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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR GRAMÁTICA E REDAÇÃO

01 - Semântica

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  • PR-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

    GRAMTICA E REDAO

    Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br

  • 2006-2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

    Produo Projeto e Desenvolvimento Pedaggico

    Disciplinas Autores

    Lngua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Mrcio F. Santiago Calixto Rita de Ftima BezerraLiteratura Fbio Dvila Danton Pedro dos SantosMatemtica Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFsica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQumica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hlio Apostolo Rogrio FernandesHistria Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogrio de Sousa Gonalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

    I229 IESDE Brasil S.A. / Pr-vestibular / IESDE Brasil S.A. Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

    686 p.

    ISBN: 978-85-387-0572-7

    1. Pr-vestibular. 2. Educao. 3. Estudo e Ensino. I. Ttulo.

    CDD 370.71

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  • GRAMTICA

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    no prolatou uma sentena dizendo que eram inocentes. O caso foi arquivado porque, no en-tender dos juzes, a promotoria no conseguiu provar que houve um crime e, no havendo crime, no h criminosos. Tudo perfeitamente legal, mas cabe uma indagao central: fez-se justia?

    Enquanto uma morte como a de Edison Hsueh uma morte que chamou a ateno do pas, que foi fartamente noticiada pela impren-sa, que ocorreu entre estudantes de classe mdia e futuros mdicos, que levou a reitoria da USP a proibir os trotes para sempre , enquanto uma morte desta no ganha uma resposta, uma explicao, um esclarecimento, no se pode esperar muita coisa. Arquivar um processo est dentro das regras. Isso acontece em qualquer lugar do mundo. O problema que no Brasil isso acontece demais. O Estado brasileiro est infor-mando aos familiares de Edison Hsueh que no sabe o que se passou naquele 23 de fevereiro de 1999 e, portanto, convida todos ns a esquecer o assunto. Que tal? Vamos esquecer? Deixar para l? Afinal, nem conhecemos Edison Hsueh...

    (VEJA, So Paulo: Abril, 25 ago. 2004. Adaptado.)

    Semntica

    Quem matou Edison?

    Andr Petry

    A criminalidade e a lentido da Justia so duas chagas nacionais que, volta e meia, en-tram no debate. Agora mesmo, em relao aos dois assuntos, o governo props uma discusso sobre a lei dos crimes hediondos e produziu um detalhe diagnstico do Poder Judicirio, prontamente rechaado pelos magistrados que se indignaram com a informao de que estariam entre os juzes mais bem pagos do mundo. Lamentavelmente, prestou-se pouca ateno em uma notcia que tanto ajuda a impulsionar a criminalidade e a desmoralizar a Justia brasileira o arquivamento do caso do jovem Edison Tsung Chi Hsueh. Para quem no se lembra, Edison Hsueh o calouro de medicina da Universidade de So Paulo que, depois de um trote aplicado pelos veteranos, apareceu morto no fundo da piscina do clube atltico da universidade. A tragdia ocorreu em 23 de fevereiro de 1999 e nunca foi plenamente esclarecida: ele afogou-se acidentalmente ao cair na piscina sem saber nadar? Sob intenso stress, ele resolveu jogar-se na piscina numa tentativa bem-sucedida de suicdio? Ou seus colegas jogaram-no na piscina vrias vezes e acabaram levando Edison Hsueh morte?

    Com o arquivamento do processo, criou-se o seguinte cenrio: um jovem apareceu morto numa festa dentro da universidade mais res-peitada do pas e ningum sabe mais nada e ningum punido e no h mais processo. Isso justia? Antes, cabe um esclarecimento: no se est aqui insinuando que os ex-estudantes de medicina da USP sejam culpados da morte e que, portanto, tinham de ser punidos. No. Nada disso. Eles podem ser inteiramente inocentes. O problema que a Justia, ao arquivar o caso,

    Voc com certeza compreendeu a mensagem do texto. Mas j parou para pensar em como construmos o significado? Como conseguimos associar a esses elementos concretos, chamados palavras, todo um conjunto de ideias que fazemos do mundo? Pois a Semntica trata exatamente disto: da significao.

    Podemos dizer que texto qualquer elemento que traga uma informao. Assim, entendemos textos porque associamos significado ao que lemos ou vemos.

    A Universidade de So Paulo lanou, aps a morte de Edison Hsueh, uma campanha contra o trote. Veja este outro texto, que conjuga elementos visuais com elementos da lngua.

    Alguns veteranos de universidades agridem fisicamente os bixos, isto , os calouros. Como se l isso no cartaz a seguir?

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    O bicho de pelcia est com hematomas, com uma bandagem na testa. Associada a imagem ao texto verbal, inferimos que a campanha tem por ob-jetivo desestimular as agresses a que os calouros esto submetidos.

    A Semntica a parte da Gramtica que estuda a significao.

    Signo lingusticoSigno lingustico uma mnima estrutura comu-

    nicativa constituda de significante e de significado. Significante a parte fsica do signo. Significado a parte inteligvel no signo, a qual traz um conceito, um contedo, uma ideia.

    Nos signos lingusticos como as palavras, te-mos no signo bolo, por exemplo, a disposio dos fonemas /b/, /o/, /l/ e /o/, nesta ordem, e das letras b, o, l e o, tambm nesta ordem, que nos d a parte fsica do signo: o significante.

    O significado a parte inteligvel do signo, isto , a ideia que o significante nos traduz. As-sim, o conceito, a ideia traduzida por bolo o significado.

    Cor

    el I

    mag

    e B

    ank.

    Vejamos um exemplo de signo no-verbal.

    SIGNO LINGUSTICO NO-VERBAL

    SIGNIFICANTE: letra E, de cor preta, inserida num crculo de borda vermelha, cortada por uma faixa tambm vermelha.

    SIGNIFICADO: proibido estacionar no lugar em que esta placa est fixada.

    Perceba que no processo da comunicao, o significado anterior ao significante. Primeiro nos relacionamos com o mundo, observamos os aconteci-mentos, depois os nomeamos e os construmos pela linguagem. Para melhor compreenso, pensemos no aprendizado de uma lngua estrangeira. J temos o significado em mente e precisamos relacionar sig-nificantes desta nova lngua ideia que j temos construda. Assim, a ideia traduzida por bolo pode ser tambm traduzida, no ingls, por outro signifi-cante: cake.

    Significado e sentidoDiferente da noo de significado a de sen-

    tido.

    Sentido uma noo externa ao signo lings-tico. Ao passo que o significado j est no signo, o sentido construdo pelo falante (ou leitor) a partir de seu contexto de vida.

    Na palavra linha, por exemplo, voc pode identificar o significante e o significado. Entretanto, a palavra linha pode assumir diferentes sentidos nos contextos em que utilizada.

    Siga esta linha de pensamento.O carro parou na linha do trem.Todas as palavras tm que caber nesta linha.A linha que liga dois pontos um segmento de

    reta.

    A palavra, como signo, j traz um significado. O sentido externo, dado pelo leitor. Assim, a palavra linha tem o mesmo significado em todos os exemplos acima, mas seu sentido diferente em cada uma das frases.

    Estrutura frasal e significao

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    Identidade de significaoParfrase a reescrita de uma ideia mantendo

    as relaes de participao dos objetos no processo descrito. A parfrase pode se dar pela sinonmia lexical ou pela sinonmia estrutural.

    Observe:

    O diretor da faculdade achou as provas.O diretor da faculdade encontrou as provas.Note agora que no houve mudana estrutural.

    O que possibilitou a manuteno da ideia foi a utiliza-o de palavras que traduzem a mesma significao, palavras sinnimas.

    Sinonmia lexical a relao de identidade entre duas palavras por sua significao.

    O diretor encontrou indcios do crime.

    Indcios do crime foram encontrados pelo di-retor.

    Note que, do ponto de vista estrutural, as duas frases so diferentes. O contedo significativo das duas, porm, idntico (ou quase, j que a mudana na voz verbal implica mudana de sujeito). Isso sig-nifica que o mesmo referente pode ser estruturado dando origem a diferentes textos.

    Sinonmia estrutural a relao de identidade entre duas frases por sua significao.

    Muitas vezes, palavras sinnimas no subs-tituem exatamente uma outra. A substituio, nesse caso, acarreta alterao estrutural. Vejamos exemplos:

    Ele viu o jogo.Ele assistiu ao jogo.Nesse contexto, as palavras ver e assistir

    so sinnimas, mas ocorre alterao sinttica no texto quando da substituio de uma pela outra.

    Sinonmia uma relao que depende do con-texto em que as palavras so empregadas.

    Ele escutava uma cano.Ele ouvia uma cano.Observe nesse contexto que a substituio

    de escutar por ouvir no acarreta desvio na significao contextual. Mas veja esse caso:

    Ligou o aparelho de som e ps um disco. Ficou subitamente pensativo. Ouvia a cano, mas no a escutava.

    No se deve, portanto, atribuir sinonmia uma relao fixa, rgida para qualquer contexto.

    Veja que relao de identidade de significa-o contextual de duas palavras estamos dando o nome de sinonmia lexical; e relao de iden-tidade de significao frasal estamos chamando sinonmia estrutural.

    Analisemos agora as seguintes frases.

    O pai bate na filha.A filha apanha do pai.Note que nesse caso, a parfrase se d pela

    alterao lexical (de palavras), mas tambm pela mudana estrutural (da estrutura sinttica).

    Acarretamento de significaoObserve os seguintes exemplos:

    A mulher encontrou os livros.

    Os livros foram encontrados.

    Observa-se que a mesma ao ocorre nas duas frases. Entretanto, a primeira mais especfica que a segunda. Essa relao denominada acarretamen-to. Perceba que o acarretamento unvoco (de um lado para outro apenas), ao passo que a sinonmia biunvoca (de qualquer lado para outro).

    A mulher encontrou os livros, portanto, os livros foram encontrados. (LGICO)

    MAS NO:

    Os livros foram encontrados, portanto, a mulher encontrou os livros. (ILGICO)

    Quando ela se d entre palavras, como no exemplo, temos outra relao semntica importante. Observe:

    Ofereci a Virglio uma ma.Ofereci a Virglio uma fruta.Nem precisamos estender a discusso de que

    fruta e ma no so sinnimos. Entretanto, uma importante relao se estabelece entre essas palavras nesse contexto. Fruta carrega uma sig-nificao que lhe permite substituir ma nesse contexto. O contrrio no ocorre, isto , ma no poderia retomar fruta, porque toda ma fruta, mas nem toda fruta ma.

    Hiponmia a relao de uma palavra de sen-tido mais especfico com uma outra de significao mais genrica.

    A palavra de significao mais genrica o hipernimo; a de significao mais especfica o hipnimo.

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    Outros exemplos:

    HIPERNIMOS HIPNIMOS

    animal

    leo

    macaco

    peixe

    lombriga

    mamferoleo

    macaco

    felino leo

    primata macaco

    Incompatibilidade de significao

    Observe os perodos abaixo.

    A caloura parecia tensa e preocupada.

    A caloura exibia tranquilidade.

    Note que essas duas frases so incompatveis quanto significao. No poderamos, por exemplo, associ-las sem que houvesse contradio. Veja:

    A caloura parecia tensa e preocupada, mas exi-bia tranquilidade.

    Quando a incompatibilidade de significao se d entre palavras, temos outra importante relao semntica.

    Pedro um homem alto.Pedro um homem baixo.Antonmia a relao de incompatibilidade de

    sentido entre duas palavras.

    Tambm a antonmia uma relao contextual. Veja os exemplos:

    Era um homem grande.Era um homem pequeno.Ocorre incompatibilidade de sentido dessas

    palavras nesse contexto. Portanto, no caberia dizer:

    Era um homem pequeno, mas era um homem grande.

    Essas palavras so antnimas, nesse contexto. Veja que no ocorre incompatibilidade de sentido entre elas no exemplo a seguir:

    Era um homem pequeno, mas era um grande homem.

    Porm essas palavras, nesse contexto, no so incompatveis na significao.

    Duplicidade de significaoObserve a frase abaixo:

    Peguei o nibus correndo.

    Essa frase tem dupla leitura: quem corria no momento em que peguei o nibus: o nibus ou eu?

    Ambiguidade a duplicidade de sentido de uma sentena.

    Nesse caso, a ambiguidade deu-se devido no-identificao do sujeito da ao de correr.

    Suponhamos agora que a ambiguidade ocorra devido presena de uma palavra que tenha mais de uma significao. Teremos outra relao semntica importante entre palavras.

    Eu s no vi a forma do bolo.A ambiguidade que ocorre nesse caso se d

    porque pode-se ler a palavra destacada com o semiaberto, ou com o semifechado. As palavras so homgrafas (de mesma grafia).

    Homonmia a relao entre duas palavras de significados diferentes que tenham a mesma escrita e/ou a mesma pronncia.

    Veja que a ambiguidade no precisa necessa-riamente se dar na escrita. Ela tambm pode se dar na fala.

    Essas duas sentenas abaixo no se confundem na escrita:

    Queria ir seo de brinquedos. (departamento, parte).

    Queria ir cesso de brinquedos. (doao).Mas esta ambiguidade se daria na fala, dado

    que as palavras so homfonas (de mesma pronn-cia).

    Vejamos outro exemplo:

    A manga estava amassada.Essa sentena tem dupla leitura porque a

    palavra manga poderia ser tanto a fruta como a parte de uma camisa. Temos, portanto, duas leituras

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    porque duas palavras diferentes se escrevem e se pronunciam da mesma maneira: so homgrafas e homfonas.

    A homonmia frequentemente uma causa de ambiguidade na frase.

    Veja que h homonmia entre bicho (animal) e bixo (calouro). Apesar de ser muito empregada, no h registro oficial da grafia bixo para calouro. Entretanto, dessa homonmia que surge o efeito de estilo na campanha contra o trote feita pela USP.

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    .

    Homnimos homgrafos:a) tm a mesma grafia apenas.

    forma () e forma ()

    corte () e corte ()

    Homnimos homfonosb) : tm a mesma pro-nncia apenas.

    coser (costurar) e cozer (cozinhar)

    seo (parte), cesso (doao) e sesso

    Homnimos perfeitos (homgrafos e ho-c) mfonos): tm a mesma pronncia e mesma grafia.

    so (verbo ser) e so (reduo de santo)

    manga (fruta) e manga (parte da camisa)

    Polissemia a capacidade de um signo lingus-tico receber diferentes sentidos.

    Lembre-se de que signo lingustico composto de significante e significado e de que o sentido criado sobre o significado pelo leitor ou ouvinte do signo.

    Antes de exemplificarmos, pensemos um pouco sobre o signo trabalho. Sua formao no portugus oriunda de tri+palium (trs paus um antigo ins-trumento de tortura). A palavra trabalho era vista at a Idade Mdia aliada s ideias de tortura, sofrimento,

    dor fsica. Na Idade Moderna, ele passou a ser visto como sinal de salvao divina. Durante o auge do liberalismo era visto como fonte de toda a riqueza. Hoje, uma necessidade humana.

    Voltemos ao signo trabalho. Seu significado est na palavra, mas o sentido que se lhe atribui diferente em cada poca, construdo pelo ouvinte a depender de sua vivncia, de sua condio social e do contexto em que se usa a palavra. Veja:

    Essa minha vida s trabalho.Esse menino precisa de um trabalho.O trabalho de Percival carimbar documentos,

    mas ele quase no tem trabalho.O trabalho liberta. frase que era escrita em

    alemo nas entradas dos campos de concentrao nazistas.

    Estamos diante de um caso de polissemia. No homonmia porque o significado da palavra sempre o mesmo. O que muda seu sentido.

    No caso da homonmia perfeita, teramos:

    Quero um suco de manga.A manga da camiseta est amarrotada.Os significantes so idnticos, mas os signifi-

    cados so totalmente diferentes.

    A polissemia dos verbos plantar e colher ntida no cartaz que segue.

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    ao

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    .

    Devemos, portanto, entender a homonmia perfeita como uma identidade de significantes que tm significados distintos e a polissemia como a pluralidade de sentidos dados pelo ouvinte (leitor) a um mesmo signo.

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    Deslize de significaoObserve a frase seguinte:

    Abriu o quadro eltrico porque o fuzil queimara.Note que no ocorre aqui um problema de gra-

    fia propriamente, j que a palavra destacada existe exatamente como est grafada. Entretanto, sua significao no se insere no contexto, afinal fuzil metralhadora.

    A palavra que melhor se insere no contexto e que provavelmente a buscada pelo hipottico escri-tor dessa frase fusvel. A frase no teria problemas se estivesse grafada assim:

    Abriu o quadro eltrico, porque o fusvel quei-mara.

    Deslize o uso indevido de uma significao dentro de determinado contexto.

    Os deslizes se do principalmente pela confuso que se faz de significantes parecidos. Portanto, bom definir outra relao semntica importante.

    Paronmia a relao de semelhana na es-crita e na pronncia entre duas palavras.

    So parnimos, por exemplo, imergir e emergir, descrio e discrio.

    Noes semnticas traduzidas por preposies e polissemia preposicional

    As preposies podem traduzir noes de sig-nificado. Diferentemente de classes nucleares, como o substantivo e o verbo, a preposio s traduz uma noo semntica especfica no contexto em que empregada. Vejamos os exemplos abaixo.

    Li um livro de Machado de Assis.O livro de Praxerdes desapareceu.Nos dois casos, temos a relao estabelecida

    pela preposio de feita da seguinte maneira.

    livro + de + nome prprio de pessoa

    Entretanto, entendemos a relao semntica en-tre o livro e o nome prprio de maneira distinta. Algo nos diz que a preposio d a ideia de autoria no primeiro exemplo e de posse ou pertinncia no segundo.

    Entra o papel do contexto e do sentido dado pelo leitor s relaes que ocorrem nas frases acima.

    Sabemos que Machado de Assis um grande escritor brasileiro que morreu no incio do sculo XX. Nossa viso de mundo exclui a possibilidade de

    o livro pertencer a Machado de Assis e identifica a possibilidade de que ele tenha escrito o tal livro que mencionado.

    No conhecemos um escritor chamado Praxer-des. Se fosse um escritor importante, provavelmente diramos seu sobrenome. Excluda a possibilidade de autoria, reconhecemos a relao de pertinncia entre livro e Praxerdes.

    Estamos diante de um caso de polissemia preposicional. Vamos ver mais exemplos com a pre-posio de.

    Samos de casa s duas. (lugar de onde)Eles vieram de trem. (meio)Um homem de Florianpolis esteve aqui. (origem,

    naturalidade)

    Falaram de ti. (assunto)Preposio com:

    Saiu com o namorado. (companhia)Preparou o bolo com uma batedeira. (instru-

    mento)

    Falava com calma. (modo)Com sade, voc trabalhar melhor. (condio)Com a chuva, ningum pde sair. (causa)Trouxe um prato com arroz. (continncia)Preposio sobre:

    Falavam sobre o filme. (assunto)O livro estava sobre o televisor. (lugar)Preposio em:

    Estvamos em Fortaleza. (lugar onde)Volto em duas horas. (tempo)Preposio a:

    Vamos a Belo Horizonte. (lugar aonde)Estou a uma hora do trmino do prazo. (tempo)Cortou a rvore a facadas. (instrumento/meio)Sentaram (a+a) mesa. (proximidade)

    Noes semnticas traduzidas por conjunes e polissemia conjuncional

    As conjunes, como as preposies, so co-nectivos e tambm traduzem noes de significado. Observe o exemplo abaixo.

    1. Porcincula nasceu em 1980.

    2. Partileia nasceu em 1980.

    3. Porcincula e Partileia nasceram em 1980.

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    Em 1, a informao nascer em 1980 refere-se apenas a Porcincula; em 2, apenas a Partileia; em 3, ao elemento Porcincula adiciona-se o termo Partileia, e a informao nascer em 1980 refere-se simultaneamente a ambas. O que permitiu isso, nesse caso, foi a ligao entre os dois nomes prprios pela conjuno e, que passa a noo de adio nesse exemplo.

    1. Carlessa saiu de casa para encontrar o ir-mo.

    2. Carlessa no encontrou o irmo.

    3. Carlessa saiu de casa para encontrar o irmo, e no o encontrou.

    1 e 2 mantm uma relao natural de oposio. A conjuno e que aparece em 3 para ligar 1 e 2 no mais estabelece a mesma noo semntica que traduzia no exemplo anterior.

    Estamos diante de um caso de polissemia conjuncional.

    A noo de adioA noo de adio ou de soma aparece sempre

    que se acrescenta um elemento a outro, ou uma ideia a outra.

    Tanto Pedro quanto Joo nasceram em 1980.Eles comeram no s o bolo, mas tambm os salgados.

    Saram de casa e encontraram os amigos.

    Veja esse exemplo extrado do texto de Andr Petry.

    A tragdia ocorreu em 23 de fevereiro de 1999 e nunca foi plenamente esclarecida.

    A noo de adversidadeA noo de adversidade ou de oposio desvia

    o rumo argumentativo do texto, levando o ouvinte a uma concluso diferente da que foi iniciada.

    O Governo apoiar os sem-terra, porm no ser conivente com o desrespeito s normas legais.

    O incio desse texto sugere uma posio que em seguida desviada orientando o ouvinte concluso desejada pelo falante. , portanto, um timo recurso argumentativo a ser empregado no texto. Observe outro exemplo:

    Todos os alunos reclamaram, mas Pedro no.

    Se temos em mente, por exemplo, que Pedro um timo aluno, o teor argumentativo do texto des-viado, e a reclamao dos alunos se torna irrelevante. preciso, portanto, saber reconhecer o momento

    especfico de usar essa relao a fim de se defender um juzo com preciso.

    A noo de alternnciaA noo de alternncia ou de excluso em-

    pregada quando dois elementos ou duas ideias no podem ser simultneas. Exemplo:

    Ou Pedro ou Joo presidir o conselho.Nesse exemplo, a presidncia de Pedro exclui a

    de Joo, e vice-versa.

    O jogo argumentativo que se pode fazer com a alternncia interessante. Se uma ideia negativa se alterna com uma positiva, defendida pelo falante, a argumentao se orienta de acordo com os interesses dele. Observemos:

    O Governo brasileiro deve reduzir a carga tribu-tria imposta aos empresrios, ou as altas taxas de desemprego permanecero.

    A noo de conclusoO raciocnio lgico embasado em premissas

    lgicas e verdadeiras leva a uma concluso tambm lgica.

    1. Todo homem mortal.

    2. Lus homem.

    3. Lus mortal.

    2 e 3 se relacionam, portanto, da seguinte maneira.

    Lus homem, logo, mortal.Nessa sentena 3 uma concluso lgica que se

    extrai de 2 embasada por 1. O que liga essas ideias e confirma a lgica do raciocnio a conjuno logo.

    Tambm a noo de concluso bastante em-pregada para se fazerem orientaes argumentativas no texto.

    Empresrios empregam menos pessoal devido alta carga de impostos a que esto submetidos, portanto a reforma tributria deve reduzir essa carga para que mais empregos sejam gerados.

    A noo de explicaoComplementar noo de concluso lgica

    a de explicao.1. Todo homem mortal.

    2. Lus homem.

    3. Lus mortal.

    De 2 para 3, tnhamos:

    Lus homem, portanto mortal. (concluso)

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    De 3 para 2, temos:

    Lus mortal, pois homem. (explicao)

    A ideia de explicao , portanto, inversa de concluso. Ao passo que a concluso se apoia numa premissa anterior que a possibilite, a explicao visa justificativa da ocorrncia da concluso. Note no exemplo abaixo que a ideia de justificativa da afir-mao anterior pode existir independentemente da presena da conjuno.

    Est frio. Entre.A segunda se extrai logicamente da segunda.

    (concluso)

    Est frio, por isso entre. (conjuno conclusiva)Entre. Est frio. A segunda justifica a primeira. (explicao)

    Entre, que est frio. (conjuno explicativa)As conjunes explicativas tambm so lar-

    gamente empregadas como operadores argumen-tativos.

    Os argumentos do Governo so injustificveis, pois a diminuio da carga tributria geraria menos sonegao e mais arrecadao.

    A noo de causaDiferentemente da noo de explicao, a noo

    de causa no busca justificar uma afirmao, mas apontar a razo do acontecimento expresso nessa afirmao.

    1. Pedro no veio aula.

    2. Pedro no veio aula porque est doente.O contedo informado em 1 a no-vinda de

    Pedro aula. Esse acontecimento tem um motivo, uma razo, que exatamente o que vem expresso na sentena 2.

    O material de Pedro no est na mesa.

    Pedro no veio. (concluso)Pedro no veio.

    O material de Pedro no est na mesa. (ex-plicao)

    Agora comparemos:

    Pedro no veio, porque seu material no est na mesa.

    Pedro no veio, porque est doente. (causa)A causa do fato no-vinda de Pedro aparece

    em b, mas no em a. Em a tem-se apenas a jus-tificativa de se ter afirmado que Pedro no veio.

    Outros exemplos:

    Porque sou humano, no admito a intolerncia.Como choveu ontem, no pude sair de casa.

    A relao de implicao visvel. Um fato per-mite ou no a ocorrncia de outro.

    Como houve demora na aprovao do texto, no o entregaram no prazo determinado.

    A noo de consequnciaA ideia de causa no se separa da de conse-

    quncia. Para toda causa, h um efeito e vice-versa. Vejamos a relao causa-efeito na tabela seguinte.

    CAUSA CONSEQUNCIAChoveu ontem. No pude sair de casa.Sou humano. No admito a intolerncia.Pedro est doente. Pedro no veio aula.Estavam ocupados. No puderam me atender.

    1. No sa de casa porque choveu ontem. (causal)2. Choveu tanto ontem que no sa de casa.

    (consecutiva)

    A conjuno 1 causal porque introduz a cau-sa. A conjuno 2 consecutiva porque introduz a consequncia.

    Vemos ento que ocorre conjuno consecutiva em:

    Sou to humano, que no admito a intolerncia.Pedro est to doente que no veio aula.Estavam to ocupados que no puderam me atender.

    A noo de comparaoObserve as seguintes sentenas:

    1. Clvis mais inteligente que Lus.2. Lus menos inteligente que Clvis.Essas duas sentenas declaram a mesma in-

    formao. Entretanto, elas so declaraes sobre diferentes pessoas. 1 uma declarao sobre Clvis, ao passo que 2 sobre Lus. Isso pode diferenciar comparaes em determinados contextos. Veja:

    1. Lus to inteligente quanto Clvis.2. Clvis to inteligente quanto Lus.Se temos um comparativo de igualdade, o con-

    tedo de 1 e 2 o mesmo. Entretanto, se ouvimos algum elogiar a inteligncia de Clvis e queremos nos posicionar a favor de Lus, 2 nos parece mais apropriada que 1.

    Isso mostra o papel do contexto na significa-o.

    Outra observao pertinente sobre essas lti-mas comparaes que delas podemos extrair um pressuposto.

    Lus to inteligente quanto Clvis.

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    Pressuposto: Lus e Clvis so inteligentes.

    Caso o pressuposto no fosse verdadeiro, a comparao perderia o sentido. Note tambm que ao dizermos que ambos so inteligentes, queremos dizer que so pelo menos um pouco inteligentes, ou o adjetivo no se aplicaria na comparao.

    Outro aspecto interessante das comparaes quando aparecem em smiles (comparaes me-tafricas).

    Clvis fala como um papagaio.Para compreendermos o teor dessa comparao,

    precisamos necessariamente relacionar o papagaio a um ser muito falante. Nesse caso, falante e ouvinte tm que compartilhar dessa informao, ou a comu-nicao se perde.

    A noo de condioPara o estudo da noo de condio, vamos

    nos concentrar nas noes de possibilidade e pro-babilidade.

    Um evento possvel se puder sair do campo da hiptese e entrar no campo da realidade.

    Um evento provvel se o falante toma partido sobre sua realizao, se ele acha ou no que o evento pode acontecer.

    Assim, temos trs tipos bsicos de condicio-namentos:

    Evento condicionado possvel e provvel

    Se ele vier festa amanh, tocaremos esta m-sica.

    Encontramos dois eventos relacionados.

    Evento 1: ele vir festa amanh.

    Evento 2: ns tocarmos esta msica.

    Note que o evento 2 (evento condicionado) s ocorre sob a condio de o evento 1 tambm ocor-rer (evento condicionante). Dizemos, ento, que 1 condio necessria para 2. Caso 1 no ocorra, 2 certamente no ocorrer.

    O evento condicionado (2) possvel porque pode sair do campo hipottico, basta que ele venha amanh. A condio provvel porque o falante acredita que ele vir.

    Observe a relao semntica de condio no primeiro quadrinho da tira a seguir.

    teu pai te pega assistindo

    canal ertico, hein, messias? se

    voc no contar, ele no

    vai sabertudobem... assista

    tambm!

    sem misturar

    calorzinhos,t ?

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    Evento condicionado possvel e improvvel

    Se ele viesse festa amanh, tocaramos esta msica.

    Evento 1 (condicionante): ele vir festa ama-nh.

    Evento 2 (condicionado): ns tocarmos esta msica.

    O evento condicionado (2) possvel porque pode sair do campo hipottico, basta que ele venha amanh. A condio improvvel porque o falante no acredita que ele vir.

    Veja que a atitude do falante diante do fato diferente, embora os eventos condicionante e condi-cionado no tenham se alterado. Veja que os tempos verbais se alteraram.

    Evento condicionado impossvel

    Se ele tivesse vindo festa ontem, teramos to-cado a msica.

    O evento impossvel porque no pode sair do campo hipottico, j que ele no poder mais vir ontem.

    Outro tipo de evento condicionado impossvel o que ocorre no exemplo abaixo.

    Se eu fosse um urso, dormiria por seis meses.O evento condicionado impossvel porque a

    prpria hiptese absurda, no pertence ao campo da realidade.

    As conjunes condicionais so bastante utili-zadas no texto argumentativo para reforo de argu-mentao, como ocorre nos exemplos abaixo.

    Se o Governo no diminuir a carga tributria sobre as empresas, o desemprego continuar aumen-tando.

    As ofertas de emprego aumentaro, desde que o Governo diminua a carga tributria sobre as em-presas.

    O efeito argumentativo ocorre da apresentao da condio imprescindvel para a diminuio do desemprego.

    A noo de conformidadeA noo de conformidade ou de consonncia

    ocorre quando um evento A ocorre de acordo com outro evento B anterior.

    Lcio agiu como espervamos.Evento A: Lcio teve determinada atitude.

    Evento B: Espervamos determinada atitude de Lcio.

    A ocorre de acordo com B.

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    Conforme recomendamos, ele trouxe os pa-pis.

    Evento A: Ele trouxe os papis.

    Evento B: Ns recomendamos que ele trouxesse os papis.

    A est de acordo com B.

    A noo de concessoTomemos dois eventos opostos A e B. Se A con-

    cede a garantia da ocorrncia de B, tem-se a noo de concesso.

    Embora estivesse frio, fomos ao cinema.Evento A: Estava frio.

    Evento B: Fomos ao cinema.

    Observe que A obstculo para B ocorrer. Apesar disso, B ocorre. A concluso que decorre dessa frase :

    No costumamos ir ao cinema quando est frio. Mas fomos ao cinema nesse dia particular.

    1. Irei ao colgio, mesmo que meu pai no me leve.

    2. Embora o Governo tenha muitos aliados no Congresso, a aprovao da emenda no est garan-tida.

    Da decorre que, das frases acima, extramos as seguintes concluses, respectivamente:

    1. No costumo ir ao colgio sem que meu pai me leve.

    2. Ter muitos aliados no garantia de aprovao de emendas no Congresso.

    Vale ressaltar que h uma diferena argumenta-tiva entre as noes de adversidade e de concesso. Veja:

    1. Era um homem bom, mas...2. Embora fosse um homem bom...Em 1, a ressalva com mas vai de encontro

    informao de que Era um homem bom, ou seja, pri-meiro se faz a afirmao numa linha de pensamento e apenas depois surge a ressalva. Em 2, antecipa-se que h uma ressalva, ou seja, sabe-se que a informa-o seguinte oposta primeira e, mais que isso, a primeira informao irrelevante ao que vir impres-so na segunda. Isso faz com que o ouvinte reaja de modo diferente ao ouvir as frases seguintes.

    1. Voc uma tima pessoa, mas...2. Embora voc seja uma tima pessoa...Tambm importante notar os efeitos argumen-

    tativos da hierarquia de pensamentos. Para ilustrar isso, vamos usar as declaraes seguintes:

    1. Houve melhora no sistema pblico de sade.

    2. Ainda h muita espera por leitos em hospi-tais.

    Comparem-se as seguintes construes:

    Embora tenha havido melhora no sistema p-blico de sade, ainda h muita espera por leitos em hospitais.

    Embora ainda haja muita espera por leitos em hospitais, houve melhora no sistema pblico de sade.

    O teor argumentativo muda. Em a, a imagem do sistema pblico de sade mais negativa que em b. Note que o contedo informativo o mesmo, mas muda a orientao poltico-ideolgica do falante.

    A noo de finalidadeA noo de finalidade ou fim est associada ao

    objetivo de se fazer algo. Veja estes exemplos.

    Sa de casa a fim de que visse meus amigos.1. Sa de casa.

    2. Ver meus amigos foi meu objetivo ao sair de casa.

    Estude para que seja aprovado.1. Voc deve estudar.

    2. Ser aprovado seu objetivo ao estudar.

    Observe, nessa tira, a noo de finalidade ex-pressa no segundo quadrinho.

    essa barata pensa que eu

    sou uma barata fmea!

    vou bater nela pra ver se

    a alucinao passa ! ai meu

    deus !

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    A noo de tempoA noo de tempo est associada ao momento,

    ao instante em que algo ocorre. Da noo de tempo em oraes extramos pressupostos. Veja-se esse exemplo.

    Quando nossa me chegou, fizemos uma festa.Pressuposto: nossa me chegou.

    Veja a negao da ideia principal:

    Quando nossa me chegou, no fizemos uma festa.

    O pressuposto resiste negao, no se es-quea.

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    Note que se a conjuno quando estiver numa orao futura, ainda h um pressuposto.

    Quando nossa me chegar, faremos uma festa.Pressuposto: nossa me no chegou ainda.

    Sairei depois que falar com o diretor.Pressuposto: falarei com o diretor antes de sair.

    Mal eles entraram, comearam a gritar.Pressuposto: eles entraram.

    Faremos uma festa assim que aqueles dois forem embora.

    Pressuposto: aqueles dois vo embora antes da festa.

    Oraes temporais sempre trazem pressupos-tos. Devem-se ler essas oraes de modo atento, a fim de que sua compreenso permita entender cor-retamente a inteno do falante. No ltimo exemplo, fica ntido que aqueles dois so elementos inde-sejados na festa.

    A noo de proporoA noo de proporo refere-se ao encaminha-

    mento paralelo de duas aes que se prendem direta ou inversamente.

    Proporo direta

    Quanto mais Maria chorava, mais Pedro se preocupava.

    Declarao: Pedro se preocupa com o choro de Maria.

    Quanto menos Maria chorava, menos Pedro se preocupava.

    Declarao: Pedro se tranquiliza se Maria no chora.

    Proporo inversa

    Quanto mais Maria chorava, menos Pedro se preocupava.

    Declarao: Pedro acha bom que Maria chore.

    Quanto menos Maria chorava, mais Pedro se preocupava.

    Declarao: Pedro se preocupa se Maria no chora.

    Uma observao sobre os exemplos analisados at aqui: a rigor a conjuno quanto; porm, ocorre aqui uma importante correlao, assunto que ser abordado em outra oportunidade.

    Passemos para outros exemplos.

    medida que eles se aproximavam de casa, o barulho diminua.

    Est correto dizer que essa declarao sugere que o barulho no vinha da casa. Mas devemos ter cuidado com qualquer concluso precipitada. Se eles forem os pais de algum adolescente arruaceiro que sabe da chegada dos pais, a sentena assume outro sentido.

    Outros exemplos:

    proporo que envelhecemos, amadurece-mos.

    Quanto mais envelhecemos, mais amadurece-mos.

    Perceba a sinonmia estrutural desses dois ltimos exemplos.

    Polissemia conjuncionalComo as preposies, as conjunes tambm

    podem sofrer polissemia, como j foi inclusive apre-sentado no incio desse subcaptulo. Vejamos mais alguns casos.

    Irei festa desde que ele no v. (condio)No saio desde que ela chegou. (tempo)Gorete estudava mais que o irmo. (comparao)Que chova, irei festa. (concesso)Fazia um ms que ele no nos visitava. (tempo)Estava to triste, que s chorava. (consequncia)Entre, que sua me ps a mesa. (explicao)Gorete chora que chora sem o namorado. (adio)Algum, que no eu, entrou na sala antes. (ad-

    versidade)

    Viaja como um pssaro. (comparao)Como estivesse tarde, ningum saiu. (causa)Fez tudo como lhe pediram. (conformidade)Caso peculiar o da conjuno pois, que pode

    indicar explicao ou concluso.

    Entre, pois est frio. (explicao)Est frio; entre, pois. (concluso = portanto)

    (UNICAMP-2002) Uma revista semanal brasileira traz 1. a seguinte nota em sua seo A SEMANA:

    O homem das bexigas

    O britnico Ian Ashpole bateu no domingo 28 o recorde de altitude em vo com bexigas: subiu 3.350 metros

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    amarrado a 600 bales, superando sua marca de 3 mil metros. Ian subiu de bexiga e voltou de pra-quedas. Quando eu era criana, assisti a um filme chamado Balo vermelho. Desde ento me apaixonei por esse esporte, disse ele. (ISTO, 7 nov. 2001.)

    O ttulo poderia ser considerado ambguo, dado a) que a palavra bexiga tem vrios sentidos em por-tugus. Cite pelo menos dois desses sentidos.

    Em que passagem do texto se desfaz a ambiguida-b) de do ttulo?

    Dada a modalidade esportiva que Ian pratica, qual c) poderia ser o tema do filme mencionado?

    Soluo: ` Bexiga um rgo do sistema excretrio humano; a) tambm pode significar balo; , ainda, o nome po-pular da varola.

    Subiu 3.350 metros amarrado a 600 b) bales

    Poderia ser corrida com bales.c)

    (EPCAR-2002) Assinale a alternativa que preenche 2. corretamente as lacunas abaixo.

    O motorista___________ ultrapassou o sinal vermelho, atrapalhando o ____________ da avenida. O guarda de trnsito lhe ____________ uma rigorosa multa.

    despercebido trfico infringiua)

    despercebido trfego infligiu.b)

    desapercebido trfico infligiu.c)

    desapercebido trfego infringiu.d)

    Soluo: ` BDespercebido no percebido, no-notado, desatento; desapercebido desprovido; trfico comrcio ilcito; trfego, trnsito; infringir quebrar, violar; infligir aplicar pena.

    (UFPel-2002) Observe atentamente os seguintes 3. textos:

    1. Argentina s.f. (Bot.) Planta da famlia das Rosceas (Spirea argentea); (...) || (Zool.) Peixe da famlia dos Salmondeos (Argentina sphyrena). (...) (Dicionrio Antenor Nascentes).

    2. Os navegadores ibricos que rumavam atual capital portenha, a ela chegavam pelo rio da Prata, cuja importncia econmica pode ser dimensionada, entre outros, pelo fato de ter batizado os topnimos da regio, por exemplo a Provncia Cisplatina (cis prefixo que significa aqum/antes + platina em aluso ao citado rio).

    3. A lua, naquele dia, apresentava um brilho argentino (fragmento de texto potico).

    4.

    107.0747Ag

    Argentum

    A partir dessas informaes, selecionadas para que voc chegasse concluso acerca da origem do nome desse pas vizinho, correto afirmar que o topnimo se baseia em uma:

    matria-prima oriunda do extrativismo vegetal, que a) despertava a cobia dos exploradores europeus;

    riqueza mineral, essencial ao mercantilismo ibri-b) co, mas no encontrada em grande quantidade no pas;

    aluso biodiversidade apresentada pelo pas, de-c) corrente de seus diferentes tipos de clima;

    referncia a caractersticas tnicas muito marcantes, d) bastante diferentes dos demais pases no-platinos, devido colonizao tardia e quase ausncia de mo-de-obra escrava africana;

    Ignoro a resposta.e)

    Soluo: ` BA questo fornece os elementos necessrios para se trabalhar a questo do deslocamento semntico sofrido pela palavra Argentina, que passou a dar nome a um pas. Do latim, argentum significa prata e, inclusive, base para a formao do smbolo do elemento qumico prata (Ag). Na regio onde hoje a Argentina, no foi encontrada muita quantidade de prata. Entretanto, era pela bacia do Prata que escoava a extrao de prata da regio de Potos. Da a importncia estratgica da regio do Prata, disputada por portugueses e espanhis.

    Pode-se dizer que o objetivo do texto Quem matou 1. Edison :

    averiguar os fatos sobre a morte do estudante da a) USP Edison Hsueh;

    condenar os estudantes de medicina da USP que b) causaram a morte do estudante Edison Hsueh;

    criticar o arquivamento do caso Hsueh, a morosida-c) de da justia brasileira e a impunidade no Brasil;

    convidar todos os leitores a esquecer o caso d) Hsueh;

    impedir que casos de trote como o que levou e) morte de Hsueh venham a se repetir no Brasil.

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    Analise as seguintes afirmaes sobre o texto.2.

    A criminalidade e a lentido da Justia so duas I. chagas nacionais que, volta e meia, entram no de-bate. (1 pargrafo) A expresso volta e meia poderia ser substituda por raramente sem que houvesse mudana no sentido original do texto.

    O problema que a Justia, ao arquivar o caso, II. no prolatou uma sentena dizendo que eram inocentes. (2 pargrafo) Substituindo prolatou por proferir no h mudana no sentido global do perodo.

    Evidencia-se ironia nas quatro ltimas frases do III. texto.

    Quais esto corretas?

    Apenas a I.a)

    Apenas a II.b)

    Apenas I e II.c)

    Apenas II e III.d)

    I, II e III.e)

    Observe a seguinte definio do dicionrio UOL Mi-3. chaelis para a palavra chaga.

    cha.ga sf (lat plaga)1 Ferida aberta; lcera. 2 Cicatriz. 3 Inciso na casca das rvores. 4 Aflio, mgoa, pecha. 5 Dor moral. 6 Desgraa, prejuzo. 7 Pessoa importuna.

    (Disponvel em: .)

    Qual dessas definies est mais de acordo com o uso dessa palavra no trecho A criminalidade e a lentido da Justia so duas chagas nacionais que, volta e meia, entram no debate? Justifique.Assinale a opo em que a palavra ou a expresso 4. destacada do texto no tem sua noo semntica cor-retamente traduzida entre parnteses.

    o governo props uma discusso a) sobre a lei dos crimes hediondos (assunto).

    Edison Hsueh o calouro de medicina da Uni-b) versidade de So Paulo que, depois de um tro-te aplicado pelos veteranos, apareceu morto (...) (tempo).

    Ou seus colegas jogaram-no c) na piscina v-rias vezes e acabaram levando Edison Hsueh morte?(tempo).

    d) Com o arquivamento do processo, criou-se o se-guinte cenrio (consequncia).

    (...) no se est aqui insinuando que os ex-estudan-e) tes de medicina da USP sejam culpados da morte

    e que, portanto, tinham de ser punidos .(conclu-so).

    (Enem-2003) No ano passado, o governo promoveu 5. uma campanha a fim de reduzir os ndices de violn-cia. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:

    CAMPANHA CONTRA A VIOLNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE

    A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notcia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redao:

    Campanha contra o governo do Estado e a violn-a) cia entram em nova fase.

    A violncia do governo do Estado entra em nova b) fase de Campanha.

    Campanha contra o governo do Estado entra em c) nova fase de violncia.

    A violncia da campanha do governo do Estado en-d) tra em nova fase.

    Campanha do governo do Estado contra a violncia e) entra em nova fase.

    Texto para a questo 6.

    a bola no inimiga

    como o touro, numa corrida

    e embora seja um utenslio

    caseiro e que se usa sem risco,

    no o utenslio impessoal,

    sempre manso, de gesto usual:

    um utenslio semivivo,

    de reaes prprias como bicho,

    e que, como bicho, mister

    (mais que bicho, como mulher)

    usar com malcia e ateno

    dando aos ps astcias de mo.

    (Joo Cabral de Melo Neto)

    (Unirio) De acordo com o texto, o par em que NO h 6. relao de sinonmia :

    utenslio (v.3) - instrumento.a)

    impessoal (v.5) - original.b)

    usual (v.6) - corriqueiro.c)

    mister (v.9) - necessrio.d)

    astcias (v.12) - manhas. e)

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    (PUC-RJ adap.) Reescreva as sentenas abaixo, 7. preenchendo os espaos em branco com a palavra adequada dentre as que esto entre parnteses.

    Ao fim das investigaes, a verdade_______e tudo a) ficou muito bem esclarecido. (emergiu imergiu)

    Incrivelmente, todas as nossas peties foram b) ______ (diferidas deferidas)

    No absolutamente aceitvel que se ________ c) pessoas por religio, sexo ou cor. (descriminem discriminem)

    Para que todos ____ bem confortveis, vamos alu-d) gar um nibus maior. (viagem viajem)

    Texto para as questes 8 a 10.

    Apelo

    Dalton Trevisan

    Amanh faz um ms que a Senhora est longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. No foi ausncia por uma semana: o batom ainda no leno, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

    Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notcia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e at o canrio ficou mudo. Para no dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava s, sem o perdo de sua presena a todas as aflies do dia, como a ltima luz na varanda. E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - o meu jeito de querer bem. Acaso saudade, Senhora? s suas violetas, na janela, no lhes poupei gua e elas murcham. No tenho boto na camisa, calo a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de ns sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

    (Cesgranrio) Assinale a opo que contm a frase que 8. justifica o ttulo do texto:

    Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coa-a) lhou.

    Toda a casa era um corredor deserto. b)

    Acaso saudade, Senhora? c)

    Que fim levou o saca-rolhas? d)

    Venha para casa, Senhora, por favor. e)

    (Cesgranrio) Considerando o sentido geral do texto, a 9. significao de esquecido em esquecido na conversa de esquina, :

    no lembrado por Senhora.a)

    entretidos com os companheiros, na esquina.b)

    afastado da sensao de ausncia de Senhora.c)

    absorto pela falta da mulher.d)

    pensativo por causa da conversa na esquina.e)

    (Cesgranrio) O penltimo perodo do texto dimensiona 10. o papel de Senhora na famlia. Assim, ela pode ser definida como:

    sublevadora.a)

    apaziguadora.b)

    sofredora.c)

    dominadora.d)

    impostora.e)

    Texto para as questes 1 a 5.

    bastante difundida a crena de que um computador pode substituir o trabalho de vrias pessoas e construir uma sria ameaa ao emprego, principalmente para as funes mais rotineiras.

    Com efeito, uma das justificativas freqentemente apresentadas para o desenvolvimento de novos sistemas a diminuio de custo, atravs da reduo de pessoal. Existe, verdade, o argumento de que, por outro lado, o computador cria novos empregos, e que o preo do progresso inclui trabalho. O que no impede, porm, que a notcia da introduo de um novo sistema computadorizado seja muitas vezes acompanhada de insegurana, desconfiana e mesmo hostilidade por parte dos funcionrios da funo afetada. Esta reao pode se traduzir na falta de colaborao com os analistas durante a fase de levantamento de informaes e no boicote, aberto ou velado, utilizao das novas rotinas.

    A introduo de sistemas computadorizados tende tambm a fragmentar funes e retirar a viso de conjunto das pessoas envolvidas, com exceo do escalo mais alto dos analistas. Os funcionrios menos graduados deixam de compreender o que se passa com o sistema e veem diminuindo sensivelmente o campo onde podem exercer iniciativa e criatividade. As novas tarefas padronizadas e planejadas nos mnimos detalhes so fonte potencial de alienao, insatisfao

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    e distanciamento do funcionrio da atividade fim de sistema.

    Dentro desta viso, a mudana pode ser comparada tarefa dos operrios de uma linha de montagem em relao dos antigos artesos. A questo geral, tambm presente na indstria, consiste exatamente em se perguntar se, em nome de uma maior eficincia, justificam-se os efeitos negativos de se concentrar o conhecimento e as habilidades em um nmero muito reduzido de pessoas (analistas, programadores) enquanto se estimula na grande massa de funcionrios uma atitude passiva e um desenvolvimento intelectual mnimo.

    (JONATHAM, Miguel. O Lado Mau do Computador, Dados e

    Ideias, 1977.)

    (Cesgranrio) O texto no contm:1.

    informao sobre as vantagens econmicas da in-a) troduo de sistemas computadorizados em seto-res da atividade administrativa e de produo;

    a referncia questo de ordem social, decorrente b) da introduo de sistemas computadorizados em setores da atividade e de produo;

    explicao sobre o funcionamento tcnico dos sis-c) temas computadorizados introduzidos em setores de atividade administrativa e de produo;

    comentrio relativo ao comportamento das pessoas d) afetadas pela introduo de sistemas computadori-zados em setores de atividade administrativa e de produo;

    indagao acerca da oportunidade da introduo e) de sistemas computadorizados em setores da ativi-dade administrativa e de produo.

    (CESGRANRIO) Dentre os argumentos a seguir, ape-2. nas um no apresentado, no texto, como contrrio introduo do computador em setores de administrao. Assinale-o.

    Inclui o deslocamento de pessoas e a mudana de a) hbitos de trabalho.

    Tende a fragmentar funes e retirar a viso de b) conjunto das pessoas envolvidas.

    fonte potencial de alienao, insatisfao e dis-c) tanciamento do funcionrio da atividade-fim do sis-tema.

    Concentra o conhecimento e as habilidades em n-d) mero muito reduzido de pessoas.

    Estimula na grande massa de funcionrios uma ati-e) tude passiva e um desenvolvimento intelectual m-nimo.

    (CESGRANRIO) No enunciado com exceo do es-3. calo mais alto dos analistas a forma com exceo do pode ser substituda, sem alterao fundamental de sentido por:

    at.a)

    inclusive.b)

    menos.c)

    no obstante.d)

    apesar de.e)

    (CESGRANRIO) No trecho - [...] 4. o preo do progresso inclui o deslocamento de pessoas e a mudana de hbitos de trabalho. O que no impede, porm, que a notcia da introduo de um novo sistema computadorizado seja, muitas vezes, acompanhada de insegurana... o termo porm pode ser substitudo, sem alterao de sentido, por:

    consequentemente.a)

    pois.b)

    portanto.c)

    contudo.d)

    por conseguinte.e)

    (ITA-SP) Leia o texto abaixo.5.

    Voc entra no bate-papo, conversa, troca e-mail, faz amizade. Passa horas navegando com um bando de estranhos. E nunca sabe ao certo com quem est falando. O anonimato pode ser uma das vantagens da rede, mas tambm uma armadilha.

    Para tentar evitar possveis decepes na hora da verdade, a Internet vai sofisticando recursos, unindo psicologia, tecnologia e diverso e tentando melhorar o que podemos chamar de relacionamento em rede.

    As novidades so boas para quem aposta no virtual como alternativa na hora de conhecer novas pessoas e para quem no quer levar para a vida real um gato no lugar de uma lebre, com o devido respeito aos bichinhos. (...)

    (ZANDONADI, Viviane. Voc sabe quem est falando? Folha de S.

    Paulo, Caderno Informtica, ago. 1999.)

    Escreva duas palavras ou expresses do texto que a) ganharam novos sentidos na rea da informtica.

    Em se tratando de relacionamentos amorosos, levar b) gato (ou gata) no lugar de lebre poder ser um bom negcio. Explique por que possvel essa interpretao.

    (UNICAMP) Acaba de chegar ao Brasil um medicamen-6. to contra rinite. O anti-inflamatrio em spray Nasonex

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    diminui sintomas como nariz tampado e coriza. Diferente de outros medicamentos, aplicado uma vez por dia, e em doses pequenas. Estudos realizados pela Schering-Plough, laboratrio responsvel pelo remdio, mostram que ele no apresenta efeitos colaterais, comuns em outros medicamentos, como o sangramento nasal. O produto indicado para adultos e crianas maiores de 12 anos, mas estuda-se a possibilidade de ele ser usado em crianas pequenas, diz o alergista Wilson Aun, de So Paulo. (ISTO, nov. 1998)

    Segundo o texto, quais seriam as vantagens do uso a) de Nasonex em relao a produtos congneres?

    O objeto de que trata este texto chamado, suces-b) sivamente, de medicamento, anti-inflamatrio, remdio e produto. Qual desses termos o que tem o sentido mais geral, e qual o mais especfico?

    Duas das palavras indicadas em (b) podem ser c) consideradas sinnimas. Quais so elas?

    Texto para as questes 7 e 8.

    Por amor Ptria

    1 O que mesmo a Ptria?

    2 Houve, com certeza, uma considervel quantidade de brasileiros(as) que, na linha da prpria formao, evocaram a Ptria com critrios puramente geogrficos: uma vastssima poro de terra, delimitada, porm, por tratados e convenes. Ainda bem quando acrescentaram: a Ptria tambm o Povo, milhes de homens e mulheres que nasceram, moram, vivem, dentro desse territrio.

    3 Outros, numerosos, aprimoraram essa noo de Ptria e pensaram nas riquezas e belezas naturais encerradas na vastido da terra. Ento, a partir das cores da bandeira, decantaram o verde das florestas, o azul do firmamento espelhado no oceano, o amarelo dos metais escondidos no subsolo. Ufanaram-se legitimamente do seu pas ou declararam, convictos, aos filhos jovens, que jamais ho de ver pas como este.

    4 Foi o que fizeram todos quantos procuraram a Ptria no quase meio milnio da Histria do Brasil, complexa e fascinante Histria de conquistas e reveses, de sangue, suor e lgrimas, mas tambm de esperanas e de realizaes. Evocaram gestos heroicos, comovedoras lendas e sugestivas tradies.

    5 Tudo isso e o formidvel universo humano e sacrossanto que se oculta debaixo de tudo isso constituem a Ptria. Ela histria, poltica e religio. Por isso mais do que o mero territrio. algo de telrico. mais do que a justaposio de indivduos, mas reflete a pulsao da inenarrvel histria de cada um.

    6 A Ptria mais do que a Nao e o Estado e vem antes deles. A Nao mais elaborada e o Estado mais forte e poderoso, se no partem da noo de Ptria e no servem para dar Ptria sua fisionomia e sua substncia interior, no tm todo o seu valor.

    7 Por ltimo, quero exprimir, com os olhos fixos na Ptria, o seu paradoxo mais estimulante. De um lado, ela algo de acabado, que se recebe em herana.

    8 Por outro lado, ela nunca est definitivamente pronta. Est em construo e s digno dela quem colabora, em mutiro, para ir aperfeioando o seu ser. Independente, ela precisa de quem complete a sua independncia. Democrtica, ela pertence a quem tutela e aprimora a democracia. Livre, ela conta com quem salvaguarda a sua liberdade. E sobretudo, hospitaleira, fraterna, aconchegante, cordial, ela reclama cidados e filhos que a faam crescer mais e mais nestes atributos essenciais de concrdia, equilbrio, harmonia, que a fazem inacreditavelmente Ptria - e me d vontade de dizer, se me permitem criar um neologismo, inacreditavelmente Mtria.

    9 Pensando bem, cada brasileiro, quem quer que seja, tem o direito de esperar que os outros 140 milhes de brasileiros sejam, para ele, Ptria.

    (Dom Lucas Moreira Neves. JORNAL DO BRASIL - 08 set. 1993.

    Adaptado.)

    (Cesgranrio) No texto, as expresses Ainda bem (par-7. grafo 2) e Ento (pargrafo 2) podem ser substitudas, respectivamente, sem prejuzo semntico, por:

    finalmente e portanto.a)

    felizmente e por isso.b)

    embora e por conseguinte.c)

    por sorte e conquanto.d)

    malgrado e porquanto. e)

    (Cesgranrio) Os termos a seguir: telrico (pargrafo 5) 8. e paradoxo (pargrafo 7) poderiam ser substitudos, sem que se alterasse o sentido do texto, respectiva-mente, por:

    relativo ao sangue / eixo.a)

    relativo magia / dualidade.b)

    relativo energia / alternativa.c)

    relativo ao solo / contra-senso.d)

    relativo ao positivismo / contraposio. e)

    (Mackenzie) 9.

    Na_____de um debate televisivo, j sofrem tanto, I. que temos a certeza_____tero de_____ os peca-dos publicamente.

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    Sem_____ou delicadeza, _____o regulamento, II. gritando muito e tumultuando a_____de posse do novo diretor.

    O_____ descrdito junto_____nova clientela ace-III. lerou o processo de elevao das_____sobre os servios prestados.

    _____vestidos com linha que inventava,_____bolos IV. com farinha docemente peneirada e, assim,_____do lodo e da mesmice.

    Corrijo, ou seja,_____tudo o que eu disse, voc V. sabe muito bem_____.

    Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas da frase indicada.

    I - eminncia, que, espiar.a)

    II - descrio, infligiu, sesso.b)

    III - incipiente, a, taxas.c)

    IV - cosia, cozia, emergia.d)

    V - ratifico, porque.e)

    10. (UNICAMP) Leia atentamente a tira a seguir e as observaes que a seguem.

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    Uma das maneiras de explicitar o sentido da definio acima fator-la como: sinnimo = (contrrio do (contrrio)),

    por analogia a uma expresso matemtica como +1=(-1.(-1)).

    Explique por que contrrio do contrrio pode a) ser uma definio adequada de sinnimo.

    Como o autor do Livro das Definies definiria b) antnimo, se seguisse o mesmo mtodo utili-zado para definir sinnimo?

    Usando parnteses, como voc representaria a c) definio de antnimo que encontrou em b?

    11. (Unicamp) Leia atentamente o folheto (distribudo nos pontos de nibus e feiras de Campinas), e as definies de simpatia extradas do Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa.

    Centro Esprita

    Vov Maria Conga

    Me Maria

    Ensina qualquer tipo de simpatia, pois com uma nica consulta, ela desvendar todos os mistrios que lhe atormenta: casos amorosos, financeiros, prosperidade em seu trabalho, vcios, doenas, impotncia sexual, problemas de famlia e perseguies. Desvendar qualquer que for o problema. No perca mais tempo, faa hoje mesmo uma consulta com ME MARIA, pelos BZIOS - CARTAS E TAROT.

    ORAO HEI DE VENCER

    Traga sempre consigo esta orao.

    Bendito seja a luz do dia, Bendito seja quem o guia, Bendito seja o filho de Deus e de Virgem Maria assim como Deus separou a noite do dia, separe minha alma de m companhia e meu corpo da feitiaria. Pelo poder de Deus e da Virgem Maria.

    ATENDIMENTO TODOS OS DIAS

    DAS 9:00 s 20:00 HS

    Fone: (019) 3387-2554

    Rua Dr. Lcio Peixoto, 330 - Chapado - Campinas SP

    - 1. afinidade moral, similitude no sentir e no pensar que aproxima duas ou mais pessoas. [...] - 3. impresso agradvel, disposio favorvel que se experimenta em relao a algum que pouco se conhece. [...] - 6. atrao por uma coisa ou uma ideia. [...] - 9. Brasileirismo: usada como interlocutrio pessoal (- qual o seu nome, simpatia?). - 10. Brasileirismo: ao (observao de algum ritual, uso de um determinado objeto etc.) praticada supersticiosamente com finalidade de conseguir algo que se deseja.

    Dentre as definies do dicionrio Houaiss mencio-a) nadas, qual a mais prxima do sentido da palavra simpatia no texto?

    H no texto duas ocorrncias de desvendar, sen-b) do que uma delas no coincide com o uso padro desse termo. Qual , e por qu?

    Independentemente do ttulo, algumas caractersti-c) cas da segunda parte do texto so de uma orao ou prece ou reza. Quais so essas caractersticas?

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    C 1.

    D2.

    A definio 6. De acordo com o texto, chagas nacionais 3. so problemas, males, desgraas que afligem o pas.

    C 4.

    E5.

    A ambiguidade ocorre porque do Governo do Estado pode se associar tanto campanha quanto violncia.

    B6.

    7.

    Ao fim das investigaes, a verdade emergiu (veio a) tona) e tudo ficou muito bem esclarecido.

    Incrivelmente, todas as nossas peties foram defe-b) ridas (aceitas, provadas).

    No absolutamente aceitvel que se discriminem c) (diferenciem) pessoas por religio, sexo ou cor.

    Para que todos viajem (verbo) bem confortveis, d) vamos alugar um nibus maior.

    E8.

    B 9.

    B10.

    C1.

    C2.

    B 3.

    C4.

    D5.

    6.

    navegando = acessando a Internet e percorren-a) do os endereos disponveis.

    rede = Internet

    H outras opes.

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    Existe a possibilidade em se tratando de relacio-b) namentos amorosos, pois gato (ou gata) tem o sentido conotativo de homem (ou mulher). Assim levar um gato em lugar de lebre vantajoso.

    7.

    As vantagens so: o medicamento aplicado APE-a) NAS uma vez por dia; DOSES PEQUENAS e NO APRESENTA EFEITOS colaterais.

    Geral: produto.b)

    pecfico: anti-inflamatrio.So sinnimas: medicamento e remdio.c)

    B 8.

    D 9.

    10.

    A negao de uma negao implica uma afirmao. a) Sendo assim, a expresso indica mesmo campo se-mntico.

    Antnimo o contrrio do contrrio do contrrio.b)

    Antnimo = (contrrio do ((contrrio do (contr-c) rio))), por analogia a uma expresso matemtica -1 = -1(-1(-1)).

    11.

    a de nmero 10: Brasileirismo: ao (observa-a) o de algum ritual, uso de um determinado objeto etc.) praticada supersticiosamente com finalidade de conseguir algo que deseja.

    a segunda (Desvendar qualquer que for o pro-b) blema), porque desvendar - segundo o dicion-rio Aurlio - revelar, manifestar. Um problema pode ser resolvido, solucionado, no desvendado.

    So as frmulas utilizadas para a invocao das di-c) vindades e o pedido que se faz a elas.

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