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00230 jornal rumos - padrescasados.org capa e nas páginas 4 e 14. Na piada humorística da ... vamos acender milhares de velas oratórias para que o ... 2º. Secretário: Rosa Silvério

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2 Jornal RUMOS

Jornal RUMOS

Edição 230

EDITORIALAmigo(a) leitor(a), ain-

da conto com você para acampanha de mais um oudois (ou mais) sócios doMFPC ou, pelo menos, deassinantes do nosso jornalRumos! E agradeço aos(poucos) que já aderiram.

Nesta edição comemo-ramos datas e fatos demuita relevância.

Em março foi a eleiçãoinesperada mas inspiradapelo Espírito Santo doPapa Francisco.

Comemoramos, tam-bém, a gloriosa ressurrei-ção de nosso Senhor e Sal-vador Jesus.

Em abril homenagea-mos Tiradentes, herói dapátria e modelo (pouco imi-tado!) para nossos atuaispolíticos.

Em maio surge o dia dasmães, das nossas queridasmães, vivas ou mortas, aquem devemos - junto comnossos pais - nossa vida eeducação.

Receberemos, também enovamente, a infusão doEspírito Santo, no Pentecos-tes.

Nossa presente ediçãodo jornal Rumos, de N° 230,presta merecidas homena-gens a estas quatro datas,na capa e nas páginas 4 e14.

Na piada humorística dapágina 16 a vela acesa porum padre provocou o nasci-mento de 11 crianças. Entãovamos acender milhares develas oratórias para que oEspírito Santo faça nasceratravés do Papa Francisco

EX

PE

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NT

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Diretoria Executiva da Associação Rumos:biênio 2010/2012

Presidente: José Edson da SilvaVice-Presidente: Maria Lucia de Moura

1º. Secretário: José Carlos P. S. de Andrade2º. Secretário: Rosa Silvério. De Andrade

1º. Tesoureiro: Enoch Brasil de Matos Neto2º. Tesoureiro: Maria de Fátima Lima Brasil

Organismos de Apoio da AR e Conselho Gestor do Movimento de PadresCasados e suas Famílias:Presidente da AR - José Edson da SilvaCoordenadores do XX Encontro Nacional: Armando e Altiva HolyszewskiModerador do e-grupo padrescasados: João Correia TavaresCoordenadores do site www.padrescasados.org: Gilberto Luiz Gonzagae José Araujo Moura

Coordenadora do Grupo de viúvos e Viúvas: Benizzeth ZortheaCoordenadores do Grupo dos jovens do MFPC:José E. Rolim Mota e Rejane

E-mail para enviar matérias para o site: [email protected] internacionalArmando HolocheskiCoordenador da comissão de teologiaFrancisco Salatiel A. BarbosaAssessor Jurídico e Curador do Patrimônio da AR:Antônio Evangelista AndradeAssessores bíblico-teológicos:Eduardo Hoornaert e Geraldo FrenckenObs. - As respectivas esposas estão incluídas nas funções acima.

O JORNAL RUMOS é uma publicação bimestralda Associação Rumos/Movimento das Famílias

dos Padres Casados do Brasil (MFPC). AAssociação Rumos é uma sociedade civil de

direito privado, de âmbito nacional, comfinalidades assistenciais, filantrópicas,

culturais e educacionais, sem fins lucrativos.

Conselho Fiscal da AR: Joarez Virgolino Aires e Ausilia Moraes Aires (PR), Luís Guerreiro PintoCacais e Irene Ortlieb Guerreiro Cacais (DF) e Fernando Spagnolo e Telma Araujo de OliveiraSpagnolo (DF).JORNAL RUMOS:Coordenador do Conselho Editorial do Jornal Rumos: Gilberto Luiz GonzagaDiagramação Rodrigo Maierhofer MacedoJornalista Responsável: Mauro Queiroz (MTb 15025)Correspondência: artigos, comunicações, artigos, sugestões e críticas devem ser dirigidos para o e-mail: [email protected] de Gilberto Luiz Gonzaga, Porto Belo SC, fone 47-33694672Os textos assinados não representam necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsa-bilidade de seus autores.Assinatura anual:Assinatura anual: R$ 40,00 (quarenta reais)Pagamento pelo BANCO ITAÚ AGÊNCIA: 4453 Nº DA CONTA: 07294-6 OUComunique imediatamente ao nosso tesoureiro José Colaço Martins Dourado por e-mail([email protected]), por carta (José Colaço Martins Dourado Rua Mário Mamede, 1209 - Aptº 602 -Bairro de Fátima CEP: 60415-000 Fortaleza-CE) ou telefone (85-8899-9287)Associação Rumos: Anuidade de sócio - 150,00 (138,00 + 12,00 para Fundo de mútua ajuda);Pague sua anuidade exclusivamente através de depósito bancário noBANCO ITAÚ AGÊNCIA: 4453 Nº DA CONTA: 07294-6Remeta cópia do comprovante para José Colaço Martins Dourado por e-mail ([email protected]),por carta (José Colaço Martins Dourado Rua Mário Mamede, 1209 - Aptº 602 - Bairro de FátimaCEP: 60415-000 Fortaleza-CE) ou telefone (85-3334-1876)

dezenas, centenas, milha-res de vivências e resolu-ções novas em nossa Igre-ja e no mundo de hoje!

Que a Comissão dos 8e as nossas orações ajudemFrancisco efetivamente!

Por fim comunico quedoravante meu novo e-mailserá [email protected].

[email protected]

Caríssimos irmãos nosacerdócio, caríssimas cu-nhadas e estimados sobri-nhos, e todos(as) os(as)leitores(as) do nosso jor-nal Rumos: saúde e paz.

"Uma Igreja pobre, paraos pobres" é como o papaFrancisco descreveu o ca-minho de seu pontificado.Uma Igreja inspirada nohumilde e devoto SãoFrancisco de Assis.

Nesta perspectiva ini-cio minha reflexão e convi-do todos a termos um pen-samento voltado para oque de fato é essencialpara a construção do Rei-no de Deus anunciado porJesus.

Hoje fico a imaginar seEle pudesse adentrar pes-soalmente com seus discí-pulos nos muros do Vati-cano e encontrasse os prín-cipes da Igreja católica - osnobres cardeais - esban-jando requinte com luxuo-sas roupas vermelhas eusando o Seu nome paraevangelizar o mundo, e ain-da por cima ouvisse dosmesmos que eles fizeramuma opção preferencialpelos pobres... certamente

Carta do Presidente aos leitoresJesus não encontraria espa-ço no meio de tanto luxo eque se opõe a tanta misériasentida e sofrida pelo mun-do afora!

Os quatro desafiosapontados pelo Vaticano:escândalos de pedofilia,transparência nas contas,questões sociais e perda defiéis são apenas a ponta doiceberg que no momento oPapa Francisco consegueenxergar. Oxalá ele consiga,com sua humildade e caris-ma, fazer a diferença. E,quem sabe, contar com acolaboração dos seus ir-mãos no sacerdócio queoptaram pelo matrimônio eque somam milhares em di-versas partes do mundo.

Realmente desejamosuma Igreja renovada à luz doConcílio Vaticano II, quepossa descer do pedestal doautoritarismo para o servi-ço, do luxo para a simplici-dade, das normas impostaspara o diálogo fraterno ecom isso mostrar-se huma-na e livre de tanta hipocri-sia.

E assim esperamos quenosso Movimento das Fa-mílias dos Padres Casados

possa contribuir com seustrabalhos e ações evange-lizadoras para o cresci-mento espiritual e a vivên-cia da verdadeira fé, se-guindo os passos de Jesuse vivendo com o coraçãohumilde, a exemplo de SãoFrancisco de Assis, que sepreocupou em construiruma Igreja povo de Deus enão estruturas de pedras.

Acreditamos que a ver-dadeira Páscoa começa nocoração de cada um de nós.E assim, juntos e unidos,seremos mais, pois se "oSenhor é por nós quemserá contra nós"?

Grande abraço a todos!José Edson

Presidente Nacionaldo MFPC/AR

Não é raro ver, nos noticiários daTV acerca do conclave a ser reali-zado em Roma nestes dias, a ima-

gem de São Pedro como primeiro papa, sen-tado num trono e com a mitra ou a tiara nacabeça. Mas o(a) católico(a), já bastantedesconfiado(a) diante do que se mostra naTV, se pergunta: será que essas imagenscorrespondem à história? Dou aqui algu-mas informações históricas que podem aju-dar a ter clareza sobre esse ponto.

1. É claro que Pedro se destaca entreos apóstolos. No evangelho de Mateus(16, 16-19), Jesus tem palavras particular-mente elogiosas para ele. Pedro tinha dito:'Jesus, você é o ungido de Deus. Você nãofala na ira de Deus nem na condenação,como muitos profetas, mas cuida das pes-soas e lhes transmite sempre uma mensa-gem positiva. Tudo que você faz e diz édirecionado para o bem das pessoas'. EJesus: 'Pedro, você é como uma pedra, tãosegura é sua palavra. Se todos entendes-sem o que você diz aqui, minha igreja es-taria bem segura, como se fosse constru-ída sobre uma rocha. Você, Pedro, captaminhas intenções'.

2. Na época se praticava muita cura dedoença na Palestina. Os chamados exor-cistas andavam pelos vilarejos a curar econsolar os doentes. O povo acreditavaque eles expulsavam os demônios, queseriam os causadores de todos os males.Mas a maioria desses exorcistas eramcharlatães que se aproveitavam das mi-sérias humanas para se exibir e extorquirdinheiro. O evangelho de Marcos mos-tra Jesus como um exorcista diferente,sensível diante das misérias humanas emuito cuidadoso com as pessoas. Daí seuimenso sucesso, em toda a Galileia e mes-mo além. Ele curou muita gente e tevemuitos seguidores (apóstolos), por suavez enviados para curar, expulsar demô-nios e consolar.

3. E assim Pedro, seguindo às orienta-ções de Jesus, se tornou igualmente umgrande exorcista. Os Atos dos Apóstolosrelatam que, depois da morte de seu mes-tre, ele foi um dos exorcistas mais requisi-tados da Palestina. Por onde passava, 'osdoentes se alinhavam nas praças para quepelo menos sua sombra passasse por eles'(At 5, 15-16). Pedro parece um novo Je-sus, como se pode verificar comparandoo texto aqui citado dos Atos dos Apósto-los com o capítulo 6 do evangelho deMarcos (vv. 55-56). Aparecem as mesmaspalavras: vilarejo, maca, praça, etc. O au-tor dos Atos quer mostrar que Pedro con-tinua a tarefa de Jesus. Muitos outros tex-tos mencionam Pedro como exorcista 'emnome de Jesus', como a segunda carta dePedro (escrita por um discípulo do após-

SÃO PEDRO, O PRIMEIRO PAPA?

tolo), o Apocalipse de Pedro e os Atos dePedro, sendo os dois últimos textos apó-crifos. Autores importantes dos séculosII e III como Justino, Ireneu e Tertulianotambém mencionam Pedro, mas sempre naqualidade de exorcista, nunca de papa.

4. Mesmo o historiador Eusébio de Ce-sareia, um dos ideólogos do imperadorConstantino (século IV), não vê em Pedroum papa, mas um exorcista. Você mesmopode verificar isso no Google (Eusébio deCesareia, História Eclesiástica, 2, 14, 6) ouconsultando o volume 15 da 'Patrística'(Editora Paulus, 2000), na página 91. AíEusébio escreve que Pedro viajou a Roma,não para assumir o ministério papal, maspara combater o exorcista Simão, um sa-maritano, que fazia falsos milagres e cau-sava muito mal. Na mesma 'História Ecle-siástica', um pouco adiante (2, 25, 4-5) vocêpode ler que Tertuliano, um autor do iní-cio do século III, escreve que há muitagente indo a Roma par venerar os túmulosde Pedro e Paulo. As pessoas não iam paraver o papa, mas para visitar os lugaresonde, segundo a tradição, os dois princi-pais apóstolos teriam sido martirizados.

5. Pedro não é o único exorcista da es-cola de Jesus que teve sucesso. A histórianos conserva alguns outros nomes: ossete filhos do sumo sacerdote Ceva (At19, 13-15), Jacó de Quifas Secania (quecurou um rabino em nome de Jesus), Elea-zar e finalmente o exorcista anônimo emMc 9, 38. Quando os apóstolos reclamama Jesus que há outros exorcistas atuandoem seu nome, ele tem uma reação inespe-rada: 'deixem que eles também trabalhem.Quem não é contra nós, trabalha em nos-so favor' (Mc 9, 38-40). A ideia de Jesusdeve ter sido a seguinte: quanto mais pes-soas se empenham em cuidar da saúde daspessoas, tanto melhor.

6. Em toda essa história não aparecenenhum sinal de papa. Segundo os docu-mentos, o primeiro bispo do Ocidente aser chamado 'papa' foi Cipriano, bispo deCartago entre 248 e 258, enquanto o pri-meiro bispo de Roma a receber oficialmen-te o nome 'papa' foi João I, no século VI.Disso tudo pode se deduzir que as ori-gens do cristianismo são bem diferentesdo que existe hoje. Os modelos passam, oevangelho fica.

Eduardo Hoornaert.

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Jornal RUMOS

3Jornal RUMOSEdição 230

Amigo Sr. Gilberto.Obrigada pelo Jornal impresso.

Gostei.Parabéns.

Raimunda [email protected]

Meu caro Giba,É com alegria sempre que rece-

bo o "nosso" Rumos. Ele me fazbem e me traz uma nostalgia boa.

Parabéns, o Rumos está no"rumo", apesar das opiniões emcontrário. Não tem como ter umapostura crítica e esclarecedora semser, ao mesmo tempo, contestado-ra.

Estou renovando minha assi-natura

Um abraço.José Lino de Araújo

[email protected]

Querido pai, esta edição do jor-nal ficou maravilhosa, li todo, etodas as matérias bem elaboradas,interessantes, e super atualizadas!Realmente, como sempre, uma obraprima e única!

Parabéns aos colaboradores ea você, Editor por mais esta edi-ção!

Marilu [email protected]

Novamente, parabéns pelo Jor-nal.

Apesar de conhecer já algumasmatérias, li tudo com interesse.

O Jornal está pulsando... e istoé bom!

Estou mandando pelo correioa contribuição para renovar a mi-nha assinatura.

Um abraço,Pe. Ney Brasil Pereira

[email protected]

Giba, Parabéns pelo último nº229 de RUMOS.

Ando a ler!Urtélia

[email protected]ária da Fraternitas/

Movimento - Portugal

Acho que prestam um excelen-te SERVIÇO à Igreja - é um precio-so contributo para a construção eengrandecimento do Reino dosCéus do lado de cá da ponte!

PARABÉNS!Um abração,

A secretária Urtélia [email protected]

Meus caros o vosso jornal con-tinua famoso. Fiquei impressiona-do pela positiva com a sacerdoti-sa de republica checa. Afinal oArtur Cunha tinha e tem razão. Éum absurdo não haver mulheresna Igreja com poderes sacerdotaisiguais aos dos homens. Isto de umBispo de Roma pensar que pensamelhor e tem verdade absolutasobre os outros tem muito que selhe diga. Agradeço também a refe-rência às minhas palavras. Os vos-sos artigos integram os casados e

os solteiros na mesma grande fa-mília. Parabéns

Um abraço e muita força paraandar em frente.

Saúde da boa.Serafim de Sousa.

[email protected]

Recebo o jornal eletrônicosempre e leio.

Para mim e muito interessante.Na próxima vez assinarei o jor-

nal impresso.Lenyr P. Buarque - [email protected]

Muito obrigado pelo JornalRumos (edição eletrônica).

Tem matérias muito interessan-tes e oportunas que não são apre-sentadas pela mídia confessionale, muitas vezes, nem pela laica.

Precisamos (a Igreja precisa)desta abertura, de expor e debaternossos problemas, de retirar as cin-zas para que brasas apareçam e sereavive o fogo da fé e do amor (aDeus e entre os homens).

Orlando [email protected]

Nunca olvidado Gilgon: PapáDios te siga bendiciendo por lagenerosidad que nos tienen y elamor que nos guardan a los com-pañeros de YAHUARCOCHA.

Me gustaría saber como envi-arles el valor que corresponde a lasuscripción del JORNAL RUMOS.

Enviarme: Nombre de la perso-na a quién dirigirme, dirección pos-tal y de ser posible el valor corres-pondiente en dólares USA.

Repito Papá Dios os guarde aUdes. y sus familias.

Oswaldo [email protected]

Ontem a noite tive finalmentetempo de deitar e ler o jornal. Estámaravilhoso.

Gostei, entre muitos outros, es-pecialmente o artigo sobre o Aba-de Martin Werlen, de Maria Einsi-edeln na Suíça. Maria Einsiedelnestá situada bem perto da minhaterra (umas 2 horas de ônibus).

Na minha juventude fizemosmuitas peregrinações para lá.

Pena que não temos um bomnúmero destes homens na igreja.

Irene Ortlieb G. [email protected]

Recebi e agradeço o jornal Ru-mos digitalizado.

Estarei lendo com muito inte-resse.

Parabéns pelo grande esforço.Fraternas e cordiais saudações

desde Santiago, onde estou cur-tindo o filho

e as netas, a Tavares e Gibacom nossos agradecimentos.

[email protected]

Que bom recebermos noticias!Vamos ler o jornal com calma...

Regina Toller [email protected]

Parabéns meu caro Giba.O menino Rumos 229 está uma

formosura e bem apropriado aocontexto atual.

Que sua mente se mantenhasempre alerta e rica de criativida-de.

Deus o inspire cada vez mais.Obrigado pela sua existência.

Edson [email protected]

Obrigado, Giba, pela remessado jornal Rumos 229.

A comunidade de ex-seminaris-tas e ex-padres de Campinas-SPagradece.

Apreciamos seus contatos.Grego, coordenador, Limeira/SP

[email protected]

Obrigado pelo jornal.Parabéns!Pe. Francisco de Vasconcelos

[email protected]

Gilberto, quero agradecer-lheso envio de Rumos.

Não estou contribuindo com aassinatura pela seguinte razão: Emoutubro completei 80 anos. Apo-sentei pelo INSS, recebendo oequivalente a 5SM. Em 2012, co-mecei recebendo 2.3, terminei com2.1 e comecei 2013 com 2.0.

Só de Previdência (Ipasgo)pago mensalmente R$678, exata-mente um SM.

Dionisio [email protected]

Giba, entraremos na última se-mana em Brasília, 17/02/2013.

Consegui minha transferênciado Aeroporto de Brasília para oAeroporto de Teresina.

Apresento meu blog: http://blogdoedblog.spaceblog.com.br

Ednald dos Santos Costa,Annysabel e Samuel

[email protected]

Rumos vai continuar dandococeiras...

PadreJulio A. [email protected]

Aproveito para felicitá-lo umavez mais pelo excelente trabalhocomo editor do "Jornal Rumos".

Ivan Sales [email protected]

Caro Giba! Encaminho dois ar-tigos para a sua apreciação.

Quando o Jornal chega, não dápara interromper a leitura. Está óti-mo.

Há artigos extremamente ilus-trativos, bem argumentados e quelevam a pensar.

Nisso está o maior valor dessapublicação. Atenciosamente,

[email protected]

1. Poupe um poucopara sempre ser indepen-dente financeiramente.Não precisa ser muito;não comprometa o prazerque o dinheiro pode lhedar em razão de um tem-po maior de velhice, quepode até não acontecer,se você morrer breve.

2. Além disso, umidoso não consome mui-to além do plano de saú-de e dos remédios. Pro-vavelmente você já temtudo, e mais coisas só lhe darão trabalho.

3. Pare também de se preocupar com a situação financeira de filhose netos. Não se sinta culpado em gastar consigo mesmo o que é seu dedireito. Provavelmente você já lhes ofereceu o que foi possível na in-fância e juventude, assim como uma boa educação. Portanto, a respon-sabilidade agora é deles.

4. Não seja arrimo de família; seja um pouco egoísta, mas não usu-rário.

5. Tenha uma vida saudável, sem grandes esforços físicos. Façaginástica moderada, alimente-se bem, mas sem exagero.

6. Tenha a sua própria condução, até quando não houver perigo.7. Nada de estresse por pouca coisa. Na vida tudo passa, sejam os

bons momentos que devem ser curtidos, sejam os ruins que devem serrapidamente esquecidos.

8. Namore sempre, independente da idade, com sua "velha" compa-nheira de caminhada. O amor verdadeiro rejuvenesce. As "Marias-ga-solina" estão por ai e, um idoso, mesmo da classe média, é sempre umagarantia de futuro para as espertalhonas.

9. Esteja sempre limpo, um banho diário pelo menos. Seja vaidoso,frequente barbeiro, pedicure, manicure, dermatologista, dentista. Useperfumes e cremes com moderação e por que não uma plástica?

10. Já que você não é mais bonito, seja pelo menos bem cuidado.11. Nada de ser muito moderno, tente ser eterno.12. Leia livros e jornais, ouça rádio, veja bons programas na TV,

acesse a internet, mande e responda e-mails, ligue para os amigos.Mantenha-se sempre atualizado sobre tudo.

13. Respeite a opinião dos jovens, eles podem até estar errados,mas devem ser respeitados.

14. Não use jamais a expressão "no meu tempo", pois o seu tempoé hoje.

15. Seja o dono da sua casa por mais simples que ela possa ser, pelomenos lá você é quem manda. Não caia na besteira de morar com filhos,netos, ou seja lá com que for.

16. Não seja hóspede, só tome esta decisão quando não der mais eo fim estiver bem próximo.

17. Você está no período do ronco e da flatulência.18. Um bom asilo também não deve ser descartado e pode até ser

bem divertido, e você irá conviver com a turma da sua geração e nãodará trabalho a ninguém.

19. Cultive um "hobby", seja caminhar, cozinhar, pescar, dançar,criar gato, cachorro, cuidar de plantas, jogar baralho, golfe, velejar oucolecionar algo. Faça o que gosta e os seus recursos permitam.

20. Viaje sempre que possível; de preferência, vá de excursão, poisalém de mais acessível, pode ser financiada e é uma ótima oportunidadepara se conhecer novas pessoas.

21. Aceite todos os convites de batizado, formatura, casamento,missa de sétimo dia; o importante é sair de casa.

22. Fale pouco e ouça mais, a sua vida e o seu passado só interes-sam a você mesmo. Se alguém lhe perguntar sobre esses assuntos, sejasucinto e procure falar coisas boas e engraçadas. Jamais se lamente dealgo.

23. Fale baixo, seja gentil e educado, não critique nada, aceite asituação como ela é. As dores e as doenças estarão sempre presentes;não as torne mais problemáticas do que são falando sobre elas. Tentesublimá-las, afinal elas afetam somente a você e são problemas seus edos seus médicos.

24. Não fique se apegando demais à religião, depois de velho, re-zando e implorando o tempo todo como um fanático. O bom é que, embreve, seus pedidos poderão ser feitos pessoalmente a Deus.

25. Ria, ria muito, ria de tudo, você é um felizardo, você teve umavida, uma vida longa, e a morte será somente uma nova etapa.

26. Se alguém disser que você nunca fez nada de importante, nãoligue. O mais importante já foi feito: Você!

Autor desconhecido

PÁGINA DOS LEITORES TENHA IDADE, MASNÃO SEJA VELHO!

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4 Jornal RUMOS

Jornal RUMOS

Edição 230

Estimado Papa Francisco, nós, sacer-dotes católicos casados e/ou laici-zados, juntamente com as nossas

esposas, pertencentes ao continente lati-no-americano, dirigimo-nos a Vossa San-tidade por ter sido escolhido pelo Espíri-to para conduzir a Igreja de Jesus, o PovoSanto de Deus.

Antes de mais, queremos cumprimentá-lo e felicitá-lo afetuosamente por ter sidoeleito pelo Colégio de Cardeais como Bispode Roma, para presidir na caridade a todo oPovo de Deus, e desejar-lhe um ministériopetrino muito fecundo.

Como protagonistas da nossa história etestemunhas da Fé na América Latina, te-mos uma grande esperança de renovaçãopara a nossa Igreja, da qual somos parteatravés do sacramento do Batismo; porém,com a consciência de que um dia tambémfomos ungidos com o sacramento da Or-dem, vivendo-o a partir de uma vida sim-ples, em casal ou não, formando uma famíliaou em solidão, assumindo, em muitos ca-sos, a paternidade biológica, comprometi-dos com a nossa Fé em diversos campos davida secular.

Sabemos que os gestos que Vossa San-tidade está a realizar são sinais de uma Igre-ja que precisa mudar, dando resposta aosmomentos históricos que se sucedem e con-tinuando a dar a razão da nossa esperança.

Certamente que estas mudanças propos-tas por Vossa Santidade aos batizados e atodo o mundo não serão uma tarefa fácil erequererão, acima de tudo, o compromissode todos e o tempo necessário para pode-rem ser concretizadas.

É por isso que também queremos infor-mar que a Federação Latino-Americana éum Movimento Profético que aspira desdea sua criação a propor mudanças nas estru-turas da vida da Igreja Católica.

Este movimento de caráter internacio-nal foi criado por um dos seus irmãos bis-pos já falecido, Monsenhor Jerónimo Po-destá, ao qual Vossa Santidade deu assis-tência, quando era Cardeal na Argentina,com amor fraterno, nos últimos instantesda sua existência.

Este gesto será sempre recordado, tan-to pela nossa Presidente Honorária comopor todos os que integramos esta Federa-ção, por essa atitude pastoral para com umBispo que se encontrava suspenso "a divi-

Minha fé repousa no supremo exemploQue nos foi deixado pelo Mestre Jesus.A reforma íntima é o maior temploE o amor ao próximo nos traz a Luz.

Cristo, quando na Terra, nos deu coragempregou o amor, a caridade, o perdão...Fez ver aos humanos, com essa mensagem,Os caminhos únicos da salvação.

Na simbologia, a Páscoa encerrarenascimento, mudança de atitude.Jesus, ao ressurgir aos olhos da Terra,ressaltou o amor como maior virtude.

PÁSCOA

CARTA AO PAPA FRANCISCO - DA FEDERAÇÃO LATINO-AMERICANA DE PADRES CASADOS

nis" por estar comprometido em construiruma Igreja segundo as diretrizes do Concí-lio Vaticano II e especialmente por divulgara Encíclica Populorum Progessio.

Queremos, de igual modo, expressar-lheque não estamos contra o celibato, mas afavor de um celibato opcional que possa,com o tempo, ser modificado como lei doCIC (código de direito canônico); bem comoda participação da mulher num lugar de pro-tagonismo e não num papel subalternizadonos órgãos de decisão da Igreja, da renova-ção dos ministérios pastorais, da vivênciade uma comunidade de crentes com maiorsimplicidade, sem ostentar títulos honorífi-cos, sem privilégios econômicos e sociais,ao jeito das primeiras comunidades cristãs,que foram proféticas, sendo mais fraternas,mais humildes e mais evangélicas.

Lembramos o que ficou expresso naDeclaração Final do VII Encontro da Fede-ração Latino-Americana, realizada em Bue-nos Aires, Argentina, de 21 a 24 de setem-bro de 2011, que transcrevemos a seguir:

"… Nestes tempos, em que vivemos

mais do que uma época de mudança, umamudança de época cujo sinal são as pro-fundas transformações sociopolíticas,culturais, tecnológicas e econômicas, queafetam principalmente as gerações jovens;em que estamos em vésperas da celebra-ção do 50º aniversário da abertura doConcílio Ecumênico Vaticano II (1962) eem que acabamos de começar a implemen-tar o cumprimento do acordado na Con-ferência de Aparecida:

1. Comprometemo-nos a aprofundar umaespiritualidade forte e radical centrada naPalavra de Deus, particularmente nos Evan-gelhos, mediante a multiplicação de encon-tros com pessoas, famílias e grupos, ondefortaleçamos a nossa Fé, avivemos a nossaEsperança e intensifiquemos a nossa Cari-dade, deixando-nos conduzir pelo EspíritoSanto, sempre presente na história pessoale coletiva dos que crêem em Jesus, que estáno mundo e Se manifesta por meio dos si-nais dos tempos.

2. Renovamos o nosso compromissode cristãos e de ministros ordenados, de

viver e exercer a nossa participação naMissão de Jesus para a realização do seuProjeto; a partir de uma Humanidade ali-cerçada no seu Evangelho, devidamentecontextualizado na solidariedade, na justi-ça e na paz, privilegiando a opção prefe-rencial pelos mais pobres e oprimidos.

3. Propomo-nos desenvolver uma co-municação permanente, respeitosa e frater-na com toda a comunidade de crentes e osseus ministros, ao mesmo tempo em que re-novamos a nossa disposição de servi-la,para o que desejamos promover e intensifi-car caminhos de "relações de fraternidadee colaboração mútua" (D.A. n.º 200).

4. Reafirmamos a nossa pertença aosorganismos supra continentais que nosunificam como grupo e convocamos os nos-sos pares latino-americanos que ainda vi-vem isolados a juntar-se aos nossos gru-pos nacionais e locais.

5. Manifestamos a nossa abertura a gru-pos de causas similares e a todos os que sesentem identificados com os nossos obje-tivos, a fim de juntar esforços em prol dobem comum, com um autêntico compromis-so social e político".

Com a confiança de saber que esta-mos em comunhão espiritual através dasnossas orações e das nossas esposas efamiliares que pertencem a esta Federa-ção, despedimo-nos solicitando a bên-ção paternal de Vossa Santidade.

*Clelia Luro de Podestá (Argentina)Presidente honorária vitalícia da

Federação Latino-Americana (FLA).*Teresa de la Torre e Lauro Macías

Raygoza (México)Casal Presidente da FLA.

*Natalia Bertoldi e Guillermo Sche-fer (Argentina)

Casal vice-presidente da FLA.*Oscar Varela (Chile)

Secretário da FLA.31 de março de 2013

Fonte: www.padrescasados.org

Mostrou-nos a continuidade da vida,a par de nos pregar o apuro moral.Nossa existência jamais será perdida;Morre a matéria mas a alma é imortal.

Neste mundo de provas e expiações,à medida que o avanço moral comporte,vemos na Páscoa as comemoraçõesdesta vitória da vida sobre a morte.

Autor: Ógui L. Mauri

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A última reforma da Cúria vaticana foifeita há várias décadas. Para umanova reforma, o Papa Francisco aca-

ba de inovar: criou uma comissão para oaconselhar nessa tarefa.

Um mês após a sua posse, o Papa Fran-cisco começa pela reforma do aparelho ad-ministrativo da Igreja católica, isto é, a Cú-ria. Convocou um grupo de 8 cardeais queformarão um conselho cuja função será ade ajudar o Papa no governo da Igreja e nareforma da constituição da Cúria. A últimareforma é de 1988.

Os oito cardeais escolhidos são de 5continentes:

1. o arcebispo de Munique, Alemanha,Reinhard Marx;

O verbo reconstruir apontapara a necessidade de me-lhorar alguma coisa que

sofreu alguma avaria. É sinônimode restaurar e reformar. Certa vezSão Francisco orava quando es-cutou, vinda do crucifixo, uma vozque lhe disse "Francisco, recons-trói a minha igreja!". Imediatamen-te o santo se pôs a reformar a pe-quena capela da Porciúncula, quepermanece de pé até hoje, situadaatualmente dentro da basílica deSanta Maria dos Anjos, em Assis.Mais tarde ele descobriu que o queprecisava ser reconstruído era aIgreja, que se achava em vias deruptura por conta da falta de fé,corrupção, culto desmedido aopoder e às riquezas. Reconstruir éagir em favor, é dar sequência àobra da criação. Quando Francis-co e seus irmãos foram a Romapedir o placet do papa InocêncioIII para sua congregação este re-cordou um sonho que tivera, ondeum homem simples (Francisco)ajudava a suster colunas da basí-lica (a Igreja) que ameaçava cair.

Hoje, as mesmas coisas amea-çam internamente a nossa Igreja;o laxismo, a indiferença, o excessode hierarquia (poder), a corrupção(apego às riquezas), o corporati-

Irene Cacais adverte sobre 2 erros na Edição passada, 229.Diz ela: Ao copiar uma coisa do "Zenit.org" há que se tomar cuidado.No texto: "Alemanha: Redução no número de Igrejas católicas" há dois erros:1. Na primeira coluna diz: "...que inclui as cidades de Berlim, Brandenburgo e Meck-

lenberg-Vorpommern...". Brandenburgo e Mecklenburg-Vorpommern não são cidadesmas Estados da República Federal da Alemanha (seria a mesma coisa de dizer no Brasilque Minas Gerais e Rio Grande do Sul são cidades).

2. No último parágrafo diz "80 % dos católicos alemães vivem em Berlim...". AAlemanha tem mais que 80 milhões de habitantes, dos quais vivem 3,4 milhões emBerlim. Como, então, podem viver 80 % dos católicos alemães em Berlim? Segundo ainternet Alemanha tinha, em 2011, 24.472.817 católicos.

Dia 16/04 Bento XVI completou 86anos e Papa Francisco o lembrouno início da missa celebrada em sua

residência, na Casa Santa Marta."Oferecemos-lhe a Missa, para que o

Senhor esteja com ele, o conforte e lhe dêmuito consolo".

Na homilia, o comentário da primeira lei-tura do dia: o martírio de Santo Estevão,que antes de ser lapidado anunciou a Res-surreição de Cristo e advertiu para a resis-tência ao Espírito Santo. O Papa repetiu quemesmo em meio de nós, ainda existe estaresistência.

"Ao que parece, hoje o Espírito Santonos incomoda, porque nos incentiva, em-purra a Igreja para que vá adiante. E nósqueremos que ele adormeça, queremos do-mesticá-lo, e isto não é bom porque Ele é

Erratas

PAPA ALERTA: NÃO "VOLTAR ATRÁS"NO VATICANO II

Deus e é a força que nos consola, a forçapara prosseguirmos. Mas seguir avante di-ficulta... a comodidade é melhor!".

"Hoje - prosseguiu o Papa - aparente-mente estamos todos contentes com a pre-sença do Espírito Santo, mas não é assim.Por exemplo, vamos pensar no Concílio:

"O Concílio foi uma linda obra do Espí-rito Santo. Pensamos em Papa João XXIII:um pároco bom, obediente ao Espírito San-to. Mas depois de 50 anos, fizemos tudo oque o Espírito Santo nos disse no Concí-lio? Não. Comemoramos este aniversário,erguemos um monumento, mas desde quenão incomode. Nós não queremos mudar, eo pior: alguns querem voltar atrás. Isto éser teimoso, significa querer domesticar oEspírito Santo; ser tolo, de coração lento".

Fonte:http://it.radiovaticana

PAPA FRANCISCO CRIA PRIMEIROGRUPO DE TRABALHO

2. o Presidente da Pontifícia Comissãopara a Cidade do Vaticano e da Governado-ria do Estado da Cidade do Vaticano, carde-al Giuseppe Bertello, Itália;

3. Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga,Honduras;

4. o bispo emérito de Santiago, Chile,Francisco Javier Errazuriz Ossa;

5. o cardeal americano SeanO'Malley,Estados Unidos;

6. o arcebispo de Bombay, Índia, OswaldGracias;

7. o arcebispo de Kinshasa, Zaire, Lau-rent Monsengwo Pasinya;

8. o arcebispo de Sidney, Austrália, Ge-orge Peil.

O'Malley, Maradiaga e Monsengwoeram tidos como possíveis sucessores deBento XVI.

O primeiro encontro do grupo deve dar-se no início de outubro deste ano. O PapaFrancisco já entrou em contato com cadaum deles, como informou o Vaticano. A últi-ma grande reforma da Cúria data de 1967,feita pelo Papa Paulo VI.

O novo "chefe" dos 1,2 bilhões de cató-licos recebeu uma pesada herança. Abusosexual de crianças, Vatileaks etc. deixaram aIgreja em crise profunda. A insatisfação comos cardeais da Cúria, quase todos italianos,também contribuiu para que, pela primeiravez em 1.300 anos, um não-europeu fosseeleito Papa e não um dos favoritos italia-nos.

Fonte: Spiegel online de 13 de abril de2012, 19.21 horas

Enviado por Irene Cacais

A RECONSTRUÇÃO DE FRANCISCO

vismo, a incapacidade de dialogar,os deslizes morais e as vacilaçõesde fé de alguns padres, etc. Tudoisto agride a fé do povo, a perse-verança dos fiéis e sua inserçãono apostolado.

Há tempos fui a um encontro

eclesial onde escutei de uma reli-giosa, inserida em lutas feministas,que era preciso desconstruir aidéia - segundo ela, machista - deum Deus, homem, pai e todo-po-deroso. Ora, desconstruir é o opos-to de construir, um juízo mais apro-

ximado de destruir do que criar.Ora, quando se escuta afirmaçõesdesse jaez, somadas a atitudes efatos, aqui e acolá, onde certosdescaminhos da cúria romana e osluxos das cortes vaticanas reve-lam que é preciso um outro Fran-

cisco para efetuar uma reforma paraa reconstrução da Igreja.

Pois, de repente, um novo Pen-tecostes começa a soprar sobre anossa Igreja, com a eleição do car-deal argentino Jorge Mário Bergó-glio que, sintomaticamente adotouo nome de Francisco, em homena-gem ao poverello reformador deAssis.

Ao que parece, o sopro reno-vador do Espírito, o mesmo queescolheu Bergóglio para o cargomáximo da Igreja, murmurou nosouvidos do cardeal argentino, omesmo que disse ao santo: "Fran-cisco, reconstrói a minha Igreja!"

Ao novo papa ficam vários de-safios: Há questões morais como oaborto, o casamento entre pessoasdo mesmo sexo, a eutanásia e o usode células embrionárias que sãoinegociáveis. Mas há outros temas,como celibato do clero, aproveita-mento de padres casados, novopapel da mulher na Igreja e reformada liturgia que, por estruturais,comportam um diálogo e uma bus-ca de melhores soluções.

De fato, constata-se que hámuita coisa a reconstruir...

Antônio Mesquita GalvãoO autor é Escritor, Filósofo e

Doutor em Teologia Moral

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Edição 230

Não é a primeira vez que umBispo de Roma renunciaao Papado.

O primeiro a fazê-lo foi o PapaPonciano em 28/09/235 sendo logoapós preso pelo imperador romanoe levado para uma pedreira ondemorreu em consequência dos tra-balhos forçados. A data da renún-cia de Ponciano é o primeiro fatodocumentado com precisão de dia,mês e ano na História Eclesiástica.

O segundo a renunciar foi oPapa Bento IX com um papado con-turbado, foi expulso de Roma em09/1044, retornou ao papado em 10/03/1045, abdicou novamente em 01/05/1045, retornando no mesmo ano,mais uma vez deposto em 24/12/1046, retomando novamente a SéPetrina em 08/11/1047 até ser expul-so definitivamente em 16/07/1048.Era uma época em que as famílias

Jesus era leigo; os seus discí-pulos e discípulas eram leigos:pescadores, cobradores de

impostos, domésticas… As primei-ras testemunhas da Ressurreiçãoforam os leigos e, antes dos Após-tolos, as mulheres.

Os leigos foram a vanguardada Igreja: estavam no mundo, aon-de Jesus Cristo nos enviou atodos:"Ide pelo mundo inteiro eanunciai a Boa Nova a toda a cria-tura" (Mc. 16,15).

Os cristãos estavam em tudoquanto era sítio: na família, no tra-balho, no exército… Ainda nãohavia templos. Entre os mártires -as testemunhas pelo sangue e pelavida, dada por Cristo - eles consti-tuíam o seu maior número, concre-tamente as mulheres: Santa Felici-dade, Santa Perpétua, Santa Inês,Santa Cecília, Santa Ágata.

Quando acabou a perseguição,pelo édito de Milão (313), de Con-stantino, não encontrando melhormeio de dar a vida por Cristo, fo-ram eles - os Leigos - a retirar-separa o deserto (fuga mande), parase consagrarem totalmente ao Se-nhor; assim começou o monar-quismo (= vida isolada), depoistransformado em cenobismo (vidaem comum), por influência de SãoBasílio (no Oriente) e São Marti-nho de Tours, Santo Agostinho eSão Bento (no Ocidente). Quandoa Igreja precisava de Bispos paraconduzir as Comunidades ia bus-cá-los ao deserto e ordenava-os,primeiro como sacerdotes e depoiscomo Bispos.

Depois veio o clericalismo: opredomínio do clero; fosse ele de

PAPAS RENUNCIANTES11/03/2013, dia de Nossa Senhora de Lourdes, fomos surpreendidos

pela apresentação da renúncia do Papa Bento XVI.

da aristocracia romana disputavamo poder dos Estados Pontifícios eo nepotismo grassava na Santa Sé:Bento IX era sobrinho do seu ante-cessor, o Papa João XIX, que porsua vez era o irmão caçula do seuantecessor o Papa Bento VIII.

O terceiro papa a renunciar à Séde Pedro foi São Celestino V, cujonome de batismo era Pietro DelMorrone. Celestino era monge,considerado santo por todos e ha-via fundado uma ordem monásticadedicada a cuidar dos pobres e

doentes. Foi eleito papa contra asua vontade em 29/08/1294 e renun-ciou em 13/12/do mesmo ano. Ape-sar de um homem de fé e vida iliba-da, não se saiu bem no papado.Maxwell-Stuart, em sua obra Crô-nicas dos Papas (Ed. Verbo, 2004,p. 123), diz: "A santidade, tornava-se agora claro, não era suficiente.Justiça lhe seja feita, Celestino sa-bia-o, e cinco meses após a sua elei-ção abdicou." Após sua renúnciafoi eleito Bonifácio VIII.

O último papa que renunciouantes de Bento XVI foi GregórioXII (1406 a 1415), que viveu o cha-mado grande Cisma do Ocidente:além de Gregório XII, o papa ver-dadeiro, que morava em Roma,havia ainda Bento XIII, anti-papaeleito pelos cardeais em Avignon,e o antipapa João XXIII, eleito no"Concílio" de Pisa. Convocado o

Concílio de Constança, o impera-dor do Sacro Império Romano Si-gismundo pediu que o Papa e osdois anti-papas renunciassem, massó Gregório XII renunciou e de-pois foi eleito o Papa Martinho V.

Há também os chamados pa-pas demissionários cujas renúnci-as não são consideradas plena-mente livres, mas fruto de pressõese oposições, fazendo com que, di-ante de uma iminente deposição,eles mesmos resolvessem, aindaque contrariados, renunciar. Sãotidos como demissionários, Mar-tinho I em 653, Bento V em 964,João XVIII em 1009, Silvestre IIIem 1045 e os já citados Bento IX eGregório XII.

João Dias Rezende Filhodiácono em São Luís/MA,

bacharel em Direito e [email protected]

NO PRINCÍPIO DO CRISTIANISMO ERAM OS LEIGOSordem doutrinária (séculos XII-XIII), em que o Papa delegava aospríncipes o governo temporal dospovos; fosse ele de ordem social,que defendia que o maior grau decultura do clero lhe dava direito aorientar os assuntos de ordemtemporal; fosse ele de ordem ecle-sial, o que nós melhor conhece-mos, que reservava ao clero todasas iniciativas e responsabilidadespastorais… Foi a clericalização dasordens religiosas e da Igreja quearrastou consigo a marginalizaçãodos leigos, reduzidos a meroscumpridores.

E, assim, chegamos ao Concí-lio Vaticano II - designado o Con-cílio dos Leigos - que preconizoua autonomia da esfera temporal e amaioridade eclesial dos leigos,concretamente na Gaudium etSpes. Refira-se, de passagem, quea maioria dos 20 Concílios anterio-res teve, como finalidade, a con-denação de heresias e do mundo,ao contrário do Vaticano II queprocurou olhar e ver o mundo,como Jesus o olhava e via.

Mas, afinal, onde estão os Lei-gos? Que fizeram e fazem eles pelaIgreja? Não é o seu lugar o mundoda profanidade: a família, a escola,o trabalho, a política? Afinal, ondeestão eles? Na família é o que sevê, com o aumento dos divórciose a negligência na passagem (= tra-dição) da fé aos filhos; na escola enas creches, a mesma coisa; no tra-balho, nem falar; na política, a des-graça total; nas Paróquias, quan-do muito, vemo-los no templo, devolta dos altares e dos Padres,como leitores, cantores ou Minis-

tros extraordinários da Comunhão.Infelizmente, a maioria deles, mes-mo aqueles que têm cursos supe-riores, a nível da fé, é analfabeta,tendo-se ficado pela catequeseinfantil de preparação para a Co-munhão. Quem é que os vê, comocatequistas de crianças, de ado-lescentes e jovens, ou ajudandonos Cursos de Preparação para oMatrimônio? As catequeses dasnossas Paróquias continuam, namaioria dos casos, entregues apessoas de boa vontade, mas semformação capaz… Daí a debanda-da geral, após a recepção dos Sa-cramentos, à falta do testemunhode cristãos credíveis.

A Fé tem que ser inteligível,para ser credível: inteligível, antesde mais para quem crê; temos queter razões para crer, senão não astemos para evangelizar: "Intellige

ut credas" - dizia Santo Agostinho:procura compreender o que crês,para o creres mais convictamentee o testemunhares com mais credi-bilidade; Santo Inácio de Loioladiria: "procede, como se tudo de-pendesse de ti e nada de Deus"!

Mas, não podemos ficar poraqui; por isso, continua SantoAgostinho: "crede ut intelligas!"Mantém-te fiel, no seguimento deCristo, ainda que não compreen-das, de momento, o que crês, quea compreensão é filha da fidelida-de; Santo Inácio diria: 'procedecomo se tudo dependesse de Deuse nada de ti'!

Um dia, um jovem alemão dis-se-me que admirava os Jesuítaspela sua ligação ao mundo. Defato, Santo Inácio de Loiola dese-jou da vida conventual: nada dehábito religioso, pois não é o há-

bito que faz o monge; nada de Li-turgia conventual das horas. Que-ria homens livres que pudessem'discorrer' por todo o mundo. Nãoterá sido, por isso, que a Compa-nhia de Jesus teve tanto sucesso,nos primeiros anos, sobretudo emPortugal, graças aos descobrimen-tos?

Onde estamos nós hoje? A pri-meira finalidade do Concílio foi le-var a Igreja à descoberta da suaidentidade: Igreja que dizes de ti?O que és? Para que existes? Qual atua missão? Como estás a ser e aviver? Igreja, que tens a dizer aomundo e como estás a dizê-lo?Como é que o mundo te vê? Quesignificas para ele? Como é que tuo ouves e ele te ouve? Muito pou-co? Quase nada? Por quê?

Não continuarão a ser estas asquestões centrais para a vida emissão da Igreja, hoje?

Porque será que o mundo nãonos estima? Seremos verdadeira-mente o que o Senhor nos mandouser: fermento, sal e luz do mundo?Como o poderemos ser, se a nossamaior tentação - pelo menos nosúltimos séculos - foi e é a fuga mun-di, agora, não para o deserto, queera e é mundo, mas para o conven-to e a sacristia (o templo), que nãoexistiam, no princípio?

"Deus não enviou o seu Filhoao mundo para condenar o mun-do, mas para que o mundo sejasalvo por ele" (Jo. 3, 17). Se assimé - se o próprio Filho de Deus nãoteve medo do mundo, porque ha-veremos nós de tê-lo?

P. Domingos M. da Costa, SJhttp://essejota.net/index.

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"Para celebrar os meus 90 anos escrevi as 45 lições que a vida meensinou:1. A vida não é justa, mas ainda é boa.2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seusamigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia doque é a jornada deles.14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveriaentrar nele.15. Tudo pode mudar num piscar de olhos.Mas não se preocupe,Deus nunca pisca.16. Respire fundo. Isso acalma a mente.17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonita ou alegre.18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.19. Nunca é muito tarde para ter uma velhice feliz. Mas isto é por suaconta e ninguém mais.20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não comoresposta.21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Nãoguarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você.26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas pala-vras 'Em cinco anos, isto importará?'27. Sempre escolha a vida.28. Perdoe tudo de todo mundo.29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.33. Acredite em milagres.34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquercoisa que você fez ou não fez.35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.36. Envelhecer ganha da alternativa 'morrer jovem'.37. Suas crianças têm apenas uma infância.38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todosos lugares.40. Se colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemostodos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmosproblemas de volta.41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.42. O melhor ainda está por vir.43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.44. Produza!45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente."

REGINA BRETT, 90 ANOS DE IDADE. CLEVELAND, OHIO

45 LIÇÕES QUE A VIDAME ENSINOU

Milhares de sacerdotes naEuropa e nos EstadosUnidos se uniram em

um apelo à "desobediência" da hi-erarquia em que não vêem uma he-resia, mas uma advertência: se opapa Francisco não apressar amodernização da Igreja, os católi-cos, decepcionados, a abandona-rão em massa.

"A insatisfação atingiu o nú-cleo, incluso as camadas mais le-ais que vão à igreja todos os do-mingos", diz, numa entrevista àEFE, Helmut Schüller, porta-voz dogrupo de padres austríacos que,em 2011, se rebelou contra o Vati-cano e começou um movimento aque já se juntaram 3.500 párocosna Europa e nos EUA.

A chamada "Iniciativa de Páro-cos" publicou em junho de 2011 ummanifesto em que "perante a recu-sa de Roma a uma reforma há muitotempo necessária", se declaravaobrigada a seguir sua própria cons-ciência e a agir de forma indepen-dente dos ditames do Vaticano.

Apoiar a ordenação de mulhe-res e casados, dar a comunhão atodos os "fiéis de boa vontade",mesmo divorciados, e permitir queos leigos também preguem a pala-vra de Deus, são algumas das "de-sobediências" a que se comprome-teu um grupo de padres que hoje jásoma 430, 14% do total da Áustria.

O apoio de cerca de 1.000 pa-dres na Irlanda e EUA, cerca de700 na Alemanha, mais de 540, naSuíça, e os contatos com a Améri-ca Latina, especialmente com oBrasil, e com a África, tem feitodestes desobedientes a principalameaça à hierarquia do Vaticano.

O pároco Schüller, cuja rebe-lião foi punida com a retirada dotítulo de "monsenhor" está espe-rançoso de que a eleição de Fran-cisco seja o início da abertura daIgreja, mas advertindo que há for-ças, lideradas pelo Opus Dei, que

OS PADRES "REBELDES" ALERTAM

não vão fazer a vida fácil.Apesar de reconhecer que ain-

da não está claro se o Papa quer ini-ciar estas reformas, Shüller, que foi,nos anos 90, diretor da Cáritas daÁustria, considera que Jorge MarioBergoglio "se impôs uma grandepressão sobre as expectativas."

"Estamos com interesse, nãoqueremos ser rudemente impacien-tes, mas logo tem que haver si-nais", confidencia Schüller, pois,caso contrário, pode haver um efei-to negativo.

"Se essa esperança for decep-cionada, duas coisas vão aconte-cer: muitos se vão afastar da Igre-ja e aqueles que ainda queremmudanças com certeza vão endu-recer", assegura ele.

Em qualquer caso, se Francis-co quiser fazer mudanças, Schül-ler acredita que o papa terá de pro-curar ajuda e enfrentar as congre-gações mais conservadoras, comoo Opus Dei, Comunhão e Liberta-ção e os Legionários de Cristo.

"É claro que, para o Opus Deia eleição de Francisco foi uma der-rota. Mas o sistema ainda está lá,há um monte de poder e de dinhei-ro, há muitos interesses. Quaseque é preciso ter um pouco demedo pelo papa, não deixa de serperigoso", adverte ele.

"Há décadas, a administração(do Vaticano) é fortemente contro-lado por esses movimentos", ex-plica ele. "O maior poder dessesgrupos consiste em não fazer nada,como fizeram com o Concílio Vati-cano II, quando simplesmente nãose aplicou o que foi acordado",lembra ele.

Segundo Schüller, seja quemfor que tente reformar coisas noBanco do Vaticano e o que "láacontece por baixo dos panos" vaideparar com gente dura "que nãofaz barulho".

Schüller encoraja o papa a bus-car o apoio dos bispos e a trans-

formar seu Sínodo em um órgãode co-governo da Igreja.

Nesta luta de poder e interes-ses, o ex-Vigário Geral insiste que opilar essencial da Igreja são as co-munidades. "As paróquias ativassão o elemento mais importante daIgreja" e precisam de apoio e desacerdotes disponíveis, destaca.

"Se essa é a prioridade, como sepode permitir que só os homens se-jam sacerdotes, ou expulsar homensde talento, simplesmente porque elesnão estão dispostos a não casar?"expõe ele, lembrando que estes sãoos motivos mais importantes do seuchamado à desobediência.

Schüller compara o afastamen-to da Igreja com os seus paroqui-anos com a proximidade e a facili-dade de acesso que faz com queos cultos evangélicos ganhem ter-reno na América Latina.

Quem foi defensor das vítimasde abusos sexuais na diocese deViena rechaça que sua iniciativaseja cismática e garante que exata-mente essa demonstração de quese pode ser crítico, dentro da Igre-ja, fez com que muitos fiéis não aabandonassem.

Quanto ao fato de o movimen-to de "desobediência" não ter tidosucesso ainda na Itália, Espanha eEuropa Oriental, Schüller adverteque essa onda ainda vai chegar láe lembra que em Portugal "a Igrejae o povo eram uma coisa só" e,apesar disso, a Irlanda agora é umdos eixos do movimento rebelde.Algo relacionado com a perda deconfiança na Igreja por causa dasocultações em casos de abuso decrianças, assegura ele.

"Nós vamos nos surpreendercom o que vai vir da Polônia, Eu-ropa Oriental e Europa do Sul",onde, segundo ele, esses escân-dalos ainda permanecem ocultos.

Antonio Sanchez SolisFonte: http://noticias.lainformacion

Tradução: João Tavares

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Diversos povos da antigüidade ti-nham por hábito (no Oriente, algunstêm até hoje) que os filhos matas-

sem os seus pais quando estes estivessemvelhos e doentes. Na Índia os doentes in-curáveis eram levados até a beira do rioGanges, onde tinham as suas narinas e aboca obstruídas com o barro. Uma vez feitoisto eram atirados ao rio para morrerem. Nospaíses árabes os pais eram deixados no de-serto; entre os esquimós, no gelo. A dis-cussão sobre tão delicado tema, tem pros-seguido ao longo da história da humanida-de. No século XIX, na então Prússia, quan-do, durante a discussão do seu Plano Naci-onal de Saúde, foi proposto que o Estadodeveria prover os meios para a realizaçãode eutanásia em pessoas que se tornaramincompetentes para solicitá-la.

Há países da América Latina em que, atra-vés da possibilidade do "homicídio piedo-so", doentes, idosos e deficientes são sacri-ficados, por auto-solicitação ou da família. Apartir de 1939 foi iniciado o programa nazistade eutanásia, sob o código "Aktion T 4". Oobjetivo inicial era eliminar aquelas pessoasque tinham uma "vida que não merecia servivida". Este programa materializou a pro-posta teórica da "higienização social" (oufaxina étnica) de Hitler. Em 1954, o teólogoepiscopal Joseph Fletcher, publicou um li-vro denominado "Morals and Medicine",onde havia um capítulo com título "Eutha-nasia: our rigth to die". A Igreja Católica, em1956, posicionou-se de forma contrária à eu-tanásia por ser contra a "lei de Deus". O papaJoão Paulo II, falando em nome da IgrejaCatólica, foi enfático em sua condenação:"Temos que denunciar mortes que ocorrempara aumentar a disponibilidade de materialpara transplantes, como retirada de órgãossem respeitar os critérios objetivos e ade-quados de comprovação da morte do doa-dor" (EV 15). É uma bandeira de todas asIgrejas Cristãs a defesa da vida, a partir doseu nascedouro, representado pelo momen-to da fecundação do óvulo.

O verbete eutanásia vem do grego, ondeeú, (bom) + thánatos (morte) dão uma idéiade "boa morte" ou "morte feliz" isenta dedores e sofrimentos. A expressão eutanásiateria sido cunhada por F. Bacon († 1626) paracaracterizar uma "boa morte". No Brasil aeutanásia é considerada como sendo umhomicídio doloso. Tanto assim que se en-contram parados nas subcomissões da Câ-mara Federal, vários projetos para a legaliza-ção da "morte sem dor". Reconhecendo quenem tudo o que é cientificamente possívelde ser realizado é eticamente aceitável, tallinha de raciocínio nos conduz à reflexão quese consolidou a partir da necessidade em sereconhecer o valor ético da vida humana erecolher subsídios para conciliar o imperati-vo do desenvolvimento tecnológico e a pro-teção da vida e da qualidade dessa vida. Ogrande desafio da bioética moderna é conci-liar o saber humanista com o saber científicona busca da felicidade do ser humano. Afi-nal parece ser este o objeto de desejo quebuscamos da ciência: a realização de nossasexpectativas de vida longa e saudável.A Igreja e a eutanásia

A respeito da eutanásia, bispos católi-cos da Inglaterra advertiram em uma carta

A EUTANÁSIA É UMA "BOA MORTE"?

aberta à Câmara dos Lordes Britânica (09/06/2003) que a legalização da eutanásia ouo suicídio assistido seria equivalente a le-galizar o homicídio intencional. A carta pro-cede do arcebispo de Glasgow - monsenhorMario Conti - na qualidade de membro daComissão de Bioética dos bispos católicosda Grã-Bretanha e da República da Irlanda,e do arcebispo de Cardiff, monsenhor PeterSmith. "O primeiro e fundamental princípiodo direito humano é o direito à vida - escre-vem os prelados - e o primeiro dever doEstado é protegê-lo, salvaguardando a vidade seus próprios cidadãos".

"Em nossa nação - prosseguem os bis-pos ingleses - temos uma grande tradiçãono cuidado dos enfermos, que encontra umaparticular expressão nas casas de recupe-ração. E na promoção dessas, e não matan-do os anciãos e deficientes, é como avan-çamos na civilização". Finalmente, os prela-dos do Reino Unido recordam em sua cartaque 75% dos médicos britânicos são con-trários a esta prática, ainda na hipótese deque se legalize.

No Catecismo da Igreja Católica, há vá-rios textos na defesa da vida, contra abor-to, manipulações genéticas e eutanásia.Cabe uma leitura atenta de alguns trechos.2276 Aqueles cuja vida está diminuída ouenfraquecida necessitam de um respeito es-pecial. As pessoas doentes ou deficientesdevem ser amparadas para levarem uma vidatão normal quanto possível. 2277 Sejamquais forem os motivos e os meios, a euta-násia direta consiste em pôr fim à vida depessoas deficientes, doentes ou moribun-das É moralmente inadmissível. Assim, umaação ou uma omissão que, em si ou na inten-ção, gera a morte a fim de suprimir a dor cons-titui um assassinato gravemente contrário àdignidade da pessoa humana e ao respeitopelo Deus vivo, seu Criador. O erro de juízono qual se pode ter caído de boa-fé não mudaa natureza deste ato assassino, que sempredeve ser proscrito e excluído (CDF - Iura etBona: AAS 72(1980) 542-552), O direito à vidaé o valor mais importante do ser humano, poisconstitui um princípio referencial às exigênci-as éticas, às normas do direito, às práticassociais e ao discurso das entidades voltadaspara a defesa dos direitos humanos.

É imperioso defender a vida a qualquerpreço, a despeito de quaisquer teorias prag-máticas, mesmo quando ela se fragiliza (in-fância, deficiência, velhice, doença terminal,etc.). Como ensina o professor G. Durand,"Apenas Deus é dono da vida, dirão os cren-tes. A inviolabilidade da vida, dirão os ou-tros, é um princípio imediato, evidente, fun-damental; não é necessário ser crente para

acreditar nisso. Toda a negação a esse prin-cípio apresenta uma tendência perigosa,como a experiência nazista assim provou".É lícito "desligar" os equipamentos de so-brevida?

A jovem americana Karen Ann Quinlan,tinha 22 anos de idade, quando em 15/04/75entrou na emergência do Newton MemorialHospital, de New Jersey/EUA, em estadode coma, em virtude de algum problemanunca esclarecido. Há quem diga tratar-seda ingestão de tranqüilizantes com bebidaalcoólica. Depois de dez dias, a garota foitransferida para o Hospital St. Clair, em NewJersey. Lá, seus pais adotivos, Joseph eJulia Quinlan, tendo as informações da irre-versibilidade do caso e após conversaremcom seu diretor-espiritual, Padre L. Trapas-so, solicitaram, em 1o. de agosto, a retiradado respirador. O médico assistente, apóster concordado com a solicitação no primei-ro momento, se negou-se, posteriormente,alegando a ética profissional. Inconforma-da, a família foi à justiça solicitar a autoriza-ção para suspender todas as medidas extra-ordinárias, alegando haver, por parte dapaciente uma manifestação anterior, que nãogostaria viver mantida por aparelhos. Emdespacho em novembro de 1975, o juiz res-ponsável pelo caso, não autorizou a retira-da dos aparelhos, baseando a sua negativano fato da impossibilidade de confirmar quea paciente tivesse dado aquela declaração.

A família apelou para a Suprema Cortede New Jersey, que designou o Comitê deÉtica do Hospital St. Clair como responsá-vel para estabelecer o prognóstico da paci-ente e assegurar que a mesma nunca seriacapaz de retornar a um patamar aceitável devida. O Comitê, que até então não existia,deu parecer de irreversibilidade. Em 31/03/76, a Suprema Corte de New Jersey conce-deu, por sete votos a zero, o direito da famí-lia em solicitar o desligamento dos equipa-mentos de suporte extraordinários. Apósisto, a paciente sobreviveu quase dez anos,sem o uso de respirador e sem qualquermelhora no seu estado neurológico.

Em 1995, ministrei, na cidade de Pelotas,RS, um curso intensivo (5 noites) de teolo-gia sobre "vida após a morte" (escatolo-gia). Num determinado momento do progra-ma, para falar em após a morte, tivemos quedefinir a hora da morte, quando veio à bailao assunto morte encefálica (ME) e conse-qüente desligamento de aparelhos. Umareligiosa, que trabalhava na UTI de um doshospitais da cidade, relatou que, por contade um acidente de carro, uma moça foi de-clarada em ME, sendo recomendado pelosmédicos que lhe desligassem os aparelhos

e depois dessem a notícia do falecimento àfamília. A irmã de caridade resistiu à idéia, eos aparelhos não foram desligados comofora adredemente solicitado. Para não sealongar, a religiosa perguntou: "Sabem ondeestá a moça hoje? É dentista, casada e temdois filhos". Nenhum dos médicos presen-tes contestou o depoimento.

O homicídio involuntário (o agente nãoteve a intenção de praticar o ato danoso)não é moralmente imputável. Mesmo assim,não está isento de falta grave quem, demodo culposo (imperícia, imprudência ounegligência) agiu de maneira a provocar amorte, ainda que sem a intenção de causá-la. É imperioso buscar a proteção da vidahumana e de suas características intrínse-cas relacionadas à dignidade, inviolabilida-de, e identidade do ser humano.O suicídio assistido

O suicídio assistido nada mais é que umaforma (mascarada) de eutanásia. Em algunspaíses ditos evoluídos, da América do Nortee da Europa, por exemplo, cresce a prática dosuicídio assistido, em que o doente (ou afamília) encomenda a um médico ou a umaequipe especializada uma "morte higiênica eindolor". É mundialmente conhecida a ativi-dade do Dr. Jack Kevorkian, falecido em ju-nho de 2011, um médico patologista, que jáauxiliou mais de uma centena de pessoas acometerem suicídio assistido ou eutanásiadesde 1990. No primeiro caso em que atuou,em 1990, ele auxiliou uma senhora, chamadaJanet Adkins, que desejava morrer, por terrecebido o diagnóstico de doença de Alzhei-mer. O Dr. Kevorkian nunca teve contato di-reto com esta senhora antes de realizar osprocedimentos que possibilitaram o seu sui-cídio assistido. Ele atuava sem licença médi-ca desde 1991. Em 1997 vários relatos de ca-sos de pessoas que foram auxiliadas a co-meterem suicídio utilizaram técnicas que in-dicam a participação do Dr. Kevorkian, massem que o mesmo tenha assumido este fato.Vale lembrar que ele foi processado e ino-centado em diferentes estados americanos.

Um caso de suicídio assistido por ele re-alizado, com a Sra. Rebecca Lou Badger, De-troit/EUA, deixou algumas pessoas muitopreocupadas com os critérios utilizados paraa realização dos procedimentos. Esta senho-ra, então com 39 anos, tida como portadorade esclerose múltipla, solicitou a assistênciado Dr. Kevorkian para a realização de suicí-dio assistido. Foi submetida (pela família) auma bateria de testes, onde não foi consta-tada qualquer evidência da doença que jus-tificasse a interrupção de sua vida. Não seriauma eutanásia, mas um mero suicídio.

Com referência à abreviação da vidahumana, em 1955, o papa Pio XII († 1958) semanifestou: "Não se pode interromper avida sem uma sólida justificativa moral. Ecomo a moral e a ética defendem a vida so-bre todos os valores, não há ética em qual-quer forma de interrupção da vida". Ou seja,mesmo que houvesse justificativa para su-primir a vida, ela não seria ética.

A resposta à questão título: Não! A eu-tanásia, por ser um homicídio, não pode servalorizada como "boa".

Antônio Mesquita GalvãoO autor é filósofo, Doutor em Teologia

Moral e especialista em Bioética.

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9Jornal RUMOSEdição 230

Meu amigo jesuíta ThomasJ. Fitzpatrick SJ me con-tou esta maravilhosa

história há alguns anos sobre ofalecido cardeal Carlo Martini SJ,e me permitiu compartilhá-la comvocês. Ela é engraçada, provoca-tiva e comovente ao mesmo tem-po, e fala muito sobre a humilda-de. Normalmente ouvimos essetipo de histórias contadas e recon-tadas, e descritas como "apócri-fas", mas esta não é.

A nota é do jesuíta norte-ame-ricano James Martin, em artigopublicado no sítio da revista Ame-rica, 01-09-2012. A tradução é deMoisés Sbardelotto.Eis o texto.

Quando eu era superior doPontifício Instituto Bíblico em Je-rusalém, eu regularmente levavao cardeal Martini, que era mem-bro da nossa comunidade jesuí-ta, de carro até o aeroporto, quan-do ele viajava. Antes do concla-ve papal de 2005, o núncio papalda Terra Santa, o arcebispo PietroSambi, persuadiu o cardeal a usaros serviços exclusivos no aero-porto de Tel Aviv. Assim, no dia

Ao longo da História do Bra-sil, não foram poucos osescândalos envolvendo

recursos públicos. Quem ama a lei-tura e acompanha a profusão deestudos sobre o histórico brasilei-ro de corrupção político-adminis-trativa sabe como as coisas ten-dem a acontecer por aqui. A gera-ção atual deparou-se com o men-salão, um esquema de desvio derecursos públicos para fins priva-dos, comandado de dentro dasmais altas esferas do Governo.

É interessante prestar atençãoao que ocorre com esse tipo deescândalo nos diferentes povose culturas políticas. Hoje, em al-guns países, administradores sur-preendidos em casos de uso pri-vado de dinheiro público prefe-rem tirar a própria vida a enfren-tar o vexatório processo de julga-mento. A condenação seria a su-prema ignomínia pessoal. O quechama atenção, porém, é o fatode que a renúncia à vida se dáapenas quando o malfeito é des-coberto. Enquanto isso não ocor-re, continuam com suas ações le-sivas à coletividade. Por aqui, nãose tem notícia de semelhante ati-tude radical. Os corruptos daquipreferem enfrentar os tribunais,aduzindo os mais variados tipos

A BENGALA QUE MUDOU OS RUMOS DA IGREJAantes de eu o levar até o aeropor-to para o conclave, eu informei asegurança do aeroporto que euestaria chegando com o cardealMartini. Chegamos na manhã se-guinte perto das 4h da madruga-da e fomos escoltados até umasala privada em um prédio escon-dido do resto do aeroporto.

As viagens até o aeroporto como cardeal Martini eram ocasiõespara uma conversa descontraídaentre nós, mas essa manhã em par-ticular tinha uma aura diferente paraele. Eu estava um pouco temerosode que um membro da minha comu-nidade, da qual eu era superior, nãosó estaria participando do concla-ve, mas também havia rumores deque ele era um dos principais favo-ritos. Eu sabia que o cardeal Marti-ni não queria ser papa.

Então, em parte brincando, mastambém muito a sério, quando elefoi chamado a embarcar no avião,eu lhe disse: "Carlo, eu sei quevocê não quer ser papa. Eu sou oseu superior religioso e, como je-suítas, devemos obedecer aos su-periores. Deixe-me dizer-lhe que,se você for eleito papa, por favor,

aceite". Nós rimos. Eu o abracei, eele partiu para o conclave.

Quando o cardeal Martinivoltou do conclave, eu nova-mente dirigi até o local especialpara recebê-lo em sua chegada.Depois de passarmos por todosos controles do aeroporto e es-tarmos a caminho de Jerusalém,

eu lhe disse que eu estava umpouco zangado com ele. Eu tinhavisto muitas coisas sobre ele nasreportagens da televisão sobre oconclave e eu vi que ele estavausando a sua bengala.

Então eu disse a ele: "Eu seique você não tem que usar a suabengala, e eu acho que você

apareceu com ela para demons-trar às pessoas como você estádoente. Estou certo?".

"Sim", disse ele.Depois disso, na casa em Jeru-

salém, eu apontaria para a bengalado cardeal e diria: "Aqui está opedaço de madeira que mudou orumo da Igreja Católica".

RÉUS DO MENSALÃO: O SENTIDOEDUCATIVO DAS PENAS

de argumentos para justificarseus malfeitos. Na verdade, emsuas práticas, recusam-se a reco-nhecer a Constituição, como có-digo normativo da vida coletiva aser respeitada e cumprida por to-dos. Assim como ela foi feita paraproteger os direitos dos cidadãos,também tem a prerrogativa de jul-gar e punir aqueles que não acumprem. Foi o artifício encontra-do pelas modernas democraciaspara garantir a igualdade entretodos os membros de uma coleti-

vidade. Aqueles que infringemgravemente a Constituição sãopor ela punidos. O STF deixouclaro que ninguém pode se con-siderar acima da lei.

Os argumentos aduzidos porcondenados, seus advogados edefensores merecem particularatenção. Alguns casos revelamquanto de egoísmo está presenteo modo de pensar de alguns réus.O desvio de recursos do patrimô-nio público para a compra de vo-tos e consciências, pagamento de

propina, para fins pessoais, parti-dários ou não públicos, diz a Cons-tituição, é crime. É um dinheiro quefaz falta em obras destinadas amelhorar a vida de todos, sobretu-do dos menos agraciados pela na-tureza. Muitos agentes públicosnão conseguem perceber que es-ses recursos, que deveriam bene-ficiar a todos, fazem falta na segu-rança, saúde, educação, infraestru-tura de portos, aeroportos, estra-das, etc. São menos escolas, hos-pitais, estradas em condições de

trânsito seguro, que dificultam asações de saúde, educação e ma-tam pessoas em suas necessida-des mais básicas e em sua digni-dade. Basta prestar atenção nosnoticiários de todos os dias paraindignar-se com tanto pouco casopara com a vida humana.

Ao contrário do passado -quando os cidadãos de bem pas-savam apenas da indignação aoconformismo impotente - o julga-mento do mensalão pelo STFacendeu uma luz nos limites dis-tantes da construção de uma de-mocracia civilizada no Brasil. Ocristão não deve entender a puni-ção como uma forma de vingançaou alegrar-se com os castigos im-postos aos que desviaram as suascondutas dos caminhos da Cons-tituição. A vingança é anticristã.O castigo previsto em lei tem umcaráter educativo. É pedagógico.Tem o objetivo de dizer a todosos cidadãos, que as leis existempara serem respeitadas e cumpri-das. Elas têm como fim último or-denar a vida de todos e protegera integridade de cada membro dacomunidade política.

Antônio Frederico [email protected]

Autor de: A Corrupção Político-Administrativa no Brasil

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10 Jornal RUMOS

Jornal RUMOS

Edição 230

A corrida dos candidatos atrás doapoio de igrejas evangélicas é umdos fenômenos que mais chamou a

atenção nas eleições municipais de 2012.O apoio religioso tem sido disputado pal-mo a palmo.

Na avaliação de especialistas, o fenô-meno não é novo. A novidade está na exa-cerbação, no nível municipal, de um pro-cesso que já dura 25 anos na cena políticanacional.

A reportagem é de Roldão Arruda e pu-blicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"O ingresso organizado dos pentecos-tais e neopentecostais na política ocorre nasegunda metade da década de 1980, na Cons-tituinte. Foi quando ficou evidente seu in-teresse pela política partidária, ávidos porrecursos públicos, emissoras de rádio e TV,barganhas e alianças com candidatos, par-tidos e governantes", observa o sociólogoRicardo Mariano, coordenador do Progra-ma de Pós-Graduação em Ciências Sociaisda Pontifícia Universidade Católica do RioGrande do Sul. "Eles ajudaram José Sarneya estender seu mandato para cinco anos emtroca de concessões na área de comunica-ção. Em seguida deram apoio maciço a Fer-

A Copa do Mundo de Fute-bol de 2014 vai resultar naemissão de mais de 11 mi-

lhões de toneladas de gás carbô-nico equivalente, de acordo comestudo divulgado pela consulto-ria Personal CO2Zero. Além dopróprio evento esportivo, o estu-do considera a etapa de prepara-ção, incluindo a construção e re-forma de estádios, a infraestruturado entorno e o deslocamento in-ternacional.

A reportagem é de Alana Gan-dra e publicada pela Agência Bra-sil - EBC.

A quantidade equivale a 46.946hectares de floresta para seques-tro futuro de carbono, cerca de34,5% do Pantanal, ou ao consu-mo de energia de 181.254 domicíli-os brasileiros pelo período de umano. "Nós estamos falando aí deum terço do Pantanal", destacouDaniel Machado, consultor res-ponsável pelo estudo, em entre-vista à Agência Brasil.

De acordo com o estudo, entreas cidades mais emissoras estãoSão Paulo, Salvador, Natal e Riode Janeiro. Juntas, elas respondempor 56,7% das emissões estima-das. A cidade que menos polui, deacordo com o relatório, é Recife.

Considerando somente osdias dos jogos no Brasil, os des-locamentos das delegações e dopúblico dentro do país, as emis-sões alcançarão mais de 3 mi-

BRIGA DE SIGLAS POR IGREJAS É PALMO A PALMOnando Collor de Mello no segundo turnodas eleições de 1989, contra a candidaturalulopetista. Eles demonizaram o Lula e o PT,dizendo que iria tolher a liberdade religiosa,fechar os templos evangélicos."

De lá para cá, segundo o estudioso,houve um constante processo de "instru-mentalização recíproca", no qual as igrejasnegociam apoio político em troca do aten-dimento de suas reivindicações, aumentan-do seu poder midiático e político a cada ano.Em 2010, a debandada de eleitores evangé-licos da candidatura de Dilma Rousseff(PT), da qual se dizia ser favorável ao abor-to, foi fator decisivo para levar a eleiçãopara o segundo turno.Crescimento

Paralelamente, verificou-se enormetrânsito de pessoas entre as religiões,com o crescimento do pentecostalismo.Em uma década, entre 2000 e 2010, o to-tal de católicos caiu de 73,6% para 64,6%em relação à população, ao mesmo tem-po que a participação pentecostal subiude 15,4% para 22,2%.

"Eles já representam quase um quartoda população. Não há mais como desprezaresse conjunto do eleitorado", diz Mariano.

"Lula percebeu isso em 2002 e durante osseus dois mandatos tratou sempre de ne-gociar com os evangélicos, ampliando oespaço deles na política. Em São Paulo,porém, a campanha de Haddad parece terdemorado muito tempo para compreenderque era preciso jogar esse jogo."

Na avaliação da socióloga Maria dasDores Campos Machado, professora daUniversidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), a busca do apoio de líderes evangé-licos deve-se à influência que eles têm sobreos eleitores que vão aos seus templos. "Abase social dessas igrejas é recrutada entrepessoas de baixo nível de escolaridade, quedefinem seu voto a partir do que ouvem noscírculos mais próximos", analisa.

Outro fator que é levado em considera-ção, segundo a socióloga, é o uso do tem-plos para a apresentação dos candidatosaos eleitores. "Antigamente, especialmen-te nas pequenas cidades, a apresentaçãoocorria nos comícios. Hoje as igrejas cons-tituem um espaço muito valorizado de con-centração de pessoas. Elas se tornaram ce-leiros de votos."

O sociólogo Pedro Ribeiro de Olivei-ra, da área de Ciências da Religião da PUC

de Minas Gerais, também atribui à deca-dência dos partidos o aumento da influ-ência evangélica: "À medida que os par-tidos perdem identidade e se torna maisdifícil distinguir as diferenças entre oscandidatos, as igrejas acabam ocupandoo lugar da legenda eleitoral. Nesse cená-rio, a indicação do vigário ou do pastoracaba tendo um peso maior."Carismáticos

Não são apenas os evangélicos que atra-em partidos e candidatos. O crescimentoevangélico provocou uma reação católica,especialmente da ala conservadora caris-mática, que também investiu na chamada"instrumentalização recíproca" e conseguiuampliar suas redes de rádio e TV.

"Uma vez que o Vaticano proíbe padresde se candidatarem, os carismáticos esti-mulam leigos a se lançarem na política", dizMariano. "Em São Paulo, o bispo FernandoFigueiredo, ligado ao padre Marcelo Rossi,criou um curso de formação política."

Segundo Maria das Dores, os con-servadores fazem o que a ala progressis-ta da Igreja fazia décadas atrás, quandoajudou o PT a nascer e estimulou o votoem seus candidatos.

COPA DE 2014 VAI EMITIR MAIS DE 11 MILHÕESDE TONELADAS DE GÁS CARBÔNICO

lhões de toneladas. Segundo orelatório, isso equivale a mais de12 mil hectares de floresta ou a9,3% do Pantanal.

O estudo considera que as 3,6milhões de pessoas esperadas paraa Copa, das quais 3 milhões sãobrasileiros e 600 mil estrangeiros,provocarão emissões de mais de 5milhões de toneladas de gás car-bônico equivalente.

"A nossa maior preocupaçãonão é apenas citar que as emissõessejam dessa monta, mas, principal-mente, auxiliar na busca de mitiga-ção", disse Machado, que preten-de encaminhar o relatório ao Co-mitê Organizador Local (COL) daCopa de 2014 e para o Ministériodo Esporte.

A sustentabilidade da Copa2014 será debatida nos próximosdias 12 e 13, em Brasília, por repre-sentantes das 12 cidades-sedeque apresentarão estudos de casode sustentabilidade a partir dasintervenções urbanas já em cursonos municípios.

De acordo com o relatório, aatividade da construção civil, porexemplo, englobando estádios,mobilidade urbana e infraestrutu-ra em aeroportos, deverá respon-der pela emissão de mais de 5 mi-lhões de toneladas de gás carbô-nico equivalente. Isso significa40,9% do total de emissões ou0,3% durante o evento. Para miti-gar esse impacto, o estudo propõeo uso de matéria-prima alternativa

e a adoção de processos produti-vos mais sustentáveis. "A buscapor materiais em raio inferior a 800quilômetros do estádio pode fazerdiferença", disse Machado.

No caso dos transportes, oestudo aponta a utilização de bio-combustíveis, em especial na avi-ação e, no longo prazo, investimen-tos no modal ferroviário. A previ-são é que a área de transportesseja responsável pela emissão de2 milhões de toneladas de gás car-bônico equivalente, o que corres-ponde a 42,9% das emissões to-tais ou a 67,1% das emissões du-rante os jogos.

O relatório aponta ainda pro-postas na área da alimentação,como o fomento de alimentos or-

gânicos e locais. Na área de ener-gia, o estudo defende o uso defontes renováveis. "Quando agente faz isso, a primeira preo-cupação é reduzir ao máximo pos-sível essas emissões. O segun-do passo é, sabendo quantovocê emitiu ou está emitindo,neutralizar as emissões para tor-nar esta Copa um evento verda-deiramente sustentável. Ou sus-tentável com lastro".

Outro dado levantado leva emconsideração a vida útil dos está-dios, considerando um período de30 anos como parâmetro e o núme-ro de jogos que serão realizados nolocal. Nesse caso, o Castelão, emFortaleza, com seis jogos, deveráser o maior emissor da Copa, com197,98 toneladas de gás carbônicoequivalente. Já o estádio mais sus-tentável durante a Copa, de acordocom o relatório, será a Arena Pan-tanal, localizada em Cuiabá (MT).A previsão é de que sejam emiti-dos, neste caso, 37,70 toneladas degás carbônico equivalente nosquatro jogos que sediará.

Por modais de transporte, o aé-reo foi indicado como o maior agen-te de emissão durante a Copa, res-pondendo por 60% dos gases deefeito estufa. "Quando você con-sidera as obras das arenas mais ainfraestrutura, o transporte aéreovai ser o segundo maior emissor,perdendo apenas para a constru-ção civil", ressaltou Machado.

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11Jornal RUMOSEdição 230

Brasília, 11 de Abril de 2013(Zenit.org) - No segundodia da 51ª Assembleia Ge-

ral dos bispos do Brasil, presidi-ram a mesa da coletiva de impren-sa dom Sérgio Eduardo Castriani,arcebispo de Manaus (AM) e pre-sidente da comissão episcopal quepreparou o texto do tema centralda AG, dom Dimas Lara Barbosa, edom Armando Bucciol.A paróquia, comunidade de comu-nidades.

"Nós acreditamos que na pa-róquia cada pessoa deveria ter apossibilidade de fazer um encon-tro com Jesus Cristo", disse DomSérgio. Portanto, os bispos do Bra-sil estão de acordo em que "a pa-róquia precisa de uma renovaçãourgente", ligada à articulação depequenas comunidades, capazesde criar vínculos entre as pesso-as. Uma paróquia setorizada, quedeve ser missionária. A paróquiacomunidade de comunidades pre-cisa acolher todas as realidades:religiosas, associações, CEBs, pas-

As florestas úmidas não são somen-te reservatórios de biodiversidadee de carbono: elas também contri-

buem amplamente para abastecer as regi-ões tropicais com chuvas. Ao associar ob-servações por satélite a simulações digi-tais, pesquisadores britânicos consegui-ram avaliar essa contribuição. Seus resul-tados, publicados na revista "Nature",prevêem uma forte queda nas precipita-ções na bacia amazônica caso o desmata-mento continue no ritmo atual.

A reportagem é de Stéphane Foucart,publicada pelo jornal Le Monde.

"Para mais de 60% das terras tropicais,o ar que circulou acima das zonas de den-sa vegetação produz pelo menos duas ve-zes mais chuvas do que aquele que circu-lou acima de zonas esparsas", escrevem,na conclusão do estudo, Dominick Spra-cklen (Universidade de Leeds, Reino Uni-do) e seus coautores.

"Esses resultados são importantes,ainda que não fossem inesperados", co-menta Simon Lewis, pesquisador no de-partamento de geografia da Universidadede Leeds, que não participou do estudo."As florestas tropicais reciclam a água dachuva devolvendo-a à atmosfera: elasparticipam do transporte da umidade porcentenas de quilômetros. Esses estudosmostram, cuidadosamente, que o desma-tamento em grande escala em um localpode afetar uma vegetação muito distan-te de lá, ao reduzir as precipitações".

Em 2007, um estudo publicado na "Geo-physical Research Letters" já havia sugeri-do que uma redução de 40% da superfícieda floresta amazônica poderia desencadear

GRAVES CONSEQUÊNCIASDO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA

A PARÓQUIA PRECISA DE UMA RENOVAÇÃO URGENTEtorais, novas comunidades de vidae aliança, escolas, hospitais, uni-versidades...

Dom Sérgio afirmou que"Acreditamos na paróquia comoinstituição". Comunidade porque"a vocação cristã se vive em co-munidade", já que na "comuni-dade é onde estão as relações in-terpessoais". Formar comunida-des, verdadeiras comunidades earticulá-las entre si.

Questionado sobre a centrali-zação de poder disse Dom Sérgio,"A missão do bispo é manter aIgreja fiel ao evangelho, mas nãocentralizar tudo." É necessáriodescentralizar. Isso vai implicarnovos ministros porque uma novaparóquia renovada vai precisartambém de novos ministros, comnova formação.Thácio Lincon Soares de SiqueiraComentário:

Estive lendo as notícias sobrea 51ª assembleia da CNBB.

Gostei de observar o interessepela causa da inoperância do atu-

al modelo de paróquia.É inoperante... mas é elogia-

do. Os bispos pretendem fazerda paróquia uma comunidade decomunidades. Onde estão as co-munidades?

Entendo que isto pode ocor-rer. Todavia é primeiro criar condi-ções evangelizadoras que venhama ter como fruto as comunidades.Se for comunidade não pode serdependente da paróquia. É o queocorre na federação. Federal, es-tadual e municipal são esferas in-dependentes.

No caso da Igreja é necessá-rio atentar para sua essência.Igreja é comunidade de chama-dos (ec - caleo: congregados defora para). Então não há gover-no central. Pedro e Paulo não fo-ram imperadores. As comunida-des paulinas e apostólicas eramcomunidades familiares, sendo aEucaristia (não sacrifício, masação de graças) celebrada nascasas e presidida pelo chefe dafamília, não raro uma mulher.

Para que haja esta comunida-de das comunidades, desejadapela 51ª assembleia da CNBB, éprimeiro necessário investir nummodelo de evangelização e degoverno eclesial apropriadospara a construção das comuni-dades, de vários tipos: geográfi-cas, de profissionais, de famíli-as, de pessoas afins...

Estas comunidades, como asapostólicas, necessariamente, de-vem ter autonomia, não é? Entãocaem os dogmatismos: celibatoobrigatório, direção masculina, ri-tualismo mágico, vestuários litúr-gicos pré-estabelecidos. Tudo istoficaria reservado para a congrega-ção das comunidades.

Francisco Resende

uma mudança irreversível do clima regionalpara condições áridas.

Na mesma linha, mas com outros indíci-os, os trabalhos de Spracklen indicam queaté 2050 a continuidade do desmatamentoda Amazônia no atual ritmo levaria a umaqueda média de 12% das precipitações so-bre essa bacia durante a estação úmida e de21% durante a estação seca.

A projeção desse declínio é ainda maispreocupante pelo fato de que envolve re-giões que "já têm uma forte probabilida-de de sofrer secas mais fortes até o finaldo século, caso a temperatura global au-mente 3 graus Celsius", escreve Luiz Ara-gão, pesquisador na Universidade de Exe-ter (Reino Unido), em um comentário pu-blicado pela "Nature".

As consequências dessa sobreposição

de efeitos "aridificantes" - desmatamento eaquecimento - "poderão ser enormes", dizLuiz Aragão. Em termos ambientais, mastambém econômicos.

Primeiro, esse duplo efeito "teria umsevero impacto sobre aquilo que restariada floresta, possivelmente levando a con-dições secas demais para que ela consigaresistir", detalha Simon Lewis. Começariaentão uma espiral de declínio e, mesmo con-siderando que o desmatamento possa ces-sar completamente, o maciço florestal esta-ria condenado a longo prazo.

Segundo, uma grande redução das pre-cipitações não ameaçaria unicamente a flo-resta em si, mas também as atividades agrí-colas da bacia amazônica, que hoje geramcerca de US$ 15 bilhões por ano (cerca deR$ 30 bilhões) de rendas segundo o Institu-

to Brasileiro de Geografia e Estatística.Além disso, como ressalta Luiz Aragão,

a hidreletricidade amazônica cobre cerca de65% da demanda em energia elétrica do país.Só que a eficiência das usinas hidrelétricasestá condicionada à vazão dos rios, e, por-tanto, parcialmente às chuvas.

No entanto, os trabalhos conduzidos porSpracklen não são o que se chama de estu-do de "atribuição": eles não avaliam o pesorelativo da variabilidade natural do clima,do aquecimento em andamento e do des-matamento nos últimos grandes episódiosde seca que atingiram recentemente a área.

Em 2005, uma primeira grande seca haviasido chamada de "seca do século", antes deser destronada, somente cinco anos maistarde, por um episódio ainda mais grave.

A análise desses dois fenômenos excep-cionais, conduzida por Simon Lewis e pu-blicada em fevereiro de 2011 na revista "Sci-ence", havia mostrado que em caso de rein-cidência de tais acontecimentos a florestaamazônica poderá não só deixar de exercerseu papel de esponja de dióxido de carbo-no (CO2) - ela absorve e armazena mais de 1bilhão de toneladas de CO2 a cada ano - ,como também poderia se tornar emissorade gás de efeito estufa.

Uma perigosa reviravolta, que perturba-ria o ciclo do carbono, mas também... os me-canismos econômicos internacionais de com-pensação de carbono baseados no papel deregulador climático da floresta tropical.

De qualquer forma, Lewis acredita queo estudo publicado é "uma razão a mais parautilizar as terras já esvaziadas de maneiramais eficaz e parar de transformar a florestatropical em terras agrícolas".

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12 Jornal RUMOS

Jornal RUMOS

Edição 230

Após a renúncia de Bento XVI e aexpectativa da eleição do novoPapa, o que se leu e ouviu mostram

muito bem que cada um tem suas idéias,suas vontades, seu modo de ver, sentir, ex-pressar-se, avaliar, fazer ilações e maldizer.Houve insinuações dos mais variados ti-pos, julgamentos precipitados, invencioni-ces, distorções, demonstrações de intole-rância, pressa em emitir juízos condenatóri-os, generalizações. Muitos que se apresen-tam como "entendidos" em Religião Católi-ca, falando de tudo. Quanta bobagem, es-crita e falada! Maledicências sem fim, comose a Igreja Instituição fosse culpada de to-dos os erros de cada um de seus membros.

O que o Ano da Fé tem a dizer aos cris-tãos? O Ano da Fé foi instituído por BentoXVI em 11 de outubro de 2012. Quis o Papaconvidar cada seguidor de Cristo a uma re-flexão pessoal sobre o conhecimento da féque move sua vida. Pensar sobre ou a partirdos conceitos da fé que cultiva e as convic-ções que nutre. Entender a relação entre ra-zão é fé. Familiarizar-se com a Proposta. Per-ceber que o que se diz crer não pode contra-

Segundo os jornais, vamos ter umsurto de gripe.

O Dr. Vinay Goyal, urgentistareconhecido mundialmente, dá ori-entações a fim de minimizar o nú-mero de casos da Gripe A, causa-da pelo vírus H1N1.

"As únicas vias de acesso parao vírus da gripe são as narinas, aboca e a garganta. Em relação a estaepidemia tão vastamente propaga-da, apesar de todas as precauções,é praticamente impossível não es-tar em contato com portadores dovírus que a promove. Contudo, aler-to para o seguinte: o problema realnão é tanto o contato com o vírus,mas a sua proliferação.

Enquanto estamos em boasaúde e não apresentamos sinto-mas de infecção da gripe A (H1N1),

Mais do que níveis alar-mantes, o volume degelo no Ártico nunca foi

tão baixo na história humana. Omaior nível de degelo, alcançadoem 2012, foi apontado por dadospreliminares do Centro Nacional deDados sobre Neve e Gelo dos Es-tados Unidos (NSIDC). A extensãode gelo que reveste o Oceano Ár-tico durante o verão equivale a 3,41milhões de quilômetros quadrados,a menor de que se tem conheci-mento. Desde 1979, ano em que seiniciaram as medições, ela foi re-duzida em 45%.

A reportagem é do Greenpea-ce, 19-09-2012.

Kumi Naidoo, diretor-executi-vo do Greenpeace Internacional,definiu o anúncio como um mo-mento decisivo na história da hu-

GRIPE A - PREVENÇÃO

há precauções a serem tomadaspara evitar a proliferação do vírus,o agravamento dos sintomas e odesenvolvimento das infecçõessecundárias. Infelizmente, estasprecauções, relativamente simples,não são divulgadas suficiente-mente na maior parte das comuni-cações oficiais.Eis algumas precauções:

1. Lave as mãos frequentemente.2. Evite, na medida do possí-

vel, tocar no rosto com as mãos.3. Duas vezes por dia, sobre-

tudo quando esteve em contatocom outras pessoas, ou quandochegar em casa, faça gargarejoscom água morna contendo sal decozinha. Decorrem normalmente 2a 3 dias entre o momento em que agarganta e as narinas são infecta-das e o aparecimento dos sinto-mas. Os gargarejos feitos regular-mente podem prevenir a prolifera-

ção do vírus. De certa maneira, osgargarejos com água salgada têmo mesmo efeito, numa pessoa emestado saudável, que a vacina so-bre uma pessoa infectada. Nãodevemos subestimar este métodopreventivo simples, barato e efi-caz. Os vírus não suportam a águamorna contendo sais.

4. Ao menos uma vez por dia, ànoite, por exemplo, limpe as nari-nas com a água morna e sal. As-soe o nariz com vigor, e, em segui-da, com um cotonete para ouvidos(ou um pouco de algodão) mergu-lhado numa solução de água mor-na com sal, passe nas duas nari-nas. Este é um outro método efi-caz para diminuir a propagação dovírus. O uso de potes nasais paralimpeza das narinas, contendo

água morna e sal de cozinha, é umexcelente método para retirar asimpurezas que albergam os vírus ebactérias; trata-se de um costumemilenar, da Índia.

5. Reforce o seu sistema imunecomendo alimentos ricos em vita-mina C. Se a vitamina C for tomadasob a forma de pastilhas ou com-primidos, assegure-se de que con-tem Zinco, a fim de acelerar a ab-sorção da vitamina C.

6. Beba tanto quanto possívelbebidas quentes (chás, café, infu-sões etc.). As bebidas quentes lim-pam os vírus que podem se encon-trar depositados na garganta e emseguida os depositam no estôma-go onde não podem sobreviver,devido o PH local ser ácido, o queevita a sua proliferação."

O ANO DA FÉ E O NOVO PAPAdizer o fazer. Ficar atento, pois, o entendi-mento alcançado não se esgota na compre-ensão que a razão obteve. Deus ainda é mai-or. Ao mesmo tempo, a fé não se restringe aemoções e sentimentos. Orienta-se pela Ver-dade vivida e pregada pelo Mestre.

Os abusos e desvios de conduta de tan-tos cristãos não são falhas dos ensinamen-tos de Cristo ou da Igreja. Expressam a difi-culdade humana de entender a Proposta queEle fez e de pô-la em prática. Há aqueles quea entendem em favor de sua compreensão,interesses e desejos. O Ano da fé é, pois, umconvite a reexaminar o entendimento da fé.Perguntar-se: "Como está minha fé? Buscotorná-la esclarecida? Sou capaz de justificá-la frente às contestações, insinuações, co-branças?" Se há escândalos, - sempre existi-ram - não são da Igreja. Todas as institui-ções têm que lidar com desvios de conduta.

O que é a Igreja? Certamente, não só aInstituição, mas cada cristão que aceitouorientar o seu viver e fazer pelos critériosda Proposta de Cristo. Assim, o entendiamos primeiros cristãos que deram o ponto departida dessa grande caminhada. Entre al-

tos e baixos os seguidores continuam a ten-tar entender e conformar seu viver aos cri-térios de sua Proposta. Por isso a Igrejacontinua em pé. Há desvios? Sim. Ele nãodisse que não existiriam. Quando Ele veio,veio para o homem, tal qual é conhecido.Não veio propor um Caminho para anjos.Falou para seres humanos. Esses que to-dos conhecem. É para esses que Ele diz: "Amedida com que medirdes, será usada paramedir-vos" (MC 4,24). Se cair, levante! Co-mece todos os dias novamente. Até apren-der. Há muita dificuldade de ouvir? Dificul-dade de entender? Sim! Mas, o Ano da Févem para dizer: Estude! Reflita! Se cair, le-vante! Toca em frente! A vida cristã, comoEle a apresentou, é um exercício. É um trei-no a ser iniciado a cada dia. O fato de al-guns companheiros caírem, não diminui,nem desmerece a grandeza da Proposta.

A fé ainda tem espaço num mundo se-cularizado? Por que alimentar a fé sobrena-tural? A ciência e as novas tecnologias con-tradizem a fé? Num mundo gerido por ideo-logias, políticas tortuosas, contestação deprincípios e valores religiosos, difusão de

idéias atéias, promoção de comportamen-tos lesivos e atentatórios à dignidade dapessoa humana, ainda há lugar para a fé?As guerras, fome, miséria, injusta distribui-ção dos bens, discriminação, lutas pelopoder a fé ainda tem lugar? Para que serve afé sobrenatural? A bem da verdade, os indi-víduos fazem atos de fé natural e implícitostodos os dias: Crêem, sem qualquer questi-onamento, que o pão que a padaria forneceé confiável, foi elaborado de acordo comprincípios éticos e de higiene; que o ôni-bus ou carro que conduz ao trabalho, esco-la ou passeio vai cumprir sua finalidade sematropelos; que a escola, comerciante, polí-cia, funcionário público, empregado, patrãocumprem com respeito e exatidão os dita-mes previstos em suas tarefas e profissões.Não é possível estar onipresente para con-trolar a vida e as atividades que de algummodo afetam a vida de todos. Confia-se. Dá-se crédito, sem pestanejar. Da mesma for-ma, o crente confia na Palavra de Deus.Porque Ele é fiel.

Antônio Frederico [email protected]

O MAIOR DEGELO DA HISTÓRIAmanidade: "Em pouco mais de 30anos, alteramos a aparência donosso planeta e em breve o PóloNorte deve estar completamentesem gelo durante o verão", afirma.A esperança é de que o dia de hojeseja lembrado como um dia demudanças, em que a comunidadeglobal decidiu se unir para lutarcontra os efeitos das mudançasclimáticas e contra a ganância dasgrandes corporações no Ártico.

A tripulação do navio ArcticSunrise esteve na região para tes-temunhar a época do ano em quese encontram as menores quanti-dades de gelo no pólo. Como for-ma de apelar aos líderes mundiaispara que tomem a decisão de pro-teger o Ártico, os tripulantes cons-truíram um coração suspenso comas bandeiras dos 193 países-mem-

bros das Nações Unidas.O Ártico é um ecossistema vital

para a Terra e as ameaças que vemsofrendo são determinantes para oequilíbrio climático do nosso plane-ta. Sara Ayech, da Campanha de Cli-ma e Energia, faz parte da tripulação

que está na expedição no Ártico afir-ma que "assim como o coração bom-beia sangue por nossas artérias, oÁrtico é uma das bombas que fazemas correntes do oceano circularemao redor do planeta".

O navio Arctic Sunrise foi a

região para documentar o maiordegelo da história, pesquisar ovolume atual de gelo e montar umaimagem em 3D da região que seráusada em estudos sobre as mu-danças climáticas. "Estávamosassistindo o Sol nascer sobre osbancos de gelo, alguns finos e fra-cos, outros tão fundos que o oce-ano abaixo se coloria de um azulfrio claríssimo, quando vimos pe-gadas na neve. Um solitário ursopolar apareceu ao longe, pareciauma mancha creme contra o marazul. Pareceu inimaginável queessa beleza de tirar o fôlego quevíamos a nossa frente pudesseestar sendo ameaçada por um pu-nhado de empresas que se impor-tam mais com seus resultados tri-mestrais que com o futuro destaregião maravilhosa".

LAVAR AS MÃOS

NÃO TOCAR O ROSTO

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Jornal RUMOS

13Jornal RUMOSEdição 230

SUSPENSO PADRE QUE CONTESTA O CELIBATO

A atual maioria eclesial estáfazendo tábua rasa docampo adversário, privan-

do a Igreja de uma dinâmica es-sencial à vida e à reflexão. Se acres-centarmos a isso a repressão dateologia e de toda forma de crítica,o quadro está completo.

A opinião é do teólogo italianoVito Mancuso, em artigo publica-do no jornal La Repubblica. A tra-dução é de Moisés Sbardelotto.Eis o texto.

A guerra que se combate naIgreja sobre o Vaticano II está todanesta pergunta: que relação háentre o mais importante eventoeclesial do século XX e a Tradiçãoanterior? As respostas são três: adireita tradicional defende que foiuma ruptura tão radical a ponto deser traição; o grande centro falade continuidade; a esquerda afir-ma que foi uma reviravolta tão po-sitiva e radical a ponto de consti-tuir um novo e alegre começo.

A Igreja hierárquica, na suaoficialidade, é atestada na tranqui-lizadora resposta número dois comimportantes intervenções de Ben-to XVI a esse respeito, enquantoas minorias de direita e de esquer-da, unidas pela tese da desconti-

VATICANO II, UM VENTO DE AR PURO HOJE APRISIONADO

O celibato dos padres cató-licos é "mais uma imposi-ção do que uma escolha

livre, e seus efeitos não são nadapositivos." Isto foi escrito, pretono branco, pelo Pe. Anthony Mu-saala, sacerdote ugandês, numalonga carta aberta, enviada em 12de março aos bispos, religiosos eleigos para sugerir o início de umareflexão interna sobre o "fracassodo celibato entre os padres dioce-sanos", "que poderiam se tornarfelizes no casamento, antes oudepois da ordenação, em vez deviverem tristes e sozinhos."

Uma opinião provavelmentechocante - especialmente para oscatólicos africanos que tendem aser conservadores - mas irrever-sível: continuar a fazer de contaque o problema não existe só vaicausar danos sempre mais graves,continua Musaala, relativos tan-to ao sofrimento dos sacerdotescomo também às consequências"escandalosas" e criminosas. O'"auto-engano", a negação doproblema, explica o sacerdote,pode durar por mais uns dez anos,mas depois muitos escândalosvirão à luz e, então, o sistema vaiimplodir, provocando o abando-no da Igreja Católica e a migraçãode grande parte dos fiéis paraoutras comunidades de fé", cujospastores talvez nem sejam melho-res, mas, com certeza, vão pare-cer menos hipócritas." Tudo isso

em um contexto eclesial de cres-cente descontentamento, sobre-tudo entre as classes médias.

Todos, na Uganda, falam so-bre os casos amorosos dos sacer-dotes, lemos na carta: no cabelei-reiro ou no bar, na confissão ouem casa. Trata-se de relações maisou menos ocultas laços que ossacerdotes mantêm fugaz ou per-manentemente com paroquianas,garçonetes, estudantes, padres,freiras, e até mesmo religiosos queoferecem sexo em troca de dinhei-ro. E - é a nota triste - infelizmentemesmo com menores, sem que naÁfrica o escândalo da pedofiliasuscite a indignação pública comoaconteceu na Europa e na Améri-ca do Norte. Completa o quadrouma ainda não contabilizada quan-tidade de filhos espalhados pelopaís ou abortado por não "sujar"a imagem do padre. "Emerge as-sim uma grande fraqueza humana- conclui Musaala - com consequ-ências catastróficas tanto para opadre como para os parceiros. Fra-queza que não pode ser escondi-da atrás de um voto de celibato,orações e rituais."

É "a verdade nua e crua" que aIgreja na África continua a empur-rar, como se fosse poeira, para bai-xo do tapete, bem representada poralguns "casos" que o Pe. Anthonyconta na carta: um rapaz de 21 anosque tentou o suicídio, filho de umpadre que finge ser seu tio e que

exerce o ministério na Arquidioce-se de Kampala; um amigo dele, quenasceu da violência de um paibranco já falecido, que nunca con-seguiu superar a injustiça sofridapela mãe, apesar da compensaçãofinanceira da congregação; umajovem de Kampala Velha, que caiuna miséria e depois foi enganada eengravidada por um padre; umamulher que se ia confessar apenaspara ser acariciada na escuridão doconfessionário; finalmente, elepróprio que descobriu que muitojovem ainda, descobriu o concor-rido mundo do sexo entre os estu-dantes das escolas católicas. "Ca-sos não são isolados, sintomáti-cos de um sistema doente que per-deu a sua integridade, mas quenunca vai admitir isso."A proposta

Os casos de abuso infantildeve ser tratados com processoslegais, da mesma forma que todosos outros crimes, escreve Musaa-la, lembrando que, entretanto - e,claro, em completa autonomia emrelação à Igreja - decidiu criar umarede de profissionais para apoiarvítimas de pedofilia eclesiástica.

"É necessário - acrescenta -uma campanha de sensibilizaçãopelo celibato opcional", "já quenão há argumentos teológicos","mas apenas as restrições de tra-dição e disciplina da Igreja". "Es-tou ciente do fato de que a lutaserá dura. Infelizmente, o celibato

também serve alguns interesses naestrutura de poder da Igreja, e, cla-ro, para a autoridade eclesiástica,os padres celibatários são menoscaros, mais fácil de gerenciar e atémesmo de manipular. Eu acho quecom o tempo estaremos livres des-te jugo inútil e mais grave ainda naÁfrica, onde os laços familiaressão cruciais para o equilíbrio psi-cológico das pessoas". "Uma re-gra, conclui, remover uma pedri-nha do sapato, que, além do mais,só vale para os padres que não têmpoder suficiente para gozar da co-bertura complacente das hierar-quias católicas locais".A resposta

Segundo o arcebispo de Kam-pala, Cyprian Kizito Lwanga - otexto da sua resposta, datada de19 de março, está disponível no sitedo jornal ugandês Daily Monitor,

20/3 - a carta do Pe. Anthony Mu-saala causou grande perturbaçãoentre os fiéis e jogou uma luz ruimsobre a Igreja da Uganda, que sem-pre foi comprometida com a defe-sa dos direitos das crianças e dosmais vulneráveis. O celibato é umaobrigação prevista pelo código dedireito canônico, mas também pelojuramento do diácono que fez osvotos, acrescentou o prelado. Nin-guém é forçado a se tornar padree, portanto, as críticas feitas peloPe. Musaala estão incorretas.Além disso, o seu ensino, diz tam-bém o arcebispo, "desperta o ódioe o desprezo contra a Igreja", e,portanto "ele incorre em uma sus-pensão ferendae sententiae comoprescrito pelo Can. 1314".

Giampaolo PetrucciFonte:www.adistaonline.it/index

Tradução: João Tavares

nuidade, estão muito mais inquie-tas e obviamente pressionam emdireções opostas: a direita para darmarcha à ré, a esquerda para con-tinuar o espírito de abertura aomundo do Vaticano II.

Na realidade, basta aproximaras decisões mais significativas doVaticano II às sistematizações pré-conciliares para captar uma dife-rença tal a ponto de tornar legíti-mo ou, melhor, necessário falar dedescontinuidade: 1) a Bíblia, detexto desaconselhado e até mes-mo vetado aos leigos, é promovi-da e difundida amplamente; 2) os

ortodoxos e os protestantes, decismáticos e hereges, se tornam"irmãos separados"; e 3) os ju-deus, de "pérfidos judeus", se tor-nam "irmãos mais velhos"; 4) asoutras religiões, de idolatrias, setornam caminhos para Deus e asalvação; 5) a liberdade de cons-ciência em matéria religiosa passada condenação a explícito ensina-mento papal; 6) o poder é repen-sado à luz da colegialidade; 7) aliturgia tem um novo rito,, abole-se o latim, desloca-se o altar.

Mas, para além das decisõesindividuais, foi sobretudo o cli-

ma que se tornou radicalmentediferente.

Declarou o cardeal Martini emuma entrevista a Aldo Maria Valli,"Guardo a recordação da atmosfe-ra daqueles anos, uma sensaçãode entusiasmo, de alegria e de aber-tura. Finalmente saía-se de umaatmosfera que cheirava um poucode mofo, de bolor, e se abriam por-tas e janelas, circulava o ar fres-co". Onde estamos hoje? AindaMartini: "O que se perdeu foi pre-cisamente aquele entusiasmo,aquela confiança, aquela capaci-dade de sonhar. Voltamos a umacerta mediocridade". O ar, enfim,novamente tornou-se pesado.

O Vaticano II teve uma maioriaprogressista e uma minoria conser-vadora. À distância de meio sécu-lo, a minoria de então se tornoumaioria de hoje, sinal de uma mu-dança abrangente em nível mun-dial, com tempos cada vez maisincapazes de alimentar ideais ecultivar esperanças.

Mas na Igreja o problema émais complexo e consiste no fatode que a atual maioria está fazen-do tábua rasa do campo adversá-rio, privando a Igreja de uma di-nâmica essencial à vida e à refle-

xão. Depois da morte de Martini,na hierarquia da Igreja italiana, osrumores daquela que antigamen-te foi a maioria conciliar são, tal-vez, agora somente três: DionigiTettamanzi, Luigi Bettazzi e Giu-seppe Casale, todos bispos emé-ritos, aposentados.

Há anos o Vaticano produznomeações todas em sentido úni-co, incluindo a clamorosa de Sco-la a Milão, visto que nunca umpatriarca de Veneza havia deixa-do San Marco senão para serpapa e que só se explica como ogolpe final contra os ideais da re-novação conciliar. Se acrescentar-mos a isso a repressão da teolo-gia e de toda forma de crítica, oquadro está completo.

Na última entrevista, Martinideclarou: "Eu vejo na Igreja de hojetantas cinzas sobre as brasas quemuitas vezes me ataca um sentimen-to de impotência", palavras quepoderiam ser subscritas pela gran-de parte dos bispos e dos peritosteológicos que, há 50 anos, chega-vam a Roma para o Vaticano II.

A ironia é que justamente umdeles é Ratzinger, um dos princi-pais responsáveis por esta som-bria situação.

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14 Jornal RUMOS

Jornal RUMOS

Edição 230PÁGINA DA MULHER

A pedagoga aposentadaMaria Regina Albuquer-que de Queiroz, de 69 anos,

lembra que, durante a ditadura mili-tar, muitos padres destacaram-sepela cultura e politização e pelas ino-vações do Concílio Vaticano II. Ealguns deixaram o ministério e aca-baram se casando. Ela própria en-volveu-se numa situação assim.

Conheceu Mauro de Queirozno colégio João XXII, onde ela le-cionava Português. Ele era vigá-rio, professor e diretor de um doscursos da escola, em Recreio, MG.Havia uma natural amizade enteeles. Mas ficaram distantes quan-do Regina deixou sua cidade paramorar na capital, BH, para estudar.Apesar da distância, nunca deixa-

No n. 229 de RUMOS, Fe-vereiro/Março de 2013, p.14, título do artigo "Fazen-

do história: as mulheres e o sacer-dócio", há um parágrafo que deveser corrigido: "2002: Em março, aDra. Gisela Forster, da Baviera,descobre outro bispo, RómuloBraschi, argentino. Sagrada pelobispo Roberto Padin da Igreja Ca-tólica Apostólica Brasileira, foidepois, em 30.1.1999, novamentesagrada sub conditione, pelo bis-po católico Gerónimo Podestà."

Naquela altura, 2002, sete mu-lheres preparadas para receber aordenação sacerdotal, tentavamencontrar um bispo que lhes pu-desse ministrar a ordenação vali-damente. A Dra. Gisela Foster erauma delas e encontrou um bispoargentino, Rómulo Braschi, sagra-do primeiro pelo bispo RobertoPadin da Igreja Católica Apostóli-ca Brasileira e, depois, sub condi-tione, pelo bispo católico Jeróni-mo Podestà, a fim de garantir as-sim a sucessão apostólica.

Esse bispo, Rómulo Braschi ti-nha uma história. Ordenou-se em1966. Quando se instaurou a dita-

MULHER DE PADRE - MARIA REGINA E MAUROram de se corresponder. "Aí foiacontecendo..."

Mauro protestava contra algu-mas situações do País (e por issofoi perseguido pela repressão), epediu licença da Igreja. Queria tra-balhar para se manter e se posicio-nar politicamente. Foi para São Pau-lo, fez jornalismo e participou dafundação do PT em 1980 e da CUT.

Em 1972 casou-se com MariaRegina. "Casar é tão humano enatural", justifica Maria Regina.Foram bem recebidos por ambasas famílias e pelos paroquianos.Hoje têm três filhos e dois netos.Mauro trabalhou nas EditorasAbril, na FTD e na Revista CarosAmigos e diz que aprendeu muitocom os colegas do trabalho

Maria Regina trabalhou emEducação por 36 anos. Ainda hojeparticipa do Sindicato dos Profes-sores de Escolas Particulares deSP - SINPRO, atua como Secretá-ria de Formação Política do PT, noDiretório Zonal Sul do PT de SP(cargo eletivo e sem salário), acom-panha com o Maurinho a vida daCEB Comunidade Santos Márti-res, no Jardim Ângela, também naZona Sul (onde viveu e foi assas-sinado por militares, em 1979, ooperário Santo Dias da Silva).

Maurinho participa (na ONGEspaço, Formação, Documentaçãoe Meio Ambiente) do projetoMOVA (Movimento de Alfabetiza-ção de Adultos) criado por PauloFreire. Acompanha, um pouco mais

à distância, o PT e participa do Sin-dicato de Empresas e Editoras deLivros e Publicações de SP.

Ele e ela têm muito interesse e

entusiasmo pelo MFPC (Movi-mento das Famílias de Padres Ca-sados) do qual são integrantesdesde a sua organização.

QUERIDA MAMÃE:Tu que nos guardaste em teu ventre aquecido e do mundo fomos protegidos...Tu que nos trouxeste para a vida, o que mais poderíamos querer?Nos deste um cantinho dentro de ti e já crescidinhos nascemos para te conhecer...Em teus braços fomos acalentados com teu amor e dedicação.Nosso coração por ti, todos os dias acariciado...Te conhecer por fora é só uma forma de nos fortalecer para o mundo,mas o que há de mais profundo vem do teu íntimo Ser...Oh! maravilhosa Criatura...nascida do Amor Divinoque nos amparas em todos os momentos de nosso viver!O que mais poderíamos querer?Rogar com todas as forças que Deus abençoe a todas as mães.E se nem sempre ao nosso lado podemos te ter,até tua lembrança nos faz reviver...Que maravilha... Tu nunca estarás sozinha, querida Mamãe!Nosso eterno amor e gratidão no dia das mães e sempre!

José Guilherme S. Filho

MULHERES SACERDOTISAS - ESCLARECENDO

DIA DAS MÃESAcesse o site

www.padrescasados.org

dura militar, ele paroquiava numaregião industrial do entorno deBuenos Aires, diocese que forado bispo Jerónimo Podestà, fer-voroso adepto da Teologia da Li-bertação e muito querido dos po-bres. Podestà renunciara em 1967

e casou-se. Braschi e Podestà fa-ziam parte do movimento "Padrespara o Terceiro Mundo" a que per-tenciam centenas de padres daAmérica Latina. Com a ajuda dosEstados Unidos, esse grupo re-belde foi desarticulado em 1974.

Braschi foi detido. Um ano de tor-turas, eletrochoques e suplícios.Soltaram-no mercê da mediaçãode um capelão militar que o acon-selhou a desaparecer e a afastar-se da Igreja. Decepcionado comRoma e com o episcopado argenti-

no, em grande parte comprome-tido com a ditadura, manteve-secatólico e aderiu ao movimentocarismático, fundando uma co-munidade independente da hie-rarquia. Foi sagrado bispo em1989 numa Igreja Católica inde-pendente e, em 1999, sub condi-tione, por Jerónimo Podestà, seuantigo bispo diocesano.

Desta última sagração existeuma detalhada "Escritura Nota-rial" do "Colegio de EscribanosCiudad de Buenos Aires". Nelaconstam as testemunhas do ato,perfeitamente identificadas, e adescrição de todo o ritual da sa-gração. A escritura, uma declara-ção jurada, tinha por fim tornarcredível o caráter episcopal deRómulo Antonio Braschi.

E foi Rómulo Antonio Bras-chi que, em 29 de junho de 2002,navegando pelo Danúbio, entrePassau e Linz, no barco MS Pas-sau, conferiu o sacerdócio aoprimeiro grupo de sete mulheres,austríacas, alemãs e uma norte-americana.

Luís [email protected]

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Jornal RUMOS

15Jornal RUMOSEdição 230

Maria Isabel dos SantosAraújo e Renato casa-ram no dia 22/07/2011.

Estavam muito felizes, apesar deo Renato não ter realizado o so-nho dele que era a dispensa docelibato para poder se casar noreligioso.Ele morreu de repente, em NovaIguaçu RJ, na madrugada da Pás-coa 31/03, vítima de ataque súbito,embora não sofresse do coração.

Renato foi um sacerdote mui-to responsável, cumpridor dosseus deveres até o fim.

Ele deixou um blog e escre-

Um milhão de pessoas sesuicida por ano no mun-do, um número maior que

o de vítimas de guerras e homicí-dios, segundo relatório da OMS(Organização Mundial de Saúde).

O documento do órgão da ONUfoi elaborado para a décima edi-ção do Dia Mundial de Prevençãode Suicídio, em 2012. A informa-ção é do jornal Folha de S. Paulo,11-09-2012.

As taxas de suicídio mais ele-vadas são a dos países do leste daEuropa, como Lituânia ou Rússia,enquanto as mais baixas se situamna América Central e do Sul, empaíses como Peru, México, Brasile Colômbia.

EUA, Europa e Ásia estão nametade da escala. Não há esta-tísticas sobre o tema em muitospaíses africanos e do SudesteAsiático.

Segundo o relatório, uma pes-soa se suicida no mundo a cada 40segundos. O número de tentativasde suicídio também é alto, com 20

Tá Reclamando do Lula? doSerra? da Dilma? do Arruda?do Sarney? do Collor? Do

Renan? do Palocci? do Delúbio? daRoseanne Sarney? dos políticosdistritais de Brasília? do Jucá? doKassab? dos mais 300 picaretas doCongresso?

Brasileiro reclama de quê? OBrasileiro é assim:

1. - Saqueia cargas de veícu-los acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas,muitas vezes debaixo de placasproibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornarquando é pego cometendo infra-ção.

4. - Troca voto por qualquercoisa: areia, cimento, tijolo, e atédentadura.

5. - Fala no celular enquantodirige.

6. -Trafega pela direita nosacostamentos num congestiona-mento.

7. - Pára em filas duplas, triplasem frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.9. - Dirige após consumir bebi-

da alcoólica.10. - Fura filas nos bancos, uti-

lizando-se das mais esfarrapadasdesculpas.

11. - Espalha mesas, churras-queira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicossem estar doente, só para faltar aotrabalho.

13. - Faz "gato" de luz, de águae de TV a cabo.

14. - Registra imóveis no car-tório num valor abaixo do compra-do, muitas vezes irrisórios, só para

Nicolás Maduro, que já foimotorista de ônibus e sin-dicalista e se declara um

"apóstolo" de Hugo Chávez, en-frentará o difícil desafio de preen-cher o vazio deixado pelo carismá-tico líder e garantir a continuidadede sua obra, ao vencer a eleiçãopresidencial, na Venezuela.

FALECIMENTOS

Renato José

Faleceu em Fortaleza CE, dia 15 de abril, a Senhora Ana Xavier,irmã de nosso companheiro Venceslau Xavier de Lima e tia daSenhora Edite Pontes (esposa do Padre Henrique).

Ana Xavier

VENEZUELA ELEGENICOLÁS MADURO

Escolhido por Chávezcomo seu herdeiro político,Maduro, de 50 anos, concen-trou sua campanha na imagemdo falecido presidente, insis-tindo ser seu "filho" e no fatode que apenas sua vitória po-derá manter os benefícios so-ciais da revolução chavista.

veu um livro "Vocação de Sa-muel" que foi publicado no siteda AgBook.

Escreve sua esposa MariaIsabel: "Nós tínhamos muitosplanos, mas eu já estava mais doque satisfeita por tê-lo ao meulado. E agradecia incessantemen-te a Deus por ter me dado o privi-légio e a honra de tê-lo encon-trado. Peço a Deus que continueme dando força nessa caminha-da e tenho certeza que ele estámuito bem".

Fonte: e-mail de Maria [email protected]

UM MILHÃO DE PESSOAS SESUICIDA POR ANO NO MUNDO

milhões de tentativas por ano.A organização diz ainda que o

problema está se agravando e queo suicídio se transformou em umproblema de saúde importante paraa entidade.

Segundo o médico ShekharSaxena, que apresentou o relató-rio à imprensa em Genebra, "o sui-cídio é uma das grandes causasde morte no mundo e, durante osúltimos anos, sua taxa aumentouem 60% em alguns países".FACEBOOK

Uma nova estratégia nacionalpara prevenir suicídios nos EUA,especialmente entre os veteranosde guerra e jovens, recorre ao Fa-cebook, a aplicativos de celular ea outras tecnologias.

O plano tem um novo serviçodo Facebook, que permite que osusuários relatem comentários sui-cidas de seus amigos. O site entãomanda à vítima em potencial um e-mail pedindo que ela ligue para umalinha direta de apoio e ajuda e con-verse via chat com um conselheiro.

POLÍTICOS E BRASILEIROS LADRÕESpagar menos impostos.

15. - Compra recibo para aba-ter na declaração do imposto derenda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele paraingressar na universidade atravésdo sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviçopela empresa, se o almoço custou10 pede nota fiscal de 20.

18. - Comercializa objetos do-ados nessas campanhas de catás-trofes.

19. - Estaciona em vagas ex-clusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro docarro para vendê-lo como se fossepouco rodado.

21. - Compra produtos piratacom a plena consciência de quesão pirata.

22. - Substitui o catalisador docarro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho paraque este passe por baixo da roletado ônibus, sem pagar passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seudomicílio para pagar menos IPVA.

25. - Freqüenta os caça-níqueise faz uma fezinha no jogo de bi-cho.

26. - Leva das empresas ondetrabalha, pequenos objetos comoclipes, envelopes, canetas, lápis...como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que re-cebe das empresas onde trabalha.

28. - Falsifica tudo, tudo mes-mo... só não falsifica aquilo queainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior,nunca diz a verdade quando o fis-cal aduaneiro pergunta o que traz

na bagagem.30. - Quando encontra algum

objeto perdido, na maioria das ve-zes não devolve.

E quer que os políticos sejamhonestos...

Escandaliza-se com a farra daspassagens aéreas...

Esses políticos que aí estãosaíram do meio desse mesmo povoou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?E é a mais pura verdade, isso

que é o pior!Então sugiro adotarmos uma

mudança de comportamento, co-meçando por nós mesmos, ondefor necessário!Vamos dar o bom exemplo!

Fala-se tanto da necessidadedeixar um planeta melhor para osnossos filhos e esquece-se daurgência de deixarmos filhos me-lhores (educados, honestos, dig-nos, éticos, responsáveis) parao nosso planeta, através dosnossos exemplos...

A mudança deve começar den-tro de nós, nossas casas, nossosvalores, nossas atitudes, nossosprincípios...

Autor desconhecido

Page 16: 00230 jornal rumos - padrescasados.org capa e nas páginas 4 e 14. Na piada humorística da ... vamos acender milhares de velas oratórias para que o ... 2º. Secretário: Rosa Silvério

16 Jornal RUMOS

Jornal RUMOS

Edição 230

A maioria dos católicos norte-ameri-canos considera que a Igreja e suahierarquia nos Estados Unidos es-

tão desconectadas da realidade.Almeja que o futuro papa se posicione

a favor do casamento dos padres e a orde-nação das mulheres, segundo uma pesqui-sa publicada dia 06-03-2013.

No levantamento encomendado pelojornal The New York Times e a rede de tele-visão CBS News, 53% dos entrevistadosdisseram que a Igreja Católica está "desco-

O rei do Futebol é negro.O político mais poderoso do mundo é negro.E o líder da oposição (Partido Republicano)também é negro.A mulher mais rica e influente na mídia énegra.O melhor jogador de golfe de todos os tem-pos é negro.As melhores jogadoras de tênis do mundotambém são negras.O ator mais popular do mundo é negro.O piloto de corrida mais veloz do mundo énegro.O mais inteligente astrofísico na face da terraé negro.O mais próspero cirurgião cerebral do mun-

Querido Deus:Este é o dia que Você criou; eu agrade-

ço por fazer parte dele.Este é um dia diferente de todos os ou-

tros, e eu agradeço por esta oportunidadede começar.

Este é o dia em que vou me entregarinteiramente aos Seus cuidados.

Este é o dia que usarei para servi-Locom fé e alegria.

Este é o dia em que darei mais um pas-so no meu processo de crescimento e li-bertação - e eu agradeço por isso.

Neste dia, neste momento, declaro quequero livrar-me do medo! Livrar-me dos

"Mais de metade dos sacerdotespolacos preferia estar casado en-quanto que quase um terço reconhe-ce já ter quebrado o voto do celiba-to", indica uma sondagem publicadadia 12/04 pelo jornal Dziennik.

Após mais de 800 conversascom sacerdotes, o autor do estudoconcluiu que quase 54% dos reli-giosos polacos prefere viver comuma companhia.

A sondagem indicou também quemais de um terço manteve relaçõessexuais com uma mulher e 12 por cen-to estaria disposto a ter uma relaçãoestável.

Fonte: jornal Global

ressentimentos! Livrar-me da raiva! Livrar-me da vergonha! Livrar-me da culpa! Li-vrar-me de todos os pensamentos e atosimprodutíveis e prejudiciais!

Neste dia glorioso que Você me conce-deu, quero com entusiasmo e determina-ção construir a vida que Você criou paramim.

Uma vida de paz, alegria, amor, realiza-ção e generosidade.

Este é o dia, meu Deus!Seu dia! Meu dia!E, por este dia, eu dou imensas, infini-

tas graças.E assim seja!

CATÓLICOS NORTE-AMERICANOSQUEREM MUDANÇAS NA IGREJA

nectada" das necessidades de seus fiéis.Enquanto isso, 39% afirmaram discordardessa posição e 7% deixaram de opinar.

Sete em cada 10 católicos acreditam queo próximo papa deve se posicionar a favordo matrimônio dos sacerdotes e a ordena-ção das mulheres.

Além disso, 71% defendem que seja fa-vorável à contracepção e 91% que seja a fa-vor dos preservativos na luta contra a aids.

Fonte: JORNAL O POVO - 07/03/2013Fonte: padrescasadosceara.blogspot.com.br

NEGROS MELHORES DO MUNDO

do é negro.O homem mais rápido do mundo é negro.O Juiz mais coerente e admirado pelo povobrasileiro é negro.

PADRES POLACOSSURPREENDEM EM SONDAGEM