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Roadshow Portugal Global Guarda Opening Remarks Dezembro 10, 2014 Guarda Miguel Frasquilho Presidente do Conselho de Administração, AICEP Portugal Global

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Roadshow Portugal Global

Guarda

Opening Remarks

Dezembro 10, 2014

Guarda

Miguel Frasquilho

Presidente do Conselho de Administração, AICEP Portugal Global

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Senhoras e Senhores,

Bem-vindos ao Roadshow Portugal Global que hoje tem lugar no

distrito da Guarda.

Como sabem, esta é uma nova iniciativa da AICEP lançada pela

Administração a que tenho a honra de presidir e que nasce tendo

em conta a estratégia de proximidade da Agência junto das

empresas nacionais e o objetivo de as apoiar nos seus processos

de internacionalização. Até ao momento, o Roadshow Portugal

Global já teve lugar em Leiria, Braga e Coimbra, hoje, aqui na

Guarda e estaremos presentes em mais 8 distritos, terminando

esta primeira edição do programa no Porto em Setembro de

2015.

E a internacionalização da economia portuguesa é a razão que a

todos aqui nos une e um desafio que juntos conseguiremos

ultrapassar.

E nos últimos anos, é o que as empresas portuguesas têm feito, e

de forma positiva. São já mais de 40 mil as empresas portuguesas

que exportam os seus produtos e serviços e para um número

crescente de mercados.

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E esta abertura crescente da economia portuguesa aos mercados

internacionais deveu-se à mudança de mentalidade por parte das

empresas portuguesas que, em face da crise e do ajustamento

que vivemos a partir de 2010-2011, rapidamente interiorizaram

um novo conceito de “mercado local” e perceberam que os seus

produtos e serviços concorrem em todas as partes do mundo.

As empresas portuguesas passaram assim a focar-se no

estabelecimento de uma estratégia de internacionalização das

suas atividades, vendendo os seus produtos e serviços num

crescente número de mercados.

E os resultados estão à vista de todos.

Em 2012 e 2013, a balança externa portuguesa tornou-se

positiva, uma situação totalmente distinta da tendência das

últimas décadas – e para a qual, para além da queda das

importações, em muito concorreu a subida das exportações. Até

Setembro de 2014, as exportações portuguesas de bens e

serviços representavam já cerca de 40% do PIB, uma subida de

cerca de 12 pontos percentuais face ao que se verificava em

2008.

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Ao mesmo tempo, verificou-se uma maior diversificação dos

mercados – a Europa recebe atualmente cerca de 70% das nossas

vendas ao exterior, o que significa que 30% das nossas

exportações se destinam aos mercados extracomunitários. E,

quando comparamos esta realidade com o registado em 2008,

verificamos que o peso das exportações portuguesas para

mercados fora da comunidade europeia aumentou cerca de 10

pontos percentuais.

Temos, portanto, mais empresas portuguesas a vender os seus

produtos e serviços e em mais mercados, provando que o made

in Portugal é hoje um ativo reconhecido internacionalmente e,

muito importante, que acrescenta valor, uma situação que, há

alguns anos, não se verificava.

No entanto, e apesar dos resultados muito positivos já

alcançados, temos ainda um longo caminho a percorrer se nos

quisermos aproximar de alguns países europeus no que se refere

ao peso das exportações no PIB. Só para citar alguns exemplos:

Irlanda, 108%; Eslováquia, 97.6%; Hungria, 96%; Malta, 92%;

Holanda, 88.3%; Lituânia, 86.3%; Bélgica, 85.9%; Republica

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Checa, 78.6%; Eslovénia, 78.1%; Bulgária, 70.2%; Áustria, 57.4%;

Dinamarca, 54.9%

E para lá chegarmos, o país e os empresários nacionais deverão

continuar a:

apostar cada vez mais nos mercados externos,

nomeadamente os que apresentem perspectivas de

crescimento mais positivas e com os quais tenhamos

vantagens competitivas;

investir em inovação de produto, de sistemas e de

processos;

e investir em competências, permitindo consolidar a

presença nos países onde já atuam e potenciar

oportunidades em novos mercados.

E aqui chegados, se me permitem, gostaria de falar um pouco da

AICEP e de como a nossa atuação pode ajudar as empresas que

pretendem iniciar ou consolidar os seus processos de

internacionalização. Prometo ser breve.

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Como sabem, a atividade da AICEP está centrada em dois eixos

fundamentais: a captação de Investimento e a dinamização da

internacionalização das empresas portuguesas.

E ao nível da internacionalização, o nosso objetivo é claro:

sermos um parceiro das empresas, apostando num

relacionamento de proximidade com o tecido empresarial.

E, neste sentido, ao nível interno, as empresas portuguesas têm

ao seu dispor as lojas da exportação que cobrem

geograficamente o país, interlocutores privilegiados que

procuram conhecer as empresas, as suas necessidades de

internacionalização e dar resposta com o conjunto de produtos e

serviços que constituem a nossa oferta. Como é, aliás, o caso da

Loja da Exportação da Guarda.

Ao nível externo, a AICEP tem, atualmente, presença em 54

mercados. O plano estratégico recentemente apresentado prevê

o alargamento desta presença a um total de 65 mercados até

final 2016, potenciando assim o processo de internacionalização

das nossas empresas. Estes meus colegas estão precisamente nos

mercados para ajudar as empresas e, hoje, temos connosco aqui

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presente o responsável da nossa delegação em França, que vos

falará da sua experiência nos processos de internacionalização

para este mercado.

A nossa oferta de produtos e serviços cobre o que designamos de

ciclo de vida de internacionalização das empresas e pode ser

agrupada em cinco grandes grupos:

Produtos de Informação;

Produtos de Capacitação;

Promoção da Oferta nos mercados;

Serviços personalizados: e aqui, destacaria as chamadas

redes de clientes fornecedores (o denominado programa

Portugal Sou Eu) onde a cooperação entre empresas

nacionais desempenha um papel relevante para a

promoção dos produtos e serviços portugueses,

incorporação do seu valor e contribuição para as nossas

contas externas;

E, por último, ao nível dos Incentivos financeiros, gostaria

de falar um pouco sobre o novo Quadro Comunitário de

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Apoio para o período 2014 – 2020, o Portugal 2020. Como

sabem, estamos a falar de cerca de 26 mil milhões de euros

cujo primeiro objetivo é a dinamização de uma economia

aberta ao exterior, capaz de gerar riqueza e de uma forma

sustentada. E, neste sentido, é dado um especial enfoque à

industrialização e internacionalização das empresas

portuguesas. De acordo com as informações disponíveis, os

fluxos financeiros desse novo Quadro Comunitário de Apoio

deverão chegar brevemente às empresas, sendo que mais

de 70% dos fundos disponíveis serão canalizados para as

empresas (para a sua competitividade e

internacionalização) e mais de 90% para as chamadas

regiões de convergência (Norte, Centro, Alentejo e Açores).

O papel da AICEP nesta matéria passa pela informação às

empresas dos incentivos disponíveis e da sua aplicabilidade,

pela análise dos projetos de investimento, pela ajuda nos

processos de candidatura. Deixem-me dizer-vos que a AICEP

está totalmente preparada, disponível e motivada para

ajudar as empresas portuguesas que se queiram candidatar

aos incentivos comunitários “Portugal 2020”.

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E o Roadshow Portugal Global, hoje aqui na Guarda, é mais um

passo para apoiar a internacionalização das empresas

portuguesas.

Através da presença in loco da AICEP e das suas equipas nas 12

cidades que iremos percorrer, reforçamos a proximidade com as

empresas e estendemos as ações de sensibilização e informação

sobre sectores, mercados e temáticas de comércio internacional

a todo o território nacional, adaptando-as naturalmente às

necessidades das empresas das cidades e regiões contempladas.

E abordamos poucos sectores e poucos mercados, sendo assim

mais concretos e eficazes na nossa atuação. Aqui na Guarda

iremos dar uma especial atenção ao sector agro-alimentar e às

oportunidades de negócio neste e noutros sectores para as

empresas portuguesas em França.

Ao mesmo tempo, procuramos envolver os stakeholders

regionais e, possibilitamos o estabelecimento de reuniões entre

os nossos delegados externos e os empresários.

O nosso objetivo? Identificar e gerar reais oportunidades de

negócio, dando assim uma maior impulso às exportações e à

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internacionalização da economia portuguesa e da região alvo do

programa.

E hoje estamos no Município da Guarda onde temos um tecido

empresarial composto por cerca de 4200 empresas e que, em

2013, foi responsável por exportações superiores a 210 milhões

de euros de bens, o dobro do registado em 2009. E os maiores

contributos vieram das exportações de máquinas e de veículos

automóveis que, no seu conjunto, representam cerca de 80% das

exportações deste Município.

Apesar desta muito positiva evolução das exportações neste

período, reflexo também do crescimento de empresas

exportadoras presentes nesta região, o seu número é ainda

reduzido: apenas 161 em 2012 (89 em 2009).

Dito de outra forma, de um total de 4200 empresas, apenas 60

têm os mercados internacionais como clientes o que justifica o

ainda reduzido peso das exportações no total do país (apenas

0.5%). Mas é inegável que o potencial exportador existe e

esperamos que o Roadshow Portugal Global da Guarda seja o

catalisador para a internacionalização de muitas mais empresas

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da Guarda, e que o crescimento das exportações desta região

continue a ocorrer a um ritmo elevado.

Senhores empresários,

Durante a sessão de hoje teremos, como já referi, o nosso

delegado responsável pelo mercado da França a apresentar as

oportunidades aí existentes para as empresas portuguesas.

É um mercado muito relevante para o nosso comércio

internacional, sendo o 2º principal destino das exportações

portuguesas. Entre 2009 e 2013 o crescimento das nossas

exportações para este país ascendeu a cerca de 45% e, em 2013,

o saldo comercial com este mercado é favorável para Portugal

em mais de 1.6 mil milhões de euros, reflexo das mais de 5000

empresas portuguesas, muitas da Beira Interior, a exportar para

este mercado e dos mais de 5.2 mil milhões de euros de bens

portugueses aí vendidos. De bens alimentares e bebidas ao

mobiliário, dos materiais de construção aos sectores automóvel e

aeronáutico, dos têxteis e calçado às máquinas e ferramentas, é

inegável a qualidade, o grau de inovação e a capacidade das

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empresas portuguesas de operarem competitivamente em

qualquer parte do mundo.

Da parte da AICEP podem contar connosco para vos ajudar a

ultrapassar estes desafios.

Se me permitem, gostaria de terminar por agradecer ao Sr.

Presidente da Câmara Municipal da Guarda, meu amigo Álvaro

Amaro, que tão amavelmente aqui nos recebeu no seu

Município, ao Jornal de Negócios, à Caixa Geral de Depósitos, à

equipa da AICEP que tem a responsabilidade de organizar o

Roadshow Portugal Global e, naturalmente, e como não podia

deixar de ser, um especial agradecimento e uma mensagem a

todos os empresários que estão aqui hoje presentes: a AICEP está

muito interessada e empenhada na internacionalização das

vossas empresas. O vosso sucesso, é o sucesso do País, é nosso

sucesso. Em tudo o que pudermos ajudar, contem connosco.

Espero que este dia seja muito proveitoso para todos!...

Muito obrigado pela vossa atenção.

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