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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 20.out.2014 "Aos onze anos, o homem é como o macaco: faz o que vê fazer." Olavo Bilac ECF - OPÇÃO E RETRATAÇÃO NA DCTF - PRAZO PRORROGADO - IN 1499/14 Publicado por Jorge Campos em 17 outubro 2014 às 11:07 em USO DA REDE Exibir tópicos INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.499, DE 15 DE OUTUBRO DE 2014 Prorroga o prazo de apresentação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, relativa ao mês de agosto de 2014, e dá outras providências. O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 5º do Decreto-Lei nº 2.124, de 13 de junho de 1984, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 7º da Lei nº 10.426, de 24 de abril de 2002, no art. 75 da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, e na Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, resolve: Art. 1º Fica prorrogado para até 7 de novembro de 2014, o prazo para apresentação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) relativa ao mês de agosto de 2014. Parágrafo único. Ficam canceladas as multas pelo atraso na apresentação das DCTF relativas ao mês de agosto de 2014 apresentadas dentro do prazo de que trata o caput. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 20.out.2014

"Aos onze anos, o homem é como o macaco: faz o que vê fazer."

Olavo Bilac

ECF - OPÇÃO E RETRATAÇÃO NA DCTF - PRAZO PRORROGADO - IN 1499/14

Publicado por Jorge Campos em 17 outubro 2014 às 11:07 em USO DA REDE Exibir tópicos

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.499, DE 15 DE OUTUBRO DE 2014 Prorroga o prazo de apresentação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, relativa ao mês de agosto de 2014, e dá outras providências. O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 5º do Decreto-Lei nº 2.124, de 13 de junho de1984, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 7º da Lei nº 10.426, de 24 de abril de 2002, no art. 75 da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, e na Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, resolve: Art. 1º Fica prorrogado para até 7 de novembro de 2014, o prazo para apresentação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) relativa ao mês de agosto de 2014. Parágrafo único. Ficam canceladas as multas pelo atraso na  apresentação das DCTF relativas ao mês de agosto de 2014 apresentadas dentro do prazo de que trata o caput. Art. 2º O art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 3º ................................................................................ § 2º .......................................................................................... IV - ...........................................................................................................................................................f) em relação ao mês de dezembro de 2014, para comunicar,  se for o caso, a opção pelas regras previstas nos arts. 1º, 2º e 4º a 70 ou pelas regras previstas nos arts. 76 a 92 da Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014....................................................................................................  § 10. Na hipótese prevista na alínea "f" do inciso IV do § 2º, as pessoas jurídicas que efetuaram a comunicação da opção na DCTF relativa ao mês de agosto de 2014 poderão alterar sua opção, se assim desejarem, na DCTF relativa ao mês de dezembro de 2014." (NR) Art. 3º O art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.469, de 28de maio de 2014, passa a vigorar com a seguinte redação: 

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"Art. 2º ...................................................................................................................................................................................  § 3º-A As manifestações realizadas na forma prevista no § 1º ou no § 3º deverão ser confirmadas ou alteradas, se as pessoas jurídicas assim desejarem, na DCTF referente aos fatos geradores   ocorridos no mês de dezembro de 2014. ........................................................................................" (NR) Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

Novos Procedimentos para a Declaração de DCTF previstos pela Lei 12.973/2014Assista o curso:

http://wow.webed.com.br/webed/crc/?276/278/51692

Notas fiscais agora vão exibir carga tributária municipal, estadual e federalPublicado em 16 de outubro de 2014 por Júlia Pereira

Dentro de alguns dias o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação começará a distribuir as novas tabelas de alíquotas para atualização dos sistemas de automação comercial. É que, a partir de agora, com base no decreto publicado em junho último (nº 8.264), será obrigatória a exibição da carga tributária de forma segmentada na nota, cupom fiscal e painéis informativos dos estabelecimentos comerciais. Os empresários deverão providenciar para que os impostos federais, estaduais e municipais sejam discriminados separadamente. Quem não estiver adequado poderá ser autuado pelos fiscais dos Procons. Com o fim da vigência da Medida Provisória 649, que prorrogava o fim da “fiscalização orientadora” para cumprimento da lei 12.741/2012, os estabelecimentos de comércio e serviços já estão sujeitos às penas previstas em lei.

Novidades

As empresas podem realizar seus próprios cálculos para que possam exibir as informações sobre impostos aos seus clientes. Mas a lei prevê que elas também podem recorrer aos cálculos fornecidos por instituições

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de âmbito nacional reconhecidamente idôneas, voltadas primordialmente à apuração e análise de dados econômicos. Valer-se dessas entidades é muito recomendado, dada a complexidade dos cálculos e as possibilidades de se cometer erros que podem gerar penalidades. O IBPT é uma das entidades mais próximas da nova legislação sobre transparência fiscal porque ajudou a implantar a lei 12.741. E o Instituto deve disponibilizar, em breve, arquivos de alíquotas personalizados para as empresas, conforme explicou o diretor de inovação e inteligência contábil do IBPT, Othon Andrade Filho. “Agora os arquivos de alíquotas terão uma chave numérica de segurança. Ela terá várias utilidades, entre elas o acesso da empresa às planilhas com cargas tributárias personalizadas, conforme a atividade econômica da firma ou o faturamento, por exemplo”, disse o diretor. “Outra utilidade da chave é que ela imprime um prazo de validade ao arquivo, porque as leis tributárias e suas alíquotas, códigos de produtos e serviços, são modificados com o passar do tempo”, justificou, exemplificando os onze milhões de combinações tributárias possíveis, o que costuma confundir o contribuinte.

Disponibilizado Guia Prático EFD-Contribuições – Versão 1.17Publicado em 13 de outubro de 2014 por Gabriel Peixoto

Foi disponibilizado a Versão 1.17 do Guia Prático da Escrituração Fiscal da Contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS e da Contribuição previdenciária sobre a Receita Bruta.

Clique aqui e acesse a Versão 1.17 do Guia Prático da EFD Contribuições

ECF - nova versão beta 0.07.00 Publicado por Jorge Campos em 13 outubro 2014 às 13:00 em ECF

Pessoal,

Publicada a nova versão da ECF.

Nova versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal...

Foi publicada uma nova versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) com a correção dos erros reportados da versão anterior.

Nessa versão é possível criar uma ECF, importar dados da ECD (Escrituração Contábil Digital) e testar os blocos de 0 a N.

Versão 0.07.000_beta da ECF

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(Como a estrutura de dados foi alterada, escriturações antigas devem ser excluídas e importadas novamente)

- Liberação dos blocos X e Y; - Atualização das tabelas dinâmicas;- Correção do cálculo do L100 e L300 pela importação;- Correção de problemas de recuperação de arquivos da ECD;- Regra de existência do registro U150.

Utilize o email [email protected] para reportar erros do programa da ECF.

Abraços

IRPJ: Alterada a norma sobre preços de transferência16 out 2014 - IR / Contribuições

A Instrução Normativa RFB nº 1.498/2014 - DOU 1 de 16.10.2014, altera o Anexo I da Instrução Normativa 1.312 RFB/2012, que consolida a legislação sobre os preços de transferência.

O Anexo I da IN 1.312/2012 relaciona as commodities e seus respectivos códigos na Nomenclatura Comum do Mercosul para fins de aplicação do método PCI (Preço sob Cotação na Importação) e PECEX (Preço sob Cotação na Exportação).

Fonte: IR-Consultoria

Considerações sobre multas por atraso do SPED Contribuições e do SPED Fiscal

Postado por José Adriano em 17 outubro 2014 às 14:00 Exibir blog

Por Sérgio Henrique Tedeschi

As multas por atraso do SPED Contribuições e do SPED Fiscal devem ser calculadas e recolhidas por ini-ciativa do próprio contribuinte, diferentemente das multas incidentes sobre o atraso das tradicionais obri-gações acessórias (Ex: DCTF, DACON e DIPJ), nas quais as multas são geradas automaticamente no momento da entrega em atraso das referidas obrigações e disponíveis ao contribuinte junto com o respec-tivo recibo de entrega.

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Ressalta-se que para o SPED Fiscal, o qual abrange escrituração e apuração do IPI e ICMS, é aplicável duas multas, sendo uma de competência do Fisco Federal, a ser administrada pela Receita Federal, e outra de competência do Fisco Estadual da circunscrição do contribuinte.

Fonte: PSW Auditores e Consultores

http://tedeschiepadilha.adv.br/noticias/2014/10/consideracoes-sobre...

Como é feita a Contabilidade em condomínios?Delegado regional do CRCSP em Guarulhos fala sobre a importância dos síndicos ou administradoras contratarem profissionais contábeis

Quando se fala em contabilidade de condomínios, surgem muitas dúvidas: quem faz as prestações de contas? O síndico tem conhecimento técnico para elaborar balanços? E as administradoras são contratadas para prestar também serviços contábeis? Como os moradores podem ter certeza que as finanças do prédio estão em dia?

No CRCSP Online desta semana, o delegado regional do CRCSP em Guarulhos, Reginaldo de Azevedo, explica que a contratação de um profissional da Contabilidade pelo síndico depende do bom senso, já que, por lei, ele não tem essa obrigação.

Segundo Reginaldo, a Contabilidade deve ser utilizada como uma ferramenta para o controle, as tomadas de decisões e também para demonstrar aos moradores se os recursos pagos por eles estão sendo bem empregados.

Quem é responsável pela Contabilidade dos condomínios? Como não existe a obrigatoriedade das instituições "condomínios" contratarem um profissional da Contabilidade, a responsabilidade pela área contábil é totalmente do síndico eleito, durante o período do seu mandato. A orientação é que os síndicos contem com o apoio de um profissional capacitado para fazer e auditar as prestações de contas.

Qual o papel da administradora do prédio?Nem sempre existe uma administradora envolvida na gestão do condomínio. Se o síndico eleito possuir a capacidade técnica  de administrar, poderá fazer uma autogestão. Se não possuir estas habilidades, aí sim deverá contratar uma administradora que facilitará o seu trabalho. Lembrando que esta contratação deverá ser aprovada em assembleia dos moradores.

Existem leis contábeis específicas para condomínios?As regras que regem os condomínios estão no Novo Código Civil , de 10 de janeiro de 2002, que informa a obrigatoriedade das prestações de contas. Mas não existem leis ou ordenamentos que exijam regras para escriturações contábeis em condomínios. Infelizmente, isso permite que as pessoas elaborem demonstrativos simplórios e não elucidativos. Essa não obrigatoriedade dos condomínios contarem com um profissional legalmente habilitado – o profissional da Contabilidade – é tema de muitas discussões em assembleias.

Como os moradores podem acompanhar a Contabilidade do condomínio?A principal forma é a participação nas assembleias. O morador também deve ficar atento aos comunicados gerados pelo síndico ou pela administradora em relação à rotina no condomínio. O morador que possui

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capacidade técnica pode ainda solicitar e verificar as demonstrações já aprovadas pelo conselho fiscal do condomínio.

Quais são as principais fraudes na área contábil em condomínios? Como elas podem ser evitadas?As fraudes, geralmente, estão na manipulação das despesas: compra de produtos majorados, recebimento de propina, emissão de notas fiscais frias e recibos falsos.  Para evitar fraudes é necessário um acompanhamento severo, por parte dos moradores, da aquisição de bens e serviços, dos preços, das cotações.

Quais são as informações mais importantes que devem ser de conhecimento de um profissional contábil que atende condomínios?O profissional contábil, que faz as demonstrações de um condomínio, deve rigorosamente ficar atento às normas contábeis, não permitindo que as informações sejam levianas. Deve também questionar as administradoras e cobrar o envio por escrito de informações precisas. Assim, o profissional contábil que atende ao condomínio fará uma excelente demonstração das receitas, despesas e investimentos.

A Contabilidade dos condomínios não precisa ser auditada?É evidente que um bom síndico ou uma boa administradora, sabendo da responsabilidade fiscal que está inserida no novo Código Civil, irá contratar um profissional contábil legalmente habilitado para fazer as demonstrações contábeis do condomínio e também a auditoria das prestações de contas.

TRF3 CONFIRMA CONDENAÇÃO DE RÉU QUE DEDUZIU DESPESAS FALSAS DE IMPOSTO DE RENDA 14 de outubro de 2014 21:17·0 commentsViews: 160

Réu declarou despesas de R$ 12 mil com psicólogo abatendo o valor de seu IR

A Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) manteve condenação por crime contra a ordem tributária de réu acusado de incluir em seu Imposto de Renda Pessoa Física, para fins de dedução, despesas falsas no valor de R$ 12 mil com pagamento de psicólogo.

O Ministério Público Federal havia denunciado dois acusados, sendo um deles o psicólogo, alegando que um havia auxiliado o outro a declarar falsamente à Receita Federal despesas dedutíveis, sendo que, quando notificados a apresentarem os comprovantes do serviço, não mostraram nenhum documento legítimo que atestasse a prestação de serviço nem o efetivo pagamento.

Consta também da denúncia que o profissional em questão, mesmo sem prestar os serviços declarados, vendia ou fornecia gratuitamente a pessoas de seu convívio seus dados pessoais e documentos que declaravam o recebimento de valores que jamais foram desembolsados pelos contribuintes, conforme declaravam à Receita Federal.

A sentença de primeira instância absolveu o psicólogo com base no artigo 386, inciso V, do Código de Processo Penal, por não ficar comprovado que ele tenha efetivamente concorrido para a infração penal. No entanto, condenou o outro réu como incurso no artigo 1º, inciso I, da Lei 8.137/90, fixando a pena de dois anos de reclusão em regime inicial aberto, convertida em multa e prestação pecuniária pelo período da

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condenação, consistente em fornecimento de cestas básicas, gêneros de primeira necessidade ou medicamentos, a critério do Juízo das Execuções.

O réu condenado apelou ao TRF3, sustentando se tratar de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto “pois os recibos são inidôneos, imprestáveis a fazer prova que pudesse resultar supressão de tributo”, e subsidiariamente requerendo a desclassificação para o delito previsto no artigo 2º, inciso I, da Lei 8.137/90 ou o reconhecimento de crime tentado.

No entanto, o desembargador federal Peixoto Júnior confirmou a condenação, afirmando que quem ganhava com a sonegação era o réu e só ele podia determinar os resultados do ato praticado, o que comprova a autoria dolosa. Assim, ao prestar declaração falsa, efetivamente reduziu o valor do tributo devido, tendo a conduta se consumado com a constituição definitiva do crédito tributário, nos termos da Súmula Vinculante 24 do Supremo Tribunal Federal, “de modo que não há se falar em crime impossível ou em tentativa”.

O desembargador confirmou também que a conduta se amolda sim ao artigo 1º, inciso I, da Lei 8.137/1990, e não ao artigo 2º, inciso I, da mesma lei, “que é aplicado apenas quando a conduta não causa prejuízo aos cofres públicos, ou seja, quando não há resultado naturalístico”. Para embasar sua decisão, ele citou jurisprudência sobre o assunto: “Consumada a supressão ou a redução do tributo, não há lugar para a desclassificação da conduta para o artigo 2º da Lei 8.137/1990” (TRF3 – ACR 0005173-62.2003.4.03.6181).

Porém, o desembargador reduziu a multa aplicada na sentença (cem dias-multa) por ser desproporcional à gravidade do delito, sendo dez vezes superior ao mínimo legal, reduzindo-a para vinte-dias multa, “adequada para fins de prevenção e reprovação do delito”.

Apelação Criminal 0007388-03.2007.4.03.6106/SP

viaNotícias: Notícia.

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ICMS-ST - ESTOQUES - SOBREMESAS LACTEASPor Solution Consultoria – 15/10/2014 As sobremesas lácteas NCM 0410.00.00 foram incluídas no regime da ST na data de 01.06.2014, o cadastro de tributação do produto abaixo deve ser alterado para ST e os estoques inventariados para apuração da ST sobre estoque. DECRETO Nº 46.519, DE 30 DE MAIO DE 2014(...)

43 2 ( )( ) ( ) ( ) ( )43 2 85 0410.00.00 Sobremesas lácteas 30

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor em 1º de junho de 2014. PAGAMENTO ICMS ST SOBRE OS ESTOQUEO recolhimento do imposto devido a titulo de ST sobre os estoques será efetuado até a data estabelecida para o pagamento do imposto devido pelas operações próprias no quinto mês subseqüente ao de início da vigência do novo regime de tributação ou do aumento de carga tributária. (Art. 7º RESOLUÇÃO N° 3.728, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2005)Vigência: 01/06/20141 mês- 07/2014 2 mês- 08/2014 3 mês- 08/2014 4 mês- 10/2014 5 mês- 09/11/2014 PARCELAMENTO ST SOBRE OS ESTOQUEO Requerimento de Parcelamento será protocolizado na Administração Fazendária a que o contribuinte estiver circunscrito, até o último dia do quarto mês subseqüente ao de início da vigência do novo regime de tributação ou do aumento de carga tributária, acompanhado dos seguintes documentos (Art. 9º RESOLUÇÃO N° 3.728, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2005)

Vigência: 01/06/20141 mês- 07/2014 2 mês- 08/2014 3 mês- 08/2014 4 mês- 30/10/2014 RESUMO Data do Inventario............................................................................ 31/05/2014

1. Data Pedido de Parcelamento............................................................ 31/10/20142. Data Pagto ST Estoque (debito/Credito)..............................................09/11/2014

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Receita esclarece que Eireli constitui pessoa jurídica e que não há impedimento à prática de atividade médica 14 de outubro de 2014 19:22·0 commentsViews: 77

A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) se caracteriza efetivamente como uma pessoa jurídica, e não como pessoa física equiparada à jurídica. Lembra-se que a Eireli é constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não pode ser inferior a 100 vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

Não há impedimento legal a que a Eireli explore, individualmente, a atividade médica.

(Solução de Consulta Cosit nº 272/2014 – DOU 1 de 14.10.2014)

via:: NETIOB ::.

MPE NA BOLSA:

Plenário aprova exigência de média empresa divulgar balancete em jornal 14 de outubro de 2014 22:21·0 commentsViews: 111

Os líderes partidários chegaram a um acordo, o PT desisitiu da verificação nominal e foi mantida a decisão do Plenário da Câmara dos Deputados que aprovou emenda do PMDB para obrigar as empresas de médio porte (com valor de mercado inferior a R$ 700 milhões) a divulgar seus balanços, de maneira resumida, em jornais de grande circulação.

A emenda foi apresentada à MP 651/14, que permitia a essas empresas divulgarem seus dados apenas na internet, como incentivo para que elas entrem na bolsa de valores.

Agora, o Plenário analisa um destaque do PSD sobre créditos de prejuízos fiscais que poderão ser utilizados por empresas para quitar dívidas.

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Carf condena Pão de Açúcar a pagar R$ 48 milhões de CSLL 15 de outubro de 2014 08:12·0 commentsViews: 367

Por Bárbara Mengardo | De Brasília

Mesmo com decisão judicial em sentido contrário, a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) condenou o Pão de Açúcar a recolher Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e multa, em um total de R$ 48 milhões. A cobrança é relativa ao período de 2005 a 2007.

Na década de 90, a companhia conseguiu uma decisão judicial que considerou a lei que instituiu a CSLL (Lei nº 7.689, de 1988) inconstitucional. Ao analisar agora o caso, porém, os conselheiros da Câmara Superior – responsável por unificar o entendimento do Carf – entenderam que o fato de a norma ter sofrido alterações ao longo dos anos justifica a cobrança.

De acordo com o processo, o Pão de Açúcar não pagou o tributo por contar com decisão judicial transitada em julgado – quando não cabe mais recurso. Como a empresa, diversas contribuintes entraram com ações na época em que a CSLL foi instituída, alegando que a contribuição só poderia ser instituída por meio de lei complementar, e não por lei ordinária.

Apesar de algumas das ações terem transitado em julgado de forma favorável aos contribuintes, o Supremo Tribunal Federal (STF) em 1992 entendeu que o tributo é constitucional. A decisão foi tomada após a análise de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin).

O tema foi analisado ainda pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2011, por meio de caso similar que chegou ao Carf. A questão foi julgada por meio de recurso repetitivo, o que significa que tanto as instâncias inferiores quanto o Carf deveriam seguir o entendimento.

No STJ, os ministros da 1ª Seção consideraram que a cobrança de CSLL de uma empresa com decisão judicial em sentido contrário é indevida. “O fato de o Supremo  Tribunal Federal posteriormente manifestar-se em sentido oposto à decisão judicial transitada em julgado em nada pode alterar a relação jurídica estabilizada pela coisa julgada”, afirmou o relator da ação, ministro Arnaldo  Esteves  Lima, em seu voto.

O magistrado disse ainda que as normas que alteraram a Lei nº 7.689, editadas entre 1988 e 1992, não mudaram de forma substancial a cobrança do tributo. Nesse sentido, prevaleceria a decisão judicial transitada em julgado.

No Carf, entretanto, entendeu-se que, por conta de alterações posteriores à Lei nº 7.689, seria possível cobrar a CSLL do Pão de Açúcar. O resultado foi dado por voto de qualidade – quanto há empate, e o voto do presidente, representante do Fisco, é usado para resolver o impasse.

De acordo com a tese vencedora, a decisão judicial valeria apenas para o texto original da norma. As alterações posteriores permitiriam a tributação.

O entendimento diverge do expressado pela relatora do caso, conselheira Karem Jureidini Dias, durante o julgamento. Dentre outros pontos, ela considerou que o Carf é obrigado a seguir o entendimento tomado pelo STJ.

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Segundo o procurador-geral da Fazenda Nacional (PGFN) no Carf, Paulo Riscado, a autuação fiscal foi feita com base em exigências trazidas por leis editadas a partir de 1995. “A partir de 1995 pode ser considerada uma lei nova. Então, cessa a coisa julgada anteriormente”, afirmou.

A posição do Carf é questionada por advogados de empresas. Para o tributarista Luiz Paulo Romano, do Pinheiro Neto Advogados, não houve mudanças substanciais na Lei nº 7.689. “Teve uma mudança de alíquota, mas nunca houve alteração na matriz de incidência ou na base de cálculo, por exemplo”, disse.

Para o advogado, é possível que o tema volte ao Judiciário, agora para discutir se as alterações podem ser consideradas substanciais.

A decisão da Câmara Superior do Carf reforma entendimento proferido em 2012 pela 3ª Câmara da 1ª Turma da 1ª Seção do Conselho. Na ocasião, os conselheiros entenderam que o processo do Pão de Açúcar seria igual ao julgado pelo STJ como repetitivo.

Por meio de nota, o Grupo Pão de Açúcar informou que não comentará o assunto que encontra-se sub judice.

viaCarf condena Pão de Açúcar a pagar R$ 48 milhões de CSLL | Valor Econômico.

Solução de Consulta COSIT Nº 269 DE 26/09/2014Publicado no DO em 14 out 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. SERVIÇOS COMBINADOS DE ESCRITÓRIO E APOIO ADMINISTRATIVO. NÃO SUJEIÇÃO.

1. Os serviços combinados de escritório e apoio administrativo, identificados no código 82.11-3/00 da CNAE, não estão sujeitos à contribuição previdenciária substitutiva de que trata o art. 7°, inciso I, da Lei n° 12.546, de 2011.

2. Para que determinada empresa fique obrigada ao recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva prevista na Lei n° 12.546, de 2011, não basta que os serviços sujeitos a tal contribuição estejam previstos em contrato, sendo necessária a sua efetiva prestação.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Lei n° 8.212, de 1991, art. 22, incisos I e III; Lei n° 11.774, de 2008, art. 14; Lei n° 12.546, de 2011, art. 7°; Medida Provisória n° 540, de 2011, art. 7°; Medida Provisória n° 651, de 2014, art. 41; Regimento Interno da Subcomissão Técnica para a CNAE Subclasses, aprovado pela Resolução Concla n° 01, de 2012, art. 5°, inciso IV; Instrução Normativa SRF n° 700, de 2006, art. 1°.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

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Solução de Consulta COSIT Nº 268 DE 26/09/2014Publicado no DO em 14 out 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: A receita decorrente da locação de bens imóveis próprios, auferida por pessoa jurídica cujo objeto social principal não consista nessa atividade, não compõe a base de cálculo da contribuição previdenciária substitutiva instituída pela Lei n° 12.546, de 2011, eis que tal rendimento não corresponde ao conceito de receita bruta previsto pelo art. 12 do Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, com redação da Lei n° 12.973, de 2014.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 12, com redação da Lei n° 12.973, de 2014; Lei n° 12.546, de 2011, arts. 7° a 9°; Decreto n° 7.828, de 2012; Instrução Normativa RFB n° 1.396, de 2013, art. 8°, "caput", com redação da Instrução Normativa RFB n° 1.434, de 2013; Instrução Normativa RFB n° 1.436, de 2013; Parecer Normativo RFB n° 3, de 2012; Solução de Consulta Cosit n° 40, de 2014, itens 13 a 15; Solução de Divergência Cosit n° 1, de 2014, item 12.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

Solução de Consulta COSIT Nº 259 DE 26/09/2014Publicado no DO em 14 out 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: RETENÇÃO. SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO,MANUTENÇÃO E REPARO DE ELEVADORES E OUTROS EQUIPAMENTOS. SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

Os serviços de instalação, manutenção e reparo de elevadores, escadas rolantes, esteiras rolantes e monta-cargas, exceto quando de fabricação própria, são considerados serviços de construção civil, submetendo-se à retenção relativa à contribuição previdenciária, quando realizados mediante cessão de mão de obra ou empreitada. Caso sejam prestados pelo próprio fabricante dos equipamentos, não se incluindo nesse conceito quem apenas os comercializa, os citados serviços não serão enquadrados como construção civil, sujeitando-se à citada retenção somente se realizados mediante cessão de mão de obra.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 8.212, de 1991, art. 31; Decreto n° 3.048, de 1999, art. 219, III e § 3°; IN RFB n° 971, de 2009, arts. 112, 115, 116, 117, III, 118 e 119, 142, III e Anexo VII.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

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Solução de Consulta COSIT Nº 255 DE 15/09/2014Publicado no DO em 14 out 2014

ASSUNTO: Simples Nacional

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. CABIMENTO.

A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional sujeitar-se-á às disposições da Lei n° 12.546, de 2011, apenas nos casos em que sua atividade principal for tributada na forma do § 5°-C do art. 18 da Lei Complementar n° 123, de 2006 (Anexo IV).

A empresa optante pelo Simples Nacional que não exerce atividade vedada a esse regime de tributação, contratada unicamente para prestar serviço de instalação de estruturas metálicas, deve ser tributada, em relação a essa atividade, na forma do Anexo III da Lei Complementar n° 123, de 2006, não estando sujeita às disposições da Lei n° 12.546, de 2011.

Na hipótese da montagem de estruturas metálicas ser exercida pelo próprio fabricante, tal atividade é classificada no CNAE 25.11-0, Seção C, Indústria (nota explicativa da Classe 42.92-8-01).

Logo, a empresa que tem esta atividade como principal não está compreendida no regime de incidência de contribuição de que trata o inciso VI do art. 7° da Lei n° 12.546, de 2011. Quanto a tal atividade, a inclusão no Simples Nacional é pelo Anexo II.

Os serviços de instalação de estruturas metálicas prestados por empresas optantes pelo Simples Nacional não se sujeitam à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei n° 8.212, de 1991, ainda que prestados mediante empreitada. Entretanto, se os serviços forem prestados mediante cessão ou locação de mão-de-obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar n° 123, de 2006, art. 13, VI, e art. 18, §5°-B, IX, §5°-C; Lei n° 12.546, de 2011, art. 7°; Lei n° 8.212, de 1991, art. 22; e Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009, arts. 112, 117, III, 142, III e 191.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

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Solução de Consulta COSIT Nº 253 DE 12/09/2014Publicado no DO em 14 out 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: RETENÇÃO SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA.

Não há a incidência da retenção de contribuição previdenciária de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo da prestação de serviços de suporte técnico em programas e sistemas de computador (softwares), em face da ausência de previsão legal.

Os serviços de instalação e de manutenção de equipamentos de informática (hardwares), quando indispensáveis ao funcionamento regular e permanente da empresa e desde que a contratada disponibilize equipe sempre pronta para atender às necessidades da empresa contratante sujeitam-se à retenção de contribuição previdenciária no percentual de 11%.

Nos casos em que os serviços sujeitos à retenção previdenciária são prestados por empresa optante pelo Simples Nacional e tributados na forma do Anexo III da Lei Complementar n°. 123, de 2006, somente torna-se cabível tal retenção após a devida exclusão da empresa deste regime favorecido de tributação, conforme entendimento veiculado na Solução de Consulta COSIT n°. 18, de 2014.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 31; Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048, de 06 de maio de 1999, artigo 219; e Instrução Normativa RFB n° 971, de 13 de novembro de 2009, artigos 112, 117, 118, inciso XIV, e 149.

ASSUNTO: Simples Nacional

EMENTA: SIMPLES NACIONAL. INFORMÁTICA. SUPORTE TÉCNICO. OPÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

O suporte técnico em programas e sistemas de computador é atividade intelectual de natureza técnica que impede a opção pelo Simples Nacional, mas que passará a ser admitida no Simples, a partir de 1° de janeiro de 2015.

A microempresa ou empresa de pequeno porte que exercer uma única atividade impeditiva, qualquer que seja a participação da respectiva receita no total auferido, estará vedada de optar ou permanecer no Simples Nacional.

DISPOSITIVOS LEGAIS: LC n° 123, de 2006, art. 17, incisos XI a XIII, §1°, e art.18, §5°-B, inciso IX, e §5°-D, incisos IV a VI, §5°-H e §5°-I, inciso XII; LC 147, art.15, inciso I.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

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Solução de Consulta 6ª Região Fiscal COSIT Nº 6033 DE 09/10/2014Publicado no DO em 13 out 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias.

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS CENTRAIS DE AR CONDICIONADO, DE VENTILAÇÃO E REFRIGERAÇÃO.

A empresa que tem como atividade econômica principal os serviços de instalação e manutenção de sistemas centrais de ar condicionado, de ventilação e refrigeração, enquadrados no código 5322-3/02 da CNAE 2.0, deverá recolher a contribuição previdenciária substitutiva de que trata o art. 7°, inciso IV, da Lei n° 12.546, de 2011, conforme segue: a) no período compreendido entre 01/04/2013 a 03/06/2013 e a partir de 01/11/2013, em relação a todas as suas atividades, independentemente de tais serviços serem dispensados da execução da matrícula CEI, e ainda que alguma de suas atividades secundárias não esteja incluída no rol daquelas sujeitas ao regime de tributação substitutivo; b) no período compreendido entre 04/06/2013 a 31/10/2013, é facultado a essas empresas recolherem a contribuição substitutiva nos termos dos §§ 7° e 8° do art. 7° da Lei n° 12.546, de 2011, com a redação dada pela Lei n° 12.844, de 2013, mas, uma vez escolhida a sistemática da substituição, a opção torna-se irretratável para todo o período.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 40, DE 02/12/2013.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Lei n° 8.212, de 1991, art. 22, incisos I e III; Lei n° 12.546, de 2011, art. 7°, inciso IV, §§ 7° e 8°, art. 9°, §§ 9° e 10; Lei n° 12.844, de 2013, art. 13; Medida Provisória n° 540, de 2011, art. 8°; Medida Provisória n° 601, de 2012, art. 1°; Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009, art. 25, I e Anexo II.

MÁRIO HERMES SOARES CAMPOSChefe

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SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Nº 8063 DE 29/09/2014Publicado no DO em 7 out 2014

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. CONSTRUÇÃO CIVIL. EMPREITADA TOTAL, EMPREITADA PARCIAL E SUBEMPREITADA.

1. A contribuição previdenciária substitutiva de que trata o art. 7° da Lei n° 12.546, de 2011, para a empresa de construção civil, cuja atividade principal acha-se inserida num dos grupos 412, 432, 433 e 439 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, deve incidir sobre a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades, inclusive as da área administrativa, ainda que alguma delas não esteja contemplada no regime de tributação substitutivo, excluídas as receitas oriundas das obras de construção civil cujo recolhimento tenha incidido sobre a folha de pagamento.

2. As empresas de construção civil cuja atividade principal acha-se prevista no inciso IV do art. 7° da Lei n° 12.546, de 2011, e que executam obras de construção civil mediante contrato de empreitada parcial ou subempreitada, em que não são responsáveis pela matrícula da obra, devem recolher a contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a receita bruta relativa a todas as suas atividades, independentemente do momento em que a empresa contratante efetuou a matrícula da obra: a) obrigatoriamente, no período compreendido entre 01/04/2013 a 31/05/2013, e a partir de 01/11/2013 e, b) facultativamente, para o período compreendido entre 01/06/2013 a 31/10/2013.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 16, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.

Dispositivos Legais: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Lei n° 8.212, de 1991, art. 22, I e III; Lei n° 12.546, de 2011, arts. 7° e 9°; Lei n° 12.844, de 2013, arts. 13 e 14; Medida Provisória n° 540, de 2011, art. 7°; Medida Provisória n° 601, de 2012, art. 1°; Medida Provisória n° 612, de 2012, art. 25; Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009, art. 19, II, "c" e art. 26, I e II.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. CESSÃO DE MÃO DE OBRA. RETENÇÃO. ALÍQUOTA.

3. A empresa contratante de serviços sujeitos à retenção de que trata o art. 31 da Lei n° 8.212, de 1991, a partir de 1° de abril de 2013, deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços, e recolher o valor retido, em nome da empresa contratada, caso a atividade principal da empresa contratada esteja inserida no inciso IV do art. 7° da Lei n° 12.546, de 2011, independentemente da data em que foi emitida a matrícula CEI da obra.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 16, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.

Dispositivos Legais: Lei n° 8.212, de 1991, art. 22, I e III e art. 31; Lei n° 12.546, de 2011, art. 7°, IV, e § 6°.

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Assunto: Simples Nacional

RETENÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ANEXO III.

1. A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional sujeitar-se-á às disposições da Lei n° 12.546, de 2011, apenas nos casos em que sua atividade principal for tributada na forma do § 5°-C do art. 18 da Lei Complementar n° 123, de 2006 (Anexo IV).

2. Os serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais prestados por empresas optantes pelo Simples Nacional não se sujeitam à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei n° 8.212, de 1991, ainda que prestados mediante empreitada. Entretanto, se os serviços forem prestados mediante cessão ou locação de mão-de-obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT N° 90, DE 02 DE ABRIL DE 2014, E N° 149, DE 03 DE JUNHO DE 2014.

Dispositivos Legais: Lei Complementar n° 123, de 2006, art. 18, § 5°-C; Lei n° 8.212, de 1991, art. 31; Lei n° 12.546, de 2011, art. 7°, caput, inciso IV e §§ 6°, 7°, 9° e 10; IN RFB n° 971, de 2009, arts. 112 a 150 e 191, caput, e inciso II; IN RFB n° 1.436, de 2013, art. 9°, § 1°.

EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMESChefe

Sped Fiscal x Simples Nacional - Multa GFIP14/10 - Portal Contábil SC

O Sescon/SC encaminhou oficio para a Fenacon na tentativa de buscar soluções para situações que afligem o empresário contabil.

1. Multa da GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social

Diante da indignação e insatisfação das empresas de contabilidade de Santa Catarina em relação às inúmeras notificações de GFIP realizadas pela Receita Federal de forma retroativa, pedimos à Fenacon prioridade na reivindicação encaminhada.

Nossa sugestão é que essas multas sejam anistiadas, e que antes da Receita Federal realizar qualquer notificação por falta de entrega destas declarações, que nos comunique através das Entidades Contábeis,

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concedendo um prazo para tomarmos conhecimento, pois esta multa nunca foi cobrada pelo governo federal.

As empresas de contabilidade, responsáveis pela entrega destas informações, é que estão sendo penalizadas diretamente. O prazo para a apresentação da GFIP é de apenas 7 dias após o encerramento do mês.

Existem casos também em que a Junta Comercial registra o ato de constituição no final do mês, e diante da demora em chegar aos postos regionais, não há tempo hábil para informar a GFIP sem movimento até o dia 05, 06 ou 07, dependendo do mês de vencimento. 

Em Santa Catarina há muitos anos existe uma parceria entre o fisco e os profissionais da contabilidade, pois ambos desejam uma sociedade justa e com políticas públicas eficientes, logo a Fazenda de Santa Catarina age da maneira orientativa, em que os empresários e a classe contábil sempre são informados das operações de fiscalização, prazos para regularizações espontâneas, sem a cobrança de multa, promovendo a educação fiscal.

É essa postura que a Receita Federal deveria tomar em todo o Brasil, é preciso aproximação, diálogo, parceria com os empresários e contadores que desejam um país melhor para todos.

A Fenacon reconhece o problema e lembra que a multa é oriunda de um dispositivo legal, por isso além do Projeto de Lei que está em andamento, e é acompanhado pela Fenacon, amanhã a Federação terá uma audiência com o Ministro Guilherme Afif para tentar uma interferência. O Sescon/SC participa de um Comitê formado por presidentes dos Sindicatos, que tem repassado à Fenacon situações reais que serão usadas como subsídio para uma negociação.

2- Sped Fiscal e as empresas do Simples Nacional:

Empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL, é identificada no site do SPED como empresa obrigada a apresentar a EFD Contribuições. Apesar das várias tentativas de solucionar o impasse, até o momento a empresa não conseguiu uma solução.

Por entender que essa pode ser a situação de várias empresas em todo o país, o Sescon/SC solicitou a intervenção da Fenacon que está verificando a situação junto ao Comitê Gestor do Simples Nacional e comunicará assim que obtiver um posicionamento.

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STF beneficia contribuintes tomadores de serviços de cooperativas de trabalhoAndré Fausto Soares

Na sessão plenária do dia 23.04.2014, nosso Supremo Tribunal Federal - STF ao analisar o RE 595.838, com repercussão geral, proferiu decisão unânime que acabou beneficiando os contribuintes tomadores de serviços que contratam cooperativas de trabalho para realização de algum tipo de serviço, tendo em vista que foi declarada inconstitucional a contribuição previdenciária de 15% incidente sobre o valor total de serviços prestados por meio de cooperativas de trabalho.

Isso porque até então vigorava a regra prevista no art. 22, IV, da Lei nº 8.212/91 (julgada inconstitucional), o qual previa que essas empresas tomadoras de serviços deveriam recolher aos cofres públicos um percentual de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços pagos, para as cooperativas de trabalhos, em virtude dos serviços realizados pelas pessoas físicas filiadas às cooperativas.

Nesse caso, para melhor ilustrarmos, tínhamos que ao final de cada período mensal a cooperativa de trabalho emitia uma fatura para o tomador de serviço, cobrando deste contribuinte o somatório das seguintes parcelas: (i) valor dos salários: referentes aos serviços realizados pelo cooperado, (ii) Comissão: auferida em virtude da intermediação da contratação e, em especial, (iii) contribuição previdenciária: no importe de 15% incidente sobre o total desta nota fiscal.

Ocorre que o STF, ao realizar seu brilhante controle de constitucionalidade destacou as seguintes discrepâncias que maculavam esse dispositivo legal, vejamos: (i) base de cálculo: a alíquota da contribuição previdenciária deve incidir, por excelência, sobre folha de salários, todavia essa norma previa uma base de cálculo nova (nota fiscal ou fatura de prestação) criando uma fonte de custeio não prevista na constituição (ii) Relação Intersubjetiva: a contribuição previdenciária pressupõe - necessariamente - uma relação de emprego entre uma pessoa jurídica com uma pessoa física, no caso em comento havia uma relação contratual, tão somente, entre pessoas jurídicas, quais sejam: "tomadora de serviços" e "cooperativas de trabalho".

Diante dessas incongruências nossa Corte Maior considerou inaplicável a incidência dessa contribuição previdenciária, pois estava em desconformidade com a regra constitucional prevista no art. 195, I, "a" da CF, abrindo um forte precedente para que tais empresas tomadoras de serviços provenientes de cooperativas de trabalho possam acionar o Poder Judiciário com objetivo de não mais recolherem este tributo, bem como pleitearem a restituição dos valores pagos indevidamente.

Todavia, importante ressaltar que, a pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, o STF ainda irá decidir se realizará ou não modulação dos efeitos de sua decisão, ou seja, se essa decisão irá também abarcar fatos ocorridos no passado ou se irá irradiar seus efeitos somente para o futuro.

Desse modo através da interposição de ações judiciais essas empresas tomadoras de serviços poderão pleitear no Poder Judiciário seu direito de não mais recolher essa contribuição previdenciária tida por inconstitucional pelo STF, bem como, dependendo da decisão do STF sobre a modulação dos efeitos, uma possível restituição dos valores que foram pagos indevidamente até presente data.Fonte: FISCOSOFT

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Carf, o lucro do sócio, e outras questões fiscais 16 de outubro de 2014 20:07·0 commentsViews: 179

Por   Mary Elbe Gomes Queiroz   e   Antonio Elmo Queiroz

O lucro é a contrapartida obtida pelo sócio, recompensando o investimento. Todavia, se um sócio também trabalha na sociedade, em princípio faria jus a pro-labore; ocorrendo casos em que o Fisco, verificando a ausência dessa remuneração, descaracteriza o lucro para ser tributado como pro-labore disfarçado.

E o caso abaixo trata dessa situação, em que escritório de advocacia não pagava pro-labore para os sócios, apenas distribuindo lucros alegadamente proporcionais ao desempenho de cada sócio e não à participação no capital. Tendo havido autuação nas “contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa e a cargo de segurados contribuintes individuais, destinadas ao custeio da Seguridade Social, incidentes sobre a remuneração pelos serviços de advocacia prestados pelos sócios da empresa, pagas sob a denominação de distribuição de lucros”.

Porém, analisando esse quadro, Turma do Carf cancelou a autuação, pois na sociedade simples o capital é simbólico, não sendo indício de fraude a desproporção entre as quotas e o lucro auferido, podendo “os sócios optar por correr integralmente o risco da atividade e nada perceberem a título de remuneração pelo trabalho”; assim ementado:

Acórdão 2302-003.211 (publicado em 08.10.2014)

A alínea f do inciso V do artigo 12 da Lei n° 8.212/91 estabelece que os sócios são segurados obrigatórios da Previdência Social “desde que recebam remuneração”. A despeito da amplitude conceitual da remuneração, esta não se confunde com o lucro, ainda que o êxito societário decorra do labor dos sócios.

Inexistindo previsão legal que imponha à sociedade a obrigação de remunerar o sócio pelo seu trabalho decorrência natural do espectro de liberdade existente no campo da celebração do contrato de sociedade (art. 981 do CC), relega-se ao contato social a definição da forma em que se efetuarão os pagamentos devidos aos sócios. É claro que a lei tributária poderia e talvez devesse impor que o sócio contribuísse para o sistema de Previdência Social, tendo em vista não só o princípio da equidade na forma de participação do custeio (art. 194, V, da CF) e o princípio da solidariedade (art. 195), mas também a própria social proteção do sócio (caráter contributivo x filiação obrigatória art. 201 da CF). Todavia, não se encontra obrigação legal de que a sociedade simples impute a determinado pagamento a qualidade de pro-labore e não de lucro, seja para fins civis, seja para fins tributários.

Havendo a demonstração da existência de lucro, ainda que se comprove que o sócio colaborou com seu trabalho, há ampla liberdade, nos limites do contrato social, para que o pagamento se dê a título de distribuição de lucros.

Perda amplaUma perda no recebimento de crédito só é dedutível para fins de IRPJ/CSLL se estiver nos moldes da previsão legal, como estar havendo cobrança judicial (artigo 9º da Lei 9.430/96). No caso abaixo, o contribuinte cedeu com deságio o crédito problemático para empresa de cobrança, e a Receita Federal

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considerou que houve desistência da cobrança, não se caracterizando como perda dedutível por falta de enquadramento legal, glosando a despesa.

Todavia, Turma do Carf reverteu a glosa, dando uma interpretação nova e ampla à situação, considerando que o que “deve ser aferido é se a perda da parcela do crédito, representada pelo deságio concedido ao cessionário, é normal, usual e necessária”. Constatado isso no caso concreto, poderia o deságio ser deduzido como perda; assim ementado:

 Acórdão 1402-001.456 (publicado em 01.10.2014)

CESSÃO DE CRÉDITOS BAIXADOS PARA PREJUÍZO. VALOR RECUPERADO EQUIVALENTE AO PREÇO DA CESSÃO. USUALIDADE, NORMALIDADE E NECESSIDADE DA DESPESA COM O DESÁGIO.

Nas operações de cessão de créditos de recuperação duvidosa, o valor a ser computado na apuração de IRPJ e CSLL é igual ao preço da cessão. Os descontos concedidos são usuais, normais e necessários a esse tipo de negócio.

Ônus da provaAo apreciar caso de pagamento feito a beneficiário não identificado ou sem causa justificada, o que leva à tributação de IR Fonte à alíquota de 35%, Turma do Carf equacionou a questão da distribuição do ônus da prova, definindo que existem dois momentos. No primeiro momento, a prova inicial deve ser apresentada pelo fisco, e não pode ser a mera prova da saída dos recursos, mas sim a do efetivo recebimento por terceiro. A partir daí é que surge o segundo momento, no qual o fisco goza da inversão do ônus, pois fica estabelecida a presunção de inexistir justa causa do pagamento, o que só pode ser afastado por prova do contribuinte. No caso julgado, como a autuação não cumpriu o ônus inicial, a autuação foi cancelada; assim ementado e fundamentado:

Acórdão 2802-003.081 (publicado em 29.09.2014)

IRRF. PAGAMENTO A BENEFICIÁRIO NÃO IDENTIFICADO.

A inteligência do comando legal que autoriza a incidência tributária do IRRF em relação aos pagamentos não identificados, sem causa ou de operação não comprovada exige, antes de qualquer coisa, que esteja assegurado a efetiva realização do dispêndio, sobre o que tem a autoridade fiscal o ônus de provar. Daí é que se poderá falar na presunção relativa, que comporta a inversão do ônus da prova, no que concerne à corroboração do recebedor do pagamento ou a finalidade deste.

Voto (…)

Destarte, se não se pode afirmar categoricamente, pelo menos com o que consta dos autos, que a quantia em tela foi usada para a efetivação de dado estipêndio – poderia ter sido sacada e simplesmente levada ao “Caixa” da empresa ou até mesmo ter sido objeto de posterior depósito/compensação bancária em outra instituição não é de se questionar sua pretensa causa ou de se falar em uma hipotética falta de identificação de seu beneficiário.

Isto posto, não cabe prevalecer a exigência no que tange ao fato gerador apontado pela Fiscalização como ocorrido em 27/04/1997.

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Mútuo em integralizaçãoApós a subscrição de quotas em sociedade limitada, a integralização do capital projetado pode se dar de acordo com o contrato social, a gerar o aumento do capital social. Todavia, no caso abaixo Turma do Carf manteve autuação de IOF em pessoa jurídica por visualizar uma operação de mútuo, pois houve um aumento de capital mas a integralização se daria em parcelas, à medida que lucros fossem sendo auferidos; assim ementado e fundamentado:

Acórdão 3101-001.650 (publicado em 29.09.2014)

VENDA DE QUOTAS DE CAPITAL DA PESSOA JURÍDICA PARA SÓCIOS. PAGAMENTO PARCELADO. CONFIGURAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO.

Aquisição das quotas pelos sócios remanescentes caracteriza-se como operação de crédito correspondente ao mútuo.

Voto (…)

O caso em análise enquadra-se na espécie de mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física, porquanto para a aquisição das quotas a empresa aumentou o capital social e, por conseguinte, as quotas dos sócios remanescentes, com o ajuste do pagamento posterior pela operação, ou seja, antecipou o objeto do negócio aos sócios em forma de empréstimo com pagamento parcelado. (…)

Com efeito, os elementos trazidos nos autos demonstram que a real intenção da recorrente, como meio de viabilizar a operação societária, era a realização de operação de crédito correspondente a mútuo de recursos financeiros para a aquisição das quotas pelos seus sócios, incidindo, assim, o IOF sobre essas operações.

UsufrutoA doação da nua-propriedade de imóvel para filhos, com a reserva do usufruto para os pais, é uma forma elegante de sucessão familiar, mas são necessários cuidados ao ser instituído o usufruto, notadamente quanto à atribuição de valor, pois, caso o usufruto seja alienado, a mensuração do ganho de capital terá por base um custo de aquisição zero, o que ampliará indevidamente a tributação. Todavia, apreciando esse quadro, Turma do Carf entendeu que, mesmo sem atribuição de valor para o usufruto, a autuação deveria ter considerado como sendo o valor da aquisição do imóvel; e cancelada a autuação pois o recálculo não poderia ser feito em sede recursal; assim ementado e fundamento:

Acórdão 2802-003.017 (publicado em 10.10.2014)

IRPF. ALIENAÇÃO OU CESSÃO DE DIREITOS DE USUFRUTO.

O ganho de capital apurado na cessão de direitos, por alienação, do usufruto está sujeito à tributação na pessoa física do usufrutuário. Ocorrendo a transmissão do usufruto e da nua-propriedade concomitantemente, isto é, em uma mesma operação, tendo como adquirente um terceiro, o usufrutuário e o nu-proprietário estão sujeitos à apuração do ganho de capital.

LANÇAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL EM SEDE RECURSAL.

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O controle contencioso de legalidade do lançamento não permite a inovação nos motivos e na motivação do ato.

Voto (…)

A instituição do usufruto e a doação em vida da propriedade do imóvel aos filhos com posterior alienação do bem, não representou em ganho de capital no valor da alienação, mas sim, em acréscimo descontado o valor de aquisição do imóvel.

Portanto, é de se reconhecer o equívoco da fiscalização em não considerar o custo de aquisição do imóvel para fins de apuração da base de cálculo do ganho de capital, apenas pelo fato de não ter sido atribuído valor ao usufruto ou declarado pelo recorrente, por ocasião da doação da nua-propriedade aos seus filhos.

Decisões variadasNo Acórdão 9101-001.978 (publicado em 10.10.2014), a CSRF do Carf pacificou que não incide CSLL sobre o resultado positivo da atividade de sociedade sem fins lucrativos, mesmo sendo uma entidade aberta de previdência complementar; assim ementado: “a CSLL tem como fato gerador a existência de lucro no período correspondente. Tendo em vista que as sociedades sem fins lucrativos auferem superávits e não lucro, não podem se sujeitar à incidência da CSLL”.

No Acórdão 9101-001.919 (publicado em 10.10.2014), analisado, em preliminar de mérito, a consequência de pedido de desistência de processo quando o pedido de parcelamento for indeferido, que é tema relevante já que os parcelamentos têm imposto a necessidade de desistir; e a CSRF do Carf concluiu assim: “preliminarmente, cumpre esclarecer que o indeferimento do pedido de parcelamento, em razão da suposta não homologação da desistência por este Conselho, torna sem efeito o pedido de desistência. Assim, se faz necessário o julgamento do Recurso Especial”.

No Acórdão 2201-001.975 (publicado em 07.10.2014), exemplo de situação só possível no procedimento administrativo, com Embargos de Declaração opostos por julgador; assim ementado: “constatado erro de fato devido a lapso manifesto, acolhem-se os Embargos de Declaração opostos pelo Conselheiro relator, promovendo-se a devida correção”.

No Acórdão 1402-001.733 (publicado em 01.10.2014), Turma do Carf aplica o entendimento fixado pelo STF na ADI 2.588 para afastar a tributação de lucros no exterior referente à Holanda; assim ementado: “diante da decisão do STF com efeitos erga omnes de que o artigo 74 da MP nº 2.158-35/2001 não se aplica às empresas coligadas localizadas em países sem tributação favorecida, não subsiste o lançamento com base no artigo 74 da citada MP para exigir IRPJ e CSLL sobre os lucros auferidos em coligada situada na Holanda”.

Mary Elbe Gomes Queiroz é advogada e professora, pós-doutora em Direito Tributário pela Universidade de Lisboa, e doutora pela PUC-SP; mestre em Direito Público pela UFPE; presidente do Centro de Estudos Avançados de Direito Tributário e Finanças Públicas do Brasil; presidente do Instituto Pernambucano de Estudos Tributários; membro imortal da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais; membro do Conselho Jurídico da Fiesp (Conjur); sócia do escritório Queiroz Advogados Associados e Palestrante da FocoFiscal.

Antonio Elmo Queiroz é advogado, sócio do escritório Queiroz Advogados Associados e diretor do Centro de Estudos Avançados de Direito Tributário e Finanças Públicas do Brasil.

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viaConJur – Carf, o lucro do sócio, e outras questões fiscais.

Receita Federal pode excluir 396 mil beneficiados do Simples NacionalIsso se deve à não regularização de situação junto à Receita por parte desses contribuintes, que correspondem a 9% dos contemplados

Redação, Administradores.com, 12 de outubro de 2014, às 12h12

Com a sanção da lei do Simples Nacional ou Supersimples, aprovada em agosto deste ano, atividades profissionais passam a ser beneficiadas com uma redução de 40% nos tributos. A lei unificou oito impostos em um único boleto. A inscrição no Simples Nacional começa no dia 3 de novembro e vai até 30 de dezembro deste ano, no site da Receita Federal. As inscrições são gratuitas. Porém a tributação só passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2015.

Para o advogado tributarista, Marco Aurelio Medeiros, “A redução da carga tributária foi muito importante e facilitou a vida dos profissionais liberais e também das 450 mil micro e pequenas empresas que serão beneficiadas. A nova lei prevê ainda que o Microempreendedor Individual (MEI) será protegido de cobranças indevidas realizadas por entidades de classe e que os empreendedores poderão abrir e fechar empresas de forma simplificada. Será um ganho enorme para toda a economia”, afirmou.

Atividades de intermediação, tais como representantes comerciais, corretores, bem como aquelas de cunho intelectual e médico, tais como advogados, médicos, fisioterapeutas e arquitetos, compõem o total de 140 novas atividades que foram aceitas no Simples. Contudo, para algumas atividades(fisioterapeutas e corretores de seguro), a tributação será mais vantajosa, e terão melhores tributações com a nova lei, variando de 6% a 17,42%, de acordo com o faturamento. E incluindo aí a contribuição previdenciária patronal incidente sobre a folha de pagamento, pró-labore e RPAs. Para algumas atividades, como é o caso dos advogados, o INSS sobre a folha ficou de fora, terá que ser pago em separado. E outras, como médicos, possui alíquotas começando em 16,93%, e chegando até 22,45%.

Contador é importante mesmo com o Simples

Marco Aurelio Medeiros, falou que uma dúvida recorrente é a dispensa do trabalho do contador, na adesão ao Simples, “Pensar assim é um grande erro e aumenta os riscos, porque o contador não é um simples apurador de tributos. A contabilidade tem uma série de obrigações, como geração de balanços e demonstração de resultados, escrituração do livro caixa ou diário, bem como a entrega de declarações ao fisco”.

Não regularização de dívidas impede entrada no Simples

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“O contribuinte que não regularizar a sua dívida com a Receita Federal, além de ser excluído do Simples Nacional, perderá todos os benefícios do sistema simplificado a partir de 1º de janeiro do ano que vem. O contribuinte pode regularizar as pendências aderindo ao parcelamento de débitos em até 60 meses, no site da Receita Federal, mas deve correr, pois ao ser notificado pela Receita Federal, terá apenas 30 dias para fazer o parcelamento ou quitar os débitos à vista”, concluiu o advogado Marco Aurelio Medeiros. No mês passado, a Receita intimou 396 mil contribuintes que regularizem suas dívidas, o que equivale a 9% do universo total.

IRPF – Dano Moral – Não IncidênciaEm razão do acolhimento, pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Jurisprudência pacífica do Eg. Superior Tribunal de Justiça sobre a espécie, formada nos moldes do art. 543-C do Código de Processo Civil, segue-se que a verba percebida por pessoa física, a título de dano moral de qualquer natureza, não está sujeita a retenção do Imposto sobre a Renda na fonte, tampouco a tributação na Declaração de Ajuste Anual.

Ainda, em decorrência do conteúdo expresso no Ato Declaratório PGFN nº 9, de 2011, e Parecer PGFN/CRJ nº 2123, de 2011, resta configurada a não incidência do imposto de renda sobre verba percebida por pessoa física, em ação judicial, a título de dano moral.

Bases: Solução de Consulta DISIT/SRRF 4.013/2014 e Solução de Consulta DISIT/SRRF 6.035 de 2014.

Placar foi apertado em julgamento sobre ISSPublicado em 16 de outubro de 2014 por Marina Antunes

A discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) relativa à cobrança de ISS sobre serviços prestados a terceiros, não incluídos no monopólio postal, foi mais acirrada. O resultado – seis votos a cinco – veio após uma reversão no placar, que até então sinalizava uma derrota da empresa.

Quando o julgamento do caso foi suspenso em novembro de 2011, havia seis votos favoráveis à tributação e três contra. Ao ser retomado, no fim de março de 2013, os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber votaram pela imunidade tributária ampla para os Correios. O voto decisivo, porém, veio com o ministro Ricardo Lewandowski, que alterou seu entendimento para seguir a corrente favorável à empresa pública.

No caso julgado por meio de repercussão geral, o município de Curitiba cobrava ISS sobre a venda e resgate de títulos de capitalização. Também havia processos discutindo a tributação pelo recebimento de mensalidades do Baú da Felicidade, inscrição em concursos e comercialização de revistas e apostilas.

Na época do julgamento, os Correios previam um passivo de R$ 13,5 bilhões com a discussão relativa à cobrança de ISS e ICMS sobre serviços não incluídos no monopólio postal – envio de cartas, cartões

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postais e emissão de selos. A discussão sobre o imposto estadual estava na pauta de ontem do Supremo, mas não chegou a ser iniciada.

Há consenso de que os serviços sob monopólio e exclusividade dos Correios têm imunidade tributária recíproca, prevista no artigo 150 da Constituição Federal. No julgamento do ISS, porém, cinco ministros consideraram descabido estender a garantia para os serviços realizados por meio de concorrência, sob o risco de dar um tratamento privilegiado à ECT. “A Constituição é clara. Qualquer ente estatal ou privado que exerce atividades com fins lucrativos não pode ter benefício da imunidade recíproca”, disse na época o relator, ministro Joaquim Barbosa, citando o caso de outra estatal, a Infraero. Segundo ele, a empresa cede a particulares terrenos “em locais dos mais privilegiados”, beneficiando-os com a imunidade tributária. “Não pagam um tostão de imposto.”

Fonte: Valor Econômico

Precedente perigoso:

ICMS passa a ser cobrado no estado de origem e de destino do produtoO imposto de produtos vindos de outro estado passa a ser cobrado no PI.Estado determina ainda perdão de juros e multas sobre o IPVA.

Do G1 PI

O Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS) vindos de outro estado, mas vendidos aqui no estado terá que ser recolhido no Piauí. Essa determinação começa a valer a partir desta segunda-feira (13). Outra determinação é o perdão de juros e multas sobre as dívidas do Imposto sobre veículos automotores (IPVA).

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Raimundo Neto Carvalho, em relação ao ICMS, o que acontecia no Piauí é que o consumidor comprava um produto na loja e quando a mercadoria chegava em sua casa a nota fiscal era de outro estado. “O que ficou decidido é que quando observado esses casos vamos tornar a nota inidônea e levar para a delegacia de crimes de ordem tributária para lavrar o flagrante e a partir disso cobrar o imposto e a devida multa para comprovar o crime. A mercadoria pode ficar retida, pois isso é um crime de sonegação fiscal”, disse.

O secretário ainda informou que o imposto deve ser cobrado na origem e no destino, mas que isso não estava acontecendo. “O que seria correto é a mercadoria de fora ser transferida para o estabelecimento do estado do Piauí e depois aqui ser emitido uma nota fiscal ao consumidor final. Dessa forma a origem ganha uma parte e o destino ganha outra parte e a operação está perfeitamente legal”, explicou.

Em relação aos descontos do IPVA, a Secretaria da Fazenda, esta com anistia de 100% de multas e juros para quem pagar até o dia 31 de outubro e à vista. Já para quem vai pagar dividido tem o desconto de 80% nos juro e multa e pode pagar em até seis vezes. No caso do ICMS poderá ser pago em 12 ou 24 meses com desconto de 60% e 40% respectivamente.

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“Estamos com esses descontos para oferecermos a oportunidade para os contribuintes se regularizarem. Estamos com um crédito de mais de 4 milhões dos contribuintes em dívidas, então essa é a oportunidade de acabar com as dívidas e se regularizar. Caso não aconteça, vamos entrar com representação criminal contra quem não encerrar as dívidas”, falou o secretário.

Para aderir a essa anistia de juros e multas o contribuinte deve entrar no site da Fazenda e no caso do IPVA pode ainda entrar também no site do Detran. “O nosso objetivo é proteger o comércio local, pois está sofrendo uma concorrência desleal em relação ao comércios de fora”, contou.

Câmara aprova MP que desonera folha de pagamentos de contratação de pessoal 15 de outubro de 2014 08:01·0 commentsViews: 237

A Câmara dos Deputados aprovou hoje (14), em votação simbólica, a Medida Provisória (MP) 651/14 que traz uma série de medidas de incentivo ao setor produtivo. A principal delas torna permanente a desoneração da folha de pagamentos de contratação de pessoal. O texto aprovado reduz permanentemente a tributação da folha dos atuais 20% para 1% ou 2%, dependendo do setor. Estão incluídos ainda setores que não foram abrangidos pelas medidas anteriores de desoneração.

A MP retoma o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (Reintegra), ampliando restituição da tributação paga pelos exportadores para a Receita Federal de até 3% para até 5%. O texto prevê também a reabertura do prazo para adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), tanto para empresas quanto para pessoas físicas. A adesão poderá ser feita até 15 dias depois que o projeto de lei proveniente da medida provisória for sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.

Os deputados aprovaram ainda a ampliação do prazo para o fim dos lixões e instalação de aterros sanitários para até 2018. A ampliação integrava uma lista de 11 artigos retirados aprovados na comissão mista que analisou a medida e que foram retiradas pelo presidente Henrique Eduardo Alves por serem considerados estranhos ao tema original da MP.

A aprovação do texto-base da MP foi possível graças a um acordo de líderes que garantiu a matéria ser votada por consenso. Porém o acordo abrangia somente o texto base da MP que recebeu ainda sete emendas e quatro destaques, o que gerou desgaste e discussão entre os parlamentares.

O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), alegou que, durante a reunião de líderes, foi acordado que não haveria a apresentação de destaques. “O que nós acordamos foi que aprovaríamos o texto base, sem destaques, e que qualquer aperfeiçoamento poderá ser feito quando a medida for para o Senado. Os destaques podem alterar a essência do texto e perderemos todo o trabalho de consenso que foi construído”, disse Fontana.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), rebateu Fontana. Segundo ele, o entendimento foi contrário e possibilitava a apresentação de destaques. Um dos pontos de divergência da aprovação foi uma emenda proposta pelo PMDB que obriga as empresas de médio porte (com valor de mercado inferior a R$

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700 milhões) com capital aberto na Bolsa de Valores a divulgar seus balanços em jornais de grande circulação, mas de maneira resumida.

O relator da MP, deputado Newton Lima (PT-SP), criticou a aprovação. Segundo ele, a medida vai onerar as médias empresas. “O texto original busca reduzir os custos e um deles é as empresas terem que publicar no Diário Oficial e nos grandes jornais os balancetes, que é o que a Lei de Sociedades Anônimas pede, queríamos eliminar essa obrigação e reduzir esse custo”, disse Lima.

Temendo que novo entrave impedisse a conclusão da votação, Alves sugeriu que os líderes tentassem chegar a um acordo. Após debaterem, os parlamentares optaram por retirar do texto outro ponto divergente, que permitia à Advocacia-Geral da União desistir de ações e fazer acordos entre o governo e o devedor nas causas de até R$ 500 mil para as dívidas não tributárias com autarquias e fundações públicas federais.

Em seguida, os deputados rejeitaram duas emendas e concluíram a votação da MP. A sessão foi encerrada e as votações deverão ser retomadas na semana que vem. O texto segue agora para o Senado, onde precisa ser aprovado antes do dia 6 de novembro, quando perderá a eficácia por decurso de prazo.

viaCâmara aprova MP que desonera folha de pagamentos de contratação de pessoal | Agência Brasil.

MP 651 também beneficia servidores, transporte público e outros setores 15 de outubro de 2014 17:34·0 commentsViews: 60

Veja outras medidas previstas na MP 651/14:

concede isenção de PIS/Pasep e Cofins para venda de equipamentos médicos, hospitalares ou laboratoriais para o poder público ou entidades beneficentes;

garante à venda de gás natural para produção de álcool metílico (metanol) a mesma redução de PIS/Pasep e Cofins já concedida ao produtor e importador de nafta;

empresas de parcerias público-privadas (PPPs) terão benefícios na base de cálculo de alguns impostos;

imóveis rurais oficialmente reconhecidos e ocupados por quilombolas terão isenção de Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

servidor público poderá deduzir da base de cálculo do imposto de renda as contribuições feitas por seu ônus (em valor superior à contrapartida) para fundos de previdência complementar públicos (Funpresp, por exemplo);

empresas de execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil ficam mantidas no regime cumulativo de cobrança do PIS/Pasep e Cofins de maneira permanente. A mudança foi feita em 2006 e iria até 2015;

amplia para 2022 a isenção de Imposto de Renda na fonte sobre arrendamento de aeronaves ou motores por empresas de transporte aéreo. O prazo se esgotaria em 2016.

altera o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), que renegocia dívidas dessas instituições. A intenção é permitir o uso dos

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créditos recebidos com a concessão de bolsas de forma retroativa ou para parcelas futuras quando o certificado não for emitido até o mês seguinte à concessão da bolsa.

amplia as desonerações de PIS/Pasep e Cofins sobre transporte de passageiros para municípios contíguos ou localizados e regiões de fronteira cujas cidades são definidas como cidades gêmeas;

isenta de Imposto de Renda, de Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL), de PIS/Pasep e Cofins as receitas obtidas por fundos garantidores (o Fundo de Garantia para a Construção Naval – FGCN, por exemplo);

reduz o PIS/Pasep e Cofins sobre vendas de pneus novos de borracha e câmaras de ar de borracha; autoriza o BNDES a financiar investimentos na armazenagem de açúcar e não apenas de grãos,

como prevê a lei atual; empresas poderão usar seguro-garantira para substituir a penhora nas brigas judiciais com a

Fazenda Pública. O seguro pode ser contratado para garantir o cumprimento de um contrato.

Medida Provisória 656 isenta do IR a contribuição previdenciária de doméstico recolhida por empregador 16 de outubro de 2014 08:22·0 commentsViews: 232

O Ministério da Fazenda convocou a imprensa para explicar as propostas de medida provisória enviada ao Congresso. O objetivo é estimular o consumo e diminuir o risco bancário com empréstimos, inclusive aqueles descontados do salário do trabalhador.

As principais propostas enviadas ao Congresso incluem: a isenção de imposto sobre o recolhimento da contribuição previdenciária dos empregados domésticos; o estímulo a negócios imobiliários e de automóveis através de um cadastro único nacional; a prorrogação de isenção tributária para o programa Minha Casa Minha Vida; a facilitação de crédito consignado para trabalhador de qualquer empresa particular; e criação de letra imobiliária para capitalizar construtoras e incorporadoras.

A medida provisória cria mais estímulos à construção de turbinas eólicas e prorroga isenção de impostos para computador, tablet e smartphone. Também isenta de imposto matéria-prima derivada de lixo reciclado, determina que importação não autorizada tem que ser devolvida ao exterior e estimula concessão de empréstimos ao diminuir o risco dos bancos com essas operações.

viaMedida Provisória 656 isenta do IR a contribuição previdenciária de doméstico recolhida por empregador – TV – Câmara Notícias – Portal da Câmara dos Deputados.

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Fisco edita norma sobre contribuição ao INSSPublicado em 15 de outubro de 2014 por Igor Ferreira

A Receita Federal publicou ontem nova solução de consulta sobre a contribuição previdenciária substitutiva, que incide sobre a receita bruta das empresas e com percentuais que variam de acordo com setor ou atividade. Pela nova norma, na contratação de empresas dos setores hoteleiro, de construção civil e transporte – que recolhem com base na atividade – deverá ser retido 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, mesmo no caso de o serviço efetivamente prestado não ser alcançado pela contribuição substitutiva.

Com base na contribuição previdenciária comum, que incide sobre a folha de pagamento, seria retido 11%. A contribuição substitutiva foi criada pela Lei nº 12.546, de 2011, no âmbito do Plano Brasil Maior.

O entendimento está na Solução de Consulta da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) nº 156, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União. Embora prestada a uma empresa da construção civil, a consulta serve de orientação para todos os fiscais do país.

A solução de consulta determina ainda que, para afastar a possibilidade de ser autuada por aplicação indevida dos 3,5%, a contratante poderá apresentar declaração anual firmada pela contratada em que informa o código de sua atividade principal – o CNAE.

O advogado Caio Taniguchi, do escritório Aidar SBZ Advogados, afirma que a exigência dessa comprovação, sem base em lei, é um abuso. “Não há motivo para a empresa ter que fazer esse controle. É mais uma burocracia”, afirma.

Ainda em relação à contribuição previdenciária sobre a receita bruta, a Receita definiu, em outra solução de consulta, que as receitas de vendas a exportadores – assim como para empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus – devem entrar na base de cálculo do tributo. Apenas as exportações comprovadamente diretas e os descontos incondicionais podem ser excluídos.

Em relação às vendas a exportadores, a briga continua na Justiça, segundo Taniguchi. “A Constituição impõe imunidade das exportações em geral. A limitação não é imposta por lei, mas por instrução normativa da Receita Federal [nº 1.436, de 2013]“, afirma. “Uma alternativa é pedir à trading a nota fiscal da remessa da mercadoria para o exterior para apresentar ao Fisco.”

Para a Receita Federal, consideram-se descontos incondicionais “os que constam da nota fiscal de venda e não dependem de evento posterior à emissão desses documentos”.

A consulta foi feita por uma fabricante de peças para o setor automotivo. Mas, segundo consta da Solução de Consulta Cosit nº 221, também publicada ontem, o entendimento deve ser aplicado a qualquer empresa no país.

Fonte: Valor Econômico

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Mantega diz que reforma do PIS-Cofins pode sair este ano, mas não antes das eleiçõesMinistro afirmou que mudança no ICMS também pode ser realizada até o fim de 2014

por Cristiane Bonfanti 13/10/2014 17:31 / Atualizado 13/10/2014 17:52

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que a reforma do PIS-Cofins pode ser realizada até o fim deste ano, mas não antes do segundo turno das eleições. O ministro disse que, nas próximas duas semanas, o governo pode anunciar medidas econômicas de curto prazo “necessárias para o andamento da economia”, mas não referentes à reforma tributária.

- Nós estamos trabalhando no PIS e Cofins há um tempo, de modo que o PIS e Cofins vai vir reformado. Porém, ele não tem prazo para ficar pronto. Certamente, não será nestas duas semanas antes da eleição. Será para depois - disse Mantega, que acrescentou que a medida pode ser anunciada ainda este ano.

- (Poderão ser anunciadas) só medidas econômicas de curto prazo necessárias para o andamento da economia. Nós estamos falando aqui (sobre o PIS-Cofins) de uma medida de reforma tributária - afirmou o ministro.

Ele observou que existe também a possibilidade de a reforma do ICMS ser realizada até o fim do ano.

- Existe a possibilidade este ano de fazermos as duas coisas, ICMS e Cofins, mas isso é depois das eleições - ressaltou.

TEMPO DE TRANSIÇÃO

Elaborada pelo ex-secretário Executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, a proposta de reforma do PIS-Cofins define que tudo que uma empresa comprar como insumo vai gerar crédito de PIS/Cofins. Além disso, as companhias que hoje optam pelo lucro presumido e pagam uma alíquota de 3,65% sobre o faturamento, terão de migrar para a alíquota de 9,25% sobre valor adicionado. O governo vai definir um tempo de transição para essa migração.

Segundo Mantega, o custo de implementação da reforma é calculado em R$ 15 bilhões. A transição, no entanto, pode ser realizada com um espaçamento, em até dois anos, explicou o ministro.

- Falta detalhe técnico. Tem de discutir com o segmento - disse.

O governo discute também a proposta de reforma do ICMS interestadual, que tramita no Congresso Nacional. A proposta é que as alíquotas do ICMS interestadual sejam reduzidas para 4% ou 7% (dependendo do estado) em oito anos. A proposta busca combater a chamada guerra fiscal, em que os estados utilizam diferentes alíquotas para atrair investimentos.

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Supremo limita uso de créditos de ICMS sobre produtos da cesta básicaPor nove votos a um, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem que os contribuintes que comercializam bens da cesta básica – e portanto têm direito a benefício fiscal de ICMS

postado Ontem 09:01:01 - 545 acessos

Por nove votos a um, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem que os contribuintes que comercializam bens da cesta básica – e portanto têm direito a benefício fiscal de ICMS – não podem utilizar integralmente os créditos do imposto estadual, a não ser que exista norma regulamentando o tema.

Na sessão de ontem, foram analisados dois casos sobre o assunto. O primeiro deles, julgado como repercussão geral, envolve o Convênio nº 128, aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em 1994. O texto autorizou os Estados e o Distrito Federal a reduzir em até 7% a alíquota de ICMS dos produtos da cesta básica, como forma de desonerar as mercadorias.

O caso envolve a empresa gaúcha Santa Lúcia, que aproveitou o benefício, mas teve parte dos créditos cancelados. Isso porque a companhia adquiriu feijão, que compõe a cesta básica, pagando 12% de ICMS, e pleiteava o creditamento integral do montante recolhido, apesar de revender a mercadoria ao consumidor final com a alíquota reduzida.

Durante sua defesa oral o advogado da companhia, José Luiz Germano da Silva, do escritório Germano da Silva Advogados Associados, lembrou que o próprio Convênio nº 128 permite o aproveitamento dos créditos. A norma estabelece que “ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a não exigir a anulação proporcional do crédito” nas operações envolvendo bens da cesta básica.

Germano da Silva defendeu ainda que a Constituição Federal, em seu artigo 155, determina que a isenção de ICMS acarretará a “anulação do crédito relativo às operações anteriores”, salvo quando há determinação contrária na legislação. Para o advogado, os convênios do Confaz podem ser equiparados à legislação específica.

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, entretanto, entendeu que o convênio por si só não afasta a incidência do artigo 155 à situação. Durante a sessão, o magistrado afirmou que o creditamento só seria possível se existisse norma específica sobre o assunto. “Não consta que a legislação do Rio Grande do Sul tenha previsto expressamente a possibilidade de manutenção do crédito”, disse.

Ao votarem, parte dos oito ministros que acompanharam o relator citaram que o entendimento segue a jurisprudência do tribunal.

Único a divergir, o ministro Marco Aurélio defendeu que o artigo 155 não se aplica ao caso por não se tratar de isenção, e sim de redução na base de cálculo do ICMS. “Não está [o contribuinte] isento. O que há é uma base de cálculo reduzida”, afirmou.

Segundo Germano da Silva, atualmente nem todos os Estados atuam como o Rio Grande do Sul, e alguns aceitam o creditamento integral. Para ele, o resultado do julgamento de ontem poderá levar Estados que admitem o aproveitamento do crédito a alterar seu posicionamento ou à edição de leis mais restritivas.

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O segundo caso julgado ontem também envolvia o Rio Grande do Sul, mas tem como autora a empresa Movelsul Transportes.

Fonte: VALOR ECONOMICO

Isso é que é insegurança jurídica, o resto e resto:

Proposta no STF sobre ICMS pode gerar dívida bilionáriaAgência Estado

Publicação: 12/10/2014 17:07 Atualização: 12/10/2014 19:03

A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar em pauta uma proposta de Súmula Vinculante que visa acabar com a guerra fiscal entre os Estados poderá resultar em uma dívida bilionária para as empresas. Se aprovado da forma como está, o texto, que torna inconstitucional todos os benefícios fiscais de ICMS concedidos sem a aprovação unânime do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), abre espaço para uma cobrança retroativa dos descontos. Segundo uma fonte com conhecimento no assunto, considerando todos os setores produtivos do País esse débito pode chegar a algo em torno R$ 700 bilhões.

Especialistas na área tributária consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, explicam que, como a proposta de Súmula nº 69 não define se a decisão terá efeito apenas prospectivo ou ainda retroativo, as companhias que utilizaram tais benefícios nos últimos cinco anos podem ser obrigadas a devolver os valores não pagos. Se aceita, a proposta irá declarar inconstitucional toda isenção, incentivo, redução de alíquota ou base de cálculo, crédito presumido, dispensa de pagamento ou outro benefício relativo ao ICMS concedido à revelia do acordo no Confaz.

"A Súmula em si não é uma grande novidade, a grande discussão agora é exatamente essa: qual serão os efeitos para contribuintes e para os Estados?", avalia Renato Souza Coelho, sócio da Stocche Forbes Padis Filizzola Clapis Advogados. Apresentada em 2012 pelo ministro Gilmar Mendes, a proposta recebeu em setembro manifestação da Comissão de Jurisprudência do STF, o que sugere que o assunto será incluído em pauta.

A súmula vinculante é um mecanismo que obriga juízes de todos os tribunais a seguirem o entendimento adotado pelo STF sobre determinado tema. Com a decisão do Supremo, a súmula vinculante adquire força de lei e cria um vínculo jurídico, não podendo mais, portanto, ser contrariada.

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"A possível edição da Súmula com certeza é um fator preocupante para as empresas. O risco da cobrança retroativa existe e não pode ser descartado", afirma o sócio da área Tributária do Siqueira Castro Advogados, Maucir Fregonesi Junior.

"Em teoria, a cobrança retroativa pode acontecer, mas isso geraria um caos e abalaria fortemente a segurança jurídica das empresas, além de não resolver o problema da guerra fiscal entre os Estados", diz a sócia de Prática Tributária do escritório Mattos Filho, Renata Correia Cubas.

Segundo a advogada, é difícil imaginar um setor que não fosse afetado pela decisão: "exportadores e importadores de bens, serviços de comunicação, transportes... Todos os setores que são contribuintes do ICMS seriam potencialmente impactados".

Na avaliação do gerente executivo Jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Cássio Borges, o impacto de tal decisão certamente geraria uma grande dificuldade no caixa das companhias, o que exigiria uma readequação dos balanços financeiros. "A questão realmente desperta receio no empresariado, porque, da forma como está, o texto gera um impacto automático", afirma.

Para os especialistas, no entanto, a possibilidade de que uma eventual cobrança retroativa recaia sobre as companhias é mais teórica do que prática. Os advogados lembram que o Supremo já se manifestou reiteradamente em casos pontuais pela inconstitucionalidade da concessão de benefícios fiscais concedidos unilateralmente e, nessas ocasiões, não houve qualquer tipo de pagamento retroativo. Além disso, durante o julgamento da Súmula, o STF deve discutir a modulação dos efeitos, o que na prática significa decidir se os benefícios já concedidos serão ou não perdoados.

Apesar da cobrança retroativa ser, por enquanto, apenas uma hipótese, Borges, da CNI, alerta também para um risco de realocação de investimentos. Segundo ele, mesmo que os benefícios passados sejam convalidados, a decisão pela inconstitucionalidade dos descontos de ICMS pode fazer com que diversas empresas revejam os investimentos realizados em determinados Estados, que, sem a isenção, não são considerados atrativos. "A partir do momento em que o benefício é inexistente, pode ocorrer um deslocamento para os grandes centros econômicos", explica.

O sócio de impostos da KPMG no Brasil, Marcus Vinicius Gonçalves, também ressalta que, mesmo se não houver cobrança dos retroativos, o impacto do fim dos benefícios de ICMS é preocupante porque prejudica o planejamento estratégico dos setores afetados. Segundo ele, as empresas instalaram, no passado, fábricas que se baseiam no incentivo fiscal para serem operacionais e o fim das desonerações pode inviabilizar diversas unidades.

Na opinião dele, esta será uma decisão mais política do que econômica. "Tecnicamente, a decisão pelo pagamento dos benefícios recebidos no passado é a que tem mais argumentos fortes", diz Gonçalves. "Mas eu acredito que essa decisão vai ser política. E, nesse aspecto, tem muitas forças trabalhando para que não haja cobrança das empresas."

Legislativo

Apesar de do ponto de vista processual a proposta do ministro Gilmar Mendes estar pronta para ser

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colocada em pauta, nos bastidores o Supremo aguarda o avanço da negociação sobre o tema no Legislativo. Simultaneamente à proposta de Súmula Vinculante, existe no Congresso o projeto de Lei Complementar nº 130 que prevê a convalidação dos benefícios já concedidos, além da eliminação da necessidade de aprovação por unanimidade no Confaz.

Segundo os especialistas, a solução pelo Legislativo é a mais adequada. O Congresso, no entanto, pouco avançou nos dois últimos anos na votação de uma proposta que garanta uma anistia aos incentivos fiscais já concedidos unilateralmente pelos Estados. O atual projeto precisa primeiro ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e o consenso é de que isso ocorrerá apenas após as eleições. Depois disso, a proposta, que deve sofrer modificações, ainda terá de passar pelo plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados. (Colaboraram Beatriz Bulla e Ricardo Brito)

Vitória do contribuinteEmbora ainda de alcance limitado, a decisão representa uma derrota significativa para a União e sinaliza perdas futuras de arrecadação

O Supremo Tribunal Federal (STF) demorou 15 anos para decidir, por 7 votos a 2, que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido por uma empresa não é parte de seu faturamento e, por isso, não pode ser computado na base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). 

Embora ainda de alcance limitado, a decisão representa uma derrota significativa para a União e sinaliza perdas futuras de arrecadação. Por enquanto, a decisão vale apenas para uma empresa de autopeças de Minas Gerais que, em 1999, apresentou recurso extraordinário ao STF contra decisão do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região que considerou constitucional a fórmula utilizada pela Receita Federal para calcular a Cofins, incluindo o ICMS. 

Mas é um assunto de grande interesse econômico, pois muitos contribuintes, sentindo-se prejudicados pela regra da Receita, também recorreram à Justiça contra ela. 

O Supremo já decidiu que examinará outro recurso que versa sobre a mesma questão pelo instrumento de repercussão geral, ou seja, a decisão que tomar no caso será aplicada a todos os processos de teor semelhante. 

O STF terá de decidir também sobre uma ação declaratória de constitucionalidade da regra atualmente usada pela Receita, proposta pela Advocacia-Geral da União (AGU). Se a nova decisão também for favorável aos contribuintes, haverá impacto forte sobre a arrecadação federal. Nesse caso, segundo a Receita, o efeito sobre os cofres públicos, incluindo a devolução do que teria sido recolhido, pode alcançar R$ 250 bilhões. 

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Também em outros casos de grande repercussão, como o julgamento dos planos econômicos e das correções das cadernetas de poupança, o governo tem citado importâncias bilionárias. 

De maneira mais serena, a AGU estimou em R$ 12 bilhões o impacto anual da exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins. Em relatório anexado ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015, o Tesouro estima em R$ 84 bilhões o efeito dessa exclusão entre 2003 e 2008. 

A Constituição estabelece que a seguridade social será financiada, entre outras fontes, pelas contribuições sociais sobre “a receita ou o faturamento” das empresas. Já a lei que criou a Cofins (Lei Complementar 70, de 30 de dezembro de 1991) diz que a contribuição “incidirá sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza”.

Desse faturamento, a lei exclui apenas o Imposto sobre Produtos Industrializados, as vendas canceladas, as devoluções e os descontos. 

No recurso extraordinário ao STF, a empresa de autopeças alegou que a lei desvirtuou o conceito de faturamento, visto que o ICMS não é receita da empresa, mas do Estado, e portanto não poderia constituir a base de cálculo da Cofins. 

Relator do processo, o ministro Marco Aurélio Mello concordou com a alegação, ao afirmar que “o valor correspondente a este último (ICMS) não tem a natureza do faturamento”. Mello acrescentou que “a base de cálculo da Cofins não pode extravasar, sob ângulo do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a parcela percebida com a operação mercantil ou similar”. O voto de Mello parece óbvio para quem acompanha o mundo dos negócios. 

No entanto, dos 9 ministros que votaram no caso, 2 foram contra essa interpretação. O último voto contrário foi dado pelo ministro Gilmar Mendes na sessão realizada na quarta-feira (8/10). Mendes argumentou que não há lei que proíba a incidência de tributos sobre tributos e observou que uma decisão favorável aos contribuintes poderá resultar em “expressivas perdas para a manutenção da seguridade social”. 

O resultado amplamente favorável aos contribuintes não garante sua vitória nos próximos julgamentos, pois, desde que esse caso começou a ser examinado, a composição do STF mudou muito. Cinco de seus atuais membros ainda não se manifestaram sobre a questão.

Link: http://sigaofisco.blogspot.com.br/2014/10/vitoria-do-contribuinte.html

Mais:

Decisão da Justiça vai permitir redução de carga tributária

Empresas terão redução de 4% a 10% da carga tributária incidente na receita ou faturamento com vendas, segundo estimativas de especialistas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) esperada há quase duas décadas.

Fernanda Bompan

Empresas terão redução de 4% a 10% da carga tributária incidente na receita ou faturamento com vendas, segundo estimativas de especialistas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) esperada há quase duas décadas.

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Por maioria de votos (7 a 2), os ministros do Supremo decidiram no julgamento do Recurso Extraordinário número 240.785 que não deve haver a inclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo para cobrança ao Programa de Integração Social e para a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/ Cofins).

De acordo com especialistas entrevistados pelo DCI, essa decisão abriu um "precedente" a beneficiar contribuintes comerciantes. Contudo, deve atingir apenas aqueles que entraram com ação judicial para ter essa mudança.

"Ainda falta saber o teor da decisão, saber se as empresas que agora entrarão com ação também poderão contar com essa exclusão", afirmou a advogada Adriana Savoia Cardoso, do Coelho e Morello Advogados Associados. "De qualquer forma, vale a pena procurar um advogado para entrar ainda com ação judicial, porque esse recurso não definiu se novas ações também terão ou não decisão favorável", acrescentou Bruno Cavarge, profissional do mesmo escritório, cuja sugestão é endossada por todos os demais especialistas.

Mudança

O advogado Luis Eduardo Longo Barbosa, tributarista do Trigueiro Fontes Advogados, explica que quando uma empresa emite uma nota fiscal, no preço da mercadoria estão incluídos os custos com o ICMS, o que é entendido como receita ou faturamento, onde se incide o PIS e Cofins. "Ou seja, o PIS e Cofins é cobrado nesse valor total, onde já está o ICMS. É imposto sobre imposto", comenta.

"Com a decisão, se um produto custa R$ 100, a alíquota de ICMS é de 18%, são mais R$ 20 [pelo cálculo do imposto], os 4% de PIS e Cofins [menor alíquota] não seriam cobrados nos R$ 120 e sim no R$ 100, que de fato representam a receita da empresa com a venda. A carga é neutralizada. Mas, lógico, que esse raciocínio depende da atividade da empresa", complementa Barbosa.

De acordo com a advogada Juliana de Sampaio Lemos, especialista em direito tributário de Trench, Rossi e Watanabe, para um dos seus clientes, que está no ramo de autopeças, cuja alíquota incidente sobre sua venda é de 18%, o escritório calculou que o benefício impactaria aproximadamente 1,61% cada nota fiscal emitida.

"Houve uma manobra para que tivesse a confirmação do julgamento que começou anos atrás, cujos votos já eram favoráveis para o contribuinte. Foi um precedente importante, mas não vinculou todo mundo. Como a pressão da Receita Federal é grande [devido às perdas de arrecadação tributária] e para evitar uma derrota das partes [que reclamaram na Justiça, os ministros do STF] optaram para que os efeitos da decisão do recurso 240.785 não tivesse repercussão geral", entende a advogada Juliana.

Benefício geral

Os especialistas afirmam, na verdade, que ainda aguardam que o STF julgue uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) número 18, que além de garantir o beneficio da exclusão para aqueles que já reclamaram sobre essa cobrança na Justiça, torna a exclusão generalizada. Isto é, todos os empresários poderão contar com o benefício da exclusão.

Porém, de acordo com a advogada do Coelho e Morello, não há previsão para que esse julgamento seja realizado. Por isso, os representantes do escritório ressaltam que é importante o empresário garantir seus direitos na Justiça. "Nós pedimos que a cobrança seja eliminada nas próximas operações e que tenham um ressarcimento do que foi feito nos últimos cinco anos", aponta Cavarge.

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Além disso, o tributarista do Trigueiro Fontes lembra que como mudou boa parte da composição dos ministros do STF desde que a ADC foi protocolada, em meados de 2007, há uma incerteza se a decisão será favorável ou não ao contribuinte.

"Sabemos que quatro tem posição favorável, um já se manifestou ser contra, agora os outros cinco são uma incógnita. Por isso que o empresário deve ir atrás dos seus direitos", complementa Juliana.

Ela comenta que essa sugestão, que pode levar a uma enxurrada de ações na Justiça, não deve trazer uma pressão adicional no STF. "Essas reclamações se darão na primeira instância, ou seja, não irão diretamente ao Supremo. Mas a pressão no STF já é muito grande para que haja a exclusão do ICMS de PIS e Cofins para todos, ainda mais nesse incerteza com relação à economia, o ritmo já ruim dela", disse a advogada.

Prejuízo

Em caso da ADC ser julgada em prol do empresário, Barbosa afirma que o impacto para as contas públicas será negativo em cerca de R$ 100 bilhões, conforme estimativas, o que dificulta a aprovação.

A principal fonte de receita para vários estados vem com a arrecadação do ICMS. Um exemplo disso é a resistência em aprovar a unificação da alíquota do imposto em operações interestaduais, o que acabaria com a chamada guerra fiscal - incentivos fiscais oferecidos por alguns estados que por não ter aprovação por todos esses entes, são inconstitucionais. Mas reduziria o recolhimento dos governos.

No caso do PIS e Cofins, a arrecadação é de competência do governo federal e também é bastante representativa. Segundo dados da Receita Federal neste ano até agosto, dos R$ 752,797 bilhões recolhidos, 21% (R$ 163,101 bilhões) são referente a esses dois tributos. Da mesma forma, no acumulado de 2013, do total arrecadado pelo fisco (R$ 1,128 trilhão), 23% foram com essas contribuições.

Link: http://www.dci.com.br/em-destaque/-decisao-da-justica-vai-permitir-reducao-de-carga-tributaria--id421391.html

Goiás – Condenados por crime tributário pagam autos de infração 15 de outubro de 2014 18:45·0 commentsViews: 24

Empresários, que atuam no ramo de comércio de perfumaria e cosméticos em Goiânia e Aparecida de Goiânia, denunciados pelo Ministério Público como incursos nas penas do art. 2º, II da Lei nº 8137/90 por omissão de recolhimento do ICMS incidente nas vendas que realizaram ao longo de vários meses dos anos de 2008, 2009 e 2010, restaram condenados pelo Poder Judiciário de primeiro grau em cinco das seis ações penais movidas (a sexta foi extinta antes da sentença em razão do recolhimento do tributo).

Eles recorreram contra três das condenações, mas o Tribunal de Justiça as manteve, assim como as penas aplicadas, que incluíam a obrigação de reparar os danos causados ao erário. Acatando a decisão da Justiça, os condenados promoveram a quitação de todos os 192 autos de infração que haviam sido lavrados pela Receita Estadual em desfavor da empresa que administravam e que constavam das várias ações penais,

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recolhendo, assim, um total de R$ 12.157.579,28 (doze milhões, cento e cinquenta e sete mil, quinhentos e setenta e nove reais e vinte e oito centavos).

Com isso, obtiveram a declaração de extinção da punibilidade, conforme lhes garantia a legislação que vigorava à época em que as omissões ocorreram. As ações penais resultaram de parceria existente entre o Ministério Público e a Secretaria da Fazenda, cujas origens remontam ao ano de 1994, formalizada em termos de cooperação que são periodicamente renovados, e que têm, entre outros objetivos, tornar mais ágil a apuração dos crimes tributários previstos na Lei nº 8137/90.

Assessoria de Comunicação do MP-GO

Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás.

Placar foi apertado em julgamento sobre ISS 16 de outubro de 2014 08:05·0 commentsViews: 435

A discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) relativa à cobrança de ISS sobre serviços prestados a terceiros, não incluídos no monopólio postal, foi mais acirrada. O resultado – seis votos a cinco – veio após uma reversão no placar, que até então sinalizava uma derrota da empresa.

Quando o julgamento do caso foi suspenso em novembro de 2011, havia seis votos favoráveis à tributação e três contra. Ao ser retomado, no fim de março de 2013, os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber votaram pela imunidade tributária ampla para os Correios. O voto decisivo, porém, veio com o ministro Ricardo Lewandowski, que alterou seu entendimento para seguir a corrente favorável à empresa pública.

No caso julgado por meio de repercussão geral, o município de Curitiba cobrava ISS sobre a venda e resgate de títulos de capitalização. Também havia processos discutindo a tributação pelo recebimento de mensalidades do Baú da Felicidade, inscrição em concursos e comercialização de revistas e apostilas.

Na época do julgamento, os Correios previam um passivo de R$ 13,5 bilhões com a discussão relativa à cobrança de ISS e ICMS sobre serviços não incluídos no monopólio postal – envio de cartas, cartões postais e emissão de selos. A discussão sobre o imposto estadual estava na pauta de ontem do Supremo, mas não chegou a ser iniciada.

Há consenso de que os serviços sob monopólio e exclusividade dos Correios têm imunidade tributária recíproca, prevista no artigo 150 da Constituição Federal. No julgamento do ISS, porém, cinco ministros consideraram descabido estender a garantia para os serviços realizados por meio de concorrência, sob o risco de dar um tratamento privilegiado à ECT. “A Constituição é clara. Qualquer ente estatal ou privado que exerce atividades com fins lucrativos não pode ter benefício da imunidade recíproca”, disse na época o relator, ministro Joaquim Barbosa, citando o caso de outra estatal, a Infraero. Segundo ele, a empresa cede a particulares terrenos “em locais dos mais privilegiados”, beneficiando-os com a imunidade tributária. “Não pagam um tostão de imposto.”

viaPlacar foi apertado em julgamento sobre ISS | Valor Econômico.

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Fisco orienta sobre compensação de créditosPublicado em 13 de outubro de 2014 por Marina Freitas

Por Laura Ignacio | De São Paulo

Os créditos tributários reconhecidos por sentença judicial final – que permite a compensação apenas com tributos da mesma espécie (PIS com PIS, por exemplo) – podem ser utilizados para quitar qualquer tributo administrado pela Receita Federal, se existir norma posterior ao trânsito em julgado que assegure essa possibilidade. Nesse caso, créditos do PIS poderiam ser usados para pagar débitos de Cofins.

O mesmo é válido quando a decisão judicial não tiver sido fundamentada em legislação em vigor na data do trânsito em julgado, que seja restritiva. Mas se houver nova legislação que imponha restrições à compensação, a norma deverá ser observada.

Esse é o entendimento da Receita Federal, segundo a Solução de Consulta nº 279, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit). A norma serve de orientação para fiscais de todo o país.

No caso concreto, que levou à edição da solução de consulta, uma prestadora de serviços de transporte coletivo de passageiros impetrou mandado de segurança para pedir a compensação de créditos do Finsocial e conseguiu decisão judicial que autoriza a compensação com a Cofins. Porém, esclareceu não ter débitos de Cofins.

“Caso o pedido inicial formulado em juízo tenha-se fundado na redação original do artigo 74 da Lei nº 9.430, de 1996, e nenhuma das decisões exaradas tenha apreciado o pedido com base na legislação posterior (rechaçando a possibilidade de compensação mais abrangente), pode-se admitir que o contribuinte venha a efetuar a compensação de seus créditos com quaisquer tributos administrados pela Receita – à exceção dos vedados pelo parágrafo terceiro do artigo 74 da Lei nº 9.430, de 1996, e pela IN nº 1.300, de 2012″, diz a solução de consulta da Cosit.

O artigo 74 original da Lei nº 9.430 determinava que a Receita “poderá autorizar a utilização de créditos a serem a ele restituídos ou ressarcidos para a quitação de quaisquer tributos e contribuições sob sua administração”. Seu parágrafo terceiro veda a compensação com uso da restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), de débitos apurados na Declaração de Importação, débitos já enviados para inscrição na Dívida Ativa e débito consolidado em parcelamento da Receita, que já tenha sido objeto de compensação homologada ou relativo a pedido de restituição já indeferido. A IN 1.300 estabelece o procedimento para a realização da compensação.

A orientação da solução de consulta do Fisco também é importante em razão da nova possibilidade de ressarcimento antecipado de créditos de PIS e de Cofins, segundo a Lei nº 12.865, de 2013. De acordo com a Instrução Normativa da Receita Federal nº 1.497, que regulamentou a lei, essa alternativa aplica-se unicamente aos créditos que não tenham sido compensados com débitos próprios, relativos a tributos administrados pela Receita, ao fim de cada trimestre.

Fonte: Valor Econômico

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Contribuintes que já pagam o Refis têm direito a certidão negativa Contribuintes que já começaram os pagamentos do parcelamento do Refis da Crise têm direito à certidão de regularidade fiscal. A certidão é condição essencial ao exercício das atividades do plano de saúde ou cooperativa de trabalho médico. A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região

No caso, a Unimed de Blumenau discutia com a Fazenda Nacional o prazo para adesão ao plano de parcelamento. A Lei 12.865/2013 reabriu prazo para adesão ao parcelamento da Lei 11.941/2009. E foi nesse novo prazo que a Unimed entrou no Refis.

A Fazenda alegou que a Unimed não prestou as informações necessárias no prazo e assim, não teria cumprido as disposições das Portarias Conjuntas PGFN/RFB 06/2009 e 02/2011, as quais estabelecem os critérios para consolidação do parcelamento, em relação ao prazo e à forma.

Por outro lado, a Unimed Blumenau, representada pelo advogado Fabio Artigas Grillo, afirmou que tem direito à certidão de regularidade fiscal. Argumenta que atendeu aos requisitos legais exigidos para a migração dos débitos previdenciários remanescentes do Paes para o parcelamento nos moldes da Lei 11.941/2009. Diz ainda que a Lei 12.865/13 reabriu o Refis da Crise, alterando os prazo da Lei 11.941/2009.

O relator, desembargador Otávio Pamplona, levou em consideração o princípio da proteção à confiança e boa-fé da empresa que consultou a repartição fiscal, tendo sida orientada a buscar tal solução.

A decisão cita ainda a natureza fundamental do direito à saúde e a participação da iniciativa privada em colaboração ao SUS nas ações e serviços de saúde. A decisão foi unânime.

 DCI SP

Reajuste da tabela do IRPFO governo sempre usou dessa artimanha de manter a base de cálculo do IPRF inalterável por longo tempo, com o fito de aumentar a arrecadação tributária sem previsão legal.

Kiyoshi Harada

Volta à baila a questão da atualização monetária da tabela do imposto de renda das pessoas físicas defendida pela parcela ponderável da nossa doutrina especializada, com base nos princípios da capacidade contributiva e da legalidade tributária.

O governo sempre usou dessa artimanha de manter a base de cálculo do IPRF inalterável por longo tempo, com o fito de aumentar a arrecadação tributária sem previsão legal.

Trata-se, sem dúvida, de uma atitude que não se harmoniza com os princípios éticos, de lealdade e da boa-fé que devem presidir a relação entre o fisco e o contribuinte. É tão condenável quanto a inflação

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sistemática alimentada no passado para obter maior volume de arrecadação, sem se preocupar com a perda do poder aquisitivo da moeda.

Entretanto, essa questão situa-se no plano da política tributária. O nível de imposição tributária é problema político e não jurídico, a menos que a tributação passe a ter caráter confiscatório.

Tanto é assim que o governo federal sempre que pressionado a corrigir a tabela do IR o faz por meio de medida provisória embutindo um aumento tributário. Foi o que aconteceu com a MP nº 22/2002 em que se corrigiu a tabela e ao mesmo tempo elevou a CSLL. AMP nº 232/2004, por sua vez, aumentou de forma brutal o imposto de renda das prestadoras de serviços no bojo do texto legal que veio à luz para corrigir a tabela do IRPF. É que já se incorporou na rotina dos governantes a elevação da carga tributária do imposto de renda das pessoas físicas por uma das duas fórmulas: ostensivamente por meio de instrumento legislativo, e por omissão legislativa deixando que o tempo se encarregue do achatamento da tabela do imposto e consequentemente resultar no maior volume de arrecadação.

A correção monetária da base de cálculo por meio de ação judicial implica atividade legislativa por parte do Poder Judiciário, com ofensa ao princípio da separação dos poderes.

A fixação da base de cálculo está inteiramente submetida ao princípio de reserva legal. O Judiciário, quando muito, pode determinar que o Fisco proceda à atualização monetária da base de cálculo do IRPF, mas não pode, concretamente, eleger um dentre os vários índices de atualização para estabelecer a nova base de cálculo.

Sempre que isso aconteceu o governo tem reagido com aumento tributário por meio de instrumentos normativos, quer criando um tributo novo, como a CIDE, quer aumentando a alíquota dos tributos existentes, inclusive, valendo-se da elevação de alíquotas de impostos regulatórios, não submetidos ao princípio da legalidade no que diz respeito à alteração de alíquotas (II, IE, IPI e IOF). Até hoje nenhuma ação proposta contra a União por desvio de finalidade prosperou.

Em outras palavras, o mesmo Poder Judiciário que acolhe a ação concedendo a correção da base de cálculo do IRPF não tem sido capaz de barrar a elevação ilegal e inconstitucional de impostos regulatórios com desvio de finalidade, isto é, com objetivo nitidamente arrecadatório para compensar muito além do que a União deixou de arrecadar com a correção da base de cálculo do IRPF. Tem-se a impressão que o governo está sempre à espera de uma ação judicial da espécie a fim de encontrar um pretexto para o aumento da carga tributária.

Se fizermos um cálculo na ponta do lápis chegaremos à conclusão que estaremos perdendo mais do que ganhando com essa correção monetária imposta pelo Poder Judiciário, que não observa o princípio da anterioridade.

Depois de estimada a receita com base na legislação então vigente e incorporado o montante estimado de cada tributo na Lei Orçamentária Anual, fato superveniente que acarretar o desequilíbrio orçamentário deve ser compensado por mecanismos ao alcance do Executivo. E o aumento de impostos regulatórios, que estão livres do princípio da anterioridade, tem sido eleito para atuar como esse mecanismo alternativo, já que a redução de despesas inúteis e improdutivas que dão sustentação ao governo nunca foi sequer cogitada.

Link: http://www2.4mail.com.br/Artigo/Display/036257000000000

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ICMS – Estorno Parcial de Crédito do Imposto – Redução da Base de Cálculo de ProdutoBase de cálculo menor pode reduzir créditos de ICMS, define Plenário

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua posição segundo a qual a redução da base de cálculo equivale a uma isenção parcial, para fins de utilização de créditos do Imposto sobre Circulação de Bens e Mercadorias (ICMS).

A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635688, com repercussão geral reconhecida, no qual uma empresa do setor agrícola discute ação do fisco do Rio Grande do Sul que não reconheceu na integralidade créditos obtidos na comercialização de feijão.

Segundo a argumentação da empresa, as únicas hipóteses em que o fisco poderia deixar de reconhecer seus créditos acumulados na aquisição de insumos seria na não incidência ou na isenção, como determinado pela Constituição Federal, no artigo 155, parágrafo 2º, inciso II, alíneas “a” e “b”. Já o Estado do Rio Grande do Sul alega que a Lei estadual 8.820/1989, que reduziu a base de cálculo dos bens da cesta básica, determina a anulação proporcional dos créditos do ICMS, não existindo nenhum impedimento legal à norma.

Isenção parcial

O relator do RE, ministro Gilmar Mendes, mencionou precedente do STF no julgamento do RE 174478, em 2005, no qual foi rejeitado pedido de um contribuinte sobre o mesmo tema, sob o argumento de que a redução da base de cálculo do ICMS equivale a uma isenção parcial.

“Embora usando estrutura jurídica diversa, a redução de base de cálculo e de alíquota têm semelhante efeito prático, pois desoneram no todo ou em parte o pagamento do tributo”, afirmou Gilmar Mendes. Segundo o relator, na isenção total, que afasta a própria incidência do ICMS, e nas isenções parciais, tem-se a incidência e o nascimento da obrigação tributária, mas o valor é menor. “Alterar a hipótese, a base de cálculo ou a alíquota, pode significar adotar um caminho diferente para alcançar um mesmo objetivo, que é eximir o contribuinte do pagamento do tributo, em todo ou em parte” sustenta.

O ministro também abordou Convênio 128/1994, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autoriza os estados a reduzir a carga tributária da cesta básica e, ao mesmo tempo, os autoriza a reconhecer a integralidade dos créditos referentes às operações. A despeito da autorização do convênio, disse o ministro Gilmar Mendes, não consta que a legislação estadual do Rio Grande do Sul tenha efetivamente previsto a manutenção integral dos créditos, pelo contrário, determinou sua anulação parcial. “O convênio é condição necessária, mas não suficiente para o aproveitamento dos créditos. É meramente autorizativo.”, concluiu.

Divergência

O voto do ministro Gilmar Mendes foi acompanhado pela maioria dos ministros, vencido o ministro Marco Aurélio, que garantia ao contribuinte o creditamento do ICMS na integralidade. Isso porque, segundo o ministro Marco Aurélio, não havia no caso a possibilidade de o contribuinte optar pelo regime tradicional de tributação ou pela base de cálculo reduzida.

Na sessão de hoje, foi julgado em conjunto o RE 477323, de relatoria do ministro Marco Aurélio. O Plenário, por unanimidade, deu provimento ao recurso interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul.

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STF – 16.10.2014

Processos relacionados:RE 635688RE 477323

Revogada a multa inconstitucional por pedido de ressarcimento tributário indeferido pelo Fisco Revogação dos parágrafos 15 e 16 do artigo 74 da Lei nº 9.430/96, pela Medida Provisória nº 656/14

Publicado por Gustavo Costa Ferreira - 1 semana atrás

Desde seu nascimento com a Lei 12.249/10, os parágrafos 15, 16 e 17 da Lei 9.430/96 espantam a comunidade jurídica com sua flagrante inconstitucionalidade. Determinam os dois primeiros dispositivos a aplicação de multa de 50%, ou de 100% em caso de fraude, sobre o valor do crédito de pedido de ressarcimento feito pelo contribuinte e indeferido pelo Fisco Federal. O último prevê multa em virtude de declaração de compensação não homologada pela Fazenda.

Dito de outro modo, o legislador ordinário prescreveu punição ao contribuinte em razão de exercício regular do seu direito constitucional de petição, residente no art. 5, XXIV, a, da Constituição da Republica Federativa do Brasil. Esses dispositivos subvertem toda lógica jurídica ao cominarem sanções em virtude de exercício lícito de um direito, pois, como sabido, a ilicitude é pressuposto inarredável da sanção, sendo claro, a todas as luzes, que inexiste ilegalidade alguma em formular pedido à Administração Tributária.

A inconstitucionalidade é deveras patente, o que tem levados os juízes cultores da Constituição afastarem sua aplicação quando instados a manifestar pelos contribuintes vitimado por essa inconstitucionalidade. Nesse sentido, colaciona-se recente julgado do e. TRF 4ª Região, in verbis:

TRIBUTÁRIO. PEDIDO DE RESSARCIMENTO. CRÉDITOS DECORRENTES DE OPERAÇÕES DE EXPORTAÇÃO. APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NOS §§ 15 E 17 DO ART. 74 DA LEI Nº 9.430/96 E NOS INCS. I E IIDO § 2º DO ART. 3º DA PORTARIA MF Nº 348/10. INCONSTITUCIONALIDADE. Segundo jurisprudência deste Tribunal, firmada por ocasião do julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade n.º 5007416-62.2012.404.0000, é inconstitucional a aplicação da multa prevista nos §§ 15 e 17 do art. 74 da Lei 9.430/96, por ofensa ao disposto no art. 5º, inc. XXXIV, alínea a, da Constituição Federal e ao princípio da proporcionalidade.

(TRF-4 - APELREEX: 50172244020124047001 PR 5017224-40.2012.404.7001, Relator: OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA, Data de Julgamento: 26/11/2013, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: D. E. 28/11/2013)

A repercussão geral do tema já foi reconhecida pelo plenário virtual do Supremo Tribunal Federal em maio deste ano (RE 796.939 RG) e aguarda julgamento.

A boa notícia é que a novel Medida Provisória nº 656 , de 7 de outubro de 2014, em seu artigo 56, revogou imediatamente os parágrafos 15 e 16 do artigo 74 da Lei nº 9.430 /96. Entretanto, persiste ainda a multa

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prevista no parágrafo 17 do indigitado dispositivo na hipótese de não homologação de declaração de compensação, tendo referida medida provisória limitado a readequar sua redação à revogação dos parágrafos 15 e 16 acima citados. Nesse quadrante, o parágrafo 17 do art. 174, da Lei nº 9.430/96, passa a vigorar com a seguinte redação “Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do débito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo.”

Independentemente disso, valioso rememorar que a inovação, se convertida em lei, terá efeitos retroativos aos contribuintes vítimas da inconstitucionalidade debatida, haja vista ser aplicável a lei tributária a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração, nos termos do art. 106, II, a, do Código Tributário Nacional. No que atine às multas já definitivamente julgadas na via administrativa, resta ao contribuinte socorrer-se ao Judiciário a fim de afastá-las tendo em conta sua inelutável inconstitucionalidade.

Em vista disso, conquanto incompleta, a inovação é louvável e merece elogios. Quanto à multa aplicada por declaração de compensação não homologada, resta-nos aguardar o julgamento da matéria pelo Suprema Corte Brasileira. Por último, a fim de que se restaure parcialmente a ordem constitucional violada, esperemos que a Medida Provisória 656 seja convertida em lei, como demandam as formalidades.

por Gustavo Costa Ferreira, advogado especialista em Direito Tributário e Direito Público, sócio do Costa Ferreria & Hayashi – Advocacia e Consultoria.

Entendimento da Receita sobre tributação de créditos do Reintegra é questionávelPublicado em 15 de outubro de 2014 por Marina Freitas

Por Fernanda Rodrigues Santana e Najara Soares Ciochetta

A Receita Federal do Brasil publicou no Diário Oficial da União do dia 30 de setembro a Solução de Consulta Cosit 240, a qual consolidou o entendimento de que os valores dos créditos apurados pelos exportadores no âmbito do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Reintegra) devem ser tributados para fins de IRPJ e CSLL.

O Reintegra foi inserido no sistema tributário por meio da Lei 12.546/2011, que decorreu da conversão da Medida Provisória 540/2011, com o objetivo de reintegrar valores referentes aos custos tributários federais residuais da cadeia produtiva de bens manufaturados.

Para tanto, concedeu um crédito para as empresas exportadoras no percentual de 3% sobre a receita decorrente da exportação, o qual poderia ser objeto de compensação ou ressarcimento.

De acordo com a referida Solução de Consulta, a Receita Federal entendeu que estes créditos têm natureza de subvenção governamental e, por este motivo, devem ser considerados no lucro operacional da empresa, sofrendo, consequentemente, a incidência do IRPJ e da CSLL, conforme disposto no artigo 392 do Decreto 3.000/99 (Regulamento do Imposto de Renda).

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Apesar deste entendimento, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região já se manifestou no sentido de que a natureza dos créditos do Reintegra é de incentivo fiscal e não de subvenção, sob o fundamento de que na subvenção ocorre a transferência de recursos pelo Estado ao contribuinte, o que não ocorre com o crédito do Reintegra. Portanto, não seria devido IRPJ e CSLL sobre tais valores.

Em verdade, o crédito do Reintegra foi instituído como incentivo fiscal com objetivo de reduzir os custos tributários residuais suportados pelo exportador na cadeia produtiva de bens manufaturados e com a finalidade de estimular as exportações.

Importante lembrar que o IRPJ e a CSLL incidem sobre a disponibilidade econômica ou jurídica da renda oriunda do capital e do trabalho e proventos de qualquer natureza, desde que haja acréscimo patrimonial, de acordo com o previsto na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional. Assim, considerando que o crédito do Reintegra não se subsume a hipótese de incidência dos tributos em questão, não há que se falar em tributação de IRPJ e CSLL, pois (i) não se trata de renda de capital e do trabalho; (ii) não há acréscimo patrimonial mas sim transferência patrimonial, ou seja, não há receita ou rendimento posto que esta deriva de uma ação de terceiro, de caráter gratuito e não oneroso, sem a necessidade de contraprestação da pessoa jurídica, não importando em renda ou provento desta.

Além disso, insta destacar que se o objetivo da Lei que instituiu o referido benefício fiscal é reintegrar valores referentes aos custos tributários federais residuais da cadeia produtiva de bens, tributar essesvalores acarretará em diminuição da eficácia do diploma legal, já que com a tributação do crédito do Reintegra reduzirá o valor do incentivo fiscal de 3% para 1,98% (considerando a incidência de 34% de IRPJ e CSLL), providência que contraria o próprio espírito da lei de ressarcir os custos tributários residuais na exportação.

Neste sentido, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região já se pronunciou em favor do contribuinte quando afirmou que deve prevalecer a intenção do legislador constituinte de desonerar as exportações, mediante a criação de benefício fiscal. Não se pode admitir que o fisco diminua um benefício que foi concedido e está garantido em lei, sob pena de violar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Não suficiente, a MP 651/14, que reestabeleceu o Reintegra, trouxe expressamente que o valor do crédito apurado do Reintegra não será computado na base de cálculo do IRPJ e CSLL, a qual foi devidamente regulamentada através do Decreto 8.304/2014.

Ou seja, a lei deve ser interpretada de forma teleológica e sistemática, para que os fins da norma sejam respeitados e garantidos em sua integralidade, bem como observado o disposto na Constituição Federal.

Desta forma, a interpretação dada pela Receita Federal em relação a natureza jurídica dos créditos do Reintegra e sua consequente tributação para fins de IRPJ e CSLL é totalmente questionável, já que parte da jurisprudência não coaduna com tal posicionamento, assim como resulta em afronta a Constituição Federal e a Lei instituidora do referido benefício fiscal.

Fonte: ConJur

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Será o Convênio 70/14 a efetiva solução para a guerra fiscal?Publicado em 15 de outubro de 2014 por Marina Freitas

Há quem lhe seja absolutamente contrário, em razão dos efeitos maléficos que alegadamente causa à economia. Há, por outro lado, em posição diametralmente oposta, quem a defina como principal instrumento para a diminuição das desigualdades socioeconômicas entre as unidades que compõem a federação brasileira. O fato é que a guerra fiscal tem sido objeto de intensos debates nas últimas décadas e, ainda assim, por falta de uma solução a contento, sempre representou um dos principais obstáculos a que a tão esperada reforma tributária saia do papel.

Realmente, se forçarmos um pouco a memória, vemos que, desde a PEC 175/95, conhecida como a proposta do “barquinho”, porque alternava um IVA estadual nas operações internas com um IVA federal, nas interestaduais, alguns projetos foram apresentados ao Congresso Nacional com o objetivo de realizar a referida reforma, mas sempre esbarraram, entre outras questões, na impossibilidade de solucionar a questão relativa à adoção de medidas que normatizassem adequadamente a concessão de benefícios fiscais por parte dos estados.

A questão não é simples. De um lado, temos a federação brasileira, marcada por profundo desequilíbrio econômico, que leva a que mais de 51% do PIB nacional estejam concentrados em apenas três Unidades da Federação: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. De outro lado, temos o ICMS, que apresenta absoluta relevância no cenário econômico nacional, que está no topo da lista daqueles que geram maior arrecadação[1] e é a “arma” mais utilizada nessa guerra, por meio da criação dos respectivos benefícios fiscais.

Como é notório, com fundamento em dispositivo constitucional segundo o qual cabe à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados (artigo 155, parágrafo segundo, XII, “g”), a Lei Complementar 24/1975 outorga poderes ao Confaz para, mediante deliberações unânimes, aprovar previamente os benefícios fiscais no âmbito do ICMS a serem criados por cada unidade da federação.

A necessidade de deliberação unânime para a celebração desses convênios, à época em que editada a LC 24/75, não chegava a representar verdadeiro óbice à viabilização dessas aprovações, tendo em vista que vivíamos em uma ditadura e o Confaz, presidido pelo Ministro da Fazenda, era composto por representantes dos estados cujos governadores eram todos indicados pelo Governo Federal. Não havia, assim, muita dificuldade em se obter o requerido consenso absoluto.

Com a redemocratização do país, no entanto, a necessidade de unanimidade passou a ser, pela dificuldade da sua obtenção, um dos grandes entraves a que o sistema de aprovação prévia em convênio produzisse o resultado esperado, que era o de manter sob controle a guerra fiscal.

Consequentemente, os estados passaram a conceder benefícios fiscais das mais diversas naturezas sem a referida aprovação, e os nossos tribunais superiores, principalmente o STF, passaram a reiteradamente declará-los inconstitucionais em dezenas de precedentes, formando, assim, jurisprudência absolutamente pacífica no sentido de que benefícios criados sem a prévia autorização do Confaz seriam inválidos e não produziriam qualquer efeito.

Em razão dessa jurisprudência, o STF examina a possibilidade de editar súmula vinculante cujo texto proposto determina ser inconstitucional “qualquer isenção, incentivo, redução de alíquota ou de base de

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cálculo, crédito presumido, dispensa de pagamento ou outro benefício fiscal relativo ao ICMS, concedido sem prévia autorização em convênio celebrado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)”.

Ao mesmo tempo, já tramitaram no Congresso Nacional diversos projetos que visavam acabar com a regra de unanimidade prevista na LC 24/75. A título ilustrativo, citamos o Projeto de Lei Complementar do Senado (PLS) 170/12, que está pendente de análise pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) do Senado Federal.

No âmbito do Confaz, foi recentemente editado o Convênio 70/14, pelo qual 21 unidades da federação (Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal) simplesmente declaram, de forma absolutamente não usual, que, quando forem discutidas no âmbito do referido órgão as regras que venham a conceder remissão e anistia relativamente ao ICMS e acréscimos devidos e não pagos em razão de benefícios criados sem a prévia aprovação em Convênio, os termos constantes do texto identificado como anexo único ao Convênio ICMS 70/14 serão por elas observados.

Não se trata, portanto, de convênio que, nos termos da Lei Complementar 24/75, efetivamente estabeleça regras relativas à concessão de benefícios fiscais. O Convênio 70/14 nada mais é do que mero protocolo de intenções celebrado por determinados estados para demonstrar qual será a sua posição quando a matéria vier a ser efetivamente discutida no âmbito do Confaz.

Tanto assim, que os dispositivos que fundamentam a sua edição não são os da Lei Complementar 24/75 (cujo texto, como visto, tornaria necessário que tivesse havido deliberação unânime), mas os artigos 102 e 199 do Código Tributário Nacional, que preveem a possibilidade de celebração de convênios para os casos de reconhecimento de extraterritorialidade da legislação tributária em vigor nas unidades da federação e para estabelecer regras de assistência em fiscalizações e troca de informações entre elas (matérias que, aliás, nada têm a ver com o que foi regulado no Convênio 70/14, em exame).

O anexo único prevê regras bastante interessantes para a concessão de anistia e remissão dos créditos tributários relativos a incentivos e benefícios fiscais e financeiro-fiscais concedidos unilateralmente pelas unidades federadas, bem como para a sua reinstituição. Seguem as principais:

(a) anistia e remissão dos créditos tributários relativos a benefícios fiscais não previamente aprovados pelo Confaz;

(b) fixação de prazo (90 dias) para as unidades federadas publicarem a relação de todos os atos normativos relativos aos benefícios fiscais por elas criados, e respectivo registro junto ao Confaz, sem o que as normas do convênio serão inaplicáveis;

(c) permissão às Unidades da Federação para que continuem a aplicar os benefícios fiscais objeto do registro acima referido por prazos específicos que variam de acordo com a atividade econômica de que se cuide, e para que possam aderir aos que forem concedidos ou prorrogados por outra unidade federada da mesma região;

(d) determinação de que tais regras não conferem ao contribuinte direito de restituição ou compensação do ICMS que tenha sido recolhido em favor de qualquer unidade federada; nem direito ao crédito destacado em documento fiscal e não escriturado, relativo aos incentivos fiscais remitidos ou anistiados (regra essa de legalidade duvidosa);

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A questão que certamente será o grande empecilho à aplicação dessas regras (mesmo que venham a ser aprovadas pelo Confaz) é o fato de que o próprio Convênio condiciona essa aplicação à edição de: (a) Emenda Constitucional que promova a repartição do ICMS entre o estado de origem e o de destino que destinem bens/serviços a consumidor final não contribuinte do imposto; (b) leis complementares que instituam fundos federativos e que afastem a aplicação de normas específicas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000); (c) legislação que crie novos critérios de atualização monetária para os contratos de refinanciamento celebrados entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios; e (d) Resolução do Senado Federal que estabeleça a redução gradual das alíquotas interestaduais de ICMS;

A imposição dessa condição, que envolve nada mais nada menos do que a aprovação de uma emenda constitucional, duas leis complementares, uma lei ordinária e uma resolução do Senado, além do próprio convênio (para o que, como dito, será necessária unanimidade de votos[2]) inviabiliza, na prática, a aplicação dessas regras de remissão e anistia, que são absolutamente essenciais para que o STF possa editar a Súmula Vinculante antes referida. De fato, sem esse perdão fiscal, a edição dessa Súmula promoverá verdadeiro caos econômico e absoluta insegurança jurídica, tamanho é o volume de benefícios fiscais que foram criados pelos mais diversos estados sem a prévia aprovação do Confaz.

Isso nos deixa muito desesperançosos quanto à possibilidade de que a solução para esse enorme problema (Guerra Fiscal) venha a ser dada em curto espaço de tempo, como é inquestionavelmente necessário.

Melhor seria que focássemos na criação de um IVA federal, que acabaria não só com esse, mas com diversos outros problemas relacionados à incidência do nosso velho ICMS.

[1] Sobre o tema, citamos estudo do IBPT, disponível no link abaixo: https://www.ibpt.org.br/img/uploads/novelty/estudo/559/CargaTributaria2012IBPT.pdf[2] Alertamos que tramita no Congresso Nacional o PLS 130/2014, que, em sua redação atual, visa excetuar a regra de unanimidade especificamente para a criação de remissões/anistias e para a reinstituição de benefícios fiscais.

Fonte: ConJur

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Princípios Constitucionais da Administração Pública Publicado por Qual Concurso - 2 dias atrás

Os princípios encontrados em nossa Constituição Federal são: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Esses apresentados, são referentes à administração pública. Todos eles estão presentes no artigo 37 da Constituição Federal.

Legalidade

A Legalidade está no alicerce do Estado de Direito, no princípio da autonomia da vontade. Baseia-se no pressuposto de que tudo o que não é proibido, é permitido por lei. Mas o administrador público deve fazer as coisas sob a regência da lei imposta. Portanto, só pode fazer o que a lei lhe autoriza.

Impessoalidade

A imagem de Administrador público não deve ser identificada quando a Administração Pública estiver atuando. Outro fator é que o administrador não pode fazer sua própria promoção, tendo em vista seu cargo, pois esse atua em nome do interesse público. E mais, ao representante público é proibido o privilégio de pessoas específicas. E deve tratar todos igualmente.

Moralidade

Esse princípio tem a junção de Legalidade com Finalidade, resultando em Moralidade. Ou seja, o administrador deve trabalhar com bases éticas na administração, lembrando que não pode ser limitada na distinção de bem ou mal. Não se deve visar apenas esses dois aspectos, adicionando a ideia de que o fim é sempre será o bem comum. A legalidade e finalidade devem andar juntas na conduta de qualquer servidor público, para o alcance da moralidade.

Publicidade

Na Publicidade, o gerenciamento deve ser feito de forma legal, não oculta. A publicação dos assuntos é importante para a fiscalização, o que contribui para ambos os lados, tanto para o administrador quanto para o público. Porém, a publicidade não pode ser usada de forma errada, para a propaganda pessoal, e, sim, para haver um verdadeiro controle social.

Eficiência

O administrador tem o dever de fazer uma boa gestão, é o que esse princípio afirma. O representante deve trazer as melhores saídas, sob a legalidade da lei, bem como mais efetiva. Com esse princípio, o administrador obtém a resposta do interesse público e o Estado possui maior eficácia na elaboração de suas ações.

Segundo Grupo

Dados tais princípios, pertencentes ao chamado 1º grupo, da administração pública. Agora vem o 2º grupo, que são os explícitos ou implícitos no texto constitucional, além dos que estão no art. 37.

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Interesse Público

O princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado é intimamente unido em toda e qualquer sociedade organizada. Segundo a própria CF, “todo o poder emana do povo”, por isso, o interesse público irá trazer o benefício e bem-estar à população.

Princípio da Finalidade

É dever do administrador público buscar os resultados mais práticos e eficazes. Esses resultados devem estar ligados as necessidades e aspirações do interesse do público.

Princípio da Igualdade

No art. 5º da CF, prevê-se que todos temos direitos iguais sem qualquer distinção. Para o administrador não é diferente. Ele não pode distinguir as situações. Sendo obrigado, por lei, a agir de maneira igual em situações iguais e desigual em situações desiguais.

Boa-fé

A boa fé incorpora o valor ético da confiança. Confiança na forma de atuação que cabe esperar das pessoas com que nos relacionamos. É no âmbito das relações jurídico-administrativas que esse modo de atuar é esperado pela Administração Pública, em respeito ao administrado, e do administrado em relação à Administração Pública.

De fato, a confiança visa evitar que as pessoas sejam surpreendidas por modificações no direito positivo ou na conduta do Poder Público, que possam ferir direitos devidamente constituídos oriundos até mesmo de atos administrativos manifestamente ilegais, ou frustrar-lhes expectativas alimentadas pelo próprio Poder Público.

Motivação

Para todas as ações dos servidores públicos, deve existir uma explicação, um fundamento de base e direito. O princípio da Motivação é o que vai fundamentar todas as decisões que serão tomadas pelo agente público.

Razoabilidade e da Proporcionalidade

As competências da administração pública devem ser feitas proporcionalmente, sendo ponderadas, segundo as normas exigidas para cumprimento da finalidade do interesse público.

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ICMS – Demonstração e Mostruário13/10/2014 Deixe um comentário

Demonstração

Considera-se demonstração a operação pela qual o contribuinte remete mercadorias a terceiros, em quantidade necessária para se conhecer o produto, desde que retornem ao estabelecimento de origem em 60 dias.

Na saída de mercadoria destinada a demonstração, o contribuinte deverá emitir nota fiscal que conterá, além dos demais requisitos, as seguintes indicações:

I – no campo natureza da operação: Remessa para Demonstração;

II – no campo do CFOP: o código 5.912 ou 6.912, conforme o caso;

III – do valor do ICMS, quando devido;

IV – no campo Informações Complementares: Mercadoria remetida para demonstração.

O trânsito de mercadoria destinada a demonstração, em todo o território nacional, deverá ser efetuado com a nota fiscal desde que a mercadoria retorne no prazo previsto.

Considera-se operação com mostruário a remessa de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, desde que retorne ao estabelecimento de origem em 90 dias.

Não se considera mostruário aquele formado por mais de uma peça com características idênticas, tais como, mesma cor, mesmo modelo, espessura, acabamento e numeração diferente.

Na hipótese de produto formado por mais de uma unidade, tais como, meias, calçados, luvas, brincos, somente será considerado como mostruário se composto apenas por uma unidade das partes que o compõem.

O prazo poderá ser prorrogado, por igual período, a critério da unidade federada de origem da mercadoria.

Na saída de mercadoria destinada a mostruário o contribuinte deverá emitir nota fiscal indicando como destinatário o seu empregado ou representante, que conterá, além dos demais requisitos, as seguintes indicações:

I – no campo natureza da operação: Remessa de Mostruário;

II – no campo do CFOP: o código 5.949 ou 6.949, conforme o caso;

III – do valor do ICMS, quando devido, calculado pela alíquota interna da unidade federada de origem;

IV – no campo Informações Complementares: Mercadoria enviada para compor mostruário de venda.

O trânsito de mercadoria destinada a mostruário, em todo o território nacional, deverá ser efetuado com a nota fiscal prevista desde que a mercadoria retorne no prazo previsto.

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O disposto aplica-se, ainda, na hipótese de remessa de mercadorias a ser utilizadas em treinamentos sobre o uso das mesmas, devendo na nota fiscal emitida constar:

I – como destinatário: o próprio remetente;

II – como natureza da operação: Remessa para Treinamento;

III – do valor do ICMS, quando devido, calculado pela alíquota interna da unidade federada de origem;

IV – no campo Informações Complementares: os locais de treinamento.

Retorno

No retorno das mercadorias, o contribuinte deverá emitir nota fiscal relativa a entrada das mercadorias.

O disposto não se aplica nos casos em que a remessa da mercadoria em demonstração seja para contribuinte do ICMS, hipótese em que este deverá emitir nota fiscal com o nome do estabelecimento de origem como destinatário.

Base: Ajuste SINIEF 08/2008.

STF: icms deve ser deduzido da base de calculo da cofinsFoi concluído no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (8), o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 240785, no qual se discute a constitucionalidade da inclusão do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

postado 13/10/2014 09:10 - 667 acessos

Foi concluído no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (8), o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 240785, no qual se discute a constitucionalidade da inclusão do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) .

Os ministros, por maioria, deram provimento ao recurso do contribuinte, uma empresa do setor de autopeças de Minas Gerais, garantindo a redução do valor cobrado a título de Cofins. Nesse caso, a decisão vale apenas para as partes envolvidas no processo.

A retomada do julgamento foi precedido por pedido do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para que a apreciação do recurso ocorresse em conjunto com a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 18 e o RE 574706 (com repercussão geral reconhecida), ambos sobre o mesmo tema e com impacto para todos os contribuintes.

De acordo com Adams, mesmo não tendo repercussão geral, eventual decisão no RE 240785 poderia ser uma sinalização para os demais interessados. Uma sinalização talvez equivocada, sustentou o advogado-

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geral, já que o resultado do julgamento de hoje pode não se repetir no julgamento da ADC 18, uma vez que muitos votos foram proferidos por ministros que já não mais compõem o Tribunal.

Contudo, a Corte não acolheu a proposta por entender que o caso concreto começou a ser julgado há bastante tempo e conta com posições firmadas em votos já proferidos. Para o relator do caso, ministro Marco Aurélio, a demora para a solução do caso justificava prosseguir com o julgamento do RE 240785. O ministro afirmou haver demora excessiva para julgar o RE, que começou a ser apreciado há mais de quinze anos. “Urge, sob pena de um desgaste para o Supremo, ultimar a entrega da prestação jurisdicional às partes”, ressaltou o relator.

Decano

Acompanhando o entendimento do relator – favorável ao contribuinte –, o ministro Celso de Mello proferiu hoje voto em que destacou as limitações constitucionais ao poder de tributar. Segundo o ministro, o exercício do poder de tributar deve submeter-se aos modelos jurídicos estabelecidos pela Constituição Federal, que fixa limites à atuação do Estado.

“Não constitui demasia reiterar a advertência de que a prerrogativa de tributar não outorga o poder de suprimir ou inviabilizar direitos constitucionais assegurados ao contribuinte. Este dispõe de um sistema de proteção destinado não a exonerá-lo do dever de pagar tributos, mas destinado a ampará-lo quanto a eventuais excessos ou ilicitudes cometidas pelo poder tributante”, afirmou o decano.

Divergência

Em seu voto-vista proferido na sessão desta quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes foi favorável à manutenção do ICMS na base de cálculo da Cofins, acompanhando a divergência aberta pelo ministro Eros Grau (aposentado). No entendimento do ministro Gilmar Mendes, o conceito de receita bruta ou faturamento é o total recebido pelo contribuinte nas vendas de bens e serviços, e as exceções a essa regra devem estar previstas na legislação.

Ao contrário dos tributos sobre receita líquida, como o Imposto de Renda, que suporta deduções, os impostos sobre faturamento ou receita bruta não possuem exclusões. “A exclusão da base de cálculo sem previsão normativa constitui ruptura no sistema da Cofins. Se excluída a importância do ICMS, porque não retirar o Imposto Sobre Serviços (ISS), do Imposto de Renda (IR), do Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), taxas de fiscalização, do Programa de Integração Social (PIS) , da taxa do Ibama, da base de cálculo da Cofins? ”, indagou o ministro.

“Incentivar engenharias jurídicas só desonera o contribuinte no curto prazo, e só incentiva o Estado a criar novos tributos. Ou alguém duvida que a exclusão levará ao aumento de alíquota para fazer frente às despesas”, afirmou.

STF – 08.10.2014

Fonte: STF

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O que é governança corporativa? Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:46 hs.

17/10/2014 - ECONOMIA & NEGÓCIOS

Quatro princípios são fundamentais: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa

Pilares da governança: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa

Princípios da governança: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade

Ian Gastim e Malena Oliveira

Governança corporativa é um tema em evidência no Brasil e no mundo quando se fala em eficiência e transparência na gestão de uma empresa. Por tratarem, em linhas gerais, das melhores práticas para administrar um negócio, os conceitos de boa governança tornaram-se fundamentais para avaliar os riscos e o retorno de um investimento.

Companhias que notadamente colocam em prática esses conceitos são mais valorizadas e têm mais facilidade para captar recursos. Ao mesmo tempo, ao aplicar bem esses recursos, constroem boa reputação e se consolidam no mercado. Esse processo é chamado de criação de valor.

Apesar de as discussões sobre o tema terem começado no contexto das grandes companhias de capital aberto, elas também têm peso em sociedades fechadas, pequenas e médias empresas, e até em organizações estatais e do terceiro setor.

Todas as empresas possuem um estatuto social no qual podem ser encontradas as diretrizes, os valores e as pretensões de cada uma delas. É a partir dessas definições e de seu cumprimento na prática que se observa o nível de governança de uma entidade. Estes são conceitos que, portanto, estão profundamente ligados à imagem de uma companhia.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as bases da boa governança variam de acordo com o ambiente corporativo – regulatório e social – em que as organizações estão inseridas. Quatro princípios, no entanto, são fundamentais:

1) Transparência: as decisões e os processos devem se dar de maneira clara para os públicos com os quais a organização se relaciona – clientes, fornecedores, investidores, governo, sociedade -, os chamados stakeholders;

2) Equidade: todos os interessados nos negócios devem participar e ser tratados de maneira igualitária;

3) Prestação de contas (accountability): a organização deve prestar contas de seu trabalho, não só em relação aos recursos financeiros que administra, mas também em relação ao papel que exerce junto aos stakeholders;

4) Responsabilidade corporativa: uma visão mais ampla da atuação da organização em seu contexto social.

A adoção desses princípios é voluntária e vai além das exigências legais. No caso das IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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empresas de capital aberto, que precisam prestar contas a seus acionistas publicamente, a estrutura organizacional é pensada de maneira a respeitar esses quatro pilares. Quanto mais fiel for a companhia a essas diretrizes, melhor ela será vista pelo mercado.

Dessa maneira, o trabalho dos administradores de uma organização com ações em bolsa é dividido em vários comitês, que são regidos por um conselho de administração e auditados por um conselho fiscal.

O conselho de administração é formado por representantes de todos os interessados nos negócios da empresa (proprietários ou controladores, acionistas e colaboradores) e têm a responsabilidade de tomar as decisões mais importantes.

O conselho fiscal tem o papel de verificar as contas da empresa e oferecer um parecer aos acionistas sempre que solicitado. Quanto mais independente o órgão for do conselho de administração, mais transparente aos olhos do mercado será a gestão da companhia.Fonte: O ESTADO DE S.PAULO

Simples nem sempre é melhor regime tributário para pequenosA escolha do regime tributário é fundamental para o sucesso de um negócio. Por isso, o empreendedor não pode fugir da calculadora

A ampliação do acesso ao Simples Nacional a todo o setor de serviços a partir de 2015, aprovada em julho pelo Senado, está mexendo com o planejamento tributário de pequenas empresas e profissionais liberais no Brasil. Como o Simples Nacional é um regime de arrecadação de impostos aparentemente menos complicado, muitos empreendedores que passarão a ter acesso a essa modalidade estão correndo para mudar a categoria de tributação em que estão registrados. Mas antes de tomar qualquer decisão é preciso parar e fazer muito bem as contas. O Simples nem sempre é a melhor opção, afirma o contador José Maria Chapina Alcazar, presidente da Seteco Consultoria Contábil e vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo.

"Ele é tão complexo como os outros sistemas. Há uma engenharia de cálculo. O Simples não é tão simples”, esclarece Alcazar. Por isso, os empreendedores não podem simplesmente ligar o “piloto automático” e achar que o Simples é o regime mais adequado de tributação para qualquer micro ou pequeno negócio. O empresário não pode ficar distante dos assuntos da contabilidade. “Tem de ter uma reunião todos os meses ou a cada três meses com o contador”, recomenda o presidente da Seteco. Só assim o proprietário vai saber o que é melhor para sua empresa no campo tributário. 

Pontos positivos

O Simples Nacional foi criado em 2006 como um regime de tributação diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Por meio desse sistema, o empresário paga todos os impostos que deve aos governos federal, estadual e municipal por meio de um único boleto, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Além disso, o

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regime unifica todas as contribuições em uma alíquota única, definida previamente de acordo com o ramo de atividade. 

“Hoje o Simples, de certa forma, é um dos regimes mais vantajosos para o empreendedor. O sistema é mais simplificado para o empresário e para o contador. Cada ramo de atividade tem uma tabela específica”, explica o consultor Thiago Santana, gerente tributário da consultoria Crowe Horwath Brasil. Ele lembra, no entanto, que é preciso analisar as particularidades de cada ramo de atividade e de cada negócio para escolher o melhor sistema. 

“O Simples é para quem está começando um negócio ou para quem tem o custo de folha de pagamento acima de 40% em relação ao faturamento”, analisa Alcazar. Mas em alguns casos é melhor considerar outros regimes tributários. 

Outras opções

Se a empresa não quiser optar pelo Simples, pode escolher entre dois outros regimes: o de tributação sobre Lucro Real ou sobre Lucro Presumido. No primeiro caso, os impostos incidem sobre o lucro obtido com o negócio, e não sobre a renda bruta, como acontece no Simples.  “Se deu lucro, paga o imposto. Se deu prejuízo, não paga nada”, afirma Alcazar. De acordo com ele, a tributação sobre Lucro Real, assim como o Simples, é indicada para empresas que estão começando. Mas é preciso calcular qual dos dois regimes vale mais a pena. 

Já a tributação sobre o Lucro Presumido, como diz o nome, incide sobre uma estimativa do faturamento futuro da empresa. Assim, o empresário estipula uma taxa de lucro – 8%, por exemplo – que espera ter nos meses seguintes e paga imposto sobre esse percentual. Esta opção é vantajosa se o lucro real for superior à estimativa. “Se a empresa ficou no prejuízo, não tem vantagem. Mas se lucrou mais de 8%, vale a pena”, afirma Alcazar. 

Por tudo isso, o presidente da Seteco diz que não existe uma fórmula pronta para escolher o melhor regime tributário para uma empresa. Como a opção por uma modalidade não pode ser mudada ao longo do ano, o empreendedor não pode fugir da calculadora e precisa pesar bem os prós e os contras de cada regime. “É importante fazer o planejamento para 2015. Faça uma reunião com seu contador, veja a tendência do mercado, faça simulações e tome a decisão em janeiro”, aconselha Alcazar. 

O risco de não dar a devida atenção ao assunto é grande. Segundo Thiago Santana, da Crowe Horwath Brasil, a escolha de um regime errado pode levar até ao fim de um negócio.

Link: http://economia.terra.com.br/vida-de-empresario/simples-nem-sempre-e-melhor-regime-tributario-para-

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Mais de 650 mil empresas deverão atualizar os certificados digitaisHá três anos, pessoas jurídicas de todo o País iniciaram uma verdadeira maratona para conseguir, junto às Autoridades Certificadoras, o certificado digital, uma espécie de Documento Eletrônico de Identidade extremamente seguro e eficaz, o qual garante a integridade das informações que trafegam na internet e identificação da origem e do destino

Danielle Ruas

Há três anos, pessoas jurídicas de todo o País iniciaram uma verdadeira maratona para conseguir, junto às Autoridades Certificadoras, o certificado digital, uma espécie de Documento Eletrônico de Identidade extremamente seguro e eficaz, o qual garante a integridade das informações que trafegam na internet e identificação da origem e do destino. Passado esse período, a estimativa é de que aproximadamente 650 mil certificados digitais emitidos em 2011, com validade de três anos, devem ser revogados. A projeção é da Boa Vista Serviços, feita com base em dados do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI.

O diretor de Identidade Digital da Boa Vista, Angelo Tonin, explica que, em 2011, a maioria das empresas que adquiriu certificados, para atender as obrigatoriedades da Caixa, era composta por 20 empregados ou mais. Agora, elas precisam se adequar ao uso de um novo certificado digital em atendimento às regras da Caixa Econômica Federal para transmitirem arquivos de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e da Previdência Social. Caso contrário, não conseguirão atender os requisitos e obrigações fiscais, trabalhistas, previdenciárias e empresariais.

“Como a maioria dos certificados eram A3, com validade de três anos, o pressuposto é que mais de 650 mil estejam no período de renovação. Neste momento, é importante observar a necessidade da troca da mídia usada para armazenar o certificado, ou seja, cartão e token, pois houve uma atualização na tecnologia dos certificados digitais, e as mídias em uso antes desta data precisam ser substituídas”, complementa Angelo Tonin.

Como renovar?

Para o profissional da Contabilidade, Nivaldo Cleto, a certificação digital veio para ficar e a renovação deve ser feita o quanto antes: “Ao contrário do que muitos pensam, após a expiração do período de validade do certificado digital, não há como renovar. É preciso substituir o certificado solicitando uma nova compra e agendando a validação presencial, em alguns casos, em um dos postos da Autoridade Certificadora”.

Na Certisign, por exemplo, todo o processo de renovação do certificado digital pode ser feito pela internet, mas, para isso, é imprescindível que o certificado a ser renovado esteja dentro da validade porque ele será utilizado para assinar a solicitação e comprovar os dados informados. A validação eletrônica é voltada para quem possui certificado digital válido; do tipo A1 ou A3; fez a última validação dos documentos de forma presencial; e possui mídia criptográfica compatível como o novo padrão V2. “Durante o processo de solicitação de renovação online será realizado teste para verificação do tipo de mídia criptográfica, garantindo segurança e eficiência”, afirma Cleto.

Para ele, a maior importância do certificado digital é a possibilidade de garantir a autenticidade das assinaturas de pessoas físicas e jurídicas nos meios digitais da mesma forma que acontece no mundo real, com todo respaldo legal. “Após a sua legalização ficou muito mais rápido firmar compromissos entre as partes envolvidas, evitando burocracia, desembaraçando os negócios e agilizando os processos”.

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Na opinião de Cleto, é possível confiar no certificado digital por causa da infraestrutura de chaves públicas - ICP Brasil, cadeia hierárquica de confiança, auditadas e fiscalizadas pelo ITI, órgão vinculado à Casa Civil da Presidência da República que visa garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações que utilizem certificados digitais ICP-Brasil. No caso da Boa Vista, a renovação ou aquisição do certificado digital pode ser feita no site www.certificadoboavista.com.br, onde é possível comprar, agendar o melhor dia e horário para a validação presencial e ainda obter suporte técnico por meio de chat, se necessário.

Link: http://www.deducao.com.br/noticia/796-mais-de-650-mil-empresas-deverao-atualizar-os-certificados-digitais

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