01 Apostila - CEMIG teoria musical

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  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    APOSTILA DE

    TEORIA MUSICAL___________________________________________________________________________

    Caros alunos e alunas, esta a apostila que utilizaremos como parte da fonteconstrutora do nosso conhecimento musical. Espero que aproveitem bastante o contedo

    que selecionei para e produo desta apostila.

    Viva msica!

    Thiago Sandes

    (professor do CEMIG)

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    1. O QUE MSICA?

    Para definir o que a msica, existem vrios conceitos que foram criados ao longo do

    tempo determinando a importncia e a influncia que essa arte exerce na humanidade. Na

    atualidade, o conceito que compe o pensamento da maioria dos tericos da rea musical,

    afirma que a msica a arte de expressar sentimentos atravs da combinao de sons e

    silncio. Para Claudio Henriques (2007, p. 1), a msica :

    Arte de combinar os sons de maneira lgica e coerente, onde se propicia umcontexto sonoro rico em significados. A linguagem musical transcende as palavras,sendo originada a partir da combinao de sons e pausas (silncios) ao longo de umalinha de tempo.

    As ideias supracitadas demonstram que a msica uma arte que tem forte poder de

    transcendentalidade, em relao ao pensamento e ao desenvolvimento humano. Tornando o

    homem capaz de ampliar a imaginao e as habilidades que fazem parte de cada indivduo.

    Vejamos alguns dos vrios conceitos sobre a msica:

    Msica a arte dos sons, combinados de acordo com as variaes da altura,

    proporcionados segundo sua durao e ordenados sob as leis da esttica (Maria Luza Priolli);

    A msica a arte de pensar com os sons, um pensamento sem conceitos (Jules

    Combarieu)

    Msica a sublime expresso do amor universal o pressentimento de coisascelestiais (Beethoven)

    Msica algo muito difcil de mostrar ao mundo o que sentimos em ns mesmos

    (Tchaikovsky)

    Msica uma coisa que se tem pra vida toda, mas no toda uma vida pra conhec-la

    (Rachmaninov)

    Msica a manifestao humana que organiza os sons e rudos desintelectualizados

    no tempo (Mrio de Andrade) Arte e cincia de combinar os sons de modo agradvel ao ouvido (Aurlio, Novo

    Dicionrio da Lngua Portuguesa)

    Arte de coordenar fenmenos acsticos para produzir efeitos estticos (Enciclopdia

    Britnica Barsa)

    Conjunto de smbolos musicais grficos, que servem para transmitir ao executante a

    idia do compositor (EPB)

    Arte que utiliza os sons combinados entre si como linguagem e elemento decomunicao (Enciclopdia Mirador)

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    Msica a arte e cincia da combinao dos sons (Francisco Fernandes, Dicionrio

    Brasileiro Contemporneo)

    Msica uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silncio

    seguindo uma pr-organizao ao longo do tempo (Wikipedia)

    Msica definida como o som em combinaes puras, meldicas ou harmnicas

    produzido por voz ou instrumento Msica a mais alta filosofia numa linguagem que a razo no compreende

    (Shakespeare)

    Etimologicamente, conforme Alencar (2008, p. 1) Msica uma palavra de origem grega

    - vem de musik tchne, a arte das musas. Segundo a cultura da mitologia grega, cada forma

    de arte era representada por uma musa, e a msica tinha como representante a musa Euterpe.

    A respeito das artes, representadas por suas respectivas Musas, Thomas Bulfinch (2002, p. 15)coloca que:

    As Musas, filhas de Jpiter e Mnemsine (Memria), eram as deusas do cantoe da memria. Em nmero de nove, tinham as musas a seu encargo, cada umaseparadamente, um ramo especial da literatura, da cincia e das artes. Calope era amusa da poesia pica, Clio, da histria, Euterpe, da poesia lrica, Melpmene, datragdia, Terpscore, da dana e do canto, Erato, da poesia ertica, Polnia, da poesiasacra, Urnia, da astronomia e Talia, da comdia.

    A origem das palavras est associada ao desenvolvimento evolutivo dos seres humanos,

    assim posto se estabelece a necessidade de compreender as suas culturas, nas quais a msica

    sempre se encontra presente.

    Msica cotidiana

    A msica na histria trabalha com a ideia de que toda msica a expresso de um

    grupo humano, refletindo o cotidiano, necessidades e carter de um povo. Cada estilo, antes

    de uma sucesso de linguagens para os sons acima de tudo a representao artstica de uma

    civilizao ou comunidade, em um dado momento da sua histria. A msica est presente em

    nossa vida civilizada em vrios momentos como: aniversrio, orao, casamento, funeral,

    carnaval, guerra, msica de suspense, msica para o circo, msica para chorar... e, quando se

    une poesia, msica romntica, msica para comerciais, cinema entre outros tantos.

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    2. O SOM

    Som, tudo o que nossos ouvidos podem ouvir, sejam barulhos, pessoas falando ou

    mesmo msica! Os sons que nos cercam so expresses da vida, da energia no universo em

    vibrao e movimento. A respeito dos aspectos fsicos do som, Roy Bennett (1998, p. 7) afirma

    que:

    Todo som ouvido causado por alguma coisa que vibra. As vibraes solevadas atravs do ar em forma de ondas sonoras que se espalham simultaneamenteem todas as direes. Acabam por atingir a membrana do tmpano, fazendo com quetambm se ponham a vibrar. Transformadas, ento, em impulsos nervosos, as vibraesso transmitidas ao crebro que as identifica como tipos diferentes de sons.

    As afirmaes de Bennett argumentam que, para que a msica possa existir, se faz

    necessrio que a vida tambm exista. Pois, a msica sistematizada e organizada por meio

    das percepes dos seres humanos que necessitam do ar para sobreviver, e atravs da

    audio, captarem o som e as demais propriedades presentes nesta.

    Classificamos como som musical aqueles que geralmente costumam soar de forma

    agradvel aos nossos ouvidos. Mas isso depende do nosso gosto, no mesmo? O que

    agradvel para alguns, como uma msica de rock, pode ser desagradvel para outros!

    Como podemos diferenciar msica de rudo?

    Ao falarmos de rudos nos lembramos de momentos desagradveis: o barulho das

    buzinas no trnsito, torneiras pingando, furadeira! S de pensar causa desconforto! Quando

    algum objeto vibra de forma completamente desordenada, dizemos que o som produzido por

    esta vibrao um rudo (barulho). Ele o resultado da soma de um nmero muito grande de

    frequncias, tornando muito difcil expressar matematicamente as ondas desse barulhotorturante!

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    J a maioria dos sons musicais formam estruturas definidas por ondas e descritas por

    funes matemticas (chamadas de funo seno ou senoide).

    Exemplo das vibraes, representas pelas ondas senoides.

    De acordo com Antnio Adolfo (2002, p.19) o som composto por quatro parmetros:

    1. Altura, que a capacidade de um som ser mais grave ou mais agudo, de acordo com asua frequncia (nmero de vibraes por segundo que utiliza o Hertz1 como unidade demedida). Quanto mais alta a frequncia, mais aguda ser a nota. Curiosidade:A altura dossons depende tambm do tamanho dos corpos que vibram. Uma corda fina produz sons maisagudos que os de uma corda longa e grossa. Assim como uma Flauta pequena de tubo finoproduzir sons mais agudos do que um instrumento de sopro com tubo longo e grosso como a

    Tuba.

    Msico tocando Flauta Transversal Msico tocando Tuba

    2. Intensidade, que a capacidade de um som ser mais forte ou mais suave.

    1 O hertz (smbolo Hz) a unidade de frequncia derivada do Sistema Internacional de Unidades, a qual expressa, em teros de ciclos por segundo, a frequncia de um evento peridico, oscilaes ou rotaes porsegundo. Um dos seus principais usos descrever ondas senoidais, como as de rdio ou sonoras. (MEASURES,2006)

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    3. Durao, que o tempo pelo qual uma nota se prolonga. A durao do som pode serLoooooooooooooonga ou Curta.

    4. Timbre, que o colorido sonoro obtido a partir da emisso de um som. Depende da fontesonora do instrumento, da forma como se emite e da altura. Por exemplo, a sonoridadecaracterstica de um trompete que nos faz reconhec-lo imediatamente como tal, de modo apodermos dizer que h diferena entre esse instrumento e, digamos, um violo.

    3. ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA MSICA

    So trs os elementos fundamentais que compem a msica: melodia, harmonia e

    ritmo.

    A melodia consiste na sucesso de sons formando sentido musical. o componente

    mais importante numa pea musical.

    A harmonia consiste na execuo de vrios sons ouvidos ao mesmo tempo produzindo

    um acorde, observadas as leis que regem os agrupamentos dos sons simultneos.O ritmo a combinao dos valores. O Movimentos dos sons regulados sob do ponto

    de vista da durao (maior durao ou menor) e acentuao. No plano do fundo musical, haver

    uma batida regular, a pulsao da msica (ouvida ou simplesmente sentida), que serve de

    referncia ao ouvido para medir o ritmo.

    Ao escrever uma pea de msica, o compositor est combinando simultaneamente

    diversos elementos musicais importantes. Dentre eles se acham: melodia, harmonia, ritmo,

    timbre, forma e textura.

    As caractersticas dos elementos supramencionados demonstram o sentido de Estilo,

    que na linguagem musical serve para indicar o modelo em que os compositores de vrios

    lugares e pocas diferentes o apresentavam em seus trabalhos realizados.

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    A palavra forma usada para descrever o projeto ou configurao bsica de que um

    compositor pode valer-se para moldar ou desenvolver uma obra musical. So vrios os tipos

    de formaou configuraes, obtidos atravs de diferentes mtodos, nos diferentes perodos da

    histria da msica.

    *Ver vdeo Msica e Matemtica [Pato Donald], disponvel em:

    https://www.youtube.com/watch?v=7S3iW_sbqsA

    4. NOTAO MUSICAL: Como se escreve msica?

    Os sons musicais so representados por sinais chamados notas; e escrita da msica

    d-se o nome de notao musical. A msica uma linguagem sonora como a fala. Assim como

    representamos a fala por meio de smbolos do alfabeto, podemos representar graficamente a

    msica. Os sistemas de notao musical existem h milhares de anos. Cientistas j

    encontraram muitas evidncias de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na

    Mesopotmia por volta de 3.000 antes de Cristo! Sabe-se que outros povos tambm

    desenvolveram sistemas de notao musical em pocas mais recentes, como o caso dacivilizao grega.

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    Fragmento de antigo papiro grego com notao musical

    Existem vrios sistemas de leitura e escrita que so utilizados para representar

    graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as msicas compostas antes do

    aparecimento dos meios de comunicao modernos pudessem ser preservadas e recriadas

    novamente. A escrita musical permite que um intrprete toque uma msica tal qual o compositor

    a escreveu.O sistema de notao musical moderno teve suas origens nos NEUMAS (do latim: sinal),

    pequenos smbolos que representavam as notas musicais em peas vocais chamadas

    cantocho ou Canto Gregoriano, por volta do sculo VIII, no perodo conhecido como Idade

    Mdia (sc VI ao sc XV).

    O canto gregoriano se caracterizava por ser um canto com melodia de pouca extenso

    vocal, ritmo montono e letra religiosa. Era cantado apenas por monges. Todos cantavam uma

    nica melodia ao mesmo tempo (canto em unssono), sem nenhum instrumento

    acompanhando. Este canto at hoje utilizado em algumas igrejas.

    Inicialmente, esses neumas eram posicionados sobre as slabas do texto e serviam como

    um lembrete da forma de execuo para os que j conheciam a msica, pois o aprendizado

    desse canto era feito oralmente, no dia-a-dia. Veja:

    Para resolver este problema as notas passaram a ser escritas em relao a uma linha

    horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este sistema evoluiu at uma pauta de quatro

    linhas.

    Grande parte do desenvolvimento da notao musical deriva do trabalho do monge

    catlico italiano Guido dArezzo, que viveu no sculo X d.C. (995 1050). Ele criou os nomes

    pelos quais as notas so conhecidas atualmente (D, R, Mi, F, Sol, L, Si). Os nomes foram

    retirados das slabas iniciais do Hino a So Joo Batista, chamado Ut queant laxis. Nestapoca o chamado SISTEMA TONAL j estava desenvolvido e o sistema de notao com pautas

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    de cinco linhas tornou-se o padro para toda a msica ocidental, mantendo-se assim at os

    dias de hoje.

    Um desenho antigo retratando o monge Guido dArezzo

    Hino a So Joo Batista

    Ut queant laxis,

    Resonare fibris,

    Mira gestorum,

    Famuli tuorum,

    Solve polluti,

    Labii reatum

    Sante Iohannes

    Traduo aproximada:

    Para que os vossos servos possam cantar livremente as maravilhas dos vossos feitos,

    tirai toda mcula do pecado dos seus lbios impuros. Oh, So Joo!

    Mais tarde, a slaba Utfoi substituda pela slaba D, sugesto feita por Giovanni Battista

    Doni, um msico italiano que a achava incmoda para o solfejo, e foi adicionada a slaba Si,

    como abreviao de Sante Iohannes ("So Joo"). A slaba Sol chegou a ser mais tarde

    encurtada para So, para uniformizar todas as slabas de modo a terminarem todas por uma

    vogal, mas a mudana logo foi revertida.

    ESCALA

    Essas notas ouvidas sucessivamente formam uma srie de sons qual se d o nome

    de escala. Quando a srie de sons segue sua a ordem natural (D, R, Mi, F, Sol, L, Si),

    temos uma escala ascendente (que vai do grave para o agudo); seguindo em ordem inversa

    (Si, L, Sol, F, Mi, R, D) temos uma escala descendente (que vai do agudo para o grave)

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    .A escala estar completa se for terminada a srie ascendente ou iniciada a srie descendente

    com a nota D.Vejamos alguns exemplos:

    Exemplo 1:

    Ascendente

    D R Mi F Sol L Si D.

    R Mi F Sol L Si D R.Mi F Sol L Si D R Mi.

    Descendente

    D Si L Sol F Mi R D.

    R D Si L Sol F Mi R.Mi R D Si L Sol F Mi.

    Exemplo 2:

    Exemplo 3:

    4.1 PAUTA OU PENTAGRAMA

    A msica, como regra geral, escrita num conjunto de 5 linhas paralelas que chamamos

    de PAUTA ou PENTAGRAMA. Pauta o nome do conjunto de linhas utilizado para escrever

    as notas musicais de uma partitura, no sistema de notao da msica ocidental. Atualmente, a

    pauta contm 5 linhas e por isso tambm chamada s vezes depentagrama (do grego: penta

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    = cinco; grama = linha). No incio do uso da pauta usava-se apenas uma linha colorida, datada

    do sculo IX. Tempos depois outras linhas foram sendo acrescentadas, o pentagrama que

    usamos hoje, estabelecido no sculo XI, foi definitivamente usado a partir do sculo XVII. So

    5 linhas e 4 espaos entre elas. As linhas e espaos so contadas de baixo para cima. (Fonte:

    Bucher, 2003, p.10)

    As pautas surgiram na idade mdia. Foram aperfeioadas por Guido D'Arezzo para

    representar as alturas das notas musicais, suas duraes e o compasso da msica, nos

    ensinamentos de msica e no canto gregoriano. As primeiras pautas tinham uma nica linha e

    eram colocadas sobre a letra da cano. A altura era representada pela distncia das notas em

    relao linha. Como isso no era muito preciso, o sistema evoluiu gradativamente para uma

    pauta de quatro linhas, chamada de tetragrama.

    No sculo XV, uma quinta linha foi adicionada e esta configurao utilizada at hoje.

    Os smbolos das notas podem ser escritos sobre cada uma das cinco linhas ou dentro

    dos quatro espaos da pauta. A altura das notas depende desta posio.

    A pauta, entretanto, no suficiente para conter todas as notas que o nosso ouvido podeapreciar. Por esse motivo, utilizam-se linhas e espaos suplementaresabaixo ou acima da

    pauta, para que sejam escritas as notas mais graves ou mais agudas do que as nove notas

    representveis nas linhas ou espaos do pentagrama. Veja abaixo os exemplos:

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    4.2 CLAVES

    Para determinar o nome da nota e sua altura na escala coloca-se no incio do

    pentagrama um sinal chamado clave.Assim, define-se qual nota ocupa cada linha ou espao

    no pentagrama, onde se permitem adaptar escrita para as diferentes vozes ou instrumentos

    musicais. Existem sete claves representadas por trs sinais: Clave de Sol, clave de F e clavede D.

    Das letras G (sol), F (f) e C (d) surgiram as atuais claves (*ver sistema de cifragem,

    mais adiante).

    Estes sinais so colocados sobre as linhas do pentagrama e cada clave d o seu

    prprio nome nota escrita em sua linha.

    Para saber qual a clave que ser utilizada para escrever para o seu instrumento precisoconhecer sua Tessitura. A Tessitura, o total de notas que um instrumento ou voz capaz

    de executar, desde a mais grave at a mais aguda. Portanto, a clave de Sol serve para

    representar instrumentos ou vozes de sons agudos. A clave de F serve para representar os

    graves. A clave de D serve para representar os mdios.

    O Piano o instrumento que serve de base para medir a extenso das vozes e dos

    demais instrumentos.

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    Exemplos de instrumentos que utilizam a clave de Sol: Violo, Cavaquinho, Flauta,

    Clarineta, Trompete, Violino, Bandolim, Guitarra, instrumentos agudos em geral. Exemplos de

    instrumentos que utilizam a clave de F: Contra-Baixo, Clarone, Fagote, Tuba, instrumentos

    graves em geral. Exemplos de instrumentos que utilizam a clave de D: Viola clssica,

    Violoncelo, Fagote, etc.

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    Normalmente, cada instrumento ou voz representado por uma pauta. No entanto

    alguns instrumentos que possuem grande extenso e permitem a execuo simultnea de

    melodia e acompanhamento, como o piano, o rgo ou o acordeo, necessitam de mais de

    uma pauta. Este conjunto de duas ou mais pautas chamado de sistema. A figura abaixo um

    sistema para instrumento de teclado. As duas pautas so lidas simultaneamente como se

    fossem uma nica.

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    H ainda uma clave chamada Clave de percusso (ou clave neutra). Esta clave no tem

    o mesmo uso das demais. Sua utilizao no permite determinar a altura das linhas e espaos

    da pauta. Serve apenas para indicar que a clave ser utilizada para representar instrumentos

    de percusso de altura no determinada, como uma bateria, um tambor ou um conjunto de

    congas. Neste caso as notas so posicionadas arbitrariamente na pauta, indicando apenas as

    alturas relativas. Por exemplo em uma bateria, o bumbo pode ser representado na primeira

    linha por ser o tambor mais grave e um chimbal pode estar em uma das linhas mais altas por

    se tratar de instrumento mais agudo.

    Clave de percusso ou clave neutra.

    Os instrumentos de percusso afinveis utilizam notao com as claves meldicas. Os

    tmpanos por exemplo so escritos na clave de f.

    Tmpano, instrumento de percusso (afinvel).

    Apesar de existirem todas essas claves, as claves de D e a clave de F na 3 linha

    caram em desuso na msica moderna. As claves mais utilizadas na msica atual so a clave

    de Sol e a clave de F na 4 linha. Essas claves atualmente so empregadas para todas as

    vozes, bem como para a maior parte dos instrumentos.

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    Temos, portanto, algumas notas para serem lidas na Clave de Sol:

    Nome das notas nas linhas e espaos suplementares:

    4.3 O Mensuralismo, Valores (figuras).

    Nem todas as notas tem a mesma durao. Para representar os sons musicais as notas

    so escritas sob formas diferentes. Segundo o sistema do mensuralismo, essas notas so

    chamadas de figurasou valores. Segundo Paran (2006, p. 168), o MensuralismoFoi criada[sic] no sculo XII por Waller Oddington e Franco de Colnia, que aliado ao mtodo de notao

    das alturas, criado por Guido dArezzo, possibilitou o aperfeioamento da escrita musical, usada

    para registrar nossa msica.

    As figuras que representam os sons so chamadas de valores ou ainda, figuras de som

    (tambm conhecidas como valores positivos).

    As figuras que representam a durao de silncio entre os sons so chamadas de

    pausas. Segundo Marisa Priolli (1989, p. 13):

    Alguns tratadistas do s pausas a denominao de figuras negativas ouvalores negativos. No concordamos. As pausas,tem funo rtmica e funo esttica

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    definidas no sentido musical. Logo, no podem ser consideradas como figuras negativas,o que vem dar sentido de ausncia de valor. A figura da Pausa , na construomusical, to importante e to significativa quanto a figura do som.

    Vejamos as partes de uma figura de som:

    Cada figura de som tem sua respectiva pausa que lhe corresponde ao tempo de durao.Vejamos:

    Outro exemplo:

    Quando se escrevem duas ou mais colcheias, semicolcheias, fusas ou semifusas

    consecutivas, usa-se tambm substituir os colchetes por barras horizontais, ficando as notas

    unidas em grupo. Vejamos:

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    4.4 Ligadura e Ponto de aumento.

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    5. COMPASSOS

    Generalidades

    Na notao musical atravs do mensuralismo, as figuras que representam os valores

    das notas tm durao indeterminada, isto , no tm valor fixo. Para que as figuras tenham

    um valor determinado na durao de som ou silncio esse valor previamente estabelecido, e

    a esse espao de durao que se d o nome de tempo.

    Assim, se estabelecermos que a semnima ( ) tem a durao de 1 tempo, veremos

    que a mnima ( ) valer 2 tempos, visto que o seu valor o dobro da semnima; a semibreve( ) valer 4 tempos, uma vez que precisamos de quatro semnimas para formar uma

    semibreve.

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    Os tempos so agrupados em pores iguais, de dois em dois, de trs em trsou de

    quatro em quatro, construindo unidades mtricas s quais se d o nome de Compasso. Quem

    os determinar ser uma frao ordinria escrita aps a clave e os acidentes fixos que

    chamada de FRMULA DE COMPASSO.

    Ex.: etc.

    Os compassos de dois tempos so chamados de BINRIOS.

    Os compassos de trs tempos so chamados de TERNRIOS.

    Os compassos de quatro tempos so chamados de QUATERNRIOS.

    Acento Mtrico (Pulsao)

    Os tempos dos compassos obedecem a diversas acentuaes (pulsaes), isto ,

    umas fortes, outras fracas. Essas acentuaes constituem o acento mtrico (ou pulso,

    pulsao). As acentuaes so elementos importantes na msica. Uma pulsao regular pode

    ter acentuaes que se repetem de maneira regular. Veja a seguir:

    Acentos que se repetem a cada dois pulsos regulares:

    1______2______1______2______1______2______1______2

    Vamos comparar essa pulso com as palavras de 2 slabas em que a 1 slaba mais

    forte que a segunda. Por exemplo: Casa Cama Carro Bola - Bala etc.

    Acentos que se repetem a cada trs pulsos regulares:

    1______2______3______1______2______3______1______2______3

    Essa pulsao de 3 em 3 pulsos pode ser comparada apalavras com 3 slabas onde a

    primeira slaba mais forte que a segunda e terceira. Por exemplo: Crcere Slaba Mdico

    etc.

    Acentos que se repetem a cada quatro pulsos regulares:

    1______2______3______4_______1______2______3______4

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    Nas pulsaes de 4 em 4 podemos pensar em duas palavras com acento na 1 slaba.

    Por exemplo: Bela casa Barco verde Mesa grande etc.

    Desse modo, por meio do acento mtrico que podemos reconhecer pelo ouvido, se o

    compasso Binrio, Ternrio ou Quaternrio.

    Cada compasso separado do seguinte por uma linha divisria vertical chamada

    TRAVESSO. Na terminao de um trecho musical usa-se colocar dois travesses

    denominados: TRAVESSO DUPLO (ou travesso dobrado) ou PAUSA FINAL (se a

    terminao for absoluta, isto na finalizao do trecho).

    Em qualquer compasso, a figura que preenche um tempo chama-se UNIDADE DE

    TEMPO; a figura que preenche um compasso chama-se UNIDADE DE COMPASSO.

    Os compassos dividem-se em: SIMPLES e COMPOSTOS e so representados por uma

    frao ordinria colocada no princpio da pauta, depois da clave.

    5.1 COMPASSOS SIMPLES

    Compassos simples so aqueles cuja unidade de tempo representada por uma figura

    divisvel por 2. Tais figuras so chamadas simples, isto , so figurasno pontuadas.

    Vejamos por exemplo, um compasso qualquer (binrio, ternrio ou quaternrio) no qual

    a unidade de tempo seja a semnima ( ) ou a colcheia ( ). A semnima ( ) vale duas

    colcheias ( ), e a colcheia ( ) vale duas semicolcheias ( ), logo ambas so divisveis por

    2; por conseguinte os compassos que tiverem a semnima ( ) ou a colcheia ( ) como unidade

    de temposero compassos simples.

    Analisemos os termos das fraes que representam os COMPASSOS SIMPLES.

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    O NUMERADOR determina o nmero de tempos do compasso. Os algarismos que

    servem para numerador dos compassos simples so: 2 para o BINRIO, 3 para o TERNRIO

    e 4 para QUATERNRIO.

    O DENOMINADOR Indica a figura que representa a unidade de tempo.

    Os nmeros que servem como denominador so os seguintes:1 - Representando a semibreve ---------------------- (considerada como a unidade)

    2 - Representando a mnima --------------------------- (metade da semibreve)

    4 - Representando a semnima ------------------------ (4 parte da semibreve)

    8 - Representando a colcheia --------------------------- (8 parte da semibreve)

    16 - Representando a semicolcheia --------------------- (16 parte da semibreve)

    32 - Representando a fusa -------------------------------- (32 parte da semibreve)

    64 - Representando a semifusa -------------------------- (64 parte da semibreve).

    Exemplo 1: Vejamos um compasso representado pela frmula: 2/4

    Deduz-se o seguinte: Nesta frao 2/4 o numerador 2 indica o nmero de tempos. Trata-

    se de um compasso de dois tempos, isto , BINRIO. O denominador 4 determina para unidade

    de tempo a figura que representa a 4 parte da semibreve, ou seja, a semnima.

    Exemplo 2: Vejamos um compasso representado pela frmula: 2/8

    Nesta frao 2/8 o numerador 2 indica o nmero de tempos. Trata-se de um compasso

    de dois tempos, isto , BINRIO. O denominador 8 determina para unidade de tempo a figura

    que representa a 8 parte da semibreve, ou seja, a colcheia.

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    Os compassos 4/4, 3/4 e 2/2 tambm podem ser assim representados:

    Os compassos simples mais usados so aqueles cujas fraes tm para denominador

    os nmeros 2, 4 e 8.

    Estes nmeros significam caractersticas rtmicas, onde ser aplicado as figuras de som

    e a quantidade em cada compasso. Vejamos:

    No exemplo acima, o primeiro compasso contm quatro semnimas e o segundo trs

    semnimas.

    Existem outras frmulas de compasso que podem ser utilizadas tambm. Vejamos:

    Acima o primeiro compasso tem seis colcheias, o segundo compasso trs mnimas.

    Pode ser utilizado na composio do compasso vrias combinaes, inclusive

    pausas. Vamos ao exemplo abaixo:

  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    5.2 QUADRO DE TODOS OS COMPASSOS SIMPLES COM SUAS UNIDADES DE TEMPO

    E COMPASSO.

    Compassos Binrios

    Compassos Ternrios

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    Compassos Quaternrios

    Marcar um compasso indicar a diviso dos tempos por meio de movimentos

    executados, geralmente com as mos.

    6. TONS E SEMITONS NATURAIS

    ESCALA DIATNICA DE D SUA FORMAO E SEUS GRAUS

    SEMITOM o menor intervalo existente entre dois sons que o ouvido humano

    ocidental pode perceber e classificar.TOM o intervalo existente entre dois sons, formado por dois semitons.

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    ESCALA DIATNICA a sucesso de 8 sons por graus conjuntos guardando, entre

    si, intervalos de tom ou de semitom. Ex.:

    Os tons e semitons contidos na escala diatnica so chamados de NATURAIS.

    A cada uma das notas da escala, de acordo com a sua funo na prpria escala, d-se

    o nome de GRAU. A escala diatnica possui 8 graus, sendo o VIII a repetio do primeiro.

    OS GRAUS DA ESCALA SO ASSIM DENOMINADOS:

    I grau....................TNICAII grau....................SUPERTNICA

    III grau....................MEDIANTE

    IV grau....................SUBDOMINANTE

    V grau....................DOMINANTE

    VI grau....................SUPER DOMINANTE

    VII grau....................SENSVEL

    VIII grau....................TNICA

    A escala diatnica formada por 5 tons e 2 semitons.

    Os semitons so encontrados: Os tons so encontrados:

    Do III grau para o IV Do I grau para o II

    Do VII graupara o VIII Do II graupara o III

    Do IV grau para o V

    Do V grau para o VI

    Do VI grau para o VII

    GRAUS DA ESCALA:

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    O primeiro grau da escala o mais importante. Todos os demais graus tm com ele

    afinidade absoluta. o grau quem d seu nome escala e quem a termina de um modo

    completo, sem nada deixar a desejar. Vejamos:

    Temos, por exemplo, a nota D em funo de Tnica. Esta escala , portanto, chamada

    de ESCALA de D ou escala em tom de D. Depois da tnica, as notas de maior importncia

    so a DOMINANTE (V grau) e a SUBDOMINANTE (IV grau).

    Os graus podem ser CONJUNTOS e DISJUNTOS.

    So CONJUNTOS quando sucessivos, de acordo com sua relao de altura.

    So DISJUNTOS quando entre ambos vem intercalado um ou mais graus.

    Assim posto, estes mtodos deram a Notao Musical a alcunha de Partitura (forma

    como chamada a escrita da msica nos tempos atuais). Segundo Bennett (2001, p.8), [...]

    partitura a escrita de uma msica, com todas as suas partes, arranjadas em pentagramas

    distintos e superpostos, que esto unidos por traos verticais para que todo um conjunto seja

    apreendido de um s relance de olhos, como esclarece a figura a seguir:

  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    O sentido de ler uma partitura significa interpretar e executar (no instrumento ou

    mentalmente) as notas e os demais sinais que esto nela, incluindo todos os detalhes em

    relao aos sentimentos que o compositor desejou expressar ao produzi-la, trazendo para o

    universo da arte da msica uma sistematizao (aspecto cientfico) slida e coerente da

    notao musical, tornando-a compreensvel como linguagem universal. Pois, tal linguagem

    consegue sintetizar caractersticas das emoes humanas, representadas pela fsica e pela

    matemtica (por meio da durao organizada de sons e silncios) do mesmo modo que uma

    infinidade interpretaes podem ser traduzidas pela linguagem musical. notrio que o uso da

    partitura indispensvel para uma leitura completa que inclua ritmo, melodia, dinmicas, etc.,

    pois em outras maneiras no seria possvel o entendimento por completo de sua escrita.

    7. REGISTRANDO A MSICA: OUTRAS FORMAS DE ESCRITAS.

    Atualmente existem diferentes tipos de escritas musicais que buscam facilitar o acesso

    as pessoas que no sabem ler msica, da maneira formal (com o uso da partitura) a

    comunicao com outros msicos. Como exemplos, citaremos a seguir alm da partitura,

    algumas dessas outras formas:

    Sistema de Cifragem:

    A cifra um sistema de leitura musical que surgiu ainda na Renascena (1450 1600),

    para facilitar a leitura de acordes no instrumento popular da poca, que era o Alade, e at hoje

    tem ajudado na compreenso do pensamento musical de instrumentistas de acompanhamento

    harmnicos. Segundo Chediak, cifras so smbolos criados para representar o acorde de

    maneira prtica. (1986, p. 75). A cifra composta de letras, nmeros e sinais. As notas

    musicais representadas pelas cifras so: A = L; B = Si;C = D;D = R;E = Mi;F = F;G =

    Sol.

    Desse modo, os acordes (sons simultneos = harmonia) tambm podem ser

    representados pelas cifras da seguinte forma.

    a) Acordes maiores:

    A - L maior ; B- Si maior ; C- D maior ; D- R maior ; E- Mi maior ; F- F maior ; G

    - Sol maior.

    b) Acrescentando a letra m, criam-se as cifras dos acordes menores:Am - L menor ; Bm- Si menor ; Cm- D menor ; Dm- R menor ; Em- Mi menor ; Fm

    - F menor ; Gm- Sol menor.

  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    c) Colocando nmeros, letras e smbolos dentro dos acordes. Exemplos de escrita e fala:

    C7M D com 7 maior

    Dm7/9 R menor com 7 e 9

    G7/13 Sol com 7 e 13

    E7 Mi com 7

    Bm7/b5 Si menor com 7 e 5 diminutaBb7/9 Si bemol com 7 e 9

    D#m7(#5) R sustenido menor com 7 e 5 aumentada

    Diagrama ou Desenho de acordes:

    Nelson Faria define diagrama como uma boa maneira para exemplificar os acordes no

    brao do instrumento, e como exemplo, na pg. 11 de seu livro, sugere o grfico abaixo:

    Tablatura:

    Uma forma de representar solos de violo, guitarrae outros instrumentos de corda,

    como o contra-baixo, so as tablaturas.

    Atravs da tablatura possvel informar ao violonistaexatamente quais notas ele deve

    tocar, demonstrando a casa e a corda do violo.

    Diferentemente das cifras, as tablaturas so consideradas um meio operacional dedemonstrar como tocar um solo, pois no informam de maneira explcita quais notasdevem

    ser tocadas, ou seja, primeira vista no possvel saber qual nota deve ser tocada, mas

    apenas a posio no brao do violo. Esse fator acaba sendo desfavorvel para aqueles que

    esto interessados em aprender teoria musical.

    Veja abaixo um exemplo de tablatura:

    E|------------------------------------------------------------|

    B|------------------------------------------------------------|G|---------0--------1--0--------------------------------------|

    D|---0--3-----0--3--------------------------------------------|

    A|------------------------------------------------------------|

    E|------------------------------------------------------------|

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    POSIO GEOGRFICA DAS NOTAS NO PENTAGRAMA E NO VIOLO

    8. ALTERAES (Acidentes)

    Durante muito tempo as notas musicais (D, R, Mi, F, Sol, L e Si) eram soberanas.

    Entretanto, notava-se que havia variao sonora entre algumas dessas notas, at que mais

    tarde surgiram os MEIO TONS que preenchem justamente esses espaos, que na verdade,

    tornar-se-iam notas.

    S que, ao contrrio de serem nomeados por outros nomes, esses meio tons foram

    chamados de acordo com as notas prximas a eles pela relao sustenido e bemol.

    Portanto, d-se o nome de alterao (acidente)ao sinal que se coloca antes de uma

    nota e serve para modificar-lhe a entoao. A entoao das notas, conforme o sinal de

    alterao, poder ser elevada ou abaixada um ou dois semitons. Vejamos quais so os sinais

    de alterao:

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    O Bequadro anula o efeito de qualquer um dos sinais de alterao, fazendo a nota voltar entoao natural.

    *OBS.: Nas notas sustenizadas o dobrado-sustenido eleva um semitom e nas notas

    bemolizadas o dobrado-bemol abaixa um semitom.

    Os acidentes podem ser FIXOS, OCORRENTES ou de PRECAUO.

    FIXOS so aqueles que fazem parte da armao da clave. Seu efeito vale por todo o

    trecho musical. OCORRENTES so aqueles que aparecem no decorrer de um trecho musical

    predominando, somente, no compasso em que so escritos. DE PRECAUO so aqueles

    que aparecem a fim de evitarem erros na leitura rpida. Normalmente so grafados entre

    parntesis. Vejamos:

  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    9. SEMITOM CROMTICO E SEMITOM DIATNICO

    H duas espcies de semitons.

    Semitom CROMTICO Quando formado por duas notas do mesmo nome (entoao

    diferente). Semitom DIATNICO Quando formado por duas notas diferentes (sons

    sucessivos).

    SEMITOM CROMTICO

    SEMITOM DIATNICO

    Teoricamente sabemos que o intervalo de TOM se divide em 9 pequenssimas partes

    chamadas COMAS, sendo que o semitom DIATNICO e o CROMTICO diferem entre si por

    uma COMA.

    quase impossvel ao nosso ouvido a percepo de uma COMA. Entretanto, baseados

    em clculos matemticos e por meio de aparelhos eletrnicos, os fsicos provam a diferena de

    uma COMA existente entre os semitons CROMTICO e DIATNICO (5 comas para o semitom

    cromtico e 4 para o semitom diatnico).Para anular essa pequenssima diferena (UMA COMA), foi estabelecido um sistema

    que, sem prejuzo algum para a audio, iguala os dois semitons (cromtico e diatnico) em

    partes perfeitamente iguais, isto , ficando cada um com 4 comas.

    Este sistema chamado temperamento(ou sistema temperado) e por meio dele que

    temos em certos instrumentos, o D # igual ao R b, e Mi b igual a R #.

  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    Esses instrumentos so classificados como instrumentos temperadosou de som fixo,

    entre os quais se encontram: o piano, o violo, a flauta, a harpa, o trompete, etc.

    Os instrumentos que no tem som fixo so classificados como instrumentos no

    temperados, tais como: o violino, o violoncelo, entre outros.

    10. FERMATA LINHA DE 8 STACCATO

    A fermata ( ) um sinal que, colocado acima ou abaixo de uma nota, indica que

    deve se prolongar a durao do som mais tempo do que o seu valor estabelecido. Ex.:

    FERMATA ACIMA DA NOTA: FERMATA ABAIXO DA NOTA:

    A FERMATA no tem durao determinada, isto , varia de acordo com a interpretao

    do executante ou a critrio do regente. Pode-se ainda acrescentar sobre a fermata as palavras

    LONGA ou CURTA, indicando uma sustentao maior ou menor do som.

    Tambm se pode colocar a FERMATA sobre uma PAUSA. Neste caso a fermata passa

    a chamar-se SUSPENSO.

    10.1 LINHA DE OITAVA

    A linha de oitava(8v........), quando colocada acima ou abaixo de uma nota ou de um

    grupo de notas, indica que as mesmas devem ser executadas respectivamente uma oitava

    acima (8

    va..........

    ) ou abaixo (8

    vb..........

    ).Executando uma oitava acima:

    Notao Execuo

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    Executando uma oitava abaixo:

    Notao Execuo

    Desse modo, a linha de dcima quinta (15.......) tem funo semelhante linha de

    oitava, porm com o acrscimo de mais uma oitava.

    Executando uma dcima quinta acima (duas oitavas acima):

    Notao Execuo

    10.2 STACCATO (ou ponto de diminuio).

    STACCATO um sinal que determina a articulaodos sons. ARTICULAO o modo

    de atacar os sons. O Staccato, palavra italiana, que significa DESTACADO, indica que os sons

    devem ser articulados de modo seco.

    H trs formas de representar o Staccato. Vejamos:

    a) Um ponto colocado acima das notas. chamado Staccato Simples.

    Notao

    Execuo

    b) Combinado o ponto e a ligadura. chamado meio-staccato ou staccato brando.

    Notao

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    Execuo

    c) Um ponto alongadocolocado acima das notas. Este staccato chamado de grande

    staccato ou staccato seco.

    Notao

    Execuo

    11. SNCOPE E CONTRATEMPO

    Se uma nota executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo for prolongada ao tempo

    forte ou parte forte do tempo seguinte, teremos o que se chama de SNCOPE.

    A SNCOPE produz efeito de deslocamento da acentuao natural, podendo ser

    REGULAR ou IRREGULAR.

    SNCOPE REGULAR Quando as notas que a formam tm a mesma durao.

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    SNCOPE IRREGULAR Quando as notas que a compem no tm a mesma durao.

    11.1 CONTRATEMPO

    D-se o nome de CONTRATEMPO s notas executadas em tempo fraco ou parte fraca

    de tempo, ficando os tempos fortes ou partes fortes de tempos preenchidos por pausas.

    O contratempo tambm provoca efeito de deslocamento de acentuao natural,

    portanto o tempo sobre o qual deveria recair a acentuao preenchido pelo silncio pausa.

    12. INTERVALOS

    Intervalo a diferena de altura entre dois sons. Conforme o nmero de sons que o

    abrange, o intervalo pode ser de: 2, 3, 4, 5, 6, etc.

    13.1 Intervalo simples / composto.

    O intervalo pode ser:

    SIMPLES - quando se acha contido dentro de uma 8.

    COMPOSTO quando ultrapassa a 8.

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    12.2 Intervalo meldico / harmnico.

    MELDICO quando as notas so ouvidas sucessivamente, podendo ser:

    ASCENDENTE ou DESCENDENTE.

    HARMNICO quando as notas so ouvidas simultaneamente (ao mesmo tempo).

    12.3 Classificao dos intervalos

    Os intervalos podem ser classificados em:

    J = Justos (4, 5 e 8);

    M = Maiores (2, 3, 6 e 7);

    m = menores (2, 3, 6 e 7);

    Aum ( # ) = Aumentados (2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8);

    dim ( ) = diminutos (2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8).

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    12.4 Inverso dos intervalos

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    Inverter um intervalo consiste em transportar sua nota mais grave uma 8 acima ou sua

    nota mais aguda uma 8 abaixo. Portanto, quando as notas de um intervalo trocam de posio,

    diz-se que o intervalo se acha invertido (virado ao contrrio). Por exemplo, as de segunda

    tornam-se stimas, as de tera ficam sextas, as quartas tornam-se quintas etc.

    Isto o que acontece com a qualidade de um intervalo quando ele invertido:

    Somente os intervalos simplespodem ser invertidos. Os intervalos compostosno

    podem ser invertidos, pois colocando a nota mais grave uma 8 acima ou a mais aguda uma 8

    abaixo, perdem sua caracterstica de intervalos compostose transformam-se em intervalos

    simples.

    Na inverso dos intervalos observa-se o seguinte:

    13. ANDAMENTO

    A palavra andamentoest intimamente ligada velocidade em msica, ou melhor,

    velocidade de cada batida (pulsao) de tempo.

    Os andamentos podem ser marcados como vimos anteriormente, mas tambm atravs

    de expresses usadas.Conforme a movimentao, mais ou menos rpida, considera-se trs tipos de

    andamentos: Lentos, Moderados e Rpidos. Eis, em ordem de acelerao, algumas

    Justopermanece Justo Aumentadotorna-se Diminuto

    Maiortorna-se Menor Diminutotorna-se Aumentado

    Menortorna-se Maior

    a 2depois de invertida passa a ser 7 a 5depois de invertida passa a ser 4

    a 3depois de invertida passa a ser 6 a 6depois de invertida passa a ser 3

    a 4depois de invertida passa a ser 5 a 7depois de invertida passa a ser 2

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    expresses tradicionais, geralmente em idioma italiano, usadas para determinarmos

    aproximadamente os andamentos:

    1 - Andamentos lentos

    1a) largo que tem unidade de tempo (ut) = 40 a 60 batidas por minuto (bpm).

    1b) larghetto (ut = 46 a 60 bpm)1c) lento (ut = 50 a 56 bpm)

    1d) adgio(ut = 48 a 54 bpm)

    2 Andamentos moderados

    2a) andante(ut = 60 a 63 bpm)

    2b) andantino(ut = 66 a 69 bpm)

    2c) moderato (ut = 80 a 88 bpm)2d) alegretto (ut = 92 a 106 bpm)

    3 Andamentos rpidos

    3a) allegro (ut = 120 a 132 bpm)

    3b)presto ou vivo (ut = 144 a 184 bpm)

    3c)prestssimo (ut = 200 a 208 bpm)

    No Brasil, so mais encontrados termos como:

    1) lento (ut = 40 a 76 bpm)

    2) mdio(ut = 60 a 120 bpm)

    3) mdio/rpido (ut = 120 a 160 bpm)

    4) rpido ou ligeiro (ut = 160 em diante)

    H ainda termos como:

    1) tempo de blues

    2) balada/slow

    3) sambo (acelerado)

    4) up/fast

    5) chorinho (rpido ou mdio) etc.

    Outros termos ou expresses menos usados:

    1) lentos:- grave (extremamente lento)

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    2) mdios:

    - sostenuto (76 bpm); - commodo (80 bpm); - majestoso (84 bpm); - allegro moderato (108

    bpm); - animato (120 bpm)

    3) rpidos:

    - vivace (120 a 132 bpm)

    13.1 Variaes de andamento

    So alteraes de andamento numa mesma pea. Vejamos os mais usados:

    Para acelerar: accelerando, alargando, accelerando poco a poco.

    Para diminuir o andamento: rall. (ralentar ou rallentando), ritard ou alargando.

    Ad libitum (Ad Lib): tocar ou cantar sem andamento determinado ( vontade).

    Rubato: vontade, mas sem alterar a marcao do compasso.

    Outros menos usados:

    1) para acelerar: affretando, stringendo, pi mosso, stretto, pi vivo.

    2) para diminuir: ritardando, meno mosso, calando, smorzando.

    13.2 Metrnomo

    Metrnomo um aparelho que permite verificarmos o andamento ou a velocidade de

    pulsao das batidas de tempo Especifica quantas batidas teremos por minuto. Hoje em dia,

    existem metrnomos mecnicos (tradicionais) e metrnomos eletrnicos, sendo estes de maior

    preciso.

    Algumas vezes, no lugar de escrever em italiano o andamento desejado, os compositores

    usam uma indicao para metrnomo. Geralmente, na pauta, a indicao vem marcada pela

    unidade de tempo indicando a velocidade:

    Quanto maior for o nmero, mais rpido ser o andamento. No entanto, importante que

    a relao unidade de tempo seja igual velocidade por minuto.

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    Obs.: Alguns msicos tm os andamentos na memria. comum, tambm, msicos

    portarem um metrnomo. Os regentes de orquestra, em geral, tm os andamentos

    memorizados.

    14. DINMICA

    A dinmicatrata do colorido musical, isto , da variao de intensidade dos sons.

    Estas so as palavras mais usadas para indicar as dinmicas, com as respectivas

    abreviaturas:

    Abreviatura (sinal) Palavras Correspondentes Indicappp molto pianssimo Bem pianssimo.

    Delicadssimo.pp pianissimo Suavssimo. Muito brando.

    p piano Suave, brando.

    mp mezzo-piano Meio piano.

    mf mezzo-forte Meio forte.

    f forte Forte. Intensidade vigorosa.

    ff fortissimo Muito forte. Intensidade

    muito vigorosa.

    fff molto fortissimo Bem fortssimo.

    Vigorosssimo.

    aum. aumentando Aumentando o som

    cresc. ( ) crescendo Aumentando o som

    rinf. rinforzando Reforando o som

    dim. ( ) diminuendo Diminuindo o som

    decres. decrescendo Diminuindo o som

    smorz. smorzando Extinguindo o som

    Alm das palavras com suas abreviaturas, empregam-se com muita frequncia os

    seguintes sinais para aumentar ou diminuir a intensidade do som:

    Tambm comum o aparecimento de ambos os sinais consecutivamente.

  • 7/25/2019 01 Apostila - CEMIG teoria musical

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    15. QUILTERAS

    15.1 Generalidades

    Quando as unidades de tempo e de compasso so subdivididas em grupos de notas e

    esses grupos de notas tm seus valores alterados, tomam o nome de QUILTERAS.

    Usa-se colocar sobre o grupo de QUILTERAS o nmero de figuras que compem a

    diviso alterada. Sobre esse nmero comum colocar-se uma chave abrangendo todo o grupo

    de notas ou uma pequena ligadura no sendo, entretanto, imprescindvel esse pormenor.

    As quilteras podem ser constitudas por figuras de diferentes valores, ou ainda por

    valores de som e pausas entremeadas.

    H duas espcies de quilteras: AS AUMENTATIVAS e AS DIMINUTIVAS

    QUILTERAS AUMENTATIVAS So aquelas que alteram para mais a quantidade

    estabelecida pelo signo do compasso.

    As quilteras aumentativas se subdividem em dois grupos:

    Quilteras Aumentativas REGULARES e IRREGULARES.

    REGULARES As que contm no grupo o nmero normal de figuras mais a metade.

    Ser sempre um grupo de nmero PAR, com exceo de grupo de 3 quilteras, que MPAR

    REGULAR.

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    IRREGULARES So os grupos de nmero MPAR e os de nmeros PAR que no

    preencham a diviso estabelecida.

    QUILTERAS DIMINUTIVAS So aquelas que alteram para menos a diviso normal.

    As quilteras diminutivas so usadas nas unidades Ternrias (figuras pontuadas).

    Ex.:

    16. SINAIS DE INDICAO DE ROTEIRO E SINAIS DE ABREVIATURAS

    Os principais sinais para determinar a repetio de um trecho de msica so: Ritornelo,

    Da capo, Dal Segno, Coda, e as expresses 1 e 2 vez.

    Quando um trecho musical tiver de ser executado duas vezes usa-se o sinal chamadoRITORNELLO, palavra italiana que significa retorno.

    Expresses 1 e 2 vez Quando um trecho a se repetir no deve terminar perfeitamente

    igual na 2 vez, usa-se colocar sobre os compassos que devero ser modificados as

    expresses 1 vez e 2vez.

    DA CAPO uma expresso italiana cuja significao DO PRINCPIO (ou do

    comeo). Normalmente colocada, de forma abreviada - D. C., no final de um trecho para que

    ele seja repetido desde o comeo.

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    DAL SEGNO (D.S.) - Quando deve-se repetir a partir de outro ponto que no seja o

    incio, utiliza-se o sinal , e escreve-se no final do trecho D.S. , que significa do sinal.

    O DA CAPO s usado para repetir um trecho mais ou menos longo. Tambm usado

    DA CAPO com as seguintes variantes: Da Capo al (Da Capo ao segno) - Indica que se

    deve voltar ao lugar onde se encontra o sinal , terminando onde estiver a palavra Fim. Temos

    ainda o sinal (Coda) chamado de sinal de salto, quase sempre usado em combinao

    com o Da Capo.

    A coda ( ), tambm utilizada para auxiliar nos saltos de trechos musicais. Seusignificado cauda, isto , mais um trecho musical. Escreve-se no fim de um trecho D.C. al

    Coda (do incio at a Coda) ou D.S. al Coda (do sinal at a Coda). No compasso em que deve

    acontecer o salto para a Coda, escreve-se al Coda (s vezes aparecer em ingls: To Coda).

    Depois disso, ainda possvel criar um salto para finalizar. Por exemplo: D. S. al Fine

    O sinal indicado pela palavra FINE, serve para indicar o final da pea aps a utilizao

    dos demais sinais de repetio.

    16.1 Sinais de abreviaturas

    H vrios sinais usados para representar a repetio de notas ou de desenhos

    meldicos. Esses sinais so chamados ABREVIATURAS. As principais abreviaturas usadas

    so:

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    17. ESCALAS DIATNICAS DE MODO MAIOR

    Escala diatnica a sucesso de 8 (oito) sons, contendo intervalos de tons e semitons.

    A cada uma das notas contidas na escala, de acordo com a sua funo na prpria escala, d-

    se o nome de grau; o oitavo (VIII) grau a repetio do primeiro (I).

    Os graus da escala e suas funes so:

    GRAU NOME FUNO NA ESCALA

    I Tnica D origem escala

    II Supertnica Est um tom acima da Tnica

    III Mediante Grau mdio entre o I e o V.IV Subdominante Est um tom abaixo da Dominante

    V Dominante Grau tonal mais importante, depois da Tnica.

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    VI Superdominante Est um tom acima da Dominante (d origem s escalas

    relativas menores)

    VII Sensvel Nota atrativa que est um semitom abaixo da Tnica Maior.

    VIII Repetio da

    Tnica

    Termina a escala ou origina uma outra 8 da escala.

    A Escala Diatnica formada por cinco tons e dois semitons, como vemos abaixo, no

    modelo do modo maior:

    Nas escalas Maiores os semitons so encontrados do III para o IV graus e do VII para o

    VIII.

    A escala de D Maior o modelo das escalas do modo maior.

    A escala se divide em dois grupos de quatro sons. A cada grupo d-se o nome de

    tetracorde.

    Nas escalas de modo maior cada tetracorde formado por 2 tons e 1 semitom.

    Na formao das escalas com sustenidos, todo VII grau sofre uma alterao ascendente

    para que se mantenha essa distribuio dos tons e semitons da escala conforme a escala

    modelo de D Maior.

    A partir da escala modelo, tomando-se o V grau (dominante) da escala, teremos a

    prxima escala, como veremos a seguir:

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    Conforme o exemplo acima, usa-se agrupar, logo aps a clave, os sinais de alterao

    que entram na formao das escalas. D-se s alteraes assim agrupadas a denominao

    de armadura de clave.

    As alteraes armaduras de clave agem sobre todas as notas daquele nome e que

    aparecem no trecho. Essas alteraes so tambm chamadas de alteraes fixas (ou

    acidentes fixos).

    *Obs.: Se tivermos os sustenidos (armadura de clave) e quisermos saber o nome da

    escala, devemos elevar um grau (um semitom) depois do ltimo sustenido.

    Se tivermos o nome da escala e quisermos saber quantos sustenidos ela tem, devemos

    abaixar um grau do nome da escalae contar quantos sustenidos (na ordem que esto na

    armadura de clave), at chegar ao grau encontrado.

    Ordem dos sustenidos na armadura de clave: F - D - SOL - R - L - MI SI.

    Para obter o nome das escalas com sustenidos (a partir da escala modelo de D Maior),

    devemos contar de cinco em cinco notas para cima (5asJustas ascendentes).

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    D Maior Escala Modelo

    Sol Maior com 1#: F#

    R Maior com 2#: F# - D#

    L Maior com 3#: F# - D# - Sol

    Mi Maior com 4#: F# - D# - Sol# - R#

    Si Maior com 5#: F# - D# - Sol# - R# - L#F# Maior com 6#: F# - D# - Sol# - R# - L# - Mi#

    D# Maior com 7#: F# - D#- Sol# - R# - L# - Mi# - Si#

    Na formao das escalas com bemis, todo o IV grau sofre uma alterao descendente

    para manter a distribuio dos tons e semitons da escala conforme a escala modelo de D

    Maior.

    A partir da escala modelo, tomando-se o IV grau (subdominante) da escala, teremos aprxima escala, como veremos a seguir:

    *Obs.: Se tivermos os bemis (armadura de clave) e quisermos saber o nome da escala,

    devemos observar o nome do penltimo bemolda armadura de clave ou contar uma 4 abaixo

    ou uma 5 acima do ltimo bemol.

    Se tivermos o nome da escala e quisermos saber quantos bemis ela tem, devemos

    abaixar cinco graus do nome da escala e contar os bemis (na ordem que aparecem na

    armadura de clave), at chegar neste grau.

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    Ordem dos bemis na armadura de clave: SI - MI - L - R - SOL - D F.

    Para obter o nome das escalas com bemis (a partir da escala modelo de D Maior),

    devemos contar de quatro em quatro notas para cima (4asJustas ascendentes).

    D Maior Escala ModeloF Maior com 1b: Si b

    Si b Maior com 2b: Si b Mi b

    Mi b Maior com 3b: Si b Mi b L b

    L b Maior com 4b: Si b Mi b L b R b

    R b Maior com 5b: Si b Mi b L b R b Sol b

    Sol b Maior com 6b: Si b Mi b L b R b Sol b D b

    D b Maior com 7b: Si b Mi b L b R b Sol b D b F b

    Eis, portanto, os 15 (quinze) tons que constituem o modo maior: a Escala Modelo D

    Maior, 7 (sete) tons formados com sustenidos e 7 (sete) tons formados com bemis.

    18. ESCALAS DO MODO MENOR

    A escala de L Menor o modelo das escalas do modo menor; na forma primitiva da

    escala de L Menor (tambm chamada antiga ou natural) no havia alteraes;

    Ex.: Escala de L Menor Natural

    Essa forma antiga da escala de L Menor, porm, foi modificada pela seguinte razo: o

    VII grau separado do VIII por intervalo de tom no se caracteriza como nota sensvel.

    A modificao introduzida foi a alterao ascendente de tom no VII grau (esta

    alterao produz um intervalo de 2 aumentada do VI para o VII graus).

    D-se a esta forma da escala menor o nome de harmnica.

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    Entretanto, para evitar esse mesmo intervalo de 2 aumentada (considerado como de

    difcil entoao), usa-se uma outra forma com modificaes: na subida da escala, coloca-se

    alterao ascendente de tom no VI e no VII graus; na descida da escala, conservam-se as

    mesmas notas da forma primitiva.

    D-se a esta forma da escala menor o nome de meldica.

    Na descida da forma meldica o VII grau passa a chamar-se subtnica, porquedesaparece o intervalo de semitom do VIII para o VII graus que o caracterizava como sensvel.

    A partir da escala modelo de La Menor, so tambm encontradas por 5 Justas

    ascendentes aquelas cujas armaduras de clave so formadas por sustenidos e, por 5 Justas

    descendentes ou 4 Justas ascendentes, aquelas cujas armaduras de clave so formadas por

    bemis.

    So, ento, as formas da escala menor: Antiga (ou Natural), Harmnica, Meldica e

    Bachiana (ou Meldica Bachiana); a escala menor Bachiana consiste em alteraesascendentes dos VI e VII graus, tanto no movimento ascendente quanto no descendente.

    So, portanto, 15 (quinze) os tons que compem o modo menor: a escala modelo (La

    Menor), 7 (sete) tons com armadura de clave em sustenidos e 7 (sete) tons com armadura de

    clave em bemis.

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    Escala de L Menor (sem acidentes na armadura de clave)

    As escalas do modo menor com armaduras de # so:

    As escalas do modo menor com armaduras de bso:

    18.1 Escalas Relativas

    Chamam-se escalas relativas aquelas que tm a mesma armadura de clave e

    pertencem a modos diferentes.

    Exemplo: Sol Maior (1 #) e Mi Menor (1 #).

    As notas que formam as duas escalas relativas so as mesmas, com exceo do VII

    grau da escala do modo menor harmnico(que tem alterao acidental ascendente).

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    18.2 Escalas Homnimas

    Chamam-se homnimas duas escalas que tem a mesma tnica e pertencem a modos

    diferentes.

    Exemplo: D Maior - D Menor; F # Maior - F # Menor;

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    19. ESCALAS ENARMNICAS

    Escalas enarmnicas so escalas de nomes e grafias diferentes, mas com o mesmo

    som.

    Notas enarmnicas, so notas de grafias diferentes, porm com o mesmo som.

    20. ESCALAS CROMTICAS

    So aquelas formadas exclusivamente por intervalos de semitons (diatnicos e

    cromticos); a escala cromtica no se baseia em uma tonalidade, mas sim, em uma escala

    diatnica que lhe corresponde.

    Vejamos:

    Ex.: Escala Cromtica (Do Maior)

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    Na formao da escala (ascendente e descendente), devemos comear e terminar a

    escala sobre a tnica (nunca ultrapass-Ia). No devemos modificar os semitons naturais da

    escala (do III para o IV graus e do VII para o VIII graus).

    21. COMPASSOS COMPOSTOS

    Chamam-se compassos compostosaqueles cuja unidade de tempo tem subdiviso

    ternria, ou seja, quando a unidade de tempo preenchida por uma figura pontuada (um tempo

    tem trs subdivises); por esse motivo, a unidade de tempo no vem indicada na frmula de

    compasso composto ( um valor pontuado).

    O nmero superiorindica o total das figuras em que foram subdivididas as unidades de

    tempo do compasso, ou seja, o nmero de subdivises:

    Exemplo:

    O nmero inferior indica a figura da subdiviso e so os mesmos nmeros dos

    compassos simples, porm aqui esses nmeros representam a figura que vale 1/3 de

    tempo; so necessrias 3 dessas figuras para formar um tempo composto; a unidade de

    tempo (U.T.) , sempre, uma figura pontuada.

    Portanto, nos compassos compostos, os nmeros que compem a frmula de compasso

    indicam as figuras da subdiviso.

    Veja agora as principais diferenas entre os compassos Simples e os Compostos:

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    Nos compassos compostos o acento mtrico idntico aos compassos simples, isto ,

    como a subdiviso ternria, a acentuao das partes dos tempos : 1 Forte, 2 fraca e 3fraca.

    21.1 Compassos Correspondentes

    Todo compasso simples tem o seu correspondente composto (e vice-versa); os

    compassos correspondentesso os compassos simples e os compostos que tem o mesmo

    nmero de tempose a mesma unidade de tempo; nos compassos simples a U.T. uma

    figura simples (no pontuada) e nos compassos compostos a U.T. uma figura pontuada.

    Para transformar um compasso simples em composto, multiplica-se o numerador da

    frmula do compasso simples por 3 e o denominador por 2.

    Para transformar um compasso composto num compasso simples, divide-se o

    numerador da frmula do compasso composto por 3 e o denominador por 2.

    Exemplo 1:

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    Exemplo 2:

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    22. ANACRUSE (COMPASSO ANACRSTICO), COMPASSO TTICO E

    COMPASSO ACFALO.

    COMPASSO TTICO quando as notas comeam na cabea do primeiro tempo do

    compasso.

    Ex. 2: Portanto amor, por tanta emoo... (msica tocada em compasso binrio).

    (Caador de Mim, Milton Nascimento)

    COMPASSO ACFALO quando a msica inicia com pausa(s), totalizando menos

    da metade do compasso, seguida(s) de notas.

    ANACRUSE - quando a msica inicia com pausa(s), totalizando a metade ou mais da

    metade do compasso, seguida(s) de notas.

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    REFERNCIAS

    ADOLFO, Antnio. Msica: Leitura, Conceitos, Exerccios. Rio de Janeiro: Lumiar. 2002.

    ALENCAR, Valria Peixoto de. Msica - Origem: Sons e Instrumentos. 2008. Especial para apgina 3 Pedagogia & Comunicao. Disponvel em: .Acesso em: 26 out. 2014.

    ARCANJO, Samuel. Lies Elementares de Teoria Musical.

    BONA, P. Mtodo Completo de Diviso Musical.

    BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia:(a idade da fbula): histrias de deusese heris; traduo de David Jardim Jnior. 26. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

    HENRIQUES, Cludio. Dicionrio Informal. Msica Significado. 2007. Disponvel em: Acesso em: 30 Out. 2013.LACERDA, Osvaldo. Compndio de Teoria Elementar da Msica.

    NOBRE, Jorge. Apostila de teoria musical. Projeto Fortalecimento Musical.

    MED, Bohumil. Teoria da Msica.

    OLIVEIRA, Marcos. Apostila Musical Para Msicos Esprituais. Livro Pedaggico.178pginas; Formato de impresso A4; Obra no publicada

    PHILLIPS, Mark; CHAPPELL, Jon. Violo para leigos.Alta Books: 2008.

    PRIOLLI, Maria Luisa de Mattos. Princpios Bsicos da Msica para a Juventude, 1Volume, 33 Ed. Rio de Janeiro: Casa Oliveira de Msicas Ltda., 1989.