01 Drenagem Corporal

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    PROGRAMA DE EDUCAO CONTINUADA A DISTNCIAPortal Educao

    CURSO DE

    Drenagem Linftica Corporal

    Aluno:EaD - Educao a Distncia Portal Educao

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    CURSO DE

    Drenagem Linftica Corporal

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos para estePrograma de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao ou distribuiodo mesmo sem a autorizao expressa do Portal Educao. Os crditos do contedo aqui contidoso dados aos seus respectivos autores descritos nas Referncias Bibliogrficas.

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    SUMRIO

    1. Tecido epitelial

    1.1 Epitlio de revestimento

    1.2 Epitlio glandular

    2. Tecido conjuntivo

    2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito

    2.2 Tecido conjuntivo de propriedades especiais

    2.3 Substncia fundamental amorfa

    2.4 Fibras do tecido conjuntivo

    2.4.1 Fibras colgenas

    2.4.2 Fibras reticulares

    2.4.3 Fibras elsticas

    2.5 Clulas prprias do tecido conjuntivo

    3. Sistema tegumentar

    3.1 Pele

    3.1.1 Epiderme

    3.1.2 Derme

    3.2 Hipoderme (tela subcutnea)

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    3.3 Anexos da pele

    3.4 Funes do sistema tegumentar

    3.5 Propriedades do sistema tegumentar

    4. Sistema linftico

    4.1 rgos linfides

    4.2 Linfa

    4.3 Topografia do sistema linftico

    4.3.1 Capilares linfticos

    4.3.2 Pr-coletores linfticos

    4.3.3 Coletores linfticos

    4.3.4 Troncos linfticos

    4.3.5 Linfonodos (gnglios ou nodos linfticos)

    4.4 Circulao linftica

    4.5 Anatomia dos linfticos

    5. Edema

    5.1 Fisiopatologia do edema

    5.1.1 Aumento da presso hidrosttica

    5.1.2 Reduo da presso onctica

    5.1.3 Aumento da permeabilidade capilar

    5.1.4 Obstruo da drenagem linftica

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    5.1.5 Aumento da presso coloidosmtica do lquido intersticial

    6. Linfedema

    7. Glossrio

    02_Drenagem Linfatica Corporal

    1. A massagem teraputica

    2. A drenagem linftica manual

    2.1 Histrico

    2.2 Conceitos gerais

    2.3 Efeitos da drenagem linftica manual

    2.4 Indicaes

    2.5 Contra-indicaes

    2.6 Componentes da drenagem linftica manual

    2.6.1 Presso

    2.6.2 Direo

    2.6.3 Ritmo e freqncia

    2.6.4 Repetio

    2.6.5 Etapas

    2.6.6 Caminho

    2.6.7 Tempo

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    2.6.8 Produtos

    2.6.9 Manobras de evacuao

    2.6.10 Manobras de captao

    3. A drenagem linftica reversa

    4. Medidas complementares para o tratamento do linfedema

    5. Avaliao fsico-funcional para realizao da drenagem linftica

    5.1 Anamnese

    5.2 Exame Fsico

    5.3 Perimetria

    5.4 Volumetria

    5.5 Modelo de protocolo de avaliao fsico-funcional

    6. Glossrio

    03_Drenagem Linftica Corporal

    1. Requisitos para a massagem de drenagem linftica manual

    1.1 Autopreparao

    1.2 Relaxamento

    1.3 O ambiente

    1.4 Palpao e desenvolvimento da percepo sensorial

    1.5 Exame do paciente a cada atendimento

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    1.6 Preparao do paciente

    2. Tcnicas de drenagem linftica manual

    2.1 Principais manobras da DLM segundo o mtodo Leduc

    2.2 Principais manobras da DLM segundo o mtodo Vodder

    2.3 Mtodo Ganncia

    2.4 Mtodo Godoy

    3. Seqncia de manobras de drenagem linftica manual corporal

    3.1 Drenagem da mama

    3.2 Drenagem dos membros superiores

    3.3 Drenagem do abdmen

    3.4 Drenagem da regio gltea

    3.5 Drenagem dos membros inferiores

    3.6 Drenagem da regio dorsal

    4. Glossrio

    04_Drenagem Linftica Corporal

    1. Pressoterapia

    1.1 Efeitos fisiolgicos

    1.2 Indicaes

    1.3 Contra-indicaes

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    1.4 Tcnicas de aplicao

    1.4.1 Presso de insuflao

    1.4.2 Tempo ligado e desligado

    1.4.3 Tempo total de tratamento

    1.5 Precaues

    2. Depressodrenagem linftica (dermotonia)

    2.1 Efeitos fisiolgicos

    2.2 Indicaes

    2.3 Contra-indicaes

    2.4 Tcnicas de aplicao

    3. Drenagem linftica seqencial (eletroestimulao russa)

    3.1 Conceitos de eletroestimulao

    3.2 Efeitos fisiolgicos

    3.3 Indicaes

    3.4 Contra-indicaes

    3.5 Tcnicas de aplicao

    3.6 Precaues

    4. Glossrio

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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    1. Tecido epitelial

    O tecido epitelial, tambm denominado epitlio um dos quatro tipos de

    tecidos bsicos no nosso organismo, juntamente com os tecidos conjuntivo,

    muscular e nervoso. formado por clulas justapostas com pouca substncia

    intercelular entre elas. Esse tecido avascular, sendo a nutrio de suas clulas

    feita a partir do tecido conjuntivo adjacente, por difuso, atravs da membrana basal.

    Estamembrana promove a adeso entre os tecidos, permitindo, contudo, a difuso

    de alimentos, catablitos e oxignio. Os epitlios so inervados, recebendo

    terminaes nervosas livres que formam uma rica rede intra-epitelial.

    Figura 01 Tecido epitelial

    Fonte: WIKIPDIA, 2008.

    O tecido epitelial pode ser classificado em duas categorias: epitlio de

    revestimento e epitlio glandular.

    1.1 Epitlio de revestimento

    O tecido epitelial de revestimento(ou proteo) o revestimento externo

    do corpo, que cobre todos os tipos de cavidades. Quando os epitlios so formados

    por uma s camada de clulas, so classificados como epitlios simples ou

    uniestratificados. J os epitlios formados por mais de uma camada de clulas so

    chamadas estratificados. Existem ainda epitlios que, apesar de formados por uma

    nica camada celular, tm clulas de diferentes alturas, o que d a impresso de

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_muscularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervosohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_nervosohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_muscularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
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    serem estratificados. Por isso, eles costumam ser denominados

    pseudoestratificados.

    Quanto forma das clulas, os epitlios podem ser classificados empavimentosos, quando as clulas so achatadas como ladrilhos; cbicos, quando

    as clulas tm a forma de cubo; ou prismticos, quando as clulas so alongadas,

    em forma de coluna. No epitlio que reveste a bexiga, a forma das clulas

    originalmente cbica, mas elas se tornam achatadas quando submetidas ao

    estiramento causado pela dilatao do rgo. Por isso, esse tipo de epitlio

    denominado, epitlio de transio.

    1.2 Epitlio glandular

    Conjunto de clulas especializadas cuja funo a produo e liberao de

    secreo. As clulas secretoras so denominadas parnquima e o tecido conjuntivo

    no interior da glndula denominado estroma. O estroma sustenta tambm vasos

    sangneos, linfticos e nervos.

    As molculas a serem secretadas geralmente so armazenadas nas clulas

    em pequenas vesculas envolvidas por uma membrana, chamadas grnulos de

    secreo. As clulas epiteliais glandulares podem sintetizar,armazenare secretar

    protenas, lipdios ou complexos de carboidratos e protenas.

    Existem parmetros para classificar os diferentes tipos glandulares, como o

    nmero de clulas e o local onde a secreo lanada.

    Quanto organizao das clulas, as glndulas podem ser unicelulares

    (a secreo realizada por clulas especializadas. Espalhadas entre outras clulas

    no-secretoras) ou multicelulares (

    Quanto ao local em que a secreo lanada, as glndulas podem ser

    classificadas como e

    a secreo realizada por um conjunto de

    clulas).

    ndcrinas(glndulas sem ductos em que a secreo lanada

    na corrente sangnea e distribuda para todo o corpo. A secreo endcrina a

    secreo de hormnios, que atuam em locais distantes de onde foram produzidos);

    ou excrinas (glndulas com ducto excretor que transportam a secreo glandular

    para a superfcie do corpo ou para o interior de um rgo).Quanto funo as glndulaspodem ser:

    http://acd.ufrj.br/labhac/secretamensageiros.htmhttp://acd.ufrj.br/labhac/secretamensageiros.htm
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    - holcrinas quando as clulas so eliminadas juntamente com os produtos

    de secreo. As clulas eliminadas so substitudas a partir de clulas-fonte

    existentes na glndula;- apcrinas, quandoas clulas eliminam, juntamente com os produtos de

    secreo, parte do citoplasma no qual a secreo fica acumulada; ou

    - mercrinas, quando as clulas eliminam somente o produto de secreo,

    permanecendo o restante da clula intacto.

    2. Tecido conjunt ivo

    Ao contrrio dos epitlios, os tecidos conjuntivos caracterizam-se por

    apresentar elevada quantidade de substncia intercelular. As clulas que constituem

    esses tecidos possuem formas e funes bastante variadas. Trata-se, portanto, de

    um tecido com diversas especializaes. Entre suas funes esto: preenchimento,

    estabelecimento de conexo entre os diversos tipos de tecidos ou rgos,

    sustentao (osso e cartilagem), transporte de substncias (sangue) e auxlio na

    defesa orgnica (glbulos brancos).

    Pode ser dividido em:

    Figura 02 Tecido conjunt ivo

    Fonte: UFBA, 2008.

    2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito

    O tecido conjuntivo propriamente dito, dostecidos conjuntivos,o menos

    diferenciado e o mais genrico, preenchendo todos os espaos entre os tecidos

    restantes. Logo, est presente em todos os rgos, e abaixo da derme,

    estabelecendo a ligao entre eles. Permite igualmente o transporte de metablitos

    e participa na defesa do organismo. constitudo por vrios tipos de clulas que

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivo
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    encontram-se imersas em uma substncia intercelular, designada como matriz

    extracelular.

    Pode serclassificado como frouxo(tecido de consistncia delicada, flexvele pouco resistente s traes) ou denso (com predominncia acentuada de fibras

    colgenas. Os conjuntivos densos podem ser irregulares, com feixes colgenos em

    trama tridimensional, conferindo ao tecido, resistncia s traes em qualquer

    direo ou regulares, com feixes colgenos seguindo uma organizao fixa, em

    respostas a traes exercidas em um mesmo sentido, como por exemplo, nos

    tendes).

    2.2 Tecido con junt ivo de propriedades especiais

    Enquadram-se neste grupo os tecidos adiposo, elstico, reticular,

    mucoso, cartilaginosoe sseo.

    O tecido adiposoapresenta clulas adiposas (adipcitos), que armazenam

    gordura. Estas clulas possuem um vacolo central (pode aumentar ou diminuir de

    acordo com o metabolismo do indivduo). A quantidade de gordura difere nas partes

    do corpo. Suas principais funes so de isolante trmico, de proteo dos rgos

    contra choques mecnicos e de reserva energtica.

    O tecido elstico formado por fibras elsticas grossas, por fibras

    colgenas finas e por fibroblastos. Tambm um tecido pouco freqente, sendo

    encontrado nos ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pnis.

    O tecido reticular formado por fibras reticulares e por clulas reticulares.

    um tecido muito delicado que forma uma rede para sustentar as clulas. Encontra-

    se nos rgos que formam as clulas do sangue (medula ssea).

    O tecido mucoso tem aspecto gelatinoso, e o principal constituinte do

    cordo umbilical. Tambm encontrado na polpa dental jovem. Neste tecido h

    predominncia de substncia fundamental amorfa e poucas fibras.

    O tecido cartilaginoso formado por clulas denominadas condroblastos e

    condrcitos. Os condroblastos produzem grande quantidade de fibras proticas;

    quando sua atividade metablica diminui, passam a ser denominados condrcitos. O

    tecido cartilaginoso desprovido de vasos sanguneos e de nervos; nutrido pelotecido conjuntivo denso que o envolve.

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    O tecido sseo o principal componente dos ossos. bem mais resistente

    que o cartilaginoso, pois constitudo de uma matriz rgida (formada basicamente

    por fibras colgenas e sais de clcio), e composto por vrios tipos de clulas;osteoblastos, ostecitos e osteoclastos.

    2.3 Substncia fundamental amorfa

    A substncia fundamental amorfa ocupa os espaos entre as fibras elsticas

    e colgenas, funcionando como lubrificante para esta microarquitetura mvel.

    formada pelo fluido intersticial, acido hialurnico e complexos de

    glicosaminoglicanas e protenas, denominados proteoglicanas e glicoprotenas.

    Caracteriza-se por uma substncia incolor, transparente e homognea que

    representa uma barreira penetrao de partculas estranhas no interior dos

    tecidos. Apresenta-se como um elemento no fibroso da matriz, em que as clulas e

    outros elementos esto mergulhados.

    2.4 Fibras do tecido conjuntivo

    So protenas que se polimerizam formando estruturas alongadas presentes

    em propores variveis nos diversos tipos de tecido conjuntivo. Podem ser

    classificadas em trs tipos principais: colgenas, reticulares e elsticas. Como as

    fibras colgenas e reticulares so constitudas de colgeno, existem na verdade

    apenas dois tipos de sistemas de fibras: o sistema colgeno e o sistema elstico.

    2.4.1 Fibras colgenas

    So as fibras mais freqentes no tecido conjuntivo. So brancas e alongadas

    e tm dimetro entre 01 e 20um (micrmetro) mostrando uma estriao longitudinal,

    pois so constitudas por fibrilas. So constitudas por colgeno que uma

    glicoprotena formada principalmente pelo aminocido glicina. O colgeno a

    protena mais abundante do corpo humano, representando 30% das protenas totais.

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    Representa cerca de 70% do peso da pele seca e tem como funo fornecer

    resistncia e integridade estrutural a diversos rgos e tecidos.

    Os tipos de colgenos mais freqentes so:- tipo I, que o mais abundante e representam 90% do total de colgeno do

    organismo, encontrado nos tendes, ligamentos, derme, cpsula de rgos, tecido

    conjuntivo frouxo, ossos, dentina e outros. sintetizado pelos fibroblastos,

    odontoblastos e osteoblastos;

    - tipo II encontrado nas cartilagens: hialina e elstica. sintetizado pelas

    clulas cartilaginosas;

    - tipo IIIforma as fibras reticulares e produzido pelos fibroblastos e clulas

    reticulares;

    - tipo IVest presente nas lminas basais e no tecido epitelial (no faz parte

    do tecido conjuntivo) e sintetizado pelas clulas do ltimo;

    - tipo V associa-se ao colgeno do tipo I para formar as fibrilas e

    sintetizado pelos fibroblastos; e

    - tipo VI, encontrado junto com o colgeno do tipo II e produzido pelos

    condroblastos.

    2.4.2 Fibras reticu lares

    Fibras anastomosadas umas s outras que se dispem formando uma

    estrutura semelhante a uma rede. Possuem dimetro de 0,5 a 2 um. So formadas

    por colgeno do tipo III, associado e elevado teor de glicdios. Formam o arcabouo

    dos rgos hemopoiticos (bao, linfonodos, medula vermelha...) e redes em torno

    das clulas musculares e rgos epiteliais (fgado, glndulas endcrinas). So fibras

    curtas, finas e inelsticas, compostas principalmente por um tipo de colgeno

    denominado reticulina.

    2.4.3 Fibras elsticas

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    Fibras delgadas, que se distinguem facilmente dos outros tipos de fibras por

    no apresentar estriaes longitudinais. Possuem cor amarelada e so sintetizadas

    por diversas clulas (condrcitos, fibroblastos e clulas musculares lisas). Seuprincipal componente a elastina que bem mais resistente que o colgeno, mas

    facilmente hidrolisada pela elastase (enzima pancretica). Essas fibras cedem

    facilmente a traes mnimas, porm retornam rapidamente sua forma original, to

    logo cessem as foras deformantes.

    As fibras elsticas so formadas por fibrotbulos com 10nm de espessura,

    envolvendo uma parte central amorfa (constituda de elastina). O sistema elstico

    apresenta ainda as fibras elaunnicas, encontradas na pele (formadas de

    fibrotbulos e elastina) e as oxitalnicas (s fibrotbulos) encontradas no ligamento

    periodontal e nos tendes.

    2.2 Clulas prprias do tecido conjuntivo

    As clulas mais comuns do conjuntivo so os fibroblastos , responsveis

    pela formao das fibras e do material intercelular amorfo. Eles sintetizam colgeno,

    mucopolissacardeos e fibras elsticas. dotado de certa mobilidade. Quando

    inativo, o fibroblasto passa a se chamar fibrcito.

    O fibroblasto tem prolongamentos citoplasmticos, seu ncleo claro,

    grande, de forma ovide com a cromatina e nuclolo evidente. rico em retculos

    endoplasmticos rugosos e o complexo de Golgi bem desenvolvido. J o fibrcito,

    menor, tende a ser fusiforme com menos prolongamentos. Seu ncleo menor,

    alongado e escuro; seu citoplasma acidfilo, deficiente em retculos

    endoplasmticos rugosos e o complexo de Golgi. Contudo, mediante estmulos de

    cicatrizao, o fibrcito reassume aspecto de fibroblasto. Nos adultos, os fibroblastos

    no se dividem com freqncia, entrando em mitose apenas quando h leso do

    tecido conjuntivo.

    O miofibroblasto uma clula com caractersticas entre o fibroblasto e a

    clula muscular lisa (tem actina e miosina), sendo responsvel pelo fechamento das

    feridas.

    Figura 03 Componentes do tecido conjuntivo

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    Fonte: BARLACH, GIANESI e MURA, 2008.

    Alm dos fibroblastos, dentro do tecido conjuntivo h os macrfagos, que

    desempenham papel importante na remoo de elementos intercelulares que se

    formam nos processos involutivos fisiolgicos, como o retorno do tero ao tamanho

    original, aps a gestao; as clulas mesenquimatosas indiferenciadas que

    possuem a capacidade de originar qualquer outra clula do tecido conjuntivo; os

    mastcitos; plasmcitos e leuccitos, que atuam nos processos inflamatrios e

    infecciosos; e finalmente os adipcitos que so clulas derivadas dosfibroblastos, que compem o tecido adiposo e so especializadas no

    armazenamento de gorduras neutras.

    3. Sistema tegumentar

    O sistema tegumentar formado pela pele e pela hipoderme (tela

    subcutnea), juntamente com os anexos cutneos. O tegumento constitui o mantocontnuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio

    ambiente. Esse invlucro somente interrompido ao nvel dos orifcios naturais

    (narinas, boca, olhos, orelha, nus, vagina e pnis) onde se prolonga pela respectiva

    mucosa. As principais funes do sistema tegumentar so: proteo, regulao da

    temperatura do organismo, excreo, sensibilidade ttil e produo de vitamina D.

    Figura 04 Estrutura do sistema tegumentar

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    Fonte: WIKIPDIA, 2008.

    A pele possui uma poro epitelial, a epidermee uma poro conjuntiva, a

    derme. Abaixo e em continuidade com a derme est a hipoderme (tela

    subcutnea), que embora tenha a mesma morfologia da derme, no faz parte da

    pele, que formada por apenas duas camadas. A hipoderme serve de suporte da

    derme com os rgos subjacentes, alm de permitir a pele uma considervel

    amplitude de movimento.

    As unhas, plos, glndulas sudorparas e glndulas sebceas constituem os

    anexos cutneos. A abertura dos folculos pilossebceos e das glndulas

    sudorparas na pele formam os orifcios conhecidos como poros.

    3.1 Pele

    A pele, ctis ou tez o rgo de revestimento externo do corpo,

    constituindo o maior rgo docorpo humanoe o mais pesado, principal responsvel

    pela proteo do organismo. Representa aproximadamente 12% do peso seco total

    do corpo. A pele protege o corpo da perda excessiva de gua, do atrito e dos raios

    solares ultravioletas, graas a uma camada de queratina relativamente impermevel

    que recobre a epiderme.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o
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    Tambm recebe estmulos do ambiente e colabora com mecanismos para

    regular a temperatura corporal, por meio de vasos e glndulas, oferecendo uma

    grande superfcie de disperso calrica e evaporao. A funo protetora da pele desempenhada por intermdio da percepo sensorial exercida pelos numerosos

    receptores especializados e terminaes nervosas que fazem da pele uma estrutura:

    sensorial, ttil, trmica, dolorosa e de presso.

    Compe-se por duas camadas principais: a epiderme, que a camada

    superficial composta de clulas epiteliais intimamente unidas e a derme que a

    camada mais profunda composta por tecido conjuntivo denso e irregular.

    3.1.1 Epiderme

    Superfcie mais externa da pele, formada por um revestimento de clulas

    sobrepostas. constituda por epitlio estratificado pavimentoso queratinizado, de

    origem ectodrmica. A epiderme apresenta ainda trs tipos de clulas: os

    melancitos, as clulas de Langerhanse de Merkel. A espessura e a estrutura da

    epiderme variam com o local do corpo, sendo mais espessa e complexa na palma

    da mo e planta do p. Com essas caractersticas, as principais funes do epitlio

    incluem a absoro, difuso, excreo, filtrao, secreo e proteo. formada por

    quatro camadas:

    A camada crnea a mais superficial. Embora seja de pequena espessura,

    sua capacidade de reteno hdrica conserva a superfcie da pele macia. Essa

    camada forma uma cobertura ao redor de toda a superfcie do corpo e protege o

    organismo contra a invaso de vrios tipos de agressores do meio externo. As

    clulas mais superficiais so continuamente eliminadas como resultado da abraso,

    como pelo atrito com a roupa e substitudas por clulasoriundas das camadas mais

    profundas da epiderme.

    Logo abaixo, est camada granulosa, caracterizada pela presena de

    clulas poligonais com ncleo central, nitidamente achatadas, em cujo citoplasma

    so observados grnulos grosseiros e basfilos. So os grnulos de querato-

    hialina, que contribuem para a constituio do material interfilamento da camada

    crnea.

    Estes grnulos so expulsos das clulas e formam uma camada desubstncia intercelular que age vedando esta camada de clulas, impedindo a

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    passagem de compostos, inclusive a gua, entre elas. As clulas da camada

    granulosa e tambm as da parte mais alta da camada espinhosa apresentam uma

    camada protica, eltron-densa, com 10nm de espessura, presa superfcie internada membrana celular. Este material protico confere grande resistncia membrana

    celular.

    Abaixo da camada granulosa, est a camada espinhosa constituda por

    quatro a oito fileiras de clulas poligonais cubides ou ligeiramente achatadas, de

    ncleo central com pequenas expanses citoplasmticas que contm tonofibrilas

    partindo de cada uma das clulas adjacentes. Essas expanses se aproximam e se

    mantm unidas atravs dos desmossomas, o que d clula um aspecto espinhoso.

    As tonofibrilas e os desmossomastm importante funo na manuteno

    da coeso das clulas da epiderme e, conseqentemente, na sua resistncia ao

    atrito. Observa-se que, quanto maior a ao de presses e frices sobre a

    epiderme, maior a sua camada espinhosa.

    A camada germinativa (basal) a camada mais profunda da epiderme e

    apresenta intensa atividade mittica gerando novas clulas. responsvel pela

    constante renovao da epiderme, fornecendo clulas para substituir as que so

    perdidas na camada crnea. Nesse processo, as clulas partem da camada

    germinativa e vo sendo deslocadas para a periferia at a camada crnea, num

    perodo de 21 a 28 dias. constituda por clulas prismticas ou cubides que

    repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme. Os

    queratincitose os melancitosso as clulas dessa camada que repousam em

    fileira nica.

    3.1.2 Derme

    uma espessa camada de tecido conjuntivo sobre a qual se apia a

    epiderme. Est conectada com a fscia dos msculos subjacentes por uma camada

    de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme. Na derme h fibras elsticas, reticulares e

    muitas fibras colgenas. Apresenta vasos sangneos, linfticos e inervaes.

    Contem glndulas especializadas e rgos dos sentidos. Sua superfcie externa

    muito irregular e varia de regio para regio.

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    So visveis externamente por sua haste e esto distribudos por quase todo o

    corpo. Em certas regies exercem papel de proteo, principalmente nas aberturas

    do corpo.As unhas so lminas crneas formadas pela camada crnea. Em sua

    extremidade proximal uma estreita prega da epiderme se estende, formando o

    eponquo (cutcula). Possuem colorao rosada e crescem cerca de 1 mm por

    semana.

    As glndulas sebceas so encontradas anexas aos plos em todas as

    regies do corpo, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regies onde

    os plos so abundantes. Sua secreo uma mistura complexa de lipdios cuja

    funo a lubrificao da pele, alm da ao bactericida.

    As glndulas sudorparas distribuem-se em quase todo o corpo. Seu

    nmero varia em cada regio e diminui com a idade. A estimulao dos nervos

    simpticos faz com que estas glndulas secretem um fluido de cloreto de sdio,

    uria, sulfatos e fosfatos a depender de fatores como temperatura e umidade do

    meio e atividade muscular.

    3.4 Funes do sistema tegumentar

    Sensibilidade: as sensaes cutneas como: tato, dor, calor e frio so

    captados por receptores especializados. Os receptores para dor so terminaes

    nervosas livres situadas abaixo da epiderme. As sensaes tteis so dadas pelos

    corpsculos de Paccini e de Meissner, a sensao de frio pelos corpsculos de

    Krause e a de calor pelos de Ruffini.

    Proteo:a pele cobre o corpo e fornece uma barreira fsica que protege os

    tecidos subjacentes de abraso fsica, invaso bacteriana, desidratao e radiao

    UV.

    Regulao da temperatura corporal: a pele desempenha um papel

    importante na regulao da temperatura corporal. O calor perdido atravs da pele

    pelos processos de radiao, conveco, conduo e evaporao. A sudorese um

    processo til somente quando o suor pode evaporar. As alteraes no fluxo

    sangneo na pele tambm auxiliam a regular a temperatura corporal.

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    Suas principais funes so:

    Promover o retorno de lquido dos tecidos para a circulao: cerca de

    10% do lquido que extravasa dos capilares para o tecido retorna para a circulao

    atravs dos capilares linfticos. A linfa da parte inferior do corpo flui pelo canal

    torcico e retorna circulao nas grandes veias do pescoo (jugular interna

    esquerda e subclvia). A linfa do lado esquerdo do corpo tambm entra no canal

    torcico. A linfa do lado direito flui pelo canal linftico direito e retorna circulao na

    juno da veia subclvia direita e da veia jugular interna direita;

    Promover a remoo de protenas e outras substncias de alto peso

    molecular do Lquido Extra Celular (LEC):os vasos linfticos tm paredes finas e

    com extremidades fechadas (em dedo de luva). A borda de uma clula endotelial

    sobrepe-se borda da clula adjacente, formando uma vlvula que se abre para o

    interior do capilar. As substncias de alto peso molecular penetram nos linfticos por

    estas aberturas;

    Transportar lipdios do intestino para a circulao sangnea: os

    lipdios absorvidos na forma de quilomicrons so lanados diretamente na circulao

    linftica, ao contrrio dos outros nutrientes, que caem direto na circulao

    sangnea;

    Destruir bactriase remover outras partculas por filtrao nos linfonodos,

    alm de participar de reaes imunolgicas de defesa.

    O sistema linftico no possui um elemento de bombeamento como o

    sistema circulatrio sangneo. A circulao linftica acontece por meio de

    contraes do sistema muscular ou de pulsaes de artrias prximas aos vasos

    linfticos.

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    Os tecidos linfticos, no entanto, s so barreiras at certo ponto, pois os

    seus vasos aferentes podem permitir a disseminao de infeces e neoplasias

    malignas para outros rgos e tecidos.O bao um rgo linfide situado no lado esquerdo da cavidade

    abdominal, junto ao diafragma, ao nvel das 9, 10 e 11 costelas. Apresentam duas

    faces distintas, uma relacionada com o diafragma (face diafragmtica) e outra

    voltada para as vsceras abdominais (face visceral). Na face visceral localiza-se o

    hilo do bao, por onde penetram vasos e nervos.

    Figura 06 - Bao

    Fonte: WIKIPEDIA, 2008.

    O timo uma massa bilobada de tecido linfide localizada abaixo do

    esterno, na regio do mediastino anterior. Ele aumenta de tamanho durante a

    infncia, quando ento comea a atrofiar-se lentamente, diminuindo aps a

    puberdade. No adulto, pode ser inteiramente substitudo por tecido adiposo. O timo

    confere a determinados linfcitos a capacidade de se diferenciarem e maturarem emclulas que podem efetuar o processo de imunidade mediada por clulas.

    Figura 07 - Timo

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    Fonte: WIKIPEDIA, 2008.

    As amdalas (tonsilas) so massas pequenas de tecido linfide includas da

    mucosa de revestimento das cavidades bucal e farngea. As tonsilas palatinas esto

    localizadas na parede pstero-lateral da garganta, uma em cada lado. As tonsilas

    farngeas se localizam na parte nasal da faringe. As tonsilas linguais esto

    localizadas na face dorsal da lngua, prxima a sua base. Compostas por tecido

    linfide e circundando a unio das vias bucal e nasal, as tonsilas desempenham

    papel adicional contra invaso bacteriana.

    Figura 08 - Amdalas

    Fonte: UNIFESP, 2008.

    4.2 Linfa

    O termo linfa derivado da palavra latina lympha, que significa gua

    especificamente, rio claro ou gua nascente. Divide com os outros lquidos

    extracelulares a responsabilidade de manter o equilbrio do meio interno do

    organismo. um lquido incolor e viscoso com composio quase igual a do plasma

    sangneo que consiste principalmente de gua, eletrlitos e protenas que escapam

    do sangue atravs dos capilares. O que difere a linfa do sangue a ausncia de

    clulas sangneas. Juntamente com o lquido cefalorraquidiano, considerada do

    lquido mais nobre do organismo.

    Representa aproximadamente 15% do peso corporal e seu escoamento

    dirio no nvel do ducto torcico fica em torno de 2 a 5 litros, podendo alcanar 20litros em caso de um aumento patolgico de demanda. O fluxo da linfa

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    relativamente lento. Cerca de trs litros de linfa penetram no sistema cardiovascular

    em 24 horas. Em mdia, o fluxo total de linfa da ordem de 1,5 ml por minuto.

    O mecanismo de formao da linfa envolve trs processos simultneos: Ultrafiltrao:movimento de sada de gua, oxignio e nutrientes do

    interior do capilar arterial para o interstcio.

    Absoro venosa: movimento de entrada de gua, gs carbnico,

    pequenas molculas e catablitos do interstcio para o interior do

    capilar venoso, que ocorre por difuso.

    Absoro linftica: incio da circulao linftica determinada pela

    entrada de lquido intersticial, protenas de alto peso molecular e

    pequenas clulas, no interior do capilar linftico, caracterizando a

    formao da linfa.

    4.3 Topografia do sistema linftico

    A rede linftica formada pelos capilares linfticos, que desembocam nospr-coletores, que por sua vez, desembocam nos vasos coletores e por fim nos

    troncos linfticos. Os vasos linfticos esto ausentes no: sistema nervoso central,

    msculo esqueltico, medula ssea, polpa esplnica e cartilagem hialina.

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    Figura 09 Estrutura do sistema linftico

    Fonte: SANCHEZ, 2008.

    4.3.1 Capilares linfticos

    Os capilares linfticos so os vasos iniciais da circulao linftica. So

    pequenos vasos condutores constitudos por clulas endoteliais que se

    sobrepem em escamas, formando microvlvulas que se tornam prvias,

    permitindo sua abertura ou fechamento, conforme o afrouxamento ou a trao

    dos filamentos de proteo. Quando tracionados, os filamentos permitem a

    penetrao de gua, partculas, pequenas clulas e molculas de protenas no

    interior do capilar, iniciando ento a formao da linfa. O refluxo linftico no

    ocorre devido ao fechamento das microvlvulas l infticas.

    A rede capilar linftica rica em anastomoses, sobretudo na pele, onde os

    capilares linfticos esto dispostos de forma superficial e profunda, em relao

    rede capilar sangnea. O mesmo no ocorre nos vasos e ductos linfticos. Nos

    capilares linfticos, os espaos intercelulares so mais amplos, permitindo que as

    trocas lquidas entre o interstcio e o capilar linftico ocorram facilmente no s de

    dentro para fora, como de fora para dentro do vaso.

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    4.3.2 Pr-coletores l infticos

    Os pr-coletores linfticos so vasos intermedirios entre os capilares e os

    coletores linfticos. Possuem estrutura semelhante aos capilares. Seu endotlio

    recoberto por tecido conjuntivo, que em certos pontos se prolonga juntamente com

    as clulas endoteliais, para o lmen do vaso, formando as vlvulas que direcionam

    o fluxo da linfa. Seguem um trajeto sinuoso e possuem fibras colgenas, elementos

    elsticos e musculares, que lhe proporcionam propriedades de alongamento e

    contratibilidade.

    4.3.3 Coletores linfticos

    So os vasos mais calibrosos, possuindo estrutura semelhante a das

    grandes veias. Compem-se por trs camadas: a tnica ntima, mais interna, com

    fibras elsticas longitudinais que formam numerosas vlvulas; a tnica mdiaque

    envolve a anterior e possui clulas da musculatura lisa, responsveis pela

    contratilidade do vaso e pela propulso da linfa e a tnica adventcia, mais externa

    e espessa formada por fibras colgenas longitudinais e por terminaes nervosas.

    Os coletores podem ser pr-nodais (aferentes) ou ps-nodais (eferentes).

    O coletor linftico quer superficial ou profundo, possui numerosas vlvulas

    bivalvulares, sendo os espaos compreendidos entre cada vlvula denominados

    linfangions.

    As vlvulas linfticasasseguram o fluxo da linfa numa s direo, ou seja,

    para o corao. Assim como para as veias, as vlvulas linfticas se projetam na

    direo da corrente linftica e esto dispostas de tal maneira que permitem um

    escoamento livre em direo aos grandes vasos linfticos e impedem o refluxo. As

    vlvulas so semilunares e formadas por finas camadas de tecidos fibrosos,

    cobertos em ambas as faces por endotlio. Esto inseridas por sua borda convexa

    parede do vaso.

    Nos vasos linfticos, as vlvulas so mais numerosas prximas aos

    linfonodos e so encontradas mais freqentemente nos vasos linfticos do pescooe do membro superior do que nos do membro inferior. A parede do vaso linftico

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    logo acima do local de insero de cada vlvula dilatada em uma bolsa ou seio,

    que d a esses vasos, quando distendidos, o aspecto nodoso ou em rosrio.

    Figura 10 Vlvulas linfticas

    Fonte: CK, 2001.

    O linfangion a unidade funcional do sistema linftico, responsvel pela

    propulso da linfa. Sua estrutura corresponde a um segmento com uma camada

    muscular central e vlvulas formadas por prolongamentos da tnica ntima em

    ambas as extremidades. A borda de um linfangion forma a vlvula do seguinte.

    A propulso da linfa se inicia quando o linfangion apresenta sua vlvula

    inicial aberta e a final fechada, ento comea a se encher de linfa e, quando estiver

    totalmente cheia, a linfa pressiona suas paredes estimulando as fibras musculares

    da tnica mdia que abrem vlvula final e fecham inicial. Esse processo

    acontece sucessivamente nos linfagions seguintes, num movimento peristltico, com

    pulsaes variando entre oito e vinte e duas vezes por minuto, resultando em fluxo

    circulante no organismo de 2 a 5 litros de linfa em situaes normais.Ao lado do sistema linftico, outras aes podem interferir na motilidade dos

    linfangions: o bombeamento do sistema arterial; o bombeamento muscular; os

    movimentos respiratrios que provocam mudanas na presso da cavidade torcica,

    estimulando o ducto torcico; o peristaltismo intestinal; a massagem de drenagem

    linftica e a presso externa promovida por enfaixamentos e contenso elstica.

    4.3.4 Troncos linfticos

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    Fonte:UNIFESP, 2008.

    4.4 Circulao linftica

    As circulaes linfticas e sangneas esto intimamente relacionadas. As

    molculas pequenas vo, em sua maioria, diretamente para o sangue, sendo

    conduzidas pelos capilares sangneos, e as grandes partculas alcanam a

    circulao atravs do sistema linftico. Entretanto, mesmo macromolculas passam

    para o sangue via capilares venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso fazcom que, no total, o sistema venoso capte muito mais protenas que o sistema

    linftico. Contudo, a pequena drenagem linftica vital para o organismo ao baixar a

    concentrao protica mdia dos tecidos e propiciar a presso tecidual negativa

    fisiolgica que previne a formao do edema e recupera a protena extravasada.

    Ao fluir pelos capilares, pr-coletores e coletores, o fluxo linftico

    proveniente de vrias regies do corpo, desemboca nos dois principais ductos

    coletores do corpo humano: o canal linftico direito e o ducto torcico. Os ductos

    coletores transportam linfa, em direo s cadeias ganglionares.

    O transporte da linfa pode ser explicado pela hiptese de Starling sobre o

    equilbrio existente entre os fenmenos de filtrao e reabsoro que ocorrem nas

    terminaes capilares. A gua, rica em elementos nutritivos, sais minerais e

    vitaminas, ao deixar a luz do capilar arterial, desemboca no interstcio, onde as

    clulas retiram os elementos necessrios ao seu metabolismo e eliminam os

    produtos de degradao celular. Em seguida, o lquido intersticial, atravs das

    presses exercidas, retoma a rede de capilares venosos.

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    Figura 13 Trocas sangneas e lin fticas

    Fonte:BIO_LOG, 2007.

    Vrias presses so responsveis pelas trocas atravs do capilarsangneo: a presso hidrosttica sangnea impulsiona o fluido pela membrana

    capilar, em direo ao interstcio. A presso osmtica sangnea tende a

    movimentar o fluido do interstcio em direo ao capilar. A presso de filtrao

    surge da relao entre as presses hidrostticas e osmticas. A presso tissular

    a presso exercida sobre o fluido livre nos canais tissulares.

    O fluxo linftico depende de fatores extrnsecose intrnsecos. Fazem parte

    dos extrnsecos:

    Contrao e peristaltismo muscular: os movimentos de contrao

    muscular, pela prpria fisiologia do movimento, influenciam a formao

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    interior dos vasos, se abrem quando a linfa passa, e se fecham logo

    aps essa passagem. Esse mecanismo impede que o fluxo que est em

    direo contra a gravidade retorne, facilitando seu trajeto. O fluxo da linfaocorre de acordo com contraes rtmicas ao longo dos vasos coletores

    e pr-coletores, os quais so constitudos por msculo liso. A propulso

    da linfa determinada pelos seguintes mecanismos: dilatao das

    paredes; fechamento e abertura da vlvula; fluxo linftico.

    4.5 Anatomia dos linfticos

    Os linfticos do membro superiordividem-se em superficiais, localizados

    na derme e no tecido celular subcutneo sob a aponeurose e profundoslocalizados

    abaixo dos superficiais. A rede superficial mais densa nos dedos e na face palmar

    da mo. Existem coletores intersseos anteriores e posteriores, dois coletores

    radiais e dois coletores ulnares profundos. Os principais gnglios linfticos do

    membro superior so os gnglios supra-epitrocleares e gnglios do sulco

    deltopeitoral.

    Os linfticos do membro inferiorcompreendem: os coletores superficiais

    satlites da safena interna e externa e os coletores da regio gltea. Os principais

    gnglios linfticos do membro inferior so os gnglios inguinais, poplteos, o gnglio

    tibial anterior, os gnglios ilacos e lombo-articos.

    O trax drenado pela via ntero-interna diretamente pelos gnglios

    situados na altura das articulaes condroesternais. Os linfticos da regio

    abdominal mdia e supra-umbilical se dirigem igualmente aos gnglios mamrios

    internos.

    Os linfticos da parede abdominal se dirigem da linha abdominal mdia

    infra-umbilical aos grupos ganglionares inguinal correspondente.

    A face posterior do trax drenada em direo aos gnglios axilares em

    direo aos grupos subescapulares homolaterais.

    5. Edema

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    O termo edema refere-se ao acmulo de quantidades anormais de lquido

    nos espaos intercelulares ou nas cavidades do organismo. Macroscopicamente, o

    edema apresenta-se como aumento de volume dos tecidos que cedem facilmente presso localizada, dando origem a uma depresso que rapidamente desaparece.

    Microscopicamente o edema se expressa por alargamento dos espaos entre os

    constituintes celulares.

    A quantidade de lquido nos espaos intersticiais depende da presso

    capilar, da presso do lquido intersticial, da presso onctica, da permeabilidade

    dos capilares, do nmero de capilares ativos, do fluxo linftico e do volume total de

    lquido extracelular. O surgimento do edema est ligado circulao linftica, seja

    diretamente, em conseqncia do aumento do aporte lquido, ou indiretamente, em

    conseqncia de uma patologia linftica especfica.

    O edema resultado do desequilbrio verificado entre o aporte de lquido

    retirado dos capilares sangneos pela filtragem e drenagem deste lquido. O estado

    de equilbrio, ou seja, o estado fisiolgico atingido quando as vias de drenagem

    so suficientes para evacuar o lquido trazido pela filtragem. Ocorre uma constante

    renovao do lquido intersticial na qual as clulas do corpo podem retirar os

    elementos necessrios ao seu metabolismo. Se no houver interrupo, no

    ocorrer edema. Quando o aporte de lquido filtrado se torna mais importante e o

    sistema de drenagem no aumenta em conseqncia disso, ocorre um desequilbrio

    entre a filtragem e a evacuao a expensas desta ltima. Os tecidos se enchem de

    lquido, a presso intratecidual aumenta e a pele se distende. O tecido incha e

    ocorre o edema.

    Existem dois extremos de edema: um ligado ao excesso de aporte de lquido

    e outro causado por insuficincia da rede de evacuao. Esse edema ligado ao

    excesso de aporte de lquido de origem vascular. Clinicamente, ele apresenta o

    sinal de Godet ou cacifo, ou seja, uma presso aplicada com o dedo o deprime e,

    aps a supresso desta presso, a depresso persiste. O outro tipo de edema

    ocorre quando a drenagem insuficiente, enquanto o aporte de filtragem normal.

    As vias linfticas possuem um poder de adaptao muito grande: elas podem drenar

    uma mdia de 24 a 30 litros de linfa por dia. Pode ocorrer, entretanto, que, apesar

    de tudo, a rede seja insuficiente. O edema se instala se organiza e se torna fibroso,e as possibilidades de evacuao dependero do seu grau de evoluo e de

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    organizao. Clinicamente, ele no apresenta o sinal de Godet, no sendo, desta

    forma, possvel desloc-lo por meio de presses.

    5.1 Fisiopatologia do edema

    O estudo da fisiopatologia do edema deve ser feito levando-se em conta as

    principais causas deste sinal. Em condies normais, os gradientes sangue-

    interstcio de presso hidrosttica e onctica e a drenagem linftica so os

    responsveis pela filtrao e absoro de lquidos na microcirculao sem que haja

    acmulo excessivo de gua no interstcio. O edema se forma quando surgem

    transtornos nesses componentes.

    A origem dos edemas est relacionada com os seguintes fatores: aumento

    da presso hidrosttica do sangue na microcirculao; reduo da presso onctica

    (coloidosmtica) das protenas plasmticas; permeabilidade vascular aumentada;

    alteraes da drenagem linftica; alteraes do interstcio; reteno renal de sdio e

    gua. Os edemas podem resultar da ao isolada de qualquer dos fatores citados,

    mas mais freqente e grave quando h participao de mais de um deles.

    5.1.1 Aumento da presso hidrosttica

    A presso hidrosttica varia em virtude da posio do indivduo. Ela ir

    aumentar nas veias ao se assumir a posio ortosttica, ser nula ao nvel da

    safena interna ao deitar-se e poder atingir valores negativos quando o indivduo

    estiver deitado com os membros inferiores levantados. O aumento da presso

    hidrosttica facilita a filtrao lquida para o interstcio. Qualquer variao na

    dinmica do transporte de lquido ao nvel da membrana capilar que puder aumentar

    a presso do lquido intersticial desde seu valor normal negativo de 6 mmHg at

    valor positivo ir produzir edema.

    O aumento da presso hidrosttica relaciona-se a hiperemia ativa ou passiva

    (com suas diversas causas, como calor, traumas, inflamaes, varizes, ocluses

    venosas etc.). O edema assim determinado pode ser localizado (por exemplo, as

    obstrues venosas) ou generalizado (por exemplo, na insuficincia cardacacongestiva).

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    5.1.2 Reduo da presso onct icaA presso onctica est ligada presena de protenas em oposio

    filtrao capilar, exercendo, em condies normais, uma presso de

    aproximadamente 25 mmHg. Qualquer diminuio das protenas circulantes ter

    como conseqncia diminuio da presso onctica que se ope filtragem.

    Disso resulta que a diminuio das protenas plasmticas aumenta a filtragem e

    diminui a reabsoro.

    5.1.3 Aumento da permeabilidade capilar

    O aumento da permeabilidade traduz-se, morfologicamente, por ampliao

    dos espaos interendoteliais, aumento da atividade pinocittica do endotlio e

    adelgaamento da parede vascular. Quando o aumento da permeabilidade ocorre,

    no apenas o lquido vaza muito rapidamente dos capilares para os espaos

    teciduais, como tambm ocorre escapamento das protenas plasmticas, que se

    acumulam, em excesso, nos espaos intersticiais. Por conseguinte, a

    permeabilidade capilar aumentada pode ser causa de edema por pelo menos trs

    fatores diferentes: vazamento excessivo de lquido pelos poros dilatados para os

    espaos intersticiais; presso coloidosmtica plasmtica diminuda, pela perda de

    protena; e presso coloidosmtica intersticial aumentada, pelo acmulo de protena.

    5.1.4 Obstruo da drenagem linftica (linfedema)

    Na maioria dos edemas, o fluxo da linfa aumenta consideravelmente,

    indicando que o sistema linftico desempenha nesses casos, papel antiedema.

    Desde que o sistema linftico permanea em condies de exercer sua funo, a

    maior oferta de lquido ao interstcio ou a menor reabsoro de lquido pelos vasos

    sangneos compensada pelo aumento da drenagem linftica; o edema s

    aparece quando ultrapassada a capacidade de compensao do sistema linftico.

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    A interferncia com a drenagem linftica uma causa bvia de expanso do

    lquido intersticial. A causa mais grave para essa condio o bloqueio dos

    linfticos, que impede o retorno normal das protenas circulao.Embora o revestimento endotelial normal seja impermevel passagem de

    protenas, uma pequena quantidade de albumina passa para o espao intersticial

    juntamente com a troca de lquido entre os compartimentos vascular e intersticial.

    Com a obstruo linftica, nem a pequena quantidade de lquido perdida do

    compartimento intravascular, nem a protena de dentro do lquido intersticial

    consegue sair, assim reduzindo a presso osmtica efetiva do sangue. Desse modo

    surge o linfedema.

    5.1.5 Aumento da presso coloidosmtica do lquido intersticial

    Quando aumenta a permeabilidade capilar para macromolculas e cresce o

    contedo em protenas no interstcio, a presso onctica intersticial eleva-se,

    favorecendo a reteno de lquido. As protenas que vazam atravs das paredes

    capilares vo ficar gradualmente acumuladas nos espaos intersticiais at que a

    presso coloidosmtica intersticial adquira valor prximo da presso coloidosmtica

    plasmtica. Como resultado, os capilares perdem sua capacidade osmtica normal

    de reter lquido na circulao, de modo que esse lquido passa a ficar acumulado

    nos tecidos. Desta forma, a presso onctica plasmtica diminui e a presso

    onctica do lquido intersticial aumenta, levando ao acmulo de lquido nos espaos

    intersticiais e conseqente formao de edema.

    6. Linfedema

    Desenvolve-se a partir de um desequilbrio entre a demanda linftica e a

    capacidade do sistema em drenar a linfa. Sendo as protenas de alto peso molecular

    extravasada para o interstcio e absorvida exclusivamente pelo sistema linftico

    inicial, no momento em que o mesmo perde sua capacidade de escoamento, por

    destruio ou obstruo da via linftica em algum ponto de seu trajeto, ocorre a

    estagnao da linfa no vaso, e posterior extravasamento de volta ao interstcio.

    O aumento da concentrao de protena no meio vascular causado pelo

    extravasamento e no absoro das mesmas. Geram alterao da presso osmticae acarreta a presena definitiva de fludo no interstcio, o que constitui o linfedema.

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    Uma vez que a linfa um fludo com altas concentraes de protenas, sua

    presena no interstcio propicia a proliferao e cultura de germes, tornando o

    membro acometido sujeito a episdios de infeco, cada uma delas aumentando aperda de vasos linfticos.

    A presena de protenas gera tambm, fibrose, tornando o edema mais duro e

    menos responsivo a drenagem postural. Estudos indicam que o linfedema o

    resultado de uma combinao de fatores, e no de uma nica causa. Podem ser

    classificados quanto :

    Origem: podem ser primrios so subdivididos em precoce e

    congnito.O linfedema precoce de etiologia desconhecida, ocorre nos

    membros inferiores, podendo ser decorrente de desequilbrios hormonais

    ou falhas no desenvolvimento dos vasos linfticos. O linfedema

    congnito aparece ao nascimento, sendo caracterizado por uma

    estrutura inadequada dos vasos linfticos. Ou secundrios quando

    decorrem de causas externas (leses teciduais; patologias como a

    filariose, insuficincia venosa, erisipela, linfangites ou celulites; quadros

    infecciosos e inflamatrios e efeitos colaterais de tratamentos

    oncolgicos);

    Quanto instalao e os achados clnicos: podem serclassificados

    como agudosos linfedemas moderados e transitrios que ocorrem nos

    primeiros dias aps a cirurgia como resultado da inciso dos canais

    linfticos ou crnicos,que a forma mais comum, sendo usualmente

    insidioso, com ausncia de dor, no sendo associado a eritemas,

    normalmente, irreversvel.

    Quanto intensidade: o linfedema pode ser classificado em fases de I

    a IV: Os linfedemas de fase I so os que se desenvolvem aps

    atividades fsicas ou ao final do dia e melhoram espontaneamente ao

    repouso e aos estmulos linfticos; os de fase IIso espontaneamente

    irreversveis, mas podem ser controlados com teraputicas apropriadas.

    Os de fase IIIso irreversveis e mais graves. Apresentam grau elevado

    de fibrose linfosttica com grande estagnao da linfa nos vasos e

    capilares. Possuem alteraes de pele importantes, tornando-sevulnerveis a erisipelas, eczemas, papilomatoses e fistulas linfticas. Os

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    de fase IV so as chamadas elefantases, sendo irreversveis e

    apresentam complicaes como papilomatose, queratoses, fistulas

    linfticas e angiomas. Traduz a total falncia dos vasos linfticos. Quanto topografia: o linfedema de grau Aocorre em pacientes que

    permanecem a maior parte do tempo sem edema, sendo portadoras de

    uma insuficincia linftica crnica e compensada, apresentando todas as

    medidas simtricas iguais e com ausncia de edema em dorso de mo.

    O linfedema de grau B ocorre em pacientes permanentemente com

    edemas suaves, sem modificaes estruturais da pele e do tecido

    celular, tendo pelo menos uma medida desigual no brao, antebrao ou

    mo. O linfedema de grau C ocorre em pacientes com modificaes

    estruturais definitivas da pele e tecido celular, consistindo as verdadeiras

    elefantases cirrgicas.

    7. Glossrio

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    cido h ialurnico: mucopolissacardeo natural de alta viscosidade.

    Angiomas: tumor circunscrito formado por uma aglomerao de vasos sanguneos

    (hemangioma) ou linfticos (linfangioma).

    Atrof ia muscular: perda do trofismo muscular decorrente da inatividade ou de

    denervaes centrais ou perifricas.

    Avascular:relativo ao que no possui tecido de vascularizao.

    Capsulite: processo de aderncia de pregas de uma cpsula articular, como

    seqela inflamatria, promovendo restrio de movimentos articulares normais.

    Cartilagem hialina: t

    Clulas de Langerhans:

    ipo de tecido cartilaginoso cuja substncia fundamental, de aparncia amorfa, muito

    resistente e elstica. A cartilagem hialina a mais abundante dos tecidos cartilaginosos. Constitui o anel da traquia e

    dos brnquios, assim como as partes cartilaginosas do nariz e das costelas, e recobre as superfcies sseas articulares

    (joelho, cotovelo, punho, etc.).

    Catabolismo: parte do metabolismo em que predominam reaes qumicas de

    decomposio.

    clulas dendrticas abundantes na epiderme. Esto

    normalmente presente em linfonodos,pondedo ser encontradas em outros rgos

    na condio dehistiocitose.

    Clulas de Merkel: clulas da epiderme que realizam sntese de catecolaminas.

    Celulite: inflamao aguda das estruturas cutneas, incluindo o tecido adiposo

    subjacente. Geralmente produzidas por um agente infeccioso e manifestadas por

    dor, rubor, aumento da temperatura local, febre e mal estar geral.

    Cloreto de sdio:sal de sdio, que desempenha um papel biolgico importante na

    manuteno da presso osmtica do sangue e tecidos e na manuteno de

    http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_dendr%C3%ADticashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epidermehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linfonodoshttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Histiocitose&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Histiocitose&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Linfonodoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epidermehttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_dendr%C3%ADticas
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    balanos eletrliticos.

    Condroblastos:

    Difuso: fenmeno de transporte de matria em que um soluto transportado

    devido aos movimentos das molculas de um

    clula cartilaginosa jovem, de origem conjuntiva, mergulhada na substncia fundamental dacartilagem em vias de formao, da qual deriva o condrcito.

    Corpsculos de Krause: equivalentes aos corpsculos de Meissner na pele,

    presentes tambm nos lbios, lngua e rgos genitais. Apresenta-se como uma

    dilatao com terminaes nervosas ramificadas, envolta por uma cpsula

    conjuntiva.

    Corpsculos de Meissner: receptores tteis, alongados ou ovides, encontrados

    dentro das papilas drmicas. So numerosos nos dedos das mos e dos ps.

    Apresentam uma bainha fina de tecido conjuntivo e, no seu interior, clulas

    achatadas que subdividem o corpsculo em pequenos compartimentos transversais.

    Corpsculos de Paccini: mecanorreceptores de presso que se apresentam sob a

    forma de uma terminao nervosa, envolvida por camadas concntricas de tecido

    conjuntivo rico em fibrilas, cujas clulas so contnuas com o endoneuro. Presente

    nas camadas subcutnea da pele, nos ligamentos, peristeo, peritnio, mesentrio,

    pncreas e outras vsceras.

    Corpsculos de Ruffini: presentes na pele e nas articulaes. Os terminais so

    associados com fibrilas colgenas na cpsula, confundindo-se com o colgeno

    drmico. Uma fibra mielinizada entra na cpsula e divide-se em pequenos ramos

    no mielinizados. Semelhantes aos bulbos terminais de Krause, porm so maisachatados.

    fluido.Estes movimentos fazem com

    que, do ponto de vista macroscpico, seja transportado soluto das zonas de

    concentrao mais elevada para as zonas de concentrao mais baixa.

    http://www.babylon.com/definition/fluido/Portuguesehttp://www.babylon.com/definition/fluido/Portuguesehttp://www.babylon.com/definition/fluido/Portuguese
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    Discrasias sangneas: qualquer alterao envolvendo os elementos celulares do

    sangue, glbulos vermelhos, glbulos brancos e plaquetas.

    Doena de Raynaud: condio que afeta o fluxosanguneo nas extremidades do

    corpo humano mos e ps, assim como os dedos destes, nariz, lbulos das

    orelhas quando submetidos a uma mudana de temperatura inferior ou estresse.

    Eczema: dermatite ppulo-vesicular que ocorre como reao a muitos agentes

    endgenos e exgenos, caracterizada na fase aguda por eritema, edema associado

    com um exsudato seroso entre as clulas da epiderme (espongiose) e um infiltrado

    inflamatrio na derme, exsudao e vesiculao, e encrostamento e escamao; e

    sinais de escoriaes e hiperpigmentao ou hipopigmentao ou ambas.

    Elefantase (filariose): doena causada pelos parasitas nematides Wuchereria

    bancrofti, Brugia malayie Brugia timori, comumente chamados filria, que se alojam

    nosvasos linfticos,causando linfedema. Esta doena tambm conhecida como

    elefantase, devido ao aspecto de perna deelefante do paciente com esta doena.

    Eletrlitos: condutor inico, lquido, slido ou pastoso, que ao ser dissolvido na

    gua, forma uma soluo que pode conduzir eletricidade.

    Erisipela (linfangite): infeco cutnea causada geralmente porbactrias de tipo

    streptococcus do grupo A e aureus. Cursa usualmente com eritema, edema e dor.

    Na maioria dos casos tambm com febre e leucocitose.

    Escleroprotena: protenas longas e filamentosas e uma das duas principais

    classes de estrutura terciria de protenas (a segunda sendo as protenas

    globulares). Encontram-se exclusivamente em animais, na construo de tecido

    conectivo,tendes,matriz ssea efibras musculares.

    Fagocitose: englobamento de partculas slidas pela clula, atravs da membrana

    celular - a partcula envolvida num vacolo digestivo, a partir do qual a matriadigerida passa depois para o citoplasma.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Sanguehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nemat%C3%B3idehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_linf%C3%A1ticohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Elefantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pelehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9riashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Streptococcushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Animaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tend%C3%B5eshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_%C3%B3sseahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fibras_musculareshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fibras_musculareshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_%C3%B3sseahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tend%C3%B5eshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conectivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Animaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_globularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Streptococcushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9riashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pelehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Elefantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_linf%C3%A1ticohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nemat%C3%B3idehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
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    Fibrilas: pequenas fibras rearranjadas.

    Fstulas linfticas: comunicao anormal entre vasos linfticos.

    Fosfatos:sais inorgnicos do cido fosfrico.

    Glicoprotenas estruturais: so protenas associadas a glicdios. Fibronectina

    uma protena de aderncia para colgeno e glicosaminoglicanas. A laminina outra

    responsvel pela aderncia das clulas epiteliais s lminas basais.

    Glicosaminoglicanas: so glicdios de alto peso molecular formados pela

    polarizao de uma unidade constituda por cido hialurnico e hesoxamina.

    Doenas relacionadas so chamadas de mucopolissacaridoses. So polinions

    (muitos grupos negativos) podendo ligar-se muitos ctions (sdio, geralmente).

    So muito hidrfilas.

    Homeostase: processo sangneo fisiolgico mantido em estado de equilbrio

    dinmico constante pelo organismo.

    Linfangiectasia: dilatao patolgica dos vasos linfticos.

    Linfangite: processo infeccioso comprometendo um ou mais vasos linfticos.

    Linfcitos: tipo de leuccito (glbulo branco) do sangue. H duas categorias: os

    linfcitos grande granulares e os pequenos linfcitos. Os linfcitos grande granulares

    so conhecidos como Natural Killer (clulas NK ou exterminadoras naturais) e os

    pequenos podem serlinfcitos T ou B. Exercem um papel importante na defesa do

    corpo humano contra microrganismos.

    Lipdios:substncia orgnica que composta de cidos graxos, insolvel em gua,

    formando uma reserva calrica para o organismo ou fornecendo elementos paraproduo de compostos complexos como hormnios.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Leuc%C3%B3citohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_NKhttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_NKhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_Thttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito_Thttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_NKhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Leuc%C3%B3cito
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    Melancitos: clula dendrtica que produz melanina, substncia pigmentar que

    envolve a clula protegendo seu ncleo dos raios solares. No homem, osmelancitos se encontram na pele, na camada basal da epiderme, no sistema

    nervoso central e na retina. A melanina um dos responsveis pela colorao da

    pele e auxiliam na proteo celular contra a radiao solar.

    Mesoderma:tecido que forma folheto embrionrio que se localiza entre a ectoderme

    e endoderme.

    Mucopolissacardeos: polmeros de condensao que geralmente contm

    centenas de molculas de monossacardeos interligadas por pontes oxdicas.

    Odontoblastos:clula responsvel pela sntese ou produo da dentina, a camada

    situada na parte de baixo do esmalte, sua principal funo a dentinognese.

    Osteoblastos:clulas de revestimento responsveis pelos constituintes da matriz,

    como o colgeno e a camada bsica de proteoglicanos e glicoproteinas e se

    originam do tecido mesenquimal. O principal produto dos osteoblastos o colgeno

    tipo 1.

    Peristaltismo: contraes segmentares da musculatura lisa, que configura a

    atividade motora de vsceras como: intestino e ureteres.

    Pinocitose:processo de endocitose em que a clula engloba uma substncia em

    estado lquido por transporte ativo atravs da membrana celular. um sistema de

    alimentao celular complementar fagocitose.

    Plasma sanguneo:hemocomponente rico em fatores de coagulao.

    Protenas: grande molcula composta de uma ou mais cadeias de aminocidos

    dispostas em uma ordem especfica, determinada pela seqncia base dos

    nucleotdeos no cdigo de DNA da protena. As protenas so necessrias para aestrutura, funo e regulao das clulas, dos tecidos e dos rgos do corpo. Cada

    http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Melaninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Homemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epidermehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epidermehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Homemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Melaninahttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
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    protena tem uma funo nica. So componentes essenciais para os msculos,

    pele, ossos e para o corpo como um todo. A protena um dos trs tipos de

    nutrientes usados como fontes de energia pelo corpo.

    Queratose: alterao de pele, caracterizada por crescimento excessivo do epitlio

    cornificado.

    Sudorese: mecanismo fisiolgico presente em alguns animais superiores e no ser

    humano. Caracteriza a produo e eliminao desuor pelasglndulas sudorparas.

    Atravs da sudorese, o organismo pode perder calor para o meio externo atravs do

    fenmeno da evaporao do suor. Alm disso, as glndulas sudorparas tm a

    capacidade de filtrar do sangue algumas substncias txicas resultantes do

    metabolismo, como a uria.

    Sulfatos:sais inorgnicos do cido sulfrico

    Uria: um composto gerado no fgado a partir da amnia produzida pela

    desaminao dos aminocidos. o principal produto final do catabolismo das

    protenas e constitui aproximadamente metade do total de slidos urinrios.

    -----------xxxxxxx-------------

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Suorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula_sudor%C3%ADparahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula_sudor%C3%ADparahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Suor