5

001-041 Adenda Maqueta 18 2 Maqueta 14 2 (arqueologia).qxd · nhas: Barcino e Tarraco. Decorreu em estreita obediência ao progra ma previsto o colóquio internacional que, por iniciativa

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 001-041 Adenda Maqueta 18 2 Maqueta 14 2 (arqueologia).qxd · nhas: Barcino e Tarraco. Decorreu em estreita obediência ao progra ma previsto o colóquio internacional que, por iniciativa
Page 2: 001-041 Adenda Maqueta 18 2 Maqueta 14 2 (arqueologia).qxd · nhas: Barcino e Tarraco. Decorreu em estreita obediência ao progra ma previsto o colóquio internacional que, por iniciativa

3

EDITORIAL

II Série, n.º 18, tomo 2, Janeiro 2014

Propriedade e Edição |Centro de Arqueologia de Almada,Apartado 603 EC Pragal, 2801-601 Almada PortugalTel. / Fax | 212 766 975E-mail | [email protected] | www.almadan.publ.pt

Registo de imprensa | 108998ISSN | 0871-066X (edição impressa)ISSN | 2182-7265 (edição digital)Publicidade | Elisabete GonçalvesPeriodicidade | SemestralDistribuição |http://issuu.com/almadan

Director | Jorge Raposo([email protected])

Conselho Científico |Amílcar Guerra, António Nabais, Luís Raposo, Carlos Marques da Silvae Carlos Tavares da Silva

Redacção | Vanessa Dias,Ana Luísa Duarte, ElisabeteGonçalves e Francisco Silva

Resumos | Jorge Raposo (português),Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabeldos Santos (francês)

Modelo gráfico | Jorge Raposo

Tratamento de imagem, ilustração epaginação electrónica | Jorge Raposo

Revisão | Vanessa Dias, ElisabeteGonçalves, Fernanda Lourenço e Sónia Tchissole

Colaboram neste número |Telmo António, Dário Antunes, José Morais Arnaud, António RafaelCarvalho, Cidália Duarte, Joséd’Encarnação, Alexandra Figueiredo,António Ginja, Mónica Ginja,Fernando Robles Henriques, AntónioManuel Lima, Conceição Lima, Pedro

Capa | Jorge Raposo

Complexo conjunto de motivos da Idade do Ferro, gravados por incisãoem rocha localizada em Vale de Junco(Sebadelhe, Vila Nova de Foz Côa).Fotografia © Filipe Alves Pina e Mário Reis.

Com o Tomo 2 da Al-Madan Online completa-se a planificação editorial do Centro de Arqueologia de Almada para o n.º 18 da revista, na sequência do Tomo 1digital, colocado online em Julho de 2013, e do volume impresso apresentado

publicamente em Novembro último (informação detalhada em http://www.almadan.publ.pt/).A resposta dos colaboradores a este modelo e ao ritmo de publicação semestral continuamuito positiva, comprovando a dinâmica de investigação e divulgação nas áreas temáticas aque a Al-Madan se dedica, numa perspectiva pluridisciplinar muito mais abrangente do que a configurada pelas fronteiras convencionais da Arqueologia e dos seus diferentes “terrenos”.Reúnem-se nas páginas seguintes reflexões tão diversificadas quanto as que tratam o direitolatino na Hispânia romana ou de um microtopónimo de eventual origem pré-latina,associado a documentação que remonta às origens da nossa nacionalidade. A atençãocrescente que é dedicada à presença islâmica traduz-se na abordagem das suas marcas,presente na arquitectura civil e militar de Alcácer do Sal e de Lisboa. E, por fim, é discutido que tipo de resistência individual à “regra” se manifestaria nos conventosfemininos dos séculos XVII e XVIII.No plano mais especificamente arqueológico, realça-se a investigação sobre o megalitismofunerário, do já conhecido monumento da Roça do Casal do Meio (Sesimbra) aos quepontuam o território do município de Avis. A arte rupestre está presente na divulgação einterpretação de rocha gravada identificada em Vale de Junco, eventualmente inspirada nasabundantes manifestações artísticas da região do Côa. São ainda abordados os resultados deintervenções arqueológicas recentes em Almada e Coimbra, a primeira em contextos urbanosdos séculos XV a XVII, a segunda em imóvel integrado no Mosteiro de Santa Cruz.Dois estudos de materiais dão a conhecer uma candeia em vidro recolhida na villa romana da Quinta de S. João / Quinta da Laranjeira (Seixal), e a tipologia de um conjunto decontentores cerâmicos de tipo dolium identificados no Castro de Guifões (Matosinhos).O papel das Arqueociências no enriquecimento da investigação é exemplificado em artigosobre as potencialidades da radiação ultravioleta para detectar microcontextos arqueológicosinvisíveis ao olho humano.Há ainda espaço para noticiar a produção oitocentista de faianças na zona de Leiria e o quese sabe da evolução arquitectónica da igreja do Colmeal (Góis), cujas raízes remontam à baixaIdade Média. E também para divulgar inquérito internacional à actividade arqueológica naEuropa, enquadrado em Portugal pela Associação Profissional de Arqueólogos. A encerrar, faz-se o balanço de três congressos científicos recentes: em Lugo, dedicado às“cidades de poder” na Hispânia romana; em Tróia, sobre a produção e difusão das ânforaslusitanas; e em Lisboa, celebrando os 150 anos da Associação dos Arqueólogos Portugueses.Bons motivos de leitura, que certamente corresponderão ao interesse diversificado dos leitores da Al-Madan Online.

Jorge Raposo

Marques, Salete Santos Melo, CláudioMonteiro, Pedro Pereira, Filipe AlvesPina, Rui Pinheiro, Inês Vaz Pinto,Eduardo Porfírio, Mário Reis, AnaCristina Ribeiro, Sérgio Rosa, CézerSantos, Ricardo Soares, Ana RitaTrindade e Chia-Chin Wu

Page 3: 001-041 Adenda Maqueta 18 2 Maqueta 14 2 (arqueologia).qxd · nhas: Barcino e Tarraco. Decorreu em estreita obediência ao progra ma previsto o colóquio internacional que, por iniciativa

EVENTOS

144 II SÉRIE (18) Tomo 2 JANEIRO 2014online

cavam às capitais conventuais; a Manuel Salinasde Frías (Universidade de Salamanca) caberiafalar da Lusitânia; e a António Caballos (Uni ver -sidade de Sevilha), da Bética.Poder político, poder económico. Havia, pois, queabordar as consequências económicas que a cria-ção de centros urbanos político-administrativosnecessariamente implicava. Assim, foi esse o ter-ceiro tema tratado, em sessão que teve como mo -derador António Caballos. A Pierre Sillières(Universidade de Toulouse) pediu-se que falassedas capitais conventuais como “centros da admi-nistração viária e da rede de comunicações”; Sal va -dor Ordoñez e Sérgio García-Dills (ambos daUniversidade de Sevilha) mostraram a impor-tância económica e política de Astigi, a ColoniaAu gusta Firma; Carlos Fabião (Universidade deLisboa) chamaria a si a responsabilidade de mos-trar como a criação de centros urbanos na Lu -sitânia tivera reflexos na economia, sendo certoque não pode descartar-se a ideia de que tambémo factor económico terá estado subjacente à cria-ção de algumas delas; Manuela Martins e HelenaPaula Carvalho, da Universidade do Minho, ana-lisaram o cadastro de Bracara Augusta na pers-pectiva da transformação e organização do terri-tório decorrentes da implantação da cidade; e, aconcluir essa panorâmica, Isabel Rodà trouxe-nosa dinâmica observável entre as populações e, de -signadamente, entre as elites de duas cidades vizi-nhas: Barcino e Tarraco.

Decorreu em estreita obediência ao progra maprevisto o colóquio internacional que, por

iniciativa das universidades de Santiago deCompostela e do País Basco, reuniu em Lugo, de23 a 25 de Outubro de 2013, investigadores decinco países: Espanha, Portugal, França, Itália eAlemanha.O tema proposto pela Comissão Organizadora –professores Maria Dolores Dopico (da Univer -sidade de Santiago de Compostela), Juan SantosYanguas (U. do País Basco) e Manuel Villanueva(também de Santiago) –, foi o de se procurar escla-recer qual o papel específico que, no contexto daHispânia romana, poderão ter desempenhado ascidades escolhidas pelo poder central para serem,aí, centros administrativos capazes de exercerem,como capitais de conventus, as funções de seusinterlocutores privilegiados. Teriam, por exemplo,características distintivas?Costuma ser meramente protocolar a sessão inau-gural e os discursos, então, de mera circunstância.Sim, Dolores Dopico recordou os objectivos docolóquio, como era de esperar. O Delegado daCul tura de Lugo, Mario Outeiro, deu, em nomeda Diputación Provincial, as boas-vindas àquelacidade “hermosa” e acolhedora. Mas o alcalde, JoséLópez Orozco, não hesitou em mostrar a suaele vada cultura, haurida na Pontifícia Univer -sidade de Salamanca e, após manifestar quantoLugo está orgulhosa da sua história – “que quere-mos recuperar para um presente e um futuro melho-res”, sublinhou –, fez questão em afirmar que“sem universidade e sem investigação não pode haverprogresso; estamos a cometer um erro que muito embreve pagaremos”; considerando que “a luz nasceprecisamente das ideias”, referiu-se à festa que, emLugo, na luminosidade do Verão, exalta o seu pas-sado romano; e incitou os presentes a fazerem mar-keting da sua actividade científica, “para que a socie-dade dê valor ao vosso trabalho”.Concluiu a série de intervenções o Reitor daUniversidade de Santiago, D. Juan Casares Long,que acentuou, por seu turno, o facto de terem sidoos estudos universitários que fomentaram a cria-ção da classe média que os governantes ora pare-

cem apostados em destruir. Prosse -guiremos nessa senda de promoção daCultura, garantiu, ainda que “segura-mente com mais cicatrizes, mais esque-léticos”…

UMA PANORÂMICADAS SESSÕES

No primeiro tema, debatido na sessão moderadapor Juan Santos, apresentaram-se os modelos deoutras províncias: Rudolf Haensch (Universidadede Munique) fez uma introdução geral sobre ascidades do poder no Império Romano; MichelChristol (Universidade de Paris I) referiu-se ao“modelo da Gália Narbonense”; Gino Bandelli(Universidade de Trieste) baseou-se nos docu-mentos epigráficos para dar conta da presença dopoder central nas cidades da Gália Cisalpina;Lúcio Troiani (Universidade de Pavia) seguiu asinformações fornecidas pela “História dos He -breus” de Flávio Josefo para o caso da Síria e daPalestina.A criação de uma rede de cidades do poder naHispânia constituiu o tema seguinte, em sessãopresidida por Isabel Rodà (do Instituto Catalão deArqueologia Clássica). Pilar Ciprès (Universidadedo País Basco) destacou passagens da NaturalisHistoria de Plínio-o-Velho alusivas à organizaçãodo espaço peninsular na sua época, classificandoa obra deste escritor como uma selecção intelec-tual de elementos destinada a ilustrar uma elitesedenta de saber como era a Hispânia: “[...] Unaimagen de Hispania que refleja una realidad com-pleja. En ella no se recoge todo el conocimiento exis-tente y su descripción parece responder a un traba-jo intelectual de ordenamiento y selección de lainformación disponible, destinado probablemente aaquella elite para la que el conocimiento geográficoconstituía un elemento de distinción”. Por seu tur-no, Dolores Dopico interessou-se – em comuni-cação assinada também por Juan Santos – poraspectos concretos da governação, nomeada-mente o tempo que gastariam os governadores daHispânia Citerior, quando, em serviço, se deslo-

As Cidades do Poder na Hispânia Romana

e a descoberta de uma cidade singular

José d’Encarnação

Page 4: 001-041 Adenda Maqueta 18 2 Maqueta 14 2 (arqueologia).qxd · nhas: Barcino e Tarraco. Decorreu em estreita obediência ao progra ma previsto o colóquio internacional que, por iniciativa

145

Antes da sessão de encerramento, em que – emnome dos organizadores – Juan Santos Yanguasagradeceu a imprescindível contribuição dadape los intervenientes, pelos participantes e, desig-nadamente, pelas entidades patrocinadoras,Patrick Le Roux (Universidade Paris XIII) optou,na alocução final, por fazer, em termos gerais, umareflexão do foro metodológico sobre a investiga-ção em História; interrogou-se, por exemplo,sobre se deveríamos falar de “cidades do poder” ou,antes, de “cidades de poder”, sobre a diferença en -tre uma “visão militar” e uma “visão civil”…

ACTIVIDADESCOMPLEMENTARES OU UMACIDADE ROMANA A DESCOBRIR

Permita-se-me que não deixe de me referir a ou -tras actividades que enquadraram este colóquio.Em primeiro lugar, a preocupação de dar a conhe-cer aos convidados sítios emblemáticos da gas-tronomia e do património locais, como, porexem plo, o Centro Interpretativo de Terras do Mi -ño, polivalente parque urbano criado pela Di -putación Provincial às portas da cidade, onde,como já vai sendo hábito, se aproveitou umaaze nha para restaurante de sabores tradicionais.Depois, a cordialidade bem galega da recepção noAyuntamiento. O alcalde fez questão de saberquem eram, um a um, os participantes na reuniãoe solicitou que um representante de cada país dis-sesse de sua justiça. Fez de novo o elogio da Cul -tura e da consciência histórica como indispensá-vel veículo de promoção social e de enraizamen-to da população: “Vocês trabalham uma matéria--prima, o conhecimento, que jamais se esgota!”. Econgratulou-se pelo facto de Lugo se apresentar

“As consequências nos povos indígenas: mudançassociais e institucionais” foi o quarto tema aborda-do, em sessão presidida por Manuel RabanalAlon so (Universidade de León). Explicitou Ma -nuel Villanueva as novas perspectivas que ora seapontam no que concerne à criação de LucusAu gusti; Juan Santos tomou de novo a palavra parareferir o impacto de Asturica Augusta (comuni-cação também da responsabilidade de DoloresDopico); de idêntico tema dissertou FranciscoBeltrán (Universidade de Zaragoza), mas em rela-ção a Caesar Augusta (de notar a grafia que defen-deu, em vez de Caesaraugusta, pois que, na ver-dade, de outra forma se não poderão interpretar,em seu entender, siglas como C•C•A•, “ColoniaCaesar Augusta”), cuja “fundación supuso, desde lue-go, la creación de un centro vertebrador con proyec-ción regional” e determinou, “además, una profundarecomposición no sólo del vasto territorio que Augustole atribuyó para dotarle de una base económicaacorde con esa función integradora sino también dela población que en él habitaba”. Estíbaliz Ortizade Urbina (Universidade do País Basco) levou-nosde novo a Tarraco, pois à sua intervenção deu o tí -tulo “Tarraconenses e Hispani Tarraconenses –Memoria epigráfica en la práctica cívica e pro-vincial hispana”. Tive ensejo de encerrar esse te -ma, trazendo à colação a importância da “epi-grafização”, ou seja, o hábito de fazer epígrafes,para veicular o poder ou o contra-poder e, ainda,para nos elucidar acerca da aculturação entre in -dígenas e colonos, patente nos esquemas ono-másticos e na adopção das crenças, na Lusitâniaocidental.E coube-me presidir à sessão do último tema: “Osaspectos ideológicos”. Silvia Alfayé (Universidade deZaragoza) relacionou religião e poder na Hispâniacéltica, demorando-se, de modo especial, no con-tributo dado pelas inscrições patentes em grutas--santuários (La Griega, La Cueva Negra…), espa-ços que, mormente pelos oráculos que lhes pode-riam estar associados, detiveram importante papelna vida das cidades; Jaime Alvar (UniversidadeCarlos III, Madrid) salientaria a enorme contri-buição dos cultos iniciáticos (cultos nilóticos, deCíbele e Átis, de Mitra) para a inovação religiosaem ambiente urbano; por fim, Juan ManuelAbascal (Universidade de Alicante) mostrou, comexemplos, as manifestações da intervenção impe-rial nas “cidades do poder”.

como cidade de características urbanas, sim, masque não prescinde de uma ruralidade que, naactual conjuntura político-económica, se antojacomo relevante caminho a percorrer. No final, ofe-receu o mais recente livro de António RodríguezColmenero, uma síntese para o grande públicoacerca da génese e evolução histórica de Lucus Au -gusti (14 a.C.-711 d.C.), La Ciudad Romano--Ger mánica del Finisterre Ibérico (edição do Con -cello de Lugo, 2011).Finalmente – e não de somenos – a pormenori-zada visita de estudo aos monumentos mais sig-nificativos de Lucus Augusti.Primeiro, a muralha de 2266 metros de períme-tro, a única do Império Romano que integral-mente se conserva, por onde se pode tranquila-mente passear, alvo de sucessivas campanhas desondagem e de escavação destinadas a melhor secompreender a orgânica defensiva que lhe estásubjacente. Inscrita pela UNESCO desde 2 de De -zembro de 2000 como Património da Huma ni -dade, data do tempo do imperador Galieno (sécu-lo III) e constitui, na verdade, um portentoso ebem impressionante ex-libris da cidade. Fomosguiados pelo arqueólogo municipal dela respon-sável, Enrique J. Alcorta Irastorza, de quem pode-rá citar-se, entre várias outras contribuições, acomunicação “Un ejemplo de ingeniería militar ro -mana bajo imperial: la muralla de Lugo”, apre-sentada ao IV Congreso de las Obras Públicas en laCiudad Romana, Colegio de Ingenieros Técnicosde Obras Públicas, Lugo – Guitiriz, 2008, p. 15--49.Reúne, naturalmente, o Museo Provincial de Lu -go notável acervo arqueológico, recolhido não ape-nas na cidade mas em toda a província. Aí perio-dicamente se realizam, por isso, exposições temá-

Page 5: 001-041 Adenda Maqueta 18 2 Maqueta 14 2 (arqueologia).qxd · nhas: Barcino e Tarraco. Decorreu em estreita obediência ao progra ma previsto o colóquio internacional que, por iniciativa

EVENTOS

146 II SÉRIE (18) Tomo 2 JANEIRO 2014online

com o altar dedicado a esta divindade por um cen-turião da VII Legião Gemina Antoniniana PiaFelix. Guiou-nos o investigador directamenteligado ao sítio, Celso Rodríguez Cao, autor damonografia: A Domus do Mitreo, edição de 2011da Universidade de Santiago. Também ela pro-fusamente ilustrada, constitui o catálogo de umaexposição, contendo estudos específicos sobre osmateriais encontrados (numismas, vidro, cerâ-mica, metal) e sobre a sua integração (por JaimeAlvar) no contexto do mitraísmo hispano, assimcomo a relacionação do sítio com os achados ar -queológicos da Praça Pio XII, que lhe fica adja-cente.Em suma: para além do muito que se aprendeu nareunião científica propriamente dita, o contactoao vivo com vestígios arquitectónicos de tamanhaimportância enriqueceu-nos sobremaneira, tan-to mais que as entidades com responsabilidade nacidade não têm deixado os seus créditos por mãosalheias e têm sabido, exemplarmente e em par-ceria, preservar, divulgar (folhetos, desdobráveis,monografias, vídeos…) e pôr ao dispor dos habi-tantes e dos forasteiros um singular patrimóniohistórico-cultural – o que muito nos apraz regis-tar e aplaudir.

ticas, a realçar um ou outro conjunto; é dissoexemplo a que, de 28 de Junho a 15 de Setembrode 2011, abordou o tema “A Plástica ProvincialRomana no Museo de Lugo”, de que resultouassaz eloquente catálogo ilustrado. Era, pois, visi-ta obrigatória! Guiou-nos, com especial relevo nosector epigráfico, o Prof. Filipe Árias Vilas, queassinou (recorde-se), com Patrick Le Roux e AlainTranoy, um livro pioneiro no seu tempo: Ins -criptions Romaines de la Province de Lugo (Paris,1979).A “Domus Oceani” ou “Casa de los Mosaicos”,assim chamada por ter num mosaico a represen-tação do deus Oceano, foi-nos explicada por En -rique González Fernández, o arqueólogo que su -perintendeu aos trabalhos e o autor da respectivamonografia, profusamente ilustrada: DomusOceani: aproximación á arquitectura doméstica deLucus Augusti (Concello de Lugo, 2005). Sitade baixo de um imóvel, está devidamente musea-lizada e aí pode apreciar-se, durante a visita, umvídeo que inclui reconstituições virtuais destama gnificente casa romana.A “Domus do Mitreo”, assim designada por, nu -ma dependência da mansão, ter sido identificadoum espaço destinado ao culto do deus Mitra,

contacte-nos...

inventários arquitectónicosgeorreferenciados

[[email protected]]

PUBLICIDADE