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01 Lingua Portuguesa

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Material que trata do estudo da Língua Portuguesa.

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Capa Especialista em Estudos Lingusticos e Ensino de Lnguas pela UNESP; Graduada em Letras pela FAI. 1 Compreenso e interpretao de textos de gneros variados........................................................... 1 2 Reconhecimento de tipos e gneros textuais .................................................................................. 13 3 Domnio da ortografia oficial............................................................................................................ 14 3.1 Emprego das letras ...................................................................................................................... 14 3.2 Emprego da acentuao grfica................................................................................................... 14 4 Domnio dos mecanismos de coeso textual .................................................................................. 34 4.1 Emprego/correlao de tempos e modos verbais ........................................................................ 34 5 Domnio da estrutura morfossinttica do perodo ............................................................................ 65 5.1 Relaes de coordenao entre oraes e entre termos da orao ............................................. 65 5.2 Relaes de subordinao entre oraes e entre termos da orao ............................................ 65 5.3 Emprego dos sinais de pontuao ............................................................................................... 84 5.4 Concordncia verbal e nominal .................................................................................................... 93 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase ......................................................................................... 112 5.6 Colocao dos pronomes tonos ............................................................................................... 123 6 Reescritura de frases e pargrafos do texto .................................................................................. 131 6.1 Substituio de palavras ou de trechos de texto ........................................................................ 131 6.2 Retextualizao de diferentes gneros e nveis de formalidade ................................................. 131 7Correspondnciaoficial(conformeManualdaPresidnciadaRepblicaerespectivas atualizaes) ........................................................................................................................................ 139 7.1 Adequao da linguagem ao tipo de documento ........................................................................ 139 7.2 Adequao do formato do texto ao gnero ................................................................................ 139 8. Produo de Texto ....................................................................................................................... 154 Candidatos ao Concurso Pblico, O Instituto Maximize Educao disponibiliza o e-mail [email protected] para dvidas relacionadas ao contedo desta apostila como forma de auxili-los nos estudos para um bom desempenho na prova. As dvidas sero encaminhadas para os professores responsveis pela matria, portanto, ao entrar em contato, informe: - Apostila (concurso e cargo); - Disciplina (matria); - Nmero da pgina onde se encontra a dvida; e - Qual a dvida. Caso existam dvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminh-las em e-mails separados. O professor ter at cinco dias teis para respond-la. Bons estudos! 1 Texto um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interao comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). Contexto um texto constitudo por diversas frases. Em cada uma delas, h uma informao que seligacoma anteriore/oucom aposterior,criandocondies paraa estruturao docontedo aser transmitido.Aessainterligaod-seonomedecontexto.Orelacionamentoentreasfrasesto grandeque,seuma frase forretiradadeseucontexto original eanalisadaseparadamente, poderter um significado diferente daquele inicial. Intertexto-comumente,ostextosapresentamrefernciasdiretasouindiretasaoutrosautores atravs de citaes. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretaodetexto-oobjetivodainterpretaodeumtextoaidentificaodesuaideia principal. A partir da, localizam-se as ideias secundrias - ou fundamentaes -, as argumentaes - ou explicaes -, que levam ao esclarecimento das questes apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato deve: 1-Identificaroselementosfundamentaisdeumaargumentao,deumprocesso,deumapoca (neste caso, procuram-se os verbos e os advrbios, os quais definem o tempo). 2- Comparar as relaes de semelhana ou de diferenas entre as situaes do texto. 3- Comentar/relacionar o contedo apresentado com uma realidade.4- Resumir as ideias centrais e/ou secundrias.5- Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. Condies bsicas para interpretar Fazem-se necessrios:- Conhecimento histrico-literrio (escolas e gneros literrios, estrutura do texto), leitura e prtica; - Conhecimento gramatical, estilstico (qualidades do texto) e semntico; Observaonasemntica(significadodaspalavras)incluem-se:homnimoseparnimos, denotao e conotao, sinonmia e antonmia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. - Capacidade de observao e de sntese; - Capacidade de raciocnio. Interpretar / Compreender Interpretar significa: - Explicar, comentar, julgar, tirar concluses, deduzir. - Atravs do texto, infere-se que... - possvel deduzir que... - O autor permite concluir que... 1 Compreenso e interpretao de textos de gneros variados Prof. Zenaide Branco 2 - Qual a inteno do autor ao afirmar que... Compreender significa - entendimento, ateno ao que realmente est escrito. - o texto diz que... - sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, correta ou errada a afirmao... - o narrador afirma... Erros de interpretao -Extrapolao(viagem)= ocorrequandosesaidocontexto, acrescentandoideias quenoesto no texto, quer por conhecimento prvio do tema quer pela imaginao. - Reduo = o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um aspecto (esquecendo que um texto um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido . -Contradio=svezesotextoapresentaideiascontrriassdocandidato,fazendo-otirar concluses equivocadas e, consequentemente, errar a questo. Observao - Muitos pensam que existem a tica do escritor e a tica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em considerao o que o autor diz e nada mais. Coeso-oempregodemecanismodesintaxequerelacionapalavras,oraes,frasese/ou pargrafos entre si. Em outras palavras, a coeso d-se quando, atravs de um pronome relativo, uma conjuno (NEXOS), ou um pronome oblquo tono, h uma relao correta entre o que se vai dizer e o que j foi dito. Observao So muitos os erros de coeso no dia a dia e, entre eles, est o mau uso do pronome relativo e do pronome oblquo tono. Este depende da regncia do verbo; aquele, do seu antecedente. No se pode esquecer tambm de que os pronomes relativos tm, cada um, valor semntico, por isso a necessidade de adequao ao antecedente. Ospronomesrelativossomuitoimportantesnainterpretao detexto,poisseuusoincorretotraz errosdecoeso.Assimsendo,deve-selevaremconsideraoqueexisteumpronomerelativo adequado a cada circunstncia, a saber: - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condies da frase. - qual (neutro) idem ao anterior. - quem (pessoa) - cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possudo.- como (modo) - onde (lugar) - quando (tempo) - quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). Dicas para melhorar a interpretao de textos -Leiatodootexto,procurandoterumavisogeraldoassunto.Seeleforlongo,nodesista!H muitoscandidatosnadisputa,portanto,quantomaisinformaovocabsorvercomaleitura,mais chances ter de resolver as questes.- Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura. -Leia,leiabem,leiaprofundamente,ouseja,leiaotexto,pelomenos,duasvezesouquantas forem necessrias. - Procure fazer inferncias, dedues (chegar a uma concluso). 3 - Volte ao texto quantas vezes precisar. - No permita que prevaleam suas ideias sobre as do autor. - Fragmente o texto (pargrafos, partes) para melhor compreenso. - Verifique, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo. - O autor defende ideias e voc deve perceb-las. - Observe as relaes interpargrafos. Um pargrafo geralmente mantm com outro uma relao de continuao, concluso ou falsa oposio. Identifique muito bem essas relaes.- Sublinhe, em cada pargrafo, o tpico frasal, ou seja, a ideia mais importante. -Nosenunciados,grifepalavrascomocorretoouincorreto,evitando,assim,uma confuso na hora da resposta o que vale no somente para Interpretao de Texto, mas para todas as demais questes! -Seofocodoenunciadoforotemaouaideiaprincipal,leiacomatenoaintroduoe/oua concluso. - Olhe com especial ateno os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocbulos relatores, porque remetem a outros vocbulos do texto.

Observe uma questo aplicada pelo ENEM. NEM SEMPRE O CRIMINOSO QUEM VAI PARAR ATRS DAS GRADES (Com Cincia Ambiental, n 10, abr./2007.) (ENEM/2007) Essa campanha publicitria relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: (A)Ocomrcioilcitodafaunasilvestre,atividadedegrandeimpacto,umaameaaparaa biodiversidade nacional. (B)Amanutenodomico-leo-douradoemjaulaamedidaquegaranteapreservaodessa espcie animal. (C)OBrasil,primeiropasaeliminarotrficodomico-leo-dourado,garantiu apreservao dessa espcie. (D)Oaumentodabiodiversidadeemoutrospasesdependedocomrcioilegaldafaunasilvestre brasileira. (E) O trfico de animais silvestres benfico para a preservao das espcies, pois garante-lhes a sobrevivncia. Para realizar a interpretao textual da figura acima, que apresenta linguagem verbal e no verbal, necessrioobservarinformaesinternaseexternasaotexto,asquaiscontribuiroparaa compreenso do seu sentido e de sua funo. Em primeiro lugar, o enunciado da questo afirma que o textofazpartedeumacampanhapublicitria,informaoestaquenospossibilitasaberqueotexto cumpre uma finalidade prpria das campanhas: conscientizar as pessoas e estimul-las a aderir a uma causa (no caso, combater o trfico de animais silvestres). Em segundo lugar, a fonte indica o veculo em 4 que o texto foi divulgado. O fato de saber que a publicao foi em uma revista com o nome Com Cincia (soa:conscincia)umadicadequesetratadeumarevistalidaporpessoasrelacionadascom cincia e meio ambiente (pblico-alvo).Questes como esta requerem uma leitura, tambm, da imagem (linguagem no verbal), no s do texto. Fontes de pesquisa: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-interpretar-textos http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.html http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010. QUESTES (TRIBUNAL DE JUSTIADO ESTADO DE SO PAULO- ESCREVENTE TCNICO JUDICIRIO VUNESP/2013 - ADAPTADO) Leia o texto, para responder questo 1. Veja,aestoeles,abailarseudiablicopasdedeux(*):sentado,aofundodorestaurante,o clientepaulistaacena,assovia,agitaosbraosnumagnicopolichinelo;encostadoparede, marmreoeimpassvel,ogaromcariocaoignoracomredobradaateno.Opaulistaestrebucha: Amig?!, Chef?!, Parceir?!; o garom boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre. Eudisseclientepaulista,perceboaredundncia:opaulistasemprecliente.Semquerer estereotipar,masjestereotipando:trata-sedeumsercujasinteraessociaisterminam,99%das vezes, diante da pergunta dbito ou crdito?.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando nogarantiraatenodogaromcarioca?Comopodeoignbilpaulista,nascidoecriadonacrua batalha entre burgueses e proletrios, compreender o discreto charme da aristocracia? Sim, meu caro paulista: o garom carioca antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trs da carapinha entediada, do descaso e da gravata borboleta, saudades do imperador. [...]Sedeixoudebajularosprncipese princesasdosculo19,passouaservirreiserainhasdo20: levougimtnicasparaViniciusecaipirinhasparaSinatra,usquesparaTomeleitesparaNelson, recebeugordasgorjetasdeOrsonWelleseautgrafosdeRockfeller;aindahojefaladefutebolcom Roberto Carlos e ouve conselhos de Joo Gilberto. Continua to nobre quanto sempre foi,seu orgulho permanece intacto. Atquechegaessepaulista,essehomembidimensionalesempoesia,decamisapolo,meia soquete e sapatnis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste um crach universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otrio, nenhum emblema preencher o vazio que carregas no peito -pensaogarom,antesdeconduzi-loltimamesadorestaurante,acaminhodobanheiro,eali esquec-lo para todo o sempre. Veja, veja como ele se debate, como se debater amanh, depois de amanh e at a Quarta-Feira deCinzas,maldizendoaGuanabara,saudosodasvrzeasdoTiet, ondeadesigualdadeto mais organizada: , companheir, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardpio?!. Acalme-se, conterrneo. Acostume-se com sua existncia plebeia. O garom carioca no est a para servi-lo, voc que foi ao restaurante para homenage-lo. (Antonio Prata, Cliente paulista, garom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013) (*) Um tipo de coreografia, de dana. 1.O contexto emquese encontra apassagemSedeixoude bajularos prncipese princesas do sculo19,passouaservirreiserainhasdo20(2.pargrafo)levaaconcluir,corretamente,quea meno a (A) prncipes e princesas constitui uma referncia em sentido no literal. (B) reis e rainhas constitui uma referncia em sentido no literal. (C) prncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referncia em sentido no literal. (D) prncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referncia em sentido literal. (E) reis e rainhas constitui uma referncia em sentido literal. 5 2.(TRIBUNALDEJUSTIADOESTADODOPARANADMINISTRADOR-UFPR/2013) Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o contedo expresso no excerto: Se voc est em casa, no pode sair. Se voc est na rua, no pode entrar. (A) Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come.(B) Quando o gato sai, os ratos fazem a festa.(C) Um dia da caa, o outro do caador.(D) Manda quem pode, obedece quem precisa. (TRT/AL -ANALISTA JUDICIRIO- FCC/2014 -ADAPTADO) Ateno: Para responder questo 3, considere o texto abaixo. O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro comea a avanar pelos vastos e desertos prados do Cazaquisto, deixando para trs a fronteira com a China. OtremseguemaisoumenosomesmopercursodalendriaRotadaSeda,antigocaminhoque ligavaaChinaEuropaeerausadoparaotransportedeespeciarias,pedraspreciosase, evidentemente, seda, at cair em desuso, seis sculos atrs. Hoje,arotaestsendoretomadaparatransportarumacargaigualmentepreciosa:laptopse acessrios de informtica fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. A Rota da Seda nunca foi uma rota nica, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an cidade do centro-oeste chins, mais conhecida por seus guerreiros de terracota era a capital da China. AscaravanascomeavamcruzandoosdesertosdooestedaChina,viajavamporcordilheirasque acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e ento percorriam as pouco povoadas estepes da sia Central at o mar Cspio e alm. Esses caminhos floresceram durante os primrdios da Idade Mdia. Mas, medida que a navegao martima se expandiu e que o centro poltico da China se deslocou para Pequim, a atividade econmica do pas migrou na direo da costa. Hoje, a geografia econmica est mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da Chinadispararamnaltimadcada.Porissoasindstriasestotransferindosuaproduoparao interior do pas.O envio de produtos por caminho das fbricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai e de l por navios que contornam a ndia e cruzam o canal de Suez algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para trs semanas. A rota martima ainda mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar considervel. Inicialmente,aexperinciafoirealizadanosmesesdevero,masagoraalgumasempresas planejam usar ofreteferrovirio noprximoinverno boreal. Paraisso adotamcomplexas providncias para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 C negativos. (Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 3. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIRIO - FCC/2014) Depreende-se corretamente do texto: (A)AlendriaRotadaSedafoiabandonadaporqueascaravanasdecamelosecavalostinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da regio. (B)Aexpansodanavegaomartimacolaborouparaque,nopassado,aatividadecomercialda China migrasse na direo da costa. (C) O frete ferrovirio deve ser substitudo pelo transporte martimo no inverno, j que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. (D)ApartirdaretomadadaRotadaSeda,asfbricaschinesasvoltaramaexportarquantidades significativas de especiarias. (E) A navegao chinesa se expandiu e o transporte martimo atingiu o seu auge durante a poca em que Xian era a capital da China. (PREFEITURA DE SERTOZINHOAGENTE COMUNITRIO DE SADE VUNESP/2012) Leia o poema para responder questo 4. DA DISCRIO Mrio Quintana No te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo 6 Possui amigos tambm... (http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) 4. De acordo com o poema, correto afirmar que (A) no se deve ter amigos, pois criar laos de amizade algo ruim. (B) amigo que no guarda segredos no merece respeito. (C) o melhor amigo aquele que no possui outros amigos. (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. (E) entre amigos, no devem existir segredos. (GOVERNODOESTADODOESPRITOSANTOSECRETARIADEESTADODAJUSTIA AGENTE PENITENCIRIO VUNESP/2013) Leia o poema para responder s questes de nmeros 5 e 6. Casamento H mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu no. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. to bom, s a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como este foi difcil prateou no ar dando rabanadas e faz o gesto com a mo. O silncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. (Adlia Prado, Poesia Reunida) 5. A ideia central do poema de Adlia Prado mostrar que (A)asmulheresqueamamvalorizamocotidianoenogostamqueosmaridosfrequentem pescarias, pois acham difcil limpar os peixes. (B)oeulricodopoemapertenceaogrupodemulheresquenogostamdelimparospeixes, embora valorizem os esbarres de cotovelos na cozinha. (C) h mulheres casadas que no gostam de ficar sozinhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os peixes. (D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada. (E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para limpar, abrir e salgar o peixe. 6. As aspas empregadas nos versos 8. e 9. servem para (A) indicar uma citao do autor. (B) explicar uma expresso. (C) salientar expresso de outra lngua. (D) isolar falas de personagem do restante do texto. (E) intercalar ideia complementar ao texto. 7 (SABESP/SP ATENDENTE A CLIENTES 01 FCC/2014 - ADAPTADA) Ateno: Para responder questo 7, considere o texto abaixo. A marca da solido Deitadodebruos,sobreaspedrasquentesdochodeparaleleppedos,omeninoespia.Temos braos dobrados eatestapousadasobre eles, seurostoformando umatenda de penumbrana tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. H, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minsculos de musgos, formando pequenas plantas, nfimos bonsais s visveisaosolhosdequemcapazdeparardeviverpara,apenas,ver.Quandosetemamarcada solido na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Helosa. Contos mais que mnimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 7.Notexto,osubstantivousadopararessaltarouniversoreduzidonoqualomeninodetmsua ateno (A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solido. (E) penumbra. (PREFEITURADESOCARLOS/SPENGENHEIROREACIVILVUNESP/2011- ADAPTADA) Leia o texto para responder questo 8. Bolsa rosa, contas no vermelho Nofosseporumdetalhecrucialdeondetirarodinheiro,acriaodeumregimede aposentadoria para milhes de donas de casa brasileiras de baixa renda at poderia fazer sentido. H diversos projetos de lei em tramitao na Cmara para reconhecer os direitos das mulheres dedicadas integralmente s tarefas domsticas. Mas eles ignoram o impacto econmico que isso teria nas contas pblicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defensora da criao dessa espcie de bolsa-cor-de-rosa, afirmaquemuitasvezes,aps35anosdecasamento,omaridovaiembora,eela(amulher),que prestou servios a vida inteira, no tem amparo. Caso a bondade seja aprovada, haver custo adicional de 5,4 bilhes de reais por ano. (Exame, edio 988, ano 45, n. 5, 23.03.2011) 8. O tema desse texto (A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras. (B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos. (C) a falta de dinheiro para pagar salrios a mulheres de baixa renda no Brasil. (D) o alto custo das contas pblicas brasileiras. (E) o impacto econmico da aposentadoria de donas de casa nas contas pblicas. (PREFEITURADESOJOSDORIOPRETO/SPGUARDAMUNICIPALVUNESP/2011- ADAPTADA) Leia o texto para responder questo 9. Desdeodiadoataque,agentesdaguardamunicipalfazemviglianaportadocolgio.Comoo matador Wellington de Oliveira era ex-aluno, passou vontade pelo porto. Mas o debate sobre como garantirasegurananasescolaspblicaspermaneceaceso.NasescolasdaredemunicipaldoRio, funcionriosencarregadosdamerendaedeoutrasfuneseramtambmincumbidosdezelarpela portaria. A ideia agora dotar as escolas de porteiros responsveis pela entrada e sada de visitant es devidamente identificados. Tambm haver mais inspetores, de modo que cada colgio conte com um deles por andar. O mais difcil ser amenizar a sensao de insegurana que restou. Recentemente, ao ouvirem a movimentao de estudantes no corredor, os alunos de uma das turmas da Tasso de Oliveira saram correndo, no meio da aula, aos berros. Aquele dia marcou nossa vida para sempre, afirma Lus Marduk, diretor da escola. (Veja, 25.05.2011) 9. De acordo com o texto, o ataque de Wellington de Oliveira (A) foi rapidamente esquecido pelos alunos da escola. (B) foi facilitado pelos funcionrios da escola. 8 (C) se deu mesmo com viglia da guarda municipal. (D) alterou a rotina da escola Tasso da Silveira. (E) tem reforado a sensao de segurana. (CREFITO/SPOPERADORDEVDEOVUNESP/2012-ADAPTADA)LeiaopoemadeCarlos Drummond de Andrade para responder questo 10. Quero me casar Quero me casar na noite na rua no mar ou no cu quero me casar. Procuro uma noiva loura morena preta ou azul uma noiva verde uma noiva no ar como um passarinho. Depressa, que o amor no pode esperar. 10. No poema, revelam-se os seguintes sentidos: (A) solido, irritao e angstia. (B) vontade, medo e tranquilidade. (C) descaso, imprudncia e agitao. (D) autoridade, investigao e impacincia. (E) desejo, busca e pressa. 11. (TRF 4 REGIO TAQUIGRAFIA FCC/2010) Considere:Chama-se "situao de discurso" o conjunto das circunstncias no meio das quais se desenrola um ato de enunciao (seja ele escrito ou oral). preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente fsico e social em que este ato se d, a imagem que dele tm os interlocutores, a identidade desses, a ideiaquecadaumfazdooutro(inclusivearepresentaoquecadaumpossuidaquiloqueooutro pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam o ato de enunciao (especialmente as relaes quetiveramantesosinterlocutores,eprincipalmenteastrocasdepalavrasemqueseinserea enunciao em questo).(Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionrio enciclopdico das cincias da linguagem. So Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8) Segundo o texto, correto afirmar: (A) A anlise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados. (B) Os enunciados produzem a enunciao. (C) A descrio da enunciao determinada pela identidade dos interlocutores. (D) Dados exteriores aos enunciados so apendiculares compreenso. (E) O conceito de situao de discurso engloba a enunciao e seu entorno. (MPE/AM AGENTE TCNICO COMUNICLOGO FCC/2013 - ADAPTADA) Ateno: Considere o poema abaixo para responder questo 12. O rio Ser como o rio que deflui Silencioso dentro da noite. No temer as trevas da noite. Se h estrelas nos cus, refleti-las. E se os cus se pejam de nuvens, Como o rio as nuvens so gua, Refleti-las tambm sem mgoa Nas profundidades tranquilas. (Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. Nova Aguilar: 1993. p. 285) 9 12. O poeta (A)considera aparticipaodossereshumanosna natureza, porestaremsubmetidos aumasrie ininterrupta de acontecimentos rotineiros. (B)sevoltaparaonecessriorespeitoaoselementosdanatureza,comogarantiadeumavida tranquila, sem sobressaltos inesperados. (C)demonstradesencantoemrelaoaosproblemascotidianos,porsuahabitualocorrnciaa exemplo da natureza, sem qualquer soluo possvel. (D)aludefatalidadedodestinohumanosujeitoacontnuasalteraes,semelhantessimpostas pela natureza a um rio, que flui incessantemente. (E)prope adaptaoscircunstnciasda vida, sejam elas favorveis ouno, as quais devemser analisadas e, principalmente, aceitas. 13. (CORREIOS CARTEIRO CESPE/2011) Um carteiro chega ao porto do hospcio e grita: Carta para o 9.326!!Um louco pega o envelope, abre-o e v que a carta est em branco, e um outro pergunta: Quem te mandou essa carta? Minha irm. Mas por que no est escrito nada? Ah, porque ns brigamos e no estamos nos falando! Internet: (com adaptaes). O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima decorre A) da identificao numrica atribuda ao louco. B) da expresso utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no hospcio.C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta. D) da explicao dada pelo louco para a carta em branco. E) do fato de a irm do louco ter brigado com ele. 14. (CORREIOS CARTEIRO CESPE/2011) Um homem se dirige recepcionista de uma clnica: Por favor, quero falar com o dr. Pedro. O senhor tem hora? O sujeito olha para o relgio e diz: Sim. So duas e meia. No, no... Eu quero saber se o senhor paciente. O que a senhora acha? Faz seis meses que ele no me paga o aluguel do consultrio...Internet: (com adaptaes). No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao homem para saber se ele (A) verificou o horrio de chegada e est sob os cuidados do dr. Pedro. (B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento do aluguel. (C) tem relgio e sabe esperar.(D) marcou consulta e est calmo. (E) marcou consulta para aquele dia e est sob os cuidados do dr. Pedro. 15. (DETRAN/RN VISTORIADOR/EMPLACADOR FGV PROJETOS/2010) Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile AssistiaomaiorespetculodaTerranumaoperaodesalvamentodevidas,aps69diasde permanncia no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. Um a um os mineiros soterrados foram iados com sucesso, mostrando muita calma, sade, sorrindo ecumprimentandoseuscompanheirosdetrabalho.Nosepodeesqueceraajudatcnicaematerial queosEstadosUnidos,CanadeChinaofereceramequipechilenadesalvamento,numgesto humanitrioquesenobreceessespases.E,tambm,dosdoismdicosedoissocorristasque, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento. 10 (Douglas Jorge; So Paulo, SP; www.folha.com.br painel do leitor 17/10/2010) Considerandootipotextualapresentado,algumasexpressesdemonstramoposicionamento pessoaldoleitordiantedofatoporelenarrado.Taismarcastextuaispodemserencontradasnos trechos a seguir, EXCETO: (A) Assisti ao maior espetculo da Terra... (B) ... aps 69 dias de permanncia no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. (C) No se pode esquecer a ajuda tcnica e material... (D) ... gesto humanitrio que s enobrece esses pases. (E) ... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina... (DCTA TCNICO 1 SEGURANA DO TRABALHO VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder s questes de nmeros 16 a 18. Frias na Ilha do Nanja Meusamigosestofazendoasmalas,arrumandoasmalasnosseuscarros,olhandoocupara verem que tempo faz, pensando nas suas estradas barreiras, pedras soltas, fissuras* sem falar em bandidos, milhes de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras... Meusamigospartemparaassuasfrias,cansadosdetantotrabalho;detantalutacomos motoristas da contramo; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que j est sendo a negao da prpria vida. E eu vou para a Ilha do Nanja. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as frias l, onde, beira das lagoas verdes e azuis, o silncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: j estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moa janela a namorar um moo na outra janela de outra ilha. (Ceclia Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado) *fissuras: fendas, rachaduras 16.Noprimeiropargrafo,aodescreveramaneiracomosepreparamparasuasfrias,aautora mostra que seus amigos esto (A) serenos. (B) descuidados. (C) apreensivos. (D) indiferentes. (E) relaxados. 17. De acordo com o texto, pode-se afirmar que, assim como seus amigos, a autora viaja para (A) visitar um lugar totalmente desconhecido. (B) escapar do lugar em que est. (C) reencontrar familiares queridos. (D) praticar esportes radicais. (E) dedicar-se ao trabalho. 18. Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, beira das lagoas verdes e azuis, o silncio cresce como um bosque (ltimo pargrafo), a autora sugere que viajar para um lugar (A) repulsivo e populoso. (B) sombrio e desabitado. (C) comercial e movimentado. (D) buclico e sossegado. (E) opressivo e agitado. 11 19.(GOVERNODOMARANHODELEGADODEPOLCIACIVILFGVPROJETOS/2012) Observe a charge a seguir. Assinale a alternativa inadequada em relao aos elementos da charge acima. (A) A noo de insegurana dada, entre outras coisas, pelo arame farpado sobre os muros. (B) A fala do personagem indica, tambm, a falta de coleta normal de lixo. (C) O tamanho das casas indica local de poucas possibilidades econmicas. (D) As reticncias aps segurana pblica indicam reflexo sobre o tema. (E) Os termos do personagem indicam vocabulrio militar. 20. (DECEA CONTROLADOR DE TRFEGO AREO CESGRANRIO/2012 Disponvel em: Acesso em: 3 ago. 2012. NosdoisprimeirosquadrosdoTextoIII,asrespostasdopilotoproduzemhumornatirinha.Esse humor baseado em uma atitude repetida pelo piloto, o qual (A) simula desconfiar de orientaes externas. (B) mostra ignorar procedimentos de aviao. (C) revela negligenciar a segurana do voo. (D) busca compreender linguagem tcnica. (E) finge desconhecer o objetivo do pedido. RESPOSTAS 1. RESPOSTA: B. Pela leitura do texto infere-se que os reis e rainhas do sculo 20 so as personalidades da mdia, osfamososefamosas.Quantoaprncipeseprincesasdosculo19,esseseramdacorte, literalmente. 2. RESPOSTA: A. Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (no h muita sada, no h escolhas) : Se voc est em casa, no pode sair. Se voc est na rua, no pode entrar. 12 3. RESPOSTA: B. Interpretaoquerequer,apenas,umaleituraatenciosadotextoparaquesechegueresposta correta: A expanso da navegao martima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direo da costa. 4. RESPOSTA: D. Pelaleituradopoemaidentifica-se,apenas,ainformaocontidanaalternativa:revelarsegredos para o amigo pode ser arriscado. 5. RESPOSTA: D. Pelaleituradotextopercebe-se,claramente,queaautoranarraummomentosimples,masque prazeroso ao casal. 6. RESPOSTA: D. Atravsdaleituradopoemapercebemosoporqudasaspas:servemparaindicarasfalasda personagem. 7. RESPOSTA: A. Com palavras do prprio texto responderemos: o mundo cabe numa fresta. 8. RESPOSTA: E. Pelaleituradotexto,ficaevidentequeeleapontaoimpactoeconmicoqueopagamentode aposentadoria s donas de casa causar s contas pblicas. 9. RESPOSTA: D. Utilizandotrechosdotexto:Desdeodiadoataque,agentesdaguardamunicipalfazemvigliana porta do colgio... Aquele dia marcou nossa vida para sempre... 10. RESPOSTA: E. Quero = desejo/Procuro = busca/Depressa = pressa 11. RESPOSTA: E. Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder questo (no se esquea: voc pode devefazerissoemseuconcursotambm!):...conjuntodascircunstnciasnomeiodasquaisse desenrola um ato de enunciao (...). preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente fsico e socialemqueesteatosed.=enunciaoeseucontexto,ambientenoqualasituaodediscurso ocorre. 12. RESPOSTA: E. Com palavras do texto podemos responder questo: Ser como o rio... No temer as trevas da noite ... Refleti-las tambm sem mgoa. 13. RESPOSTA: D. Geralmenteoefeitodehumordessesgnerostextuaisaparecenodesfechodahistria,aofinal, como nesse: Ah, porque ns brigamos e no estamos nos falando. 14. RESPOSTA: E. O senhor tem hora? (...) No, no... Eu quero saber se o senhor paciente = a recepcionista quer saber se ele marcou horrio e se paciente do Dr. Pedro. 15. RESPOSTA: B. Emtodasasalternativashexpressesquerepresentamaopiniodoautor:Assistiaomaior espetculodaTerra/Nosepodeesquecer/gestohumanitrioquesenobrece/demonstrando coragem e desprendimento. 16. RESPOSTA: C. pensandonassuasestradasbarreiras, pedrassoltas, fissurassem falarembandidos,milhes de bandidos entre as fissuras,as pedras soltas easbarreiras...=pensarnessascoisas,certamente, deixa-os apreensivos. 13 17. RESPOSTA: B. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da prpria autora! 18. RESPOSTA: D. Pela descrio realizada, o lugar no tem nada de ruim. 19. RESPOSTA: B. Dentreasalternativasapresentadas,anicaqueestinadequadaquantoaotemaabordadopela charge a falta de coleta de lixo. 20. RESPOSTA: E. O humor produzido atravs da fala do piloto, que leva os pedidos ao p da letra: Diga: sua altitude (como ele a interpreta). A todo o momento nos deparamos com vrios textos, sejam eles verbais ou no verbais. Em todos hapresenadodiscurso,isto,aideiaintrnseca,aessnciadaquiloqueestsendotransmitido entreosinterlocutores.Estesinterlocutoressoaspeasprincipaisemumdilogoouemumtexto escrito. de fundamental importncia sabermos classificar os textos com os quais travamos convivncia no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinio sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbalsobrealgumqueacabamosdeconhecerouver.exatamentenessassituaescorriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narrao, Descrio e Dissertao. As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspectos de ordem lingustica Ostipostextuaisdesignamumasequnciadefinidapelanaturezalingusticadesuacomposio. So observados aspectos lexicais, sintticos, tempos verbais, relaes logicas. Os tipos textuais so o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. - Textos narrativos constituem-se de verbos de ao demarcados no tempo do universo narrado, como tambm de advrbios, como o caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... -Textosdescritivoscomo oprprio nomeindica,descrevemcaractersticastanto fsicasquanto psicolgicas acerca de um determinado indivduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretrito imperfeito: Tinha os cabelos mais negros como a asa da grana... - Textos expositivos Tm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situao que se almeje desenvolv-la, enfatizando acerca das razes de ela acontecer, como em: O cadastramento ir se prorrogar at o dia 02 de dezembro, portanto, no se esquea de faz-lo, sob pena de perder o benefcio. 2 Reconhecimento de tipos e gneros textuais Prof. Zenaide Branco 14 - Textos injuntivos (instrucional) Trata-se de uma modalidade na qual as aes so prescritas de forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente. Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador at criar uma massa homognea. -Textosargumentativos(dissertativo)Demarcam-sepelopredomniodeoperadores argumentativos,reveladosporumacargaideolgicaconstitudadeargumentosecontra-argumentos que justificam a posio assumida acerca de um determinado assunto.A mulher do mundo contemporneo luta cada vez mais para conquistar seu espao no mercado de trabalho, o que significa que os gneros esto em complementao, no em disputa. Gneros Textuais Soostextosmaterializadosqueencontramosemnossocotidiano;taistextosapresentam caractersticasscio-comunicativasdefinidasporseuestilo,funo,composio,contedoecanal. Comoexemplos,temos:receitaculinria,e-mail,reportagem,monografia,poema,editorial,piada, debate, agenda, inqurito policial, frum, blog, etc. Aescolhadeumdeterminadognerodiscursivodepende,emgrandeparte,dasituaode produo, ouseja, a finalidadedotextoaserproduzido,quemso oslocutoreseosinterlocutores,o meio disponvel para veicular o texto, etc.Osgnerosdiscursivosgeralmenteestoligadosaesferasdecirculao.Assim,naesfera jornalstica,porexemplo,socomunsgneroscomonotcias,reportagens,editoriais,entrevistase outros;naesferadedivulgaocientficasocomunsgneroscomoverbetededicionriooude enciclopdia, artigo ou ensaio cientfico, seminrio, conferncia. Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-textual.htm Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010. Portugus Literatura, Produo de Textos & Gramtica volume nico / Samira Yousseff Campedelli, Jsus Barbosa Souza. 3. Ed. So Paulo: Saraiva, 2002. A ortografia a parte da Fonologia que trata da correta grafia das palavras. ela quem ordena qual somdevemterasletrasdoalfabeto.Osvocbulosdeumalnguasografadossegundoacordos ortogrficos.A maneira mais simples, prtica e objetiva de aprender ortografia realizar muitos exerccios, ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras necessrio, mas no basta, pois h inmerasexceese,emalgunscasos,hnecessidadedeconhecimentodeetimologia(origemda palavra). 3 Domnio da ortografia oficial.3.1 Emprego das letras.3.2 Emprego da acentuao grfica Prof. Zenaide Branco 15 Regras ortogrficas O fonema s Escreve-se com S e no com C/ palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretenso/expandir-expanso/ascender-ascenso/inverter-inverso/aspergir-asperso/ submergir - submerso / divertir - diverso / impelir - impulsivo / compelir - compulsrio / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensvel / consentir consensual. Escreve-se com SS e no com C e nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados portirou-meter:agredir-agressivo/imprimir-impresso/admitir-admisso/ceder-cesso/ exceder-excesso/percutir-percusso/regredir-regresso/oprimir-opresso/comprometer- compromisso / submeter submisso. *quandooprefixoterminacomvogalquesejuntacomapalavrainiciadapors.Exemplos:a+ simtrico - assimtrico / re + surgir ressurgir. *no pretrito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse. Escreve-se com C ou e no com S e SS vocbulos de origem rabe: cetim, aucena, acar. *os vocbulos de origem tupi, africana ou extica: cip, Juara, caula, cachaa, cacique. *os sufixos aa, ao, ao, ar, ecer, ia, na, ua, uu, uo: barcaa, ricao, aguar, empalidecer, carnia, canio, esperana, carapua, dentuo. *nomesderivadosdoverboter:abster-absteno/deter-deteno/ater-ateno/reter reteno. *aps ditongos: foice, coice, traio. *palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): marte - marciano / infrator - infrao / absorto absoro. O fonema z Escreve-se com S e no com Z *ossufixos:s,esa,esia,eisa,quandooradicalsubstantivo,ouemgentlicosettulos nobilirquicos: fregus, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa. *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose. *as formas verbais pr e querer: ps, pus, quisera, quis, quiseste. *nomesderivadosdeverboscomradicaisterminadosemd:aludir-aluso/decidir-deciso/ empreender - empresa / difundir difuso. *os diminutivos cujos radicais terminam com s: Lus - Luisinho / Rosa - Rosinha / lpis lapisinho. *aps ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. *em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s: anlis(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar pesquisar. Escreve-se com Z e no com S *os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico riqueza / belo beleza. *ossufixosizar(desdequeoradicaldapalavradeorigemnoterminecoms):final-finalizar/ concreto concretizar. *comoconsoantedeligaoseoradicalnoterminarcoms:p+inho-pezinho/caf+al- cafezal 16 Exceo: lpis + inho lapisinho. O fonema j Escreve-se com G e no com J *as palavras de origem grega ou rabe: tigela, girafa, gesso. *estrangeirismo, cuja letra G originria: sargento, gim. *asterminaes:agem,igem,ugem,ege,oge(compoucasexcees):imagem,vertigem, penugem, bege, foge. Exceo: pajem. *as terminaes: gio, gio, gio, gio, ugio: sortilgio, litgio, relgio, refgio. *os verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir. *depois da letra r com poucas excees: emergir, surgir. *depois da letra a, desde que no seja radical terminado com j: gil, agente. Escreve-se com J e no com G *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. *as palavras de origem rabe, africana ou extica: jiboia, manjerona. *as palavras terminada com aje: ultraje. O fonema ch Escreve-se com X e no com CH *as palavras de origem tupi, africana ou extica: abacaxi, xucro. *as palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa. *depois de ditongo: frouxo, feixe. *depois de en: enxurrada, enxada, enxoval. Exceo: quando a palavra de origem no derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) Escreve-se com CH e no com X *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduche, salsicha. As letras e e i *os ditongos nasais so escritos com e: me, pem. Com i, s o ditongo interno cibra. *osverbosqueapresentaminfinitivoem-oar,-uarsoescritoscome:caoe,perdoe,tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, di, possui, contribui. Ateno para as palavras que mudam de sentido quando substitumos a grafia e pela grafia i: rea (superfcie), ria (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir tona), imergir (mergulhar) / peo (de estncia, que anda a p), pio (brinquedo). 17 Informaes importantes - Formas variantes so formas duplas ou mltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/relampar/relampadar. - Os smbolos das unidades de medida so escritos sem ponto, com letra minscula e sem s para indicar plural, sem espao entre o algarismo e o smbolo: 2kg, 20km, 120km/h. Exceo para litro (L): 2 L, 150 L. - Na indicao de horas, minutos e segundos, no deve haver espao entre o algarismo e o smbolo: 14h, 22h30min, 14h2334(= quatorze horas, vinte e trs minutos e trinta e quatro segundos). - O smbolo do real antecede o nmero sem espao: R$1.000,00. No cifro deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($). Fontes de pesquisa: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010. Portugus: novas palavras: literatura, gramtica, redao / Emlia Amaral... [et al.]. So Paulo: FTD, 2000. Questes sobre Ortografia 01.(ESCREVENTETJSPVUNESP/2013)Assinaleaalternativaquepreenche,corretae respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padro. Alm disso, ___certamente ____entre ns ____do fenmeno da corrupo e das fraudes. (A) a concenso acerca (B) h consenso acerca (C) a concenso a cerca (D) a consenso h cerca (E) h conseno a cerca 02.(ESCREVENTETJSPVUNESP/2013).Assinaleaalternativacujaspalavrasseapresentam flexionadas de acordo com a norma-padro. (A) Os tabelios devem preparar o documento. (B) Esses cidades tinham autorizao para portar fuzis. (C) Para autenticar as certidos, procure o cartrio local. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimos. (E) Cuidado com os degrais, que so perigosos! 03.(AGENTEDEVIGILNCIAERECEPOVUNESP2013).Suponha-sequeocartaza seguir seja utilizado para informar os usurios sobre o festival Sounderground. Prezado Usurio Dica: - Se o dicionrio ainda deixar dvida quanto ortografia de uma palavra, h a possibilidade de consultaroVocabulrioOrtogrficodaLnguaPortuguesa(VOLP),elaboradopelaAcademia Brasileira de Letras. uma obra de referncia at mesmo para a criao de dicionrios, pois traz a grafiaatualizadadaspalavras(semosignificado).NaInternet,oendereo www.academia.org.br. 18 ________deoferecerlazereculturaaospassageirosdometr,________destasegunda-feira (25/02), ________ 17h30, comea o Sounderground, festival internacional que prestigia os msicos que tocam em estaes do metr. Confira o dia e a estao em que os artistas se apresentaro e divirta-se! Paraqueotextoatendanorma-padro,devem-sepreencheraslacunas,corretae respectivamente, com as expresses (A) A fim ...a partir ... as (B) A fim ... partir ... s (C) A fim ...a partir ... s (D) Afim ...a partir ... s (E) Afim ... partir ... as 04. (TRE/AP - TCNICO JUDICIRIO FCC/2011) Entre as frases que seguem, a nica correta : (A) Ele se esqueceu de que? (B) Era to rum aquele texto, que no deu para distribui-lo entre os presentes. (C) Embora devessemos, no fomos excessivos nas crticas. (D) O juz nunca negou-se a atender s reivindicaes dos funcionrios. (E) No sei por que ele mereceria minha considerao. 05.(TRF-1REGIO-TCNICOJUDICIRIO-FCC/2011)Aspalavrasestocorretamente grafadas na seguinte frase: (A) Que eles viajem sempre muito bom, mas no boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aeroportos. (B)Cometemuitosdeslises,talvezporsuaespontaneidade,masnadaqueponhaemchequesua reputao de pessoa corts. (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hbito do scio de descanar aps o almoo sob a frondoza rvore do ptio. (D) No sei se isso influe, mas a persistncia dessa mgoa pode estar sendo o grande impecilho na superao dessa sua crise. (E) O diretor exitou ao aprovar a reteno dessa alta quantia, mas no quiz ser taxado de conivente na concesso de privilgios ilegtimos. 06.(TRIBUNALDEJUSTIADOESTADODESOPAULOADVOGADO-VUNESP/2013) Analise a propaganda do programa 5inco Minutos. Emnorma-padrodalnguaportuguesa,afrasedapropaganda,adaptada,assumeaseguinte redao: (A) 5INCO MINUTOS: s vezes, dura mais, mas no matem-na porisso. (B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas no matem-na por isso. (C) 5INCO MINUTOS: s vezes, dura mais, mas no a matem por isso. (D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas no lhe matem por isso. (E) 5INCO MINUTOS: s vezes, dura mais, mas no a matem porisso. 07.(MPE/RJTCNICOADMINISTRATIVOFUJB/2011)Assinaleaalternativaemqueafrase NO contraria a norma culta: 19 (A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortnios, por isso posso me queixar com razo. (B) Sempre houveram vrias formas eficazes para ultrapassarmos os infortnios da vida. (C) Devemos controlar nossas emoes todas as vezes que vermos a pobreza e a misria fazerem parte de nossa vida. (D) difcil entender o por qu de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram viver com dignidade e simplicidade. (E)Asdificuldadesporquepassamoscertamentenosfazemmaisfortesepreparadosparaos infortnios da vida. 08.(INSTITUTOFEDERALDEEDUCAO,CINCIAETECNOLOGIA/RRJORNALISTA FUNCAB/2013-ADAPTADA)Grafam-se,respectivamente,comssecomcomoossufixosdos substantivosdestacadosem[...]geroudiversasDISCUSSESticassobreasPERCEPES biossociais [...] os sufixos de: (A) conten__o (de gastos) remi __ o (da pena). (B) conce__o (de privilgios) ascen__o (ao poder). (C) ce__ o (de direitos) extin__o (do cargo). (D) apreen__o (da carteira) reten__o (do veculo). (E) mo__o (de apoio) admi__o (de funcionrio). 09.(GOVERNODOESTADODEALAGOASTCNICOFORENSE-CESPE/2013-adaptada) Uma variante igualmente correta do termo autpsia autopsia. () Certo () Errado 10.(TRIBUNALDEJUSTIADOESTADODESOPAULOADVOGADO-VUNESP/2013)A Polcia Militar prendeu, nesta semana, um homem de 37 anos, acusado de ____________ de drogas e ____________ av de 74 anos de idade. Ele foi preso em __________ com uma pequena quantidade dedrogasnobairroIrapuII,emFloriano,apsvriasdennciasdevizinhos.Deacordocomo Comandante do 3. BPM, o acusado era conhecido na regio pela atuao no crime. (www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013. Adaptado) De acordo com a norma-padro da lngua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com: (A) trfico mal-tratos flagrante (B) trfego maltratos fragrante (C) trfego maus-trato flagrante (D) trfico maus-tratos flagrante (E) trfico mau-trato fragrante RESPOSTAS 1. RESPOSTA B Oexerccioqueraalternativaqueapresentacorreoortogrfica.Naprimeiralacunautilizaremos h,jqueestempregadonosentidodeexistir;nasegunda,consensocoms;naterceira, acercasignificaarespeitode, oqueseencaixaperfeitamentenocontexto.Hcerca=tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); a cerca = a cerca est destruda (arame, madeira...) 2. RESPOSTA D (A) Os tabelios devem preparar o documento. = tabelies (B) Esses cidades tinham autorizao para portar fuzis.= cidados (C) Para autenticar as certidos, procure o cartrio local.= certides (E) Cuidado com os degrais, que so perigosos= degraus 3. RESPOSTA C Prezado Usurio A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metr, apartirdesta segunda-feira (25/02), s 17h30,comeaoSounderground,festivalinternacionalqueprestigiaosmsicosquetocamem estaes do metr. Confira o dia e a estao em que os artistas se apresentaro e divirta-se! A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes de horas: h crase 20 4. RESPOSTA E (A) Ele se esqueceu de que? = qu? (B) Era to rum (ruim) aquele texto, que no deu para distribui-lo (distribu-lo) entre os presentes. (C) Embora devssemos (devssemos) , no fomos excessivos nas crticas. (D) O juz (juiz) nunca (se) negou a atender s reivindicaes dos funcionrios. (E) No sei por que ele mereceria minha considerao. 5. RESPOSTA A Fiz a correo entre parnteses: (A) Que eles viajem sempre muito bom, mas no boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aeroportos. (B)Cometemuitosdeslises(deslizes),talvezporsuaespontaneidade,masnadaqueponhaem cheque (xeque) sua reputao de pessoa corts. (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hbito do scio de descanar (descansar) aps o almoo sob a frondoza (frondosa) rvore do ptio. (D)Noseiseissoinflue(influi),masapersistnciadessamgoapodeestarsendoogrande impecilho (empecilho) na superao dessa sua crise. (E)Odiretorexitou(hesitou)aoaprovararetenodessaaltaquantia,masnoquiz(quis)ser taxado de conivente na concesso de privilgios ilegtimos. 6. RESPOSTA C Aquestoenvolvecolocaopronominaleortografia.Comecemospelamaisfcil:ortografia!A palavra por isso escrita separadamente. Assim, j descartamos duas alternativas (A e E). Quanto colocaopronominal,temosapresenadoadvrbiono,quesabemosserummparao pronomeoblquo,fazendo-nosaplicararegradaprclise(pronomeantesdoverbo).Ento,aforma correta mas no A matem (por que Ae no LHE? Porque quem mata, mata algo ou algum, objeto direto. O lhe usado para objeto indireto. Se no tivssemos a conjuno mas nem o advrbio no, aformamatem-naestariacorreta,jque,apsvrgula,oidealqueutilizemosnclisepronome oblquo aps o verbo). 7. RESPOSTA E Fiz as correes entre parnteses: (A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortnios, por isso posso me queixar com razo. (B) Sempre houveram (houve) vrias formas eficazes para ultrapassarmos os infortnios da vida. (C) Devemos controlar nossas emoes todas as vezes que vermos (virmos) a pobreza e a misria fazerem parte de nossa vida. (D)difcilentenderoporqu(oporqu)detantosofrimento,principalmentedaquelesque procuram viver com dignidade e simplicidade. (E)Asdificuldadesporque(=pelas quais;correto)passamoscertamentenos fazemmais fortese preparados para os infortnios da vida. 8. RESPOSTA C (A) conteno (de gastos) remisso (da pena). (B) concesso (de privilgios) ascenso (ao poder). (C) cesso (de direitos) extino (do cargo). (D) apreenso (da carteira) reteno (do veculo). (E) moo (de apoio) admisso (de funcionrio). 9. RESPOSTA CERTO. autopsia s.f., autpsia s.f.; cf. autopsia (fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23) 10. RESPOSTA D Questodeortografia.Vamos sexcluses:Polciatrabalhacomcriminosospegosemflagrante, noflagra;fragranterelaciona-seaaroma,fragrncia.Assim,jdescartamosositensBeE. Trfegotemrelaocomtrnsito,transitar, trafegar.Trfico o queconsideramosilegal,praticado portraficante.DescartamosoitemCtambm.Sobrou-nosMaus-tratos/mal-tratos.Otratamento dado av foi ruim, mau (adjetivo). Sendo assim, o correto maus-tratos. 21 Hfen Ohfenumsinaldiacrtico(quedistingue)usadoparaligaroselementosdepalavrascompostas (comoex-presidente,porexemplo)eparaunirpronomestonosaverbos(ofereceram-me;v-lo-ei). Serveigualmenteparafazeratranslineaodepalavras,isto,nofimdeumalinha,separaruma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). Uso do hfen que continua depois da Reforma Ortogrfica: 1.Empalavrascompostasporjustaposioqueformamumaunidadesemntica,ouseja,nos termos que se unem para formam um novo significado: tio-av, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-ris, primeiro-ministro, azul-escuro. 2. Em palavras compostas por espcies botnicas e zoolgicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abbora-menina, erva-doce, feijo-verde. 3.Noscompostoscomelementosalm,aqum,recmesem:alm-mar,recm-nascido,sem-nmero, recm-casado. 4.Nogeral,aslocuesnopossuemhfen,masalgumasexceescontinuamporjestarem consagradaspelouso:cor-de-rosa,arco-da-velha,mais-que-perfeito,p-de-meia,gua-de-colnia, queima-roupa, deus-dar. 5. Nos encadeamentos de vocbulos, como: ponte Rio-Niteri, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinaes histricas ou ocasionais: ustria-Hungria, Angola-Brasil, etc. 6. Nas formaes com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo que iniciado por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. 7. Nas formaes com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. 8.Nasformaescomosprefixosps-,pr-epr-:pr-natal,pr-escolar,pr-europeu,ps-graduao, etc. 9. Na nclise e mesclise: am-lo, deix-lo, d-se, abraa-o, lana-o e am-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. 10.Nasformaesemqueoprefixotemcomosegundotermoumapalavrainiciadaporh:sub-heptico, geo-histria, neo-helnico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem. 11.Nasformaesemqueoprefixooupseudoprefixoterminacomamesmavogaldosegundo elemento: micro-ondas, eletro-tica, semi-interno, auto-observao, etc. Obs:Ohfensuprimidoquandoparaformaroutrostermos:reaver,inbil,desumano,lobisomem, reabilitar. Lembrete da Z! Ao separar palavras na translineao (mudana de linha), caso a ltima palavra a ser escrita seja formada por hfen, repita-o na prxima linha. Exemplo: escreverei anti-inflamatrio e, ao final, coube apenas anti-. Na prxima linha escreverei: -inflamatrio (hfen em ambas as linhas). 22 No se emprega o hfen: 1. Nas formaes em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se em rous.Nessecaso,passa-seaduplicarestasconsoantes:antirreligioso,contrarregra,infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. 2. Nas constituies em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-secomvogaldiferente:antiareo,extraescolar,coeducao,autoestrada,autoaprendizagem, hidroeltrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. 3. Nas formaes, em geral, que contm os prefixos ds e in e o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, inbil, desabilitar, etc. 4.Nasformaescomoprefixoco,mesmoquandoosegundoelementocomearcomo: cooperao, coobrigao, coordenar, coocupante, coautor, coedio, coexistir, etc. 5.Emcertaspalavrasque,comouso,adquiriramnoodecomposio:pontap,girassol, paraquedas, paraquedista, etc. 6. Em alguns compostos com o advrbio bem: benfeito, benquerer, benquerido, etc. Para enriquecimento - Os prefixos ps, pr e pr, em suas formas correspondentes tonas, aglutinam-se com o elemento seguinte, no havendo hfen: pospor, predeterminar, predeterminado, pressuposto, propor. -Escreveremoscomhfen:anti-horrio,anti-infeccioso,auto-observao,contra-ataque,semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar. -Escreveremossemhfen:prdosol,antirreforma,antissptico,antissocial,contrarreforma, minirrestaurante,ultrassom,antiaderente,anteprojeto,anticaspa,antivrus,autoajuda,autoelogio, autoestima, radiotxi. Fontes de pesquisa: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Questes sobre Hfen 01. Assinale a alternativa em que o hfen, conforme o novo Acordo, est sendo usado corretamente: (A) Ele fez sua auto-crtica ontem. (B) Ela muito mal-educada. (C) Ele tomou um belo ponta-p. (D) Fui ao super-mercado, mas no entrei. (E) Os raios infra-vermelhos ajudam em leses. 02. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hfen, respeitando-se o novo Acordo. (A) O semi-analfabeto desenhou um semicrculo. (B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal do campeonato. (C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu. (D) O recm-chegado veio de alm-mar. (E) O vice-reitor est em estado ps-operatrio. 03. Assinale a alternativa em que todas as palavras esto grafadas corretamente: (A) autocrtica, contramestre, extra-oficial 23 (B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som (C) semi-crculo, semi-humano, semi-internato (D) supervida, superelegante, supermoda (E) sobre-saia, mini-saia, superssaia 04. Assinale o item em que o uso do hfen est incorreto. (A) infraestrutura / super-homem / autoeducao (B) bem-vindo / antessala /contra-regra (C) contramestre / infravermelho / autoescola (D) neoescolstico / ultrassom / pseudo-heri (E) extraoficial / infra-heptico /semirreta 05. Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego do hfen. (A) Foi iniciada a campanha pr-leite. (B) O ex-aluno fez a sua autodefesa. (C) O contrarregra comeu um contra-fil. (D) Sua vida um verdadeiro contrassenso. (E) O meia-direita deu incio ao contra-ataque. RESPOSTAS 1. RESPOSTA B A) autocrticaC) pontap D) supermercado E) infravermelhos 2. RESPOSTA A A) O semianalfabeto desenhou um semicrculo. 3. RESPOSTA D A) autocrtica, contramestre, extraoficial B) infra-assinado, infravermelho, infrassom C) semicrculo, semi-humano, semi-internato D) supervida, superelegante, supermoda= corretas E) sobressaia, minissaia, supersaia 4. RESPOSTA B B) bem-vindo / antessala / contrarregra 5. RESPOSTA C C) O contrarregra comeu um contrafil. Apalavrafonologiaformadapeloselementosgregosfono(som,voz)elog,logia(estudo, conhecimento). Significaliteralmenteestudo dossonsouestudodossonsdavoz.Fonologiaa partedagramticaqueestudaossonsdalnguaquantosuafunonosistemadecomunicao lingustica,quantosuaorganizaoeclassificao.Cuida,tambm,deaspectosrelacionados diviso silbica, ortografia, acentuao, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrandoque,cadaindivduotemumamaneiraprpriaderealizarestessonsnoatodafala. Particularidades na pronncia de cada falante so estudadas pela Fontica. Nalnguafalada,aspalavrasseconstituemdefonemas;nalnguaescrita,aspalavrasso reproduzidaspormeiodesmbolosgrficos,chamadosdeletrasougrafemas.D-seonomede fonemaaomenorelementosonorocapazdeestabelecerumadistinodesignificadoentreas palavras.Observe,nosexemplosaseguir,osfonemasquemarcamadistinoentreosparesde palavras: amor ator / morro corro / vento - cento 24 Cadasegmentosonororefere-seaumdadodalnguaportuguesaqueestemsuamemria:a imagemacsticaquevoc,comofalantedeportugus,guardadecadaumdeles.essaimagem acstica,essereferencialdepadrosonoro,queconstituiofonema.Osfonemasformamos significantes dos signos lingusticos. Geralmente, aparecem representados entre barras:/m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra -Ofonema nodeveserconfundidocom aletra.Esta arepresentaogrficadofonema.Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (l-se s); j na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (l-se z). - s vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exlio. -Emalgunscasos,amesmaletrapoderepresentarmaisdeumfonema.Aletrax,porexemplo, pode representar: - o fonema /s/: texto - o fonema /z/: exibir - o fonema /che/: enxame - o grupo de sons /ks/: txi - O nmero de letras nem sempre coincide com o nmero de fonemas. Txico = fonemas: /t//k/s/i/c/o/letras: txico 1 2 3 4 5 6 71 234 56 Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g al h o 1 2341 2 3 4 5 -Asletrasmen,emdeterminadaspalavras,norepresentam fonemas.Observeosexemplos: compra, conta. Nestas palavras, m e n indicam a nasalizao das vogais que as antecedem: //. Veja ainda: nave: o /n/ um fonema; dana: o n no um fonema; o fonema //, representado na escrita pelas letras a e n. - A letra h, ao iniciar uma palavra, no representa fonema. Hoje = fonemas:ho / j / e /letras:h o j e 1 2 31 2 3 4 Classificao dos Fonemas Os fonemas da lngua portuguesa so classificados em: 1) Vogais Asvogaissoosfonemassonorosproduzidosporumacorrentedearquepassalivrementepela boca. Em nossa lngua, desempenham o papel de ncleo das slabas. Isso significa que em toda slaba h necessariamente uma nica vogal. Na produo de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: - Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. - Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. //: f, canto, tampa/ /: dente, tempero / /: lindo, mim //: bonde, tombo / /: nunca, algum - tonas: pronunciadas com menor intensidade: at, bola. 25 - Tnicas: pronunciadas com maior intensidade: at, bola. Quanto ao timbre, as vogais podem ser: - Abertas: p, lata, p - Fechadas: ms, luta, amor -Reduzidas-Aparecemquasesemprenofinaldaspalavras:dedo(dedu),ave(avi),gente (genti). Quanto zona de articulao: - Anteriores ou Palatais - A lngua eleva-se em direo ao palato duro (cu da boca): , , i - Posteriores ou Velares - A lngua eleva-se em direo ao palato mole (vu palatino): , , u - Mdias - A lngua fica baixa, quase em repouso: a 2) Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, no so vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando comelaumasemissodevoz(umaslaba).Nestecaso,estesfonemassochamadosde semivogais.Adiferenafundamentalentrevogaisesemivogaisestnofatodequeestasno desempenham o papel de ncleo silbico. Observeapalavrapapai.Elaformadadeduasslabas:pa-pai.Naltimaslaba,ofonema voclico que se destaca o a. Ele a vogal. O outro fonema voclico i no to forte quanto ele. a semivogal.Outros exemplos: saudade, histria, srie. 3) Consoantes Para aproduo dasconsoantes, acorrente de arexpirada pelospulmes encontraobstculos ao passar pela cavidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros rudos, incapazes de atuarcomoncleossilbicos.Seunomeprovmjustamentedessefato,pois,emportugus,sempre consoam (soam com) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Voclicos Os encontros voclicos so agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermedirias. importantereconhec-losparadividircorretamenteosvocbulosemslabas.Existemtrstiposde encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1) Ditongo o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma slaba. Pode ser: - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: s-rie (i = semivogal, e = vogal) - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal) - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: me 2) Tritongo a sequncia formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa s slaba. Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quo - Tritongo nasal. 3) Hiato asequnciadeduasvogaisnumamesmapalavraquepertencemaslabasdiferentes,umavez que nunca h mais de uma vogal numa mesma slaba: sada (sa--da), poesia (po-e-si-a). Encontros Consonantais Oagrupamento deduasoumaisconsoantes,semvogalintermediria,recebe o nomedeencontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: 26 1.osqueresultam docontatoconsoante+loureocorrem numamesmaslaba,como em:pe-dra,pla-no, a-tle-ta, cri-se. 2. os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a slabas diferentes:por-ta, rit-mo, lis-ta. Haindagruposconsonantaisquesurgemnoinciodosvocbulos;so,porisso,inseparveis: pneu, gno-mo, psi-c-lo-go. Dgrafos De maneira geral, cada fonema representado, na escrita, por apenas uma letra.lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. H, no entanto, fonemas que so representados, na escrita, por duas letras.bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dgrafo ocorre quando duas letras so usadas para representar um nico fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa lngua, h um nmero razovel de dgrafos que convm conhecer. Podemos agrup-los em dois tipos: consonantais e voclicos. Dgrafos Consonantais LetrasFonemasExemplos lh/lhe/telhado nh/nhe/marinheiro ch/xe/chave rr/re/ (no interior da palavra)carro ss/se/ (no interior da palavra)passo qu/k/ (qu seguido de e e i)queijo, quiabo gu/g/ ( gu seguido de e e i)guerra, guia sc/se/crescer s/se/deso xc/se/exceo Dgrafos Voclicos Registram-se na representao das vogais nasais: FonemasLetrasExemplos //amtampa ancanto //emtemplo enlenda //imlimpo inlindo /omtombo ontonto //umchumbo uncorcunda 27 Dfonos Assimcomoexistemduasletrasquerepresentamumsfonema(osdgrafos!),exiteletraque representa dois fonemas. Sim! o caso de fixo, por exemplo, em que o x representa o fonema /ks/; txi e crucifixo tambm so exemplos de dfonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dfono. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Portugus: novas palavras: literatura, gramtica, redao / Emlia Amaral... [et al.]. So Paulo: FTD, 2000. Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010. Questes sobre Letra e Fonema 01. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra churrasqueira.(A) apresenta 13 letras e 10 fonemas(B) apresenta 3 dgrafos :ch, rr, qu(C) diviso silbica: chur-ras-quei-ra(D) paroxtona e polisslaba(E) apresenta o tritongo: uei 02. Todas as palavras abaixo possuem um encontro voclico e um encontro consonantal, exceto: (A) destruir. (B) magnsio. (C) adstringente.(D) pneu. (E) autctone. 03. A srie em que todas as palavras apresentam dgrafo . (A) assinar / bocadinho / arredores. (B) residncia / pingue-pongue / dicionrio. (C) digno / decifrar / dissesse. (D) dizer / holands / groenlandeses. (E) futebolsticos / diligentes / comparecimento. 04. Indique a palavra que tem 5 fonemas: (A) ficha. (B) molhado. (C) guerra. Observao:gu equsodgrafossomente quandoseguidos dee oui,representam osfonemas/g/e/k/:guitarra,aquilo.Nestescasos,aletraunocorrespondeanenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o u representa um fonema- semivogal ou vogal- (aguentar,linguia,aqufero...).Aqui,guequnosodgrafos.Tambmnohdgrafos quandososeguidosdea ouo(quase, averiguo)(Conseguimos ouvir osomdaletrau tambm,porissonohdgrafo!Vejaoutrosexemplos:gua=/agua/nspronunciamosa letrau,ouentoteramos/aga/.Temos,emgua,4letrase4fonemas.Jemguitarra= /gitara/ - no pronunciamos o u, ento temos dgrafo [alis, dois dgrafos: gu e rr]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas). 28 (D) fixo. (E) hulha. 05. H relao INCORRETA de letras e fonemas em: (A) Pssaro (7 Letras / 6 Fonemas); (B) Comovente (9 Letras / 8 Fonemas); (C) Molhada (7 Letras / 6 Fonemas); (D) Plstica (8 Letras / 8 Fonemas); (E) Aquilo (6 Letras / 6 Fonemas). 06. Assinale a alternativa em que a letra x da palavra no possui a pronncia de /ks/: (A) txico (B) lxico (C) mximo(D) prolixo RESPOSTA 1. RESPOSTA E apresenta o tritongo: uei No ouo o som do u. H um dgrafo (qu = duas letras e um fonema). O qu tem o som de /k/. 2. RESPOSTA C c) adstringente.= h encontro consonantal (tr), mas no h voclico. 3. RESPOSTA A a) assinar / bocadinho / arredores. b) residncia / pingue-pongue / dicionrio. c) digno / decifrar / dissesse. d) dizer / holands / groenlandeses. e) futebolsticos / diligentes / comparecimento. 4. RESPOSTA D a) ficha= 4 b) molhado= 6 c) guerra= d) fixo= 5/f i k s o/ e) hulha= 3 5. RESPOSTA E Aquilo (6 Letras / 5 Fonemas= /akilo/ ) 6. RESPOSTA C mximo=/s/ Acentuao Quantoacentuao,observamosquealgumaspalavrastmacentogrficoeoutrasno;na pronncia, ora se d maior intensidade sonora a uma slaba, ora a outra. Por isso, vamos s regras! Regras bsicas Acentuao tnica Aacentuaotnicaestrelacionadaintensidadecomquesopronunciadasasslabasdas palavras.Aquelaqueseddeformamaisacentuada,conceitua-secomoslabatnica.Asdemais, como so pronunciadas com menos intensidade, so denominadas de tonas.De acordo com a tonicidade, as palavras so classificadas como: Oxtonas So aquelas cuja slaba tnica recai sobre a ltima slaba. Ex.: caf corao Belm atum caju papel 29 Paroxtonas So aquelas em que a slaba tnica recai na penltima slaba. Ex.: til trax txi leque sapato passvel Proparoxtonas-Soaquelascujaslabatnicaestnaantepenltimaslaba.Ex.:lmpada cmara tmpano mdico nibus Hvocbulosquepossuemmaisdeumaslaba,masemnossalnguaexistemaquelescomuma slaba somente: so os chamados monosslabos. Os acentos acentoagudo )( Colocadosobreasletrasaei,ueedogrupoem-indicaqueestas letras representam as vogais tnicas de palavras como p, ca, pblico. Sobre as letras e e o indica, alm da tonicidade, timbre aberto. Ex.: heri mdico cu (ditongos abertos). acentocircunflexo(^)colocadosobreasletrasa,eeoindica, alm datonicidade,timbre fechado: Ex.: tmara Atlntico psames sups . acento grave(`) indica a fuso da preposio a com artigos e pronomes. Ex.: s quelas quelestrema ) ( De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. H uma exceo: utilizado em palavras derivadas de nomes prprios estrangeiros.Ex.: mlleriano (de Mller)til (~) indica que as letras a e o representam vogais nasais. Ex.: orao melo rgo m Regras fundamentais Palavras oxtonas: Acentuam-se todas as oxtonas terminadas em: a, e, o, em, seguidas ou no do plural(s):Par caf(s) cip(s) Belm. Esta regra tambm aplicada aos seguintes casos: Monosslabos tnicos terminados em a, e, o, seguidos ou no de s.Ex.: p p d hFormasverbaisterminadasema,e,otnicos,seguidasdelo,la,los,las.Ex.respeit-lo, receb-lo, comp-lo Paroxtonas:Acentuam-se as palavras paroxtonas terminadas em:- i, is: txi lpis jri- us, um, uns: vrus lbuns frum- l, n, r, x, ps: automvel eltron - cadver trax frceps- , s, o, os: m ms rfo rgos-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou no de s: gua pnei mgoa memria Memorize a palavra LINURXO. Para qu? Repare que esta palavra apresenta as terminaes das paroxtonas que so acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = frum), R, X, , O. Assim ficar mais fcil a memorizao! Regras especiais: Os ditongos de pronncia aberta ei, oi (ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxtonas. 30 Alerta da Z! Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxtona (heri) ou monosslaba (cu) ainda so acentuados.Ex.: di, escarcu. AntesAgora assembliaassembleia idiaideia geliageleia jibiajiboia apia (verbo apoiar)apoia paranicoparanoico Acento Diferencial Representamosacentosgrficosque,pelasregrasdeacentuao,nosejustificariam,masso utilizadosparadiferenciarclassesgramaticaisentredeterminadaspalavrase/outemposverbais.Por exemplo: Pr(verbo)Xpor(preposio)/pde(pretritoperfeitodeIndicativodoverbopoder)Xpode (presente do Indicativo do mesmo verbo). Se analisarmos o pr - pela regra das monosslabas: terminada em o seguida de r no deve ser acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que saibamos se se trata de um verbo ou preposio. Os demais casos de acento diferencial no so mais utilizados: para (verbo), para (preposio), pelo (substantivo), pelo (preposio). Seus significados e classes gramaticais so definidos pelo contexto. Polcia para o trnsito para realizar blitz. = o primeiro para verbo; o segundo, preposio (com relao de finalidade). Quando, na frase, der para substituir o por por colocar, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: pr; nos outros casos, por preposio. Ex: Fao isso por voc./ Posso pr (colocar) meus livros aqui? Regra do Hiato: Quando a vogal do hiato for i ou u tnicos, for a segunda vogal do hiato, acompanhado ou no de s, haver acento. Ex.: sada fasca ba pas LusNo se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma slaba, del, m, n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-izNo se acentuam as letras i e u dos hiatos se estiverem seguidas do dgrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.No se acentuam as letras i e u dos hiatos se vierem precedidas de vogal idntica:xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 31 Observao importante: No sero mais acentuados i e u tnicos, formando hiato quando vieremdepois de ditongo(nas paroxtonas): Ex.: AntesAgora bocaivabocaiuva feirafeiura SaupeSauipe O acento pertencente aos encontros oo e ee foi abolido. Ex.: AntesAgora cremcreem lemleem vovoo enjoenjoo Agora memorize a palavra CREDELEV. So os verbos que, no plural, dobram o e, mas que no recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Repare: 1. O menino cr em voc. / Os meninos creem em voc. 2. Elzal bem! / Todas leem bem! 3. Espero que ele d o recado sala. / Esperamos que os garotos deem o recado! 4. Rubens v tudo! / Eles veem tudo! Cuidado! H o verbo vir: Ele vem tarde! / Eles vm tarde! Asformasverbaisquepossuamoacentotniconaraiz,comutnicoprecedidodegouqe seguido de e ou i no sero mais acentuadas.Ex.: AntesDepois apazige (apaziguar)apazigue averige (averiguar)averigue argi (arguir)argui Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de:ele tem eles tm / ele vem eles vm (verbo vir) Aregraprevalecetambmparaosverbosconter,obter,reter,deter,abster:elecontmeles contm, ele obtm eles obtm, ele retm eles retm, ele convm eles convm. Fontes de pesquisa:http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.htm SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010. Questes sobre Acentuao Grfica 01.(TRE/PA-ANALISTAJUDICIRIOFGV/2011)Assinaleapalavraquetenhasidoacentuada seguindo a mesma regra que distribudos.(A) scio(B) sofr-lo 32 (C) lcidos(D) constitu(E) rfos 02.(MAPAANALISTADESISTEMASFUNDAODOMCINTRA/2010)Seosvocbulos POSSVEL,ATRAVSeVRUSrecebemacentogrfico,tambmseroacentuadospelasmesmas regras, respectivamente, os vocbulos relacionados em:(A) fssil / ms / lbuns; (B) rptil / comps / jri; (C) amvel / portugus / txi; (D) fcil / at / hmus; (E) blis / caf / nus. 03.(MPE/SP ANALISTA DE PROMOTORIA IBFC/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser, obrigatoriamente, acentuada. (A) Pratica. (B) Negocio. (C) Traido. (D) Critica. (E) Capitulo. 04. (RIOPREVIDNCIA/RJ ESPECIALISTA EM PREVIDNCIA SOCIAL CEPERJ/2014)A palavra contedo recebe acentuao pela mesma razo de: (A) juzo (B) esprito (C) jornalstico (D) mnimo (E) disponveis 05. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/MG TCNICO NVEL SUPERIOR INFORMTICA FUMARC/2014) Na frase Pelo menos 4,7 milhes de aposentados e pensionistas tm pouco mais de ummspararecadastrarasenhabancria,oacentogrficodoverbotersejustificapelaseguinte regra: (A) Acentua-se com circunflexo a 3 pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter. (B) O verbo ter, no presente do subjuntivo, assume a forma tm (com acento) na terceira pessoa do plural. (C) O acento circunflexo empregado para marcar a oposio entre a 3 pessoa do singular e a 2 pessoa do plural. (D) Todas as palavras oxtonas so acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. 06.(CAIXAECONMICAFEDERALMDICODOTRABALHOCESPE/2014)Oempregodo acento grfico em incluram e nmero justifica-se com base na mesma regra de acentuao. (...) CERTO ( ) ERRADO 07. (TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO-ANALISTA EM COMUNICAO E PROCESSAMENTODEDADOSJUDICIRIOVUNESP/2012)Seguemamesmaregrade acentuao grfica relativa s palavras paroxtonas: (A) probatrio; condenatrio; crdito. (B) mquina; denncia; ilcita. (C) denncia; funcionrio; improcedncia. (D) mquina; improcedncia; probatrio. (E) condenatrio; funcionrio; frgil. 08. (FUNASA CONHECIMENTOS BSICOS PARA ESPECIALIDADES 1 E 2 CESPE/2013) O emprego do acento em Uberlndia e gua justifica-se com base na mesma regra ortogrfica. (...) CERTO ( ) ERRADO 33 RESPOSTAS 1. RESPOSTA D Distribumos = regra do hiato (A) scio = paroxtona terminada em ditongo (B) sofr-lo = oxtona (no se considera o pronome oblquo. Nunca!) (C) lcidos = proparoxtona (D) constitu = regra do hiato (diferente de constitui oxtona: cons-ti-tui) (E) rfos = paroxtona terminada em o 2. RESPOSTA D Possvel=paroxtona terminadaeml;atravs =oxtonaterminadaeme +s;vrus=paroxtona terminada em u + s (A) fssil / ms / lbuns; fssil = paroxtona terminada em l; ms = monosslaba terminada em e + s; lbuns = paroxtona terminada em uns (B) rptil / comps / jri; rptil=paroxtonaterminadaeml;comps=oxtonaterminadaemo+s;jri=paroxtona terminada em i (C) amvel / portugus / txi; amvel= paroxtonaterminadaeml;portugus=oxtonaterminadaeme +s;txi= paroxtona terminada em i (D) fcil / at / hmus; fcil=paroxtonaterminadaeml;at=oxtonaterminada eme;hmus=paroxtonaterminada em u + s (E) blis / caf / nus. Blis = paroxtona terminada em i + s; caf = oxtona terminada em e; nus = paroxtona terminada em u + s 3. RESPOSTA C (A) Pratica = verbo (prtica = adjetivo ou substantivo) (B) Negocio = verbo (negcio = substantivo) (C) Traido = trado (adjetivo) (D) Critica = verbo (crtica = adjetivo ou substantivo) (E) Capitulo = verbo (captulo = substantivo) 4. RESPOSTA A Contedo = regra do hiato (A) juzo = regra do hiato (B) esprito = proparoxtona (C) jornalstico = proparoxtona (D) mnimo = proparoxtona (E) disponveis = paroxtona terminada em ditongo 5. RESPOSTA A (A) Acentua-se com circunflexo a 3 pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter.(B) O verbo ter, no presente do subjuntivo, assume a forma tm (com acento) na terceira pessoa do plural. (que eles tenham)(C) O acento circunflexo empregado para marcar a oposio entre a 3 pessoa do singular e a 2 pessoa do plural.3 pessoa do singular = ele tem/2 pessoa do plural = vs tendes (D)Todas as palavras oxtonas so acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural.Temno oxtona,massim,monosslaba.As palavras oxtonasrecebem acentoapenasquando terminadas em a, e ou o, seguidas ou no de s. 6. RESPOSTA ERRADO. Incluram = regra do hiato / nmero = proparoxtona 34 7. RESPOSTA C Vamos a elas: (A)probatrio = paroxtona terminada em ditongo;condenatrio = paroxtona terminada em ditongo; crdito = proparoxtona. (B)mquina = proparoxtona; denncia = paroxtona terminada em ditongo; ilcita = proparoxtona. (C)Denncia=paroxtonaterminadaemditongo;funcionrio=paroxtonaterminadaemditongo; improcedncia = paroxtona terminada em ditongo(D) mquina; improcedncia; probatrio = classificaes apresentadas acima (E) condenatrio; funcionrio = classificaes apresentadas acima / Frgil = paroxtona terminada em l 8. RESPOSTA CERTO. Uberlndia = paroxtona terminada em ditongo / gua = paroxtona terminada em ditongo Coeso e Coerncia Textual Na construo de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensodoquedito,oulido.Estesmecanismoslingusticosqueestabelecemacoesoe retomadadoquefoiescrito-oufalado-soosreferentestextuais,quebuscamgarantiracoeso textualparaquehajacoerncia,nosentreoselementosquecompemaorao,comotambm entre a sequncia de oraes dentro do texto. Essa coeso tambm pode muitas vezes se dar de modo implcito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo tm com o tema.Numalinguagemfigurada,acoesoumalinhaimaginria-compostadetermoseexpresses- queuneosdiversoselementosdotextoebuscaestabelecerrelaesdesentidoentreeles.Dessa forma,comoempregodediferentesprocedimentos,sejamlexicais(repetio,substituio, associao),sejamgramaticais(empregodepronomes,conjunes,numerais,elipses),constroem-se frases, oraes, perodos, que iro apresentar o contexto decorre da a coerncia textual. Um texto incoerente o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditria. Muitas vezes essa incoerncia resultado do mau uso dos elementos de coeso textual. Na organizao de perodos e de pargrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construdo com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. NaspalavrasdomestreEvanildoBechara,oenunciadonoseconstricomumamontoadode palavraseoraes.Elasseorganizamsegundoprincpiosgeraisdedependnciaeindependncia sinttica e semntica, recobertos por unidades meldicas e rtmicas que sedimentam estes princpios. Nosedeveescreverfrasesoutextosdesconexosimprescindvelquehajaumaunidade,ou seja,queasfrasesestejamcoesasecoerentesformandootexto.Relembre-sedeque,porcoeso, entende-se ligao, relao, nexo entre os elementos que compem a estrutura textual. Formas de se garantir a coeso entre os elementos de uma frase ou de um texto: 1. Substituio de palavras com o emprego de sinnimos - palavras ou expresses do mesmo campo associativo. 2. Nominalizao emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar / desgaste / desgastante). 4 Domnio dos mecanismos de coeso textual.4.1 Emprego/correlao de tempos e modos verbais Prof. Zenaide Branco 35 3.Emprego adequado de tempos e modos verbais: Embora no gostassem de estudar, participaram da aula. 4. Emprego adequado de pronomes, conjunes, preposies, artigos: O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira, Sua Santidade participou de uma reunio com a Presidente Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito por elas. 5. Uso de hipnimos relao que se estabelece com base na maior especificidade do significado de um deles. Por exemplo, mesa (mais especfico) e mvel (mais genrico). 6.Empregodehipernimos-relaesdeumtermodesentidomaisamplocomoutros desentido mais especfico. Por exemplo, felino est numa relao de hiperonmia com gato. 7. Substitutos universais, como os verbos vicrios. (Ajuda da Z: verbo vicrio aquele que substitui um outro j utilizado no perodo, evitando repeties. Geralmente o verbo fazer e ser. Exemplo: No gosto de estudar. Fao porque preciso. O fao foi empregado no lugar de estudo, evitando repetio desnecessria). Acoesoapoiadanagramticasednousodeconectivos,comopronomes,advrbiose expresses adverbiais, conjunes, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quando, ao remeter a um enunciadoanterior,apalavraelididafacilmenteidentificvel(Ex.:Ojovemrecolheu-secedo.Sabia que ia necessitar de todas as suas foras. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a relao entre as duas oraes). Diticossoelementoslingusticosquetmapropriedadedefazerrefernciaaocontexto situacionalouaoprpriodiscurso.Exercem,porexcelncia,essafunodeprogressotextual,dada suacaracterstica:soelementosquenosignificam,apenasindicam,remetemaoscomponentesda situao comunicativa. J os componentes concentram em si a significao. Elisa Guimares ensina-nos a esse respeito: Ospronomespessoaiseasdesinnciasverbaisindicamosparticipantesdoatododiscurso.Os pronomes demonstrativos, certas locues prepositivas e adverbiais, bem como os advrbios de tempo, referenciamomomentodaenunciao,podendoindicarsimultaneidade,anterioridadeou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, h alguns dias, antes de (pretrito); de agora em diante, no prximo ano, depois de (futuro). A coerncia de um texto est ligada: - sua organizao como um todo, em que devem estar assegurados o incio, o meio e o fim; -adequaodalinguagemaotipodetexto.Umtextotcnico,porexemplo,temasuacoerncia fundamentadaemcomprovaes,apresentaodeestatsticas,relatodeexperincias;umtexto informativoapresentacoernciasetrabalharcomlinguagemobjetiva,denotativa;textospoticos,por outro lado, trabalham com a linguagem figurada, livre associao de ideias, palavras conotativas. Fontes de pesquisa: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html Portugus Literatura, Produo de Textos & Gramtica volume nico / Samira Yousseff Campedelli, Jsus Barbosa Souza. 3. Ed. So Paulo: Saraiva, 2002. 36 Questes 1.(TRIBUNALDEJUSTIADOESTADODESOPAULO-ESCREVENTETCNICO JUDICIRIO VUNESP/2013) Na passagem Nesse contexto, governos e empresas esto fechando ocercocontraacorrupoeafraude,valendo-sedosmaisvariadosmecanismos...aorao destacada expressa, em relao anterior, sentido que responde pergunta: (A) Quando? (B) Por qu? (C) Como? (D) Para qu? (E) Onde? (PREFEITURADESOJOSDORIOPRETO/SPGUARDAMUNICIPALVUNESP/2011- ADAPTADA) Leia o texto para responder questo 2. Desdeodiadoataque,agentesdaguardamunicipalfazemviglianaportadocolgio.Comoo matador Wellington de Oliveira era ex-aluno, passou vontade pelo porto. Mas o debate sobre como garantirasegurananasescolaspblicaspermaneceaceso.NasescolasdaredemunicipaldoRio, funcionriosencarregadosdamerendaedeoutrasfuneseramtambmincumbidosdezelarpela portaria. A ideia agora dotar as escolas de porteiros responsveis pela entrada e sada de visitantes devidamente identificados. Tambm haver mais inspetores, de modo que cada colgio conte com um deles por andar. O mais difcil ser amenizar a sensao de insegurana que restou. Recentemente, ao ouvirem a movimentao de estudantes no corredor, os alunos de uma das turmas da Tasso de Oliveira saram correndo, no meio da aula, aos berros. Aquele dia marcou nossa vida para sempre, afirma Lus Marduk, diretor da escola. (Veja, 25.05.2011) 2.A frase ComoomatadorWellingtonde Oliveiraera ex-aluno,passou vontadepelo porto. equivale a: (A) O matador Wellington de Oliveira passou vontade pelo porto, portanto era ex-aluno. (B) O matador Wellington de Oliveira passou vontade pelo porto, mas era ex-aluno. (C) O matador Wellington de Oliveira passou vontade pelo porto, porque era ex-aluno. (D) O matador Wellington de Oliveira passou vontade pelo porto, conforme era ex-aluno. (E) O matador Wellington de Oliveira passou vontade pelo porto, apesar de ser ex-aluno. 3. (ANCINE TCNICO ADMINISTRATIVO CESPE/2012)Orisotouniversalcomoaseriedade;eleabarcaatotalidadedouniverso,todaasociedade,a histria, a concepo de mundo. uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as coisas e qualnadaescapa.,dealgumamaneira, oaspectofestivo domundointeiro,emtodosos seus nveis, uma espcie de segunda revelao do mundo.Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Mdia e o Renascimento: o contexto de Franois Rabelais. So Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptaes). Na linha 1, o elemento ele tem como referente textual O riso. ( ) Certo ( ) Errado 4.(COLGIOPEDROII/RJASSISTENTEEMADMINISTRAOAOCP/2010)Acargafoi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de So Paulo.Pela leitura do fragmento acima, correto afirmar que, em sua estrutura sinttica, houve supresso da expresso (A) vigilantes. (B) carga. (C) viatura. (D) foi. (E) desviada. (METR/SP TCNICO SEGURANA DO TRABALHO FCC/2014 - ADAPTADA) Ateno: Leia o texto abaixo para responder questo 5. O criador da mais conhecida e celebrada cano sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), no era, como se poderia esperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivo de polcia e dono de loja 37 AngelinoOliveira. Gravada porcaipiras esertanejos,nosbons tempos docururu autntico,assim comonostemposmodernosdamsicaamericanizadadosrodeios,TristezadoJecaogrande exemplodanotvel,emborapoucoconhecida,fluidezquemarcaatransioentreosmeiosrurale urbano, pelo menos em termos de msica brasileira. Numtempoemquehomemscantavaemtommaiorevozgrave,oJecasurgehumildeesem vergonhaalgumadasuafaltademasculinidade,choroso,melanclico,lamentandonopodervoltar ao passado e, assim, cada toada representa uma saudade. O Jeca de Oliveira no se interessa pelo meio rural da misria, das catstrofes naturais, mas pelo ntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a msica, caipira ou sertaneja, ganhou forma. A cano popular conserva profunda nostalgia da roa. Moderna, sofisticada e citadina, essa msica foi e igualmente roceira, matuta, acanhada, rstica e sem trato com area urbana, de tal forma que, emtodasessascomposies,hajasempreavozexemplardomigrante,aqualsefazouvirpara registrar uma situao de desenraizamento, de dependncia e falta, analisa a cientista poltica Helosa Starling. AcrescentaoantroplogoAllandePaulaOliveira:foientre1902e1960queamsicasertaneja surgiu como um campo especfico no interior da MPB. Mas, se num perodo inicial, at 1930, sertanejo indicava indistintamente as msicas produzidas no interior do pas, tendo como referncia o Nordeste, a partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de So Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, cones da pa