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RELATÓRIO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA - PRAD PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICIPIO DE PRESIDENTE KENNEDY – ES PRIMEIRA FASE 1

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RELATÓRIO TÉCNICO

PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA - PRAD PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICIPIO DE PRESIDENTE KENNEDY – ES

PRIMEIRA FASE

Presidente Kennedy, Maio de 2015

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SUMÁRIO1 Introdução............................................................................................................................................................3

2 Atividade...............................................................................................................................................................5

2.1 Bairro das Flores ÁREA I..................................................................................................................6

2.2 Santana Feliz ÁREA II........................................................................................................................6

3 Localização.........................................................................................................................................................7

3.1 Localização do Município..................................................................................................................7

3.2 Localização das áreas em questão.............................................................................................8

3.3 Bairro das Flores ÁREA I..................................................................................................................8

3.4 Santana Feliz ÁREA II........................................................................................................................9

4 Identificações.....................................................................................................................................................2

4.1 Responsável pela atividade na área.....................................................................................................2

4.2 Responsável pela elaboração e execução do PRAD-RSU............................................................2

4.3 Profissional responsável pela elaboração do relatório técnico da 1ª fase.........................2

5 Caracterização do meio físico..................................................................................................................2

5.1 Hidrologia...................................................................................................................................................2

5.2 Geologia..................................................................................................................................................... 3

5.3 Geomorfologia.........................................................................................................................................4

5.4 Pedologia...................................................................................................................................................4

5.5 Climatologia Regime Pluviométrico.............................................................................................5

6 Caracterização do Meio Biótico...............................................................................................................5

6.1 Introdução..................................................................................................................................................5

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6.2 Botânica......................................................................................................................................................7

6.3 Flora e Fauna do local e do entorno num raio de 1000m................................................8

6.3.1 Flora............................................................................................................................................................................8

6.3.2 Fauna......................................................................................................................................................................... 9

7 Caracterização do meio Antrópico......................................................................................................12

7.1 Caracterização do Meio Antrópico do Município...............................................................12

8 Avaliação Ambiental Preliminar da área a ser recuperada....................................................15

8.1 Histórico da degradação da área a ser recuperada.........................................................15

8.1.1 Área I....................................................................................................................................................................... 15

8.1.2 Área II......................................................................................................................................................................16

8.2 Levantamento preliminar do volume de massa de resíduos dispostos no

local.................................................................................................................................... 16

8.3 Levantamento da população que reside/trabalha na área a ser recuperada e

em 1000m do entorno...............................................................................................................................................21

8.3.1 Área I....................................................................................................................................................................... 21

8.3.2 Área II......................................................................................................................................................................22

8.4................................................................................................................................................................................ 22

8.5 Levantamento planialtimétrico georreferenciado e atualizado...................................22

8.5.1 Mapa de Uso e cobertura do solo............................................................................................................22

8.5.2 Localização das áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos...........34

8.5.3 Ponto de Captação de água no entorno da área............................................................................36

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1 Introdução

Devido ao constante aumento da população urbana e proporcionalmente o aumento da demanda de bens de consumo para atender as necessidades da população, os Resíduos Sólidos Urbanos – RSU vem se tornando uma temática bastante problemática para muitos municípios onde este material ainda não tem uma disposição final adequada.

O RSU tem atingindo níveis críticos por todo o país, isso se torna cada vez mais evidente com o passar das décadas. Apesar das inúmeras intervenções e legislações cabíveis, o RSU vem causando grandes problemas nos locais quando não corretamente descartados. Problemas esses não só diretamente ligados ao meio ambiente, mais a saúde, sociedade e economia entre outros mais diversos setores.

Diante da situação crítica do RSU no Brasil, foi elaborada Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010 que estabelece critérios e diretrizes para tratar o problema do RSU no Brasil.

Na busca de soluções, o Governo Federal juntamente com o Ministério Público Estadual, Ministério Publico do Trabalho e Órgãos Públicos Ambientais vem assessorando principalmente a municípios na busca sistemática para a recuperação de áreas degradadas pela disposição inadequada de RSU.

O estado do Espírito Santo através do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA, elaborou Termo de Referência – TR 01/2013 para o PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – PRAD-RSU, para nortear tecnicamente os municípios devido à complexidade de tal atividade.

O município de Presidente Kennedy, encerrou as atividades de lançamento e disposição inadequada de RSU desde o ano de 2009 e deverá recuperar as áreas referidas através de elaboração e implementação de PRAD-RSU em conseqüência da degradação ambiental causada.

Atualmente o município de Presidente Kennedy gerencia todos seus resíduos, da coleta até a sua destinação final.

Os RSU – Resíduos Sólidos Urbanos são coletados nos pontos de geração por empresa contratada e são encaminhados para a Estação Municipal de Transbordo que se localiza em Santana Feliz, nas dependências de uma área de posse da prefeitura, próximo à sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, onde estes são devidamente acondicionados em duas caixas estacionárias com capacidade de armazenamento de 15 m³ cada, até o transporte do mesmo para o Aterro Sanitário situado no Distrito Industrial de São Joaquim, da empresa Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim – CTRCI, serviço este de transporte e destinação final também terceirizado.

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Os RSS – Resíduos de Serviço de Saúde gerados pelo município, são coletados, transportados e incinerados, tendo dessa forma sua destinação final ambientalmente adequada. Tal serviço é realizado através da empresa terceirizada Florestal Coletas.

Os resíduos de construção civil – RCC e os resíduos de poda são destinados a uma área de bota fora próxima a Estação Municipal de Transbordo, que se encontra em processo de licenciamento.

Os resíduos provenientes da limpeza de fossas, filtros e sumidouros do município são coletados nos pontos de geração pelo caminhão próprio da prefeitura e transportado para a Estação Municipal de Transbordo onde são transferidos adequadamente para 02 caixas tanque de capacidade de armazenamento de 15 m³ cada, para então serem transportados até seu destino final, onde é realizado o tratamento do mesmo. Tal serviço é realizado pela empresa VISAUTO Locações e Serviços.

Presidente Kennedy também conta com uma política ativa de reciclagem, contendo PEVs – Pontos de Entrega Voluntários espalhados pelo centro do município, pelos distritos mais populosos, totalizando cerca de 100 PEVs espalhados em pontos estratégicos do município para o acondicionamento do lixo seco para o fim de reciclagem.

O material em questão é recolhido pela Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy, e levado para o centro de triagem, localizado em Santana Feliz, nas dependências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O grupo de catadores é devidamente preparado, instruído e equipado pela Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy e norteados pela mesma, para que se torne uma associação independente.

Tendo em vista uma perspectiva maior de sucesso dos programas ambientais, são realizadas palestras, eventos, e visitas porta a porta para sensibilizar, e educar ambientalmente os cidadãos, dando ciência e esclarecimento sobre a coleta seletiva, classificação do lixo, e projetos criados, e políticas adotadas, visando um comprometimento maior da população com o maio ambiente, e uma maior cooperação da população com a gerência de resíduos do município.

Por meio deste trabalho, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Presidente Kennedy vem apresentar o estudo da PRIMEIRA FASE conforme TR – 01/2013, PRAD-RSU. Na qual servirá de base para a elaboração das fases seguintes do TR, que correspondem a estudos mais específicos.

2 Atividade

Estima-se que a disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos na localidade de Bairro das Flores, na ÁREA I em Presidente Kennedy foi iniciada por volta do ano de 1978.

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Durante 24 anos foram depositados todo o resíduo do centro de Presidente Kennedy sem nenhum controle e gerência, variando do descarte do resíduo hospitalar e de serviço de saúde, resíduos perigosos (baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes entre outros), bem como: domiciliar, comercial, agrícola, entulho, público, varrição e os resíduos sólidos urbanos.

No ano de 2002 foi dada por encerrada à disposição inadequada de resíduos na localidade de Bairro das Flores na ÁREA I. Data esta que marca o fim do uso da ÁREA I e inicio da disposição inadequada de resíduos sólidos em Santana Feliz, no que tange à ÁREA II.

Vale ressaltar que no período de 07 anos, sobre a influência da ÁREA II, foram depositados todos resíduos sólidos urbanos das mediações do Centro de Presidente Kennedy, supracitado da ÁREA I. Por fim, em agosto de 2009 foi dada por encerrada toda a disposição inadequada de resíduos em Presidente Kennedy, onde o município passou a gerenciar todo seu resíduo.

2.1 Bairro das Flores ÁREA I

No decorrer dos 24 anos do uso indevido da área para a disposição inadequada de RSU, todo o resíduo depositado indevidamente no Bairro das Flores teve por fim o aterramento, porém em Agosto de 2009 grande parte do volume dos resíduos expostos foi removido, transportado e destinado para o aterro sanitário Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha – CTRVV, serviço este feito pela empresa terceirizada CTRVV. Porém ainda é existente uma grande parcela de resíduos subterrada no local, resultante das antigas atividades de disposição indevida de RSU.

A área em questão ÁREA I hoje se encontra em processo de regeneração natural avançado.

2.2 Santana Feliz ÁREA II

Durante 07 anos a área em questão foi utilizada para a disposição inadequada de RSU, onde, por fim, em agosto de 2009, grande parte dos resíduos dispostos indevidamente no local foi removido, transportado e destinado para o aterro sanitário CTRVV - Central de Tratamento de Resíduos de Vila Velha, serviço este realizado por terceirização.

Após a remoção do RSU, foi realizado cercamento na área e hoje se encontra em processo de regeneração natural, inclusive, em agosto de 2009 foi inaugurada a Estação Municipal de Transbordo de Presidente Kennedy.

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3 Localização

3.1 Localização do Município

Presidente Kennedy fica a 159 km de distância de Vitória, capital do estado do Espírito Santo, tendo a distância de 116,63 km em linha reta entre si.

A divisão política se contempla com os municípios de Marataízes, Itapemirim, Atílio Vivacqua e Mimoso do Sul, e tem sua fronteira com o estado do Rio de Janeiro através do Rio Itabapoana.

Figura 1: Localização do Município de Presidente Kennedy. A parte destacada de laranja corresponde ao município de Presidente Kennedy.

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3.2 Localização das áreas em questão

As áreas contaminadas pela disposição inadequada de RSU em Presidente Kennedy estão divididas em ÁREA I e ÁREA II. Ás áreas tem 5.850m de distância em linha reta entre si, estando localizadas a ÁREA I no centro urbano de Presidente Kennedy e a ÁREA II em zona rural.

3.3 Bairro das Flores ÁREA I

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Poligonal da área com coordenadas geodésicas dos seus vértices.

1. 286822.00 m E / 7665435.00 m S2. 286831.00 m E / 7665433.05 m S3. 286840.00 m E / 7665433.00 m S4. 286848.00 m E / 7665432.00 m S5. 286853.34 m E / 7665431.74 m S6. 286855.54 m E / 7665434.16 m S7. 286863.00 m E / 7665428.50 m S8. 286870.25 m E / 7665430.28 m S9. 286877.74 m E / 7665438.48 m S10. 286892.31 m E / 7665435.78 m S11. 286909.00 m E / 7665429.00 m S12. 286921.00 m E / 7665424.00 m S13. 286930.92 m E / 7665416.30 m S 14. 286927.93 m E / 7665403.00 m S15. 286922.71 m E / 7665393.75 m S

16. 286916.62 m E / 7665381.29 m S17. 286915.63m E / 7665371.75 m S18. 286913.75 m E / 7665365.40 m S19. 286889.00 m E/ 7665368.00 m S20. 286872.68 m E / 7665372.07 m S21. 286859.69 m E / 7665372.09 m S22. 286856.15 m E/ 7665376.62 m S23. 286851.00 m E / 7665380.00 m S24. 286844.27 m E/ 7665382.79 m S25. 286838.00 m E / 7665385.00 m S26. 286821.98 m E / 7665389.01 m S27. 286807.85 m E / 7665393.25 m S28. 286807.00 m E / 7665402.66 m S29. 286811.24 m E / 7665412.29 m S30. 286816.00 m E / 7665421.17 m S

3.4 Santana Feliz ÁREA II

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Poligonal da área com coordenadas geodésicas dos seus vértices.

1. 291060.26 m E / 7661334.45 m S2. 291066.56 m E / 7661336.37 m S3. 291070.17 m E / 7661342.72 m S4. 291078.37 m E / 7661342.11 m S5. 291086.34 m E / 7661341.23 m S6. 291095.03 m E / 7661337.93 m S7. 291104.48 m E / 7661333.61 m S8. 291114.82 m E / 7661326.85 m S9. 291122.96 m E / 7661318.84 m S10. 291128.26 m E / 7661310.22 m S11. 291137.24 m E / 7661303.80 m S12. 291144.56 m E / 7661299.75 m S13. 291155.11 m E / 7661297.24 m S

14. 291163.72 m E / 7661292.02 m S15. 291175.87 m E / 7661287.58 m S16. 291161.44 m E / 7661286.74 m S17. 291145.76 m E / 7661287.21 m S18. 291129.79 m E / 7661286.84 m S19. 291114.28 m E / 7661290.02 m S20. 291103.64 m E / 7661289.21 m S21. 291087.95 m E / 7661291.01 m S22. 291074.55 m E / 7661295.88 m S23. 291066.33 m E / 7661299.41 m S24. 291056.68 m E / 7661306.90 m S25. 291056.44 m E / 7661317.13 m S26. 291057.27 m E / 7661324.99 m S

4 Identificações

4.1 Responsável pela atividade na área

Nome: Prefeitura Municipal de Presidente KennedyCNPJ: 27.165.703/0001-26Endereço: Rua Átila Vivácqua, n°79, Centro, Presidente Kennedy - ESCEP: 29350-000Telefone: (28) 3535-1900

4.2 Responsável pela elaboração e execução do PRAD-RSU

Nome: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Presidente KennedyCNPJ: 27.165.703/0001-26Endereço: Rodovia ES – 162, km 26, Santana Feliz, Presidente Kennedy - ESCEP: 29350-000E-mail: [email protected]: (28) 3535-1360

4.3 Profissional responsável pela elaboração do relatório técnico da 1ª fase

Nome: Kaio Guimarães AchaTítulo: Engenheiro Ambiental e Sanitário

Nome: Maycon Valpasso Almeida

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Título:Técnico em Meio Ambiente

5 Caracterização do meio físico

5.1 Hidrologia

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o clima da região do Projeto está localizado na Zona Climática Tropical Brasil Central Quente Úmido caracterizada por ter verão chuvoso, com precipitações máximas registradas entre novembro e janeiro, e por ter inverno seco.

O relevo dos locais de projeto é bastante regular, constituído de superfície ondulada. A altitude do município oscila do nível do mar a 270 metros. A hidrografia configura uma rede de drenagem predominantemente dendrítica, com a presença de rede treliça. O sistema hidrológico de Presidente Kennedy é feito pelo Rio Itabapoana e pela Bacia do Rio Itapemirim, ambas constituintes da Região Hidrográfica Atlântico Sudeste.

A Região Hidrográfica do Rio Itapemirim tem como rio principal o Rio Itapemirim, com vazão média de 94.709 l/s e extensão de 135,44 km a partir da confluência de dois rios, o Braço Norte Esquerdo, com 83,28 km e o Braço Norte Direito, com 70,95 km. Sua foz se localiza no município de Itapemirim e seus principais afluentes são os Rios Castelo, Muqui do Norte, Braço Norte Direito, Fruteiras, Pardo, São João de Viçosa, Caxixe, Prata, Alegre, Pardinho, Monte Alverne, Pedra Roxa e Pedregulho. Ocupa uma área de aproximadamente 5.919,5 km², abrangendo os municípios de Alegre, Atílio Vivacqua, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Ibitirama, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Muniz Freire, e Venda Nova do Imigrante em sua totalidade, além de abranger parcialmente os municípios de Ibatiba, Iúna, Irupi, Muqui, Itapemirim, Marataízes, Presidente Kennedy e Vargem Alta.

A Região Hidrográfica do Rio Itabapoana, que tem como principal corpo hídrico o rio Itabapoana, de domínio da União, drena os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, onde estão localizadas suas nascentes.

Ao sair de Minas, ele percorre aproximadamente 213 km, fazendo a divisa entre os estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, apresentando vazão média de 49.354 l/s. Sua foz localiza-se entre os municípios de Presidente Kennedy-ES e São Francisco de Itabapoana-RJ.

A região hidrográfica é basicamente composta pela bacia de drenagem do próprio rio no Espírito Santo, que inclui os afluentes da margem esquerda, e um pequeno conjunto de bacias adjacentes, entre elas a do córrego do siri e a do córrego Marobá, que atravessam a baixada litorânea, afluindo diretamente para o litoral.

O Rio Itabapoana e seus afluentes drenam uma área total de 4.875 km², sendo que aproximadamente 2.955 km² estão localizados dentro do Espírito Santo. Os principais afluentes do Itabapoana são: na margem esquerda (ES): o rio Preto, o córrego Santa

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Maria,o rio Veado, o ribeirão São Romão, o córrego Castelinho, córrego Palmital, rio Calçado, córrego Alegre, rio Barra Alegre, córrego Trindade; na margem direita (RJ): córrego Ubirajá, córrego São Pedro, córrego Piral, córrego Muqui do Sul, córrego da Penha, rio Preto, córrego dos Caetés, córrego Jordão, córrego dos Galos.

Abrange os seguintes municípios no estado do Espírito Santo: Divino São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçui, São José do Calçado, Bom Jesus do Norte, Apiacá, Mimoso do Sul, e parcialmente Marataízes, Itapemirim, Muqui e Presidente Kennedy; no estado de Minas Gerais os municípios: Alto Caparaó, Caparaó, Espera Feliz e Caiana; e parcialmente os municípios do Rio de Janeiro: Porciúncula, Varre-Sai, Bom Jesus do Itapaboana, Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana.

5.2 Geologia

A área de estudo abrange, em nível mais geral, aos limites do município de Presidente Kennedy, localizado ao sul do estado do Espírito Santo, com área total de 583,933 km² (IBGE, 2010).

Segundo a classificação CPRM/IBGE (2010), no município há um Domínio dos Complexos Gnaissemigmatíticos e Granulitos, com predomínio de gnaisses paraderivados, podendo conter porções migmatíticas. As formas de relevo encontradas variam entre o Domínio de Colinas Amplas e Suaves, Domínio de Colinas Dissecadas e de Morros Baixos e Domínios Montanhosos. Estes terrenos geram manto de alteração de espessura variável, com ocorrências localizadas de blocos de rochas preservados, estes últimos apresentam anisotropia mecânica média a alta o que favorece ao desplacamento de lascas e quedas de blocos, em especial nas porções expostas de rocha sã.

A suscetibilidade a processos erosivos e movimentos naturais de massa é considerada de média a alta. Originam solos com elevado teor de argila, pouco permeáveis, muito porosos, moderadamente plásticos e de boa capacidade de compactação.

Também são encontrados terrenos de classificação referente ao Domínio dos Complexos Granitoides não Deformados, que alteram-se de forma heterogênea deixando blocos e matacões em meio ao solo, podendo desestabilizar obras se estas forem parcialmente apoiadas sobre eles e podem movimentar-se em taludes de corte.

Originam solos argilo síltico-arenosos, pobres em nutrientes e ricos em alumínio, de boa qualidade física (porosos – retém bem a água e nutrientes). Quando pouco evoluídos, se desestabilizam com facilidade em taludes de corte. Nos solos com pedogênese incipiente são aproveitáveis como saibro e os solos mais evoluídos mostram boa capacidade de compactação.

As formas de relevo encontradas se assemelham as descritas anteriormente.

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Por último, constata-se a existência de trechos com terrenos do Domínio dos Sedimentos Cenozoicos inconsolidados ou pouco consolidados, depositados em meio aquoso. Apresentam baixo grau de coerência e baixa resistência ao corte e à penetração, o que implica em facilidade de remoção por maquinário de corte. Por outro lado, exibe baixa capacidade de suporte, o que condiciona o aparecimento de trincas e abatimentos.

Constiui-se de ambiente fluviolacustre com predomínio de sedimentos arenosos, intercalados com camadas argilosas, ocasionalmente com presença de turfa. Exibem configuração morfolitoestrutural favorável à existência de sistema de drenagem de baixa energia, com afloramento do lençol freático ou com ocorrência do mesmo a baixas profundidades, o que implica em terrenos problemáticos à execução de obras que envolvam escavação. São áreas sujeitas a rápido alagamento.

Segundo dados do CPRM/IBGE (2010) á área compreendida pelos trechos em tela apresenta alta suscetibilidade a processos condicionantes de risco geológico. A região apresenta terrenos portadores de rochas com heterogeneidade geomecânica moderada, o que condiciona suscetibilidade média à queda de blocos e desplacamentos em trecho que apresentem afloramentos rochosos expostos. O manto de alteração, em geral muito espesso, possui alta suscetibilidade à erosão hídrica, a escorregamentos e aos movimentos de rastejo.

5.3 Geomorfologia

Segundo a classificação geomorfológica proposta pelo Manual Técnico de Geomorfologia (IBGE,2009) a região é enquadrada no Domínio Geomorfológico Depósitos Sedimentares. Esse domínio é constituído pelas áreas de acumulação representadas pelas planícies e terraços de baixa declividade e, eventualmente, depressões modeladas sobre depósitos de sedimentos horizontais a subhorizontais de ambientes fluviais, marinhos, fluviomarinhos, lagunares e/ou eólicos, dispostos na zona costeira ou no interior do continente. Os depósitos sedimentares caracterizam-se pela ocorrência de sedimentos arenosos e argiloarenosos com níveis de cascalho, basicamente do grupo da Formação Barreiras e dos ambientes costeiros, depositados durante o período Cenozóico.

Num segundo nível de classificação hierárquica de relevo podemos encontrar, no território Kennedense, três Regiões Geomorfológicas distintas: Acumulação Fluvial, Planícies Costeiras e Piemontes Inumados. Esta última, constituída pela Unidade Geomorfológica Tabuleiros Costeiros, é de especial interesse por abranger a área onde estão locados os trechos rodoviários em tela.

Estes terrenos constituem-se de sedimentos cenozóicos do Grupo Barreiras depositados sobre o embasamento muito alterado, fato que dificulta muitas vezes a diferenciação dos dois materiais. Os sedimentos apresentam espessura variada e disposição suborizontal, com mergulho para leste, em direção ao Oceano Atlântico, são constituídos de areias e argilas variegadas com eventuais linhas de pedra.

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5.4 Pedologia

Regionalmente, os terraços mais externos formam uma faixa praticamente contínua na margem oceânica, interrompendo-se ao norte da área de estudo por afloramentos do grupo Barreiras e ao sul pela desembocadura do rio Itabapoana. Nesses terraços externos encontra-se inserida a área de estudo e, dependendo do material depositado e da altura do lençol freático, foram formadas principalmente três ordens de solo sem horizonte B, sendo eles: Organossolo, Gleissolo, Neossolo (Flúvico e Quartzarênico).

Foram identificadas na área de estudo e em sua retroárea imediata três tipologias principais de solo, sendo eles o Argissolo Amarelo, Gleissolo Háplico, Gleissolo Tiomórfico e Neossolo Quartzarênico. Mesmo não ocorrendo à constatação em campo de Organossolos, estes podem estar associados aos Gleissolos em áreas onde a ausência de oxigênio propiciou o acúmulo mais significativo de matéria orgânica, originando solos com horizonte A orgânico.

5.5 Climatologia Regime Pluviométrico

O clima da região é tropical litorâneo úmido e edafoclimaticamente considerado tropical egatérmico, quase mesotérmico e sub úmido do tipo seco, a temperatura média anual é aproximadamente 23º C, no verão aproximadamente 25ºC, estação muito quente, e no inverno aproximadamente 20º C, temperatura amena. Embora a quantidade de chuvas varie muito, há predominância de um volume de 900 a 1.000 mm anual. O maior volume ocorre entre os meses de novembro a janeiro

(INCAPER, 2011).

As principais características climáticas da região são:

Temperatura média anual: ........................................................................................................................................................................... 26° C

Temperatura máxima média anual: ........................................................................................................................... 31° C a 34° C

Temperatura mínima média anual: ............................................................................................................................. 12° C a 18° C

Precipitação total (média anual): ......................................................................................................................... 1000 a 1200 mm

Número total de dias de chuva (média anual): .............................................................................................................. 90 dias

Trimestre mais chuvoso: ............................................................................................................................................................Nov/Dez/Jan

Trimestre mais seco: ...........................................................................................................................................................................Jun/Jul/Ago

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Umidade relativa anual: ........................................................................................................................................................................................ 80%

Insolação total anual (média anual): ........................................................................................................... 2000 a 2200 h/ano

6 Caracterização do Meio Biótico

6.1 Introdução

A área de interesse está totalmente inserida no domínio Mata Atlântica, conhecida por deter uma altíssima biodiversidade e um valioso banco genético, sendo a formação vegetal mais antiga do Brasil, com aproximadamente 70 milhões de anos (LEITÃO-FILHO, 1987), distribui-se paralelamente ao Oceano Atlântico na costa leste do Brasil, com sua área original estendo-se desde o Cabo de São Roque-RN (5045’S) até Ozório-RS (29o50’S) (ANDRADE-LIMA, 1966 apud SILVA & LEITÃO-FILHO, 1982). A Floresta Pluvial Atlântica ou Mata Atlântica é um corpo florestal do Brasil oriental, estendendo-se do Rio Grande do norte até o Rio Grande do Sul na faixa litorânea, pode ser dividida em dois corpos: Floresta litorânea e Floresta de Montanha, ambas com um grande número de Endemismos (SICK, 1997).

O maior índice de endemismos está mesmo no sudeste do Brasil, com aproximadamente 140 espécies florestais (HAFFER 1985 apud SICK 1997), e apesar de fragmentada e muitas vezes restritas a lugares inacessíveis, como o alto das serras, a Mata Atlântica ainda abriga uma das maiores biodiversidades do mundo (Ambiental Consulting, 2004), e cerca de 60% das 305 espécies ameaçadas de extinção para o Brasil (IUCN, 2003) estão restritas aos cerca de 7% remanescentes da Mata Atlântica original (PAGLIA, 2004).

A Mata Atlântica constitui um importante centro de endemismo para diversos grupos de seres vivos. Na amostra de 127 espécies de árvores da Mata Atlântica, estudadas por MOR, et aI. (1981), 65,3 % foram consideradas endêmicas deste bioma. Das 183 espécies de anfíbios existentes no Sudeste do Brasil, 168 (i.e. aproximadamente 92%) são endêmicas da Mata Atlântica (I;YNCH,1979), enquanto que dentre as 150 espécies de répteis do Sudeste, 107 (i.e. 71 %) ocorrem apenas nesta faixa (DrxüN, 1979). Mesmo num grupo de notório poder de dispersão como as aves, o número de espécies endêmicas, chega a 199 espécies ou 12 % do total existente no país e 29 % do total da Mata Atlântica (PARKER et al., 1996, STAITERSFIELD et al., 1998).

O centro de endemismo de aves da Serra do Mar, onde se encontra a região sul do Espírito Santo, divide-se em dois ramos principais: o primeiro abrange a estreita faixa de mata pluvial tropical costeira e o segundo, o centro do Paraná, que corresponde à região das matas de araucária do sul do Brasil. Porém, o centro de endemismo da Serra do Mar pode ser subdividido em diversos "subcentros", caracterizados por certos conjuntos de espécies próprias a cada um deles (COLLAR ET al. 1987). (Bauer, 1998).

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A localização correta dos centros de endemismo da Mata Atlântica depende ainda de pesquisas mais aprofundadas, uma vez que os dados biológicos disponíveis são fragmentários e algumas vezes distorcidos, devendo ser reconhecido que a biogeografia da área ainda é muito insatisfatória (MORL et al. 19B1). A necessidade do conhecimento de padrões e processos distribucionais é de grande importância para o estabelecimento de prioridades na conservação e manejo dos recursos naturais (BROWN, 1986). (Bauer, 1998). Todo o território do Estado do Espírito Santo encontra-se inserido no domínio morfoclimático atlântico (BRASIL-MME, 1983).

O Estado do Espírito Santo está localizado na região Sudeste entre os paralelos 17º53'29'' S e 21º18'03'' S e os meridianos 39º41'18'' W e 41º52'45'' W. Limita-se ao norte com o Estado da Bahia, a oeste com o Estado de Minas Gerais, ao sul com o Estado do Rio de Janeiro e a leste com o Oceano Atlântico (IPEMA, 2004), ocupa uma área de 45.597 Km², o correspondente a 0,53% do território Nacional. Está inserido no domínio ecológico tropical de altitude e em áreas litorâneas de clima quente e úmido, seu relevo caracteriza-se como montanhoso, observando-se altitudes que vão desde o nível do mar até acima de 2.000 m (IMEES, 1994), possuía quase 90% de sua superfície

coberta por Mata Atlântica, sendo o restante ocupado por ecossistemas associados, como brejos, restingas, mangues, campos de altitude e campos rupestres (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2000), até o ano de 2002, em função do desenvolvimento progressivo do estado, da expansão agrícola, em especial café e florestas plantadas, exploração mineral e expansão urbana, apenas 7,25% do estado é coberto por florestas nativas (IPEMA, 2004).

As principais bacias hidrográficas do Espírito Santo são as dos rios Itapemirim, Itabapoana, Benevente, Novo, Reis Magos, Doce, Jucu, Santa Maria da Vitória, Guarapari, Riacho, Itaúnas e São Mateus. A bacia hidrográfica do rio Doce é a de maior expressão e abrange os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Possui uma área de drenagem de 12.000 Km², percorrendo 27 municípios do Estado (IPEMA, 2004), dentre estas bacias destaca-se a do rio Itapemirim, local onde foi realizado o estudo, que percorre 15 municípios sendo Cachoeiro de Itapemirim o maior e mais desenvolvido.

A região sul do Espírito Santo é bastante diversificada quanto a seus aspectos físicos e bióticos, abrigando um mosaico de formações vegetacionais, integrados a uma gama de variações altitudinais e climáticas, devido à presença de um relevo bastante acidentado. Os dados utilizados para a caracterização da área de estudo, foram baseados especialmente em BRASIL-MME (1983) e AMORIM (1984). (BAUER, 1998).

O sul do Estado está situado na região da Mantiqueira Setentrional que compreende três unidades geomorfológicas distintas denominadas: Patamares "Escalonados do Sul Capixaba, Maciços do Caparaó e Serranias da Zona da Mata Mineira. Apenas as duas primeiras estão localizadas na área de estudo. A primeira recebeu esta denominação' devido ao fato de integrar conjuntos de relevos que funcionam corno degraus de acesso aos diferentes níveis topográficos (BAUER, 1998).

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6.2 Botânica

O bioma Mata Atlântica ocupava cerca de 87% do território do estado do Espírito Santo (SOS MATA ATLÂNTICA & INPE, 1993), representado pelas formações florestais e seus ecossistemas associados (restingas e manguezais) (IPEMA, 2005). No entanto, assim como ocorrido em todo o Brasil, atualmente contamos com cerca de 11% da área do Estado coberto com remanescentes florestais, incluindo as formações secundárias em estágios avançados de regeneração e os ecossistemas associados (SOS MATA ATLÂNTICA & INPE, 2013). De acordo com esse estudo, o município de Presidente Kennedy, onde está inserido o presente empreendimento, detém apenas 7% de florestas naturais em seu território.

O Espírito Santo apesar de ser o quarto menor estado em extensão territorial abriga mais de 5.500 espécies de plantas e fungos, ocupando a 11ª colocação em riqueza vegetal no Brasil, sendo que destas, 487 são endêmicas deste estado, o que o torna sexto estado com maior endemismo no território brasileiro, conforme dados da Flora do Brasil (FORZZA et al., 2010). Essa elevada riqueza e endemismo são reflexos da grande variedade de ambientes que o Espírito Santo apresenta, tal como as formações de floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual e as formações pioneiras, incluindo manguezais e restingas (IBGE, 1983; 1987).

A diversidade geomorfológica encontrada juntamente com outros fatores como o clima, a natureza e o grau de permeabilidade dos solos, possibilitaram o estabelecimento dessas diferentes tipologias vegetais (AZEVEDO, 1962).

Isso mostra importância dos estudos técnicos para empreendimentos com interferência no meio ambiente no Estado do Espírito Santo, a fim de se manter ao máximo possível os processos biológicos das áreas impactadas ou propor remediações para tais, sempre respeitando os princípios da legislação e aspectos conservacionistas.

6.3 Flora e Fauna do local e do entorno num raio de 1000m

6.3.1 Flora

Quanto à cobertura vegetal e ao uso do solo, cabe referência que o revestimento vegetal era originalmente constituído por Floresta Estacional Semidecidual, encontrado no Domínio Mata Atlântica, que se apresentam hoje, em face à ocupação antrópica, substituídas por pastagens, ocorrendo pequenas manchas esparsas da remanescente vegetação original.

TIPOLOGIAS VEGETAIS

PASTAGEM:

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Fisionomia predominante em todos os trechos percorridos, formada pelo plantio de espécies herbáceas de gramíneas exóticas forrageiras, principalmente dos gêneros Urochloa e Paspalum, para alimentação do gado bovino por meio do pastoreio.

Em meio a essas forrageiras, ocorrem indivíduos isolados de espécies arbustivo-arbóreas nativas como Parapiptadenia pterosperma (angico vermelho), Astronium graveolens (aderne), Sparattosperma leucanthum (cinco folhas), Albizia polycephala (monjolo), Genipa americana (jenipapo) e Gallesia integrifolia (pau d’alho), representando processos de regeneração natural, normalmente por rebrota, ou são remanescentes do ambiente florestal que outrora ocupava essas áreas.

MACEGA:

Em vários pontos de todos os sete trechos das rodovias municipais analisados ocorrem agrupamentos herbáceo-arbustivos classificados como macega, resultante da cessão de atividades humanas e que ficaram abandonadas, permitindo o crescimento de espécies exóticas como o capimcolonião (Megathyrsus maximus), além de nativas consideradas plantas daninhas (LORENZI, 2000), a exemplo do assa peixe (Vernonia fruticulosa), guaxumba (Waltheria indica), mal-me-quer amarelo (Lantana camara) e araçá (Psdidum guineense).

Na macega encontra-se indivíduos isolados de espécies arbóreas nativas pioneiras como Gochnatia polymorpha (camará), Aegiphila sellowiana (mululo), Trema micrantha (curindiba), Cupania platycarpa (camboatá) e Dalbergia nigra (jacarandá caviúna). A altura desses indivíduos arbustivo-arbóreos da macega pode alcançar cerca de 5 m, sempre com diâmetro do caule de pequena expressão (DAP < 5cm) e fisionomia aberta, onde no sub-bosque predominam as espécies herbáceas/subarbustivas mencionadas anteriormente.

FLORESTA EM ESTÁGIO AVANÇADO DE REGENERAÇÃO:

Essa tipologia representando estágios mais avançadas da vegetação florestal encontrada sob a forma de fragmentos florestais. Nesses locais a vegetação apresenta porte arbóreo, com fisionomia fechada, formando estrato superior (dossel) de aproximadamente 10 m e indivíduos emergentes com até 20m, e um estrato inferior (sub-bosque), com indivíduos jovens do estrato superior e espécies herbáceo-arbustivas típicas desse ambiente, tais como Aechmea chlorophylla, Olyra latifolia, Dichorisandra sp, Neomarica sp, e palmeiras (pindoba - Attalea humilis, tucum – Bactris vulgaris, brejaúba – Astrocaryum aculeatissimum). O epifitismo ocorre com exemplares de Araceae (Heteropsis rigidifolia, Philodendron fragrantissimum) e Bromeliaceae (Tillandsia tenuifolia, T. usneoides), enquanto a presença de lianas lenhosas é comu. Um importante aspecto fisionômico é a camada de serapilheira espessa e contínua, um indicativo do longo período de tempo de estabelecimento do remanescente e de seus processos ecológicos de ciclagem de nutrientes (LOUZADA et al., 1995).

BREJO:

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Vegetação paludícola de fisionomia herbácea localizada em depressões do terreno, próximo às margens de corpos hídricos, onde são observadas espécies higrófilas típicas como a taboa (Typha domingensis), o tucum do brejo (Bactris setosa), a samambaia do brejo (Acrostichum aureum), pau tamanco (Tabebuia cassinoides)

6.3.2 Fauna

6.3.2.1 ICTIOFAUNA

As principais causas da perda direta da biodiversidade em ecossistemas aquáticos continentais brasileiros são poluição e eutrofização, assoreamento, construção de barragens e controle de cheias, pesca e introdução de espécies (Agostinho, et.al. 2005).

As ameaças aos ecossistemas aquáticos variam consideravelmente em número e importância de acordo com as diferentes regiões do Brasil, a densidade populacional humana, os usos do solo e as características socioeconômicas predominantes (Agostinho, et. al 2005). Tundisi (2003) discute as principais ameaças para a biodiversidade aquática, por região: (1) tratamento inadequado da água (especialmente no norte); (2) grandes áreas urbanas, indústrias e agricultura (Sudeste); (3) agricultura, indústrias, irrigação e aquicultura (Sul); (4) escassez de água (Nordeste) e (5) desmatamento, construção de canais e hidrovias, pesca predatória e pecuária intnsiva (Centro-Oeste, incluindo o Pantanal).

6.3.2.2 ANUROFAUNA

Segundo Segalla et al, (2012) são conhecidas 946 espécies de anfíbios ocorrentes no Brasil, sendo 913 Anuros, 1 Caudata e 32 Gymnophionas. Dentre os anfíbios da Ordem Anura (desprovidos de cauda), são cerca de 5.350 no mundo. Na Mata Atlântica, 459 espécies de anfíbios habitam a Mata Atlântica (HADDAD et al., 2013). Para o Estado do Espírito Santo, Almeida et al. (2011) relatam a ocorrência de 133 espécies.

Vários estudos têm comprovado o declínio das populações de anfíbios em diversas localidades ao redor do mundo nos últimos anos (PEARMAN et al., 1995; DROST & FELLERS, 1996; LAURANCE, et. al., 1996; LIPS, 1998 e 1999). Entretanto, poucas conclusões têm sido tiradas no que se refere à determinação dos fatores que estão ocasionando tal fenômeno.

6.3.2.3 AVIFAUNA

O estado do Espirito Santo destaca-se no cenário nacional pela sua expressiva avifauna que engloba cerca de 654 espécies (SIMON, 2009), o que representa pouco mais de 30% de todas as aves de ocorrência conhecida para o Brasil. Este número torna-se ainda mais

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significativo quando leva-se em conta seu pequeno tamanho territorial do estado. Alguns fatores contribuíram para esta elevada riqueza de espécies, dentre eles, destacam-se as expressivas contribuições históricas dos naturalistas viajantes, além das diferentes fisionomias que compõe sua área.

Esta elevada riqueza esta associada em grande parte a heterogeneidade de ambientes presentes em seu território, que inclui diferentes tipos de florestas que se estendem do nível do mar (Florestas de Baixada) até formações campestres localizadas a mais de 2000 metros de altitude, bem como fisionomias associadas a Mata Atlântica, tais como floresta estacional semidecidual, restingas, praias, mangues além de um complexo sistema lagunar.

Neste cenário, ganha destaque as matas de baixada. Tais áreas concentram uma grande diversidade de aves, incluindo muitas endêmicas e ameaçadas de extinção e não por acaso, foram as que mais sofreram com o desenvolvimento regional, quase sempre associado a atividades agro-pecuárias restando atualmente poucos fragmentos, quase sempre de pequeno porte e isolado entre si, fato que torna o prognóstico desta vegetação bastante preocupante a longo prazo. Não obstante, deve-se considerar que grande parte das espécies consideradas ameaçadas de extinção no estado do Espirito Santo, são extremamente associadas a matas de baixada, fato que sugere que seu estado atual de conservação em território capixaba já afeta a composição de sua avifauna.

A região de Presidente Kennedy, localizado no sul do estado do Espirito Santo se encaixa perfeitamente no contexto regional supracitado. A área que no passado foi dominada por floresta de baixada em seu interior, e por fisionomias primárias em seu litoral, atualmente apresenta uma paisagem completamente modificada, quase sempre associada a fisionomias rurais, como grandes áreas de pasto, bem como alguns trechos de culturas agrícolas destinadas a subsistência familiar, ou mesmo ao fornecimento regional de insumos.

6.3.2.4 MASTOFAUNA

Os mamíferos formam um grupo de vertebrados com capacidade de manter a temperatura corporal constante, o que facilita sua sobrevivência em diversos ambientes. Animais desse grupo apresentam variações morfológicas e fisiológicas que lhes possibilitam a ocupação de meios terrestres, aquáticos e aéreos (Silva, 1984), o que explica a grande variedade de formas de vida dos mamíferos e a presença desses animais em quase todos os tipos de habitat do planeta, incluindo paisagens fortemente antropizadas, como áreas agrícolas e até urbanas. Os mamíferos possuem um importante papel na manutenção e na regeneração das florestas tropicais, pelo fato de desempenharem funções ecológicas vitais na estruturação das comunidades biológicas, como predação, dispersão de sementes, polinização, folivoria e frugivoria. Esses animais são especialmente afetados pela fragmentação de habitat (Lawrence, 1990), devido a algumas características ecológicas, como territorialidade, grande requerimento espacial, sociabilidade, especialização ecológica,

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alta flutuação populacional, raridade natural, dentre outras (Wolf et al., 1997; Henle et al., 2004).

Diferentes espécies de mamíferos apresentam diferentes tipos de resposta à perda de habitat e sua fragmentação. Espécies especialistas na exploração de recursos e espécies de maior porte tendem a ser mais fortemente afetadas por esses impactos, enquanto espécies generalistas e de pequeno porte tendem a sofrer menos e muitas vezes até são favorecidas pela degradação do habitat (Gehring e Swihart, 2003), em função da eliminação de predadores, do aumento do efeito de borda e do aumento da disponibilidade de recursos que muitas vezes está associada à produção agrícola ou à geração de resíduos em áreas urbanizadas. No Brasil são conhecidas atualmente 701 espécies de mamíferos, com 298 ocorrendo na Mata Atlântica, das quais 90 só ocorrem nesse bioma (Paglia et al., 2012). Dentre os biomas brasileiros, a mata Atlântica destaca-se por possuir a maior diversidade de roedores, grupo que é o mais diverso dentre os mamíferos brasileiros. Para o estado do Espírito Santo, os trabalhos voltados ao levantamento da fauna de mamíferos, concentram-se principalmente na região serrana (Passamani, 2000; 2003; Passamani et al., 2000; Nunes, 2004), norte do estado (Palma, 1996; Chiarello, 1999; 2000), uma área de restinga no sul (Venturini et al., 1996), Anchieta (Passamani et al. 2005) e Ibiraçu (Segatto e Ferreira, 2004). Segundo Moreira et al. (2008) no estado do Espírito Santo ocorrem 85 espécies de mamíferos não-voadores. Dentre essas, 29 são endêmicas da Mata Atlântica e 28 espécies encontram-se ameaçadas de extinção segundo as listas estadual e nacional (IPEMA, 2007; Machado et al., 2008). O presente estudo teve como objetivo estudar a fauna de mamíferos terrestres ocorrentes nas áreas de influência direta das áreas I e II.

7 Caracterização do meio Antrópico

7.1 Caracterização do Meio Antrópico do Município

Presidente Kennedy, município localizado no extremo sul do estado do Espírito Santo, com uma altitude de 55 metros, população estimada em 2010 pelo IBGE em 10.315 habitantes, com uma área de 586,52 km², é uma das cidades menos populosas do Espírito Santo, porém com o maior PIB per capita do país (R$ 387.136,99), em grande parte por causa das explorações em alto mar da chamada camada pré-sal no Oceano Atlântico pela Petrobrás e outras empresas. No entanto, continua sendo um município com muita pobreza e desigualdade, com Índice de Desenvolvimento Humano - IDH de 0,657.

Presidente Kennedy futuramente tem grandes chances de se tornar a nova capital brasileira do petróleo, por ter grande produção em alto-mar, estão instaladas grandes empresas na área do petróleo, minério e portos como a Petrobras, Chevron (Texaco), Shell, Samarco e a Vale.

Os investimentos no pré-sal estão incluídos nos US$ 8,5 bilhões previstos pela Petrobras para os projetos em andamento no Município, em planejamento e em fase de licitação. As descobertas na camada de pré-sal foram anunciadas no ano passado. A estatal não

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informou o volume da descoberta em Jubarte, que pertence a Presidente Kennedy mas somente um dos reservatórios anunciados em 2007, tem quantidade estimada em até 8 bilhões de barris. Presidente Kennedy possui a maior reserva de petróleo marítima do Espírito Santo, com cerca de 1,9 bilhões de barris.

A seguir são apresentados os dados sobre a evolução da população de presidente Kennedy, do Estado do Espírito Santo e do Brasil, verificando-se taxas de crescimento entre 1991 e 2010, no valor de 0,5%aa para o município em estudo, de 1,6%aa para o Espírito Santo e de 1,4%aa para o país como um todo. Com relação ao período 2000 – 2010, houve uma pequena redução na diferença do crescimento entre o município e o estado e o país, pois Presidente Kennedy teve um crescimento de 0,8%aa, o Espírito Santo 1,3% aa e o Brasil, 1,2% aa.

O quadro abaixo apresenta a evolução do produto interno bruto (PIB) para o período 1999/2011, observando-se uma taxa de crescimento elevadíssima, de 43,5%aa. Entre 2010 e 2011, houve uma elevação de 150%, totalmente fora dos padrões normais, devido ao aumento dos investimentos que estão sendo realizados na região e a produção de petróleo.

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A tabela abaixo apresenta a distribuição do valor adicionado, por setor da economia, verificando-se que a quase totalidade dos recursos são provenientes do setor industrial, conforme já citado anteriormente.

A evolução da frota, entre 2009 e 2013 correspondeu a 5,8%aa, sendo 4,6%aa dos autos, 1,3%aa dos ônibus, 6%aa dos caminhões e 6,7%aa de motos.

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Com relação ao setor agropecuário, o quadro abaixo apresenta os principais produtos da região, com predominância, em relação à área de produção e quantidade, em toneladas, da cana-de- açúcar, embora, em termos de valor de produção o que gerou mais recursos, foi à produção de abacaxi, com área bem mais reduzida que a cana. Estima-se que a melhoria das condições das rodovias possibilite um incremento na produção agrícola da região, devido à redução de frete e maior facilidade na compra de insumos e na venda da produção, acarretando um tráfego a ser gerado nas áreas de influência das rodovias do programa rodoviário

.

Com os dados acima se estimou o percentual de cada produto em relação à produção total do município, o que foi transposto para o cálculo da produção nas respectivas áreas de influência de cada trecho do programa, obtendo-se os percentuais abaixo discriminados:

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8 Avaliação Ambiental Preliminar da área a ser recuperada

Foi realizado levantamento das informações do EIA-RIMA elaborado pela CEPEMAR e RCA desenvolvido pela PROJEMAX. Dados e informações das secretarias municipal de Meio Ambiente, Obras, Desenvolvimento de Agricultura e Pesca e Desenvolvimento Econômico e Social. Além dessa fonte já citada, foram entrevistados os funcionários públicos da época, servidores municipais e moradores próximos, alguns destes, atuaram na área hoje em estudo. Outra fonte de informação que foi utilizada é proveniente das Imagens do Google Earth (2015) Sistema Aberto de Informações Geográficas, Programa de Plataforma Livre.

8.1 Histórico da degradação da área a ser recuperada

8.1.1 Área I

A área em questão foi usada para depósito indevido de Resíduos Sólidos Urbanos – RSU, iniciando esta atividade no ano de 1978, com um ponto viciado criado pela própria Prefeitura, este localizado no Bairro das Flores.

No passado, os resíduos eram queimados no local, mas devido ao constante e significativo aumento dos resíduos, deixou-se de adotar esta prática de queima a céu aberto, tornando a área um lixão a céu aberto com lançamento de resíduos sem qualquer tipo de gerenciamento e controle. Com o passar do tempo os resíduos dispostos indevidamente no local foi aterrado como tentativa de mitigar os impactos e ganhar uma área de superfície maior. Essa situação de disposição indevida perdurou por aproximadamente 24 anos na área em questão, até que por fim foi proibida a disposição de RSU no local em 2002. E em Agosto de 2009 grande parte do lixo exposto foi removido, transportado e destinado a um

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aterro sanitário ambientalmente adequado da empresa terceirizada CTRVV. Não foram encontrados outros dados de acontecimentos ou eventos relevantes sobre a área em questão nas pesquisas feitas neste trabalho, no que tange aos fatores climáticos.

8.1.2 Área II

Ainda sem um plano de manejo adequado, o município começou a depositar seu RSU em um local mais afastado da zona urbana, caracterizando tal área como lixão a céu aberto com lançamento sem qualquer gerenciamento e controle. A área em questão começou a ser utilizada para depósito indevido de RSU, no ano de 2002, tendo seu inicio logo após a proibição do deposito de resíduos na AREA I. Essa situação se estendeu por aproximadamente 07 anos, tendo seu fim em Agosto de 2009, onde a maior parte do lixo indevidamente depositado no local foi removido, transportado e destinado a um aterro sanitário ambientalmente adequado pela empresa terceirizada CTRVV. Não foram encontrados outros dados de acontecimentos ou eventos relevantes sobre a área em questão nas pesquisas feitas neste trabalho, no que tange aos fatores climáticos.

Em agosto de 2009 foi inaugurado a Estação Municipal de Transbordo, onde nesta passava a operar o gerenciamento do recebimento dos resíduos produzidos, no que tange ao acondicionamento temporário dos mesmos em 02 caixas estacionárias de capacidade de 15m³ cada.

8.2 Levantamento preliminar do volume de massa de resíduos dispostos no local

Neste método foi realizado o levantamento de determinados pontos das áreas I e II através de escavação por amostragem, com objetivo de detectar a profundidade e estimar o volume de resíduos dispostos in loco.

Os pontos de amostragem foram selecionados com base nos estudos das áreas, tendo como critério identificar e avaliar os pontos onde existam resíduos localizados na parte mais baixa e mais alta da área do lixão.

Para maior eficiência em remover a parte superficial do solo, com objetivo de detectar camadas subterrâneas de resíduos ali dispostos foi utilizado uma retroescavadeira para execução do levantamento realizado por amostragem.

8.2.1.1 ÁREA I

Dos pontos levantados como bom indicador para a amostragem, foram usados os dois pontos com maior diferença de altitude entre ambos.

No 1° ponto, foi registrado uma diferença de altitude de 05 m superior ao local onde foi realizado a escavação do 2° ponto, conforme imagem abaixo:

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Serviço de escavação por amostragem sendo realizado no ponto mais alto da ÁREA I. Coordenadas WGS 84 UTM 24K 286873.62 m E / 7665407.68 m S

Ponto após a escavação evidenciando a altura da área que recebeu os resíduos.

Já a segunda amostra foi feita em uma parte mais abaixo do local da primeira mostra, com o relevo na altitude do nivelamento do terreno, a remoção revelou que no local onde a terra foi

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removida não havia a presença de RSU. Constatando que os RSU no local, foram aterrados formando grandes montes, nos quais estão contidos os RSU ainda aterrados.

Segundo ponto de amostragem evidenciando após escavação apenas o solo, sem resíduos aterrados. Coordenadas WGS 84 UTM 24K 286863.11 m E / 7665394.64 m S

8.2.1.2 ÁREA II

Na ÁREA II, foram realizadas outras duas remoções de terra em pontos diferentes. Na primeira remoção não foi constatado presença de nenhum tipo de resíduo aterrado no local.

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Primeiro ponto de amostragem evidenciando após escavação apenas o solo, sem a presença de resíduos aterrados.

Coordenadas: WGS 84 UTM 24K 291067.64 m E / 7661306.96 m S

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Já a segunda amostragem detectou uma pequena quantidade de RSU e RSS, foram constatadas a presenças de vidros de remédios, ampolas de seringa, e parte do RSU, contendo sacolas plásticas, garrafas PET e pedaços de pneu. Como mostra as seguintes imagens.

Segundo ponto de amostragem, evidenciando os resíduos encontrados aterrados.

Coordenadas: WGS 84 UTM 24K 291053.85 m E / 7661334.89 m S

8.2.1.3 Dos Resultados Volumétricos

8.2.1.3.1 ÁREA I

Baseado nas amostras realizadas por escavação para a estimativa do volume de resíduos

sólidos depositados nas áreas analisadas, concluímos que na ÁREA I estima-se ter um

volume total de aproximadamente 5.400 m³ de resíduos. Considerando que foram adotadas

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três medidas para o somatório do volume da área. A1 (15m X 20m X 4m); A2 (15m X 20m X

2m) e A3 (40m X 15m X 6m).

BASE DE CÁLCULO

Com base na média dos últimos 12 meses do quantitativo atual do volume de RSU gerados

no município, podemos afirmar que as duas caixas estacionárias que recebem o RSU na

estação de transbordo possuem capacidade de armazenamento de 15m³ cada, somando

um total de 30m³. Em média, o peso das duas caixas quando contempladas com sua

capacidade máxima de RSU sem compactação é de aproximadamente 14 toneladas.

Desta forma, tem-se o cálculo:

14 ton÷30m3=0,466 tonm3

=466 Kgm3

5.400m ³×466Kg=2.516 .400Kg=2.516 ,4 ton

8.2.1.3.2 ÁREA II

Baseado nas amostras realizadas por escavação para a estimativa do volume de

resíduos sólidos depositados nas áreas analisadas, concluímos que na ÁREA II estima-se

ter um volume total de aproximadamente 850 m³ de resíduos.

BASE DE CÁLCULO

Com base na média dos últimos 12 meses do quantitativo atual do volume de RSU

gerados no município, podemos afirmar que as duas caixas estacionárias que recebem o

RSU na estação de transbordo possuem capacidade de armazenamento de 15m³ cada,

somando um total de 30m³. Em média, o peso das duas caixas quando contempladas com

sua capacidade máxima de RSU sem compactação é de aproximadamente 14 toneladas.

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Desta forma, tem-se o cálculo:

14 ton÷30m ³=0,466 ton/m ³=466Kg /m³

850m ³×466Kg=396.100Kg=396,1 ton

8.3 Levantamento da população que reside/trabalha na área a ser recuperada e em 1000m do entorno

8.3.1 Área I

Na área abrangida pelo raio de 1.000m em torno da questão é atingida maior parte do centro urbano de Presidente Kennedy, abrangendo a maior parte da população, das moradias e do comercio local. Já na área da célula afetada diretamente pela disposição de RSU em questão não possuem residências, trabalhadores ou catadores que atuam no local. A área é isolada, e sinalizada.

8.3.2 Área II

Na área abrangida pelo raio de 1.000m em torno da questão existe somente uma residência rural, e uma captação de água, do mesmo residente, que se localiza quase nas extremidades dos limites da área. E na área da célula afetada diretamente pela disposição de RSU não existe trabalhadores exceto os funcionários da Secretaria de Meio Ambiente de Presidente Kennedy – SEMMA, e também não existem catadores, a área é isolada, sinalizada e cercada com um portão com guarita, sendo permitida somente a entrada controlada de pessoas autorizadas.

8.4 Levantamento planialtimétrico georreferenciado e atualizado

8.4.1 Mapa de Uso e cobertura do solo

8.4.1.1 Área I

a) Áreas de Interesse Ambiental;

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Não há áreas de Interesse Ambiental próxima a área em questão.

b) Áreas de Reserva Legal;

Não há áreas de Reserva Legal próximas a área em questão.

c) Distância de Áreas de Preservação Permanente;

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d) Áreas de mata nativa, em estágio primário e/ou secundário em regeneração;

Foi constatada apenas uma área em estado de regeneração secundário médio, que se encontra exatamente na superfície do antigo lixão.

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e) Áreas de mata nativa em estágio inicial de regeneração;

Não foi constatado áreas em estado inicial de regeneração no arredor.

f) Áreas de Reflorestamento (Identificar Espécies);

Foi constatada apenas uma área de reflorestamento com eucalipto ao redor da célula, a cerca de 1.000m de distância.

g) Pastagens e áreas de cultivo;

Foi identificada uma grande área de pastagem entorno da célula, porém não foi detectado nenhum tipo de cultivo na área.

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h) Macega e/ou capoeira;

Não foi constatada a presença deste bioma na área em questão.

i) Mangue;

Não foi constatada a presença deste bioma na área em questão.

j) Restinga;

Não foi constatada a presença deste bioma na área em questão.

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k) Brejo, áreas alagadas e/ou áreas alagáveis;

Foram constatadas duas grandes áreas de alagados, uma a 800m de distância da célula e outra com a parte mais próxima a 924m da área em questão.

l) Solos expostos e áreas erodidas;

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a) Áreas destinadas á atividade industrial;

Não há áreas para este fim constatadas nos arredores da área em questão.

b) Afloramento rochoso;

Não foi constatada a presença de afloramentos rochosos na região da área em questão.

m) Massa d’água;

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n) Áreas de Ocupação urbana;

o) Rodovias e ferrovias e respectivas faixas de domínio público;

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p) Faixa non edificandi;

q) Área de disposição inadequada de resíduos sólidos

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8.4.1.2 Área II

a) Áreas de Interesse Ambiental;

Não há áreas de Interesse Ambiental próxima a área em questão.

b) Áreas de Reserva Legal;

Não há áreas de Reserva Legal próximas a área em questão.

c) Distância de Áreas de Preservação Permanente;

Nos arredores da área em questão foram contatadas perto da antiga célula quatro aflorações hídricas, uma a cerca de 580m, duas a cerca de 720m e uma nascente cerca de 800m. E duas áreas de alagado, uma cerca de 500m e outra cerca de 800m da célula em questão.

d) Áreas de mata nativa em primário e/ou secundário de regeneração;

Nos arredores da área em questão foram detectadas a presença de duas em estágio secundário de regeneração médio. Uma a 50m e outra cerca de 500m da área da célula em questão.

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e) Áreas de mata nativa em estágio inicial de regeneração;

Foi constatada a presença de três fragmentos de áreas em estágio secundário inicial de regeneração no entorno da área em questão. Uma área cerca de 70m da célula em questão, outro fragmento 350m da área e um pouco mais afastado, cerca de 430m da célula.

f) Áreas de Reflorestamento (Identificar Espécies);

Não foi constatada a presença de áreas de reflorestamento no entorno.

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g) Pastagens e áreas de cultivo;

Foi detectada a presença de pastagem por praticamente todo o arredor da área em questão. Assim como um cultivo de banana a cerca de 850m, um cultivo de abacaxi a 720m e um cultivo de mandioca a 180m.

h) Macega e/ou capoeira;

Não foi constatada a presença deste bioma na área em questão.

i) Mangue;

Não foi constatada a presença deste bioma na área em questão.

j) Restinga;

Não foi constatada a presença deste bioma na área em questão.

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k) Brejo, áreas alagadas e/ou áreas alagáveis;

Foi detectada duas grandes áreas alagáveis no arredor de 1.000m da área em questão, uma se encontra cerca de 410m da célula, já a outra está situada a uma distância de aproximadamente 850m da célula em questão.

l) Solos expostos e áreas erodidas;

Nos arredores da área em questão foi detectada a presença erosões e voçorocas, processo devido ao carreamento de partículas causado pela lixiviação e o vento nas áreas de morro onde não se encontram coberturas naturais.

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m) Áreas destinadas á atividade industrial;

Não há áreas para este fim constatadas nos arredores da área em questão.

n) Afloramento rochoso;

Não foi constatada a presença de afloramentos rochosos na região da área em questão.

o) Massa d’água (Identificar e Nomear);

Na área em questão foram detectadas 3 nascentes pequenas, que ficam a montante da bacia dos alagados do Itabapoana.

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p) Áreas de Ocupação urbana;

Não há áreas de ocupação urbana nos arredores da área em questão.

q) Rodovias e ferrovias e respectivas faixas de domínio público;

A rodovia ES 162 passa cerca de 800m de distância da célula em questão.

r) Faixa non edificandi;

Não foi constatada a presença de áreas non edificandi nos arredores da área em questão

s) Área de disposição inadequada de resíduos sólidos;

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8.4.2 Localização das áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos

8.4.2.1 Área I

a) Tipo de resíduo ou rejeito;

Resíduo hospitalar e de serviço de saúde, resíduos perigosos (baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes entre outros), resíduo domiciliar, resíduo comercial, resíduo agrícola, entulho, resíduo público e de varrição e os resíduos sólidos urbanos.

b) Presença de catadores;

Não há presença de catadores no local.

c) Situação do uso;

Atualmente a área está fechada e isolada para o fim de recuperação, com um estado de regeneração natural.

d) Período de utilização;

Estima-se que a área foi indevidamente utilizada como depósito de RSU no período de 1978 á 2002. Ou seja, por um período de 24 anos.

e) Usuário da área de disposição

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Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy.

8.4.2.2 Área II

a) Tipo de resíduo ou rejeito;

Resíduo hospitalar e de serviço de saúde, resíduos perigosos (baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes entre outros), resíduo domiciliar, resíduo comercial, resíduo agrícola, entulho, resíduo público e de varrição e os resíduos sólidos urbanos.

b) Presença de catadores;

Não há presença de catadores no local, assim como é proibida a entrada de qualquer pessoa não autorizada na área.

c) Situação do uso;

Atualmente a área está fechada e isolada para recuperação, com um processo de regeneração natural secundário

d) Período de utilização;

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A área foi usada como depósito indivíduo de RSU no período de2002 até 2009.

e) Usuário da área de disposição.

Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy.

8.4.3 Ponto de Captação de água no entorno da área

8.4.3.1 Área INos arredores da área em questão existe uma estação elevatória de água tratada

gerenciada pela CESAN, responsável pelo abastecimento de água portável da população do

bairro das flores.

Vale ressaltar que devido a relato do morador e antigo servidor da Prefeitura Municipal de

Presidente Kennedy conhecido como “Sr. Eraldo” não há poços artesianos na região, devido

á grande diferença entre a

altitude da área em questão e ao nível do lençol freático.

8.4.3.2 Área IINa área em questão, existem apenas dois pontos de captação de água (sendo os dois

poços artesianos), com as seguintes coordenadas:

Ponto n°1 Coordenadas: WGS 84 UTM 24K 291772.00 m E / 7661311.00 m S

Ponto n°2 Coordenadas: WGS 84 UTM 24K 291439.00 m E / 7662170.00 m S

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9 ConclusãoConsiderando que a prospecção, do levantamento dos dados pertinentes ao processo

que resulta na segunda etapa do processo dentre a metodologia e, por conseguinte são

mitigadas ações em decorrência a terceira etapa. Ressalta-se que fica indefinido neste ato a

conclusão efetiva.

10 Referência

APAZA, M. A., OSORIO, F., PASTRANA, A. Evolución Del grado de amenaza AL hábitat a través de bioindicadores (lepidóptero) en dos comunidades dentro Del área de influencia del PN Anmi Madidi. Bolívia: Ciência y tecnologia agropecuária, v. 1, n. 1 , 2006.

CBRO. 2014. Lista das Aves do Brasil. Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. 11ª edição. 41 pp.

KOPPEN-GEIGER, Classificação Climática

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COSTA, L.P.; LEITE, Y.R.L.; MENDES, S.L. & DITCHFIELD, A.D. 2005. Conservação de mamíferos no Brasil. Megadiversidade. 1 (1): 103-112.

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GIBBONS, J.W.; SCOTT, D.E.; RYAN, T.J.; BUHLMANN, K.A.; TUBERVILLE, T.D.; METTS, B.S.; GREENE, J.L.; MILLS, T.; LEINDEN, Y.; POPPY, S.; WINNE,C.T. The global decline of reptiles, déjà vu amphibians. Bioscience, Washington, v.50, n.8, p. 653-66, 2000.

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IBAMA, 2003. Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de 2003, Ministério do Meio Ambiente.

RCA – Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy - PROJEMAX

50