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BENTO GONÇALVES sábado 1º DE NOVEMBRO DE 2014 ANO 47 N°3076 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Operações da Brigada Militar e da Polícia Civil impressionam pelo número de prisões e apreensões realizadas, mas estatísticas mostram que os delitos seguem crescendo Página 12 Carteiras de habilitação Exames do Detran na mira do MP Promotor Alécio Nogueira abre inquérito para investigar alto índice de reprovações nas provas práticas LEONARDO LOPES Páginas 25, 26 e 27 Polícia pressiona, mas crimes continuam Segurança pública

01/11/2014 - Semanario - Edição 3.076

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01/11/2014 - Semanario - Edição 3.076 - Bento Gonçalves/RS

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BENTO GONÇALVESsábado1º DE NOVEMBRO DE 2014ANO 47 N°3076 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Operações da Brigada Militar e da Polícia Civil impressionam pelo número de prisões e apreensões realizadas, mas estatísticas mostram que os delitos seguem crescendo

Página 12

Carteiras de habilitação

Exames do Detran na mira do MPPromotor Alécio Nogueira abre inquérito para investigar alto índice de reprovações nas provas práticas

LEON

ARD

O LO

PES

Páginas 25, 26 e 27

Polícia pressiona, mas crimes continuam

Segurança pública

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Semanário na Internet

Eficiência policialEditorial

O mês de outubro foi de muitas vitórias das forças poli-ciais sobre a criminalidade em Bento Gonçalves. O traba-lho do serviço de inteligência da Polícia Civil e da Brigada Militar estão dando resultados satisfatórios e promovendo prisões como há muito não se via na Capital do Vinho. Além disso, as operações realizadas permitiram que muitas apre-ensões fossem efetuadas, quadrilhas desbaratadas e muitos crimes solucionados.

Podemos dizer que os integrantes dos órgãos de segurança pública têm feito um trabalho acima da média, organizando ati-vidades que surpreendem os criminosos, respondendo aos constantes assaltos e ho-micídios ocorridos na cidade. Nem a falta de efetivo evitou que o êxito nas operações fosse alcançado.

Ao longo do ano, foram registrados 20 assassinatos em Bento Gonçalves. Deste total, entre latrocínios e homicí-dios, 50% dos casos foram elucidados pela polícia. Por ou-tro lado, faltando 60 dias para o término do ano, o número de crimes deste tipo já superou os números registrados em 2013. Além das mortes, também foram registradas deze-nas de tentativas de homicídio, o que comprova o aumento

Os integrantes dos órgãos de segu-

rança têm feito um trabalho acima da média na cidade

constante da criminalidade.O trabalho da força policial tem sido constante e louvável,

mas ainda insuficiente para conter o ímpeto dos crimino-sos. As estatísticas mostram que os delitos continuam em escala ascendente. Os roubos e furtos seguem acontecendo em quantidade acima do aceitável, mesmo com o acentuado número de prisões realizadas.

Parece que os criminosos não estão se intimidando com as inúmeras ações realizadas pela polícia em Bento Gonçalves. Para cada prisão efetuada, um novo delito é registrado no município. O bom disso é que tanto Bri-gada Militar, quanto a Polícia Civil não diminuíram o ritmo e seguem dando res-postas contundentes a cada ação crimino-sa registrada.

A população também pode ajudar no trabalho dos poli-ciais. O disque-denúncia é uma ferramenta importantíssi-ma para as forças policiais. De maneira anônima, o cidadão pode contribuir de forma direta na elucidação de um crime, na prisão de traficantes e no desmonte de quadrilhas espe-cializadas em roubos e furtos. A eficiência policial também passa por este auxílio. fundamental e sempre bem-vindo.

Sábado, 1º de novembro de 20142 Opinião

O SEBRAE está patrocinando, em Caxias (porque não tam-bém em Bento?), um ciclo de debates, ou palestras, a ser re-alizado na sede dos empresários, em que líderes industriais (Castelan – Randon – Colombo), vão transmitir aos colegas, experiências adquiridas na sua bem sucedida trajetória pessoal e empresarial e, certamente, nortear posturas e ações que pos-sibilitem enfrentar, a que eu considero a pior das situações, que é a de “morar com o inimigo”, que foi o que definiu esta semana o mega empresário Adelino Colombo ao dizer que “a indústria está bem, o que está mal é o governo”. Clóvis Tramontina, em outras palavras disse a mesma coisa em entrevista. E este é o tema que certamente vai aflorar num dia inteiro de debates: “como podemos agir sem contar com o governo”. Se Caxias está bem e vai fazer um ciclo de debates para ficar melhor, imaginem Bento que não está bem, está precisando de tudo. Se não pode-mos Caxias ser, porque não podemos ser um pouco de Caxias?

Antes de falar de Bento vamos falar do Brasil. O povo brasileiro op-tou pela idéia de “vamos melhorar” e não pela idéia de Aécio “vamos mudar”. O governo federal precisa, urgentemente, sair do caminho da crise, fazer investimentos de infra-estrutura (estradas – energia – portos – segurança – saúde), para melhorar. Dilma tem que mudar e parece se mobilizar. Já está convocando empresários para ouvi-los sobre o que e como fazer pois a classe política, passadas as eleições, já está preocupada com o aumento dos vencimentos “já que os juízes aumentaram os seus”, é a ponderação. Não se concebe, a rigor, que empresa pública não seja, hoje, tão eficiente ou mais, do que a em-presa privada. É o que se exige dos governos federal, estadual e mu-nicipal. O nosso governo estadual está mal de finanças, na verdade sempre esteve, e nenhum governador está conseguindo equacionar a questão, a solução passa pelo governo federal que, se não tem so-lução para si próprio, como vai ter para os estados? Prefeituras (60% delas estão com problemas financeiros) como a de Bento também

O que temos aqui é a Prefeitura mal aparelhada sob o ponto de vista humano e técnico. Sua estrutura administrativa é conduzida por pessoal em cargos de comissão, quer dizer, são nomeações políticas, sem levar em conta habilitação plena para a função. Só para exemplificar, um só secretário tem três ou quatro familiares exercendo cargo em comissão na municipalidade. Nestes dias o prefeito determinou rescisão de 20 pes-soas que exerciam cargos em comissão, dez do PP, partido do prefeito, e dez do PMDB, partido coligado. Esse corte foi justificado pelo prefeito como economia, pois as finanças da municipalidade continuam mal, em-bora a campanha, rica, publicitária, esteja dizendo que estão equilibra-das. O que a prefeitura precisa é se aparelhar, preencher seus cargos pú-blicos de forma efetiva, com concursos, com gente de habilitação técnica e eficiência, que a transforme numa empresa eficiente, acima da medida das empresas privadas do município. Não se administra uma Prefeitura só com cargos em comissão até porque é difícil encontrar pessoas com qualificação que se proponham a exercer cargos temporários da muni-cipalidade. Por outro lado, o Prefeito Pasin está demorando, nem sei se se propõe a fazê-lo, em constituir um Conselho de Administração (ou Consultivo), para estabelecer uma ação conjunta e solidária no sentido de equilibrar a Prefeitura, equacionar as nossas mazelas e estabelecer uma gestão de metas eficientes que atenda os interesses de Bento. Aé-cio ia criar o Conselho. Dilma, depois do susto eleitoral, está ouvindo. Tarso criou o Conselho e não ouviu. Sugerido ao então governo Rigoto ele respondeu: “fui eleito para administrar o estado politicamente e não como empresa”. Dilma quase caiu do cavalo, Tarso caiu do cavalo, Lu-nelli caiu do cavalo, Pasin, bem Pasin ainda tem tempo para evitar cair do cavalo. Os governantes tem que entender, os políticos também, que tem que aparelhar as instituições públicas, o povo quer ação, determinação, competência, isso só se consegue aparelhando a máquina pública, lotear cargos não resolve, o povo está, e com razão, derrubando. Pode não estar bem politizado, mas não é cego.

[email protected]

QUEM SABE ENSINA

GESTÃO PUBLICA

NOSSO PROBLEMA

carecem de gestões eficientes, não determinadas pela sacrificada ação do prefeito, mas determinadas pela ausência de uma máquina pública bem estruturada e eficiente, sob a liderança do Prefeito.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 3

Painel

O prefeito já entrou, ou deu uma olhada, nas longas e intermináveis filas no PA 24 Horas? Por que deve ser assim?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail:

[email protected]

A pergunta que não quer calar

CURTI!

NÃO CURTI...

O projeto Aprender Esporte da Associação dos Moradores do Bairro Santa Helena, que beneficia 120 crianças e melhorou o rendi-mento dos alunos na escola.

A falta de medicamentos nas Unidades Bá-sicas de Saúde e na farmácia da Secretaria Municipal de Saúde, problema que vem se arrastando há vários meses.

Turno Único

O Centro da Indústria Comér-cio e Serviços de Bento Gonçal-ves (CIC/BG) receberá Portaria de Louvor e Agradecimento pelos 100 anos de história. O reconhecimento é uma forma de agradecimento do Legisla-tivo pelos importantes serviços prestados tanto no município, quanto na Serra Gaúcha. A ses-são solene no Plenário Fernan-do Ferrari ocorre no dia 5 de novembro, às 19h.

Homenagem ao CIC/BG

Comercialização de espaços da ExpoBentoOs preparativos para a a

ExpoBento 2015 estão em andamento com a comercia-lização dos espaços. De acor-do com o diretor comercial da feira multissetorial, José Carlos Zortéa, a expectativa é de que até o dia 10 de de-zembro 55% dos ambientes já tenham sido vendidos.

Desde o dia 10 de ou-tubro, após o período de

comercializações para empreendimentos do mu-nicípio ou associados, as vendas foram abertas para empresas da região.

Um diferencial deste ano, segundo Zortéa, é a parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Bento Gonçalves (Sindilojas). Os associados podem receber até 8% de desconto do valor total.

HUMOR Moacir Arlan

A partir da próxima segun-da-feira, 3 de novembro, a prefeitura de Bento Gonçalves estará funcionando em Turno Único. Até o dia 22 de feverei-ro, quando termina o horário de verão, os atendimentos co-meçam às 12h e se estendem até às 18h.

Já os serviços operacionais das Secretarias de Meio Am-biente e de Viação e Obras Públicas funcionarão das 7h às 13h, com regime de plantão das 13h às 19h.

Não haverá alteração de ho-rário nas creches e escolas, e nos serviços de caráter essen-cial, como saúde, segurança, trânsito e conservação urbana como o recolhimento do lixo.

Risco no Centro

Um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade, próximo à esquina entre as ruas

Dr. Antunes com Marechal Deo-doro, no Centro de Bento Gon-çalves, causa riscos também aos

pedestres. Problema que está piorando a medida que o asfalto em volta também está cedendo.

Representação italiana

Formulários para as votações do Comitê dos Italianos no Ex-terior (Comites) serão entre-gues para os italianos com cida-dania italiana reconhecida pelo governo italiano e registrados no Consulado Geral da Itália em Porto Alegre. O preenhi-mento do formulário é impor-tante para o cadastramento de quem irá votar e eleger seus re-presentantes junto ao Governo Italiano ou ao Consulado.

O formulário preenchido e as-sinado deve ser entregue até o dia 19 de dezembro. Quem não receber poderá imprimí-lo no www.consportoalegre.esteri.it.

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Sábado, 1º de novembro de 20144 Opinião

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Sobre eleiçõesPois diante de tanta coisa que vi na internet, especialmen-

te nas redes sociais, resolvi PESQUISAR (coisa que faço diariamente, diante de qualquer fato ou notícia, buscando todas as “verdades” possíveis para, só depois, opinar, o que não é muita gente que faz, preferindo o conforto da “verda-de única”, mesmo que não tenha fundamento) os números que envolveram as eleições presidenciais de 2014. Como números são relativos à matemática e essa é uma ciência EXATA, não dá para brigar com eles ou contestá-los, senão com outros números. Então, vamos a eles. No primeiro tur-no, Dilma fez 43.267.668 votos; Aécio, 34.897.211 e Marina 22.176.619 (os números são do Portal G1). No segundo tur-no, o resultado foi: Dilma, 54.501.118 votos e Aécio Neves, 51.041.155. A matemática e a obviedade nos dizem que os 22.176.619 votos de Marina foram divididos.

Sobre eleições IISe Dilma conquistou 11.233.450 votos a mais do que

no primeiro turno e Aécio 16.143.944 votos no segundo turno, isso resulta em 5.200.775 votos além dos que Ma-rina obteve no primeiro turno. Como se pode ver, os vo-tos de Marina foram, sim, divididos, mas Dilma precisou de parte deles para vencer. Isso é matemática. Mas há outros números interessantes. E eles contrariam as afir-mações de muitos da internet que dizem, sem conferir, que “os nordestinos são os responsáveis pela vitória de Dilma”. Se 66% dos eleitores são das regiões sudeste, sul e centro-oeste, onde Aécio venceu e 34% são eleitores do norte e nordeste, entendo que essa tese já fica um pouqui-nho prejudicada. Outros números interessantes apontam que Dilma venceu José Serra em 15 estados em 2010. Em 2014 Dilma também venceu em 15 estados – os mesmos - e perdeu no Distrito Federal (onde havia vencido em 2010). Pouco mudou, portanto. Detalhe importante é que Dilma teve sua votação reduzida no norte e nordeste na comparação entre 2014 e 2010.

E para completar...Seguindo nas minhas pesquisas, somei a votação de Dil-

ma Rousseff nos estados do Norte e Nordeste do Brasil – onde ela perdeu em Roraima, Acre e Rondônia e em capi-tais, como Belém – chegando ao total de 24.619.012 votos. Depois somei a votação dela nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, inclusive no Distrito Federal, che-gando ao total de 29.882.106 votos. Do total de 54.501.118 votos obtidos por Dilma, que lhe deram a vitória, 54,8% (CINQUENTA E QUATRO VÍRGULA OITO POR CENTO)

AntônioFrizzoforam nas regiões SUL, SUDESTE e CENTRO-OESTE, onde Aécio Neves obteve a maior votação. Resumindo: Dilma não venceu no norte e nordeste, já que a maioria de seus votos veio das outras regiões. As baterias devem se voltar, pois, contra outros eleitores, a maioria do sul, sudeste e centro-oeste, Certamente esses números po-derão ser contestados, caso algum leitor os encontre di-ferentes em outra fonte.

Os “donos do Brasil”Impressionante o que os “donos do Brasil” (banquei-

ros, empreiteiros, usineiros, grandes empresários e ru-ralistas) fazem! Pagam campanhas aos políticos, elegem governos, ditam normas, fazem da grande imprensa instrumento para manipular a população visando atin-gir seus objetivos. Pouco antes das eleições, as subidas e descidas da Bolsa de Valores foi algo digno de filmes pastelões. Definidos os eleitos, na segunda-feira deram um jeitinho para a Bolsa cair, alegando o resultado das eleições. Foi um sobe e desce da Bolsa e da cotação do dólar nesta semana que deu gosto de ver. Enquanto isso, o Banco Central – certamente com a tutela do governo – aumentou a Taxa Básica de Juros, proporcionando às “famiglias” que detém fortunas da dívida pública brasi-leira frouxos de riso. A velha receita para “controlar a inflação” elevada (está pouco maior do que a metade do que estava em 2002) está sendo aplicada novamente. E com o Brasil sob o comando do PT. Quem diria, hein?

Agora é pra valer?Bem, quando é para ferrar o contribuinte, sempre é

“pra valer”. Falo das novas multas que entram em vigor hoje, no Brasil. Os valores chegam a aumentar 900%. Ultrapassar em local proibido passa de R$ 191,54 para R$ 947,70; ultrapassar pelo acostamento, de R$ 127,69 para R$ 957,70; Fazer manobras perigosas, disputar rachas ou corridas não autorizadas, de R$ 574,62 para R$ 1.915,40 e ultrapassagem de risco (aqueles em que o apressadinho força, costura, etc) de R$ 191,54 para R$ 1.915,40. Mas não fica só na multa pecuniária. Há pena de PRISÃO que pode chegar até a DEZ ANOS no caso do infrator provocar morte. Tudo bem! É só não cometer tais infrações e pronto! Mas, por outro lado, há que se perguntar, também, se quem tem a obrigação de oferecer ruas e rodovias em condições – só o que consta do Código de Trânsito Brasileiro já seria ótimo – farão, a partir de agora (sim, porque até agora não cumprem), a sua parte. Tenhamos cuidados redobra-dos a partir de hoje.

ÚLTIMASPrimeira: Interessante a forma com

que estão podando árvores. Empresas ter-ceirizadas da RGE destroçaram árvores, inclusive frutíferas, ao longo da RS-431. Até árvores que não necessitavam de po-das foram alvo da destruição. Tenho fotos e filmagens que comprovam isso;

Segunda: Eu e muita gente tínhamos em mente que as podas de árvores deve-riam ser feitas entre os meses de maio a agosto. Mas, pelo que se tem visto, essa “regra” foi abolida. Por que será, hein?

Terceira: Não foi só o estado precário das prisões brasileiras a razão da justiça da Itália negar a extradição de Pizzolato, condenado no “mensalão”, segundo infor-mações vindas de lá;

Quarta: Houve mais dois motivos, que teriam sido omitidos pela “grande im-prensa”. Um foi não ter sido observado o duplo grau de jurisdição, direito universal e constitucional de Pizzolato, negado pelo STF;

Quinta: O outro motivo foi a não inclusão no julgamento da Ação Penal 470 pelo STF do inquérito nº 2474, no qual Pizzolato apresentou provas que os serviços da Agência DNA foram efetiva-mente realizados e que não era dinheiro público;

Sexta: Se isso tem ou não fundamen-to, não posso assegurar, mas que essas são as alegações, não tenho dúvidas;

Sétima: Pelo que se noticia, o Con-selho Nacional do Ministério Público está inquirindo o procurador Rodrigo de Grandis por não ter dado andamento ao pedido de investigação da Suíça sobre o caso da Alstom, relativo às roubalheiras do metrô e trens paulista;

Oitava: Como o pedido de investiga-ção da justiça da Suíça foi “arquivado em pasta errada”, segundo o procurador – isso há três anos –, eles resolveram ar-quivar (em pasta “certa” na Suíça) o pro-cesso. A impunidade prevalecerá para esses ladrões do metrô paulista?

Nona: Hoje é dia de Grêmio x Vitória na Arena, às 19h30m, jogo onde vencer ou vencer são as duas únicas opções. O Inter enfrentará um misto do Santos, amanhã, ás 17h, na Vila Belmiro, não deixando de ser, mesmo assim, um jogo difícil. Agora é só futebol até o fim do ano. Será?

Décima: Há quem diga que hoje é “Dia dos Homens”, em razão de ser o “Dia de Todos os Santos”. Mas, há mu-lheres que não concordam... Ou todas concordam? A conferir!

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Sábado, 1º de novembro de 20146 Geral

Recuperação fiscal em votação

Uma nova chance de quitar as dívidas com o município

poderá ser ofertada aos bento--gonçalvenses. Na sessão ordi-nária desta segunda-feira, 3 de novembro, os parlamentares da Câmara de Vereadores votarão em favor, ou não, da instituição do programa de Recuperação Fiscal (Refis) 2014. A iniciati-va tem objetivo de recuperar os créditos tributários ou não tri-butários, inscritos ou não ins-critos em dívida ativa, ajuiza-dos ou a ajuizar, decorrentes de débitos de contribuintes, seja pessoa física ou jurídica.

Com a medida, é possível que os moradores da cidade regu-larizarem sua situação perante a Fazenda Municipal, aumen-tando, assim, a arrecadação do município. Por meio do Refis será possível que Bento rece-

Câmara de Vereadores

Programa que viabiliza o pagamento de dívidas com o município entra em pauta nesta segunda-feira, 3 de novembro

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Vitória [email protected]

Demais projetos a serem votadosA lei 5.118, conhecida como Lei das Placas, volta para o Legislativo

Municipal depois do pedido de vistas do presidente da Câmara, ve-reador Valdecir Rubbo (PDT). As principais emendas e modificações na lei referem-se ao tamanho dos letreiros publicados e às tarifas co-bradas. Após a aprovação, os estabelecimentos que tiverem placas instaladas terão prazo de dois anos para se adequarem às normas. A fiscalização será feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Votação sobre a publicação da lista de empresas e funcionários terceirizados no site oficial da prefeitura. Segundo o projeto, as listas deverão ser atualizadas todos os meses ou quando o Poder Executivo firmar contrato com nova empresa.

Autorização do livre acesso no transporte coletivo, eventos cul-turais e esportivos do município aos portadores de deficiência e seus acompanhantes. Em caso de descumprimento do artigo an-terior, o Poder Público imporá uma multa ao estabelecimento cor-respondente, além de indenização pelos danos sofridos ao porta-dor de deficiência. Dentro de 12 meses, os locais deverão ter mais de 5% da sua estrutura adaptadas para acomodar os deficientes.

Portaria de louvor de agradecimento à representação central da Comunidade Brasileiro Polonesa do Brasil (Braspol) pelos 21 anos de existência no município, dedicados ao trabalho de resgate, pre-servação e divulgação da cultura polonesa e pelos 139 anos de imigração polonesa no Rio Grande do Sul.

Alteração do artigo número 42 da Emenda à Lei Orgânica n° 20”. Este passa a vigorar com a seguinte nova redação: “Art. 42. A ma-téria constante das proposições rejeitadas somente poderá consti-tuir objeto de nova proposição após decorridos 12 (doze) meses.”

Concessão de incentivo para a formalização da aquisição de bens imóveis, com o objetivo de regularização das transações imobiliá-rias através da redução de alíquotas do ITBI. A aplicação da alíquo-ta será considerada como base de cálculo o valor atual da avalia-ção do mercado do imóvel.

Um dos impostos que pode entrar na lista do Refis é o IPTU 2014

ba os débitos à vista, relativos a débitos de contribuintes de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), Taxas e Contribui-ções de Melhoria, que tiveram vencimento até a quinta-feira, 30 de outubro. O contribuinte que efetuar o pagamento arcará com o valor total do principal além da atualização monetária, com os descontos já previstos.

Os prazos de pagamento serão estipulados pelo proje-to de lei e, conforme a ordem estipulada, descontos serão oferecidos. Os pagamentos que forem efetuados até o dia 28 de novembro terão desconto de 100% da multa e 80% de des-conto nos juros moratórios. Os pagamentos efetuados até o dia 23 de dezembro terão desconto de 90% da multa e 70% dos ju-ros moratórios. Além disso, os honorários de advogados nos

débitos ajuizados, quando de-vidos, serão calculados no per-centual fixado pelo juízo.

Se o projeto for aprova-do, não participarão do Refis aqueles que tiverem débitos contabilizados depois do prazo final ou aqueles que tiveram falência decretada. O progra-ma pode se estender aos débi-tos provenientes de denúncia espontânea, desde que proto-colada no Departamento de Auditoria e Fiscalização toda a documentação fiscal até o dia 22 de dezembro.

Após a adesão do programa, o município poderá, por meio da Procuradoria Geral, requerer as medidas judiciais cabíveis nas execuções fiscais pertinentes, desde que quitadas também as custas judiciais e honorários advocatícios, se houver. A pe-nhora dos bens também está inclusa nas medidas judiciais até a quitação total do débito.

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Sábado, 1º de novembro de 20148 Geral

Momento de espera na produção

Neste período do ano, já se percebem as primeiras

movimentações nas parreiras de uva, quando os produtores ficam atentos ao clima, tor-cendo para que seja o melhor possível, e aplicando os produ-tos de tratamento, para que a qualidade final seja a melhor possível. A safra do ano pas-sado não apresentou números muito altos e, neste ano, a tor-cida já começou para que ao final da colheita, as perdas não tenham sido contabilizadas muito altas.

O presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha, Él-son Schneider, avalia que o clima, por enquanto, não está favorável e diz que as primei-ras doenças em razão disso já estão começando a aparecer. “Ainda é precoce para esti-mar como será a safra da uva 2015, mas alguns indícios já apontam que a perspectiva não será muito boa. O clima quen-te e úmido é muito prejudicial já que doenças, como a ‘mufa’ estão aparecendo em muitas propriedades”, relata. Ele diz que, por enquanto, essa é a principal reclamação dos pro-dutores.

Schneider explica que algu-mas variedades de uva já pas-saram do período da floração e, agora, o fruto começa a tomar forma, outras variedades estão ainda no começo da floração. Porém, independente do mo-mento da videira, a doença está chegando de qualquer for-

Uva e vinho

Clima quente e úmido, favorável a doenças nas videiras, faz com que produtores fiquem em alerta e invistam no tratamento

Encontro capacita produtores para o cultivo protegido

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As doenças devido ao clima estão atacando as produções mais cedo do que o esperado pelos agricultores

Temas como a irrigação e questões financeiras foram debatidas

Vitória [email protected]

ma. “Há produções de uva Isa-bel que já se perde entre 40 e 50% da safra logo no começo”, comenta. Uma das alternati-vas é intensificar o tratamento das plantações, porém, nem mesmo com um alto nível de agrotóxico será possível salvar o que for afetado.

Falta de políticas agrícolas

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, Inês Faghe-

Na tarde desta quinta--feira, 30 de outubro, os mé-todos de manejo e produção de uva e vinho foram deba-tidos no encontro “Viticultu-ra em cultivo protegido”, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Uva e Vinho). O seminário foi realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), em parceria com a secretaria de Desenvol-

razzi, diz que os problemas das produções são, em todos os anos, os mesmos. Ela rei-vindica a falta de uma política agrícola que contemple o se-tor. “A cada ano que passa, as pequenas propriedades estão sendo inviabilizadas, fazendo com que muitos agricultores não tenham esperança sobre o futuro. Isso, principalmen-te, porque estes agricultores estão com idade avançada e seus filhos não nutrem qual-quer possibilidade de dar continuidade aos trabalhos

nos vinhedos, já que a situa-ção é, realmente, motivado-ra”, explica.

Inês diz que apesar dos maus indícios na produção, a ex-pectativa é sempre boa e a es-perança de uma boa colheita nunca morre. “Apesar da in-cidência da ‘mufa’ nos cachos, esperamos que o tempo cola-bore e que os agricultores pos-sam colher uma uva com boa graduação, resultando melho-res preços pagos ao produtor. Nossos agricultores sempre nutrem boas expectativas, mas

se frustram posteriormente com os preços praticados pelo mercado”, desabafa.

Variação de produção como garantia

O agricultor Ivandro Lerin tem, em média, 15 hectares de produção frutífera, mas me-nos de um terço é de uva. Ele diz que já sofreu muitas per-das de safra, o que motivou ele a variar as suas produções, investindo em outras culturas frutíferas, já que cada uma de-las, depende de um clima di-ferente em distintas épocas do ano. “Ano passado, por exem-plo, com as fortes chuvas de granizo, a perda foi de 90% da safra, o que desmotiva e dei-xa todo mundo triste, então a solução que encontramos foi de não depender de apenas uma fruta”, relata. Hoje, além de uva ele também aposta no cultivo de pêssego e nectarina e, mesmo que a safra das fru-tas seja quase que no mesmo período, ele garante que o tra-balho não para, durante todo o ano.

Segundo Lerin, o clima este ano está ruim para o cultivo da uva. Ele diz que, por enquan-to, está muito úmido e o clima esquentou rapidamente, seria mais favorável se as manhãs fossem mais secas. “Esse tem-po úmido e quente atrapalha a fecundação das flores e faci-lita muito as doenças. Porém, mesmo assim, a videira está se comportando bem, acredito que podemos esperar uma boa safra”, aposta.

vimento da Agricultura que, junto com produtores, técnicos e representantes do setor viti-vinícola da cidade, discutiram a importância desse método para a economia da cidade.

No encontro, foram levanta-das questões acerca de produção com o pesquisador Henrique Pessoa dos Santos; tratamen-tos fitossanitários, com o pes-quisador Lucas da R. Garrido; irrigação professor Leonardo

Cury; manejo de pragas, com o pesquisador Marcos Botton e análise financeira sobre a produção de uva coberta com o pesquisador Joelsio Lazza-rotto. Com os conhecimentos foi possível capacitar os mais de 100 presentes no manejo da técnica, além dos aspectos financeiros. A iniciativa é de uma ação permanente do pro-grama estruturante Desenvol-ve Bento.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 9Geral

Lojistas pedem regulamentação

As feiras itinerantes volta-ram a ser discussão na ci-

dade, mas, desta vez, é para en-contrar uma solução para que elas possam acontecer em Ben-to, sem prejudicar o comércio local. Esses tipos de espaço de comercialização são muito cri-ticados pelos lojistas já que os mesmos não precisavam seguir regras para acontecer, tampou-co tinham impostos a pagar, se tornando uma concorrência desleal com as lojas regulares.

A Câmara de Dirigentes Lojis-tas (CDL) e o Sindicato do Co-mércio Varejista de Bento Gon-çalves (Sindilojas) solicitaram um pedido de padronização que foi acatado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O projeto de lei que regulamentará a situação deve estar na Câmara de Vereadores dentro de 60 dias.

O presidente do Sindilojas, Da-

Feiras itinerantes

Sindilojas e CDL criticam vendas irregulares e Executivo projeta medidas para que o comércio local não seja prejudicado

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Vitória [email protected]

As feiras poderão ocorrer, porém dentro de uma série de regras

niel Amadio, afirma que as feiras itinerantes incomodam os co-merciantes locais há anos e que somente agora foi possível entrar em um acordo para encontrar uma solução. “Anteriormente, quando as feiras vinham pra cá, nós entrávamos com um pedido

para que ela não fosse realizada, já que não existia regulamenta-ção para elas. Neste ano, impe-dimos que uma ocorresse um dia antes de abrir, no dia seguinte, a organização da feira conseguiu uma liminar com o Estado para que ela ocorresse”, conta.

A partir dessa situação é que uma solução foi buscada, já que ele percebeu que impedir esses pontos de venda não era o me-lhor caminho a ser seguido. “En-tendemos que elas prejudicam o comércio local, já que existe uma deslealdade muito grande na concorrência”, destaca. As feiras teriam os preços mais bai-xos porque não seria necessário repassar valores de impostos para os clientes. No projeto que está sendo estudado há suges-tões para que as feiras sejam regulamentadas e possam ser favoráveis ao público da cidade.

Feirantes terão que pagar impostos

O secretário de Desenvolvi-mento Econômico, Neri Mazzo-chin, diz que a principal mudan-ça é a implantação de impostos para que a concorrência de pre-ços ao consumidor final não seja desleal ao comércio da cidade.

“Percebemos a proibição destas feiras seria uma medida muito radical, já que a população da ci-dade também tira vantagem das feiras. Por isso, decidimos que regrar o acontecimento delas se-ria uma forma sensata de entrar em um consenso com o comér-cio local”, explica Mazzochin.

Outra medida é o convite às lojas da cidade para participa-rem e a abertura de um escritó-rio da organização 30 dias an-tes de ocorrer e 30 dias depois, para que os consumidores que tiverem alguma reclamação te-nham um posto de atendimen-to. “Esses comerciantes de ou-tras cidades não podem chegar aqui, levar o lucro e ir embora. É preciso deixar algo em troca ao município”, coloca. O projeto está sendo estudado pela Pro-curadoria Geral do município e, após todas as definições, ele será encaminhado para o Legislativo. As definições devem entrar em vigor até o final de dezembro.

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Sábado, 1º de novembro de 201410 Geral

Os pequenos sobrevivem à crise

Apesar da desaceleração econômica ter colocado

muitos empresários em alerta e em retenção de gastos nes-te ano, a situação difícil não chegou até os pequenos em-preendedores de Bento Gon-çalves, que registraram cres-cimento em 2014. Além disso, surgiram em média 500 no-vas licenças para trabalhar. O crescimento é favorável para o desenvolvimento econômico da cidade, que não monopoli-za serviços ou produtos, além de aumentar a renda per capi-ta da população.

O gerente regional do Sebrae na Serra Gaúcha, Tiago Mig-noni, afirma que o mau mo-mento da economia nacional não atingiu os pequenos em-presários, visto que eles não ficam reféns de estatísticas internacionais, exportação, oscilação do dólar ou grandes financiamentos e créditos. “Os microempreendedores têm uma cultura local, eles traba-lham para a comunidade e, dentro das necessidades dela, dificilmente o cenário de uma pequena localidade vai mu-dar. No mercado ou na loja do bairro dificilmente terão fun-cionários, os trabalhadores são da família e seus clientes são seus vizinhos, o que faci-lita muito na estabilidade do negócio”, aponta.

Mignoni destaca que mes-

Microempreendedor individual

Empresários individuais não foram afetados pela desaceleração econômica e, em 2014, média de 500 alvarás foram expedidos

Estudo de mercado é o que possibilita sucesso nos negócios

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Vitória [email protected]

Há quatro anos no mercado, empresária diz que o crescimento dos negócios foi maior do que o esperado

Além da venda dos utensílios, Vitória presta consultoria para os clientes

mo com essa estabilidade, os pequenos proprietários pre-cisam se manter informados sobre a situação econômica global, além de buscar no-vidades no seu mercado de trabalho, conversar com os clientes e buscar mais co-nhecimento. “Não é porque a empresa é de pequeno porte que não seja necessária mais inovação e avanço. As pessoas precisam se manter informa-das, por isso o Sebrae oferece inúmeras oportunidades de capacitação, para que nin-guém fique por fora das novi-dades”, aconselha.

A microempresária Vitória Zatt, há quatro anos, investiu em um ramo pouco conhecido na cidade e garantiu sucesso logo no primeiro ano de em-preendimento. Vitória vende artefatos para bares e restau-rantes e garante que mesmo depois da Ditrevi Utilidades surgir no mercado, nenhum concorrente apareceu. “Eu já trabalhava com isso, então ob-servei que não havia empresas desse ramo na cidade, busquei mais informações e fiz com que meu desejo de empreender se tornasse realidade”, relata.

A empresária diz que 2014

Incentivo à regulamentação

O secretário de Desenvol-vimento Econômico, Neri Mazzochin, apresenta o cres-cimento do número de em-presários do ramo no último ano e diz que o aumento de postos foi maior do que o es-perado. “Em 2014, expedimos uma média de 1,5 a 2 mil alva-rás de licença no município. A média de microempreende-dores individuais é de 30% do total, então a estimativa é de que em a cidade ganhou em torno de 500 novos postos

desde janeiro, um número relativamente alto, se compa-rarmos com a difícil situação que muitas indústrias en-frentam”, relata.

O dado alto também pode se referir aos empresários que já trabalhavam no ramo, mas irregularmente, sem al-vará de licença e a documen-tação necessária. Ele diz que as oportunidades para aque-les que empreendem dentro da lei são muito maiores do que para aqueles que ficam na clandestinidade. Mazzochin destaca a preocupação com o incentivo à regulamentação,

já que a arrecadação para a cidade cresce a cada microem-preendedor que opta por se re-gularizar. “Nós queremos que eles trabalhem não somente pela fiscalização e o controle dos empreendimentos da ci-dade, mas para que eles tam-bém possam ter os benefícios prévios, como, por exemplo, a liberação de micro crédito”, ressalta.

Além disso, Mazzochin res-salva que a contribuição do poder público com estes pe-quenos empreendedores pode ser grande, já que, depois de regularizados, eles têm a oportunidade de participar das licitações de compra do poder público. “A prefeitu-ra gasta muito dinheiro com compras de utensílios, de ali-mentos, de inúmeros artefatos que são necessários para o dia a dia das escolas, por exem-plo. Então, se estes pequenos produtores participarem das licitações, nós não monopoli-zamos as vendas, oferecendo oportunidades para muitos vendedores participarem ati-vamente”, coloca.

Ele lembra, que devido a pouca disponibilidade de quantidade, as licitações de-vem passar a ser feitas em menor quantidade. “Se antes comprávamos 50 mil pães, po-demos comprar vários lotes de cinco ou 10 mil, não muda em nada para nós e só contribui para o desenvolvimento eco-nômico da cidade”, esclarece.

foi um ano de muito cresci-mento para a Ditrevi e que de-vido à alta procura pelos ser-viços, foi preciso contratar um funcionário. “Há quatro meses precisei contratar uma pessoa para trabalhar comigo porque eu não estava dando conta de tanto pedidos que tinha. As-sim, podemos fazer o trabalho de uma forma mais tranquila e com mais qualidade”, comen-ta. Ela vende louças e todos os tipos de utensílios para es-tabelecimentos, muitas vezes prestando consultoria sobre seu uso e auxílio ao outro em-preendedor até o momento da

inauguração do novo local.Ela comenta perceber a si-

tuação econômica do Brasil e mesmo as dificuldades que existem em Bento Gonçalves, entretanto, não sentiu a preo-cupação e espera que 2015 seja de ainda mais trabalho. “Eu vejo como está a situação fi-nanceira de grandes empresas e, felizmente, consigo escapar das dificuldades. Nós, peque-nos empresários, nos adap-tamos às situações, quando percebo que a situação pode piorar, então é momento de buscar mais clientes, vender o meu produto”, aponta.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 11Geral

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Sábado, 1º de novembro de 201412 Geral

MP investiga reprovações pelo Detran

Entre as principais recla-mações daqueles que

estão prestes a conquistar a Carteira Nacional de Habi-litação (CNH) estão a tensão e a dificuldade das provas de direção. É fato que mesmo após o período de aulas práti-cas, o número de pessoas que reprova no exames, fiscaliza-dos por agentes do Departa-mento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (De-tran), é alto. Uma denúncia alarmou o Ministério Público (MP), que abriu um inquéri-to civil em Bento Gonçalves para investigar os casos de re-provação nos Centros de For-mação de Condutores (CFC). Por hora, o MP aguarda um posicionamento do Detran.

O promotor Alécio Noguei-ra explica que o inquérito foi instaurado com base na recla-mação de uma candidata que havia sido reprovada diver-sas vezes nas provas práticas para a carteira de habilitação. Segundo Nogueira, ela teria afirmado que outras pessoas que estavam no processo para adquirir a CNH estariam na mesma situação. “As irregu-laridades denunciadas seriam justamente os números muito altos de reprovações de forma geral, pelo Detran, não especi-ficamente um CFC”, declara.

O promotor ressalta que nenhuma denúncia de subor-no dos fiscais teria ocorrido,

Teste de direção

Alto número de inabilitados nos exames práticos da autoescola motivam abertura de inquérito civil em Bento Gonçalves

“O trabalho do fiscal é técnico e segue somente a legislação”

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Vitória [email protected]

Um dos principais motivos que levaria à reprovação seria o descontrole emocional dos candidatos

No exame, a maioria dos candidatos reprova tentando estacionar

tampouco indícios. Conforme ele, as reprovações não têm ligação com essa questão e é um problema geral no Rio Grande do Sul, não especifi-camente em Bento Gonçalves. Nogueira ouviu a denúncia e o representante de um CFC do município e aguarda o retorno do Detran, já que ainda está em tempo de reposta. A asses-soria de imprensa do departa-

O fiscal do Detran, Leandro Dalpiaz veio para a cidade nes-ta semana aplicar os exames práticos e conta que o trabalho de fiscalização é apenas técni-co, já que eles seguem a pon-tuação de aprovação a partir da legislação. Dalpiaz diz que as reprovações são, realmente, em grande escala, mas que isso se deve a inúmeros fatores que estão apenas sob o controle do candidato.

Ele aponta que o principal motivo das reprovações é a fal-ta de confiança do aluno com seu instrutor. O fiscal ressalta que conseguir a CNH está aci-

mento informou que o órgão ainda não foi informado sobre a instauração do inquérito.

Alunos precisam ser mais conscientes

O diretor-geral do CFC Puma, Janir Foppa, aponta que apenas 45% das pessoas que fazem as provas práticas pela primeira vez obtêm êxito.

Ele aponta que um dos princi-pais motivos pelo alto número de reprovações é o nervosismo dos candidatos e o despreparo de alguns. “Algumas pessoas conseguem, com o período es-tipulado de aula, captar todas as informações e dirigir perfei-tamente. Outras precisariam de mais tempo antes de enca-rar o teste do volante, porém quando os instrutores sugerem

a realização de mais aulas, a maioria nega”, relata.

Foppa diz que os condutores precisam ter mais consciência da seriedade do teste. “Não podemos aprovar por aprovar, é preciso que a pessoa esteja realmente apta a dirigir em um trânsito cada vez mais caóti-co, por isso, o sistema nervoso precisa estar em dia na prova também”, ressalta.

Sobre a possibilidade de ha-ver suborno, o diretor diz não ter informações, já que os tes-tes são feitos ao mesmo tempo com muitos fiscais envolvidos. “Se tivesse esse tipo de irre-gularidade nós saberíamos, já que os instrutores da autoes-cola sempre acompanham as provas”, relata.

Para evitar irregularidades, uma das medidas que já está em vigor é a utilização de dois fiscais durante a prova. Assim, a possibilidade de haver pro-blemas com o aluno é menor. A avaliação de duas pessoas diferentes seria mais justa, di-minuindo as possibilidades do futuro motorista se sentir in-justiçado.

Entretanto, em muitas cida-des, a medida ainda não é uti-lizada devido à falta de fiscais. “Uma alternativa secundária seria a instalação de câmeras nos carros, assim qualquer uma das partes que se sentir lesada poderia solicitar as ima-gens, avaliar a situação e en-contrar uma solução”, finaliza. Nenhuma das duas medidas ainda é usada na cidade.

ma dos interesses de realmen-te aprender a dirigir. “Muitos instrutores sugerem mais au-las, dizendo que a pessoa ain-da não está preparada para dirigir, mas independente do conselho, muitos optam por fazer o teste da mesma forma e acabam reprovando. As pes-soas precisam ouvir mais seus instrutores”, relata.

Outro motivo que atrapalha os candidatos é o nervosismo, que faz com que as regras mais simples aprendidas em aula sejam esquecidas. “As faltas têm pontuações altas, então se ultrapassar o tempo da ba-

liza, deixar morrer o motor ou esquecer de dar as setas, a pes-soa já está reprovada”, indica. Dalpiaz relata que as pessoas chegam para fazer o teste e já se sentem intimidadas pela fi-gura de um fiscal. “Nós conver-samos, tentamos ser o mais re-ceptivos possível para que eles se sintam à vontade, mas nem sempre funciona”, coloca.

Junto do fiscal, na manhã da quinta-feira, 30 de outubro, a reportagem do Semanário acompanhou, durante 20 mi-nutos, cinco exames práticos do CFC Puma, destes, quatro candidatos reprovaram.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 13Geral

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Saúde

Medicamentos em falta na SMSPedido de compra já foi realizado e prefeitura informa que atraso se deve à demora na entrega pelas distribuidoras

Cinco tipos de medicamen-tos, entre antibióticos e an-

ti-hipertensivos, estão em falta no almoxarifado da Farmácia do Pronto Atendimento 24 Ho-ras (PA) e nas Unidades Bási-cas de Saúde (UBSs). Segundo a Secretaria Municipal de Saú-de (SMS), o pedido de com-pra dos remédios já foi feito e a previsão é de que a situação seja regularizada até a metade de novembro. A SMS não in-formou números, mas afirma que a quantidade pedida seria o necessário para abastecer as unidades durante cinco meses.

Fabiane Bandeira Meireles, responsável pelo almoxarifado da farmácia, informa que essa demora se deve ao atraso na entrega por parte das distribui-doras. “Os principais remédios em falta são alguns antibió-ticos, antialérgicos e anti-hi-pertensivos. E desses, os mais utilizados são os antibióticos. Por causa dessa falta, alguns medicamentos não estão mais sendo enviados às unidades, encontrando-se apenas na farmácia do PA 24 Horas”, co-menta Fabiane.

Para suprir essa falta, foi rea-

Silvia [email protected]

Antibióticos, antialérgicos e anti-hipertensivos foram solicitados

Itens A Secretaria Municipal da Saúde de Bento Gonçalves possui 218 itens pa-dronizados. No momento estão em fal-ta os cinco itens abaixo:- Cefalexina 250mg/5mL suspensão oral (antibiótico)

- Cefuroxima 500mg (antibiótico)- Ciclobenzaprina 5mg (relaxante muscular)- Loratadina 1mg/mL susp. oral (an-tialérgico)- Metildopa 250mg (anti-hipertensivo)

A Secretaria de Saúde não infor-mou números, mas afirma que a quantidade de medicamentos que foi pedido seria o necessário pa-ra abastecer as unidades durante cinco meses.

lizado um pedido de emprésti-mo de um antibiótico para a Secretaria de Saúde de Garibal-di. “Primeiramente foi feito um contato informal por telefone, para saber se havia a disponi-bilidade desses remédios, e de-pois foi enviado um ofício com a marca, a quantidade e a pre-visão de devolução por parte da secretaria de Bento. É algo comum, pois como a cidade é menor, muitas vezes temos em estoque”, explica a farmacêu-tica da Secretaria de Saúde de Garibaldi, Camila Dalzotto. “É comum haver atrasos nas entregas dos medicamentos, e esses empréstimos ocorrem quando a empresa atrasa a en-trega por pelo menos um mês”, explica Fabiane.

O tema já havia sido debatido na sessão da Câmara dos Ve-readores de Bento Gonçalves, quando a vereadora Neilene Lunelli falou sobre o assunto na tribuna. “Tem muita gen-te que vem reclamar conosco e isso é um absurdo, pois são medicamentos básicos e im-portantes, como para contro-lar a pressão. Já percebi essa falta também quando vou até uma UBS e, além disso, estão faltando médicos também”, co-mentou a vereadora.

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Sábado, 1º de novembro de 201414 Geral

Finados

Um dia de saudade e homenagensCatólicos participam de missas nos cemitérios da cidade no domingo, 2 de novembro, para lembrar dos seus entes queridos

Para milhares de pessoas, o dia 2 de novembro não se tra-

ta apenas de um feriado comum no calendário. Para os católicos, a data representa um período de respeito e orações para fami-liares e amigos que já se foram. Neste Dia de Finados, os cemi-térios de Bento Gonçalves têm uma programação diferenciada. No Cemitério Público Municipal, cerca de 10 mil pessoas são espe-radas para as missas, que serão realizadas mesmo com chuva.

O padre Izidoro Bigolin conta que a data foi definida no sécu-lo XIII para recordar que, de-pois do Dia de Todos os Santos, deve-se rezar pelos que morre-ram. “O ser humano é um ser de relação. Por isso, o Dia de Finados é celebrado também porque, pela oração, permane-cemos em profunda comunhão com os que já partiram. Pode-mos perfeitamente afirmar que é dia de saudade, de fazer me-mória e de professar a fé na res-surreição”, afirma.

Silvia [email protected]

Paróquia estima que aproximadamente 10 mil pessoas visitarão o Cemitério Público Municipal nesta data

Cuidado e dedicação com os túmulos

Cuidar dos locais onde estão os familiares é tradição para Pertile

Mesmo com o calor de 34ºC, muitas pessoas aproveitaram a tarde de quarta-feira, 29 de outubro, para limpar e ajeitar os túmulos de seus familiares.

Agenor Pertile, 72 anos, não se importou com o cansaço e trabalhou durante duas horas no local onde estão enterrados seus pais e tios. Todos os anos, dias antes da celebração de Fi-nados, ele se dedica a esse ob-jetivo. “É uma tradição na nos-sa família, sempre cuidamos bem dos túmulos. Se deixar abandonado, as pessoas po-dem quebrar. Já mandei lim-par uma vez e não ficou bom, então prefiro eu fazer isso. É uma forma de respeitá-los, de mostrar que não nos esquece-mos deles”, comenta.

O músico também faz uma crítica ao Cemitério Munici-pal. “Não é possível engatar a mangueira com conexão, pois a torneira é muito antiga. Vi pessoas idosas precisando car-regar vários baldes de água de cima a baixo”, conta.

Segundo o pároco, a celebra-ção de Finados também serve para que os fiéis façam uma reflexão sobre a vida e a mor-te. “Toda e qualquer missa é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Nas mis-sas de Finados, refletimos que a morte é uma passagem para a vida plena e eterna, e, de acordo com a fé cristã, busca-se deixar clara a impossibilidade de um novo nascimento ou reencarna-ção”, explica.

Mudanças no trânsito

Em função do feriado, ama-nhã o trânsito passará por alte-rações. A rua Marques de Souza terá sentido único Centro/bair-ro, a partir da rua Aquiles Bro-glioli. A rua Humberto Giaco-mello também ficará em sentido único até a rua Elisa Sandri. As demais vias com bloqueios par-ciais estarão devidamente sinali-zadas e com monitoramento de agentes de trânsito. A previsão é que as atividades encerrem por volta das 19h.

Grupo Formolo realiza campanha nos dias 1º e 2

Com o objetivo de estimular as pessoas a dividirem seus sonhos e experiências, o Gru-po L. Formolo lança neste Dia de Finados a campanha “O Que Eu Quero Fazer Antes de Morrer”. O projeto é realizado em parceria com a Associação dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil e com a Prefeitura Municipal de Ca-xias do Sul.

A campanha consiste na co-locação de um painel branco para que as pessoas possam expressar de forma escrita o que gostariam de fazer antes de morrer. Ela acontecerá du-rante os dias 1º e 2 de novem-bro, no Memorial Crematório São José de Caxias do Sul e no Cemitério Público Municipal de Caxias. Ao final do dia 2, o Grupo L. Formolo fará o re-gistro fotográfico dos painéis e disponibilizará as imagens no mesmo dia em seu site www.lformolo.com.br.

O projeto surgiu em 2011, quando a artista americana--taiwandesa Candy Chang per-deu um ente querido. Ela resol-veu criar um quadro negro em uma casa abandonada em New Orleans (EUA) para que as pessoas refletissem sobre seus sonhos e dividissem suas ex-periências. A parede foi total-mente preenchida e continuou crescendo. Com o sucesso do projeto, Candy Chang recebeu centenas de pedidos e decidiu criar um site do projeto para ajudar as pessoas a fazer uma parede na sua comunidade.

Hoje, já foram criados mais de 100 “Before I Die”, traduzi-dos para 10 idiomas e estão em mais de 30 países, incluindo o Cazaquistão, Brasil, África do Sul, Portugal, Japão e Argen-tina. Neste ano a campanha acontece em mais de 70 países simultaneamente. No Brasil, o projeto ocorrerá somente em 39 cemitérios.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 15Geral

Programação de missasPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO

Sábado, dia 1º de novembro16h: Cemitério da Comunidade Santíssima Trindade/Zemith. 18h: missa no Santuário Santo Antônio.

Domingo, dia 2 de novembro7h e 19h: no Santuário8h30min, 10h e 17h: Cemitério Público Municipal 9h: Cemitério das Comunidades Imaculada Conceição/Barracão e Santo Antoninho10h: Cemitério das Comunidades São Miguel e São Pedro no Salgado16h: Cemitério da Comunidade Espírito Santo/Buratti

PARÓQUIA CRISTO REISábado, dia 1º de novembro16h30min: Nossa Senhora de Caravaggio (cemitério)16h30min: Nossa Senhora da Glória (cemitério)18h: Igreja Matriz18h: Igreja São Luís19h: Nossa Senhora das Graças (cemitério)19h: Nossa Senhora das Neves (cemitério)

Domingo, dia 2 de novembro08h: Igreja Matriz10h: São José – Sertorina (cemitério)10h: Santo Antão (cemitério)10h30min: Cemitério Parque11h: Festa na Comunidade Almas dos Purgatório (cemitério)15h: São José – Garibaldina (cemitério)16h30min: São Pedro (cemitério)16h30min: Nossa Senhora da Pompeia (cemitério)18h: Igreja Matriz18h: Santo Antão (cemitério)

PARÓQUIAS SÃO ROQUE E N. SRA. DO ROSÁRIO – FARIA LEMOSDia 30: 19h30min, São Pedro – Linha PaulinaDia 31: 16h, N. Sra. do Rosário

16h, São Luís 17h30min, São Luís 17h30min, N. Sra. Natividade 19h, N. Sra. das Graças – Passo Velho 19h, São Valentim 96

Dia 1º: 15h, São Gotardo 15h, São José 16h20min, Veríssimo de Mattos 16h20min, Santo Antônio – Alcântara 17h30min, São Paulo – Paulina 19h, Vale Aurora 19h20min, Santa Eulália

Dia 2: 8h30min, Faria Lemos 9h, São Roque 10h, São Valentim 10h30min, N. Sra. das Dores – Tuiuty 18h30min, São Roque

Dia 4: 20h, São Pedro 71Dia 5: 20h, Imaculada

Aumento de 10% de vendas nas floriculturas

Para os floristas, o Dia de Fi-nados é uma data importante também em função das ven-das. Iria Gazolla, proprietária da Floricultura Gazolla, afirma que este é o período de maior movimento no seu estabeleci-mento. “Nosso horário precisa ser estendido, principalmente na véspera, e vendemos, em média, 600 a 700 vasos só de crisântemos”, conta. Acréscimo nas vendas registrado também por Márcio Borges, proprie-tário da Floricultura MB, que estima um aumento de 10% em relação ao ano passado. “Ainda não sabemos exatamente por-que o pessoal costuma comprar mais na véspera mesmo”, diz.

O crisântemo é o tipo mais vendido, pois representa a vida e a morte, e também por ser uma flor muito resistente. Em Bento Gonçalves, a faixa de preço dos crisântemos fica en-tre R$ 10 a R$ 18. Para evitar a proliferação de insetos, inclu-sive do mosquito da dengue, Iva Maria Buffon Dal Mass, da Floricultura Flor da Serra, aconselha não utilizar água nas flores. “A melhor opção seria a esponja floral, o pessoal pode comprar nas próprias floricul-turas”, sugere a florista.

Feira das Flores

Evento que já virou tradi-ção no município, a Feira das Flores será realizada mais uma vez hoje. A prefeitura de Bento Gonçalves, através da Secretaria Municipal do De-senvolvimento da Agricultura, promove a comercialização na rua Marechal Deodoro, na Casa do Artesão, entre às 6h e o meio-dia.

Serão vendidas as espécies copo de leite, sempre-viva, cra-vo ou cravínea, mosquitinho, verdes, palmas e trigo, entre outras variedades. A Feira das Flores acontece anualmente na véspera do Dia de Finados e tem como objetivo incentivar a produção de flores de corte pelo pequeno agricultor local.

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Sábado, 1º de novembro de 201416 Geral

Integrantes do Corpo de bombeiros são comandados pelo capitão Sandro Gonçalves da Silva (foto menor)

Anjos da guarda

“O amigo certo nas horas incertas”Corpo de Bombeiros completou 60 anos de esforços e atos de coragem pela população e a cidade de Bento Gonçalves

Leonardo [email protected]

O lema, que dá título a esta reportagem e permaneceu

por anos estampado na sede do Corpo de Bombeiros em Bento Gonçalves, talvez seja a melhor explicação do porque esta é uma das profissões mais bem vistas. Bombeiros são homens e mulheres treinados para dar esperança nos piores momentos. É por isso que no dia 31 de outubro, data que completou 60 anos de atuação da corporação no município, todas as homenagens e agra-decimentos eram válidas.

Para o sargento Rudimar Jorge, 53 anos, 34 deles como bombeiro no 2º Subgrupa-mento de Combate a Incên-dio (2º SCI), o trabalho é para pessoas de boa índole e por isso recebe o reconhecimen-to das pessoas. “Trabalhamos diante da adversidade dos ou-tros, da dor das pessoas. Seja um incêndio ou acidente. Pro-curamos nos doar ao máximo, ao mesmo tempo que precisa-mos não nos envolver emocio-nalmente. Claro que depois, quando voltamos para o quar-tel, é que cai a ficha. Certas situações são bem complica-

das. Mas é muito gratificante poder salvar uma vida, ajudar alguém que está precisando, socorrer o próximo”, avalia o servidor com mais tempo de atuação na cidade.

Apesar da imagem clássica

ser o combate ao incêndio, um bombeiro precisa estar preparado para qualquer si-nistro. Somente neste ano, os servidores de Bento Gon-çalves ajudaram a conter um vazamento de produtos quí-

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Quartel dos bombeiros em Bento Gonçalves em 1962

Em 31 de outubro de 1954, foi inaugurada a Estação de Bombeiros de Bento Gonçalves, em um prédio de madeira de propriedade da prefeitura, com um efetivo de 12 homens.

O primeiro chamado de incêndio para os novos bom-beiros ocorreria somente em 22 de novembro de 1954. Desfile motorizado na avenida Osvaldo Aranha em 1984

2ª Seção de Busca e Salvamento localizada no Fenavinho

A mudança para o atual endereço ocorreu em 5 de ja-neiro de 1959. O novo prédio padrão foi construído pe-la Prefeitura na avenida Osvaldo Aranha, no Juventude.

Em 1965, aconteceria a 1ª Semana de Prevenção Con-tra Incêndios em comemoração ao Dia do Bombeiro, ins-tituído em 2 de julho de 1954.

Com o crescimento da cidade, em 20 de novembro de 2009 seria inagurada a 2ª Seção de Busca e Salva-mento no bairro Fenavinho. O objetivo da segunda sede é diminuir o tempo de resposta nos bairros próximos.

micos no bairro Vila Nova, em fevereiro, auxiliriam casos de destelhamentos, alagamentos e outros prejuízos causados por uma forte tempestade com chuva de granizo, em maio, e atuaram para evitar maiores

danos diante da rebelião no Presídio Estadual, no dia 8 de maio. “Hoje o pessoal está mais consciente e os planos de prevenção funcionam melhor. O maior índice de ocorrência que atendemos é acidente de trânsito. Isso ocorre direto, é todo dia. Isso que agora temos a ajuda do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia) para prestar os primeiros socorros”, relata o sargento Rudimar.

Em sua mensagem aos bombeiros bento-gonçalven-ses, o coronel Eviltom Perei-ra Diaz, comandante do Cor-po de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, destacou que a história do grupamen-to permite prever um futu-ro cada vez mais próspero. “Conscientes da nobre mis-são de proteger a sociedades, fiéis aos preceitos que nos regram e orientam, os inte-grantes de Bento Gonçalves demonstraram, ao longo dos anos, bravura e dedicação na realização das diversas ativi-dades relacionadas ao Corpo de Bombeiros Militar, quais sejam, prevenção, combate a incêndio, busca e salvamento e atividades de Defesa Civil”, enalteceu.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 17Geral

Referência em estrutura e qualificação para o BrasilApesar de estarem prepara-

dos e terem a coragem neces-sária para intervir nas piores situações, os bombeiros con-tinuam humanos. “Bombeiro também tem medo, mas não pode demonstrar. Na hora (da ação) precisamos esquecer de tudo e resolver o problema. Tu é o cara para aquela pessoa que está precisando de ti. Ela te imagina como um salvador. De alguma maneira o bombei-ro tem que resolver. Quando baixa a adrenalina, no quartel, aí, como dizemos, “a casa cai”. Tem ocorrência que é bem complicada”, comenta o sar-gento Rudimar.

É para estar preparado para qualquer situação e evitar o máximos de perdas possível que os bombeiros investem em qualificação e equipamentos. Apenas neste ano, 94% do efe-tivo do município participou de algum curso de aprimora-mento.

No mês de junho, Bento Gonçalves sediou quatro cur-sos de especialização com ins-trutores do Chile e Portugal. “Este aprimoramento técnico e padronização da qualificação do efetivo permite uma ação mais rápida e organizada dos bombeiros. “É notório. Bem treinados e utilizando as técni- Ação Bombeiro Por Um Dia, em julho, simulava resgates com cidadãos

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cas ideais para cada situação, há uma diminuição do tempo de atendimento e minimiza as sequelas da vítima. Cada bom-beiro sabe o que fazer para alcançar o objetivo o mais ra-pidamente”, salientou o co-mandante do 2º SCI, capitão Sandro Carlos Gonçalves da Silva.

Na segunda-feira, 3 de no-vembro, um novo curso de Busca e Resgate em Estrutu-ras Colapsadas (BREC) inicia-rá. Desta vez será ministrado por dois bombeiros america-nos que trabalham na NASA, a agência espacial america-na. “Eles irão nos passar sua experiência e técnicas para atividades em situações de desabamentos, desmorona-mento se deslizamentos. Como transporte de cargas, aberturas de laje e perfurações de pare-des, por exemplo. Para nossa região que é bem acidentada, tem muitos prédios e as encos-tas de morros, é um curso que vem bem a calhar”, explica o capitão Sandro.

No total participarão 30 bombeiros de todo o Rio Gran-de do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Bento Gonçalves terá 10 representantes, sete aprendendo com as aulas e três auxiliando como monitores.

Centro atrai cursos internacionais

A cidade virou referência em cursos de aprimoramento para a corporação devido à constru-ção do Centro de Treinamento para Bombeiros da Serra Gaú-cha, que ainda não está com-pleto. A ideia é que o projeto esteja 75% construído até o fi-nal do ano.

Atualmente, o Centro de Treinamento para Bombeiros da Serra Gaúcha conta com uma torre auxiliar de quatro pavimentos, uma casa de fu-maça, uma pista de busca e resgate em estruturas colapsa-das, uma central de gás e um contêiner de resgate.

O projeto ainda prevê a co-locação do piso de concreto, construção de alojamentos, salas de aula, uma piscina para treinamento de salvamento aquático e mergulho, da parte hidráulica para treinamento de combate ao fogo e de uma torre principal com oito pavi-mentos. “A estrutura é exce-lente e está caminhando para ser a melhor do Rio Grande do Sul”, ressaltou Milton Pithan, sargento do batalhão de Porto Alegre e instrutor de cursos em salvamento e resgate, ain-da em junho.

A atualização e aquisição de novos equipamentos e viaturas do Corpo de Bombeiros, que transformou o subgrupamento da cidade uma referência, é um resultado direto da parceria da corporação com o Poder Mu-nicipal na criação do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom).

Esta implementação foi des-tacada pelo ex-comandante do 2º SGCI, Mauro Moro. “Con-seguimos, em parceria, inse-rir as cobranças das taxas de inspeção, junto ao cadastro do município, implantando uma nova Gestão Financeira nos Bombeiros e qualificando os “Anjos da Guarda” para sal-var vidas e patrimônios, com maior sucesso, segurança e efi-ciência para o atendimento das ocorrências”, afirmou.

A parceria também foi des-tacada pelo prefeito Guilher-me Pasin em suas palavras de congratulações ao aniversá-rio dos Bombeiros na cidade. “Em 2013 e 2014 foram mais de R$ 800 mil empregados

na compra de equipamentos e manutenção da estrutura. É um investimento pequeno se compararmos o trabalho de-sempenhado por esses valoro-sos homens. Temos como polí-tica pública municipal investir constantemente em quem tem um papel tão importante na sociedade, que é o de cuidar das pessoas”, destacou.

O atual comandante afirma que o 2º SCI está a altu- ra da comunidade de Ben-to Gonçalves, para prestar um serviço qualificado e da melhor essência. “É um efetivo de 34 bombeiros dis-postos, com condi-ções e equipamentos do que tem de melhor no Brasil e no mundo. Bem preparados com muito treinamento, pra-ticamente 94% do nosso efe-tivo participou de algum treina-mento neste ano. E com um apoio muito grande

Parceria com a cidade que salva vidas e patrimôniosda nossa comunidade e, como exemplo, cito o nosso Centro de Treinamento. Se hoje podemos receber bombeiros da Nasa, é resultado de todo este apoio. É com muita honra que passo esta data de 60 anos como co-mandante em Bento Gonçal-ves”, afirmou o capitão Sandro.

O comandante do 5º Co-mando Regional de Bombeiros

(CRB), tenente-coronel Cleber Valinodo Pereira, destaca a parceria da comunidade para o crescimento. “Ressalto a so-lidificação das parcerias com a em Bento Gonçalves nos mais diversos segmentos da comu-nidade, alicerçadas pelo reconhecido profissionalis-

mo, que contribui de maneira gigantesca para o enobreci-mento da cidade e da região ao qual está inserido e tornando o grupamento uma referência a outras corporações de bombei-ros em todo o Brasil, exaltou.

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Sábado, 1º de novembro de 201418 Geral

Gigantes à beira de um colapso

Não é de hoje que casos de desmatamento ilegal são retra-tados em diversos pontos de Bento Gonçalves. Segundo da-dos da secretaria de Meio Am-biente, cerca de dois novos casos são registrados todos os meses.

Uma situação saltou aos olhos dos moradores do bairro Hu-maitá na última semana. Para a construção de um edifício do projeto Minha Casa, Minha Vida, na esquina entre as ruas Alagoas e Ezilio Michelin, cerca de 250 árvores foram cortadas,

causando grande indignação entre os habitantes do local. Se-gundo relatos, diversos exem-plares de plantas que foram ceifadas seriam de espécies protegidas por lei, o que causou muito desagrado na vizinhan-ça. “Já haviam nos informado de que algumas dessas árvores não poderiam ser derrubadas, era contra a lei. Um dia sim-plesmente ouvimos o som das serras elétricas e quando olha-mos pela janela, grande parte das plantas já haviam sido des-

truídas”, relata a dona de casa Marisol Nunues Vieira, de 52 anos.

De acordo com o secretário da SMMAM, Signor, após a apu-ração de uma denúncia, fiscais da prefeitura foram até o local para fazer uma averiguação. “O desmatamento para a execução da obra está devidamente licen-ciado e dentro dos requisitos exigidos pela lei. Segundo o lau-do expedido pelos técnicos, ne-nhuma das árvores do local era de espécie protegida”, explica.

os troncos e com cerca de 50% de sua base já consumida pela ação do tempo e por cupins. Em caso de queda, existem grandes chances de que ela caia sobre a fiação elétrica que passa ao seu lado.

Por tempo indeterminado

A cena também preocupa o ativista ambiental Gilnei Rigotto. Segundo ele, é impossível prever por quanto tempo uma árvore previamente declarada como morta pode resistir antes de cair. “Depois de feita a avaliação, onde foi constatado que a árvore não produz mais seiva, inicia-se um

processo no interior da planta que faz com que ela fique frágil, podendo cair a qualquer instan-te sem a necessidade de ventos fortes ou intervenção humana”, explica.

Casos como esse são presen-ciados em diversos outros pontos da cidade, o que causa grande indignação aos moradores, como a costureira Narli Maria Borges de Souza, de 45 anos. Para ela, as árvores que apresentam risco deveriam ser cortadas e, em seu lugar, uma nova deveria ser plan-tada. “É muita sorte não termos feridos por árvores com o tempo-ral de sábado, analisando a força do vento que atingiu a Serra, é praticamente um milagre estas

árvores ainda permanecerem no lugar”, comenta.

Narli cita como exemplo de re-moção e plantio bem executados um caso acontecido no bairro Vila Nova II há cerca de três me-ses. “Tínhamos o mesmo proble-ma. Uma árvore linda, porém condenada, nos assustava a cada chuva que se aproximava. Fize-mos a solicitação à SMMAM, que prontamente fez a remoção da árvore e plantou outra de porte menor no local”, destaca.

Para a aposentada Lisi Berto-lotti, que reside nas proximida-des do Umbu condenado, o ris-co de queda fica claro, porém, a vizinhança sentirá muita falta da sombra proporcionada pela ár-

Desde cedo aprendemos re-gras básicas como olhar

para os dois lados antes de cru-zar a rua e atravessar sempre em faixa de pedestres. Agora, o cidadão bento-gonçalvense está prestes a adicionar mais uma norma de segurança a essa lista: verificar as condições das árvores antes de passar por per-to delas. De acordo com laudos técnicos executados pela Secre-taria do Meio Ambiente (SM-MAM), apresentados no início de outubro, existem mais de 30 árvores com risco de queda em diversos pontos da cidade, den-tre estas, três delas podem cair a qualquer momento.

Além do perigo de queda, grande parte das árvores con-denadas têm galhos muito pró-ximos à fiação de alta tensão, o que representa um risco adicio-nal. Um nítido exemplo disso é o Umbu (Phytolacca dioica), árvore popularmente conhe-cida como Maria Mole, loca-lizada entre a rua 13 de Maio e a travessa Antônio Ducatti. Com seus 50 anos de vida, a árvore recebeu sua última poda há dois anos, quando foi cons-tatado que se encontrava em péssimo estado de conservação devido às obras de alteração executadas no calçamento que envolvia sua base. Durante os anos seguintes nada foi feito na tentativa de reverter a situação da árvore que, hoje, está mor-ta, com enormes fissuras entre

vore nos finais de tarde, quando vários moradores reuniam-se ao seu redor para tomar chimar-rão. “É um belo exemplar que cumpriu muito bem o seu papel. Embelezou a cidade, ajudou a fil-trar o ar e nos privilegiou de po-der desfrutar da calmaria de sua sombra em dias agitados. Como tudo na vida é um ciclo, se está vivo um dia pode morrer e nossa amiga aqui chegou ao fim de seus dias. Só espero que a prefeitura faça o plantio de outra em seu lu-gar”, comenta.

Nas mãos do prefeito

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor, o setor já tem estudos de todas as árvores que necessitam de re-moção na cidade, porém, entra-ves burocráticos ainda impossi-bilitam a remoção das plantas condenadas para o replantio. “Um estudo já vem sendo exe-cutado desde meados de 2013 para avaliar as condições de di-versas árvores na cidade. O que tem causado alguns entraves na realização dos cortes foi um pe-dido solicitado pelo gabinete do prefeito para que esta questão em específico fosse analisada e decidida pelo gabinete. Tenho plena certeza de que até o final deste ano apresentaremos uma solução para este problema”, explica.

O secretário também ressalta que, assim que as plantas com risco de queda forem removidas, no prazo de 10 dias, novas árvo-res serão plantadas.

Humaitá

Perigo iminente

Mais de 30 pontos da cidade possuem árvores com risco de queda, sendo que três delas podem cair a qualquer momento

Moradores denunciam desmatamento

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Corte de árvores para construção de prédio desagrada aos moradores

O Umbu localizado na rua 13 de Maio causa preocupação aos pedestres que trafegam pelo local

Cristiano [email protected]

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Sábado, 1º de novembro de 2014 19Geral

Três bairros com pavimentação

Mais três bairros de Ben-to Gonçalves devem re-

ceber pavimentação dentro do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC). As obras vão benefi-ciar os moradores dos bairros Santa Helena, Santa Marta e Fátima. O anúncio foi feito na quarta-feira, 29 de outubro, pelo prefeito Guilherme Pa-sin, durante o encontro com moradores dos bairros São Roque, Aparecida e Nossa Se-nhora da Saúde.

De acordo com o prefeito, serão mais sete ruas pavi-mentadas, dentro da Meta 2 do Lote 1 do projeto. Nesta fase, serão asfaltadas as ruas Guilherme Fontanari, João Cogorni, Marcos Valduga, Raymundo Carvalho, Herme-negildo Poloni, Elias Tadeu Dall’Onder e Francisco To-masi. O investimento na me-lhoria será de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 240 mil em recur-sos próprios do município e o restante financiado através de verba federal. O edital de licitação vai ser lançado nos próximos dias e a previsão é de que as obras iniciem nos primeiros meses de 2015. A expectativa é de que até 2017, 74 ruas sejam pavimentadas.

Ordem de serviço

Ainda na quarta-feira, foi assinada a Ordem de Serviço para a empresa Concresul,

Asfalto do PAC

Após a licitação no São Roque, prefeito anuncia que trabalhos vão iniciar no Santa Helena, Santa Marta e Fátima

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Pasin explicou como serão as melhorias no São Roque e anunciou a pavimentação em mais três locais

vencedora da licitação, iniciar os trabalhos de pavimentação de ruas no bairro São Roque. A previsão é de que o can-teiro de obras comece a ser instalado nos primeiros dias deste mês.

O projeto foi apresentado pelo secretário de Governo, Enio de Paris, e pelo enge-nheiro Simão Carraro. Eles explicaram como será feito o trabalho, que deverá ser con-cluído em 120 dias, as fases e os critérios de escolha das ruas. Os moradores também tiveram a oportunidade de esclarecer as dúvidas dire-tamente com os gestores e representantes da empresa licitada.

O prefeito Guilherme Pasin destacou a importância do projeto. “A pavimentação me-lhora a trafegabilidade e pro-porciona mais qualidade de vida para a população. Priori-zamos o asfaltamento das vias que ligam os bairros entre si e ao Centro da cidade, prin-cipalmente aquelas por onde passa o transporte coletivo, que vai se tornar mais ágil no deslocamento e no grau de efi-ciência da prestação do servi-ço para a população”, afirma.

Pasin ainda solicitou a compreensão dos moradores com os transtornos temporá-rios que serão causados pelo projeto de melhorias, que irá valorizar ainda mais as propriedades.

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Sábado, 1º de novembro de 201420 Geral

O desafio de recuperar a ERS-431

Um financiamento do Go-verno do Estado junto ao

Banco Mundial, no valor de R$ 30 milhões, deve por um pon-to final nos problemas da ERS 431, que liga Bento Gonçalves a Guaporé e há décadas sofre com as influências do homem e da natureza.

Hoje, provavelmente, não seria escolhido este trajeto para a abertura de uma es-trada, principalmente porque a tecnologia evolui muito e é possível fazer um estudo deta-lhado do solo, da ocupação, do impacto, enfim, uma série de variáveis. Conforme relatório da Equipe de Projetos de Pa-vimentação do Departamento Autônomo de Estradas de Ro-dagem (DAER), que fez uma avaliação de risco geológico da ERS-431, na localidade de Santa Bárbara, seis pontos vão passar por recuperação, a exemplo do quilômetro 13,5, trecho que sofreu uma inter-venção de engenharia já con-cluída, após um desmorona-mento em novembro do ano passado. Inclusive, este ponto não estava no estudo.

Segundo levantamento feito no local do desmoronamen-to, um dos prováveis motivos para que o solo cedesse seria a obstrução de uma tubula-ção de concreto responsável pelo escoamento. A água re-tida nestas encostas contribui significativamente para o au-mento da pressão nos solos, podendo causar deslizamen-tos. “Fica o alerta para que não se faça intervenção na área da faixa de domínio do DAER e muito menos realize obras ou modifique o sistema de escoa-mento e drenagem” comenta o superintendente regional, Adalmiro da Silva Neto.

O risco de movimentação da

Rodovias

Projeto de R$ 30 milhões do Governo do Estado prevê obra definitiva para por fim aos problemas ocorridos na estradaLEO

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Foram utilizados 19.768 m³ de rochas detonadas para o preenchimento da área e evitar novas inundações

Números de uma obra complexaO trecho recuperado, que te-ve um investimento de R$ 1.549.937,90, movimentou 13 caminhões, 4 escavadei-ras, 2 tratores de esteira e vários profissionais. No total, foram 1.195 viagens de ca-minhão para retirada do ma-

terial e 1.650 viagens de ca-minhão para preenchimento com rocha.O material saturado que foi re-tirado e encaminhado ao “bota fora” somou cerca de 28 tone-ladas e foram utilizados cerca de 19.768 m³ de rocha detonada

para o preenchimento.Foram 90 dias de trabalho, sendo que destes mais de 20 dias com chuva o que por vá-rias vezes acionou o sistema de alerta de enchente, pois as equipes trabalharam seis me-tros abaixo do nível do rio.

As intervenções previstas na ERS-431Ponto 1 (km 19,6 ao

19,8) - como em alguns pontos da estrada são atin-gidos pela subida do nível d’água do rio Taquari, as me-didas a serem adotadas para contenção passam por rea-lizar um desvio do eixo viá-rio e uma cortina sobrepos-ta por um muro de gabiões, além da drenagem horizon-tal profunda.

Ponto 3 (km 12, 2 ao 12, 35) - o projeto também prevê um desvio do eixo viá-rio e uma cortina com dre-nagem horizontal profunda.

Ponto 4 (km 19,14 ao 19,48) - neste ponto o projeto de contenção ado-ta uma solução geométrica, com serviços de terraplena-gem e enrocamento (que é um maciço composto por blocos de rocha compacta-dos, usado como proteção contra a erosão) a montan-te do talude (que é a inclina-ção que fica com o lado pa-ra a água).

Galeria RFFSA km 11,96 ao 12,16 - o projeto prevê a construção de uma dupla ga-leria de concreto.

Km 17,4 ao 17,49 - Pon-te sobre o Arroio Claudino

Ponte sobre o Arroio Santa Bárbara (km 18,98 ao km 19,09 - esta ponte é apontada como um pro-blema, devido às cabeceiras, tanto pelo estudo anterior como pela avaliação atual. Não basta construir as ca-beceiras, em razão da insta-bilidade do terreno de fun-dação. A obra vai ser mais complexa, pois exige estru-turas de contenção e aterros de aproximação, para garan-tir segurança aos usuários.

Pontos 2 (km20,34 ao 21,25), 5 (km 18,7 ao 18,75) e 6 (km19,96 ao 20,08) - já foram executa-dos pelo governo estadual.

encosta, principalmente com o volume de chuvas e o corte de vegetação nativa, também existe em outros pontos. Um relatório realizado para avalia-ção de risco geológico apontou que antes do tão sonhado as-faltamento em toda a extensão da ERS-431, algumas obras tão ou mais complexas do que a que foi realizada recentemen-te devem ser feitas em outros pontos apontados por técnicos.

Os estudos contemplam seis pontos de ocorrência de mo-vimentos do solo (sendo que dois já foram executados e um foi constatado estável) e um ponto de interseção entre a ro-dovia ERS-431 e a rede ferro-viária e também duas pontes, uma sobre o arroio Claudino e outra sobre o Arroio Santa

Barbara. A avaliação tem por base um estudo realizado por uma empresa em 2006/2007 e conforme a vistoria realizada nos locais anteriormente apon-tados, serão feitos ajustes nos projetos.

Novos pontos

Segundo Neto, dois novos pontos, que não possuem pro-jeto, ainda, também serão alvo de obras. Estes dois pontos foram identificados nos quilô-metros 20 e 22 da rodovia, e apresentam as mesmas carac-terísticas que é uma trinca na pista. A rachadura do quilô-metro 20 chega a 70 metros de extensão, chegando em alguns pontos a 2mm de abertura e no km 22 chega a aberturas maio-

res, na ordem de 5 milímetros.O que chamou a atenção dos

técnicos é que em ambos os pontos na margem da rodovia há plantações de bananeiras, que podem afetar a estabilida-de do solo, pois o agrupamento desta vegetação permite uma maior infiltração de água, fa-cilitando a saturação dos mes-mos, provocando o movimento do solo.“Outra ação comum na região, apontada pelos téc-nicos, que contribui para a diminuição da resistência do solo é a remoção da cobertura vegetal, que deixa as encostas mais sujeitas à ocorrência de escorregamentos e erosão em comparação com aquelas en-costas em que a vegetação foi preservada” explica o superin-tendente do DAER.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 21Geral

Iniciaram nesta semana, as obras de recapeamento da ERS-444, num trecho de aproxima-damente 1,8 mil metros entre os quilômetros 3 e 5, que ligam a Alameda Fenavinho até o tre-vo do bairro Barracão, passando pelo bairro Eucaliptos e o aces-so à Linha Cruzeiro. A empresa contratada pelo Departamento Estadual de Estradas de Roda-gem (DAER), esta realizando a fresagem e recomposição asfál-tica da pista. Os serviços devem ser concluídos em uma semana, caso as condições climáticas se-jam favoráveis.

Em julho deste ano, o prefeito Guilherme Pasin, acompanhado do secretário de Governo, Enio

Rodovias

Daer inicia recuperaçãodo asfalto da ERS-444

Presídio Estadual

Mais espaço para a leitura dos apenadosAproximadamente 4,5 mil exemplares estão à disposição dos detentos

Foi inagurada na tarde desta quinta-feira, 30 de outu-

bro, a ampliação da Biblioteca do Presídio Estadual de Ben-to Gonçalves. Com o apoio da prefeitura e do Conselho Co-munitário de Execuções Pe-nais, a ação pretende auxiliar na educação e resocialização dos apenados. A casa prisional foi contemplada com recur-sos federais, através do proje-to Pontos de Leitura. O valor, destinado a investimentos em estrutura e aumento do acervo, foi de R$ 20 mil.

“Com esta verba que recebe-mos junto à Secretaria Muni-cipal da Cultura, conseguimos revitalizar e informatizar a nos-sa biblioteca. São aproximada-mente 4,5 mil exemplares que estão à disposição dos deten-tos, dos visitantes, dos agentes penitenciários e de toda a co-munidade carcerária”, salien-tou Carmen Lúcia Denardi, do Conselho Comunitário de Exe-cuções Penais.

Para a titular da Vara de Exe-cuções Criminais (VEC), juíza Fernanda Ghiringheli de Azeve-do, parabeniza o conselho por, apesar de todas as dificuldades, conseguir revitalizar a bibliote-ca. Segundo a magistrada, está

Leonardo [email protected]

Biblioteca é ferramenta de ressocialização da comunidade carcerária

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é uma iniciativa importante para a educação e recuperação dos detentos.

O administrador prisional Edson Righi destacou que esta ligação entre a comuni-dade de Bento Gonçalves e os apenados é essencial. “Apesar de tudo que ocorreu este ano, sempre mantivemos ativa a biblioteca e as aulas no pre-sídio. Com meus 20 anos de carreira no sistema prisional, posso afirmar que esta casa é a de melhor estrutura que eu conheci. Graças à dedicação

dos professores e do com-prometimento dos apenados. Este aporte da comunidade é essencial para se desenvolver um bom trabalho e promover a ressocialização dos nossos detentos”, comenta o diretor.

O projeto Pontos de Leitu-ra faz parte do Programa Mais Cultura, do Ministério da Cul-tura (MINC), que visa desen-volver atividades para o fortale-cimento, estímulo e incentivo à leitura em diversos locais, como presídios, associações comuni-tárias, entre outros.

De Paris, entregaram à Secreta-ria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seinfra) e ao Depar-tamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) uma série de reivindicações para melhorias nas rodovias de acesso a Bento Gonçalves. Entre os pedidos es-tava este trecho do acesso leste do município via Barracão, além de outras providências, como a implantação de redutores de velocidade na mesma rodovia e a construção do trevo de acesso ao bairro Fátima pela rua Arcido Garbin, que deve ser asfaltada pelo município no ano que vem. Após o recapeamento serão re-colocados tachões no eixo da pista e a pintura horizontal.

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Sábado, 1º de novembro de 201422 Geral

Educação

Aluna de Bento é destaque nacional

Entre mais de 20 milhões de alunos de todo país,

a bento-gonçalvense Bruna Curzel, 14 anos, vem se des-tacando na Olimpíada Nacio-nal de Língua Portuguesa. A aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Helena representa a região Sul na competição e já garantiu a medalha de bronze. Agora, ela viaja segunda-feira, 3 de no-vembro, a Maceió para dispu-tar a medalha de prata.

A olimpíada desenvolve ações de formação de profes-sores com o objetivo de contri-buir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras. O evento consiste em um concurso de produção de textos, que pre-mia alunos de escolas públicas de todo o país. Nesta edição, participam professores e alu-nos do 5º ano do Ensino Fun-damental ao 3º ano do Ensino Médio nas categorias Poema no 5º e 6º anos, Memórias no 7º e 8º anos, Crônica no 9º ano e 1º ano e Artigo de opi-nião no 2º e 3º anos. A compe-tição é uma iniciativa do Mi-nistério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com

Bruna Curzel, da escola Santa Helena, representa a região Sul na Olimpíada de Língua Portuguesa e já garantiu o 3º lugar

Silvia [email protected]

Projeto resgata a história de Celita Fontanari

A professora Claudete foi quem coordenou a tarefa e auxiliou Bruna

A aposentada participou de um bate-papo com os estudantes, respondendo perguntas sobre a sua vida

Na olimpíada, Bruna se ins-creveu na categoria “Memória Literária”, cuja tarefa seria es-crever um texto sobre alguma pessoa de importância históri-ca da comunidade. Na escola do bairro Santa Marta foi es-colhida a bento-gonçalvense Celita Terezinha Todeschini Fontanari, 85 anos, filha do fundador da fábrica Todeschi-ni de acordeões, Luís Mateus Todeschini.

A convite da escola, Celita participou de um bate-papo, em que os alunos lhe entrevis-taram. A partir dessas respos-tas, os estudantes tiveram em-basamento para escrever um texto literário. “A ideia era fa-zer um texto mais poético, não tão informativo, com o qual a pessoa fosse ler e se encantar”,

coordenação técnica do Cen-tro de Estudos e Pesquisas em Educação (Cenpec).

O trabalho é intenso e come-çou ainda em maio, quando a estudante do 8º ano escreveu sua redação sobre a história de Celita Terezinha Todeschi-ni Fontanari. “Precisamos tra-balhar nas férias também, mas gostei muito da atividade, pois melhorou muito meu texto. Sempre gostei muito de portu-guês, tive bastante facilidade. Gosto de ler e escrever, então nunca foi uma matéria difícil”, afirma a estudante.

Para o desafio, ela também contou com o apoio dos pais, Rosilene e Altemar Curzel. “Acho que minha mãe ficou mais feliz que eu, ficou real-mente muito orgulhosa”, revela.

A tarefa fazia parte da dis-ciplina de Língua Portuguesa e foi coordenada pela profes-sora Claudete Maria Richeti Rigo, que também orientou os alunos através de mídias so-ciais, como Facebook, What-sapp e e-mails. “Foi bom, pois assim me atualizo também”, brinca a professora.

Para Claudete, a etapa mais difícil foi o aprimoramento do texto. “Pois precisamos tra-balhar quase individualmente

com alunos, é bem árduo. O objetivo dessa olimpíada era promover ações para aprimo-rar a leitura e a escrita. Re-cebemos todo o material do MEC, inclusive um caderno virtual, e também participa-mos de várias oficinas. Traba-lhamos todos os recursos que precisamos para construir um texto narrativo, foi bem inte-ressante”, comenta.

Segundo a professora, o foco não era a premiação, mas sim a aprendizagem. Por isso, para ela, a conquista de Bruna também serve como um estí-mulo para os outros alunos. “Sei que é difícil e concorrido, então acho que incentiva não só alunos, mas todo mundo. Às vezes não acreditam que é possível, pois são muitos con-correntes. Os próprios alunos não acreditavam que pode-riam chegar nessa fase. Mas o fato mais importante é que a gente evolui muito. Percebi essa melhora tanto em mim quanto neles”, afirma.

Claudete, Bruna, alunos e toda a direção da escola agora estão na expectativa de con-quistar a medalha de prata. “E também vamos conseguir o ouro lá em Brasília, no dia 5 de dezembro”, comenta a profes-sora, confiante.

explica a professora Claudete.Celita contou sobre sua vida

em meio à fábrica e sobre a paixão pela música. Uma pa-ralisia infantil comprometeu sua ida à escola e isso fez com que seu pai lhe inserisse no mundo da música. Assim, aos oito anos, ela ganhou seu pri-meiro acordeon cor-de-rosa e já ensaiava algumas notas.

Em 1971, um incêndio con-sumiu a fábrica. Com o es-forço da família e de outros sócios, a empresa renasceu focada na produção de mó-veis. Hoje, o empreendimen-to não pertence mais à famí-lia de Celita e na entrevista com os alunos a aposentada ressaltou que é motivo de or-gulho relembrar sua história de vida.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 23Geral

As consequências da impunidade

Outra situação que desagrada os moradores da Linha Burati é a falta de encanamento para escoar o esgoto que, atualmen-te, causa diversos problemas na via. Por não existirem barreiras de contenção de material ade-quado próximas ao esgoto, bas-ta uma simples chuva para que a pista se torne um verdadeiro duto de escoamento de líquidos com forte odor.

Segundo Silva, por diversas vezes foram encaminhados pedidos para a solução junta-mente à Secretaria de Viação e Obras Públicas (SMVOP), mas até o momento a situação con-

tinua a mesma. “Já considera-mos essa uma batalha perdida. Desanimamos porque encami-nhamos pedido após pedido e nada é resolvido”, lamenta.

De acordo com a SMVOP, cerca de 80% do esgoto da ci-dade permanece sem tubula-ção adequada. A estimativa é de que a obra de encanamento dos fluídos na via seja efetuada em 2015.

Risco de queda

Não bastassem os proble-mas com lixo e esgoto relata-dos pelos moradores, quem

trafega pela Linha Burati também é surpreendido com a aterrorizante visão de gran-des rachaduras no muro de uma pedreira. A estrutura está prestes a ceder.

Segundo relatos, a empresa que trabalhava no local en-cerrou as atividades há mais de 30 anos, deixando apenas o muro de contenção. Duran-te todo o período posterior nenhuma atividade de ma-nutenção foi efetuada, o que eleva o risco de queda da es-trutura e deixa os habitantes em estado de alerta quando chove.

administração pública. Gesto-res vêm e vão e o que sobra para nós é continuar acreditando em suas promessas de campanha de que um dia algo será feito”, protesta. Da Silva salienta a ne-cessidade de uma fiscalização mais rigorosa para que novos pontos de descarga não sejam abertos ao longo da estrada. “Não adianta apenas fechar o ponto no início da via e deixar os outros diversos abertos e sem fiscalização. Uma solução definitiva como cercados na beira dos pontos mais críticos

ou a instalação de câmeras de segurança para pegar os infra-tores no flagrante que poderia ser facilmente instalada em um dos postes já ajudaria”, explica.

Um problema antigo

Para a aposentada Maria Garbuio, que reside na linha há mais de 50 anos, o sentimento é de abandono e descaso do poder público com os morado-res locais. “Esse é um proble-ma tão antigo que nem lembro mais quando fizemos a primei-

ra reclamação para a prefeitu-ra. A história é sempre a mes-ma, que não existem formas de fiscalização e punição a menos que sejam pegos no flagra.Até que ponto essa situação tem que chegar para que algo defi-nitivo seja feito?” questiona.

Para Enio Pasquali, que se mudou recentemente para a rua, o cheiro forte oriundo do apodrecimento dos materiais e a grande quantidade de roe-dores e insetos no local causam muito desagrado. “Quando cheguei, há cerca de um ano,

A indignação de quem já vive há mais de uma déca-

da combatendo o desrespeito ambiental é nítida no rosto de mais de 22 famílias do bairro Borgo. Os moradores se depa-ram, diariamente, com mais de 12 pontos de lixo descartado ile-galmente pelos pelo curto tre-cho de 10 quilômetros da Linha Burati. A sensação, de acordo com relatos, é de completa im-potência porque, segundo a Secretaria de Meio Ambiente (SMMAM), a menos que o in-frator seja flagrado no ato e de-nunciado, não é possível tomar nenhuma atitude.

O ponto mais problemático seé encontrado logo no começo da via. Por se tratar de um ter-reno particular, de fácil acesso e por sua geografia íngreme, ver-dadeiras montanhas de lixo de todo tipo rolam morro abaixo frequentemente.

A cobrança por um posicio-namento do poder público para acabar com o problema já faz parte da vida de Francismar Ignacio da Silva. O morador, que se diz cansado de ver tanta impunidade com os infratores, tenta, há mais de década, junto à SMMAM uma resposta que ajude a dar um desfecho para o caso. “Quanto mais eu tento ajudar e resolver o problema, mais eu me decepciono com a

quase não existia lixo no bar-ranco ao lado do meu terreno. Em questão de poucos meses presenciei a descarga de mais de seis caminhões carregados de entulhos. Sinceramente, eu temo pela saúde de minha fa-mília por termos que morar ao lado de tanta sujeira. Já temos planos para nos mudarmos de novo”, diz.

Limpeza em 30 dias

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Luiz Au-gusto Signor, a secretaria não dispõe de um quadro de fun-cionários capaz de fiscalizar todos os pontos de descarga ilegal de lixo. “É inviável para a prefeitura no momento dis-ponibilizar pessoal para esse tipo de atividade, quanto me-nos investir em equipamentos como câmeras de segurança que custam em torno de R$ 30 mil para entrarem em funcio-namento”, explica. Segundo o secretário, dentro de 30 dias a secretaria fará um mutirão para recolher o lixo que se en-contra na parte superior da via.

“As pessoas precisam en-tender que basta uma simples ligação para a secretaria que nós enviaremos um caminhão imediatamente para recolher os entulhos. Não há necessi-dade descarregar em terrenos baldios e poluir a natureza”, salienta.

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Borgo

Despejo ilegal de entulho e falta de punição aos responsáveis desagrada moradores da Linha Burati há mais de uma década

Falta de encanamento causa revolta

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Aproximadamente 22 famílias estão expostas ao lixo descartado ilegalmente nos 10 quilômetros da via

Falta de contenção lateral de esgoto na pista causa vários alagamentos

Cristiano [email protected]

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Sábado, 1º de novembro de 201424 Geral

Valor de multas aumenta até 900%

com a desculpa de que é para dar mais segurança ao moto-rista, por que não investem em consertar essa vergonha que eles chamam de rodo-via?”, questiona.

As multas para quem for pego disputando corridas ile-gais ou rachas também ficou mais severa. Com a alteração do artigo 308 do CBT, a pe-nalidade antiga de seis meses a três anos de detenção pas-sará para seis anos de prisão, multa e proibição de se obter

permissão para dirigir. “Acho válido cobrar uma punição mais adequada aos infratores. Eles precisam entender que além de estarem se colocando em perigo, podem acabar des-truindo a vida de muita gente pela sua irresponsabilidade”, comenta a balconista Maiara Pacheco.

A nova regulamentação também define que em caso de reincidência, dentro de perío-do de um ano, o valor da pe-nalidade aplicada deve ser do-

brado, ou seja, em casos mais graves o valor pode atingir R$ 3.830,60. A nova lei traz preo-cupação para o taxista Marcos Duz. Para ele, um erro simples como a execução de uma ma-nobra perigosa não poderia ter uma multa tão expressi-va. “Me deparo diariamente com pessoas fazendo retorno fora do local adequado. Essa é considerada uma manobra de risco pelos órgãos regulamen-tadores. Não concordo que esse erro simples tenha uma

O bolso dos motoristas mais “apressadinhos” ou que

provocarem situações de risco no trânsito está prestes a ficar mais vazio. A partir de sába-do, 1º de novembro, passa a vigorar a sanção presidencial de uma lei que altera o valor das multas em 11 artigos do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). O aumento em algumas das penalizações pode chegar 900% do valor atual.

As alterações mais expres-sivas são a mudança no valor das multas para quem for pego realizando uma ultrapassa-gem pelo acostamento, que passa de R$ 127,69 para R$ 957,70, aumento de 650%, e forçar ultrapassagem de risco, que era de R$ 191,54 e foi para 1.915,40, registrando assim aumento de 900%. Para o De-partamento Estadual de Trân-sito (Detran), as alterações efetuadas pela nova medida elevará a segurança para pe-destres e motoristas, e preser-vará a infraestrutura urbana.

Para o motorista Sergio Cabral Keller, a alteração no valor das multas é mais uma alternativa que o governo acha para tirar dinheiro do contribuinte. “Ao invés de au-mentar o valor das multas e impostos como sempre fazer

penalidade tão alta quanto à aplicada para quem disputa rachas por exemplo”, protesta.

A alteração é vista com bons olhos pelo secretário de Ges-tão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro. Segun-do ele, os infratores sentem muito mais quando a penali-dade não é apenas de poucos pontos na Carteira Nacional de Habilitação. “Acredito que quanto maior o valor da mul-ta, mais respeito e prudência o motorista terá para não a infringir. Vivemos em uma so-ciedade onde nos deparamos, na maioria das vezes, com leis muito brandas e de efeito se-reno. Esse novo regimento vem na contramão de tudo isso”, explica.

O secretário também enfa-tiza as possibilidade da dimi-nuição nos valores totais gas-tos pelo Poder Público com acidentes de trânsito. “O Custo Brasil em acidentes está entre os dez mais caros do mundo. Talvez com este aumento as economias se tornem nítidas em cenário nacional”, destaca.

O projeto, de autoria do de-putado federal Beto Albuquer-que (PSB), já tramitava pelo Poder Público desde meados de 2007. A iniciativa visa a di-minuição nos acidentes com mortes no Brasil, que nos úl-timos 10 anos tiveram um au-mento de 41%.

Infrações

Reajuste da penalização de 11 artigos do Código Brasileiro de Trânsito passa a vigorar a partir de hoje, 1º de novembro CRISTIA

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Agora a multa para quem for flagrado forçando ultrapassagem de risco passa a ser de R$ 1.915,40

Cristiano [email protected]

O que muda: Artigo 173: disputar corrida.Penalidade: multa de R$

1.915,40 (aumento de 233%), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo

Artigo 174: promover demons-tração de perícia, eventos e exibi-ção, ou deles participar, como con-dutor, sem permissão da autoridade.

Penalidade: multa de R$ 1.915,40 (aumento de 900%), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo.

Artigo 175: demonstrar ou exi-bir manobra perigosa, mediante ar-rancada brusca, derrapagem ou fre-nagem com deslizamento de pneus.

Penalidade: multa R$ 1.915,40 (aumento de 902%) suspensão

do direito de dirigir e apreensão do veículo

Artigo 191: forçar passagem en-tre veículos que, transitando em sen-tidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao realizar ultrapassagem

Penalidade: multa de R$ 1.915,40 (aumento de 900%) e suspensão do direito de dirigir

Artigo 202: ultrapassar pelo acostamento ou em passagens de nível e intersecções

Penalidade: multa de R$ 957,25 (aumento de 400%).

Artigo 203: ultrapassar pela con-tramão nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; nas faixas de pedestre; nas pontes, viadutos ou

túneis; parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas, cruza-mentos; ou onde houver marcação viária longitudinal de divisão de flu-xos opostos do tipo linha dupla con-tínua ou simples contínua amarela.

Penalidade: multa de R$ 957,25 (aumento de 400%).

Artigo 292: a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isola-da ou cumulativamente com outras penalidades

Artigo 302: praticar homicídio culposo na direção de veículo au-tomotor

Penalidade: reclusão de dois a quatro anos e suspensão ou proi-

bição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Artigo 303: praticar lesão cor-poral culposa na direção de veícu-lo automotor

Penalidade: aumenta-se a pena de 1/3 à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo primeiro do artigo 302.

Artigo 306: conduzir veículo au-tomotor com capacidade psicomo-tora alterada em razão da influên-cia de álcool ou de outra substância psicoativa.

Parágrafo II: a verificação do dis-posto neste artigo poderá ser ob-tida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, pe-

rícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.

Parágrafo III: o Contran disporá so-bre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do cri-me tipificado

Artigo 308: participar na direção de veículo, em via pública, de corri-da, disputa ou competição automo-bilística não autorizada pela autori-dade competente, gerando situação de risco.

Penalidade: detenção, de seis me-ses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir.

FONTE: CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN)

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Sábado, 1º de novembro de 2014 25Segurança

No início do mês, as ope-rações Apache e Mento já haviam desarticulado um esquema de tele-entrega de cocaína que lucrava apro-ximadamente R$ 300 mil. A investigação resultou em nove prisões e a apreensão de mais de 3kg de cocaína, oito veículos utilizados para en-trega e R$ 11 mil.

Apesar de entender que o tráfico de entorpecentes não irá cessar, a delegada Maria Isabel acredita que as ope-rações deste mês resultaram em um grande baque para

este mercado negro. “En-quanto existir quem compre a droga, sempre aparecerão novos traficantes. Porém um esquema desta proporção acredito que irá demorar um bom tempo para ser reesta-belecido”, argumentou a titu-lar da delegacia especializada no tráfico de drogas em Ben-to Gonçalves.

As investigações das opera-ções Mento e Apache foi ini-ciada ainda no ano passado e resultou em nove mandados de prisão e oito de busca e apreensão em cinco bairros.

“Esquemas irão demorar a serem reestabelecidos”

O mês de outubro ficará mar-cado na memória dos agen-

tes da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) de Bento Gonçalves pelo sucesso no combate ao tráfico de drogas. As operações Apache, Mento e Cadeado prenderam os líderes de duas quadrilhas de narcotráfico e apresentaram apreensões expressivas.

É importante compreender que algumas destas investi-gações ocorriam há meses, restando ao mês de outubro o cumprimento de mandados. “Tivemos 28 pessoas presas, sendo que 23 já estão com a prisão temporária ou preven-tiva decretada pelo Poder Ju-diciário de Bento Gonçalves. Tivemos 67kg de maconha, mais 3,7kg de cocaína, mais de R$ 30 mil, mais de 10 veículos, cinco armas de fogo e inúme-ras munições de diversos cali-bre apreendidos”, enumerou a delegada Maria Isabel Zerman, titular da 1ª DP.

Na mais recente operação, denominada de Cadeado, o setor de investigação da 1ª DP interceptou, ainda na madru-gada de terça-feira, 28, um Vo-yage que transportava 50kg de maconha pela ERS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha. Na tarde daquele mesmo dia, mais 17kg da droga seriam apreendidos durante o cum-primento de um mandado de busca e apreensão em uma re-

sidência de Pinto Bandeira.Na manhã de quinta-feira,

30 de outubro, a apreensão seria complementada com a prisão dos traficantes que atuariam em Bento Gonçal-ves. “Esta ação foi a continua-ção da operação Cadeado, que apreendeu 67kg de maconha e teve um preso em flagrante na terça-feira. Estes dois homens presos preventivamente hoje (quinta-feira) seriam os dois lí-deres da quadrilha”, informou a delegada Maria Isabel.

As investigações apontaram que a quadrilha trazia a ma-conha de Balneário Camboriú (SC) para abastecer traficantes de Bento Gonçalves e outros municípios da Serra. Conside-rados peças importantes do es-quema, Felix Simões de Olivei-ra, de 37 anos, foi capturado no bairro Santa Helena, enquanto José Ribeiro da Silva, de 38, foi

Delegada Maria Isabel exaltou a eficiência e os números das operações Ambos os presos na quinta-feira eram apenados do regime semiaberto

Drogas

Polícia fecha cerco a traficantesEm 20 dias, operações da Polícia Civil realizaram 28 prisões e desarticularam esquemas de entrega de cocaína e maconha

Leonardo [email protected]

detido em Tamandaré. Ambos eram apenados do re-

gime semiaberto, condenados por tráfico de entorpecentes, e utilizavam tornozeleiras eletrô-nicas. Este é o primeiro registro de reincidência criminal entre os beneficiados com o equipa-mento de monitoramento.

Além dos três presos, ainda existem outros três mandados de prisão preventiva remeti-dos. “A Operação Cadeado ini-ciou no começo de setembro quando passamos a monitorar esta quadrilha que tinha como foco o fornecimento para ou-tros traficantes. As vendas di-retamente para usuários eram muito poucas. Toda esta droga apreendida (os 50kg que es-tavam no Voyage) tinham por destino estas duas pessoas que realizariam a redistribuição da droga em Bento Gonçalves”, explicou a titular da 1ª DP.

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Sábado, 1º de novembro de 201426 Segurança

Crime de Pinto Bandeira

Um detido é suspeito da morte de Pedro Ferrari, enquanto o outro é acusado de receptação dos produtos roubados

Leonardo [email protected]

A investigação da 2ª Dele-gacia de Polícia (2ª DP)

conquistou dois importantes passos para a elucidação da morte de Pedro Ferrari, 80 anos, ocorrida durante um as-salto em sua propriedade, em Pinto Bandeira, no dia 9 de outubro. A ação policial desta semana resultou nas prisões de um acusado de tráfico de dro-gas e receptação de produtos oriundos do crime e de outro dos três suspeitos de participa-ção no latrocínio (roubo segui-do de morte).

O primeiro delinquente foi surpreendido no final da tarde de quinta-feira, 30 de outubro, quando os agentes da Polícia Civil o flagraram vendendo maconha na praça Centenário. Conforme o delegado Álva-ro Becker, titular da 2ª DP, o acusado vinha sendo monito-rado há algum tempo. “Havia suspeitas de que ele estaria es-condendo em sua casa alguns objetos levados da propriedade de Pedro Ferrari. Fizemos um acompanhamento e hoje (quin-ta-feira), com mandado de bus-ca e apreensão decretado pela Justiça, o capturamos enquan-to ele estava realizando tráfico de drogas na praça Centenário. Na casa foram encontradas mais drogas, além dos objetos levados”, resumiu a ação.

Durante o cumprimento do mandado na residência da

rua Augusto Tonello, no bair-ro Borgo, foram recuperadas duas guitarras, um violão, um monitor e um estabilizador de um computador. Também fo-ram apreendidos meio tijolo de maconha, uma balança de precisão, cartuchos de muni-ções e três celulares.

Conforme o delegado Becker, o jovem de 20 anos será acusa-do pelos crimes de receptação e tráfico de entorpecentes.

Tráfico aosolhos de todos

Durante a ação na praça Cen-tenário também foram detidos

um rapaz de 19 anos, acusa-do de ser cúmplice na ação de tráfico de drogas, e outros dois jovens por posse de en-torpecentes (um deles uma menina menor de idade).

O delegado Álvaro Becker admitiu que o comércio e uso de drogas na praça Centená-rio é um problema que a se-gurança pública precisa con-trolar. “Aquilo se tornou uma terra de ninguém. É realmen-te um local para se dar uma atenção especial para o tráfi-co. Está muito solto e a céu aberto o comércio de drogas naquela região”, opinou o ti-tular da 2ª DP.

Produtos do latrocínio foram recuperados na casa de acusado de tráfico

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Daian Domann de Lima foi capturado em Caxias do Sul na sexta-feira

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Prisões em investigação de latrocínio

Na manhã de sexta-feira, 31, uma ação conjunta da 2ª DP de Bento Gonçalves com o setor de de inteligência da Brigada Mi-litar (BM), resultou na prisão de Daian Domann de Lima, 22 anos. Ele um dos três suspeitos do latrocínio de Pedro Ferrari.

Lima estava foragido desde o dia 9 de outubro, quando, após o crime em Pinto Bandeira, foi perseguido por policiais milita-res no bairro Progresso. O acu-sado conseguiu fugir, porém precisou abandonar uma mo-chila contendo produtos do cri-me (como joias e uma espingar-da calibre .32) e seu documento de identificação.

Sua captura ocorreu por volta das 11h30min na rua Belmiro Zanrosso, no bairro Pôr do Sol,

Segundo suspeito da morte é capturado em Caxias

em Caxias do Sul. Ele permane-cerá detido em Caxias do Sul até a próxima segunda-feira, 3 de novembro, quando será trazido para Bento Gonçalves para ser interrogado pela Polícia Civil.

A investigação do latrocínio de Pedro Ferrari já havia resul-tado na prisão preventiva de Alex Celeoni Ferrari, 20 anos, capturado no dia 13 de outubro no bairro Planalto. Na época do fato, surgiu a informação que o acusado seria neto da vítimam, porém o delegado não confir-mou nem negou o parentesco.

A investigação da 2ª DP ainda procura por um terceiro envol-vido no latrocínio. O delegado Álvaro Becker só deverá se pro-nunciar sobre a nova prisão após ouvir o depoimento do acusado.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 27Segurança

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Balanço das estatísticas

Criminalidade segue crescendoApesar do impacto da Operação Retomada da Brigada Militar, ocorrências mais graves voltam a acontecer no município

Leonardo [email protected]

Diante de um aumento das ocorrências de roubos e

homicídios que alarmou a po-pulação em Bento Gonçalves, a Operação Retomada da Brigada Militar (BM) conseguiu reesta-belecer a sensação de segurança no município. Porém, após um período de aparente calmaria, relatos de ocorrências mais gra-ves voltaram a surgir nos noti-ciários da cidade.

Os principais fatos se refe-rem a tentativas de homicídio, com feridos por faca e disparos de arma de fogo. Na segunda--feira, 27 de outubro, após 71 dias, um novo homicídio foi registrado na cidade. A morte do repórter Noemir Leitão foi o 20º assassinato em Bento Gonçalves neste ano.

No início da manhã de quarta-feira, 29 de outubro, mais uma pessoa foi baleada na cidade. Conforme as infor-mações da BM, por volta das 6h45min, uma moradora do bairro Eucaliptos caminhava pela rua Ari da Silva, em di-reção ao seu trabalho, quando encontrou um homem baleado pedindo por socorro.

Leandro Busatto, 38 anos, foi socorrido pelo Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado em es-tado grave para o Hospital Tac-chini. A vítima havia sido atin-gida com seis disparos de arma de fogo no peito e nas pernas. Na tarde de sexta-feira, 31 de outubro, Busatto se encontrava em um quarto do hospital e não corria risco de morte.

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Ocorrências com disparos de arma de fogo voltaram a ser registradas

Estatísticas não apresentam grandes alternânciasCom exceção das ocorrên-

cias de homicídio, os demais números contabilizados pelo 3º BPAT mostram pouca di-ferença nas comparações en-tre os meses e o ano passado. “A maioria dos crimes é rela-cionado ao tráfico de drogas. Só que, apesar dos esforços da Brigada Militar e pela Po-lícia Civil, enquanto existirem

usuários, ou seja, pessoas querendo comprar a droga, sempre aparecerá gente para vender. Quando prendemos um traficante, logo outro sur-ge no seu lugar. É um negócio que lucra alto”, explica o capi-tão Zdruikoski.

Outro ponto problemáti-co apresentado pelo subco-mandante do 3º BPAT é a

facilidade dos delinquentes em ficarem livres. “Quando ocorrem os crimes as pessoas cobram da polícia. Porém, quantos dos presos durante a Operação Retomada con-tinuam recolhidos? É muito delinquente na rua. Está in-suportável e insustentável. A sociedade precisa rever este sistema atual”, opinou.

Homicídios e roubos preocupam

Para o comando do 3º Bata-lhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT), infeliz-mente, o retorno dos relatos de violência são considerado nor-mais. Afinal, a Operação Reto-mada, que contou com um re-forço de efetivo do Pelotão de Operações Especiais (POE) de Caxias do Sul, não poderia ser mantida para sempre.

O capitão Reni Onírio Zdrui-koski, subcomandante do 3º BPAT, ressalta que o empenho da BM em coibir a criminali-dade sempre foi o mesmo. “Na verdade, o que trouxe o clamor de insegurança foi o número de homicídios e roubos ocorridos em um curto espaço de tempo. A Operação Retomada conse-guiu estancar este problema e reestabelecer a sensação de se-gurança. Porém, as estatísticas mostram que a criminalidade em nenhum momento teve grandes alternâncias”, relata.

A avaliação do comando do 3º BPAT é que, após se escon-derem diante da ofensiva da Brigada Militar nos meses de agosto e setembro, os crimino-sos retornaram as suas ações. “Nossa percepção é bem clara. Atuamos prioritariamente nos pontos de venda de droga pois eram nestas redondezas que estavam ocorrendo os homicí-dios. Com algumas exceções, estes crimes estão sempre re-lacionados com pessoas que vi-vem as margens da lei. É uma pena, mas não temos fôlego para manter a operação Reto-mada ad eternum”, conclui.

* NÚMEROS ATUALIZADOS ATÉ 24 DE OUTUBRO

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Sábado, 1º de novembro de 201428 ObituárioFalecimentos

GENTILIO TECCHIO, no dia 24 de Outubro de 2014. Natural de Nova Bassano, RS, era filho de Valentin Tecchio e Joanna Remostro Tecchio e tinha 76 anos.

NOEMY COMIM, no dia 25 de Outubro de 2014. Natural de Nova Bassano, RS, era filha de Guilherme Comim e Sylvia Albiero e tinha 86 anos.

OSVALDO MARQUES DE OLIVEIRA, no dia 25 de Outubro de 2014. Natural de Barros Cassal , RS, era filho de Abel Marques de Oliveria e Amalia Alves de Oliveira e tinha 80 anos.

PEDRO BALDO, no dia 26 de Outubro de 2014. Natural de Muçum, RS, era filho de João Baldo e Giolesia Bordignon Baldo e tinha 89 anos.

CLODOVEO BALBINOT, no dia 26 de Outubro de 2014. Natural de Veranópolis, RS, era filho de João Balbinot e Thereza Gado e tinha 90 anos.

IGNES GRAPILHA, no dia 26 de Outubro de 2014. Natural de Nova Sardenha - Farroupilha, RS, era filha de João Grapilha e Thereza Grapilha e tinha 83 anos.

THEREZINHA TESSER SCHLICHTING, no dia 26 de Outubro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Olivio Tesser e Cecilia Pegoraro Tesser e tinha 88 anos.

VICTORINA BUGALLO LUCHESE, no dia 26 de Outubro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de José Bugallo e Helena Bressan Bugallo e tinha 73 anos.

NELSA MARIA CRIPPA LUNARDI, no dia 27 de Outubro de 2014. Natural de Guaporé, RS, era filha de José Reynaldo Crippa e Maria Mangoni Crippa e tinha 88 anos.

AVELINO DIDONÉ, no dia 27 de Outubro de 2014. Natural de Veranópolis, RS, era filho de João Dindoné e Regina Tonin e tinha 89 anos.

BENJAMIN ROMAGNA, no dia 27 de Outubro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Julio Ricieri Romagna e Josephina Grasselli Romagna e tinha 82 anos.

HORACILDA VIEIRA ROBALO, no dia 27 de Outubro de 2014. Natural de São Borja, RS, era filha de Hermelino Guimaraes Robalo e Enedina Viera Robalo e tinha 51 anos.

NOEMIR ANTÔNIO RIBEIRO LEITÃO, no dia 27 de Outubro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Inoeme Clides Ribeiro Leitão e Maria do Carmo Cunha e tinha 49 anos.

ALCIDES ADOLFO RAFFAINER, no dia 27 de Outubro de 2014. Natural de Monte Belo - Bento Gonçalves, RS, era filho de Angelo Raffainer e Lucia Felix e tinha 79 anos.

NELY MICHELIM LOPES, no dia 29 de Outubro de 2014. Natural de Santiago, RS, era filha de Ancelmo João Michelim e Aurea Boeira Michelim e tinha 77 anos.

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Sábado, 1º de novembro de 2014 29Obituário/Publ. Legais

Segurança

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Sábado, 1º de novembro de 201430

[email protected]@flavioluisferrarini.com.br

DenisedaRéFlávioFerrarini

“Um Golpe do Destino” (The Doctor)

Ouvi, certa vez, que o médico é um presta-dor de serviços assim como qualquer outro e que, como tal, deve discutir com o seu cliente – no caso, o paciente – quais são as possibi-lidades de tratamento, qual a melhor opção e assim por diante, dando-lhe a oportunidade de escolha, do mesmo modo como se discute com o engenheiro o projeto de uma obra.

Na realidade, pelo fato de trabalhar com o bem mais precioso – a vida – queira ou não, ele carrega uma aura de mistério que o torna diferente. Ele tem o conhecimento e o poder nas mãos e é o mensageiro das boas e más notícias, tornado-se quase um semideus para a maioria de nós.

Mas isso não é o que importa. O que inte-ressa realmente a quem depende do médico – e todos nós dependemos – além da com-petência, é que ele tenha uma empatia com

o doente e muita paciência, porque o momento em que se está numa cama de hospital é de absoluta fragi-lidade. A vaidade desce pelo ralo (ou se espalha no chão do quarto por fal-ta de caimento no piso do banheiro) e, tomando ple-na consciência de que matéria é fei-ta, a pessoa se sen-te um grande zero à esquerda.

No filme “Um Golpe do Destino”, essa si-tuação é mostrada com crueza. William Hurt interpreta um médico intangível, inacessível, superior a tudo e a todos, que vê seus pacien-tes como números em um papel ou como lei-tos de hospital, e só os reconhece pelo tipo de enfermidade. Mas eis que um dia, ele se descobre um mortal comum: sua tossezinha chata é, na verdade, um câncer na garganta.

A partir daí, o Dr. Jack (Hurt) passa a vi-venciar o outro lado da história, sentindo na pele como é enfrentar a burocracia do sistema e a indiferença dos médicos, o que é esperar por uma consulta, pelos resulta-dos dos exames e pela perspectiva de um tratamento.

Aos poucos, o doutor vai se recuperando e seu comportamento com seus próprios pa-cientes, se transformando. Então ele quer mudar o sistema. Como chefe do corpo clí-nico, obriga os residentes a “se internarem” por um período de tempo, cada um com uma “doença” diferente, tendo que se submeter a todos os procedimentos normais. Com isso ele espera que aconteça a humanização dos profissionais da saúde.

“Um golpe do Destino” é um filme de fácil identificação. Afinal, quem já não passou por uma situação dessas?

Você, não? Tudo bem! Não “desanime”! Vai chegar a sua hora.

Sei que é besteira, mas…Essa crônica é para que você esqueça um pouco

essa guerra sem fim entre coxinhas e petralhas em que não há vencedores e nem derrotados, apenas o ódio impotente e infeliz….

Coisa de poucos dias fui com meu filho rever o lugar onde nasci. Olhando, não o reconheci. Está tudo diferente. Derrubaram tudo.

Sobrou apenas um de alicerce de pedra, o últi-mo vestígio do que um dia foi o casarão da família Ferrarini.

Acho que você também tem uma casa que um dia foi posta abaixo. Quem sabe a velha casa com sótão dos bisavós, a casa azulejada dos avós que tinha um parreiral de chuchu na horta ou a casa simples dos pais com papagaio e cachorro con-versando na garagem vazia. Pode ser a casa onde moravam apenas os fantasmas da sua infância ou, então, a casa boas lembranças, cujas paredes aju-dam a manter as esperanças em pé.

Talvez, não seja exatamente uma casa, mas um castelo de ilusões implodido pela dinamite da razão.

Pois aconteque que a casa onde nasci foi posta abaixo por homens fortes, munidos de pés-de-ca-bra e corações de ferro.

Sentei-me com meu filho sobre o alicerce de pe-dra, a lápide que sepultava o meu passado.

Puxado pela memória, subi a escadinha de ma-deira que dava para a sala de visitas. Entrei pé--ante-pé (a porta não tinha fechadura). Encontrei mamãe curvada sobre a máquina de pedal, cos-turando a camisa volta-ao-mundo com a qual me exibiria aos olhos da Laurinha na grande festa em honra a São Paulo, na comunidade do Paredes.

Em seguida, fui para o meu quarto que ficava no final do corredor comprido como a Missa do Galo. Não encontrei ninguém. O menino devia estar se divertindo na festa (é domingo). A aquarela na pa-rede me mostra um bonito sol pintado com cara de choro e sobre a cabeceira da cama com colchão de palha de milho adivinho a imagem de São Jorge subjugando o dragão.

Desci os degraus da escada e continuei a procu-rar minhas memórias.

Os enormes cinamonos que ladeavam o caminho dos dois lados, lembra? Foram arrancados. Fiquei imaginando o vaivém do trator levando embora aqueles galhos todos. Nem as duas palmeiras que meu avô plantou, uma em cada canto, para vigiar a casa, foram poupadas.

Lembra do pergolado que formava uma espécie de galeria e emprestava um ar romântico à casa? Não ficou nem sinal dele. Simplesmente sumiram com ele.

Sabe aquele matagal, lá em cima, perto do parrei-ral? Virou lavoura. Levaram embora até as pedras.

E o córrego que dava uma semi-volta na casa, onde testei meu primeiro anzol de tostão? Tam-bém não existe mais. Foi canalizado. Desapareceu.

Lembra a casa dos Fabianos em frente a nos-sa? Continua lá. Só que não é mais a mesma com suas janelas de arcos arredondados e lambrequins. Plantaram outra moderna no lugar.

– Pai, você está bem? – perguntou-me meu filho, tirando-me daque estado imersivo.

Respondi que sim, com uma lasca do alicerce da casa que me viu nascer, bem firme no punho fe-chado. É que naquela hora meu deu um aperto e arranquei um pedaço da pedra. Eu sei que é bes-teira, mas é tudo o que sobrou do que um dia foi a minha casa. Não importa que tenham demolido a casa, minhas melhores lembranças continuam morando nela.

Somos um povo de ressuscitados

Quando as luzes do mundo se apagam, surge a au-rora do definitivo. O que perturba não é propriamen-te a morte, mas o que vem depois. Para o dramaturgo Shakespeare, depois dela, o mistério, o silêncio...

Na visão da filósofa, o ser humano é doente, porque sabe que vai morrer. È confisco geral... Não se trata de perder só aquilo que temos, mas também aquilo que somos . Ela rompe nossa ligação com o passa-do, com a família, com o mundo. É o doloroso fim de uma festa que jamais se repetirá. A morte deve tam-bém vista como lógica. São Francisco, o santo da fra-ternidade universal saudou a chegada da morte, com apenas 44 anos, acolhendo-a, não como assassina e ladra, mas que nos toma e entrega ao Pai...

Existem duas curvas existenciais. A primeira con-templa a pessoa que nasce, cresce, desenvolve, ama-durece, envelhece e morre. Esta a curva biológica. Na Segunda curva – a espiritual: a vida inicia pequena, vai crescendo indefinidamente e se perde na eterni-dade... Dentro da vida biológica, como numa casca, vai se desenvolvendo a outra vida. Corpo e alma não são passíveis de separação, mas paralelas. É uma só história, um só destino.

O doente, em seu último e definitivo estágio, é denominado terminal. Na realidade, nascemos com um prazo de validade. Morremos um pouco todos os dias. A maioria das pessoas pensa, “ tenho muito tempo pela frente...” Na realidade não podemos ter tanta certeza assim. O tempo é um dom de Deus, que nos é dado para o nosso crescimento. Nesta decisiva partida não há prorrogação, como no futebol.

A morte é a maior de todas as crises. É o instan-te das coisas claras. Muitos morrem em meio ao so-frimento e à frustração: jovens irrealizados, vitimas da violência, anonimamente, sem oportunidades na vida. A única alternativa é a FÉ...

Todas estas possibilidades estão presentes na vida. A morte torna definitivo aquilo que a pessoas foi. Não será Deus quem vai salvar ou condenar ... Ele respei-tará nossas escolhas...

É míope a visão de dois tempos distintos: antes e depois. Nossa morte não acontecerá só num dia, ela acontece um pouco todos os dias...

A morte é o espelho contra o qual vemos a própria vida. Dá seriedade e gravidade para tudo o que fa-zemos. Não se repete a existência. Não se trata de querer consolar os fracos... É a revelação de um amor maior. Abre-se para o ser humano o continente da fé. Ela é a luz que ilumina as trevas que podem circundar a morte.

“Neste dia de finados, convido todos a pensarmos sobre a vida.”

AssuntaDeParis

Morrer sempre foi doloroso. Pensar na morte doi... Porém, na medida em que pensarmos no dom da vida, ela é vivida de modo diferente...

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.948

Fimma Brasil 2015EM sua 12ª edição a FIMMA BRASIL vai

intensificando os trabalhos de divulgação e projeção do encontro junto aos profissio-nais do setor da cadeia produtiva madeira e móveis. Dirigentes da feira vem marcando presença em atividades aqui e no exterior informando os atrativos do evento e as opor-tunidades de negócios oferecidas aos parti-cipantes. Os trabalhos constantes de pro-moção entre outros iniciaram na MOSTRA AFFEMAQ, em Linhares, Espírito Santo, realizada com sucesso de 14 a 16 de outubro 2014 onde o encontro itinerante de máqui-nas, ferramentas e acessórios permitiram aproximar o relacionamento com parceiros e prospectar alianças, entre as quais ações internacionais com Itália e Peru, viabilizan-do negócios. POR sua vez a FIMMA BRASIL através de seus dirigentes acompanhou a 6ªedição do Salão Internacional de Compo-nentes e Acessórios para a Indústria Move-leira-SICAM-intensificando contatos com seus mais de 500 expositores, de cerca de 33 países. Outubro repleto de atividades!

No Peru - a FenaforBUSCANDO ampliar o número de visitan-

tes, no período de 23 a 25 de outubro 2014 a FIMMA BRASIL participou no Peru da FE-NAFOR que considerou altamente positiva. A FIMMA BRASIL mais de duas décadas de experiência tem o compromisso com a ino-vação para promover um encontro diferen-ciado - rico em oportunidades. Esta é a linha de ação que a feira objetiva compartilhar com profissionais e visitantes de diversos se-

tores da cadeia produtiva nacional e mundial diz Volmir Dias presidente da FIMMA BRA-SIL que acontece na Fundaparque em Ben-to Gonçalves RS de 16 a 20 de março 2015, evento promovido pela MOVERGS entidade liderada pelo presidente Ivo Cansan e equi-pe. Na qualidade de maior feira no gênero da América Latina e a 5ª maior do mundo o presidente Volmir Dias - Volttoni Móveis - destaca que mais de 600 marcas exposito-ras, empresários brasileiros e em torno de 40 países se farão presentes. Com tecnologia de ponta e novidades a feira deverá superar os 300 milhões de dólares em negócios. Prepa-re-se! É Bento na frente!

MM - o design inovador EM constante evolução e criatividade a

designer Marta Manente titular da MM De-signer & Assessoria continua investindo com qualidade em projetos e produtos contem-plando com novidades o setor moveleiro en-tre outros. Participante de renomadas feiras quer na Itália ou Alemanha, além do Brasil Marta Manente juntamente com sua equipe de dedicados profissionais ao longo de seus 10 anos de existência - comemorados em 15 de outubro último - representam o conhecimen-to e requinte da inovação e tendências reve-lando a moda para o mercado moveleiro. - É o Stúdio Marta Manente em ação comemoran-do 10 anos de destacada existência! Parabéns

Forte de copacabanaA arte é a inspiração e lenitivo para a alma

e o resultado fonte de beleza e trabalho har-mônico estampado na tela! Com esta linha de

atuação a artista plástica bento-gonçalvense Adda Toschi Pompemayer participará com suas artísticas obras da Xª EXPOSIÇÃO NA-CIONAL DE ARTES PLÁSTICAS promovi-do pela ALA - Academia Latino Americana de Arte - a ter lugar de 8 a 23 de novembro 2014. O evento cultural e a convite do Cura-dor e presidente da ALA - Fábio Porchat terá como cenário a Praça Cel. Eugenio Franco, 01 – Copacabana-posto 6. Mais uma vez a arte e talento de AddaToschi Pompermayer se fará presente, na Exposição Coletiva, no Rio de Ja-neiro desta feita nas comemorações alusivas aos 100 anos de existência do Forte de Copa-cabana. Parabéns Adda e sucesso!

Corrida noturna e monumento

COMO já anunciamos o CIC-BG diretoria liderada pelo presidente Leonardo Gior-dani e dentro das comemorações de seu CENTENÁRIO promove a 1ª CORRIDA NOTURNA de Bento Gonçalves de todas as idades e sexo, que acontece neste sábado, dia 1º de novembro 2014, as 20h30min. Com largada e chegada em frente à Prefei-tura e percorrendo diversas ruas da cidade. Inscrições junto a Sparkling Night Run. DESTACANDO o crescimento empresarial e seu potencial socioeconômico, trabalho e empreendedorismo o CIC-BG vai contem-plar a comunidade com um MONUMEN-TO alusivo aos 100 anos, que será erguido junto a Praça Pe. Rui Lorenzi - em frente à Igreja Cristo Rei-Cidade Alta. Sua inaugu-ração será dia 20 de novembro. Uma obra de arte lapidada em pedra de mármore pela

artista bentogonçalvense ELOISA TREG-NAGO. É uma homenagem aos empreen-dedores, a trajetória histórica do CIC-BG. Méritos aos seus associados!

Lions - Bingo Beneficente

COM dezenas de valiosos brindes, o LC Bento Gonçalves FÊMINA INTEGRAÇÃO e LC Bento Gonçalves CIDADE DO VINHO, promovem na sexta-feira, 7 de novembro 2014, às 19h30min, no Salão Paroquial Santo Antônio, BINGO BENEFICENTE. O resulta-do de grande alcance social vai contemplar as entidades: Lar do Ancião, Projeto Auxílio Visão e Escola Nª Sraª Salete. Cartela- 8 ro-dadas a R$ 10.- A causa é nobre! Fraternal abraço a CªL Vilma Sacchett e CL Nelson Bor-tolini. Parabéns e sucesso!

Festival do ChoppE a Amabento-Associação dos Moradores

do Bairro São Bento- liderada pelo presi-dente Zeferino Pastore, promove no dia 08 de novembro 2014, às 21h30min no CTG Laço Velho o 6º Festival do Chopp animado pela Banda Brilho de Teutônia O cardápio terá como companheiro caneco especial Balca de Arvorezinha-RS. Alegria e chopp a cargo de Eduardo da Original Bier Caxiense. Informe-se 99873613 e prestigie!

IGVariedades

A FRASEA prepotência é tão vergonhosa e

nefasta quanto à falta de caráter! (.)

Sábado, 1º de novembro de 2014

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EditorialEficiência policial retrata o trabalho feito pela polícia, mesmo com pouco efetivo

CRISTIAN

O M

IGO

N

Primeiro Caderno ......................32 páginasEsportes ....................................8 páginasEmpresas & Empresários ............4 páginasSaúde & Beleza ..........................8 páginasCaderno S ................................ 12 páginas

Copa Serrana

Esportivo enfrenta o Juventude hoje à tarde

Empresas&Empresários

Capa S

A determinação dePriscila Kleinpaul

Caderno S

Prevenção

Fique atento aos riscos do AVC

Saúde & Beleza

Tratamento

Os efeitos colaterais da quimioterapia

Saúde & Beleza

Meio Ambiente

Mais de 30 árvores correm risco de cair

Página 18

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado1º DE NOVEMBRO DE 2014ANO 47 N°3076R$ 3,00

64 páginas

Corpo de Bombeiros

60 anos a serviço da comunidade

Guarnição de Bento Gonçalves comemora aniversário sendo referência nacional

Páginas 16 e 17