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0 BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DA PARAÍBA DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO CABO BRANCO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS RAFAEL ANDRADE DE LIMA RITA DE CÁSSIA DE SOUSA LIMA LOCALIZAÇÃO DA 1ª CIA DE BOMBEIROS / CABEDELO: SUA INFLUÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS JOÃO PESSOA PB 2012

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BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DA PARAÍBA

DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO

ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO CABO BRANCO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

RAFAEL ANDRADE DE LIMA

RITA DE CÁSSIA DE SOUSA LIMA

LOCALIZAÇÃO DA 1ª CIA DE BOMBEIROS / CABEDELO:

SUA INFLUÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS

JOÃO PESSOA – PB

2012

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RAFAEL ANDRADE DE LIMA

RITA DE CÁSSIA DE SOUSA LIMA

LOCALIZAÇÃO DA 1ª CIA DE BOMBEIROS/CABEDELO:

SUA INFLUÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Academia de Polícia Militar do Cabo Branco como requisito parcial para a conclusão do Curso de Formação de Oficiais da Paraíba.

Orientador: Prof. Alexandre fragoso

JOÃO PESSOA – PB

2012

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RAFAEL ANDRADE DE LIMA

RITA DE CÁSSIA DE SOUSA LIMA

LOCALIZAÇÃO DA 1ª CIA DE BOMBEIROS / CABEDELO:

SUA INFLUÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Educação, como requisito parcial para a avaliação do curso de formação de oficiais Bombeiros Militares do estado da Paraíba, sob orientação do professor Alexandre Fragoso. Aprovado em: ___/___/___ ___________________________________________________________________

Coordenação do curso de formação de oficiais Bombeiro Militar do Estado da Paraíba

Considerações: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Dedicamos este trabalho aos profissionais dos Corpos de Bombeiros de todas as nações, pois, devido a seus esforços, milhares de vidas puderam se perpetuar e progredir, por causa de seus sentimentos de humanidade, abdicação e solidariedade que inúmeros desconhecidos saíram do sofrimento e da angústia. É dedicado a estes profissionais do perigo e da ação e a todos seus feitos grandiosos através dos tempos.

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LOCALIZAÇÃO DA 1ª CIA DE BOMBEIROS/CABEDELO:

SUA INFLUÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS

RESUMO: Para um melhor atendimento às pessoas da cidade de Cabedelo, que possui um dos maiores riscos em potencial e tráfego de caminhões com produtos perigosos do estado da Paraíba, e objetivando a diminuição do tempo resposta a ocorrências, se faz necessário um estudo sobre a correta localização de uma companhia Bombeiro. Através da análise de três parâmetros principais (contabilização das ocorrências de 2012, avaliação de um questionário de opinião técnica profissional e também a análise das áreas de risco e difícil acesso, circunvizinhas à 1ª CRBM), foi constatado de maneira indutiva sistemática e verificável a influência da localização dos Bombeiros de Cabedelo no atendimento a ocorrências, iniciando com a contabilização das ocorrências registradas na área de atuação da Cia BM de Cabedelo e verificando quantas, onde, quando e como se efetivaram. Uma grande parte das ocorrências foi concentrada em um determinado tipo de atuação que exige grande agilidade devido a princípios como a “hora de ouro”, porém, os locais de maior freqüência destas ações estão situados exatamente em um ponto que indica dualidade nos atendimentos e no deslocamento, prejudicando a agilidade das viaturas do Bombeiro e sendo agravada pela grande quantidade de redutores de velocidade. Essa dualidade exige uma localização da companhia em um ponto intermediário, sendo ratificado pelo grande percentual de opiniões favoráveis dos Bombeiros entrevistados com relação à interferência da localização no atendimento ao público, que apontaram as falhas estruturais, de localização, e um novo local para a sede BM, confirmando a desconfiança dos militares com relação à segurança do local atual da 1ª CRBM, que, de forma empírica já existia, porém foi confirmada com a descoberta de sua existência em um ponto de interseção das áreas de risco, através do estudo de imagens de satélite e a demarcação de tais áreas. Estes fatos exprimem a influência negativa do local da sede dos bombeiros da cidade de Cabedelo em seus atendimentos e a insatisfação de seus militares com a companhia atual.

PALAVRAS-CHAVE: Bombeiro. Cabedelo. Localização.

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LOCATION THE 1ST FIRE DEPARTMENT OF THE CITY OF CABEDELO:

IT’S INFLUENCE IN SERVICE TO EVENTS

ABSTRACT: To better serve the people of the city of Cabedelo, which has one of the greatest potential risks and truck traffic with dangerous products in the state of Paraíba, and aiming to decrease the response time to incidents, a study is needed for the correct location to a firefighters Department. Through the analysis of three key parameters (counting the occurrences of 2012, evaluation of a questionnaire with a technical professional opinion and also the analysis of risk areas and with difficult access surrounding the 1st CRBM), It was found in an inductive way systematic and verifiable to influence the location of firefighters Cabedelo in attendance the occurrences, starting with the accounting of incidents recorded in the area of operations of the Department BM Cabedelo and checking how many, where, when and how they conducted themselves. A large proportion of cases were concentrated in a particular kind of activity that requires great agility due to principles such as the “golden hour”, however, the places most often these actions are situated exactly at a point that indicates duality in the care and displacement, damaging the agility of the fire truck, being aggravated by lots of bumps. This duality requires one location of the Department at an intermediate point, being ratified by the large percentage of favorable opinions of firefighters interviewed regarding the interference on localization and serving the public, which showed structural failure, location, and a new place for headquarters BM, confirming the suspicion of military for security from the actual location of the 1st CRBM that, empirically existed, however, was confirmed the discovery of its location in an intersection point of risk areas, through the study of satellite images and the demarcation of such areas. These facts express the negative influence of the location of the headquarter of the firefighters in the city of Cabedelo, your attendances and the dissatisfaction of its military with actual department.

KEYWORDS: firefighters. Cabedelo. Location.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Porcentagem do tempo transcorrido do trauma e a operação. ...... 23

Tabela 02 - Divisão dos bairros de atuação da 1ª CRBM por setores. ............. 38

Tabela 03 - Divisão dos campos de atuação do CBMPB por ocorrências........ 38

Tabela 04 - Ocorrências da 1ª CRBM por setores e tipos de Atuação BM entre Janeiro e Julho de 2012. ....................................................... 39

Tabela 05 - Ocorrências da 1ª CRBM dos setores 01 - 02 e tipos de Atuação.. 42

Tabela 06 - Ocorrências da 1ª CRBM dos setores 03 – 04 e tipos de Atuação. 42

Tabela 07 - Relação entre os símbolos e as respostas dos questionários. ...... 43

Tabela 08 - Quantitativo de respostas dos questionários técnico profissional.. 43

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 - Fachada da 1ª CRBM/Cabedelo....................................................... 12

Figura 02 – Cidade de Cabedelo ......................................................................... 17

Figura 03 - Galpões do porto de Cabedelo. ......................................................... 20

Figura 04 - Porto de Cabedelo. ............................................................................ 21

Figura 05 – Adams Clowley. ................................................................................ 24

Figura 06 – Áreas de Isolamento. ........................................................................ 29

Figura 07 – Lombada e o sistema massa-mola. ................................................. 31

Figura 08 - Áreas de atuação da 1ª CRBM. ........................................................ 36

Figura 09 - Divisão dos bairros de atuação do CBMPB por setores. .................. 37

Figura 10 – Lombadas existentes na BR 230 entre a 1ª CRBM e os setores 03 e 04. ............................................................................... 41

Figura 11 - Áreas de exclusão em caso de grandes derramamentos envolvendo Produtos Perigosos. .......................................................................... 48

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01- Total de ocorrências de Janeiro a Julho de 2012 da 1ª CRBM. ....... 39

Gráfico 02 - Porcentagem de atendimentos da 1ª CRBM/1º BBM. ..................... 40

Gráfico 03 - Atendimentos de ocorrências da 1ª CRBM/1º BBM por setores. ..... 41

Gráfico 04 - Porcentagem das respostas do questionário 01. ............................. 44

Gráfico 05 - Respostas da questão 02 do formulário técnico-profissional. ......... 45

Gráfico 06 - Respostas da questão 03 do formulário técnico-profissional. .......... 45

Gráfico 07 - Respostas da questão 04 do formulário técnico-profissional.. ........ 46

Gráfico 08 - Respostas da questão 05 do formulário técnico-profissional. .......... 47

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABIQUIM – Associação Brasileira de Indústrias Químicas;

ABS – Auto Busca e Salvamento;

ABSL – Auto Busca e Salvamento leve;

ABT – Auto Bomba Tanque;

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres;

APH – Atendimento Pré- Hospitalar;

AR – Auto Resgate;

BM – Bombeiro Militar;

BBM – Batalhão de Bombeiros Militares;

BMSP – Bombeiro Militar do Estado de São Paulo;

BR 230 – Rodovia Federal número 230;

CBMPB – Corpo de Bombeiro Militar do Estado da Paraíba;

CFN – Companhia Ferroviária do Nordeste;

CIOP – Centro de Operações Integradas da Polícia;

CODERN – Companhia das Docas do Rio Grande do Norte;

CONTRAN – Conselho Nacional de Transito;

CRAPH – Companhia Regional de Atendimento Pré-Hospitalar;

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CRBM – Companhia Regional de Bombeiros Militares;

DNTA – Departamento Nacional de Transportes;

DHN – Diretoria de Hidrografia Nacional;

GLP – Gás Liquefeito de Petróleo;

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;

LTDA – Limitada;

MTB – Manual técnico de Bombeiro;

NFPA – National Fire Protection Association;

ONU – Organização das Nações Unidas;

PB – Estado Federado da Paraíba;

PETROBRAS – Petróleo do Brasil S/A;

PIB – Produto Interno Bruto;

S.A – Sociedade Anônima;

SAV – Suporte Avançado de Vida;

SBV – Suporte Básico de Vida;

SNT – Sistema Nacional de Transito;

TECAB – Terminais de Armazenagens de Cabedelo;

VTR – Viatura.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

1.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 14

1.1.1 Objetivos Específicos ............................................................................ 14

2 REVISÃO LITERÁRIA .......................................................................................... 15

2.1 HISTÓRICO DE CABEDELO ......................................................................... 15

2.2 PORTO DE CABEDELO ................................................................................ 17

2.3 DEVER LEGAL DO CORPO DE BOMBEIRO MILITAR .................................. 21

2.4 O PRINCÍPIO DA HORA DE OURO ............................................................... 23

2.5 PRODUTOS PERIGOSOS ............................................................................. 25

2.4.1 Zonas de isolamento.............................................................................. 26

2.4.2 Zona quente ou de exclusão ................................................................. 27

2.4.3 Zona morna, amarela ou zona de redução de contaminação. ............ 28

2.4.4 Zona fria, verde ou zona de suporte. .................................................... 29

2.6 REDUTORES DE VELOCIDADE ................................................................... 30

3 METODOLOGIA ................................................................................................... 32

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS .............................................................. 36

4.1 ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS DA 1ª CRBM/1º BBM .................................. 36

4.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DE OPINIÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL .... 43

4.3 ANÁLISE DAS ÁREAS DE RISCO CIRCUNVIZINHAS .................................. 47

CONCLUSÃO .......................................................................................................... 49

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 50

APÊNDICE .............................................................................................................. 54

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1 INTRODUÇÃO

A cidade portuária de Cabedelo com uma população atual de 57944

habitantes e o maior pólo de distribuição de combustível da Paraíba com capacidade

aproximada de armazenar 11000 m3, portanto requer uma assistência privilegiada do

Corpo de Bombeiros, sendo criada a 5ª CRBM lotada na 4ª Cia de Polícia no bairro

de Camboinha, mas depois de alguns anos a companhia foi erroneamente

deslocada para a antiga Companhia de Álcool e Açúcar no centro da cidade e que

fica a poucos metros do forte de Santa Catarina, mudando sua nomenclatura para 1ª

CRBM (1º Companhia Regional do primeiro batalhão de Bombeiro Militar da

Paraíba) tendo uma importância fundamental no atendimento as ocorrências

destinadas ao Bombeiro Militar, abrangendo uma área de inúmeros riscos.

Cabedelo possui uma assistência falha e deficiente no que se diz respeito à

atuação do Corpo de Bombeiros, por inúmeros motivos e entre eles a sua má

localização na cidade.

Figura 01: 1ª CRBM/Cabedelo

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Para um bom andamento das operações Bombeiro Militar é necessário que o

atendimento seja rápido e eficaz, ou seja, é preciso uma diminuição do tempo

resposta. O termo tempo resposta é o tempo gasto do momento em que a chamada

do cidadão chega às centrais de comunicação do Bombeiro até o atendimento com

a viatura no local da ocorrência. Esta diminuição está diretamente relacionada com a

localização da companhia do Bombeiro.

Com base nos expostos acima, caso exista um erro na localização do

Bombeiro Militar na cidade portuária quem irá salvar o Bombeiro local se as

distribuições de combustível e gás liquefeito de petróleo (GLP) na Paraíba estão em

sua maioria localizadas nas proximidades da 1ª CRBM / 1º BBM tornando desta

forma grande parte do centro de Cabedelo um local inapropriado para moradia, pois

está exposto a um grande risco em potencial e principalmente para a instalação de

uma unidade do corpo de bombeiros, que tem a missão de socorrer a população em

um possível desastre.

Como poderá ser diminuído o tempo resposta se a distribuição do tráfego nas

ruas se dá principalmente pela BR 230, fazendo com que aumente o transito local e

dificultando ainda mais o deslocamento de viaturas de socorro, sendo agravada pelo

transito de pedestres e animais impossibilitando cada vez mais a diminuição do

tempo resposta.

Quando será possível o atendimento eficaz a diversos bairros da cidade de

Cabedelo que estão situadas a uma grande distancia do centro da cidade, além do

aumento exponencial da verticalização residencial nos arredores da cidade, se a

companhia Bombeiro desta cidade está localizada no centro da cidade inviabilizando

uma resposta rápida a todos os outros bairros que se encontra a grandes distancias

da sua sede BM?

Será que a falta de saneamento, fundações inadequadas do solo, de

saneamento básico e diversos problemas estruturais da companhia seriam

resolvidos com apenas uma mudança no endereço da sua sede? Ou é necessária

apenas uma questão de reestruturação no sistema de drenagem e uma elaboração

de todo conjunto de saneamento nas ruas adjacentes para interromper os

alagamentos constantes?

São questionamentos como estes que levam a um estudo de quais os fatores

preponderantes que se deve levar em conta para determinar se a localização da

sede dos Bombeiros na cidade de Cabedelo está influenciando nos atendimentos.

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1.1 OBJETIVO GERAL

Melhorar o atendimento a população da cidade de Cabedelo no que diz respeito

ao atendimento prestado pelo Corpo de Bombeiros na cidade.

1.1.1 Objetivos Específicos

Diminuir efetivamente o tempo respostas do atendimento as ocorrências,

Distribuir de forma eficaz as distâncias percorridas pelas viaturas;

Reduzir os custos com deslocamento;

Aumentar as chances de sucesso em uma ocorrência;

Minimizar os problemas estruturais da companhia;

Melhor atender a população de Cabedelo.

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2 REVISÃO LITERÁRIA

2.1 HISTÓRICO DE CABEDELO

Devido ao desenvolvimento da região nordeste desde o tempo colonial

propiciada pela grande quantidade de árvores nativas e uma ótima localização

defensiva, a capitânia de Itamaracá não podia ficar a mercê de saqueadores e

clandestinos que por aqui estavam sendo iniciada a batalha de colonização da

capitania da Paraíba.

A costa paraibana já era mencionada em plantas da costa brasileira no ano

de 1501. Pimentel (2002), afirma que no dia de quatro de agosto de 1506, em esquadra portuguesa proveniente da Índia, comandada por Tristão Cunha, descobriu-se a foz do rio Paraíba – nomeado inicialmente de rio São Domingos, homenagem esta ao santo do dia. Podendo-se considerar este como o primeiro contato visual do local que seria posteriormente a cidade de Cabedelo, localizada à margem esquerda

1 da desembocadura do rio. A

etimologia do nome Cabedelo é de origem portuguesa e significa: “pequeno rabo” ou “cabeça de areia junto à foz do rio” (PRIBERAM). Além de apropriado, considerando a segunda definição, o termo foi utilizado também por costume lusitano em “emprestar as cidades brasileiras conquistadas nomes de cidades de sua pátria, como verificamos em toda Paraíba” (PIMENTEL, op. cit.); comparação feita às características já existentes na cidade de Cabedelo, localizada no distrito de Porto, em Portugal. (CAVALCANTI, 1996 apud VASCONCELOS, 2006).

Mas no ano de 1590, ocorreu um algo marcante para a história de Cabedelo:

o início da construção do Forte de Cabedelo, por Frutuoso Barbosa. Este forte que

possuía “três denominações que passaram a coexistir lado a lado, sem maiores

choques” (SANTOS; MONTEIRO apud AGUIAR; MELO, p. 41). A inicial era

Fortaleza de Cabedelo, nome uzado na documentação oficial e de fácil identificação

com o próprio município; outra era Forte de Mattos, como também Forte de Santa

Catarina – o primeiro relacionado ao comandante João de Mattos Cardoso,

responsável pelo comando do forte por mais de trinta anos; e o segundo,

homenagem prestada à Duquesa de Bragança, herdeira do trono de Portugal

(AGUIAR 1989). O forte, ainda no século XVI, sofreu um grande ataque indígena,

especificamente em 1591, onde fora quase totalmente destruído; onde somente

1597 acontecera a sua reconstrução.

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Com sua fundação quase totalmente fundamentada em torno de um baluarte

e basicamente servindo como barreira principal para ataques inimigos e entrade de

mantimentos Cabedelo teve e tem importância fundamental na história da Paraiba

sendo um ícone de sua formação. Atualmente segundo dados do IBGE de 1 de

jullho de 2008 a cidade tem uma área de 31,42 quilômetros quadrados, tendo uma

forma singular, com 18 quilômetros de extensão por 3 quilômetros de largura. Tem

uma população de aproximadamente cinquenta mil habitantes.Localiza-se bem

próximo a João Pessoa, sendo que atualmente encontra-se conurbada com a capital

paraibana e serve como uma cidade dormitório, tendo a (BR-230) como a principal

ligação entre as duas cidades. É considerado o município mais rico do estado em

PIB per capita, pois possui um PIB superior a 2,2 bilhões nos dados actualizados de

2007, ou seja, mais da metade da economia campinense numa área muito menor e

com população também bastante inferior.

O Porto de cabedelo também é um ponto importantícimo da cidade uma vez

que sua construção segundo a COMPAINHA DOCAS DA PARAIBA foi iniciativa de

um porto na enseada de Cabedelo (PB) ocorreu à época do Segundo Reinado,

entretanto o projeto só foi aprovado em 9 de junho de 1905, pelo Decreto nº 7.022.

O início da obra se deu em agosto de 1908, sendo concluídos 178m de cais e um

armazém, em 16 de dezembro de 1917. Depois de longa paralisação, as obras

foram retomadas na primeira metade do ano de 1932, como resultado de um

compromisso assumido, em 1930, pelo governo federal com o governo do estado da

Paraíba, que reivindicava a execução de instalações adequadas às exportações do

algodão produzido naquele estado. O porto foi inaugurado em 23 de janeiro de 1935,

com o governo estadual explorando-o de 7 de julho de 1931 até 28 de dezembro de

1978, quando a administração portuária foi transferida para a Empresa de Portos do

Brasil S.A. (Portobras), criada pela Lei nº 6.622/75. Extinta essa empresa em 1990,

a administração do porto passou para a União. Mediante o Convênio de

Descentralização de Serviços Portuários nº 004/90, SNT/DNTA, celebrado em

19/11/90, e por força do Decreto nº 99.475, de 24/08/90, a administração do porto

passou a ser exercida pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte - Codern

através da Administração do Porto de Cabedelo.

Em 4 de fevereiro de 1998 foi feito um novo convênio de delegação entre a

União (Ministério dos Transportes) e o estado da Paraíba, passando o porto a ser

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administrado pela Companhia Docas da Paraíba, Docas – PB.

Figura 02 : Cidade de Cabadelo (HTTP://alugueldetemporadabrasil.com)

2.2 PORTO DE CABEDELO

A iniciativa da construção de um porto na enseada de Cabedelo, na Paraíba,

ocorreu na época do Segundo Reinado, entretanto, o projeto só foi aprovado em

nove de Junho de 1905, pelo Decreto nº 7.022. O início da obra deu-se em agosto

de 1908, sendo concluídos 178m de cais e um armazém em 16 de dezembro de

1917. Depois de longa paralisação, as obras foram retomadas na primeira metade

do ano de 1932, como resultado de um compromisso assumido pelo Governo

Federal com o Governo da Paraíba, que reivindicava a construção de instalações

adequadas às exportações do algodão produzido naquele Estado.

O porto foi inaugurado em 23 de janeiro de 1935, permanecendo sob a

exploração do Governo Estadual até 28 de dezembro de 1978, quando a

administração foi transferida para a Empresa de Portos do Brasil S.A. Em 1990,

esta empresa foi extinta. Com o Convênio de Descentralização de Serviços

Portuários nº 004/90, SNT/DNTA, a administração do Porto passou a ser exercida

pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte- CODERN – por intermédio da

Administração do Porto de Cabedelo. Em 04 de fevereiro de 1998, um novo

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convênio entre o Ministério dos Transportes e o Estado da Paraíba delegou a

administração para a Companhia Docas da Paraíba- Docas- PB.

É administrado pela companhia Docas da Paraíba- Docas- PB com sua

localização na margem do estuário do Rio Paraíba do Norte, em frente à ilha da

Restinga, na parte Noroeste da cidade de Cabedelo- PB, vizinho ao Forte de Santa

Catarina. Latitude: 6º 58´21¨S; Longitude: 34º 50´18¨W no endereço da Rua

Presidente João Pessoa, s/nº – Centro CEP: 58310-000 – Cabedelo- PB.

Abrange os Estados da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte e

acessado através dos meios: rodoviário: Rodovia Federal BR 230, integrada à BR

101 na periferia de João Pessoa (PB); ferroviário: Companhia Ferroviária do

Nordeste (CFN) malha Nordeste; fluvial: Rio Grande do Norte, com condições de

navegabilidade para embarcações com calado máximo de 6m; marítimo: Na entrada

do Estuário do Rio Paraíba do Norte está o canal de acesso com 6 km de extensão,

150m de largura e permitindo a navegação de embarcações com até 9m de calado,

dependendo da amplitude das marés. A bacia de evolução possui extensão de

700m, largura de 300m e profundidade de 10m, também permitindo a manobra de

navios com calado compatível ao do canal de acesso e Aéreo: Aeroporto

Internacional Presidente Castro Pinto, em João Pessoa, a 45 km.

Com base na Portaria- MT nº 1.001, de 16/12/93 (D.O.U. de 17/12/93), a área

do porto organizado de Cabedelo, no Estado da Paraíba, é constituída de:

a) Instalações portuárias terrestres, existentes na margem direita do Rio Paraíba, desde a raiz do molhe de proteção na foz desse rio, prolongando-se até a extremidade do cais comercial, junto ao Trapiche da Baleia, abrangendo todos os cais, rampas, docas, pontes, píeres de atração e de acostagem, armazéns, pátios, edificações em geral, vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e, ainda, os terrenos ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências, pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de Cabedelo, ou sob sua guarda e responsabilidade;

b) Infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item a acima, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público.

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Possui um total de 07 armazéns com uma área total de 14.000 m², sendo 04

para carga geral totalizando 8.000 m² e 03 para granéis sólidos, com área total de

6.000m². Ainda tem um armazém frigorífico, totalmente inativo e área total de 2.000

m², que, em projeto já existente, será demolido para construção de silos para

armazenamento de grãos.

O Porto de Cabedelo dispõe atualmente de 02 silos, com capacidade estática

de 5.000 toneladas para recebimento de grãos com 2.948 m2 de área. Dispõe ainda

de 06 silos recém construídos, de propriedade privada com 4.475 m2 de área

arrendada a esta empresa, com capacidade estática de 30.000 toneladas de

cevada, bem como outros grãos.

Com relação aos tanques referentes a granéis líquidos, é incluso no espaço

do Porto áreas que são arrendadas a empresas de armazenagem. As áreas

denominadas AE-2 AE-3 e AE-4 estão disponíveis ao TECAB – Terminais de

Armazenagens de Cabedelo Ltda., com área total de 24.783 m2 e capacidade de

armazenagem de 30.284 m3, divididas em 09 tanques. A Raizen Combustíveis S.A.

utiliza a área com 19.051,80m2, dispondo de 06 tanques com capacidade total de

armazenagem de 19.000m3 para granéis líquidos. Na área AE-13 pode-se encontrar

02 tanques com capacidade de armazenagem para 2.900 m3e encontra-se em

processo de licitação para ser arrendada.

A distribuidora Petrobras, Base de Cabedelo, utiliza a área denominada AE-

11 da zona portuária, possuindo uma topografia plana que dispõe dos seguintes

dados para armazenagem e movimentação de combustíveis: 06 tanques verticais

com capacidade total de armazenagem de 11.600m3 de gasolina, biodiesel e

alcoóis, e 03 tanques horizontais com capacidade total de 75m3 para armazenagem

de biodiesel.

O cais acostável público, com 602 metros de comprimento, dividido em 04

berços de atracação com profundidade de 11 metros D.H.N, e instalações contendo

01 edificação cedida para ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),

Polícia Federal, Ministério da Agricultura e arquivo, 02 edificações cedidas ao órgão

gestor da mão de obra do porto, 01 edificação cedida a Receita Federal do Brasil, 02

subestações elétricas e 01 prédio onde funciona o setor administrativo.

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Foto 03: Galpões do porto de Cabedelo (http://soltandooverbo.com.br/imagens)

O Porto de Cabedelo, com sua posição privilegiada e perfeita integração dos

modais marítimo, ferroviário e rodoviário, constituí-se na melhor opção logística da

região Centro Nordeste, estendendo sua área de influência para além das divisas do

Estado da Paraíba.

O seu cais é de 602m, calado de 11m em homologação, silagem para 35.000

toneladas de grãos, 14.000m2 de armazéns cobertos e 18.000m2 de pátios, além de

vários terminais retro portuários, somam-se a custos extremamente competitivos e

mão de obra qualificada.

É servido pela Companhia Ferroviária Transnordestina, com seus 4.238 km

de extensão, ligando-o aos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do

Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e estados de outras regiões.

O Terminal paraibano também tem à sua porta a rodovia federal BR-230, que é

integrada à BR-101, distante 18 km do Porto, permitindo a ligação com toda a malha

rodoviária federal do país, com acesso a grandes centros, como Recife (120 km) e

Natal (185 km).

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Foto 04: Porto de Cabedelo (hhttp://www.jornaldoconde.com.br/cabedelo).

2.3 DEVER LEGAL DO CORPO DE BOMBEIRO MILITAR

Segundo a constituição federal de 1988 ficou determinado que de acordo com

o artigo 144, inciso quinto a segurança pública é dever do Estado e direito como

também responsabilidade de todos, sendo exercida para a preservação da ordem

pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, incluindo o Corpo de

bombeiros na atribuição de segurança pública. Com a aprovação da lei estadual nº

8.444 28.12.07 que dispõe sobre a organização básica do corpo de Bombeiros

Militar da Paraíba, sua função perante a população da Paraíba ficou ainda mais

detalhada e organizada, descrevendo cada função e atribuição das respectivas

companhias e batalhões, além de denominar como 1º Companhia regional de

bombeiros militares do primeiro batalhão a Cia destacada na cidade portuária.

A função primordial de extinção e prevenção contra incêndios foi mantida e

acrescentada uma grande variedade de salvamentos que se estendem por

salvamento aquático com denominação de guarda-vidas, salvamento na terra e a

atribuição mais recente de resgate e atendimento pré-hospitalar, exigindo em todos

os serviços prestados a população um rápido atendimento e um treinamento

específico em cada modalidade de atuação. Conforme o segundo artigo da lei de

organização básica do Corpo de Bombeiros militares da Paraíba segue-se uma

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gama de atribuições nos quais fazem valer o lema oriundo do latim ALIENA VITA ET

BONA SALVARE “Vida alheia e riquezas salvar” regendo-se pelo decreto, conforme

o texto da Lei nº 8443, de 28 de dezembro de 2007 descrevendo a organização

básica do Bombeiro Militar da Paraíba segundo o Art. 2º.

São atribuições institucionais do Corpo de Bombeiros Militar:

I – prevenir e combater incêndios urbanos, rurais e florestais, assim como realizar

busca, resgate e salvamento;

II – executar as atividades de defesa civil e de mobilização previstas na Constituição

Federal;

III – realizar perícias técnicas, perícia de incêndio e explosão em local de sinistro;

IV – prover socorro de urgência e atendimento pré-hospitalar;

V – estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar todos os serviços de segurança

contra incêndio e pânico;

VI – notificar, isolar, embargar e interditar, obedecida sua competência, as obras,

serviços, habitações e locais de diversão públicos e privados que não ofereçam

condições de segurança e de funcionamento;

VII – desempenhar atividades educativas de prevenção e de combate a incêndio,

pânico coletivo e de proteção ao meio ambiente;

VIII – elaborar Normas Técnicas relativas à segurança de pessoas e bens contra

incêndio e pânico;

IX – desenvolver pesquisa científica em seu campo de atuação profissional;

X – estabelecer fiscalização balneária e salvamento aquático por guarda-vidas;

XI – outras ações definidas na legislação vigente.

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2.4 O PRINCÍPIO DA HORA DE OURO

Segundo o MANUAL DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR de Brasília

2008, ocorrência é um evento causado pelo homem de forma intencional ou

acidental, por fenômenos naturais ou patológicos que podem colocar em risco a

integridade das pessoas ou bens e requer ação imediata de suporte básico de vida,

para proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas e evitar maiores danos

à propriedade ou ao meio ambiente.

O termo Hora de ouro tem como princípio fundamental o pressuposto de

atender uma vítima de lesão dentro de uma hora, contando a partir do momento do

início da lesão, visando minimizar ao Máximo os danos ocasionados em uma

ocorrência a fim de propiciar um suporte que de condições a uma recuperação

posterior ao ocorrido. No Mundo existem diversos protocolos e modelos de

atendimento a ocorrência, destacando o Protocolo Norte Americano e o Protocolo

Francês, no primeiro aplica-se o conceito de chegar à vítima no menor tempo

possível, realizar manobras essenciais para estabilizá-la e removê-la o mais rápido

possível a um hospital adequado (Princípio conhecido como hora de ouro), no

protocolo Francês adota-se o princípio de ofertar o atendimento médico no local até

a estabilização da vítima (princípio conhecido como stay and play).

O Corpo de Bombeiros da Paraíba aplica o primeiro sistema, por inúmeros

motivos de eficácia, custo e benefício que proporciona, além de ser comprovada

estatisticamente sua eficiência notoriamente em casos de afogamento (ver figura 3)

e Atendimento Pré-Hospitalar.

Tabela 01: Porcentagem de casos e tempo transcorrido do trauma e a operação.

Fonte: PEREIRA Gustavo Fraga; MANTOVANI, Mario ECBC, 2008.

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O termo, a hora de ouro, foi conceituado pelo criador Adams Cowley, primeiro

tenente do exercito dos Estados Unidos, também reconhecidos como o pai do

tratamento do choque provocado por trauma, morreu aos 74 anos de idade. Cowley,

como cirurgião do exercito americano logo após a Segunda Grande Guerra na

Europa, começou a desenvolver métodos e procedimentos de atendimento em

caráter emergencial de pessoas gravemente feridas.

Cowley previa medidas imediatas de atendimento, pois verificou que havia

uma redução da letalidade do trauma em cerca de 85% quando as vítimas tinham

acesso ao tratamento de suas lesões em menos de uma hora após o trauma.

O tempo está diretamente relacionado aos danos cerebrais ocorridos devido à

falta de oxigenação, que nos países desenvolvidos, não poderá ultrapassar 04

minutos. No Brasil, esse tempo de resposta do sistema de urgência, infelizmente

ainda é, nas melhores condições, 10-15 minutos. Portanto, enquanto o resgate não

chega, a vítima ou as vítimas deverão ser atendidas com Suporte Básico de Vida

(SBV), por quem estiver presente no local.

Figura 05: Adams Clowley (http://www.umm.edu/shocktrauma/about_us/history.htm)

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2.5 PRODUTOS PERIGOSOS

Toda cidade portuária está exposta a inúmeros riscos com o transporte das

diversas substancias que comercialmente são deslocadas em suas estradas, por tal

motivo, em nível nacional foi criada a Associação Brasileira de Química e a nível

mundial a NFPA National fire Protection Association, onde regula e orienta com

medidas de prevenção e informações para proceder em casos de incidentes

envolvendo produtos perigosos.

Embora a Organização das Nações Unidas (ONU, 2005), não adote uma

definição única para produtos perigosos em suas recomendações de regulação, a

análise de sua classificação e o enquadramento em uma das classes de Produtos

Perigosos permite concluir que são considerados perigosos aqueles produtos que,

em função de suas características químicas ou físicas, quando expostos ao meio

ambiente, podem causar danos imediatos à vida humana, aos bens materiais e/ou

aos ecossistemas.

Nacionalmente esta divisão e classificação são feitas através da ANTT de

acordo com Resolução que Aprova as Instruções complementares ao Regulamento

do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos nº 420 de 12/02/2004, capítulos 2 e

5.3.

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso de suas atribuições legais, fundamentada nos termos do Relatório DNO - 036/2004, de 11 de fevereiro de 2004 e CONSIDERANDO o disposto no art. 3º do Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988, no art. 2º do Decreto nº 98.973, de 21 de fevereiro de 1990, os quais aprovam, respectivamente, os Regulamentos para o Transporte Rodoviário e Ferroviário de Produtos Perigosos. (ANTT, Resolução nº 420, 2004, pág.01).

Também é exigência a identificação de veículos com painéis que indiquem a

substância a ser transportada com o número do produto classificado pela ONU de

acordo com o capítulo 5.3 da resolução nº 420.

5.3.1.2.1 Painéis de segurança devem ser afixados à superfície externa das unidades e dos equipamentos de transporte, em posição adjacente ao rótulo de risco, para advertir que seu conteúdo é composto de produtos perigosos e apresenta riscos. Os painéis de segurança devem ter o número de risco

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(coluna 5) e o número ONU (coluna 1) da Relação Numérica de Produtos Perigosos, correspondente ao produto transportado. (ANTT, Resolução nº 420, 2004, pág.609).

São produtos químicos basicamente, puros ou suas misturas,

incluindo-se os radioativos, os explosivos, agentes etiológicos e os resíduos

perigosos, os quais exigem cuidados especiais no manuseio e transporte. Uma

definição mais concisa é abordada pelo Tenente Almeida, 2009 que considera

produto perigoso àquele que é perigoso ou represente risco a saúde de pessoas,

para a segurança pública ou para o meio ambiente.

Numa definição mais simples pode-se dizer que Produto Perigoso é

toda substância sólida, líquida ou gasosa que, quando fora de seu recipiente, pode

produzir perigo para pessoas, propriedade ou meio ambiente. Como a maioria dos

acidentes com produtos perigosos, afeta diretamente o meio ambiente podemos

ainda definir acidente ambiental como qualquer evento inesperado e indesejado que

afeta, direta ou indiretamente, a saúde e a segurança da comunidade ou causa

impactos agudos ao meio ambiente.

Os riscos de desastres com produtos perigosos avultam entre os

desastres humanos de natureza tecnológica, podendo localizar-se no Transporte

rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre, no deslocamento por dutos, em

instalações fixas como portos, depósitos, indústrias produtoras de produtos

perigosos, indústrias consumidoras de produtos perigosos, refinarias de petróleo,

polos petroquímicos, depósitos de resíduos, rejeitos ou restos e no consumo, uso ou

Manuseio de produtos perigosos.

2.4.1 Zonas de isolamento

Outro aspecto muito importante a ser definido é a área de isolamento e

divisões em seções ou zonas. O isolamento do local do acidente é feito

predominantemente pelas autoridades competentes na área de sua atuação, é a

primeira tarefa necessária para se mantiver o controle da área de trabalho. Todos

aqueles que não estiverem envolvidos com a operação de emergência devem

manter-se afastados da área. Não se deve permitir a presença de pessoas

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desprotegidas e qualquer operação de resgate deve ser conduzida rapidamente,

entrando no local tendo o vento pelas costas.

Fatores que influem na determinação da área a ser isolada em uma

emergência envolvendo produtos perigosos é o produto químico (nível de

toxicidade), estado físico (sólido, líquido, vapor), ambiente do acidente (aberto ou

fechado), existência de correntes de água (rios, lagos, etc...), substância é

carregada por agente meteorológico (ventos, chuvas, etc...). No isolamento os

bombeiros devem delimitar as Zonas de Trabalho.

As chamadas zonas de trabalho têm sua aplicabilidade no atendimento a

grandes emergências e tem como objetivo o estabelecimento de zonas de controle

que auxiliam na manutenção de uma metodologia de atendimento de forma

organizada e segura, reduzir os efeitos danosos da ocorrência a pessoas, meio

ambiente e patrimônio, estabelecer das fronteiras das várias zonas para direcionar

as operações e movimentos do incidente, minimizar o número de pessoas e

equipamentos ao estritamente necessário e controlar o acesso das pessoas que

podem ou devem estar próximo ou não da ocorrência, em função de sua atividade

ou grau de ligação com a emergência. Para esse tipo como este de isolamento e

configuração, são recomendadas três zonas, a zona quente/restrita ou de exclusão,

zona morna ou de redução de contaminação e a zona fria ou de apoio.

2.4.2 Zona quente ou de exclusão

A Zona Quente, localizada na parte central, é a área física onde os

contaminantes estão ou poderão ocorrer. Qualquer pessoa para adentrar essa zona

deverá estar usando obrigatoriamente o nível de proteção individual adequado.

Deverá ser adotado pelo menos um ponto de controle de acesso para pessoas e

equipamentos, na periferia dessa zona, para garantir que todos os procedimentos

pré-determinados foram e estão sendo obedecidos. A linha que delimita essa zona,

chamada de linha quente ou vermelha, é inicialmente determinada através das

observações visuais da área do acidente e da localização do sinistro em si. Outro

dado ainda mais importante é obtido através da leitura dos instrumentos usados

para monitoração no local. Onde os instrumentos iniciarem a acusar a presença de

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contaminantes, essa será então o limite da Zona de Exclusão ou mais exatamente a

linha quente. Esses contaminantes podem apresentar-se como vapores, gases ou

partículas, sejam de origem orgânica ou inorgânica, combustíveis, partículas

radioativas ou de radiações ionizantes, além da simples detecção de atmosfera

rarefeita de oxigênio. Outros fatores que devem ser considerados para determinação

das distâncias limites da Zona de Exclusão ou Quente são a possibilidade de

explosões ambientais ou incêndios que venham a atingir o pessoal fora dessa zona,

a área física necessária para o desempenho dos trabalhos e ainda qualquer

deslocamento do produto perigoso, seja pela ação do vento, por sua volatilidade ou

pelo acréscimo de sua concentração química. Uma vez que a linha quente tenha

sido determinada, ela deverá ser bem sinalizada, isolada e policiada.

2.4.3 Zona morna, amarela ou zona de redução de contaminação

Entre a Zona de Exclusão e a Zona de Suporte, está a Zona de Redução

de Contaminação, Morna ou amarela, que estabelece a transição entre as áreas

contaminadas e as áreas limpas. Ela também funciona como uma reserva da Zona

de Exclusão, no caso de deslocamentos de contaminante. Inicialmente essa zona é

considerada uma área não contaminada. Entre os limites da Zona de Exclusão e a

Zona de Suporte, será demarcada uma linha chamada de Corredor de Redução de

Contaminação (consistindo de um número adequado de estações de

descontaminação). Dependendo das proporções da operação, poderão ser

montados tantos corredores quantos sejam necessários. Toda e qualquer saída da

Zona de Exclusão será feita através desse corredor.

À medida que as operações prosseguem a área ao redor do corredor

também poderá se tornar contaminada, mas será em índices bem menores que os

encontrados na Zona de Exclusão. De forma genérica, a quantidade de

contaminantes decresce da linha quente até a Zona de Suporte devido à distância e

os procedimentos de descontaminação utilizados.

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2.4.4 Zona fria, verde ou zona de suporte

Nesta área estará o posto de comando como também todos os suportes

necessários para controle do incidente. É o local de impedimento do acesso ao

público, porém permitido as pessoas e autoridades que tem relação com a

ocorrência mais não atuarão diretamente na intervenção.

Figura 06: Áreas de isolamento (MTB 08- BMSP, 2004).

Nesta área estará os equipamentos de reserva, apoio médico de triagem e

Imprensa, sua ultrapassagem deve ser estritamente controlada pelo chefe da

operação, correndo o risco de inúmeros problemas decorrentes da contaminação

total ou parcial, além da perda de controle e extravazamento das áreas de

segurança por ocasião de um novo foco de contaminação externa. Esta área deve

ser relativamente flexível a alterações decorrentes do possível extravasamento de

contaminantes, mudança de direção do vento ou perca do controle de isolamento de

material perigoso, podendo ainda abrigar entidades secundárias nas ações de apoio.

A padronização dos setores é um ponto importante a ser observado, uma vez que se

deve seguir a mesma linguagem em todos os pontos de operação de isolamento.

A limitação demarcada pelas zonas faz referência ao teor de periculosidade

do produto em questão, podendo chegar a 11 km de isolamento, caso o produto que

ocasionou o incidente seja tóxico, ou que reage violentamente com a água

emanando gases tóxicos.

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2.6 REDUTORES DE VELOCIDADE

Lombada, também chamada de quebra-molas ou ondulação é uma rampa

usada em ruas e rodovias para a redução da velocidade dos veículos, formada por

asfalto ou concreto. É comum nas cidades Brasileiras. Caso o veículo passe rápido

demais na lombada, poderá danificar o sistema de suspensão, ou até mesmo outras

peças, dependendo do impacto, assim, nos trechos com lombadas, os motoristas

são obrigados a reduzir a velocidade. Há também os sonorizadores, nas quais os

veículos podem passar numa velocidade superior (de 40 a 60 km/h). Serve apenas

para chamar a atenção do motorista a algo por vir na estrada.

Quebra-molas de uma maneira geral, atrasam bombeiros e ambulâncias em

situação de emergência, geram congestionamentos em avenidas muito

movimentadas em horário de rush (pico), aumentam o consumo de elementos e

combustível, podem gerar acidentes, principalmente em estradas e atestam

subdesenvolvimento social e econômico do local, uma vez que não são encontrados

em países desenvolvidos ou nas melhores cidades do Brasil. Seu uso se torna

necessário para obrigar os maus motoristas a reduzir a velocidade em locais de

risco, como escolas e hospitais. Os quebra-molas devem obedecer à resolução nº

39 do CONTRAN, devem obrigatoriamente ser sinalizadas e podem ser de dois tipos

de tamanho. No tipo um devem ter as medidas de oito cm de altura por 1,5m de

largura, no tipo dois devem ter 10 cm de altura por 3m de largura, ambos com o

comprimento igual à largura da rua. Devem ser utilizados somente em último caso

para a prevenção de acidentes. Diz o parágrafo único do artigo 94 da resolução

39/98 do CONTRAN:

"É proibida a utilização de ondulações transversais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou pela entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN".

A legislação prevê multa para quem coloca lombadas sem permissão. O

responsável pelo quebra-molas irregular, se identificado, ainda poderá ser punido

criminalmente por danos materiais e por homicídio e as lombadas em desacordo

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com o padrão danificam e desgastam severamente o veículo, mas o proprietário

pode processar e pedir indenização ao estado caso seu veículo tenha sido

danificado por uma lombada fora das especificações do CONTRAN.

Segundo Vanderlei S. Bagnato em seu artigo “Problemas interessantes em

física: quebra-molas, 1998”, nas páginas 423 e 424, demonstra que a redução de

velocidade em uma lombada trabalha com um sistema massa-mola e que depende

da massa do carro, da velocidade de aproximação, da largura e altura da lombada,

conforme a figura 07.

Figura 07 – Lombada e o sistema massa-mola (VANDERLEI, 1998).

Desta forma, o veículo foi comparado a um corpo massivo de massa M e

altura Y, onde estão ligadas as rodas por um sistema elástico de constante de mola

K associado em paralelo a um sistema amortecedor de constante de amortecimento

onde a largura da lombada é determinada por L e sua altura por y’, segundo ,ּל

Wanderlei, quanto maior a massa do sistema e maior a altura da lombada, menor

deverá ser a velocidade de aproximação do conjunto, conforme a equação

demonstrada abaixo.

Para as Viaturas (VTR) do BM que possuem uma massa muito elevada, será

necessária uma grande redução de velocidade para poder realizar o atendimento em

locais que necessite transpor tais obstáculos.

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3 METODOLOGIA

Este trabalho teve basicamente um método indutivo em relação às condições

de atendimento a população além de contingente, sistemático e verificável, sendo

uma pesquisa empírica e essencialmente de campo, pois, existem vários fatores

externos influenciando nos resultados, tendo uma natureza quantitativa, baseando-

se nos estudos do médico norte americano Adams Cowley, bem como de

instituições de renome internacional como os Corpos de Bombeiros do Distrito

Federal e São Paulo.

A pesquisa teve como foco principal as instituições da segurança pública da

Paraíba destinadas à prestação de serviço de socorro e assistenciais a população,

ou seja, de maneira geral o Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba, e de forma mais

específica o setor de inteligência e estratégia desta instituição, uma vez que, os

trabalhos de meia década como servidor público e combatente do fogo na cidade

portuária da Paraíba serviram como embasamento sensitivo, o suficiente para

elaborar questionamentos a respeito da eficácia da atuação do CBMPB na cidade de

Cabedelo. Desta forma a pesquisa não poderia ser realizada em cidade diversa ou

mesmo em outra instituição, mas, servindo de pressuposto para uma gama de

correções e aprimoramentos no atendimento ao publico cabedelense.

Como instrumentação utilizada para coleta de dado teve entrevistas, contendo

cinco (05) perguntas de opinião direta sobre o tema da pesquisa, questionários, que

variam de duas (02) a nove (09) alternativas de múltipla escolha respondidas de

forma rápida e clara, a verificação dos dados cadastrados de ocorrências no ano de

2012.

Foram desenvolvidos e distribuídos os questionários na companhia de

Bombeiro de Cabedelo e na de Atendimento Pré-Hospitalar, instalada no prédio do

Hospital de Emergência e trauma Humberto Lucena, no período compreendido entre

03 e 27 de Agosto de 2012, na quantidade de vinte e dois (22), distribuídos em

quantidades diferentes, onde, dezesseis (16) ficaram na Cidade de Cabedelo e seis

(06) foram respondidos na CRAPH, tendo como a principal vantagem o

englobamento de todas as guarnições de serviço em um período de 72 horas e

contando como principal interferência a falta de informações sobre a 1ª CRBM e o

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curto espaço de tempo para coleta dos dados. As perguntas tinham a finalidade

principal de compilar informações sobre a quantidade, gravidade e principalmente

eficácia no atendimento a ocorrências pelo CBMPB, esperando a comprovação de

um atendimento muito aquém das almejadas pelo cidadão e um tempo resposta

maior do que ideal para o socorro do Bombeiro Militar. Tivemos como base dois (02)

locais distintos a de opinião profissional de outras companhias BM e a de opinião

técnica profissional da própria CRBM, vislumbrando atendimentos ideais sendo

baseadas em outras instituições.

A logística utilizada foi de suma importância utilizando-se de dados da viatura

tipo AR da 1ª CRBM/1º BBM e CRAPH respectivamente, dados da viatura de busca

e salvamento da Cia. de Bombeiros Militares de Cabedelo, uma resma de papel A4

na formulação de questionários, dois cronômetros e câmeras digitais na verificação

do tempo de atendimento as ocorrências, compasso e mapa regional da grande

João Pessoa em escalas variadas e computador com internet, hardware de planilha

gráfica e digitador de texto, sendo destinada grande parte do material a pesquisa de

opinião pública e compilação das informações das áreas de atuação do BM em

bairros distintos como: Bessa, Intermares, e centro de Cabedelo, foram obedecidos

uma distribuição nas unidades e recolhidos logo após sua conclusão.

A pesquisa técnica profissional foi adotadas apenas nas companhias CRAPH

e CRBM/BBM, pois suas áreas de atuação são comuns em alguns pontos e

principalmente por oferecer o máximo de idoneidade, clareza e imparcialidade nos

dados de opinião. A distribuição dos questionários foi direcionada aos responsáveis

diretos de socorro da área, aos chefes de guarnição, viaturas de socorro e aos

combatentes de serviço, obedecendo a uma quantidade flexível, mas que atinja

todos os militares de serviço em três dias consecutivos, recebendo-os às dez horas

e sendo recolhidas vinte e quatro horas após a entrega, aplicados por cadetes em

formação no curso de oficiais, com exceção das entrevistas que serão recolhidas

logo após seu término.

A confecção de tabelas de quantitativo de ocorrências teve como base a

verificação do deslocamento das guarnições, desde o momento do recebimento da

chamada ao término da ocorrência informada ao Centro Integrado de Operações

Policiais CIOP de cada chamada registrada em um período de vinte e quatro horas,

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além da verificação da natureza da atuação do Bombeiro, divididos em grupos e os

raios de atuação, e foram registradas por cadetes do Curso de Formação de Oficiais

Bombeiros Militares. O ultimo ponto de verificação de dados foi a confecção do

mapeamento das áreas de risco com os mapas de diferentes escalas e os

compassos, com o objetivo de demonstrar a incorreta localização da companhia de

Cabedelo em relação a sua posição perante a delimitação as intercessões dos locais

de exclusão em caso de emergência.

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36

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Na análise dos dados realizamos o estudo baseando-se nos 03 (três) pontos

mais importantes para sua verificação, sendo principalmente sobre os atendimentos

das ocorrências que ocorreram na área de atuação da companhia de Bombeiros

militares da cidade portuária no ano de 2012 em um período de (07) sete meses

compreendidos entre os meses de Janeiro a Julho, a análise de uma pesquisa de

opinião técnica profissional realizada com 21 (vinte e um) militares da ativa

escalados de serviço operacional de companhias e batalhões dos Bombeiros

militares da Paraíba e a verificação da localização da sede dos Bombeiros desta

cidade, com relação a sua localização nas áreas de isolamento e risco em sua

vizinhança.

4.1 ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS DA 1ª CRBM/1º BBM

Iniciamos com o registro da natureza das ocorrências, do bairro na qual foi

exigido um tempo resposta para o incidente e da distancia deste local, na qual o

evento foi instalado, até a central de atendimento BM na cidade. Baseados nisto,

tivemos uma fonte de dados para determinação da(s) área(s) de concentração de

ocorrências, além de verificarmos a distância exata entre a ocorrência dos eventos

adversos e sua limitação pela área de atuação descrita na figura 08 com a central

dos Bombeiros na cidade portuária da Paraíba, descrita pelo pondo A na figura 08.

Figura 08 – Área de atuação da 1ª CRBM (https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl&authuser=0)

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37

No estudo, envolvemos várias informações com dados distintos, logo, foi

necessária a subdivisão dos dados de forma sistemática para a aglomeração das

informações, o que viabilizou desta forma o melhor entendimento e maneabilidades

dos dados.

A subdivisão se realizou em (04) quatro fases distintas, a fase da separação

dos bairros em que a 1ª CRBM atua em setores, a de aglomeração das naturezas

das ocorrências lá ocorridas, a contabilização dos dados e confecção de gráficos e

tabelas e finalizamos com a análise das quantidades, locais e natureza das

ocorrências, além de verificarmos a influencia destes dados no atendimento ao

público.

A primeira fase para a elaboração e análise dos dados foi a separação dos

bairros ou áreas de atuação da companhia de Bombeiro de Cabedelo por suas

distancias a sede da Cia, como demonstrado na figura 09.

Figura 09: Divisão dos bairros em setores (https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl&authuser=0)

A separação consistiu basicamente em quatro (04) setores que possuíam

características semelhantes, baseando-se no local, forma de acesso das viaturas de

socorro, distância do centro da cidade, complexidade de topografia e outros fatores

relevantes na demora no atendimento como descrito na tabela 02.

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38

Tabela 02 – Divisão dos bairros por setores.

SETORES BAIRROS

SETOR 1 Centro, Camalaú, Ponta de Matos, Monte Castelo.

SETOR 2 Camboinha 1 2 3, jardim Manguinhos, Formosa, Areia dourada, Brisa mar.

SETOR 3 Jacaré, Intermares, Poço, Ponta de Campina, Recanto do poço.

SETOR 4 Bessa, Renascer 1 2 3, Costinha, Lucena, Forte velho, Jardim Oceania, Salinas Ribamar, Jardim Gama.

Como segunda fase da análise, realizamos a divisão do campo de atuação do

CBMPB e ocorrências em quatro (04) grandes grupos, contendo a natureza das

ocorrências que norteiam tais atividades, foi dividida por suas características

principais de modo operantes, proximidade do campo de atuação e finalidade

principal do salvamento, conforme especificado na tabela 03.

O item que descreve a ocorrência de CANCELADO, que, no sistema

internacional de simbologia e comunicação, faz a descrição de uma ocorrência que

deixou de existir por intermédios diversos ou nunca existiu, porém a equipe foi

acionada, tendo que retornar após o conhecimento de não existência, porém a

operação foi contabilizada, uma vez que ouve o deslocamento da viatura estadual,

desgastando desta forma o profissional, os equipamentos e desprendendo tempo de

operação do CBMPB.

Tabela 03 – Divisão dos campos de atuação do CBMPB por ocorrências.

OPERAÇÃO OCORRÊNCIA

APH

Caso clínico, Parturiente, Queda, Acidente Automobilístico, Fratura, Atropelamento, Espancamento, Vítima de arma branca/fogo, Afogamento, Transporte, Queimadura, Choque, Ferimento, Esmagamento, Evisceração, Picada de insetos, Engasgo, Parada cardíaca, Colisões e ocorrências de resgates afins.

COMBATE À INCÊNDIO

Fogo em residência, Fogo em Edifícios, Fogo no mato, Fogo em GLP/ GNV, Incêndio em automóveis, Vazamento de GNV/GLP, Lavagem de Pista, Reabastecimento d’água, Incêndio florestal, Fogo em sistemas elétricos e ocorrências de incêndios afins.

SALVAMENTO

Busca, Busca de cadáver, Extermínio de inseto, Corte de árvore, Captura de animal, Vítima presa em ferragens, Salvamento veicular, Resgate em elevador, salvamento aquático, salvamento em altura, Tentativa de suicídio, Retirada de poço e ocorrências de salvamentos afins.

CANCELADO Acionamento dos Bombeiros, porém, não existiu a ocorrência, trote.

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39

Com posse dos dados do total de ocorrências do ano de 2012, no período

compreendido entre os meses de Janeiro a Julho, realizadas pela companhia de

Bombeiro citada, verificamos a quantidade de ocorrências por setores, conforme a

divisão prévia realizada na divisão dos bairros para uma melhor compreensão, e por

tipos de atuação do Bombeiro, englobando as atividades constitucionais e rotineiras

realizadas pelas guarnições de serviço diário nas companhias de BOMBEIRO Militar

da Paraíba, como descrito na tabela 03, no período referenciado conforme descrito

nas tabelas 04, o que gerou um montante de dados que foi determinante na

elaboração do estudo de localização ideal da CRBM.

Tabela 04 – Ocorrências da 1ª CRBM por setores e tipos de Atuação BM entre Janeiro e Julho de 2012.

SETORES APH INCENDIO SALVAMENTO CANCELADO TOTAL

SETOR 1 110 08 47 02 167

SETOR 2 40 17 20 01 78

SETOR 3 88 26 30 0 144

SETOR 4 47 49 57 02 155

TOTAL 285 100 154 5 544

Totalizando 544 (quintas e quarenta e quatro) atendimentos a ocorrências, os

Bombeiros da cidade Portuária obtiveram uma média aritmética de 77,72

atendimentos mensais em mais de 50 (cinqüenta) modalidades de atuação

separadas em quatro grupos diferentes, conforme os gráficos 01 e 02.

Gráfico 01 – Total de ocorrências de Janeiro a Julho de 2012 da 1ª CRBM

SETOR 1 SETOR 2 SETOR 3 SETOR 4

110

40

88

47

8 17 26

49 47

20 30

57

2 1 0 2

OCORRÊNCIAS DE JANEIRO A JULHO (2012) 1ª CRBM / CABEDELO

APH COMBATE À INCÊNDIO SALVAMENTO CANCELADO

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40

De acordo com a separação dos setores, ficou nítida a grande variedade de

ocorrências distintas por setores e as quantidades de atendimentos realizados por

zonas e localização, porém, qual o tipo de ocorrência mais eventual neste período

de 07 (sete) meses não ficou claro, para tanto confeccionamos, com base na tabela

04 o gráfico 02, com o total geral dos atendimentos.

Gráfico 02 – Porcentagem de atendimentos da 1ª CRBM/1º BBM

O gráfico 02 revelou que a grande maioria dos serviços realizados é de

atendimento pré-hospitalar, o que exige uma grande agilidade em sua execução,

entretanto, as tabelas 05 e 06 demonstraram que a maior quantidade de ocorrências

está situada nos setores 03 e 04, ou seja, nos bairros mais afastados da sede dos

Bombeiros.

Durante o deslocamento para o pronto-atendimento as VTRs estão sujeitos a

transpassar em seu percurso até o local do evento por várias lombadas físicas de

redução de velocidade, fato que retarda o atendimento e influencia negativamente o

serviço prestado a vítima, podendo agravar seu estado de saúde, como

demonstrado na figura 10.

Existem na rodovia federal BR 230, que transpassa toda a extensão da

cidade portuária uma totalidade de onze (11) quebra-molas ou redutores físicos de

velocidade entre a sede da 1ª CRBM e os setores 03 e 04, as áreas de maior

ocorrência de atendimentos Pré-hospitalares, segundo a tabela 04, sendo percorrido

o trajeto da sede até os setores pela via de rolamento de maior fluidez de tráfego. A

figura 10 demonstra a localização da rodovia e os pontos exatos da existência dos

redutores de velocidade.

53% 18%

28%

1%

PORCENTAGEM DE ATENDIMENTOS DA 1ª CRBM

APH COMBATE À INCÊNDIO SALVAMENTO CANCELADO

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Figura 10 – Lombadas existentes na BR 230 entre a 1ª CRBM e os setores 03 e 04.

(https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl&authuser=0)

Com a mesma finalidade de melhor compreensão dos dados, confeccionamos

o gráfico 03, com base nas informações da tabela 04, elucidando o descobrimento

da quantidade total de ocorrências por setores.

Gráfico 03 – Atendimentos de ocorrências da 1ª CRBM/1º BBM por setores

Ao realizarmos a verificação dos dados das tabelas 05 e 06, podemos

observar que o somatório das ocorrências ocorridas nos setores mais distantes do

centro da cidade de Cabedelo, 54,96% dos atendimentos, onde está situada a

companhia de Bombeiros, é relativamente maior que as ocorrências existentes nos

167

78

144

155

SETOR 1

SETOR 2

SETOR 3

SETOR 4

OCORRÊNCIAS POR SETORES DA 1ª CRBM/1ºBBM

OCORRÊNCIAS

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bairros mais próximos da sede, porém a quantidade 54 (cinquenta e quatro)

ocorrências, o que reflete 69,48 % da média de ocorrências mensais.

Tabela 05 – Ocorrências da 1ª CRBM dos setores 01 - 02 e tipos de Atuação BM

SETORES APH INCENDIO SALVAMENTO QTA TOTAL

SETOR 1 110 8 47 2 167

SETOR 2 40 17 20 1 78

TOTAL 150 25 67 3 245

Outro ponto de destaque é o fato dos setores intermediários (SETORES 2 e

3) possuir uma média de apenas 111 (cento e onze) ocorrências, o que reflete em

apenas 20,4 % de todos os atendimentos dos Bombeiros neste período. Concluímos

com base nestes dados que o maior número de atendimentos está concentrado em

dois setores principais, os setores 01 e 04, em relação aos setores 02 e 03, e que os

setores 03 e 04 são os que possuem mais atendimentos da 1ª CRBM.

Tabela 06 – Ocorrências da 1ª CRBM dos setores 03 – 04 e tipos de Atuação BM

SETORES APH INCENDIO SALVAMENTO QTA TOTAL

SETOR 3 88 26 30 0 144

SETOR 4 47 49 57 2 155

TOTAL 135 75 87 2 299

A localização exata de uma companhia deve ficar o mais próximo possível da

concentração de ocorrências do local, porém ao realizarmos o estudo dos dados

constatou que existe uma dualidade entre as concentrações de atendimentos, nos

setores mais próximos e mais distantes da 1ª CRBM, o que nos leva a deduzir que a

localização mais próxima do ideal é na divisão entre os dois setores, ou seja, entre

os setores 02 e 03.

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43

4.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DE OPINIÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL

Na verificação dos 21 (vinte e um) questionários de pesquisa de opinião

técnica profissional, o que totaliza 90% das guarnições de serviço no Bombeiro de

na 1ª CRBM, dividimos as questões em símbolos enumeradas de 1-A até o 5-I,

conforme a tabela 07, fato que melhorou a compreensão e registro dos dados.

Tabela 07 – Relação entre os símbolos e as respostas dos questionários.

SÍMBOLO RESPOSTA SÍMBOLO RESPOSTA

1ª INADEQUADA 4B NÃO ESTA

1B ADEQUADA 5A BESSA

2ª MUITO PRÓXIMO A ÁRES DE RISCO 5B INTERMARES

2B DIFÍCIL ACESSO A ALGUNS BAIRROS 5C CAMALAÚ

2C FALTA DE INFRAESTRUTURA NO LOCAL DA CRBM 5D POÇO

2D TODOS OS ITENS ACIMA 5E CAMBOINHA

2E OUTROS 5F JACARÉ

3ª SOFRE 5G CENTRO DE CABEDELO

3B NÃO SOFRE 5H FORMOSA

3C NÃO SEI INFORMAR 5I PONTA DE CAMPINA

4ª ESTA

A contagem das respostas dos questionários ofereceu os dados observados

conforme a tabela 08 contendo a totalidade da contabilização das afirmativas.

Tabela 08 – Quantitativo de respostas dos questionários técnico profissional.

QUESTÃO 1A 1B 2A 2B 2C 2D 2E 3A 3B 3C 4A 4B 5A 5B 5C 5D 5E 5F 5G 5H 5I

1ª 20 01 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

2ª - - 05 02 07 10 01 - - - - - - - - - - - - - -

3ª - - - - - - - 16 01 04 - - - - - - - - - - -

4ª - - - - - - - - - - 11 10 - - - - - - - - -

5ª - - - - - - - - - - - - - 01 02 02 05 - 07 05 -

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44

As entrevistas e questionários de opiniões públicas e técnicas profissional

foram avaliadas e gerou uma base de respostas indicando o padrão de opinião tanto

dos militares da 1ª CRBM, quanto de outras companhias, servindo como parâmetro

de opinião amostral de todo o efetivo do Corpo de Bombeiros que trabalha na

operacionalidade atendendo a população.

A primeira questão analisada, “Como você considera a localização da 1ª

CRBM/Cabedelo?” observamos, conforme os dados da tabela 08, que 95% da

nossa amostra consideraram má localizada a 1ª CRBM atualmente localizada no

centro do município de Cabedelo - PB e que apenas 5% considera o local atual

adequado, como observamos no gráfico 04.

Gráfico 04 – Porcentagem das respostas do questionário 01.

A segunda questão, “Em caso afirmativo para a inadequação, quais os fatores

que você considera responsáveis pela má localização da CRBM?”, os participantes

da pesquisa que consideraram a 1ª CRBM mal localizada, 20% julgou sua

inadequação de área devido à proximidade a áreas de risco, 8% julgou o difícil

acesso a alguns bairros do município de Cabedelo como fator preponderante da sua

má localização, também foi avaliado que 28% da amostra dedicou sua má

localização a falta de infra-instrutura do local e 40% dos questionados julgou a má

localização da 1ª CRBM devido à união de todos os itens supracitados e 4% julgam

outros fatores como responsáveis pela sua ma localização, como vemos no gráfico

05.

INADEQUADA

ADEQUADA

0 5

10 15

20

95%

5%

ANÁLISE DA QUESTÃO 1

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Gráfico 05 – Respostas da questão 02 do formulário técnico-profissional.

O terceiro questionamento, “Atualmente a 1ª CRBM/Cabedelo sofre

problemas estruturais e ou operacionais (alagamento, rachaduras, interferências de

rádio, demora no atendimento a ocorrências etc.) devido a sua localização?”.

Observando o gráfico 06 podemos notar que 76% dos participantes acreditam que a

1ª CRBM sofre problemas estruturais e ou operacionais devido a sua localização,

que 5% acham que não sofrem problemas na operacionalidade e na falta de

estrutura devido sua localização e que 19% revelam que não sabem informar sobre

o problema questionado.

Gráfico 06 – Respostas da questão 03 do formulário técnico-profissional.

A partir da conferência dos dados da questão 03, notamos a grande

porcentagem de militares do Corpo de Bombeiros da Paraíba que não está satisfeito

com a infra-estrutura oferecida pela companhia instalada na cidade portuária de

Cabedelo.

0 5

10 15

20

3A

3B

3C

16

1

4

RESPOSTAS DA QUESTÃO 3

2A

2C

2E

0 5

10

5 2

7 10

1

RESPOSTAS QUESTÃO 2

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46

A penúltima pergunta tinha a finalidade de sabermos se existe algum

problema relacionado com a divisão de áreas de atuação conforme o seguinte texto

“A área de atuação bombeiro da 1ª CRBM/Cabedelo está corretamente dividida com

outras companhias?”, e obtivemos como resposta a seguinte proporção, os 52% dos

participadores dessa pesquisa julgam que a area de atuaçao esta sim bem dividida

com outras compainhas e 48% afirmam que a area de atuaçao não esta bem divida

com as outras compainhas, conforme o gráfico 07.

Gráfico 07 – Respostas da questão 04 do formulário técnico-profissional.

Devido a grande quantidade de possíveis localidades na qual a 1ª CRBM

poderia se situar, foi oferecida a oportunidade dos militares dos Bombeiros opinarem

sobre qual foi o local mais ideal para a sede dos Bombeiros, conforme a pergunta

“Qual seria o melhor bairro para instalar a 1ª CRBM/Cabedelo?”.

Obtivemos como resposta, de acordo com o gráfico 07, um percentual de 4%

que acreditou que seja o bairro de Intermares o melhor lugar para receber a 1ª

CRBM, 9% Achou o bairro Camalaú o melhor lugar, 9% confiou como melhor lugar

era o bairro do Poço, 23% revelou Camboinha como melhor localização, 32%

responderam o Centro de Cabedelo e 23% acreditou que Formosa é onde deveria

ficar a sede.

Os Bairros Ponta de Campina, Bessa e Jacaré não foram escolhidos por

nenhum dos participantes. As respostas demostraram uma grande tendencia dos

Militares do BM da cidade de Cabedelo em localizar a sua sede no centro da cidade.

4A

4B

8 9

10 11

52%

48 %

ANÁLISE QUESTÃO 4

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Gráfico 08 – Respostas da questão 05 do formulário técnico-profissional.

De acordo com o demonstrado pelas análises realizadas nos dados do

questionário de opinião, ficou bem nítida a insatisfação dos militares que trabalham

em Cabedelo, com relação a sua localização (95% dos questionados), e estrutura.

Sua localização também foi um ponto bem criticado, demonstrado através dos

números que mais de 70% dos entrevistados preferem que sua localização seja

diferente do local atual.

4.3 ANÁLISE DAS ÁREAS DE RISCO CIRCUNVIZINHAS

Ao visualizarmos a sede da referida companhia, constatamos que em suas

vizinhanças existem grandes redes de distribuição de produtos perigos, dentre elas

a empresa BRASILGAS®, que comercializa e armazena grandes quantidades de

GLP (Gás liquefeito de Petróleo, nº da ONU 1075), a empresa PETROBRAS®, que

armazena e transporta grandes quantidades de combustível para automóveis como

Álcool Hidratado, óleo Diesel e Gasolina (nº da ONU 1202 e 1203) e o porto de

Cabedelo, que transporta inúmeros produtos perigosos todos os dias em grandes

quantidades.

Após analisarmos os raios de isolamento em condições adversas, nas quais

os Bombeiros da cidade devem agir, verificamos que a sede da companhia está

exatamente na intercessão das áreas de isolamento, conforme o exposto no manual

da ABIQUIM, 2006, nas páginas 136, 162, guia 115 e 128 que indica um raio mínimo

0 1 2 3 4 5 6 7

5A

5C

5E

5G

5I

RESPOSTAS DA QUESTÃO 5

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de 800 metros de isolamento para grandes derramamentos de GLP e 300 metros

para Combustíveis, além de indicar um isolamento mínimo para grandes incêndios

de 1600 metros para GLP e 800 metros para Combustíveis, como demonstra as

figuras 08, onde indica a área da 1ª CRBM na cor Branca e a área de interseção

entre as áreas de exclusão em caso de grandes vazamentos dos produtos

comercializados nas adjacências, além de indicar os raios de exclusão de GLP e

Combustíveis líquidos.

Figura 11 - Áreas de exclusão em caso de grandes derramamentos envolvendo produtos perigosos

(GLP e Combustíveis Líquidos para automóveis).(https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-

BR&tab=wl&authuser=0)

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49

CONCLUSÃO

Todos os dados levam a uma direção conclusiva no que tange os aspectos de

localização e sua influência no atendimento a ocorrências Bombeiro na cidade

portuária de Cabedelo, pois, de acordo com as análises verificamos que mais da

metade dos atendimentos realizados na área de atuação dos Bombeiros Militares é

de Atendimento Pré-Hospitalar, atendimento este que exige uma grande rapidez em

sua execução, porém, a maior parte destes atendimentos está situada nos bairros

mais afastados do local da sede dos bombeiros, o que ocasiona demora e perda de

agilidade na sua execução, ainda sendo agravado pelo fato de existirem várias

lombadas físicas, que reduz drasticamente a velocidade no deslocamento. Outro

fator relevante na avaliação da influência da localização da companhia nas

ocorrências é o fato da mesma está situado exatamente no ponto de interseção das

áreas de exclusão de empresas que comercializam grandes quantidades de

produtos perigosos, o que ocasiona enormes riscos aos militares e impossibilidade

de ação em um caso de evacuação emergencial, tendo a confirmação refletida no

questionário de opinião técnico-profissional que foi adotado com os Bombeiros

locais, indicando uma grande insatisfação na localização e na estrutura física da

companhia.

A instalação da sede dos Bombeiros em um ponto intermediário entre a

localização atual e o bairro mais distante da sede, atenderia a necessidade socorro

dos dois maiores setores que possuem a maior quantidade de ocorrências e

serviços oferecidos pela CRBM, além de afastar a sede das áreas que oferecem

risco em caso de emergência, possibilitando uma atuação mais eficaz a toda

população assistida pelo Bombeiro e principalmente, mais segurança aos militares

que trabalham nesta honrada profissão.

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50

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APÊNDICE

BOMBEIRO MILITAR DA PARAIBA DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

QUESTIONÁRIO SOBRE A LOCALISAÇÃO DA 1ª CRBM/CABEDELO

1º - COMO VOCÊ CONSIDERA A LOCALIZAÇÃO DA 1ª CRBM/CABEDELO?

( ) INADEQUADA; ( ) ADEQUADA.

2º - EM CASO AFIRMATIVO PARA A INADEQUAÇÃO , QUAIS OS FATORES QUE VOCÊ CONCIDERA RESPONSÁVEIS PELA MÁ LOCALIZAÇÃO DA CRBM? ( ) MUITO PRÓXIMA A ÁREAS DE RISCO; ( ) DIFÍCIO ACESSO A ALGUNS BAIRROS; ( ) FALTA DE INFRA-ESTRUTURA NO LOCAL DA CRBM; ( ) TODOS OS ITENS ACIMA; ( ) OUTROS___________________________________________________. 3º - ATUALMENTE A 1ª CRBM/CABEDELO SOFRE PROBLEMAS ESTRUTURAIS E OU OPERACIONAIS (alagamento, rachaduras, interferências de rádio,demora no atendimento a ocorrências etc...) DEVIDO A SUA LOCALIZAÇÃO? ( ) SOFRE; ( ) NÃO SOFRE; ( ) NÃO SEI INFORMAR. 4º - A ÁREA DE ATUAÇÃO BOMBEIRO DA 1ª CRBM/CABEDELO ESTÁ CORRETAMENTE DIVIDIDA COM OUTRAS COMPANHIAS? ( ) ESTÁ; ( ) NÃO ESTÁ. 5º - QUAL SERIA O MELHOR BAIRRO PARA INSTALAR A 1ª CRBM/CABEDELO? ( ) BESSA; ( ) POÇO; ( ) CENTRO DE CABEDELO; ( ) INTERMARES; ( ) CAMBOINHA; ( ) FORMOSA; ( ) CAMALAÚ; ( ) JACARÉ; ( ) PONTA DE CAMPINA.

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ANDRADE, rafael de lima. SOUSA, rita de cássia lima. Localização da 1ª CRBM/Cabedelo. Rafael Andrade

de lima, Rita de Cássia de Sousa lima - Cabo Branco, APMCB, 2012. 53 Páginas.

Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Formação de Oficial Bombeiro Militar – APMCB, 2012.

1.Bombeiro. 2. Cabedelo. 3. Localização. Academia de Polícia Militar do Cabo Branco. Curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar. Localização da 1ª CRBM/Cabedelo – sua influência no atendimento à ocorrências.