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1 Boletim TRAB-PREV-RH em 08.julho.2013 “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” (Abraham Lincoln) 05/07/2013 - Câmara aprova fim da multa de 10% do FGTS por demissão sem justa causa (Notícias Agência Câmara) Governo queria manter a multa para assegurar recursos ao programa Minha Casa, Minha Vida. Vários partidos da base aliada, no entanto, votaram a favor do projeto. Texto seguirá para sanção presidencial. O Plenário aprovou nesta quarta-feira (3) o Projeto de Lei Complementar 200/12, do Senado, que extingue a contribuição social de 10% sobre todo o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devida pelos empregadores no caso de demissão sem justa causa. A matéria, aprovada por 315 votos a 95, será enviada à sanção presidencial. O argumento dos defensores da proposta é que a multa, criada em 2001, já cumpriu o seu fim - a recomposição das contas do FGTS - e acabou se tornando um imposto extra. Segundo a proposta, a extinção será retroativa a 1º de junho de 2013. O líder do PSD, deputado Eduardo Sciarra (PR), disse que há 13 meses o governo tem engordado o seu caixa com a contribuição extra. "Não podemos admitir que essa contribuição se transforme em um imposto ad eternum", disse. Confira como votou cada deputado Sciarra ressaltou que o fim da multa extra vai desonerar igualmente todos os empresários e não vai comprometer os recursos dos trabalhadores, já que as contas do FGTS já foram equilibradas. Nas contas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre julho de 2012 e abril deste ano, os empregadores brasileiros pagaram cerca de R$ 2,7 bilhões a título desse adicional. Os micro e pequenos empresários não pagam essa contribuição. Apropriação IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim TRAB-PREV-RH em 08.julho.2013

“Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” (Abraham Lincoln)

05/07/2013 - Câmara aprova fim da multa de 10% do FGTS por demissão sem justa causa (Notícias Agência Câmara)

Governo queria manter a multa para assegurar recursos ao programa Minha Casa, Minha Vida. Vários partidos da base aliada, no entanto, votaram a favor do projeto. Texto seguirá para sanção presidencial.

O Plenário aprovou nesta quarta-feira (3) o Projeto de Lei Complementar 200/12, do Senado, que extingue a contribuição social de 10% sobre todo o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devida pelos empregadores no caso de demissão sem justa causa. A matéria, aprovada por 315 votos a 95, será enviada à sanção presidencial.

O argumento dos defensores da proposta é que a multa, criada em 2001, já cumpriu o seu fim - a recomposição das contas do FGTS - e acabou se tornando um imposto extra. Segundo a proposta, a extinção será retroativa a 1º de junho de 2013.

O líder do PSD, deputado Eduardo Sciarra (PR), disse que há 13 meses o governo tem engordado o seu caixa com a contribuição extra. "Não podemos admitir que essa contribuição se transforme em um imposto ad eternum", disse.

Confira como votou cada deputado

Sciarra ressaltou que o fim da multa extra vai desonerar igualmente todos os empresários e não vai comprometer os recursos dos trabalhadores, já que as contas do FGTS já foram equilibradas.

Nas contas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre julho de 2012 e abril deste ano, os empregadores brasileiros pagaram cerca de R$ 2,7 bilhões a título desse adicional. Os micro e pequenos empresários não pagam essa contribuição.

Apropriação

Vários deputados, como o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e Silvio Costa (PTB-PE) chegaram a dizer que o governo estaria praticando "apropriação indébita" dessa multa, já que a sua finalidade foi cumprida.

Sampaio ainda destacou que a manutenção da multa seria uma sinalização do governo de que não está disposto a cumprir os acordos firmados, já que o empresariado estava confiando que a contribuição seria transitória.

Minha Casa, Minha Vida

O governo, por outro lado, defendeu a manutenção dos recursos com o argumento de que o dinheiro está sendo utilizado para o financiamento de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.

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A estratégia inicial do governo era aprovar um projeto alternativo, que mantivesse a multa, mas destinasse o dinheiro para o Minha Casa, Minha Vida. O projeto (PL nº 5844/13), de autoria do deputado Arthur Lira (PP-AL), teve a urgência derrotada na sessão de terça-feira (2).

O deputado Sibá Machado (PT-AC) disse que a manutenção da multa iria garantir o financiamento de projetos sociais. "Precisamos manter por mais um período investimentos para o combate à pobreza", disse.

O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), também criticou o projeto. "Se a multa acabar, estaremos comprometendo parte de um programa social da mais alta relevância, que é o Minha Casa, Minha Vida."

Retroatividade

O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), alertou que a aplicação retroativa do projeto, que extingue a multa extra a partir de junho de 2013, vai causar prejuízos ao governo.

Já o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que a multa age como inibidora da demissão sem justa causa e, portanto, beneficia os trabalhadores.

Os argumentos sobre o Minha Casa, Minha Vida não convenceram o Plenário. Apenas o PCdoB e o Psol (este último partido de oposição) apoiaram o PT contra o projeto.

O líder do PSC, deputado Andre Moura (SE), disse que o governo contingencia recursos do Minha Casa, Minha Vida e agora quer manter a multa para financiá-lo. "Esse programa foi contingenciado em 20%. Não tem sentido o governo que contingencia querer se apropriar de um imposto", disse.

Crítica semelhante foi feita pelo deputado Onyx Lorenzoni (RS), que é vice-líder do DEM. "O governo se apoderou desse dinheiro para fazer superavit primário e agora vem com essa mentira de que precisa do dinheiro para o Minha Casa, Minha Vida", disse.

Histórico

A contribuição social de 10% foi criada em 2001 para arrecadar recursos extras, que foram usados para corrigir monetariamente as contas individuais do FGTS das perdas causadas pelos planos econômicos Verão e Collor 1. Na época, várias ações já tinham ganhado a causa na Justiça e, para evitar custos judiciais, o governo entrou em acordo com as representações de trabalhadores e patrões no Conselho Curador do FGTS para aumentar os recursos do fundo.

Pessoal,

Segue a informação sobre o leiaute da e-social:

Versão Inicial dos Leiautes do eSocialEm virtude de inconsistências detectadas no conteúdo dos leiautes de arquivos disponibilizados, esses foram retirados. Nova versão será divulgada em breve:

http://www.esocial.gov.br/Leiautes.aspxhttp://www.spedbrasil.net/forum/topics/e-social-leiaute-oficial?id=2159846%3ATopic%3A652145&page=3#comments

abraços

Jorge Campos

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Dez atitudes para conquistar a infelicidade no trabalhoNão é tão fácil ser feliz no trabalho. Porém, você pode sofrer bem menos quando dá o melhor de si e adota um discurso mais positivo, coerente com a sua maneira de ver o futuro. Mude seu discurso, mude seus hábitos

Segundo Albert Ellis, psicólogo norte-americano e autor do best seller Como conquistar a sua própria felicidade, o ser humano é incurável. Em síntese, somos passíveis de erros e sujeitos a pensamentos e atitudes derrotistas, motivo pelo qual manter-se otimista é um desafio permanente.

De fato, entra ano e sai ano, algumas pessoas simplesmente não querem evoluir. Elas continuam adotando o mesmo comportamento retrógrado do século passado, apesar de tantos cursos, treinamentos e toda literatura disponível para quem deseja crescer no campo pessoal e profissional.

Nesse sentido, embora as empresas contribuam muito para elevar ou destruir o moral dos empregados, penso que a felicidade ou infelicidade depende muito dos modelos mentais de cada ser humano em particular – padrão de pensamento, discurso, atitudes.

Por essas e outras razões, fica bem mais fácil distinguir os otimistas dos pessimistas, os perdedores dos vencedores, os que fazem acontecer dos que esperam acontecer. O seu discurso, decorrente do seu modelo mental estabelecido há anos, faz toda diferença no mercado de trabalho e na sua vida pessoal.

Em vez de pensar sobre o que fazer, sugiro que você reflita sobre o que não fazer para se tornar mais feliz no ambiente de trabalho. Mudar passa por uma questão de escolha, não porque a empresa quer que você faça e sim pelo fato de que não existe outra maneira de se tornar mais produtivo e feliz.

Como observador permanente do comportamento das pessoas no mundo corporativo, aqui estão as dez atitudes (negativas) – comportamentos, padrões, escolhas – dos profissionais que desejam conquistar a infelicidade no trabalho:

1.  Preocupar-se o tempo todo com o salário dos outros;

2.  Manter o discurso negativo e a postura do contra;

3.  Fazer corpo mole e acreditar que um dia a coisa muda;

4.  Formar panelinhas e forças de coalizão;

5.  Trabalhar feito alienado como se não existisse vida fora do trabalho;

6.  Conspirar contra o chefe e os companheiros de trabalho;

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7.  Ter medo de trabalhar com pessoas melhores do que você;

8.  Buscar reconhecimento sem fazer nada para mudar a situação atual;

9.  Sofrer com o que outros pensam ou deixam de pensar a seu respeito;

10.Começar a segunda pensando na sexta. Será que você está no lugar errado?

Quer fazer um bom exercício? Avalie uma por uma e tente pensar o contrário. Veja como é difícil mudar o seu próprio modelo mental estabelecido. É a sua mente reptiliana em ação.

Na prática, significa dizer o seguinte: se você, como dono, empreendedor, diretor ou gerente pensa dessa maneira, o que dizer para os seus empregados ou para aqueles colaboradores que já não colaboram tanto?

Vai demitir um por um? Bobagem. Você pode substituir todos, mas o ambiente ao seu redor permanecerá nocivo enquanto você, que tem o poder na mente ou mesmo no cargo, não mudar a si mesmo.

Quando o discurso é negativo, pessimista, contrário a tudo o que a empresa precisa, a energia dissipada para mudar o ambiente é maior. Você se desgasta sem necessidade, conspira facilmente, perde o foco nas coisas que precisam ser levadas em consideração e, na maioria das vezes, sai da linha.

Quer conquistar a felicidade no trabalho? Basta fazer o contrário, porém, isso ainda vai demorar o tempo necessário que você precisa para mudar o seu discurso, as suas ações, as suas atitudes. Quanto mais tempo levar, mais irritação, injúria, fofoca e sofrimento.

É fácil ser feliz no trabalho? Claro que não! Sem hipocrisia! Porém, você pode sofrer bem menos quando dá o melhor de si e adota um discurso mais positivo, coerente com a sua maneira de ver o futuro. Entretanto, se você acredita que não tem futuro na empresa ou que a empresa não tem futuro, por que é que você continua nela?

Pense nisso e seja um empreendedor de si mesmo.

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Conheça as oito profissões com maior e menor procura no primeiro semestre de 2013Page Personnel lista o sobe e desce das contratações nos primeiros seis meses deste anoRedação, Administradores.com, 8 de julho de 2013

A empresa de recrutamento Page Personnel realizou um levantamento, sobre o mercado de trabalho no primeiro semestre deste ano, que mostra que a  linha de produção e a eficiência operacional na indústria ditaram o ritmo das contratações no período.

De acordo com a consultoria, os cargos mais procurados pelas empresas nos seis primeiros meses deste ano foram Engenheiro de Utilidades, Compradores, Líder de Produção e Supervisor de Manutenção.

“Com o aquecimento da indústria, a onda de contratações se intensificou no período. Notamos que alguns cargos ligados às áreas estratégicas de uma empresa, como Manutenção e Produção, foram os que tiveram mais procura. Isto é reflexo do aumento de investimento da indústria e de algumas medidas de estímulo ao crescimento do setor”, explica Luis Fernando Martins, gerente executivo da Page Personnel.

A queda na demanda por minérios também impactou a busca por profissionais dos segmentos de mineração e siderurgia. A oferta de vagas por engenheiros e compradores reduziu entre 10% e 20% no período avaliado, cargos que apresentaram as menores demandas.

“Esses dois segmentos sentiram os impactos da fraca demanda internacional. Eles tiveram de congelar alguns investimentos e as contratações acabaram entrando nesse pacote. Foram os setores que mais colocaram o pé no freio das contratações no semestre”, explica Martins.

Cargos em altaAumento da demanda

neste ano (%)

Salário médio (em R$) Motivo   da alta 

Supervisor de manutenção

10% 6 a 7 milAumento da manutenção preventiva

Líder de produção 15% 4,5 milGestão dos operadores para manutenção de qualidade

Compradores 15% 5 a 6 mil Ganho nas negociações de

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volume

Engenheiro de Utilidades

20% 8 mil Aumento de eficiência energética

       

Cargos em baixaQueda da demanda

neste ano (%)Salário

médio (em R$) Motivo  da baixa 

Engenheiro de Mina 20% 8 mil Queda na extração mineral

Engenheiro de Projetos (Mineração)

10% 6 milDiminuição e congelamento de projetos

Comprador Técnico (Siderurgia)

10% 6 mil Recuo nas compras

Engenheiro de Manutenção (Siderurgia)

15% 7 mil Menor volume de projetos

       

(Fonte: Page Personnel)

Frustração de projeto de vida pode levar a dano existencialFabiana Barreto Nunes

Recente decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) chamou a atenção de empresas e do meio jurídico trabalhista brasileiro sobre um novo instituto das relações empregatícias: o dano existencial. A condenação de uma empresa que violou os direitos de uma empregada foi reconhecida pela 1ª Turma do Superior sinaliza ao empresariado esta nova modalidade de dano que deverá ser agregada aos já conhecidos danos morais, materiais e estéticos pleiteados nas ações trabalhistas.Segundo o advogado Paulo Valed Perry Filho, sócio da área trabalhista do Demarest Advogados, o dano existencial surge basicamente de violações de direitos dos empregados como excesso de jornada, mudança nas férias e no descanso semanal

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remunerado. "Sob a visão prática, ocorrerá o dano existencial quando o empregador, de forma contínua, dolosa ou culposa, impor um volume excessivo de trabalho ao empregado ou usurpar direitos como impedir o gozo das férias ou do descanso semanal remunerado, de modo a inviabilizar que o trabalhador desfrute do efetivo convívio social, impedindo-o de praticar as suas atividades culturais, recreativas, esportivas, afetivas, familiares, ou mesmo de desenvolver os projetos de vida em todos os seus âmbitos: pessoal, social, profissional e religioso".Diferentemente dos danos moral e material, a violação de leis que geram o dano existencial se assemelha muito ao assédio moral, mas o novo instituto reconhecido no julgamento de uma ex-empregada, que ficou nove anos sem usufruir regularmente de férias anuais, é um dano que fere o projeto de vida do trabalhador.De acordo com Perry, "no assédio moral o empregador exige com certo rigor por parte dos serviços prestados pelo trabalhador: metas agressivas acima de uma razoabilidade. O dano existencial já é inclinado ao quanto à empresa impede o empregado, por meio de violações como as citadas, de usufruir suas relações sociais", diz Perry.O advogado diz, que assim como a comprovação de outros danos já amplamente configurados, a condenação por dano existencial requer a comprovação por meios de provas documentais e testemunhais. "São atitudes repetitivas do empregador que levará o trabalhador à Justiça, por isso, a empresa deve se resguardar tendo um efetivo controle das atividades da empresa, e principalmente desenvolver o treinamento de seus gestores, principais gerentes e dos funcionários responsáveis pelas rotinas de trabalho em cumprimento com as leis. "A observância das leis trabalhistas e das norma coletivas, associados com um bom trabalho preventivo no âmbito das rotinas trabalhistas das empresas, serão cada vez mais importantes para a redução dos riscos decorrentes das relações de trabalho, especialmente aqueles vinculados ao pedidos de indenização por danos morais, materiais, estéticos e existenciais", diz o especialista.De acordo com Perry, no caso julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho é explícita a privação do projeto de vida da ex-funcionária. "Uma pessoa que fica nove anos sem tirar férias tem um prejuízo nas relações sociais, e nesse contexto podemos imaginar que ela foi privada de viajar com a família, de fazer um curso, e até mesmo deixar seu convívio de âmbito religioso, cultural", diz o advogado.Para fundamentar a decisão, os Ministros que compõem a 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho consideraram que a supressão deste direito ao gozo regular das férias prejudicou o convívio social da trabalhadora, suas relações sociais e frustrou os projetos de vida da autora da ação. Segundo o acórdão do Tribunal a conduta do empregador violou o artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal que dispõe sobre a inviolabilidade a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando a indenização por dano moral ou material decorrente de sua violação.As explicações contidas no próprio texto do acórdão delineiam que o dano existencial decorre da conduta ilícita dos empregadores ao impedir o empregado de usufruir, ainda que de forma parcial, das variadas relações sociais existentes fora do ambiente do trabalho, sejam estas relações familiares, recreativas, culturais e outras

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extralaborais, ou seja, que impossibilite a efetiva integração do trabalhador à sociedade, frustrando os projetos de vida da pessoa e violando, em última análise, o direito da personalidade do indivíduo.O advogado destaca que a decisão do TST decorre de uma reclamação trabalhista que tramita na 2ª Vara do Trabalho de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, mas que outros magistrados e Tribunais do Trabalho já se manifestaram recentemente sobre o tema, especialmente em Porto Alegre e Goiás. "Em verdade, o direito de reparação pela violação de dano existencial, também denominado de "dano de projeto de vida", já foi reconhecido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em 1998, e pela novas sinalizações das decisões dos tribunais de todo país, também passará a ser cada vez mais admitido e aplicado em ações trabalhistas em todas as instâncias da Justiça", diz Perry.  

Fonte: DCI – SP

FORMA DE CÁLCULO PARA PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS DA RESCISÃO COMPLEMENTAR

Sergio Ferreira Pantaleão

A legislação trabalhista não estabelece quando ou em quais condições a rescisão complementar deve ser paga ao empregado. O que podemos encontrar, normalmente, é uma ou outra decisão jurisprudencial a respeito.

As normatizações a cerca desta matéria concentram-se basicamente nos acordos e convenções coletivas estabelecidos entre empregados e empregadores, os quais, em comum acordo, formalizam as mínimas condições para o pagamento da rescisão complementar.

A rescisão complementar é uma diferença de um ou mais direitos trabalhistas que deve ser pago ao empregado, após a efetivação de sua rescisão contratual.

Ainda que o empregado já tenha sido demitido ou tenha pedido demissão, a rescisão complementar será devida se no tempo da rescisão, novos direitos ou direitos já devidos, não foram pagos no ato da rescisão de contrato de trabalho.

A rescisão complementar geralmente decorre de algumas situações, a saber:

Convenção coletiva de trabalho: quando, por força da convenção coletiva de trabalho, há reajuste salarial da categoria ou quando são acrescentados novos direitos à categoria profissional por força da convenção;

Exercício diretivo da empresa: quando a empresa, pelo livre exercício diretivo, estabelece um reajuste salarial coletivo ou estabelece algum prêmio aos empregados;

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Relação de trabalho: quando o empregado, pela própria relação de trabalho, possui direitos trabalhistas que não foram pagos no ato da rescisão, como horas extras, adicionais, comissões entre outros.

Se a empresa reajustar o salário dos empregados de forma coletiva, por sua própria deliberação, os empregados demitidos naquele mês também terão direito a correção salarial. Este entendimento está consubstanciado no § 6º do art. 487 da CLT, o qual estabelece que o reajuste salarial coletivo, concedido no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida. Como o referido dispositivo legal não menciona se o direito decorre do reajuste por força da convenção ou da liberalidade da empresa, em qualquer das situações, o empregado terá direito à receber a diferença decorrente da correção salarial. Assim, o empregado terá direito à rescisão complementar quando, no mês de reajuste salarial, for demitido ou pedir demissão e, por algum motivo, a rescisão contratual não foi efetivada já com o salário reajustado. As horas extras ou adicionais (noturno, insalubridade, periculosidade entre outros) e as comissões, também poderão gerar direito à rescisão complementar, caso no momento da demissão, tais valores não foram possíveis de serem apurados ou se for verificado equivoco na apuração dos mesmos para pagamento da rescisão normal. O empregado demitido no mês que antecede à data-base e que cumpre o aviso prévio terá direito ao reajuste salarial somente sobre os dias efetivamente trabalhados dentro do mês da data-base. A empresa, ao apurar as diferenças que devem ser pagas ao empregado, deve se ater a todos os detalhes para que todas as diferenças sejam pagas, preferencialmente, de uma única vez. O empregado poderá ter direito a uma ou mais rescisões complementares referente a uma mesma competência ou a competências distintas. A competência da rescisão complementar será sempre considerada a do mês do efetivo cálculo, ou seja, se o cálculo da complementar ocorrer no mesmo mês da rescisão normal, o mês de competência será este, caso o cálculo da complementar ocorra nos meses posteriores ao da rescisão normal, o mês de competência será o do efetivo cálculo. O cálculo dos proventos deverá ser feito com base nas novas informações como o novo salário, novo número de horas extras (se for o caso), novo valor de comissões, novo percentual de horas extras (caso a convenção tenha estabelecido percentual diferente), enfim, basear-se nas novas informações para se apurar o valor dos proventos. Havendo o cálculo da complementar dentro do mesmo mês da rescisão normal, todos os valores (proventos e descontos) devem ser feitos com base nos valores integrais e não apenas sobre as diferenças, já que se trata da mesma competência e a legislação trabalhista e previdenciária determina que o recálculo assim deva ser feito. Num primeiro momento podemos pensar que de qualquer forma os valores dos descontos serão os mesmos, ou seja, considerando os valores integrais ou apenas as diferenças apuradas, os descontos serão idênticos.

No entanto, este pensamento torna-se equivocado a partir do momento em que o cálculo do imposto de renda, por exemplo, efetuado sobre uma base total, passe de uma faixa de desconto de 7,5% da tabela para uma faixa de 27,5%, enquanto que se calculado apenas sobre a diferença, não teremos esta alteração de faixa, o que levaria a um cálculo equivocado.

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Na prática são várias as possibilidades que podem gerar uma rescisão complementar.

CONTRATO DE SUBSÍDIO EDUCACIONAL E A VALIDADE DA CLÁUSULA DE PERMANÊNCIA NO EMPREGO

 Sergio Ferreira Pantaleão

 Não é novidade a incongruência que se observa na lei de oferta e procura do mercado de trabalho brasileiro. Ao mesmo tempo em que há inúmeros profissionais em busca de uma vaga de emprego, também é verdade que inúmeras empresas ficam meses ou até anos em busca de um profissional capacitado para preencher determinada vaga. Ainda que o recrutamento de profissionais já formados e capacitados seja a forma mais prática e econômica para se preencher uma vaga ou mesmo substituir empregados por outros mais arrojados que possam trazer novo sangue para a empresa, é certo que muitas empresas ainda acreditam que os investimentos no treinamento e capacitação de seus empregados seja a melhor forma de reter e desenvolver seus talentos internos. Entretanto, há companhias que procuram contratar profissionais com pouca ou alguma experiência, desvencilhados de "vícios" de outras organizações, de modo a incutir nestes profissionais seus conceitos e métodos de trabalho que estão inteiramente ligados à missão, visão e valores da empresa. Para tanto, desembolsam quantias relevantes a fim de capacitar seus empregados, ora em treinamentos internos ou externos, em cursos de especialização, em formação acadêmica e pós-graduação, em MBA ou mesmo em intercâmbios internacionais, possibilitando que seus profissionais possam buscar tecnologias e trocar experiências com empresas estrangeiras. Por certo, assim como qualquer outro investimento que toda organização faz para melhorar seu desempenho frente ao mercado de trabalho, espera-se que os treinamentos, os programas de desenvolvimento interno aplicado aos empregados e o investimento na capacitação profissional também possam se transformar em aumento de produtividade, melhoria na qualidade dos serviços e produtos e consequentemente, aumento do faturamento. Também é certo que todo investimento demanda tempo para obter retorno e justamente buscando proteger este "patrimônio humano" é que as empresas realizam os chamados contratos de subsídios educacionais e de formação profissional. Nestes contratos (entre empresa e empregado) fica estabelecido que a empresa irá custear os estudos ao empregado e este, em contrapartida, compromete-se a permanecer na empresa (cláusula de permanência) durante certo período após o término do curso/formação. Em caso de descumprimento do contrato, ou seja, caso o empregado venha a pedir demissão antes do período avençado ou mesmo antes do término do curso, o mesmo poderá ser

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responsabilizado em indenizar o empregador no equivalente ao montante subsidiado, conforme ficou estabelecido na cláusula penal do contrato. Podemos entender, sob esta égide, que o empregador poderia estabelecer a cláusula penal de indenização até mesmo no caso de demissão por justa causa. Isto porque muitas vezes o montante subsidiado pela empresa na formação do empregado poderia ultrapassar o total das verbas rescisórias, mesmo no caso de dispensa sem justa causa, e isto justificaria o empregado "provocar" a justa causa para se livrar da indenização, caso a mesma não estivesse sido previsto em contrato. Num primeiro momento muitos empregados aceitam o acordo, pois terão a grande chance de obter a tão desejada especialização ou mesmo a formação acadêmica às custas da empresa, mas quando se formam e se veem tentados pela primeira oferta do concorrente, simplesmente "chutam o balde" e se desvinculam da empresa que o patrocinou. Por isso a importância da previsibilidade da cláusula de permanência para estas situações, pois busca assegurar que o alto investimento feito pela empresa a determinado empregado não se esvazie de um dia para outro, caso o empregado peça demissão assim que tenha alcançado seu objetivo. Em que pese a legislação trabalhista seja omissa quanto a este tipo de contrato, podemos extrair do art. 444 da CLT que as relações contratuais podem ser objeto de livre negociação entre as partes, consoante abaixo:"Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes."Ainda que se possa entender que a cláusula de permanência fere o preceito constitucional da liberdade e o livre exercício de qualquer trabalho (art. 5º, XIII), há que se ressaltar que a mesma cláusula vai de encontro ao disposto no próprio dispositivo celetista (proteção ao trabalho), haja vista que a referida cláusula estabelece uma espécie de "estabilidade" de emprego, acrescida de formação e capacitação profissional. Em atendimento ao disposto no art. 769 da CLT, entendemos que tal contrato é legal de acordo com o disposto nos art. 410 a 412 do Código Civil, in verbis:"Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.

Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.

Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal."

Acrescenta-se neste aspecto o disposto no art. 122 do Código Civil (abaixo), pois ainda que a CLT seja omissa, se o contrato entre as partes não decorre de vício e não é contrário à lei, nada obsta sua validade:

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"Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes."Há outras questões, no entanto, que não encontramos na legislação e irá demandar discussões no âmbito jurisprudencial como a duração do período em que o empregado estará vinculado à empresa por força contratual. Observamos que na prática as empresas estipulam 1, 2 ou até 3 anos, dependendo do valor investido, do retorno pretendido e do tipo de especialização/formação. Outro aspecto em discussão é o quantum indenizatório em caso de pedido de demissão, ou seja, se a empresa poderá estipular uma multa além da restituição dos valores investidos ou ainda, estipular a restituição em dobro em substituição à multa. Quiçá se todas as empresas pudessem e dispusessem de orçamento para realizar tal contrato a 100% de seus trabalhadores. Teríamos em 10 anos um avanço extraordinário no nível de profissionais de todo país, melhorando o nível nacional de educação (uma das frentes tão aclamadas nos protestos atuais) e consequentemente o país.

Sergio Ferreira Pantaleão é Advogado, Administrador, responsável técnico pelo Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e Previdenciária.

Atualizado em 03/07/2013

Relator faz mudanças em projeto de domésticoTexto de Jucá prevê fiscalização em casa

GABRIELA GUERREIRODE BRASÍLIA

Para acelerar a votação no Senado do projeto que regulamenta os direitos dos empregados domésticos, o relator do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), fez mudanças na proposta.

O texto agora prevê a obrigação do cumprimento de aviso prévio pelo empregado que pedir demissão e a fiscalização do trabalho doméstico dentro das residências.

O senador disse que foi convencido de que liberar os domésticos do aviso prévio poderia "precarizar" as relações trabalhistas.

Jucá também previu no texto a fiscalização do trabalho doméstico por auditores fiscais. Ela será feita na residência desde que consentida pelo empregador, exceto em casos de denúncias de maus-tratos, trabalho escravo ou infantil, violação de direitos humanos do empregado ou tratamento degradante.

Outra mudança permite reduzir o tempo de contratos de experiência, que pode ser menor que o prazo anterior de 45 dias. Também foi explicitado que, em caso de violência física, o responsável responderá criminalmente.

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O projeto está agora na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A expectativa de Jucá é aprová-lo no plenário antes do recesso, no dia 17. 

Fonte: Folha de S.Paulo

FOFOCAS...

CARTAS ANÔNIMAS

Calúnia causada por ciúme é punida com tratamentoO crime de calúnia motivado por ciúme deve ser punido com programa de recuperação e reeducação em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), além de ordem de restrição que impede a aproximação da ex-companheira e limitações que valem durante os finais de semana. A decisão foi tomada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina ao analisar caso de um office-boy que, inconformado com o fim do relacionamento, foi detido após enviar diversas cartas anônimas para colegas de trabalho da mulher.

As cartas anônimas atacavam a infidelidade e problemas de caráter da ex-companheira, com quem teve uma filha em quatro anos de união estável. O office-boy foi descoberto porque a análise das imagens de câmeras de segurança de uma agência dos Correios revelou que ele aparecia segurando envelopes, e isso sempre ocorria em dias e horários que coincidiam com o recebimento das cartas anônimas.

Relator da ação, o desembargador Carlos Alberto Civinski manteve a decisão da comarca de Balneário Camboriú (SC), para quem o afastamento do casal é fundamental. A decisão dos desembargadores foi unânime, com a determinação de que ele fique longe da ex-mulher (que atua no setor de segurança) se justificando por conta do ciúme exacerbado manifestado pelo homem. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Revista Consultor Jurídico, 4 de julho de 2013

AVISO PRÉVIO TRABALHADO - BAIXA NA CTPS COM REDUÇÃO DOS 7 DIAS CORRIDOS

Equipe: Guia Trabalhista

Nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar a outra através do aviso prévio.

O aviso prévio é o instituto utilizado por uma das partes para comunicar e dar ciência à outra da sua decisão de rescindir o contrato de trabalho de forma imediata ou ao final de determinado período, sendo que, em caso de cumprimento, continuará exercendo as suas atividades habituais. 

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A finalidade do aviso é evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago, e ao empregado a recolocação no mercado de trabalho.

Ocorrendo a rescisão do contrato por iniciativa do empregado, o mesmo cumprirá a jornada de trabalho integral durante todo o aviso prévio, pois se presume que já tenha encontrado outro emprego, não havendo, portanto, a necessidade de redução da jornada e tampouco a falta ao trabalho.

 Por outro lado, sendo rescindido o contrato de trabalho por iniciativa do empregador, duas situações podem decorrer neste caso: 

a) A redução da jornada de trabalho do empregado em 2 (duas) horas diárias durante os 30 (trinta) dias de aviso; e b) A falta ao trabalho por 7 (sete) dias corridos, sendo estes, ao final do aviso.

 Conforme determina o artigo 488 da CLT, a redução da jornada de trabalho em 2 (duas) horas, diariamente, não lhe acarretará qualquer prejuízo salarial, ou seja, ainda que o contrato estabeleça uma jornada de 8 horas, o empregado poderá trabalhar apenas 6 horas e receber integralmente o salário estabelecido em contrato.

O parágrafo único do referido artigo faculta ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas da jornada diária, substituindo-a pela falta ao serviço durante 7 (sete) dias corridos ao final. 

Se optar pela redução dos 7 (sete) dias corridos o empregado irá trabalhar as 8 (oito) horas diárias normalmente durante 23 dias e descansar os últimos 7 (sete) dias, também sem qualquer prejuízo na remuneração.

Em que pese a Lei 12.509/2011 tenha estabelecido a proporcionalidade no aviso de acordo com o tempo trabalhado na mesma empresa (acréscimo de 3 dias a cada ano trabalhado), esta proporção não é aplicada em relação aos 7 dias de faltas ao final, ou seja, independentemente do número de dias de aviso, os dias de faltas serão sempre o estabelecido pelo parágrafo único do art. 488 da CLT.

Já em relação a redução de 2 horas diárias, estas serão devidas por todo o período do cumprimento do aviso, ainda que seja no limite máximo de 90 dias estabelecido pela citada lei, consoante Nota Técnica MTE 184/2012. 

Embora o empregado possa optar por esta substituição, a data de desligamento, para fins de baixa na CTPS, é a do término dos 30 dias, ou seja, a opção do empregado por faltar os últimos 7 dias não implica o término antecipado do aviso prévio ou do contrato de trabalho. O mesmo entendimento deve ser atribuído no caso da contagem do aviso prévio proporcional, quando de período superior 30 dias.

Isto porque no aviso prévio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu período de duração integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, inclusive reajustes salariais, férias, 13º salário e indenizações. 

Portanto, os prazos do aviso e do contrato de trabalho continuam a fluir normalmente até o 30º (trigésimo) dia do aviso (ou mais), dia este o qual corresponderá à data da baixa na CTPS do empregado e o término efetivo do contrato de trabalho.

Nota: importante destacar que na página relativa ao contrato de trabalho deve ser anotada a data do último dia projetado do aviso, e na página de anotações gerais a data do último dia efetivamente trabalhado.

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Não ocorrendo a redução da jornada durante o cumprimento do aviso prévio, seja em 2 (duas) horas diárias ou 7 (sete) dias corridos, este é considerado nulo. Assim, o empregador deverá conceder um novo aviso prévio ou indenizá-lo, considerando todas as projeções previstas em lei no respectivo período.

Poderá ser considerado nulo, inclusive, o aviso prévio com redução de 2 (duas) horas quando em parte dos 30 (trinta) dias o empregado seja obrigado a trabalhar em horas extraordinárias. Assim, ainda que o empregador conceda 4 horas de folga em um dia por conta de 2 horas trabalhadas extraordinariamente no dia anterior, o aviso prévio não terá validade e o empregador poderá ser obrigado a indenizar o empregado.

Veja o julgamento em que a empresa foi condenada a indenizar o aviso depois de ter, arbitrariamente, alterado as "regras do jogo". 

Entretanto, o empregador poderá se eximir de tal obrigação caso a folga de 4 horas e a compensação em outro dia seja por solicitação (formal) do empregado a fim de participar de entrevista (por exemplo) em outra empresa, o que comprovará um benefício ao empregado. 

O legislador, ao elencar esta redução na CLT, não fez distinção aos empregados com jornada inferior a 8 (oito) horas diárias. Desta forma, aplica-se a redução de 2 (duas) horas em qualquer hipótese, salvo disposição em contrário estabelecido em acordo ou convenção coletiva de trabalho. 

Não obstante, temos alguns doutrinadores e membros do Poder Judiciário que entendem que esta redução deva ser proporcional à jornada de trabalho.

Abono salarial do PIS/Pasep: Divulgados os cronogramas de pagamento referentes ao exercício de 2013/2014

cronogramas constantes dos Anexos I e II da Resolução Codefat nº 714/2013

O abono salarial assegurado aos participantes do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) será pago, respectivamente, pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil S/A, na condição de agentes pagadores, no período de 13.08.2013 até 30.06.2014, de acordo com os cronogramas constantes dos Anexos I e II da Resolução Codefat nº 714/2013, reproduzidos adiante:

"CRONOGRAMA DE PAGAMENTO DO ABONO SALARIAL

EXERCÍCIO 2013/2014

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS)

Nas agências da Caixa Econômica Federal

Nascidos em Recebem a partir de Recebem atéJulho 13/08/2013 30/06/2014

Agosto 15/08/2013 30/06/2014

Setembro 20/08/2013 30/06/2014

Outubro 22/08/2013 30/06/2014

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Novembro 12/09/2013 30/06/2014

Dezembro 17/09/2013 30/06/2014

Janeiro 19/09/2013 30/06/2014

Fevereiro 24/09/2013 30/06/2014

Março 10/10/2013 30/06/2014

Abril 15/10/2013 30/06/2014

Maio 17/10/2013 30/06/2014

Junho 22/10/2013 30/06/2014

I - O crédito em conta para correntistas da CAIXA será efetuado a partir de julho/2013.

II - Pagamento pelo CAIXA PIS-Empresa (por intermédio das empresas conveniadas) - o crédito será efetuado na folha de salários dos meses de julho a agosto/2013.

III - Pagamento de Abono regularização cadastral (inciso II do art. 2º, desta Resolução) no período de 02.12.2013 a 30.06.2014.

ANEXO II

CRONOGRAMA DE PAGAMENTO DO ABONO SALARIAL -

EXERCÍCIO 2013/2014 PROGRAMA DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO

DO SERVIDOR PÚBLICO - PASEP

NAS AGÊNCIAS DO BANCO DO BRASIL S.A.

FINAL DA INSCRIÇÃO INÍCIO DE PAGAMENTO ATÉ0 e 1

2 e 3

4 e 5

6 e 7

8 e 9

13/08/2013

20/08/2013

27/08/2013

03/09/2013

10/09/2013

30/06/2014

30/06/2014

30/06/2014

30/06/2014

30/06/2014

I - O crédito em conta para correntistas do Banco do Brasil será efetuado a partir de julho/2013.

II - Pagamento pela FOPAG (através da folha de pagamento das entidades conveniadas) - o crédito será efetuado a partir de julho/2013.

III - Pagamento de Abono regularização cadastral (inciso II do art. 2º, desta Resolução) no período de 02.12.2013 a 30.06.2014."

No caso de falecimento do titular beneficiário do abono salarial, os agentes pagadores efetuarão o pagamento aos respectivos sucessores do de cujus por meio de alvará judicial, no qual deverão constar as seguintes informações:

a) identificação completa do representante legal; e

b) ano-base.

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Para fazer jus ao referido abono salarial de 1 salário-mínimo, vigente na data do respectivo pagamento, os empregados deverão atender às seguintes condições:

a) terem percebido, de empregadores contribuintes do PIS ou do Pasep, até 2 salários-mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e exercido atividade remunerada por, pelo menos, 30 dias, considerando-se o ano-base de 2012;

b) estarem cadastrados há, pelo menos, 5 anos no PIS/Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

Resolução Codefat nº 714/2013 - DOU 1 de 04.07.2013

Fonte: Legisweb

ESTABILIDADE DA EMPREGADA NA ADOÇÃO OU GUARDA JUDICIAL

Sergio Ferreira Pantaleão

A legislação é bem clara quanto às garantias de estabilidade da empregada gestante a partir da confirmação da gravidez, inclusive no caso do contrato de experiência ou determinado. Estabelece ainda que o período de licença-maternidade da gestante seja de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.

O artigo 10, II, "b" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal/88 confere à gestante a estabilidade provisória, desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto. 

"Art. 10 - Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere o artigo 7º, I da Constituição:

I - ...

II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:

a) ....

b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto." 

Não obstante, o art. 392-A da CLT (artigo inserido pela Lei 10.421/2002) também previa esta mesma garantia à empregada no caso de adoção ou quando obtivesse guarda judicial da criança.

Este artigo estabelecia (§§ 1º a 3º) que a empregada que adotasse uma criança teria garantido o direito à licença maternidade de forma proporcional, dependendo da idade da criança adotada, a saber:

1º) Até 1 (um) ano de idade : o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias.

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2º) A partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade: o período de licença será de 60 (sessenta) dias.

3º) A partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade: o período de licença será de 30 (trinta) dias.

No entanto, os referidos parágrafos foram revogados pela Lei 12.010/2009, estabelecendo assim que, independentemente da idade da criança adotada, a empregada terá direito ao período integral da licença maternidade prevista no art. 392 da CLT, ou seja, 120 dias.

A corroborar a este entendimento, a Medida Provisória 619/2013 publicada em 07.06.2013 alterou o art. 71-A na Lei 8.213/91, nos seguintes termos:

"Art. 71-A. À segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de cento e vinte dias."

A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. (Artigo acrescentado pela Lei nº 10.421, de 15.04.2002, DOU 16.04.2002)

Estabilidade para a Empregada na Adoção ou Guarda Judicial

Situação Anterior à Lei 12.010/2009

A legislação que concedeu o direito à licença de forma proporcional (Lei 10.421/2002) não especificou o período de estabilidade da empregada que fizesse a adoção ou que obtivesse a guarda judicial. Poderíamos, para tanto, obter três leituras neste caso:

1) Como a lei não se manifestou a respeito desta situação, independentemente do período de licença-maternidade, se de 120 dias, 60 dias ou 30 dias, poderíamos entender que a estabilidade seria de 5 (cinco) meses após a adoção ou da guarda judicial;

2) Por outro lado, poderíamos entender que a empregada não teria direito à estabilidade, uma vez que não está expresso em lei;

3) Numa terceira leitura, que poderia ser a mais coerente, como a própria lei havia estabelecido uma escala de dias de licença-maternidade, dependendo da idade da criança, partindo do princípio da proporcionalidade, poderíamos ter também o entendimento de que esta escala refletiria na estabilidade para o caso de adoção ou da guarda judicial, da seguinte forma:

Idade da Criança Período de Licença-Maternidade Período de Estabilidade da Empregada

Até 1 ano 120 dias 150 dias (cinco meses)

De 1 a 4 anos 60 dias 75 dias

De 4 a 8 anos 30 dias 38 dias

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Situação Atual - Após a Lei 12.010/2009 e a Medida Provisória 619/2013  

Com a revogação da proporcionalidade da licença através da Lei 12.010/2009 em relação à idade da criança adotada, bem como pela publicação da MP 619/2013 que alterou o art. 71-A da Lei 8.213/91, a estabilidade da gestante é a prevista na alínea "a" do art. 10 do ADCT, ou seja, 5 (cinco) meses após a adoção ou guarda.

A Lei 12.010/2009, publicada em 04/08/2009, passou a vigorar 90 (noventa) dias após sua publicação, ou seja, a partir de novembro/2009.

Assim, a empregada ou o empregado que adotasse uma criança a partir de então, independentemente da idade, passou a ter assegurado o direito à licença de 120 dias, bem como a estabilidade de 5 meses a partir da data da adoção.

Veja duas decisões (através dos respectivos links) a respeito sendo, uma do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) que reconheceu a um servidor público, na condição de pai solteiro, o direito à licença de 90 dias pela adoção de uma criança com menos de um ano de idade e outra, da sexta turma do TST, que julgou procedente o pedido de complemento de licença maternidade a uma empregada que havia adotado a criança em 1986 e a empresa, por procedimento interno, havia concedido apenas 60 dias de licença.

Segue abaixo a súmula do TST (Tribunal Superior do Trabalho) quanto à estabilidade da gestante: 

Nº 244 GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 88 e 196 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. 

I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). (ex-OJ nº 88 da SBDI-1 - DJ 16.04.2004 e republicada DJ 04.05.2004). 

II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula nº 244 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003). 

III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.(Alteração dada pela Resolução TST 185/2012 de 14.09.2012.).

É importante destacar que o regulamento interno das empresas é o instrumento pelo qual o empregador pode se valer para estabelecer regras (direitos e obrigações) aos empregados que a ela presta serviços.

Entretanto, tais regras não podem violar direitos já assegurados por lei, acordo ou convenção coletiva, situação em que o empregador estará contrariando o art. 9º da CLT e por conseguinte, o que caracterizaria tais regras como nulas de pleno direito.

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Portanto, embora seja prerrogativa do empregador se utilizar do regulamento para obrigar o empregado a cumprir com o que ali foi estabelecido, o limitador para esta imposição é a lei, o acordo ou a convenção coletiva da categoria profissional.

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) - Roteiro de Procedimentos

Roteiro - Previdenciário/Trabalhista - 2013/3430

Sumário

Introdução

I -Finalidade

II -Quem deve entregar

II.1 -Empresas com mais de um estabelecimento

III -Quem deve ser declarado

IV -Quem não deve ser declarado

V -Como informar

V.1 -Certificação digital

VI -Prazo de entrega

VII -Informação omitida ou incorreta

VIII -Extrato da movimentação processada

IX -Fiscalização

X -Multa administrativa

X.1 -Pagamento

XI -Consultoria FISCOSoft

Introdução

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi instituído pelaLei nº 4.923/1965.

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Neste Roteiro serão abordados os principais aspectos dessa obrigação imposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ao empregador.

Fundamentação:Lei nº 4.923/1965ePortaria MTE nº 235/2003.

I - Finalidade

O CAGED possibilita ao Governo Federal acompanhar a ocupação da mão de obra no emprego formal em todo o País, servindo como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, além de subsidiar a tomada de decisões para ações governamentais.

As informações contidas no CAGED são utilizadas, ainda, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas.

Fundamentação:art. 1º da Lei nº 4.923/1965; item 1 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI-10-1.

II - Quem deve entregar

Deve informar ao MTE todo estabelecimento que tenha admitido, desligado ou transferido empregado com contrato de trabalho regido pelaConsolidação das Leis do Trabalho(CLT), ou seja, que tenha efetuado qualquer tipo de movimentação em seu quadro de empregados.

As microempresas e empresas de pequeno porte se sujeitam à tal obrigatoriedade.

Fundamentação:art. 52, IV da Lei Complementar nº 123/2006; item 2 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI-10-1.

II.1 - Empresa com mais de um estabelecimento

Se a empresa possuir mais de um estabelecimento deverá remeter ao Ministério do Trabalho e Emprego arquivos específicos a cada um, separadamente, com as comunicações de movimentação e os dados suficientes à identificação e à localização do estabelecimento que teve movimentação de empregados.

Fundamentação:art. 2º da Portaria MTE nº 235/2003.

III - Quem deve ser declarado

Devem constar no CAGED:

a) empregados contratados por empregadores, pessoa física ou jurídica, sob regime da CLT, por prazo indeterminado ou determinado;

b) empregados rurais, nos termos daLei nº 5.889/1973(Estatuto do Trabalhador Rural);

c) aprendiz

Os títulos e códigos constantes da CBO (Código Brasileira de Ocupações), bem como da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) devem ser utilizados para relacionar a categoria dos trabalhadores e da atividade econômica.

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Fundamentação:Lei nº 5.889/1973;art. 1º do Decreto nº 5.598/2005;art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho;art. 2º, III da Portaria MTE nº 397/2002;Resolução CONCLA nº 2/2010; itens 2, 3.5 e 4.5 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI-10-1.

IV - Quem não deve ser declarado

Não devem constar no CAGED:

a) servidor da administração pública direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, bem como das fundações, inclusive os não efetivos (demissíveis ad nutum e não regidos pelaCLT), os cedidos e os requisitados;

b) trabalhador avulso: aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos daLei nº 12.815/2013(conversão daMedida Provisória nº 595/2012), ou do sindicato da categoria;

c) diretores sem vínculo empregatício, para os quais o estabelecimento/entidade tenha optado pelo recolhimento do FGTS;

d) diretor sem vínculo empregatício para o qual não é recolhido FGTS;

e) dirigente sindical;

f) autônomo;

g) eventual;

h) ocupante de cargo eletivo, a partir da data da posse, desde que não tenham feito opção pelos vencimentos do órgão de origem;

i) estagiário;

j) empregado doméstico: aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos;

k) cooperado;

l) trabalhador contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos daLei nº 8.745/1993

Fundamentação:art. 1º da Lei nº 5.859/1972;art. 16 da Lei nº 8.036/1990;Lei nº 8.745/1993;Lei nº 12.815/2013;Lei nº 11.788/2008;arts. 428e442, parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho;art. 7º da Instrução Normativa RFB nº 971/2009e item 4 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI-10-1.

V - Como informar

O estabelecimento ou entidade que possua movimentação de admissão, desligamento e transferência de empregado celetista no mês de referência poderá utilizar uma das seguintes forma para prestar sua declaração:

a) Aplicativo do CAGED Informatizado (ACI);

b) Formulário Eletrônico do CAGED (FEC);

c) Sistema próprio de Folha de Pagamento, conforme layout vigente disponível no sitehttp//www.caged.gov.br.

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Os programas do CAGED podem ser copiados, gratuitamente, nos seguintes endereços eletrônicos do Ministério do Trabalho e Emprego:http://www.mte.gov.br, opção CAGED ouhttp://www.caged.gov.br.

Fundamentação:Portaria MTE nº 235/2003; itens 5 e 5.1 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1.

V.1 - Certificação digital

A partir de 11 de janeiro de 2013 será obrigatória a utilização de certificado digital válido, padrão ICP Brasil, para a transmissão da declaração da CAGED por todos os estabelecimentos que possuam a partir de 20 trabalhadores no 1º dia do mês de movimentação, exceto para os estabelecimentos que possuam menos de 20 trabalhadores.

As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo este o CPF ou o CNPJ.

As movimentações do CAGED entregues fora do prazo deverão ser declaradas obrigatoriamente com a utilização de certificado digital válido padrão ICP Brasil.

Fundamentação:arts. 2ºe5º da Portaria MTE nº 2.124/2012.

VI - Prazo de entrega

O arquivo do CAGED deve ser encaminhado ao Ministério do Trabalho e Emprego até o dia 07 (sete) do mês subsequente ao das admissões e/ou demissões de empregados.

O arquivo gerado deverá ser enviado ao MTE via internet ou entregue em suas Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego, Subdelegacias ou Agências de Atendimento.

Fundamentação:art. 1º, § 1º da Lei nº 4.923/1965;arts. 1ºe3º da Portaria MTE nº 235/2003; item 7 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1.

VII - Informação omitida ou incorreta

As informações que não estiverem conforme as especificações do MTE contidas no Manual de Instruções do CAGED, não serão processadas. Para esses estabelecimentos o CAGED será considerado como não entregue até que as mesmas sejam totalmente corrigidas.

A informação omitida ou a informação prestada de forma incorreta ao CAGED, referentes a meses anteriores ou à competência atual, deverão ser corrigidas por meio do arquivo ACERTO.

Os programas do CAGED podem ser copiados, gratuitamente, nos seguintes endereços eletrônicos do Ministério do Trabalho e Emprego:http://www.mte.gov.br, opção CAGED ouhttp://www.caged.gov.br.

Fundamentação: item 10 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1.

VIII - Extrato da Movimentação Processada

O Ministério do Trabalho e Emprego disponibilizará para impressão na internet (http://www.mte.gov.br/cagedouhttp://www.caged.gov.br), após o dia 20 de cada mês, o Extrato da Movimentação Processada, contendo o resumo das informações processadas para todos estabelecimentos que informaram admissões ou desligamentos ao CAGED via meio magnético.

Fundamentação:art. 1º da Portaria MTE 235/2003; item 9 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1.

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IX - Fiscalização

A cópia do arquivo, o recibo de entrega e o Extrato da Movimentação Processada, deverão ser mantidos no estabelecimento a que se referem, pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses a contar da data do envio, para fins de comprovação perante a fiscalização trabalhista.

O Extrato da Movimentação Processada estará disponível para impressão, na internet, após o dia 20 (vinte) de cada mês no endereçowww.mte.gov.br, opção CAGED.

Fundamentação:art. 1º, §§ 2º e 3º da Portaria MTE nº 235/2003.

X - Multa administrativa

A entrega do arquivo após o dia 7º (sétimo) do mês subsequente ao da movimentação do empregado, a omissão de informações ou a prestação de declaração falsa ou inexata, sujeitará o empregador ao pagamento de multa.

De acordo com oart. 10 da Lei nº 4.923/1965, a falta da comunicação relacionada à movimentação dos empregados no prazo, importa na aplicação automática de multa no valor de 1/3 (um terço) do salário mínimo regional, por empregado, de competência da Delegacia Regional do Trabalho. A referida multa fica reduzida para 1/9 (um nono) e 1/6 (um sexto) do salário mínimo regional, por empregado, quando, antes de qualquer procedimento fiscal por parte do Ministério do Trabalho e Previdência Social, a comunicação for feita, respectivamente, dentro de 30 (trinta) ou 60 (sessenta) dias, após o término do prazo fixado.

Atualmente, aPortaria MTB nº 290/1997estabelece que a entrega do CAGED em atraso sujeitará o infrator às seguintes multas administrativas:

Natureza Infração Base legal Quantidade (UFIR) Observações

Entrega de CAGED c/ atraso até 30 diasLei nº 4.923/1965

Lei nº 4.923/1965, art. 10, parágrafo único

4,2000 Por empregado

Entrega de CAGED c/ atraso de 31 até 60 dias

Lei nº 4.923/1965

Lei nº 4.923/1965, art. 10, parágrafo único

6,3000 Por empregado

Entrega de CAGED c/ atraso acima de 60 dias

Lei nº 4.923/1965

Lei nº 4.923/1965, art. 10 12,6000 Por empregado

A expressão monetária da UFIR é de R$ 1,0641. Entende-se que para o pagamento da multa administrativa em tela não se aplica o disposto noart. 68 da Lei nº 9.430/1996, que veda a utilização de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) para o pagamento de tributos e contribuições de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais).

Verifica-se que a multa é calculada de acordo com o tempo de atraso e a quantidade de empregados omitidos.

Para encontrar o período de atraso, deve-se iniciar a contagem a partir da data máxima permitida para o envio das informações, ou seja, o dia 07 (sete) do mês subsequente à movimentação não declarada.

Fundamentação:art. 68 da Lei nº 9.430/1996;art. 4º da Portaria MTE nº 235/2003; Anexo I daPortaria MTB nº 290/1997;art. 29 da Medida Provisória nº 1.973-67/2000;art. 29 da Medida Provisória nº 2.176-79/2001;art. 29 da Lei nº 10.522/2002;art. 6º da Lei nº 10.192/2001;Portaria MF nº 488/1999;arts. 3ºe4º da Portaria MTE nº 2.124/2012; item 11 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1.

X.1 - Pagamento

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A multa deverá ser recolhida no Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), em duas vias, em qualquer estabelecimento bancário autorizado, da seguinte forma.

- Campo 01: informar nome e telefone

- Campo 03: informar o CNPJ da empresa

- Campo 04: informar o código 2877

- Campo 05: informar o código 3800165790300843-7

- Campo 06: informar o dia em que está sendo recolhida a multa

- Campo 07: informar o valor da multa

- Campo 10: informar o valor total

O MTE orienta que o empregado efetue o pagamento da multa por meio do DARF no mesmo dia da postagem ou entrega das informações, via CAGED.

Uma via do DARF deverá ser arquivada com a 2ª via do CAGED (relatórios/extratos/disquetes) para comprovação junto à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Não é necessário enviar cópia do DARF ao MTE.

A multa deve ser paga antes de qualquer procedimento fiscal por parte do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segue exemplo de pagamento de multa:

Empresa "X" realizou a movimentação de 20 empregados no mês de janeiro de 20XX e enviou o CAGED em 20 de fevereiro de 20XX. Qual o valor da multa?

- Atraso: até 30 dias- Número de empregados não informados: 20- Valor da multa (por empregado): 4,2 UFIR- Valor da UFIR: R$ 1,0641- Multa a ser paga: R$ 89,39 (4,2 x R$ 1,0641 x 20)- Data da entrega do CAGED: 20.02.20XX- Data do pagamento da multa: 20.02.20XX

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Fundamentação: Item 11 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1.

XI - Consultoria FISCOSoft

1 - A microempresa está dispensada da entrega do CAGED quando há admissão ou dispensa de empregados?

R.: Não, a microempresa ou empresa de pequeno porte estão obrigadas a prestar informações relativas à admissão, desligamento ou transferência dos empregados (art. 52, IV da Lei Complementar nº 123/2006).

2 - É devida a prestação de informações por meio do CAGED quando ocorre a transferência de empregados?

R.: Sim, tanto o estabelecimento que transfere quanto o que recepciona o empregado devem informar a movimentação desse trabalhador por meio do CAGED, com código de transferência específicos (de saída e de entrada), respectivamente (item 5 do Manual de Instruções do CAGED, versão ACI 10-1).

Leia mais:http://www.fiscosoft.com.br/index.php?PID=97848&o=4&home=trabprev&secao=0&optcase=&flag_mf=&flag_mt=#ixzz2Ye3YWEQ7

Auxílio-Acidente - Roteiro de ProcedimentosIntrodução

I -Beneficiários

II -Direito

III -Trabalhadores que não fazem jus ao benefício

IV -Desempregado

V -Médico residente

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VI -Acidente de qualquer natureza

VII -Novo auxílio-acidente

VIII -Valor do benefício

IX -Suspensão do benefício

X -Recebimento conjunto de auxílio-acidente com aposentadoria

XI -Relação das situações que dão direito ao auxílio-acidente

XII -Consultoria FISCOSoft

Introdução

Este Roteiro trata das regras gerais de concessão do auxílio-acidente aos segurados da Previdência Social.

I - Beneficiários

É devido o benefício previdenciário de auxílio-acidente ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial, e a partir de 31 de dezembro de 2008, data da publicação doDecreto nº 6.722/2008, quando oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de manutenção da qualidade de segurado, desde que atendidos os requisitos exigidos para o benefício.

A Emenda Constitucional nº 72/2013estendeu ao empregador doméstico a obrigação de contribuir com o seguro contra acidentes de trabalho, no entanto, ainda não houve regulamentação da referida obrigação. Quando da regulamentação desta regra o empregado doméstico passará a ter o direito a receber benefício decorrente de acidente do trabalho.

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuição:

a) sem limite de prazo, para aquele em gozo de benefício, inclusive durante o período de recebimento de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar;

b) até 12 (doze) meses após a cessação de benefícios por incapacidade ou após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

c) até 12 (doze) meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

d) até 12 (doze) meses após o livramento, para o segurado detido ou recluso;

e) até 03 (três) meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;

f) até 06 (seis) meses após a cessação das contribuições, para o segurado facultativo.

O prazo previsto na linha "b" será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses, se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

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Fundamentação:art. 7º, inciso XXVIII e parágrafo único da Constituição Federal, com redação alterada pelaEmenda Constitucional nº 72/2013;art. 86 da Lei nº 8.213/1991;art.104, "caput" do Decreto nº 3.048/1999;Decreto nº 6.722/2008;arts. 10e311 da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

II - Direito

O auxílio-acidente será concedido como indenização, condicionado à confirmação pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, discriminadas no anexo III do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovada peloDecreto nº 3.048/1999, que implique:

a) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;

b) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, exigindo maior esforço para o desempenho da mesma atividade da época do acidente; ou

c) impossibilidade do desempenho da atividade que exercia a época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS.

O auxílio-acidente também será devido ao segurado que, indevidamente, foi demitido pela empresa no período em que estava recebendo auxílio-doença decorrente de acidente de qualquer natureza, e que as sequelas definitivas resultantes estejam conforme discriminadas nas linhas "a", "b" e "c".

Fundamentação:art. 104, § 1º, anexo III do Decreto nº 3.048/1999;art. 312 "caput" e § 1º, da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

III - Trabalhadores que não fazem jus ao benefício

Não caberá a concessão de auxílio-acidente de qualquer natureza ao segurado:

a) empregado doméstico, contribuinte individual e facultativo;

A Emenda Constitucional nº 72/2013estendeu ao empregador doméstico a obrigação de contribuir com o seguro contra acidentes de trabalho, no entanto, ainda não houve regulamentação da referida obrigação. Quando da regulamentação desta regra o empregado doméstico passará a ter o direito a receber benefício decorrente de acidente do trabalho.

b) que na data do acidente não detinha mais a qualidade de segurado;

c) que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade laborativa;

d) quando ocorrer mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.

Considerar-se-á a atividade exercida na

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data do acidente.

Fundamentação:art. 7º, inciso XXVIII e parágrafo único da Constituição Federal, com redação alterada pelaEmenda Constitucional nº 72/2013;art. 104, §§ 4º e 8º, do Decreto nº 3.048/1999;art. 312, §§ 2º e 3º, da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

IV - Desempregado

Para requerimentos efetivados até 30 de dezembro de 2008 (véspera da publicação doDecreto nº 6.722 / 2008 ), tratando-se de reabertura de auxílio-doença por acidente do trabalho na condição de desempregado, e após sua cessação, ocorrer indicação pela perícia médica de recebimento de auxílio-acidente, deverá ser verificado para direito ao benefício, se a data do início da incapacidade (DII) do auxílio-doença foi fixada até o último dia de trabalho do vínculo onde ocorreu o acidente.

Fundamentação:Decreto nº 6.722 / 2008 ;art. 312 § 4º, da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

V - Médico residente

O médico residente fará jus ao auxílio-acidente, quando o acidente tiver ocorrido até 26 de novembro de 2001, data da publicação doDecreto nº 4.032, de 26 de novembro de 2001.

Fundamentação:art. 104 do Decreto nº 3.048/1999;Decreto nº 4.032/2001;art. 312 § 5º, da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

VI - Acidente de qualquer natureza

O auxílio-acidente decorrente de acidente de qualquer natureza é devido desde 29 de abril de 1995, data da publicação daLei nº 9.032/1995, independentemente da data do início do benefício (DIB) que o precedeu, se atendidas todas as condições para sua concessão.

Fundamentação:art. 313 da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

VII - Novo auxílio-acidente

Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente, em decorrência de outro acidente ou de doença, serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso.

Fundamentação:art. 314 da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

VIII - Valor do benefício

O valor da renda mensal inicial (RMI) do auxílio-acidente com início a partir de 29 de abril de 1995, data da publicação daLei nº 9.032/1995,será calculado, observando-se a data do início do benefício (DIB) do auxílio-doença que o precedeu, conforme a seguir:

a) se a DIB do auxílio-doença for anterior a 5 de outubro de 1988 (vigência da Constituição Federal), a RMI do auxílio-acidente será de 50% (cinquenta por cento) do salário de benefício do auxílio-doença, com a devida equivalência de salários mínimos até agosto de 1991 e reajustado, posteriormente, pelos índices de manutenção até a data do início do auxílio-acidente;

b) se a DIB do auxílio-doença for a partir de 5 de outubro de 1988 (vigência da Constituição Federal), a RMI do auxílio-acidente será de 50% (cinquenta por cento) do salário de benefício do auxílio-doença, reajustado pelos índices de manutenção até a DIB do auxílio-acidente.

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Fundamentação:Lei nº 9.032/1995;art. 104, § 1º, do Decreto nº 3.048/1999;arts. 188e315 da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

IX - Suspensão do benefício

O auxílio-acidente será suspenso quando da concessão ou da reabertura do auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença que lhe tenha dado origem.

O auxílio-acidente suspenso será restabelecido após a cessação do auxílio-doença concedido ou reaberto.

O auxílio-acidente suspenso será cessado, se concedida aposentadoria, salvo nos casos em que é permitida a acumulação.

Se concedido novo auxílio-doença decorrente da mesma doença dentro de 60 (sessenta) dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos 15 (quinze) primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso.

Fundamentação:art. 104, § 6º, do Decreto nº 3.048/1999;art. 75, § 3º, do Decreto nº 3.048/1999;art. 316 da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

X - Recebimento conjunto de auxílio-acidente com aposentadoria

Ressalvado o direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto de auxílio-acidente com aposentadoria, a partir de 11 de novembro de 1997 (data da publicação daLei nº 9.528/1997), devendo o auxílio-acidente ser cessado:

a) no dia anterior ao início da aposentadoria ocorrida a partir dessa data;

b) na data da emissão de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) na forma da contagem recíproca; ou

c) na data do óbito.

Fundamentação:Lei nº 9.528/1997;art. 317eart. 421, inciso V, da Instrução Normativa INSS nº 45/2010, com redação alterada pelaInstrução Normativa INSS nº 62/2012.

XI - Relação das situações que dão direito ao auxílio-acidente

QUADRO Nº 1

Aparelho visual

Situações:

a) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,2 no olho acidentado;

b) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 em ambos os olhos, quando ambos tiverem sido acidentados;

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c) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 no olho acidentado, quando a do outro olho for igual a 0,5 ou menos, após correção;

d) lesão da musculatura extrínseca do olho, acarretando paresia ou paralisia;

e) lesão bilateral das vias lacrimais, com ou sem fístulas, ou unilateral com fístula.

A acuidade visual restante é avaliada pela escala de Wecker, em décimos, e após a correção por lentes.

A nubécula e o leucoma são analisados em função da redução da acuidade ou do prejuízo estético que acarretam, de acordo com os quadros respectivos.

 

QUADRO Nº 2

Aparelho auditivo

TRAUMA ACÚSTICO

a) perda da audição no ouvido acidentado;

b) redução da audição em grau médio ou superior em ambos os ouvidos, quando os dois tiverem sido acidentados;

c) redução da audição, em grau médio ou superior, no ouvido acidentado, quando a audição do outro estiver também reduzida em grau médio ou superior.

A capacidade auditiva em cada ouvido é avaliada mediante audiometria apenas aérea, nas freqüências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz.

A redução da audição, em cada ouvido, é avaliada pela média aritmética dos valores, em decibéis, encontrados nas freqüências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz, segundo adaptação da classificação de Davis & Silvermann, 1970.

Audição normal - até vinte e cinco decibéis.

Redução em grau mínimo - vinte e seis a quarenta decibéis;

Redução em grau médio - quarenta e um a setenta decibéis;

Redução em grau máximo - setenta e um a noventa decibéis;

Perda de audição - mais de noventa decibéis.

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QUADRO Nº 3

Aparelho da fonação

Situação: perturbação da palavra em grau médio ou máximo, desde que comprovada por métodos clínicos objetivos.

QUADRO Nº 4

Prejuízo estético

Situações: prejuízo estético, em grau médio ou máximo, quando atingidos crânios, e/ou face, e/ou pescoço ou perda de dentes quando há também deformação da arcada dentária que impede o uso de prótese.

Só é considerada como prejuízo estético a lesão que determina apreciável modificação estética do segmento corpóreo atingido, acarretando aspecto desagradável, tendo-se em conta sexo, idade e profissão do acidentado.

A perda anatômica de membro, a redução de movimentos articulares ou a alteração da capacidade funcional de membro não são considerados como prejuízo estético, podendo, porém, ser enquadradas, se for o caso, nos quadros respectivos.

 

QUADRO Nº 5

Perdas de segmentos de membros

Situações:

a) perda de segmento ao nível ou acima do carpo;

b) perda de segmento do primeiro quirodáctilo, desde que atingida a falange proximal;

c) perda de segmentos de dois quirodáctilos, desde que atingida a falange proximal em pelo menos um deles;

d) perda de segmento do segundo quirodáctilo, desde que atingida a falange proximal;

e) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais quirodáctilos;

f) perda de segmento ao nível ou acima do tarso;

g) perda de segmento do primeiro pododáctilo, desde que atingida a falange proximal;

h) perda de segmento de dois pododáctilos, desde que atingida a falange proximal em ambos;

i) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais pododáctilos.

Para efeito de enquadramento, a perda parcial de parte óssea de um segmento equivale à perda do segmento. A perda parcial de partes moles sem perda de parte óssea do segmento não é considerada para efeito de enquadramento.

 

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QUADRO Nº 6

Alterações articulares

Situações:

a) redução em grau médio ou superior dos movimentos da mandíbula;

b) redução em grau máximo dos movimentos do segmento cervical da coluna vertebral;

c) redução em grau máximo dos movimentos do segmento lombo-sacro da coluna vertebral;

d) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações do ombro ou do cotovelo;

e) redução em grau médio ou superior dos movimentos de pronação e/ou de supinação do antebraço;

f) redução em grau máximo dos movimentos do primeiro e/ou do segundo quirodáctilo, desde que atingidas as articulações metacarpo-falangeana e falange-falangeana;

g) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações coxo-femural e/ou joelho, e/ou tíbio-társica.

Os graus de redução de movimentos articulares referidos neste quadro são avaliados de acordo com os seguintes critérios:

Grau máximo: redução acima de dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;

Grau médio: redução de mais de um terço e até dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;

Grau mínimo: redução de até um terço da amplitude normal do movimento da articulação.

A redução de movimentos do cotovelo, de pronação e supinação do antebraço, punho, joelho e tíbio-társica, secundária a uma fratura de osso longo do membro, consolidada em posição viciosa e com desvio de eixo, também é enquadrada dentro dos limites estabelecidos.

 

QUADRO Nº 7

Encurtamento de membro inferior

Situação: encurtamento de mais de 4 cm (quatro centímetros).

A preexistência de lesão de bacia deve ser considerada quando da avaliação do encurtamento

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QUADRO Nº 8

Redução da força e/ou da capacidade funcional dos membros

Situações:

a) redução da força e/ou da capacidade funcional da mão, do punho, do antebraço ou de todo o membro superior em grau sofrível ou inferior da classificação de desempenho muscular;

b) redução da força e/ou da capacidade funcional do primeiro quirodáctilo em grau sofrível ou inferior;

c) redução da força e/ou da capacidade funcional do pé, da perna ou de todo o membro inferior em grau sofrível ou inferior.

Esta classificação se aplica a situações decorrentes de comprometimento muscular ou neurológico. Não se aplica a alterações decorrentes de lesões articulares ou de perdas anatômicas constantes dos quadros próprios.

Na avaliação de redução da força ou da capacidade funcional é utilizada a classificação da carta de desempenho muscular da The National Foundation for Infantile Paralysis, adotada pelas Sociedades Internacionais de Ortopedia e Traumatologia, e a seguir transcrita:

Desempenho muscular

Grau 5 - Normal - cem por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra grande resistência.

Grau 4 - Bom - setenta e cinco por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra alguma resistência.

Grau 3 - Sofrível - cinqüenta por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade sem opor resistência.

Grau 2 - Pobre - vinte e cinco por cento - Amplitude completa de movimento quando eliminada a gravidade.

Grau 1 - Traços - dez por cento - Evidência de leve contração. Nenhum movimento articular.

Grau 0 (zero) - zero por cento - Nenhuma evidência de contração.

Grau E ou EG - zero por cento - Espasmo ou espasmo grave.

Grau C ou CG - Contratura ou contratura grave.

O enquadramento dos casos de grau sofrível ou inferior abrange, na prática, os casos de redução em que há impossibilidade de movimento contra alguma força de resistência além da força de gravidade.

 

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QUADRO Nº 9

Outros aparelhos e sistemas

Situações:

a) segmentectomia pulmonar que acarrete redução em grau médio ou superior da capacidade funcional respiratória; devidamente correlacionada à sua atividade laborativa.

b) perda do segmento do aparelho digestivo cuja localização ou extensão traz repercussões sobre a nutrição e o estado geral.

DOENÇAS PROFISSIONAIS E AS DO TRABALHO

As doenças profissionais e as do trabalho, que após consolidações das lesões resultem seqüelas permanentes com redução da capacidade de trabalho, deverão ser enquadradas conforme o art. 104 deste Regulamento.

Fundamentação: anexo III doDecreto nº 3.048/1999.

XII - Consultoria FISCOSoft

1 - Empregado doméstico tem direito ao auxílio-acidente?

O empregado doméstico não terá direito a concessão de auxílio-acidente de qualquer natureza.

É importantante observar que aEmenda Constitucional nº 72/2013estendeu ao empregador doméstico a obrigação de contribuir com o seguro contra acidentes de trabalho, no entanto, ainda não houve regulamentação da referida obrigação. Quando da regulamentação desta regra o empregado doméstico passará a ter o direito a receber benefício decorrente de acidente do trabalho.

Fundamentação:art. 7º, inciso XXVIII e parágrafo único da Constituição Federal, com redação alterada pelaEmenda Constitucional nº 72/2013;art. 312, § 2º, inciso I da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

2 - O médico residente tem direito ao auxílio-acidente?

O médico residente fará jus ao auxílio-acidente, quando o acidente tiver ocorrido até 26 de novembro de 2001

Fundamentação:art. 312, § 5º, da Instrução Normativa INSS nº 45/2010.

Leia mais:http://www.fiscosoft.com.br/index.php?PID=121376&o=4&home=trabprev&secao=0&optcase=&flag_mf=&flag_mt=#ixzz2YSGlYbtq

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INSS do produtor rural (Funrural) - Comercialização da produção e folha de pagamento - Roteiro de Procedimentos

Sumário

Introdução

I -Conceitos

II -Cadastro do INSS

II.1 -Matrícula CEI

II.2 -Pessoa física

II.3 -Pessoa jurídica

II.4 -Parceiro, meeiro, arrendatário e comodatário

II.5 -Consórcio de produtores rurais

II.6 -Segurado especial

III -Fato gerador das contribuições sociais

III.1 -Outros fatos geradores fatos geradores de contribuições sociais

III.2 -Parceria de produção rural integrada

III.3 -Contratos de compra e venda para entrega futura

IV -Exportação e importação

V -Base de cálculo das contribuições sociaisIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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VI -Agroindústria

VI.1 -Base de cálculo das contribuições da agroindústria

VII -Contribuição sobre a produção rural

VII.1 -Não aplicação da substituição

VII.2 -Produção de ração

VII.3 -Florestamento e reflorestamento

VII.4 -Contribuições apuradas com base na receita bruta

VIII -Contribuição sobre a folha de pagamento

VIII.1 -Discriminação das alíquotas

IX -Responsabilidade pelo recolhimento das contribuições Incidentes sobre a comercialização da produção rural

IX.1 -Comprovação da destinação da produção rural

IX.2 -Entidade Beneficente de Assistência Social (EBAS)

IX.3 -Presunção de recolhimento

X -Instituição de ensino, hospitais, creches, hotéis

XI -Garimpeiro

XII -Aquisição de produtos de terceiros

XIII -Excremento de animais

XIV -Prazo de recolhimento

XV -GFIP/SEFIP

XV.1 -Comercialização da produção rural decorrente de exportação

XVI -Inconstitucionalidade da contribuição previdenciária sobre a comercialização da produção rural

XVII -Exemplos de cálculos de contribuição previdenciária

XVIII -Jurisprudência

XIX -Consultoria FISCOSoft

Introdução

Foram definidas regras específicas para a contribuição destinada à Seguridade Social do produtor rural, conforme é demonstrado neste Roteiro.

Essa contribuição também é denominada de Funrural, embora referida nomenclatura já tenha sido abolida da legislação atual.

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I - Conceitos

Antes de adentrar na contribuição previdência (INSS), seguem alguns conceitos pertinentes à matéria:

a) produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, sendo:

a.1) produtor rural pessoa física:

a.1.1) o segurado especial que, na condição de proprietário, parceiro, meeiro, comodatário ou arrendatário, pescador artesanal ou a ele assemelhado, exerce a atividade individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar;

a.1.2) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;

b) produtor rural pessoa jurídica:

b.1) o empregador rural que, constituído sob a forma de firma individual ou de empresário individual, assim considerado peloart. 931 da Lei nº 10.406, de 2002(Código Civil), ou sociedade empresária, tem como fim apenas a atividade de produção rural, observado o disposto no inciso III do § 2º doart. 175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009que prevê:

Art. 175. As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, industrializada ou não, substituem as contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento dos segurados empregados e trabalhadores avulsos, previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sendo devidas por:(...)§ 2º Não se aplica a substituição prevista no caput, hipótese em que são devidas as contribuições previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991:(...)III - quando o produtor rural pessoa jurídica, além da atividade rural:a) prestar serviços a terceiros em condições que não caracterize atividade econômica autônoma, definida no inciso XXII do art. 165, exclusivamente em relação a remuneração dos segurados envolvidos na prestação dos serviços, excluída a receita proveniente destas operações da base de cálculo das contribuições referidas no caput;b) exercer outra atividade econômica autônoma, definida no inciso XXII do art. 165, seja comercial, industrial ou de serviços, em relação à remuneração de todos os empregados e trabalhadores avulsos;(...)

b.2) a agroindústria que desenvolve as atividades de produção rural e de industrialização da produção rural própria ou da produção rural própria e da adquirida de terceiros, observado o disposto no inciso IV do § 2º e no § 3º doart. 175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009que prevê:

Art. 175. As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, industrializada ou não, substituem as contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento dos segurados empregados e trabalhadores avulsos, previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sendo devidas por:(...)§ 2º Não se aplica a substituição prevista no caput, hipótese em que são devidas as contribuições previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991:(...)IV - em relação à remuneração dos segurados envolvidos na prestação de serviços a terceiros pela agroindústria, independentemente de ficar a mesma caracterizada como atividade econômica autônoma, sendo, neste caso, excluída a receita proveniente destas operações da base de cálculo da contribuição sobre a receita bruta.§ 3º Nas hipóteses da alínea "a" do inciso III e do inciso IV do § 2º, relativamente à remuneração dos segurados

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envolvidos na prestação de serviços, devem ser elaboradas folha de pagamento e GFIP com informações distintas por tomador.

b.3) atividade econômica autônoma a que não constitui parte de atividade econômica mais abrangente ou fase de processo produtivo mais complexo, e que seja exercida mediante estrutura operacional definida, em um ou mais estabelecimentos.

c) beneficiamento, a primeira modificação ou o preparo dos produtos de origem animal ou vegetal, realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física e desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), por processos simples ou sofisticados, para posterior venda ou industrialização, sem lhes retirar a característica original, assim compreendidos, dentre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, debulhação, secagem, socagem e lenhamento;

d) industrialização rudimentar, o processo de transformação do produto rural, realizado pelo produtor rural pessoa física ou pessoa jurídica, alterando-lhe as características originais, tais como a pasteurização, o resfriamento, a fermentação, a embalagem, o carvoejamento, o cozimento, a destilação, a moagem, a torrefação, a cristalização, a fundição, dentre outros similares;

e) subprodutos e resíduos, aqueles que, mediante processo de beneficiamento ou de industrialização rudimentar de produto rural original, surgem sob nova forma, tais como a casca, o farelo, a palha, o pelo e o caroço, dentre outros;

f) adquirente, a pessoa física ou jurídica que adquire a produção rural para uso comercial, industrial ou para qualquer outra finalidade econômica;

g) consignatário, o comerciante a quem a produção rural é entregue para que seja comercializada, de acordo com as instruções do fornecedor;

h) consumidor, a pessoa física ou jurídica que adquire a produção rural no varejo ou diretamente do produtor rural, para uso ou consumo próprio;

i) arrematante, a pessoa física ou jurídica que arremata ou que adquire produção rural em leilões ou praças;

j) sub-rogado, a condição de que se reveste a empresa adquirente, consumidora ou consignatária, ou a cooperativa que, por expressa disposição de lei, torna-se diretamente responsável pelo recolhimento das contribuições devidas pelo produtor rural pessoa física e pelo segurado especial;

k) parceria rural, o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder a outra, por tempo determinado ou não, o uso de imóvel rural, de parte ou de partes de imóvel rural, incluindo ou não benfeitorias e outros bens, ou de embarcação, com o objetivo de nele exercer atividade agropecuária ou pesqueira ou de lhe entregar animais para cria, recria, invernagem, engorda ou para extração de matéria- prima de origem animal ou vegetal, mediante partilha de risco, proveniente de caso fortuito ou de força maior, do empreendimento rural e dos frutos, dos produtos ou dos lucros havidos, nas proporções que estipularem;

l) parceiro, aquele que, comprovadamente, tem contrato de parceria com o proprietário do imóvel ou embarcação e nele desenvolve atividade agropecuária ou pesqueira, partilhando os lucros conforme o ajustado em contrato;

m) meeiro, aquele que, comprovadamente, tem contrato com o proprietário do imóvel ou de embarcação e nele desenvolve atividade agropecuária ou pesqueira, dividindo os rendimentos auferidos em partes iguais;

n) parceria de produção rural integrada, o contrato entre produtores rurais, pessoa física com pessoa jurídica ou pessoa jurídica com pessoa jurídica, objetivando a produção rural para fins de industrialização ou de comercialização, sendo o resultado partilhado nos termos contratuais;

o) arrendamento rural, o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a ceder a outra, por tempo determinado ou não, o uso e o gozo de imóvel rural, de parte ou de partes de imóvel rural, incluindo ou não outros bens e outras benfeitorias, ou embarcação, com o objetivo de nele exercer atividade de exploração agropecuária ou pesqueira mediante certa retribuição ou aluguel;

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p) arrendatário, aquele que, comprovadamente, utiliza o imóvel ou embarcação, mediante retribuição acertada ou pagamento de aluguel ao arrendante, com o objetivo de nele desenvolver atividade agropecuária ou pesqueira;

q) comodato rural, o empréstimo gratuito de imóvel rural, de parte ou de partes de imóvel rural, incluindo ou não outros bens e outras benfeitorias, ou embarcação, com o objetivo de nele ser exercida atividade agropecuária ou pesqueira;

r) comodatário, aquele que, comprovadamente, explora o imóvel rural ou embarcação pertencente a outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo indeterminado ou não, com o objetivo de nele desenvolver atividade agropecuária ou pesqueira;

s) consórcio simplificado de produtores rurais, a união de produtores rurais pessoas físicas que, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos, outorga a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhador para a exclusiva prestação de serviços aos integrantes desse consórcio, observado que:

s.1) a formalização do consórcio ocorre por meio de documento registrado em cartório de títulos e documentos, que deverá conter a identificação de cada produtor rural pessoa física, seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no Incra ou informações relativas à parceria, à meação, ao comodato ou ao arrendamento e a matrícula de cada um dos produtores rurais no CEI; e

s.2) o consórcio simplificado de produtores rurais equipara-se ao empregador rural pessoa física;

t) cooperativa de produção rural, a sociedade de produtores rurais pessoas físicas, ou de produtores rurais pessoas físicas e pessoas jurídicas que, organizada na forma da lei, constitui-se em pessoa jurídica com o objetivo de produzir e industrializar, ou de produzir e comercializar, ou de produzir, industrializar e comercializar a sua produção rural;

u) cooperativa de produtores rurais, a sociedade organizada por produtores rurais pessoas físicas ou por produtores rurais pessoas físicas e pessoas jurídicas, com o objetivo de comercializar, ou de industrializar, ou de industrializar e comercializar a produção rural dos cooperados;

v) atividade econômica autônoma, quer seja comercial, industrial ou de serviços, aquela exercida mediante estrutura operacional definida, em estabelecimento específico ou não, com a utilização de mão de obra distinta daquela utilizada na atividade de produção rural ou agroindustrial, independentemente da atividade preponderante do produtor rural ou da agroindústria.

Considera-se industrialização, para fins de enquadramento do produtor rural pessoa jurídica como agroindústria, a atividade de beneficiamento, quando constituir parte da atividade econômica principal ou fase do processo produtivo, e concorrer, nessa condição, em regime de conexão funcional, para a consecução do objeto da sociedade.

Até 31 de outubro de 2001, enquadravam-se como agroindústrias, as indústrias com atividades relacionadas a seguir, com ou sem produção própria:a) indústria de cana-de-açúcar;b) indústria de laticínios;c) indústria de beneficiamento de chá e de mate;d) indústria da uva;e) indústria de extração e beneficiamento de fibras vegetais e de descaroçamento de algodão;f) indústria de beneficiamento de cereais;g) indústria de beneficiamento de café;h) indústria de extração de madeira para serraria, de resina, lenha e carvão vegetal;i) matadouros ou abatedouros de animais de quaisquer espécies e charqueadas.

Fundamentação:art. 2º do Decreto lei nº 1.146/1970;arts. 165e175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, alterado pelaInstrução Normativa RFB nº 1.071/2010.

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II - Cadastro do INSS

Para a atividade rural é necessário realizar cadastro perante o INSS, conforme é demonstrado neste tópico a seguir.

II.1 - Matrícula CEI

A matrícula Cadastro Específico do INSS (CEI) deve ser efetuada no prazo de 30 (trinta) dias contados do início de atividades por produtor rural pessoa física e segurado especial.

A inclusão no CEI será realizada da seguinte forma:

a) verbalmente, pelo sujeito passivo, no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC) ou na Agência da Receita Federal do Brasil (ARF), independente da jurisdição;

b) no sítio da RFB na Internet, no endereçohttp://www.receita.fazenda.gov.br;

c) de ofício, por servidor da RFB.

Fundamentação:arts. 19e22 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com alteração dada pelaInstrução Normativa RFB nº 1.210/2011e pelaInstrução Normativa RFB nº 1.238/2012.

II.2 - Pessoa física

Deverá ser emitida matrícula para cada propriedade rural de um mesmo produtor rural, ainda que situadas no âmbito do mesmo município.

O escritório administrativo de empregador rural pessoa física, que presta serviços somente à propriedade rural do empregador, deverá utilizar a mesma matrícula da propriedade rural para registrar os empregados administrativos, não se atribuindo a ele nova matrícula.

Fundamentação:art. 32 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

II.3 - Pessoa jurídica

Ocorrendo a venda da propriedade rural, deverá ser emitida outra matricula para o seu adquirente.

Fundamentação:art. 35 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

II.4 - Parceiro, meeiro, arrendatário e comodatário

Deverá ser atribuída uma matrícula para cada contrato com produtor rural, parceiro, meeiro, arrendatário ou comodatário, independente da matrícula do proprietário.

Na hipótese de produtores rurais explorarem em conjunto, com o auxílio de empregados, uma única propriedade rural, partilhando os riscos e a produção, será atribuída apenas uma matrícula, em nome do produtor indicado na inscrição estadual, seguido da expressão "e outros".

Deverão ser cadastrados como corresponsáveis todos os produtores rurais que participem da exploração conjunta da propriedade.

Fundamentação:arts. 33e34 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

II.5 - Consórcio de produtores rurais

Para o cadastramento do consórcio simplificado de produtores rurais deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

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a) registrar no campo "nome" do cadastro o nome do empregador a quem hajam sido outorgados os poderes mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos, seguido da expressão "e outros" e a denominação atribuída ao consórcio;

b) cadastrar como corresponsáveis todos os empregadores rurais participantes do consórcio;

O produtor rural pessoa física que represente o consórcio deverá providenciar as alterações cadastrais na unidade de atendimento da RFB, no prazo de 30 (trinta) dias, sempre que houver saída ou entrada de qualquer empregador rural, devendo este fato constar em documento registrado em cartório de títulos e documentos.

A matrícula efetuada deverá ser utilizada para o recolhimento das contribuições sociais previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados contratados pelo consórcio, seja para atuar diretamente nas atividades agropastoris, seja para o exercício de atividades administrativas e de gestão.

Fundamentação:art. 36 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

II.6 - Segurado especial

O segurado especial responsável pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a comercialização de sua produção deverá providenciar a matrícula da propriedade rural no Cadastro Específico do INSS (CEI).

Na hipótese de segurados especiais explorarem em conjunto, uma única propriedade rural, partilhando os riscos e a produção, será atribuída apenas uma matrícula em nome do produtor indicado na inscrição estadual, seguido da expressão "e outros".

Nesta hipótese, deverão ser cadastrados como corresponsáveis todos os produtores rurais que explorem a propriedade.

O produtor rural que vender a propriedade rural deverá providenciar o encerramento da matrícula sob sua responsabilidade relativa à propriedade vendida, mediante solicitação de alteração cadastral.

Fundamentação:arts. 37e38 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

III - Fato gerador das contribuições sociais

O fato gerador das contribuições sociais ocorre na comercialização:

a) da produção rural do produtor rural pessoa física e do segurado especial realizada diretamente com:

a.1) adquirente domiciliado no exterior (exportação), desde que observada a regra contida notópico IVdeste Roteiro;

a.2) consumidor pessoa física, no varejo;

a.3) adquirente pessoa física, não produtor rural, para venda no varejo a consumidor pessoa física;

a.4) outro produtor rural pessoa física;

a.5) outro segurado especial;

a.6) empresa adquirente, consumidora, consignatária ou com cooperativa;

b) da produção rural do produtor rural pessoa jurídica, exceto daquele que, além da atividade rural, exerce atividade econômica autônoma do ramo comercial, industrial ou de serviço.

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O produtor rural pessoa jurídica que produz ração exclusivamente para alimentação dos animais de sua própria produção, contribui com base na receita bruta da comercialização da produção, sendo que, se produzir ração também para fins comerciais, caracterizar-se-á como empresa agroindustrial.

c) da produção própria ou da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela agroindústria, exceto quanto às sociedades cooperativas e às agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de avicultura (a partir de 1º de novembro de 2001).

O recebimento de produção agropecuária oriunda de outro país, ainda que o remetente seja o próprio destinatário do produto, não configura fato gerador de contribuições sociais.

Fundamentação:art. 166 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

III.1 - Outros fatos geradores fatos geradores de contribuições sociais

Também são considerados fatos geradores de contribuições sociais os seguintes eventos:

a) a destinação, para fins diversos daqueles que asseguram a isenção, de produto originariamente adquirido com isenção, tais como o descarte, a industrialização, a revenda, dentre outros;

b) a comercialização de produto rural vegetal ou animal originariamente isento de contribuição com adquirente que não tenha como objetivo econômico atividade condicionante da isenção;

c) a dação em pagamento, a permuta, o ressarcimento, a indenização ou a compensação feita com produtos rurais pelo produtor rural com adquirente, consignatário, cooperativa ou consumidor;

d) qualquer crédito ou pagamento efetuado pela cooperativa aos cooperados, representando complementação de preço do produto rural, incluindo-se, dentre outros, as sobras, os retornos, as bonificações e os incentivos próprios ou governamentais;

e) o arremate de produção rural em leilões e praças, exceto se os produtos não integrarem a base de cálculo das contribuições.

Fundamentação:art. 167 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

III.2 - Parceria de produção rural integrada

Na parceria de produção rural integrada, o fato gerador, a base de cálculo das contribuições e as alíquotas serão determinadas em função da categoria de cada parceiro perante o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) no momento da destinação dos respectivos quinhões.

A parte da produção que na partilha couber ao parceiro outorgante é considerada produção própria.

Fundamentação:art. 168 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

III.3 - Contratos de compra e venda para entrega futura

Nos contratos de compra e venda para entrega futura, que exigem cláusula suspensiva, o fato gerador de contribuições dar-se-á na data de emissão da respectiva nota fiscal, independentemente da realização de antecipações de pagamento.

Fundamentação:art. 169 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

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IV - Exportação e importação

Não incidem as contribuições previdenciárias sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001.

Aplica-se essa regra exclusivamente quando a produção é comercializada diretamente com adquirente domiciliado no exterior.

A receita decorrente de comercialização com empresa constituída e em funcionamento no Brasil é considerada receita proveniente do comércio interno e não de exportação, independentemente da destinação que esta dará ao produto.

Não se aplica a contribuição devida ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), por se tratar de contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Por outro lado, o recebimento de produção agropecuária oriunda de outro país (importação), ainda que o remetente seja o próprio destinatário do produto, não configura fato gerador de contribuições sociais.

Fundamentação:art. 170 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

V - Base de cálculo das contribuições sociais

A base de cálculo das contribuições sociais devidas pelo produtor rural é:

a) o valor da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção e dos subprodutos e resíduos, se houver;

b) o valor do arremate da produção rural;

c) o preço de mercado da produção rural dada em pagamento, permuta, ressarcimento ou em compensação, entendendo-se por:

c.1) preço de mercado, a cotação do produto rural no dia e na localidade em que ocorrer o fato gerador;

c.2) preço a fixar, aquele que é definido posteriormente à comercialização da produção rural, sendo que a contribuição será devida nas competências e nas proporções dos pagamentos;

c.3) preço de pauta, o valor comercial mínimo fixado pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios para fins tributários.

Considera-se receita bruta o valor recebido ou creditado ao produtor rural pela comercialização da sua produção rural com adquirente ou consumidor, pessoas físicas ou jurídicas, com cooperativa ou por meio de consignatário, podendo, ainda, ser resultante de permuta, compensação, dação em pagamento ou ressarcimento que represente valor, preço ou complemento de preço.

Na hipótese da documentação não indicar o valor da produção dada em pagamento, em ressarcimento ou em compensação, tomar-se-á como base de cálculo das contribuições o valor da obrigação quitada.

Integra ainda a base de cálculo das contribuições do produtor rural pessoa física e do segurado especial, os seguintes produtos:

a) da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou meação de parte do imóvel rural;

b) da comercialização de artigos de artesanato, sendo considerada como tal aquela desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;

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c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais;

d) do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade;

e) atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social.

Fundamentação:arts. 171e172 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VI - Agroindústria

A agroindústria é um produtor rural pessoa jurídica que desenvolve as atividades de produção rural e de industrialização da produção rural própria ou da produção rural própria e da adquirida de terceiros.

Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I doart. 165 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VI.1 - Base de cálculo das contribuições da agroindústria

A partir de 1º de novembro de 2001, a base de cálculo das contribuições devidas pela agroindústria é o valor da receita bruta proveniente da comercialização da produção própria e da adquirida de terceiros, industrializada ou não, exceto para as:

- agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura;

- sociedades cooperativas.

Ocorre a substituição da contribuição, ainda que a agroindústria explore, também, outra atividade econômica autônoma, no mesmo ou em estabelecimento distinto, hipótese em que a contribuição incidirá sobre o valor da receita bruta decorrente da comercialização em todas as atividades.

A base de cálculo das contribuições das agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura e das sociedades cooperativas, independentemente de terem ou não outra atividade comercial ou industrial, é a remuneração contida na folha de pagamento dos segurados a seu serviço.

Em relação às cooperativas, o disposto aplica-se inclusive aos fatos geradores ocorridos no período de 15 de julho de 2005, excluídas a imposição de penalidades e a cobrança de juros de mora nesse período.

Fundamentação:arts. 173e174 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VII - Contribuição sobre a produção rural

As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, industrializada ou não, substituem as contribuições sociais patronais (CPP) incidentes sobre a folha de pagamento dos segurados empregados e trabalhadores avulsos (incisos I e II doart. 22 da Lei nº 8.212/1991), sendo devidas por:

a) produtores rurais pessoa física e jurídica;

b) agroindústrias, exceto as de:

b.1) piscicultura;

b.2) carcinicultura;

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b.3) suinocultura;

b.4) avicultura.

As contribuições sociais previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212/1991são respectivamente:a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho; b) para o financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT, RAT ou SAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados e trabalhadores avulsos: - 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; - 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; - 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.

Referida substituição ocorre:

a) quando os integrantes do consórcio simplificado de produtores rurais se utilizarem dos serviços de segurados empregados contratados pelo consórcio, exclusivamente, para a prestação de serviços a seus consorciados;

b) quando os cooperados filiados a cooperativa de produtores rurais se utilizarem dos serviços de segurados empregados por ela contratados para realizarem, exclusivamente, a colheita da produção de seus cooperados;

c) em relação à remuneração dos segurados empregados (cota patronal):

c.1) que prestam serviços em escritório mantido por produtor rural, pessoa física ou pessoa jurídica, exclusivamente para a administração da atividade rural;

c.2) contratados pelo consórcio simplificado de produtores rurais para suas atividades administrativas.

Fundamentação: "caput" e § 1º doart. 175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VII.1 - Não aplicação da substituição

Não se aplica a referida substituição para os seguintes casos:

a) às agroindústrias de piscicultura, de carcinicultura, de suinocultura e de avicultura, bem como às sociedades cooperativas, exceto no caso do na linha "b" dotópico VIIdeste Roteiro;

b) às indústrias que, embora desenvolvam as atividades relacionadas noart. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/1970, não se enquadram como agroindústrias, por não possuírem produção própria;

As atividades relacionadas noart. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/1970 são as seguintes:a) indústria de cana-de-açúcar;b) indústria de laticínios;c) indústria de beneficiamento de chá e de mate;d) indústria da uva;

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e) indústria de extração e beneficiamento de fibras vegetais e de descaroçamento de algodão;f) indústria de beneficiamento de cereais;g) indústria de beneficiamento de café;h) indústria de extração de madeira para serraria, de resina, lenha e carvão vegetal;i) matadouros ou abatedouros de animais de quaisquer espécies e charqueadas.

c) quando o produtor rural pessoa jurídica, além da atividade rural:

c.1) prestar serviços a terceiros em condições que não caracterize atividade econômica autônoma:

c.1.1) exclusivamente em relação a remuneração dos segurados envolvidos na prestação dos serviços;

c.1.2) excluída a receita proveniente destas operações da base de cálculo das contribuições sociais (20% e do GIIL-RAT, previstas nos incisos I e II doart. 22 da Lei nº 8.212/1991;

c.2) exercer outra atividade econômica autônoma, seja comercial, industrial ou de serviços, em relação à remuneração de todos os empregados e trabalhadores avulsos;

d) em relação à remuneração dos segurados envolvidos na prestação de serviços a terceiros pela agroindústria, independentemente de ficar a mesma caracterizada como atividade econômica autônoma, sendo, neste caso, excluída a receita proveniente destas operações da base de cálculo da contribuição sobre a receita bruta.

Nas prestações de serviços citadas nas linhas "c.1" e "d", relativamente à remuneração dos segurados envolvidos na prestação de serviços, devem ser elaboradas folha de pagamento e Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) com informações distintas por tomador.

Fundamentação: "caput", §§ 2º e 3º doart. 175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VII.2 - Produção de ração

O produtor rural pessoa jurídica que produz ração exclusivamente para alimentação dos animais de sua própria produção, contribui com base na receita bruta da comercialização da produção, sendo que, se produzir ração também para fins comerciais, caracterizar-se-á como empresa agroindustrial.

Fundamentação: "caput" e § 4º doart. 175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VII.3 - Florestamento e reflorestamento

Em relação à empresa que se dedique ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria prima para industrialização própria, serão observados os seguintes procedimentos:

a) caberá a substituição, quando:

a.1) a atividade rural da empresa for exclusivamente de florestamento e reflorestamento e seja utilizado processo industrial que não modifique a natureza química da madeira nem a transforme em pasta celulósica;

a.2) o processo industrial utilizado implicar modificação da natureza química da madeira ou sua transformação em pasta celulósica e desde que concomitantemente com essa situação, a empresa:

a.2.1) comercialize resíduos vegetais, sobras ou partes da produção cuja receita bruta decorrente da comercialização desses produtos represente mais de um por cento da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

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a.2.2) explore outra atividade rural;

b) não caberá a substituição quando:

b.1) relativamente à atividade rural, a empresa se dedica apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria e utiliza processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica;

b.2) na hipótese de efetuar venda de resíduos vegetais, sobras ou partes da produção rural, a receita bruta dela decorrente represente menos de 1% (um por cento) da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção.

Entende-se que ocorre a modificação da natureza química da madeira quando, por processo químico, uma ou mais substâncias que a compõem se transformam em nova substância, tais como pasta celulósica, papel, álcool de madeira, ácidos, óleos que são utilizados como insumos energéticos em combustíveis industriais, produtos empregados na indústria farmacêutica, de cosméticos e alimentícia, e os produtos que resultam dos processos de carbonização, gaseificação ou hidrólise.

Fundamentação: "caput", §§ 5º e 6º doart. 175 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

VII.4 - Contribuições apuradas com base na receita bruta

As contribuições apuradas com base na receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, industrializada ou não, serão calculadas mediante a aplicação das alíquotas discriminadas a seguir:

CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PRODUÇÃO RURAL A PARTIR DE 1º/11/1991

CONTRIBUINTE FUNDAMENTAÇÃO PERÍODOALÍQUOTAS

FPASPREVIDÊNCIA GILRAT SENAR TOTAL

Produtor Rural Pessoa Jurídica (5)

Art. 25 da Lei nº 8.870, de 1994 (1) (2)01/08/94 a 31/12/01

2,5% 0,1% 0,1% 2,7% 744

Art. 25 Lei nº 8.870, de 1994   com a redação dada pelaLei nº 10.256, de 2001

01/01/02 a 2,5% 0,1% 0,25% 2,85% 744

Produtor Rural Pessoa Física - Equiparado a Trabalhador Autônomo (contribuinte individual a partir de 29/11/1999)

Art. 1º da Lei nº 8.540, de 1992 (3)01/04/93 a 11/01/97

2,0% 0,1% 0,1% 2,2% 744

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991 e MP nº 1.523, de 1996 (4)

12/01/97 a 10/12/97

2,5% 0,1% 0,1% 2,7% 744

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991 e Lei nº 9.528, de 1997

11/12/97 a 31/12/01

2,0% 0,1% 0,1% 2,2% 744

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991, Art. 6º da Lei nº 9.528, de 1997 com a redação dada pela Lei nº 10.256/01

01/01/02 a 2,0% 0,1% 0,2% 2,3% 744

Produtor Rural Pessoa Física - Segurado Especial

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 199101/11/91 a 31/03/93

3,0%     3,0% 744

Art. 1º da Lei nº 8.540, de 1992 01/04/93 a 30/06/94

2,0% 0,1%   2,1% 744

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Art. 2º da Lei nº 8.861, de 199401/07/94 a 11/01/97

2,2% 0,1%   2,3% 744

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991 e MP nº 1.523, de 1996 (4)

12/01/97 a 10/12/97

2,5% 0,1% 0,1% 2,7% 744

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991 e Lei nº 9.528, de 1997

11/12/97 a 31/12/01

2,0% 0,1% 0,1% 2,2% 744

Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991, Art. 6º da Lei nº 9.528, de 1997 com a redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001

01/01/02 a 2,0% 0,1% 0,2% 2,3% 744

Agroindústria (5)

Art. 22 A da Lei nº 8.212, de 1991acrescentado pela Lei nº 10.256, de 2001(6)

01/11/01 a 31/12/01

2,5% 0,1% - 2,6% 744

01/01/02 a 31/08/03

2,5% 0,1% 0,25% 2,85% 744

Art. 22 A da Lei nº 8.212, de 1991acrescentado pela Lei nº 10.256, de 2001, alterado pela Lei nº 10.684, de 2003 (7)

01/09/03 a 2,5% 0,1% 0,25% 2,85% 744

Notas:(1) Excluídas as agroindústrias (Decisão do STF na ADIN 1.103-1/6000).(2) De 01/11/91 a 31/07/94, a contribuição do produtor rural pessoa jurídica era apenas sobre a folha de pagamento.(3) De 01/11/1991 a 31/03/1993, a contribuição do produtor rural pessoa física - equiparado a autônomo era apenas sobre a folha de pagamento.(4) Art. 25 da Lei nº 8.212, de 1991 com a redação dada pelo art. 1º da Medida Provisória nº 1.523, de 1996, publicada no DOU de 14/10/1996, c/cart. 4º da Medida Provisória nº 1.596-14, de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, com alteração para 2,0% (dois por cento) da alíquota do produtor rural pessoa física e do segurado especial.(5) A prestação de serviços a terceiros pelas agroindústrias e pelos produtores rurais pessoas jurídicas está sujeita às contribuições sociais calculadas sobre a remuneração dos segurados, sendo que a receita bruta correspondente aos serviços prestados a terceiros é excluída da base de cálculo da contribuição sobre a comercialização da produção. Fica excluído da substituição, devendo contribuir sobre a remuneração dos segurados, o produtor rural pessoa jurídica que tem outra atividade econômica.(6) O fato gerador das contribuições ocorre na comercialização da produção própria e da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela agroindústria, a partir de 1º de novembro de 2001; a contribuição para o Senar, todavia, em face do princípio da anualidade, é devida a partir de 1º de janeiro de 2002. Excluídas as agroindústrias, inclusive sob a forma de cooperativa, de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura, que permanecem com a obrigação do recolhimento sobre a folha de pagamento, setor agrário e industrial (§ 4º, do art. 22-A, da Lei nº 8.212, de 1991, acrescentado pela Lei nº 10.256, de 2001).(7) A Lei nº 10.684, de 2003, alterou oart. 22-A da Lei nº 8.212, de 1991, na redação da Lei nº 10.256, de 2001, para excluir, a partir de 1º de setembro de 2003, as pessoas jurídicas que se dediquem apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica, ainda que comercialize resíduos vegetais ou sobras ou partes da produção rural (exceto se a receita bruta decorrente desta comercialização represente 1% (um por cento) ou mais de sua receita bruta

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proveniente da comercialização da produção).

Fundamentação:art. 176e anexo III daInstrução Normativa RFB nº 971/2009.

VIII - Contribuição sobre a folha de pagamento

O produtor rural, inclusive a agroindústria, deverá recolher à Previdência Social, além daquelas incidentes sobre a comercialização da produção rural, as contribuições:

a) descontadas dos segurados empregados e dos trabalhadores avulsos, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, e, a partir de 1º de abril de 2003, as descontadas dos contribuintes individuais, incidentes sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês;

b) a seu cargo, incidentes sobre o total das remunerações ou das retribuições pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais, para os fatos geradores ocorridos nos seguintes períodos:

b.1) de 1ºde maio de 1996 até 29 de fevereiro de 2000;

b.2) a partir de 1ºde março de 2000 para as agroindústrias e, a partir de 1º de novembro de 2001 para os produtores rurais;

c) incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços de cooperados emitida por cooperativa de trabalho, a partir de 1º de março de 2000 para as agroindústrias, e a partir de 1º de novembro de 2001 para os produtores rurais;

d) devidas a outras entidades ou fundos (terceiros), incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos;

e) descontadas do transportador autônomo destinadas ao Serviço Social do Transporte (SEST) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT).

Nos casos em que não houver a substituição, o produtor rural pessoa jurídica e a agroindústria, em relação à remuneração paga, devida ou creditada aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, contribuirão com as mesmas alíquotas e demais regras estabelecidas para as empresas em geral.

O produtor rural pessoa física, que represente o consórcio simplificado de produtores rurais, deverá recolher as contribuições declaradas nas linhas "a" a "e", relativamente aos segurados contratados exclusivamente para a prestação de serviços aos integrantes do consórcio.

A cooperativa de produtores rurais que contratar segurado empregado, exclusivamente para a colheita de produção de seus cooperados, é diretamente responsável pelo recolhimento da contribuição social previdenciária devida pelo segurado empregado, bem como pelo recolhimento das contribuições arrecadadas pela RFB destinadas a outras entidades ou fundos, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, àquele segurado.

A cooperativa de produtores rurais deverá elaborar folha de pagamento distinta para os segurados contratados e apurar os encargos decorrentes desta contratação separadamente, por produtor rural a ela filiado, lançando os respectivos valores em títulos próprios de sua contabilidade.

As contribuições sociais previdenciárias devidas pelos segurados, e as devidas pelo produtor rural ou pela agroindústria, deverão ser recolhidas:

a) pelo produtor rural pessoa jurídica e pela agroindústria em relação às operações relativas à prestação de serviços a terceiros;

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b) pela agroindústria de piscicultura, carcinicultura, avicultura e de suinocultura;

c) pelas sociedades cooperativas;

d) pelo produtor rural pessoa jurídica que, além da atividade rural, explorar também outra atividade econômica autônoma, no mesmo ou em estabelecimento distinto, independentemente de qual seja a atividade preponderante.

Os produtores rurais pessoas físicas integrantes do consórcio simplificado de produtores rurais são responsáveis solidários em relação ao recolhimento e ao repasse das contribuições previdenciárias declaradas nas linhas "a" a "e".

Ao consórcio simplificado de produtores rurais é vedada a prestação de serviços a terceiros.

Fundamentação:arts. 177,178,179,180,181e182 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pelaInstrução Normativa RFB nº 1.071/2010.

VIII.1 - Discriminação das alíquotas

As contribuições sociais devidas pelo produtor rural e pela agroindústria à Previdência Social e às outras entidades ou fundos (terceiros), incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas especificamente a segurados empregados e trabalhadores avulsos, estão discriminadas a seguir:

CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS PELA AGROINDÚSTRIA, PRODUTORES RURAIS (PESSOA JURÍDICA E FÍSICA), CONSÓRCIO DE PRODUTORES, GARIMPEIROS, EMPRESAS DE CAPTURA DE PESCADO

DispositivoIN 971

Contribuinte Base FPA

S

Previdência Social Terceiros

segurado

empresa

GILRAT

Fnde

Incra

Senai

SesiSebrae

DPC

Senar

Sescoop Total

terceiros000

10002

0004

0008

00640128

0512 4096

174

Agroindústria de piscicultura, carcinicultura, suinocultura ou avicultura.

Mão de obra setor criação

7878% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

- - - - 2,5% - 5,2%

Mão de obra setor abate e industrialização

5078% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

1,0%

1,5%

0,6% - - - 5,8%

175 § 5º II

Agroindústria de florestamento e reflorestamento não sujeita à contribuição substitutiva

Mão de obra setor rural

7878% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

- - - - 2,5% - 5,2%

Mão de obra setor industrial

5078% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

1,0%

1,5%

0,6% - - - 5,8%

111-F, III Agroindústria sujeita à contribuição substitutiva instituída pela Lei nº 10.256, de 2001, exceto a referida no

Receita bruta da produção

744 - 2,5% 0,1% - - - - - -0,25%

- 0,25%

Folha de salários do setor rural

6048% a 11%

- -2,5%

0,2%

- - - - - - 2,7%

Folha de 833 8% a - - 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6% - - - 5,8%

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inciso IV do art. 111 F.

salários do setor industrial

11% % % % %

111-F, IV

Agroindústria sujeita à contribuição substitutiva instituída pelaLei nº 10.256, de 2001, que desenvolva atividade enumerada noart. 2º do Decreto-Lei nº 1.146, de 1970, nas condições do art. 111 F, § 1º, da IN RFB nº 971, e desde que não caracterizada a hipótese dos §§ 4º e 5º, do mesmo artigo.

Receita bruta da produção

744 - 2,5% 0,1% - - - - - -0,25%

- 0,25%

Folha de salários (rural e industrial)

8258% a 11%

- -2,5%

2,7%

- - - - - - 5,2%

                           

111-G § 1º

Pessoa jurídica que desenvolva, além da atividade rural, outra atividade econômica autônoma.

Total de remuneração de segurados (em todas as atividades)

7878% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

- - - - 2,5% - 5,2%

111-G §§ 2º e 3º

Pessoa jurídica, inclusive agroindústria, que além da atividade rural, presta serviços a terceiros (atividade não autônoma).

Remuneração de segurados (somente em relação a serviços prestados a terceiros)

7878% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

- - - - 2,5% - 5,2%

110-A e 111-G

Pessoa jurídica que se dedique apenas a atividade de produção rural.

Receita bruta da produção

744 - 2,5% 0,1% - - - - - -0,25%

- 0,25%

Remuneração de segurados

6048% a 11%

- -2,5%

0,2%

- - - - - - 2,7%

110-A § 1º e111-G

Pessoa jurídica que desenvolva atividade

Remuneração de segurados

531 8% a 11%

20% 1% a 3%

2,5%

2,7%

- - - - - - 5,2%

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prevista no art. 2º do Decreto-lei nº 1.146/70, não exclusiva, com preponderância rural, não sujeita a substituição.

110-A § 4º e111-G § 4º

Pessoa jurídica que desenvolva atividade prevista no art. 2º do Decreto-lei nº 1.146/70, não exclusiva, com preponderância da industrialização, não sujeita a substituição.

Remuneração de segurados

5078% a 11%

20%1% a 3%

2,5%

0,2%

1,0%

1,5%

0,6% - - - 5,8%

165, I, a

Produtor rural pessoa física equiparado a autônomo (cont. individual), empregador.

Remuneração de segurados

6048% a 11%

- -2,5%

0,2%

- - - - - - 2,7%

6º XXX e 10

Produtor rural pessoa física e segurado especial.

Receita bruta da comercialização da produção rural

744 - 2,0% 0,1% - - - - - - 0,2% - 0,2%

165, XIX

Consórcio simplificado de produtores rurais.

Remuneração de segurados

6048% a 11%

- -2,5%

0,2%

- - - - - - 2,7%

186Garimpeiro - empregador.

Remuneração de segurados

5078% a 11%

20% 3%2,5%

0,2%

1,0%

1,5%

0,6% - - - 5,8%

9ºEmpresa de captura de pescado.

Remuneração de segurados

5408% a 11%

20% 3%2,5%

0,2%

- - -2,5%

- - 5,2%

Fundamentação:art. 183e anexo IV daInstrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pelaInstrução Normativa RFB nº 1.238/2012.

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IX - Responsabilidade pelo recolhimento das contribuições Incidentes sobre a comercialização da produção rural

As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta oriunda da comercialização da produção são devidas pelo produtor rural, sendo a responsabilidade pelo recolhimento:

a) do produtor rural, pessoa física, e do segurado especial, quando comercializarem a produção diretamente com:

a.1) adquirente domiciliado no exterior (exportação), observado o disposto notópico IVdeste Roteiro;

a.2) consumidor pessoa física, no varejo;

a.3) outro produtor rural pessoa física;

a.4) outro segurado especial;

b) do produtor rural pessoa jurídica, quando comercializar a própria produção rural;

c) da agroindústria, exceto a sociedade cooperativa e a agroindústria de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de avicultura, quando comercializar a produção própria ou a produção própria e a adquirida de terceiros, industrializada ou não, a partir de 1º de novembro de 2001;

d) da empresa adquirente, inclusive se agroindustrial, consumidora, consignatária ou da cooperativa, na condição de sub-rogada nas obrigações do produtor rural, pessoa física, e do segurado especial;

e) dos órgãos públicos da administração direta, das autarquias e das fundações de direito público que ficam sub-rogados nas obrigações do produtor rural pessoa física e do segurado especial, quando adquirirem a produção rural, ainda que para consumo, ou comercializarem a recebida em consignação, diretamente dessas pessoas ou por intermediário pessoa física;

f) da pessoa física adquirente não produtora rural, na condição de sub-rogada no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física e do segurado especial, quando adquirir produção para venda no varejo, a consumidor pessoa física.

Fundamentação:art. 184 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

IX.1 - Comprovação da destinação da produção rural

O produtor rural pessoa física e o segurado especial também serão responsáveis pelo recolhimento da contribuição, quando venderem a destinatário incerto ou quando não comprovarem, formalmente, o destino da produção.

A comprovação do destino da produção deve ser feita pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial que comercialize com:

a) pessoa jurídica, mediante a apresentação de via da nota fiscal de entrada emitida pelo adquirente ou de nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartição fazendária;

b) outra pessoa física ou com outro segurado especial, mediante a apresentação de via da nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartição fazendária.

A empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa deverá exigir do produtor rural pessoa jurídica a comprovação de sua inscrição no CNPJ.

A falta de comprovação da inscrição no CNPJ acarreta a presunção de que a empresa adquirente, consumidora, consignatária ou a cooperativa tenha comercializado a produção com produtor rural pessoa física ou com segurado especial, ficando a adquirente, consumidora, consignatária ou cooperativa sub-rogadas na respectiva obrigação, cabendo-lhe o ônus da prova em contrário.

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A responsabilidade da empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou da cooperativa prevalece quando a comercialização envolver produção rural de pessoa física ou de segurado especial, qualquer que seja a quantidade, independentemente de ter sido realizada diretamente com o produtor ou com o intermediário, pessoa física.

Fundamentação: "caput", §§ 1º, 2º, 3º, 4º e 5º doart. 184 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

IX.2 - Entidade Beneficente de Assistência Social (EBAS)

A entidade Beneficente de Assistência Social (EBAS), ainda que isenta das contribuições patronais, na condição de adquirente, consumidora ou de consignatária, sub-roga-se nas obrigações do produtor rural pessoa física e do segurado especial.

Fundamentação: "caput" e § 6º doart. 184 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

IX.3 - Presunção de recolhimento

O desconto da contribuição legalmente autorizado sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou pela cooperativa, a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar qualquer omissão para se eximir do recolhimento, ficando ela diretamente responsável pela importância que eventualmente deixar de descontar ou que tiver descontado em desacordo com as normas vigentes.

Observadas as responsabilidades descritas notópico IXdeste Roteiro, o recolhimento das contribuições incidentes sobre a receita bruta da comercialização da produção deverá ser efetuado até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, antecipando-se para o primeiro dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário.

A sub-rogação referida nas linhas "d" a "f", dotópico IX, até 13 de outubro de 1996, estendia-se também às operações de aquisição, inclusive para fins de consumo, e de comercialização de produtos recebidos em consignação, realizadas com produtor rural pessoa jurídica.

Sem prejuízo do disposto na linha "a" dotópico IX, o produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente:

a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar;

b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística;

c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais.

Fundamentação: "caput", §§ 7º, 8º, 9º e 10 doart. 184 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

X - Instituição de ensino, hospitais, creches, hotéis

A instituição de ensino, a entidade hospitalar, a creche, a empresa de hotelaria ou qualquer outro estabelecimento que, por sua natureza, realiza, eventual ou subsidiariamente, atividade rural, não é considerado produtor rural, para os efeitos da substituição das contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento, sendo que a eventual comercialização de sua produção não constitui fato gerador de contribuições sociais.

Fundamentação:art. 185 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

XI - Garimpeiro

O garimpeiro que remunera segurados contribui sobre a folha de pagamento desses segurados, pois não é considerado produtor rural.

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Fundamentação:art. 186 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

XII - Aquisição de produtos de terceiros

Apenas a aquisição de produção rural de terceiros para industrialização ou para comercialização não se caracteriza atividade rural, devendo a empresa adquirente contribuir com base na remuneração paga, devida ou creditada aos segurados a seu serviço, respondendo, também, pelas obrigações decorrentes da sub-rogação.

Fundamentação:art. 187 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

XIII - Excremento de animais

O excremento de animais, quando comercializado, é considerado produto rural para efeito de incidência das contribuições sociais, em razão de característica e origem próprias.

Fundamentação:art. 188 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

XIV - Prazo de recolhimento

O recolhimento das contribuições incidentes sobre a receita bruta da comercialização da produção e sobre a folha de pagamento deverão ser efetuados até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da comercialização ou no dia útil imediatamente anterior, caso não haja expediente bancário no dia 20 (vinte).

Fundamentação:art. 80, "caput" e § 8º doart. 184 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

XV - GFIP/SEFIP

As informações referentes à comercialização da produção rural devem ser declaradas no Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (SEFIP).

No campo "Comercialização da produção" da GFIP deve-se informar o valor da comercialização da produção realizada no mês de competência, conforme segue:

a) Campo "Pessoa Jurídica"

No campo "Pessoa Jurídica" deve ser preenchido pelo produtor rural pessoa jurídica e pela agroindústria, em relação ao valor da receita bruta proveniente da comercialização da produção.

Dentre as agroindústrias obrigadas a informar este campo, excetuam-se as de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura, as agroindústrias nas operações relativas à prestação de serviços a terceiros e as que se dedicam apenas ao florestamento e reflorestamento.

O produtor rural pessoa jurídica ou a agroindústria que tenham receita proveniente da comercialização da sua produção e adquiram a produção de produtor rural pessoa física ou de segurado especial, na mesma competência, devem informar os dois campos - Pessoa Jurídica e Pessoa Física - para cada situação, respectivamente.

b) Campo "Pessoa Física"

O campo "Pessoa Física" deverá ser preenchido:

b.1) pela empresa adquirente, inclusive a agroindústria, consumidora ou consignatária ou a cooperativa, quando adquirirem a produção do produtor rural pessoa física ou do segurado especial, independentemente de as operações terem sido realizadas diretamente com estes ou com intermediário pessoa física, em relação ao valor da comercialização da produção adquirida ou consignada;

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b.2) pelo produtor rural pessoa física, com ou sem empregado, caso comercialize sua produção diretamente, no varejo, com consumidor pessoa física, com outro produtor rural pessoa física ou com segurado especial, em relação ao valor da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção;

b.3) pela pessoa física não produtor rural que adquire produção de produtor rural pessoa física para venda, no varejo, a consumidor pessoa física, em relação ao valor da comercialização da produção adquirida.

A empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa, quando adquirirem a produção do produtor rural pessoa física ou do segurado especial, devem prestar esta informação na mesma GFIP/SEFIP em que estão relacionados os trabalhadores da empresa, com o código FPAS da atividade econômica principal, quando for o caso. Não deve ser elaborada GFIP/SEFIP com código FPAS 744.

O SEFIP gera automaticamente um documento de arrecadação da Previdência (GPS) distinto para os recolhimentos incidentes sobre a comercialização da produção.

A entidade beneficente com isenção de 100% (cem por cento) e a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional devem informar, no campo Comercialização da Produção - Pessoa Física, o valor da produção adquirida de produtor rural pessoa física, inclusive de segurado especial, em razão da sub-rogação.

Fundamentação: subitem 2.12 do Capítulo IIIManual da GFIP/SEFIP para usuários do SEFIP 8.4.

XV.1 - Comercialização da produção rural decorrente de exportação

O produtor rural, em relação às receitas decorrentes de exportação de produtos rurais alcançadas pela não incidência da contribuição previdencíária, quando da prestação de informações no SEFIP, deverá observar as seguintes regras:

a) sendo declarado somente receitas decorrentes de exportação de produtos rurais no campo "Comercialização da Produção - Pessoa Jurídica" ou no campo "Comercialização da Produção - Pessoa Física" , a soma dos valores da Contribuição Patronal Previdenciária calculados pelo SEFIP e demonstrados no campo "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à PrevidênciaSocial", nas linhas "Comercialização Produção" e "RAT" da coluna FPAS 744, deverá ser lançada no Campo "Compensação" para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia de PrevidênciaSocial (GPS).

b) sendo declarado receitas decorrentes e não decorrentes de exportação de produtos rurais no campo "Comercialização da Produção - Pessoa Jurídica" ou no campo "Comercialização da Produção - Pessoa Física", deverá ser lançado no Campo "Compensação"somente o valor da contribuição previdenciária sobre a receita decorrente de exportação de produtos rurais, que deverá serapurado à parte pelo declarante.

Os campos "Período Início" e "Período Fim" devem ser preenchidos com a mesma competência da GFIP/SEFIP.

A dedução da compensação na GPS deverá ser feita primeiramente nos códigos de GPS referentes ao FPAS principal da empresa (2003, 2100, 2208, 2402 e 2429) e posteriormente nos códigos de GPS referentes ao FPAS 744 (2607, 2704 e 2437).

O valor calculado pelo SEFIP a título do Senar não deverá ser lançado no campo compensação, pois o recolhimento desta contribuição é devido.

Fundamentação:art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 880/2008, com redação alterada peloart. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.338/2013.

XVI - Inconstitucionalidade da contribuição previdenciária sobre a comercialização da produção rural

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O Supremo Tribunal Federal (STF) ao analisar o Recurso Extraordinário 363852, em 3.2.2010, decidiu pela inconstitucionalidade doartigo 1º da Lei 8.540/1992, que por sua vez, trata da contribuição previdenciária incidente sobre a comercialização da produção rural

Essa decisão, entretanto, alcança somente as partes que ingressaram com a demanda judicial. Todavia, se STF editar súmula vinculante acerca deste assunto, essa regra será estendida aos demais produtores rurais.

Até o momento, as contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural permanecem inalteradas.

XVII - Exemplos de cálculos de contribuição previdenciária

Seguem exemplos de contribuição previdenciária incidente sobre a comercialização da produção rural:

a) Produtor rural pessoa física "X" vendeu sua produção para a Empresa "Y" no mês de dezembro, no valor de R$ 10.000,000.

- Valor da venda: R$ 10.000,000.

- Alíquota: 2,3%

- Valor da contribuição: R$ 230,00

- Responsável pelo recolhimento ao INSS: empresa adquirente

- Data do recolhimento: até o dia 20 de janeiro do ano seguinte

b) Produtor rural pessoa jurídica "A" vendeu sua produção para a Empresa "B" no mês de novembro, no valor de R$ 500.000,000.

- Valor da venda: R$ 500.000,000.

- Alíquota: 2,85%

- Valor da contribuição: R$ 14.250,00

- Responsável pelo recolhimento ao INSS: produtor rural pessoa jurídica

- Data do recolhimento: até o dia 20 de dezembro do ano em curso

Fundamentação:art. 80, "caput" e § 8º doart. 184 e anexo III da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

XVIII - Jurisprudência

"PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO INCIDENTE SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. EXIGIBILIDADE COM FUNDAMENTO NO ART. 25 DA LEI 8.212/91, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 8.540/92. 1. A contribuição incidente sobre a comercialização da produção rural, na forma do art. 15, I, a, da LC 11/71, com destinação ao custeio do regime previdenciário do PRORURAL, foi extinta pelo art. 138 da Lei 8.213/91, passando, a partir de então, a ser exigida na forma do art. 25 da Lei 8.212/91, e destinada ao custeio da Seguridade Social. 2. Assim, tem-se como exigível, do produtor rural pessoa física que se utiliza do trabalho de empregados, a contribuição sobre a comercialização de sua produção rural. Precedente: REsp 800.307/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 27.9.2007. 3. Agravo regimental desprovido" (STJ - T1 - PRIMEIRA TURMA - AgRg no Ag 925477 / SC - Ministra DENISE ARRUDA - Data da Publicação/Fonte: DJ 27.03.2008 p. 1).

"TRIBUTÁRIO. FUNRURAL. RECOLHIMENTO INCUMBE A EMPRESA ADQUIRENTE, CONSUMIDORA OU CONSIGNATÓRIA, OU A COOPERATIVA (ART. 30, INCISOS III E IV, DA LEI 8.212/91). 1. O recolhimento das

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contribuições previdenciárias devidas pelo produtor rural (Lei 8.212/91, art. 25, incisos I e II), incidentes sobre a comercialização da produção, incumbe à empresa adquirente, consumidora ou consignatária, ou à cooperativa, que destaca o montante correspondente ao tributo do preço pago, repassando-o ao INSS (Lei 8.212/91, art. 30, incisos III e IV). 2. Referida forma de substituição tributária não se confunde com a entrega da mercadoria pelo produtor rural à Cooperativa, da qual é associado, com a comercialização do produto por ela realizada, que constitui o fato gerador da contribuição previdenciária em causa.Precedente: REsp 382291 / RS, Relator Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 17.11.2003. 3. In casu, a ora recorrente ao receber os produtos e comercializá-los passa a ser responsável pela obrigação tributária, conforme disposição legal. 4. Recurso especial desprovido." (STJ - T1 - PRIMEIRA TURMA - Decisão REsp 735883 / MG - Ministro LUIZ FUX - Data da Publicação/Fonte DJ 22.05.2006 p. 158).

XIX - Consultoria FISCOSoft

1 - Quem é considerado produtor rural?

Considera-se produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos.

Fundamentação: "caput" e inciso doart. 165 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

2 - O excremento de animais, quando comercializado, é considerado produto rural?

Sim. O excremento de animais, quando comercializado, é considerado produto rural para efeito de incidência das contribuições sociais, em razão de característica e origem próprias.

Fundamentação:art. 188 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

Leia mais:http://www.fiscosoft.com.br/index.php?PID=110133&o=4&home=trabprev&secao=0&optcase=&flag_mf=&flag_mt=#ixzz2YSGz1Z3M

Justiça do Trabalho reverte justa causa de bancário que denunciou fraude no Banco do Brasil

05/07/2013

Um empregado do Banco do Brasil S. A. dispensado por justa causa depois de ter denunciado supostas fraudes na agência em que trabalhava receberá todas as verbas trabalhistas decorrentes da conversão da justa causa em dispensa imotivada, e ainda R$ 250 mil por ter sofrido perseguição no ambiente profissional. Ele pretendia a conversão da demissão por justa causa em rescisão indireta do contrato do trabalho, mas a Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM) que apenas afastou a justa causa.

Segundo afirmou na reclamação trabalhista, o empregado passou a sofrer perseguição moral após ter tido acesso a dados sigilosos relativos a uma operação da Polícia Federal que investigava

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fraude na folha de pagamento do Governo de Roraima, operacionalizada pelo Banco do Brasil. Para a defesa do banco, a necessidade de instauração de inquérito administrativo deu-se em razão de acusações feitas pelo bancário contra o BB junto aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Polícia Federal e Polícia Civil. Assim, sustentou que a má conduta do empregado, que também teria violado segredo da empresa, causou quebra de confiança suficiente a embasar sua demissão por justa causa.

A Justiça do Trabalho da 11ª Região considerou inaceitável a despedida de um empregado sob a alegação de falta grave por ter "denunciado às autoridades competentes a ocorrência de diversos crimes por parte de funcionários do alto escalão", mas rejeitou o pedido de rescisão indireta. Para o TRT, o pedido não procedia porque o trabalhador não pediu demissão nem rescindiu indiretamente seu contrato de trabalho, já que foi dispensado por justa causa.

 No TST, a ministra Dora Maria da Costa, relatora do recurso do empregado, destacou o acerto do Regional ao considerar a dispensa imotivada, uma vez que o trabalhador permaneceu em suas funções até sua dispensa por justa causa, ao invés de ter ajuizado ação visando à rescisão indireta na época dos fatos, conforme descrito no artigo 483 da CLT.

 

Processo: RR-34600-32.2008.5.11.0003

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho - TST

CRF-RJ disciplina situações de assédio moral no trabalho contra o farmacêutico

05/07/2013

Foi publicada no Diário Oficial de hoje, 05-07, a Deliberação 1.106 CRF-RJ, de 27-6-2013, que determina sobre a interdição ética do exercício profissional farmacêutico onde inexistam condições dignas de trabalho, bem como disciplina situações de assédio moral no trabalho contra o farmacêutico.

De acordo com o referido ato, que entra em vigor em 4-8-2013, podem ser consideradas como assédio moral no trabalho o desvio das atribuições do farmacêutico responsável técnico empregado que atuar nas seguintes tarefas rotineiras: operar caixa registradora de vendas, receber carro-forte de valores, dar entrada de mercadorias no sistema de estoque, limpar dependências, prateleiras e gôndolas do estabelecimento, etiquetar preços em produtos, carregar caixas pelo estabelecimento, trabalhar como balconista vendedor, e ser atendente do Programa "Aqui Tem Farmácia Popular.

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Fonte: LegisWeb

Trabalhador impedido de participar de enterro da mãe e dispensado no mesmo dia será indenizado

Mais que descumprir a legislação trabalhista, desrespeitou o momento de luto do empregado, causando-lhe dano moral.

Nos termos do artigo 473, inciso I, da CLT, o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica. Isto, por si só, já garantiria ao reclamante o direito de comparecer aos funerais e enterro de sua mãe. Mas o patrão não o liberou. Mais que descumprir a legislação trabalhista, desrespeitou o momento de luto do empregado, causando-lhe dano moral.

Com esse entendimento, a 5ª Turma do TRT-MG, por maioria, manteve a sentença que deferiu ao trabalhador uma indenização no valor de R$ 5 mil reais. O relator do recurso, juiz convocado Milton Vasques Thibau de Almeida, baseou a decisão no depoimento da testemunha, que contou que estava próxima do reclamante quando ele recebeu a ligação telefônica informando sobre o falecimento de sua mãe. Segundo a testemunha, o colega pediu ao encarregado a liberação para comparecer no funeral e enterro da mãe, mas o pedido foi negado, sob o argumento de que havia muito serviço. O reclamante, então, procurou o supervisor, mas também não conseguiu a autorização. E o pior: no final da tarde foi mandado embora do emprego. De acordo com a testemunha, o trabalhador ficou muito abalado e chorou com a negativa de liberação de comparecimento ao enterro da mãe.

Na avaliação do relator, a situação não se enquadra como mera irregularidade da conduta patronal, que não permitiu que o empregado faltasse do serviço na forma da lei. Isto poderia ser reparado com dinheiro ou com folgas compensatórias. O caso é muito mais grave, pois envolve o desrespeito ao momento de luto do empregado, diante da morte da mãe."Na situação em foco, a questão deve ser analisada sob um ponto de vista mais abrangente, pois a empresa desrespeitou o momento de luto do reclamante, ignorando a última oportunidade que ele teria de se despedir da mãe, o que, por certo, aumentou o sofrimento causado pela dor da perda do ente querido", destacou o relator.

Neste caso, conforme observou no voto, o dano moral dispensa comprovação, pois é presumido. Por tudo isso, a sentença foi confirmada, inclusive quanto ao valor fixado para a indenização por dano moral.

( 0001327-49.2012.5.03.0034 RO   )

Fonte: TRT-MG

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Jurisprudência - Empregada que não recebeu verbas rescisórias e guias do TRTC será indenizada por danos morais

O não pagamento das verbas rescisórias e a não entrega das guias correspondentes pode gerar, para a empregadora, o dever de indenizar o empregado por danos morais, tendo em vista o caráter alimentar desse crédito.

No caso analisado, o empregado alegou que, como não recebeu as verbas rescisórias e nem as guias para levantamento do FGTS, se viu em condições incertas, sem poder cumprir os compromissos financeiros assumidos, o que lhe causou sofrimento moral.

E o magistrado deu razão a ele: "No meu entender, de muitos anos, o atraso na quitação das parcelas rescisórias revela, por si só, as agruras passadas pelo obreiro e sua família. Na melhor das hipóteses aumentou a dificuldade do autor em suprir suas necessidades normais com alimentação, aluguel, energia elétrica, gás, água ou algum outro conforto. O fato, sem dúvida, atinge a honra e dignidade do trabalhador (o dano), com nexo de causalidade em ato ilícito do 1º reclamado", ressaltou.

Ponderando ainda não ser justo o devedor de verbas alimentares pagar somente os valores respectivos acrescidos de juros mínimos e multas trabalhistas, que virão tardiamente, ele frisou que entende ser devida também uma reparação suplementar.

No que diz respeito ao valor devido, o magistrado lembrou a ausência de parâmetros objetivos em nossa legislação para mensurar a indenização por dano moral, frisando que esse fato não impede sua avaliação. "Na fixação deve o juiz arbitrar levando em conta a situação econômico-financeira do culpado, as circunstâncias dos fatos e o "quantum" indenizatório que possa servir de conforto e amenizar a dor imaterial, além de ser medida pedagógica contra o ofensor", ponderou.

Assim, e com fundamento no princípio da razoabilidade e visando impedir reiteração de condutas semelhantes, fixou a indenização em 05 salários mínimos atuais.

Artigo 940 do Código Civil não se aplica ao processo do trabalho

"O Direito do Trabalho é tuitivo, fundando-se em princípios que valorizam a proteção do trabalhador.

O artigo 940 do Código Civil, que prevê o pagamento de indenização em dobro quando a parte cobrar dívida já paga, não é compatível com o processo do trabalho. Com esse entendimento, o juiz Paulo Emílio Vilhena da Silva, titular da 3ª Vara do

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Trabalho de Coronel Fabriciano, rejeitou o pedido de aplicação do dispositivo, formulado por uma empresa de segurança e transporte de valores na ação trabalhista ajuizada por um vigilante.

Segundo explicou o magistrado, não é possível aplicar o dispositivo ao ex-empregado da ré. É que o artigo 769 da CLT apenas autoriza a aplicação subsidiária do direito processual comum ao processo do trabalho. Ou seja, somente das regras previstas no Código de Processo Civil. Neste, por sua vez, há previsão de penalidade específica para quem deduzir pretensão contra texto expresso de lei ou fato incontroverso (artigos 17 e 18), não sendo o caso, na avaliação do juiz, de se recorrer às regras do direito comum.

"O Direito do Trabalho é tuitivo, fundando-se em princípios que valorizam a proteção do trabalhador. Admite-se a aplicação subsidiária de normas do Direito Comum somente quando não houver colisão com os princípios fundamentais do Direito do Trabalho (art. 8º, parágrafo único, da CLT)", destacou na sentença, acrescentando que a aplicação do dispositivo civilista pressupõe a igualdade das partes, na relação jurídica entre elas estabelecida. A situação não se aplica ao contrato de trabalho, em que a hipossuficiência do trabalhador é presumida. Vale dizer, o empregado é considerado a parte mais fraca na relação havida com o empregador.

De mais a mais, o julgador repudiou a caracterização da má-fé prevista nos referidos dispositivos legais, já que o reclamante saiu vencedor na demanda, ainda que de forma parcial. Na reclamação, o vigilante ganhou o direito de receber adicional de escolta e multas, conforme previsto nas Convenções Coletivas da Categoria. A sentença foi integralmente mantida pelo TRT mineiro, em grau de recurso.

( 0000538-16.2011.5.03.0089 RO   )

Fonte: TRT-MG

Empresa pagará R$ 600 mil a empregado assaltado enquanto aguardava para depositar salário

03/07/2013

A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho restabeleceu condenação imposta à Petróleo Brasileiro S. A. (Petrobras) ao pagamento de indenização a um petroleiro que quase perdeu a visão numa tentativa de assalto em local público. Com o restabelecimento da sentença, o trabalhador será indenizado em R$ 600 mil por danos materiais e morais.

Assalto

De acordo com as informações dadas pelo preposto da empresa, os empregados da extinta Petrobras Mineração S. A. (Petromisa), na qual o petroleiro trabalhava, não tinham conta no banco em que era feito o depósito dos salários. Por isso, os trabalhadores tinham de sacar a ordem de pagamento e, depois, ir até a agência do banco no qual tinham conta para fazer o depósito.

O juiz da 12ª Vara do Trabalho de Belém (PA) considerou que o trabalhador, atuante na área de mineração e geologia, foi deslocado por ordem da empresa para executar atividade diversa da que era inerente ao contrato. Ressaltou que ele não tinha nenhum tipo de preparo para acompanhar a equipe que faria a transferência de valores destinados ao pagamento da folha dos empregados, estimados em R$ 100 mil, ocasião na qual ocorreu o assalto.

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Segundo o empregado, ele foi vítima, no percurso, de assalto a mão armada por cinco delinquentes, que dispararam contra o veículo e o atingiram no supercílio esquerdo, causando fratura do malar e graves consequências em seu olho.

Ao estabelecer a indenização de R$ 300 mil por danos morais, a sentença considerou que os danos sofridos pelo auxiliar de geologia, decorrentes do episódio, incluíram conflitos familiares que culminaram em separação, perda do padrão de vida conquistado, devido à limitação de sua capacidade de trabalho, que ainda o impossibilitaram de continuar estudando.

Contudo, ao recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), a Petrobras, detentora majoritária do capital da empresa extinta, reverteu a condenação. Um dos fundamentos da decisão que a absolveu foi o de que a questão da segurança pública é atribuição estatal, e, dessa forma, a empresa não poderia ser responsabilizada pela violência urbana e pelos danos emocionais advindos de acidentes decorrentes de assaltos.

No TST, o apelo foi analisado pela ministra Delaíde Miranda Arantes, que restabeleceu a sentença, confirmando a condenação imposta na Vara. A relatora explicou que o pagamento de pessoal é de responsabilidade do empregador e faz parte do risco do empreendimento, considerado acentuado na medida em que envolveu movimentação física de valores entre bancos, feitas por pessoas não habilitadas em ambiente externo. "É de se reconhecer, no mínimo, a responsabilidade concorrente da empresa pela exposição do empregado" concluiu a ministra.

A decisão foi unânime.

Processo: RR-412-35.2010.5.08.0000

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho - TST

JULGADOS TRABALHISTASIndenização do aviso prévio tem que ser paga integralmente É negada a reintegração ao trabalhador demitido por justa causa após estabilidade Veja também outros julgados trabalhistas selecionados.

RECURSOS HUMANOS

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A Crítica – AM

Pesquisa constrói ranking das ocupações com maiores e menores ganhos salariais

Produzido pelos técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea, o trabalho se apoiou nos dados mensais fornecidos pelo Caged do MTE

O Tempo – MG

Mulheres têm mais desvantagens no mercado de trabalho e continuam ganhando menos que os homens

Dados são do Boletim PAD-MG 2011 – Mercado de trabalho e gênero, que aborda as diferenças entre homens e mulheres no âmbito das atividades produtivas

O Estado de S.Paulo

Salário médio do nível superior cresceu 16% em quatro anos

Estudo do Ipea mostra que carreira pública e medicina são as áreas com maiores ganhos salariais, que ficaram acima da inflação entre 2009 e 2012

Valor Econômico

Convivência virtual reduz produtividade, indica estudo

Para 44% dos profissionais, reuniões virtuais são menos produtivas

Diário Catarinense

Brasileiros estão menos satisfeitos com a vida e mais preocupados com o trabalho

Estudo da Confederação Nacional da Indústria mostra que na região Sul o medo do desemprego cresceu 2,85% no trimestre

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Diário do Comércio – SP

Trabalho, logo engordo.

Na primeira semana trabalhando numa startup, eu ganhei uma barriguinha. O motivo era óbvio: havia comida grátis em todos os lugares

Folha de Pernambuco

Em que momentos fazer horas extras no trabalho é necessário?

Por meio de planejamento, funcionário pode equilibrar melhor o tempo na empresa

Gazeta do Povo – PR

62% dos profissionais vazam dados sigilosos das empresas

Maioria dos que copiam informações confidenciais quer usá-las em outra companhia, mostra pesquisa

Diário Catarinense

O conflito de gerações no ambiente corporativo pode resultar em inovação para as empresas

Líderes que estimulam a troca de informações entre jovens e profissionais mais experientes têm mais chances de sucesso profissional

Jornal da Cidade de Bauru - SP

RH: função estratégica nas empresas

Além de ser responsável pelo recrutamento, setor busca fórmulas para garantir o bem-estar dos funcionários

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O Estado de S.Paulo

'É importante observar quais são as alternativas'

Deixar o mundo corporativo e ser o próprio chefe também é opção de quem quer continuar na profissão

Zero Hora - RS

Para o funcionário, é melhor trabalhar em casa ou no escritório?

Convocação da Yahoo! a trabalhadores que tinham atuação remota reabre discussão sobre home office

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