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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU PRINCIPAIS IMPLANTES UTILIZADOS NA ÁREA DA IMPLANTODONTIA E OSSEOINTEGRAÇÃO MORETTE, Stéfano Blanco¹ [email protected] PAVÃO, Emerson Jose¹ [email protected] DA LUZ, Igor Lira¹ [email protected] CARVALHO, Angelica Oliveira¹ [email protected] CADORIN, Natercia¹ [email protected] PIEROZAN, Morgana Karin² [email protected] SOARES, Angela Mara Berlando² DELLANI, Marcos Paulo² ANDRES JUNIOR, Décio Antonio² URIO, Elisandra Andreia² SILVA, Lisiane Borges da² [email protected] BORGHETTI, Vanessa Isabela² [email protected] ¹ Discentes do Curso (Odontologia), Nível 1 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso (Odontologia), Nível 1 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. RESUMO: A implantodontia trouxe técnicas de estética em relação à aplicação da carga imediata em implantes dentários no tratamento com ausência parcial dos dentes e procurando distribuir as cargas oclusais do implante. Os implantes foram surgindo aos poucos, com apenas um tipo de conexão e com a evolução do mercado, foram sendo aprimorados. Surgindo então os três principais implantes ósseos: cone-morse, hexágono externo e hexágono interno em relação a estas conexões, auxiliaram na neoformação do osso, no bom desempenho de adaptação, função de micro movimentos na interface do ___________________________________________________________________________ _______________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

PRINCIPAIS IMPLANTES UTILIZADOS NA ÁREA DA IMPLANTODONTIA E OSSEOINTEGRAÇÃO

MORETTE, Stéfano Blanco¹[email protected]

PAVÃO, Emerson Jose¹[email protected]

DA LUZ, Igor Lira¹[email protected]

CARVALHO, Angelica Oliveira¹[email protected]

CADORIN, Natercia¹[email protected]

PIEROZAN, Morgana Karin² [email protected]

SOARES, Angela Mara Berlando²DELLANI, Marcos Paulo²

ANDRES JUNIOR, Décio Antonio²URIO, Elisandra Andreia²SILVA, Lisiane Borges da²

[email protected], Vanessa Isabela²[email protected]

¹ Discentes do Curso (Odontologia), Nível 1 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.² Docentes do Curso (Odontologia), Nível 1 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

RESUMO: A implantodontia trouxe técnicas de estética em relação à aplicação da carga imediata em implantes dentários no tratamento com ausência parcial dos dentes e procurando distribuir as cargas oclusais do implante. Os implantes foram surgindo aos poucos, com apenas um tipo de conexão e com a evolução do mercado, foram sendo aprimorados. Surgindo então os três principais implantes ósseos: cone-morse, hexágono externo e hexágono interno em relação a estas conexões, auxiliaram na neoformação do osso, no bom desempenho de adaptação, função de micro movimentos na interface do osso com o implante, bloqueio protético, substituir próteses parciais removíveis ou dentaduras, visando recuperar a qualidade de vida do paciente. Como método utilizou-se uma pesquisa bibliográfica, na entrevista conclui-se que implantes tendem a melhorar a qualidade de vida e do paciente, contribuindo significativamente para a autoestima.

Palavras-chave: Osseointegração, implantes, hexágono externo, hexágono interno, cone morse.

ABSTRACT: The implantology brought aesthetic techniques regarding to the application of immediate loading in dental implants in the treatment with partial absence of the teeth and seeking to distribute the occlusal loads of the implant.  Implants were gradually introduced, with only one type of connection and with the evolution of market, were being improved. Arising then, the three main bone implants: cone-morse, external hexagon, and internal hexagon in relation to these connections, aided in bone neoformation, in a good adaptation performance, micro-motions function at the interface of the bone with the implant, replace removable partial dentures or dentures, in order to recover the quality of life of the patient. As a method was used in a bibliographic research, in the interview it was concluded that the implant tends to improve the quality of life of patient, contributing significantly to the self-esteem.

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 Keywords: Osseointegration, implants, external hexagon, internal hexagon, cone morse

1 INTRODUÇÃO

A implantodontia tem sido um recurso a mais para pacientes que não possuem dentes,

trazendo novas possibilidades no tratamento da reabilitação bucal. Inovações estão sempre

acontecendo, contribuindo cada vez mais para a melhoria da qualidade de vida e da

capacidade mastigatória.

De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO, 2005), criou-se uma

consolidação, a implantodontia é a especialidade que tem como objetivo a implantação na

mandíbula e na maxila, de materiais aloplásticos destinados a suportar próteses unitárias,

parciais ou removíveis e próteses totais. No mesmo documento, é mencionado que esta é

formada por áreas de competências para a atuação do especialista, que podem incluir

diagnóstico das condições das estruturas ósseas dos maxilares, diagnóstico das alterações das

mucosas bucais, e das estruturas de suporte dos elementos dentários, técnicas e procedimentos

de laboratório relativos aos diferentes tipos de prótese a serem executadas sobre os implantes,

técnicas cirúrgicas específicas ou afins nas colocações de implantes, manutenção e controle

dos implantes, realização de enxertos ósseos e gengivais e de implantes dentários no

complexo maxilo-facial.

Atualmente na implantodontia existem três tipos de implantes que são considerados

importantes no mercado sendo eles o hexágono externo, hexágono interno e o cone morse

conforme comenta Naves (2010).

Em 1965 o professor Brånemark médico ortopedista, formou um grupo de

pesquisadores da Universidade de Gotemburgo na Suécia resultando no estudo da

Osseointegração.

O objetivo deste artigo, portanto, foi relacionar a teoria com a pratica, a partir de uma

entrevista com um professional da área da implantodontia, visando aperfeiçoar o

conhecimento e apresentar as especializações e características da área profissional.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Referencial Teórico

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2.1 Propriedades ósseas

De acordo com Brånemark (1965), a descoberta da osseointegração foi em 1965, por

um grupo de pesquisadores da Universidade de Gotemburgo na Suécia, iniciou os estudos que

alcançaram a descoberta da Osseointegração. Na época, estava interessado por pesquisa e

protocolos de procedimentos cirúrgicos que resolvessem deficiências físico-funcionais de

seres humanos. Foi batizada como Osseointegração (do latim os, osso), a técnica tem sido

melhorada e avançada nos últimos 40 anos pelos cientistas, que criaram o mais avançado

sistema de prótese fixa da história reabilitadora da Odontologia mundial.

Para Albrektsson (1993), a osseointegração representa a ancoragem direta de um

implante por formação de tecido ósseo ao redor do implante sem crescimento ou

desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-implante.

Segundo Naves (2010), o sucesso da restauração protética suportada por implantes

osseointegrados e a saúde dos tecidos circundantes estão intimamente relacionados à precisão

e adaptação dos componentes, à estabilidade da interface implante intermediário, assim como

à resistência desta interface quando submetida a cargas durante a função mastigatória.

De acordo com Misch (1999), a densidade do osso é considerada um fator mais

relevante que o comprimento e o diâmetro do implante, pois está diretamente relacionada ao

conceito de área funcional da superfície do implante.

Segundo Lekholm e Zarb (1985), afirmaram que para instalar um implante é

necessário saber em qual estado morfológico está o osso. Para analisar o osso é realizado

exames radiográficos e tomográficos computadorizados. A anatomia do maxilar e mandibular

forma a base exigida para a inserção cirúrgica dos implantes dentários.

A anatomia também é um requisito para a compreensão das complicações, tanto a

curto quanto em longo prazo, portanto, a perda de dentes desencadeia uma série de eventos,

que leva à perda do osso alveolar na largura e na altura. À medida que o osso alveolar

mandibular reabsorve, o rebordo residual migra na direção de muito dos músculos que se

originam ou se inserem na mandíbula (SHARAWY; MISCH, 2006).

2.2 Principais tipos de implantes: Hexágono Externo

Segundo Naves (2010), os três principais tipos de implantes disponíveis no mercado

são: hexágono externo, hexágono interno e cone morse. Uma micro fenda presente entre o

implante e o intermediário protético, permite a penetração bacteriana e colonização do interior

do implante. Essa micro fenda, juntamente com a colonização bacteriana, tem sido associado

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com a perda óssea ao redor dos implantes, característica da peri-implantite.

De acordo com Stevão (2005), os hexágonos externos foram os primeiros tipos de

conexões a serem utilizadas na implantodontia, apresentou-se com maior número de opções

protéticas e o maior número de profissionais com o domínio da sua técnica. Inicialmente era

utilizado somente em paciente totalmente edêntulos com finalidade apenas de fixação.

Somente mais tarde, quando os implantes foram usados para reconstrução de elementos

dentários unitários, o hexágono se tornou a concepção mecânica para evitar que a coroa

girasse ao redor do seu próprio eixo.

Martins et al. (2007), mostraram que mecanicamente a altura desse hexágono, de

somente 0,7 mm, nunca foi desenhada para suportar as forças oclusais geradas durante a

mastigação. Diante disso, existe um grande problema em reabilitações unitárias e parcias com

esse tipo de conexão implante/pilar. Em próteses unitárias esse dispositivo anti-rotacional de

apenas 0,7 mm, por muitas vezes, não impede o afrouxamento do parafuso do componente

protético, frente às forças mastigatórias, fazendo com que as próteses apresentam movimentos

vestíbulo lingual.

Segundo Lehman (2008), os implantes do tipo hexágono externo apresentam uma

concentração de tensões no pescoço do implante próximo à plataforma de assentamento, ao

parafuso de retenção e ao osso cortical, podendo provocar afrouxamento ou fratura deste

parafuso e quando submetidos às cargas laterais.

Figura 1 - Hexagono Externo - Bianchini M.A. Ano: 2008

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2.3 Principais tipos de implantes: Hexágono Interno

Para Ferreira (2007), concluiu que as conexões internas tornam-se a melhor opção

para as reabilitações nas quais serão utilizados implantes osseointegráveis e que na

impossibilidade da utilização de implantes de largo diâmetro, os autores sugeriram a

instalação de implantes de hexágono interno.

De acordo com Stevão (2005) a conexão interna apresenta um excelente resultado para

os casos de prótese unitária parafusada ou cimentada, mas também, pode ser utilizada em

próteses múltiplas, com bom paralelismo ou utilizando intermediários semelhantes aos do

hexágono externo.

Segundo Soares (2007) a alta resistência mecânica é o ponto forte do hexágono

interno. Esse modelo confere maior resistência de torque no momento de inserção do implante

no alvéolo cirúrgico.

Figura 2 - Hexagono Interno - Bianchini M.A. Ano: 2008

2.4 Principais tipos de implantes: Cone Morse

Para Mollersten (1997), a adaptação do cone morse, apresenta maior capacidade de

suportar cargas horizontais, pois possui uma maior sobreposição de superfícies entre o

implante e o abutment.

Segundo Dibart et al (2005), realizaram um estudo apontando que o selamento

promovido pelo sistema cone morse é suficientemente hermético para impedir invasões

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bacterianas na interface implante abutment.

De acordo com Freitas et al. (2013), os implantes com conexão tipo cone morse estão

cada vez mais sendo utilizados com eleição para a reposição de dentes ausentes, funcionando

como uma opção importante que permite atender as necessidades do paciente através da

devolução da função e estética perdidas.

O cone morse é um encaixe entre as superfícies do implante e do pilar protético

( ANDRÉ; Luiz F. M, 2009, p. 3)

Os implantes cone morse são produzidos em titânio comercialmente puro de acordo

com todas as normas e regulamentações nacionais e internacionais (ABNT, 2001; ASTM,

2006).

O Titânio é utilizado em implantes em função de ser um metal que possibilita reação

tecidual favorável, estabilidade química dos componentes, estimula a atividade celular na

formação da matriz óssea, tem elevada resistência à corrosão e não provoca reações de

hipersensibilidade ou imunológicas (Schenk, 2000).

Figura 3 - Cone Morse – Andre L.F.M Ano: 2009

2.5 Consulta inicial

Bianchini (2008), comenta que a consulta inicial é considerada um processo muito

importante entre o dentista e seu cliente, para muitos dentistas a primeira consulta é

considerada uma anamnese completa tornando-a mais técnica e desagradável para o paciente.

No mesmo texto, Bianchini (2008) comenta que a analise consegue detectar os

desejos, ansiedades e aspirações do paciente especificamente na área de implantodontia. Além

disso, esse paciente certamente já tomou conhecimento sobre implante com outros dentistas.

O exame clinico inicial abordado refere-se aquele exame realizado na consulta inicial,

generalizando a maioria dos casos nesta etapa, o implantodontista poderá se defrontar com

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tipos de situações. A primeira delas é o paciente traz exames pré-operatórios completos e

atualizados, pois já consultou com outro colega. O segundo caso o paciente não traz nenhum

exame pré-operatório, pois é a primeira vez que faz uma consulta para implante.

2.5.1 Segunda consulta, consulta de retorno

O paciente retorna em busca de informações finais, para a sua decisão de realizar ou

não o tratamento. Dependendo da complexidade do caso essa poderá ser ou não a consulta

final antes do inicio dos procedimentos clínicos propriamente ditos. Muitas vezes há

necessidade de varias consultas de retorno antes do real inicio dos trabalhos definitivos.

Indicar e contraindicar implantes não são uma tarefa fácil, especialmente se esta

decisão tem de ser tomada sem o completo conhecimento de todas as variáveis envolvidas.

Geralmente o paciente chega ansioso à consulta inicial, querendo saber se está apto a receber

o tratamento com implantes.

2.6 Cargas imediatas

Para Youssef (2009) o protocolo de carga imediata foi introduzido na implantodontia

com a proposta de oferecer importantes vantagens, como menor número de intervenções

cirúrgicas, menos tempo entre a inserção dos implantes e a restauração protética final, menor

custo e maior satisfação do paciente.

No mesmo documento Youssef (2009), também comenta que alguns critérios para a

aplicação da carga imediata são importantes como a qualidade óssea, usar implantes

rosqueáveis por macro retenção, com superfície tratada com micro retenção, implantes

cônicos, travamento bicortical, estabilidade oclusal favorável, evitar carga imediata em áreas

com osso de baixa qualidade e ou que receberam enxerto prévio, estando totalmente

contraindicada em pessoas portadoras de hábitos parafuncionais como o bruxismo.

Segundo López (2004) para que se execute carga imediata sobre implantes, é

necessário que antes que se obtenha imagens tridimensionais do osso, através de exames

radiográficos específicos e tomografias.

Segundo Campi Junior (2010), o protocolo cirúrgico de um só passo envolve a

aplicação de carga imediata nos implantes dentais, ou seja, a colocação de uma prótese

provisória logo após o procedimento cirúrgico, representando uma alternativa viável para a

reabilitação de pacientes com perda parcial ou total dos dentes. Essa técnica oferece aos

profissionais e pacientes, muitas vantagens, pois possibilita a diminuição dos custos, evita

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uma segunda intervenção e diminui o tempo de tratamento, restabelecendo a estética e a

função.

Para Menezes (2011), as principais vantagens da carga imediata em implantes

unitários são conforto, cirurgia pouco traumática, rapidez no tratamento, permite dispensar a

necessidade de próteses provisórias removíveis, melhor impacto psicológico, maior

aceitabilidade e satisfação do paciente, devolução rápida da capacidade mastigatória e

estética.

2.7 Implantes unitários

Chaushu et al. (2001) demonstram a importância dos micro movimentos na reparação

óssea de implantes unitários submetidos a carga imediata. Relatam que os macro-movimentos

são nocivos e podem arruinar os trabalhos executados.

Segundo Jemt (2005), o planejamento da prótese é essencial para determinar que o

implante unitário satisfaça os requisitos de oclusão, estética, fonética e preservação das

estruturas dos dentes adjacentes. O planejamento do tratamento cirúrgico deve conduzir a

decisões sobre o posicionamento do implante e gestão dos tecidos duros e moles para que se

obtenha um alojamento adequado do implante e do ambiente ideal ao redor da restauração.

Segundo Borges (2005), comenta que para a anulação das forças em implantes

unitários o comprimento e diâmetro são compatíveis com o tamanho da coroa clínica da

prótese. Acrescentou que os ajustes devem ser feitos em diversas consultas após a instalação

da prótese.

Para Vasconcelos et al. (1997), relatam a indicação para prótese unitária sobre

implante quando se trata da perda dentaria unitária com dentes vizinhos hígidos.

2.8 Overdentures

Nos últimos anos, o interesse por tratamento com overdentures ou sobre dentaduras

para maxilas e mandíbulas edêntulas cresceu enormemente. As reabilitações bucais com

overdentures constituem uma ótima alternativa para desdentados totais, principalmente para

os que possuem dificuldades de adaptação a dentaduras convencionais (GALLINA, 2000).

A escolha entre uma overdenture e uma prótese fixa estará sujeito, basicamente, da

possibilidade de instalação de implantes em locais adequados e em número suficiente,

levando-se em consideração a situação econômica do paciente (FITZPATRICK 2006,

STRAIOTO et al.16 2006).

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A overdenture sobre implantes atua de forma semelhante à prótese total convencional,

cujo suporte é predominantemente mucoso, mas a retenção e estabilização do aparelho são

amplamente melhoradas através da fixação aos implantes, apresentando-se como uma prótese

muco-suportada e implanto-retida (HUNGARO et al, 2000).

2.9 Qualidade de vida e tecnologia

Conforme Carvalho et al, (2006), o tratamento reabilitador por meio de implantes

osseointegráveis objetiva preservar a integridade das estruturas nobres intrabucais,

recuperando a estética e a funcionalidade do sistema estomatognático e fonético,

possibilitando uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

Um guia cirúrgico gerado por um computador fornece uma ligação entre o plano de

tratamento e a cirurgia efetiva, transferindo o planejamento simulado precisamente para o

campo cirúrgico. O guia cirúrgico é feito através do processo estereolitográfico e é feito de

maneira personalizada para cada paciente (RAMASAMY, 2013).

2.10 Planejamento cirúrgico, tomografia computadorizada

De acordo com Williams et al. (1992), a Tomografia Computadorizada utiliza os raios

X para produzir a descrição digital de uma imagem que possa ser colocada em um monitor de

um computador ou em um filme. A imagem pode ser visualizada na tela do computador

durante o mapeamento ou pode ser fotografada e armazenada em discos ou em fitas

magnéticas.

Para Spiekermann (2000), graças à melhor resolução das imagens da tomografia

computadorizada, tomou-se possível construir modelos anatômicos tridimensionais (3D) dos

maxilares e do crânio.

Para Neves (2001), as informações sobre o processo alveolar, a ligação das corticais

ósseas e de estruturas que deverão ser evitadas durante a cirurgia só serão possíveis com as

imagens de tomografia computadorizada. A qualidade do tecido ósseo é avaliada através das

medidas de sua densidade demográfica em unidades Hounsfield.

Segundo Borges et al (2001), o implantodontista e o protesista decidem a posição ideal

para o implante através das imagens axiais, reconstruções panorâmicas e seccionais

correspondentes, realizando medidas transversais (espessura vestíbulo-palatina, vestíbulo-

lingual da maxila, mandíbula e verticais/altura óssea).

Buscatti (2003) realizou um estudo das densidades ósseas das porções medulares e

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corticais obtidas de reconstruções sagitais de cortes axiais de Tomografia Computadorizada

quando da aplicação de programa computadorizado desenvolvido para Odontologia, Dental

(Siemens Medical Systems-Alemanha) sendo que a mensuração foi feita pela escala

Hounsfield e os valores encontrados foram maiores para as corticais em relação as porções

medulares havendo correlação estatisticamente significante entre as regiões anatômicas eas

arcadas superior e inferior.

Freitas et al. (2000) afirmaram que o emprego de softwares em associação com

Workstation, independente com uma conexão com o tomógrafo computadorizado tem

possibilitado maior rapidez e versatilidade na obtenção de imagens de melhor qualidade,

permitindo um reprocessamento dessas imagens para um diagnóstico claro e adequado no

planejamento de tratamento.

Metodologia

A metodologia abordada para o desenvolvimento do trabalho foi elaborada através de

pesquisas feitas em sites acadêmicos, artigos científicos, sites da área da odontologia e

entrevista com um profissional da área.

Foi realizado uma pesquisa qualitativa, com a utilização de uma entrevista, com

quinze questões referente à área escolhida e aplicada a um profissional da área na cidade de

Getúlio Vargas, a entrevista tem como função tirar as dúvidas básicas dos alunos e essências

da área de implantodontia.

As questões foram desenvolvidas após estudo do conteúdo, extraído através de sites

acadêmicos, artigos científicos, livros didáticos e entrevista com o profissional. Os resultados

das pesquisas foram obtidos através da entrevista dos acadêmicos da faculdade IDEAU, a fim

de auxiliar no desenvolvimento e aprendizagem do projeto.

3 RESULTADOS E ANÁLISE

A entrevista realizada sobre perguntas de implantodontia foi abordada na Faculdade

IDEAU, com os alunos da turma de odontologia do nível um com um especialista de buco-

maxilo e ortodontia, que a partir do seu conhecimento sobre as instalações de implantes pode

tirar as duvidas sobre o tema.

O profissional, afirmou que a instalação de um implante dentário é permitida quando o

paciente completou sua maturação óssea total, que tenha sofrido a perda dentária por doenças

periodontais, cáries, edentulismo entre outros. Além disso, comentou que após a instalação, o

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paciente pode se alimentar normalmente, porém deve ter cuidados com os alimentos duros,

para não prejudicar seu implante, mas suas sensações entre o dente e o osso não funcionarão

como antes, por não possuir mais suas estruturas nervosas.

Também comentou que dificilmente o implante é rejeitado pelo ser humano, que seu

material feito de titânio em contato com o osso da maxila e mandíbula não apresentam

corrosão e fenômenos de rejeição imunológica. Sob seu ponto de vista, a perda do implante

está relacionada a problemas na instalação osseointegrados com o osso ou por fabricação da

própria empresa ao fabricar os materiais.

4 CONCLUSÃO

Com o presente estudo concluiu-se que a implantodontia tem sido uma especialidade

bastante significativa para pacientes que tenham problemas como a ausência dos dentes, o

implante tende a melhorar a qualidade de vida dos pacientes, principalmente dos edêntulos,

podendo reabilitar novamente a função mastigatória, também melhorando visualmente a

estética do paciente aumentando consequentemente, sua autoestima. Implantes sobre

implantes tendem a substituir as próteses dentárias removíveis, pois a qualidade e eficiência

desde a mastigação e limpeza são superiores e menos trabalhosas para paciente.

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Figura 1 - Hexagono Externo - Livro: O passo a Passo Cirúrgico na implantodontia da instalação a prótese. Pag 43. Bianchini M.A. Ano: 2008 Editora: Livraria Santos Editora.

Figura 2 - Hexagono Interno - Livro: O passo a Passo Cirúrgico na implantodontia da instalação a prótese. Pag 43. Bianchini M.A. Ano: 2008 Editora: Livraria Santos Editora.

Figura 3 - Cone Morse - Livro: Atlas de prótese sobre implantes cone morse. Pag 12. ANDRE L.F.M. Ano: 2009 Editora: Livraria Santos Editora

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