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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH - SINCRONISMO CAPÍTULO SEGUNDO SDH - REDE DE SINCRONISMO Medidas básicas e terminologia em sincronização (G.810 do ITU – T) Definições gerais Jitter: Variações de fase de um sinal digital com relação a sua posição ideal, em curtos períodos de tempo, freqüência maior ou igual a 10 Hz. Distúrbio de freqüência: Diferença de longa duração entre o valor real da freqüência de um sinal digital e sua freqüência ideal. MTIE (erro máximo de intervalo de tempo): É definido como o máximo desvio no tempo de um sinal em relação a uma referencia de relógio dentro de um intervalo de observação especificado. Network Sinchronisation (sincronização de rede): Conceito genérico que descreve a forma de distribuição de um sinal de sincronização comum para todos os elementos de rede. Single ended Sinchronisation (Sincronização Single ended): Método para sincronizar um nó especificado com relação a outro nó de forma que o sinal de sincronização gerado é derivado da diferença de fase entre o clock local e o sinal digital de entrada recebido do outro nó. Sinchronisation Chain (cadeia de sincronização): Interconexão entre nós e enlaces de sincronização. Sinchronisation Reference Chain (cadeia de referência de sincronização): Cadeia de sincronização definida na G.803 ou ETS 300462-2 para formar a base para simulações de Jitter e Wander na rede de sincronização. Slip: A repetição ou apagamento de um bloco de bits em um fluxo de bits síncrono ou plesiócrono devido à discrepância das taxas de leitura e escrita de um buffer. Standard Frequency: Freqüência que guarda uma referência conhecida com um determinado padrão. TDEV: TDEV é uma medida do desvio de um sinal digital como função do tempo de integração e provê o conteúdo espectral de Wander. Time (hora): Quando usado para descrever redes de sincronização, referem-se a sinais de freqüência usados para sincronização ou medição. UTC – Universal Time Coordenated (coordenador de tempo universal): Escala de tempo, mantida pelo Bureau Internacional de pesos e medidas (BIPM) e pelo International Earth Rotation Service (IERS), base para calibração dos relógios de césio. Wander: Variações de fase de um sinal digital com relação a sua posição ideal, em longos períodos de tempo (freqüência menor ou igual a 10 Hz). Definições relacionadas a equipamentos de clock Clock ou Relógio: Gerador de freqüências que será usado para sincronizar a rede. Frequency Standard (padrão de freqüência): Gerador cuja saída é usada como freqüência de referência. Master Clock: Gerador que produzem sinal de freqüência que será usado para controlar outros geradores. Node Clock (nó de Relógio); Nó de distribuição de clock para um ou mais equipamentos sincronizados. 1 Primary Reference Clock – PRC (relógio de referência primária); Um relógio de referência que fornece um sinal de sincronização com estabilidade de longa duração de 1x10 -11 ou mais com verificação para Universal Time Coordinated (UTC).

002 - Capitulo 02 - SDH - Rede de Sincronismo

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH - SINCRONISMO

CAPÍTULO SEGUNDO SDH - REDE DE SINCRONISMO

Medidas básicas e terminologia em sincronização (G.810 do ITU – T) Definições gerais

Jitter: Variações de fase de um sinal digital com relação a sua posição ideal, em curtos períodos de tempo, freqüência maior ou igual a 10 Hz.

Distúrbio de freqüência: Diferença de longa duração entre o valor real da freqüência de um sinal digital e

sua freqüência ideal.

MTIE (erro máximo de intervalo de tempo): É definido como o máximo desvio no tempo de um sinal em relação a uma referencia de relógio dentro de um intervalo de observação especificado.

Network Sinchronisation (sincronização de rede): Conceito genérico que descreve a forma de

distribuição de um sinal de sincronização comum para todos os elementos de rede.

Single ended Sinchronisation (Sincronização Single ended): Método para sincronizar um nó especificado com relação a outro nó de forma que o sinal de sincronização gerado é derivado da diferença de fase entre o clock local e o sinal digital de entrada recebido do outro nó.

Sinchronisation Chain (cadeia de sincronização): Interconexão entre nós e enlaces de sincronização.

Sinchronisation Reference Chain (cadeia de referência de sincronização): Cadeia de sincronização

definida na G.803 ou ETS 300462-2 para formar a base para simulações de Jitter e Wander na rede de sincronização.

Slip: A repetição ou apagamento de um bloco de bits em um fluxo de bits síncrono ou plesiócrono devido

à discrepância das taxas de leitura e escrita de um buffer.

Standard Frequency: Freqüência que guarda uma referência conhecida com um determinado padrão.

TDEV: TDEV é uma medida do desvio de um sinal digital como função do tempo de integração e provê o conteúdo espectral de Wander.

Time (hora): Quando usado para descrever redes de sincronização, referem-se a sinais de freqüência

usados para sincronização ou medição.

UTC – Universal Time Coordenated (coordenador de tempo universal): Escala de tempo, mantida pelo Bureau Internacional de pesos e medidas (BIPM) e pelo International Earth Rotation Service (IERS), base para calibração dos relógios de césio.

Wander: Variações de fase de um sinal digital com relação a sua posição ideal, em longos períodos de

tempo (freqüência menor ou igual a 10 Hz).

Definições relacionadas a equipamentos de clock

Clock ou Relógio: Gerador de freqüências que será usado para sincronizar a rede.

Frequency Standard (padrão de freqüência): Gerador cuja saída é usada como freqüência de referência.

Master Clock: Gerador que produzem sinal de freqüência que será usado para controlar outros geradores.

Node Clock (nó de Relógio); Nó de distribuição de clock para um ou mais equipamentos sincronizados.

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Primary Reference Clock – PRC (relógio de referência primária); Um relógio de referência que fornece um sinal de sincronização com estabilidade de longa duração de 1x10-11 ou mais com verificação para Universal Time Coordinated (UTC).

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Slave Clock: Um clock cuja sincronização é chaveada por um sinal de sincronização de referência

recebido de um clock com mais qualidade.

Stand Alone Sinchronisation Equipament (SASE) (equipamento de sincronização independente): Equipamento independente com implementação da função SSU lógica, que incorpora sua própria função de gerenciamento.

Sinchronisation Supply Unit (SSU) (unidade de provisionamento de sincronização): Função lógica para

seleção, processamento e distribuição de freqüência de referência, com as características de freqüência definidas na G.812.

Definições relacionadas às redes de sincronização

Asynchronous Mode (modo assíncrono): Modo no quais os clocks operam no modo de execução livre.

Local Node (no local) Nó de rede síncrono que efetua a interface diretamente como equipamento do cliente.

Master Slave Mode (modo mestre-escravo): Modo no qual um clock mestre designado é usado como

padrão de freqüência que é disseminado para todos os outros clocks da rede.

Plesiochronous Mode (modo plesiócrono); Modo no qual cada elemento da rede estaria operando com a mesma freqüência nominal, obedecendo aos limites especificados de variação de freqüência.

Pseudo-synchronous Mode (modo pseudo-síncrono): Modo no qual todos os clocks possuem a mesma

precisão de freqüência de longa duração, de acordo com um clock de referência primária, conforme especificado na G.811, em condições normais de operação.

Sinchronisation Element (elemento de sincronização): Elemento que fornece serviços de sincronização

para os demais elementos da rede, inclui clocks com qualidade de acordo com G.811, G.812 e G.813.

Sinchronisation Link (enlace de sincronização): Enlace entre dois nós através do qual a sincronização é transmitida.

Synchronous Network (rede síncrona): Rede na qual todos os clocks possuem a mesma precisão de

longa duração em condições normais de operação.

Sinchronisation Network (rede de sincronização): Rede para distribuição dos sinais de sincronismo, compreende os nós da rede de sincronização conectados por links de sincronização.

Sinchronisation Network Node (nó de rede de sincronização): Grupo de equipamentos em uma

localização física única que estão diretamente sincronizados pelo clock do nó.

Obs: Uma posição física pode conter mais de um nó de rede de sincronização.

Sinchronisation Sink (destino de sincronização): Destino do sinal de sincronismo em uma trilha de sincronização.

Sinchronisation Traceability (rastreabilidade de sincronização)

Uma série de elementos e trilhas de sincronização, normalmente em um domínio de equipamento SDH ou PDH único.

Sinchronisation Trail (trilha de sincronização): A conexão completa entre o elemento de sincronização e o elemento de rede ou entre dois elementos da rede.

Transit Node (nó de trânsito); Nó de rede síncrona que se interconecta com outros nós e que não está

ligada diretamente a equipamentos de usuários. Definições relacionadas aos modos de operação do clock (aplicável aos clocks escravos)

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Free Running Mode (modo de execução livre): Condição de operação de um clock, cujo sinal de sincronismo é gerado pelo oscilador interno, não estando chaveado a outra referência. Neste modo o clock não possui entrada de referência da rede ou perdeu a referência externa e não tem acesso aos dados armazenados, adquiridos de uma referência externa previamente conectada. A execução livre

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inicia quando uma saída de clock não mais reflete a influência de uma referência externa conectada, e termina, quando a saída de clock recupera sua conexão com uma referência externa.

Holdover Mode (modo Holdover): Uma condição de operação de um clock escravo que perdeu sua

entrada de controle e está usando referência de fase armazenada, para controlar sua saída. Os dados armazenados são usados para controle de freqüência, para produzir o desempenho. O Holdover inicia quando a saída de clock não mais reflete o comportamento atual da referência externa ou a transição dela. O Holdover termina quando a saída de clock recupera a condição de modo chaveado.

Ideal Operation (operação ideal); Categoria de operação que reflete o desempenho de um clock sob

condições ideais.

Locked modo (modo chaveado): Condição de operação de um clock escravo na qual o sinal de saída é controlado por uma referência externa, de tal forma que o sinal de saída do clock tem a mesma freqüência média de longa duração. O modo de bloqueio é o modo de operação esperado de um clock escravo.

Stressed Operation (operação Stressed): Categoria de operação que reflete o desempenho atual de um

clock, considerando o impacto das condições reais de operação, estas condições incluem os efeitos de Jitter, atividade de comutação de proteção e a perda de sinal de sincronização de referência de entrada.

Definições relacionadas à sincronização de clock

Frequency Accuracy (precisão de freqüência); A magnitude máxima do desvio de freqüência para um período de tempo especificado.

Obs.: A precisão de freqüência inclui o offset de freqüência inicial e qualquer efeito relativo a envelhecimento e meio ambiente.

Drift Frequency (desvio de freqüência); A taxa de alteração do desvio de fração de freqüência de um valor nominal especificado causado por envelhecimento e efeitos externos (radiação, pressão, temperatura, umidade, alimentação, carga, etc.).

Obs.1: Os fatores externos sempre devem ser claramente indicados. Obs.2: O desvio de freqüência não inclui apenas a taxa de desvio de freqüência linear, mas também qualquer outro desvio de freqüência mais significativo.

Frequency Stability (Estabilidade de freqüência); A alteração de freqüência causada espontaneamente e/ou pelo ambiente em um intervalo de tempo fornecido.

Timing Signal (sinal de sincronismo): Um sinal periódico, gerado por um clock, usado para sincronizar

equipamentos e redes digitais. Devido a fatores inevitáveis, tais como flutuações de fase do oscilador, os sinais atuais de sincronismo são pseudo-periódicos, e os intervalos de tempo entre os instantes de fase iguais sucessivos mostram variações ocasionais.

Reference Timing Signal (sinal de sincronização de Referência); Sinal de sincronismo com desempenho

especificado, que pode ser usado como fonte de sincronismo para um clock escravo.

Time Interval Error Function (função de erro de intervalo de tempo); A diferença entre a medição de um intervalo de tempo fornecido por um clock e a medição deste mesmo intervalo de tempo fornecido por um clock de referência.

Necessidade de sincronização A maioria das redes de comunicação digital está baseada em sinais codificados em PCM (pulse code modulation). A multiplexação é feita no domínio do tempo através do arranjo dos sinais básicos 64Kbits/s em time slots relativos a um sinal de referência (quadro). A comutação é feita em uma combinação de comutação espacial e comutação temporal (troca de time slots). A comutação ou multiplexação no domínio do tempo requer que os times slots sejam iguais em todos os equipamentos reunindo (assembling), separando (disassembling) ou comutando estes sinais.

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O procedimento de time slots necessita de buffers de dados elásticos para compensar as variações de fase induzidas por Wander dos dados de entrada.

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O overflow ou underflow periódico destes buffers (equivalente a uma diferença de freqüência) resulta em escorregamentos de quadros regulares que corrompem a integridade do sinal. Dependendo do tipo de serviço afetado pelos escorregamentos, o impacto pode ser mais ou menos severo, alguns efeitos estão listados a seguir:

Serviço Impacto de escorregamento Voz Possível ‘click’, com perda de dados de sinalização (CCS7). Fax Deleção de 4 a 8 linhas de scan (tempo de transmissão aumentado) Multimídia Quadros de vídeo congelados por alguns segundos, burst de ruído de áudio. Texto Criptografado O código deve ser retransmitido Dados Digitais Deleção ou repetição de dados, redução de throughput Dados na faixa de voz Erros de transmissão para 0,01 a 2 seg., a chamada pode ser desconectada. A fim de manter a quantidade de escorregamento baixa, a exatidão e estabilidade destes sinais de sincronismo devem ser bem altas. O valor de exatidão de +/-1*10-11não é atingido com osciladores convencionais nos equipamentos. Portanto, um clock atômico com a exatidão necessária é usado na rede e o sinal de referência gerado por este clock é distribuído por toda a rede. Nos elementos de rede, os osciladores são chaveados (phase locked) para o sinal de referência recebido pela rede de transporte. Este método, considerado como um método mestre-escravo é atualmente o método de sincronização de rede mais utilizado. A exigência essencial (com respeito à sincronização de rede) para uma rede de transporte é a capacidade de transportar sinais de referência para a sincronização. A inevitável degradação do sinal transportado devido à Jitter e Wander deve estar dentro dos limites especificados na G.823 e G.825. Sincronização nas redes PDH Características das redes PDH (foco na sincronização) As redes PDH consistem de centrais de comutação, comutando sinais digitais de 64 Kbits/s e uma rede de trans porte interconectando estas centrais. A rede de transporte é uma rede complexa de conexões ponto-a-ponto. Transporte 1. O sinal de transporte básico entre centrais é de 2048 Kbits/s (G.703) com estrutura PCM30. 2. O equipamento periférico está conectado aos comutadores através de sinais de 2048Kbits/s ou

64Kbits/s. 3. Os sinais de transporte de ordem superior (8448 Kbits/s, 34368 Kbits/s, 139264 Kbits/s) são gerados

através da multiplexação de sinais do nível inferior. A sincronização deste quadro não é derivada do nível de 2048 Kbits/s, é gerado localmente a partir da freqüência do oscilador interno do comutador de alta ordem.

4. Os sinais de transporte PDH acima de 2048 Kbits/s não são síncronos para o nível de 2048 Kbits/s. 5. A adaptação da freqüência dos sinais tributários para o sinal (multiplexado) agregado é feita através de

bits de enchimento. 6. Devido a este método, a freqüência de cada um dos sinais tributários pode ser recuperada no

demultiplexador através da retirada dos bits de enchimento e filtragem dos sinais demultiplexados para reduzir o stuffing Jitter. A freqüência e a magnitude dos eventos de stuffing permitem uma fácil filtragem. O transporte PDH é transparente ao clock-freqüência.

Aspectos de Sincronização de Rede 1. Originado de um PRC, a sincronização é distribuída hierarquicamente, usando o método mestre-

escravo. 2. O transporte de informação de sincronização é feito no nível de 2048 Kbits/s. 3. A sincronização existe apenas no nível de 2048 Kbits/s. Se necessário, os sinais de 64 Kbits/s

multiplexados no nível de 2048 Kbits/s (sinal PCM30) são adaptados à freqüência através de escorregamentos de bytes.

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4. Como mencionado anteriormente, os sinais PDH mais significativos (acima de 2048Kbits/s) não são sincronizados para o nível de 2048 Kbits/s, portanto, estes sinais normalmente não são apropriados como sinais de referência. Exceções usadas raramente:

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O quadro mais significativo é gerado por um multiplexador cujo oscilador interno é controlado por um sinal de referência externa derivado do nível de 2048 Kbits/s.

É usado um sinal PDH assíncrono (taxa de bits de PDH com estrutura de quadro de 125 µs) de acordo como o ETSI ETS 300337.

5. Os caminhos de sincronização alternativos estão facilmente disponíveis, de tal forma que a

sincronização pode ser distribuída para cada comutador em dois ou mais caminhos independentes, determinados durante o planejamento da rede. Estes sinais de sincronização pré-selecionados são ordenados em uma lista de prioridades. No caso de uma falha no sinal de referência, o sinal imediatamente com o nível de prioridade mais baixo será selecionado como um sinal de referência ativa.

6. O alto nível de complexidade também permite uma distribuição hierárquica plana.

Características das redes SDH (foco na sincronização) A rede SDH interconectando centrais de comutação. A rede de transporte é uma rede complexa de conexões ponto-a-ponto. Transporte 1. O sinal de transporte básico é o sinal STM-1 com taxa de bits de 155,52 Mbits/s. 2. O payload é transportado em conteiners síncronos. Vários tamanhos de conteiners estão disponíveis. A

posição dos conteiners no quadro STM-N não é fixa. Os ponteiros indicam as posições dos conteiners relativos ao quadro. Se o sincronismo for perturbado ou ocorrerem variações de fases significativas do contêiner, o mesmo poderá flutuar dentro do quadro. Devido à estrutura em byte do sinal, o contêiner só pode ser mudado em passos (um ou três bytes). Quando o container muda de posição dentro do quadro, o ponteiro associado deverá ser ajustado (PJE: evento de justificativa de ponteiro).

3. Os sinais de transporte de ordem superior (STM-N) são gerados através da multiplexação de bytes de sinais de nível inferior (STM-M com M<N). As taxas de bits dos sinais de ordem superior são inteiros múltiplos da taxa de bits do STM-1.

4. Os sinais de transporte SDH de ordem superior (STM-N) são síncronos para os sinais de ordem inferior.

Aspectos da Rede de Sincronização 1. Originária de um PRC, a sincronização é distribuída hierarquicamente, usando o método mestre-escravo. 2. O transporte de informação de sincronização é feito no nível STM-N. 3. O sincronismo existe em todos os níveis de sinalização (níveis STM-N). 4. Como mencionado anteriormente, os sinais PDH mais significativos (acima de 2048Kbits/s) não são

sincronizados para o nível de 2048 Kbits/s, portanto, estes sinais normalmente não são apropriados como sinais de referência. Exceções usadas raramente:

O quadro mais significativo é gerado por um multiplexador cujo oscilador interno é controlado por

um sinal de referência externa derivado do nível de 2048 Kbits/s. É usado um sinal PDH assíncrono (taxa de bits de PDH com estrutura de quadro de 125 µs) de

acordo como o ETSI / ETS 300337. Sinais de transporte

Os sinais de transporte SDH (sinais STM-N) consistem em um quadro síncrono para a freqüência de referência de rede e containers multiplexados, que são sincronizados ao quadro. As variações de freqüência e de fase entre os quadros e os containers ou entre os containers de ordem superior e containers de ordem inferior, são ajustados com técnicas de justificação de ponteiro. Os sinais PDH são mapeados (sincronizados) em containers apropriados por justificação de bits. Os ajustes de indicação (ponteiro) durante o transporte através de uma rede SDH causam os jumps de fase nos sinais transportados. Estes jumps de fase não degradam o transporte e a reinicialização do payload, mas degradam os sinais de payload transportados que, portanto, tornam-se inadequados para sincronização, mais especificamente no caso de sinais de 2 Mbit/s. O quadro dos sinais STM-N não está sujeito ás ações de ponteiro, portanto, os sinais STM-N podem ser usados para o transporte de sincronização.

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Funcionalidades de seleção de referencia dos elementos de rede SDH

Além dos sinais recebidos de um elemento de rede SDH (por ex.: um multiplexador ou equipamento terminal de linha), para o processamento de sinais internos, um sinal é selecionado como referência para o clock do sistema, um segundo sinal é selecionado independentemente para um sinal de saída de referência que pode ser usado por outro equipamento. A seleção dos sinais é baseada em uma tabela de prioridades e na qualidade da informação transportada nos sinais SDH (conforme as mensagens de estado de sincronização).

Mensagens de estado de sincronização

Um (meio) byte nos sinais STM-N é reservado para mensagens relacionadas à sincronização de transporte. Estas mensagens contêm uma informação sobre o nível de qualidade do sinal de clock que foi usado para gerar o sinal STM-N. Uma mensagem importante é a “Do not use for synchronizatiom” que significa: não usar para sincronização, que é usada para evitar loops de sincronização.

Mecanismo de reconfiguração automática

Com as funcionalidades dos elementos de rede SDH, podem ser criados subredes de sincronização de auto-recuperação. As subredes apropriadas são por ex.: cadeias ou anéis de multiplicação Add/Drop. Se ocorrer uma falha no fluxo normal de sincronização, uma cadeia de sincronização alternativa é estabelecida, alimentando os elementos de rede do segmento para frente do ponto de falha. Tipos de clock nas redes de sincronização de SDH Como mencionado anteriormente, os comutadores nas redes digitais de comunicações nas quais a multiplexação por divisão de tempo é aplicada, necessitam de uma referência de sincronismo comum. Os requisitos de precisão e estabilidade são necessários para se obter características de qualidade o desempenho (medidas em termos de taxa de slip) de uma conexão digital, especificada pelo ITU-T Rec. G.822. Atualmente estas necessidades somente podem ser atendidas com clocks de átomo (feixe de césio) usados como clock de referência de rede (PRC: clock de referência primária). A tarefa de sincronização de rede é distribuir o sinal de referência do PRC para todos os elementos da rede que necessitam sincronização. O método para propagar o sinal de referência na rede é o mestre-escravo. A figura 1 mostra uma cadeia de clocks mestre-escravo conectados (cadeia de referência de sincronização de [G.803]).

Figura 1 – Cadeia de referência de sincronismo

Uma cadeia mestre-escravo sincronizada pode ser decomposta em cadeias menores de referência. Várias classes de clocks escravos com diferentes propriedades e diferentes regras aparecem na rede:

O PRC determina a fonte de relógio primária, possui o melhor nível de estabilidade; As SSUs (unidades de distribuição de sincronização) geram o sinal de clock depois de passar por uma

cadeia de SECs e servem como referência temporária para partes da rede, quando a conexão para o PRC estiver sido perdida em situações de falha. Geralmente as SSUs estão localizadas nos nós da rede, onde distribuem um sinal de sincronismo para todos os elementos de rede no nó;

Os SECs (clocks do equipamento SDH) são os clocks incorporados aos elementos de rede SDH. Os SECs oferecem grande flexibilidade na seleção de referências e mecanismos de reconfiguração automática de suporte nos anéis ou cadeias dos elementos de rede SDH;

Os RTGs (gerador de sincronismo do regenerador) não aparecem na cadeia de referência, porque devido à sua arquitetura simples e suas propriedades intrínsecas, sua influência na cadeia de sincronização não é significativa.

PRC (clock de referência primária) Um clock de referência primária é o clock mestre da rede construindo a base para a precisão e estabilidade da freqüência de mais alta prioridade na rede. Em condições normais de operação, apenas um PRC está ativo por vez. Existe um segundo PRC na rede, que é ativado quando ocorre uma falha no primeiro PRC; um tubo de feixes de césio está sempre envolvido na geração de um sinal de PRC, pois o princípio físico assegura que não existe efeito sistemático que possa levar à um desvio gradual de freqüência.

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O mecanismo apenas de desgaste (wear-out) é o reservatório limitado de césio para o feixe de partículas de átomo. O limite de vida útil de um tubo de feixes de césio é de 10 anos, dependo do fabricante e do tipo de tubo; dois tipos de PRCs foram desenvolvidos:

PRCs autônomos com um ou vários (até 3) tubos de césio incorporados no PRC; PRCs controlados por rádio que usam tubos de césio remotos, p. ex. nos satélites do sistema de

navegação GPS. Neste caso, os sinais de rádio são gerados com base nos tubos de césio, recebidos na locação do PRC e usados como um sinal de referência para uma SSU.

A figura 2 mostra as configurações de PRCs, puramente autônomas, puramente controladas por rádio e um exemplo de uma combinação dos dois métodos que fornecem um alto grau de disponibilidade. As vantagens, desvantagens e cenários da rede com os diferentes métodos são descritos com mais detalhes na seção (arquitetura de rede de sincronização).

Figura 2 - Configurações de PRCs. Propriedades Interfaces de entrada de referência:

Nenhuma (PRC autônomo) Receptor de rádio (PRC

controlado por rádio)

Interfaces de saída:

2,048 MHz (ITU-T G.703§10), HDB3 de 2048 bit/s codificado (G.703§6) outras interfaces de saída disponíveis, mas não usadas nas redes de sincronização SDH

Propriedades básicas:

Precisão de Freerun: 1x10-11 Referências normativas:

ITU-T Rec. G.811: necessidades de sincronização nas saídas dos clocks de referência primária apropriadas para operação plesiócrona de enlaces digitais internacionais.

ETSI DE/TM-03017-6 : características de sincronismo de clocks de referência primária

SSU (Unidade distribuidora de sincronização) As SSUs são o segundo nível na hierarquia de qualidade do equipamento de sincronização. As tarefas importantes das SSUs são:

seleção de um sinal de referência vindo do PRC. Tipicamente dois ou três sinais são roteados para a SSU através de diferentes vias na rede;

supervisão do sinal de referência (ativo) selecionado. Os sinais de referência não ativos também devem ser supervisionados, de tal forma que haverá um sinal de referência em reserva ativa válido se for necessária uma comutação;

captura (holdover), i.e. manter a freqüência de saída por um período de tempo (alguns dias) quando todas as entradas de referência falharem. Neste caso, a SSU serve como um clock de referência para uma parte da rede;

filtrar o jitter e o wander acumulados na via de transmissão e os clocks na cadeia mestre-escravo. As SSUs podem ser incorporadas no equipamento de transmissão ou comutação (Comutadores digitais ou cross-conects digitais), ou ainda, um equipamento independente (SASE: equipamento de sincronização independente). Normalmente, uma SSU não está conectada diretamente aos sinais de linha, a figura 3 mostra o ambiente típico de uma SSU:

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Os elementos de rede (NEs) conectados à rede retiram um sinal de referência de sincronização dos sinais de transporte apropriados e fazem a distribuição através da saída T4 para o clock do nó. Propriedades:

Fig. 3 - Ambiente da SSU. Interfaces de entrada de referência:

2048 kHz (ITU-TG.703§10); 2048 kbit/s codificado em HDB3

(G.703§6); avaliação e processamento da mensagem

de estado se a sincronização em sinais PDH (especificado em ITU-T Rec. G.704) for implementada apenas em produtos desenvolvidos recentemente;

outras interfaces de entrada estão disponíveis mas não usadas nas redes de sincronização SDH.

Interfaces de saída:

2048 kHz (ITU-T G.703§10); 2048 kbit/s codificado em HDB3 (G.703§6); a geração de mensagens de estado de sincronização em

sinais PDH (especificados em ITU-T Rec. G.704) é implementada apenas em produtos desenvolvidos recentemente;

outras interfaces de saída estão disponíveis mas não são usadas nas redes de sincronização SDH. Propriedades básicas:

Exatidão de Freerun: 5x10-8... 3x10-7/vida útil (típica, não padronizada) Holdover por dia: (5x10-10)/passo + (2x10-10)/dia (para envelhecimento)

Referências normativas:

ITU-T Rec. G.812: solicitações de sincronização nas saídas dos clocks escravos apropriados para a operação plesiócrona dos enlaces digitais internacionais.

Obs.:

existem dois tipos de clock definidos em G.812 : G.812T e G.812L. A qualidade da G.812L é aproximadamente um nível abaixo da G.812T. Os clocks de G.812L raramente são usados em redes SDH, assim comumente em redes SDH, G.812 significa G.812T;

G.812 foi revisado (1997) e novos tipos de clocks foram especificados. A nova recomendação é 'Necessidades de sincronização de clocks escravos apropriados para uso como clocks de nó em redes de sincronização (Timing requirements of slave clocks suitable for use as node clocks in sincronização networks)’. ETSI prETS 300462-4 (anteriormente DE/TM 3017-4): características de sincronização de clocks escravos apropriados para alimentação de sincronização para equipamentos SDH e PDH.

SETS (fonte de sincronização de equipamentos síncronos), SEC (clock de equipamento SDH) Quando o ITU-T (CCITT) especificou os blocos funcionais para equipamentos SDH, recomendação G.783, a fonte de sincronização foi designada MTS (fonte de sincronização multiplexadora). O último ITU-T alterou o nome da fonte de sincronização para SETS porque o uso não estava restrito a muitipiexadores. O circuito em blocos de um SETS é mostrado na figura 4.

Fig. 4 - Circuito em blocos de um SETS (de acordo com ITU) e um SEC (de acordo com. ETSI) O ETSI originalmente adotou o circuito em blocos SETS e denominou-o SEC, mas mais tarde a saída de referência externa foi considerada como não pertencente à fonte de sincronização. Assim, o SEC é

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agora (ETS 300462-2) um subconjunto de SETS. As características elétricas de SETSs e SECs são idênticas para a saída TO; durante os processos de padronização, os termos SETS (e MTS) e SEC foram usados equivalentemente por algum tempo, os quais ainda valem em alguns documentos. O SETS não é diretamente conectado para os sinais de entrada e de saída do elemento de rede, mas através de interfaces de linha ou interfaces de sincronização específicas. A figura 5 mostra o circuito em blocos de um elemento de rede SDH típico. Para esclarecer, as interfaces PDH e conseqüentemente os sinais de referência T2 para SETS foram omitidos e as interfaces são mostradas separadamente para os sinais de entrada e de saída. Propriedades:

Fig. 5 - Ambiente de SETS Aplicação típica:

clock de multiplexadores síncronos e equipamentos de linha

Sinais de entrada de referência:

T1, derivado de: STM-N [G.707] 34368 kbit/s com estrutura de quadro de 125us

139264 kbit/s com estrutura de quadro de 125us T2, derivado de:

2048 kbit/s [G.703]§6 T3, derivado de:

2048 kHz [G.703]§10 2048 kbit/s [G.703]§6 com SSM de acordo com [G.704]

Sinais de saída:

T4: sinal de referência externa, 2048 kHz [G.703]§10 (após interface física) 2048 kbit/s [G.703]§6 com SSM de acordo com [G.704] (após interface física)

Obs: a aplicação principal dos sinais de 2048 kbit/s com SSM é a troca de informações sobre o estado de sincronização entre uma SSU e elementos de rede. T0: sinais de sincronização para o processamento de sinais internos do equipamento e para gerar sinais

de linha SDH de saída: as freqüências são específicas da implementação. Propriedades básicas:

Precisão de Freerun: (4.6x10-6) Holdover por dia: (5x10-8) offset inicial + (2x10-6)/(temperatura) + (1x10-8)/dia (envelhecimento)

Referências normativas:

ITU-T Rec. G.813 (anteriormente G.81s): necessidades de sincronização de clocks escravos de equipamentos SDH (SEC)

ETSI DE/TM-03017-5: características de sincronização de clocks escravos apropriados para a operação em equipamentos SDH.

Modos de sincronização O SETS (fonte de sincronização de equipamento síncrono oferece várias opções de sincronização. A seleção de fontes de referência para o gerador de sincronização interna (SETG) e, independentemente, para a saída de referência externa (T4) permite a adaptação flexível para as necessidades da distribuição de sincronização na rede. Para a representação a seguir dos modos de sincronização é usado um modelo muito simplificado de

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um elemento de rede com um SETS: Linhas largas indicam o fluxo de sincronização (sinais atualmente em uso para sincronização). Características comuns para todos os modos de sincronização:

Os sinais STM-N de saída em todas as portas, incluindo a porta de referência selecionada, são sincronizados a partir do TG, baseados no sinal de referência selecionado. A fim de evitar loops de sincronização entre os elementos de rede vizinhos, é usado o SSM nos sinais STM-N.

Os sinais PDH de saída em portas tributárias PDH geralmente não são sincronizados a partir do TG. Uma exceção são os sinais de 2 Mbit/s retemporizados para fins de sincronização.

Um equipamento com uma função SETS (que pode ser fisicamente duplicado para fins de segurança) pode ser operado nos seguintes modos:

Sincronização de linha

O sinal de referência para o TG é derivado do sinal da linha oeste ou da linha leste.

Obs.: O sinal de saída na porta LW (neste exemplo) é identificado com SSM 'não usar para sincronização (do not use for sync)' para evitar loops de sincronização.

Aplicação: modo de sincronização normal de elementos de rede em cadeia ou anéis.

Sincronização tributária

O sinal de referência para o TG é derivado de uma porta tributária que pode ser um sinal STM-N ou um sinal PDH.

Se for usado um tributário PDH, o sinal deverá preencher os requisitos para o jitter de entrada e tolerância wander especificada em [G.813], que são mais rigorosos que os requisitos para os sinais PDH não utilizados para fins de sincronização.

Geralmente os sinais PDH de saída não são sincronizados pelo TG (exceção: nova sincronização).

Sincronização externa

O elemento de rede usa um sinal de referência externa dedicado para sincronização (sem tráfego). Tipos de sinais: 2048 kHz ou 2048 kbit/s.

Aplicação: Distribuição de sincronização de clocks mais significativos (p. ex. PRCs ou SSUs) para elementos da rede ou diretamente entre os elementos da rede em um nó da rede.

Sincronização interna

O clock do elementos de rede não é chaveado para uma sinal de referência. A sincronização interna compreende os modos Freerun e holdover.

Os elementos de rede em execução livre não são liberados nas redes síncronas.

O modo holdover é introduzido quando a fonte de referência falhar e nenhuma alternativa apropriada estiver disponível. O elemento de rede deve retornar para a operação chaveada, assim que possível, p. ex. com mecanismos automáticos de reconfiguração.

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Outros modos de sincronização Alguns dos vários outros modos de sincronização que são possíveis com funções de equipamentos não-padrão estão listados a seguir: Through timing

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Through timing requer dois geradores de sincronização independentes no elemento da rede. A sincronização para o sinal da linha de saída oeste é derivado do sinal da linha de entrada leste e vice-versa. Um dos geradores de sincronização é usado para o processamento de sinais internos. Em cadeias de elementos de rede suportando through timing, dois sinais de referência independentes estão disponíveis em cada elemento de rede da cadeia. No caso de uma falha (simples) de linha, sempre existe um segundo sinal de referência sem processo de reconfiguração na cadeia. Sincronização de loop (two-sided loop timing) A sincronização de loop requer dois geradores de sincronização independentes no elemento da rede. A sincronização para o sinal da linha de saída oeste é derivado do sinal da linha de entrada oeste e vice-versa. Um dos geradores de sincronização é usado para o processamento de sinais internos. A sincronização de loop permite manter uma sincronização separada em uma das linhas de entrada. A aplicação é rara. Exemplos para modos de sincronização A figura 6 mostra os modos de sincronização mais importantes. A parte inferior é a cadeia de elementos de rede operada em sincronização por linha. Considerar que a SSU no lado esquerdo não recebe sua referência através da linha de entrada, mas através de alguma via para o PRC. Da mesma forma a sincronização pode ser alimentada para um anel.

Fig. 6 Exemplos de aplicação de modos de sincronização A partir do elemento de rede conectado à SSU, a sincronização é transportada através de uma cadeia de elementos de rede no modo de sincronização de linha para um elemento de rede conectado a uma SSU. A conexão tributária-tributária no penúltimo elemento de rede da cadeia mostra um método para a sincronização de transporte para outra subrede, como um pequena cadeia ou um pequeno anel. Quando a sincronização é transferida para subredes maiores, geralmente uma SSU é colocada entre as redes.

RTG (gerador de sincronização do regenerador) Os RTGs são fontes de sincronização muito simples, a figura 7 mostra sua posição em um regenerador. Na diferença para elementos de rede equipados com uma sincronização de alimentação SETS para todas as funções, o RTG consiste em uma fonte de sincronização separada para cada sentido de um sinal bidirecional, de tal forma que cada sinal mantém a sua sincronização. Em condições normais de trabalho, um RTG recebe um sinal de referência extraído do sinal STM-N de entrada e distribui um sinal de sincronização para as funções de processamento de sinais e para interface de saída. Se um dos sinais STM-N de entrada for perdido, o RTG fornece a sincronização para a geração de um SIA no sentido do fluxo (sinal de indicação de alarme).

Fig. 7 Posição do RTG no circuito em blocos de um regenerador Devido à grande largura da banda, a contribuição wander dos RTGs é insignificante. Alguns jitter são adicionados ao sinal que é filtrado no próximo SETS. Apenas em cadeias de regeneradores muito grandes (ordem de magnitude: 50) o jitter é acumulado significativamente. Conseqüentemente, os RTGs

podem ser considerados como totalmente transparentes ao clock e podem ser omitidos quando a quantidade de elementos de rede for contabilizada em uma cadeia mestre-escravo. Propriedades: Sinais de entrada de referência:

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T1, derivado do STM-N (ITU-T Rec. G.707) Sinais de saída:

T0: os sinais de sincronização para o processamento de sinais internos do equipamentos e para a geração de sinais de linha de SDH de saída: as freqüências são específicas da implementação

Propriedades básicas:

Precisão de Freerun: +20x10-6 Holdover: sem holdover

Referências normativas:

ITU-T Rec. G.958: sistemas de linhas digitais baseadas na hierarquia digital síncrona para uso em cabos de fibras óticas.

Arquitetura de sincronização de rede De acordo com o [G.803], o método mestre-escravo é apropriado para sincronizar as redes SDH. Com o método mestre-escravo, o sinal de alta precisão e clock mestre estável é passado para todos os elementos da rede através de cadeias de clocks escravos, usando técnicas de chaveamento (phaselock) de fase. Para o transporte de sincronização entre os nós da rede, geralmente são usados os sinais de linha , enquanto os sinais especiais de sincronização são usados para sincronizar o equipamento dentro de um nó da rede. A fim de preencher os requisitos de desempenho para enlaces digitais internacionais [G.822], o clock mestre deverá cumprir os padrões para clocks de referência primária (PRCs), [G.811]. Em grandes redes podem ocorrer grandes cadeias. Isto leva à:

degradação do sinal de sincronização devido a:

o jitter e wander o ruído no clock o jumps de fase causados por ações de ponteiro (em redes SDH/PDH mistas)

aumento na probabilidade de um interrupção na cadeia, desconectando eventualmente grandes partes da rede do PRC.

Por causa da sua importância para a operação apropriada de redes especiais de comunicações, os seguintes cuidados especiais elevem ser tomados para evitar os efeitos mencionados acima:

disposição de clocks escravos de alta qualidade em locais apropriados, geralmente nos nós da rede. Estes clocks do nó, que podem ser equipamentos independentes (SASEs) ou podem ser integrados em equipamentos de comunicação (p. ex. centrais ou interconexões) devem estar de acordo com [G.812T] e [ETS 300417-4]. Suas funcionalidades principais são:

o filtrar o jitter e wander que estão acumulados na cadeia de sincronização, o servir no modo holdover como clock mestre temporário para uma parte da rede, se a conexão

para o PRC foi perdida, o distribuir um sinal de sincronização para o equipamento de comunicação no nó (sincronização

entre os nós);

criar subredes com elementos de rede suportando os mecanismos de reconfiguração controlados pelo SSM;

planejar a rede de sincronização de tal forma que, tanto quanto possível, cada elemento de rede tenha acesso a vários sinais apropriados como sinais de referência. Isto aplica-se particularmente a clocks do nó.

Para a distribuição do sinal PRC para os elementos da rede, atualmente dois métodos estão sendo usados:

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a 'tradicional' rede de sincronização mestre-escravo, geralmente mencionada como 'sincronização mestre-escravo' que usa a rede de comunicação para o transporte da informação de sincronização do

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PRC para os nós da rede. Geralmente, neste tipo de rede de sincronização existem vários níveis hierárquicos de clocks de nós.

A distribuição sem fio (wireless) do sinal PRC para os elementos da rede. Como este método que é conhecido como 'sincronização mestre distribuída' ou 'PRC distribuído' é, em teoria, possível alimentar um sinal de referência para cada elemento da rede diretamente do PRC. Devido ao esforço necessário nos elementos da rede, isto não é usado. O acesso realístico usa a distribuição de rádio para os clocks do nó e a partir daí pequenas cadeias mestre-escravo para os elementos da rede. A fonte do sinal PRC pode ser uma estação terrestre ou satélites com PRCs, p. ex. os satélites do sistema de localização global (GPS).

Sincronização de redes mestre-escravo Propriedades genéricas A figura 8, usando o método de representação do [G.803], mostra as propriedades de arquitetura e necessidades resultantes de uma sincronização de rede mestre-escravo:

a rede consiste em vários níveis hierárquicos; o nível de hierarquia mais alto contém o PRC da rede. Para fins de backup pode existir um segundo

PRC, mas apenas um PRC é ativado por vez, i.e. a rede é sempre sincronizada por uma fonte; o nível de hierarquia mais alto efetua a distribuição do sinal de referência de sincronização para um

número de SSUs (unidades de alimentação de sincronização); Cada uma destas SSUs fornece a sincronização para uma subrede no segundo nível de sincronização. O papel da SSU para a subrede é similar ao papel do PRC para toda rede. Se a SSU perder todos os sinais de referência vindos do PRC, servirá como fonte de referência para a subrede. Este papel requer clocks de alta qualidade, de acordo com o [G.812] ou [300462-5]. Tabela 1 Visão geral dos métodos de sincronização de rede

Mestre-escravo Baseado no GPS Combinado

Complexidade da rede de sincronização alta baixa alta Hierarquias da rede de sincronização vários níveis de hierarquia de SSU um nível SSU depende do modo de operação(GPS usado ?) PRC nas premissas do operador sim não sim Esforço de planejamento da rede de sincronização alto baixo alto Risco de loops de sincronização sim não sim Risco de interferência não sim depende do modo de operação(GPS usado ?) Robustez da rede de sincronização alta, trilhas de sincronização alternativas alta muito alta Tempo absoluto disponível com sincronização não sim (em SSU) parcialmente (em SSU)

Os níveis a seguir são como o segundo nível: Fig. 8 Arquitetura da rede de sincronização mestre-escravo

a transferência de sincronização entre os níveis de hierárquicos é unidirecional, i.e. a sincronização é sempre transferida de um nível superior para um inferior, caso contrário haverá um risco de loops de sincronização. Se, p. ex. em vias de sincronização alternativas, a ordem hierárquica for alterada, devem ser tomadas medidas adicionais (p. ex. mensagens de estado de sincronização) para evitar loops de sincronização;

a SSU associada com uma subrede (p. ex. uma cadeia ou anel do elementos de rede SDH)

sincroniza os elementos de rede na subrede através de sinais de transporte; uma SSU pode e deve receber sinais de referência de várias SSUs através de diferentes vias.

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Arquitetura funcional Um pouco mais detalhada, a figura 9 mostra um exemplo de uma rede de sincronização mestre-escravo. O sinal do PRC é distribuído diretamente para as SSUs ou através de uma cadeia de SECs (clocks do equipamento SDH). O sinal de sincronização pode ser transportado entre os nós da rede através de sinais SDH, que é o método preferido, ou através de outras vias transparentes de clock, p. ex. vias de 2 Mbit/s. É

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importante observar que os sinais de 2 Mbit/s, que foram transportados em containers SDH geralmente não apropriados como sinais de referência. Propriedades básicas das redes de sincronização mestre-escravo:

a sincronização é no formato de árvore, i.e. de um ponto simples na rede (a localização no PRC) a sincronização é distribuída para cada elemento de rede através de cadeias de clocks. No caso de uma falha na rede, uma árvore alternativa usando vias de transporte normalmente não envolvida no transporte de sincronização deverá ser encontrada, se possível. Isto é feito com os métodos descritos na seção ;

a rede de sincronização pode ser decomposta em cadeias de sincronização, descritas em [G.803]: na rede existem várias classes de clocks escravos com diferentes propriedades e diferentes funções.

Os clocks podem ser ordenados em hierarquias com respeito às suas qualidades ou sua posição na cadeia de clock;

deve-se assegurar que um clock escravo de um nível de qualidade superior nunca fique subordinado a um sinal de referência de qualidade inferior. Para esta finalidade, as medidas incluem a mensagem de estado de sincronização, sinais de referência não apropriados, etc;

cada SSU fornece sincronização para uma parte da rede. Se ocorrer uma falha na trilha de sincronização e nenhuma trilha alternativa puder ser encontrada, a SSU fornecerá um clock mestre para o segmento da rede em falha.

Vantagens, desvantagens, aplicação típica Vantagens:

O operador da rede é proprietário do PRC, portanto possui controle completo na rede de sincronização.

Nenhum equipamento adicional como receptores GPS é necessário (vantagem nos custos).

Fig. 9 - Rede de sincronização mestre-escravo típica com subredes.

Sincronização distribuída em fibra óptica, fio de cobre ou radiotransmissão, portanto o risco de interferência não intencional ou intencional é extremamente pequeno.

Desvantagens:

Rede de sincronização complexa, principalmente em grandes redes com:

o grandes cadeias mestre-escravo; o risco de loops de sincronização com mecanismos de reconfiguração automática após as falhas.

PRC alto custo; Planejamento de rede necessária feita por

especialistas; São necessários os sinais de transporte

apropriados para o transporte de sincronização, i.e. no final de uma trilha deve ser possível recuperar um sinal de sincronização que preencha os limites de jitter e wander (p. ex. [G.823, G.825].

Fig. 10 Arquitetura das redes de sincronização PRC distribuídas por rádio

Aplicação típica:

Atualmente a sincronização mestre-escravo é o método usado pela maioria dos operadores de rede, mais especificamente, pelos operadores tradicionais com infra-estrutura estabelecida e pessoal de operação bem treinado.

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Redes de sincronização distribuídas (PRC distribuída) Um método alternativo é a distribuição do sinal de sincronização diretamente para cada elemento da rede. Este método, conhecido como 'Mestre distribuído' ou 'PRC distribuído' é viável apenas com a distribuição de rádio, pois uma distribuição baseada em fios necessita de uma rede de cabos extra que a torna muito dispendioso. Mesmo uma arquitetura de sincronização de PRC distribuído por rádio não é realista, pois cada elemento de rede deverá ser equipado com um receptor apropriado. Como o objetivo principal de uma rede de sincronização é sincronizar as SSUs, as vantagens do método PRC distribuído serão efetivas se apenas as SSUs forem diretamente sincronizadas no GPS e os elementos da rede de transporte forem sincronizados como mestre-escravo, utilizando portanto uma distribuição combinada. A figura 10 mostra uma representação genérica do método descrito, a figura 11 mostra a mesma rede que a figura 9 com PRC distribuído por rádio (satélite).

Fig. 11 - Sincronização PRC distribuída por rádio, rede conforme 10-9

Arquitetura funcional A figura 11 mostra a sincronização baseada em GPS. O sistema GPS representa o PRC da rede, as cadeias de distribuição mestre-escravo para as SSUs são substituídas por rádio-enlaces. Um receptor processa o sinal GPS e retira um sinal de referência para a SSU. Geralmente a distribuição de sincronização abaixo do nível SSU é idêntica à uma rede sincronizada mestre-escravo. Vantagens, Desvantagens, Aplicação típicas Vantagens:

Sinal de referência síncrona disponível no mundo todo. Hierarquia de distribuição plana, sem risco de loops de sincronização. Wander insignificante, o jitter pode ser filtrado no receptor e/ou nas SSUs. Fácil planejamento de rede.

Desvantagens:

Depende de operador para o sistema GPS. Embora não existam contratos sobre o uso do sistema, existe um 'fact sheet' oficial sobre o controle do GPS do governo dos EUA que informa que o sistema GPS está disponível (a nível internacional) para todos os usuários, sem necessidade de licenças.

Equipamento adicionais necessários:

o receptores com aumento de funcionalidades de supervisão; o antena com visão ampla, proteção contra raios, problemas de cabeação, etc;

Risco de interferência, p. ex. através de sistemas de telefonia móvel. Razoavelmente econômico apenas em nós com muitos equipamentos.

Aplicação típica:

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O método mestre distribuído baseado no GPS é incrementado, sendo usado pelos novos operadores de rede com pequena infra-estrutura, p. ex. várias redes em ilhas, conectadas com outras redes, que não podem ser transparente ao clock. A solução GPS é tipicamente aplicada para a sincronização dos nós principais em uma rede das quais as subredes são sincronizadas com o método mestre-escravo.

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Combinação dos métodos mestre-escravo e mestre distribuído As vantagens dos dois métodos podem ser combinadas. A figura 12 mostra os exemplos das seções anteriores

Fig. 12 Combinação das sincronizações mestre-escravo e rádio distribuído com receptores de GPS adicionados a algumas SSUs selecionadas Os números em volta das SSUs indicam as prioridades. A atribuição de prioridades determina se a rede é sincronizada como mestre-escravo em operação normal, com as referências baseadas no GPS como backup ou vice-versa. A escolha das opções depende da topologia da rede e das preferências do operador.

Vantagens (adicionais às vantagens dos métodos descritos acima):

Aumento de disponibilidade de um sinal de referência devido aos sistemas completamente independentes.

Desvantagens (adicionais às vantagens dos métodos descritos acima):

Custo dos receptores PRC e GPS. Aplicação típica:

A solução combinada é indicada para redes com poucas malhas onde é difícil encontrar pelo menos duas trilhas alternativas de sincronização para cada SSU na rede.

Características da distribuição de sincronização intra-nós e entre nós Esta seção abrange apenas a sincronização de redes SDH para a transferência de sincronização de, para ou nas redes, usando outros métodos de transporte (p. ex. PDH, ATM). A figura 13 mostra as áreas de sincronização intra-nós e entre-nós. Fig. 13 Sincronização intra-nós e entre-nós. A tabela 2 resume as características da distribuição de sincronização intra-nós e entre-nós. Casos especiais e maiores detalhes são fornecidos nas seções seguintes.

Intra-nó Inter-nós

Finalidade Sincroniza todos os equipamentos em um nó de rede através do envio de um sinal de referência para cada equipamento

Distribui o sinal do PRC para os clocks do nó ou de um clock do nó para outro

Topologia star Árvore com cadeias ou anéis de transporte entre os nós da rede

Sinais Sinais de sincronização dedicada sem tráfego: 2048 kHz (G.703§10) 2048 kbit/s (G.703§6) com SSM Sinais de linha: STM-N

Mensagens de estado de sincronização 2048 kHz: não 2048 kbit/s com SSM: sim sim

Tabela 2 Características da sincronização intra-nós e entre-nós Distribuição da sincronização entre nós

Fig. 14 Sincronização de cadeia de referência de acordo com ITU-T Rec. G.803.

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De acordo com [G.803] uma rede de sincronização mestre-escravo pode ser decomposta em cadeias de clocks escravos distribuindo o sinal PRC. A cadeia de referência consiste em um PRC, elementos de rede de transporte (NEs) e unidades de alimentação de sincronização (SSUs). Os clocks nos NEs e nas SSUs possuem propriedades diferentes, de acordo com as regras de distribuição da rede de sincronização. As simulações mostraram que a quantidade de clocks em cascata deve ser limitada, a fim de não exceder os limites da rede para jitter e wander ([G.823], [G.825], [300462-3]). Os limites são 20 NEs entre SSUs e um máximo de 10 SSUs em uma cadeia de sincronização. A quantidade total de clocks em cascata (NEs e SSUs) não pode exceder 60. A figura 14 mostra a sincronização de cadeia de referência de acordo com ITU-T Rec. G.80. É importante observar que estes números podem ser usados como orientação, mas não são limites rígidos, porque dependem da propriedades do clock, principalmente da sua constante de tempo. Os elementos da rede entre PRC e SSU ou entre as SSUs efetuam as seguintes tarefas no transporte da sincronização (os números referem-se à cadeia de referência):

NE 1: geram um sinal de transporte cuja sincronização é derivada do PRC (ou SSU) NEs 2..n-1: recuperam o clock do sinal de transporte de entrada e o utiliza como referência para o

SETS. A sincronização dos sinais de transporte de saída é derivada dos SETS. NE n: recupera o clock do sinal de transporte SOH de entrada e gera um sinal de referência (T4) para a

SSU. A regra "um clock escravo de um certo nível de qualidade nunca deve ser sincronizado por um sinal de baixa qualidade" requer que o sinal T4 seja desativado, quando a qualidade ficar abaixo do nível SSU (ou, em alguns casos, abaixo do nível PRC). Para este fim, vários critérios de sinalização são supervisionados e a informação de qualidade na mensagem de estado se sincronização é avaliada. O transporte da sincronização em uma seção da cadeia de referência é mostrada na figura 15. Nesta representação muito simplificada, que omite as possibilidades de seleção de referências, SSMs, etc, o fluxo lógico de sincronização é mostrado através das linhas nos blocos funcionais. As linhas não são conexões físicas mas indicam apenas quais sinais de saída são derivados de quais entradas.

Fig. 15 Transporte de sincronização de SSU para SSU A sincronização utiliza a via seguinte da SSU no nó A para a SSU no nó B:

No nó da rede A, a SSU recebe um sinal de referência apropriado passível de tracer para o PRC na rede (assumption).

A fonte de sincronização SETS do elemento de rede SDH no nó A é sincronizado na SSU do nó A a partir de um sinal de sincronização entre nós de 2048 kHz.

Todos os sinais SDH de saída são temporizados através de SETS.

O elemento de rede de transporte na cadeia retira um sinal de referência do sinal de transporte STM-N de entrada e envia-o ao SETS. Os sinais STM-N de saída, incluindo a sentido para trás do sinal que vem do nó A, são temporizados pelo SETS. Os loops potenciais de sincronização são informados por SSM (mensagem de estado de sincronização) nos sinais STM-N.

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Fig. 15 Distribuição de sincronização intra-nós

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No nó B da rede, o sinal de referência retirado do sinal STM-N de entrada é enviado para a saída T4 do SETS, desviando o oscilador interno do SETS. A SSU retira jitter e parcialmente wander (em cima da freqüência de corte) e fornece uma sinal de referência limpo para a entrada externa do SETS.

Distribuição de sincronização intra-nós O [G.803] recomenda que a distribuição de sincronização intra-nós deve ser no formato de uma estrela. Esta arquitetura, que tem o mesmo conceito de BITS (Building Integrated Timing Suppiy) especificado por Bellcore, usa o clock do nó que alimenta um sinal de sincronização para todos os equipamentos do nó. O sinal de referência de sincronização para o clock do nó é extraído de um sinal de transporte selecionado. Esta configuração é mostrada na figura 15.

Exceções para a distribuição em star: A figura 16 mostra um exemplo de uma topologia de rede onde o equipamento está fisicamente no nó da rede, mas pertence logicamente à uma sub-rede (um anel) sincronizada a partir de um clock de nó diferente. A fim de não interferir nos processos de restauração automáticos e propriedades dinâmicas do anel, o clock do nó não deve estar integrado no anel. Fig. 16 Caso especial: elemento de rede não sincronizado do clock do nó (SSU) Interworking entre SSU e elementos da rede de transporte Existem dois problemas principais de interoperabilidade entre os

elementos da rede de transporte e o clock do nó (SSU) em um nó da rede:

deve-se assegurar que uma SSU não é sincronizada por um sinal de referência com uma qualidade inferior à qualidade da própria SSU;

para o suporte da mensagem de estado se sincronização, os elementos da rede de transporte que geram sinais STM-N necessitam da informação sobre o estado da SSU (sincronizada ou no modo de holdover), a fim de introduzir a SSM apropriada nos sinais de saída.

Atualmente, na maioria dos nós de rede, a sincronização intra-nós está baseada em sinais de 2048 kHz. Nestes sinais, o transporte da informação está limitado a uma informação binaria: on/off. Foi proposto usar os sinais de 2048 kbit/s com SSM para a comunicação com a SSU. Um sinal de 2048 kbit/s com SSM foi padronizado [G.704], mas a introdução deste método requer interfaces físicas apropriadas e processos de avaliação na SSU, assim como nos elementos da rede de transporte. A figura 17 mostra em detalhes o fluxo de sincronização em um nó com SSU. A visão detalhada é necessária por causa das funcionalidades de SETS.

De NE n para SSU O NE n extrai o sinal de referência do sinal de entrada STM-N e passa-o para a saída T4. É importante notar que o gerador de clock interno de NE n (SETG) não está envolvido na geração do sinal T4, caso contrário seria criado um loop de sincronização entre NE n e SSU. Fig. 17 Fluxo de sincronização no nó da rede com SSU Conforme descrito acima, o NE n supervisiona o sinal STM-N selecionado para o transporte de sincronização nos seguintes critérios:

LOS: perda do sinal LOF: perda de quadro MS-AIS: sinal de indicação de alarme - seção de multiplexação SSM abaixo do nível de qualidade mínima aceitável (configurável)

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a implementação de outros critérios de supervisão como EBER (taxa de erros de bits excessiva) é dependente do equipamento.

Se o sinal falhar, de acordo com o critério de supervisão, a saída T4 será desativada. Como a SSU é um clock de nível 2 na hierarquia de qualidade ('SSU-T' de acordo como o esquema em [G.707]), o nível de qualidade mínima aceitável não deverá estar abaixo de 'SSU-T'. Para saber qual dos dois valores possíveis 'PRC ou 'SSU-T' deverá ser configurado, depende da posição do clock na rede de sincronização. De SSU para NE n A SSU alimenta um sinal de referência para todos os elementos da rede no nó, incluindo o elemento de rede que passa o sinal de referência para a SSU. O SETS recebe um sinal de referência da SSU através da entrada T3 e usa a referência para a geração de sinais de saída STM-N (na figura 17 é mostrado apenas um sinal). Um loop de sincronização não irá ocorrer se os seletores do SETS estiverem apropriadamente ajustados. Nos sinais de saída STM-N, o SSM é ajustado para um valor fixo ('PRC ou 'SSU-T'). De SSU para NE 1 O NE 1 representa todos os elementos de rede 'normais' do nó, que são o início das cadeias da rede de transporte SDH. Estes elementos da rede recebem seus sinais de referência através do sinal de 2048 kHz, geralmente duplicado por razões de confiabilidade, na entrada T3. Um problema é a informação de NE 1 sobre o estado da sincronização da SSU. Se a SSU for sincronizada e o nível de qualidade mínima aceitável em NE n foi ajustado para 'PRC, o SSM apropriado deverá ser PRC. Se a SSU estiver no modo holdover, 'SSU-T' deverá ter sido introduzido. Desativar a saída da SSU não faz sentido, pois uma SSU no modo holdover distribui uma referência que ó muitas vezes melhor do que no modo holdover SETS. Atualmente, a prática é introduzir um valor fixo ('PRC ou 'SSU-T') nos sinais de saída STM-N. A solução está sendo estudada. Nós sem SSU Em nós muito pequenos, que consistem em poucos equipamentos para disponibilização de uma SSU, não faz sentido a partir do ponto de vista econômico e pode levar a uma quantidade excessiva de SSUs na rede. Nestes casos, a sincronização poderá ser distribuída entre os elementos da rede, usando um dos seguintes métodos: Distribuição de sincronização através de sinais de 2048 kHz Sinais de 2048 kHz entre as entradas/saídas de referência externa. Quando este método é usado, deve ser verificado quantas entradas de referências podem ser controladas por uma saída de referência (fan-out). Isto depende das propriedades do equipamento, p. ex. se existe uma opção de entrada de alta impedância, etc. Como uma regra de thumb, duas entradas "normais" (sem alta impedância) podem ser conectadas a uma saída. Opcionalmente, uma simples unidade de distribuição de sincronização poderá ser usada quando ocorrerem problemas de fan-out. Se a unidade de distribuição de sincronização tiver apenas elementos ativos como PLLs (Phase Lock Loops), deverá ser assegurado que em casos de falhas as saídas serão desligadas. Vantagem:

Cadeias de sincronização menores, pois geralmente os elementos de rede são configurados de tal forma que o sinal de saída de referência é derivado diretamente do sinal STM-N de entrada (ver, desviando SEC). Isto significa que o elemento de rede poderá ser omitido quando a quantidade de NEs na cadeia entre SSUs for contabilizada.

Desvantagens:

O sinal de 2048 kHz não pode transportar a mensagem de estado de sincronização.

19

Distribuição da sincronização através de sinais de linha inter-estações Os sinais de linha intra-estações (p. ex. STM-1) também pode ser usado para o transporte de sincronização nos locais com poucos equipamentos. A partir do ponto de vista da sincronização, não existe diferença para uma cadeia de elementos de rede SDH.

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Vantagem:

A mensagem de estado de sincronização não será interrompida se todos os sinais STM-N forem usados. Se sinais inter-estações ("interface de funcionalidades SOH reduzida" de acordo com [G.707]) forem usados, deve ser verificado se o sinal suporta SSM. Isto não está padronizado na [G.707].

Desvantagens:

Mais clocks na cadeia de sincronização.

20

Normas para planejamento da rede de sincronização Regras gerais para o planejamento de redes de sincronização É necessário sincronizar as centrais digitais. Isto é um requisito essencial, pois os únicos sinais de multiplex síncronos verdadeiros nos sistemas de transmissão são os sinais de 2 Mbit/s (e os sinais de 1.5 Mbit/s). Os trinta canais de 64 kbit/s são multiplexados juntos sincronizadamente, para formar um grupo de sinais de 2 Mbit/s. Se um sinal de 64 kbit/s de um grupo de 2 Mbit/s for interconectado com outro grupo, estes dois grupos devem operar sicronizados por clock para que seja possível a operação sem slip (escorregamento). Este requisito aplica-se a qualquer equipamento que interconecte canais digitais no nível de 64 kbit/s, i.e. juntamente com o equipamento da central, os roteadores de 64 kbit/s, os sistemas multiplex PCM-30 com função de derivação/inserção (drop/insert) e equipamentos similares também devem ser sincronizados. Estas redes - virtuais - digitais de 2 Mbit/s normalmente também são conectadas a redes adjacentes, estas redes de diferentes operadores possuem seus próprios clocks de rede. Podem ocorrer escorregamentos de bits e de quadro. Como estas redes operam no modo plesiócrono. A freqüência de ocorrências de escorregamentos é minimizada se as freqüências de clock das redes tiverem um alto nível de precisão absoluta e conseqüentemente um pequeno desvio entre elas. De acordo com ITU-T Rec. G.811, apenas um escorregamento de quadro é permitido a cada 70 dias nesta central. Isto significa que a precisão absoluta das freqüências de clock da rede devem ser de Af / f (1x10-11). Este alto nível de precisão de clock só pode ser, na prática, alcançado através de um padrão atômico de césio. Por causa do seu custo e complexidade, este PRC (clock de referência primária) só pode ser instalado em um ponto central na rede. Por questões de segurança, tais sistemas sincronizados são projetados para redundância completa. Se necessário, um sistema de backup poderá ser instalado em um local diferente. Distribuição de clock em redes de transmissão PDH A distribuição de clock em uma rede de comutação ou de dados com elementos de rede de 2 Mbit/s ocorre de acordo com o princípio mestre-escravo. A estrutura de distribuição é hierárquica, com o PRC operando no nível superior e os clocks escravos nos níveis inferiores. A informação de clock é transmitida usando sinais de linha de 2 Mbit/s. Os sinais de transporte de clock (árvore de distribuição de clock) devem ser especificados em detalhes. Os sistemas PDH de alta ordem transmitem todos os sinais de 2 Mbit/s no padrão transparente ao clock. Os equipamentos conectados às saídas obtêm o clock dos sinais de entrada de 2 Mbit/s. Como resultado, a rede PDH de ordem superior - acima de 2 Mbit/s - é completamente independente da distribuição de clock e não precisa ser incluída no plano de sincronização. A distribuição de clock é planejada na rede "lógica" de 2 Mbit/s. Distribuição de clock em redes de transmissão SDH Os sinais de 2 Mbit/s propagados em uma rede SDH são, a princípio, transmitidos também no padrão transparente ao clock. Porém, os desvios de clock e deslocamentos de fase são compensados por justificação de ponteiro (pointer justification) nos sistemas SDH. Os sinais de saída de 2 Mbit/s podem, portanto, exibir uma certa quantidade de wander (jitter de baixa freqüência), o que significa que não são adequados para serem utilizados como relógio distribuído ao longo da rede. a seguir. Desta maneira, a distribuição de clock deve ocorrer através da rede física SDH. Na rede SDH, o clock da rede é transportado nos níveis STM-1, STM-4 e STM-16, i.e. a informação de sincronização é transmitida diretamente, junto com os sinais de linha.

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Conseqüentemente, a sincronização de uma rede de comunicação não pode ser planejada independente da rede de transmissão de SDH. Um PLANO DE SINCRONIZAÇÃO detalhado deve ser preparado, que combina, junto com os sistemas de transmissão, as centrais, PBX, outros elementos da rede de 2 Mbit/s e os sistemas de dados. Como o grau de entrelaçamento na rede física é relativamente baixo, devem ser tomadas precauções para a distribuição de clock, que no caso de uma falha inicie uma reconfiguração automática de distribuição do clock ou comute a parte afetada da rede temporariamente para uma fonte de clock de reserva (SSU = unidade de alimentação de sincronização ou SASE = equipamento de sincronização independente) (ITU-T Rec. G.812). Planejamento de sincronização passo a passo Especificar a posição do nó PRC O primeiro passo é determinar o ponto na rede no qual um gerador central de clock como PRC deve ser instalado. As possibilidades são:

posição especificada pelo operador da rede posição especificada pelo planejador da rede

Sob certas circunstâncias pode ser prudente especificar uma posição adicional para a instalação de um "PRC de reserva (backup)". Especificar a distribuição de clock O clock será distribuído por toda a rede através de vias de transmissão individuais (seção por seção), de acordo com o princípio mestre-escravo. Cada nó da rede deve receber o clock da rede. Desta forma, será criada uma rede de distribuição de clock estrela/árvore com sua origem no nó onde o PRC deve ser instalado (árvore de distribuição de clock principal). Especificar a utilização de rotas de reserva A comutação de proteção local controlada por ajustes de prioridades nas unidades possibilita a comutação para uma rota de reserva de transporte de clock. Na árvore de distribuição de clock, qualquer rota que não esteja em uso para a árvore de distribuição principal poderá servir como uma rota de reserva. O problema é evitar loops de sincronização fechados no sistema de distribuição de clock, no caso de comutação automática para uma outra via de sincronização. Utilizando o SSM no STM de ordem superior, estas rotas podem transmitir em qualquer sentido - mas nunca simultaneamente (figura 18).

Figura 18: Exemplo de reconfiguração (ITU-T Rec. G.803, figura 6.5) Distribuição de clock intra-nós Normalmente, cada nó utiliza apenas um sinal de clock da rede. Este sinal deve então ser distribuído nas estações - iniciando pela unidade que está recebendo o clock - para todas as outras unidades da estação. Para este fim, podem ser utilizadas as linhas de clock de 2 MHz. Em grandes estações, unidades adicionais - distribuidores de clock/amplificadores de isolação para o sinal de sincronização - são necessárias para efetuar esta função (figura 19). Figura 19 Arquitetura da rede de sincronização; distribuição de clock intra-nós (ITU-T Rec. G.803) Provisão das fontes de clock em reserva

21

Se, no caso de falha, uma estação não puder receber um sinal de clock - através de via direta ou através de uma rota de reserva - deve ser fornecida uma fonte de clock de reserva (SRC/SASE/SSU).

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Neste caso, uma opção possível pode ser equipar cada estação que recebe o clock da rede através de apenas uma via com uma fonte de clock de reserva. Na prática, nem sempre isto será necessário. Depende da importância da estação para o operador da rede ou para o sistema de distribuição de clock da rede. Clocks escravos Um sinal de clock transmitido por várias seções de linha necessita de uma SSU, a fim de retirar jitter e wander.

Os parâmetros de planejamento a seguir estão especificados em ITU-T Rec. G.803 (ver a figura20): Figura 20 Arquitetura da rede de sincronização; cadeia de referência (ITU-T Rec. G.803)

quantidade de elementos de rede SDH entre os regeneradores de sincronização (SSUs):no máximo 20 quantidade de regeneradores de sincronização em uma cadeia: no máximo 10 quantidade total de unidades: no máximo 60

Os repetidores/regeneradores de linha SDH não devem ser considerados. Os regeneradores de sincronização e fontes de clock de reserva são realizados pelas mesmas unidades. Os limites mencionados acima se aplicam no caso de distribuição de clock sem erros, normal, assim como em condições de falhas. No caso de uma falha, uma comutação pode aumentar consideravelmente o tamanho de uma cadeia de sincronização, especialmente quando está sendo usado o marcador de sincronização 'SSM'. Ajuste da base de dados das unidades SDH Esta tarefa faz parte da fase de planejamento de instalação e será executada apenas durante o planejamento detalhado. A base de dados deve ser criada individualmente para cada elemento de rede:

ajustes das tabelas de prioridades para cada saída de sincronização (sinais STM-N e saídas de sincronização);

ajustes de limites de desativação para saídas de 2 Mbit/s; ajustes de indicadores de qualidade definidos de entrada de sincronização (entradas tributárias de 2

Mbit/s e entradas de clock de 2 MHz), ativação da função de sincronização automática em saídas tributárias de 2 Mbit/s (reversível ou não reversível).

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Plano de distribuição hierárquica de clock Para explicar o resultado de um planejamento de sincronização, deve ser montado um plano de distribuição. A base é o plano de multiplexação detalhado da rede SDH. O plano será completado com o equipamento para o PRC e SSUs adicionais, assim como cabeação para interconexão de clock intra-nós adicional. O sentido de uma distribuição de clock será identificado com setas nas linhas de transporte de clock. As entradas do equipamento usado para a sincronização são identificadas com figuras de prioridade e/ou figuras do indicador para a qualidade do clock de entrada. Uma representação útil adicional da distribuição de clock é o diagrama hierárquico da rede. Este diagrama fornece uma visualização transparente da situação da sincronização na rede. Um exemplo está na figura 24. Sub-redes de recomposição. Freqüentemente, as redes SDH consistem em anéis e cadeias SDH que foram combinadas para formar uma rede. Nestes casos, a distribuição de clock deve ser planejada de forma diferente. Os anéis são estruturas independentes, com propriedades de "auto composição". Isto significa que a distribuição de um sinal de

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clock em um anel ocorre automaticamente, mesmo em condições de falhas. Em um anel, também é possível feed-in o clock em dois nós separados. O mesmo aplica-se, naturalmente, a uma cadeia SDH onde o clock da rede está disponível nos dois lados (half-rings). Divisão da rede em sub-redes sincronizadas. Em um primeiro passo, a rede deve ser dividida em uma quantidade de subredes de auto-recomposição. Dentro de cada subrede a distribuição de clock é muito simples e fácil de efetuar. Normalmente os anéis e cadeias SDH existentes serão usadas como subrede para a distribuição de clock. Porém, a princípio, também é possível definir anéis especiais para a distribuição de clock. Plano de distribuição hierárquica de clock com sub-redes. Para mostrar a distribuição de clock entre as sub-redes é útil criar também um plano de distribuição hierárquica de clock. Um exemplo é mostrado na fig. 26. Exemplo do processo de planejamento de sincronização. Planejamento padrão da distribuição de clock.

O ponto de início para planejar a distribuição de clock é a rede de transmissão física (figura ao lado), pois o sinal de clock deve ser distribuída por toda a rede através dos “links” desta rede (links de cabo, links de rádio).

Figura 21 - Estrutura física da rede (topologia) Nesta representação, cada nó corresponde a uma estação na rede que necessita ser alimentada com o clock da rede. A distribuição do sinal de clock ao nível da unidade na estação é então tratada no estágio de planejamento. O primeiro passo é determinar o nó no qual a fonte do clock mestre deve ser instalado ou onde o clock da rede deve ser alimentado na rede. Figura 22 Distribuição de clock - demanda de sincronização Este “nó mestre” pode ser armazenado de tal forma que uma hierarquia de distribuição seja formada, uma árvore de distribuição de clock na qual cada nó seja alcançado através de um mínimo de seções de linha. Na maioria dos casos, porém, este nó é especificado pelo cliente (operador da rede). Determinar um “nó mestre” apropriado:

Se o “nó mestre” não for especificado pelo cliente (ex. no centro de gerenciamento do operador da rede), o planejamento de sincronização pode selecionar um nó apropriado. Figura 23 Distribuição de clock em uma rede entrelaçada (princípio mestre-escravo); apresentação física. Critério: quantidade mínima possível de níveis de hierarquia, mesmo as árvores de clock balanceadas (quase igual à quantidade de nós por sub-árvore). No

caso aqui apresentado, o nó “F” foi definido como o nó mestre. O diagrama ao lado mostra, em forma gráfica, os nós que são alimentados com o sinal de clock da rede do ponto central. Ele descreve, as “necessidades de linha” para distribuição do clock.

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No caso aqui apresentado, o nó “F” foi determinado como o nó mestre. O diagrama acima mostra, em forma gráfica, os nós que são alimentados com o sinal de clock da rede do ponto central. Ele descreve, as “necessidades de linha” para distribuição de clock. O diagrama da figura 23, mostra um resultado possível do processo de planejamento:

Os links identificados com setas são as vias usadas para a distribuição de clock; As setas indicam o sentido do fluxo de sinais de clock. Isto é importante para o planejamento de ações

de comutação de proteção. As figuras mostradas próximas aos links indicam quantos nós são alimentados com o clock da rede

através deste link. Este número pode ser usado para acessar o “tamanho” das sub-árvores, especialmente se for desejada uma estrutura de distribuição balanceada;

As figuras mostradas próximas aos nós indicam a quantidade de “hops” necessária para a alimentação de clock. Isto define em qual nível de hierarquia de clock o nó particular está localizado.

Figura 24 Distribuição de clock em uma rede entrelaçada (princípio mestre-escravo); apresentação física. Para obter uma visão geral de uma rede complexa é desejável apresentar a rede de

representação topológda distribuição. Novamente, os links cusados para a comutase necessário manual Uma regra importantenível mais alto para ode reserva permanecede um nó com duas amúltiplas, os loops deatravés de uma simula

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PRC

distribuição de clock na forma hierárquica, como mostrado no diagrama da figura 24. O diagrama de rede mostrado é, em todos os aspectos, idêntico à rede mostrada na

nós foi alterada para refletir suas posições na hierarquia

de transporte de clock. Os links não marcados podem ser ém será útil especificar o sentido de transmissão de clock,

k fechados é assegurar que o sinal de clock sempre irá do eta (ambos nos links de trabalho e de reserva). Se um link da seta dever ser claramente especificado, por exemplo, uma alimentação. No caso de falhas, incluindo as falhas

devem ser criados. Se necessário, isto pode ser verificado configuração.

Nesta representação é relativamente fácil identificar os nós que não podem ser alimentados com o clock da rede através da via de reserva. Dependendo do nível de segurança necessário, estes nós podem então ser necessários para serem equipados com uma fonte de clock adicional (SSU) e podem ser identificados. Figura 25 - Distribuição de clock em uma rede estruturada em anel (princípio mestre-escravo); apresentação física

turas “auto-healing”.

INGS e CHAINS. Em condições de falhas, isto executa a lock, que é controlada com auxilio da identificação de equipamento SDH. As cadeias, estritamente de voz, são l de clock adicional nos dois lados.

estar disponível em dois nós de cada anel. A distribuição ente ser planejada ed acordo com o princípio mestre-

g" (auto-recuperação):

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Se a rede SDH consistir em uma grande quantidade de anéis, é conveniente explorar esta estrutura para distribuição de clock. Os anéis individuais podem então, em termos de distribuição de clock, ser tratados como entidades independentes. Eles devem ser alimentados com o clock da rede, se possível através de dois nós separados de forma que em caso de falha tenham a capacidade de transmiti-lo para o outro nó. Desta forma, uma estrutura de distribuição hierárquica pode ser configurada, da mesma forma que no planejamento padrão sem dividir em estruturas de subredes. O exemplo (figura 25) mostra uma rede, que consiste em anéis R1 a R8:

os anéis R1, R2, R3 recebem o clock diretamente do PRC no nó F. os anéis R4, R5, R6, R8 recebem o clock diretamente do R1 ou R2. o anel R7 recebe o clock do R6.

Esta rede pode, obviamente, consistir em mais anéis, que podem compartilhar nós e links comuns. Se existir um PRC de reserva na rede, deverá ser conectado ao nó mestre através de um anel comum. No exemplo mostrado, o anel R1 conecta dois nós F (PRC) e I (PRC de reserva).

Figura 26 - Distribuição de clock em uma rede estruturada em anel (princípio mestre-escravo); apresentação hierárquica. Apresentação hierárquica da distribuição de clock entre os anéis:

Neste diagrama novamente, é mostrada a rede formada por anéis individuais, que são representados apenas como símbolos (R1 a R8, figura 26). O arranjo reflete a posição dos anéis individuais na distribuição na distribuição hierárquica enquanto o clock é distribuído pelas setas com linhas contínuas. As setas com linhas

pontilhadas indicam as vias de reserva. Nesta representação, uma seta simboliza um nó compartilhado por dois anéis (não um link) e indica onde e em qual sentido o clock é transmitido de um anel para outro. Cada seta é, portanto, identificada com o nome da estação. Nomes múltiplos são possíveis, pois a transferência de clock para vários anéis pode ocorrer em um nó. Se possível, cada anel deve receber um clock em pelo menos dois nós separados. É prudente instalar uma SSU no nó de transferência como uma fonte de clock de reserva. A fim de manter uma quantidade mínima de SSUs, deve ser feita uma tentativa para especificar os nós de transferência compartilhados entre os anéis. Planejamento de sincronização de redes de sincronização mestre distribuídas Se cada nó de rede receber diretamente um sinal de sincronização do gerador de clock mestre (p. ex. de sistema de satélite GPS), a tarefa de planejamento de sincronização será reduzida para a distribuição de clock intra-nós. Na prática, na rede de comunicação nem todo nó possui o seu próprio receptor de clock mestre. Neste caso, a rede é dividida em uma quantidade de sub-redes e cada sub-rede é alimentada com um clock mestre por um ou mais receptores de sincronização. Dentro das sub-redes, a distribuição de clock segue o princípio mestre-escravo. O processo de planejamento para cada sub-rede é o mesmo descrito no processo acima. Uma característica deste procedimento é que normalmente as estruturas das sub-redes são relativamente simples, pois não são tão grandes como toda a rede e então o processo de planejamento torna-se muito simples. Falhas de tratamento na rede de sincronização Por causa da importância do desempenho da rede, a distribuição da sincronização deve ser preparada para reagir em situações de falhas, como quebra da fibra ótica ou falhas de equipamentos. Devido à distribuição

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unidirecional da sincronização estruturada em árvore em uma rede de sincronização mestre-escravo, a rede é dividida em partes operacionais plesiócronas assim que ocorre uma falha em uma trilha de sincronização. Neste caso, a trilha de sincronização alternativa deve ser estabelecida para os elementos da rede que não estão mais chaveadas para o PRC. A reconfiguração da rede de sincronização ocorre em dois níveis:

Nível da rede: A primeira SSU no sentido da falha comuta para um sinal de referência alternativo ou entra no modo holdover, se nenhum sinal de referência apropriado estiver disponível. No nível da rede, o tempo de resposta não é crítico, pois a estabilidade de alta freqüência de uma SSU permite a operação no modo holdover por vários dias sem efeitos visíveis nos serviços da rede.

Nível de subrede; A rede SDH pode ser dividida em subredes, que consistem em elementos de rede SDH. As subredes típicas são cadeias ou anéis de multiplexadores e equipamentos terminais de linha. Neste elementos de rede, os clocks (SECs) são menos estáveis e portanto devem ser sincronizados novamente o mais rápido possível. Os tempos de processamento de retardo para as ações no mecanismo de reconfiguração são especificados em [300417-6]. Um valor típico para uma subrede que consiste em 20 elementos de rede é de 15 segundos. Os tempos neste faixa só podem ser alcançados com mecanismos automáticos de reconfiguração.

A figura 27 mostra o princípio de uma cadeia de sincronização reconfigurada após uma falha em 'X'.

Fig. 27 - Reconfiguração da sincronização, princípio Para transportar a informação sobre a perda de sincronização para a SSU e para evitar os loops de sincronização durante o processo de reconfiguração, é utilizada uma mensagem de estado de sincronização. As seções a seguir explicam o método de

mensagem de estado de sincronização geral e fornece exemplos detalhados do mecanismo de reconfiguração. Mensagem de estado de sincronização Nos sinais STM-N foi alocada na Section Overhead (byte S1) a capacidade para a troca de mensagens relacionadas a sincronização entre os elementos de redes vizinhas. As finalidades das mensagens de estado de sincronização são:

Permitir a seleção do melhor sinal de referência entre as opções disponíveis; Evitar loops de sincronização;] Identificar sinais não apropriados como referência de sincronização.

Recentemente as mensagens de estado de sincronização foram ampliadas para sinais de 2 Mbit/s [G.704]e para sinais ETS 300337. Grupo de mensagens:

O grupo de mensagens para as mensagens de estado de sincronização (SSMs) é especializado em [G.707]. Os códigos a seguir foram alocados para todos os tipos de sinais.

Este grupo de mensagens é transportado nos sinais a seguir:

Sinal STM-N: byte S1, bits b5...b8 Taxas de bits de PDH com quadros de 125µs (ETS 300337):

o 34368 kbit/s e 139264 kbit/s: bit8 na MA (manutenção e adaptação) Byte, quatro multiquadros de quatro;

2048 kbit/s [G.704]: um dos bits Sa4 a Sa8 (selecionável pelo operador) em um multiquadro G.704. Compatibilidade de SSM:

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bits S1 (b5-b8) descrição do nível de qualidade da sincronização SDH

0000 qualidade desconhecida0010 G.8110100 G.812T (trânsito)1000 G.812L (local)1011 SETS (G.81s, G.813)1111 não usar para sincronização

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A padronização da sincronização iniciou relativamente tarde, assim existem equipamentos em campo que foram desenvolvidos antes da padronização das mensagens de estado de sincronização. Estes equipamentos usam grupos de mensagens proprietárias ou interpretam as mensagens de forma diferente, como mostra o exemplo a seguir:

Em alguns equipamentos a mensagem “qualidade desconhecida” foi introduzida em sinais STM-N de saída quando o equipamento foi sincronizado a partir da entrada de referência externa. Como o sinal de referência externa normalmente é derivado de um clock de alta qualidade (G.812T ou melhor), a mensagem “desconhecida” deve ser interpretada como “G.812T ou melhor” pelo equipamento de recepção. Este uso pode gerar uma confusão considerável, pois outros equipamentos interpretam “desconhecida” como “não usar para sincronização”. Portanto, foi decidido não utilizar a mensagem “desconhecida” em ETSI.

Quando os equipamentos de diferentes fabricantes ou diferentes gerações em uma rede forem utilizar os SSMs, a compatibilidade deverá ser verificada com cuidado. Interpretação de SSM A avaliação do SSM depende do modo de operação do processo de seleção de referência. Interpretação de SSM no modo QL desativado: No modo prioridade a informação de SSM é ignorada, incluindo a mensagem “não usar para sincronização”. Interpretação de SSM no modo QL ativado:

Tabela 3 - Mapeamento dos códigos SSM nos níveis de qualidade usados para seleção de referência

Condição do nível de qualidade para sinais sem SSM No modo QL ativado, o processo de seleção de referência precisa de informações sobre qualidade. Para sinais que não possuem informações de qualidade, por exemplo, sinais PDH ou sinais de referência externa de 2MHz, um nível de qualidade fixo é atribuído para cada um destes sinais. A atribuição de níveis de qualidade (QL-PRC, ..., QL-DNU) para os sinais depende da fonte do sinal, conseqüentemente a atribuição não pode ser feita a partir de uma visão local do elemento da rede, mas é o resultado de um planejamento de rede de sincronização. Geração de SSM Geração de SSM no modo QL desativado: No modo QL desativado, o código fixo “1111” (não usar para sincronização) é introduzido nos sinais de transporte de saída SSM. Isto significa que, em uma cadeia de elementos de rede, todos os elementos devem ser ajustados para o modo QL-desativado se um dos elementos da cadeia estiver no modo QL-desativado. Geração de SSM no modo QL ativado: No modo QL ativado, o SSM corresponde ao nível de qualidade da fonte selecionada que foi introduzida. Se a fonte selecionada for um sinal que transporta SSM, o SSM deste sinal será introduzido. Se a fonte selecionada for um sinal sem SSM, o valor fixo atribuído a este sinal (ver acima) será introduzido. Se o elemento de rede estiver no modo holdover, o código para SETS (“1011”) será introduzido. Processo de seleção de referência Um SETS, um processo de seleção de referência é iniciado quando o sinal de sincronização ativo para ou T4 falhar, de acordo com o critério de supervisão. O processo de seleção está baseado na informação de qualidade no SSM e em uma lista de propriedades que é estabelecida individualmente para cada elemento de rede durante o planejamento da sincronização. O processo de seleção que é padronizado em detalhes (ETSI ETS 300462-6-1), pode ser resumido como:

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b its S 1 (b5 -b8) n ív e l de qua lidade estab ilidade in te rv a lo de slip

0000 Q L-P R C (qua lidade superio r) Q 1 1x 10 -1 1 70 d ias0010 Q L-S S U T Q 2 1x 10 -9 17 horas0100 Q L-S S U L Q 3 2x 10 -8 1h40m in1000 Q L-S E C (qua lidade in fe rio r) Q 4 4,6x 10 -6 1m in1011 Q L-D N U (não usar) Q 51111 Q L-IN V (inv á lido )

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A fonte com qualidade mais alta é selecionada; Se existirem fontes com a mesma qualidade, a fonte com a maior propriedade será selecionada entre

as fontes com a maior qualidade; No modo QL desativado, que é usado, por exemplo, em casos de incompatibilidade de SSM, o processo de seleção deve ser baseado na lista de propriedades. Reconfiguração automática baseada em SSM em subredes SEC As subredes SEC são tipicamente anéis ou cadeias que consistem em multiplexadores e equipamentos terminais de linha, conectados com sinais STM-N. Do ponto de vista da sincronização não existe diferença básica entre cadeias e anéis, pois anéis não ocorrem redes de sincronização no formato de árvores. Os anéis físicos sempre devem ser “divididos” em cadeias de sincronização, portanto, o exemplo a seguir pode ser amplamente aplicado.

Para a descrição do processo de reconfiguração em uma cadeia de elementos de rede SDH entre duas SSUs, é usado o modelo a seguir para o elemento de rede: O valor SSM nos sinais STM-N de saída, ajuste da mensagem, ver acima.

1,2...: Propriedades para referência, para clock interno (TG) 1*...: Propriedades para referência, para a saída externa (T4) LE, LW (linha leste/oeste), ext.1: designações de portas Linhas grossas: linhas usadas para o transporte de sincronização.

Figura 28 Cadeia de sincronização, operação normal. Cadeia de sincronização, operação normal A figura 28 representa uma seção de cadeia de referência de sincronização entre duas SSUs.

Assume-se que SSU k recebe um sinal de referência para o PCR. O sinal de referência pode vir através de partes da cadeia (LW), alguma outra trilha de sincronização ou ser gerado localmente se o PCR estiver no nó. Configuração e estado de NEs e SSUs: SSUk Prioridades Prioridade 1: Entrada 1 Prioridade 2: Entrada 2 (de NE 1) SSMs (out) Nenhum SSM suportado Estado Sincronizado da entrada 1 NE1 Prioridades Prioridade 1: Sincronização externa (T3) Prioridade 2: Sincronização de linha (LE) SSMs (out) 'PRC em todas as portas STM-N (valor fixo para o sinal de referência externa em T3) Estado Sincronizado, Sincronização externa (T3) NEs 2 to N-1 Prioridades Prioridade 1: Sincronização de linha(LW) Prioridade 2: Sincronização de linha(LE) SSMs (out) 'PRC em LE 'DNU' em LW porque NE 2 está sincronizado de LW Estado Sincronizado, Sincronização de linha(LW) NEN Prioridades Prioridade 1: Sincronização externa Prioridade 2: Sincronização de linha(LE) SSMs (out) 'PRC em todas as portas STM-N (valor fixo para o sinal de referência externa em T3) Obs.: em LW 'PRC deve

ser introduzido, porque o TG em NE N é sincronizado a partir da entrada (T3) externa e não da entrada LW. O sinal de referência para a SSU é derivada do sinal LW, mas não através de TG. Portanto, um loop de sincronização entre TGs de NE N-1 e NE N não pode ocorrer. Como um loop de sincronização sobre NE N-1, a SSU e NE N preventivo, é explicado em 5.3.3.

Estado Sincronizado, Sincronização externa (T3)

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SSU k+1 Prioridades Prioridade 1: Entrada de NE N Prioridade 2: nenhuma (sem referências alternativas) SSMs (out) Nenhum SSM suportado Estado Sincronizado a partir de NE N Exemplo de falha e ações conseqüentes, fase 1 Falha assumida: a referência externa na falha NE 1, por exemplo, devido a uma falha na SSU ou na conexão física entre SSU e NE 1. Ações:

Fig. 29 - Reconfiguração, fase 1

O NE 1 entra no modo holdover porque o sinal na entrada de propriedade 1 falhou e o sinal na entrada de propriedade 2 é identificado como “não usar para sincronização” (DNU).

O SSM “SETS” é introduzido nos sinais STM-N de saída. O NE 2 e os NEs seguintes permanecem sincronizados para NE 1 porque não existe sinal de

referência alternativo. O SSM da referência selecionada é introduzido nos sinais de saída e propaga-se pela cadeia de sincronização.

Estado: NE1 SSMs (out) 'SETS' em todas as portas STM-N Estado Sincronização interna, holdover NEs 2 para N-2 SSMs (out) 'SETS' em LE 'DNU' em LW porque os NEs estão sincronizados partir de LW Estado Sincronizado, Sincronização de linha (LW) O estado de todos os outros NEs permanece inalterado Ações conseqüentes, fase 2 Ações:

No NE N-1 existe uma fonte de referência alternativa vinda de NE N. O algoritmo de seleção de referência é iniciado e determina que a qualidade da entrada com prioridade 2 é maior que a qualidade da entrada com propriedade 1. Conseqüentemente, NE N-1 seleciona a entrada com propriedade 2 como referência. Para evitar um loop de sincronização, a mensagem DNU é introduzida na saída LE.

O NE N detecta a mensagem DNU e imediatamente desliga a saída externa (T4). Este mecanismo previne um loop de sincronização na NE N-1, na SSU e NE N.

A SSU k+1 introduz o modo holdover ou comuta para uma fonte de referência alternativa, se disponível.

O NE N permanece sincronizado à SSU porque a qualidade da SSU, mesmo no modo holdover, é melhor que o holdover de NE.

Obs.: um problema é a comunicação entre a SSU e NE N. O NE N precisa da informação sobre o estado da sincronização da SSU (sincronizado ou holdover) para introduzir o SSM apropriado (“PRC” ou “SSUT”, respectivamente) nos sinais de saída. Atualmente, não existe tal comunicação. Neste caso, o valor fixo (“PRC” ou “SSUT”) deverá ser atribuído ao sinal de entrada externa. O valor escolhido não irá afetar o mecanismo de reconfiguração na rede (cadeia), mas possivelmente o nível da rede, que é considerado neste exemplo.

Fig. 30 - Reconfiguração, fase 2

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Estado: NE N-1 SSMs (out) 'PRC em LW 'DNU' em LE porque NE N-1 está sincronizado a partir de LE Estado Sincronizado, Sincronização de linha (LE) NEN SSMs (out) 'PRC e todas as portas STM-N (valor fixo para o sinal de referência externa em T3) Estado Sincronizado, Sincronização externa (T3) SSU k+1 SSMs (out) Nenhum SSM suportado Estado Holdover O estado dos outros NEs é igual à fase 1 Ações conseqüentes, fase final Ações:

Como o NE N-1 agora é sincronizado a partir da entrada LE com PRC ou qualidade SSUT, o sinal de saída LW pode ser usado para sincronização. Portanto, a mensagem “DNU” é substituída na saída por SSM da entrada selecionada, “PRC” neste exemplo.

Na troca de SSM na entrada LE de NE N-2, o algoritmo de seleção é iniciado com o resultado que a entrada com propriedade 2 foi selecionado como uma nova referência.

Similarmente, todas as NEs acima da cadeia alteram a sincronização das suas entradas LE.

Fig. 31 - Estado reconfigurado O processo de reconfiguração é encerrado com todos os NEs entre SSU k+1 e SSU k, sincronizado a partir de SSU

k+1. Estado: SSUk SSMs (out) Nenhum SSM suportado Estado Sincronizado a partir da entrada 1 NE1 SSMs (out) 'PRC em LW 'DNIT em LE porque NE 1 foi sincronizado a partir de LE Estado Sincronizado, Sincronização de linha (LE) NEs 2 to N-1 SSMs (out) 'PRC em LW 'DNU' em LW porque os NEs foram sincronizados a partir de LE

Estado Sincronizado, Sincronização de linha (LE) NEN SSMs (out) 'PRC em todas as portas STM-N (valor fixo para o sinal de referência externa em T3) Estado Sincronizado, Sincronização externa (T3) SSU k+1 SSMs (out) Nenhum SSM suportado Estado Holdover Voltar ao estado original Depois da correção da falha, o estado original da cadeia de sincronização é automaticamente restaurado. A seguir o processo que é similar ao processo após a falha é rapidamente descrito:

NE 1: sinal usado na entrada com propriedade 1 (externa) entrada externa selecionada mensagem “DNU” no LE retirada.

NEs 2 to N-1: sinal usado na entrada com propriedade 1 (LW) LW selecionado mensagem “DNU” no LE retirada.

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NE N: sinal usado na entrada com propriedade 1 (LW) LW selecionado como referência para T4 saída (externa) desativação retirada da saída externa SSU sincronizado a partir da saída T4.

Transporte de sincronização através dos limites da rede Quando os sinais PDH são transportados através das redes SDH, eles são “sincronizados” na entrada da rede SDH (são mapeados em um container SDH apropriado). Os containers são adaptados para um sinal STM-N, a localização dos containers com relação ao quadro STM-N é armazenada em um ponteiro. Quando a diferença de fases entre o VC e o sinal STM-N exceder um certo limite, o container será deslocado em 1 ou 3 bytes (dependendo do tipo VC) no sinal de transporte e o valor do ponteiro associado será devidamente ajustado (ação de ponteiro). Na saída de rede SDH, “dessincronizador” retira o payload , o sinal PDH, fora do VC. Entre outros processos, o dessincronizador também recupera o clock do sinal PDH. A fase deslocada devido à uma ação de ponteiro, aparece como “Wander” no sinal PDH. Um dos maiores problemas nas redes Mestre-Escravo sincronizadas são as flutuações de fases não-periódicas ou de baixa freqüências (Wander) nas vias de dados e de clock. O clock ou os dados geralmente utilizam vias diferentes entre a fonte e o receptor e são causados por diferentes fontes de Wander:

O Wander na via de clock resulta das prioridades dos clocks na cadeia mestre-escravo. As causas principais são um ruído de fase dos osciladores, as frases transientes devido à comutação de referência e o desvio de freqüência no modo hold-over . O Wander na via do clock aparece nos sinais gerados com SETSs, com sinais STM-N e sinais de 2Mbits/s retemporizados.

O Wander na via de dados surge quando o sinal STM-N é separado em VC’s, os VC’s são arranjados novamente e separados com o clock diferente. Neste processo, as ações de ponteiro também podem ocorrer. Um justificação de ponteiro causa um jumper de fase no VC e conseqüentemente no(s) sinal (ais) PDH transportado(s) no VC. Os efeitos dominantes são as ações de ponteiro no nível VC-12, o nível de transporte de sinais de 2Mbits/s. O jumper de fase é atenuado pelo dessincronizador, porém alguns equipamentos não suportam transições rápidas de fase. Portanto, deve ser verificado com atenção se os sinais de 2Mbits/s podem ser usados para sincronização ou não. Geralmente os sinais de 2Mbits/s que foram transportados através da rede SDH são considerados não apropriados para sincronização.

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Os jumpers de fase induzidos por ponteiro nos sinais de dados não são críticos, porque são absorvidos nos buffers de entrada das centrais (por exemplo).

Retiming A retiming (retemporização) é necessária no ambiente SDH/PDH se um sinal PDH de 2Mbits/s, vindo de um domínio SDH for utilizado para sincronização, ex: Para o equipamento de comutação que tem entradas de sincronização de 2Mbits/s. Um sinal de 2Mbits/s é mapeado em uma VC-12 para o transporte através de uma rede SDH. Um ajuste de indicador TU-12 causa um jumper de fase de aproximadamente 3,5 microsegundos. A figura 32 mostra o transporte de um sinal de 2Mbits/s através de uma rede SDH, conforme descrito na introdução (sincronizador – transporte – dessincronizador , sem retiming). Sem a retiming o sinal de 2Mbits/s fica com a frequência original, mas com distúrbios de fase, principalmente os jumpers de fase introduzidos por ponteiros. A figura 33 mostra a situação com retiming. Antes que o sinal de 2Mbits/s saia do domínio de SDH, passa por um buffer (buffer de retiming) cujo clock de leitura é derivado de uma freqüência de referência da Rede SDH. Este clock só poderá ser afetado por Wander intrínseco, mas não por jumpers de fase, devido às ações de ponteiro. Com a retiming o sinal de 2Mbits/s não tem jumper de fase, mas a freqüência de referência da rede SDH. O buffer de retiming pode ser operado em dois modos básicos e eventualmente vários submodos: Buffer de Wander O modo de buffer de Wander é apropriado para acomodar variações de fase entre o sinal de 2Mbits/s e o clock da rede SDH, se o sinal de 2Mbits/s for nominalmente (longa duração) sincronizado com o clock da rede SDH. O tamanho do buffer determina a quantidade de diferença de fase entre o clock do sinal de 2Mbits/s e a freqüência de rede SDH que pode ser acomodada.

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O comportamento do buffer no caso do over-flow e under-flow é diferente nos equipamentos de fabricantes diferentes. Existem até 4 submodos que permitem uma adaptação flexível para aplicações diferentes, mas requerem um planejamento cuidadoso.

Fig.32 - Transporte de um sinal de 2 Mbit/s através de uma rede SDH sem retiming. Buffer de escorregamento de quadro Se o sinal de 2Mbits/s tiver um offset de freqüência constante com respeito à freqüência de SDH, a diferença de fases aumenta linearmente até que o buffer esteja cheio ou vazio. Um slip controlado é necessário para conduzir o buffer de volta à operação normal. A fim de não corromper o quadro de 2Mbits/s, é necessário um slip de quadro completo.

Para este modo, o buffer deve estar apto a acomodar dois quadros de 2Mbits/s. Exemplos de Aplicação

Fig.33 - Transporte de um sinal de 2 Mbit/s através de uma rede SDH com retiming. Transporte de sinais PDH através de uma rede SDH com retiming

O EWSD(r) é sincronizado a partir de um sinal de 2 Mbit/s, que tem sua origem em outro EWSD(I) e foi transportado através de uma rede SDH. A função de retiming elimina os jumps de fase e gera um sinal síncrono de 2 Mbit/s para o PRC da rede SDH (freqüência fs).

Os sinais não usados para sincronização não precisam ser retemporizados porque os jumps de fase são absorvidos nos buffers de dados da central.

Transporte de sinais PDH através das redes SDH/PDH

A figura 34 mostra a situação quando o equipamento a ser sincronizado não está diretamente conectado ao equipamento SDH nos limites da rede. No exemplo, a central está conectada através da rede PDH. Esta rerede PDH é do tipo transparente ao clock, os sinais de 2Mbit/s introduzidos na rede mantêm suas freqüências individuais. Portanto, os sinais de 2Mbit/s retemporizados podem ser transportados no mesmo sinal PDH multiplexado. Transporte de sinais PDH através de várias redes Redes diferentes usam diferentes clocks de referência (PTT Alemanha e PTT França). Portanto os sinais PDH (nível de 2Mbit/s) assim como os sinais SDH possuem freqüências de clock diferentes. A figura 35 mostra um exemplo com um sinal PDH de uma central é transportado através de três redes SDH.

Fig. 34 - Transporte de dados de 2 Mbit/s e sincronização através da rede PDH Por motivos de simplificação, assume-se que a central conectada a rede 1 é sincronizada a partir do PCR1. O sinal de 2Mbit/s sai da central com a freqüência fs1. No multiplexador da rede 1, os sinais de 2Mbit/s são mapeados nos containers de VC-12 e reunidos para um

sinal STM-N, que é transportado através da rede 1 para a rede 2. O sinal STM-N entre a rede 1 e a rede 2 transporta apenas dados, não sincronizados, porque os elementos na rede 2 são sincronizados a partir a partir do PRC2. No primeiro elemento ocorre da rede 2 o sinal STM-N é separado, os VC-12 são

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adicionados ou abandonados (não mostrados) e um novo sinal STM-N é reunido com novos ponteiros. O sinal de 2Mbit/s não é afetado porque não saiu do seu VC-12. As diferenças de freqüências entre PRC1 e PRC2 resultam em ações de ponteiros nos VC-12 vindos da rede 1. O mesmo processo ocorre na transição para a rede 3. Quando os sinais de 2Mbit/s reinicializados nos limites da rede 3, os sinais que devem sincronizar a central devem ser retemporizados pelos motivos descritos acima.

È importante observar que apenas as diferenças de freqüências entrePRC1 e PRC3 determinam a freqüência de ocorrência de escorregamento nos sinais de dados de 2Mbit/s nas centrais conectadas à rede 3. Se os PRCs estiverem de acordo com o [G.811] será de um slip em 70 dias. Fig. 35 Transporte de sinais através de várias redes SDH

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