu valor intrínseco como construção humana, como patrimônio comum a

ser apropriado por todos”. (IAVELBERG, 2.003, p.9). E ainda como conclui a autora:

67

A arte constitui uma forma ancestral de manifestação, e sua apreciação pode ser

cultivada por intermédio de oportunidades educativas. Quem conhece arte amplia sua

participação como cidadão, pois pode compartilhar de um modo de interação único no meio

cultural. Privar o aluno em formação desse conhecimento é negar-lhe o que lhe é de direito. A

participação na vida cultural depende da capacidade de desfrutar das criações artísticas e

estáticas, cabendo à escola garantir a educação em arte para que seu estudo não fique reduzido

apenas à experiência cotidiana. (IAVELBERG, 2003, p.9-10)

No ensino fundamental a Arte é tratada como uma dimensão ampliada, enfatizando a

associação da arte com a cultura e com a linguagem a partir de um aprofundamento de

conteúdos da arte com o trabalho criador, relacionando o conhecimento presente em diferentes

formas de relação com a própria sociedade.

A dimensão histórica, apresentada nestas diretrizes, destaca alguns marcos do

desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. Serão analisadas as concepções de alguns artistas

e teóricos que se preocuparam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para atender

esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história permitirá aprofundar a compreensão

sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no Paraná. ( DCE, 2008, p.38)

A disciplina de Arte, no ensino fundamental contempla as linguagens das artes visuais,

da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina

vem constituir a base da prática pedagógica. Os elementos básicos na linguagem artística, não

especificada na produção e nas manifestações artísticas e nos elementos contextualizados como

unidades interdependentes, além de permitir uma correspondência entre as linguagens.

A produção da arte organiza os elementos visando a criação artística, gerando signos

que possibilitam a interpretação para o espectador. Esses elementos são matéria-prima para a

construção do conhecimento estético que se apresentam como ponto comum entre as

linguagens.

O ritmo, a harmonia, a simetria, a tonalidade e a densidade são alguns exemplos que

podem ser observados em pinturas, em músicas, em encenações teatrais e em composições

coreográficas.

O conhecimento dos elementos básicos das linguagens tomadas pelo professor como

conteúdos de ARTE, permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das produções e das

manifestações.

Na elaboração dos trabalhos artísticos esse processo vincula e estabelece as relações

desse conhecimento com o dia-a-dia no tempo e no espaço do momento do aluno na sua

história.

“ É verdade que a função essencial da arte para uma classe destinada a transformar o

mundo não é a de fazer mágica e sim a de esclarecer e incitar “a ação; ma sé igualmente

verdade que um resíduo mágico na arte não pode ser inteiramente eliminado, de vez que sem

este resíduo provindo de sua natureza original a arte deixa de ser arte.

68

A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo.

Mas, a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente.” (Ernest Fischer,

2002 . p.20)

Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no ensino de

Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a compreensão da arte

como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a um meio de comunicação para

destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e terapia. Assim, o ensino de Arte deixará

de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do desenvolvimento do

sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.(DCE,

2008, P.46)

A função da arte na escola é formar um ser humano completo dentro dos moldes

idealistas e democráticos, valorizando aspectos intelectuais, morais e estéticos. É despertar no

aluno uma consciência individual, harmonizada à sociedade onde está inserido.

O Ensino da arte procura preparar o aluno, gradativamente, para uma visão crítica da

arte, ampliando os conceitos e acrescentando elementos fundamentais para esta aprendizagem.

Não há a necessidade de formar artistas, mas de possibilitar ao aluno que tem interesse em

desenvolver suas aptidões um suporte técnico adequado. Partindo-se do pressuposto de que

não existe dom, mas sim vontade de aprender e se expressar por meio da arte, o educador deve

fornecer o estímulo necessário para despertar o interesse criativo dos alunos.

É muito importante para o educando entender a arte como forma de trabalho e produção

humana e conhecer os períodos da história da arte e possibilitar o acesso das diferentes

manifestações artísticas acumuladas historicamente.

Formar indivíduos sensíveis a obra de arte, ensinar a aprender a ver, ouvir, perceber,

analisar e sintetizar os aspectos da produção artísticas em geral, respeitando as produções dos

colegas entendendo as diversidades de ideias, expressões e limites para valorizar a diversidade

estética e artística.

É necessário interagir com diferentes materiais e meios, explorando o mundo das mídias

que é tão valorizada nos tempos atuais.

Desenvolver a sensibilidade, trabalhando com as emoções, com as sensações, com os

sentimentos através da apreciação estética, o movimento do corpo, o ouvir e representar.

Enfim, pretende-se que os educandos adquiram conhecimentos sobre a diversidade das

artes visuais, dança, música e teatro, para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o

pensamento crítico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESA fim de atender às especificidades dos conteúdos do Ensino Fundamental, o ensino de arte

deve ser abordado sob o principio da arte como linguagem, no sentido amplo do termo, como o

estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não – verbais.

69

Entendendo como condição fundamental no processo de conhecimento do mundo e, ainda, que

a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais sujeito e linguagem

constituem – se mutuamente.

Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propicia comunicação e

interação. Essa organização é estruturada segundo princípios que cada cultura constrói. Essa

expressividade artística é concretizada nas manifestações por meio dos sons, de formas visuais,

de movimentos corporais e de representação cênicas, os quais são percebidos pelos sentidos

humanos.

A arte não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage nas

diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são

construções históricas que influem e é influenciado pelo pensar, fazer e fruir arte.

A escola é o primeiro espaço formal onde o aluno tem contato com o conhecimento

sistematizado em arte, razão pela qual deve ter acesso aos conteúdos específicos da área. A

seleção pode partir do repertório dos alunos de modo articulado aos conteúdos presentes nas

produções e manifestações locais, regionais e globais da diversa linguagem artísticas. A

apropriação dos conhecimentos específicos das disciplinas será feita a partir da sua realidade

cultural, na interação com as produções e manifestações artísticas abordadas pelo professor. O

aluno terá oportunidade de ampliar sua visão de mundo e compreender a mais diversa realidade

cultural.

Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja, mantendo as

suas relações, como segue abaixo:

Elementos FormaisSão os recursos aplicados na obra de arte de um modo geral, recursos estes que

“organizam” o conhecimento dentro das diversas linguagens ( Artes Visuais, Teatro, Música e

Dança). No Ensino Fundamental, corresponde ao conteúdo estruturante “elementos básicos da

linguagem artística”.

Composição É a utilização dos elementos formais constituindo a produção artística, ou seja, são os

recursos empregados numa obra.

Movimentos e PeríodosEste conteúdo estruturante pode ser conceituado como o “contexto” em que cada obra

de arte foi produzida, pois os reconhecimentos de conceitos que especificam os diferentes

movimentos de arte auxiliam na reflexão.

70

Foram incluídos os conteúdos “História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Lei nº

10.639/01e História do Paraná, conforme a Lei Estadual nº13.381/01 e refere-se a lei do meio

ambiente.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA AS SÉRIES

5ª Série/ 6º ANO

ELEMENTOS FORMAIS ÁREA: ARTES VISUAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

ÁREA: DANÇAMovimento corporal

Tempo

Espaço

ÁREA: MÚSICA

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: pintura, escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia

Kinesfera

Eixo

Ponto de apoio

Movimentos articulares Fluxo

(livre, interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: circular

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica,

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

71

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

ÁREA: TEATROPersonagem:

Expressões corporais,

Vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Pentatônica

cromática

improvisação

Enredo, roteiro

Espaço cênico, adereços,

Técnicas: jogos teatrais

Teatro indireto e direto

Improvisação, manipulação

Máscara

Gênero: tragédia,

Comédia, circo.

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Greco-Romana.

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

6ª SÉRIE/7º ANO

ELEMENTOS FORMAIS ÁREA: ARTES VISUAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

ÁREA: DANÇAMovimento corporal

Tempo

Espaço

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: pintura,

Escultura, modelagem,

gravura...

Gêneros: paisagem, retrato,

Natureza morta...

Ponto de apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve pesado).

Fluxo (interrompido e

conduzido)

Arte indígena

Arte popular

Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

72

ÁREA: MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

ÁREA: TEATROPersonagem:

Expressões corporais,

Vocais, gestuais e faciais,

Improvisação, manipulação,

Espaço

Lento, rápido e moderado.

Níveis (alto médio e baixo).

Formação, direção

Gênero: folclórica, popular e

étnica.

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico,

Indígena, popular e étnico.

Técnicas: vocal, instrumental,

mista,

Improvisação.

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais,

Mímica, improvisação,

Formas animadas...

Gêneros: rua, arena,

Caracterização.

Música popular

Étnica (ocidental oriental).

Comédia dell`arte,

Teatro popular

Brasileiro

Paranaense

Teatro Africano

7ª SÉRIE/ 8º ANO

ELEMENTOS FORMAIS ÁREA: ARTES VISUAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Estilização, deformação,

Técnicas: desenho, fotografia,

Audiovisual, mista...

Indústria Cultural

Arte no séc. XX

Arte Contemporânea

73

ÁREA DANÇAMovimento corporal

Tempo

Espaço

ÁREA: MÚSICAAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

ÁREA: TEATROPersonagem:

Expressões corporais,

Vocais, gestuais e faciais.

Expressionismo

Ação

Espaço.

Giro rolamento, saltos.

Aceleração, desaceleração.

Direções (frente, lado, atrás),

(Direita e esquerda),

Improvisação, coreografia.

Sonoplastia

Gênero: indústria cultural e

Espetáculo.

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e fusão de ambos.

Técnicas: vocal,

Instrumental e mista

Representação no cinema e

Mídias

Texto dramático

Maquiagem, Sonoplastia.

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais,

sombra.

Adaptação cênica...

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria cultural

Dança moderna

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno...

Indústria Cultural

Realismo

Cinema novo

8ª SÉRIE/9ºANO

ELEMENTOS FORMAISÁREA: ARTES VISUAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo visual

Realismo

Vanguardas

Muralismo

Arte Latino-americana

74

Volume

Cor

Luz

ÁREA DANÇAMovimento corporal

Tempo

Espaço

ÁREA: MÚSICAAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

ÁREA: TEATROPersonagem:

Expressões corporais,

Vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnica: pintura, grafitte,

Performance...

Gêneros: paisagem urbana,

Cenas do Cotidiano.

Kinesfera

Ponto de apoio

Peso, Fluxo, quedas, saltos e

giros.

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia Deslocamento

Gênero: performance, moderna.

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

Instrumental e mista

Gêneros: popular,

Folclórico, étnico

Técnicas: monólogo, jogos

teatrais, direção, ensaio. Teatro-

Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Hip-Hop

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

Música Engajada

Música Popular

Brasileira

Contemporânea

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

METODOLOGIA DA DISCIPLINAO encaminhamento metodológico deve ser específico para cada idade escolar, pois o

processo de aprendizagem difere muito para cada faixa etária.

A fim de atender às especificidades dos conteúdos do Ensino Fundamental, o ensino de arte

deve ser abordado sob o principio da arte como linguagem, no sentido amplo do termo, como o

75

estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não – verbais.

Entendendo como condição fundamental no processo de conhecimento do mundo e, ainda, que

a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais sujeito e linguagem

constituem – se mutuamente.

Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propicia comunicação e

interação. Essa organização é estruturada segundo princípios que cada cultura constrói. Essa

expressividade artística é concretizada nas manifestações por meio dos sons, de formas visuais,

de movimentos corporais e de representação cênicas, os quais são percebidos pelos sentidos

humanos.

A arte não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage nas

diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são

construções históricas que influem e é influenciado pelo pensar, fazer e fruir arte.

A escola é o primeiro espaço formal onde o aluno tem contato com o conhecimento

sistematizado em arte, razão pela qual deve ter acesso aos conteúdos específicos da área. A

seleção pode partir do repertório dos alunos de modo articulado aos conteúdos presentes nas

produções e manifestações locais, regionais e globais da diversa linguagem artísticas. A

apropriação dos conhecimentos específicos das disciplinas será feita a partir da sua realidade

cultural, na interação com as produções e manifestações artísticas abordadas pelo professor. O

aluno terá oportunidade de ampliar sua visão de mundo e compreender a mais diversa realidade

cultural.

Chamamos a atenção para a importância de ensinar elementos de diferentes culturas para o

aluno, mas sempre ressaltando a cultura do meio em que vive, pois essas são as bases de sua

formação social. A história da arte, além de desempenhar esta função, também ajuda a abrir a

mente do educando para não se ater aos grafismos simbólicos, dando ênfase para a criação e

não a imitação.

Através do estudo da vida e obra de artistas variados, possibilitamos ao aluno um

entendimento da história da arte e da sociedade, da realidade cultural de cada tempo, e

principalmente, de seu próprio tempo. O grafite (arte das ruas) poderia entrar como elemento de

discussão sobre a universalidade da arte, e, mais especificamente, sobre o consumo da mesma.

Além disso, a discussão acerca da diferença entre grafitagem e pichação é muito atual e traz à

tona elementos sociais e morais interessantes para se trabalhar com adolescentes.

Com a leitura de imagens o aluno será capaz de identificar elementos formais como

ponto, linha, cor, textura, sombra e luz, elementos estes que são base para uma composição.

Além de compreender como uma composição foi construída, ele terá maiores horizontes na hora

de experimentar suas próprias composições. Também através da leitura de imagens e o

entendimento dos elementos formais, o indivíduo passa a reconhecer fatores secundários ou

intelectuais, de grande valor para a compreensão de cada obra observada.

76

Muitos elementos são interessantes de se observar em uma composição, como simetria,

ritmo, volume, proporção, equilíbrio, movimento, entre outros. Tendo em vista estes conteúdos já

abordados, é possível trabalhar com várias linguagens plásticas como desenho, pintura, gravura,

escultura, modelagem, instalação, origami, tentando adaptar os conteúdos de acordo com cada

série.

Portanto, os conteúdos devem ser distribuídos de maneira a propiciar ao aluno o

desenvolvimento do senso crítico, o entendimento progressivo dos processos que envolvem a

arte e o fazer artístico e a possibilidade de fruir deste conhecimento.

Com relação à dança, os conteúdos relacionam-se mais diretamente às experiências

corporais e experimentação de movimentos dos alunos, além do contato com artistas,

documentos, vídeos, livros sobre o assunto, organização de equipes para apresentação de

seminários, criação e apreciação de espetáculos de dança.

O processo musical, que objetiva alcançar o desenvolvimento rítmico, melódico e

harmônico e o desenvolvimento da percepção auditiva, trará conteúdos encaminhados com

improvisação, interpretação e análise de obras musicais, composições próprias, releituras,

grafismos relacionados a elementos musicais, apreciação de filmes relacionados com os

conteúdos trabalhados, etc.;

A questão teatral será trabalhada de forma a conhecer a história do teatro e também

realizar pequenas peças de improvisação ou com texto previamente elaborado pelos alunos. As

diferentes formas de teatro serão divididas por série e exploradas durante o ano, como teatro de

sombras, fantoches, confecção de cenário, figurino, etc.

Muitos são as pontes que se pode estabelecer para enriquecer o repertório dos alunos, a

cultura afro-brasileira, por exemplo, quando trabalhada desperta o interesse por conhecer e

pesquisar quais as influências que a cultura africana exerce sobre a nossa, varias são as

ligações possíveis de se estabelecer uma relação com arte. Pois, muito rico é o cenário que

retrata a arte afro brasileira. A influência na musica, na dança e nos hábitos do nosso cotidiano.

A cultura local também nos permite percorrer por caminhos que favorecem para se trabalhar o

folclore regional e local. O Colégio Estadual Maximiano Pfeffer é uma escola rural, a qual tem

suas necessidades implícitas se tratando de uma realidade especifica. Assim também promove

estudos relacionados a arte e ao meio-ambiente, pois é uma realidade vivenciada por nossos

alunos e a qual é muito rica em elementos para relacionar a arte, fazendo ligações com a arte

paranaense e suas paisagens.

Os conteúdos propostos serão desenvolvidos através de aulas teóricas, seminários,

apreciação de filmes e documentários, leituras de imagens, desenho, pintura e escultura

( usando várias técnicas), audição de músicas variadas, produção de instrumentos musicais com

sucatas, jogos teatrais, movimentos e expressão corporal, estudos e produção de textos.

AVALIAÇÃO

77

A avaliação é o processo pelo qual se verifica o nível de conhecimento de cada aluno,

sua interação com os colegas nas atividades em grupo e qual foi sua aquisição dos conteúdos

básicos. No caso mais específico da avaliação em arte, é importante observar se o educando

obteve avanços no decorrer do ano se buscaram o conhecimento, aprimorou a prática,

compreendeu os períodos artísticos, técnicas e elementos formais, dentro das diversas áreas

(artes visuais, teatro, dança e música).

É na avaliação que se colhem os frutos do que foi ensinado. Através dela o professor

avalia a si mesmo e como o seu trabalho foi importante para cada um de seus alunos. A

avaliação própria do professor permite continuar ou aprimorar assuntos que havia trabalhado

percebendo se os seus objetivos foram ou não alcançados dentro do processo de ensino-

aprendizagem.

É importante em determinados momentos, que o professor realize avaliação conjunta,

pois a participação dos alunos neste processo de reflexão e crítica acerca da produção artística

dos colegas ajuda na socialização; porém, o professor deve ter o cuidado de não expor as

dificuldades do aluno perante o grupo, deixar claro a todos os participantes no processo

avaliativo que não devem julgar o trabalho do colega sem o devido respeito.

Quando o educador organiza discussões sobre as dificuldades encontradas pelos alunos

durante o processo de aprendizagem, ele abre as portas para a interação aluno-professor. Na

avaliação, o professor deve perceber também as suas possíveis falhas, avaliar e ser avaliado.

Assim, além de ensinar arte, ele ensina democracia, igualdade e respeito mútuo.

A avaliação em arte não implica em um resultado final, mas no processo de

desenvolvimento do mesmo, muitas vezes o resultado final não é esteticamente agradável, mas

o percurso percorrido pelo aluno, sua criatividade em experimentos de materiais e experimentos

compositivos, a criatividade é que implicam no resultado da avaliação. Pois, como já se disse

não se tem a pretensão de formar artistas, mas de despertar através da arte uma capacidade

criadora, critica, de leitura de mundo.

As proposições pedagógicas e curriculares, aqui apresentadas, potencializam a efetivação de instituições escolares inclusive acolhendo efetivamente: as pessoas com necessidades especiais de todos os tipos, moradores do campo, populações indígenas, grupos afro – descendente, entre outros.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo; • pesquisas bibliográfica e de campo; • debates em forma de seminários e simpósios; • provas teóricas e práticas; • registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem:

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• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; • A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. (DCE 2.008)

6. REFERÊNCIAS Parâmetros curriculares nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:

MEC/SEF, 1997.

DEMERVAL, Saviani. Escola e democracia: teorias da educação. Editora Autores Associados,

São Paulo, 1986.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. Editora Ática, São Paulo, 1991.

SCHLICHTA, Consuelo. Texto: O papel da arte no ensino fundamental.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR,2008.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/educadores/

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PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS

1 - PROPOSTA CURRICULAR - LÍNGUA ESTRANGEIRA – INGLÊSENSINO FUNDAMENTAL

1.1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINAA ascensão e o declínio do prestígio das línguas estrangeiras nas escolas estão

relacionados nas abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na sociedade.O ensino de línguas estrangeiras modernas só começou a ser valorizado depois da

chegada da família real portuguesa no Brasil, em 1808. No ano de 1809, com a assinatura do decreto 22 de junho pelo príncipe D. João VI, criam-se as cadeiras de inglês e francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e atender às demandas advindas da abertura dos pontos de comércio.

A abordagem tradicional, de raízes européias, concebia a língua como um conjunto de regras e privilegiava a escrita, partindo do pressuposto que o aluno, ao estudar a gramática, teria um maior desempenho tanto na fala quanto na escrita.

Por um ideal de modernidade Francisco Campos foi quem, pela primeira vez, oficializou um método de ensino de língua estrangeira, o Método Direto. Esse método surge na Europa, no final do século XX, em contraposição ao Tradicional.

O Método Direto baseava-se na teoria associacionista da psicologia da aprendizagem, que tem na associação o princípio básico da atividade mental. O termo Direto lhe é atribuído pela razão do método induzir o aprendiz ao acesso direto aos sentidos sem intervenção da tradução de forma que se passe diretamente na língua estrangeira.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos EUA intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior. Assim, falar inglês passou a ser um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço no currículo.

Nos anos 50, com o desenvolvimento da ciência linguística e o crescente interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto às abordagens e os métodos de ensino.

O método áudio-oral tinha como pressuposto que todo ser humano seria capaz de falar uma segunda língua fluentemente desde que ele fosse submetido a uma constante repetição de modelos. Já o método audiovisual apresentava um pequeno avanço em relação ao áudio-oral na medida em que deixava de utilizar-se de sentenças isoladas, passando a apresentar diálogos contextualizados. Inicia-se, assim, uma fase do ensino de língua estrangeira mais sofisticada no que se refere aos recursos didáticos – o uso do gravador e de gravações de falantes nativos, do projetor de slides, dos cartões ilustrativos, dos filmes fixos e dos laboratórios audio linguais vêm conferir um avanço inestimável à aquisição de línguas.

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A gramática gerativa transformacional, apesar de não se constituir em um método, trouxe grandes influências ao ensino da língua estrangeira.

Em 1965 Chonsky criou os conceitos de competência e desempenho e, a partir de então, o foco de ensino na oralidade cedeu espaço ao ensino de todas as habilidades linguísticas: falar, ouvir, ler e escrever.

Na década de 70 o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de línguas estrangeiras como mais um instrumento de classe oferecido para manter privilégios, já que a grande maioria não tinha acesso a este conhecimento.

Em 1976 o ensino de língua estrangeira volta a ser valorizado. É quando a disciplina volta a ser obrigatória, porém somente no 2º grau, não perdendo o caráter de recomendação para o 1º grau, desde que em condições favoráveis à escola.

Em 1990 a abordagem comunicativa passou a ser criticada por intelectuais adeptos à pedagogia crítica. Em 1996 a lei n.º 9394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental a partir da 5ª série.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A partir das relações em torno da Abordagem Comunicativa e das implicações desta no ensino de L.E.M., destacam-se alguns princípios educacionais fundamentais, os quais orientaram esta escolha:- O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de L.E.M. em relação às demais, obrigatórias no currículo;- O resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no currículo da Educação Básica;- O respeito à diversidade (cultural, identidária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural;- Prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação;- A escola tem o papel de informar, mostrar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.

O ensino de Língua Inglesa tem como princípio fundamental a formação para a

cidadania, o que significa priorizar as questões educacionais sobre as técnicas, instrumentais;

significa manter como referência o papel de educadores que formam subjetividades ( inclusive as

suas próprias ) ao ensinar maneiras de produzir entendimentos, de construir significados, de

entender o mundo.

As aulas de Língua Inglesa devem ser espaço para:

Formação para a cidadania ( articula o individual e o coletivo );

Inclusão social;

Reconhecimento da diversidade cultural;

Construção de identidades sociais transformadoras; e

Consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do conhecimento.

1.2 – OBJETIVOS GERAIS Formar subjetividades;

Construir identidades;

Formar alunos críticos e transformadores.

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1.2.1 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS6ª ANO- Apresentar-se a alguém e responder a uma apresentação;

- Perguntar e informar o nome das pessoas;

- Soletrar e pedir que alguém soletre nomes;

- Cumprimentar formal e informalmente e despedir-se;

- Perguntar e responder o nome de objetos;

- Perguntar e responder sobre a nacionalidade e a procedência;

- Perguntar e responder sobre a profissão de alguém;

- Perguntar e responder sobre a idade das pessoas;

- Dar informações sobre a família;

- Perguntar e responder sobre preferências com relação a animais e suas características;

- Pedir determinado objeto em uma situação de compra;

- Perguntar e dizer o preço de um item;

- Perguntar e responder sobre a cor de alguma coisa;

Perguntar e responder sobre os nomes de veículos.

7ª ANO- Fornecer informações pessoais e obter informações sobre outras pessoas;

- Expressar preferências;

- Perguntar e responder sobre habilidades;

- Nomear diversos esportes;

- Perguntar e informar as horas;

- Expressar gosto e aversão;

- Perguntar e responder sobre atividades escolares;

- Descrever, perguntar e responder sobre o seu dia-a-dia e o de outras pessoas;

- Perguntar e responder sobre as atividades de rotina e de lazer de uma terceira pessoa;

- Falar o que as pessoas estão fazendo no momento presente;

- Escrever um cartão-postal;

- Pedir a alguém um determinado objeto;

- Solicitar e fornecer informações sobre preço, cor e tamanho de um objeto e a quem ele

pertence;

- Expressar preferência;

Solicitar e fornecer informações sobre cômodos e mobília de uma casa, descrevendo-a.

8ª ANO

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- Perguntar e informar se há serviços e pontos turísticos em determinado lugar e qual a sua

direção;

- Perguntar e responder sobre atividades de rotina e lazer;

- Perguntar e responder com que frequência as pessoas praticam determinadas atividades;

- Relatar acontecimentos de rotina;

- Descrever fisicamente pessoas;

- Perguntar e informar sobre o uso de vestimentas;

- Perguntar e informar sobre problemas de saúde;

- Perguntar e informar sobre as condições meteorológicas;

- Informar, perguntar e responder sobre acontecimentos em um tempo passado;

- Informar e perguntar sobre acontecimentos no passado;

- Perguntar e informar sobre acontecimentos que ocorrerão em um tempo futuro;

Convidar e responder a convites.

9ª ANO- Fazer um pedido e pedir permissão a alguém para fazer algo;

- Oferecer algo a alguém, aceitar ou recusar algo;

- Perguntar e responder sobre acontecimentos no passado e descrevê-los;

- Perguntar e responder sobre ações que estavam ocorrendo em um determinado momento no

passado e também quando outra ação ocorreu;

- Fazer comparações entre dois elementos;

- Fazer um convite a alguém e oferecer-lhe ajuda;

- Fazer comparações entre três ou mais elementos;

- Concordar ou discordar das pessoas;

- Fazer a descrição psicológica das pessoas;

- Pedir e dar conselhos;

- Perguntar e responder sobre ações ocorridas no passado sem mencionar o tempo;

- Perguntar e responder sobre ações que se têm repetido;

- Expressar forte obrigação, proibição e ausência de obrigação;

- Expressar ações que começaram no passado e que continuam no presente.

1.3 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTESTomando a língua como interação verbal, enquanto espaço de produção de sentidos

marcados por relações contextuais de poder, serão estabelecidos a seguir os conhecimentos

que identificam e organizam os campos de estudos da disciplina de Língua Inglesa, os quais são

considerados basilares e fundamentais para a compreensão do objeto de estudo. Esses saberes

são concebidos como Conteúdos Estruturantes, no caso de LEM, o Discurso como prática

social, tendo como alicerces a escrita, a leitura e a oralidade. Dos Conteúdos Estruturantes

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derivam os Conteúdos Específicos, que serão estabelecidos com referência aos textos de

diferentes tipos, contemplando seus elementos linguístico-discursivos: unidades linguísticas que

se configuram como as unidades de linguagem que compõem o texto.

1.3.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS6ª ANO- Verbo to be na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular ( formas afirmativa, negativa e interrogativa do

Presente Simples);

- Pronomes pessoais I ,You, He e She

- Possessivos my, your, his, her;

- What, Who, Where

- This, That e These;

- Pronomes de tratamento Miss e Mr;

- Verbo to be na 3ª pessoa do plural ( formas afirmativa, negativa e interrogativa do Presente

Simples );

- Verbo to like;

- How much;

- Verbo to have;

- Vocabulário referente a: apresentações, cumprimentos, despedidas, objetos escolares, países,

cidades, nacionalidades, profissões, família, numerais cardinais ( de 0 a 100 ), animais,

guloseimas, cores e meios de transporte;

- Textos: “Hello!” , “Nice to meet you” , “Where are you from?” , “What’s your job?”, “This is my

family”, “Do you like tigers?”, “A bag of popcorn, please”, “What color is your bike?”.

7ª ANO- Revisão do verbo to be no Presente Simples;

- Revisão de pronomes pessoais;

- Pronomes possessivos;

- Verbo modal can ( formas afirmativa, negativa e interrogativa );

- Plural dos substantivos;

- Pronomes demonstrativos This, That, These e Those;

- Palavras/expressões interrogativas: which, how, what time, whose, what, how much;

- Preposições on, in, at, under, beside, between, opposite;

- Presente Simples ( formas afirmativa, negativa e interrogativa );

- Elementos de coesão: first, then, next, after that, finally;

- Presente Contínuo ( formas afirmativa, negativa e interrogativa );

- Caso genitivo;

- There is, There are;

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- Imperativo;

- A, An, Some, Any;

- Vocabulário referente a: numerais ordinais ( de 1 a 100 ), dias da semana, meses do ano,

estações do ano, signos do zodíaco, esportes, datas, numerais cardinais, matérias escolares,

horas, atividades de rotina e de lazer, moedas, roupas, acessórios e calçados, cômodos e

mobília de uma casa;

- Textos: “Looking for a penpal”, “I can play volleyball”, “Do you like Science?”, “I go to school in

the morning”, “A day in the life of a DJ”, “We are having a great time”, “I’d like a T-shirt, please”,

“Do you like your bedroom?”.

8ª ANO- Verbo There + to be;

- Preposições near, next to, between, behind, beside;

- How many;

- Palavras que indicam direção: right, left, straight ahead, parallel to;

- Advérbios de frequência e locuções adverbiais;

- Ordem de adjetivos em frases;

- Futuro com Present Continuous;

- Pronomes pessoais ( sujeito e objeto );

- Verbo to be – Passado Simples;

- Expressão “What’s the weather like?”;

- Passado Simples ( verbos regulares e o verbo irregular to have );

- Passado Simples ( verbos irregulares);

- Wh-questions usadas no passado Simples;

- Futuro com be going to + infinitive e expressões adverbiais de tempo;

- Vocabulário referente a: condições meteorológicas, descrição de lugares visitados e convites.

- Textos: “Is there a snack bar on this street?”, “An interview with an author”, “Who is that blonde

girl?”, “I don’t feel very well”, “Visiting London”, “A tour of Canada”, “Talking about Thanksgiving”,

“Planning your vacation”.

9ª ANO- Revisão do Presente Simples;

- Revisão do artigo indefinido;

- Verbos modais: can, could, may, will, would;- Revisão do Passado Simples de verbos regulares e irregulares;

- Who, What e How many ( com função de sujeito e objeto );

- Tag Questions com Did;

- Passado Contínuo ( formas afirmativa, negativa e interrogativa );

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- Perguntas com Yes / No;

- Palavras interrogativas;

- Tag Questions com Passado Contínuo;

- Adjetivos: grau comparativo e superlativo;

- Uso de shall, should e shouldn’t;

- Pronomes reflexivos;

- Presente perfeito com: ever, never, already, recently, lately, just;

- Verbos modais: must, mustn’t, needn’t;

- Presente perfeito com: since e for;

- Contraste entre Presente perfeito e Passado simples;

- Vocabulário referente a: comida, bebida, diário de viagem, histórias de detetive, Geografia,

descrição física e psicológica de pessoas, objetos, experiências pessoais e estado psicológico

das pessoas;

- Textos: “May I have the menu, please?”, “Joanna’s diary”, “A detective story”, “A trip to Philadel-

phia”, “A TV quiz show”, “Open your heart”, “I’ve missed you”, “I haven’t seen you for ages”.

TODAS AS SÉRIESCultura Afro-brasileira e africana: leitura e tradução de textos biográficos de Martin Luter King

e Castro Alves e músicas de compositores e cantores negros como Nat King Cole e Cartola.

Meio-ambiente: trabalhos sobre limpeza da escola com confecção de cartazes com desenhos e

frases em inglês sobre limpeza das paredes e placas próximas ao cesto de lixo.

História do Paraná: Trabalhos sobre a cultura paranaense( comidas típicas, ritmos musicais,

danças, etc) com traduções para o inglês e comparações com a cultura americana e/ou inglesa.

1.4 - METODOLOGIAAtualmente deixa de ter sentido o ensino de línguas que enfatiza apenas o conhecimento

metalinguístico e o domínio de regras gramaticais, a simples repetição dos mesmos conteúdos, a

memorização de listas de vocábulos. Na sociedade competitiva faz-se necessário um ensino que

leve o aluno a comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana e

profissional, que o leve a compreender que a linguagem funciona como meio para se ter acesso

ao conhecimento, às diferentes formas de pensar, agir, de conhecer a realidade e, para tanto, os

aspectos sociais e culturais obrigatoriamente serão abordados.

Nessa linha de pensamentos, seguem-se as metodologias a serem utilizadas:

Trabalhos em grupos que possibilitem troca de informações e conhecimentos, utilizando

recursos ilustrativos (jornais, revistas, embalagens, rótulos, manuais de instrução );

Exemplos significativos aos alunos e exercícios concretos ( uso contextualizado da

língua);

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Leitura e audição de textos atuais ( diálogos, informes e anúncios ), bem como músicas e

poemas que permitam o conhecimento da cultura e das tradições dos países que falam

inglês, levando os alunos a pensarem e discutirem sobre as diferenças e semelhanças

entre essas culturas.

Reconhecimento de palavras-chave que levem ao entendimento da mensagem dos

textos;

Uso do dicionário como fonte de consulta;

Atividades lúdicas e dramatizações, que levem a uma aprendizagem dinâmica,

transmitida para a realidade dos alunos;

Produção de pequenos textos, mensagens, propagandas, anúncios, cartas, quadrinhos e

outros, utilizando Internet, vídeos, livros paradidáticos, CDs, DVDs, etc.

1.5 - AVALIAÇÃOA avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa durante todo o processo de

aprendizagem, levando-se em conta não só o resultado do que o aluno faz, mas também as

hipóteses que elabora. Será avaliado o nível e o avanço no aprendizado em relação ao domínio

e compreensão da língua inglesa, considerando o entendimento ao nível da

oralidade( dialogação), leitura e escrita com produção de pequenos textos com segurança e

autonomia frente ao conhecimento adquirido.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o

engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal, a partir dos

textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos e a turma; na

interação dos alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na língua

inglesa; e no próprio uso da língua, que funciona como um recurso cognitivo ao promover o

desenvolvimento dos pensamentos e de ideias.

A avaliação terá caráter qualitativo e não quantitativo e o aluno poderá ser avaliado pelo

grupo e também ser auto-avaliado.

Os alunos serão avaliados através de testes escritos objetivos e dissertativos, debates,

trabalhos visuais( textos e desenhos), testes orais( diálogos, dramatizações e leituras).

1.6 - REFERÊNCIAS________. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência

da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental, 2006.

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ROCHA, ANALUIZA MACHADO; FERRARI, ZULEICA ÁGUEDA. Take your time: 5ª a 8ª séries. São Paulo: Moderna, 2004.

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA

1.0 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O processo de formação desta disciplina tem inicio nos anos 30 do século XX com a chegada dos europeus onde temos mais de cem anos da disciplina e quase oitenta anos na formação dos professores.

A disciplina “gramática retórica e poética” foi incluída em 1837 no ensino do Brasil pelo então Marquês de Pombal que a denominou mais tarde no século XIX de “Português”, e em 1871 foi criado no Brasil por decreto imperial o cargo de professor de Português.

O que primeiramente foi denominado “comunicação e expressão” no atual ensino fundamental e “comunicação em língua portuguesa” no que é hoje o ensino médio.

As diretrizes da proposta estão registradas na LDB e têm como referência a perspectiva criar uma identidade e que forme o aluno para o mundo contemporâneo.

O respeito à diversidade é o principal eixo. Propõe o diálogo, a interatividade, a construção de significados, pela e com a linguagem. A análise e interpretação de diferentes textos literários com comparação a diversos períodos da arte, com o conhecimento, literatura de mundo e compreensão do seu meio.

As propostas de mudanças qualitativas para o, processo de ensino aprendizagem, no nível, médio, indicam a sistematização de um conjunto de disposições e atitudes como pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, negociar significados, cooperar, de forma que o aluno possa participar do mundo social, incluindo-se aí, a cidadania, o trabalho e a continuidade aos estudos.

A linguagem, mesmo quando objeto de estudo, é transdisciplinar. As artes representam o que está acontecendo historicamente. Assim, estudá-las é tomar conhecimento dos diferentes pensamentos que predominaram no passado para poder compreender, através de análises, o presente, projetar e modificar o futuro.

A principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentido. Ela não acontece no vazio, seu grande objetivo é a interação, a comunicação com o outro, dentro de um espaço social; é uma herança social que, uma vez assimilada, envolve os indivíduos. Faz com que as estruturas mentais, emocionais e perspectivas sejam reguladas pelo seu simbolismo. A compreensão da arbitrariedade da linguagem pode permitir aos alunos a problematização de diferentes modos de ver a si mesmo e o mundo. Ela permeia o conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a comunicação e as formas de comunicar, a ação e os modos de agir, movimenta o homem e é movimentada pelo homem. Produto e produção cultural, tal como o homem, destaca-se pelo seu caráter criativo, contraditório, pluridimensional, múltiplo e singular, a um só tempo.

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As diversas linguagens (verbais, não verbais, verbo visuais, audiovisuais, áudio-verbo-visuais) se confrontam nas práticas sociais e na história, fazendo com que a circulação de sentidos produza formas sensoriais e cognitivas diferenciadas. No mundo contemporâneo, marcado pelo apelo informativo imediato, a reflexão sobre a linguagem, a arte e seus sistemas que se mostram articulados por múltiplos códigos e sobre os processos e procedimentos comunicativos é mais do que uma necessidade é uma garantia de participação ativa na vida social, a cidadania desejada.

A forte relação existente entre língua e literatura faz com que não possam ser dissociadas enquanto objeto de estudo e trabalho. Na sala de aula, quando se explora um texto literário, conjuga-se língua e literatura. Por outro lado, a produção textual do aluno, as referências gramaticais ou qualquer forma de uso da linguagem materna, se dá em diferentes níveis de linguagem utilizados pela literatura. Não há como separá-los.

OBJETIVOS NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA:

1) REPRESENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO: Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas

manifestações específicas. Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em

situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores e colocar-se como protagonista do processo de produção/recepção.

Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação, na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

2) INVESTIGAÇÃO E COMPREENSÃO: Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando

textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estruturas das manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção ( intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis, etc. ).

Recuperar pelo estudo, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e especial.

Articular as redes das diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos. Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las

aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhe dão suporte e aos problemas que se propõem a solucionar.

3) CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E SOCIOCULTURAL: Considerar a linguagem e suas manifestações como fontes da legitimação de

acordos e condutas sociais e sua representação simbólica, como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social.

Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

Respeitar e preservar as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em sua esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com suas diferentes visões do mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.

Entender o impacto das tecnologias da comunicação na vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e da vida social.

OBJETIVOS QUANTO À ORALIDADE E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

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Possibilitar ao aluno condições de desenvolver uma expressão oral fluente, em situações formais, adequando a linguagem ao interlocutor e às circunstâncias.

Levar o aluno a expor ideias com clareza, boa sequência, objetividade, consistência argumentativa, adequação vocabular, assim como reconhecer na fala do outro essas qualidades, intenções e objetivos explícitos e implícitos.

Oportunizar ao aluno a manifestação verbal, criativa e artística. Permitir ao aluno demonstrar atitudes críticas diante dos argumentos de um texto, de

colegas e professor.

METODOLOGIAS: Relatos diversos das experiências pessoais; Diversos debates; Dramatização; Leituras; Comentários; Análises orais.

OBJETIVOS QUANTO À LEITURA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Possibilitar condições para o reconhecimento em qualquer atividade de leitura, da

presença e intenção do outro; do processo e contexto de produção, da especificidade de cada texto, da reflexão sobre a estrutura textual;

Familiarizar o aluno com todo o tipo de texto, contextualizando-o com a realidade de épocas e movimentos;

Compreender, interpretar ideias básicas, especificidades, contrastes e contextos das produções;

Ler para interagir com a informação, a cultura e o lazer.

METODOLOGIAS: Leituras de todos os tipos de textos, de assuntos diversos, registros e estilos

diversificados, diferentes objetivos, interlocutores presumidos e formas de abordagens; Leitura e análise de estruturas textuais literárias e técnicas; Leitura de obras e fragmentos para contrastes entre escolas literárias explorando

linguagem e ideologias; Interpretação crítica: comparações, diferenças e semelhanças; Leitura para exploração linguística textual; Leitura para analisar compreensivamente, criticar, intertextualizar, co-produzir ou

reproduzir.

OBJETIVOS QUANTO À PRODUÇÃO TEXTUAL: Levar o aluno a produzir tipos de textos variados com criatividade, clareza, coerência,

coesão, consistência argumentativa, correta paragrafação, correção gramatical e organização, adequando a produção à linguagem de prestígio;

Possibilitar ao aluno produzir textos direcionados e reconhecendo a presença do interlocutor;

Desenvolver habilidades de uso adequado da escrita.

METODOLOGIAS: Produção textual a partir de debates e leituras; Produção de textos narrativos, dissertativos, poéticos, publicitários, informativos,

sínteses, paráfrases, resenhas, etc; Análise de textos produzidos com vistas a progressiva adequação aos padrões de

aceitabilidade da escrita e às circunstâncias solicitadas; Reconstrução/reestruturação; Utilização do uso convencional e progressivo da pontuação e a apresentação estética do

texto;

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Produção e análise de características gráficas de textos jornalísticos, publicitários e não-verbais;

Reestruturação de textos e fragmentos ambíguos e incoerentes; Produção e organização de textos científicos, de opinião, poéticos, entrevistas e

correspondências.

OBJETIVOS QUANTO À ANÁLISE LINGUÍSTICA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Dar condições para o aluno refletir sobre a gramática da língua, propondo atividades

verbais e escritas; Desenvolver o hábito e a atitude de consultar gramáticas e dicionários; Identificar e reconhecer unidades constitutivas das palavras, estrutura e processo de

formação, classes gramaticais e aspectos morfossintáticos; Analisar a relação de orações manipulando a língua com exercícios funcionais.

METODOLOGIAS:0 Aplicação de conhecimento em situações novas;1 Exercícios funcionais;2 Fazer e refazer atividades individual e coletiva;3 Baterias de exercícios em grupos;4 Anotações, noções, tarefas, correções individuais.

OBJETIVOS QUANTO À LITERATURA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Desenvolver o senso crítico e analítico perante obras literárias e não-literárias; Propor o entrelaçamento entre textos e contextos que o geraram, não apenas enquanto

linguagem, mas como tradução da cultura mais ampla; Correlacionar a literatura à arte, como manifestação artística de determinado momento

histórico paralelo à: música, pintura, arquitetura, moda escultura.

METODOLOGIAS: Leituras de obras ou fragmentos literários; Análise da função da linguagem, figuras de estilo, gênero, estilo de época, contexto de

produção, manifestações paralelas, características, temática explorada; Interpretações múltiplas e apreciação da obra de arte literária.

AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM – TIPO CONTÍNUA E DIAGNÓSTICA. Processo contínuo, permanente, cumulativo e quando possível descritivo, permitindo acompanhar o desenvolvimento em situações, verificando as mudanças comportamentais. Realizada através de:

Verificação e acompanhamento do processo de aprendizagem; Apresentações orais, resumos escritos e produção escrita; Tarefas de aplicação e conhecimentos em situações novas; Depoimentos e auto-avaliação; Testes simulados, individuais e em grupo; Trabalhos em grupos; Tudo deve ser revisto quando não assimilado, para recuperar notas ou para reforçar o

conteúdo essencial.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DEFINIDOS EM:

ORALIDADE: Domínio da leitura e da fala adequada; Capacidade de contar e recontar (adequação do discurso/texto); Exposição clara, fluente, objetiva, sequencial, bem argumentada, adequado vocabulário

e com supressão das marcas da oralidade. Fazer com que o aluno se posicione quanto a textos orais com os quais convive

(noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.)

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LEITURA: Capacidade de reconhecer intenções do interlocutor e relações intertextuais; Capacidade de compreensão, julgamento e reflexão; Capacidade de analisar pormenores do texto lido.

PRODUÇÃO ESCRITA: Autonomia e capacidade de produzir textos criativos, críticos, claros, coerentes, coesos,

bem argumentados, adequados à língua de prestígio com apresentação estética, correção textual, gramatical e sua organização;

Habilidade de produzir textos direcionados, ao interlocutor e às circunstâncias de produção;

ANÁLISE LINGÜÍSTICA:0 Observação da resolução de exercícios;1 Acompanhamento de desenvolvimento do aluno diante da matéria dada com

assimilação do essencial.

ANÁLISE LITERÁRIA: Posicionamento crítico diante do texto e da visão do autor; Conhecimento do mundo e tomada de consciência pelo contato com o mundo da ficção.

CONTEÚDOS:

1ª SÉRIE: Linguagem, língua e fala; Funções da linguagem; A variação linguística; Denotação e conotação; Literatura ( conceitos); Poesia e versificação; Tipos de textos e suas linguagens; Crônicas; Letras de música; Contos; Narrativas curtas e longas; O texto poético; Gêneros literários; Origens da língua portuguesa; Escolas literárias; Trovadorismo; Humanismo; Classicismo ( Camões e seu lirismo ); Literatura informativa sobre o Brasil; O barroco no Brasil; O barroco em Portugal; Arcadismo;

GRAMÁTICA: Radicais gregos; Prefixos gregos e latinos; Sufixos; Elementos mórficos; Formação de palavras; Fonética; Ortoépia e prosódia; Sílaba – tonicidade – divisão; Acentuação gráfica;

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Sinais de pontuação;

2ª SÉRIE:0 Romantismo;1 O Romantismo em Portugal;2 O Romantismo no Brasil;3 Autores romancistas: Antônio Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu,

Junqueira Freire, Fagundes Varela, Castro Alves, Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Bernardo Guimarães, Manuel Antônio de Almeida, Martins Pena;

4 O Realismo no Brasil;5 Autores realistas: Aluísio Azevedo, Raul Pompéia, Machado de Assis;6 O parnasianismo: Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira;7 O realismo em Portugal;8 O simbolismo: Cruz e Souza;

9 Textos jornalísticos, informativos;10 Narrativas longas;11 Composições por Justaposição e Aglutinação;12 Derivação prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria;

GRAMÁTICA: Gênero dos substantivos; Plural dos substantivos; Grau do substantivo; Artigo; Crase; Adjetivo; Grau do adjetivo; Pronome; Numerais; Verbo; Advérbio; Preposição; Conjunção; Interjeição; Concordância nominal; Concordância verbal; Funções das palavras ( sujeito e predicado ); Predicado verbal;

3ª SÉRIE: Pré-modernismo: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato; O Modernismo em Portugal; O Modernismo no Brasil; Autores Modernistas: Mário de Andrade, Cassiano Ricardo, Manuel Bandeira, José Lins

do Rego, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo, João Guimarães, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto;

Autores contemporâneos; Textos de opinião; Textos publicitários;

GRAMÁTICA: Complemento nominal; Vozes dos verbos – agente da passiva; Adjuntos adnominais; Aposto e vocativo; Advérbio e adjunto adverbial;

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Regência nominal e verbal; Oração e período; Período composto por coordenação e subordinação; Orações subordinadas substantivas, adjetivas, adverbiais e reduzidas; Qualidades da boa linguagem;

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO MÉDIO;

SILVA, Antônio de Siqueira, Apostila Sistema de Ensino IBEP de Língua Portuguesa, Volume Único.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRI CULAR DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Como a própria história da matemática nos ensina, ela é de grande importância na história da humanidade, pois os seus procedimentos métodos e técnicas seguiram sempre ao lado da modernização, desenvolvendo habilidades exigidas na época. A disciplina de Matemática que será ministrada aos alunos deste curso, tem um significado muito grande, pois será o embasamento para conseguir êxito em um vestibular, ou na vida profissional que venha escolher. É através dela que o aluno vai relacionando os conteúdos vistos anteriormente, e se os resultados são positivos ou negativos. Também tem a finalidade de instruir e capacitar o nosso aluno para enfrentar os problemas matemáticos do nosso dia a dia. Segundo as Diretrizes Curriculares os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado, estabelecendo entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Nesta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas, presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem. Para orientar a prática docente com estudantes do Ensino Médio, tome-se por base estudos do campo da Educação Matemática que se volta para ensino e aprendizagem de conteúdos de Geometria. A Geometria não deve ser trabalhada rigidamente separada da Aritmética e da Álgebra. Por ser a Geometria rica em elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento. Para Lorenzato (1995, p. 7) “a geometria é a mais eficiente conexão didático-pedagógico que a Matemática possui: ela se interliga com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza uma verdadeira tradução para o aprendiz”. Relacionando o conteúdo de Estatística com o de Probabilidade, os estudantes deverão ter uma formação que possibilite a leitura diversificada da realidade. Esta formação pode permitir que o estudante perceba, por exemplo, que medidas estatísticas (distribuição de frequências, medidas de posições, dispersão, assimetria e curtose) não são fatos encerrados em si próprios. O estudo da Probabilidade, a partir da manifestação e/ou ocorrência de ações desencadeadas em função da relação entre as pessoas e o ambiente em que se encontram, permite lançar diferentes olhares sobre o mundo, retirando do ensino desta disciplina a ideia de determinismo e exatidão. É um espaço para a análise e reflexão, considerando variações de resultados obtidos por meio de aferições. Imprescindível a discussão a respeito de possíveis diferenças entre o que se imaginava e o constatado, procurando descobrir o que leva a tal fato, dando os primeiros passos em direção a uma Matemática probabilística. O homem, na sua trajetória histórica da busca de resolução de problemas, criou um sistema de numeração para controlar a quantidade de coisas que possuía ou que produzia. Usando objetos que encontrava em seu entorno, como pedrinhas, nós em corda e também referências corporais, foi possível se chegar ao que chamamos, hoje, de conjuntos numéricos. Assim as operações comuns passaram a ter novas configurações, com a contagem de grupos de objetos, ou seja, subconjuntos, nos quais se obedece a uma condição dada. Este foi o terreno propício para se desenvolver esse campo do conhecimento, denominado aqui, de Tratamento da Informação, como meio para resolver problemas que exigem análises e interpretações. Assim se criou uma área da Matemática que trata de problemas de contagem que exigem cálculos

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elaborados e engloba uma grande variedade de técnicas de resolução, tais como, a Análise Combinatória que abrange arranjos, permutações e combinações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Entendem-se, por Conteúdos Estruturantes, os saberes (conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e da disciplina escolar. Estes campos de estudo são considerados fundamentais para a compreensão do processo do ensino e da aprendizagem em Matemática. Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos estruturantes são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação. Números e Álgebra O conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrado em Conjuntos dos Números Reais, Noções de Números Complexos, Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios. A Álgebra se constituiu como campo do conhecimento matemático sob as contribuições de diversas culturas. As produções matemáticas do século XVII ao século XIX procuravam atender às demandas de algumas áreas de atividades humanas, principalmente as comerciais e a administração pública. Essas atividades fizeram que a Álgebra alcançasse um novo estágio de desenvolvimento. Neste novo estágio se estabeleceu regras que permitiu encontrar soluções para equações cúbicas, discutir o número de raízes de equações de grau maior que três, afirmando que equações com mais de uma raiz têm mais de uma solução. Também, se usou pela primeira vez os números imaginários na tentativa de encontrar raízes quadradas de números negativos. Em resumo, se originou a teoria das equações algébricas. No Brasil, o ensino da Álgebra, em cursos secundários, teve início no século XVIII, influenciado diretamente pelas produções européias, introduzidas no ensino brasileiro na forma de aulas avulsas, ao lado de matérias já existentes no currículo como a Aritmética, a Geometria e a Trigonometria. Essas ideias de contagem evoluíram e outros povos adotaram os conceitos e criaram seus sistemas de numeração. Entre eles, citamos os sumérios, babilônios, egípcios, gregos, romanos, hebreus, maias, chineses, indianos e árabes.

O conteúdo estruturante Geometrias, encontra-se desdobrado em Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções básicas de Geometria Não-euclidiana. O uso de idéias geométricas abstraídas das percepções das formas geométricas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada como na vida orgânica e dos rituais peculiares às culturas locais, influenciou o homem na sua trajetória. Assim, após a coleta de registros geométricos deixados pelo homem na sua trajetória, foi possível a Euclides, cerca de três séculos antes de Cristo, sistematizar o conhecimento geométrico na obra chamada Os Elementos de Euclides. Os registros de Euclides categorizaram a Geometria dando à mesma o caráter de ciência Matemática. Nesta obra, a Geometria é vista pela coesão lógica e concisão de forma. Pela maneira como são postas suas bases e pelo rigor das demonstrações, a Geometria se caracteriza como modelo lógico para as outras ciências físicas. A obra de Euclides tem uma importância excepcional na história da Matemática e exerce influência até os dias atuais, inclusive no âmbito escolar. O ensino de Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que exijam a percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si. Entende-se que a valorização de definições, abordagens de enunciados e demonstrações de fórmulas são válidos, aliás, são inerentes à Geometria, mas que isso deve ocorrer no processo de ensino e da aprendizagem a fim de propiciar a compreensão do objeto geométrico. Não se deve superficializar o processo que objetiva a formação do pensamento geométrico privilegiando somente as demonstrações geométricas e seus aspectos formais.

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O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítmica, Função Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica. No período Moderno, o aprimoramento dos instrumentos de medida, inspirou os matemáticos, a estudarem as noções de funções, fundamentando-se na experiência e observação, contribuindo, assim, para a evolução do conceito. Nesse período, introduz-se o tratamento quantitativo, as equações em x e y no tratamento das relações de dependência, noções de curva nos movimentos e fenômenos mecânicos, taxas de mudança de quantidade, imagens geométricas e linguagem simbólica. É no período de sua sistematização que percebe-se as primeiras aproximações do conceito de função com a Álgebra, onde a função é expressa por notação algébrica (ZUFFI, 2001). Diante dessas articulações, o conceito de funções passou a ter uma maior abrangência, avançou aos campos do Cálculo Diferencial e da Análise Matemática, contribuindo, assim, para a caracterização e estudo de cálculos que envolvem a noção de infinito. Essas contribuições foram fundamentais para o desenvolvimento da teoria das funções complexas. O papel desse conteúdo estruturante é o de instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de Matemática, deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por conta da noção de variabilidade e da possibilidade de leituras analíticas do seu objeto de estudo e atuação em outros conteúdos específicos da Matemática uma mobilidade às explorações matemáticas.

Assim, a partir das Funções, esta mobilidade alcança patamares ligados a modelos geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica quanto geométrica inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto matemático. O caráter de articulações e inter-relacionamentos proveniente do conceito de Funções pode levar à constatações de regularidades matemáticas, generalizações e formação de uma linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância especial pela capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica que dá significado às variações das grandezas envolvidas, bem como pela possibilidade de análise para prever resultados e adiantar previsões. Os gráficos são importantes instrumentos para tornar mais significativas as resoluções de equações e inequações algébricas.

Tratamento da Informação O Tratamento da Informação encontra-se desdobrado em Análise Combinatória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton. Os primeiros estudos sobre estatística, contribuíram para se estudar questões que envolvem a probabilidade de ocorrência de eventos. Soma-se a isso o interesse pelos jogos e a organização de companhias de seguros. Assim, surgiram as sistematizações sobre a Teoria das Probabilidades (RONAM, 1983). Também é neste período que Blaise Pascal escreve seu tratado sobre o triângulo aritmético formado por coeficientes binomiais. As descobertas de Pascal foram úteis para desenvolver cálculos probabilísticos. Outra descoberta importante para a Matemática ocorreu com Isaac Newton ao dedicar-se aos estudos sobre séries infinitas. Como consequência, seus estudos se estenderam à outras investigações, resultando na descoberta das séries binomiais. Os estudos desenvolvidos por Leibniz com o objetivo de encontrar um método universal pelo qual pudesse abstrair conhecimentos que o levassem a compreender o universo, conduziu-o a descobertas matemáticas, entre as quais, as Permutações e Combinações, constituindo a Análise Combinatória (STRUIK, 1997, p. 181). O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.

Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pelafacilidade e rapidez no acesso às informações que exigem o desenvolvimento do espírito crítico, e a capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas situações da vida em sociedade.

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Nesse grupo de conteúdos os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos específicos com os quais possam estabelecer vínculos onde seja possível quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do cotidiano. O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da atividade humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e de conjuntura social, provocando mudanças de forma direta na vida das pessoas e da sociedade de forma geral. Sua importância se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro. O conteúdo específico Binômio de Newton está, também, no mesmo conjunto de articulações que possam ser estabelecidas entre Análise Combinatória, Estatística e Probabilidade. Suas propriedades são ricas em agrupamentos, disposição de coeficientes em linhas e colunas e ideia de conjuntos e subconjuntos.

Tanto o Teorema das Colunas como o Teorema das Diagonais trazem implícito oargumento binomial e o argumento combinatório, o que possibilita, ao aluno, articular esses conceitos com os presentes em outros conteúdos específicos. No cálculo de probabilidades, por exemplo, se usa distribuição binomial quando o experimento consiste numa sequência de ensaios ou tentativas independentes. É comum, na prática docente, um problema matemático e sua solução requisitar procedimentos metodológicos. Ante ao exposto, em relação aos conteúdos estruturantes, vale perguntar: como abordá-los em sala de aula.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

1ª SÉRIEI – Números Reais-Trabalhar uma revisão dos conjuntos : N,Z,Q, I e R;-Matemática Financeira: razões, Regra de Três, Porcentagem, Juros Simples;-Relações: Conceitos e Representação no Plano Cartesiano.II –Funções-Definições e Classificações;-Função Crescente e Decrescente;-Funções: Constante, Afim, Linear, Quadrática (noções gerais)-Representação gráfica das Funções.III –Função Exponencial e Logarítmica-Potência de expoente racional;-Função Exponencial;-Gráfico da função exponencial;-Equação Exponencial;-Inequação exponencial;-Definição de logaritmo;-A função Logarítmica;-Domínio da função Logarítmica;-Propriedades dos logarítmos;-Mudança de base;-Equações logarítmicas;-Cálculo com logaritmos decimais.

2ª SÉRIEI –Progressões: P. A. e P.G.-Sequências numéricas;-Progressão aritmética;-Fórmula do Termo Geral de uma P.A.-Soma dos Termos de uma P.A.-Progressão Geométrica;

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-Fórmula do Termo Geral de uma P.G.-Soma e Produto dos Termos de uma P.G.II –Trigonometria-Introdução;-Medida de arco de circunferência;-Medida de Ângulo Central;-Razões trigonométricas no Triângulo retângulo;-Propriedades e relações do seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo;-Razões trigonométricas de ângulos.III –Funções Trigonométricas-Ciclo Trigonométrico;-O arco Trigonométrico;-A função seno, cosseno e tangente;-Outras funções trigonométricas;-Relações entre as funções;-Identidades trigonométricas;-Recorrência ao arco do 1º quadrante;-Cálculo dos valores das funções trigonométricas.IV –Fórmulas de Transformação-Adição e Subtração de arco;-O arco duplo;-Transformação de soma em produto.V –Equações e inequações trigonométricas-Introdução;-Equação do tipo sem x = sem a;-Equação do tipo cos x = cos a;-Equação do tipo tg x = tg a;-Outros tipos de equações;-Inequações trigonométricas.VI –Resolução de triângulos e aplicações-Introdução;-Lei dos senos;-Lei dos cossenos;-Problemas de aplicação.

3ª SÉRIESI –Noções de Geometria Analítica e Rela-Distância entre dois pontos;-Razão de seção de um segmento por um ponto;-Ponto médio de um segmento;-Baricentro de um triângulo;-Área de um triângulo;-Condição de alinhamento de três pontos na reta;-Equação de feixe de reta que passa por um ponto;-Equação geral da reta e outras retas;-Paralelismo, perpendicularismo e ângulo entre duas retas concorrentes;-Distância de um ponto a uma reta.II –Matrizes-Noções de Matrizes;-Representação genérica de uma matriz;-Tipos de Matrizes;-Igualdade de Matrizes;-Adição de Matrizes;-Subtração de Matrizes;-Multiplicação de um número real por uma matriz;-Multiplicação de Matrizes;

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-Matrizes Transposta e Inversa.III –Determinantes-Cálculo de Determinantes;-Cofator de um elemento de uma matriz de ordem n (n>2);-Propriedades dos determinantes.IV –Equações Lineares-Introdução;-Sistemas de equações lineares;-Matriz de sistema linear;-Regra de Cramer.V –Binômio de Newton-Fatorial;-Números Binomiais;-Triângulo de Pascal;-Desenvolvimento do Binômio de Newton.VI –Probabilidades-Introdução;-Espaço Amostral;-Eventos;-Probabilidades.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam outros

conteúdos estruturantes e conteúdos específicos, priorizando relações e interdependências que,

consequentemente, enriquecem os processos pelos quais acontecem aprendizagens em

Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação

entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que

os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens

possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.

Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações que podem

ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se incumbem de realizar

estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado (1993, p. 28), escreve que: “(...) o

significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus

conteúdos, mas sim do modo como se articulam”. O autor defende que abordar conteúdos

disciplinares com base numa organização linear, tanto nas relações interdisciplinares quanto no

interior das diversas disciplinas poderá incorrer em práticas docentes que impossibilitam a

produção de um ensino significativo. Portanto, busca-se, direcionar nesse documento, o trabalho

docente de forma que o mesmo se paute de abordagens a partir dos inter-relacionamentos e

articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.

A discussão proposta por Machado, aponta que a necessidade de uma organização dos

conteúdos curriculares. Para o autor, parece certo que existe uma ordem necessária para a

apresentação dos assuntos, no entanto, o que não pode ocorrer é que o conhecimento em

Matemática seja submetido a caracterizações a partir de elementos constitutivos expressos,

simplesmente, por ordenações e procedimentos algorítmicos. Se a postura para uma prática

docente for, de tal forma que expresse desarticulação, é possível que se estabeleça ruptura

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entre os conteúdos e iniba os inter-relacionamentos entre os conceitos. Com a perspectiva de

um trabalho docente com conteúdos de Matemática, pensados a partir de uma noção que vise

romper com abordagens que apregoam a fragmentação de tais conteúdos como se eles

existissem em patamares distintos e sem vínculos.

Nesse contexto, ao inserir o estudo dos conteúdos função afim e progressão aritmética,

ambos do conteúdo estruturante funções, o professor pode buscar na Matemática financeira,

mais precisamente nos conceitos de juros simples, elementos para abordá-los. Para os

conteúdos função exponencial e progressão geométrica, os conceitos de juros compostos

também serão elementos básicos.

Nesse caso, entende-se não ser necessário estudar isoladamente Matemática financeira.

Assim são realizadas aulas expositivas, utilizados textos auxiliares, situações problemas, O

como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores matemáticos.

Encontram-se apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências temáticas e

metodológicas da Educação Matemática.

D’ Ambrósio (1989) elege algumas propostas metodológicas que procuram alterar as

maneiras pelas quais se ensina Matemática. A autora destaca a Resolução de Problemas, a

Modelagem Matemática, o uso de Mídias tecnológicas, a Etnomatemática e a História da

Matemática.

Desta forma, como proposta destas Diretrizes, seguem-se considerações sobre as

tendências metodológicas elencadas e estudadas no campo de estudo da Educação

Matemática. Aqui, as tendências devem ser entendidas como meio que fundamentará

metodologias para a prática docente. Uma tendência não é mais importante que a outra,

tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma vez que se complementam.

Resolução de Problemas

Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a partir da

resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de aplicar

conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um problema, o

estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que almejam a solução.

É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são

metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem e utilizam

mecanismos que os levam, de forma imediata, à solução, na resolução de problemas, isto não

ocorre de forma imediata, pois, muitas vezes, é preciso levantar hipóteses e testá-las. Desta

forma, uma mesma situação pode ser um exercício para alguns e um problema para outros,

dependendo dos seus conhecimentos prévios.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA Pesquisa e debates sobre o espaço dos afro-descendentes e de sua cultura nos

meios de comunicação de massa (em especial na TV);

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Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor,

renda e escolaridade no Pais e no Município;

Análise de pesquisa relacionadas ao negro e mercado de trabalho no Pais;

Realização com os alunos de pesquisa de dados no município com relação à

população afro-descendente e indígenas.

Abordar e debater temas relacionados aos “ Desafios Educacionais

Contemporâneos, tais como:

Educação ambiental

Educação fiscal

Prevenção ao uso indevido de drogas

Sexualidade

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e desempenho

apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes, provas, atividades em classe

e extra-classe, bem como trabalhos de pesquisa, além de modelagem matemática , resolução de

problemas, operações e algoritmos que o levem a construção do raciocínio lógico matemático,

utilizando-se para isto

ferramentas tais como calculadora, computador, régua, compasso, esquadro, etc...

REFERENCIASDiretrizes Curriculares Estaduais – Matemática para o Ensino Médio. SEED.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação.

Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.

BORBA, M. C. Tecnologias informáticas na educação matemática e reorganizaçãodo pensamento. In: BICUDO, M. A. V. (org). Pesquisa em educação matemática:concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. p. 285-295.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n.2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989., U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São

D’AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história daMatemática. In: BICUDO, M. V.; BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa emmovimento. São Paulo: Cortez, 2004.

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KNELLER, G. F. A ciência como uma atividade humana. São Paulo: Zahar, 1980.KOSIK. K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.IFRAH, G. Os números: a história de uma grande invenção. 7.ed. São Paulo:Globo, 1994.

SAVIANI, D. Do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1991.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO POR BLOCOS

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAO ensino de História é de grande relevância no processo de ensino aprendizagem, pois

cabe a ele fornecer subsídios necessários para o entendimento da sociedade em suas diversidades histórico culturais bem como as relações sociais,políticas e econômicas entre outras,situadas num determinado tempo e espaço.

O cotidiano vivido pelo sujeito histórico, é uma rica fonte de construção do conhecimento histórico, pois é nele que ocorrem as relações e ações que fazem a História. É dentro desse contexto vivido que encontram-se os homens com suas experiências concretas.

Essas experiências são o resultado da construção cultural da sociedade, e para o seu aperfeiçoamento é fundamental a construção de uma identidade cultural através da memória histórica a ser resgatada, com o auxílio da historiografia,que permitirá a compreensão das relações em sociedade.

Este conhecimento requer uma operação em diferentes temporalidades permitindo o entendimento dos vários e simultâneos tempos que coexistem num fenômeno, movimento ou processo.

A pesquisa histórica norteada por um método que proporcione resultados quantitativos é uma forma inovadora tanto para ensinar como para adquirir o conhecimento histórico. Numa relação presente-passado-presente, o pesquisador será levado a pensar criticamente,os acontecimentos do seu cotidiano,a fim de compreender a sociedade na qual esta inserido,e que tipo de sociedade se quer produzir,a partir da análise conjuntural e estrutural,da atualidade.

É preciso desenvolver com o aluno o pensar historicamente para que possa com os recursos que possui fazer uma reflexão enquanto sujeito histórico,e que o leve a desenvolver ações no meio social em que se encontra. É preciso fazer do ensino de história um processo ativo de produção de novos saberes, e não apenas divulgar os saberes já consagrados. Para isso compete ao professor como mediador do processo, estimular os alunos a produção histórica,tendo como recursos , fontes orais,documentais , a cultura histórica, a historiografia entre outros recursos que possivelmente aparecerão no decorrer do processo.

O ensino de Historia ,deve demonstrar ao aluno que um outro mundo é possível, a partir das relações sociais de produção que norteiam a vida em sociedade. Esse novo mundo deve ser balizado pela ética ,solidariedade e valores que preservem e construam uma sociedade que traga oportunidades a todos de serem realmente cidadãos.

2.0 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINAENTENDER-SE como sujeito histórico situado no tempo e no espaço ,interagindo nas

relações sociais;PERCEBER-SE como sujeito histórico numa sociedade em constante

transformação,relacionando presente – passado –presente,numa perspectiva local-global-local;FAZER uso das fontes documentais como referencia histórica;MOTIVAR a pesquisa histórica como um recurso pedagógico inovador;PENSAR e agir criticamente diante dos desafios da sociedade moderna;FAZER uso das diferentes tecnologias de informação e comunicação.

3 –CONTEUDOS ESTRUTURANTES

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No processo de construção do conhecimento histórico é fundamental conhecer como se processam as relações de Poder, Trabalho e Cultura. Nesse caso será dado relevância para a historia local, regional e do Paraná.

Conteúdos para o Ensino Médio por Blocos.

1º Ano1. O trabalho. As ideias sobre o trabalho.As relações de trabalho.O trabalho escravo servil e assalariado. O trabalho escravo na Grécia e Roma antiga.O trabalho servil na sociedade Feudal.O trabalho assalariado, sua trajetória.O dinheiro e o trabalho.A fábrica e o tempo do trabalho.Trabalho infantil e feminino.A escravidão na América.O trabalho escravo no Brasil colônia.O fim da escravidão e a substituição pelo trabalho livre e assalariado.

2. A urbanização e a industria.As relações na cidade.Industrialização no Brasil.Urbanização e industrialização no Paraná.O mundo moderno, o trabalho, o consumo, o meio ambiente.

2º Ano1. O estado e as relações de poder.O surgimento do estado e a classe dominante.A formação do estado antigo e medieval.A formação dos estados modernos.O estado Europeu e Latino Americano e a colonização da África.A emancipação política do Paraná.O poder exercido pelo estado, o emprego da violência e do controle social.

2. O Estado e a guerra.A resistência a dominação na Europa medieval.A resistência e a dominação na Sociedade Ocidental moderna.A organização dos Estados indígenas na América Portuguesa.Quilombos e quilombolas no Paraná.As revoltas e revoluções no Brasil séculos XVIII e XIX.

3º Ano 1. As revoluções democráticas liberais.O capitalismo e a dominação da Ásia e da África.As duas grandes guerras mundiais.O socialismo na América Latina.A África e as Guerras étnicas.2. A arte e o exercício do poder no século XX.As grandes religiões no mundo.A cultura indígena no mundo atual.As festas populares da cultura paranaense.A arte e os movimentos sociais no Brasil.

4- METODOLOGIA

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Serão ministradas aulas expositivas para a apresentação dos conteúdos aos alunos de maneira que esses interajam no processo. O uso do livro didático publico será feito como um recurso pedagógico ,porém não o único.O uso das diferentes mídias aplicadas a educação com tv pendrive, sites, dvd, servirão de ferramentas para a construção do conhecimento histórico.

A utilização de filmes que tenham relação com o tema estudado sempre com a mediação do professor.

5- AVALIAÇÃOA avaliação será constante , ocorrendo durante todo o processo de ensino aprendizagem.

Será considerado a capacidade critica do educando de estabelecer relações do seu cotidiano com o passado .Serão aplicadas provas objetivas e discursivas de acordo com a proposta da escola .A interpretação de textos com diferentes visões da historia. O trabalho de pesquisa histórica com apresentações sendo aqui considerado como critério maior a capacidade de desenvolver e transmitir o tema pesquisado.

6- REFERENCIAS

DIRETRIZES, Curriculares de História. WACHOWICZ, Ruy Christovam. História do Paraná. Ed. Vicentina, 1968.Paraná espaço e memória : diversos olhares histórico-geográficos/ autores Scortegagna.... [et al.]; organizadores Cláudio Joaquim Rezende, Rita Inocêncio Triches. – Curitiba : Editora Bagozzi, 2005.BRUM, Nilo Bairros de. Caminhos do Sul. Porto Alegre, Metrópole, 1999.MARTINS, Romário, 1874-1948. História do Paraná. Curitiba, Travessa dos Editores, 1995.SILVA, Marcos A. da. Repensando a História. São Paulo, Editora Marco Zero, 1

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIAENSINO MÉDIO

1-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA :A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações. Neste sentido assume

grande relevância dentro do contexto escolar, tendo como meta à conquista da cidadania

brasileira , a conscientização do homem e da sociedade com os futuros problemas ao meio

ambiente, climas e também ao meio urbano, ou seja, no espaço em que vivemos e que

crescemos profissionalmente, e com a herança que deixaremos às gerações futuras.

Na busca dessa abordagem relacional, trabalha com diferentes noções espaciais e

temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais característicos de cada

paisagem, para permitir uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição, para

identificar e relacionar aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações

no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação.

A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de perceber os

diferentes lugares e territórios como os fenômenos que constituem essas paisagens e interagem

com a vida que os anima. Para tanto é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, em

determinado momento, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do

presente que neles convivem.

O espaço considerado como território e lugar é historicamente produzido pelo homem à

medida que organiza econômica e socialmente sua sociedade. A percepção espacial de cada

indivíduo ou sociedade é também marcada por laços afetivos e referências sócioculturais. Nessa

perspectiva, a historicidade enfoca o homem como sujeito produtor desse espaço, um homem

social e cultural, situado além e mediante a perspectiva econômica e política, que imprime seus

valores no processo de produção de seu espaço.

Assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em que

interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. Por ser dinâmica, ela se transforma

ao longo dos tempos históricos e as pessoas redefinem suas formas de viver e de percebê-la.

Pode-se compreender por que o espaço, a paisagem, o território e o lugar estão associados à

força da imagem, tão explorada pela mídia. Pela imagem, muitas vezes a mídia utiliza-se da

paisagem para inculcar um modelo de mundo.

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Sendo a Geografia uma ciência que procura explicar e compreender o mundo por meio

de uma leitura crítica a partir da paisagem, ela poderá oferecer grande contribuição para

decodificar as imagens manipuladoras que a mídia constrói na consciência das pessoas, seja em

relação aos valores sócio-culturais ou a padrões de comportamentos político nacional.

Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino da Geografia pode e deve ter

como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma

realidade em que as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado

(constantemente em transformação) do qual ele faz parte e que, portanto, precisa conhecer e do

qual se pinta membro participante, afetivamente ligado, responsável e comprometido

historicamente com os valores humanísticos.(PCN pág 29).

2. OBJETIVOS Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas

etc.), considerando-os como elemento de representação de fatos e fenômenos espaciais

e/ou espacializados.

Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica, como formas de organizar

e conhecer a localização, distribuição e frequência dos fenômenos naturais e humanos.

Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação,

identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação da

vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos

fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas

diferentes escalas, local, regional, nacional e global.

Reconhecer que a sociedade e a natureza possuem precipícios e leis próprios e que o

espaço geográfico resulta das interações entre eles, historicamente definidas.

Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de humanização da

natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas naturais ou históricas, a

exemplo das grandes paisagens naturais.

Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiram ao longo da escolaridade

são parte da construção da sua cidadania, pois os homens constroem, se apropriam e

interagem como o espaço geográfico nem sempre de forma igual.

Reconhecer e comparar a presença da natureza, expressa na paisagem local, com as

manifestações da natureza presentes em outras paisagens.

Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais se

apropriam da natureza de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas formas de se expressar e no

lazer.

Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.

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Criar uma linguagem comunicativa, apropriando-se de elementos da linguagem gráfica

utilizada nas representações cartográficas.

Saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo

mediante ilustrações e linguagem oral.

Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado como o meio em que

vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se devem ter na preservação e

na conservação da natureza.

Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas,

culturais e políticas no seu lugar-mundo, comparando, analisando e sintetizando a densidade

das relações e transformações que tornam concreta e vivida a realidade.(PCN)

3. METODOLOGIAA metodologia a ser desenvolvida deve aprofundar procedimentos tais como: observar,

descrever, representar cartograficamente ou por imagens os espaços, construindo conceitos

para obter maior autonomia, em relação aos métodos da observação, descrição, representação,

explicação e compreensão do espaço e suas paisagens.

É importante descrever que a sala de aula é um universo bastante complexo. Muitos

são os fatores que estão interagindo no seu interior, desde o campo de afetividade entre os

alunos e deles com a escola e o professor, o nível de maturidade e individualidade de cada um

dos alunos, assim como o nível de conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, a

natureza do espaço físico e dos materiais e recursos didáticos usados na sala de aula, até

eventuais acontecimentos inusitados que poderão ocorrer com os alunos e seus familiares, e

com o seu cotidiano fora da escola.

Tudo isso leva à reflexão sobre as seguintes condições que deverão ser propiciadas no

interior da sala de aula:

- Desenvolver um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro seja encarado como

desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção de personalidade e que todos se

sintam seguros e confiantes para pedir ajuda;

- Que a organização da aula estimule a ação individualizada do aluno para que possa

desenvolver sua potencialidade criadora, mas que, também, esteja aberto a compartilhar como o

outro suas experiências vividas na escola e fora dela;

- Oferecer oportunidades, por meio das tarefas organizadas para a aula, em que vários

possam ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo, fortalecendo,

assim, sua auto-estima, atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho intelectual.

É necessário também, que o professor utilize-se do maior número de recursos

didáticos para administrar o conteúdo em sala de aula, para que seja diferente da maioria das

aulas tradicionais, onde são cansativas, sem motivação e com conteúdo extenso. Os recursos

didáticos utilizados em sala de aula, com o objetivo de se ter uma aula que possibilite aos alunos

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maiores informações e dinamismo, são: Retroprojetor, Transparências, Fitas de Vídeo, Livros,

Revistas, Jornais, Maquete, Mapas, Globo Terrestre, Fotografia Aérea, Imagem de Satélite,

Plantas ,Laboratório de informática etc.

Portanto, qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, estas

deverão estar voltadas à formação do educando. Deve-se ter sempre o cuidado de deixar claro

quais são os métodos mais adequados que garantem atingir o verdadeiro objetivo do

planejamento da aula seja diário, semanal ou anual. Outro fator importante de lembrar é que o

professor deverá sempre perceber em que contexto social, econômico, cultural e religioso do

aluno, para que este possa levar em consideração a realidade do aluno.

Os objetos de estudo e métodos possibilitam que se compreenda os avanços na

tecnologia, nas ciências e nas artes como resultantes de trabalho e experiência coletivos da

humanidade, de erros e de acertos nos âmbitos da política e da ciência, por vezes permeados de

uma visão utilitarista e imediatista do uso da natureza e dos bens econômicos. Para Milton

Santos, a Geografia pode ser entendida como uma filosofia das técnicas.

5. CONTEÚDOS 1o ANO

A QUESTÃO AMBIENTAL: NATUREZA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA- Coordenadas geográficas.- O movimento de rotação da Terra e os fusos horários.- O movimento de translação da Terra e as estações do ano.- Cartografia: construindo mapas.- Cartografia: a leitura dos mapas.- O tempo geológico e as placas tectônicas.- A estrutura da Terra.- A dinâmica interna e externa do relevo.- As várias fisionomias da superfície terrestre.- A atmosfera e os fenômenos meteorológicos.- Os fatores que influenciam o clima.- Tipos de clima.- Os grandes biomas terrestres.- O planeta pede água.- Oceanos e mares.- As águas continentais.- A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas.- A população da Terra e suas diversidades.- As atividades agropecuárias e os sistemas agrários.- A atividade industrial no mundo.- Energia: o motor da vida moderna.- Cidades: a urbanização da humanidade.- Redes urbanas: a hierarquia das cidades.- A destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais.- A destruição da natureza: erosão e poluição do solo por agrotóxicos.- O lixo urbano e os impactos ambientais causados pela poluição.- A poluição do ar: inversão térmica, ilhas de calor e chuva ácida.- A poluição do ar: efeito estufa e destruição da camada de ozônio.- Em busca do desenvolvimento sustentável.

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O espaço agrário motivação para manter o homem no campo num desenvolvimento

sustentável e sem agressão ao meio ambiente

5.2 CONTEÚDOS – 2o ANO

O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO: ECONOMIA E GEOPOLÍTICA- Os principais conceitos da geografia.- Os continentes.- O capitalismo e a construção do espaço geográfico.- O socialismo.- Capitalismo X socialismo: a guerra fria.- O mundo pós-guerra fria.- A internacionalização do capital.- O subdesenvolvimento.- Novos países industrializados: substituição de importações.- Novos países industrializados: plataformas de exportação.- O comércio mundial.- União européia.- Outros blocos econômicos.- As novas migrações internacionais e a xenofobia.- Nacionalismos – minorias étnicas e separatismo.- O Islã – entre a paz e o terrorismo.- Oriente Médio.- O mundo sem a URSS.- O novo leste europeu.- A Comunidade dos Estados Independentes.- China: um país, dois sistemas.- Coréia do Norte, Cuba e Vietnã.- América Latina.- África.- Reino Unido e França.- Itália e Alemanha.- Canadá e Japão.- Austrália e Nova Zelândia: os ricos do sul.- Estados Unidos: potência mundial.

5.3 CONTEÚDOS – 3o ANOO ESPAÇO BRASILEIRO- A formação e a expansão do território brasileiro.- Caracterização do espaço brasileiro.- Brasil: estrutura geológica e relevo.- O clima do Brasil.- Ecossistemas brasileiros.- A hidrografia brasileira.- A organização político-adminstrativa e a divisão regional do Brasil.- Os complexos regionais brasileiros.- Brasil: de agroexportador a país industrializado em desenvolvimento.- O comércio exterior brasileiro.- O especo agropecuário brasileiro.- A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil.- Recursos minerais do Brasil.- Recursos energéticos do Brasil.- A industrialização no Brasil.- Distribuição espacial da indústria brasileira.- Os transportes no Brasil.

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- A população brasileira: crescimento e formação étnica.- A população brasileira: distribuição e estrutura.- Movimentos da população no Brasil.- Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras.- Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros.AVALIAÇÃO

A avaliação é um momento privilegiado do processo de ensino-aprendizagem. Ela deve

estar presente em todas as etapas do aprendizado de forma que os alunos e professores

percebam em que grau estão envolvidos no processo e como acompanham sua dinâmica.

Dessa forma, assim como é um momento de fundamental importância para que o aluno

compreenda como está se desenvolvendo seu processo de aprendizagem, e também, para que

o professor possa compreender como está desenvolvendo seu processo de ensino.

É importante que a avaliação tenha caráter diagnóstico e dual, para que o professor

possa avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e

outras possibilidades de como atuar no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos.

Avaliar as situações comportamentais dos alunos diante de suas relações em sala de

aula, com os outros alunos, na questão do trabalho individual ou em grupo, participação,

(interação com grupos de pesquisa e entrega dos trabalhos), responsabilidade, habilidades

específicas, e por fim, avaliação dos conteúdos com a elaboração de provas e trabalhos

(individual, grupo, em sala de aula, casa).

Também será estimulada a expressão do pensamento do aluno por escrito de forma

individual e coletiva, através do desenho, construindo principalmente os fundamentos da

linguagem gráfica nas representações cartográficas.

REFERÊNCIASANDRADE, Manuel Correia de. Geografia – Ciência da sociedade – Uma introdução a analise do pensamento geográfIco. Editora Atlas, São Paulo: 1987, p. 20-36.

ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história: inteligências múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a-dia. 2a edição, São Paulo: Papirus, 2003.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Ed. 3a, Curitiba: 1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. DOU, 23/12/1996.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 1999.

CARLOS, Ana Fani A. (org.) Geografia na sala de aula. 5a edição, São Paulo: Editora Contexto, 2003.

MOREIRA, Ruy. O que é geografia? São Paulo: Brasiliense, 1986.

PARO, Vitor Henrique. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001.

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PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. Campinas: Papirus, 1996.

RIGOLIN, Tércio & MARINA, Lúcia. Geografia. São Paulo: Volume Único, Série Novo Ensino Médio. Ática, 2003.

SANTOS, Milton. Urbanização Brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.

_______. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Hucitec, 1991.

_______. Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1982.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO MÉDIO POR BLOCOS

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAPara situarmos a Educação .Física no Brasil, precisamos retratar vários momentos da

nossa sociedade. Em um primeiro momento a Educação .Física recebeu conhecimento de

médicos e da instrução militar, a E.F então era denominada ginástica que surgiu, a partir de uma

preocupação com a saúde e formação moral dos cidadãos brasileiros.

Nesse contexto a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico

disciplinado era exigência da nova ordem em formação. Então, a disciplina confundia-se com a

prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos baseados nos moldes médicos-higiênicos.

Com a proclamação da República, veio a necessidade da discussão sobre as instituições

no ano de 1882, a disciplina tomou a dimensão de formar corpos fortes e cidadão preparado para

defender a Pátria.

No final da década de 1930 e início da década de 1940, ocorre um processo chamado

desmilitarização, da Educação Física brasileira, nesse momento ouve a propagação do esporte.

Nesse contexto, as aulas de Educação Física assumiram os códigos esportivos de

rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação rígida e a racionalização de

meios e técnicas. Ouve a preocupação de propagar códigos esportivos nas aulas, sem se

preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento.

Com o golpe militar no Brasil, em 1964 o esporte passou a ser tratado com maior ênfase

nas escolas. O esporte consolidou sua hegemonia como objetivo principal nas aulas de

Educação Física, com o enfoque para competições, desempenho de alunos. A escola era usada

para preparação de atletas, prontos para representar o país em competições nacionais e

internacionais.

Após, ouve a influência da corrente psicomotora, tais fundamentos valorizam a formação

integral da criança, a acreditar de que esta se dá no desenvolvimento interdependente de

aspectos cognitivos, afetivos e motores.

A Educação Física era subordinada a outras disciplinas sem valor contextual.

Nesse período, a comunidade da Educação Física se fortaleceu com a expansão da pós-

graduação nessa área. Nesse momento possibilitou muitos professores uma formação não mais

restrita às ciências naturais e biológicas.

Então ouve a aprovação da lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDB

n.93944196 o MEC) que apresentou os (PCN). No mesmo, as diversas concepções pedagógicas

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ali apresentadas valorizam o individualismo a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de

construir e oportunizar o acesso que oportunize a formação crítica.

A educação do estado do Paraná entende a escola como um espaço que, dentre outras

funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido pela humanidade, junto

com esse o objeto de estudo, cultura corporal, a educação física proporciona o conhecimento e à

reflexão crítica de inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela

humanidade, o que contribui para a formação de um ser humano crítico e reflexivo, considerado

o sujeito um agente histórico, político social e cultural.

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIOA Educação Física, na condição de disciplina curricular, conectada aos objetivos da escola no

Ensino Médio, deve possibilitar aos alunos:

Experimentar vivências corporais diversificadas, independentemente de suas

qualificações prévias ou aptidões físicas e desportivas, por meio das práticas da cultura

corporal, de jogos, esportes, lutas, ginásticas, entre outras manifestações, possibilitando

a compreensão da natureza histórica, social e cultural dessas práticas;

Entender a necessidade do lazer como manifestação cultural em suas diferentes formas

de expressão (praticar esportes; viajar; ler um livro; ir ao teatro; ao circo ou ao cinema;

passear no parque; assistir a um show, etc.);

Desenvolver a iniciativa, a criatividade, a autonomia, o trabalho em equipe, a resolução

de problemas, a abertura ao multiculturalismo, a autoconfiança e as capacidades

avaliativas.

METODOLOGIAConhecer o caminho pela qual a Educação Física passou, nesses longos anos de intensas

e importantes mudanças auxilia muito o professor a desenvolver seu trabalho dentro da atual

concepção da Educação Física defendida pelas Diretrizes Curriculares.

As Diretrizes Curriculares do Paraná nos dizem que para iniciarmos uma discussão sobre

os fundamentos teóricos metodológicos é necessário reconhecer alguns dos problemas pela

qual a Educação Física atual passa. Ela cita Shardakov (1978) que diz que é preciso superar:

A persistência do dualismo corpo-mente como base científico-teórica da Educação Física

que mantém a cisão teoria-prática e dá origem a um aparelho conceitual desprovido de conteúdo

real [...];

A banalização do conhecimento oferecido da cultura corporal, pela repetição mecânica

de técnicas esvaziadas de valorização subjetiva que deu origem a sua criação;

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A restrição do conhecimento oferecido aos alunos, obstáculos para que modalidades

esportivas [...] possam ser apreendidas na escola, por todos, independentes de condições

físicas, de etnia, sexo ou condição social;

A utilização de testes e medidas padronizadas, não como forma de acesso aos

conhecimentos oriundos do esporte de rendimento, mas com objetivos exclusivos de aferir o

nível das habilidades físicas, ou como instrumentos de avaliação do desempenho instrucional

dos alunos nas aulas de Educação Física;

A adoção da teoria de pirâmide esportiva como teoria educacional;

A falta de uma reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento de aptidão física e sua

contradição com a reflexão sobre a Cultura Corporal;

E ainda, BETTI escreve que, muitos conteúdos são deixados de trabalhar nas escolas

pelos motivos dos profissionais da Educação Física não dominarem tais conteúdos, ou por

acreditarem que a escola não possui nem espaço e nem material apropriado, ou ainda por

acharem que os alunos não gostariam de aprender outros conteúdos e ainda a resistência dos

professores face às novas propostas de ensino onde se dividindo o ano letivo em quatro

bimestres, oferecendo o basquetebol, o handebol, o futebol e o voleibol.

É, portanto, necessário que a educação Física fundamente-se nas reflexões, principalmente

nas necessidades de educação atual, objetivando sempre a valorização da educação dos

alunos.

A disciplina de educação Física é de grande importância no processo pedagógico, pois [...] é

parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-

pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprio, e trata de conhecimentos

relevantes na escola. (PARANÁ, 2008). Sua articulação com as demais disciplinas é de grande

valia, pois, as outras disciplinas integrantes do currículo escolar vêem a contribuir para o melhor

entendimento da Cultura Corporal e de sua complexidade.

As atividades a serem desenvolvidas na Educação Física, devem possibilitar aos alunos a

ter acesso ao conhecimento que foi e que continua sendo produzido pela humanidade e

relacioná-los com as praticas corporais, não só num contexto, mas ao histórico, político,

econômico e social. Tendo as palavras anteriores como reflexão, entende-se que as práticas

pedagógicas devem ir além da preocupação com o desempenho esportivo, com a aprendizagem

motora, com a aptidão física, a estética, etc...

Há uma necessidade de analisar o modelo atual de ensino, pois, conforme nos diz as

Diretrizes Curriculares do Paraná, esse modelo de ensino muitas vezes não contempla a riqueza

das manifestações corporais produzidas pelos diferentes grupos na sociedade humana. A partir

das relações do homem com o próprio homem e dele com a natureza, que está relacionada com

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a vida em sociedade, os seres humanos desenvolveram muitas habilidades, aptidões físicas e

estratégicas para garantir a sobrevivência. Por tanto é a relação do homem/homem e

homem/natureza que dá sentido à existência humana e a materialidade corporal que constitui

“um acervo de atividades comunicativas com significados e sentidos lúdicos, estéticos, artísticos,

místicos antagonistas (ESCOBAR, 1995, apud. PARANÁ 2008), tornando-se um objeto de

estudo e de ensino, que é a Cultural Corporal”.

As Diretrizes Curriculares do Paraná nos mostram um novo caminho a ponto de romper com

a maneira tradicional pela qual o Ensino da Educação Física tem passado nos apresenta um

trabalho que é necessário interligar e integrar as práticas corporais, tão comentada, de uma

forma mais reflexiva e contextualizada, que segundo ela, é possível por meio dos Elementos

Articulares, que são:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo Do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – Técnica e tática;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

Cultura Corporal e Corpo: Nesse elemento articulador, o corpo do ser humano é

entendido na sua totalidade, pois segundo PARANÁ (2008), o ser humano é o seu corpo, que

sente, pensa e age. O corpo deve ser valorizado e analisado de uma forma crítica em relação à

beleza (estética) e a saúde, que são vinculados a mídia e ao mercado, onde utilizam o corpo

como ferramenta e meio de consumo.

Cultura Corporal e Ludicidade: O lúdico se apresenta como parte integrante do ser

humano e se constitui nas interações sociais e “o professor deve lançar mão das diversas

possibilidades que o lúdico pode assumir nas diferentes práticas corporais”. (PARANÁ, 2008).

Quando um ser humano vivência uma atividade lúdica, ele consegue estabelecer conexões entre

o imaginário e o real e ainda reflete sobre os papéis que o mesmo assumiu nas relações com o

grupo.

Cultura Corporal e Saúde: Nesse elemento articulador, há alguns elementos a serem

considerados como constitutivos da saúde são: nutrição, aspectos anátomo-fisiológicos da

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atividade corporal, lesões e primeiros socorros e o doping. Pode-se trabalhar ainda a questão da

sexualidade, dos meios utilizados para alcançar a “saúde perfeita” a qualquer custo, o uso de

entorpecentes e seus efeitos sobre a saúde, o excesso de exercícios físicos, entre tantos outros.

Nessas Diretrizes, os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma

responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio

de práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos. (PARANÁ, 2008).

Cultural Corporal e Mundo do Trabalho: Nesse elemento articulador, podemos nos

concentrar nas relações sociais da produção e de assalariamento. Pois se pode analisar o

processo e as consequências da passagem do esporte/atleta amador (amadorismo) para o

esporte/atleta profissional (profissionalização esportiva).

Cultura Corporal e Desportivização: A desportivização das práticas corporais é

consequência da supervalorização do esporte na atual sociedade e ela segundo Paraná (2008)

deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais.

Cultural Corporal- Técnica e Táticas: Nas mais diversas manifestações corporais, têm

presentes elementos técnicos e táticos “[...] elementos que constituem e identificam o legado

cultural das diferentes práticas corporais, [...] trata-se, sim, de conceber que o conhecimento

sobre estas práticas vai muito além dos elementos técnicos e táticos” (PARANÁ, 2008).

Cultura Corporal e Lazer: O lazer torna-se elemento articulador dos conteúdos

estruturantes da Educação Física, na medida em que por meio dele, os educandos poderão

refletir a discutir as mais variadas formas de lazer em diferentes grupos sociais, em suas vidas,

na vida das famílias, das comunidades culturais e a maneira como cada um deseja e consegue

ocupar seu tempo disponível.

“O Lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como veículo de educação

(educação pelo lazer)” (PARANÁ, 2008). Assim o professor de Educação Física, em suas aulas,

deve procurar educar para o lazer, trabalhando para transmitir o que é desejável em se tratando

de valores, funções e conteúdos, como nos diz as Diretrizes Curriculares do Paraná.

Cultural Corporal e Diversidade: nesse elemento articulador as diretrizes curriculares do

Paraná propõem um trabalho de abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da

diversidade nas relações sociais, e as aulas de Educação Física é um ambiente de muitas

oportunidades de relacionamentos, convívio e respeito entre as diferenças, de valorização

humana, de interação e integração, entre outros. É de grande importância para a educação à

valorização das práticas corporais dos mais variados segmentos sociais e culturais e que os

alunos convivam ou que tenham conhecimento das diferenças e a partir daí estabeleça relações

corporais valiosas em experimentações.

Cultural Corporal e Mídia: a mídia tem um poder grande de divulgação e

consequentemente de influência sobre a população. Assim esse elemento articulador segundo

as diretrizes curriculares do Paraná, deve propiciar a discussão das práticas corporais que são

transformadas em espetáculo e, e como objeto de consumo, que diariamente são exibidos nos

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meios de comunicação para promover e divulgar produtos. Portanto é necessário uma analise

crítica dessa concepção de práticas corporais exibida pela mídia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES1ª Série

Dança

Danças tradicionais ou folclóricas

Alemã

Italiana

Africana - Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana.

Fandango

Quadrilha

Ginástica

Ginástica Geral – Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 Educação sexual e Prevenção a AIDS e DST.

IMC

FCM

Jogos

Jogos motores- Caçador, 10 passos, chute a gol, Love bol, Ameba.

Lutas

Judô

Caratê

Esportes

Tênis de mesa

Basquetebol

Atletismo

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Voleibol

Futsal

Handebol

Goobol

2ª SérieDança

Danças populares- Carnaval Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DST.

Circulares- Indígena

Ginástica

Ginástica Geral

Ginástica Rítmica

Jogos

Jogos tabuleiro: Trilha, xadrez, dama.

Kalah (jogo tabuleiro africano) Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana.

Lutas

Lutas ocidentais

Esgrima

Boxe

Esportes

Skate

Atletismo

Voleibol

Basquetebol

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Futsal

Tênis de campo.

3ª SérieDança

Dança de salão - valsa, tango, rumba;

Dança Circulares – Lei indígena.

Ginástica

Ginástica geral

Ginástica Aeróbica

Primeiro Socorros

Jogos

Escravo de Jô- Lei nº 11.645/08 História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana.

Caçador

Carimbo

Arrastabol

Handsabonete

Ludo

Jogos eletrônicos

Esportes

Atletismo – Lei nº 11.343/06 Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas

Voleibol

Basquetebol

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Futsal

Punhobol

Handebol

Goobol (esporte adaptado)

Lutas

Capoeira

Esgrima

AVALIAÇÃOA avaliação ajuda a compreender aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Do ponto de vista do aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades. Para a escola, possibilita reconhecer prioridades e localizar ações educacionais que demandam mais apoio. (BRASIL, 2000, p.232).

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, avaliação deve ser entendida como:

“(...) um processo contínuo, permanentemente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentando nas diversas práticas corporais – da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas – cujo horizonte é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais. (PARANÁ, 2006, P.47).

Essa é a tarefa de todos os professores - mais que seguir um “cardápio” de questões teóricas sobre regras e histórico das modalidades esportivas, um “receituário” de gráficos e tabelas de padrões maduros de movimento ou, ainda, (ou seria somente verificar?!) a participação e assiduidade dos alunos, é preciso estar conscientes dos por quês da utilização de determinado instrumento para coleta de dados. Considerando-se cada objetivo de ensino a ser atingido, podem surgir diferentes instrumentos de avaliação. Instrumentos esses que auxiliam o professor em toda a caminhada dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.

A avaliação em Educação Física deve agir sob a ótica do fazer coletivo, analisando sempre os objetivos, os conteúdos e as metodologias. Seus instrumentos devem ser bem elaborados – como estímulo e desafio ao interesse dos alunos – por meio dos quais se possa e se deva usar uma variedade de eventos avaliativos. (SOUSA JUNIOR, 2006).

REFERÊNCIASPARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba:Secretária de Estado da Educação do Paraná, 2006.RANGEL – BETTI, Irene Conceição. Educação Física escolar: a preparação discente. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas: CBCE, nº. 16, p.158 – 167, maio 1995.

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo da história vemos a arte presente em diversos aspectos da vida do homem.

Como fala Ernest Fischer 2002. “ a arte era um instrumento mágico e servia ao homem na

dominação da natureza e no desenvolvimento das relações sociais”. Assim, a arte acompanha o

homem até hoje com esse mesmo propósito de transformação e comunicação, pois arte é

trabalho e é linguagem. Através dela o ser humano constrói e comunica, não somente o que é

material mas, o imaterial, seus sentimentos, suas percepções, suas interpretações de mundo.

Em cada momento da história a arte atendeu as necessidades para as quais o homem a utilizou.

Toda essa história da arte, de como ela se apresentou em diferentes momentos, refletiu

na forma em que ela esteve presente na educação.

O ensino da arte é relevante dentro da escola, não pela sua obrigatoriedade no currículo

escolar, mas, sim pelo “ seu valor intrínseco como construção humana, como patrimônio comum

a ser apropriado por todos”. ( IAVELBERG, 2.003, p.9). E ainda como conclui a autora:

A arte constitui uma forma ancestral de manifestação, e sua apreciação pode ser

cultivada por intermédio de oportunidades educativas. Quem conhece arte amplia sua

participação como cidadão, pois pode compartilhar de um modo de interação único no meio

cultural. Privar o aluno em formação desse conhecimento é negar-lhe o que lhe é de direito. A

participação na vida cultural depende da capacidade de desfrutar das criações artísticas e

estáticas, cabendo à escola garantir a educação em arte para que seu estudo não fique reduzido

apenas à experiência cotidiana. (IAVELBERG, 2003, p.9-10)

A amplitude do conhecimento da arte no ensino médio é abordada através da história da

arte e os movimentos artísticos; onde a arte como conteúdo tem a função de transmitir

conhecimento à sensibilidade humana na formação do indivíduo.

As manifestações artísticas são observadas através de elementos contextualiza dores,

valorizando o conhecimento estético como uma linguagem de ícones que observa o ritmo, a

harmonia, a simetria, a tonalidade e a intensidade de alguns exemplos explorados nas

evidências de conhecimentos práticos, tanto na postura, na música, na escultura e no teatro.

Durante o conhecimento teórico, sempre será abordados exemplos práticos com trabalhos em

que será feito leituras e interpretações com o conhecimento e assimilação do envolvimento

artístico correlacionado respectivamente.

A dimensão histórica, apresentada nestas diretrizes, destaca alguns marcos do

desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. Serão analisadas as concepções de alguns artistas

e teóricos que se preocuparam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para atender

esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história permitirá aprofundar a compreensão

sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no Paraná. ( DCE, 2008, p.38)

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Desde os mais remotos tempos, o homem vem transformando o mundo, construindo a história, a sociedade e a si próprio por meio do trabalho, transformando a natureza e os objetos naturais em ferramentas, acelerando o processo de transformação do natural em humano.

A produção da arte organiza os elementos visando a criação artística, gerando signos

que possibilitam a interpretação para o espectador. Esses elementos são matéria-prima para a

construção do conhecimento estético que se apresentam como ponto comum entre as

linguagens.

O conhecimento dos elementos básicos das linguagens tomadas pelo professor como

conteúdos de ARTE, permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das produções e das

manifestações.

Na elaboração dos trabalhos artísticos esse processo vincula e estabelece as relações

desse conhecimento com o dia-a-dia no tempo e no espaço do momento do aluno na sua

história.

É importante o aluno compreender que a Arte está presente em todas as sociedades, e

que o ser humano produz maneiras de ver e sentir, diferentes em cada tempo histórico, pois ele

é fruto do contexto histórico em que nasceu, o qual irá determinar o processo de criação e sua

produção artística. “Estas formas artísticas – como expressão concreta de visões de mundo -

são determinadas, mas também determinam o contexto histórico, social, econômico e político,

isto é, as transformações da sociedade implicam condições para uma nova atitude estética e são

por elas modificadas” (DCE, 2008, p.55)

As diferentes formas de pensar o ensino de Arte são conseqüências do movimento

histórico no qual desenvolveram, com suas relações sociais, culturais, econômicas e políticas.

Essa concepção defendia que a arte deveria liberta-se das teorias e ao mesmo tempo fazer o

artista compreende a arte.

Na ação pedagógica da escola nova, que vê a arte como expressão, o aluno é o centro do processo educacional priorizando o espontaneísmo e o fazer, assegurando o desenvolvimento da imaginação e autonomia do aluno. A realização pessoal acontece a partir de atividades de expressão ampliando o repertório do aluno.

A prática pedagógica contemplará as artes visuais, a dança, a música e o teatro, cuja organização é semelhante entre os níveis e modalidades da educação básica, sob a referencia das relações estabelecidas entre a arte e a sociedade.

O objetivo da Arte, no ensino médio é dar ao aluno o poder de raciocínio ao processo criador, observando a função, a técnica e a plasticidade da obra como um todo.

Toda arte tem seu tempo, sua época, seu lugar e sua história. A abordagem da história da obra e a biografia do autor posicionam o educando perante o educador para desenvolver uma análise crítica do movimento artístico em que a determinada obra está inserida.

Assim, espera-se que os alunos do Ensino Médio apropriem-se dos conhecimentos próprios das quatro linguagens da arte, desenvolvam um trabalho de criação, estabeleçam relações com a diversidade de pensamento e de criação artística, aumentem a capacidade do pensamento crítico, aprimorem seus sentidos humanos, enfim, humanizem-se superando a condição de alienação e repressão. Por fim, espera-se que o ensino de Arte contribua para que transformem a realidade.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTESA partir dos conteúdos estruturantes, que são articulados entre si e interdependentes

para a compreensão da totalidade da arte, o encaminhamento metodológico também é compreendido de forma orgânica. São três momentos pelos quais os alunos devem passar:1. teorizar, é a apreensão do conteúdo por meio da cognição e da racionalidade:2. sentir e perceber, é o acesso as obras de arte ( música, teatro, artes visuais e dança);3. trabalho artístico, é o momento da prática, do trabalho criador.

Sendo assim, os quadros abaixo dispõem os conteúdos de uma forma a serem trabalhados em cada série, no decorrer de dois bimestres totalizando 80 horas/aula.

1º ANO ENSINO MÉDIO

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Intensidade AlturaDuraçãoTimbreDensidadeLinhaFormaSuperfícieVolumeLuzCorMovimento corporalTempoEspaçoPersonagem: Expressões corporais, Vocais,Gestuais e faciais Ação Espaço

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromática... Gêneros: popular, folclórico, clássico... Técnicas: vocal, Instrumental, mista Bidimensional. Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Técnica: pintura, desenho, gravura, escultura, História em quadrinhos Gênero: paisagem, Cenas do cotidiano, Cenas históricas... KinesferaMovimentos articulares Ponto de apoio, rolamento.

Lento, médio e rápido, níveis deslocamento

direções

planos

coreografia

Gêneros: étnica e popular

Técnicas: jogos teatrais, teatro

direto e Indireto, mímica e

Pantomima... Gêneros: tragédia,

comédia... Sonoplastia

Música Ocidental

Música OrientalMúsica PopularMúsica popular BrasileiraArte Pré-Histórica Arte Pré-ColombianaArte Pré-CabralinaArte Latino AmericanaRenascimentoMuralismo

Hip Hop

Pré-históriaGreco-Romana

Medieval

Dança popularDança brasileira

Dança Africana

Dança Indígena

Teatro Greco-Romano Teatro

Essencial

Teatro Popular

Commédia Dell’arte

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2º ANO ENSINO MÉDIO

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

ntensidade

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Cor

Movimento Corporal

Tempo e Espaço

Personagem

Expressões corporais

Vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escrita Musical

Gêneros: clássico, popular,

étnico.

Técnicas: vocal,

Instrumental, mista

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva...

Técnica: pintura, grafitti

desenho, gravura,

Escultura, modelagem,

colagem

Gênero: paisagem,

Retrato, cenas do cotidiano,

Cenas históricas...

Peso

Salto e Queda

Lento, médio e rápido.

Aceleração e desaceleração

Deslocamento Improvisação

Coreografia

Gênero: espetáculo

Folclórico e salão

Técnicas: jogos teatrais, teatro.

Direto e indireto, ensaio...

Gêneros: drama e épico,

popular...

Sonoplastia

Cenografia e iluminação

Música Ocidental e Oriental

Música Popular e Étnica

Indústria Cultural

Música Contemporânea

Hip Hop

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Indígena

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Indústria cultural

Dança brasileira

Dança Paranaense

Indústria Cultural

Hip Hop

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Renascentista

Teatro Latino Americano

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Figurino

3º ANO ENSINO MÉDIO

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Intensidade

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Cor

Movimento Corporal

Tempo e Espaço

Personagem:

Expressões corporais, Vocais,

gestuais e faciais Ação.

Espaço

Ritmo

Melodia

Harmonia

Modos: tonal, modal, atonal.

Técnicas: vocal,

Instrumental, mista,

improvisação

Fluxo

Eixo

Giro

Lento, médio e rápido.

Aceleração

desaceleração

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gênero: indústria

Cultural e salão

Técnicas: jogos teatrais

Teatro direto e indireto, Ensaio,

Teatro-Fórum...

Gêneros: tragédia e

Comédia, drama, circo...

Roteiro

Enredo

Trilha sonora e Sonoplastia

Música Engajada

Música Minimalista

Rap, Funk, Tecno.

Música Experimental

Arte Ocidental

Arte Oriental

Vanguardas Artísticas

Arte no Séc.XX

Arte Contemporânea

Indústria Cultural

Dança Clássica

Dança Moderna

Dança Contemporânea

Indústria Cultural

Vanguardas

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Indústria Cultural

METODOLOGIA DA DISCIPLINAO encaminhamento metodológico deve ser específico para cada idade escolar, pois o

processo de aprendizagem difere muito para cada faixa etária. No Ensino Médio o aluno já vem

com uma bagagem artística a qual deve ser trabalhada para criticidade e expressividade. O

aluno adquire graus de aptidão conforme é colocado frente a situações e processos práticos e

teóricos.

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Chamamos a atenção para a importância de ensinar elementos de diferentes culturas

para o aluno, mas sempre ressaltando a cultura do meio em que vive, pois essas são as bases

de sua formação social. A história da arte, além de desempenhar esta função, também ajuda a

abrir a mente do educando para não se ater aos grafismos simbólicos, dando ênfase para a

criação e não a imitação.

Através do estudo da vida e obra de artistas variados, possibilitamos ao aluno um

entendimento da história da arte e da sociedade, da realidade cultural de cada tempo, e

principalmente, de seu próprio tempo. O grafite (arte das ruas) poderia entrar como elemento de

discussão sobre a universalidade da arte, e, mais especificamente, sobre o consumo da mesma.

Além disso, a discussão acerca da diferença entre grafitagem e pichação é muito atual e traz à

tona elementos sociais e morais interessantes para se trabalhar com adolescentes.

Com a leitura de imagens o aluno será capaz de identificar elementos formais como

ponto, linha, cor, textura, sombra e luz, elementos estes que são base para uma composição.

Além de compreender como uma composição foi construída, ele terá maiores horizontes na hora

de experimentar suas próprias composições. Também através da leitura de imagens e o

entendimento dos elementos formais, o indivíduo passa a reconhecer fatores secundários ou

intelectuais, de grande valor para a compreensão de cada obra observada.

Muitos elementos são interessantes de se observar em uma composição, como simetria,

ritmo, volume, proporção, equilíbrio, movimento, entre outros. Tendo em vista estes conteúdos já

abordados, é possível trabalhar com várias linguagens plásticas como desenho, pintura, gravura,

escultura, modelagem, instalação, origami, tentando adaptar os conteúdos de acordo com cada

série.

Portanto, os conteúdos devem ser distribuídos de maneira a propiciar ao aluno o

desenvolvimento do senso crítico, o entendimento progressivo dos processos que envolvem a

arte e o fazer artístico e a possibilidade de fruir deste conhecimento.

Com relação à dança, os conteúdos relacionam-se mais diretamente às experiências

corporais e experimentação de movimentos dos alunos, além do contato com artistas,

documentos, vídeos, livros sobre o assunto, organização de equipes para apresentação de

seminários, criação e apreciação de espetáculos de dança.

O processo musical, que objetiva alcançar o desenvolvimento rítmico, melódico e

harmônico e o desenvolvimento da percepção auditiva, trará conteúdos encaminhados com

improvisação, interpretação e análise de obras musicais, composições próprias, releituras,

grafismos relacionados a elementos musicais, apreciação de filmes relacionados com os

conteúdos trabalhados, etc.;

A questão teatral será trabalhada de forma a conhecer a história do teatro e também

realizar pequenas peças de improvisação ou com texto previamente elaborado pelos alunos. As

diferentes formas de teatro serão divididas por série e exploradas durante o ano, como teatro de

sombras, fantoches, confecção de cenário, figurino, etc.

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Muitos são as pontes que se pode estabelecer para enriquecer o repertório dos alunos, a

cultura afro-brasileira, por exemplo, quando trabalhada desperta o interesse por conhecer e

pesquisar quais as influencias que a cultura africana exerce sobre a nossa, varias são as

ligações possível de se estabelecer uma relação com arte . Pois, muito rico é o cenário que

retrata a arte afro brasileira. A influência na música, na dança e nos hábitos do nosso cotidiano.

A cultura local também nos permite percorrer por caminhos que favorecem para se trabalhar o

folclore regional e local. O Colégio Estadual Maximiano Pfeffer é uma escola rural, a qual tem

suas necessidades implícitas se tratando de uma realidade especifica. Assim também promove

estudos relacionados a arte e ao meio-ambiente, pois é uma realidade vivenciada por nossos

alunos e a qual é muito rica em elementos para relacionar a arte, fazendo ligações com a arte

paranaense e suas paisagens.

Os conteúdos propostos serão desenvolvidos através de aulas teóricas, seminários,

apreciação de filmes e documentários, leituras de imagens, desenho, pintura e escultura

( usando várias técnicas), audição de músicas variadas, , jogos teatrais, movimentos e

expressão corporal, estudos e produção de textos, dando ênfase para a história da arte.

Como no Ensino Fundamental, a arte é explorada no Ensino Médio, em um contexto social, interagindo com grupos de pensamentos diferenciados e sensibilizando a todos com uma leitura especifica através de ícones já expressos numa simbologia particular inserida na história da arte e nas áreas de movimento corporal, interagindo o visual com o emocional na concepção de formação do indivíduo, que recebe e transmite influência criativa através de sua relação social.

A cultura da arte é abordada no ensino médio através de práticas de releituras vivenciadas dentro de determinados movimentos artísticos trabalhados buscando uma reflexão crítica na identificação e reconhecimento dos sentidos da expressão plástica, seja ela relacionada a sua função ou à sua técnica, onde ela pode ser representada de diversas maneiras a partir do fragmento de sua concepção com a realidade.

A arte no ensino médio tem por objetivo complementar o sentimento, a emoção e os sentidos do indivíduo em relação ao gosto e a estética para com o seu mundo.

AVALIAÇÃO Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolher seus procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino e aprendizado. As proposições pedagógicas e curriculares, aqui apresentadas, potencializam a efetivação de instituições escolares inclusive acolhendo efetivamente: as pessoas com necessidades especiais de todos os tipos, moradores do campo, populações indígenas, grupos afro – descendente, entre outros. É importante neste processo temos em vista que o aluno tem um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente aprende em outros espaços sociais, e um percurso escolar distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento artístico, cabendo ao professor reconhecer esses conhecimentos durante o processo de avaliação de seus alunos.

O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada aluno, com destaque para os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na Deliberação 07/99 do conselho Estadual de Educação, cap.I, art8º, a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.

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Pensar os critérios de avaliação que devem orientar o ensino da arte é essencial para o entendimento dos conteúdos que abrangem todas as áreas da arte e que podem ser resumidos nas seguintes expectativas de aprendizagem:-compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade;-produção de trabalhos artísticos visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social;-apropriação prática e teórica das formas de compor nas diversas áreas da arte.

Para se obter uma avaliação efetiva, individual ou em grupo, são necessários vários instrumentos de avaliação que irá auxiliar na apropriação e apreensão dos conteúdos abordados durante as aulas de Arte, trabalhos artísticos individuais e em grupo; trabalhos teóricos e práticos; pesquisas bibliográficas e de campo; debates em forma de seminários; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios, áudio-visual, atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos entre outros.

REFERÊNCIAS

História da Arte: São Paulo. Ed. Didática Paulista, 1999O cubismo. Pablo Picasso. São Paulo. 1972Grandes Mestres da Pintura. Ed. Paulista. Pietro Maria Bardi., 1984Reflexões da arte. São Paulo; Ática, 1991.Vygotsky, Lev Semeenovitch Psicologia da Arte. São Paulo; M. Fontes, 1999.Diretrizes Curriculares de Artes para o Ensino Médio, Julho, 2006.

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. PROPOSTA CURRICULAR DE LINGUA INGLESA

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAO ensino de línguas estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças em decorrência da organização social no decorrer da história.A língua era concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita, sob o

pressuposto de que o aluno, ao estudar a gramática normativa. As atividades tratavam das regras gramaticais, tradução, versão e ditados. O professor era o detentor do saber e ao aluno não era permitida nenhuma forma de iniciativa. A avaliação preocupava-se também com o conhecimento gramatical.

No sul do país particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as de imigrantes, italianos, alemãs, ucranianos, russos, poloneses e japoneses.

A dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos emergiu durante a segunda guerra mundial. Com isso, intensificou-se a necessidade de aprender inglês. Na década de 1940, professores universitários, militares, cientistas, artistas, imbuídos por missões norte-americanas, vieram para o Brasil e, com eles a produção cultural daquele país.

A lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 4.024, promulgada em 1961, criou os Conselhos Estaduais. Cabia-lhes decidir acerca da inclusão ou não da língua estrangeira no currículo.

No estado do Paraná, a partir da década de 1970, tais questões geraram movimentos de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esse movimento se fez presente no Colégio Estadual do Paraná fundado em 1846, que contava com professores de latim, grego, francês, inglês e espanhol.

Uma das formas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas após o parecer 581/76, bem como a tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos, no contraturno,

O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular as línguas espanhola, italiana e alemã. Esse fato estimulou a demanda de professores dessas línguas.

Em 1980, Canale e Swain ampliaram o conceito de competência comunicativa ao incorporaram, além da competência gramatical, outras três em seu modelo final: a competências sociolinguísticas propuseram quatro habilidades respectivas: leitura, escrita, fala e audição. Após dez anos do primeiro modelo proposto por Canale, Bachman apresentou o modelo de competência comunicativa e desempenho, no qual o uso de uma determinada língua envolve tanto o conhecimento da língua em questão quanto a capacidade de implementação ou de seu uso.

Na abordagem comunicativa, o professor deixa de ser o centro do ensino e passa a condição do mediador do processo pedagógico. Do aluno, é esperado que desempenhe o papel de sujeito de sua aprendizagem e agente da língua estudada.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da quinta série, cuja escolha do idioma foi atribuído a comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (Art.16§5.°).

Para o Ensino médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua estrangeira moderna com disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição (Art.36,Inciso III).

Em 1999, o MEC publicou Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional. Esta diferença entre as

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concepções de língua apregoadas nos dois níveis de ensino influencia os resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação Básica.

A função da língua estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apóiam.

Ao contextualizar o ensino da língua estrangeira, pretendeu-se problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que o têm marcado sejam políticos, econômicos, sociais, culturais, e educacionais. A partir dessa análise, serão apresentados, a seguir, os fundamentos teórico-metodológicos que orientarão o ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual.

2 OBJETIVO GERAL O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a

garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às demais obrigatórios do currículo.

O resgate da função social e educacional do ensino da língua Estrangeira no currículo da educação Básica.

O respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino médio da língua que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Use a língua em situações de comunicação oral e escrita; Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na pratica social; Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país Gêneros discursivos; Interdiscurso: condições de produção; Intertextualidade: relação entre textos, referências, etc. Análise linguísticas: elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos

relacionados aos aspectos semânticos e léxicos. Conteúdos relacionados à norma padrão. Variedade linguística (grau de formalidade);

Diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades de língua estrangeira e ou as de língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade

Os conhecimentos linguísticos, tais como: artigos, verbos, pronomes e outros, a ortografia e as possíveis realizações sonoras, assim como os conteúdos elencados estarão presentes no processo pedagógico de todas as séries e serão trabalhados em grau de profundidade de acordo como o conhecimento do aluno.

A bagagem de conhecimento que o aluno trará em língua estrangeira, especificamente, será diferenciada, pois nem sempre terá estudado em séries anteriores o mesmo idioma.

4 CONTEÚDO ESTRUTURANTE1ª Série

Verbo to be – presente e passado e as três formas ; Artigo definido e indefinido; Pronomes demonstrativos; Verbos – presente simples; Presente contínuo; Futuro imediato; How old, How much, How many; Forma imperativa; Preposições; Verbo Can;

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Why? Because; Palavras interrogative; Plural das palavras; Adjetivos possesivos; Pronomes possesivos; Passado dos verbos regulares e irregulares; Use de DO e DOES; Auxiliar DID; História e cultura afro-brasileira e africana.; Gênero musical BLUES e ROCK; História do Paraná; Pesquisas sobre diversos temas usando como ferramentas tecnológicas o

computador, a Internet como propósito geral para realizar tarefas com composição, tradução, digitação de textos, pesquisa de palavras e armazenamento de dados;

Meio ambiente pesquisando os resultados de produtos agrotóxicos;

2ª Série Futuro; Tempo condicional; Pronomes objetivos; Question tags; Superlativo; Comparativo; Pronomes indefinidos; Preposições; Advérbios de tempo; Palavras interrogativas; Passado continuo; The modal verbs; História e cultura afro-brasileira e africana.; Gênero musical BLUES e ROCK; História do Paraná; Pesquisas sobre diversos temas usando como ferramentas tecnológicas o

computador, a Internet como propósito geral para realizar tarefas com composição, tradução, digitação de textos, pesquisa de palavras e armazenamento de dados;

Meio ambiente pesquisando os resultados de produtos agrotóxicos;

3ª Série Voz passiva; Pronomes pessoais; Pronomes relativos. Expressões; Advérbios; Verbos to say e to tell; Reciprocal pronouns; Direct and indirect speech; Verbs followed by – ING; Profissionais e profissões; Correspondecias comerciais; Suplementar texts; História e cultura afro-brasileira e africana.; Gênero musical BLUES e ROCK; História do Paraná; Pesquisas sobre diversos temas usando como ferramentas tecnológicas o

computador, a Internet como propósito geral para realizar tarefas com composição, tradução, digitação de textos, pesquisa de palavras e armazenamento de dados;

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Meio ambiente pesquisando os resultados de produtos agrotóxicos;

5 METODOLOGIAAbordar o uso da língua estrangeira como espaço de construção de significados

dependentes da situação de uso, dos propósitos dos interlocutores e dos recursos linguísticos de que dispõem, se estabelece uma nova abordagem. Isto significa, entre outras coisas, pensar que o falante/escritor tem papel ativo na construção do significado da interação, assim como seu interlocutor.

O processo cognitivo com leitura discursiva, porque o processo inferencial possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais ativados e relacionados às informações materializadas no texto.

Fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas neste processo.

As estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua, cujos sentidos possíveis atribuíveis, muitas vezes poderão distanciar-se daqueles permitidos pelo texto e das condições nas quais foi produzido.

A medida que se aproximar de outra língua e de outra cultura, o aluno compreenderá, a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade.

O professor propiciará aos alunos situações de aprendizagem que lhes favoreçam um olhar critico, sobre essas mesmas comunidades, sob o horizonte de sua transformação.

O livro didático em função de seus efeitos, os quais proporcionam previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são percebidas em relação aos alunos, que podem dispor de material para estudos, consultas, exercícios, enfim, acompanhar melhor as atividade.

Descortinar os valores subjacentes ao livro didático é tarefa do professor. Recomenda-se o uso de materiais didáticos disponíveis na escola: livro didático, dicionários, livros paradidáticos, vídeos DVD’s, CD-ROMs, Internet, etc.

6 AVALIAÇÃO Trabalhos individuais, em grupo resultante de pesquisas; Exercícios de produção de linguagem; Testes orais e escritos; Conhecimentos linguísticos discursivos gramaticais, de gêneros textuais; Produção de texto; Testes orais e escritos; Participação;

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREOTTI, V.;JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T (org.) Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005

ALMEIDA FILHO, J.C.P Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2002.

BAYNHAM, M. literacy practices: investigating literacy in social contexts, London: Longman, 1995.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINA

Apresentação geral da disciplinaA Biologia enquanto ciência objetiva seu estudo, ao fenômeno “Vida” em toda a sua

diversidade de manifestação. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos

organizados e integrados, seja ao nível de célula, ou ainda do organismo como um todo.

Ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o surgimento e a

diversidade da vida, modelos científicos conviveram com outros modelos explicativos, de ordem

filosófica ou religiosa.

O estudo da Biologia deve permitir a compreensão da natureza e dos limites dos

diferentes modelos explicativos, a contrariedade entre os mesmos e a compreensão de que a

Ciência não tem respostas definidas para tudo, caracterizadas pela possibilidade de ser

questionada e de ser transformada.

O conhecimento da Biologia de subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que

dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de

tecnologias que implicam em intensa interação humana no ambiente.

O desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das tecnologias da manipulação

do DNA, células tronco e da clonagem, traz à tona aspectos éticos envolvidos na produção e

aplicação do conhecimento científico e tecnológico, havendo uma reflexão sobre as relações

entre ciência, tecnologia e a sociedade.

Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica, inigualável a

tempos anteriores. A ciência e a tecnologia se ampliam tornando-se mais presentes no cotidiano

e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano.

Aos alunos é necessário garantir a compreensão do todo, partindo-se do geral, no qual o

fenômeno vida, é uma totalidade. O ambiente, onde os fatores abióticos e os seres vivos se

interagem, pode ser apresentado num primeiro plano, e a partir dessas interações é que se pode

conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente. Observar que cada

organismo é fruto de interações entre órgãos, aparelhos e que são formados por um conjunto de

células que interagem.

E que cada célula se configura pelas interações entre suas organelas, que essas

também possuem suas particularidades individuais.

Destacar o corpo humano, estabelecendo relações entre os diferentes aparelhos e

sistemas e entre corpo e o ambiente, preservando o equilíbrio dinâmico que se caracteriza o

estado de saúde. Evidenciar a individualidade de cada ser humano, permitindo o

desenvolvimento de atitudes de respeito e apreço ao próprio corpo e ao do outro.

No ensino de Biologia, é necessário o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes

às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento,

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contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos

conscientes dos processos de regularidades do mundo e da vida, capazes assim de realizar

ações práticas de fazer julgamentos e de tomar decisões:

- Identificação da interferência de aspectos místicos na construção dos conhecimentos prévios;

- compreensão da relação do indivíduo como agente e paciente do meio em que vive;

- julgamento das atitudes mais adequadas no sentido de preservar e implementar a saúde

individual, coletiva e do ambiente;

- identificação da dualidade existente entre o desenvolvimento tecnológico e preservação à

luz das concepções a respeito do desenvolvimento do sustentado.

É preciso que todos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do

equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo

conhecido. Somente quando o ser humano se sentir parte da biosfera deste planeta Terra, terá

consciência dos seus atos, usará sua inteligência com criticidade para, quem sabe, reorganizar

os processos de produção relacionados com o consumo e trabalho, para que esta sociedade em

que vivemos se torne justa e respeitosa com todas as formas de vida.

Desta forma, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha no currículo

escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para resolver problemas que

atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de vida. Afinal, o currículo do Ensino Médio que

queremos deve formar sujeitos críticos, capazes de entender e analisar o mundo, de contribuir

para a melhoria da qualidade de vida pessoal e de sua comunidade.

Para a efetivação do ensino-aprendizagem é necessário que o professor tenha

conhecimento e muita leitura sobre metodologia de ensino, tornando suas aulas dinâmicas,

produtivas, e com aplicabilidade, para que resultem em verdadeira aprendizagem, sendo o

aluno, capaz de construir o seu próprio conhecimento, tendo o professor, como boa escolha dos

conteúdos e dos objetivos selecionados, para que todos tenham interesse.

OBJETIVOS:-Perceber e utilizar os códigos e linguagens intrínsecos da Biologia.

- Elaborar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo

- Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em

microscópio ou a olho nu

- Apresentar o conhecimento obtido de forma organizada através de textos, desenhos,

esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc

- Conhecer as diferentes formas de se obter informações e saber selecionar as que forem

pertinentes ao tema em estudo

- Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos

- Relacionar os fatos estudados entre si, elaborando conceitos, identificando regularidades e

diferenças, construindo generalizações quando possível

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- Conhecer os critérios científicos atuais para a classificação de animais, vegetais, fungos,

protistas e moneras

- Identificar as regras para nomenclatura científica de um ser vivo

- Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos

biológicos. Reconhecer os fundamentos teóricos dos conteúdos e saber aplicá-los em situações

do cotidiano.

CONTEÚDOSTodos os conteúdos serão trabalhados dentro dos conteúdos estruturantes:

Organização dos seres vivos;

Mecanismos biológicos ;

Biodiversidade

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida.

1ª SérieComposição Química dos Seres Vivos

- Elementos inorgânicos

- Carboidratos

- Lipídios

- Aminoácidos e proteínas

- Ácidos nucléicos – DNA e RNA

- Citologia

Membrana plasmática

Citoplasma

Organelas:

- Mitocôndrias - respiração

- Retículo endoplasmático - circulação

- Cloroplastos - fotossíntese

- Lisossomos - digestão celular

- Ribossomos - síntese protéica

- núcleo

- Divisão celular

Mitose

Meiose

- Gametogênese e Embriologia

Espermatogênese

Ovulogênese

Fecundação e métodos anticoncepcionais

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Desenvolvimento embrionário

Anexos embrionários

- Histologia

Tecido epitelial

Tecido conjuntivo

Tecido muscular

Tecido nervoso

2ª Série- Características Gerais dos Seres Vivos:

Composição química complexa

Organização celular

Reprodução

Mutação

Metabolismo

Excitabilidade

Crescimento

Adaptação

- Nomenclatura e Taxinomia dos Seres Vivos

- Classificação dos Seres Vivos:

Os Vírus – doenças

Reino Animália: Animais invertebrados e vertebrados

Reino Plantae – morfologia vegetal

Reino Fungi – doenças e utilidades

Reino Protista – doenças

Reino Monera – doenças

- Reprodução:

Assexuada

Sexuada

- Teorias das origens

Big Bang

Origem do planeta Terra

Origem da Vida – teorias da Abiogênese e da Biogênese

Hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos

3ª Série- Genética

Transmissão dos caracteres hereditários

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Probabilidade

A 1ª Lei de Mendel

A 2ª Lei de Mendel

Polialelia e alelos múltiplos

Herança ligada ao sexo

Interação genética

- Ecologia

Ciclos biogeoquímicos e poluição

A dinâmica dos ecossistemas

Seres vivos e suas relações

Sucessões ecológicas

- Evolução

Teorias da evolução

Irradiação adaptativa e convergência

Divisões do tempo geológico

Serão incluidos no contexto do trabalho:

Lei Estadual do Paraná – nº 14.037/03 – que instituiu o Código Estadual de proteção dos

animais;

Lei de biosegurança;

Resolução do Conama/MMA e Política Nacional da Biodiversidade;

Lei nº 13.381/01 - História do Paraná

Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro –Brasileira e Africana

METODOLOGIAPara o ensino de Biologia é fundamental compreender o fenômeno da vida e sua

complexidade de relações, pois isso significa pensar em uma ciência em transformação cujo caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante e de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

Durante todo o ano letivo, a participação direta do aluno no processo de ensino-

aprendizagem, mostra-se necessária para que ele possa explorar o mundo que o cerca,

ampliando e aperfeiçoando suas percepções sobre o mesmo, com oportunidades de refletir e

questionar o modelo proposto frente à realidade.

Para tanto, as atividades desenvolvidas durante o ano letivo incluem:

- Aulas expositivas e dialogadas

- Debates

- Leitura e interpretação de textos

- Discussão dirigida dos temas

- Exercícios e problemas para serem resolvidos em sala de aula ou fora do ambiente escolar

- Utilização de materiais audio-visuais (filmes, transparências, painéis, etc.)

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- Experiências práticas

- Demonstrações de seres vivos menos conhecidos

- Pesquisas bibliográficas orientadas

AVALIAÇÃO É imprescindível que a avaliação seja contínua, com acompanhamento das atividades do

educando na rotina de sala de aula, de modo a ser possível traçar o perfil de processo e

aprendizagem do educando.

As ferramentas de avaliação a serem utilizadas devem ser variadas para acompanhar a

personalidade e as características individuais de cada aluno, sem detrimentos. Serão utilizadas

as seguintes ferramentas:

- Provas escritas de tipos variados, com questões abertas que induzam o aluno à reflexão e não à mera cópia dos textos vistos em aula, bem como questões de múltipla escolha.- Exercícios escritos.

- Entrega de relatórios com anotações após atividades de campo.

- Trabalho de pesquisa bibliográfica

- Frequência e participação em sala de aula.

- Apresentação para os colegas de classe.

-Auto-avaliação do aluno.

A avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicos

pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se tornem

observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes

- Recuperação paralela, conforme a LDB

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUYTON, A. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro: Interamericana, 1979.

JECKEL NETO, Emílio A., BAUER, M. E. Avanços em biologia celular. Porto Alegre/ RS:

Puc, 2002.

JUNQUEIRA, L. C. ; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 1990.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de

São Paulo; 2004.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2005.

NARDI, R. Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras editora, 2002.

RAVEN, P.; EVERT, R. F.; EICHHORN, E. E. Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara,

2001.

THOMAS, S. O homem e o mundo natural: mudanças de atitude em relação às plantas e aos animais, 1500 – 1800. São Paulo: Companhia das letras, 1988.

WILSON, E. O. Diversidade da vida. São Paulo: Companhia das letras, 1994.

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PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAA Filosofia tem como protagonista da sua origem, o homem e suas indagações que se

referem ao ser, ao pensar e ao agir. Como Ciência do pensamento deve considerar o homem no tempo, num determinado espaço, herdeiro e produtor de uma cultura. Enquanto disciplina escolar sempre esbarrou no problema do método de ensino a fim de evitar o seu esvaziamento, principalmente se fica atrelado a sua história. Ela entende o homem como um ser social, dotado de corpo-mente e participante de um processo histórico.

Historicamente, a Filosofia e seu ensino, atenderam a interesses de quem está no poder, como é o caso da Idade Média, onde a Igreja aparece como formadora de opinião e o que lhe interessava, era a utilização da lógica para entender os textos bíblicos, inseridos nos ensinamentos da Igreja, voltados principalmente ao criacionismo e a relação criador criatura. Na Idade Média, a Patrística e a Escolástica marcam os grandes períodos da Filosofia. Apesar de Teocêntrico e Medieval, não desprezava a Cosmologia e a condição do homem na natureza, muito discutida na Idade Antiga.

O antropocentrismo aparece na Modernidade como forma para despertar no homem, os seus valores e capacidades criativas, e superar a sua inferioridade, construída pela Teologia. Ocorre uma separação entre a fé e a razão. Descobre-se o racionalismo, o empirismo, o Criticismo. O homem desperta para a experimentação.

Sem desprezar, os períodos anteriores, o final do Século XIX, faz a Filosofia ser capaz de criticar o presente, para compreendê-lo e interagir nas questões que emergem para o século atual.

O Ensino de Filosofia no Brasil, tem suas origens nos tempos coloniais com a educação jesuítica, voltada a formação moral e intelectual, as ordens e regras da Igreja Católica.

No período inicial da República, a Filosofia passou a ser obrigatória no Currículo Escolar, porém sem apresentar uma criticidade, à conjuntiva político social desse período. Com a Lei nº 4.024/61, a Filosofia deixou de ser obrigatória, e a partir do Regime Militar, ela desaparece do Currículo escolar, pois não interessava ao Regime Ditatorial.

No contexto histórico educacional, a partir dos anos 80, a educação brasileira faz a Filosofia aparecer como uma disciplina inerente a formação de sujeitos críticos e conscientes de problemas atuais que marcam o homem e a sociedade moderna, seus desafios. Tecnologia, exclusão, violência, pluralismo cultural, problemas estéticos, ideológicos culturais, entre outros, prescinde de conhecimento filosófico para uma atitude transformadora.

A Lei 9495/96 – LDB voltou a discutir a Filosofia e seu ensino no Ensino Médio, embora houvesse resistência por parte do Presidente da República, alegando a má formação dos professores, elevação dos gastos do Estado e o risco de descaracterizar a Filosofia. Seu ensino ficaria relegado a transversalidade, o que não condiz com a realidade.

A Resolução n° 04 de 16 de agosto de 2.006, tornou a Filosofia e a Sociologia obrigatórias no Ensino Médio.

No Estado do Paraná a Lei nº 15228 de Julho de 2006 tornam a filosofia e a Sociologia obrigatórios na Matriz Curricular do Ensino Médio.

A reflexão filosófica permite ao educando um posicionamento que o leve a perceber que está em processo de construção, como sujeito. Suas perspectivas e suas escolhas, num exercício de liberdade e cidadania. É importante que o ensino de Filosofia se dê no diálogo filosófico, considerando o local onde o sujeito está inserido, bem como o próprio sujeito a que ela se dirige, a fim de que este possa exercer a sua autonomia da razão e capacidade de discernimento, num mundo multifacetado.

B) OBJETIVO GERAL : Oportunizar atitudes filosóficas perante a vida e o mundo nas diversas situações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Desenvolver a autovalorização para contribuir com a vivência em sociedade, num

processo de interação social. Valorizar a vida , frente a materialidade.

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Ampliar o entendimento com autonomia e criticidade Ter consciência de sujeito na construção e reconstrução do conhecimento e no

exercício de cidadania.

C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:1.0- MITO E FILOSOFIA

A origem da Filosofia. A Filosofia na Grécia e sua contribuição para o Ocidente Europeu. A perspectiva filosófica. Mito e razão filosófica. O senso comum e o senso crítico. Ironia e Maiêutica.

2.0- TEORIA DO CONHECIMENTO O problema do conhecimento. A teoria e a prática. As fontes do conhecimento. O racionalismo. A Filosofia e o método. Aristóteles e Platão. A lógica Aristotélica. A critica da razão pura. Kant e o Iluminismo.

3.0) ÉTICA A virtude em Aristóteles e Sêneca. Ética e felicidade. Felicidade e virtude. Sêneca e a felicidade. Amizade. Amizade e ética Amizade e justiça. Amizade e sociedade. O homem animal e racional Liberdade Os homens e a liberdade O s pensadores e a liberdade. Os entraves da liberdade. Sartre e a liberdade. A existência e a essência. Concepções filosóficas da liberdade. A liberdade como problema.

4.0) FILOSOFIA POLÍTICA. A vida política. A origem da vida política. Sociedade e Estado. O pensamento político de Maquiavél. Maquiavél e o poder. Política e democracia. Política na Grécia antiga. A democracia. Rousseau e o contrato social. Karl Marx e a crítica ao liberalismo. Política e cidadania.

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5.0 FILOSOFIA DA CIÊNCIA: O progresso da ciência. O significado da ciência. Filosofia e ciência.

Senso comum e CiênciaGalileu e a CiênciaAs principais concepções da Ciência – Racionalismo – Empirismo – Construtivismo

6-0 ESTÉTICA:Arte e FilosofiaFilosofia e o Belo A Arte e o TempoKant e o Sentimento do BeloO Belo e o Mercado A necessidade do BeloO Cinema e o Sentido da ImagemEstética da Atração

METODOLOGIA DA DISCIPLINAOs encaminhamentos metodológicos sempre partirão de uma problematização. Essa,

deve necessariamente Ter uma relação com o cotidiano e a realidade social e cultural do aluno. Com base nesta perspectiva, se buscará uma resposta que contemple o problema, através de uma análise filosófica, buscando estabelecer relações com a Filosofia e sua história.

Todo estudo filosófico deverá servir para que o aluno seja capaz de formular seus conceitos, superar os seus pré conceitos, contemplar suas expectativas e conseguir ter uma melhor compreensão do dinamismo da sociedade e seus desafios.

As atividades investigativas, a partir da análise de um texto, um filme, uma notícia, devem fornecer subsídios para que o aluno consiga fazer uma análise da questão, relacionar com a Filosofia, e compreende a situação descrita de forma crítica e ampla.

A utilização do livro didático, da sala informatizada, e da Biblioteca, são recursos imprescindíveis para o sucesso do trabalho, afim de que não se caia num vazio onde o aluno e o professor tornem aquele conteúdo trabalhado, em uma atividade sem importância.

AVALIAÇÃOA avaliação será processual, ou seja deve considerar a capacidade do aluno na sua

construção do pensamento filosófico. O que pensava antes e como está pensando depois do estudo realizado. A sensibilização do aluno com os temas trabalhados, diagnosticando os seus avanços, é de grande relevância no processo de construção dos estudos filosóficos.

D) BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Orientações curriculares do Ensino MédioCORBISIER, R Introdução à Filosofia DELEUZE, G.; GUATTARI, F O que é a Filosofia?GALLO, S.; KOHAN, W.O. Cadernos CedesREALE, G.; ANTISERI, D. História da FilosofiaRUSSELL, B. Os problemas da Filosofia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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O estudo de Sociologia, tem por finalidade dar condições que permitam ao aluno analisar, compreender e questionar o processo da realidade política, econômica, social e cultural em que estamos inseridos.

Ao vivermos em uma sociedade pluralista e capitalista, o homem perde a sua condição de liberdade natural, passando ao individualismo. Assim, o ser humano torna-se alienado, insensível e descomprometido consigo, com o outro e com o mundo.

A Sociologia é como uma ferramenta que auxilia na construção e ampliação da essência política do indivíduo, tornando-o sensível,crítico e comprometido com as questões sociais. Permite uma reflexão em torno da permanência das questões sociais, referentes a compreensão da complexidade do mundo atual. Assim, na busca deste conhecimento sociológico,sistematizado o educando poderá construir uma postura mais reflexiva e crítica da realidade em que vive.

A Sociologia desenvolveu-se pautada no pensamento positivista e nas ciências experimentais. O modo de produção da sociedade é o que condiciona todo um funcionamento da vida social. Foi a partir da Revolução Industrial, século XIX que a Sociologia foi levada a pensar e analisar a sociedade e seus desdobramentos.

Como representantes desse pensamento temos Augusto Comte que primeiro usou o termo Sociologia como ciência da sociedade, Emile Durkheim, responsável pela inclusão da Sociologia como disciplina acadêmica na França. Objetivava reconhecer a Sociologia como ciência e disciplina. Buscavam encontrar soluções para os graves problemas sociais gerados pelo sistema capitalista.

Karl Marx, contribui para a Sociologia ao trazer a tona a exploração da classe dominante, detentora dos meios de produção, sobre a classe proletária que só tinha a força de trabalho para vender.

No Brasil, no início da República , Euclides da Cunha Silvio Romero e Oliveira Vianna , pensam a Sociologia não como sendo de caráter científico, mas com o seu conteúdo voltado a criar uma identidade cultural nacional, ou seja, a brasilidade.

A realidade brasileira é analisada com mais rigor a partir da década de 30 do século XX com a contribuição de Gilberto Freire e Fernando de Azevedo. Com a criação de universidades, o pensamento marxista teve fortes repercussões, através de importantes intelectuais como Caio Prado Júnior , Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Otávio Tanni.

É nos primeiros tempos republicanos também que a Sociologia, aparece nos currículos escolares, principalmente nos cursos superiores. Com a implantação de ditadura 1937 Estado Novo, 1964 Ditadura militar, a Sociologia some dos currículos escolares, reaparecendo depois com a democratização.

OBJETIVO GERAL:Compreender as relações sociais e seus desdobramentos a partir dos acontecimentos do

cotidiano.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:Compreender as diferentes sociedades e suas relações interpessoais, culturais,

econômicas e políticas.Ampliar a compreensão de mundo e suas necessidades para desenvolver formas de

atuação participativa, criativa e solidária na construção de ações coletivas.Reconhecer as diversidades de seu ambiente.Respeitar as diferentes culturas e diversidade de ideias.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES1.0 Cultura

PopularEruditaMaterialIndústria Cultural

2.0 IdeologiaCorrentes Sociológicas

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MassificaçãoAlienaçãoMeios de comunicação

3.0 Relações Sociais e de PoderPoder Político, Econômico e SocialCidadania e DemocraciaInstituições SociaisClasses SociaisMovimentos SociaisGlobalização

4.0 Modos de ProduçãoTrabalho HumanoInovação Industrial, Tecnologia e CientíficaEconomia e MercadoMonopólio dos Meios de Produção

METODOLOGIAOs temas abordados, deverão partir da realidade social a que estamos inseridos. A

utilização de periódicos, revistas de circulação nacional, jornais locais,sites,que apresentem relação com o tema estudado são de grande relevância na construção crítica do saber sociológico. E importante uma leitura interpretação atenta e detalhada dos temas apresentados pelos veículos de comunicação, acima citados. O debate organizado com conhecimento de causa , embasamento teórico, se faz presente no processo de construção sociológico.

Após o debate e aprofundamento do tema se faz necessário, a construção e apresentação de um relatório, onde o aluno expressará os seus conceitos sociológicos.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Como a própria história da matemática nos ensina, ela é de grande importância na história da humanidade, pois os seus procedimentos métodos e técnicas seguiram sempre ao lado da modernização, desenvolvendo habilidades exigidas na época. A disciplina de Matemática que será ministrada aos alunos deste curso, tem um significado muito grande, pois será o embasamento para conseguir êxito em um vestibular, ou na vida profissional que venha escolher. É através dela que o aluno vai relacionando os conteúdos vistos anteriormente, e se os resultados são positivos ou negativos. Também tem a finalidade de instruir e capacitar o nosso aluno para enfrentar os problemas matemáticos do nosso dia a dia. Segundo as Diretrizes Curriculares os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado, estabelecendo entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Nesta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas, presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem. Para orientar a prática docente com estudantes do Ensino Médio, tome-se por base estudos do campo da Educação Matemática que se volta para ensino e aprendizagem de conteúdos de Geometria. A Geometria não deve ser trabalhada rigidamente separada da Aritmética e da Álgebra. Por ser a Geometria rica em elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento. Para Lorenzato (1995, p. 7) “a geometria é a mais eficiente conexão didático-pedagógico que a Matemática possui: ela se interliga com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que realiza uma verdadeira tradução para o aprendiz”. Relacionando o conteúdo de Estatística com o de Probabilidade, os estudantes deverão ter uma formação que possibilite a leitura diversificada da realidade. Esta formação pode permitir que o estudante perceba, por exemplo, que medidas estatísticas (distribuição de frequências, medidas de posições, dispersão, assimetria e curtose) não são fatos encerrados em si próprios. O estudo da Probabilidade, a partir da manifestação e/ou ocorrência de ações desencadeadas em função da relação entre as pessoas e o ambiente em que se encontram, permite lançar diferentes olhares sobre o mundo, retirando do ensino desta disciplina a ideia de determinismo e exatidão. É um espaço para a análise e reflexão, considerando variações de resultados obtidos por meio de aferições. Imprescindível a discussão a respeito de possíveis diferenças entre o que se imaginava e o constatado, procurando descobrir o que leva a tal fato, dando os primeiros passos em direção a uma Matemática probabilística. O homem, na sua trajetória histórica da busca de resolução de problemas, criou um sistema de numeração para controlar a quantidade de coisas que possuía ou que produzia. Usando objetos que encontrava em seu entorno, como pedrinhas, nós em corda e também referências corporais, foi possível se chegar ao que chamamos, hoje, de conjuntos numéricos. Assim as operações comuns passaram a ter novas configurações, com a contagem de grupos de objetos, ou seja, subconjuntos, nos quais se obedece a uma condição dada. Este foi o terreno propício para se desenvolver esse campo do conhecimento, denominado aqui, de Tratamento da Informação, como meio para resolver problemas que exigem análises e interpretações. Assim se criou uma área da Matemática que trata de problemas de contagem que exigem cálculos elaborados e engloba uma grande variedade de técnicas de resolução, tais como, a Análise Combinatória que abrange arranjos, permutações e combinações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Entendem-se, por Conteúdos Estruturantes, os saberes (conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são

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selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e da disciplina escolar. Estes campos de estudo são considerados fundamentais para a compreensão do processo do ensino e da aprendizagem em Matemática. Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos estruturantes são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação. Números e Álgebra O conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrado em Conjuntos dos Números Reais, Noções de Números Complexos, Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios. A Álgebra se constituiu como campo do conhecimento matemático sob as contribuições de diversas culturas. As produções matemáticas do século XVII ao século XIX procuravam atender às demandas de algumas áreas de atividades humanas, principalmente as comerciais e a administração pública. Essas atividades fizeram que a Álgebra alcançasse um novo estágio de desenvolvimento. Neste novo estágio se estabeleceu regras que permitiu encontrar soluções para equações cúbicas, discutir o número de raízes de equações de grau maior que três, afirmando que equações com mais de uma raiz têm mais de uma solução. Também, se usou pela primeira vez os números imaginários na tentativa de encontrar raízes quadradas de números negativos. Em resumo, se originou a teoria das equações algébricas. No Brasil, o ensino da Álgebra, em cursos secundários, teve início no século XVIII, influenciado diretamente pelas produções européias, introduzidas no ensino brasileiro na forma de aulas avulsas, ao lado de matérias já existentes no currículo como a Aritmética, a Geometria e a Trigonometria. Essas ideias de contagem evoluíram e outros povos adotaram os conceitos e criaram seus sistemas de numeração. Entre eles, citamos os sumérios, babilônios, egípcios, gregos, romanos, hebreus, maias, chineses, indianos e árabes.

O conteúdo estruturante Geometrias, encontra-se desdobrado em Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções básicas de Geometria Não-euclidiana. O uso de ideias geométricas abstraídas das percepções das formas geométricas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada como na vida orgânica e dos rituais peculiares às culturas locais, influenciou o homem na sua trajetória. Assim, após a coleta de registros geométricos deixados pelo homem na sua trajetória, foi possível a Euclides, cerca de três séculos antes de Cristo, sistematizar o conhecimento geométrico na obra chamada Os Elementos de Euclides. Os registros de Euclides categorizaram a Geometria dando à mesma o caráter de ciência Matemática. Nesta obra, a Geometria é vista pela coesão lógica e concisão de forma. Pela maneira como são postas suas bases e pelo rigor das demonstrações, a Geometria se caracteriza como modelo lógico para as outras ciências físicas. A obra de Euclides tem uma importância excepcional na história da Matemática e exerce influência até os dias atuais, inclusive no âmbito escolar. O ensino de Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que exijam a percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si. Entende-se que a valorização de definições, abordagens de enunciados e demonstrações de fórmulas são válidos, aliás, são inerentes à Geometria, mas que isso deve ocorrer no processo de ensino e da aprendizagem a fim de propiciar a compreensão do objeto geométrico. Não se deve superficializar o processo que objetiva a formação do pensamento geométrico privilegiando somente as demonstrações geométricas e seus aspectos formais. O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítmica, Função Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica. No período Moderno, o aprimoramento dos instrumentos de medida, inspirou os matemáticos, a estudarem as noções de funções, fundamentando-se na experiência e observação, contribuindo, assim, para a evolução do conceito. Nesse período, introduz-se o tratamento quantitativo, as equações em x e y no tratamento das relações de dependência, noções de curva nos movimentos e fenômenos mecânicos, taxas de mudança de quantidade,

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imagens geométricas e linguagem simbólica. É no período de sua sistematização que percebe-se as primeiras aproximações do conceito de função com a Álgebra, onde a função é expressa por notação algébrica (ZUFFI, 2001). Diante dessas articulações, o conceito de funções passou a ter uma maior abrangência, avançou aos campos do Cálculo Diferencial e da Análise Matemática, contribuindo, assim, para a caracterização e estudo de cálculos que envolvem a noção de infinito. Essas contribuições foram fundamentais para o desenvolvimento da teoria das funções complexas. O papel desse conteúdo estruturante é o de instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de Matemática, deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por conta da noção de variabilidade e da possibilidade de leituras analíticas do seu objeto de estudo e atuação em outros conteúdos específicos da Matemática uma mobilidade às explorações matemáticas.

Assim, a partir das Funções, esta mobilidade alcança patamares ligados a modelos geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica quanto geométrica inserindo, assim, a noção analítica de leitura do objeto matemático. O caráter de articulações e inter-relacionamentos proveniente do conceito de Funções pode levar à constatações de regularidades matemáticas, generalizações e formação de uma linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância especial pela capacidade de leitura e interpretação da linguagem gráfica que dá significado às variações das grandezas envolvidas, bem como pela possibilidade de análise para prever resultados e adiantar previsões. Os gráficos são importantes instrumentos para tornar mais significativas as resoluções de equações e inequações algébricas.

Tratamento da Informação O Tratamento da Informação encontra-se desdobrado em Análise Combinatória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton. Os primeiros estudos sobre estatística, contribuíram para se estudar questões que envolvem a probabilidade de ocorrência de eventos. Soma-se a isso o interesse pelos jogos e a organização de companhias de seguros. Assim, surgiram as sistematizações sobre a Teoria das Probabilidades (RONAM, 1983). Também é neste período que Blaise Pascal escreve seu tratado sobre o triângulo aritmético formado por coeficientes binomiais. As descobertas de Pascal foram úteis para desenvolver cálculos probabilísticos. Outra descoberta importante para a Matemática ocorreu com Isaac Newton ao dedicar-se aos estudos sobre séries infinitas. Como conseuência, seus estudos se estenderam à outras investigações, resultando na descoberta das séries binomiais. Os estudos desenvolvidos por Leibniz com o objetivo de encontrar um método universal pelo qual pudesse abstrair conhecimentos que o levassem a compreender o universo, conduziu-o a descobertas matemáticas, entre as quais, as Permutações e Combinações, constituindo a Análise Combinatória (STRUIK, 1997, p. 181). O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.

Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pelafacilidade e rapidez no acesso às informações que exigem o desenvolvimento do espírito crítico, e a capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas situações da vida em sociedade. Nesse grupo de conteúdos os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos específicos com os quais possam estabelecer vínculos onde seja possível quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do cotidiano. O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da atividade humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e de conjuntura social, provocando mudanças de forma direta na vida das pessoas e da sociedade de forma geral. Sua importância se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar

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descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro. O conteúdo específico Binômio de Newton está, também, no mesmo conjunto de articulações que possam ser estabelecidas entre Análise Combinatória, Estatística e Probabilidade. Suas propriedades são ricas em agrupamentos, disposição de coeficientes em linhas e colunas e ideia de conjuntos e subconjuntos.

Tanto o Teorema das Colunas como o Teorema das Diagonais trazem implícito oargumento binomial e o argumento combinatório, o que possibilita, ao aluno, articular esses conceitos com os presentes em outros conteúdos específicos. No cálculo de probabilidades, por exemplo, se usa distribuição binomial quando o experimento consiste numa sequência de ensaios ou tentativas independentes. É comum, na prática docente, um problema matemático e sua solução requisitar procedimentos metodológicos. Ante ao exposto, em relação aos conteúdos estruturantes, vale perguntar: como abordá-los em sala de aula.

CONTEÚDOS POR SÉRIE1ª SÉRIE

I – Números Reais-Trabalhar uma revisão dos conjuntos : N,Z,Q, I e R;-Matemática Financeira: razões, Regra de Três, Porcentagem, Juros Simples;-Relações: Conceitos e Representação no Plano Cartesiano.II –Funções-Definições e Classificações;-Função Crescente e Decrescente;-Funções: Constante, Afim, Linear, Quadrática (noções gerais)-Representação gráfica das Funções.III –Função Exponencial e Logarítmica-Potência de expoente racional;-Função Exponencial;-Gráfico da função exponencial;-Equação Exponencial;-Inequação exponencial;-Definição de logaritmo;-A função Logarítmica;-Domínio da função Logarítmica;-Propriedades dos logarítmos;-Mudança de base;-Equações logarítmicas;-Cálculo com logaritmos decimais.

2ª SÉRIEI –Progressões: P. A. e P.G.-Sequências numéricas;-Progressão aritmética;-Fórmula do Termo Geral de uma P.A.-Soma dos Termos de uma P.A.-Progressão Geométrica;-Fórmula do Termo Geral de uma P.G.-Soma e Produto dos Termos de uma P.G.II –Trigonometria-Introdução;-Medida de arco de circunferência;-Medida de Ângulo Central;-Razões trigonométricas no Triângulo retângulo;-Propriedades e relações do seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo;

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-Razões trigonométricas de ângulos.III –Funções Trigonométricas-Ciclo Trigonométrico;-O arco Trigonométrico;-A função seno, cosseno e tangente;-Outras funções trigonométricas;-Relações entre as funções;-Identidades trigonométricas;-Recorrência ao arco do 1º quadrante;-Cálculo dos valores das funções trigonométricas.IV –Fórmulas de Transformação-Adição e Subtração de arco;-O arco duplo;-Transformação de soma em produto.V –Equações e inequações trigonométricas-Introdução;-Equação do tipo sem x = sem a;-Equação do tipo cos x = cos a;-Equação do tipo tg x = tg a;-Outros tipos de equações;-Inequações trigonométricas.VI –Resolução de triângulos e aplicações-Introdução;-Lei dos senos;-Lei dos cossenos;-Problemas de aplicação.

3ª SÉRIEI –Noções de Geometria Analítica e Rela-Distância entre dois pontos;-Razão de seção de um segmento por um ponto;-Ponto médio de um segmento;-Baricentro de um triângulo;-Área de um triângulo;-Condição de alinhamento de três pontos na reta;-Equação de feixe de reta que passa por um ponto;-Equação geral da reta e outras retas;-Paralelismo, perpendicularismo e ângulo entre duas retas concorrentes;-Distância de um ponto a uma reta.II –Matrizes-Noções de Matrizes;-Representação genérica de uma matriz;-Tipos de Matrizes;-Igualdade de Matrizes;-Adição de Matrizes;-Subtração de Matrizes;-Multiplicação de um número real por uma matriz;-Multiplicação de Matrizes;-Matrizes Transposta e Inversa.III –Determinantes-Cálculo de Determinantes;-Cofator de um elemento de uma matriz de ordem n (n>2);-Propriedades dos determinantes.IV –Equações Lineares-Introdução;-Sistemas de equações lineares;

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-Matriz de sistema linear;-Regra de Cramer.V –Binômio de Newton-Fatorial;-Números Binomiais;-Triângulo de Pascal;-Desenvolvimento do Binômio de Newton.VI –Probabilidades-Introdução;-Espaço Amostral;-Eventos;-Probabilidades.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos, priorizando relações e interdependências que, consequentemente, enriquecem os processos pelos quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens possibilitam, podem ser retomados e aprofundados. Existem investigações em Educação Matemática que abordam as relações que podem ocorrer entre os conteúdos matemáticos. Educadores matemáticos se incumbem de realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre eles, Machado (1993, p. 28), escreve que: “(...) o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam”. O autor defende que abordar conteúdos disciplinares com base numa organização linear, tanto nas relações interdisciplinares quanto no interior das diversas disciplinas poderá incorrer em práticas docentes que impossibilitam a produção de um ensino significativo. Portanto, busca-se, direcionar nesse documento, o trabalho docente de forma que o mesmo se paute de abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico. A discussão proposta por Machado, aponta que a necessidade de uma organização dos conteúdos curriculares. Para o autor, parece certo que existe uma ordem necessária para a apresentação dos assuntos, no entanto, o que não pode ocorrer é que o conhecimento em Matemática seja submetido a caracterizações a partir de elementos constitutivos expressos, simplesmente, por ordenações e procedimentos algorítmicos. Se a postura para uma prática docente for, de tal forma que expresse desarticulação, é possível que se estabeleça ruptura entre os conteúdos e iniba os inter-relacionamentos entre os conceitos. Com a perspectiva de um trabalho docente com conteúdos de Matemática, pensados a partir de uma noção que vise romper com abordagens que apregoam a fragmentação de tais conteúdos como se eles existissem em patamares distintos e sem vínculos. Nesse contexto, ao inserir o estudo dos conteúdos função afim e progressão aritmética, ambos do conteúdo estruturante funções, o professor pode buscar na Matemática financeira, mais precisamente nos conceitos de juros simples, elementos para abordá-los. Para os conteúdos função exponencial e progressão geométrica, os conceitos de juros compostos também serão elementos básicos.Nesse caso, entende-se não ser necessário estudar isoladamente Matemática financeira. Assim são realizadas aulas expositivas, utilizados textos auxiliares, situações problemas, O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática. D’ Ambrósio (1989) elege algumas propostas metodológicas que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática. A autora destaca a Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias tecnológicas, a Etnomatemática e a História da Matemática.

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Desta forma, como proposta destas Diretrizes, seguem-se considerações sobre as tendências metodológicas elencadas e estudadas no campo de estudo da Educação Matemática. Aqui, as tendências devem ser entendidas como meio que fundamentará metodologias para a prática docente. Uma tendência não é mais importante que a outra, tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma vez que se complementam.Resolução de Problemas Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um problema, o estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que almejam a solução. É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem e utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, à solução, na resolução de problemas, isto não ocorre de forma imediata, pois, muitas vezes, é preciso levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA Pesquisa e debates sobre o espaço dos afro-descendentes e de sua cultura nos

meios de comunicação de massa (em especial na TV); Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor,

renda e escolaridade no País e no Município; Análise de pesquisa relacionadas ao negro e mercado de trabalho no País; Realização com os alunos de pesquisa de dados no município com relação à

população afro-descendente e indígenas. Abordar e debater temas relacionados aos “ Desafios Educacionais

Contemporâneos, tais como: Educação ambiental Educação fiscal Prevenção ao uso indevido de drogas Sexualidade

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes, provas, atividades em classe e extra-classe, bem como trabalhos de pesquisa, além de modelagem matemática , resolução de problemas, operações e algoritmos que o levem a construção do raciocínio lógico matemático, utilizando-se para istoferramentas tais como calculadora, computador, régua, compasso, esquadro, etc...

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares Estaduais – Matemática para o Ensino Médio. SEED.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação.Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.

BORBA, M. C. Tecnologias informáticas na educação matemática e reorganizaçãodo pensamento. In: BICUDO, M. A. V. (org). Pesquisa em educação matemática:concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. p. 285-295.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n.2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989., U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São

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D’AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história daMatemática. In: BICUDO, M. V.; BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa emmovimento. São Paulo: Cortez, 2004.

KNELLER, G. F. A ciência como uma atividade humana. São Paulo: Zahar, 1980.KOSIK. K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.IFRAH, G. Os números: a história de uma grande invenção. 7.ed. São Paulo:Globo, 1994.

SAVIANI, D. Do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1991.

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PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINAUma das principais características do ser humano é a curiosidade: a necessidade de

descobrir os segredos das coisas e da natureza. Para alcançar esse objetivo – o e descobrir como as coisas funcionam – nem sempre a simples observação é suficiente, por isso, no curso da história da humanidade o homem vem desenvolvendo experimentos que simulem os fenômenos naturais com o propósito de melhor estudá-los. A interpretação lógica e criativa dos resultados desses experimentos, ocorreram através de fenômenos observáveis da natureza, tem se caracterizado como os pilares básicos do conhecimento científico, e da própria Física.

Entretanto, a Física não está, de modo semelhante à outras áreas do conhecimento, mas caracteriza-se como meio de produção de conhecimentos por meio também de pesquisas de laboratório, e, ligadas à produção industrial, científica e tecnológica.

Muitas vezes, sequer se percebe sua aplicabilidade e importância no dia a dia, quer em equipamentos, conforto, trabalho e laser. O objeto de estudo da Física é parte integrante da vida cotidiana do ser humano, ainda que este a desconheça.

A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto a utilização dos conhecimentos científicos e tecnológicos, bem com a discussão dos efeitos de sua utilização no ser humano e sobre o ambiente no qual é utilizado.

Durante um longo período histórico abordava-se a física somente como um conjunto de regras prontas e terminadas que poderiam ser utilizadas em dados momentos cruciais, tal como os da era do determinismo (século XIX). A teoria da relatividade e a mecânica quântica, modificaram as formas de se ver e interpretar o mundo, exigindo do ser humano uma maior criatividade para investigar, apresentando-o como aspecto formativo de desenvolver o raciocínio científico, e como aspecto informativo, mediante o qual o educando edifique seus conhecimentos com dados a serem constatados, através da experiência na escola, no laboratório e nas oficinas desenvolvidas no ámbito escolar sempre usando como relação o mundo biofísico. Segundo esta forma de pensar, segue-se um relacionamento lógico de interaçãoentre os aspectos.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

1ª SÉRIE• – Introdução à Física • – Energia 1. Conceitos 5. Trabalho 2. Importância 6. Potência 3. Divisões 7. Energia Mecânica 4. Sistema Internacional de 8. Conservação da Energia Unidades • – Estática• – Cinemática 1. Força Resultante 1. Movimento e Repouso 2. Decomposição de Forças 2. Trajetórias 3. Resultante de sistemas de três 3. Velocidade e Aceleração ou mais forças• – Movimentos Retilíneos • Equilíbrio de corpos rígidos 1. Uniforme 1. Torque 1. Funções Horárias 2 Binários 2. Uniformemente Variados 3. Condições de Equilíbrio 1. Propriedades • – Equilíbrio de Partículas 2. Funções Horárias 1. Partículas em equilíbrio sob• – Forças ação de duas forças 1. Conceito 2. Partículas em equilíbrio sob a 2. Lei de Hooke ação de três ou mais forças 3. Peso • – Centro de Gravidade

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• – Dinâmica 1. Centro de gravidade 1. Conceitos 2. Leis de Newton 3. Força de Atrito

Força Centrípeta

2ª SÉRIE 1.0 – Termometria 6.6 Rendimento das Máquinas 1.1 Temperatura e sua medida térmicas 1.2 Equilíbrio térmico 6.7 Ciclo de Carnot 1.3 Escalas termométricas e sua 7.0 – Óptica conversão 7.1 Luz e fontes 1.4 Escalas Arbitrárias 7.2 Princípios da óptica geométrica2.0 – Calorimetria 7.3 Fenômenos Luminosos 2.1 Conceitos 7.4 Conseqüências da propagação 2.2 Quantidade de Calor retilínea 2.3 Capacidade Térmica 7.5 Sistemas ópticos 2.4 Princípio das trocas de calor 8.0 – Reflexão da Luz 2.5 Calorímetros 8.1 Espelhos Planos3.0 – Mudanças de Estado Físico 8.1.1 Formação de Imagens 3.1 Mudanças de fase 8.1.2 Campo Visual 3.2 Leis das mudanças de fase 8.1.3 Espelhos angulares 3.3 Quantidade de calor latente 8.1.4 Rotação e translação 3.4 Diagramas de aquecimento de espelhos4.0 – Dilatação 8.2 Espelhos esféricos 4.1 Dilatação Linear 8.2.1 Elementos 4.2 Dilatação superficial 8.2.2 Focos e condições de 4.3 Dilatação Volumétrica Gauss 4.4 Dilatação dos líquidos 8.2.3 Raios notáveis 4.5 Lâminas bimetálicas 8.2.4 Formação de Imagens5.0 – Gases Perfeitos 8.2.5 Equações dos 5.1 Variáveis de estado espelhos esféricos 5.2 Condições normais de 9.0 – Refração da Luz temperatura e pressão 9.1 Definições 5.3 Equação de Clapeyron 9.2 Índice de refração 5.4 Lei Geral dos gases perfeitos 9.3 Leis da Refração 5.5 Transformações Gasosas 9.4 Reflexão total e ângulo limite Particulares 9.5 Lâminas de faces paralelas6.0 – Termodinâmica 9.6 Prismas 6.1 Trabalho termodinâmico 9.7 Lentes esféricas 6.2 Transformações cíclicas 9.7.1 Nomenclatura 6.3 Energia Interna de uma gás 9.7.2 Elementos 6.4 Primeira Lei da Termodinâmica 9.7.3 Raios Notáveis 6.4.1 Definições 9.7.4 Formação de Imagens 6.4.2 Aplicações 9.7.5 Equações das lentes Segunda Lei da Termodinâmica esféricas

3ª SÉRIE • Carga Elétrica • Circuitos Elétricos 1. Carga elétrica 3. Conceitos 2. Eletrização 4. Lei de Ohm Generalizada 3. Eletroscópios 5. Leis de Kirchhoff 4. Princípios Associados • Magnetismo 1. Atração e Repulsão 1. Conceito 2. Quantização 2. Imãs e Pólos 3. Conservação da 3. Princípios

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Carga Elétrica • Efeito Magnético da Corrente • Força Elétrica Elétrica 1. Força Elétrica 1. Experimento de Örsted 2. Campo Elétrico 2. Campo Magnético em torno • Corrente Elétrica de: 1. Conceito 1. Fio Retilíneo 2. Tipos de Correntes 2. Espira 3. Sentidos 3. Solenóides 4. Intensidade de Corrente 4. Aplicações: • Lei de Ohm 1. Eletroimãs 1. Resistores e Resistência 2. Campainhas 2. Leis de Ohm 3. Relés 3. Associação de Resístores • Força Magnética sobre cargas 1. Série 1. Movimento de cargas em 2. Paralela campos magnéticos • Potência Elétrica 2. Lei de Lorenz 1. Conceito 3. Aplicações: 2. Aplicações 1. Espectrômetro de • Energia Elétrica Massa

Transformações • Força magnética sobre condutores 2. Consumo da Energia Elétrica

3. Conta de “Luz” 1. Condutores em meio a campo • Geradores Elétricos magnético 1. Conceito 2. Interações entre condutores 2. Equações • Indução Eletromagnética • Receptores ativos 1. Fluxo Magnético 1. Conceito 2. Corrente Induzida 2. Equações 1. Lei de Faraday 2. Lei de Lenz 3. Aplicações 1. Geradores

Motores Elétricos

METODOLOGIA DA DISCIPLINA A principal preocupação do desenvolvimento da disciplina de Física assenta-se na tentativa de expor os conhecimentos formulados através dos séculos – e que portanto faz parte da bagagem histórica e cultural da humanidade, de forma simples, sem no entanto atentar contra o necessário rigor científico. A função dos exercícios a serem desenvolvidos pelos alunos é o de fixar conceitos estudados, tanto por meio da pesquisa bibliográfica, nas diversas formas de mídia e ainda àquelas advindas do uso da Web ou diretamente com autoridades nos assuntos, todos servindo de modelos para a construção de raciocínios a serem aplicados em situações cotidianas, possibilitando a aquisição de conhecimentos à medida que a disciplina vai sendo desenvolvida durante o curso. O uso de apresentações, individuais ou em grupos, com ou sem recursos de multimídia, e relatórios impressos visam aperfeiçoar as habilidades de comunicação, tanto nos níveis de língua materna, como das linguagens científicas e matemáticas, e avaliar o conhecimento adquirido dos conteúdos físicos. O desenvolvimento das habilidades de previsão e verificação de hipóteses, que tem por objetivo básico o desenvolvimento da habilidade de se utilizar o método científico, será desenvolvido por meio de trabalhos experimentais sempre que for possível..

CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA Pesquisa e debates sobre o espaço dos afro-descendentes e de sua cultura nos meios de

comunicação de massa (em especial na TV); Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor, renda e

escolaridade no Pais e no Município; Análise de pesquisa relacionadas ao negro e mercado de trabalho no Pais; Realização com os alunos de pesquisa de dados no município com relação à população afro-

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descendente e indígenas. Abordar e debater temas relacionados aos “ desafios educacionais contemporâneos, tais com:

Educação ambiental Educação fiscal Prevenção ao uso indevido de drogas

Sexualidade

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes, provas, resolução de problemas, experimentos, atividades em classe e extra- classe, bem como trabalhos de pesquisa, relatórios e realização de oficinas escolares e utilização de recursos tais como: computador, trena, compasso.

BIBLIOGRAFIADiretrizes Curriculares Estaduais – Física para o Ensino Medio. SEED. Paraná.Superintendência da Educação. Julho/2006.PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio – Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994.ROCHA, J. F. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: EDUFRA, 2002.ABRANTES, P. C. C.. Newton e a Física francesa no século XIX. In: Cad. de História e Filosofia da Ciência, Série 2, 1(1): 5-31, p. 5 –31, jan-jun, 1989.ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P.. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.LORENZ, K. M.. Os livros didáticos e o ensino de ciências na escolasecundária brasileira no século XIX. In: Revista Ciência e Cultura 38, n.º 3, p.426-435, março, 1986.MENEZES, L. C. A matéria. São Paulo: SBF, 2005.MOREIRA, M. A. Revalorização do professor e aprendizagem significativa: dois fatores importantes para a reconstrução da escola pública. Texto digitalizado, s/d.NOGUEIRA, F. M. G.. Ajuda externa para a educação brasileira: da USAID ao Banco Mundial. Cascavel: EDUNIOESTE, 1999.PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio – Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994.PARANÁ/SEED/DESG. Reestruturação do Ensino de 2º Grau - Física. Curitiba: SEED/DESG, 1993.ROSA, C. W. da; ROSA, Á. B. da. Concepções Teórico-Metodológicas no Laboratório Didático de Física na Universidade de Passo Fundo. Revista Ensaio, n.º 2, vol. 5,out, 2003.SAAD, F. D. Análise do Projeto FAI - Uma proposta de um curso de Física Auto-Instrutivo para o 2º grau. In: HAMBURGER, E. W. (org.). Pesquisas sobre o Ensino de Física. São Paulo: IFUSP, 1990.SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Autores Associados, 2002.BONJORNO et alii. Física Fundamental.Volume Único. São Paulo:Ática. 1993.HEWITT, Paul G. Física Conceitual. Porto Alegre : Bookman, 2002.LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. C

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE QUÍMICA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Química como toda ciência é um conjunto organizado de conhecimentos, fazendo parte das ciências naturais. Esta ciência estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos. Desta forma, busca-se um ensino de Química que contribua para alfabetização científica do cidadão e da cidadã; faça a migração do esoterismo ao exoterismo, e assim, facilite a leitura do mundo. Acredita-se que o ensino de Química que leva a alfabetização científica do sujeito deve estar centrado na inter-relação de dois componentes básicos, conhecimento químico e contexto social.

Essa relação implica a compreensão de um mínimo necessário do conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de química. Diz respeito ao entendimento das inter-relações sociais do sujeito, ao desenvolvimento da sua capacidade de participação, através de uma atitude crítica e atuação transformadora na direção de uma sociedade justa.

Muito embora existam atualmente formas distintas de conceber o ensino de química, localiza-se a pedagogia sócio-histórica que vem sendo um referencial teórico da prática do professor . A essa visão de aprendizagem corresponde uma proposta de ensino, voltado ao trabalho na perspectiva de formação de conceitos, porém diretamente relacionados a sua finalidade. Cabe ao professor, utilizando estratégias de ensino, levar os alunos a aproximarem-se cada vez mais qualitativamente os conceitos científicos dos conceitos reais, uma vez que a proposta em questão é sócio-histórica.

Nesta perspectiva, as novas idéias adquiridas no processo ensino-aprendizagem passam a conviver com as idéias anteriores num processo de construção de concepções e não numa substituição de idéias alternativas por idéias científicas. Destaca-se também a importância da abordagem experimental, consolidando a caracterização do seu papel investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão enfim, da elaboração de conceitos. È necessário perceber que o experimento faz parte do contexto normal de sala de aula, porém que dicotomiza teoria e prática. Desta forma os alunos tornam-se capazes de relacionar os fenômenos sobre os quais se referem os conceitos a serem formados no processo de aprendizagem com ações advindas do meio em que vive.

A química tem papel essencial na formação do sujeito, já que todos os materiais provêm da natureza e, após processados quimicamente, voltam interagir com ela. Esses materiais, extraídos do ambiente, são importantes para construir abrigos até ferramentas e instrumentos. Se essas considerações não bastam para convencer alguém da importância do estudo da química, pode-se acrescentar que a natureza funciona através de delicados equilíbrios químicos, produzindo uma finalidade de substância. A vida é o mecanismo da hereditariedade, que se baseia em complexas estruturas moleculares e um número impressionante de reações.

A química tem forte presença tanto na procura de produtos novos que visam beneficiar o ser humano, como no desenvolvimento de substâncias altamente nocivas ao mundo de forma geral, é nesse contexto que se propõem um aprendizado reflexivo, significativo e responsável na abordagem do estudo da química.

OBJETIVOS :- Reconhecer a química como sendo essencial ao desenvolvimento humano tendo em vista

sua relação com nossa vida diária;- Construir significados, através das interações discursivas a partir dos enunciados, das visões

de mundo que circulam durante as aulas, das pesquisas desenvolvidas, das leituras, discussões com os colegas e demais atividades propostas;

- Atrelar relações entre ensino e os modos de produção, na busca de uma educação que através da química promova a qualidade e facilite a leitura e compreensão do mundo.

- Identificar os limites éticos e morais necessários para apropriação de atividades que podem estar envolvidas no desenvolvimento da química e da tecnologia.

- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano, individual e coletiva no ambiente.

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CONTEÚDOS :

1º sérieHistória da química.Matéria e energia.Estrutura atômica.Classificação periódica.Ligações químicas.Funções inorgânicas ( ácidos, bases, sais, óxidos e hidretos )Reações químicas.Balanceamentos de reações.

2º sérieCálculos químicos ( cálculo de forma, cálculo estequiométrico )Termoquímica.Cinética química.Equilíbrio químico.Soluções.Eletroquímica.

3º série : Introdução à química orgânica :

Hidrocarbonetos.Funções oxigenadas.Funções nitrogenadasFunçõe orgânicas.IsomeriaReações orgânicas.Compostos orgânicos naturais.Polímeros.Radiatividade.

METODOLOGIA : Química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos

químicos em si e do conhecimento científico, em estreita relação com as aplicações tecnológicas, suas aplicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

A consciência de que o conhecimento científico é assim dinâmico, mutável, ajudará o estudante e o professor a Ter uma necessária visão crítica da ciência. Não se pode simplesmente aceitar que a ciência está pronta e acabada, e que os conceitos atualmente aceitos pelos cientistas e ensinados nas escolas são verdades absolutas.

Haverá atividades com coletas de dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatórios de experimentos em sala, no laboratório e ou na comunidade.

No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula, valores como rwespeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo, responsabilidade, lealdade e tolerância serão enfatizados de forma a tornar o ensino da química mais eficiente e eficaz, assim como para contribuir no desenvolvimento daqueles valores humanos, que são objetivos concomitantes do processo educativo.

Assim, alunos com diferentes histórias de vida, podem desenvolver e apresentar diferentes leituras ou perfis conceituais sobre fatos químicos que poderão interferir nas habilidades cognitivas.O aprendizado será conduzido levando-se em conta essas diferenças.

Desenvolver-se-á uma visão mais ampla do conhecimento, que possibilite ao educando melhor compreensão do mundo físico para a construção da cidadania, colocar-se-á em pauta em sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que façãm sentido e possam se integrar à vida do aluno.

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Sabendo-se que as interpretações dos fatos do um ndo físico estão continuamente se transformando, pois sempre surgem novos fatos, novas concepções e novas formas de interpretações, no estudo da química torna-se necessário reconhecer as tendências, Ter acesso a meios de comunicação e saber interpretar os fatos reais que auxiliem a sobrevivência do ser humano, desde sua alimentação até os produtos que usa.

Todos os conteúdos serão trabalhados com pesquisas em livros, usando a tabela periódica, com aulas práticas no laboratório, para que as apropriações dos conhecimentos químicos não fiquem apenas no papel.

Com aulas de vídeo e informática, pretende-se que os educandos identifiquem a disciplina e apliquem o conhecimento básico dos elementos químicos na vida diária.

Os conteúdos irão abranger de forma interrelacionada , fatos conceitos, procedimentos e valores, respeitando e procurando desenvolver o senso crítico bem como contribuir para a formação da cidadania nos tópicos social, político, econômico e ético.

Outra questão importante é a utilização de aulas experimentais, sendo que os alunos , por meio das atividades práticas, sejam possibilitados a compreender e refletir sobre as noções e conceitos pertinentes ao fenômeno em estudo, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matéria-prima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração/industrialização, os materiais utilizados, os procedimentos destas atividades e os mecanismos de descarte dos resíduos

Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos, equipamentos, precisa ser reconhecido pelos estudantes, considerando desde a sua origem, composição química, funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da vida prática, para estudo do fenômeno em questão, mas também na vida cotidiana, sem deixar de considerar, sempre, os princípios da disciplina de Química e os aspectos econômicos, polìticos, sociais, ambientais, éticos, entre outros.

Nesse sentido, a experimentação formal em laboratórios didáticos, por si só, não resulta na apropriação dos conteúdos/conceitos pelos alunos. Sendo assim, ressalta-se que as atividades práticas acontecem em diversos ambientes, na escola ou fora dela, ou seja, o laboratório não é o único cenário para o desenvolvimento dessas ações. As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula, por demonstração, em visitas, saídas de campo e por outras modalidades, com o objetivo de permitir a apropriação de noções e conceitos e de suscitar a reflexão sobre o objeto de estudo, o fenômeno envolvido e, ainda, sobre a conjuntura em que este se insere.

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos.

AVALIAÇÃOO ponto de partida para se compreender o processo ensino-aprendizagem é a

concepção de que o ser humano é o resultante da interação do herdado com o ambiente, sendo o conhecimento, portanto uma constante construção e reconstrução.

Desta forma, o aprender ciência é muito mais do que o uso de métodos estabelecidos para a comprovação de idéias científicas, consiste em fazer com que o educando leia o mundo em que vive com seus próprios olhos e com os da ciência.

Através de atividades tais como coleta de dados em demonstrações ou em visitas, relatórios de experimentos em sala, no laboratório e ou na comunidade; bem como em trabalhos em grupos e ou individuais, discussões coletivas, integridade na comunicação de dados, estratégias na resolução de problemas, entre outros, os educandos serão avaliados no processo de aprendizagem, para que assim o professor tome conhecimento da apropriação dos conteúdos propostos e verifique se os alunos se apropriaram do conteúdo ou precisarão ser retomados a fim de promover a efetivação da aprendizagem.

A avaliação do ensino de química será baseada nas informações disponíveis em todo o processo ativo e coletivo, nas interações aluno-aluno, aluno-professor e aluno-professor-objeto do conhecimento.

Será diagnóstica, permanente e cumulativa,utilizará técnicas e instrumentos diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se mais com a aplicação dos

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conhecimentos do que com a memorização, possibilitando ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si e do conhecimento cientìfico, em estreita relação com as aplicações tecnológicas, enfocando concomitantemente suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

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MARCO OPERACIONAL

ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O ANO ESCOLAR

Procuramos envolver a comunidade escolar realizando: Festa Junina: onde os alunos e os pais se envolvem com as danças apresentadas; Noite Recreativa, com a eleição da Rainha da Primavera, através da contagem dos

votos vendidos pelas candidatas, com o apoio de seus pais e seus colegas de turma. Olimpíadas do Colégio, onde as turmas se enfrentam, com tarefas esportivas e

culturais praticando e incentivando a desportividade, a disciplina e o trabalho em grupo.

Procuramos proporcionar visitas a museus, exposições, empresas e quando possível, trazer até o corpo discente peças teatrais, palestras, filmes para que estes contribuam para formar suas personalidades, lhes trazer um pouco mais de cultura e estimular a forma de se expressar do aluno.

Sessão Cívica onde através de uma escala os alunos se preparam para apresentação de números artísticos, homenagens, declamação de poesias, informações úteis aos que assistem, teatros, etc.

Sessão Cívica seguido de Desfile Cívico no mês de setembro: onde trabalhamos o civismo, a cidadania e o amor à Pátria.

Reuniões Pedagógicas com a Direção, Supervisão e Professores: para resolução de problemas e troca de experiências pedagógicas.

Mostra de Trabalhos envolvendo várias disciplinas. Noite Cultural, envolvendo todas as turmas do Ensino Médio, abordando um tema em

comum, onde são apresentadas danças, teatros, artesanatos e outras manifestações culturais.

Exposição de trabalhos artísticos. Utilização pelos alunos do Laboratório de Informática diariamente com

acompanhamento dos professores para o desenvolvimento de atividades didático- pedagógicas.

Utilização do Laboratório de Informática pelos professores em seu próprio processo de formação continuada, fazendo uso da hora atividade, como espaço e tempo para reflexão e revisão da sua prática cotidiana.

Isto tudo, as vezes com alguma dificuldade, por estarmos à 60 Km da sede do município e contarmos basicamente com o apoio da Prefeitura no que diz respeito a transporte escolar.

A meta principal, é que com a união de esforços de todos os envolvidos como administração, equipe pedagógica, professores, pais, alunos e direção, busquem a solução de problemas ou facilitem a transformação de nossos alunos em cidadãos conscientes e participativos.

FORMAÇÃO CONTINUADA.Para dar conta de atender aos pressupostos assumidos por esta proposta é necessária

uma nova forma de pensar o conhecimento , assumindo um novo fazer docente.Isso vem se concretizando por meio de uma política de formação continuada, através de

simpósios, encontros descentralizados, semanas de estudos pedagógicos, grupos de estudo, produção de materiais didáticos-pedagógicos e sua socialização , através do Portal Dia a dia Educação. Todos esses meios constituem uma forma de garantir espaços para que os professores socializem suas experiências, reflitam sobre sua prática pedagógica e, a partir disso possam redimensioná-la, ampliando seus conhecimentos e seu saber fazer. Além disso, a política de formação desta gestão pode ser vista tanto na dimensão de qualificação quanto de profissionalização. Atualmente os professores que atingirem o nível oito, encontram-se aptos para participar do processo seletivo para o PDE ( Programa de Desenvolvimento Educacional), curso este realizado numa parceriaentre SEED e Instituições de Ensino Superior.

Esse modo de pensar a formação continuada constitui, então, mais um dos meios para resignificar o papel das escola, na medida em que se oportuniza o acesso aos novos

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conhecimentos produzidos nas mais diferentes áreas. Concordando com Kramer (1998, p.20) quando defende a atualização e a formação dos professores como estratégia essencial no enfrentamento dos inúmeros desafios que se apresentam na atuação docente. Enfrentá-los exige dos professores clareza e domínio de sua área de atuação, bem como reflexão constante sobre sua prática. Nessa medida, a formação continuada tem sido pensada com a finalidade de resgatar a dimensão política, ética e humanizadora que envolve o ato educativo, visando à conquista de uma sociedade e uma cultura mais amplamente democratizadas, garantindo a todos não só o acesso à escolarização como à aprendizagem efetiva aos bens culturais da sociedade de qual faz parte.

Quanto à formação dos funcionários não é fácil a participação, mas os mesmos conseguem se organizar para participar dos cursos oferecidos .

Para a participação dos pais em cursos e eventos também é necessário um empenho maior, tendo em vista que a grande maioria mora em localidades distantes do Colégio e não podem contar com linhas de ônibus que os transportem, ou usam o mesmo ônibus que transporta alunos, para resolverem suas questões educacionais ou vêm de carro próprio. Mesmo assim, contamos com o apoio da comunidade escolar em nossas ações educativas.

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃOA avaliação em nosso estabelecimento é entendida como um dos aspectos do ensino ,

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como seus resultados.

Segundo Vasconcelos (1992) “a avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilita a tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”.

Desta forma, a avaliação conduz a uma tomada de decisão para favorecer a melhoria, o crescimento, o aperfeiçoamento do processo educativo, concebido e assumido pelo professor e pela escola. Podendo fornecer dados que permitam promover possíveis reformulações do currículo , dos conteúdos e métodos de ensino.

A avaliação tem função diagnóstica, servindo como um indicador para o professor reorganizar a sua ação junto aos alunos e para que estes possam controlar seu aproveitamento na ótica proposta pelo professor e exigida pelo processo de elaboração do saber.

Busca-se um processo de avaliação que auxilie o aluno no processo de aprendizagem significativa e não para uma mera promoção. A avaliação deve ter uma visão emancipatória , voltada para a construção do sucesso escolar e a inclusão, como princípio e compromisso social.

A avaliação deve ser permanente permitindo que o professor situe aspectos importantes, identificando as lacunas de aprendizagens que deverão ser retomadas, garantindo o desenvolvimento contínuo do educando.

...a avaliação da aprendizagem é um mecanismo subsidiário do planejamento e da execução. É uma atividade subsidiária e estritamente articulada com a execução. É uma atividade que não existe não subsiste por si mesma. Ela só faz sentido na medida em que serve para o diagnóstico da execução e dos resultados que estão sendo buscados e obtidos. A avaliação é um instrumento auxiliar da melhoria dos resultados. ( LUCKESI, 2005 p150)

Todo processo avaliativo utilizará técnicas e instrumentos diversificados e acontecerá de forma contínua e sistemática por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno.

A avaliação acontecerá em todos os momentos do processo educativo, através de observações sistemáticas, análise das produções dos alunos e atividades específicas das disciplinas, nesse caso, deixando bem claro para os alunos o que se pretende avaliar. A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como : testes orais e escritos, trabalhos individuais e em grupo, seminários, exercícios, plenárias, exposições, feiras etc. Cabendo aos professores a realização de registros periódicos do aproveitamento de seus alunos, sendo que no final de cada bimestre este aproveitamento será computado em forma de nota, sempre levando em conta o crescimento do aluno, considerando não só o que se aprende , mas como se aprende.

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Além das avaliações individuais na sala de aula, acontecerão momentos em conjunto com todos os professores da turma, analisando e comparando os resultados e anotando as observações feitas pelos professores. Durante o ano letivo deverão acontecer quatro reuniões conjuntas.

Desta forma, o desempenho dos alunos será avaliado de uma forma ampla, a avaliação tornar-se-á formativa, através do diagnóstico do ensino e aprendizagem, gerando dados que possibilitam avaliar o desenvolvimento das competências, apontando dificuldades, possibilitando de forma geral a intervenção pedagógica.

A recuperação tem por finalidade proporcionar atendimento especial ao aluno, cuja aprendizagem não se realiza de maneira satisfatória.

Os estudos de recuperação serão realizados de forma preventiva e paralela ao processo de ensino aprendizagem, na medida em que forem constatadas as dificuldades

Sendo a recuperação, um dos aspectos da aprendizagem, o aluno que apresentar um aproveitamento insuficiente terá novas possibilidades para a apreensão dos conteúdos.

Para os alunos com necessidades educacionais especiais serão previstas adaptações curriculares que levarão em conta as capacidades de cada educando e garantindo a continuidade dos seus estudos.

A promoção dos alunos será definida após a apuração dos resultados de aproveitamento e freqüência. Serão considerados aprovados os alunos de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental e 1a a 3a séries do Ensino Médio que tenham média anual igual ou superior a 6,0 (seis) e freqüência igual ou superior a 75% das aulas.

Serão considerados reprovados os alunos de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental e de 1a a 3a séries do Ensino Médio que tenham qualquer média anual e freqüência inferior a 75% das aulas dadas durante o período letivo.

Serão considerados reprovados, os alunos de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental e de 1a a 3a séries do Ensino Médio que tenham média inferior a 6,0 (seis)e freqüência igual ou superior a 75% das aulas dadas durante o período letivo

O aluno que apresentar média inferior a 6,0 (seis) e freqüência igual ou superior a 75% será analisado no Conselho de classe, que definirá a sua situação de aprovado ou não. Encerrado o processo de avaliação o Estabelecimento deve registrar no histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

Para o aluno faltoso, caracterizado durante o ano letivo, a família será notificada e se o mesmo continuar faltando será comunicado o Conselho Tutelar, que tomará as providências necessárias para que o mesmo retorne ao convívio escolar. Esta é uma medida que busca diminuir a evasão escolar.

Desde o ano de 2005, nosso Colégio não conta com o processo de dependência no Ensino Médio, devido a incompatibilidade de horário e a dificuldade de acesso dos alunos.

A matrícula é o ato formal que vincula o educando ao Estabelecimento de Ensino autorizado, conferindo-lhe a condição de aluno e será requerida pelo interessado ou por seus responsáveis, quando menor de 18 anos, e deferida pelo Diretor do Estabelecimento, em conformidade com os dispositivos regimentais, no prazo máximo de 60 dias.

Em caso de impedimento do interessado ou de seus responsáveis, a matrícula pode ser requerida por procurador.

REGIMENTO ESCOLARRegimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 526/01 de 08/12/00 e pelo Parecer nº 216/01 de 08/12/00 do NRE-AMS

CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAISO Colégio Estadual Maximiano Pfeffer, funciona num prédio de alvenaria, de propriedade

da Prefeitura Municipal de Rio Negro que cedeu a concessão de uso do prédio por tempo indeterminado ao Colégio Estadual, contendo dois blocos, num total de 06 salas de aula, duas com 42 m2 e quatro salas com 48 m2, , uma sala para arquivo morto com 15m2, sanitários femininos com 9,1m2, sanitários masculinos com 6,7m2. As salas obedecem o que traz a resolução nº 377/96 SEED e comportam até 45 alunos; atendendo ao número de matrículas solicitadas pela comunidade local.

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Possuímos uma sala destinada ao laboratório de Ciências com 60m2 e uma sala destinada a biblioteca, que também é utilizada como sala de vídeo com 60 m2,; sala de professores com 26m2, três banheiros pequenos com 13m2, sendo um com pia e chuveiro, um com vaso desativado. O laboratório de Informática do Colégio funciona numa sala com 48m2. A secretaria e a direção do Colégio funciona numa sala com 9m2 Como depósito de materiais de limpeza usamos uma sala pequena com 5 m2. os materiais esportivos são guardados numa sala com 6,60m2. a cozinha possui 25m2 funcionando de forma satisfatória, com uma janela de ferro pantográfica, apresenta problemas nos rolamentos, ao lado funciona a despensa com 20m2. para as recreações e refeições contamos com um galpão coberto semi-aberto, com 390m².

Possuímos número suficiente de carteiras sendo uma parte enviada pela FUNDEPAR e o restante de propriedade da Prefeitura. No ano 2.010, realizou-se a construção da quadra coberta ampliando o espaço adequado ao atendimento dos alunos nas aulas de Educação Física.

No que diz respeito a livros, armários, material pedagógico e equipamentos, tudo está de acordo com resoluções nº 994/97 que reconhece o Ensino Fundamental do Colégio Estadual Maximiano Pfeffer incluindo no patrimônio a aquisição através da FUNDEPAR de:

01 armário de aço 16 portas para professores07 mesas para leitura (biblioteca)100 cadeiras monobloco03 escrivaninhas03 armários de aço 2 portas02 mesas para máquina de escrever06 cadeiras estofadas01 liqüidificador industrial 4 l.01 duplicador a álcool facit10 fitas de vídeo (incorporadas à videoteca)100 canecas de propileno02 conchas de alumínio100 pratos de propileno01 fogão semi industrial 4 bocas com forno01 freezer horizontal 305 litros01 geladeira 285 litros Venox01 mesa de reunião01 mesa de polipropileno01 caldeirão alumínio 10 l.01 medidor graduado01 televisor a cores 20” Philco01 vídeo cassete 4 cabeças01 suporte para TV e Vídeo e Receptor10 fitas de vídeo VHS 120

Recebemos da Secretaria de Estado da Educação, também incluídos em nosso patrimônio:

03 extintores de incêndio01 mesa para micro (PQE)01 mesa para impressora (PQE)01 cadeira giratória (PQE)01 TV 29 polegadas01 Tv 20 polegadas01 video cassete01 DVD03 estantes de aço24 computadores03 impressorasForam recebidos livros, Paradidáticos e de Literatura Infanto Juvenil foram incluídos no

acervo Bibliográfico do Colégio.2 O Escaravelho de Ouro

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2 O Médico e o Monstro02 o Ladrão de Sonhos02 Doze Horas de Terror02 Um Inimigo em Cada Esquina02 Nanica Minha Irmã Pequena02 Mais Respeito Eu Sou Criança02 A Casa do Terror02 O Tamanduá Bandeira02 Canto da Praça02 Admirável Mundo Novo02 O Caso dos Dez Negrinhos02 Clarissa02 O Amigo do Amigo02 A Caneta Falante02 Viajando Através da História. Coleção. 6 Volumes02 O Vírus Vermelho02 A Aldeia dos Ursos Livres02 Incríveis Histórias do Tio Balduíno02 Mandigas da Ilha Quilomba02 Máquina de Pensar Bonito Contra Medo02 Nem Sim Nem Não Muito Pelo Contrário02 Traja e Sua Gente02 Sapomorfose02 Aventuras da Família Repinica02 De Repente Dá Certo02 Cantigas de Roda-Kit Livro/K-702 A Palka02 Artes e Ofícios02 As Viagens de Marco Polo02 As Viagens de Gulliver02 Triste Fim de Policarpo02 O Mandarim/Primo02 Senhora/Iracema02 O Alienista/Dom Casmurro02 Amor Salvação/Amor de Perdição02 O Vale do Dinossauro02 O Anel de Tutacamon02 O Segredo do Ídolo de Barro02 Cuidado Garoto Apaixonado02 Edifício Rainha Leonarda02 Férias no Castelo Assombrado02 O Chamado da Floresta2 De Olho na Ciência-Col.C/5 Vol.02 Para que Serve a Matemática Col.5 Vol02 Neto – Mil e Uma Equações02 Nós e o Universo02 A Mágica de Teco02 Expulsando Quadrilha de Piolho02 Saúde – Direito que a Gente Tem02 Encanto de uma Orta em C/ Canto02 Um Bando Malvado02 Juntos Aprendemos02 Um Barbeiro que Não é Barbeiro02 Geometria Anual02 Romanos Próximos ao Mediterrâneo02 Os Gregos no País dos Deuses

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02 Os Árabes na Época de seu Esplendor02 Quando o meio ambiente fica doente02 Por que comemos02 O que é viver02 Nossas Necessidades02 Estamos Crescendo2 Quem sou eu02 Homens, Mulheres e Amor02 O que é defender02 Saúde02 Cuidar e gostar02 Cuidado – Como Evitar Acidentes

Adquirimos através das promoções realizadas pela APM e Clube de Mães um jato d'água, fizemos a reforma do muro que delimita a frente do Colégio bem como a pintura interna e externa do prédio, fechamos as laterais do Galpão em alvenaria, tornando o ambiente mais agradável,, no intuito de proporcionar uma motivação aos alunos, professores e funcionários para que desempenhem melhor cada um de seus papéis.

Nossas salas de aula são abafadas em determinadas épocas do ano, sendo necessário deixar as portas abertas para que ocorra uma ventilação adequada, por isso foram adquiridos, através do Programa Dinheiro Direto na Escola, 07 ventiladores de teto, para tornar o ambiente mais arejado. A iluminação possui sua fiação antiga e por isso eventualmente nos traz problemas.

Procuramos manter limpos e em condições de uso todas as dependências e principalmente os banheiros e cozinha sendo efetuada a limpeza duas vezes ao dia.

A biblioteca é utilizada em período integral pelos alunos possibilitando a execução de pesquisas e trabalhos; a quadra de esportes atende de forma adequada com tempo bom. Se houver chuvas, ocorre alagamento no piso e torna impossível o uso.. Não possuímos sala de vídeo, as aulas que necessitam deste recurso usam o aparelho de TV pendrive, e DVD, também é utilizado um suporte móvel para deslocamento nas salas.

Para continuarmos atendendo da melhor forma possível nossos alunos bem como toda a comunidade escolar, mantemos uma relação constante com as instâncias colegiadas.

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PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICA DO CURSO

A avaliação como prática de investigação tem o sentido de romper as barreiras entre os participantes do processo ensino-aprendizagem e entre os conhecimentos presentes no contexto escolar. Desta forma, os mecanismos de percepção e leitura da realidade são ampliados, facilitando a identificação dos sinais de que algum aluno esteja sendo posto à margem do processo e das pistas para viabilizar a reconstrução de seu trajeto, como parte da dinâmica coletiva instaurada na sala. A finalidade é que todos possam ampliar continuamente os conhecimentos que possuem, cada um no seu tempo, por seu caminho, com seus recursos, com a ajuda do coletivo.

Tendo em vista a adequação da escola à nova LDB nº 9394/96, que prioriza a melhoria na qualidade do Ensino, a Matriz Curricular, a Metodologia do Ensino, e o sistema de Avaliação foram alterados, sendo sua aplicação de forma gradativa para a 5ª série do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio à partir de 2006.

Para a aplicação da nova Proposta Pedagógica, no início do ano letivo de 2006, acontecerão reuniões com toda a comunidade escolar para esclarecer os novos procedimentos e também reuniões pedagógicas para os professores envolvidos no processo educacional.

Durante o ano letivo acontecerão reuniões com o objetivo de avaliar os princípios da proposta e informar a comunidade sobre o que foi proposto e o que está sendo implementado, bem como fazer uma reflexão e um reposicionamento, levando em conta o que deu certo o que não deu certo e o que precisa ser mudado.

Considerando a proposta democrática de gestão, ao final do ano haverá uma reunião geral onde todos – corpo docente e discente, funcionários, alunos e pais de alunos, poderão opinar e dar sugestões para melhoria do processo educacional.

Para que isso aconteça, poderão ser utilizados dados de gráficos e tabelas do rendimento escolar, realizados no colégio, pelos professores, pela SEED, pelo SAEB e ENEM.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. O Projeto Político Pedagógico para que esteja sempre atualizado e em consonância com anseios da comunidade escolar passará por avaliação ao final de cada ano letivo onde serão analisados todos os aspectos positivos e negativos. Momento este onde serão acrescentados novos projetos e definidas novas metas ,sempre buscando a melhor aplicabilidade do referido projeto, visando alcançar os objetivos.

Esta avaliação será feita em reunião onde estarão presentes os professores, representantes de turma, Grêmio Estudantil, APMF, Conselho Escolar, Direção e Equipe Pedagógica. Para direcionar de forma mais clara a avaliação será realizada através de opiniões e discussões , bem como registro escrito através de questionário elaborado para os professores.

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ANEXOS

PROJETO INTERDISCIPLINAR

TEMA:

EDUCAÇÃO DO CAMPO

JUSTIFICATIVA

A Educação no Campo vem se delineando a partir de um conjunto de discussões, experiências e lutas em nível nacional e estadual, em busca da construção de novas políticas públicas para a Escola do Campo, que venham modificar a histórica marginalização, onde o Currículo trabalhado é essencialmente urbano e deslocado das necessidades e realidades do campo.

O modelo de desenvolvimento econômico capitalista, baseado na concentração de renda, na grande propriedade e na agricultura para exportação, que compreende o Brasil apenas como um mercado emergente, predominantemente urbano e que prioriza a cidade em detrimento do campo, tem contribuído fortemente para a desapropriação da identidade dos povos do campo e no distanciamento do seu universo cultural.

Os diferentes sujeitos que vem resistindo para permanecer no campo fazem parte de um grupo distinto que busca a construção e consolidação de políticas públicas educacionais voltadas para a sua realidade e que levem em conta que o campo é um espaço de vida, de trabalho, de lazer e de construção da cultura.

Levando em conta esta perspectiva, bem como a clientela atendida pela nossa escola, percebeu-se a necessidade de se desenvolver um projeto visando atender os princípios básicos para Educação do Campo que tratam da universalização da educação e atendimento a diversidade.

OBJETIVOS # Valorizar o campo como espaço de vida, de trabalho, de lazer e de construção de cultura.# Atender a diversidade de culturas, interesses e saberes existentes em nossa clientela.# Ressignificar as relações entre a cidade e o campo.# Conhecer, pesquisar e levantar dados referentes as diferentes atividades agroindustriais desenvolvidas em nossa comunidade.# Desenvolver uma Educação Ambiental que trabalhe os conceitos de desenvolvimento sustentável e preservação do ambiente local e global.# Conhecer a realidade local, mais detalhadamente, por meio de visitas, fotografias, palestras com técnicos,. convite aos moradores para depoimentos e participação nas aulas com o conhecimento prático relacionado ao seu trabalho.# Organizar e utilizar materiais do cotidiano dos trabalhadores locais, ex: notas fiscais de compra e venda de produtos, análises de terra, rótulos de insumos utilizados no trabalho do campo: agricultura, pecuária ( aves, abelhas, suínos, bovinos etc.), atividade madeireira;# Identificar os sujeitos do campo (pequenos proprietários, arrendatários, parceiros no trabalho) para proporcionar-lhes a construção da sua identidade grupal:# Identificar as atividades econômicas com representatividade na região e analisar a relação :Sobrevivência X impacto ambiental X lucro;

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# Aproximar a vida do campo das inovações tecnológicas e bibliográficas ( Internet e biblioteca) investindo na ampliação do conhecimento relacionado a temas como: relações ecológicas, animais em extinção, transgênicos, etc# Identificar os sujeitos do campo: pequenos proprietários, arrendatários, parceiros no trabalho.# Uso de textos diversos que estejam relacionados com a vida no campo.

CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA- Produção de textos narrativos, descritivos e dissertativos contextualizados à rotina dos alunos;- Teatros sobre meio ambiente e conservação dos recursos naturais;- Produção de folders, folhetos explicativos sobre assuntos referentes aos temas

o Saúde no campoo Ervas medicinaiso Uso de agrotóxicoso Educação Ambiental

CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA- Pesquisa e tabulação de dados apresentados.- Análise dos gráficos- Problemas- Conhecimento de cálculos de áreas- Unidades de medidas e suas transformações

CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA- Cultura, arquitetura, fotografia:# Voltar-se para acontecimentos que envolvam a arte na região;# Dar valor (ênfase) para o que está tão perto e é tão belo e não é valorizado,na maioria das vezes;- cor – Voltadas para a natureza. Observação- Cultura: local ( músicos, conhecer os trabalhos manuais feitos na região ). Diferenciar artesanato de arte;- Arquitetura – Moradia e estabelecimentos de trabalho (estufas, granjas)

- Análise de cartazes, panfletos, convites para festa da região.

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA# Oferecer oportunidades, por meio de aulas de campo, para que o aluno compreenda os conceitos básicos sobre o meio ambiente, interagindo sobre esse meio-ambiente com os problemas sócios econômicos e culturais numa relação harmoniosa entre homem / natureza.Preservação de nascentes, os desmatamentos;AULAS DE CAMPO Conhecimento da área a ser explorada;Temas a ser trabalhado;Uso do material, como bússola, teodolito, trenas, balizas, etc.Uso da terraPrós e contra, dos reflorestamentos;

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA_ A formação do Planeta Terra – Hipóteses_ O surgimento do Homem _ Hipóteses_ A organização dos grupos humanos_ O trabalho e a sobrevivência _ A cultura

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_ O período Neolítico e o surgimento da Agricultura_ A divisão da sociedade em classes _ os que possuem e os que não possuem;_ A agricultura na Mesopotâmia – Egito – Hebreus_ A propriedade da terra no feudalismo e no capitalismo e socialismo;_ A terra e a subsistência no feudalismo;_ A terra como propriedade no modelo capitalista;_ A agricultura como fator econômico;_ As grandes navegações e a ocupação das terras na América;_ A distribuição da terra no Brasil Colônia – Capitânias Hereditárias;_ A produção colonial – o açúcar;_ A Sociedade Colonial – Senhores e Escravos;_ A relação dos povos indígenas com a terra – As técnicas agrícolas indígenas;_ A sociedade rural do Brasil Colonial; _ A colonização do Paraná;_ O caipira e o caiçara;_ A cultura caipira do Brasil;_ O Latifúndio e o Minifúndio;_ Migração e imigração no Brasil;_ A colonização do Sul do Brasil;_ As lutas camponesas no Brasil _ A cabanagem _ O Contestado _ As lutas camponesas no Paraná._ A Reforma Agrária e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra._ O Estatuto da Terra;_ As transformações na vida rural e o processo produtivo;

CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA1. O corpo como construção histórico-social

* Análise postural * Higiene * :

Dimensões biológicas do corpo. Saúde/doença: elementos básicos.*Corpo – prevenção de doenças relacionadas ao Sol e a agrotóxicos: O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência.

ódio, prazer, medo, etc :* Reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade do outro. Relaxamento e descontração;

CONTEÚDOS DE INGLÊS# Análise de textos (interpretações orais e escritas)# Produção de textos orais e escritos (slogans, livros, histórias em quadrinhos, diálogos, músicas, paródias, debates)# Dramatizações de situações do dia a dia;# Desenvolvimento do vocabulário de expressões equivalentes ao tema;# Criar campanhas de valorização do campo;

CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS# Relações ecológicas;# Esgoto a céu aberto;# Lixo e excretos de animais# Arado (animal e trator).# Enxadas, pás e ancinhos.# Irrigadores;# Insumos agrícolas;# Estação de tratamento;

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# Bombas de poços artesianos;# Produção de plantas e animais;# Alimentos transgênicos;# Produção de hormônios vegetais;# Biotecnologia nas plantas e nos animais;# Transgenicidade;# Controle Biológico de pragas na lavoura;# Ecossistema Terrestre e as relações entre os seres vivos com o meio ambiente;# As plantas e o processo de fotossíntese e respiração;# Ciclo da água;# Ciclo do carbono;# Ciclo do oxigênio;# Ciclo do nitrogênio e dos sais minerais;# Poluição das águas (contaminação por dejetos, bactérias, vírus e produtos químicos das indústrias e lavouras;)# Poluição do ar ( contaminação por partículas sólidas, bactérias, fungos, vermes, etc.)# Poluição do solo (contaminação por dejetos, bactérias, fungos, vermes, etc.).# Contaminação por fumaça (combustão de combustíveis).# Hábitos alimentares;# Escolha de alimentos;# Acidentes de trabalho ( medidas preventivas)# Primeiros socorros (ferimentos, choques, ataques, queimaduras, etc.# Efeitos benéficos e prejudiciais do sol para nossa saúde;

- Lixo x Saúde- Lixo – programa de reciclagem

FÍSICA

- Velocidade, álcool e morte- Trabalho, conceito, medida- Como o homem desenvolveu e aplica às máquinas para facilitar o trabalho- Relação: Trabalho x Competição- Formas de energia- Fontes alternativas e renováveis de energia: girassol, mamona;- Como economizar energia- Calor, sol, banho de sol, sensibilidade e FPS (fator de proteção solar),

cuidados com a exposição da pele.INGLÊS

- Conhecer a analisar textos (interpretações orais e escritas) referentes aos temas propostos

- Elaborar cartazes e painéis- Elaborar livretos instrucionais- Desenvolver o vocabulário- Trabalhar canções que retratem o tema proposto- Transformar canções, poesias e pequenas histórias para inglês- Criar campanhas preventivas de acordo com o tema- Produzir textos dissertativos e dialógicos- Elaborar gibis com histórias criadas e partir de um tema - Produzir livrinhos de histórias (ilustrativos, de acordo com o acontecimento)

METODOLOGIA Trazer textos atuais referentes aos temas que serão trabalhados; Estimular a repetição de palavras – chaves que forneçam o entendimento geral dos

textos; Favorecer o uso do dicionário; Trabalhar a compreensão e as produções orais e escritas; Preparar o aluno para o que vai ser preparada;

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Usar exemplos significativos e exercícios concretos coerentes e lógicos; Propiciar a exposição de todos os trabalhos realizados; Favorecer a pesquisa; Análise de letras de músicas; Painel duplo; Estudos de casos; Cartazes; Folders; Leituras informativas; Produção de textos; Poesias; Slogans; Paródias.

AVALIAÇÃOA avaliação será realizada de acordo com a participação, desenvolvimento de cada turma

no trabalho feito pelas disciplinas.O Projeto como um todo será avaliado para que na medida das necessidades sejam feitas

as modificações necessárias bem como a ampliação para as demais disciplinas.Também será avaliada a participação da comunidade e a melhoria da qualidade de vida

dos moradores do campo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Niskier, Armando, 1935 – LDB: a nova lei da educação: tudo sobre a lei de diretrizes e bases da educação

nacional: uma visão crítica / Arnaldo Niskier. – Rio de Janeiro: Consultor, 1996

Colombo, Irineu Mário.Educação básica: Perguntas e respostas sobre a legislação e a atividade docente / Irineu

Mário Colombo, Elton Welter, - Curitiba:Reproset Editora Gráfica, 2004.

O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular / Ministérip Público Federal: Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva ( organizadores) / 2ª ed. Ver. E atualiz. – Brasília:Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004.

Freire, PauloPedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire.- São Paulo: Paz e Terra, 1996 ( Coleção Leitura )Isbn 85- 219-0243 – 3

LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. – 15ª ed. – SP: Cortez, 2003, p. 85 – 101.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Relação Escolar – Família: da discussão à interação educativa. In: Revista da AEC ( 93 ): 75 – 86, out/dez/94. Brasília: AEC, 1994.

Dalben, Ângela I. L. de Freitas. Gestão escolar democrática e o lugar dos conselhos de classe.In: Conselhos de classe e avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP: Papirus, 2004, p. 55-68.

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Brasil. Ministério da Educação. Assessoria de Comunicação Social.Estatuto da Criança e do Adolescente/ Assessoria de Comunicação Social – Brasília

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