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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS SILVIA NOGUEIRA EMBOAVA PROJETOS DE INTERVENÇÃO PARA A ESTRATÉGIA NA UNIDADE BÁSICA SAÚDE NA FAMÍLIA VILA CORUMBÁ PARA AS PESSOAS QUE ADOECEM COM A DOENÇA DA DIABETES OU PREDISPOSTAS OU COM ALTA PREVALÊNCIA DE CONTRAIR A DOENÇA.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS

SILVIA NOGUEIRA EMBOAVA

PROJETOS DE INTERVENÇÃO PARA A ESTRATÉGIA NA UNIDADE BÁSICA SAÚDE NA FAMÍLIA VILA CORUMBÁ – PARA AS PESSOAS QUE ADOECEM COM A DOENÇA DA DIABETES OU PREDISPOSTAS OU COM

ALTA PREVALÊNCIA DE CONTRAIR A DOENÇA.

CAMPO GRANDE - MS

2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS

SILVIA NOGUEIRA EMBOAVA

PROJETOS DE INTERVENÇÃO PARA A ESTRATÉGIA NA UNIDADE BÁSICA SAÚDE NA FAMÍLIA VILA CORUMBÁ – PARA AS PESSOAS QUE ADOECEM COM A DOENÇA DA DIABETES OU PREDISPOSTAS OU COM

ALTA PREVALÊNCIA DE CONTRAIR A DOENÇA

Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para a conclusão do curso de Pós Graduação a nível de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família.

Orientadora: Prof Doutoranda Cibele Bonfim de Rezende Zárate.

CAMPO GRANDE - MS

2011

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RESUMO

O trabalho justifica-se por ser, a diabetes e suas complicações, o motivo de maior índice de internação na Estratégia Saúde na Família (ESF) Vila Corumbá, no período de janeiro de 2010 a junho de 2011, informações demonstradas nos dados SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica).

Palavras-chave: Cuidado. Integralidade. Estratégia Saúde na Família (ESF). Educação em saúde.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Gráfico ilustrado de comparação entre as pessoas entrevistadas, quanto ao gênero..........................................................................................16

Figura 2 – Gráfico ilustrativo da faixa etária das pessoas entrevistadas.......16

Figura 3 – Grafico ilustrativo do estado civil das pessoas entrevistadas.. . 17

Figura 4 – Gráfico ilustrativo da escolaridade das pessoas entrevistadas.... 18

Figura 5- Gráfico ilustrativo Renda Financeira................................................18

Figura 6- Gráfico ilustrativo da prática da atividade física................................20

Figura 7 – Gráfico ilustrativo da Alimentação e Nutrição..................................21

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparativo das pessoas com a doença do diabetes mellitus (tipo 02), a cidade de Campo Grande, o Distrito Sul e a Estratégia Saúde na Família Vila Corumbá, Brasil, 2010........................................................15

Tabela 2 – Registro e cadastro nos programas (ESF Vila Corumbá)...........16

Tabela 3 – Renda financeira das pessoas entrevistadas..............................17

Tabela 4 – Habitantes numa mesma residência (pessoas)..........................18

Tabela 5 – Tempo (em anos) de diagnóstico da doença diabetes mellitus nas pessoas entrevistadas com a doença....................................................18

Tabela 6 – Patologias desencadeadas (complicações) em função da doença Diabetes Mellitus .............................................................................19

Tabela 7 – Internações por complicações da Diabetes Mellitus...................19

Tabela 8 – Tipos de tratamentos...................................................................19

Tabela 9 – Tabagismo...................................................................................19

Tabela 10 – Etilismo......................................................................................19

Tabela 11 – Atividade física..........................................................................20

Tabela 12 – Cuidado com a alimentação (restrição do açúcar e diminuição dos carboidratos)........................................................................20

Tabela 13 – IMC – Índice de Massa Corpórea..............................................20

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Dados ano 2011- ESF Vila Corumbá (cadastrados)..................15

Quadro 2 – Metas das ações: Projeto de intervenção - Ações propostas, tipo de atividades, especificações - ESF Vila Corumbá................................22

Quadro 3 – Metas das ações: Projeto de intervenção - Área estratégica e ações propostas para ESF Vila Corumbá.....................................................23

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LISTA DE ABREVIATURAS

ACS Agentes Comunitários de Saúde

CEM Centro das Especialidades Médicas

ESF Estratégia Saúde na Família.

MS Ministério da Saúde

MS Mato Grosso do Sul

NASF Núcleo de Apoio à Estratégia e Saúde na Família

SIAB Sistema de Informação da Atenção Básica

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................8

2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................9

3 OBJETIVOS...............................................................................................13

4 MATERIAL E MÉTODO.............................................................................14

4.1 PERFIL SÓCIO ECONÔMICO DEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE NA FAMÍLIA VILA CORUMBÁ .........................15

4.2 ESTILO DE VIDA .....................................................................................20 ..........................................................................................................................

4.3 PROJETO DE INTERVENÇÃO...............................................................22

5 REFERÊNCIAS..........................................................................................29

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho justifica-se por ser, a diabetes e suas complicações, o

motivo de maior índice de internação na Estratégia Saúde na Família (ESF)

Vila Corumbá, no período de janeiro de 2010 a junho de 2011, informações

demonstradas nos dados SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica).

Nessa área adscrita, o índice de internação para as pessoas

acometidas pela diabetes mellitus com as suas complicações foi maior, pelo

mesmo motivo e mesmo período, quando comparado ao do Distrito Sul (distrito

em que essa ESF pertence) e ao município de Campo Grande, MS (cidade e

estado, aonde está inserida essa Estratégia).

Teve como objetivo compreender o sentido da integralidade, o papel da

criatividade e sensibilidade dos profissionais e analisar as possibilidades de

institucionalização e sustentabilidade. Dentre as concepções de integralidade

encontradas destacam-se: promoção da saúde como mudança do estilo de

vida; aproximações dialógicas entre saber científico e popular; fortalecimento

da participação popular do auto-cuidado. Há a possibilidade do reconhecimento

social. Palavras-chave: Práticas inovadoras. Cuidado. Integralidade. Educação

em saúde.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Nas últimas décadas, houve uma importante mudança no perfil da

mortalidade da população brasileira, com aumento dos óbitos causados por

doenças crônico-degenerativas e causas externas. As doenças

cardiovasculares são as causas mais comuns de morbidade e mortalidade em

todo o mundo e, entre os fatores de risco para doença cardiovascular,

encontram-se o diabetes mellitus e a hipertensão arterial, fatores

independentes e sinérgicos (BRASIL, 2001 e BRASIL, 2003).

O estudo multicêntrico sobre prevalência de diabetes mellitus no Brasil

3,4 apontou um índice de 7,6% na população brasileira entre 30-69 anos,

atingindo cifras próximas a 20% na população acima dos 70 anos. Cerca de

50% dessas pessoas desconhecem o diagnóstico, e 25% da população

diabética não fazem nenhum tratamento. O controle metabólico rigoroso

associado a medidas preventivas e curativas relativamente simples são

capazes de prevenir ou retardar o aparecimento das complicações crônicas do

diabetes mellitus, resultando em melhor qualidade de vida ao indivíduo

diabético. São necessárias medidas que envolvem mudanças no estilo de vida

do indivíduo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 1998;

BARNETT; DODSON 1997).

O manejo do diabetes mellitus e da hipertensão arterial deve ser feito

dentro de um sistema hierarquizado de saúde, sendo sua base o nível primário

de atendimento 8. Frente à crise vivida no setor de saúde, o Ministério da

Saúde, em 1994, implantou o Programa (hoje, Estratégia) Saúde na Família

(ESF), com o objetivo de proceder à reorganização da prática assistencial a

partir da atenção básica, em substituição ao modelo tradicional de assistência,

orientado para a cura de doenças. Assim sendo, a ESF pretende promover a

saúde através de ações básicas que possibilitam a incorporação de ações

programáticas de forma mais abrangente (PROGRAMA DA FAMÍLIA, 2000;

BRASIL, 2000).

A dinâmica proposta pela ESF, centrada na promoção da qualidade de

vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco, permite a identificação

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mais acurada e um melhor acompanhamento dos indivíduos com diabetes e

hipertensão (PROGRAMA DA FAMÍLIA, 2000; BRASIL, 2000).

A opção pela abordagem conjunta do diabetes mellitus e da

hipertensão arterial pode ser uma boa estratégia, quando nos deparamos com

aspectos comuns às duas patologias: etiopatogenia, fatores de risco,

importância do tratamento não medicamentoso, cronicidade, complicações,

ocorrência geralmente assintomática, difícil adesão ao tratamento, necessidade

de controle rigoroso para evitar complicações e de acompanhamento por

equipe multidisciplinar, além de ambas serem patologias facilmente

diagnosticadas (BRASIL, 2002).

De fato, a melhoria da qualidade da assistência é uma preocupação na

saúde pública mundial, posto que traz conseqüências importantes para o

sucesso do tratamento e para a redução de danos. Estudos de avaliação da

assistência com enfoque na percepção da população são importantes e devem

ser absorvidos pelos serviços como forma de melhorar o sistema. Os inquéritos

populacionais mostram-se eficazes para qualificar a atenção básica, em

especial, a programas implantados, após prévios estudos, viabilidade e

importância. A Estratégia Saúde na Família (ESF) prioriza o atendimento a

grupos considerados de maior risco e agravos, entre eles, a população com

diabetes e hipertensão. Estudo espanhol mostrou que a melhora da qualidade

da assistência reduziu a proporção de pacientes com risco cardiovascular na

comunidade estudada (GARCIA-ORTIZ, 2004).

Ayres et al. (2005) consideram o ponto central da crise da medicina o

afastamento progressivo de ambas as dimensões - arte e ciência - dos projetos

existenciais de felicidade que lhes conferem sentido.

Gadamer (1991) apreende o cuidado como um encontro, uma

interação entre quem cuida e quem são cuidados. No processo da

integralidade é importante despertar, nas pessoas que cuidamos e atendemos,

os seus sentimentos, para que elas também entrem em contato com os seus

adoecimentos, podendo participar ativa e efetivamente nos processos e

movimentos de retorno a sua saúde.

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Como afirmam Machado, Pinheiro e Guizardi (2004), a produção do

cuidado representa um dos maiores desafios à organização dos serviços

públicos de saúde. As práticas são definidas como ações voltadas à qualidade

de vida que não demandem intervenção medicamentosa, levando às

transformações de comportamento individual e coletivo. A insuficiência dos

modos tradicionais de apreensão e respostas aos processos de adoecimento

está nas bases conceituais da reforma da atenção básica expressas na

Estratégia da Saúde na Família (ESF).

Para reconstrução das práticas de saúde que possam ser traduzidas

como cuidado é exigida a ampliação dos horizontes da racionalidade científica

que orienta as práticas (AYRES et al., 2005).

Pressupõe a incorporação de “tecnologias leves” (Franco et al., 2003),

que se materializam em práticas relacionais como: acolhimento, vínculo,

responsabilização, autonomia, e qualidade da atenção, que conformam a

integralidade do cuidado (SOUZA et al., 2008; CAMPOS, 2003; PAIM, 2002).

Nesta perspectiva, pode-se pensar a ESF como um espaço aberto para

a construção do cuidado orientado por um novo pensar e agir, um saber

prático, uma ação dialógica na afirmação de Ayres (2005). A busca de maior

comunicação e diálogo com os saberes locais são (re)significadas por

profissionais com práticas destinadas a abordar situações de saúde pelas quais

são responsáveis.

De acordo com os dados do SIAB, o maior motivo de internações no

período de janeiro de 2010 a junho de 2011, na área adscrita da Unidade

Básica de Saúde na Família da Vila Corumbá (ESF) foram as complicações do

diabetes mellitus. Esses números foram comparativamente maiores, pelo

mesmo motivo e mesmo período, tanto para as internações de pessoas que

pertencem à área do distrito sul, quanto para o município de Campo Grande,

MS.

Sendo assim, propõe-se, através do trabalho e da atividade e trabalho

multidisciplinar, o diagnóstico da dinâmica da vivência do dia a dia dessas

pessoas, junto ao diagnóstico de fatores que envolvam a avaliação da

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qualidade de vida dessas pessoas, numa intencionalidade da integralidade do

tratamento, na proposição de mudança da abordagem, ultrapassando a doença

propriamente dita (diabetes mellitus) na intencionalidade de alcançar a

essência (núcleo de adoecimento) dessas pessoas. Um olhar, através da

integralidade, num trabalho criterioso e minucioso, como meta a diminuição das

agravações e das complicações.

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3 OBJETIVOS

Identificar as causas e motivos das internações e complicações nas

pessoas com diabetes para posterior Planejamento de Políticas Públicas de

intervenção, na tentativa de reconhecer e suavizar essas causas e motivos,

possibilitando a diminuição do índice de internação e complicação nas pessoas

com a doença de diabetes.

Conhecer, através de aplicação de um questionário, o modo de vida

dessas pessoas com a doença do diabetes, os seus hábitos, o tempo de início

da doença, as atividades físicas, sociais e de família, o que pode nos dar a

possibilidade da construção de planos e ações conjuntas, num movimento

integrado da equipe, que possam levar essas pessoas, de forma pessoal e

reflexiva, a entrarem em contato com a sua forma de adoecer, o que pode

influenciar no processo de cura e da terapêutica.

Podemos, dessa maneira, compreender o sentido da integralidade, o

papel da criatividade e sensibilidade dos profissionais e analisar as

possibilidades de institucionalização e sustentabilidade.

Dentre as concepções de integralidade que podemos alcançar

destacam-se: promoção da saúde como mudança do estilo de vida;

aproximações dialógicas entre saber científico e popular; fortalecimento da

participação popular do auto-cuidado.

Há a possibilidade do reconhecimento social. A elaboração de modelos

adaptativos para essas pessoas, tendo como meta principal a redução das

internações e complicações para as pessoas que adoecem com a diabetes

mellitus.

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4 MATERIAL E MÉTODO

Aplicou-se um questionário, para assim realizar as entrevistas às

pessoas (usuários) cadastradas nos Programas de Diabetes mellitus e

Hipertensão na Estratégia Saúde na Família (ESF) Vila Corumbá.

Segundo Cesar & Tanaka 12, é possível definir com maior

especificidade diretrizes e estratégias para implantação de um sistema de

saúde usando-se estudos com base populacional, na busca de maior eqüidade

no atendimento às necessidades de saúde da população.

Segundo os dados no Sistema de Informação em Atenção Básica

(SIAB) do município, nessa data, estavam cadastradas 4713 pessoas com

diabetes na cidade de Campo Grande (74,86 %), 1899 no Distrito Sul (72,30%)

e 114 (73,68%) na Estratégia Saúde na Família Vila Corumbá. Com o cadastro

no SIAB dos pacientes ordenados por tipo de patologia (Hipertensão arterial e

Diabetes mellitus) e por equipe de saúde da família.

A proporção de pessoas (pacientes usuários) ativos na ESF e suas

características quanto ao sexo e faixa etária estão apresentadas, com a

finalidade de comparar a população amostrada com os dados cadastrais.

Escolaridade, ocupação e renda familiar (em salários mínimos) foram usadas

para descrever o perfil da população estudada na Estratégia Saúde na Família

Vila Corumbá, assim como a proporção dos pacientes classificados como

hospitalizados com complicações da diabetes mellitus.

Com a aplicação do questionário para um grupo de trinta e duas

pessoas, que pertencem ao grupo (de cento e quinze pessoas) cadastrado na

ESF Vila Corumbá e que apresentam a patologia da diabetes mellitus, como

uma de suas doenças.

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4.1 PERFIL SÓCIO ECONÔMICO DEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO NA

ESTRATÉGIA SAÚDE NA FAMÍLIA VILA CORUMBÁ

A Estratégia Saúde na Família Vila Corumbá localiza - se no Distrito

Sul (na divisão sob distritos), no município de Campo Grande, Mato Grosso do

Sul, Brasil. Na observação dos dados do SIAB (Sistema de Informação da

Atenção Básica) há a prevalência das pessoas maiores de vinte anos com a

doença do diabetes mellitus, pessoas cadastradas e acompanhadas pela

Estratégia Saúde na Família Vila Corumbá.

Quadro 1 – Dados ano 2011- ESF Vila Corumbá (cadastrados)DIABETES (TIPOS) PESSOAS CADASTRADAS Diabetes tipo 1 0000Diabetes tipo 2 (mellitus) 0115 Fonte: FICHA A (ANO 2011)

Ao observar a Ficha A (ficha confeccionada no trabalho dos agentes

comunitários de saúde (ACS), o cadastro é 100% para a diabetes tipo 02

(diabetes mellitus) no ano de 2011 (o cadastro da diabetes tipo 01 é todo

realizado pela equipe de endocrinologistas (na pediatria) no CEM (Centro das

Especialidades Médicas), no município de Campo Grande. O Ministério da

Saúde (MS) preconiza 100 % de acompanhamento às pessoas cadastradas na

Ficha A, como índice meta para as pessoas com a patologia do diabetes

mellitus. A Estratégia Saúde na Família Vila Corumbá, as Unidades que

compõem o Distrito Sul e a cidade de Campo Grande apresentam índices

semelhantes de acompanhamento às pessoas cadastradas.

Tabela 1- Comparativo das pessoas com a doença do diabetes mellitus (tipo 02), a cidade de Campo Grande, o Distrito Sul e a Estratégia Saúde na Família Vila Corumbá, Brasil, 2010.

ESF Distrito Sul MunicípioPessoas cadastradas 114 1899 4713Pessoas acompanhadas 1373 3528

84 1373 3528

% pessoas acompanhadas 73,68% 72,30% 74,86%

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Fonte: Siab, 2010.

masculino28%

feminino72%

Gênero

Figura 1 – Gráfico ilustrado de comparação entre as pessoas entrevistadas, quanto ao gênero.

Tabela 2 – Registro e cadastro nos programas (ESF Vila Corumbá).Programa n % Hipercardia 29 90,62%Diabetes mellitus 3 9,37%Total 32 100,00%

30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

12

5

15

54

Faixa etária dos entrevistados

Figura 2 - Gráfico ilustrativo da faixa etária das pessoas entrevistadas.

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50%

25%

22%3%

Estado Civil

casado/ amasiado divorciado/separado viúvo solteiro

Figura 3 – Grafico ilustrativo do estado civil das pessoas entrevistadas.

analfabeto 0002

ensino fundamental incompleto 0019

ensino fundamental completo 0003

ensino médio completo 0003

ensino superior incompleto 0001

ensino superior completo 0004

2

19

3

3

1

4

EscolaridadeSeries1

Figura 4 – Gráfico ilustrativo da escolaridade das pessoas entrevistadas.

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Renda Financeira

menos 1 até 22 a 34 a 5 6 a 78 a 10acima 10

Figura 05 – Gráfico ilustrativo da Renda Financeira das pessoas entrevistadas

A maioria, 59.37%, recebe entre dois e três salários mínimos, o que

mostra a importância e necessidade da equipe de ESF Vila Corumbá em

buscar estratégias junto com as pessoas que apresentam a diabetes como

uma de suas doenças, para compartilhar as dificuldades em todos os itens que

possam trazer complicações e dificuldades no tratamento dessas pessoas.

Informar aos pacientes quanto aos seus direitos para aquisição de

medicamentos e insumos para o tratamento do diabetes.

Tabela 4 - Habitantes numa mesma residência (pessoas)Discrição QuantidadeMora só 0003Duas 0006 Três 0004Quatro 0012Cinco 0005Seis 0001Sete 0000Oito 0001Total dos entrevistados 0032

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Tabela 5 – Tempo (em anos) de diagnóstico da doença diabetes mellitus nas pessoas entrevistadas com a doença.Discrição Quantidademenor de um 0002um e cinco 0004seis e dez 0011maior de dez 0015Total dos entrevistados 0032

Observa-se que a maioria apresenta a doença há mais de dez anos

(46,87 %).

Tabela 6 - Patologias desencadeadas (complicações) em função da doença Diabetes MellitusDiscrição Quantidaderetinopatia diabética 0012nefropatia diabética 0006neuropatia diabética 0018“o pé diabético” 0006(alterações na circulação periférica) amputações 0001Total dos entrevistados 0032

Tabela 7 - Internações por complicações da Diabetes Mellitus.Discrição Quantidadesim 0007não 0025Total dos entrevistados 0032

Tabela 8 – Tipos de tratamentosDiscrição Quantidadehipoglicemiantes orais 0024 hipoglicemiantes orais e insulina 0006insulina (somente) 0001não medicamentoso 0001 Total dos entrevistados 0032

4.2 ESTILO DE VIDA

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Tabela 9 – Tabagismo.Discrição Quantidadesim 0001não 0031Total dos entrevistados 0032

Tabela 10 - EtilismoDiscrição Quantidadesim 0000não 0032Total dos entrevistados 0032

Tabela 11 – Atividade física.Discrição Quantidadesim 0010não 0022Total dos entrevistados 0032

Atividade Física

simnão

Figura 6 – Gráfico ilustrativo das atividades físicas praticadas ou não

Nessa mostra, 22 (68,75 %) dos indivíduos referiram não ter o hábito

de praticar atividade física: Siqueira 26 encontrou 41% de sedentarismo

enquanto que Piccolomini 27 encontrou 62,7%, Assunção et al. 8 também

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referem baixa adesão a exercícios físicos entre as pessoas com diabetes no

Sul do Brasil .

Tabela 12 - Cuidado com a alimentação (restrição do açúcar e diminuição dos carboidratos)Discrição Quantidadesim 0020não 0012Total das pessoas entrevistadas 0032

Cuidado com a alimentação e nutrição

simnão

Figura 7 – Cuidado com a alimentação e nutrição

Tabela 13 - IMC – Índice de Massa CorpóreaDiscrição Quantidadesubnutrido ou abaixo do peso 0000peso ideal (normal) 0008acima do peso (levemente) 0015obesidade (primeiro grau) 0005obesidade (segundo grau) 0004 obesidade mórbida 0000Total das pessoas entrevistadas 0032

Os dados encontrados na ESF Vila Corumbá confirmam os resultados,

pois 75% dos diabéticos estão com sobrepeso ou obesos, embora ao serem

questionados sobre o controle alimentar 62.50% responderam que fazem o

controle. Na avaliação da atividade física, 68.75% não realizam atividade

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alguma. O descuido com o estilo de vida é um fator de risco para as pessoas

que apresentam a doença do diabetes mellitus. Hábitos como fumar, consumir

álcool, vida sedentária, descuido com a alimentação atuam diretamente nos

níveis glicêmicos.

Existe uma relação direta entre a obesidade e o sedentarismo. Estima-

se que 55% a 89% das pessoas portadoras da doença do diabetes mellitus

(tipo 2) sejam obesos. A incidência é maior após os quarenta anos (Nery,

Cecília – revista Perionews - 2008). Os dados encontrados na ESF Vila

Corumbá confirmam os resultados, 75% estão em sobrepeso ou obesos,

embora quando questionados sobre a alimentação, 62,50 % respondem que

fazem o controle e 68,75 % afirmam a falta da atividade física na sua rotina.

Assunção et al. 8 também referem em um estudo, baixa adesão à dieta, apesar

da importância da dieta no controle do diabetes mellitus e da hipertensão

arterial 3,6,10,25. Essa questão mostrou-se de difícil análise devido à

possibilidade de o paciente poder não retratar fielmente seus hábitos

alimentares.

4.3 PROJETO DE INTERVENÇÃO

Serão propostas ações no envolvimento da equipe multidisciplinar. A

equipe compõe-se de dez agentes comunitários, responsáveis pela boa

interação comunidade e equipe Estratégia Saúde na Família, dois funcionários

administrativos, os quais, entre outros papéis, realizam a entrega dos

medicamentos (hipoglicemiantes orais e insulina) e realizam as marcações das

consultas, de exames complementares e encaminhamentos às especialidades.

Duas técnicas de enfermagem, responsáveis por visitas domiciliares, medidas

da pressão arterial e da glicemia capilar, curativos e cuidados gerais, a médica,

com o papel de identificar as patologias, a forma de tratamento, orientações

dos cuidados, a profissional odontóloga, responsável pela prevenção e

diagnóstico, os cuidados no diagnóstico e prevenção das doenças periodontais,

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a auxiliar da profissioanal da odontologia, que prevê os cuidados às pessoas

atendidas, a enfermeira, com os cuidados na coordenação dos agentes

comunitários de saúde, as técnicas da enfermagem e atendimento, a assistente

social, responsável pelo cuidado social do território e a coordenadora da ESF

Vila Corumbá. A equipe multidisciplinar pode ter o apoio da equipe do NASF-

Núcleo de apoio à Estratégia Saúde na Família, nutricionista, fisioterapeuta,

farmacêutico, educador físico e psicólogo e de especialistas , especialmente,

nas áreas da oftalmologia, endocrinologia, nefrologia, angiologia, cardiologia e

homeopatia, ginecologia e urologia, no CEM. Observando as entrevistas, trinta

e duas, para pessoas que apresentam a patologia de diabetes mellitus ( DM ) ,

acompanhadas da hipertensão arterial sistêmica ( HAS ), é necessária a

intervenção e incentivo da atividade física e da boa orientação alimentar e

nutricional, fatores que influenciam diretamente nessas patologias.

Quadro 2 – Metas das ações: Projeto de intervenção - Ações propostas, tipo de atividades, especificações.Ações Propostas Tipo De Atividade Especificação

Atenção:

Mensais

Reunião da Equipe (multidisciplinar)

Reuniões (coordenador)

Intervenção intersemanais

Reuniões técnicas Reuniões às segundas-feiras

Troca de conhecimentos Matriciamento

Apoio às ações

Duas vezes por semana (em duplas)

Discussão de atendimentos (multidisciplinar)

Visitas domiciliares Visitas quinzenais compartilhadas

Atendimentos em conjunto

Atividades educativas Atividades semanais

Atenção especializada: encaminhamento às intervenções específicas

Consulta específica por área de atuação.

Atividade educativa

Orientações, integralidade

Um período na semana para cada especialista (multidisciplinar)

Ações intersetoriais

Identificar a

Reuniões com os recursos da

Uma reunião mensal

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comunidade.

Planejamento.

Igrejas, centros comunitários, praças, Orla Morena.

Desenvolver coletivamente ações integradas às Políticas Sociais da Educação, Esporte, Cultura, Trabalho e Lazer.

comunidade.

Conselho Gestor Local

Visitas insitucionais

Quadro 3 – Metas das ações: Projeto de intervenção - Área estratégica e ações propostas para ESF.Área estratégica Ações propostas para ESF

Ações de atividades físicas e práticas corporais

Educador Físico NASF Equipe Multidisciplinar

Orientar e vivenciar a prática da atividade física com exercícios lúdicos, esportivos, alongamento, caminhadas, e exercícios de respiração.

Desenvolver atividade física e prática corporal através de expressões individuais e coletivas.

Propiciar educação permanente em atividade física e práticas corporais junto ao apoio do NASF (Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde na Família) e setores do município (Educação), identificar a comunidade profissional com potencial para o desenvolvimento do trabalho Junto à Equipe (multidisciplinar).

Realizar exercícios e orientações para prevenção e promoção de saúde junto às pessoas com diabetes mellitus.

Desenvolver ações voltadas à conscientização e percepção corporal, elevação da auto estima e promoção do autoconhecimento.

Ações da Reabilitação-

Para pessoas que sofreram amputação –

Complicação da DM

( Diabetes Mellitus )

Indicar e confeccionar adaptações e mobiliários, de acordo com as necessidades e possibilidades, com intuito de facilitar as ações do cotidiano.

Acompanhar junto ao processo de inserção e adaptação nos grupos sociais ( associações, centros comunitários ), capacitando o grupo por meio de orientações e dinâmicas, sensibilizando em relação às necessidades especiais.

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NASF. CEM.

Equipe multidisciplinar

Fisioterapia

Terapia Ocupacional

Intervenções para promoção de acessibilidade.

Utilização da reabilitação baseada na comunidade como ferramenta participativa de intervenção junto a pessoas, que se submeteram à amputação, re-socializando e orientando essas pessoas, bem como os seus cuidadores e familiares.

Área Estratégica –

Ações de Alimentação e nutrição

Nutricionista - NASF e CEM

Equipe Multidisciplinar

Realizar o diagnóstico da situação alimentar e nutricional do grupo de pessoas cadastradas com a patologia diabetes mellitus e identificar as pessoas de maior risco aos agravos nutricionais, em relação às suas patologias e realização das biografias alimentares.

Socializar o conhecimento sobre os alimentos e desenvolver estratégias de resgate dos hábitos e práticas alimentares, dentro da dieta para as pessoas com a diabetes, regionais e locais, na linha da alimentação saudável.

Auxiliar na identificação de características domiciliares e familiares, que orientem a detecção precoce de dificuldades que possam afetar as pessoas com diabetes e ou hipertensão arterial sistêmica nessa famíia.

Desenvolver, coletivamente, no trabalho da intersetorialidade, ações que se integrem às outras Políticas Sociais ( educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras ).

Elaborar Planos Terapêuticos, especialmente à pessoas resistentes à mudança alimentar, por meio de discussões periódicas, que permitam apropriação coletiva coletiva pela equipe, em ações multiprofissionais e interdisciplinares, desenvolvendo a responsabilidade compartilhada.

Atuar na formação e educação continuada da equipe e participar de ações vinculadas ao programa de controle e prevenção dos distúrbios nutricionais da doença crônica.

Elaborar, em conjunto com a equipe de saúde, rotina de atendimento nutricional e atendimento para pessoas com doenças crônicas, relacionadas com a alimentação e nutrição, de acordo com o protocolo de atenção básica organizando a referência e contra – referência.

Avaliar, em conjunto com a equipe e os Conselhos de Saúde, o desenvolvimento e a implementação das ações de saúde e de alimentação e nutrição e seu impacto na população ( diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica ).

Favorecer a inclusão, por meio da ampliação do acesso, da informação sobre programas sociais e direitos relacionados

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a alimentação para pessoas com diabetes mellitus e ou hipertensão arterial sistêmica, através do estabelecimento de parcerias locai, interinstitucionais e comunitárias.

Acompanhar e desenvolver ações junto aos grupos específicos ( diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica )

Desenvolver ações para promoção das práticas alimentares saudáveis em respostas às principais demandas assistenciais ( a Diabetes mellitus associada à Hipertensão arterial sistêmica ) quanto aos transtornos e distúrbios alimentares.

Articular estratégias de ação com os equipamentos sociais do território, ESF Vila Corumbá, em prol da promoção da alimentação saudável, do Direito Humano da Alimentação adequada e da Segurança alimentar e nutricional.

Ações do serviço social - Serviço Social com a Equipe Multidisciplinar

Capacitar e organizar o acompanhamento das famílias das pessoas com Diabetes Mellitus.

Identificar, articular e apoiar na disponibilização da rede de proteção social.

Possibilitar e compartilhar técnicas identificadas como oportunidades de geração de renda e desenvolvimento sustentável na comunidade ou estratégias que propiciem o exercício da cidadania em sua plenitude.

Desenvolver atividades culturais com objetivo de melhoria da qualidade de vida

Identificar no território, valores e normas culturais das famíias e das comunidades, que possam contribuir para o processo de atendimento coletivo e individual.

Ações da Psicologia

Psicólogo com a Equipe Multidisciplinar

Oferecer atividades individuais ou grupais com o objetivo de trabalhar com a doença autoimune.

Oferecer atividades individuais ou grupais para as pessoas que sofreram amputação.

Oferecer atividades aoende se relacione a Psicologia da Resistência à dieta e restrição alimentar, a biografia alimentar, numa ação multidisciplinar. Junto à Equipe do NASF.

Ações da Medicina Desenvolver a autonomia do cuidado e do tratamento.Desenvolver a autoreflexão.Desenvolver a percepção de suas dores e sofrimentos.Apoiar nas mudanças necessárias para a maturidade de suas ações.Cuidar da saúde física, emocional e mental.

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Ações de saúde da

Mulher com diabetes

mellitus

Desenvolver atividades físicas para a melhoria da qualidade

de vida desse grupo.

Abordar temas atuais em relação aos agravos à saúde,

desencadeados pelo excesso de trabalho e

responsabilidades.

Estimular o cuidado com a mama.

Estimular o cuidado e a necessidade do exame

colpocitologia oncótica.

Desenvolver a auto estima.

Desenvolver ações em favor da saúde mental para esse

grupo.

Ações de Assistência

Farmacêutica ( junto

ao NASF. )

Incentivar o uso dos medicamentos prescritos e indicados

pelo profissional médico e auxiliar na sensibilização em

relação aos possíveis problemas causados pela

automedicação.

Educação em Saúde sobre o uso racional dos

medicamentos.

Acompanhar as pessoas que fazem uso da medicação

continuada e as pessoas com dificuldade na adesão ao

tratamento.

Ações de saúde do

Homem com diabetes

mellitus

Equipe multidisciplinar

Apoio da Especialidade

da Urologia

Centro de Atendimento

Desenvolver o cuidado com o corpo. Atividades físicas para a melhoria da qualidade de vida desse grupo.

Desenvolver os cuidados, para os homens acima de quarenta e cinco anos, com a próstata.

Desenvolver a responsabilidade com a sua família.

Estimular a adesão ao tratamento alimentar e medicamentoso.

Desenvolver a auto estima.Facilitar a expressão da sexualidade

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ao Homem Estimular o bom relacionamento do casal e da família

Melhorar a auto estima

Atividades sociais e de lazer

Ações das Especialidades

Homeopatia

CEM

Equipe multidisciplinar

Referência e Contra

Referência.

Facilitar o processo da ressubjetivação.Diagnosticar o sentir nos processos do adoecimentoPermitir a intencionalidade do momento agudo.Seleção da expressão dos sintomas, como expressão do seu sofrimento e nesse mosaico de sintomas diagnosticar o núcleo rígido ( núcleo a ser tratado ). Ver e sentir a pessoa que está na nossa frente e que se dispõe à cura e tratamento, independente das variadas patologias que possa apresentar.Selecionar os sintomas da psora, sycose e syphilis.

5 REFERÊNCIAS

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