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CURSO DIREITO ADMINISTRATIVO – EXERCÍCIOS CESPE/FCC – TRIBUNAIS/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Sejam bem vindos. Finalmente iniciaremos nosso curso voltado para os concursos de Tribunais. Vamos abordar as questões da FCC e do CESPE. Informo que nossas aulas serão disponibilizadas as segundas, no final da tarde, de modo que você tenha a semana toda para estudar e fazer a revisão, bem como as perguntas, dúvidas e sugestões que tiver. Hoje veremos o seguinte: AULA 01: Organização administrativa: administração direta e indireta; autarquias; fundações; empresas públicas e sociedades de economia mista; agências reguladoras. Primeiro abordaremos as questões da FCC, depois as do CESPE. Na parte final, vem a lista de questões selecionadas (FCC/CESPE) e o gabarito. Assim, vamos ao que interessa. QUESTÕES COMENTADAS 1. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – DNPM – CESGRANRIO/2006) De acordo com o livro "Direito Administrativo Brasileiro", de Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo tem quatro fontes principais. Nesse sentido, correlacione as fontes do Direito Administrativo que se encontram na coluna da esquerda com as afirmativas a elas referentes que se encontram na coluna da direita. I - Doutrina II - Jurisprudência III - Costume ---------------------------------------------------------------------------

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Olá pessoal, Sejam bem vindos. Finalmente iniciaremos nosso curso

voltado para os concursos de Tribunais. Vamos abordar as questões da FCC e do CESPE.

Informo que nossas aulas serão disponibilizadas as

segundas, no final da tarde, de modo que você tenha a semana toda para estudar e fazer a revisão, bem como as perguntas, dúvidas e sugestões que tiver.

Hoje veremos o seguinte:

AULA 01: Organização administrativa: administração

direta e indireta; autarquias; fundações; empresas

públicas e sociedades de economia mista; agências

reguladoras.

Primeiro abordaremos as questões da FCC, depois as do CESPE. Na parte final, vem a lista de questões selecionadas (FCC/CESPE) e o gabarito.

Assim, vamos ao que interessa.

QUESTÕES COMENTADAS

1. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – DNPM – CESGRANRIO/2006) De acordo com o livro "Direito Administrativo Brasileiro", de Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo tem quatro fontes principais. Nesse sentido, correlacione as fontes do Direito Administrativo que se encontram na coluna da esquerda com as afirmativas a elas referentes que se encontram na coluna da direita. I - Doutrina II - Jurisprudência III - Costume ---------------------------------------------------------------------------

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X - Influencia fortemente o Direito Administrativo por traduzir reiteração de decisões contenciosas. Y - Tem tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo importante para o Direito Administrativo em razão da deficiência da legislação. Z - Distingue as regras que convêm a cada um dos subramos do saber jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas decisões contenciosas ou não contenciosas. --------------------------------------------------------------------------- A relação correta é: a) I - X; II - Z; III - Y b) I - Y; II - X; IV - Z c) I - Y; III - Z; IV - X d) I - Z; II - X; III - Y e) II - Z; III - Y; IV - X

Comentário:

Antes de analisarmos os temas, deixe-me fazer uma breve introdução.

O Direito é concebido como ramo da ciência criado pelo

homem na medida em que as regras e normas não estão dispostas na natureza no sentido de serem observadas e, assim, empreender uma padronização. Por isso, diz-se que o Direito é essencialmente criação humana. Sendo, no entanto, uno.

Todavia, a fim de facilitar seu estudo, decompõe-se em

ramos, do qual, modernamente, adviriam de uma fonte comum, ou seja, da Constituição, muito embora haja pensamento, de certo modo ultrapassado, de divisão em dois ramos: o direito público e o direito privado.

Com efeito, nessa linha de pensamento, o direito privado

seria encarregado de regular as relações em que os sujeitos atuem preponderantemente em igualdade de condições, ainda que, em certas ocasiões haja certa proteção para um dos lados. Cuida-se, portanto, de

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relações de interesses privados, sendo exemplo o Direito Civil, Empresarial etc.

O Direito Público, por outro lado, estaria encarregado de

reger as relações envolvendo especialmente o Estado, quando agindo em superioridade, a fim de preservar e realizar o interesse público, tendo como exemplo o Direito Administrativo, Tributário, Econômico etc.

Por isso, o Direito Administrativo seria um dos ramos

do direito público que tem por objeto a função administrativa e os entes ou entidades que exercem tal função. Todavia, para melhor compreensão do conceito dessa ciência jurídica, é preciso entender os critérios que nortearam e norteiam a definição desse importante ramo do direito.

Nesse sentido, é importante a lição da profa. Di Pietro,

segundo a qual a definição de direito administrativo pode ser vista sob diversos critérios, sintetizando os seguintes:

• Escola do Serviço Público

• Critério do Poder Executivo

• Critério das relações Jurídicas

• Critério Teleológico

• Critério negativo ou residual

• Critério distintivo entre atividade jurídica e social do Estado

• Critério da Administração Pública

Para a Escola do serviço público formada na França,

tendo como expoentes Duguit e Jéze, o Direito Administrativo seria definido como a realização dos serviços públicos, ou seja, seria o exercício de todo e qualquer atividade desempenhada pelo Estado.

A Escola ou Critério do Poder Executivo entendia que

o Direito Administrativo tratava do Poder Executivo. Significa dizer que seria o direito administrativo restrito a atuação do Poder Executivo.

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Segundo o critério das relações jurídicas o Direito Administrativo seria o conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados.

Para o Critério teleológico o Direito Administrativo é o

sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade concreta do Estado para o cumprimento de seus fins, ou seja, seria a realização de atividade do Estado no sentido de empreender ações de utilidade pública.

Ao se adotar o Critério negativo ou residual, o Direito

Administrativo teria por objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas as funções legislativa e jurisdicional, ou pelo menos essa última atividade, ou seja, tratar-se-ia de definir o Direito Administrativo excluindo-se algumas das atividades realizadas pelo Estado (legislativa, jurisdicional, e ainda as atividades de direito privado e patrimoniais).

Por outro lado, sob o Critério da distinção entre

atividade jurídica e social do Estado, o Direito Administrativo é o ramo do direito público interno que regula a atividade jurídica não contenciosa do Estado (sentido objetivo) e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral (sentido subjetivo).

E, finalmente, sob o Critério da Administração

Pública, o Direito Administrativo é o conjunto de princípios que regem a Administração Pública.

De certa forma, esse é o critério adotado por Hely Lopes

Meirelles, para quem o Direito Administrativo é o conjunto

harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os

agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta,

direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. Para Di Pietro, no entanto, o Direito Administrativo é o

ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e

pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública,

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a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se

utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. Na abalizada lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, o

Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que disciplina o

exercício da função administrativa, e os órgãos que a desempenham. É possível, então, afirmar que a definição do Direito

Administrativo poderá ser reduzida a três sentidos, qual seja: subjetivo, objetivo e formal.

Com base no aspecto subjetivo, a Administração Pública é

o conjunto de órgãos, entes e entidades, ou seja, das pessoas jurídicas e dos órgãos que integram a Administração. Sob o objetivo, seriam as atividades do Estado destinadas a atender o interesse público. E, no tocante ao aspecto formal, compreenderia a atuação do Estado ou de quem lhe faça às vezes, submetido a regime especial, ainda que parcialmente.

Para concluir, pode-se conceituar o Direito

Administrativo como ramo do direito público destinado a reger a organização administrativa do Estado e a realização de suas atividades pela Administração Pública ou por quem por ela delegada, submetido a regime de direito público, ainda que parcialmente.

Assim, são consideradas as fontes desse direito, ou seja,

suas bases fundamentais, de onde emana, de onde surge, a Lei, a Jurisprudência, a doutrina e os costumes. Constituição

Direta (imediata) Lei Leis (LO, LC, LD, MP)

Fontes

Decretos, Regulamentos etc

Jurisprudência

Indireta (mediata) Doutrina

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Costumes

Lei, nesse aspecto, deve ser entendida sob acepção

ampla (bloco de legalidade), ou seja, todo o arcabouço normativo, englobando a Constituição, seus princípios expressos e implícitos, suas regras e valores, as Leis em sentido estrito (Lei Ordinária, Lei Complementar, Lei Delegada), Medidas Provisórias e demais espécies legislativas, assim como os regulamentos administrativos (Decretos, Regulamentos etc).

É importante destacar que no Brasil, por aderir à corrente

positivista, a principal fonte do direito é o ordenamento jurídico (Lei em sentido amplo).

A jurisprudência é proveniente de reiteração de

julgamentos no mesmo sentido, sobre fatos ou matérias assemelhadas, ou seja, são julgados dos Tribunais, em especial, do Supremo Tribunal Federal e demais Tribunais Superiores que adotam, de maneira repetida, reiterada, uma mesma decisão. É possível, ainda, que a jurisprudência seja firmada pela Administração, denominada de jurisprudência administrativa, em especial a dos Tribunais de Contas.

Doutrina é o trabalho realizado pelos estudiosos do

Direito Administrativo, sobretudo os juristas, que se empenham em pesquisar os contornos dessa ciência jurídica. Deve-se entender, no entanto, que a doutrina não é vinculante, tratando-se de fonte auxiliar na solução dos casos administrativos.

Os costumes é a reiteração de uma forma de atuar da

Administração, ou seja, a prática administrativa desempenhada cotidianamente em determinadas situações.

É preciso, no entanto, esclarecer que o costume não

derroga a regra positivada e, deve ser utilizado de forma supletiva, ou seja, diante da omissão legislativa e com restrições, eis que não se pode criar deveres, tampouco obrigações para o administrado por meio de costumes simplesmente, ou seja, o costume deve estar de acordo

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com a Lei (secundum legem), não podendo ser contrário (contra legem) ou além da lei (praeter legem).

Alguns autores ainda colocam os princípios gerais do

direito, como fonte a preencher eventuais lacunas (o melhor é dizer que se tratar de regra de integração).

Assim, o item I – Doutrina corresponde à assertiva Z -

Distingue as regras que convêm a cada um dos sub-ramos do saber jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas decisões contenciosas ou não contenciosas.

O item II – Jurisprudência corresponde à assertiva X -

Influencia fortemente o Direito Administrativo por traduzir reiteração de decisões contenciosas.

O item III – Costume corresponde à assertiva Y - Tem

tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo importante para o Direito Administrativo em razão da deficiência da legislação.

Gabarito: “D”.

2. (ANALISTA SUPERIOR – MPE/SE – FCC/2009) A Administração Direta é definida como (A) corpo de órgãos, dotados de personalidade jurídica própria, vinculados ao Ministério ou Secretaria em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (B) conjunto de pessoas jurídicas de direito público subordinadas diretamente à chefia do Poder Executivo. (C) conjunto de serviços e órgãos integrados na estrutura administrativa da chefia do Poder Executivo e respectivos Ministérios ou Secretarias. (D) soma das autarquias, fundações públicas e empresas públicas subordinadas ao governo de determinada esfera da Federação. (E) nível superior da administração da União ou de um ente federado, integrada pela chefia do Poder Executivo e respectivos auxiliares diretos.

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Comentário:

Concebido o Direito Administrativo precisamos entender qual é o objeto de estudo dele, ou seja, a administração pública enquanto função e seres. Assim, devemos ter a noção de Estado, e isso se obtém a partir da organização político-administrativa, de modo que é importante conhecermos um pouco da teoria dos setores e daí concebermos a função administrativa e a organização da Administração Pública.

Pois bem. É sabido que o Estado, instituição política, foi

criado para cuidar dos interesses coletivos. Por isso, devemos considerá-lo como sendo o 1º setor, visto ser uma das primeiras instituições criada pelo homem.

No Estado, 1º setor, como regra, tem-se a submissão ao

regime de direito público (regime especial), a prevalência do interesse público (supremacia do interesse público sobre o privado), bem como a indisponibilidade desse interesse. Por tudo isso, dizemos que se trata de setor público, de modo que as pessoas que são criadas neste setor são pessoas jurídicas de direito público.

Posteriormente, o homem quis se libertar das amarras do Estado, de modo que criou um setor em que este não se intrometesse (laissez faire, laissez passer), sobre o prisma do liberalismo econômico.

Criou-se, então, o 2º setor (que denominamos

mercado), no qual os interesses são privados, onde vige, em regra, a liberdade, a autonomia da vontade, as relações são constituídas com base na igualdade. Por isso, a submissão ao regime jurídico de direito privado, isto é ao regime comum.

Com efeito, considerando as pessoas naturais (pessoas

físicas), as pessoas constituídas nesse ambiente são pessoas jurídicas de direito privado.

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Essas pessoas são constituídas pela união de duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) que formam uma sociedade, ou por uma só (empresário), que vão/vai exercer a atividade (empresa) com a finalidade de obter lucro1.

Além desses dois setores, nas décadas de 40/50, começa

a se constatar uma onda de preocupação com as questões ligadas ao meio ambiente, ao futuro, aos desamparados ou aos excluídos, ou seja, questões inerentes à solidariedade, ao campo ou setor social, movimento que culminou com a criação das denominadas ONG’s (organizações não governamentais).

Trata-se, na verdade, de um novo setor, distinto do

Estado e do Mercado, trata-se do terceiro setor, conhecido como setor social, constituído por pessoas jurídicas de direito privado, cujos interesses são filantrópicos, ou seja, de ajudar, fomentar, auxiliar em diversas atividades, tal como saúde, educação, desenvolvimento social, dentre outras áreas.

É importante percebermos que, nesse setor, temos

pessoas que se unem para ajudar ao próximo (associação) ou que destacam parte de seu patrimônio para isso (fundação), almejando, sobretudo, atender aqueles que estejam em situação de desigualdade ou para propósitos sociais comuns (lazer, educação, saúde etc).

Como disse, a união dessas pessoas dá origem a uma

associação (exemplo Associação Comercial do DF – ACDF, Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias – ABRACE, Associação dos Servidores do TCDF - ASSECON/DF, dentre outras) ou cria-se uma fundação, quando alguém destaca parte de seu patrimônio para constituir essa pessoa (exemplo Fundação Bradesco, Fundação Ayrton Senna, Fundação Roberto Marinho, Fundação Cafu etc).

1 Observe que para o Direito Empresarial, empresa é a atividade realizada pelo

empresário ou pela sociedade empresária.

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Na atualidade há autores que ainda afirmam a existência do quarto e quinto setores, não havendo uniformidade quanto a esse ponto.

Todavia, é forte a constatação acerca de um contingente

considerável de pessoas que se relacionam, porém à margem do Estado, não se inserindo de forma regular no mercado, tampouco com interesses filantrópicos, exercendo atividades irregulares, por vezes até mesmo ilícitas, o que se tem denominado de 4º setor ou de economia informal, que seria, por exemplo, o ambulante, o camelô, dentre outras atividades.

Dessa forma, podemos dizer que a sociedade se divide

em setores, sendo: 1º setor o Estado; 2º, Mercado; 3º, Social; 4º, Mercado Informal.

Com efeito, o Estado (1º setor) é compreendido como um ente ou uma entidade. Isto é, trata-se de uma pessoa jurídica, politicamente organizada, de modo a contemplar três elementos essenciais, sendo povo, território e soberania ou governo. Há quem ainda inclua a finalidade.

Essa definição parte dos estudos formulados por Montesquieu, para quem o Estado, organização política, é concebido para bem promover os interesses coletivos (finalidade) e, portanto, ser democrático.

Com base nesse entendimento, para considerarmos o

Estado como democrático deve-se contemplar a existência da separação de poderes, ou seja, não pode haver a concentração de funções (Poder) ou atividades em um único órgão ou pessoa, sob pena desse Estado se tornar absolutista.

Por isso, formulou Montesquieu a chamada separação de

poderes estatais, que fora adotada por nossa Constituição (tripartição de poderes) ao prevê a existência de funções distintas a ser conferida a órgãos distintos do Estado, ou seja, ao Executivo, Legislativo e Judiciário.

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Esse processo, de separar poderes, criando órgãos

distintos para realizar cada uma de suas funções políticas é denominado de desconcentração política.

Lembre-se: O Estado é uma organização política,

dotada de personalidade jurídica de direito público,

que, modernamente, congrega três funções ou

poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo).

Perceba que a função executiva também é denominada

administrativa e, por isso, muitas vezes se confunde o Poder Executivo com a Administração Pública. Todavia essa simplificação não é de todo correta na medida em que a Administração Pública se encontra inserida nos três poderes, conforme se constata do art. 37, caput, da Constituição Federal:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência e, também, ao seguinte:

Explico Isso. É que, muito embora haja essa divisão de funções

(legislativa, executiva e judiciária), sendo cada função exercida de forma primordial ou principal por um órgão independente (além de seus órgãos auxiliares), ou seja, como função típica, é possível verificar que há funções atípicas ou anômalas que também serão exercidas concomitantemente por tais órgãos de Poder.

Observe que cada função é exercida por órgãos

especiais definidos como Poder Executivo, Poder Judiciário e Poder Legislativo, significando dizer que um não está subordinado aos outros (independentes), tendo suas limitações e prerrogativas conferidas constitucionalmente, muito embora um controle o outro (harmônicos = check and balance – sistema de freios e contrapesos).

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Então, vale ressaltar que cada Poder (órgão que

exerce a função política do Estado) além de sua função típica (finalística), exerce outras funções, de forma atípica ou anômala.

Por exemplo, ao Poder Executivo cabe o exercício da

função típica administrativa, que é de gerir a máquina estatal, realizar os serviços públicos e concretizar as políticas públicas, dentre outras atividades, mas cabe, de forma atípica, o exercício das funções legislativas (tal como a edição de Medidas Provisórias, regulamentos internos) e de julgar2 (condução de processos administrativos etc).

Por outro lado, aos demais Poderes, isto é, ao Legislativo

e ao Judiciário caberá o exercício de forma atípica ou anômala das funções que seriam funções típicas de outro poder.

Assim, além de legislar e fiscalizar os gastos públicos, ao

Legislativo cabe realizar a organização e funcionamento de suas atividades (função administrativa), bem como julgar os parlamentares por falta de decoro ou, no âmbito do Senado, por exemplo, julgar o Presidente por crime de responsabilidade (função judiciária).

De igual forma, ao Poder Judiciário, além de dizer o

direito no caso concreto, promovendo a pacificação social, resolvendo os conflitos de interesse (função judiciária), também terá que gerir seus serviços, seus servidores, realizando concursos, licitações etc (função administrativa) e elaborar seu regimento interno e expedir resoluções administrativas (função legislativa).

Por isso, ante essa complexidade de atuações e as

inúmeras atividades que devem desempenhar o Estado, além de suas funções primordiais (poderes), é necessária uma organizada estrutura

2 Parte da doutrina não admite o exercício da função jurisdicional por parte do

Executivo, sob o fundamento de que suas decisões, em processos administrativos, não

teriam a força de coisa julgada, ou seja, não seria definitiva, ante a possibilidade de

revisão pelo Judiciário.

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administrativa a fim de promover seus objetivos, qual seja, de atender os interesses coletivos.

Nesse sentido, e como já ressaltamos, foi estabelecida

essa divisão de funções entre os três órgãos ou poderes (desconcentração política).

Porém, no nosso caso, é possível percebermos que esses

órgãos estão na estrutura de um Ente Político que, conforme a Constituição Federal, se chama República Federativa do Brasil.

Observe então que nosso Estado (República Federativa do

Brasil), antes constituído como um Império deixou de ser um Estado Central, ou seja, aquele que não tem divisão política interna de competências, para ser uma Federação. Significa dizer que promoveu uma distribuição de competências entre outros Entes Políticos internos. (Forma de Estado: Federativa)

Cuidado. Perceba que temos dois momentos distintos. Um

quando se repartiu o Poder, criando funções distintas e conferindo-as a órgãos distintos. Outro quando o Estado, antes central, reparte-se em Unidades Políticas internas, com competências próprias.

Podemos fazer o seguinte esquema:

Sem divisão (absoluto)

Concentrado

• Poder

Dividido (separação) Desconcentrado

Estado

Sem divisão (Unitário) Centralizado

• Território

Dividido (federação) Descentralizado

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Com efeito, essa distribuição de competências entre unidades políticas distintas do Ente Central (R. F. Brasil), ou seja, a criação da Federação decorre da necessidade de aproximar a realização das atividades Estatais ao povo.

É que o Estado centralizado, na dimensão do nosso,

torna-se mais lento, com dificuldades de atender aos reclamos populares e a necessidade de se promover determinados serviços públicos.

Por isso, empreendeu-se uma repartição (territorial)

de atribuições – competências políticas -, criando-se outros entes políticos, o que se denomina de descentralização política.

Importante compreender que essa descentralização é

realizada por força da Constituição, conforme a criação dos Entes Federados, nos moldes do art. 18 da CF/88, sendo: a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios. Vejamos:

Art. 18. A organização político-administrativa da República

Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos

termos desta Constituição.

Então, vamos relembrar: O Estado (República Federativa do Brasil) exerce

três funções primordiais por órgãos criados para isso (desconcentração política). Funções que integrarão as competências distribuídas aos entes políticos internos que foram criados para exercer tais competências que decorrem do Ente central (descentralização política).

Logo se percebe que o exercício da função

administrativa é concebido para ser realizado pelo Estado ou seus entes políticos. Desse modo, quando o Estado ou os entes políticos estão exercendo a função administração serão chamados de Administração Pública.

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Ocorre que o Estado Central (República Federativa do

Brasil) passa a atuar no campo externo (internacional), deixando que no campo interno atuem seus entes políticos (Estado descentralizado). Assim, quando os entes políticos atuam internamente é o próprio Estado quem estará realizando diretamente a função administrativa.

Nesse sentido é que o Decreto-Lei nº 200/67, em que

pese não se atentar para o exercício de funções atípicas pelos demais poderes e tratando do plano federal, estabeleceu o conceito de Administração Pública Direta. Vejamos:

Art. 4° A Administração Federal compreende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos

serviços integrados na estrutura administrativa da

Presidência da República e dos Ministérios.

Portanto, a Administração Pública Direta compreende

os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade jurídica de direito público à semelhança do Estado Central (República Federativa do Brasil) no exercício da função administrativa.

Pois bem. Podemos concluir o seguinte: O Estado inicialmente concentrado e centralizado

reparte internamente suas funções políticas entre órgãos de poder denominados Executivo, Legislativo e Judiciário (desconcentração política), depois se reparte em diversos entes políticos a fim de dividir, distribuir, a titularidade de certas competências e o exercício de suas atribuições, criando a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios (descentralização política).

É certo que, olhando isoladamente cada ente político, temos uma representação menor do próprio Estado. Assim, cada ente no exercício da função administrativa, ou seja, atuando como Administração Pública, o faz de igual modo ao Estado central.

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Por isso, até o presente momento, devemos entender também que cada ente político que compõe o Estado exerce de forma centralizada a função administrativa, de maneira que a Administração Pública Direta também se denomina de Centralizada.

Significa dizer que a cada ente político fora distribuído

uma gama de competências administrativas pelo Ente Central (vide, por exemplo, art. 22 a 24 da CF/88), e que estes mesmos entes, diretamente, deverão exercê-las. E, assim, vistos isoladamente são entes centralizados também.

Também devemos nos ater para o fato de que, nesse

momento, tínhamos apenas a repartição de funções política (poderes). Assim, os entes políticos criados pelo Ente central são criados para exercer parte da função administrativa (distribuição de competências) como um todo, ou seja, sem qualquer organização ou distribuição interna.

Ocorre que, como sabemos, são amplas as atividades

administrativas a serem exercidas. Dessa forma, tais entes políticos a fim de agirem

organizadamente e obterem uma atuação satisfatória, verificam a necessidade de distribuição interna dessas atividades (como o fora feito no aspecto político), ou seja, de criarem setores, de modo que cada um tenha funções específicas e, assim, possa a engrenagem funcionar de forma coordenada.

É que tais entes políticos – pessoas jurídicas de direito

público – (Administração Pública Direta), também se organizarão internamente de modo a realizar suas funções por meio de estruturas internas a fim de que possam distribuir suas funções, competências, ou atividades administrativas.

Com efeito, primeiro realizarão essa engenharia interna e,

para tanto, criarão repartições, departamentos, setores, quer dizer

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órgãos, os quais receberão atribuições desses entes políticos a fim de realizar sua finalidade.

Essa necessidade de organização interna da atividade

administrativa, a fim de melhor desempenhá-la, distribuindo-a através da criação de órgãos em uma mesma estrutura interna denomina-se desconcentração administrativa.

Portanto, a desconcentração administrativa é a

criação de órgãos dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade), para desempenhar atribuições, competências dessa pessoa.

Assim, a Administração Pública Direta ou centralizada cria órgãos, ou seja, núcleos de atuação interna em que são distribuídas as diversas atribuições.

Opera-se a desconcentração administrativa na medida

em que há a repartição interna da função administrativa num mesmo ente (pessoa jurídica).

É importante lembrar que o órgão, departamento,

setor, é uma parte do ente que o criou, de maneira que não tem vida própria, ou seja, não se trata de uma pessoa jurídica, não detém, portanto, personalidade jurídica.

É sabido, no entanto, que somente tal repartição interna

não consegue atingir a todos os interesses e serviços que o Estado deve realizar. Isso porque, mesmo organizado internamente, continuamos a ter uma única pessoa a realizar o complexo de atividades administrativas.

Por isso, tendo como parâmetro aquilo que havia sido

empreendido pela própria Constituição em dado momento (descentralização política) e considerando, pois, a necessidade de melhor realizar as funções administrativas, concebe-se nova descentralização, agora não mais sob a vertente política (constitucional), mas sob a ótica administrativa.

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Sabendo, pois, que a descentralização política deu

surgimento aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios), a descentralização administrativa dará surgimento a entes ou entidades administrativas.

Lembre-se:

O (Oncentração) criação de órgãos

• DESC

E (Entralização) criação de entidades

É preciso ficar atento, no entanto, pois há mais de uma forma de descentralização administrativa, sendo que, em regra, uma delas é que dará ensejo à criação de entidades administrativas.

Como disse, a descentralização administrativa é a

distribuição de competências entre pessoas jurídicas distintas (entidades administrativas), dando ensejo à criação da Administração Pública Indireta.

Contudo, há outras formas de descentralização

administrativa, ou seja, de distribuição de competências materiais entre pessoas jurídicas distintas, de modo que podemos organizá-las sob três modalidades distintas, sendo:

• Descentralização territorial ou geográfica;

• Descentralização técnica, funcional ou por serviço;

• Descentralização por colaboração.

A descentralização geográfica ou territorial é aquela

em que há a criação de um ente dentro de certa localidade territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurídica de direito público para exercício, de forma geral, de todas ou de uma grande parcela de atividades administrativas (capacidade administrativa genérica).

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Configura, basicamente, um Território Federal, com

capacidade de auto-administração e às vezes até legislativa, conforme se depreende do art. 33, §3º, CF/88 ao estabelecer que “nos Territórios

com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma

desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,

membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá

sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa”. A descentralização por serviços, funcional ou

técnica se dá por meio da criação de uma pessoa jurídica pelo ente político, para a qual este outorga, isto é, transfere a titularidade e a execução de certa atividade administrativa específica. (exemplo: entidades da administração indireta)

A descentralização por colaboração ocorre com a

delegação da execução de certa atividade administrativa (serviço público) para pessoa particular para que a execute por sua conta e risco, mediante remuneração, por meio de contrato ou ato administrativo. (Exemplo delegatários, concessionárias, permissionárias de serviço público)

Assim, no âmbito da descentralização administrativa

teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralização legal) e a delegação (descentralização negocial).

Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere a

titularidade e o exercício de determinada atividade administrativa, de modo que se torne especialista nesse ramo.

Na delegação, transfere-se a outra pessoa a execução de

determinado serviço público para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender ao interesse público.

É importante dizer, portanto, que a descentralização administrativa promove a criação de pessoas jurídicas distintas das pessoas políticas, ou seja, a criação de entidades para realizar as

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atividades administrativas pelo Estado, por isso Administração PúblIndireta.

A Administração Pública Indiretaconjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado e criadas por ele, a fim de realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias.

Então, temos:

Nesse sentido

Essa é a organização da Administração Pública, ou seja, é daí que surgem os entes ou Pública direta ou indireta.

Lembre

Direta

União Estados

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atividades administrativas pelo Estado, por isso Administração Públ

Administração Pública Indireta será, portanto, o conjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado e criadas por ele, a fim de realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias.

Então, temos:

Nesse sentido dispõe o Decreto-Lei nº 200/67

Art. 4° A Administração Federal compreende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços

integrados na estrutura administrativa da Presidência da

República e dos Ministérios.

II - A Administração Indireta, que compreende as

seguintes categorias de entidades, dotadas de

personalidade jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Empresas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista.

d) fundações públicas

Essa é a organização da Administração Pública, ou seja, é daí que surgem os entes ou entidades que compõem a Administração Pública direta ou indireta.

Lembre-se:

Administração

Pública

Direta

DF Municípios AutarquiasFundações

Públicas

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atividades administrativas pelo Estado, por isso Administração Pública

será, portanto, o conjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado e criadas por ele, a fim de realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias.

200/67 que:

Art. 4° A Administração Federal compreende:

A Administração Direta, que se constitui dos serviços

integrados na estrutura administrativa da Presidência da

A Administração Indireta, que compreende as

seguintes categorias de entidades, dotadas de

Essa é a organização da Administração Pública, ou seja, é entidades que compõem a Administração

Indireta

Empresas

Públicas

Sociedades de

Economia Mista

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Sabendo, pois, que a descentralização política deu surgimento aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios), a descentralização administrativa dará surgimento a entes ou entidades administrativas. Lembre-se: O (Oncentração) criação de órgãos • DESC E (Entralização) criação de entidades
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A desconcentração é a criação de órgãos. A descentralização é a criação de pessoas jurídicas.

Órgãos Públicos

A Profa. Di Pietro define órgãos públicos como uma

unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que

o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado.

Na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos são

centro de competências instituídos para o desempenho de funções

estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa

jurídica a que pertecem.

De qualquer modo, temos uma definição legal dada a órgão público, conforme art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, o qual estabelece que órgão é “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta”.

Daí é importante percebermos que os órgãos, em que pese terem sidos criados originariamente no âmbito da Administração Pública direta, também existem no âmbito da Administração Pública indireta. Significa dizer que a desconcentração administrativa pode ocorrer na Administração direta ou na indireta.

Por isso, a característica básica que diferencia um órgão de uma entidade é que os órgãos não possuem personalidade jurídica, e integram a estrutura interna de um ente ou entidade.

Assim, não se confundem com a pessoa jurídica (ente ou

entidade), pois a integram, tampouco com a pessoa física (agente público).

Contudo, alguns órgãos podem ter representação própria

para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ou seja, podem ir a juízo em defesa da garantia do exercício de suas atribuições, conforme entendimento firmado no âmbito do STJ:

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PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – DEFESA JUDICIAL

DE ÓRGÃO SEM PERSONALIDADE JURÍDICA –

PERSONALIDADE JUDICIÁRIA DA CÂMARA DE

VEREADORES.

1. A regra geral é a de que só os entes personalizados,

com capacidade jurídica, têm capacidade de estar em

juízo, na defesa dos seus direitos.

2. Criação doutrinária acolhida pela jurisprudência

no sentido de admitir que órgãos sem personalidade

jurídica possam em juízo defender interesses e

direitos próprios, excepcionalmente, para

manutenção, preservação, autonomia e

independência das atividades do órgão em face de

outro Poder.

3. Hipótese em que a Câmara de Vereadores pretende não

recolher contribuição previdenciária dos salários pagos aos

Vereadores, por entender inconstitucional a cobrança.

4. Impertinência da situação excepcional, porque não

configurada a hipótese de defesa de interesses e

prerrogativas funcionais.

5. Recurso especial improvido.

(REsp 649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON,

SEGUNDA TURMA, julgado em 28/03/2006, DJ

30/05/2006 p. 136)

Com efeito, podemos verificar que são os órgãos que

realizam as competências administrativas. Todavia, dentro dessas estruturas é imprescindível o elemento humano a fim de exercer a vontade da administração.

Por isso, necessário o estudo da relação entre o agente e

o órgão, ou seja, a relação que se concretiza em razão do exercício de atividades pelos agentes públicos em decorrência das atribuições destinadas a determinados órgãos.

Três sãos as teorias que tentam explicar essa relação,

sendo:

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a) teoria do mandato: Para esta teoria o agente público

seria um mandatário da pessoa jurídica, ou seja, receberia um mandato ou procuração para atuar em nome da administração.

Sofreu críticas em razão de não se saber quem outorgou

o mandato ao agente tal, que outorgara mandato a outros e daí por diante. Isto é, quem passaria procuração para que o agente pudesse atuar em nome do Estado? A essa pergunta, obviamente não se encontrou resposta adequada.

Por isso, tal teoria foi refutada, de modo que não se aplica

modernamente no âmbito da Administração Pública. b) teoria da representação: para esta o agente público

era legalmente representante do Estado, ou seja, o Estado teria como seu representante legal o agente público.

É criticável, pois equipara o agente ao tutor ou curador,

considerando o Estado como incapaz. Assim, se o Estado é considerado incapaz, como ele próprio poderia estabelecer tal representação? Por isso, também essa teoria não se sustentou.

c) teoria do órgão: é a aplicada no âmbito da

Administração Pública, devendo ser aquela observada nas respostas dos certames.

Explica a relação no sentido de que a pessoa jurídica

manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que, quando os agentes que os compõem ao exercerem suas atribuições, é como se o próprio Estado o fizesse, traduzindo-se numa idéia de imputação.

Significa que o agente atua de acordo com as

competências do órgão, realizando a vontade do ente ou entidade que este integra, ou seja, o Estado atua por meio de seus órgãos e, dentro destes, haverá agentes que realizarão as atribuições destinadas à estrutura organizacional.

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Como visto, é essa a teoria que explica a relação entre o

Estado, o órgão e o exercício das atividades administrativas pelos agentes, por isso também é denominada teoria da imputação [princípio da imputação volitiva].

Nessa lógica, dentro dessa concepção de atribuir ou

distribuir funções aos órgãos, podemos classificá-los conforme o seguinte:

� Quanto à posição estatal:

o Independentes: são órgãos cuja criação tem origem na

própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional por outro órgão, apenas à Constituição e às Leis. (Ex: Chefia do Executivo, Tribunais, Congresso Nacional etc)

o Autônomos: são órgãos que gozam de autonomia

administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências. (Ex: Ministérios, Secretarias de Estado).

o Superiores: são os órgãos que detêm o poder de direção,

comando e controle das atividades administrativas de sua competência, porém estão sempre subordinados a controle hierarquia de uma autoridade superior, não gozando, portanto, de autonomia. (Ex: Departamentos, Gabinetes, Coordenadorias, Divisões etc)

o Subalternos: são os órgãos que estão subordinados a

outros órgãos de hierarquia maior, com função eminentemente de execução das decisões tomadas administrativamente. (Ex: Seção de pessoal, expediente, material, transporte, apoio técnico etc).

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� Quanto à estrutura:

o Simples: são órgãos constituídos por um só centro de

comando, sem subdivisões internas. o Compostos: são órgãos que possuem, em sua estrutura

interna, outros órgãos que lhe estão subordinados hierarquicamente.

� Quanto à atuação funcional:

o Singulares: são órgãos que atuam, exercem seu poder

decisório, por meio de um único agente. (Diretoria Geral etc)

o Colegiados: são órgãos que atuam e decidem pela

manifestação conjunta e majoritária de seus membros (Comissões Disciplinares, Comissão de Licitação etc).

Então, conforme vimos, os órgãos não possuem

personalidade jurídica própria. Isso porque órgão integra a estrutura de um Ente ou Entidade da Administração Pública.

Porém, como já ressaltado, em que pese os órgãos não

terem personalidade jurídica, alguns (órgãos independentes e autônomos) são dotados de capacidade processual (capacidade judiciária) a fim de irem a juízo na defesa de suas prerrogativas institucionais, tal como o TCU na defesa de sua prerrogativa de fiscalizar as contas públicas, por exemplo.

Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) também

tem entendimento no sentido de que alguns órgãos têm a capacidade ou “personalidade judiciária” para impetrarem mandado de segurança para a defesa do exercício de suas competências e do gozo de suas prerrogativas.

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Assim, a alternativa “a” está errada na medida em que os órgãos não possuem personalidade jurídica, eles integram uma estrutura, ou seja, um ente ou entidade, e estes é que possuem personalidade jurídica.

Alternativa “b” está errada, eis que a Administração

Pública Direta é compreendida como o conjunto de órgãos que integra um ente político. Percebam ademais que quando falamos em pessoas jurídicas, afastaremos a subordinação, ou seja, não há subordinação de uma pessoa jurídica a um órgão da Administração Direta.

Alternativa “d” está errada. Não há subordinação das

entidades administrativas aos órgãos da Direta. Ademais, esse conjunto de pessoas (entidades administrativas) compreende a Administração Pública Indireta.

Alternativa “e” está errada, pois a Administração Pública

Direta compreende todos os níveis da Administração Pública, ou seja, dos órgãos que compõem um ente federado, do mais elevado ao mais simples na organização administrativa.

Portanto, a alternativa “c” é a correta. Consoante dispõe o

DL nº 200/67, a Administração Pública Direta (Federal) seria o conjunto de serviços e órgãos integrados na estrutura administrativa da chefia do Poder Executivo e respectivos Ministérios ou Secretarias.

Lembre-se, todavia, que esse Decreto-Lei viu a

administrativa apenas na atividade típica, de modo que não podemos esquecer que também os órgãos que compõem o Judiciário e o Legislativo exercem a atividade administrativa. Gabarito: “C”

3. (EXECUTIVO PÚBLICO – CASA CIVIL/SP – FCC/2010) Ocorre a chamada centralização administrativa quando o Estado executa suas tarefas por meio

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a) das agências executivas e fundações localizadas na sede do governo federal. b) dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. c) apenas de órgãos da Administração Direta com atuação em todo o território nacional. d) apenas de funcionários da Administração Direta concursados. e) de órgãos e agências integrantes da Administração Direta e Indireta.

Comentário:

A chamada centralização administrativa indica a presença da própria Administração Pública Direta, ou seja, os órgãos e agentes integrantes da Administração direta. Gabarito: “B”

4. (EXECUTIVO PÚBLICO – CASA CIVIL/SP – FCC/2010) A desconcentração administrativa pressupõe a) exclusivamente, a prestação de serviços pela Administração Direta. b) a prestação concentrada de um serviço em uma pessoa jurídica que não apresente divisões em sua estrutura interna. c) obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa jurídica. d) necessariamente, uma estrutura organizacional mais ágil e eficiente na prestação dos serviços. e) especialmente, a transferência da execução de um serviço a órgão da Administração Indireta.

Comentário:

Lembre-se, a desconcentração administrativa ocorre quando um ente ou uma entidade, organizando-se, distribui internamente suas competências, atribuições, criando órgãos para desempenhá-las.

Assim, a desconcentração ocorre no âmbito de uma

mesma pessoa, ou seja, é um processo interno de organização de suas atividades, com a criação de órgãos.

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Gabarito: “C”.

5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT 6ª REGIÃO - FCC/2012) Sobre a descentralização e a desconcentração é correto afirmar que a a) descentralização compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, enquanto a desconcentração constitui distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica. b) desconcentração compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, desde que de natureza jurídica de direito público. c) descentralização constitui distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica, admitindo, excepcionalmente, a delegação de serviço público a terceiros. d) descentralização compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, vedada a delegação de serviço público à pessoa jurídica de direito privado. e) desconcentração constitui a delegação de serviço público à pessoa jurídica de direito privado por meio de permissão ou concessão.

Comentário:

Como se observa, a descentralização compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, enquanto a desconcentração constitui distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica. Gabarito: “A”.

6. (TÉCNICO SUPERIOR – PGE/RS – FCC/2009) A criação de entidades da Administração indireta e a transferência, a estas, de atividades e competências originalmente atribuídas a órgãos da administração direta são decorrência de políticas administrativas tendentes à (A) desconcentração. (B) descentralização. (C) privatização.

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(D) regulamentação. (E) subsidiariedade.

Comentário:

Vimos que a criação de pessoas jurídicas, integrantes da Administração indireta, transferindo-se a elas atribuições, competências que estavam destinadas a órgãos da Administração direta, denomina-se descentralização, sendo, na verdade, uma das formas de descentralização administrativa.

Então, temos as seguintes formas de descentralização

administrativa: • Descentralização territorial ou geográfica: traduz-se na criação de um ente, dentro de certa localidade, ou território, com capacidade de auto-administração. (Ex. Territórios) • Descentralização por serviços, funcional ou técnica: Significa a transferência (outorga) da titularidade e execução de certa atividade de uma pessoa política para outra administrativa (administração indireta: Autarquias, Fundações, Empresas Públicas ou Sociedade de Economia Mista). • Descentralização por colaboração: dá-se a delegação da execução de certa atividade, por meio de contrato ou ato administrativo. (delegatários, concessionárias, permissionárias de serviço) Vê-se, assim, que a descentralização administrativa não

se restrige a um processo dentro da própria Administração, ou seja, pode envolver pessoas particulares, todavia, não seria tais particulares integrantes da administração pública só o ponto de vista formal. Gabarito: “B”.

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7. (AGENTE DE DEFENSORIA – DPE/SP – FCC/2010) A descentralização efetivada através da criação por lei de um órgão da administração indireta com o fim específico de prestar um serviço público é realizada mediante a) privatização. b) terceirização. c) outorga. d) desconcentração. e) delegação.

Comentário:

Quando ocorrer a descentralização administrativa com a criação por lei de um órgão da administrativa indireta, na verdade se está criando outra pessoa, teremos então a chamada descentralização técnica, funcional ou por serviço, de modo que essa ocorre por outorga, daí que alguns doutrinadores também denominam de descentralização legal ou por outorga. Gabarito: “C”.

8. (ACE - TCE/AP - FCC/2012) O Decreto-Lei 200/67 constituiu um marco na reforma administrativa e estabeleceu como premissa para o exercício das atividades da Administração Pública federal a descentralização, que deveria ser posta em prática a) dentro da Administração federal, mediante a distinção dos níveis de direção dos de execução; da Administração federal para as unidades federadas, mediante convênio, e para a órbita privada, mediante contratos ou concessões. b) mediante delegação ampla de competências, na forma prevista em regulamento e desvinculada da supervisão ministerial. c) com a criação de sociedades de economia mista, empresas públicas, autarquias e fundações, afastando a anterior descentralização feita por meio de concessão de serviços à iniciativa privada.

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d) mediante, principalmente, a transferência de competências executivas e legislativas aos Estados e Municípios para o exercício de atividades de interesse comum e criação de sociedades de economia mista para exploração de atividade econômica. e) por intermédio, principalmente, da criação de entidades de direito privado para a prestação de serviços públicos e exercício de atividade econômica, ligadas à União por contrato de concessão.

Comentário:

De acordo com o Decreto-Lei 200/67, conforme art. 10, a execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.

Com efeito, nos termos do §1º do citado artigo, a

descentralização será posta em prática em três planos principais: a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução; b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões. Gabarito: “A”.

9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF 4ª REGIÃO – FCC/2010) No que se refere aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar ser característica destes (algumas não presentes em todos), dentre outras, o fato de que a) não possuem patrimônio próprio, mas integram a estrutura da pessoa jurídica. b) têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram. c) não possuem personalidade jurídica e são resultado da desconcentração. d) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de gestão com outros órgãos. e) alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

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Comentário:

Em síntese, podemos dizer que os órgãos possuem as seguintes características:

• Não possui personalidade jurídica

• Não possui patrimônio próprio

• Integra a estrutura de uma pessoa jurídica

• Surgem por desconcentração administrativa

• Alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e

financeira;

• Podem firmar contrato de gestão com outros órgãos ou

entidades (art. 37, §8º, CF/88)

Então, como não possuem personalidade jurídica própria,

podemos concluir que os órgãos não têm capacidade para representar, por si mesmo, em juízo a pessoa jurídica que integram.

Cuidado, o fato de a Advocacia Pública, tal como a AGU,

representar judicial ou extrajudicialmente o órgão diz respeito à capacidade postulatória em juízo ou a consultoria interna. Veja que o Advogado “falará” em nome do cliente perante o juiz. Então, quando a AGU ingressa em juízo, quem estará ingressando é a União Gabarito: “B”.

10. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Os órgãos públicos são (A) centros de competência dotados de personalidade jurídica. (B) os agentes públicos que desempenham as funções da Administração Pública. (C) centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais. (D) unicamente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. (E) as pessoas, os sujeitos de direitos e obrigações, dentro da Administração Pública.

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Comentário:

Como bem define Hely Lopes, órgãos são centros de

competências instituídos para o desempenho de funções estatais, integrando a estrutura de uma pessoa jurídica. Gabarito: “C”

11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) No que concerne à classificação quanto à posição estatal, os órgãos públicos autônomos são a) órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira. b) os que se localizam na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais. c) os originários da Constituição e representativos dos três Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro, e suas atrbuições são exercidas por agentes políticos. d) os que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão, exercendo principalmente funções de execução. e) órgãos de direção e comando, não sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia, gozando de autonomia administrativa e financeira, como, por exemplo, as Casas Legislativas.

Comentário:

De acordo com o que foi apresentado, e observando à posição estatal os órgãos podem ser classificados em independentes, autônomos, superiores e subalternos.

Desse modo, os autônomos são órgãos que gozam de

autonomia administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da

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Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências. (Ex: Ministérios, Secretarias de Estado) Gabarito: “B”.

12. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Em conformidade com a doutrina dominante e quanto à posição que ocupam na estrutura estatal, os órgãos públicos classificam-se em (A) singulares, colegiados superiores e inferiores. (B) autônomos, superiores, inferiores e compostos. (C) compostos, independentes, subalternos e singulares. (D) compostos, colegiados, autônomos e superiores. (E) independentes, autônomos, superiores e subalternos.

Comentário:

E agora? Ficou fácil ou não? Então, conforme vimos, quanto à posição estatal, os órgão são classificados em independente, autônomos, superiores e subalternos.

Os independentes são órgãos cuja criação tem origem

na própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não estando sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional, apenas sofrendo o controle de um poder pelo outro. (Ex: Chefia do Executivo, Tribunais, Congresso Nacional etc)

Os autônomos são órgãos que gozam de autonomia

administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências. (Ex: Ministérios, Secretarias de Estado).

Os superiores são os órgãos que detêm o poder de

direção, comando e controle das atividades administrativas de sua competência, porém estão sempre subordinados a controle hierarquia

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Independentes = poderes estatais Chefia do executivo = executivo Tribunais = judiciário Congresso= legislativo controle de um poder pelo outro
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de uma autoridade superior, não gozando, portanto, de autonomia. (Ex: Departamentos, Gabinetes, Coordenadorias, Divisões etc)

E, por fim, os subalternos são os órgãos que estão

subordinados a outros órgãos de hierarquia maior, com função eminentemente de execução das decisões tomadas administrativamente. (Ex: Seção de pessoal, expediente, material, transporte, apoio técnico etc).

Gabarito: “E”.

13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 11ª REGIÃO – FCC/2012) Existem vários critérios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição estatal”, “estrutura”, dentre outros. No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos a) autônomos. b) superiores. c) singulares. d) centrais. e) independentes.

Comentário:

Os órgãos independentes, como se sabe, são órgãos cuja criação tem origem na própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não estando sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional, apenas sofrendo o controle de um poder pelo outro. (Ex: Chefia do Executivo, Tribunais, Congresso Nacional etc).

Assim, as casas legislativas, a chefia do executivo e os

tribunais são órgãos públicos independentes. Gabarito: “E”.

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14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/TO – FCC/2011) Os órgãos públicos a) confundem-se com as pessoas físicas, porque congregam funções que estas vão exercer. b) são singulares quando constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos maiores. c) não são parte integrante da estrutura da Administração Pública. d) não têm personalidade jurídica própria. e) são compostos quando constituídos por vários agentes, sendo exemplo, o Tribunal de Impostos e Taxas.

Comentário:

A alternativa “a” está errada. Os órgãos não se confundem nem com as pessoas jurídicas, tampouco com as pessoas físicas. São partes integrantes da estrutura de um ente ou de uma entidade.

A alternativa “b” está errada. Os órgãos podem ser

simples, ou seja, quando constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos maiores, ou podem ser compostos, quando estão divididos em outros órgãos internamente.

A alternativa “c” está errada, já que os órgãos são parte

integrante da estrutura da Administração Pública. Também a alternativa “e” está errada, eis que são

compostos quando divididos internamente em outros órgãos. Portanto, a alternativa correta é a “d”, isso porque órgãos

não têm personalidade jurídica própria. Gabarito: “D”.

15. (OFICIAL DE JUSTIÇA – TJUPA – FCC/2009) Sobre os

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órgãos e os agentes públicos é correto afirmar: (A) Os órgãos públicos são centros de competência, dotados de personalidade jurídica, instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. (B) Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes integrantes dos mesmos e são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais. (C) A distribuição de funções entre os vários órgãos da mesma Administração denomina-se descentralização. (D) Os agentes públicos são pessoas físicas que executam função pública como prepostos do Estado, não integrando os órgãos públicos. (E) Os agentes políticos, dada a sua importância, não se incluem entre os agentes públicos, não constituindo uma categoria destes.

Comentário:

A alternativa “a” está errada, porque, como bem sabemos, órgãos não possuem personalidade jurídica.

A alternativa “c” está errada, porque a distribuições de

funções entre vários órgãos da mesma Administração (ou seja, mesmo ente ou entidade) é denominada desconcentração.

Lembre-se: Falou em órgãos (O – DESCOncentração).

Falou em ente/entidade ou criação de pessoas (E - DESCEntralização) A alternativa “d” também está errada. Como vimos, o

agente público atua realizando as funções, atribuições conferidas aos órgãos as quais são imputadas ao próprio ente ou entidade, de modo que ele não é preposto, representante ou mandatário do Estado-administração, sendo apenas um dos elementos que compõem os órgãos públicos. Aplica-se no âmbito do direito administrativo a teoria da imputação ou do órgão.

A alternativa “e” está errada, pois dentre os agentes

públicos (gênero) teremos a espécie agente político.

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Assim, a alternativa “b” é a correta, ou seja, os órgãos

integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes integrantes dos mesmos e são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais, inclusive podendo ir a juízo em nome próprio (capacidade judiciária) para defender seus fins institucionais. Gabarito: “B”.

16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TER/SP – FCC/2012) O Governador do Estado editou decreto reorganizando a estrutura administrativa de determinada Secretaria de Estado. De acordo com a Constituição Federal, referido decreto é a) ilegal, em face da violação ao princípio da legalidade. b) legal, podendo contemplar a extinção de órgãos públicos e cargos vagos. c) legal, desde que não implique aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos. d) ilegal, eis que nosso ordenamento jurídico não admite regulamento autônomo para matéria de organização administrativa. e) legal apenas se decorrente de delegação expressa do Poder Legislativo, passando referido ato a ter força de lei formal.

Comentário: Órgão público somente poderá ser criado ou extinto por

lei. Todavia, a organização ou reorganização poderá ser feita mediante decreto, conforme bem esclarece a Constituição, quando trata do decreto autônomo, vejamos:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da

República:

VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada

pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

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a) organização e funcionamento da administração

federal, quando não implicar aumento de despesa

nem criação ou extinção de órgãos públicos;

(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando

vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de

2001)

Assim, o ato seria legal, desde que não implique aumento

de despesa, nem a criação ou extinção de órgão público. Gabarito: “C”.

17. (TCE – TCE/AP – FCC/2012) O Estado pretende efetuar reorganização administrativa, desmembrando determinados órgãos da Administração direta, extinguindo cargos vagos e realocando atribuições, tendo como premissa o não incremento de despesa. De acordo com a Constituição Federal, a referida reorganização deverá ser feita por a) lei, obrigatoriamente em face do princípio da legalidade a que se submete a Administração pública. b) decreto, eis que a matéria de organização e funcionamento da Administração não se sujeita à reserva legal. c) decreto, precedido, necessariamente, de lei autorizativa delegando competência ao Chefe do Executivo para dispor sobre a matéria. d) contrato de gestão, precedido de decreto estabelecendo os indicadores de qualidade e as metas de melhoria dos serviços. e) contrato de gestão, precedido de lei autorizativa, com eficácia apenas para o próximo exercício orçamentário.

Comentário: Com base no art. 84, inc. IV, da CF/88 poderá ser feito

por decreto, eis que a matéria de organização e funcionamento da Administração não se sujeita à reserva legal. Gabarito: “B”.

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18. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - TJ/PE - FCC/2012) Em relação aos órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar: a) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas tendo a prerrogativa de representá-la juridicamente por meio de seus agentes, desde que judiciais. b) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se confunde com a da pessoa jurídica, visto que há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato. c) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque estão ao lado da estrutura do Estado. d) como partes das entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua constituição e funcionamento. e) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto não haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal.

Comentário:

A alternativa “a” está errada. A atuação dos órgãos é

imputada à pessoa jurídica que eles integram, sendo a própria pessoa que se faz presente nas ações judiciais, por meio de suas procuradorias.

A alternativa “b” está errada. Não há relação de mandato

ou representação. Aplica-se a teoria da imputação ou do órgão, de modo que o órgão se confunde com a própria pessoa, pois é parte integrante desta.

A alternativa “c” está errada. Os órgãos públicos não são

dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque estão dentro da estrutura do Estado.

A alternativa “d” está correta. De fato, como partes das

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entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua constituição e funcionamento.

A alternativa “e” está errada. Caso o agente ultrapasse a

competência do órgão surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal. Gabarito: “D”.

19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AM – FCC/2010) Sobre as entidades políticas, os órgãos e os agentes públicos, considere: I. As empresas públicas e sociedades de economia mista não são criadas por lei, mas, a sua instituição depende de autorização legislativa. II. Entidades estatais são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado, mas, não têm poderes políticos nem administrativos. III. Órgãos subalternos são os que exercem atribuições de mera execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. IV. Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, dotados de personalidade jurídica e de vontade própria. V. Agentes públicos são todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, III e V. b) I, II e IV. c) III, IV e V. d) III e IV. e) IV e V.

Comentário:

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A assertiva I está correta. De fato, as empresas públicas e sociedades de economia mista não são criadas por lei, mas, a sua instituição depende de lei.

A assertiva II está errada. Primeiro que as entidades estatais podem ser pessoas jurídicas de direito público (autarquias, por exemplo) ou pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas, por exemplo). Ademais, elas têm poderes administrativos.

A assertiva III está correta. Os órgãos subalternos, é

verdade, são os que exercem atribuições de mera execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores.

A assertiva IV está errada. Os órgãos públicos são centros

de competência instituídos para o desempenho de funções estatais. Porém, não são dotados de personalidade jurídica e de vontade própria.

Enfim, a assertiva V está correta. Agente público é toda

pessoa física incumbida, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. Gabarito: “A”.

20. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - TJ/PE - FCC/2012) Dentre as características da Administração Pública, é correto afirmar que esta a) tem amplo poder de decisão, mesmo fora da área de suas atribuições, e com faculdade de opção política sobre qualquer matéria objeto da apreciação. b) não pode ser considerada uma atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica, mas sim atividade política e discricionária. c) comanda os administrados com responsabilidade constitucional e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução. d) é dotada de conduta independente, motivo pelo qual não tem cabimento uma conduta de natureza hierarquizada.

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e) não pratica atos de governo; mas pratica tão somente atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes.

Comentário:

A alternativa “a” está errada. A Administração Pública direta, em que pese ser constituída de órgãos integrantes dos entes políticos, não tem assim amplo poder de decisão. É que a Administração Pública executa as políticas públicas definidas pelo Poder Político do Estado, desse modo não atua fora da área de suas atribuições, e nem tem faculdade de opção política sobre qualquer matéria objeto da apreciação.

A alternativa “b” está errada. Pode ser considerada uma

atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica. A alternativa “c” está errada. Comanda os administrados

com responsabilidade constitucional, e, ainda, com responsabilidade profissional pela execução das Políticas Públicas.

A alternativa “d” está errada. Não é dotada de conduta

independente, havendo condutas de natureza hierarquizada. A alternativa “e” está correta. De fato, não pratica atos de

governo; mas pratica tão somente atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes. Gabarito: “E”.

21. (PROCURADOR MUNICIPAL – PGM/TERESINA – FCC/2010) Os entes da Administração Indireta NÃO a) possuem patrimônio próprio. b) decorrem de descentralização por colaboração. c) detêm capacidade de autoadministração. d) possuem personalidade jurídica própria.

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e) vinculam-se a órgãos da Administração Direta.

Comentário:

Em regra, a Administrativa Pública Indireta decorre, como vimos, da descentralização técnica, por serviço ou funcional. Mas, também, a territorial ou geográfica pode instituir uma entidade administrativa (território = autarquia).

Assim, compreenderá o conjunto de entidades (ou entes)

administrativas, todos dotados de personalidade jurídica, autonomia administrativa, orçamentária e financeira [capacidade de autoadministração], com patrimônio próprio.

Observe, portanto, que não estão subordinadas ao ente

criador, mas vinculadas, o que significa dizer que haverá um controle de resultado, um controle finalístico, por meio do órgão da Administração Direta de sua área de vinculação ou atuação (supervisão ministerial).

Por isso, não é característica da Administração Indireta

ter surgido de descentralização por colaboração. Gabarito: “B”.

22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RS – FCC/2010) NÃO integram a Administração Pública Indireta: a) Autarquia e Fundação Pública. b) Ministério Público e Defensoria Pública. c) Fundação Pública e Empresa Pública. d) Sociedade de economia mista e autarquia. e) Empresa Pública e Sociedade de economia mista.

Comentário:

A Administração Pública Indireta é formada pelas Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.

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Dessa forma, não a integra os órgãos estatais,

integrantes da Administração direta, tal como o Ministério Público e a Defensoria Pública. Gabarito: “B”.

23. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/RS – FCC/2010) A entidade da Administração Pública indireta que deve ser criada diretamente por lei específica é a a) fundação pública. b) empresa pública. c) sociedade de economia mista. d) autarquia. e) fundação privada.

Comentário:

Como destacado, a Administração Pública Indireta é uma forma de descentralização administrativa em que o Estado, Administração Pública Direta, transfere (outorga) a titularidade e o exercício de atividades administrativas para outra pessoa jurídica.

Dessa forma, temos no âmbito da Administração Pública

Indireta as seguintes entidades: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade de auto-administração, ou seja, autonomia administrativa, orçamentária e técnica, e capital exclusivamente público, para o desempenho de atividades típicas do Estado.

Nesse sentido, o Decreto-Lei nº 200/67 define autarquia,

nos termos do art. 5º, inc. I, da seguinte forma:

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I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com

personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para

executar atividades típicas da Administração Pública, que

requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão

administrativa e financeira descentralizada.

Numa visão bem simplista, podemos dizer que as

autarquias representam uma parcela do Estado no exercício indireto de sua função administrativa, por meio de um órgão a que se atribuiu vida própria. [AUTO + ARQUIA = MESMO, IGUAL + GOVERNO, ADMINISTRAÇÃO]

Diante disso, é possível identificar as seguintes

características:

� A criação é sempre por lei;

� São dotadas de personalidade jurídica de direito público;

� Gozam de autonomia administrativa, orçamentária e

técnica;

� São criadas para especialização dos fins ou atividades;

� Sujeitam-se ao controle de tutela, que significa que não

estão subordinadas ao ente que as criou, mas apenas

vinculada aos fins para os quais foi criada (supervisão

ministerial).

As autarquias são sempre criadas por lei, ou seja,

somente a Lei pode criar uma Autarquia. E é a lei que definirá sua estrutura, sua atividade, ou seja, seus contornos.

Significa que, a partir do início da vigência da lei criadora,

tem a entidade seu surgimento, sem qualquer necessidade de averbação de seus atos institucionais em órgãos destinados a tanto, pois seu delineamento está todo contido na norma criadora.

Desse modo, é bom ressaltar que para sua extinção, por

observância do princípio da simetria (paralelismo das formas), deverá ser também procedida por meio de lei. Isto é, se somente por lei

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específica é possível à criação, então, somente por lei poderá ocorrer à extinção de uma Autarquia.

É importante destacar que, doutrinariamente, se costuma

dividir as autarquias em institucionais e territoriais. As autarquias territoriais surgem por desmembramento

geográfico do Estado, criando-se um ente ao qual se outorga prerrogativas de forma geral funções administrativas e até mesmo de ordem política, a exemplo dos territórios que são autarquias territoriais de natureza política integrantes da União.

As autarquias institucionais são pessoas

administrativas criadas por lei, com objetivo específico, sem qualquer espécie de delegação política, pois recebem, por outorga, a titularidade de uma atividade típica do Estado.

Por outro lado, classificam-se, ainda, as autarquias

quanto ao objeto, quando teríamos as autarquias em regime comum e as em regime especial.

As autarquias em regime comum não têm maior

especificidade, ou seja, estariam submetidas ao denominado “regime comum” das autarquias, gozando de autonomia administrativa e financeira, prerrogativas à semelhança do Estado, porém sem maiores prerrogativas, tal como mandato fixo para seus dirigentes, poder normativo etc. Ex. Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, dentre outros.

As autarquias em regime especial são autarquias

dotadas de maiores prerrogativas, tal qual maior autonomia administrativa, poder normativo técnico e, ainda, algumas gozando de mandato fixo para os seus dirigentes. Ex: Universidades (Lei nº 5.540/68), BACEN e as denominadas agências reguladoras (ex.: ANATEL, ANA, ANEEL, ANP, ANVISA, etc).

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Podemos utilizar, ainda, classificação considerando a estrutura, quando teremos as autarquias corporativas e as fundacionais.

As autarquias corporativas são aquelas que têm a

prerrogativa de fiscalizar e controlar o exercício de certas profissões. Ex.: CRECI, CRM, CREA, CRC, ou seja, os conselhos profissionais.

Nesse aspecto, cabe destacar que o Supremo Tribunal

Federal tem entendimento de que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não integra a Administração Pública, realizando, pois, serviço público de forma independente, e, por isso, não se submete ao regime jurídico-administrativo (não sendo obrigada a realizar concurso para ingresso de pessoal), tampouco a controle Estatal de suas finalidades ou mesmo do Tribunal de Contas da União no tocante aos seus recursos e gastos.

Portanto, verificamos que muito embora os conselhos de

profissões sejam autarquias corporativas, e, por isso, se submetem a controle do Tribunal de Contas da União, além de terem o dever de licitar e realizar concursos públicos, a OAB estaria excluída dessas sujeições na medida em que não integra a Administração Pública, conforme entendimento do STF.

As autarquias fundacionais são autarquias criadas em

razão de um destacamento de patrimônio estatal, com o escopo de atuarem desempenhando atividades ligadas ao desenvolvimento social, tal como saúde, educação ou em proteção aos direitos e interesses de minorias. Ex. Fundação Universidade de Brasília (FUB), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) etc.

O Prof. Carvalho Filho traz interessante classificação,

quanto nível federativo e quanto ao objetivo, além daquelas referentes ao regime jurídico (especial ou comum).

Quanto ao nível federativo, as autarquias podem ser

federais (integrantes da União), estaduais, distritais e municipais.

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Quanto ao objeto podem classificar-se em culturais (são aquelas dirigidas à educação e saúde), corporativas (ou profissionais, são os conselhos) e previdenciárias (voltadas à previdência social oficial), e ainda assistenciais (voltadas à atividade de auxílio, ajuda, assistência), administrativas (categoria residual que desempenham serviços públicos e outras atividades), de controle (as agências reguladoras) e associativas (associação publica).

Portanto, a autarquia é forma de atuação especializada da

Administração no exercício de certa atividade administrativa, de modo que não poderá atuar fora de tais fins, sob pena de violação da finalidade para a qual fora constituída.

Quanto às agências reguladoras vale lembrar que em

decorrência da chamada “reforma administrativa” empreendida pelo Governo Federal nos anos 90, surgiram no Estado brasileiro as denominadas Agências, inspiradas no modelo Norte-Americano e Francês, procurando estabelecer autarquias submetidas a regime especial.

É o que alguns doutrinadores têm chamado de

agencificação, no sentido da proliferação das agências. No entanto, conforme crítica do Prof. Celso Bandeira, “a

única particularidade marcante do tal regime especial é a nomeação pelo Presidente da República, sob aprovação do Senado, dos dirigentes da autarquia, com garantia, em prol destes, de mandato a prazo certo” e, enfim, da adoção do nome de agência.

A denominação agência, no sentido de se estabelecer

uma atividade reguladora como sendo inovadora no ordenamento administrativo nacional, nada traz de novo, a não ser, como eu havia dito, o próprio nome, visto que a existência de autarquias com referida função já há muito existia na seara nacional, podendo citar, por exemplo, o Banco Central, a CVM (Conselho de Valores Monetários), a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

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Assim, nada há de inovador na atribuição de poderes reguladores às denominadas autarquias em regime especial (agências).

De tudo, no entanto, precisamos verificar que há duas

hipóteses de agências: as reguladoras e as executivas. As agências reguladoras surgiram em decorrência do

plano nacional de desestatização (Lei nº 9.491/97), cujo escopo era por fim ao monopólio estatal de alguns serviços definidos em certos setores e, principalmente, visando o princípio da especialidade, com papel de disciplinar e fiscalizar atividades típicas do Estado, cuja execução fora outorgada a particulares.

Como disse, essas agências caracterizam-se por três

elementos: maior independência, investidura especial (depende de nomeação pelo Presidente aprovação prévia do Senado Federal) e mandato, com prazo fixo, conforme lei que cria a pessoa jurídica.

Quanto ao regime especial, o prof. Carvalho Filho dá

especial destaque quanto às prerrogativas para que se caracterize uma autarquia em regime especial, citando quatro fatores, sendo:

1º) poder normativo técnico (chamada deslegalização, ou seja,

poder de editar normas técnicas complementares das normas gerais);

2º) autonomia decisória (poder de decidir os conflitos

administrativos que envolvem sua área de atuação);

3º) independência administrativa (seus dirigentes têm

investidura por prazo certo);

4º) autonomia econômico-financeira (têm recursos próprios e

dotação orçamentária específica).

As agências reguladoras são responsáveis pela

regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos, atividades

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e bens transferidos ao setor privado e, em suma, englobam as seguintes atividades:

a) serviços públicos propriamente ditos, tal como ANEEL

(Lei nº 9.427/96), ANATEL (Lei nº 9.472/97), ANTT e ANTAQ (Lei nº 10.233/2001);

b) atividade de fomento e fiscalização de atividade

privada (Ancine – MP 2.281-1/01 – Lei nº 10.454/02); c) regulação e fiscalização de atividades econômicas

(ANP, Lei nº 9.478/97); d) atividades sociais - exercidas pelo Estado, mas

facultadas também ao particular – (ANVISA, Lei nº 9.782/99; ANS, Lei nº 9.961/00); e,

e) agência reguladora de uso de bens públicos, tal como a

ANA, criada pela Lei nº 9.984/00. De todo modo, devemos observar uma série de traços

específicos e característicos dessas entidades quanto a pessoal, regime jurídico, licitações, dentre outros. Vejamos:

a) Regime de pessoal: A Lei nº 9.986/00 estabelecia a

possibilidade de contratação por meio do regime celetista. Porém, o STF entendeu que não se compatibilizava o regime de emprego com as atribuições desempenhas pelas agências reguladoras, firmando, com isso, a necessidade de observar o regime estatutário.

Dessa forma, fora revogado o regime anterior pela Lei nº

10.871/04, a qual estabeleceu o regime estatutário, prejudicando o julgamento final da ADI 2.130, que havia suspendido a aplicação de regime privado aos agentes. Autorizou-se, contudo, a contratação de pessoal técnico de caráter temporário pelo prazo máximo de 36 meses.

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b) Licitação: devem observar as normas da Lei nº 8.666/93. Podendo optar por modalidades especificas como o pregão e a consulta, conforme consta da Lei nº 9.986/00.

As agências executivas, por outro lado, são autarquias

ou fundações que por iniciativa da Administração Direta (Presidente da República), recebem o status de Agência Executiva, em razão da celebração de um contrato de gestão, que objetiva uma maior eficiência e redução de custos (Decretos Federais nº 2.487 e 2.488, ambos de 1998).

Para receber tal qualificação é preciso ter plano

estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento e celebrar contrato de gestão com o Ministério supervisor.

São, portanto, autarquias ou fundações qualificadas

para melhor desempenho de suas atividades que firmam contrato de gestão para maior autonomia administrativa e orçamentária, não estando, portanto, hierarquicamente subordinadas.

Portanto, de acordo com o art. 37, inc. XIX, da CF/88, somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada à instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. Gabarito: “D”

24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRF 2ª REGIÃO - FCC/2012) É certo que o patrimônio inicial da autarquia é formado a partir a) da transferência de bens móveis e imóveis do ente federado que a tenha criado. b) dos bens móveis e imóveis adquiridos especificamente para tal finalidade. c) da transferência exclusiva de bens dominicais pertencentes ao órgão público responsável por sua instituição.

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d) do ato de desapropriação de bens móveis e imóveis expedido pelo ente da federação responsável por sua criação. e) da requisição de bens móveis e imóveis pertencentes a outros órgãos públicos da respectiva administração pública.

Comentário:

O patrimônio inicial das autarquias é constituído mediante a transferência de bens móveis e imóveis do ente federado que a tenha criado. Gabarito: “A”.

25. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TJ/RJ – FCC/2012) Determinado Estado da Federação editou decreto alterando a gestão da previdência complementar dos servidores públicos do Estado e transferindo-a para autarquia especial criada no mesmo ato. A medida é a) regular, na medida em que é obrigatório ao Estado disciplinar a previdência complementar dos servidores públicos não submetidos ao sistema único. b) regular, desde que a nova autarquia passe a gerir os recursos previdenciários dos servidores públicos admitidos após sua criação. c) irregular, tendo em vista que a delegação operada somente poderia ter sido feita para ente integrante da Administração Indireta. d) irregular, na medida em que a gestão de recursos previdenciários dos servidores não poderia ser delegada a outro ente, ainda que integrante da Administração Indireta. e) irregular, na medida em que a autarquia somente poderia ter sido criada por lei.

Comentário:

As autarquias somente podem ser criadas por Lei. Assim, a medida é irregular. Gabarito: “E”.

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26. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 22ª REGIÃO – FCC/2010) No que diz respeito às autarquias, entidades pertencentes à Administração Indireta, a assertiva que corretamente aponta algumas de suas características é: a) Capacidade de autoadministração e descentralização territorial. b) Descentralização por serviços ou funcional e capacidade política. c) Personalidade jurídica pública e descentralização territorial. d) Sujeição a tutela e capacidade política. e) Capacidade de autoadministração e sujeição a tutela.

Comentário:

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade de autoadministração, ou seja, possuem autonomia administrativa, orçamentária e técnica, e capital exclusivamente público, para o desempenho de atividades típicas do Estado.

Com base na definição das autarquias, é possível

identificarmos as seguintes características:

� A criação é sempre por lei;

� São dotadas de personalidade jurídica de direito público;

� Gozam de autonomia administrativa, orçamentária e

técnica;

� São criadas para especialização dos fins ou atividades;

� Sujeitam-se ao controle de tutela, que significa que não

estão subordinadas ao ente que as criou, mas apenas

vinculada aos fins para os quais foi criada (supervisão

ministerial).

Ademais, é importante destacar que as autarquias, como

regra, gozam das mesmas características do ente que a criou, tal como:

• Imunidade tributária recíproca (art. 150, §2º, CF/88): não

incidirá IMPOSTO sobre seu patrimônio, renda ou serviços.

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• Prescrição qüinqüenal, isto é, suas dívidas prescrevem em

cinco anos (Dec. Lei nº 20.910/32). Cuidado, que neste

ponto, há quem defenda que a prescrição é a do Código Civil no

que diz respeito à reparação de danos, sendo de 3 anos.

Divergência, inclusive, instalada entre as Turmas do STJ.

• Gozam de privilégios processuais:

• Prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para

contestar (art. 188, CPC). [não se aplica nos Juizados

Especiais]

• Intimação pessoal de seus procuradores,

• Dispensa de apresentação de procuração,

• Pagamento de custas judiciais ao final

• Pagamento de decisões judiciais por precatórios

(art. 100, CF/88), salvo requisição de pequeno

valor.

Gabarito: “E”.

27. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) Analise as características abaixo. I. Personalidade jurídica de direito público. II. Criação por lei. III. Capacidade de autoadministração. IV. Especialização dos fins ou atividades. V. Sujeição a controle ou tutela. Trata-se de a) empresa pública. b) fundação. c) autarquia. d) sociedade de economia mista. e) órgão público.

Comentário:

Como observado, as autarquias são pessoas jurídicas de

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direito público, criadas por lei, com autonomia administrativa, orçamentária e técnica, e capital exclusivamente público, para o desempenho de atividades típicas do Estado, sujeitas ao controle finalístico (supervisão ministerial, controle de tutela).

Assim, dentre as características mencionadas, podemos

excluir as empresas públicas, sociedade de economia mista e órgão público. Este porque não possui personalidade jurídica, e as duas entidades porque a personalidade jurídica é de direito privado, ademais não são criadas por lei.

Restaria a fundação. Com efeito, o Decreto-Lei nº 200/67, conforme art. 5º,

inc. IV, define fundações como entidade dotada de personalidade

jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude

de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades

que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito

público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio

gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento

custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído

pela Lei nº 7.596, de 1987)

Portanto, Fundação é uma pessoa jurídica composta por

um patrimônio personalizado, destinado pelo seu fundador para uma finalidade específica.

Nesse sentido, a Constituição Federal em seu artigo 37,

inc. XIX, assim dispõe:

Art. 37.

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia

e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de

economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,

neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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Significa dizer que a criação de Fundações depende sempre de lei específica, ou seja, a lei autorizando a criação, cabendo a lei complementar definir a área de atuação.

Ressalte-se, ademais, que a criação se dá por meio de

decreto executivo que aprova o Estatuto, o qual deverá ser registrado em cartório de registro de pessoas jurídicas.

De outro lado, devemos entender que as Fundações

Públicas podem ter a natureza de pessoa jurídica de direito público, caracterizando uma espécie de autarquia, denominada autarquia fundacional ou fundação governamental.

Com efeito, disso podemos extrair que, as fundações

públicas de direito público estão submetidas a regime jurídico de direito público, o que caracteriza que seus bens são públicos, o regime adotado para seu pessoal é o estatutário, pagando suas dívidas por precatórios e, no caso das fundações públicas de direito público federal estão sob a jurisdição da justiça federal.

De outro lado, as fundações públicas de direito privado,

se submete ao regime jurídico de direito privado, seus bens são considerados privados, seu agentes, como regra, se submetem ao regime celetista. No entanto, nem tudo se reduz ao regime privado, é que por ser entidade pública está submetida a algumas restrições oriundas do princípio da indisponibilidade do interesse público, ou seja, oriundas do regime jurídico-administrativo, tal como obrigatoriedade de licitar, realizar concurso público, dentre tantas outras implicações do regime público.

Assim, teremos fundação pública constituída sob a forma

de pessoa jurídica de direito público (autarquia fundacional ou fundação autárquica) ou ainda na forma de pessoa jurídica de direito privado.

Desse modo, considerando todas as características e essa

peculiaridade das fundações públicas, a resposta correta seria autarquia.

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Gabarito: “C”

28. (APO – BAHIAGÁS – FCC/2010) Quanto às autarquias, analise: I. O seu patrimônio é formado com a transferência de bens móveis e imóveis da entidade-matriz, os quais se incorporam ao ativo da nova pessoa jurídica. II. É pessoa jurídica de Direito Privado, com função pública própria, típica e outorgada pelo Estado, criada através do registro de seus estatutos, segundo a lei que autoriza a sua criação. III. Os atos dos seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos, devendo observar os mesmos requisitos para sua expedição, sujeitando-se aos controles internos e ao exame de legalidade pelo Judiciário, pelas vias comuns ou especiais. IV. Por realizarem serviços públicos centralizados, despersonalizados e limitados, se acham integradas na estrutura orgânica do Executivo e hierarquizadas à tutela do órgão público vinculado. V. Nascem com os privilégios administrativos da entidade estatal que as institui, auferindo as vantagens tributárias e prerrogativas processuais da Fazenda Pública, além de outros que lhes forem outorgados por lei especial. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) IV e V. c) I, III e V. d) II, III e IV. e) III, IV e V.

Comentário:

A assertiva I está correta. De fato, quando da criação das autarquias, o ente criador (o ente estatal), transfere parte de seu patrimônio (bens móveis e imóveis) para essa nova pessoa, a fim de que venha realizar as funções para as quais foi criada.

A assertiva II está errada. As autarquias são pessoas

jurídicas de Direito Público e também não são criadas através do

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registro de seus estatutos, segundo a lei que autoriza a sua criação, na medida em que são criadas diretamente por lei.

A assertiva III está correta. As autarquias exercem

atividade típica do Estado, de modo que os atos dos seus dirigentes equiparam-se, para todos os efeitos, aos atos administrativos, devendo observar os mesmos requisitos para sua expedição, sujeitando-se aos controles internos e ao exame de legalidade pelo Judiciário, pelas vias comuns ou especiais.

A assertiva IV está errada. As autarquias realizam

serviços públicos de forma descentralizada, personalizado, se acham integradas na estrutura orgânica do Executivo, porém não estão hierarquizadas, mas vinculadas à tutela do órgão público supervisor.

A assertiva V está correta. As autarquias gozam dos

privilégios administrativos da entidade estatal que as institui, auferindo as vantagens tributárias e prerrogativas processuais da Fazenda Pública, além de outros que lhes forem outorgados por lei especial.

Assim, somente as assertivas I, III e V estão corretas.

Gabarito: “C”

29. (ADVOGADO – NOSSA CAIXA – FCC/2011) No que concerne às agências executivas, é correto afirmar que a) tais agências não possuem autonomia de gestão, porém a lei assegura a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para que possam cumprir suas metas e objetivos institucionais. b) trata-se de entidade preexistente, que receberá a qualificação de agência executiva através de ato do Ministro de Estado a que estiver vinculada. c) agência executiva é a qualificação dada somente às autarquias, desde que cumpridas as exigências legais para tanto. d) a qualificação da entidade como agência executiva permite que ela usufrua de determinadas vantagens previstas em lei, como, por

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exemplo, o aumento dos percentuais de dispensa de licitação, previsto na Lei nº 8666/93. e) para a qualificação em agência executiva, é necessário o cumprimento de apenas um desses requisitos: ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento ou ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor.

Comentário:

As agências executivas é uma qualificação dada às autarquias ou fundações, que objetiva uma maior eficiência e redução de custos (Decretos Federais nº 2.487 e 2.488, ambos de 1998).

Para receber tal qualificação é preciso ter plano

estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento e celebrar contrato de gestão com o Ministério supervisor, conforme prevê o art. 1º do Dec. nº 2.487/98.

Art. 1º As autarquias e as fundações integrantes da

Administração Pública Federal poderão, observadas as

diretrizes do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do

Estado, ser qualificadas como Agências Executivas.

§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como

Agência Executiva poderá ser conferida mediante

iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do

Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado,

que verificará o cumprimento, pela entidade candidata à

qualificação, dos seguintes requisitos:

a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo

Ministério supervisor;

b) ter plano estratégico de reestruturação e de

desenvolvimento institucional, voltado para a melhoria da

qualidade da gestão e para a redução de custos, já

concluído ou em andamento.

§ 2º O ato de qualificação como Agência Executiva

dar-se-á mediante decreto.

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São, portanto, autarquias ou fundações qualificadas para melhor desempenho de suas atividades que firmam contrato de gestão para maior autonomia administrativa e orçamentária, não estando, portanto, hierarquicamente subordinadas, mas vinculadas ao órgão supervisor.

Desse modo, a alternativa “a” está errada. Já que as agências executivas, por força do contrato de gestão, passam a ter maior autonomia de gestão, além do que já eram entidades dotadas de autonomia.

A alternativa “b” está errada. De fato, trata-se de

entidade preexistente, que receberá a qualificação de agência executiva através de Decreto.

A alternativa “c” está errada, porque agência executiva é

a qualificação dada às autarquias ou fundações públicas, desde que cumpridas exigências legais para tanto.

A alternativa “e” também está errada, pois para a

qualificação em agência executiva, é necessário o cumprimento de TODOS esses requisitos: ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento e ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor.

Enfim, a alternativa “d” é a correta. É que a qualificação

da entidade como agência executiva permite que ela usufrua determinadas vantagens previstas em lei, como, por exemplo, o aumento dos percentuais de dispensa de licitação, previsto na Lei nº 8666/93, que passa a ser de 20% do valor do convite.

Gabarito: “D”.

30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 24ª REGIÃO – FCC/2011) São características das autarquias e fundações públicas:

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a) Processo especial de execução para os pagamentos por elas devidos, em virtude de sentença judicial; Impenhorabilidade dos seus bens. b) Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes; Prazos simples em juízo. c) Presunção de veracidade, imperatividade e executoriedade dos seus atos; Não sujeição ao controle administrativo. d) Prazos dilatados em juízo; Penhorabilidade dos seus bens. e) Processo de execução regido pelas normas aplicáveis aos entes privados; Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Comentário:

Conforme destacado, as autarquias gozam das mesmas características do ente política que as criou, sendo exemplo de tais características:

• Imunidade tributária recíproca (art. 150, §2º, CF/88),

• Prescrição qüinqüenal, isto é, suas dívidas prescrevem em

cinco anos (Dec. Lei nº 20.910/32),

• Gozam de privilégios processuais, tendo prazo em dobro

para recorrer e em quádruplo para contestar (art. 188,

CPC), intimação pessoal de seus procuradores, dispensa

de apresentação de procuração, pagamento de custas

judiciais ao final e pagamento de decisões judiciais por

precatórios (art. 100, CF/88), salvo requisição de pequeno

valor.

Ademais, além disso, é possível citarmos que gozam de

proteção de seus bens, pois são impenhoráveis, imprescritíveis e, em regra, há a inalienabilidade (somente podem ser alienados com autorização legal).

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Diante disso, a alternativa “b” está errada. Isso porque além da imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes; os prazos são diferenciados, ou seja, dobro para recorrer e quádruplo para contestar.

A alternativa “c” está errada, pois os atos praticados pelos dirigentes são considerados atos administrativos, de modo que gozam de presunção de veracidade, imperatividade e executoriedade dos seus atos, sujeitando-se ao controle administrativo de tutela.

A alternativa “d” está errada, pois como vimos os prazos

são mais dilatados em juízo; e os bens gozam da impenhorabilidade. A alternativa “e” está errada, pois o processo de execução

regido por normas diferenciadas (art. 730, CPC), além do que o pagamento de suas dívidas se faz, em regra, por meio de precatório.

Assim, a alternativa “a” é a correta. É que há processo

especial de execução para os pagamentos por elas devidos, em virtude de sentença judicial, além da impenhorabilidade dos seus bens. Gabarito: “A”.

31. (PROCURADOR JUDICIÁRIO - PREF. RECIFE/PE – FCC/2008) Determinado Estado criou, regularmente, uma autarquia para executar atividades típicas da Administração estadual que melhor seriam exercidas de forma descentralizada. Em relação a esta pessoa jurídica instituída, pode-se afirmar que se trata de pessoa jurídica a) de direito público, com personalidade jurídica própria, embora sujeita ao poder de autotutela do ente que a instituiu. b) de direito público, não sujeita a controle do ente que a instituiu quando gerar receitas próprias que lhe confiram auto-suficiência financeira. c) sujeita ao regime jurídico de direito privado quando for auto-suficiente e ao regime jurídico de direito público quando depender de

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verbas públicas, sem prejuízo, em ambos os casos, da submissão à tutela do ente que a instituiu. d) sujeita ao regime jurídico de direito público, criada por Decreto, integrante da Administração Indireta e, portanto, sujeita a controle do ente que a instituiu. e) de direito público, dotada das prerrogativas e restrições próprias do regime jurídico-administrativo e sujeita ao poder de tutela do ente que a instituiu.

Comentário:

E aí? Essa é muito fácil, não é? Depois de tudo que vimos, fica bem mais ameno.

Então, autarquia é uma pessoa jurídica de direito público,

integrante da Administração Pública Indireta, criada por lei, para exercer atividade típica de estado, com especialização de seus fins.

Deve-se ressaltar, a propósito disso, que por serem as

entidades integrantes da Administração Pública indireta, pessoas jurídicas, todas gozam de autonomia, de modo que não estão subordinadas à Administração Direta. Por isso, não se submetem ao controle de autotutela.

Autotutela é controle sobre os seus próprios atos, significa

dizer que o ente ou entidade exerce o poder de controlar seus próprios atos, anulando os ilegais e revogando os inoportunos e inconvenientes.

Todavia, por integrarem a Administração Pública, é

possível o controle de tutela, ou seja, controle finalístico, de resultado, de cumprimento de seus fins por parte da Administração Direta.

Então, vamos aos itens: A alternativa “a” está errada, pois não há subordinação,

por isso não está sujeita ao poder de autotutela do ente que a instituiu, mas ao controle de tutela, ou supervisão ministerial.

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A alternativa “b” está errada, porque está sujeita a controle de tutela, como vimos.

A alternativa “c” está errada, as autarquias, por serem

pessoas jurídicas de direito público, estão submetidas ao regime jurídico de direito público.

A alternativa “d” está errada também, eis que são criadas

por Lei, e não por decreto. Portanto, a correta é a alternativa “e”, ou seja, as

autarquias são pessoas jurídicas de direito público, dotada das prerrogativas e restrições próprias do regime jurídico-administrativo e sujeita ao poder de tutela do ente que a instituiu. Gabarito: “E”

32. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MA – FCC/2009) Considerando-se a autonomia inerente às autarquias, admite-se, em relação a este ente (A) controle, nos limites legais, a ser exercido pela pessoa política que instituiu a autarquia. (B) autotutela, que se traduz pela possibilidade de controle a ser exercido pela pessoa política que instituiu a autarquia. (C) fiscalização pelo Tribunal de Contas, nos moldes e limites a serem definidos na lei que disciplina o controle da autarquia pela pessoa política que a instituiu. (D) fiscalização a ser exercida pelo Tribunal de Contas, com auxílio da pessoa política que instituiu a autarquia. (E) revisão dos atos praticados pela autarquia para sua adequação aos fins que justificaram sua instituição, a ser exercido pela pessoa política que a instituiu.

Comentário:

A alternativa “a” está correta, pois como vimos é possível o controle, nos limites legais, a ser exercido pela pessoa política que

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instituiu a autarquia, denominado controle de tutela, finalístico ou de resultado.

A alternativa “b” está errada. Pois, como visto, a

autotutela é controle que o ente ou entidade faz sobre seus próprios atos. Já a totutela é que se traduz pela possibilidade de controle a ser exercido pela pessoa política que instituiu a autarquia.

A alternativa “c” está errada. A fiscalização realizada pelo

TCU, controle externo, é realizada nos moldes definidos pela Constituição (art. 70 e seguintes) e não pela Lei que disciplina o controle da autarquia.

Alternativa “e” está errada. É certo que o TCU realiza

fiscalização e poderá ser auxiliado por órgão de controle interno de cada poder. No entanto, o controle exercido pelo ente político (controle de tutela) não é controle auxiliar do TCU, é controle oriundo do princípio da finalidade.

Alternativa “e” também está errada, isso porque a revisão

pode ser no tocante ao mérito (conveniência e oportunidade) ou legalidade. Nesse sentido, não cabe a pessoa política que instituiu a autarquia realizar controle de mérito, só o faz sob o prisma da finalidade, que é controle de legalidade. Gabarito: “A”.

33. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/RR – FCC/2008) A Lei federal no 9.472/97, em seu art. 9º, designa a Agência Nacional de Telecomunicações “autoridade administrativa independente”. Tal designação, em termos da organização administrativa brasileira, a) revela a criação de uma nova espécie típica de entidade integrante da Administração Indireta, dita justamente "autoridade administrativa independente". b) ressalta algumas características do regime especial dessa entidade, tais quais independência administrativa, ausência de subordinação

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hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, mas não afasta o seu enquadramento como autarquia. c) refere-se ao fato de essa entidade não integrar a Administração Indireta. d) refere-se ao fato de essa entidade não ser sujeita a normas decorrentes do exercício do poder regulamentar pelo chefe do Poder Executivo. e) implica a criação de uma nova espécie típica de entidade integrante da Administração Indireta, dita "agência reguladora".

Comentário:

As alternativas “a” e “e” estão erradas, pois como vimos não se trata de uma nova espécie de entidade, trata-se de uma autarquia.

A alternativa “b” está correta, pois têm, dentre outras

características, submissão a regime especial que estabelece independência administrativa (maior autonomia), ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, mas não afasta o seu enquadramento como autarquia.

A alternativa “c” está errada, por ser uma autarquia,

integra a Administração Pública Indireta. A alternativa “d” está errada, como sabido todo e

qualquer entidade administrativa está sujeita ao poder regulamentar do Chefe do Executivo, muito embora essas entidades disponham de poder normativo, mas que é exercido no âmbito de suas funções para regulamentar atividade que regulam. Gabarito: “B”.

34. (TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ADMINISTRAÇÃO – MPE/SE – FCC/2009) Considere as entidades abaixo relacionadas: I Sociedade de economia mista sob controle do Estado de Sergipe.

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II Fundação pública instituída pelo Estado de Sergipe. III Associação pública mantida entre a União e o Estado de Sergipe. São integrantes da administração indireta do Estado de Sergipe as entidades citadas nos itens a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

Comentário:

Bem já sabemos que as Fundações Públicas e as Sociedades de Economia Mista integram a Administração Pública Indireta.

Pois é, falta saber onde está esta tal associação

pública. Eu sempre falo que tudo está naquele organograma que disponibilizei, ou seja, qualquer entidade estatal que você conhecer hoje estará ali, ou seja, será uma autarquia, uma fundação pública, uma sociedade de economia mista ou empresa pública.

Então, vamos ver: No âmbito de novas reformas administrativas que estão

surgindo no Estado brasileiro, foi editada a Lei nº 11.107/05 que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, podendo constituir associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

Assim, a associação pública tem natureza de pessoa

jurídica de direito público seguindo o modelo estabelecido para as autarquias, ou seja, a associação pública é uma associação entre pessoas jurídicas.

A associação pública uma pessoa jurídica de direito

público quando essa associação for só de pessoa jurídica de direito público, por exemplo uma associação entre a União, o Distrito Federal e

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o Estado de Goiás, teremos o surgimento de uma nova pessoa jurídica de direito público denominada associação pública.

Daí é fácil entender que essa nova pessoa deverá integrar

a Administração indireta de todos os entes que participarem de sua formação.

De outro lado, poderá a formação dessa associação ser

constituída não por pessoas estatais, mas por pessoas privadas, de modo que teremos uma associação privada, que segundo a lei não integra a Administração Pública.

Com efeito, o consórcio público, na forma de associação

pública, integrará a administração pública indireta de todos os entes políticos participantes do consórcio. É bom salientar que, nesse caso, a associação terá as mesmas prerrogativas das autarquias, além de outros estabelecidos pela lei instituidora que será aplicado em qualquer hipótese.

Portanto, a resposta correta é todas essas entidades

integram a Administração Indireta.

Gabarito: “E”

35. (JUIZ - TJ/GO - FCC/2012) Recentemente, por meio da Lei Federal nº 12.396/2011, foram ratificados os termos do Protocolo de Intenções celebrado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município do Rio de Janeiro, com o fim de criar a Autoridade Pública Olímpica, entidade de direito público que será responsável pela coordenação das atividades necessárias à preparação das Olimpíadas Rio 2016. Referida entidade é a) fundação pública multipatrocinada. b) consórcio público, na modalidade de associação pública. c) agência executiva. d) empresa pública interfederativa. e) parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa.

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Comentário:

Conforme Protocolo, aprovado pela Lei nº 12.036/2011, subscrevem o presente instrumento de cooperação e de associação, visando a constituição futura do contrato de consórcio público interfederativo, denominado Autoridade Pública Olímpica – APO, o Município do Rio de Janeiro, o Estado do Rio de Janeiro e a União.

Assim, teremos uma associação formada somente por

pessoas jurídicas de direito público, ou seja, teremos um consórcio público, que é uma pessoa jurídica de direito público multifederativa (interfederativa).

Protocolo de Intenções firmado entre a União, o Estado do Rio

de Janeiro e o Município do Rio de Janeiro, com a finalidade de

constituir consórcio público, denominado Autoridade Pública

Olímpica - APO

Gabarito: “B”.

36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 11ª REGIÃO – FCC/2012) Segundo a Constituição Federal, a instituição de fundação pública deve ser autorizada por a) ato administrativo emanado pelo Poder Público federal que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. b) ato administrativo emanado pelo Poder Público municipal, do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. c) ato administrativo emanado pelo Poder Público estadual que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. d) lei específica, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. e) decreto municipal, emitido pelo Prefeito do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação.

Comentário:

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O Decreto-Lei nº 200/67, conforme art. 5º, inc. IV, define fundações, como entidade dotada de personalidade jurídica de direito

privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização

legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam

execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia

administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de

direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras

fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

Portanto, Fundação é uma pessoa jurídica composta por

um patrimônio personalizado, destinado pelo seu fundador para uma finalidade específica.

Nesse sentido, a Constituição Federal em seu artigo 37,

inc. XIX, assim dispõe:

Art. 37.

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia

e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de

economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,

neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Significa dizer que a criação de Fundações depende

sempre de lei específica, ou seja, a lei autorizando a criação, cabendo a lei complementar definir a área de atuação.

Ressalte-se, ademais, que a criação se dá por meio de

decreto executivo que aprova o Estatuto, o qual deverá ser registrado em cartório de registro de pessoas jurídicas.

De outro lado, devemos entender que as Fundações

Públicas podem ter a natureza de pessoa jurídica de direito público, caracterizando uma espécie de autarquia, denominada autarquia fundacional ou fundação governamental.

Com efeito, disso podemos extrair que, as fundações

públicas de direito público estão submetidas a regime jurídico de direito

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público, o que caracteriza que seus bens são públicos, o regime adotado para seu pessoal é o estatutário, pagando suas dívidas por precatórios e, no caso das fundações públicas de direito público federal estão sob a jurisdição da justiça federal.

De outro lado, as fundações públicas de direito privado,

se submete ao regime jurídico de direito privado, seus bens são considerados privados, seu agentes, como regra, se submetem ao regime celetista.

No entanto, nem tudo se reduz ao regime privado, é que

por ser entidade pública está submetida a algumas restrições oriundas do princípio da indisponibilidade do interesse público, ou seja, oriundas do regime jurídico-administrativo, tal como obrigatoriedade de licitar, realizar concurso público, dentre tantas outras implicações do regime público.

Daí, portanto, a alternativa “d” é a correta, ou seja,

somente por lei específica é autorizada a criação, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.

Gabarito: “D”.

37. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SP – FCC/2012) As fundações de direito público, também denominadas autarquias fundacionais, são instituídas por meio de lei específica e a) seus agentes não ocupam cargo público e não há responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros. b) seus contratos administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei. c) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, definindo as áreas de sua atuação. d) seus atos administrativos não gozam de presunção de legitimidade e não possuem executoriedade. e) seu regime tributário é comum sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades essenciais.

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Comentário:

Ressalta-se que as fundações públicas de direito público são verdadeiras autarquias, denominadas fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. Assim:

A alternativa “a” está errada. Seus agentes ocupam cargo

público e há responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros. A alternativa “b” está correta. De fato, seus contratos

administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei.

A alternativa “c” está errada. Sua criação se dá por lei.

Assim, não haverá necessidade de levar seus atos constitutivos ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

A alternativa “d” está errada. Seus atos administrativos

gozam de presunção de legitimidade e possuem executoriedade. A alternativa “e” está errada. Seu regime tributário é

diferenciado, ou seja, sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades essenciais não há a incidência de imposto, são imunes.

Gabarito: “B”.

38. (PROCURADOR – TCE/AP – FCC/2010) Dentre outras características, distingue-se a autarquia das empresas estatais em razão de a primeira a) ser criada por lei, enquanto as empresas estatais podem ser constituídas por decreto. b) submeter-se a processo especial de execução, ainda que também não goze de imunidade tributária. c) gozar de imunidade tributária, embora seus bens também não sejam protegidos pela impenhorabilidade e pela imprescritibilidade.

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d) poder editar atos dotados de imperatividade e executoriedade, enquanto as estatais são regidas pelo regime jurídico de direito privado. e) integrar a administração direta, embora não goze de juízo privativo, enquanto as empresas estatais fazem parte da administração indireta.

Comentário:

De fato, dentre as diferenças entre as autarquias e as empresas públicas podemos citar que, como regra, por estar submetida a regime jurídico de direito público, seus atos são dotados de autoexecutoriedade, imperatividade, tipicidade e presunção de legitimidade e veracidade.

Assim, a alternativa “a” está errada porque a empresa

pública necessita de lei autorizando sua criação. A alternativa “b” está errada porque as autarquias gozam

de imunidade tributária, tendo o STF reconhecido essa imunidade às empresas públicas prestadoras de serviços públicos.

A alternativa “c” está errada, visto que as autarquias têm

seus bens protegidos pela impenhorabilidade e pela imprescritibilidade. O STF também reconheceu essa garantias às empresas públicas prestadoras de serviços públicos, em regime de monopólio.

A alternativa “e” também está errada, porque tanto as

autarquias, quanto as empresas públicas, no âmbito federal, gozam de juízo privativo, ou seja, suas ações são julgadas na Justiça Federal, conforme art. 109, inc. I, da CF/88.

Portanto, a alternativa “d” é a correta, já que, em regra,

as autarquias podem editar atos dotados de imperatividade e executoriedade, enquanto as estatais são regidas pelo regime jurídico de direito privado.

Gabarito: “D”.

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39. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/PA – FCC/2009) As chamadas “empresas estatais” apresentam grande semelhança no regime jurídico que se lhes aplica. Para distingui-las é correto afirmar que as: a) empresas públicas são sempre constituídas sob a forma de sociedade anônima. b) sociedades de economia mista admitem todas as formas societárias previstas em lei, com exceção da sociedade anônima. c) empresas públicas são sempre constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado, não admitindo comercialização de ações em bolsa. d) sociedades de economia mista são constituídas sob a forma de sociedade anônima, sendo o capital constituído por recursos públicos e particulares. e) empresas públicas têm o capital constituído por recursos provenientes da Administração Direta, não admitindo a participação de outros entes, ainda que da esfera pública.

Comentário:

As chamadas empresas estatais ou simplesmente estatais são as empresas públicas e sociedades de economia mista. Contudo, alguns autores utilizam a expressão paraestatal, tal como Hely Lopes Meirelles3.

Paraestatal tem sido utilizado para designar pessoas que

andam paralela ao Estado. A rigor, todas as entidades administrativas e mais algumas pessoas privadas que colaboram com o Estado (pessoas políticas) seriam alcançadas por tal conceito. Contudo, a doutrina majoritária adota a expressão para designar as entidades do 3º setor que colaboram com o Estado.

Porém, como dito, a banca a adotou como designativo

das entidades de direito privado criada pelo Estado (conforme exposto no edital).

3 A propósito, essa parece ter sido a opção da banca examinadora, ao cobrar, dentro da Administração

Indireta o termo paraestatal.

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A empresa pública, conforme Decreto-Lei 200/67, é

pessoa jurídica de direito privado composta por capital exclusivamente público, criada para a prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas sob qualquer modalidade empresarial.

Nesse sentido, vale citar, além do referido art. 37, inc.

XIX, o art. 173, §1º, inc. II, da Constituição, que assim dispõe:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a

exploração direta de atividade econômica pelo Estado só

será permitida quando necessária aos imperativos da

segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,

conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa

pública, da sociedade de economia mista e de suas

subsidiárias que explorem atividade econômica de

produção ou comercialização de bens ou de prestação de

serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 19, de 1998)

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela

sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de

1998)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas

privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,

comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 19, de 1998)

De outro lado, a sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, criada para prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica, com capital misto e na forma de S/A.

Assim, vamos verificar que as estatais têm características

que as assemelham, mas têm outras que as distingue. Observe que, quanto à criação dessas entidades, sempre

depende de lei, só que a lei (específica) autoriza a instituição (art. 37,

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XIX, da CF), que dependerá de registro de seus atos constitutivos no órgão competente [junta comercial].

Quanto à extinção, em observância ao princípio do

paralelismo das formas ou da simetria haveria a necessidade também de lei autorizar, dando-se a devida baixa no cartório.

No entanto, paira na doutrina controvérsia acerca da

possibilidade de empresa pública ou sociedade de economia mista falir. A Lei nº 6.404/76 (LSA) estabelecia que a Sociedade de Economia Mista não poderia falir, esse era o entendimento sustentado por parte da doutrina, outros sustentavam que poderia ante a norma do art. 173, §1º, CF/88.

Contudo, a Lei n° 11.101/2005 (nova Lei de Falências e

Recuperação Judicial), em seu artigo 2°, exclui, explicitamente, a sociedade de economia mista e a empresa pública de sua incidência, de modo que não podem falir ou se submeterem ao procedimento de recuperação judicial extrajudicial.

Outrossim, cumpre dizer que as estatais estão

submetidas às disposições da Lei 8.666/93. Pode, contudo, quando exploradoras da atividade econômica, ter regime especial por meio de estatuto próprio conforme o art. 173, §1º, III, CF.

Ressalto, no entanto, que o STF entendeu, em julgamento

ainda pendente de finalização, que a estatal exploradora de atividade econômica em regime concorrencial pode adotar procedimento simplificado de licitação aprovado por decreto presencial (caso Petrobras).

INFORMATIVO Nº 426:

TÍTULO: Efeito Suspensivo em

RE: Petrobrás e Licitação Simplificada

PROCESSO: AC - 1193

ARTIGO

A Turma, resolvendo questão de ordem, deferiu medida

cautelar para emprestar efeito suspensivo a recurso

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extraordinário interposto pela Petróleo Brasileiro S/A -

Petrobrás contra acórdão do STJ que, também em medida

cautelar, restabelecera a eficácia de tutela antecipada que

suspendera as suas licitações, as quais utilizavam procedimento

licitatório simplificado, previsto na Lei 9.478/97 e

regulamentado pelo Decreto 2.745/98. Consideraram-se

presentes os requisitos necessários à pleiteada concessão.

Quanto à plausibilidade jurídica do pedido, asseverou-se que a

submissão da Petrobrás a regime diferenciado

de licitação estaria, à primeira vista, justificado, tendo

em conta que, com o advento da EC 9/95, que

flexibilizara a execução do monopólio da atividade do

petróleo, a ora requerente passara a competir livremente

com empresas privadas, não sujeitas à Lei 8.666/93.

Nesse sentido, ressaltaram-se as conseqüências de ordem

econômica e política que adviriam com o cumprimento da

decisão impugnada, caso a Petrobrás tivesse que aguardar o

julgamento definitivo do recurso extraordinário, já admitido,

mas ainda não distribuído no STF, a caracterizar perigo de dano

irreparável. Entendeu-se, no ponto, que a suspensão

das licitações realizadas com base no Regulamento do

Procedimento Licitatório Simplificado (Decreto 2.745/98

e Lei 9.478/97) poderia tornar inviável a atividade

da Petrobrás e comprometer o processo de exploração e

distribuição do petróleo em todo país, com reflexos imediatos

para a indústria, comércio e, enfim, para toda a população. AC

1193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.5.2006. (AC-1193)

Ademais, no tocante ao regime tributário, tendo em vista

a disposição contida no art. 173, §1º, inc. II, CF/88, em regra, as estatais não têm privilégios tributários, não extensíveis à iniciativa privada.

De todo modo, o Supremo Tribunal Federal vem

entendendo que se prestam serviços públicos, especialmente em regime de exclusividade, gozam de prerrogativas de direito público, tal como imunidade tributária em relação aos seus bens, rendas e serviços e pagamento de seus débitos por precatórios (Caso ECT).

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INFORMATIVO Nº 546

TÍTULO: ECT: IPVA e Imunidade Tributária

PROCESSO: ACO - 765

ARTIGO

Na linha da orientação firmada no julgamento da ACO 959/RN

(DJE de 16.5.2008), no sentido de que a norma do art. 150,

VI, a, da CF alcança as empresas públicas prestadoras de

serviço público, o Tribunal, por maioria, julgou procedente

pedido formulado em ação cível originária proposta pela

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT contra

o Estado do Rio de Janeiro, para afastar a cobrança do

IPVA, bem como as sanções decorrentes da

inadimplência do tributo. Vencidos os Ministros Marco

Aurélio, relator, e Ricardo Lewandowski, que julgavam o pleito

improcedente, por reputarem inaplicável, à autora,

a imunidade recíproca, haja vista ser ela empresa pública com

natureza de direito privado que explora atividade econômica.

Vencido, parcialmente, o Min. Joaquim Barbosa, que julgava o

pedido procedente em parte. Em seguida, o Tribunal, também

por votação majoritária, resolveu questão de ordem, suscitada

pelo Min. Menezes Direito, para autorizar os Ministros a

decidirem, monocrática e definitivamente, nos termos da

decisão desta ação cível originária, recursos e outras causas

que versem sobre o mesmo tema. Vencido, no ponto, o Min.

Marco Aurélio. ACO 765/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/

o acórdão Min. Menezes Direito, 13.5.2009. (ACO-765)

E, por fim, no tocante a responsabilidade civil, as estatais

podem tanto explorar a atividade econômica como prestar serviço público. Assim, quando prestadoras de serviços públicos submetem-se ao regime de responsabilidade objetiva (art. 37, §6º, CF/88), respondendo o Estado subsidiariamente pelos prejuízos causados. Quando exploradoras de atividade econômica, o regime será o privado, portanto, em regra, a responsabilidade é subjetiva, ou seja, depende da comprovação de dolo ou culpa.

No tocante ao seu pessoal, por estarem submetidas ao

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regime de direito privado, titularizam emprego, seguindo o regime da CLT, todavia, são considerados agentes públicos (servidores públicos lato sensu), em razão de algumas regras: concurso público, teto remuneratório, acumulação, remédios constitucionais, fins penais, improbidade administrativa, dentre outros aspectos.

É de se ressalvar, no entanto, o entendimento do TST de

que poderá dispensar o empregado de forma imotivada, salvo quando for estatal prestadora de serviços públicos, porque aí a dispensa deverá ser motivada e amparada de processo administrativo no qual se assegure o contraditório e ampla defesa.

E, por fim, no tocante aos bens são passíveis de penhora,

já que são considerados bens privados, exceto se a empresa for prestadora de serviços públicos e o bem estiver diretamente ligado a eles, de modo que por força do princípio da continuidade o bem não poderá sofrer constrição.

Essas características assemelham as empresas públicas e

as sociedades de economia mista, no entanto, se distanciam no tocante a sua constituição, isso porque as empresas públicas são formadas por capital exclusivamente público, enquanto as de economia mista não.

As empresas públicas podem assumir qualquer forma

societária/empresarial, ou seja, podem ser S/A, Limitada, Comandita. No entanto, as de economia mista só podem assumir a forma de S/A.

Ademais, no caso federal, as empresas públicas são

submetidas à Justiça Federal (art. 109, inc. I, da CF/88), enquanto que as sociedades de economia mista terão suas causas decididas na Justiça Estadual.

Por isso, as alternativas “a” e “b” estão erradas, pois as

sociedades de economia mista é que são sempre constituídas sob a forma de sociedade anônima e as empresas públicas podem assumir qualquer forma societária.

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Alternativa “c” está errada, novamente se trataria de uma sociedade de economia mista. Podemos ter de capital fechado ou aberto. As abertas admitem a comercialização de ações em bolsa.

Alternativa “d” está correta, ou seja, conforme vimos, as

sociedades de economia mista são constituídas sob a forma de sociedade anônima, sendo o capital constituído por recursos públicos e particulares.

Alternativa “e” está errada, de modo que é possível sim

empresa pública constituída por mais de um ente político, tal como Itaipu que é uma empresa pública binacional. Aqui no DF temos a Terracap que é constituída por capital do DF e da União, essa em menor participação. O que importa é que a empresa pública o capital é exclusivamente público. Gabarito: “D”.

40. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 11ª REGIÃO – FCC/2012) Considere as seguintes assertivas: I. Pode adotar uma das modalidades de sociedade disciplinadas pela legislação comercial. II. Seja de âmbito federal, estadual ou municipal, tem capital inteiramente público, ou seja, dele somente podem participar pessoas jurídicas de direito público. III. Não pode adotar a forma de sociedade unipessoal. IV. Se for de âmbito federal, terá seus litígios processados e julgados obrigatoriamente na Justiça Federal. No que concerne à empresa pública, está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e IV. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV.

Comentário:

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A assertiva I está correta. De fato, as empresas públicas

podem adotar uma das modalidades de sociedade disciplinadas pela legislação comercial.

A assertiva II está errada. Seja de âmbito federal,

estadual ou municipal, tem capital inteiramente público. Contudo, dele poderá participar qualquer pessoa integrante da Administração Pública, conforme art. 5º do Decreto-Lei 900/69.

Art . 5º Desde que a maioria do capital votante permaneça de

propriedade da União, será admitida, no capital da Emprêsa

Pública (artigo 5º inciso II, do Decreto-lei número 200, de 25 de

fevereiro de 1967), a participação de outras pessoas jurídicas

de direito público interno bem como de entidades da

Administração Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e

Municípios.

A assertiva III está errada. As empresas públicas podem

pode adotar a forma de sociedade unipessoal ou pluripessoal. A assertiva IV está correta. A empresa pública se for de

âmbito federal, terá seus litígios processados e julgados obrigatoriamente na Justiça Federal, conforme art. 109, inc. I, da CF/88. Gabarito: “C”.

41. (ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/16ª REGIÃO – FCC/2009) São traços distintivos entre empresa pública e sociedade de economia mista: (A) forma jurídica; composição do capital e foro processual. (B) foro processual; forma de criação e objeto. (C) composição de capital; regime jurídico e forma de criação. (D) objeto; forma jurídica e regime jurídico. (E) regime jurídico; objeto e foro processual.

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Comentário:

Depois do que verificamos, portanto, poderemos distinguir a empresa pública e a sociedade de economia mista pela forma jurídica, composição do capital e o foro processual.

Lembrando a forma jurídica assumida pela empresa

pública poderá ser qualquer uma, ou seja, limitada, sociedade anônima, comandita simples, enquanto a sociedade de economia mista só poderá ser constituída sob a forma de S/A.

A composição do capital da empresa pública é

exclusivamente público, enquanto a sociedade de economia mista é público (capital controlador) e privado.

Por fim, no tocante ao foro processual, as empresas

públicas, federais, suas causas serão submetidas à Justiça Federal e a sociedade de economia mista à Justiça comum. Gabarito: “A”.

42. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/TO – FCC/2011) Constitui traço distintivo entre sociedade de economia mista e empresa pública: a) forma de organização, isto é, forma jurídica. b) desempenho de atividade de natureza econômica. c) criação autorizada por lei. d) sujeição a controle estatal. e) personalidade jurídica de direito privado.

Comentário:

Já observamos que as estatais são semelhantes no que diz respeito à criação (lei específica autoriza a criação), no tocante a sua natureza (pessoa jurídica de direito privado), também no que diz respeito ao controle estatal (sofrem controle de tutela), e quanto à

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atividade que podem exercer, já que podem ser criadas para explorar atividade econômica, quanto para prestar serviços públicos.

Assim, distinguem-se quanto ao capital social (as

empresas públicas o capital é exclusivamente público), forma de organização (as empresas públicas podem assumir qualquer forma societária), e no plano federal, quanto ao juízo competente para processar e julgar suas ações (as empresas públicas têm juízo privativo na Justiça Federal). Gabarito: “A”.

43. (TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ADMINISTRAÇÃO – MPE/SE – FCC/2009) Terá, obrigatoriamente, personalidade jurídica de direito privado uma a) autarquia de regime comum. b) fundação pública. c) associação pública. d) sociedade de economia mista que exerça atividade econômica. e) autarquia de regime especial.

Comentário:

Bem, agora é bem simples. Então a única dessas entidades que terá obrigatoriamente a natureza jurídica ou personalidade jurídica de direito privado, será a sociedade de economia mista.

Lembre-se que as autarquias, em regime comum ou

especial, a associação pública terão personalidade jurídica de direito público. As fundações públicas poderão ser constituídas como pessoas jurídicas de direito público ou como pessoas jurídicas de direito privado. Gabarito: “D”.

44. (TCE – TCE/AP – FCC/2012) O Estado pretende criar

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entidade dotada de autonomia, integrante da Administração indireta, para exercer atividade de natureza econômica, com a participação de entidade privada na constituição do correspondente capital social. Atende a tal objetivo a) uma Empresa pública. b) uma Sociedade de economia mista. c) uma Parceria Público-Privada. d) um Consórcio público. e) uma Organização Social - OS.

Comentário:

Pessoa jurídica de direito privado, para explorar atividade econômica, com participação no capital de entidade privada, e que integra a estrutura da Administração Pública é a sociedade de economia mista. Gabarito: “B”.

45. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) NÃO é característica da sociedade de economia mista: a) criação autorizada por lei. b) personalidade jurídica de direito privado. c) derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público. d) estruturação sob qualquer forma societária admitida em direito. e) desempenho de atividade econômica.

Comentário:

Como já sabemos, a sociedade de economia mista é uma entidade administrativa, integrante da estrutura da administração indireta, com personalidade jurídica de direito privado, submetida, preponderantemente, a regime jurídico de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, criada para o desempenho de atividade econômica

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ou para prestação de serviço público, sob a societária de sociedade anônima (S/A).

Assim, dentre as alternativas, a única que não é

característica da sociedade de economia mista é a “d”, ou seja, estruturação sob qualquer forma societária admitida em direito, porque tal característica é da empresa pública. Gabarito: “D”.

46. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF 1ª REGIÃO – FCC/2011) NÃO é considerada característica da sociedade de economia mista a) a criação independente de lei específica autorizadora. b) a personalidade jurídica de direito privado. c) a sujeição a controle estatal. d) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei. e) o desempenho de atividade de natureza econômica.

Comentário:

Novamente. Dentre tais características podemos dizer que a sociedade de economia mista tem personalidade jurídica de direito privado, está sujeita a controle estatal (tutela), está vinculada aos fins definidos em lei (princípio da especialização), bem como é criada para explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos.

Assim, observemos que sua criação depende sempre de

lei específica autorizadora. Gabarito: “A”.

47. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT 6ª REGIÃO - FCC/2012) É comum às empresas públicas e sociedades de economia mista, que atuam no domínio econômico, a) a personalidade jurídica de direito público.

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b) a criação por meio da edição de lei, que deve trazer anexo o respectivo estatuto social. c) a submissão ao regime de direito típico das empresas privadas, embora haja derrogação parcial por normas de direito público. d) a derrogação parcial do regime jurídico de direito público quando se trata de empresa prestadora de serviço público exclusivo. e) o desempenho de atividade econômica, vedada a auferição de lucro.

Comentário:

A alternativa “a” está errada. As estatais possuem personalidade jurídica de direito privado.

A alternativa “b” está errada. A criação não é feita por

meio da edição de lei. A lei autorização a criação, daí será expedido decreto que aprovará o respectivo estatuto social, sendo anexo do próprio decreto, e com isso será efetuado o registro na Junta Comercial.

A alternativa “c” está correta. De fato, as estatais estão

submissas ao regime de direito típico das empresas privadas, embora haja derrogação parcial por normas de direito público.

A alternativa “d” está errada. Não se aplica em regra o

regime de direito público, salvo derrogações. Ademais, ainda que seja prestadora de serviço público aplica-se o regime de direito privado com derrogações do regime jurídico de direito público.

A alternativa “e” está errada. De fato, há o desempenho

de atividade econômica, no entanto, não é vedada a auferição de lucro. Gabarito: “C”.

48. (COMISSÃRIO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – TJ/RJ – FCC/2012) Em relação aos entes que integram a Administração Indireta, a sociedade de economia mista e a empresa pública a) somente podem ser criadas por lei, salvo as subsidiárias, que dispensam autorização legislativa para sua criação.

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b) sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, o que afasta a incidência das normas constitucionais dirigidas à Administração Pública. c) sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, mas sua criação deve ser autorizada por lei. d) sujeitam-se ao regime jurídico de direito público quando os fins definidos na lei instituidora abrangem a prestação de serviço público. e) sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, mas são instituídas, formalmente, por lei, o que afasta o depósito de seus atos constitutivos no Registro Público.

Comentário:

A alternativa “a” está errada. As estatais não são criadas por lei. É necessária a autorização legislativa para sua criação, inclusive para a criação das subsidiárias.

A alternativa “b” está errada. De fato, sujeitam-se ao

regime jurídico próprio das empresas privadas. Todavia, isso não afasta a incidência das normas constitucionais dirigidas à Administração Pública.

A alternativa “c” está correta. À evidência, sujeitam-se ao

regime jurídico próprio das empresas privadas, mas sua criação deve ser autorizada por lei.

A alternativa “d” está errada. Não se sujeitam, em regra,

ao regime jurídico de direito público, salvo derrogações, ainda que os fins definidos na lei instituidora abranja a prestação de serviço público.

A alternativa “e” está errada. Sujeitam-se ao regime

jurídico próprio das empresas privadas. E, por isso, não são instituídas, formalmente, por lei. A lei autoriza a criação, daí que haverá necessidade de se efetuar o depósito de seus atos constitutivos no Registro Público. Gabarito: “C”.

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49. (ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS - TRT 6ª REGIÃO - FCC/2012) A respeito do regime jurídico das entidades integrantes da Administração Pública indireta é correto afirmar que é a) de direito privado para as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica, sem prejuízo da aplicação dos princípios constitucionais da Administração Pública. b) de direito público para as fundações, autarquias e empresas públicas e de direito privado para as sociedades de economia mista. c) sempre de direito privado, parcialmente derrogado pelas prerrogativas e sujeições decorrentes dos princípios aplicáveis à Administração pública. d) sempre de direito público, exceto para as entidades caracterizadas como agências executivas ou autarquias de regime especial. e) sempre de direito privado, em relação à legislação trabalhista e tributária, e de direito público em relação aos bens afetados ao serviço público.

Comentário:

A alternativa “a” está correta. De fato, aplica-se o regime de direito privado para as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica, sem prejuízo da aplicação dos princípios constitucionais da Administração Pública.

As alternativas “b”, “c”, “d” e “e” estão erradas. O regime

de direito público aplica-se para a Administração direta, para as autarquias e fundações públicas de direito público. Para as fundações públicas de direito privado, empresas públicas e as sociedades de economia mista aplica-se o de direito privado, com derrogações do público. Gabarito: “A”.

50. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRF 2ª REGIÃO - FCC/2012) A

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administração indireta compreende, além de outras entidades, as empresas públicas e sociedades de economia mista, as quais têm personalidade jurídica de direito a) público e privado, respectivamente, criadas por lei de iniciativa do Poder Executivo. b) privado, instituídas mediante autorização de lei específica. c) público e independem de lei complementar para suas instituições. d) privado e público, respectivamente, sendo instituídas mediante lei específica. e) público, criadas por ato específico e privativo do chefe do Poder Executivo.

Comentário:

As estatais, ou seja, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, sempre, e são instituídas mediante autorização legislativa. Gabarito: “B”.

51. (TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ADMINISTRAÇÃO – MPE/SE – FCC/2009) Considere as seguintes afirmações: I A criação de Fundações Públicas, no Estado de Sergipe, depende de lei específica aprovada pela Assembléia Legislativa. II A alteração do estatuto das Fundações Públicas deve ser aprovada por órgão do Ministério Público. III Compete ao Ministério Público velar pelas Fundações Públicas, embora não lhe caiba fazê-lo quanto às particulares. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II. e) II e III.

Comentário:

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Bem, essa questão é uma boa pegadinha para aqueles desavisados no âmbito dos concursos públicos, em especial no Direito Administrativo. Quer se confundir fundações privadas com as fundações públicas.

As fundações privadas são criadas por particulares, que

buscam, como ressaltei inicialmente, realizar atividade de cunho social, assistencial, de ajudar ao próximo, ao necessitado, por isso, são entidades sem fins lucrativos.

É claro que esse campo ou setor é muito visado, e

existem diversos entidades que nada tem de filantrópicas, são P“h”ilantrópicas. Por isso, necessário um acompanhamento bem próximo do Estado, acerca da atuação dessas entidades.

Nesse sentido, é conferido ao Ministério Público,

consoante o Código Civil, art. 66, a função de velar pelas Fundações, conforme assim expresso:

Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério

Público do Estado onde situadas.

É importante esclarecer que essa disposição não se aplica

às Fundações Públicas, ou seja, se aplica apenas às Fundações Privadas, isso porque elas já estariam submetidas aos controles da própria Administração Pública, seja interno ou externo.

Nesse sentido, é o entendimento da Profª Maria Sylvia Di

Pietro, para quem a tutela administrativa a que estão sujeitas as fundações públicas (tanto as que têm personalidade jurídica de direito público quanto as com personalidade de direito privado) é meio de controle suficiente e apto a assegurar a realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.

No entanto, devemos tomar cuidado, pois o STF andou

pisando na bola (risos), é que no julgamento da ADI 2794/DF (rel. Min. Sepúlveda Pertence, 14.12.2006.) mencionou que é “atribuição do Ministério Público Federal” a “veladura pelas fundações federais de

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direito público, funcionem, ou não, no Distrito Federal ou nos eventuais Territórios”, consoante Informativo 452.

De certo que o STF não pretendia dar esse alcance ao

dispositivo, todavia, precisamos ficar atentos às bancas maldosas. Devemos entender que o Ministério Público é curador das

Fundações Privadas, inclusive, conforme estabelece o art. 67, inc. III, do CC/02, para que se possa alterar o estatuto da fundação deverá ser aprovado pelo órgão do Ministério Público.

Assim, temos: Item I é correto, pois as Fundações Públicas a criação de

Fundação Pública depende de lei específica, muito embora ela não a crie diretamente, apenas autorize a criação.

Item II é incorreto, pois o dispositivo remete às

Fundações Privadas, em que pese a manifestação do STF na ADI 2794/DF.

Item III é incorreto, pois o Ministério Público deve velar

pelas Fundações Privadas.

Gabarito: “A”.

52. (AUDITOR – TRIBUNAL DE CONTAS DE ALAGOAS – FCC/2008) Constitui norma comum e inerente ao regime jurídico das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista (A) a imunidade tributária garantida pela Constituição, relativa aos impostos sobre patrimônio, renda ou serviços. (B) o controle das suas atuações por órgãos da Administração Direta, nos limites da lei. (C) o desempenho de atividade de natureza não econômica.

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(D) a incidência do duplo grau de jurisdição, quando sejam partes em processo judicial. (E) a instituição de sua personalidade jurídica por Decreto expedido pelo chefe do Poder Executivo.

Comentário:

Essa é uma questão muito boa para refletirmos. O que há de comum a todas as entidades administrativas, ou seja, qual o traço característico que aproxima as pessoas jurídicas que integram a Administração Pública indireta, além de todas serem dotadas de personalidade jurídica, e gozarem de autonomia.

É a imunidade tributária? De modo algum, pois empresa

pública e sociedade de economia mista não gozam de privilégios que não sejam extensíveis ao setor privado, eis que seu regime jurídico é o mesmo adotado pelas demais empresas privadas, consoante determina o art. 173, §1º, inc. II, da CF/88, citado anteriormente.

É o desempenho das atividades? Não, isso porque as

autarquias e fundações públicas, de direito público, vão desempenhar atividades próprias do Estado. As Fundações Públicas de direito privado vão desempenhar atividade social, comumente associadas ao terceiro setor, ou seja, de cunho assistencialista.

De outro lado, as empresas públicas e sociedades de

economia mista são criadas para atuarem no 2º setor, no mercado, explorando atividade econômica ou no 1º setor, prestando serviços públicos.

Então, seria alguma prerrogativa processual? Veja que o

art. 475 do CPC estabeleceu o chamado reexame necessário, ou seja, o duplo grau obrigatório.

No entanto, somente seria obrigatório quando a sentença

fosse proferida em desfavor da União, Estados, DF e Municípios, ou seja, Administração Pública Direta, e suas autarquias e fundações de direito público, conforme prescreve o inc. I do citado artigo. Assim, as

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causas contra as fundações públicas de direito privado, empresa pública ou sociedade de economia mista não gozaria de tal prerrogativa.

E, finalmente, sua instituição? Lembremos que a

instituição de autarquia se dá diretamente por lei específica e a instituição das demais entidades depende de lei, porém está apenas autoriza a criação. Portanto, também esse não é um traço comum.

Assim, somente resta à alternativa “b”, ou seja, é

comum a todas as entidades da Administração Pública indireta o controle (tutela) das suas atuações por órgãos da Administração Direta, nos limites da lei. Gabarito: “B”.

53. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SP – FCC/2009) Acerca da estruturação da Administração Pública, das alternativas abaixo qual contém impropriedades conceituais? a) Sob a ótica da personalidade jurídica, além do Poder Executivo, a Defensoria Pública, os Poderes Judiciário e Legislativo, o Ministério Público e os Tribunais de Contas podem ser considerados integrantes da Administração Pública Direta. b) Os serviços públicos são descentralizados por meio da administração indireta, também podendo ocorrer mediante atuação dos chamados concessionários, permissionários e autorizatários de serviços públicos. c) Autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas carecem de lei específica para sua existência, passando a deter personalidade jurídica própria, bem assim autonomia administrativa e gerencial, submetidas a mecanismos de controle exercidos pela Administração Publica Direta. d) É possível a existência de sócios ou acionistas privados nas sociedades de economia mista, sendo inadmissível o ingresso de capital privado na composição patrimonial das empresas públicas. Por outro lado, a imunidade recíproca prevista no Texto Constitucional Federal é extensiva apenas às empresas públicas, em igualdade de tratamento concedido às autarquias e fundações públicas.

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e) As sociedades de economia mista e as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, seus bens são submetidos ao regime jurídico dos bens particulares, seus quadros funcionais são preenchidos por agentes públicos celetistas e não podem submeter-se à chamada recuperação judicial, recuperação extrajudicial e à falência.

Comentário:

Pois é, creio que evoluímos bastante, e que agora tudo fica mais tranquilo de ser resolvido. Assim, vamos analisar cada assertiva para ver como fica.

Alternativa “a” está correta. É um pouco confusão quando

se refere a expressão “sob a ótica da personalidade jurídica”, que quer dizer na verdade sob a ótica do ente político, ou seja, aquele que tem personalidade jurídica, pode-se dizer que o Poder Executivo, a Defensoria Pública, os Poderes Judiciário e Legislativo, o Ministério Público e os Tribunais de Contas são órgãos que podem ser considerados integrantes da Administração Pública Direta.

Alternativa “b” está correta na medida em que a

descentralização administrativa pode ocorrer por outorga ou por delegação. A por outorga pode ser a descentralização territorial e a técnica/funcional ou por serviço e a por delegação ocorre por colaboração, que se dá por ato ou contrato.

Alternativa “c” está correta, é que a Administração Pública

Indireta necessitam, carecem de lei específica para sua instituição, de modo que após criadas gozam de personalidade jurídica própria, bem assim autonomia administrativa e gerencial, mas como tudo no âmbito da Administração Pública são submetidas a mecanismos de controle exercidos pela Administração Publica Direta.

Alternativa “d” está errada, já que, em regra, a imunidade

recíproca não se estende às estatais, visto estarem submetidas a regime própria das empresas privadas.

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Alternativa “e” está correta. É isso mesmo, as sociedades de economia mista e as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, seus bens são submetidos ao regime jurídico dos bens particulares, seus quadros funcionais são preenchidos por agentes públicos celetistas e não podem submeter-se à chamada recuperação judicial, recuperação extrajudicial e à falência. Gabarito: “D”.

54. (ANALISTA – TRT/MG – FCC/2009) Nos termos do parágrafo 8º do artigo 37, da Constituição Federal, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Administração Indireta poderá ser: a) ampliada, mediante contrato que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade. b) reduzida, com base em contrato de gestão, por meio do qual o Poder Público estabelece, de acordo com as diretrizes governamentais, as metas de desempenho a serem cumpridas pela entidade. c) ampliada, independentemente da celebração de contrato com o Poder Público, desde que a entidade ou órgão estabeleça metas de desempenho claras e cujo cumprimento possa ser comprovado por critérios objetivos. d) ampliada ou reduzida, conforme o nível de atendimento das metas de desempenho estabelecidas em contrato de gestão firmado com o Poder Público. e) ampliada, por decreto do Chefe do Executivo, que poderá, no caso de entidades integrantes da Administração Indireta, dispensar o cumprimento das regras gerais relativas à licitação e ao concurso público.

Comentário:

Essa questão diz mais respeito aos princípios constitucionais aplicáveis à Administração Público, e versa acerca do §8º do art. 37 que assim permite:

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A Empresa Pública não será extinta pela falência, pois só pode ser extinta por meio de lei. Se a Sociedade de Economia Mista for prestadora de serviço público, não se submete a regime falimentar. Mas, se explorar atividade econômica pode falir, pois está competindo com a iniciativa privada.
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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira

dos órgãos e entidades da administração direta e indireta

poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado

entre seus administradores e o poder público, que tenha

por objeto a fixação de metas de desempenho para o

órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído

pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Assim, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira

de órgão ou entidades da Administração Direta ou Indireta poderá ser ampliada, mediante contrato que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade. Gabarito: “A”.

55. (AUDITOR – TCE/SP – FCC/2008) Os consórcios públicos constituídos por dois ou mais municípios (A) nunca integrarão a administração indireta de nenhum destes. (B) integrarão a administração indireta de todos estes, seja qual for a forma adotada. (C) integrarão a administração indireta de um destes, escolhido no respectivo protocolo de intenções, seja qual for a forma adotada. (D) integrarão a administração indireta de todos estes, se constituídos sob a forma de associação pública. (E) integrarão a administração direta ou indireta de todos estes, conforme disciplinado no respectivo protocolo de intenções.

Comentário:

Como ressaltado, a Lei nº 11.107/05 dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, estabelecendo que o consórcio poderá ser constituído sob a forma de associação pública ou de pessoa jurídica de direito privado.

Com efeito, a associação pública tem natureza de pessoa

jurídica de direito público seguindo o modelo estabelecido para as Autarquias, ou seja, a associação pública é uma associação entre

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pessoas jurídicas. Sendo uma pessoa jurídica de direito público quando essa associação for só de pessoas jurídicas de direito público e privada, quando tiver participantes privados.

Nesse aspecto, determina a Lei, no artigo 6º, §1º que:

Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade

jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação

pública, mediante a vigência das leis de ratificação do

protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos

requisitos da legislação civil.

§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de

direito público integra a administração indireta de todos os

entes da Federação consorciados.

Vê-se, portanto, que o consórcio, de direito público,

integrará a Administração Pública indireta de toso os entes a federação consorciados.

Assim, as alternativas “A” é errada porque o consórcio

integra a Administração indireta. E, por isso, a alternativa “E” é errada, já que não integra a Administração Direta.

Alternativa “B” é errada, pois somente integra a

Administração Indireta os consórcios constituídos sob a modalidade de direito público

Alternativa “C” é errada, eis que o consórcio de direito

público integra a estrutura administrativa de todos os entes participantes.

Alternativa “D” está correta, como vimos, os consórcios

públicos integrarão a administração indireta de todos estes, se constituídos sob a forma de associação pública. Gabarito: “D”

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56. (PROCURADOR DE CONTAS – TJ/RR – FCC/2008) A União celebra, com dois Estados da Federação, contrato de consórcio público sob a forma de associação pública. Após a sua entrada em vigor, o consórcio (A) integrará a Administração Indireta da União, apenas. (B) integrará a Administração Indireta da União e de apenas um dos dois Estados participantes. (C) integrará a Administração Indireta dos entes federativos que assim o desejarem, conforme disciplinado em contrato. (D) integrará a Administração Indireta de todos os entes federativos participantes. (E) não integrará a Administração Indireta de nenhum dos entes federativos participantes.

Comentário:

A questão mais uma vez vem tratando da aplicação do §1º do art. 6º, da Lei nº 11.107/2005, que assim dispõe:

Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade

jurídica:

§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de

direito público integra a administração indireta de todos os

entes da Federação consorciados.

Portanto, a alternativa é a “D”.

Gabarito: “D”.

57. (EXECUTIVO PÚBLICO – CASA CIVIL/SP – FCC/2010) Administração Pública em seu sentido subjetivo compreende a) o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas. b) a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses privados.

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c) aquelas atividades exercidas pelo conjunto dos órgãos que possuem personalidade jurídica própria e autonomia administrativa relativa. d) as entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades descentralizadas. e) as atividades exclusivamente executadas pelo Estado, por seus órgãos e agentes, com base em sua função administrativa.

Comentário:

Observando a organização administrativa, ou seja, o Estado se organizando para exercer a atividade administrativa, percebe-se que essa estrutura se dá em nível de distribuição de atribuições entre pessoas jurídicas (entes e entidades), bem como em relação a seus órgãos e agentes públicos.

Desse modo, também é possível definir a Administração

Pública sob os sentidos objetivo e subjetivo. Sob o sentido subjetivo (orgânico ou formal) a

Administração Pública compreende o conjunto de órgãos, entidades e pessoas que realizam a função administrativa.

Sob o sentido objetivo (funcional ou material) a

administração pública, grafada em letras minúsculas, compreende o conjunto de atividades integrantes da função administrativa, tal como a prestação de serviços públicos, o exercício do poder de polícia, a atividade de fomento e a intervenção no domínio econômico e no domínio privado. Gabarito: “A”.

QUESTÕES CESPE

58. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Segundo a doutrina administrativista, o direito administrativo é o ramo do direito privado que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública,

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a atividade jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.

Comentário:

Podemos conceituar o Direito Administrativo como ramo

do direito público destinado a reger a organização administrativa do Estado e a realização de suas atividades pela Administração Pública ou por quem por ela delegada, submetido a regime de direito público, ainda que parcialmente.

Nessa medida, o Direito Administrativo tem por objeto os

órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. Gabarito: Errado.

59. (JUIZ FEDERAL – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2007) O Estado compõe o primeiro setor, ao passo que o mercado configura o segundo setor.

Comentário:

Observamos que, de fato, O Estado compõe o primeiro setor, ao passo que o mercado configura o segundo setor, e as entidades sociais o terceiro.

Gabarito: Certo.

60. (ANALISTA AMBIENTAL – MMA – CESPE/2011) No âmbito da União, a administração direta compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da

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República e dos respectivos ministérios, enquanto a administração indireta é exercida por entidades dotadas de personalidade jurídica própria.

Comentário:

Nos termos do Decreto-Lei 200/67, em seu artigo 4º, inc. I e II, a Administração Federal compreende a Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, e a Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria. Gabarito: Certo.

61. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entidades políticas que compõem a administração pública indireta.

Comentário:

Então, observamos que o Estado Central (República

Federativa do Brasil) empreendeu descentralização política criando os entes federados, políticos, todos dotados de autonomia política e personalidade jurídica de direito público, sendo a União, Estados, DF e municípios.

Tais entes atuam internamente realizando as funções que

seriam do Estado central, e quando exercem a função administrativa por meio de seus órgãos trata-se do próprio Estado realizando-a diretamente. Por isso são denominados de Administração Pública Direta.

Gabarito: Errado.

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62. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O Distrito Federal é considerado uma entidade administrativa.

Comentário:

O Distrito Federal é um ente ou entidade política,

conforme art. 18 da CF/88. Gabarito: Errado.

63. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) A desconcentração consiste na distribuição de competência de uma para outra pessoa física ou jurídica.

Comentário:

A desconcentração administrativa é a criação de

órgãos dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade), para desempenhar atribuições, competências dessa pessoa.

De outro lado, a descentralização administrativa consiste na distribuição de competência de uma para outra pessoa. Gabarito: Errado.

64. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/ 2010) A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de administração descentralizada.

Comentário:

Observe que um Ministério é um órgão do Poder Executivo federal. Sendo assim não temos duas pessoas jurídicas

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distintas, ou seja, temos apenas a União e dentro dela criamos um órgão (Ministério).

Por isso, temos aqui o processo de desconcentração. Quer

dizer temos a distribuição de atribuições dentro de uma mesma pessoa, com a criação de órgãos. Gabarito: Errado.

65. (ANALISTA TÉCNICO – MS – CESPE/ 2010) A delegação ocorre quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.

Comentário:

Deve-se prestar muita atenção entre os diversos institutos do Direito Administrativo a fim de que não nos confunda com seu sentido geral. Assim, temos desconcentração, descentralização, outorga, delegação etc.

A delegação pode ter diversos significados no âmbito do

Direito Administrativo. Pode ser entendida como forma de descentralização, a chamada por colaboração, em que o ente ou entidade delega ao particular (pessoa física ou jurídica) o exercício de certa atividade administrativa.

Pode também ser vista como instrumento do superior

permitir ou determinar que outra pessoa exerça atividade que estaria na sua competência.

De qualquer forma, a delegação sempre pressupõe duas

pessoas distintas, sejam pessoas jurídicas (descentralização administrativa por colaboração) ou pessoas físicas (delegação de competência administrativa).

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No entanto, quando a própria entidade ou ente distribui competências internamente, ou seja, por seus diversos setores, órgãos ou departamentos, temos a desconcentração, pois estaremos no âmbito da mesma pessoa jurídica. Gabarito: Errado.

66. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) Caso o TRE distribua competências no âmbito de sua própria estrutura, é correto afirmar que ocorreu descentralização.

Comentário:

O Tribunal Regional Eleitoral é um órgão integrante do Poder Judiciário da União (vide art. 92, CF/88) e, no caso, quando distribui competências internas, opera-se a desconcentração, pois serão distribuídas competências para órgãos que compõe a sua própria estrutura. Gabarito: Errado.

67. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) A desconcentração pressupõe a existência de apenas uma pessoa jurídica.

Comentário:

De fato, conforme ressaltado, a desconcentração é um fenômeno que ocorre internamente em uma mesma pessoa jurídica, com a criação de órgãos, departamentos, setores, ou seja, com a distribuição interna de atribuições.

Se você quiser brincar com isso, no caso de ainda ter

dúvidas, olhe para si e perceba que nós, enquanto pessoas, temos diversas funções internas, as quais foram distribuídas para diversos

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órgãos (rins, coração, pulmão, fígado etc) ou seja, estamos internamente desconcentrados (risos). Gabarito: Certo.

68. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) A outorga e a delegação são formas de efetivação da desconcentração.

Comentário:

A outorga e a delegação sãos institutos da descentralização.

A propósito, é preciso ficar atento, no entanto, pois há

mais de uma forma de descentralização administrativa, sendo que, em regra, uma delas é que dará ensejo à criação de entidades administrativas.

Assim, a descentralização por serviços, funcional ou

técnica se dá por meio da criação de uma pessoa jurídica pelo ente político, para a qual se outorga, transfere-se a titularidade e a execução de certa atividade administrativa específica.

Por outro lado, na descentralização por colaboração

ocorre a delegação da execução de certa atividade administrativa (serviço público) para pessoa particular para que a execute por sua conta e risco, mediante remuneração, por meio de contrato ou ato administrativo.

Percebam, portanto, que no âmbito da descentralização

administrativa teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralização legal) e a delegação (descentralização negocial).

Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere a

titularidade e o exercício de determinada atividade administrativa, de modo que se torne especialista nesse ramo.

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Na delegação, transfere-se a outra pessoa a execução de

determinado serviço público para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender ao interesse público. Gabarito: Errado.

69. (ASSESSOR JURIDÍCO – PREF. NATAL – CESPE/2008) A desconcentração pressupõe a existência de, pelo menos, duas pessoas entre as quais se repartem competências.

Comentário:

Como vimos, quando a distribuição de competência ocorre na mesma pessoa, ou seja, ocorre um fenômeno interno de distribuição de competências, temos a desconcentração, pois se trata da criação de órgãos.

Na desconcentração pressupõem uma única pessoa. Já na

descentralização pressupõem duas pessoas. Gabarito: Errado.

70. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – STF – CESPE/2008) A divisão de determinado tribunal em departamentos visando otimizar o desempenho, para, posteriormente, redistribuir as funções no âmbito dessa nova estrutura interna, é um exemplo de descentralização.

Comentário:

Então, percebam como a questão é rotineira. Claro, fiquem atentos, pois sempre colocam algum detalhe para que possamos errá-la. Mais uma vez, devemos ter muita atenção para não confundir desconcentração e descentralização. Eu brinco que é resultado de se

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conhecer as vogais, coisa lá do pré-escolar, especialmente o “E” e “O”. (risos)

Vejamos: Na descentralização ocorre a criação de pessoas jurídicas

distintas do Estado, para realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias, ou seja, é a transferência da titularidade e exercício de uma atividade administrativa por uma pessoa jurídica a outra.

Na desconcentração há a repartição de atividades,

atribuições ou competências, dentro de uma mesma estrutura organizacional administrativa, ou seja, dentro de um mesmo ente ou entidade de maneira a criar órgãos, departamentos, setores etc.

Então, lembre-se de uma dica infalível:

O (descOncentração – refere-se a Órgãos)

DESC

E (descEntralização – refere-se a Entes ou Entidades)

Vê como é fácil. Então, não tenhamos mais dúvidas, e não vamos dar sopa para essas questões mais simples.

Gabarito: Errado.

71. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) Na estrutura dos entes políticos, os órgãos estão estruturados a partir de critérios de hierarquia. Contudo, há órgãos independentes, que não se subordinam a qualquer outro, devendo, apenas, obediência às leis. É o caso da presidência da República, na estrutura do Poder Executivo federal, e dos gabinetes dos governadores, na estrutura do Poder Executivo estadual.

Comentário:

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Verificamos que, de fato, na estrutura dos entes políticos,

os órgãos estão estruturados a partir de critérios de hierarquia (independentes, autônomos, superiores e subalternos).

Há, no entanto, órgãos independentes, que não se

subordinam a qualquer outro, devendo, apenas, obediência às leis. É o caso da presidência da República, na estrutura do Poder Executivo federal, e dos gabinetes dos governadores, na estrutura do Poder Executivo estadual. Gabarito: Certo.

72. (PERITO CRIMINAL – PC/ES – CESPE/2011) Por apresentarem personalidade jurídica de direito público e, portanto, serem revestidas de direitos e obrigações, as secretarias criadas no âmbito dos estados da Federação são dotadas de atribuições específicas que recebem o nome de competência.

Comentário:

As secretarias são órgãos e como tal não possuem

personalidade jurídica, muito embora sejam dotadas de direitos e obrigações, isto é, de atribuições específicas que recebem o nome de competência. Gabarito: Errado.

73. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no pólo ativo da ação do mandado de segurança.

Comentário:

Em que pese os órgãos não terem personalidade jurídica,

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vimos que alguns órgãos são denominados independentes e outros autônomos. Estes possuem atribuições que, por vezes, decorrem diretamente da Constituição e são vitais ao próprio Estado.

Por isso, com destacado, alguns órgãos são dotados de

capacidade processual (capacidade judiciária) a fim de irem a juízo na defesa de suas prerrogativas institucionais, tal como o TCU na defesa de sua prerrogativa de fiscalizar as contas públicas, por exemplo, conforme seguinte entendimento:

PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – DEFESA JUDICIAL

DE ÓRGÃO SEM PERSONALIDADE JURÍDICA –

PERSONALIDADE JUDICIÁRIA DA CÂMARA DE

VEREADORES.

1. A regra geral é a de que só os entes personalizados,

com capacidade jurídica, têm capacidade de estar em

juízo, na defesa dos seus direitos.

2. Criação doutrinária acolhida pela jurisprudência no

sentido de admitir que órgãos sem personalidade

jurídica possam em juízo defender interesses e

direitos próprios, excepcionalmente, para

manutenção, preservação, autonomia e

independência das atividades do órgão em face de

outro Poder.

3. Hipótese em que a Câmara de Vereadores pretende não

recolher contribuição previdenciária dos salários pagos aos

Vereadores, por entender inconstitucional a cobrança.

4. Impertinência da situação excepcional, porque não

configurada a hipótese de defesa de interesses e

prerrogativas funcionais.

5. Recurso especial improvido.

(REsp 649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON,

SEGUNDA TURMA, julgado em 28/03/2006, DJ

30/05/2006 p. 136)

Nesse sentido, além desse entendimento do STJ, o

Supremo Tribunal Federal (STF) entende que certos órgãos de estatura constitucional ou órgãos coletivos têm a capacidade ou

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“personalidade judiciária” para impetrarem mandado de segurança para a defesa do exercício de suas competências e do gozo de suas prerrogativas, conforme o seguinte:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO

FEDERAL. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. CAPACIDADE

PARA SER PARTE E ESTAR EM JUÍZO. ADI 1557.

LEGITIMIDADE PARA A CAUSA CONCRETAMENTE

APRECIADA. AUSÊNCIA. PRECEDENTES. A corte

pacificou entendimento de que certos órgãos

materialmente despersonalizados, de estatura

constitucional, possuem personalidade judiciária

(capacidade para ser parte) ou mesmo, como no

caso, capacidade processual (para estar em juízo).

ADI 1557, rel. min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ

18.06.2004. Essa capacidade, que decorre do próprio

sistema de freios e contrapesos, não exime o julgador de

verificar a legitimidade ad causam do órgão

despersonalizado, isto é, sua legitimidade para a causa

concretamente apreciada. Consoante a jurisprudência

sedimentada nesta Corte, tal legitimidade existe quando o

órgão despersonalizado, por não dispor de meios

extrajudiciais eficazes para garantir seus direitos-função

contra outra instância de Poder do Estado, necessita da

tutela jurisdicional. Hipótese não configurada no caso.

Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 595176

AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda

Turma, julgado em 31/08/2010, DJe-235 DIVULG 03-12-

2010 PUBLIC 06-12-2010 EMENT VOL-02445-01 PP-

00242)

Gabarito: Errado.

74. (OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Embora, em regra, os órgãos públicos não tenham personalidade jurídica, a alguns órgãos é conferida a denominada capacidade

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processual, estando eles autorizados por lei a defender em juízo, em nome próprio, determinados interesses ou prerrogativas.

Comentário:

Vejam aí! Novamente o CESPE cobrando questão repetida e com repetição da Jurisprudência do STJ e STF.

Assim, conforme entendimentos dessas Cortes, alguns

órgãos, materialmente despersonalizados, de estatura constitucional, possuem personalidade judiciária (capacidade para ser parte) ou mesmo, como no caso, capacidade processual (para estar em juízo). Gabarito: Certo.

75. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Os órgãos subalternos, conforme entendimento do STF, têm capacidade para a propositura de mandado de segurança para a defesa de suas atribuições.

Comentário:

Observamos que o STF tem entendimento no sentido de reconhecer a órgãos de estatura constitucional ou a órgãos coletivos a capacidade ou “personalidade judiciária” para impetrarem mandado de segurança para a defesa do exercício de suas competências e do gozo de suas prerrogativas.

Todavia, tal entendimento se aplica apenas no que diz

respeito aos órgãos independentes e aos autônomos na medida em que são os que possuem competências institucionais próprias, não se estendendo aos superiores e subalternos, em especial a estes, pois são meros órgãos de execução. Gabarito: Errado.

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76. (ANALISTA PROCESSUAL – MPE/PI – CESPE/2012) Segundo classificação doutrinária, quanto ao critério relacionado à posição estatal, os órgãos autônomos são aqueles originários da Constituição e que representam os três poderes do Estado, cujas funções são exercidas por agentes políticos.

Comentário:

Os órgãos autônomos são os que gozam de autonomia

administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências.

Por outro lado, os órgãos independentes é que são

aqueles que têm origem na própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional por outro órgão, apenas à Constituição e às Leis. Gabarito: Errado.

77. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Segundo a teoria da imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos.

Comentário:

Pela teoria da imputação ou do órgão, todos os atos praticados pelos agentes são imputados a pessoa jurídica, ou seja, não importa se lícitos ou ilícitos. Claro que se ilícito, o agente responderá interna e externamente, ou seja, responderá civil, administrativa e penalmente. Gabarito: Errado.

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78. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo.

Comentário:

Devemos lembrar o seguinte: a desconcentração política, criação dos órgãos de poder, se deu por força da Constituição. Assim, se a desconcentração política se dá por lei fundamental, somente por lei pode se dá a desconcentração administrativa.

Significa dizer que somente por lei podem ser criados órgãos públicos. Com efeito, aplica-se o princípio do paralelismo das formas, ou seja, simetria, se somente por lei pode ser criado, somente por lei pode ser EXTINTO.

Nesse sentido, bem esclarece a Constituição, quando trata do decreto autônomo, vejamos:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da

República:

VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada

pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

a) organização e funcionamento da administração

federal, quando não implicar aumento de despesa

nem criação ou extinção de órgãos públicos;

(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando

vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de

2001)

Assim, os órgãos públicos são criados por lei, não

podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo. Gabarito: Certo.

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79. (PROCURADOR – AGU – CESPE/2007) No direito brasileiro, os órgãos são conceituados como unidades de atuação integrantes da estrutura da administração direta e da estrutura da administração indireta e possuem personalidade jurídica própria.

Comentário:

Com efeito, a Lei nº 9.784/99, em seu art. 1º, § 2º, inc. I, define órgão como unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.

Portanto, os órgãos são partes integrantes do ente ou entidade que os criou, não possuindo personalidade jurídica própria.

É bom ressaltar que, como já destaquei, mesmo não

possuindo personalidade jurídica, alguns órgãos são dotados de capacidade processual (personalidade judiciária) a fim de ir a juízo na defesa de suas prerrogativas institucionais.

Gabarito: Errado.

80. (PROCURADOR – AGU – CESPE/2007) As ações dos entes políticos – como União, estados, municípios e DF – concretizam-se por intermédio de pessoas físicas, e, segundo a teoria do órgão, os atos praticados por meio desses agentes públicos devem ser imputados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem.

Comentário:

Conforme a teoria do órgão, a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio de seus órgãos. Assim, quando os agentes

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públicos integrantes desses órgãos exercem suas atribuições, estão realizando a vontade de tais órgãos que é a própria vontade do Estado.

Significa dizer que o Estado atua por meio de seus órgãos

e, dentro destes, haverá agentes que realizarão as atribuições destinadas à estrutura organizacional. Por isso, quando o agente atua, o faz realizando a vontade do órgão. Assim a atuação dessas pessoas físicas são atribuídas, imputadas, ao próprio ente ou entidade. Gabarito: Certo.

81. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Atualmente, a doutrina majoritária, para explicar a relação entre o órgão público e o agente, utiliza-se da teoria da representação, segundo a qual os agentes são representantes do Estado.

Comentário:

Como citado, a teoria que se aplica à relação entre o órgão e o servidor é a teoria do órgão ou da imputação, ou seja, a atuação do agente é imputada ao órgão que exerce a vontade da pessoa jurídica que integra. Gabarito: Errado.

82. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Um órgão administrativo só poderá delegar parte da sua competência, se não houver impedimento legal, a outros órgãos que lhe sejam hierarquicamente subordinados, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Comentário:

Conforme o art. 12 da Lei nº 9.784/99, um órgão administrativo e seu titular poderá, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda

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que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Gabarito: Errado.

83. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Um órgão administrativo e seu titular estão autorizados a delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, não se admitindo, porém, que órgãos colegiados deleguem competência a agentes singulares, como, por exemplo, a seus respectivos presidentes.

Comentário:

De fato, um órgão administrativo e seu titular podem, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial (art. 12 da Lei nº 9.784/99).

Assim, admite-se que órgãos colegiados deleguem

competência a agentes singulares, como, por exemplo, a seus respectivos presidentes. Gabarito: Errado.

84. (ANALISTA PROCESSUAL – MPE/PI – CESPE/2012) Um órgão administrativo e seu titular podem delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados.

Comentário:

Como se observa da disposição legal (art. 12 da Lei nº 9.784/99) a delegação pode ocorrer para órgão ou agente, subordinado

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ou não. Gabarito: Errado.

85. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) A avocação, que decorre do sistema hierárquico, independe de justificativa, sendo admitida sempre que a autoridade superior entender que pode substituir-se ao agente subalterno.

Comentário:

Nos termos do art. 15 da Lei nº 9.784/99, a avocação somente será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, e será sempre temporária, observada a linha de subordinação. Gabarito: Errado.

86. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/TO – CESPE/2007) A administração direta abrange todos os órgãos do Poder Executivo, excluindo-se os órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo.

Comentário:

Já observamos que a Administração Pública é compreendida em Direta (centralizada) e Indireta (descentralizada).

A Administração Pública Direta é o próprio Estado,

descentralizado politicamente, titularizando e realizando as atividades administrativas, por meio de seus diversos órgãos (desconcentração administrativa).

A Administração Pública Indireta é a atuação do Estado

(União, Estados, DF ou Municípios) por outras pessoas, criada por ele a fim de realizar suas atividades (descentralização administrativa).

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Com efeito, no âmbito da Administração Pública Indireta

encontram-se as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Assim, nos termos do art. 37, caput, da Constituição

Federal, a Administração Pública encontra-se inserida em quaisquer dos três poderes, seja do Executivo, Legislativo ou Judiciário, conforme assim expresso:

“a administração pública de quaisquer dos Poderes

da União, dos estados, do Distrito Federal e dos

municípios...”.

Desse modo, como vimos nas linhas introdutórias, as

funções típicas de um Poder não excluí o exercício de funções atípicas, sendo que os órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo, além de suas funções típicas, exercem de forma atípica a função administrativa, sendo, pois, por essa razão integrantes da Administração Pública Direta. Gabarito: Errado.

87. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA – TRE/BA – CESPE/2010) Do ponto de vista orgânico, o TRE integra a administração pública indireta.

Comentário:

Do ponto de vista do órgão, ou seja, orgânico, o Tribunal Regional Eleitoral, como já destaquei, é órgão que integra o Poder Judiciário da União. Dessa forma, no exercício da função administrativa, referido órgão integra a Administração Pública Direta da União. Gabarito: Errado.

88. (ADVOGADO – BRB – CESPE/2010) O Ministério da Saúde

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faz parte da estrutura da administração pública indireta.

Comentário:

O Ministério da Saúde é um órgão integra da estrutura do Poder Executivo federal, que exerce precipuamente a função administrativa. Assim, o MS integra a estrutura da Administração Pública Direta federal. Gabarito: Errado.

89. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O Ministério da Saúde é órgão da administração pública indireta.

Comentário:

A mesma questão cobrada no concurso anterior. Pois é! Então, o Ministério da Saúde é um órgão integra da estrutura do Poder Executivo federal, ou seja, integra a estrutura da Administração Pública Direta federal. Gabarito: Errado.

90. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) As secretarias de estado e as autarquias estaduais fazem parte da administração direta.

Comentário:

As secretarias de estado são estruturas semelhantes aos ministérios. Quer dizer que os ministérios são órgãos autônomos, integrantes da Administração Pública Direta Federal. Assim, as secretarias são órgãos autônomos integrantes da Administração Pública Direta estadual.

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Gabarito: Errado.

91. (ASSESSOR JURIDÍCO - PREF. NATAL – CESPE/2008) Os ministérios e autarquias fazem parte da administração pública direta.

Comentário:

Perceberam como fica fácil! É só termos atenção que descobriremos os encantos de modo bem simples.

Então, as autarquias são entidades administrativas, ou seja, não são entes políticos, por isso, fazem parte da Administração Pública Indireta. Gabarito: Errado.

92. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.

Comentário:

Vejam aí? É esse o jogo, sempre querer trocar um instituto por outro. Então, você sabe bem que “O” é de órgãos, o que indica a DESCOncentração. E o “E” é de Ente/Entidade, indicando a DESCEntralização.

Portanto, quando atribuições de órgãos (que integra uma

pessoa jurídica) são transferidas para outra pessoa jurídica (pessoas distintas) ocorre a DESCENTRALIZAÇÃO e não a desconcentração. Gabarito: Errado.

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93. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos titulares de poderes públicos.

Comentário:

De fato, na desconcentração mantêm-se os poderes e as atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos titulares de poderes públicos. Gabarito: Certo.

94. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Diferentemente da descentralização, em que a transferência de competências se dá para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público.

Comentário:

Na descentralização há a transferência de competências de um ente ou entidade para outra pessoa. De outro lado, na desconcentração, por se tratar de processo interno, um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. Gabarito: Certo.

95. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC –

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CESPE/2009) A descentralização política ocorre quando os entes descentralizados exercem atribuições próprias que não decorrem do ente central. Sendo os estados-membros da Federação tais entes e, no Brasil, também os municípios, a descentralização política possui os mesmos entes da descentralização administrativa.

Comentário:

Vamos lembrar de novo: a descentralização política é a

criação pelo Estado Central dos chamados entes políticos, ou seja, os membros da federação. Assim, as atribuições de cada ente político decorrem do próprio ente central que reparte suas competências entre seus entes políticos.

Além desse erro, verifica-se que há erro também na

assertiva de que a descentralização política faz surgir os mesmos entes que a descentralização administrativa.

É verdade que, as duas formas de descentralização,

convergem em distribuição de competências entre pessoas distintas. Entretanto, a descentralização política ocorre com o

surgimento dos entes políticos, dando surgimento a Administração Pública Direta (União, Estados, DF e Municípios), enquanto que a descentralização administrativa dá surgimento à Administração Pública Indireta, com a criação de entidades administrativas (Autarquia, Fundação Pública, Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista). Gabarito: Errado.

96. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas.

Comentário:

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Absolutamente correto. Observe que a descentralização é

a distribuição de competências entre entes (pessoas jurídicas) distintos. Assim, a administração ocorre com a criação de unidades administrativas dotadas de personalidade jurídica (entidades administrativas), tal como as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista. Gabarito: Certo.

97. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – STF – CESPE/2008) A descentralização pode ser feita por qualquer um dos níveis de Estado: União, DF, estados e municípios.

Comentário:

Conforme demonstrado, a descentralização pode ser política ou administrativa. Na política, empreendida pela Constituição, cria-se os entes políticos: União, estados, DF e municípios. Na administrativa, criam-se entes ou entidades administrativas: Autarquia, Fundação Pública, Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.

Desse modo, quaisquer dos entes políticos, ou seja, a

União, Estados, Distrito Federal e Municípios, poderão promover a descentralização administrativa, distribuindo competências entre outras entidades dotadas de personalidade jurídica. Gabarito: Certo.

98. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) Por meio do processo de descentralização vertical da administração pública, são criadas entidades com personalidade jurídica, às quais são transferidas atribuições conferidas pela Constituição (CF) aos entes políticos.

Comentário:

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A descentralização política cria entes políticos todos

dotados de autonomia política e administrativa, ou seja, sem qualquer dependência ou vinculação, cada qual respondendo por seus atos e, em regra, nenhum podendo interferir na atuação do outro, salvo situação excepcional que poderia levar a intervenção da União nos estados e DF ou dos estados nos municípios.

Veja que essa descentralização é operada pela

Constituição ao criar níveis ou esferas distintas de atuação em nosso Estado (Federal, Estadual e Municipal) e com isso promover a repartição vertical de competências conforme prevê os artigos 21 a 24, 25 e 30 da CF/88, dentre outros.

Com efeito, tivemos uma repartição de competência que,

em tese, considera uma verticalização entre os entes federativos, partindo da esfera federal (União) para a local (Município). Por isso, a descentralização política é denominada por alguns autores como descentralização vertical.

Nesse sentido Lucas Furtado afirma que “ocorre a

descentralização vertical quando a própria Constituição Federal

promove a distribuição de atribuições entre as diferentes entidades

políticas ou primárias – União, Estados, Municípios e Distrito Federal”.

Por outro lado, a descentralização administrativa cria uma

estrutura vinculada ao ente político (federal, estadual, distrital ou municipal), de modo que teríamos uma vinculação da Administração Pública direta com a indireta no âmbito de uma mesma esfera de Poder. Por isso, diz-se que a descentralização administrativa é horizontal. Gabarito: Errado4.

99. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC –

4 Ressalvo que tal definição não é uníssona, inclusive podendo ser utilizada sob o aspecto da vinculação/subordinação política, de modo

então que as definições seriam trocadas e aí a questão seria correta. Todavia, o CESPE adotou o entendimento do Prof. Lucas Furtado, e

considerou o gabarito como errado.

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CESPE/2009) A descentralização territorial ou geográfica se verifica quando uma entidade local e geograficamente delimitada, com personalidade jurídica de direito público, exerce a totalidade ou a maior parte dos encargos públicos de interesse da coletividade, sujeitando-se a controle do poder central. No Brasil, os estados e territórios podem ser categorizados como entes de descentralização territorial.

Comentário:

Como observamos, a descentralização geográfica ou territorial é aquela em que há a criação de um ente dentro de certa localidade territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurídica de direito público para exercício, de forma geral, de todas ou de uma grande parcela de atividades administrativas (capacidade administrativa genérica).

Configura, basicamente, um Território Federal, com

capacidade de autoadministração e às vezes até legislativa (art. 33, §3º Nos

Territórios com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta

Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério

Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial

e sua competência deliberativa). Até então, tudo certinho. No entanto, em que pese os

Estados e Municípios terem sidos criados por descentralização do território brasileiro, tal descentralização é política. Por isso, no âmbito administrativo somente representa a descentralização geográfica e territorial os Territórios.

Gabarito: Errado.

100. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) A descentralização por serviço, técnica ou funcional ocorre quando a União, o estado ou os municípios criam, por lei, uma pessoa de direito público ou privado e a ela atribuem a titularidade e a execução de determinado serviço

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público. Caracteristicamente, essa pessoa legalmente criada denomina-se autarquia. No entanto, é possível incluir, por exemplo, nessa categoria, as fundações governamentais, sociedades de economia mista e empresas públicas, que exerçam serviços públicos.

Comentário:

De fato, a descentralização por serviço (técnica ou funcional) ocorre quando o ente político (União, Estados, DF ou município) cria pessoa jurídica, de direito público ou privado, para titularizar e exercer determinado serviço público.

Essa descentralização depende de lei, por isso é

denominada de descentralização legal, ocorrendo por outorga. Contudo, deve-se perceber que nem sempre é a Lei quem

cria a entidade administrativa. É que a Lei somente criará diretamente a pessoa quando se tratar de autarquia ou fundação autárquica, ou seja, pessoa jurídica de direito público.

Quando se referir às demais entidades administrativas

cuja natureza jurídica é de pessoa jurídica de direito privado (fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) a lei autoriza a criação, que deverá ser conduzida por ato da Administração e o devido registro.

Quer dizer que uma fundação pública, de direito privado,

precisa ser autorizada sua criação por lei, ter seu estatuto aprovado por Decreto e ser registrado no cartório de pessoas jurídicas para ser criada, a fim de obter personalidade jurídica. Já as estatais, o contrato social deverá ser levado a registro na Junta Comercial.

Sendo assim, é possível incluir, por exemplo, na categoria

de descentralização administrativa por serviço, as fundações governamentais, sociedades de economia mista e empresas públicas, que exerçam serviços públicos.

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Gabarito: Certo.

101. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) Segundo a doutrina, na descentralização por serviço, o poder público mantém a titularidade do serviço e o ente descentralizado passa a deter apenas a sua execução.

Comentário:

Bem observamos que a descentralização por serviço, funcional ou técnica ocorre com a outorga (transferência da titularidade e do exercício) da atividade administrativa conferida pelo ente político (Administração Direta) para a entidade administrativa (Administração Indireta).

De outro lado, na descentralização por colaboração

transfere-se somente o exercício da atividade (delegação), permanecendo a titularidade com o poder público. Gabarito: Errado.

102. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) A descentralização é simples técnica administrativa, utilizada apenas no âmbito da administração direta.

Comentário:

A descentralização, como se sabe, pode ser política ou administrativa, sendo instrumento para distribuição de atribuições entre pessoas distintas, de modo a permitir um melhor desempenho da atividade administrativa.

Todavia, não se trata de simples técnica administrativa,

tampouco utilizada apenas no âmbito da administração direta, na medida em que, sob o aspecto político, é instrumento de formação do

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Estado (modelo federativo), e sob o aspecto administrativo pode permitir a criação de entidades administrativas (outorga de atividade) ou a delegação de atividades a particulares. Gabarito: Errado.

103. (ASSESSOR JURIDÍCO - PREF. NATAL – CESPE/2008) A descentralização administrativa é o fenômeno no qual o Estado atua por meio de entes que lhe são juridicamente distintos.

Comentário:

De fato, devemos observar que na descentralização administrativa o Estado, por meio de seus entes políticos (União, Estados, DF ou municípios) cria outras pessoas jurídicas, distintas de si, a fim de que exerçam ou titularizem certas atividades administrativas.

Teríamos, portanto, o Estado atuando por meio de outras pessoas (entes) que lhe são juridicamente distintos, ou seja, o Estado atuando de forma indireta, por isso denominamos Administração Pública Indireta. Gabarito: Certo.

104. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A administração pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios.

Comentário:

Consoante estabelece o Decreto-Lei nº 200/67, em seu art. 4°, inc. I, a Administração Federal compreende a Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

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De fato, portanto, pode-se afirmar que administração

pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios. Contudo, são despidos (não possuem) personalidade jurídica. Gabarito: Errado.

105. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) As pessoas integrantes da administração indireta podem ser autorizadas e instituídas somente por lei, cujo teor deverá abordar a atividade descentralizada a ser exercida, e serão submetidas ao controle da administração direta da pessoa política a que são vinculadas.

Comentário:

A constituição da Administração Pública indireta decorre da descentralização administrativa, de modo que as pessoas são autorizadas ou instituídas por lei. Todavia, estão submetidas a controle do ente político a que estão vinculados (controle ou supervisão ministerial).

Dessa forma, temos no âmbito da Administração Pública

Indireta as seguintes entidades: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. Gabarito: Certo.

106. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Tanto as pessoas públicas quanto as pessoas de direito privado instituídas pelo Estado têm personalidade jurídica própria, capacidade de autoadministração e patrimônio próprio.

Comentário:

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De fato, todas as pessoas jurídicas que integram a Administração Pública indireta gozam de capacidade de autoadministração e de patrimônio próprio, na medida em que possuem personalidade própria e distinta do ente que as instituiu. Gabarito: Certo.

107. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade jurídica própria, integram a administração direta.

Comentário:

Administração Pública Indireta é o conjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado e criadas por ele, a fim de realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias, que, conforme Decreto-Lei nº 200/67, art. 4º, inc. II, compreende:

II - A Administração Indireta, que compreende as

seguintes categorias de entidades, dotadas de

personalidade jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Empresas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista.

d) fundações públicas

Gabarito: Errado.

108. (ADVOGADO – SGA/AC – CESPE/2008) Considere que uma lei estadual do Acre institua, com caráter de autarquia, o Instituto Academia de Polícia Civil, com o objetivo de oferecer formação e aperfeiçoamento aos servidores ligados à polícia civil do Acre. Nessa situação, a criação do instituto representaria um processo de descentralização administrativa, visto que implicaria a criação de uma entidade da administração estadual

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indireta.

Comentário:

Observe que o instituto APC é uma autarquia, ou seja,

dotado de personalidade jurídica própria. Então, temos o fenômeno da descentralização administrativa na medida em que o Acre (ente político) cria uma entidade distinta de si dotada de personalidade jurídica e lhe outorga atividade que lhe seria própria. Gabarito: Certo.

109. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim.

Comentário:

Veja que se trata basicamente da mesma questão apresentada anteriormente.

Não devemos ter dúvidas que quando se cria outra pessoa

temos o processo de descentralização. Com efeito, a descentralização pressupõe a existência de duas pessoas distintas.

A novidade é apenas um toque de perfume, ou seja, como

se dá a criação da pessoa descentralizada que neste caso é uma autarquia. Ora, sabemos que as autarquias são criadas por lei específica para serem titulares de atividade típica da Administração Pública (princípio da especialidade). Gabarito: Certo.

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110. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado.

Comentário:

Igualzinha a anterior, percebem como é reincidente. Então, autarquias são criadas por lei específica para serem titulares de atividade típica da Administração Pública (princípio da especialidade). Gabarito: Certo.

111. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) As autarquias exercem atividades tipicamente administrativas que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira sob regime de direito público, razão pela qual se considera que elas integram a administração centralizada.

Comentário:

De fato, as autarquias exercem atividades tipicamente administrativas que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira sob regime de direito público.

No entanto, elas não integram a administração

centralizada, mas a descentralizada. Gabarito: Errado.

112. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) A autarquia configura pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, sujeita ao princípio da especialização, o qual a impede de exercer atividades diversas daquelas para as quais foi constituída.

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Comentário:

Como observado, é possível identificar as seguintes características conferidas às autarquias:

� Criação é sempre por lei;

� São dotadas de personalidade jurídica de direito

público;

� Gozam de autonomia administrativa, orçamentária e

técnica;

� São criadas para especialização dos fins ou atividades;

� Sujeitam-se ao controle de tutela, que significa que

não estão subordinadas ao ente que as criou, mas

apenas vinculada aos fins para os quais foi criada

(supervisão ministerial).

Gabarito: Certo.

113. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) De forma geral, as autarquias corporativas, como a OAB e os demais conselhos de profissões regulamentadas, devem prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), fazer licitações e realizar concursos públicos para suas contratações.

Comentário:

Verificamos que, muito embora os conselhos de profissões sejam autarquias corporativas (ADI 1717/DF), e, por isso, se submetem a controle do Tribunal de Contas da União, além de terem o dever de licitar e realizar concursos públicos, a OAB estaria excluída de tais obrigações na medida em que não integra a Administração Pública, conforme entendimento do STF. Gabarito: Errado.

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114. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/TO – CESPE/2007) As autarquias profissionais de regime especial, como a Ordem dos Advogados do Brasil e as agências reguladoras, submetem-se ao controle do Tribunal de Contas da União.

Comentário:

Lembremos que a OAB, conforme a ADI 3.026, da relatoria do Min. Eros Graus, não integra a Administração Pública, sendo um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro.

Portanto, a OAB não está incluída na categoria de

"autarquias especiais", não consubstanciando uma entidade da Administração Indireta, não estando sujeita a controle da Administração, nem se submete ao controle do TCU e não necessita realizar concurso para seus quadros funcionais. Gabarito: Errado.

115. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) A OAB, conforme entendimento do STF, é uma autarquia pública em regime especial e se submete ao controle do TCU.

Comentário:

Segundo o posicionamento do STF, a OAB não integra a Administração Pública, exercendo serviço público de forma independente, não se submetendo à fiscalização do TCU. Gabarito: Errado.

116. (PROFESSOR – IRB – CESPE/2011) A Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de autarquia profissional, não

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integra a administração indireta e não se submete ao controle do Tribunal de Contas da União.

Comentário:

Como observado, a OAB não integra a Administração Pública e, portanto, não se submete a controle do TCU. Quanto a sua classificação como autarquia profissional, há ampla divergência na doutrina, ponto que seria motivo inclusive de anulação da questão. Gabarito: Certo.

117. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Os conselhos de profissões regulamentadas, como o CREA e o CRM, são pessoas jurídicas de direito privado.

Comentário:

Conforme vimos, segundo orientação do STF, os conselhos profissionais, por serem autarquias corporativas, são pessoas jurídicas de direito público, na medida em que exercem o poder normativo e de polícia de certas categorias profissionais, conforme ADI 1717/DF, confirmado no âmbito do julgamento da ACO 684. Gabarito: Errado.

118. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) A criação de uma autarquia federal é feita por decreto do presidente da República.

Comentário:

As autarquias, considerando suas variações, são as únicas entidades da Administração Indireta que são criadas diretamente por lei. As fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia

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mista, a lei autoriza a criação. Cuidado, lembre-se que as fundações públicas de direito

público possuem natureza de autarquia e, por isso, são denominadas autarquias fundacionais ou fundações autárquicas, por isso, são criadas diretamente pela Lei, veja o exemplo da Fundação Universidade de Brasília (UnB). Gabarito: Errado.

119. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) As autarquias são instituídas por lei, iniciando-se a sua existência legal com a inscrição, no registro próprio, de seu ato constitutivo.

Comentário:

As autarquias, de fato, são instituídas por lei, de modo que sua existência legal começa no momento de vigência da própria lei criadora, sem necessidade de registro de qualquer ato em registro ou cartório. Gabarito: Errado.

120. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O surgimento de uma autarquia se consolida com o registro de seus estatutos em cartório.

Comentário:

É uma variação da questão anterior. Observe que a autarquia tem sua existência estabelecida pela própria lei criadora, sem necessidade de qualquer registro de estatuto em cartório. Gabarito: Errado.

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121. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) O dirigente de autarquia não pode figurar como autoridade coatora em mandado de segurança.

Comentário:

As autarquias, como regra, gozam das mesmas características do ente que a criou.

Assim, gozam de imunidade tributária, suas dívidas

prescrevem em cinco anos (prescrição qüinqüenal), gozam de privilégios processuais (prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar, intimação pessoal de seus procuradores, dispensa de apresentação de procuração, pagamento de custas judiciais ao final e pagamento de decisões judiciais por precatórios, salvo requisição de pequeno valor).

Os atos das autarquias são considerados atos administrativos e, portanto, seus dirigentes ao praticá-los atuam como autoridade pública, de modo que são passíveis de impugnação via mandado de segurança e, por isso, tais autoridades podem figurar como autoridades coatoras.

Gabarito: Errado.

122. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) Uma autarquia municipal pode litigar em juízo contra o município que a criou.

Comentário:

Por serem pessoas jurídicas distintas, é possível uma lide envolvendo uma autarquia municipal, estadual ou federal e o ente que as criou, não havendo nenhum impedimento nesse sentido. Gabarito: Certo.

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123. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2009) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, as quais têm, regra geral, a função de regular e fiscalizar os assuntos relativos às suas respectivas áreas de atuação. Não se confundem os conceitos de agência reguladora e de agência executiva, caracterizando-se esta última como a autarquia ou fundação que celebra contrato de gestão com o órgão da administração direta a que se acha hierarquicamente subordinada, para melhoria da eficiência e redução de custos.

Comentário:

De fato, a agência reguladora é uma autarquia em regime especial, enquanto a agências executivas é uma qualificação dada autarquias ou fundações que firmam contrato de gestão, para melhor desempenho de suas atividades, e assim obtém maior autonomia administrativa e orçamentária, não estando, portanto, hierarquicamente subordinadas. Gabarito: Errado.

124. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) As agências reguladoras são órgãos da administração pública cuja finalidade é fiscalizar e controlar determinada atividade.

Comentário:

Esta questão é até engraçada. As agências reguladoras são órgãos? Como bem observamos as agências reguladoras, cuja denominação no Brasil aparece a partir da Reforma Administrativa (EC 19/98), são autarquias em regime especial. Gabarito: Errado.

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125. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) A CF criou, por meio de norma inserida em seu texto, duas das atuais agências reguladoras, quais sejam a ANATEL e a ANEEL.

Comentário:

Há previsão no âmbito constitucional da Anatel (art. 21, inc. XI, CF/88) e da ANP (art. 177, §2º, inc. III, CF/88) Gabarito: Errado.

126. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) O quadro de pessoal das agências reguladoras é vinculado ao regime celetista, conforme expressa disposição legal.

Comentário:

Devemos observar, novamente, que o regime de pessoal (Lei nº 9.986/00), que inicialmente fora configurado no sentido de possibilitar a utilização do regime celetista, restou afastado cautelarmente pelo STF (ADI 2.130), ação que ficou prejudicada em razão da revogação dessa lei pela Lei nº 10.871/04 que adotou o regime estatutário.

Ademais, com a ADI 2.135 o STF restabeleceu a redação

original do art. 39, caput, da CF/88, de modo que temos novamente a obrigatoriedade de regime jurídico único para todas as pessoas jurídicas de direito público. Gabarito: Errado.

127. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) Segundo jurisprudência do STF, a subordinação da nomeação dos dirigentes das agências reguladoras à prévia aprovação do Poder Legislativo não implica violação à separação e à

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independência dos poderes.

Comentário:

A investidura dos dirigentes das agências reguladoras é tida por especial na medida em que necessita de prévia aprovação do Senado Federal.

Essa subordinação, como ocorre em outras situações, tal

como posse de Ministros dos Tribunais Superiores, conforme a jurisprudência do STF, não viola a garantia de separação e independência dos poderes, pelo contrário confere-lhe ares de democrático na medida em que possibilita a fiscalização dos atos do poder público.

Gabarito: Certo.

128. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) A relação entre uma autarquia e o ente que a criou é de subordinação.

Comentário:

Verifica-se que dentre as características das autarquias temos que ela goza de autonomia administrativa, orçamentária e técnica. Deste modo não há subordinação entre a entidade e o ente que a criou, há uma relação de vínculo em razão de sua finalidade.

Ocorre, é verdade, que tais entidades se submetem ao

controle de tutela pela administração direta, ou seja, controle de finalidade, de modo que não estão subordinadas hierarquicamente, mas apenas vinculada. Gabarito: Errado.

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129. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) As autarquias são caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe da pasta.

Comentário:

Novamente, não há subordinação entre as autarquias e os órgãos da Administração direta. É que as autarquias são pessoas jurídicas, dotados de autonomia e capacidade administrativa, de modo que não existe subordinação entre as entidades da Administração Indireta e os entes da Administração Direta, existe uma relação de vinculação, apenas. Gabarito: Errado.

130. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) Prevalece o entendimento de que as fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem ser criadas por lei e não por ato infralegal.

Comentário:

Então, o entendimento doutrinário é no sentido de que as

fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem ser criadas por lei.

Nesse sentido leciona a Prof. Di Pietro destacando que “a

fundação pública é colocada, para aqueles que aceitam (entre os quais

nos colocamos), como modalidade de autarquia”.

Gabarito: Certo.

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131. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) A fundação instituída pelo Estado com personalidade jurídica de direito privado se sujeita inteiramente a esse ramo do direito.

Comentário:

O Decreto-Lei 200/67, conforme art. 5º, inc. IV, define fundações como entidade dotada de personalidade jurídica de direito

privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização

legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam

execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia

administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de

direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras

fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

Portanto, fundação é uma pessoa jurídica composta por

um patrimônio personalizado, destinado pelo seu fundador para uma finalidade específica.

Nesse sentido, a Constituição Federal em seu artigo 37,

inc. XIX, assim dispõe:

XIX - somente por lei específica poderá ser criada

autarquia e autorizada a instituição de empresa

pública, de sociedade de economia mista e de

fundação, cabendo à lei complementar, neste último

caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada

pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Significa dizer que a criação de fundações depende

sempre de lei, ou seja, a lei autorização a criação, cabendo a lei complementar definir a área de atuação. Ressalte-se, no entanto, que a criação se dá com a edição de Decreto executivo aprovando o estatuto social, que deverá ser levado a registro em cartório de registro de pessoas jurídicas.

Contudo, é de se ressaltar que poderemos ter fundações

públicas instituídas sob a forma de pessoa jurídica de direito privado,

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como acima disposto, ou como pessoa jurídica de direito público, caracterizando uma espécie de autarquia, denominada autarquia fundacional.

Com efeito, disso podemos extrair que as fundações

públicas de direito público estão submetidas a regime jurídico de direito público, o que caracteriza que seus bens são públicos, o regime adotado para seu pessoal é o estatutário, suas dívidas, como regra, são pagas por precatórios e, no caso das fundações públicas de direito público federal estão sob a jurisdição da justiça federal (art. 109, inc. I, CF/88).

De outro lado, muito embora tenhamos fundações

públicas de direito privado, submetendo-se, em regra, a regime jurídico de direito privado, há certas mitigações no tocante aos seus bens, que estão protegidos, seus agentes, em que pese submetidos ao regime celetista, devem realizar concurso público para integrar seus quadros, gozando ainda de imunidade tributária. Gabarito: Errado.

132. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) As fundações públicas são entidades integrantes da administração direta, e suas respectivas áreas de atuação devem enquadrar-se nas áreas previstas em lei ordinária.

Comentário:

As fundações públicas são entidades integrantes da Administração Pública indireta. E, ademais, cabe a Lei Complementar dispor sob sua área de atuação. Gabarito: Errado.

133. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) A instituição de fundação pública deve ser autorizada por lei ordinária específica, ao passo que a definição de sua área de atuação deve

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ser feita por lei complementar.

Comentário:

É verdade. A fundação pública é entidade integrante da Administração Pública indireta, sendo autorizada sua criação por meio de lei ordinária específica, e a definição de sua área de atuação caberá a lei complementar. Gabarito: Certo.

134. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas não passam de autarquias e(ou) fundações públicas que foram qualificadas como tal.

Comentário:

Como destacado, as agências executivas são autarquias ou fundações que por iniciativa da Administração Direta (Presidente da República), recebem o status de Agência Executiva, em razão da celebração de um contrato de gestão, que objetiva uma maior eficiência e redução de custos. Gabarito: Certo.

135. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas e extintas mediante autorização legal, têm personalidade jurídica de direito privado, possuem a mesma forma de organização ou estruturação e, ambas, desempenham atividade de natureza econômica.

Comentário:

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Como destacado, as estatais têm características que as assemelham e outras que as distinguem.

Assim, quanto à criação sempre dependem de lei, só que

a lei (específica) autoriza a instituição (art. 37, XIX, da CF), que dependerá de registro de seus atos constitutivos no órgão competente [junta comercial].

Quanto à extinção, em observância ao princípio do

paralelismo das formas ou da simetria, haveria a necessidade também de lei autorizar, dando-se a devida baixa no cartório.

No tocante à atividade, ou seja, seus fins, podem prestar

serviços públicos ou explorar atividade econômica. De outro lado, em relação à forma de organização ou

estruturação as empresas públicas podem assumir qualquer forma societária, já as sociedades de economia mista somente podem ser constituídas sob a forma de S/A. Gabarito: Errado

136. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/ES – CESPE/2011) Considere que João pretenda ingressar como empregado na PETROBRAS, sociedade de economia mista, integrante da administração indireta da União. Nessa situação, João não precisa ser previamente aprovado em concurso público, visto que o regime jurídico dessa empresa é o celetista.

Comentário:

A Constituição estabeleceu como requisito obrigatório para a assunção em cargo efetivo e emprego público a prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Assim, em que pese as estatais estarem submetidos no

tocante às questões trabalhistas ao regime privado, não afasta a regra

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da observância de concurso público para a contratação de seus empregados. Gabarito: Errado.

137. (ASSESSOR JURIDÍCO – PREF. NATAL – CESPE/2008) As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno.

Comentário:

Agora ficou fácil? Pois é, uma empresa pública, por ter sido gerada tendo como molde o 2º setor (ou seja, o mercado), somente poderá ter a natureza jurídica das demais entidades ali localizadas, ou seja, é pessoa jurídica de direito privado interno. Gabarito: Errado.

138. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – PREVIC – CESPE/2011) Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta criadas por lei sob a forma de sociedades anônimas com o objetivo de explorar atividade econômica ou prestar determinado serviço público.

Comentário:

A lei não cria a empresa pública, apenas autoriza a

criação. Ademais, não serão necessariamente sociedades anônimas, já que podem assumir qualquer forma societária. Gabarito: Errado.

139. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STM – CESPE/2011) As empresas públicas são criadas por lei,

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compostas de capital governamental e dotadas de personalidade jurídica de direito público para explorarem atividade econômica.

Comentário:

Novamente, a lei não cria a empresa pública, apenas autoriza a criação. E, ademais, tais entidades têm personalidade jurídica de direito privado, sendo instituídas, com capital exclusivamente público, para explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos. Gabarito: Errado.

140. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL – DPF – CESPE/2012) Existe a possibilidade de participação de recursos particulares na formação do capital social de empresa pública federal.

Comentário:

A empresa pública é formada com capital exclusivamente público. A propósito, o melhor seria dizer que é forma com capital exclusivamente de pessoas integrantes da Administração Pública, já que poderá ser unipessoal (formada por uma só pessoa administrativa) ou pluripessoal (formada por mais de uma pessoa administrativa). Gabarito: Errado.

141. (ANALISTA PROCESSUAL – MPE/PI – CESPE/2012) Como a empresa pública pode ser organizada sob qualquer das formas admitidas em direito, na esfera federal é admitida sua criação sob a forma de empresa pública unipessoal, desde que esta contenha a assembleia geral como o órgão pelo qual se manifeste a vontade do Estado.

Comentário:

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De fato, a empresa pública pode ser unipessoal. Todavia, não é necessária a criação de uma assembleia geral. Isso porque tal órgão faz sentido quando se tratar de sociedade composta por sócios (acionistas).

Contudo, faço uma ressalva. É que, recentemente, a ECT,

empresa pública federal da União (unipessoal), instituiu em seu âmbito a Assembleia Geral, como instância máxima, com competência para decidir sobre as questões mais relevantes da empresa, assegurando maior transparência com a publicação de ata com todas as decisões tomadas. Por meio da criação da Assembleia Geral, no processo decisório são incluídas áreas do Governo Federal (Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão) responsáveis pelo acompanhamento da gestão e do desempenho das estatais, fazendo com que o controle sobre a empresa seja fortalecido. Gabarito: Errado.

142. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/TO – CESPE/2007) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica em regime de monopólio submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas.

Comentário:

Como regra, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, denominadas de estatais, são pessoas jurídicas de direito privado.

Como dito, essas entidades estatais da Administração

Indireta têm por características a necessidade de lei que autorize a sua criação, de modo que a criação se dá efetivamente com o registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial, e pode tanto exercer atividade econômica quanto serem prestadoras de serviços públicos (art. 173, §1º, CF/88).

Nesse sentido, de acordo com §1º, inciso II, do citado

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artigo constitucional, tais entidades estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

É verdade, no entanto, que as estatais submetidas ao

regime de monopólio, gozam de privilégios e, por isso mesmo, não estariam submetidas a regime jurídico próprio das empresas privadas.

Entendimento semelhante é aplicado às prestadoras de

serviços públicos exclusivos do Estado, sejam elas empresas públicas ou sociedades de economia mista, de modo que já estabeleceu o STF, por exemplo, a imunidade tributária da ECT – empresa pública -, bem como da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – sociedade de economia mista. Gabarito: Errado.

143. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TJDFT – CESPE/2008) As empresas públicas e as sociedades de economia mista federais submetem-se à fiscalização do TCU, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista.

Comentário:

Vimos que o regime de pessoal das estatais é o celetista, isso porque se submete ao mesmo regime jurídico das empresas privadas.

Todavia, em que pese à submissão a tal regime, não

exclui a atuação do TCU na fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto à legitimidade, legalidade, economicidade e aplicação das subvenções e renúncia de receitas, nos termos do art. 70 e seguintes da Constituição Federal. Gabarito: Certo.

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144. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/ES – CESPE/2008) A única diferença entre sociedade de economia mista e empresa pública é a composição do capital.

Comentário:

Além da composição do capital, visto que as empresas públicas são constituídas com capital exclusivamente estatal, as sociedades de economia mista conta com capital votante formado por participação majoritária do Estado e em menor participação de particulares, é possível distingui-las no tocante à forma societária.

As sociedades de economia mista são sempre constituídas

na forma de sociedade anônima (S/A) o que as distingues das empresas públicas que podem assumir qualquer forma societária, ou seja, podem ser S/A, Limitada etc.

Gabarito: Errado.

145. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) A administração pública pode instituir empresas públicas e sociedades de economia mista mediante autorização legal, as quais estarão inteiramente sujeitas ao regime jurídico de direito privado, por força de lei.

Comentário:

As estatais, de fato, são pessoas jurídicas cuja criação é autorizada por lei específica. Contudo, muito embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, não estão submetidas integralmente ao regime jurídico de direito privado, na medida em que estão sujeitas às diversas regras do regime jurídico-administrativo, tal como aos princípios constitucionais, à licitação, concurso público, acumulação de cargos e empregos etc. Gabarito: Errado.

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146. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/ES – CESPE/2008) As sociedades de economia mista integram a administração, estão sujeitas à supervisão de uma secretaria e não podem gozar de benefícios fiscais que não sejam extensivos ao setor privado.

Comentário:

Verificamos que as estatais, empresas públicas e sociedades de economia mista, submetem-se ao regime jurídico das empresas privadas, não podendo gozar de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado.

Em que pese estarem submetidas a essa regime, sofrem

controle de tutela (controle finalístico) do órgão de sua área de atuação da Administração Direta, ou seja, do Ministério, ou secretaria no caso estadual e municipal, a que estiver vinculada.

Todavia, entende o STF que empresas públicas e

sociedades de economia mista que prestem serviços públicos de natureza obrigatória pelo Estado gozam de imunidade tributária, regime diferenciado de bens, pois não são passíveis de penhora, além de pagamento de suas dívidas por meio de precatórios. (exemplo: quanto à imunidade tributária AC 1851 – Companhia de Água e Esgoto de Rondônia; ACO 1095 – ECT; RE 363412 – Infraero; e quanto à impenhorabilidade e precatório – RE 230051).

Assim, na ocasião em que o concurso foi realizado a

questão estaria correta, nos termos da CF/88, art. 173, §2º, CF/88. Todavia, diante desse recente entendimento do STF, a questão seria errada, pois não distinguiu se a estatal explora a atividade econômica ou se é prestadora de serviço público. Gabarito: Certo. (*gabarito oficial)

147. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Caso uma

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empresa pública federal impetre mandado de segurança contra ato do juiz de direito do estado da Paraíba, conforme entendimento do STJ, caberá ao respectivo tribunal regional federal julgar o referido mandado de segurança.

Comentário:

Posicionou-se o STJ no sentido de que é competente o Tribunal Regional Federal para apreciar mandado de segurança impetrado por empresa pública federal contra ato de juiz de direito estadual, nos termos do art. 108, inc. I, “c” c/c art. 109, inc. I, ambos da CF/88.

Vale transcrever a ementa do julgado:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUÍZO

ESTADUAL E FEDERAL. MANDADO DE SEGURANÇA

IMPETRADO PELA CEF CONTRA ATO DE JUIZ DE DIREITO.

INCIDÊNCIA DO ART. 109, I, DA CARTA MAGNA DE 1988.

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.

1. O art. 109, I, da Carta Magna de 1988, não faz

qualquer distinção entre os diversos tipos de

procedimento, de tal sorte a contemplar o mandado de

segurança, bastando para a definição da competência da

Justiça Federal a presença dos entes lá enumerados

(ratione personae).

2. O inciso VIII do art. 109, da Lei Maior, por sua vez,

dispõe que aos juízes federais compete processar e julgar

os mandados de segurança e os habeas data contra ato de

autoridade federal, excetuando os casos de competência

dos tribunais federais, no sentido da fixação de

competência hierárquica. Sob este enfoque, tem-se que o

inciso VIII tutela o grau de hierarquia dentre as diversas

autoridades federais.

3. In casu, tratando-se de Precedente da Suprema Corte:

RExt 176.881 - RS, Relator para acórdão Ministro ILMAR

GALVÃO, Tribunal Pleno, DJ de 06 de março de 1998 e CC

46.512 - RN. Ainda quanto a este particular, a egrégia

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Primeira Seção deste STJ decidiu que: CONFLITO DE

COMPETÊNCIA - MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO

POR AUTARQUIA FEDERAL CONTRA ATO DE JUIZ

ESTADUAL - ARTS. 108, I, "c", E 109, I, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL - PRINCÍPIOS DA HIERARQUIA E

SIMETRIA - ORIENTAÇÃO DO PRETÓRIO EXCELSO.

1. O art. 109, I, da Constituição Federal, que estabelece

regra de competência ratione personae, atrai a

competência para a Justiça Federal inclusive nas hipóteses

de mandado de segurança impetrado pela União, entidade

autárquica ou empresa pública federal contra entidade

pública local, consoante a previsão do enunciado da

Súmula 511/STF: "Compete à Justiça Federal, em ambas

as instâncias, processar e julgar as causas entre

autarquias federais e entidades públicas locais, inclusive

mandado de segurança, ressalvada a ação fiscal, nos

termos da Constituição Federal de 1967, art. 119, § 3º".

2. Apesar da existência de respeitável corrente doutrinária

e jurisprudencial em sentido contrário, o Tribunal Pleno do

Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do RE

176.881/RS, Relator para acórdão o Ministro Ilmar Galvão,

publicado no DJ de 6.3.1998, sufragou o entendimento de

que o art. 109, I, da Constituição Federal, aplica-se

inclusive aos casos de mandado de segurança impetrado

por entidade federal contra ato de Juiz Estadual.

3. Além disso, firmou-se a orientação de que é imperiosa

a análise do mandamus, nesses casos, pelo Tribunal

Regional Federal, e não por um juiz federal. Isso porque,

em razão do princípio da hierarquia, os mandados de

segurança impetrados contra atos praticados por juízes

federais, nos termos do art. 108, I, 'c', da Carta Magna,

são processados e julgados originariamente pelos

Tribunais Regionais Federais. Desse modo, em respeito ao

princípio da simetria, as ações mandamentais impetradas

contra ato de Juiz Estadual também devem ser

processadas e julgadas originariamente pela Corte

Regional.

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4. Evidencia-se, portanto, a competência da Justiça

Federal para processar e julgar o mandado de segurança

em questão, nos termos do art. 109, I, da Carta Magna.

Registre-se, entretanto, que a demanda deverá ser

julgada pelo Tribunal Regional Federal, e não pelo Juízo

Federal Suscitante, com fundamento no art. 108, I, "c".

5. Conflito conhecido para declarar a competência do

Tribunal Regional Federal da 5ª Região. (CC 46.512 - RN,

Relatora Ministra DENISE ARRUDA, Primeira Seção, DJ de

05 de setembro de 2005) 4. Ademais, in casu, aplica-se

integralmente o disposto no art. 2º da Lei 1.533/51,

verbis: Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as

conseqüências de ordem patrimonial do ato contra o qual

se requer o mandado houverem de ser supostamente pela

União Federal ou pelas entidades autárquicas federais,

porquanto à CEF foi determinado restituisse verba retirada

da conta de cliente de cuja responsabilidade diz estar

inume.

5. A jurisprudência da Corte, quanto à qualificação da

autoridade coatora, visa fixar a competência funcional de

juízes ou tribunais, sem olivar as regras de competência

absoluta previstas na CF.

6. Competência da Justiça Federal. (CC 45.709/SP, Rel.

Ministra ELIANA CALMON, Rel. p/ Acórdão Ministro LUIZ

FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/08/2006, DJ

18/09/2006 p. 247)

Gabarito: Certo.

148. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STM – CESPE/2011) Se, em processo de indenização por danos materiais que tramite em uma vara cível estadual, uma empresa pública federal passar a compor a lide como assistente, o referido processo será deslocado para a justiça federal.

Comentário:

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Nos termos do art. 109, inc. I, da CF/88, compete aos juízes federais processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

Assim, tendo a ação sido proposta na Justiça estadual,

com o ingresso da empresa pública federal, ação será deslocada para a Justiça Federal. Gabarito: Certo.

149. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL – DPF – CESPE/2012) O foro competente para o julgamento de ação de indenização por danos materiais contra empresa pública federal é a justiça federal.

Comentário:

Conforme art. 109, inc. I, da CF/88, compete aos juízes federais processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. Gabarito: Certo.

150. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Considere a seguinte situação hipotética. O município de João Pessoa pretende receber o Imposto Sobre Serviços (ISS) da INFRAERO, empresa pública federal que presta serviço público aeroportuário em regime de monopólio, em face dos serviços prestados, sobre os quais não incide ICMS. Nessa situação, a pretensão do município deve ser atendida, já que a imunidade

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recíproca não atinge as empresas públicas, mas apenas a administração direta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como as suas autarquias e fundações públicas.

Comentário:

O STF tem se manifestado no sentido de que as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos exclusivos do Estado também gozam de imunidade tributária, nos termos do art. 150, inc. VI, al. “a”, c/c art. 150, §2º, da CF/88.

Nesse sentido, entendeu o STF que a INFRAERO, empresa

pública federal, executa como atividade-fim, em regime de exclusividade, serviços de infra-estrutura aeroportuária constitucionalmente outorgados à União Federal, qualificando-se, em razão de sua específica destinação institucional, como entidade delegatária dos serviços públicos a que se refere o art. 21, inciso XII, alínea "c", da CF/88.

Assim, essa empresa governamental, em matéria de

impostos, por efeito da imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, "a", CF/88) estará imune do poder de tributar dos entes políticos em geral. Gabarito: Errado.

151. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) As empresas públicas, as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo poder público são beneficiárias do princípio da imunidade tributária, no que se refere aos impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços federais, estaduais e municipais.

Comentário:

Como destaquei, o STF tem se manifestado no sentido de que as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam

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serviços públicos exclusivos do Estado também gozam de imunidade tributária, nos termos do art. 150, inc. VI, al. “a”, c/c art. 150, §2º, da CF/88.

Contudo, não é indistinta a aplicação da imunidade, eis

que a Constituição estabelece que referida imunidade “é extensiva às

autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público”. Gabarito: Errado.

152. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TST – CESPE/2008) Considere que, há sete anos, Adriano é empregado da Caixa Econômica Federal (CAIXA), que é uma empresa pública federal. Nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. *** Por força constitucional, o fato de a CAIXA ser uma empresa pública impede que Adriano possa ser demitido sem justa causa.

Comentário:

Devemos entender que sendo a Caixa Econômica Federal uma empresa pública, submete-se ao mesmo regime jurídico das demais empresas privadas, nos termos do citado art. 173, §1º, inc. II, da CF/88.

Nesse sentido, o STF já firmou entendimento no sentido

de que não viola o disposto no art. 37, caput e II, da Constituição Federal, a aplicação de normas de dispensa trabalhista aos empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista.

Cuidado apenas com o fato de que o TST tem

entendimento de que a estatal que presta serviços públicos deve motivar o ato de dispensa sob pena de nulidade. Tal caso foi submetido ao STF que ainda não terminou o julgamento, conforme o seguinte:

INFORMATIVO Nº 576

TÍTULO: ECT: Despedida de Empregado e Motivação - 1

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PROCESSO: ADI REPERCUSSÃO GERAL - 2905

ARTIGO

O Tribunal iniciou julgamento de recurso extraordinário

interposto pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -

ECT contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho - TST em

que se discute se a recorrente tem, ou não, o dever de motivar

formalmente o ato de dispensa de seus empregados. Na

espécie, o TST reputara inválida a despedida de

empregado da recorrente, ao fundamento de que “a

validade do ato de despedida do empregado da ECT está

condicionada à motivação, visto que a empresa goza das

garantias atribuídas à Fazenda Pública.”. A recorrente, em

síntese, aponta contrariedade aos artigos 41 e 173, § 1º, da CF,

haja vista que a deliberação a respeito das demissões sem justa

causa é direito potestativo da empresa, interferindo o acórdão

recorrido na liberdade existente no direito trabalhista, por incidir

no direito das partes pactuarem livremente entre si. Sustenta,

ainda, que o fato de a recorrente possuir privilégios conferidos à

Fazenda Pública — impenhorabilidade dos seus bens,

pagamento por precatório e algumas prerrogativas processuais

—, não tem o condão de dar aos empregados da ECT o

benefício da despedida motivada e a estabilidade para garantir

reintegração no emprego. RE 589998/PI, rel. Min. Ricardo

Lewandowski, 24.2.2010. (RE-589998)

.....................

Em seguida, ao frisar a equiparação da demissão a um ato

administrativo, repeliu a alegação de que a dispensa

praticada pela ECT prescindiria de motivação, por

configurar ato inteiramente discricionário e não vinculado,

havendo por parte da empresa plena liberdade de escolha

quanto ao seu conteúdo, destinatário, modo de realização e,

ainda, à sua conveniência e oportunidade. Justificou que a

natureza vinculada ou discricionária do ato

administrativo seria irrelevante para a obrigatoriedade

da motivação da decisão e que o que configuraria a

exigibilidade, ou não, da motivação no caso concreto não

seria a discussão sobre o espaço para o emprego de um

juízo de oportunidade pela Administração, mas o

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conteúdo da decisão e os valores que ela envolve. Por

fim, reiterou que o entendimento ora exposto decorreria

da aplicação, à espécie, dos princípios inscritos no art. 37

da CF, notadamente os relativos à impessoalidade e

isonomia, cujo escopo seria o de evitar o favorecimento e

a perseguição de empregados públicos, seja em sua

contratação, seja em seu desligamento. Após o voto do

Min. Eros Grau que acompanhava o relator, pediu vista dos

autos o Min. Joaquim Barbosa. RE 589998/PI, rel. Min. Ricardo

Lewandowski, 24.2.2010. (RE-589998)

Gabarito: Errado.

153. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) Não colide materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta.

Comentário:

É entendimento do STF de que não colide materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das autarquias e fundações públicas, conforme Informativo 339-STF. (ADI 1281):

À vista da cláusula final de abertura do art. 52, III, f da

Constituição Federal, consolidou-se a jurisprudência do

STF no sentido da validade de normas locais que

subordinam a nomeação dos dirigentes de autarquias ou

fundações públicas à prévia aprovação da Assembléia

Legislativa. (ADI 2.225-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,

julgamento em 29-6-00, DJ de 29-9-00). No mesmo

sentido: ADI 1.949-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,

julgamento em 18-11-99, DJ de 25-11-05.

Todavia, no tocante às estatais, o entendimento do STF é

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outro, ou seja, não poderá o Legislativo intervir no processo de escolha, conforme Informativo 500, assim expresso:

INFORMATIVO Nº 500

TÍTULO: ADI e Provimento de Diretoria de Empresas

Estatais

PROCESSO: ADI - 1642

ARTIGO

O Tribunal julgou parcialmente procedente pedido

formulado em ação direta proposta pelo Governador do

Estado de Minas Gerais para dar interpretação conforme a

Constituição Federal à alínea d do inciso XXIII do art. 62

da Constituição estadual, com a redação dada pela EC

26/97 (“Art. 62 - Compete privativamente à Assembléia

Legislativa: ... XXIII - aprovar, previamente, por voto

secreto, após argüição pública, a escolha: ... d) dos

Presidentes das entidades da administração pública

indireta, dos Presidentes e Diretores do Sistema

Financeiro Estadual;”), para restringir sua aplicação às

autarquias e fundações públicas, excluídas as empresas

estatais. Considerou-se que, embora as sociedades

de economia mista e as empresas públicas

prestadoras de serviço público não estejam

alcançadas pelo disposto no art. 173 e seus

parágrafos, da CF, a intromissão do Poder

Legislativo no processo de provimento de suas

diretorias afronta o princípio da harmonia e

interdependência entre os poderes. O Min. Marco

Aurélio julgou parcialmente procedente o pedido, em

maior extensão, para declarar a inconstitucionalidade da

expressão “dos Presidentes das entidades de

administração pública indireta”, contida na referida alínea,

ao fundamento de que, por não estarem os presidentes

das autarquias e fundações públicas submetidos à

aprovação do Senado Federal (CF, art. 52, III), não se

poderia placitar, tendo em conta o princípio da simetria,

essa mesma submissão à Assembléia do Estado,

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consideradas a autarquia ou a fundação pública estaduais.

ADI 1642/MG, rel. Min. Eros Grau, 3.4.2008. (ADI-1642)

Por isso, teríamos duas possibilidades:

a) Não se pode subordinar à aprovação do legislativo a nomeação de dirigentes das Estatais; b) Pode se subordinar à aprovação do Legislativo a nomeação de dirigentes das Autarquias e Fundações Públicas.

Gabarito: Errado.

154. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU.

Comentário:

Todas as entidades administrativas federais, seja de direito público, seja de direito privado, se submetem à fiscalização do TCU, conforme determina o art. 70 da CF/88, que assim expressa:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial da União e das entidades da

administração direta e indireta, quanto à legalidade,

legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e

renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,

mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno

de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou

jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,

gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou

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pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma

obrigações de natureza pecuniária.(Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 19, de 1998)

Gabarito: Errado.

155. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) As sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer forma admitida em direito, como, por exemplo, a de sociedade unipessoal ou pluripessoal.

Comentário:

A sociedade de economia mista somente poderá ser constituída sob a forma de sociedade por ações e, assim, obrigatoriamente será pluripessoal, ou seja, haverá pelo menos dois sócios um público e outro privado. Gabarito: Errado.

156. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) O princípio da reserva legal, segundo o qual todas as entidades integrantes da administração indireta, independentemente da esfera federativa a que estejam vinculadas, devem ser instituídas por lei, aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, mas não às suas subsidiárias.

Comentário:

Conforme se depreende do dispositivo constitucional, a instituição de subsidiária depende de autorização legislativa (art. 37, inc. XX, CF/88). Porém, conforme o entendimento do STF, a autorização pode ser conferida, de forma genérica, na própria lei que autoriza a criação da estatal. Gabarito: Errado.

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157. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) O consórcio público, mesmo com personalidade jurídica de direito público, não passa a integrar a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.

Comentário:

De acordo com a Lei nº 11.076/2005, os entes políticos (entes federados) e somente estes, podem ser unir para realizarem atividade de interesse comum.

Assim, podem formar uma pessoa jurídica de direito

privado, que não integra a Administração Pública, ou se unir em associação pública, cuja natureza é de pessoa jurídica de direito público, e, por isso, será tratada como autarquia integrante da Administração Pública Indireta de todos os entes consorciados. Gabarito: Errado.

158. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STJ – CESPE/2012) Os consórcios públicos, quando assumem personalidade jurídica de direito público, constituem-se como associações públicas, passando, assim, a integrar a administração indireta dos entes federativos consorciados.

Comentário:

De fato, os consórcios públicos, quando assumem personalidade jurídica de direito público, constituem-se como associações públicas, passando, assim, a integrar a administração indireta dos entes federativos consorciados, sendo considerados como autarquias multifederativa.

Gabarito: Certo.

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159. (OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – DIREITO – ABIN – CESPE/2010) A administração pública é caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela própria atividade administrativa exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e órgãos.

Comentário:

É possível, ainda, definir a Administração Pública sob os sentidos objetivo e subjetivo.

Sob o sentido subjetivo (orgânico ou formal) a

Administração Pública compreende o conjunto de órgãos, entidades e pessoas que realizam a função administrativa.

Sob o sentido objetivo (funcional ou material) a

administração pública, grafada em letras minúsculas, compreende o conjunto de atividades integrantes da função administrativa. Gabarito: Certo.

160. (ADVOGADO – ECT – CESPE/2011) Em sentido subjetivo, a administração pública compreende o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a lei confere o exercício da função administrativa do Estado.

Comentário:

De fato, em sentido subjetivo (orgânico ou formal) a Administração Pública compreende o conjunto de órgãos, entidades e pessoas que realizam a função administrativa. Gabarito: Certo.

161. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Em sentido material ou objetivo, a administração pública

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compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado.

Comentário:

Em sentido material ou objetivo, a administração pública compreende o conjunto de atividades desempenhadas administrativa. Já em sentido formal ou subjetivo, a Administração Pública compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado. Gabarito: Errado.

162. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) A administração pública, sob o aspecto orgânico, ou subjetivo, designa a própria função administrativa, que, exercida pelos órgãos e agentes estatais, incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo.

Comentário:

A função administrativa corresponde à Administração Pública em sentido material ou objetivo (funcional). Já a Administração Pública em sentido orgânica, subjetivo ou formal corresponde ao conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado. Gabarito: Errado.

É isso aí, pessoal. Vamos que vamos, firmes e determinados. Chegou a hora. Bons estudos e grande abraço, Prof. Edson Marques ([email protected])

@EdsonMarquesDPU

http://www.facebook.com/edsonmarquesdpu

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QUESTÕES SELECIONADAS

1. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – DNPM – CESGRANRIO/2006) De acordo com o livro "Direito Administrativo Brasileiro", de Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo tem quatro fontes principais. Nesse sentido, correlacione as fontes do Direito Administrativo que se encontram na coluna da esquerda com as afirmativas a elas referentes que se encontram na coluna da direita. I - Doutrina II - Jurisprudência III - Costume --------------------------------------------------------------------------- X - Influencia fortemente o Direito Administrativo por traduzir reiteração de decisões contenciosas. Y - Tem tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo importante para o Direito Administrativo em razão da deficiência da legislação. Z - Distingue as regras que convêm a cada um dos subramos do saber jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas decisões contenciosas ou não contenciosas. --------------------------------------------------------------------------- A relação correta é: a) I - X; II - Z; III - Y b) I - Y; II - X; IV - Z c) I - Y; III - Z; IV - X d) I - Z; II - X; III - Y e) II - Z; III - Y; IV - X

2. (ANALISTA SUPERIOR – MPE/SE – FCC/2009) A Administração Direta é definida como (A) corpo de órgãos, dotados de personalidade jurídica própria, vinculados ao Ministério ou Secretaria em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (B) conjunto de pessoas jurídicas de direito público subordinadas diretamente à chefia do Poder Executivo.

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(C) conjunto de serviços e órgãos integrados na estrutura administrativa da chefia do Poder Executivo e respectivos Ministérios ou Secretarias. (D) soma das autarquias, fundações públicas e empresas públicas subordinadas ao governo de determinada esfera da Federação. (E) nível superior da administração da União ou de um ente federado, integrada pela chefia do Poder Executivo e respectivos auxiliares diretos.

3. (EXECUTIVO PÚBLICO – CASA CIVIL/SP – FCC/2010) Ocorre a chamada centralização administrativa quando o Estado executa suas tarefas por meio a) das agências executivas e fundações localizadas na sede do governo federal. b) dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. c) apenas de órgãos da Administração Direta com atuação em todo o território nacional. d) apenas de funcionários da Administração Direta concursados. e) de órgãos e agências integrantes da Administração Direta e Indireta.

4. (EXECUTIVO PÚBLICO – CASA CIVIL/SP – FCC/2010) A desconcentração administrativa pressupõe a) exclusivamente, a prestação de serviços pela Administração Direta. b) a prestação concentrada de um serviço em uma pessoa jurídica que não apresente divisões em sua estrutura interna. c) obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa jurídica. d) necessariamente, uma estrutura organizacional mais ágil e eficiente na prestação dos serviços. e) especialmente, a transferência da execução de um serviço a órgão da Administração Indireta.

5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT 6ª REGIÃO - FCC/2012) Sobre a descentralização e a desconcentração é correto afirmar que a a) descentralização compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, enquanto a desconcentração constitui distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica. b) desconcentração compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, desde que de natureza jurídica de direito público.

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c) descentralização constitui distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica, admitindo, excepcionalmente, a delegação de serviço público a terceiros. d) descentralização compreende a distribuição de competências para outra pessoa jurídica, vedada a delegação de serviço público à pessoa jurídica de direito privado. e) desconcentração constitui a delegação de serviço público à pessoa jurídica de direito privado por meio de permissão ou concessão.

6. (TÉCNICO SUPERIOR – PGE/RS – FCC/2009) A criação de entidades da Administração indireta e a transferência, a estas, de atividades e competências originalmente atribuídas a órgãos da administração direta são decorrência de políticas administrativas tendentes à (A) desconcentração. (B) descentralização. (C) privatização. (D) regulamentação. (E) subsidiariedade.

7. (AGENTE DE DEFENSORIA – DPE/SP – FCC/2010) A descentralização efetivada através da criação por lei de um órgão da administração indireta com o fim específico de prestar um serviço público é realizada mediante a) privatização. b) terceirização. c) outorga. d) desconcentração. e) delegação.

8. (ACE - TCE/AP - FCC/2012) O Decreto-Lei 200/67 constituiu um marco na reforma administrativa e estabeleceu como premissa para o exercício das atividades da Administração Pública federal a descentralização, que deveria ser posta em prática a) dentro da Administração federal, mediante a distinção dos níveis de direção dos de execução; da Administração federal para as unidades federadas, mediante convênio, e para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

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b) mediante delegação ampla de competências, na forma prevista em regulamento e desvinculada da supervisão ministerial. c) com a criação de sociedades de economia mista, empresas públicas, autarquias e fundações, afastando a anterior descentralização feita por meio de concessão de serviços à iniciativa privada. d) mediante, principalmente, a transferência de competências executivas e legislativas aos Estados e Municípios para o exercício de atividades de interesse comum e criação de sociedades de economia mista para exploração de atividade econômica. e) por intermédio, principalmente, da criação de entidades de direito privado para a prestação de serviços públicos e exercício de atividade econômica, ligadas à União por contrato de concessão.

9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF 4ª REGIÃO – FCC/2010) No que se refere aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar ser característica destes (algumas não presentes em todos), dentre outras, o fato de que a) não possuem patrimônio próprio, mas integram a estrutura da pessoa jurídica. b) têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram. c) não possuem personalidade jurídica e são resultado da desconcentração. d) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de gestão com outros órgãos. e) alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

10. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Os órgãos públicos são (A) centros de competência dotados de personalidade jurídica. (B) os agentes públicos que desempenham as funções da Administração Pública. (C) centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais. (D) unicamente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. (E) as pessoas, os sujeitos de direitos e obrigações, dentro da Administração Pública.

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11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) No que concerne à classificação quanto à posição estatal, os órgãos públicos autônomos são a) órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira. b) os que se localizam na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais. c) os originários da Constituição e representativos dos três Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro, e suas atrbuições são exercidas por agentes políticos. d) os que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão, exercendo principalmente funções de execução. e) órgãos de direção e comando, não sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia, gozando de autonomia administrativa e financeira, como, por exemplo, as Casas Legislativas.

12. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Em conformidade com a doutrina dominante e quanto à posição que ocupam na estrutura estatal, os órgãos públicos classificam-se em (A) singulares, colegiados superiores e inferiores. (B) autônomos, superiores, inferiores e compostos. (C) compostos, independentes, subalternos e singulares. (D) compostos, colegiados, autônomos e superiores. (E) independentes, autônomos, superiores e subalternos.

13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 11ª REGIÃO – FCC/2012) Existem vários critérios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição estatal”, “estrutura”, dentre outros. No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos a) autônomos. b) superiores. c) singulares.

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d) centrais. e) independentes.

14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/TO – FCC/2011) Os órgãos públicos a) confundem-se com as pessoas físicas, porque congregam funções que estas vão exercer. b) são singulares quando constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos maiores. c) não são parte integrante da estrutura da Administração Pública. d) não têm personalidade jurídica própria. e) são compostos quando constituídos por vários agentes, sendo exemplo, o Tribunal de Impostos e Taxas.

15. (OFICIAL DE JUSTIÇA – TJUPA – FCC/2009) Sobre os órgãos e os agentes públicos é correto afirmar: (A) Os órgãos públicos são centros de competência, dotados de personalidade jurídica, instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. (B) Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes integrantes dos mesmos e são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais. (C) A distribuição de funções entre os vários órgãos da mesma Administração denomina-se descentralização. (D) Os agentes públicos são pessoas físicas que executam função pública como prepostos do Estado, não integrando os órgãos públicos. (E) Os agentes políticos, dada a sua importância, não se incluem entre os agentes públicos, não constituindo uma categoria destes.

16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TER/SP – FCC/2012) O Governador do Estado editou decreto reorganizando a estrutura administrativa de determinada Secretaria de Estado. De acordo com a Constituição Federal, referido decreto é a) ilegal, em face da violação ao princípio da legalidade.

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b) legal, podendo contemplar a extinção de órgãos públicos e cargos vagos. c) legal, desde que não implique aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos. d) ilegal, eis que nosso ordenamento jurídico não admite regulamento autônomo para matéria de organização administrativa. e) legal apenas se decorrente de delegação expressa do Poder Legislativo, passando referido ato a ter força de lei formal.

17. (TCE – TCE/AP – FCC/2012) O Estado pretende efetuar reorganização administrativa, desmembrando determinados órgãos da Administração direta, extinguindo cargos vagos e realocando atribuições, tendo como premissa o não incremento de despesa. De acordo com a Constituição Federal, a referida reorganização deverá ser feita por a) lei, obrigatoriamente em face do princípio da legalidade a que se submete a Administração pública. b) decreto, eis que a matéria de organização e funcionamento da Administração não se sujeita à reserva legal. c) decreto, precedido, necessariamente, de lei autorizativa delegando competência ao Chefe do Executivo para dispor sobre a matéria. d) contrato de gestão, precedido de decreto estabelecendo os indicadores de qualidade e as metas de melhoria dos serviços. e) contrato de gestão, precedido de lei autorizativa, com eficácia apenas para o próximo exercício orçamentário.

18. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - TJ/PE - FCC/2012) Em relação aos órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar: a) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas tendo a prerrogativa de representá-la juridicamente por meio de seus agentes, desde que judiciais. b) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se confunde com a da pessoa jurídica, visto que há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato. c) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque estão ao lado da estrutura do Estado.

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d) como partes das entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua constituição e funcionamento. e) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto não haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal.

19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AM – FCC/2010) Sobre as entidades políticas, os órgãos e os agentes públicos, considere: I. As empresas públicas e sociedades de economia mista não são criadas por lei, mas, a sua instituição depende de autorização legislativa. II. Entidades estatais são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado, mas, não têm poderes políticos nem administrativos. III. Órgãos subalternos são os que exercem atribuições de mera execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. IV. Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, dotados de personalidade jurídica e de vontade própria. V. Agentes públicos são todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, III e V. b) I, II e IV. c) III, IV e V. d) III e IV. e) IV e V.

20. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - TJ/PE - FCC/2012) Dentre as características da Administração Pública, é correto afirmar que esta a) tem amplo poder de decisão, mesmo fora da área de suas atribuições, e com faculdade de opção política sobre qualquer matéria objeto da apreciação.

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b) não pode ser considerada uma atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica, mas sim atividade política e discricionária. c) comanda os administrados com responsabilidade constitucional e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução. d) é dotada de conduta independente, motivo pelo qual não tem cabimento uma conduta de natureza hierarquizada. e) não pratica atos de governo; mas pratica tão somente atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes.

21. (PROCURADOR MUNICIPAL – PGM/TERESINA – FCC/2010) Os entes da Administração Indireta NÃO a) possuem patrimônio próprio. b) decorrem de descentralização por colaboração. c) detêm capacidade de autoadministração. d) possuem personalidade jurídica própria. e) vinculam-se a órgãos da Administração Direta.

22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RS – FCC/2010) NÃO integram a Administração Pública Indireta: a) Autarquia e Fundação Pública. b) Ministério Público e Defensoria Pública. c) Fundação Pública e Empresa Pública. d) Sociedade de economia mista e autarquia. e) Empresa Pública e Sociedade de economia mista.

23. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/RS – FCC/2010) A entidade da Administração Pública indireta que deve ser criada diretamente por lei específica é a a) fundação pública. b) empresa pública. c) sociedade de economia mista. d) autarquia. e) fundação privada.

24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRF 2ª REGIÃO - FCC/2012) É certo que o patrimônio inicial da autarquia é formado a partir

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a) da transferência de bens móveis e imóveis do ente federado que a tenha criado. b) dos bens móveis e imóveis adquiridos especificamente para tal finalidade. c) da transferência exclusiva de bens dominicais pertencentes ao órgão público responsável por sua instituição. d) do ato de desapropriação de bens móveis e imóveis expedido pelo ente da federação responsável por sua criação. e) da requisição de bens móveis e imóveis pertencentes a outros órgãos públicos da respectiva administração pública.

25. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TJ/RJ – FCC/2012) Determinado Estado da Federação editou decreto alterando a gestão da previdência complementar dos servidores públicos do Estado e transferindo-a para autarquia especial criada no mesmo ato. A medida é a) regular, na medida em que é obrigatório ao Estado disciplinar a previdência complementar dos servidores públicos não submetidos ao sistema único. b) regular, desde que a nova autarquia passe a gerir os recursos previdenciários dos servidores públicos admitidos após sua criação. c) irregular, tendo em vista que a delegação operada somente poderia ter sido feita para ente integrante da Administração Indireta. d) irregular, na medida em que a gestão de recursos previdenciários dos servidores não poderia ser delegada a outro ente, ainda que integrante da Administração Indireta. e) irregular, na medida em que a autarquia somente poderia ter sido criada por lei.

26. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 22ª REGIÃO – FCC/2010) No que diz respeito às autarquias, entidades pertencentes à Administração Indireta, a assertiva que corretamente aponta algumas de suas características é: a) Capacidade de autoadministração e descentralização territorial. b) Descentralização por serviços ou funcional e capacidade política. c) Personalidade jurídica pública e descentralização territorial. d) Sujeição a tutela e capacidade política. e) Capacidade de autoadministração e sujeição a tutela.

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27. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) Analise as características abaixo. I. Personalidade jurídica de direito público. II. Criação por lei. III. Capacidade de autoadministração. IV. Especialização dos fins ou atividades. V. Sujeição a controle ou tutela. Trata-se de a) empresa pública. b) fundação. c) autarquia. d) sociedade de economia mista. e) órgão público.

28. (APO – BAHIAGÁS – FCC/2010) Quanto às autarquias, analise: I. O seu patrimônio é formado com a transferência de bens móveis e imóveis da entidade-matriz, os quais se incorporam ao ativo da nova pessoa jurídica. II. É pessoa jurídica de Direito Privado, com função pública própria, típica e outorgada pelo Estado, criada através do registro de seus estatutos, segundo a lei que autoriza a sua criação. III. Os atos dos seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos, devendo observar os mesmos requisitos para sua expedição, sujeitando-se aos controles internos e ao exame de legalidade pelo Judiciário, pelas vias comuns ou especiais. IV. Por realizarem serviços públicos centralizados, despersonalizados e limitados, se acham integradas na estrutura orgânica do Executivo e hierarquizadas à tutela do órgão público vinculado. V. Nascem com os privilégios administrativos da entidade estatal que as institui, auferindo as vantagens tributárias e prerrogativas processuais da Fazenda Pública, além de outros que lhes forem outorgados por lei especial. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) IV e V. c) I, III e V. d) II, III e IV.

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e) III, IV e V.

29. (ADVOGADO – NOSSA CAIXA – FCC/2011) No que concerne às agências executivas, é correto afirmar que a) tais agências não possuem autonomia de gestão, porém a lei assegura a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para que possam cumprir suas metas e objetivos institucionais. b) trata-se de entidade preexistente, que receberá a qualificação de agência executiva através de ato do Ministro de Estado a que estiver vinculada. c) agência executiva é a qualificação dada somente às autarquias, desde que cumpridas as exigências legais para tanto. d) a qualificação da entidade como agência executiva permite que ela usufrua de determinadas vantagens previstas em lei, como, por exemplo, o aumento dos percentuais de dispensa de licitação, previsto na Lei nº 8666/93. e) para a qualificação em agência executiva, é necessário o cumprimento de apenas um desses requisitos: ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento ou ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor.

30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 24ª REGIÃO – FCC/2011) São características das autarquias e fundações públicas: a) Processo especial de execução para os pagamentos por elas devidos, em virtude de sentença judicial; Impenhorabilidade dos seus bens. b) Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes; Prazos simples em juízo. c) Presunção de veracidade, imperatividade e executoriedade dos seus atos; Não sujeição ao controle administrativo. d) Prazos dilatados em juízo; Penhorabilidade dos seus bens. e) Processo de execução regido pelas normas aplicáveis aos entes privados; Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

31. (PROCURADOR JUDICIÁRIO - PREF. RECIFE/PE – FCC/2008) Determinado Estado criou, regularmente, uma autarquia para executar

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atividades típicas da Administração estadual que melhor seriam exercidas de forma descentralizada. Em relação a esta pessoa jurídica instituída, pode-se afirmar que se trata de pessoa jurídica a) de direito público, com personalidade jurídica própria, embora sujeita ao poder de autotutela do ente que a instituiu. b) de direito público, não sujeita a controle do ente que a instituiu quando gerar receitas próprias que lhe confiram auto-suficiência financeira. c) sujeita ao regime jurídico de direito privado quando for auto-suficiente e ao regime jurídico de direito público quando depender de verbas públicas, sem prejuízo, em ambos os casos, da submissão à tutela do ente que a instituiu. d) sujeita ao regime jurídico de direito público, criada por Decreto, integrante da Administração Indireta e, portanto, sujeita a controle do ente que a instituiu. e) de direito público, dotada das prerrogativas e restrições próprias do regime jurídico-administrativo e sujeita ao poder de tutela do ente que a instituiu.

32. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MA – FCC/2009) Considerando-se a autonomia inerente às autarquias, admite-se, em relação a este ente (A) controle, nos limites legais, a ser exercido pela pessoa política que instituiu a autarquia. (B) autotutela, que se traduz pela possibilidade de controle a ser exercido pela pessoa política que instituiu a autarquia. (C) fiscalização pelo Tribunal de Contas, nos moldes e limites a serem definidos na lei que disciplina o controle da autarquia pela pessoa política que a instituiu. (D) fiscalização a ser exercida pelo Tribunal de Contas, com auxílio da pessoa política que instituiu a autarquia. (E) revisão dos atos praticados pela autarquia para sua adequação aos fins que justificaram sua instituição, a ser exercido pela pessoa política que a instituiu.

33. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/RR – FCC/2008) A Lei federal no 9.472/97, em seu art. 9º, designa a Agência Nacional de Telecomunicações “autoridade administrativa independente”. Tal designação, em termos da organização administrativa brasileira,

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a) revela a criação de uma nova espécie típica de entidade integrante da Administração Indireta, dita justamente "autoridade administrativa independente". b) ressalta algumas características do regime especial dessa entidade, tais quais independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, mas não afasta o seu enquadramento como autarquia. c) refere-se ao fato de essa entidade não integrar a Administração Indireta. d) refere-se ao fato de essa entidade não ser sujeita a normas decorrentes do exercício do poder regulamentar pelo chefe do Poder Executivo. e) implica a criação de uma nova espécie típica de entidade integrante da Administração Indireta, dita "agência reguladora".

34. (TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ADMINISTRAÇÃO – MPE/SE – FCC/2009) Considere as entidades abaixo relacionadas: I Sociedade de economia mista sob controle do Estado de Sergipe. II Fundação pública instituída pelo Estado de Sergipe. III Associação pública mantida entre a União e o Estado de Sergipe. São integrantes da administração indireta do Estado de Sergipe as entidades citadas nos itens a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

35. (JUIZ - TJ/GO - FCC/2012) Recentemente, por meio da Lei Federal nº 12.396/2011, foram ratificados os termos do Protocolo de Intenções celebrado entre a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município do Rio de Janeiro, com o fim de criar a Autoridade Pública Olímpica, entidade de direito público que será responsável pela coordenação das atividades necessárias à preparação das Olimpíadas Rio 2016. Referida entidade é a) fundação pública multipatrocinada. b) consórcio público, na modalidade de associação pública. c) agência executiva.

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d) empresa pública interfederativa. e) parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa.

36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 11ª REGIÃO – FCC/2012) Segundo a Constituição Federal, a instituição de fundação pública deve ser autorizada por a) ato administrativo emanado pelo Poder Público federal que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. b) ato administrativo emanado pelo Poder Público municipal, do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. c) ato administrativo emanado pelo Poder Público estadual que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. d) lei específica, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. e) decreto municipal, emitido pelo Prefeito do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação.

37. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SP – FCC/2012) As fundações de direito público, também denominadas autarquias fundacionais, são instituídas por meio de lei específica e a) seus agentes não ocupam cargo público e não há responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros. b) seus contratos administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei. c) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, definindo as áreas de sua atuação. d) seus atos administrativos não gozam de presunção de legitimidade e não possuem executoriedade. e) seu regime tributário é comum sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades essenciais.

38. (PROCURADOR – TCE/AP – FCC/2010) Dentre outras características, distingue-se a autarquia das empresas estatais em razão de a primeira a) ser criada por lei, enquanto as empresas estatais podem ser constituídas por decreto.

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b) submeter-se a processo especial de execução, ainda que também não goze de imunidade tributária. c) gozar de imunidade tributária, embora seus bens também não sejam protegidos pela impenhorabilidade e pela imprescritibilidade. d) poder editar atos dotados de imperatividade e executoriedade, enquanto as estatais são regidas pelo regime jurídico de direito privado. e) integrar a administração direta, embora não goze de juízo privativo, enquanto as empresas estatais fazem parte da administração indireta.

39. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/PA – FCC/2009) As chamadas “empresas estatais” apresentam grande semelhança no regime jurídico que se lhes aplica. Para distingui-las é correto afirmar que as: a) empresas públicas são sempre constituídas sob a forma de sociedade anônima. b) sociedades de economia mista admitem todas as formas societárias previstas em lei, com exceção da sociedade anônima. c) empresas públicas são sempre constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado, não admitindo comercialização de ações em bolsa. d) sociedades de economia mista são constituídas sob a forma de sociedade anônima, sendo o capital constituído por recursos públicos e particulares. e) empresas públicas têm o capital constituído por recursos provenientes da Administração Direta, não admitindo a participação de outros entes, ainda que da esfera pública.

40. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 11ª REGIÃO – FCC/2012) Considere as seguintes assertivas: I. Pode adotar uma das modalidades de sociedade disciplinadas pela legislação comercial. II. Seja de âmbito federal, estadual ou municipal, tem capital inteiramente público, ou seja, dele somente podem participar pessoas jurídicas de direito público. III. Não pode adotar a forma de sociedade unipessoal. IV. Se for de âmbito federal, terá seus litígios processados e julgados obrigatoriamente na Justiça Federal. No que concerne à empresa pública, está correto o que se afirma APENAS em

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a) I, II e IV. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV.

41. (ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/16ª REGIÃO – FCC/2009) São traços distintivos entre empresa pública e sociedade de economia mista: (A) forma jurídica; composição do capital e foro processual. (B) foro processual; forma de criação e objeto. (C) composição de capital; regime jurídico e forma de criação. (D) objeto; forma jurídica e regime jurídico. (E) regime jurídico; objeto e foro processual.

42. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/TO – FCC/2011) Constitui traço distintivo entre sociedade de economia mista e empresa pública: a) forma de organização, isto é, forma jurídica. b) desempenho de atividade de natureza econômica. c) criação autorizada por lei. d) sujeição a controle estatal. e) personalidade jurídica de direito privado.

43. (TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ADMINISTRAÇÃO – MPE/SE – FCC/2009) Terá, obrigatoriamente, personalidade jurídica de direito privado uma a) autarquia de regime comum. b) fundação pública. c) associação pública. d) sociedade de economia mista que exerça atividade econômica. e) autarquia de regime especial.

44. (TCE – TCE/AP – FCC/2012) O Estado pretende criar entidade dotada de autonomia, integrante da Administração indireta, para exercer atividade de natureza econômica, com a participação de entidade privada na constituição do correspondente capital social. Atende a tal objetivo

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a) uma Empresa pública. b) uma Sociedade de economia mista. c) uma Parceria Público-Privada. d) um Consórcio público. e) uma Organização Social - OS.

45. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) NÃO é característica da sociedade de economia mista: a) criação autorizada por lei. b) personalidade jurídica de direito privado. c) derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público. d) estruturação sob qualquer forma societária admitida em direito. e) desempenho de atividade econômica.

46. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF 1ª REGIÃO – FCC/2011) NÃO é considerada característica da sociedade de economia mista a) a criação independente de lei específica autorizadora. b) a personalidade jurídica de direito privado. c) a sujeição a controle estatal. d) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei. e) o desempenho de atividade de natureza econômica.

47. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT 6ª REGIÃO - FCC/2012) É comum às empresas públicas e sociedades de economia mista, que atuam no domínio econômico, a) a personalidade jurídica de direito público. b) a criação por meio da edição de lei, que deve trazer anexo o respectivo estatuto social. c) a submissão ao regime de direito típico das empresas privadas, embora haja derrogação parcial por normas de direito público. d) a derrogação parcial do regime jurídico de direito público quando se trata de empresa prestadora de serviço público exclusivo. e) o desempenho de atividade econômica, vedada a auferição de lucro.

48. (COMISSÃRIO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – TJ/RJ – FCC/2012) Em relação aos entes que integram a Administração

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Indireta, a sociedade de economia mista e a empresa pública a) somente podem ser criadas por lei, salvo as subsidiárias, que dispensam autorização legislativa para sua criação. b) sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, o que afasta a incidência das normas constitucionais dirigidas à Administração Pública. c) sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, mas sua criação deve ser autorizada por lei. d) sujeitam-se ao regime jurídico de direito público quando os fins definidos na lei instituidora abrangem a prestação de serviço público. e) sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, mas são instituídas, formalmente, por lei, o que afasta o depósito de seus atos constitutivos no Registro Público.

49. (ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS - TRT 6ª REGIÃO - FCC/2012) A respeito do regime jurídico das entidades integrantes da Administração Pública indireta é correto afirmar que é a) de direito privado para as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica, sem prejuízo da aplicação dos princípios constitucionais da Administração Pública. b) de direito público para as fundações, autarquias e empresas públicas e de direito privado para as sociedades de economia mista. c) sempre de direito privado, parcialmente derrogado pelas prerrogativas e sujeições decorrentes dos princípios aplicáveis à Administração pública. d) sempre de direito público, exceto para as entidades caracterizadas como agências executivas ou autarquias de regime especial. e) sempre de direito privado, em relação à legislação trabalhista e tributária, e de direito público em relação aos bens afetados ao serviço público.

50. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRF 2ª REGIÃO - FCC/2012) A administração indireta compreende, além de outras entidades, as empresas públicas e sociedades de economia mista, as quais têm personalidade jurídica de direito a) público e privado, respectivamente, criadas por lei de iniciativa do Poder Executivo. b) privado, instituídas mediante autorização de lei específica.

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c) público e independem de lei complementar para suas instituições. d) privado e público, respectivamente, sendo instituídas mediante lei específica. e) público, criadas por ato específico e privativo do chefe do Poder Executivo.

51. (TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ADMINISTRAÇÃO – MPE/SE – FCC/2009) Considere as seguintes afirmações: I A criação de Fundações Públicas, no Estado de Sergipe, depende de lei específica aprovada pela Assembléia Legislativa. II A alteração do estatuto das Fundações Públicas deve ser aprovada por órgão do Ministério Público. III Compete ao Ministério Público velar pelas Fundações Públicas, embora não lhe caiba fazê-lo quanto às particulares. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II. e) II e III.

52. (AUDITOR – TRIBUNAL DE CONTAS DE ALAGOAS – FCC/2008) Constitui norma comum e inerente ao regime jurídico das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista (A) a imunidade tributária garantida pela Constituição, relativa aos impostos sobre patrimônio, renda ou serviços. (B) o controle das suas atuações por órgãos da Administração Direta, nos limites da lei. (C) o desempenho de atividade de natureza não econômica. (D) a incidência do duplo grau de jurisdição, quando sejam partes em processo judicial. (E) a instituição de sua personalidade jurídica por Decreto expedido pelo chefe do Poder Executivo.

53. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SP – FCC/2009) Acerca da estruturação da Administração Pública, das alternativas abaixo qual contém impropriedades conceituais? a) Sob a ótica da personalidade jurídica, além do Poder Executivo, a

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Defensoria Pública, os Poderes Judiciário e Legislativo, o Ministério Público e os Tribunais de Contas podem ser considerados integrantes da Administração Pública Direta. b) Os serviços públicos são descentralizados por meio da administração indireta, também podendo ocorrer mediante atuação dos chamados concessionários, permissionários e autorizatários de serviços públicos. c) Autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas carecem de lei específica para sua existência, passando a deter personalidade jurídica própria, bem assim autonomia administrativa e gerencial, submetidas a mecanismos de controle exercidos pela Administração Publica Direta. d) É possível a existência de sócios ou acionistas privados nas sociedades de economia mista, sendo inadmissível o ingresso de capital privado na composição patrimonial das empresas públicas. Por outro lado, a imunidade recíproca prevista no Texto Constitucional Federal é extensiva apenas às empresas públicas, em igualdade de tratamento concedido às autarquias e fundações públicas. e) As sociedades de economia mista e as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, seus bens são submetidos ao regime jurídico dos bens particulares, seus quadros funcionais são preenchidos por agentes públicos celetistas e não podem submeter-se à chamada recuperação judicial, recuperação extrajudicial e à falência.

54. (ANALISTA – TRT/MG – FCC/2009) Nos termos do parágrafo 8º do artigo 37, da Constituição Federal, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Administração Indireta poderá ser: a) ampliada, mediante contrato que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade. b) reduzida, com base em contrato de gestão, por meio do qual o Poder Público estabelece, de acordo com as diretrizes governamentais, as metas de desempenho a serem cumpridas pela entidade. c) ampliada, independentemente da celebração de contrato com o Poder Público, desde que a entidade ou órgão estabeleça metas de desempenho claras e cujo cumprimento possa ser comprovado por critérios objetivos.

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d) ampliada ou reduzida, conforme o nível de atendimento das metas de desempenho estabelecidas em contrato de gestão firmado com o Poder Público. e) ampliada, por decreto do Chefe do Executivo, que poderá, no caso de entidades integrantes da Administração Indireta, dispensar o cumprimento das regras gerais relativas à licitação e ao concurso público.

55. (AUDITOR – TCE/SP – FCC/2008) Os consórcios públicos constituídos por dois ou mais municípios (A) nunca integrarão a administração indireta de nenhum destes. (B) integrarão a administração indireta de todos estes, seja qual for a forma adotada. (C) integrarão a administração indireta de um destes, escolhido no respectivo protocolo de intenções, seja qual for a forma adotada. (D) integrarão a administração indireta de todos estes, se constituídos sob a forma de associação pública. (E) integrarão a administração direta ou indireta de todos estes, conforme disciplinado no respectivo protocolo de intenções.

56. (PROCURADOR DE CONTAS – TJ/RR – FCC/2008) A União celebra, com dois Estados da Federação, contrato de consórcio público sob a forma de associação pública. Após a sua entrada em vigor, o consórcio (A) integrará a Administração Indireta da União, apenas. (B) integrará a Administração Indireta da União e de apenas um dos dois Estados participantes. (C) integrará a Administração Indireta dos entes federativos que assim o desejarem, conforme disciplinado em contrato. (D) integrará a Administração Indireta de todos os entes federativos participantes. (E) não integrará a Administração Indireta de nenhum dos entes federativos participantes.

57. (EXECUTIVO PÚBLICO – CASA CIVIL/SP – FCC/2010) Administração Pública em seu sentido subjetivo compreende a) o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas.

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b) a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses privados. c) aquelas atividades exercidas pelo conjunto dos órgãos que possuem personalidade jurídica própria e autonomia administrativa relativa. d) as entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades descentralizadas. e) as atividades exclusivamente executadas pelo Estado, por seus órgãos e agentes, com base em sua função administrativa.

58. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Segundo a doutrina administrativista, o direito administrativo é o ramo do direito privado que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.

59. (JUIZ FEDERAL – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2007) O Estado compõe o primeiro setor, ao passo que o mercado configura o segundo setor.

60. (ANALISTA AMBIENTAL – MMA – CESPE/2011) No âmbito da União, a administração direta compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos respectivos ministérios, enquanto a administração indireta é exercida por entidades dotadas de personalidade jurídica própria.

61. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entidades políticas que compõem a administração pública indireta.

62. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O Distrito Federal é considerado uma entidade administrativa.

63. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) A desconcentração consiste na distribuição de competência de uma para outra pessoa física ou jurídica.

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64. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/ 2010) A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de administração descentralizada.

65. (ANALISTA TÉCNICO – MS – CESPE/ 2010) A delegação ocorre quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.

66. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) Caso o TRE distribua competências no âmbito de sua própria estrutura, é correto afirmar que ocorreu descentralização.

67. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) A desconcentração pressupõe a existência de apenas uma pessoa jurídica.

68. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) A outorga e a delegação são formas de efetivação da desconcentração.

69. (ASSESSOR JURIDÍCO – PREF. NATAL – CESPE/2008) A desconcentração pressupõe a existência de, pelo menos, duas pessoas entre as quais se repartem competências.

70. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – STF – CESPE/2008) A divisão de determinado tribunal em departamentos visando otimizar o desempenho, para, posteriormente, redistribuir as funções no âmbito dessa nova estrutura interna, é um exemplo de descentralização.

71. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) Na estrutura dos entes políticos, os órgãos estão estruturados a partir de critérios de hierarquia. Contudo, há órgãos independentes, que não se subordinam a qualquer outro, devendo, apenas, obediência às leis. É o caso da presidência da República, na estrutura do Poder Executivo federal, e dos gabinetes dos governadores, na estrutura do Poder Executivo estadual.

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72. (PERITO CRIMINAL – PC/ES – CESPE/2011) Por apresentarem personalidade jurídica de direito público e, portanto, serem revestidas de direitos e obrigações, as secretarias criadas no âmbito dos estados da Federação são dotadas de atribuições específicas que recebem o nome de competência.

73. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no pólo ativo da ação do mandado de segurança.

74. (OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Embora, em regra, os órgãos públicos não tenham personalidade jurídica, a alguns órgãos é conferida a denominada capacidade processual, estando eles autorizados por lei a defender em juízo, em nome próprio, determinados interesses ou prerrogativas.

75. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Os órgãos subalternos, conforme entendimento do STF, têm capacidade para a propositura de mandado de segurança para a defesa de suas atribuições.

76. (ANALISTA PROCESSUAL – MPE/PI – CESPE/2012) Segundo classificação doutrinária, quanto ao critério relacionado à posição estatal, os órgãos autônomos são aqueles originários da Constituição e que representam os três poderes do Estado, cujas funções são exercidas por agentes políticos.

77. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Segundo a teoria da imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos.

78. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo.

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79. (PROCURADOR – AGU – CESPE/2007) No direito brasileiro, os órgãos são conceituados como unidades de atuação integrantes da estrutura da administração direta e da estrutura da administração indireta e possuem personalidade jurídica própria.

80. (PROCURADOR – AGU – CESPE/2007) As ações dos entes políticos – como União, estados, municípios e DF – concretizam-se por intermédio de pessoas físicas, e, segundo a teoria do órgão, os atos praticados por meio desses agentes públicos devem ser imputados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem.

81. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Atualmente, a doutrina majoritária, para explicar a relação entre o órgão público e o agente, utiliza-se da teoria da representação, segundo a qual os agentes são representantes do Estado.

82. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Um órgão administrativo só poderá delegar parte da sua competência, se não houver impedimento legal, a outros órgãos que lhe sejam hierarquicamente subordinados, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

83. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Um órgão administrativo e seu titular estão autorizados a delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, não se admitindo, porém, que órgãos colegiados deleguem competência a agentes singulares, como, por exemplo, a seus respectivos presidentes.

84. (ANALISTA PROCESSUAL – MPE/PI – CESPE/2012) Um órgão administrativo e seu titular podem delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados.

85. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) A avocação, que decorre do sistema hierárquico, independe de justificativa, sendo admitida sempre que a autoridade superior entender que pode substituir-se ao agente subalterno.

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86. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/TO – CESPE/2007) A administração direta abrange todos os órgãos do Poder Executivo, excluindo-se os órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo.

87. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA – TRE/BA – CESPE/2010) Do ponto de vista orgânico, o TRE integra a administração pública indireta.

88. (ADVOGADO – BRB – CESPE/2010) O Ministério da Saúde faz parte da estrutura da administração pública indireta.

89. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O Ministério da Saúde é órgão da administração pública indireta.

90. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) As secretarias de estado e as autarquias estaduais fazem parte da administração direta.

91. (ASSESSOR JURIDÍCO - PREF. NATAL – CESPE/2008) Os ministérios e autarquias fazem parte da administração pública direta.

92. (PROCURADOR – BANCO CENTRAL – CESPE/2009) Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.

93. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos titulares de poderes públicos.

94. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Diferentemente da descentralização, em que a transferência de competências se dá para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de

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melhorar e acelerar a prestação do serviço público.

95. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) A descentralização política ocorre quando os entes descentralizados exercem atribuições próprias que não decorrem do ente central. Sendo os estados-membros da Federação tais entes e, no Brasil, também os municípios, a descentralização política possui os mesmos entes da descentralização administrativa.

96. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas.

97. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – STF – CESPE/2008) A descentralização pode ser feita por qualquer um dos níveis de Estado: União, DF, estados e municípios.

98. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) Por meio do processo de descentralização vertical da administração pública, são criadas entidades com personalidade jurídica, às quais são transferidas atribuições conferidas pela Constituição (CF) aos entes políticos.

99. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) A descentralização territorial ou geográfica se verifica quando uma entidade local e geograficamente delimitada, com personalidade jurídica de direito público, exerce a totalidade ou a maior parte dos encargos públicos de interesse da coletividade, sujeitando-se a controle do poder central. No Brasil, os estados e territórios podem ser categorizados como entes de descentralização territorial.

100. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) A descentralização por serviço, técnica ou funcional ocorre quando a União, o estado ou os municípios criam, por lei, uma pessoa de direito público ou privado e a ela atribuem a titularidade e a execução de determinado serviço público. Caracteristicamente, essa pessoa

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legalmente criada denomina-se autarquia. No entanto, é possível incluir, por exemplo, nessa categoria, as fundações governamentais, sociedades de economia mista e empresas públicas, que exerçam serviços públicos.

101. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) Segundo a doutrina, na descentralização por serviço, o poder público mantém a titularidade do serviço e o ente descentralizado passa a deter apenas a sua execução.

102. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – CESPE/2009) A descentralização é simples técnica administrativa, utilizada apenas no âmbito da administração direta.

103. (ASSESSOR JURIDÍCO - PREF. NATAL – CESPE/2008) A descentralização administrativa é o fenômeno no qual o Estado atua por meio de entes que lhe são juridicamente distintos.

104. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A administração pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios.

105. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) As pessoas integrantes da administração indireta podem ser autorizadas e instituídas somente por lei, cujo teor deverá abordar a atividade descentralizada a ser exercida, e serão submetidas ao controle da administração direta da pessoa política a que são vinculadas.

106. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Tanto as pessoas públicas quanto as pessoas de direito privado instituídas pelo Estado têm personalidade jurídica própria, capacidade de autoadministração e patrimônio próprio.

107. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade jurídica própria, integram a administração direta.

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108. (ADVOGADO – SGA/AC – CESPE/2008) Considere que uma lei estadual do Acre institua, com caráter de autarquia, o Instituto Academia de Polícia Civil, com o objetivo de oferecer formação e aperfeiçoamento aos servidores ligados à polícia civil do Acre. Nessa situação, a criação do instituto representaria um processo de descentralização administrativa, visto que implicaria a criação de uma entidade da administração estadual indireta.

109. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim.

110. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado.

111. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) As autarquias exercem atividades tipicamente administrativas que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira sob regime de direito público, razão pela qual se considera que elas integram a administração centralizada.

112. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) A autarquia configura pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, sujeita ao princípio da especialização, o qual a impede de exercer atividades diversas daquelas para as quais foi constituída.

113. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/GO – CESPE/2009) De forma geral, as autarquias corporativas, como a OAB e os demais conselhos de profissões regulamentadas, devem prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), fazer licitações e realizar concursos públicos para suas contratações.

114. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/TO – CESPE/2007) As autarquias profissionais de regime especial, como a Ordem dos

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Advogados do Brasil e as agências reguladoras, submetem-se ao controle do Tribunal de Contas da União.

115. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) A OAB, conforme entendimento do STF, é uma autarquia pública em regime especial e se submete ao controle do TCU.

116. (PROFESSOR – IRB – CESPE/2011) A Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de autarquia profissional, não integra a administração indireta e não se submete ao controle do Tribunal de Contas da União.

117. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Os conselhos de profissões regulamentadas, como o CREA e o CRM, são pessoas jurídicas de direito privado.

118. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) A criação de uma autarquia federal é feita por decreto do presidente da República.

119. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) As autarquias são instituídas por lei, iniciando-se a sua existência legal com a inscrição, no registro próprio, de seu ato constitutivo.

120. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O surgimento de uma autarquia se consolida com o registro de seus estatutos em cartório.

121. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) O dirigente de autarquia não pode figurar como autoridade coatora em mandado de segurança.

122. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) Uma autarquia municipal pode litigar em juízo contra o município que a criou.

123. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2009) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, as quais têm, regra geral, a função de regular e fiscalizar os assuntos relativos às suas respectivas áreas de atuação. Não se confundem os conceitos de

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agência reguladora e de agência executiva, caracterizando-se esta última como a autarquia ou fundação que celebra contrato de gestão com o órgão da administração direta a que se acha hierarquicamente subordinada, para melhoria da eficiência e redução de custos.

124. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) As agências reguladoras são órgãos da administração pública cuja finalidade é fiscalizar e controlar determinada atividade.

125. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) A CF criou, por meio de norma inserida em seu texto, duas das atuais agências reguladoras, quais sejam a ANATEL e a ANEEL.

126. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) O quadro de pessoal das agências reguladoras é vinculado ao regime celetista, conforme expressa disposição legal.

127. (PROCURADOR MUNICIPAL - PREF. NATAL – CESPE/2008) Segundo jurisprudência do STF, a subordinação da nomeação dos dirigentes das agências reguladoras à prévia aprovação do Poder Legislativo não implica violação à separação e à independência dos poderes.

128. (PROC. MUNICIPAL – PREF. NATAL – CESPE/2008) A relação entre uma autarquia e o ente que a criou é de subordinação.

129. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) As autarquias são caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe da pasta.

130. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) Prevalece o entendimento de que as fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem ser criadas por lei e não por ato infralegal.

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131. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) A fundação instituída pelo Estado com personalidade jurídica de direito privado se sujeita inteiramente a esse ramo do direito.

132. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) As fundações públicas são entidades integrantes da administração direta, e suas respectivas áreas de atuação devem enquadrar-se nas áreas previstas em lei ordinária.

133. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) A instituição de fundação pública deve ser autorizada por lei ordinária específica, ao passo que a definição de sua área de atuação deve ser feita por lei complementar.

134. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas não passam de autarquias e(ou) fundações públicas que foram qualificadas como tal.

135. (PROCURADOR – PGE/PE – CESPE/2009) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas e extintas mediante autorização legal, têm personalidade jurídica de direito privado, possuem a mesma forma de organização ou estruturação e, ambas, desempenham atividade de natureza econômica.

136. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/ES – CESPE/2011) Considere que João pretenda ingressar como empregado na PETROBRAS, sociedade de economia mista, integrante da administração indireta da União. Nessa situação, João não precisa ser previamente aprovado em concurso público, visto que o regime jurídico dessa empresa é o celetista.

137. (ASSESSOR JURIDÍCO – PREF. NATAL – CESPE/2008) As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno.

138. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – PREVIC – CESPE/2011) Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta criadas por lei sob a forma de sociedades

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anônimas com o objetivo de explorar atividade econômica ou prestar determinado serviço público.

139. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STM – CESPE/2011) As empresas públicas são criadas por lei, compostas de capital governamental e dotadas de personalidade jurídica de direito público para explorarem atividade econômica.

140. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL – DPF – CESPE/2012) Existe a possibilidade de participação de recursos particulares na formação do capital social de empresa pública federal.

141. (ANALISTA PROCESSUAL – MPE/PI – CESPE/2012) Como a empresa pública pode ser organizada sob qualquer das formas admitidas em direito, na esfera federal é admitida sua criação sob a forma de empresa pública unipessoal, desde que esta contenha a assembleia geral como o órgão pelo qual se manifeste a vontade do Estado.

142. (JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO – TJ/TO – CESPE/2007) As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica em regime de monopólio submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas.

143. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TJDFT – CESPE/2008) As empresas públicas e as sociedades de economia mista federais submetem-se à fiscalização do TCU, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista.

144. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/ES – CESPE/2008) A única diferença entre sociedade de economia mista e empresa pública é a composição do capital.

145. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) A administração pública pode instituir empresas públicas e sociedades de economia mista mediante autorização legal, as quais estarão inteiramente sujeitas ao regime jurídico de direito privado, por força de lei.

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146. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/ES – CESPE/2008) As sociedades de economia mista integram a administração, estão sujeitas à supervisão de uma secretaria e não podem gozar de benefícios fiscais que não sejam extensivos ao setor privado.

147. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Caso uma empresa pública federal impetre mandado de segurança contra ato do juiz de direito do estado da Paraíba, conforme entendimento do STJ, caberá ao respectivo tribunal regional federal julgar o referido mandado de segurança.

148. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STM – CESPE/2011) Se, em processo de indenização por danos materiais que tramite em uma vara cível estadual, uma empresa pública federal passar a compor a lide como assistente, o referido processo será deslocado para a justiça federal.

149. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL – DPF – CESPE/2012) O foro competente para o julgamento de ação de indenização por danos materiais contra empresa pública federal é a justiça federal.

150. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/PB – CESPE/2009) Considere a seguinte situação hipotética. O município de João Pessoa pretende receber o Imposto Sobre Serviços (ISS) da INFRAERO, empresa pública federal que presta serviço público aeroportuário em regime de monopólio, em face dos serviços prestados, sobre os quais não incide ICMS. Nessa situação, a pretensão do município deve ser atendida, já que a imunidade recíproca não atinge as empresas públicas, mas apenas a administração direta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como as suas autarquias e fundações públicas.

151. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) As empresas públicas, as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo poder público são beneficiárias do princípio da imunidade tributária, no que se refere aos impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços federais, estaduais e

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municipais.

152. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TST – CESPE/2008) Considere que, há sete anos, Adriano é empregado da Caixa Econômica Federal (CAIXA), que é uma empresa pública federal. Nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. *** Por força constitucional, o fato de a CAIXA ser uma empresa pública impede que Adriano possa ser demitido sem justa causa.

153. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) Não colide materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta.

154. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU.

155. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) As sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer forma admitida em direito, como, por exemplo, a de sociedade unipessoal ou pluripessoal.

156. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) O princípio da reserva legal, segundo o qual todas as entidades integrantes da administração indireta, independentemente da esfera federativa a que estejam vinculadas, devem ser instituídas por lei, aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, mas não às suas subsidiárias.

157. (PROCURADOR DO BANCO CENTRAL – BACEN – CESPE/2009) O consórcio público, mesmo com personalidade jurídica de direito público, não passa a integrar a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.

158. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STJ – CESPE/2012) Os consórcios públicos, quando assumem personalidade jurídica de direito público, constituem-se como associações públicas, passando, assim, a

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integrar a administração indireta dos entes federativos consorciados.

159. (OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – DIREITO – ABIN – CESPE/2010) A administração pública é caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela própria atividade administrativa exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e órgãos.

160. (ADVOGADO – ECT – CESPE/2011) Em sentido subjetivo, a administração pública compreende o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a lei confere o exercício da função administrativa do Estado.

161. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Em sentido material ou objetivo, a administração pública compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado.

162. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) A administração pública, sob o aspecto orgânico, ou subjetivo, designa a própria função administrativa, que, exercida pelos órgãos e agentes estatais, incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo.

GABARITO:

01 D 21 B 41 A 61 E 81 E 101 E 121 E 141 E 161 E

02 C 22 B 42 A 62 E 82 E 102 E 122 C 142 E 162 E

03 B 23 D 43 D 63 E 83 E 103 C 123 E 143 C 163 -

04 C 24 A 44 B 64 E 84 E 104 E 124 E 144 E 164 -

05 A 25 E 45 D 65 E 85 E 105 C 125 E 145 E 165 -

06 B 26 E 46 A 66 E 86 E 106 C 126 E 146 C*

07 C 27 C 47 C 67 C 87 E 107 E 127 C 147 C

08 A 28 C 48 C 68 E 88 E 108 C 128 E 148 C

09 B 29 D 49 A 69 E 89 E 109 C 129 E 149 C

10 C 30 A 50 B 70 E 90 E 110 C 130 C 150 E

11 B 31 E 51 A 71 C 91 E 111 E 131 E 151 E

12 E 32 A 52 B 72 E 92 E 112 C 132 E 152 E

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CURSO DIREITO ADMINISTRATIVO

– EXERCÍCIOS CESPE/FCC –

TRIBUNAIS/2012

Prof. Edson Marques

www.pontodosconcursos.com.br 204

13 E 33 B 53 D 73 E 93 C 113 E 133 C 153 E

14 D 34 E 54 A 74 C 94 C 114 E 134 C 154 E

15 B 35 B 55 D 75 E 95 E 115 E 135 E 155 E

16 C 36 D 56 D 76 E 96 C 116 C 136 E 156 E

17 B 37 B 57 A 77 E 97 C 117 E 137 E 157 E

18 D 38 D 58 E 78 C 98 E 118 E 138 E 158 C

19 A 39 D 59 C 79 E 99 E 119 E 139 E 159 C

20 E 40 C 60 C 80 C 100 C 120 E 140 E 160 C