015 Estudodecaso–Gestãodotempoemprojetosdecálculoestrutural,Utilizandoosconceitosdopmbokecorrentecrítica

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

    ESCOLA POLITCNICA

    DCC/SEGRAC

    ESTUDO DE CASO GESTO DO TEMPO EM PROJETOS DE

    CLCULO ESTRUTURAL, UTILIZANDO OS CONCEITOS DO

    PMBOK E CORRENTE CRTICA.

    Antnio Si lvr io De Souza Neto

    Humberto Augusto Correia Vieira

    2006

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    ESTUDO DE CASO GESTO DO TEMPO EM PROJETOS DE CLCULO

    ESTRUTURAL, UTILIZANDO OS CONCEITOS DO PMBoK E CORRENTE

    CRTICA.

    Humberto Augusto Correia Vieira

    Antnio Si lvrio de Souza Neto

    Monografia apresentada no Curso de

    Ps-Graduao em Gerenciamento de

    Projetos, da Escola Politcnica, da

    Universidade Federal do Rio de

    Janeiro.

    Orientador

    Alexsandro Amarante da Silva

    FortalezaAbril, 2006

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    ESTUDO DE CASO GESTO DO TEMPO EM PROJETOS DE CLCULO

    ESTRUTURAL, UTILIZANDO OS CONCEITOS DO PMBoK E CORRENTE

    CRTICA.

    Humberto Augusto Correia Vieira

    Antnio Si lvrio de Souza Neto

    Orientador

    Alexsandro Amarante da Silva

    Monografia submetida ao Curso de Ps-graduao em Gerenciamento de Projetos, da

    Escola Politcnica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos

    requisitos necessrios obteno do ttulo de Especializao em Gerenciamento de

    Projetos.

    Aprovado por:_________________________________________

    Prof. Eduardo Linhares Qualharini

    _________________________________________

    Prof. Lysio Sllos Costa Filho

    _________________________________________

    Prof. Fernanda Veras Costa

    _________________________________________Prof. Alexsandro Amarante da SilvaOrientador

    FortalezaAbril, 2006

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    SOUZA NETO, Antnio Silvrio de.; VIEIRA, Humberto AugustoCorreia.

    Estudo de Caso Gesto do Tempo em Projetos deClculo Estrutural, utilizando os conceitos do PMBoK eCorrente Crtica / SOUZA NETO, A. S. de. e VIEIRA, H. A. C.Fortaleza: UFRJ/EP, 2006.

    ix, 41f.: il.29,7;Orientador: Alexsandro Amarante da SilvaMonografia (especializao) UFRJ/Escola

    Politcnica/Curso de Especializao em Gerenciamento deProjetos, SEGRAC, 2006.

    Referncias Bibliogrficas: f. 411. Corrente Crtica 2. Gerenciamento do Tempo 3.

    Diagramas de Rede I. SILVA, A. A. II. Universidade Federaldo Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Ps Graduao emGerenciamento de Projetos. III. Especialista

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    DEDICATRIADedicamos este trabalho aos que nunca tm

    tempo, pois necessitam descobrir como administrar

    o pouco tempo que possuem.

    Dedicamos tambm quelas pessoas que

    possuem tempo em excesso para que possam

    descobrir como geralmente conseguem desperdi-

    lo e findam por no ter tempo algum.

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    AGRADECIMENTOS

    Ao meu pai que simbolizou para mim, em pouco tempo

    de convivncia, a retido de se portar diante da vida.

    minha me que suportou ao meu lado os momentos

    difceis quando meu pai faltou.

    minha mulher que tem tornado minha estrada mais

    tranqila e serena.

    Ao meu filho que, com seu exemplo de dedicao aos

    estudos, reavivou em mim a busca pelo saber.

    E, por fim a Deus, que colocou todas essas pessoas em

    meu caminho.

    Humberto Augusto Correia Vieira

    Aos meus pais pela persistncia e combatividade emminha educao formal, bem como a forte referncia de

    valores passada atravs de exemplo irrefutvel.

    A minha mulher e meu filho em lembrana as minhas

    ausncias.

    Aos colegas da turma e dos grupos de trabalho que

    tornaram mais ricos os momentos de aprendizado e

    trocas de experincias.

    Antnio Si lvrio de Souza Neto

    Agradecemos especialmente ao nosso orientador que nos ajudou a construir este

    trabalho colaborando com seu conhecimento e a todos os que forneceram as

    informaes necessrias para que este trabalho pudesse ser realizado.

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    RESUMO

    ESTUDO DE CASO GESTO DO TEMPO EM PROJETOS DE CLCULO

    ESTRUTURAL, UTILIZANDO OS CONCEITOS DO PMBoK E CORRENTE

    CRTICA.

    Humberto Augusto Correia Vieira

    Antnio Si lvrio de Souza Neto

    Resumo da Monografia submetida ao corpo docente do curso de Ps-graduao em

    Gerenciamento de Projetos - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como

    parte dos requisitos necessrios obteno do ttulo de Especialista em

    Gerenciamento de Projetos.

    Este trabalho busca demonstrar, atravs das tcnicas de Diagramas de Rede,

    Gerenciamento do Tempo, segundo PMBoK e Corrente Crtica, como gerenciar melhor

    os prazos em um escritrio de projetos.

    Utilizou-se para este estudo de caso, as atividades ocorridas em um escritrio de

    projetos de clculo. Objetivou-se identificar os problemas que impedem um

    desempenho adequado na elaborao dos projetos, definindo duraes mais reais e

    uma seqncia melhor para as atividades, quando se trabalha em mltiplos projetos e

    melhorar o prazo mdio de cada projeto que mais se aproxima da realidade.

    Palavras-chave: Corrente Crtica, Gerenciamento do Tempo e Diagramas de Rede.

    FortalezaAbril, 2006

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Padro do Diagrama de Flechas.................................................................. 6

    Figura 2 Representao de um modelo de CPM ....................................................... 7

    Figura 3 Representao de um Diagrama de Blocos ................................................. 9Figura 4 Atividades em seqncia para um mesmo recurso .................................... 11

    Figura 5 Atividades em multitarefa para um mesmo recurso.................................... 11

    Figura 6 Desperdcio de folgas em atividades seqenciais ...................................... 12

    Figura 7 Desperdcio de folgas em atividades paralelas. ......................................... 12

    Figura 8 Organograma da empresa da equipe de projetos ...................................... 21

    Figura 9 Linha de tempo e perodo de anlise dos projetos ...................................... 23

    Figura 10 EAT de um projeto de clculo. ................................................................. 24

    Figura 11 Pacotes de um projeto de clculo ............................................................ 24Figura 12 Pacotes de projeto de clculo (cont.) ....................................................... 25

    Figura 13 Pacotes de um projeto de clculo (cont.) ................................................. 26

    Figura 14 Croquis esquemtico ............................................................................... 33

    Figura 15 Desmembramento do Clculo e Detalhamento........................................ 33

    Figura 16 - Portiflio de projetos ................................................................................. 36

    Figura 17 - Organograma final da Empresa ................................................................ 38

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Exemplo de um Bloco-Padro..................................................................... 9

    Quadro 2 Definio das atividades .......................................................................... 18

    Quadro 3 Seqncia das atividades ........................................................................ 18

    Quadro 4 Estimativa de recursos das atividades ..................................................... 19

    Quadro 5 Estimativa de durao das atividades ...................................................... 19

    Quadro 6 Elaborao do cronograma ...................................................................... 20

    Quadro 7 Controle do cronograma........................................................................... 20

    Quadro 8 Matriz de Responsabilidades ................................................................... 35

    Quadro 9 Atividades alteradas em seus prazos ....................................................... 37

    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1 Grfico de GANTT com as respectivas faixas previstas e realizadas. ........ 4

    Grfico 2 Exemplo de estimativas de tempo ............................................................ 10

    Grfico 3 Pulmo de Projeto (as cores identif icam os recursos alocados) ............... 13Grfico 4 Exemplo de Pulmo de Convergncia...................................................... 14

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    Grfico 5 Exemplo de Pulmo de Capacidade......................................................... 14

    Grfico 6 Rede tradicional (as cores e hachuras identificam os recursos alocados) 14

    Grfico 7 Rede baseada nos tempos mdios........................................................... 15

    Grfico 8 Eliminando a conteno de recursos ........................................................ 16

    Grfico 9 Identificando a corrente crtica.................................................................. 16

    Grfico 10 Protegendo a corrente crtica (exemplo com 02 projetos)....................... 16

    Grfico 11 Indicao do caminho crtico de um projeto de clculo ........................... 27

    Grfico 12 Cronograma Resumo dos Projetos......................................................... 28

    Grfico 13 Sobrecarga do engenheiro-coordenador ................................................ 29

    Grfico 14 Sobrecarga do engenheiro-calculista 1................................................... 30

    Grfico 15 Sobrecarga do engenheiro-calculista 2................................................... 31

    Grfico 16 - Cronograma Resumo dos Projetos.......................................................... 38

    LISTA DE ANEXOS

    Anexo I - Glossrio das atividades mencionadas acima ............................................... 1

    Anexo II Relao das etapas e atividades com respectivas duraes........................ 6

    Anexo III Relao das funes de cada recurso de um projeto................................. 8

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    CAPTULO 1 INTRODUO

    1.1. CONSIDERAES INICIAIS

    Ainda na era pr-histrica, o Homem, dentro de seus limites de conhecimento

    da poca, j fazia pequenos planos. Na luta pela sobrevivncia, buscava formas de

    ataque a animais para suprir sua alimentao atravs de um plano rudimentar,

    emprico e intuitivo.

    Assim, j naquele perodo nasciam os pequenos projetos. Projetos que serviam

    apenas para suprir suas necessidades de sobrevivncia.

    Aos poucos, o exerccio do planejamento passou a colaborar com a evoluo

    humana gerando projetos cada vez maiores. Vieram as grandes navegaes

    projetadas para desbravar o alm-mar em busca de novos horizontes aumentando oslimites dos continentes at ento conhecidos. Chega-se assim ao mundo de hoje,

    dominado por uma tecnologia avanada que culminou por colocar o homem na Lua e

    projetando para um futuro mais prximo, a sua ida ao planeta Marte.

    O projeto de explorao a Marte se confunde atualmente com a luta pela

    sobrevivncia da humanidade. Busca-se construir um novo mundo para todos os seres

    humanos, visto que o planeta em que vivemos est se deteriorando.

    Toda essa evoluo no se daria sem grandes planejamentos e projetosavanados.

    Mas o Homem est fadado a erros e por esta razo muitos projetos culminaram

    em fracassos.

    Diversas causas podem levar um projeto ao fracasso. Distingue-se entre estas

    causas, a falta de um planejamento mais detalhado das atividades com recursos

    subdimensionados, gerando grande sobrecarga sobre estes. Muitas vezes este

    processo leva toda a equipe de um projeto ao desnimo e baixa estima perdendo

    motivao, fazendo com que caia a qualidade dos servios e acabando por gerar

    atrasos culminando com o fracasso do projeto.

    A Construo Civil uma rea que vivencia intensamente com projetos e,

    portanto deve ser tratada com maior ateno. necessrio o envolvimento de vrios

    profissionais capacitados para que se chegue ao sucesso em uma construo.

    Quando se inicia um projeto ou empreendimento, os profissionais tcnicos

    responsveis pelas vrias especialidades de engenharia so sempre os mais

    penalizados com as mudanas de escopo que ocorrem durante todo o processo. Isso

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    2

    dificulta todo o gerenciamento de um escritrio tcnico, seja nas especialidades de

    arquitetura ou de instalaes, por exemplo.

    Um escritrio de clculo trata de vrios projetos ao mesmo tempo e

    necessariamente submetido s definies e caractersticas de arquitetura, ou seja,

    depende das informaes ou do andamento deste para poder evoluir com suas

    atividades. Precisa tambm lidar com a imprevisibilidade da demanda de trabalho, o

    que dificulta dimensionar melhor a equipe de trabalho. Isso faz com que haja grandes

    oscilaes na carga de trabalho junto equipe, podendo gerar grandes prejuzos ao

    projeto, e por conseqncia ao cliente e ao escritrio.

    1.2. JUSTIFICATIVA AO TRABALHO

    Em toda edificao, o primeiro documento a ser desenvolvido a arquitetura.

    As demais especialidades apenas se iniciam quando j se tem toda a concepo, ou

    quase toda, materializada na arquitetura.

    Todo cliente busca receber seu projeto conforme o escopo acordado, no prazo

    estabelecido, dentro do oramento e com a qualidade devida.

    Porm, o processo de elaborao de um projeto de clculo de uma edificao,

    sempre fica submetido s tempestuosas mudanas de escopo. Quando este fato

    ocorre em seu final, o prejuzo de tempo e de custo se torna bastante oneroso,

    inclusive com danos aos outros projetos em andamento. Outra conseqncia direta

    deste fato incide sobre os funcionrios da empresa, que ficam esgotados com a

    sobrecarga gerada pelos retrabalhos.

    Busca-se com este estudo de caso, um cronograma contendo todas as

    atividades contidas em uma edificao adotada como padro, encontrando prazos

    mais racionais, reduzindo a sobrecarga nos colaboradores, e avaliando uma estratgia

    para se trabalhar com vrios projetos ao mesmo tempo. O gerenciamento docronograma ser de responsabilidade do engenheiro coordenador do escritrio.

    1.3. OBJETIVO GERAL

    Sugerir um modelo de gesto de prazos na elaborao de vrios projetos de

    clculo estrutural, que vise reduzir os problemas causados pela imprevisibilidade do

    mercado.

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    1.4. OBJETIVOS ESPECFICOS

    Pesquisar referencial sobre PERT-CPM, Gerenciamento de Tempo e

    Mtodo da Corrente Crtica, identificando os problemas ou restries

    que impedem a evoluo mais rpida na elaborao dos projetos.

    Encontrar uma seqncia melhor das atividades, trabalhando em

    mltiplos projetos.

    Definir duraes mais reais procurando reduzi-las.

    Identificar o prazo mdio de cada projeto que mais se aproxima da

    realidade.

    Analisar estudo de caso de um escritrio de clculo na elaborao de

    quatro projetos simultaneamente.

    1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO

    No primeiro captulo, realiza-se uma exposio dessa monografia

    apresentando sua justificativa, objetivos e estrutura.

    No segundo captulo, apresentam-se os temas relativos ao Gerenciamento do

    Tempo e as tcnicas de PERT-CPM e Corrente Crtica.

    No terceiro captulo, apresenta-se um estudo de caso desenvolvido em uma

    empresa de servios tcnicos especializados, em clculos estruturais sediada em

    Fortaleza, no Estado do Cear, sendo que a opo por quatro projetos deve-se ao fato

    de que, em consenso, os autores e os responsveis pela empresa estudada,

    concordaram que este o nmero mnimo e suficiente para que todos os problemas

    que ocorrem na supracitada empresa sejam bem analisados.

    No quarto captulo finaliza-se com as consideraes finais onde se registram os

    objetivos atingidos, as dificuldades encontradas, os resultados adicionais e sugere-se

    opes para outros trabalhos.

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    CAPTULO 2 - GERENCIAMENTO DE TEMPO EM PROJETOS

    2.1. GRFICO DE GANTT OU CRONOGRAMA

    O grfico de Gantt um grfico de barras horizontais criado em 1918 por Henry

    Gantt(QUEZADOapudSILVA, 2001).

    uma tcnica em se considera os tempos para execuo das tarefas no eixo

    das abscissas e os servios a executar no eixo das ordenadas. Cada atividade possui

    sua respectiva durao, data de incio e data de trmino. Os perodos entre as datas

    de incio e trmino so representados por barras horizontais em uma escala de tempo,

    facilitando a visualizao da programao das tarefas.

    Trata-se de um cronograma em que se permite controlar a quantidade dos

    servios previstos e realizados. Cada servio poder conter trs faixas de informao(CARDO, 1979):

    Faixa 1: representa a estimativa considerada

    Faixa 2: indica o trabalho efetivamente realizado at o momento da

    anlise.

    Faixa 3: vem em seqncia a faixa 2 e demonstra o restante do perodo

    para sua concluso.

    Grfico 1Grfico de GANTT com as respectivas faixas previstas e realizadas

    Fonte: Os autores.

    Esta metodologia serve para alertar sobre possveis atrasos permitindo que

    providncias sejam tomadas para sanar os problemas que estejam impedindo o

    desenvolvimento planejado das tarefas.

    Permite visualizar com antecedncia as necessidades de contratao de mais

    recursos e equipamentos para cumprimento dos prazos.

    Um cronograma para ser elaborado necessita das seguintes informaes(CARDO, 1979):

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    5

    Descrio das atividades

    Quantidades a executar

    Recursos disponveis (Mo de obra, Equipamentos e Financeiros)

    Coeficientes de produo dos recursos (Mo de obra e Equipamentos)

    Com as informaes acima, pode-se determinar as duraes das atividades a

    serem includas no cronograma.

    2.2. CPM (Critical Path Method) Mtodo do Caminho Crti co

    Uma tcnica de rede bastante adotada em planejamento o Critical Path

    Method(CPM) ou Mtodo do Caminho Crtico.

    Em 1956, a Companhia E.I. Du Pont de Nemours, preocupada com os

    problemas de custos crescentes e com o tempo exigido para o desenvolvimento de

    novos produtos, associou-se UNIVAC Applications Resarch Centere Remington

    Rand. Foi elaborado um estudo do qual resultou na tcnica que passou a se chamar

    CPM (Critical Path Method) ou Mtodo do Caminho Crtico (QUEZADOapudSILVA,

    2001).

    Implantou-se esta tcnica em 1957, na elaborao do projeto e construo de

    fbrica qumica (CUKIERMAN, 1993).

    Ao mesmo tempo, um outro grupo de controle, utilizando uma tcnica

    convencional, realizou o mesmo trabalho.

    Os resultados concluram que o mtodo, j denominado CPM, obteve melhor

    desempenho em relao ao mtodo convencional. A tcnica convencional acresceu

    em cerca de 40% (quarenta por cento) sobre o esforo previsto inicialmente, enquanto

    o CPM acresceu apenas 10 % (dez por cento).

    Na elaborao de um diagrama CPM deve-se considerar dois conceitos

    bsicos:

    1. Evento

    2. Atividade

    O Evento o marco que representa o incio e o fim de determinada tarefa. No

    indica a execuo da tarefa.

    A Atividade representa o segmento do trabalho entre um evento inicial e final.Isto envolve tempo e recursos entre os dois eventos.

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    A tcnica CPM representa as atividades atravs de flechas. Estas flechas

    fazem as ligaes entre os eventos ou ns, os quais determinam o incio ou trmino de

    cada atividade. O n que se encontra no incio da flecha designado como evento de

    incio, enquanto que, quando situado ao seu final, chama-se evento de trmino.

    Os ns so identificados por nmeros e as flechas podem ser representadas

    por letras ou pelo conjunto da numerao dos ns de incio e trmino da mesma.

    Uma atividade considerada sucessora quando se inicia aps o trmino de

    uma atividade anterior. A atividade que antecede a uma sucessora se chama

    predecessora (SILVA, 2001).

    As estimativas de tempo gastos em cada uma das atividades componentes de

    um programa podem ser determinadas atravs da experincia ou pela analogia.

    Quando um participante do projeto j foi responsvel pela mesma atividade em

    um outro projeto, considera-se esta durao como estimada atravs da experincia.

    Pode-se tambm chegar a determinar o tempo de uma atividade atravs da analogia

    ou semelhana com outra atividade de durao conhecida (PMBoK, 2004).

    Conhecendo-se os eventos, o caminho das atividades e suas duraes,

    consegue-se determinar as folgas na seqncia de execuo.

    O Caminho Crtico definido pela seqncia de tarefas cujos eventos possuem

    a menor ou nenhuma folga. Pode-se afirmar que o Caminho Crtico o mais longo

    entre o incio e o fim de um projeto ou empreendimento.

    D DURAO

    ES DATA MAIS CEDO DE INCIO

    EF - DATA MAIS CEDO DE FIM

    LS - DATA MAIS TARDE DE INCIO

    LF - DATA MAIS TARDE DE FIM

    Figura 1 Padro do Diagrama de FlechasFonte: SILVA (2001)

    Considerando-se um projeto que envolve necessariamente quatro atividades

    que se relacionam entre si, tem-se que:

    ES EF

    ES

    LS LF

    EF

    D

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    Atividade A dura 5 dias e predecessora de B

    Atividade B dura 10 e predecessora de C

    Atividade D depende da atividade A e dura 5 dias

    Atividade D no depende de B e pode ser realizada paralelamente a

    esta

    A atividade C dura 5 dias

    Com as informaes acima se obtm a seguinte representao:

    1 2 4 5

    3

    A B C

    D

    E (fantasma)

    5 10 5

    5

    Figura 2 Representao de um modelo de CPMFonte: CARDO (1979)

    Observa-se que o mtodo CPM se utiliza muitas vezes de atividades chamadas

    fantasma quando se tem tarefas executadas em paralelo. Este recurso busca mantera integridade da numerao dos ns para identificao das atividades evitando

    duplicidade.

    Uma atividade-fantasma serve apenas para corrigir erros de duplicidade, por

    esta razo no possui durao e recursos (SILVA, 2001).

    2.3. PERT (Program Evaluation and Review Technique) - Programa de

    Avaliao e Tcnica de Reviso

    O SPECIAL PROJECTS OFFICE uma unidade tcnica subordinada ao

    Secretrio da Marinha norte-americana, e que por sua vez preside o Comit de

    Msseis Balsticos.

    Em 1957, o SPECIAL PROJECTS OFFICE teve como misso coordenar o

    Projeto Polaris, que tinha duas caractersticas principais. A primeira era a prpria

    complexidade do projeto que envolvia fabricao e montagem de cerca de 70.000

    peas diferentes e 10.000 empresas (CUKIERMAN, 1993). A segunda era apremncia de tempo devido a situao militar da poca.

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    8

    Foi para solucionar os problemas de planejamento, avaliao e controle em

    programas complexos que se criou, em 1958, a metodologia PERT e que tem sua

    traduo em portugus em Tcnica de Avaliao e Reviso de Programas. Esta

    metodologia com aplicao de tcnicas estatsticas e matemticas e que segue a

    mesma simbologia apresentada pelo CPM, teve como cenrio de estudos o Projeto

    Polaris (QUEZADOapudSILVA, 2001).

    O Projeto Polaris, que tinha como prazo inicial de 8 anos, foi concludo em

    apenas 5 anos.

    Ao longo dos anos, o PERT tornou-se uma tcnica administrativa de ampla

    aplicao nos meios empresariais, tendo em vista que pode ser empregado em

    qualquer empreendimento que requeira um trabalho planejado, controlado e inter-

    relacionado, visando atingir objetivos especficos (FEDERAL ELECTRICCORPORATION, 1987).

    Pode ser utilizada em qualquer tipo de projeto, desde que este seja formado

    por atividades ordenadas e interdependentes.

    2.4. PDM (Precedence Diagram Method) Mtodo da Rede de Precedncia

    O PDM uma representao desenvolvida pelo professor francs Bernard Roy

    e foi originado em 1964, na Universidade de Sorbone (SILVA, 2001).

    Seu desenvolvimento teve como objetivo a simplificao da representao e da

    metodologia de clculo do CPM. (CALDAS apudSILVA, 2001).

    No PDM, h uma inverso na representao das atividades em relao ao

    mtodo CPM. A caracterstica principal do PDM que as atividades so representadas

    atravs de blocos e os eventos atravs de setas, sendo por esse motivo tambm

    conhecido como Diagrama de Blocos.

    Assim quando uma dependncia (seta), formada por uma atividade (bloco)

    inicial chamada de predecessora e de outra atividade final denominada de sucessora

    (ver Quadro 1).

    No PDM no h necessidade de se considerar atividades-fantasmas como no

    mtodo CPM, diminuindo os clculos e traz menos dificuldades na elaborao do

    diagrama (ver exemplo demonstrativo na figura 3).

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    9

    D FT D FT

    ES EF ES EF

    LS LF LS LF

    D FT

    ES EF

    LS LF

    D FT D FT

    ES EF ES EF

    LS LF LS LF

    3

    ATIVIDADE 3 ATIVIDADE 4

    4

    5

    ATIVIDADE 5

    1

    ATIVIDADE 1

    2

    ATIVIDADE 2

    INCIO FIM

    Quadro 1- Exemplo de um Bloco-Padro

    D DURAO

    ES DATA MAIS CEDO DE INCIO

    EF - DATA MAIS CEDO DE FIMLS - DATA MAIS TARDE DE INCIO

    LF - DATA MAIS TARDE DE FIM

    FT FOLGA TOTAL

    Fonte: CARDO (1979)

    As dependncias em um PDM podem ser:

    1. Dependncia Trmino a Incio

    2. Dependncia Incio a Incio

    3. Dependncia Trmino a Trmino

    4. Dependncia Incio a Trmino

    Figura 3 Representao de um Diagrama de BlocosFonte: CARDO (1979)

    CDIGO

    DESCRIO DA ATIVIDADE

    D FT

    ES EF

    LS LF

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    10

    2.5. CORRENTE CRTICA

    A Corrente Crtica um dos ramos da Teoria das Restries (Theory of Constraints -

    TOC), desenvolvida pelo fsico israelense Eliyahu Goldratt na dcada de 70,

    direcionado ao gerenciamento de projetos. Andr Barcau (2001, p.5-6) descreve a

    Corrente Crtica como uma abordagem gerencial e de diagramao de rede, que leva

    a uma significativa melhora na performance de projetos, buscando resolver seus

    conflitos principais.

    As pessoas geralmente do prazos superestimados baseadas em suas piores

    experincias buscando se resguardar contra cobranas de seus superiores.

    Estudos mostram que estas estimativas superam em muito os prazos mdios

    para se completar as atividades.

    Dependendo das incertezas, as pessoas chegam a fornecer tempos estimados

    que podem chegar ao dobro da mdia de durao.

    O grfico 2 mostra um exemplo do comportamento das pessoas em relao s

    estimativas de prazos.

    Grfico 2 Exemplo de estimativas de tempo

    Fonte: BARCAU (2001)

    10 15 20 25 30 35 40 45 50

    No. de dias para completar a tarefa

    50% 80%

    margem de segurana

    GRFICO EXEMPLO DE ESTIMATIVAS DE TEMPO

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    11

    Mesmo com toda essa margem de segurana alocada nos cronogramas, os

    projetos sofrem constantes atrasos nos seus prazos, sendo causas:

    1. Geralmente percebe-se que a durao do trabalho tende a ocupar todo o tempo

    disponvel para sua execuo.

    2. inerente ao ambiente de trabalho somente iniciar uma tarefa quando esta se

    torna urgente.

    3. O acmulo de atividades atribudo a um mesmo recurso tende a postergar a

    concluso destas, pois o recurso tende a executar as tarefas quase que

    simultaneamente.

    Exemplo: Trs atividades, com durao de 6 dias cada uma, compartilham

    o mesmo recurso. Pode-se execut-las em seqncia (figura 4) ou em

    multitarefa (figura 5).

    3.1. Em seqncia:

    Figura 4 Atividades em seqncia para um mesmo recursoFonte: Os autores.

    3.2. Em Multitarefa:

    A B C A B C A B C

    2 dias 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias

    Atividade A = 14 dias

    Atividade B = 14 dias

    Atividade C = 14 dias

    Figura 5 Atividades em multitarefa para um mesmo recursoFonte: Os autores.

    Quando executadas no formato multitarefa, as atividades A, B e C tiveram seus

    prazos aumentados de 6 para 14 dias.

    A B C

    6 dias 6 dias 6 dias

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    12

    B CA

    desperdcio

    de folga

    atividade A terminando

    mais cedo

    4. Outro fator que influencia na durao das atividades so os desperdcios de folga

    que possam ocorrer em caminhos seqenciais (Figura 6) ou em caminhos

    paralelos (Figura 7).

    4.1. Em caminhos seqenciais: em um cronograma, quando uma tarefa sofre

    atraso, sua sucessora tambm penalizada. Porm, quando ocorre de uma

    atividade ser antecipada, este ganho de prazo nem sempre se reflete na

    atividade seguinte. Uma das razes pode ser o fato de que o recurso para dar

    seqncia ao processo ainda no se encontra disponvel. Ocorre a um

    desperdcio de folga.

    Figura 6 Desperdcio de folgas em atividades seqenciaisFonte: Os autores.

    4.2. Em caminhos paralelos: uma atividade que depende de vrias tarefas, seu

    incio ser determinado pela concluso da ltima atividade.

    Exemplo: As atividades A, B e C so antecessoras de X e tm

    duraes de 20 dias cada uma (Figura 10). Se a atividade A tiver seu

    prazo reduzido para 10 dias e as atividades B e C mantiverem os

    prazos de 20 dias, a atividade X somente se iniciar aps o trmino

    destas. Trata-se assim de outro tipo de desperdcio de folga no

    diagrama de rede.

    Figura 7 Desperdcio de folgas em atividades paralelas

    Fonte: Os autores.

    Atividade X

    Atividade A

    Atividade B

    Atividade C

    des erdcio de fol a

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    13

    A Corrente Crtica prope que sejam retiradas as margens de segurana de

    cada tarefa, incorrendo em uma reduo em suas duraes. Iniciar as tarefas no

    crticas em suas datas mais tarde e alocar cerca de 50% do somatrio das margens de

    segurana retiradas de incertezas. A isso se d o nome de Pulmes (GOLDRATT,

    1998) (BARCAU, 2001).

    Com o procedimento de reduo dos prazos, e a eliminao da conteno de

    recursos para que seja minimizado o efeito da multitarefa, pode-se evidenciar a

    Corrente Crtica. Sua definio difere do Caminho Crtico por considerar no s as

    dependncias entre as atividades, mas tambm as dependncias entre os recursos.

    Considera-se trs tipos de pulmes (GOLDRATT, 1998):

    1. Pulmo de Projeto situado no final da corrente crtica, tem por

    objetivo proteger o prazo do projeto (ver grfico 3).

    Grfico 3 Pulmo de Projeto (as cores identificam os recursos alocados)

    Fonte: Os autores.

    2. Pulmo de Convergncia situados na juno dos caminhos no-

    crticos com a corrente crtica, conforme grfico 4. O objetivo deste

    pulmo assegurar que no se tornem crticos.

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    Grfico 4 Exemplo de Pulmo de Convergncia

    Fonte: Os autores.

    3. Pulmo de Capacidade de Recurso Estratgico situado entre as

    atividades de diferentes projetos, conforme grfico 5. O objetivo deste

    pulmo proteger o prazo da atividade da corrente crtica que ser

    executada pelo recurso estratgico, ou seja, pelo recurso mais

    sobrecarregado em um ambiente de mltiplos projetos.

    Grfico 5 Exemplo de Pulmo de Capacidade

    Fonte: Os autores.

    Na metodologia da Corrente Crtica, o prazo do projeto passa a ser

    determinado pelo somatrio dos tempos da corrente crtica e o pulmo do projeto.

    Para elaborao de um diagrama de rede adotando o mtodo da Corrente

    Crtica, deve-se:

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    1. Criar a rede (ver grfico 6):

    a. Refazer as duraes baseadas nos tempos mdios de durao das tarefas.

    b. Iniciar as tarefas no crticas o mais tarde possvel.

    Grfico 6 Rede tradicional (as cores e hachuras identificam os recursos alocados)

    Fonte: Os autores.

    2. Reduzir a durao estimada: retirar as margens de segurana, conforme o

    grfico 7 (exemplo: 50%).

    Grfico 7 Rede baseada nos tempos mdios

    Fonte: Os autores.

    3. Eliminar a conteno de recursos: conflitos, em que atividades executadas

    paralelamente compartilham o mesmo recurso, devem ser solucionados, conforme

    demonstrado na grfico 8.

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    Grfico 8 Eliminando a conteno de recursos

    Fonte: Os autores.

    4. Identif icar a Corrente Crtica: conforme j citado anteriormente, a corrente crtica

    formada pelo maior caminho do diagrama considerando as dependncias das

    atividades e dos recursos antes da alocao dos pulmes. Na grfico 9, as

    atividades da corrente crtica esto entre barras verticais vermelhas.

    Grfico 9 Identificando a corrente crtica

    Fonte: Os autores.

    5. Proteger a corrente crtica alocar o pulmo do projeto no final da corrente

    crtica, conforme grfico 10. Inserir os pulmes de convergncia na juno dos

    caminhos no-crticos com a corrente crtica e alocar o pulmo de recurso

    estratgico.

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    17

    Grfico 10 Protegendo a corrente crtica (exemplo com 02 projetos)

    Fonte: Os autores.

    2.6. GERENCIAMENTO DO TEMPO DE ACORDO COM PMBoK

    Todo projeto se inicia com a definio de seu escopo. O escopo de um projeto

    serve para definir qual ser o trabalho necessrio para que se possa atingir o objetivo

    do projeto, seja ele um produto ou servio. Um escopo mal definido poder gerar

    interpretaes erradas do trabalho a ser realizado e por conseqncia, estimativas

    falsas nas duraes das atividades.

    Somente aps o desenvolvimento dos processos de planejamento e

    detalhamento do escopo que se pode iniciar o gerenciamento do tempo de umprojeto, o que significa controlar os processos necessrios para garantir que ser

    concludo no prazo estabelecido.

    O Gerenciamento do Tempo se compe de quatro Processos de Planejamento

    e um Processo de Controle (PMBoK, 2004).

    Cada processo composto de (PMBoK, 2004 ):

    Entradas: qualquer item necessrio realizao ou continuidade de um

    processo. Pode ser a sada de outro processo.

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    18

    ENTRADAS FERRAMENTAS E T CNICAS SA DAS

    1. Fatores ambientais da empresa 1. Decomposio 1. Lista de atividades

    2. Ativos de processos

    organizacionais2. Modelos 2. Atributos da atividade

    3. Declarao do escopo do projeto3. Planejamento em ondas

    sucessivas3. Lista de marcos

    4. Estrutura analtica do projeto 4. Opinio especializada 4. Mudanas solicitadas

    5. Dicionrio da EAP 5. Componente do planejamento

    6. Plano de gerenciamento do projeto

    Ferramentas e Tcnicas: so os mecanismos necessrios realizao de um

    processo.

    Sadas: so os resultados gerados por um processo. Pode ser a entrada de

    outro processo.

    Identifica-se a seguir os respectivos processos e seus pacotes de trabalho.

    1. PROCESSOS DE PLANEJAMENTO

    1.1. Definio das atividades identifica as atividades a serem

    realizadas para produzir os produtos estabelecidos na EAP (Estrutura

    Analtica do Projeto).

    Quadro 2 Definio das atividades

    Fonte : PMBoK (2004)

    1.2. Seqncia das atividades identifica a seqncia lgica e as

    interdependncias entre as diversas.

    Quadro 3 Seqncia das atividades

    ENTRADAS FERRAMENTAS E TCNICAS SADAS

    1. Declarao do escopo do projeto1. Mtodo do diagrama de

    precedncia (MDP)

    1. Diagrama de rede do cronograma

    do projeto

    2. Lista de atividades2. Mtodo do diagrama de setas

    (MDS)2. Lista de atividades (atualizaes)

    3. Atributos da atividade 3. Modelos de rede do cronograma 3. Atributos da atividade(atualizaes)

    4. Lista de marcos 4. Determinao da dependncia 4. Mudanas solicitadas

    5. Solicitao de mudanas

    aprovadas

    5. Aplicao de antecipaes e

    atrasos

    Fonte : PMBoK (2004)

    1.3. Estimativa de recursos das atividades estimam-se os tipos

    e as quantidades a serem alocadas em cada atividade.

    Quadro 4 Estimativa de recursos das atividades

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    19

    ENTRADAS FERRAMENTAS E T CNICAS SA DAS

    1. Fatores ambientais da empresa 1. Opinio especializada1. Estimativas de durao dasatividades

    2. Ativos de processosorganizacionais

    2. Estimativa anloga2. Atributos da atividade(atualizaes)

    3. Declarao do escopo do projeto 3. Estimativa paramtrica

    4. Lista de atividades 4. Estimativa de trs pontos5. Atributos da atividade 5. Anlise das reservas6. Recursos necessrios para aatividade7. Calendrio de recursos8. Plano de gerenciamento doprojeto: -Registro de riscos

    -Estimativa de custos da atividade

    ENTRADAS FERRAMENTAS E T CNICAS SA DAS

    1. Fatores ambientais da empresa 1. Opinio especializada1. Recursos necessrios para a

    atividade

    2. Ativos de processos

    organizacionais2. Anlise de alternativas

    2. Atributos da atividade

    (atualizaes)

    3. Lista de atividades3. Dados publicados para auxlio s

    estimativas3. Estrutura analtica dos recursos

    4. Atributos da atividade4. Software de gerenciamento de

    projetos

    4. Calendrio de recursos

    (atualizaes)

    5. Disponibilidade de recursos 5. Estimativa bottom-up 5. Mudanas solicitadas

    6. Plano de gerenciamento do projeto

    Fonte : PMBoK (2004)

    1.4. Estimativa de durao das atividades estabelece os

    perodos de trabalho para execuo de cada atividade

    Quadro 5 Estimativa de durao das atividades

    Fonte : PMBoK (2004)

    1.5. Elaborao do cronograma definem-se as datas de incio e

    fim de cada atividade baseadas nas seqncias e estimativas das atividades.

    Quadro 6 Elaborao do cronogramaENTRADAS FERRAMENTAS E T CNICAS SA DAS

    1. Ativos de processos

    organizacionais1. Anlise de rede do cronograma 1. Cronograma do projeto

    2. Declarao do escopo do projeto 2. Mtodo do caminho crtico 2. Dados do modelo de cronograma

    3. Lista de atividades 3. Compresso do cronograma 3. Linha de base do cronograma

    4. Atributos da atividade 4. Anlise do cenrio do tipo "e se"4. Recursos necessrios

    (atualizaes)

    5. Diagrama de rede do cronograma

    do projeto5. Nivelamento de recursos

    5. Atributos da atividade

    (atualizaes)

    6. Recursos necessrios para a

    atividade6. Mtodo da cadeia crtica 6. Calendrio de projeto

    7. Calendrio de recursos7. Software de gerenciamento de

    projetos7. Mudanas solicitadas

    8. Estimativas de durao das

    atividades8. Aplicao de calendrios

    8. Plano de gerenciamento do projeto

    (atualizaes)

    9. Plano de gerenciamento do projeto 9. Ajuste de antecipaes e atrasos . Plano de gerenciamento docronograma (atualizaes)

    -Registro de riscos 10. Modelo de cronograma

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    20

    Fonte : PMBoK (2004)

    2. PROCESSOS DE CONTROLE

    2.1. Controle do cronograma controla as alteraes ocorridas

    em relao ao cronograma original do projeto, detectando os desvios e

    promovendo aes corretivas.

    Quadro 7 Controle do cronogramaENTRADAS FERRAMENTAS E TCNICAS SADAS

    1. Plano de gerenciamento do

    cronograma1. Relatrios de progresso

    1. Dados do modelo de cronograma

    (atualizaes)

    2. Linha de base do cronograma2. Sistema de controle de mudanas

    no cronograma

    2. Linha de base do cronograma

    (atualizaes)

    3. Relatrios de desempenho 3. Medio de desempenho 3. Medies de desempenho

    4. Solicitao de mudanas

    aprovadas

    4. Software de gerenciamento de

    projetos 4. Mudanas solicitadas

    5. Anlise da variao 5. Aes corretivas recomendadas

    6. Grficos de barras de comparao

    do cronograma

    6. Ativos de processos

    organizacionais (atualizaes)

    7. Lista de atividades (atualizaes)

    8. Atributos da atividade

    (atualizaes)

    9. Plano de gerenciamento do projeto

    (atualizaes)

    Fonte : PMBoK (2004)

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    CAPTULO 3 - ESTUDO DE CASO

    3.1. HISTRICO E AVALIAES DO CENRIO

    O presente estudo de caso tem como finalidade demonstrar o processo de

    aplicao dos conhecimentos anteriormente apresentados em um ambiente de

    mltiplos projetos de um escritrio de clculo estrutural.

    Comumente, os escritrios de clculo sofrem com as incertezas geradas pela

    imprevisibilidade da demanda de projetos, ou seja, no se pode saber com

    antecedncia quando um projeto ser contratado.

    Outros problemas ocorrem devido s exigncias dos clientes que sempre

    exigem antecipao de prazos e efetuam alteraes constantemente. Todos esses

    fatos geram acmulo de trabalho e, se no forem bem conduzidos, podem levar aodescontentamento e desmotivao dos participantes dos projetos, alm de interferir

    nas atividades dos outros projetos em andamento.

    O escritrio em questo possui a seguinte estrutura organizacional para

    elaborao de projetos:

    Figura 8 Organograma da empresa da equipe de projetos

    Fonte: Os autores.

    Possui tambm 01 ploter, 03 impressoras A4, 01 scanner e 11 computadores,

    como recursos de equipamentos e materiais.

    A seqncia de distribuio dos projetos no bem definida. Quando da

    entrada de um projeto no escritrio, o engenheiro-coordenador, aps efetuar as

    primeiras definies, repassa sempre ao engenheiro calculista disponvel

    momentaneamente na oportunidade, no atentando para a quantidade de projetos que

    Eng. Coordenador e

    Proprietrio

    Eng. Calculista 01 Eng. Calculista 02

    Cadista 04Cadista 01 Cadista 05Cadista 02 Cadista 03

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    22

    j se encontram sob sua responsabilidade. Isso se torna um fator que contribui para

    gerar sobrecarga em um momento mais prximo.

    Embora nunca tivesse sido apropriado efetivamente o prazo mdio para

    elaborao de um projeto, informava-se sempre o tempo de 90 dias corridos aos

    clientes. Ressalte-se que um projeto de clculo estrutural, dependente de fatores

    que interferem significativamente no prazo. Um desses fatores a dependncia das

    definies de outras especialidades como arquitetura, e a compatibilizao com outros

    projetos, principalmente o de instalaes (localizao dos shafts, encaminhamento das

    tubulaes, etc.).

    O histrico indica que a maioria dos projetos sempre penalizada com atrasos

    em seus prazos maiores que 120 dias corridos. Horas extras so feitas em grande

    quantidade pelos funcionrios, inclusive com a utilizao dos fins de semana. Poucosprojetos conseguem ser finalizados no prazo estabelecido.

    Observa-se que mesmo os projetos que conseguem serem entregues a tempo,

    acabam gerando custos financeiros no previstos, alm de desgaste da equipe do

    projeto.

    A implementao dos temas estudados no ambiente descrito visou os

    seguintes objetivos:

    1) Identificar os problemas ou restries que impedem de se evoluir mais

    rpido na elaborao dos projetos.

    2) Encontrar uma seqncia melhor das atividades, trabalhando com o

    nmero de projetos acordados e que permitam identificar todos os

    problemas que surgem quando se trabalha em ambiente de mltiplos

    projetos.

    3) Definir duraes mais reais.

    4) Identificar o prazo mdio de cada projeto que mais se aproxima da

    realidade.

    Para a realizao da primeira etapa, consideraram-se algumas restries e

    premissas:

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    PROJETO 1A PROJETO 1P1 semana

    PROJETO 2A PROJETO 2P1 semana

    PROJETO 3A PROJETO 3P1 semana

    PROJETO 4A PROJETO 4P

    PER ODO ANALISADO NO ESTUDO DE CASO

    PROJETO 1

    PROJETO 2

    PROJETO 3

    PROJETO 4

    3.1.1. RESTRIES

    1. Os recursos, materiais ou humanos, no sofreriam alteraes neste

    momento. No era possvel realizar novas contrataes ou aquisies

    de equipamentos.

    2. Algumas atividades pr-definidas seriam obrigatoriamente de

    responsabilidade do engenheiro-coordenador.

    3.1.2. PREMISSAS

    1. Utilizao de uma edificao-padro para definio das atividades do

    projeto. A edificao-padro adotada era composta de:

    22 pavtos-tipo

    01 sub-solo

    01 trreo

    01 guarita

    01 cisterna

    2. Considerar quatro projetos sendo elaborados simultaneamente.

    Concordou-se que os projetos a serem analisados seriam designados como

    Projeto 1, Projeto 2, Projeto 3 e Projeto 4. Seriam iniciados conforme a ordem

    numrica e defasados de uma semana em seu incio em relao ao incio do projeto

    precedente. Os projetos antecessores receberiam a mesma nomenclatura dos projetos

    em anlise acrescida da letra A. O mesmo critrio foi adotado para os projetos

    sucessores somente acrescendo-se a letra P. O perodo de anlise se situaria entre

    o incio do Projeto 1 e o final do Projeto 4.

    A figura 9 retrata como cada projeto ficou situado e identifica o perodo a seravaliado.

    Figura 9 Linha de tempo e perodo de anlise dos projetosFonte: Os autores.

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    24

    Definida a disposio dos projetos, efetuou-se a descrio das diversas etapas

    e atividades que compunham um projeto com as respectivas duraes (Ver Anexo II).

    Considerando-se apenas a elaborao de um projeto, ou seja, no existindo

    outros em andamento que possam prejudicar seu prazo, e cumprindo as seqncias e

    duraes das atividades acima, chega-se a concluso que o projeto poderia ser

    finalizado em noventa dias corridos, sem efetuar horas extras.

    Confirma-se assim que as informaes de prazo eram repassadas ao cliente

    equivocadamente, pois se baseavam apenas na anlise de um projeto isoladamente.

    Estes dados possibilitaram decompor as atividades hierarquicamente gerando

    o que se chama a Estrutura Analtica do Projeto (EAP) (ver figura 10).

    Figura 10 EAT de um projeto de clculoFonte: Os autores.

    A Figura 11 descreve as atividades pertinentes s etapas de Anteprojeto,

    Definio da estrutura e do Banco de Dados.

    Figura 11 Pacotes de um projeto de clculoFonte: Os autores.

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    Na etapa do Anteprojeto faz-se um lanamento das diversas opes

    estruturais para anlise junto ao cliente e aos outros projetistas.

    A etapa de definio da estrutura servir para lanamento do modelo final

    acordada com o cliente.

    Segue-se ento a elaborao do Banco de Dados, onde sero definidas as

    dimenses das peas.

    A etapa de Clculo e detalhamento, como a prpria nomenclatura identifica,

    composta dos clculos e respectivos detalhamentos de frmas e armaduras das peas

    estruturais.

    A Figura 12 mostra as atividades que compem o processo de Frmas e

    Armao.

    Figura 12 Pacotes de projeto de clculo (cont.)Fonte: Os autores

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    A etapa de Encerramento do Projeto envolve a verificao final dos desenhos,

    quantitativos, a converso para o Auto-cad e a impresso de todos os desenhos

    conforme indica a Figura 13.

    Figura 13 Pacotes de um projeto de clculo (cont.)Fonte: Os autores.

    Descreveu-se tambm nesta etapa como as atividades eram encaminhadas

    aos responsveis.

    A medida que as atividades eram concludas, as tarefas posteriores era

    realizadas pelo colaborador mais livre naquele momento. Como j se disse

    anteriormente, no se observava a carga de servio que j se tinha alocado naquele

    recurso. Isto sempre redundava em sobrecarga de trabalho posteriormente.

    Resumidamente, v-se que todos os colaboradores trabalhavam em todos os

    projetos ao mesmo tempo e no se obedeciam critrios de prioridade.

    Devido a ocorrncias de sobrecarga de trabalho era necessrio se trabalhar em

    horrios extraordinrios, inclusive fins de semana.

    Somente algumas atividades especficas eram submetidas a um funcionrio

    mais capacitado. No Anexo III demonstra-se como as atividades se relacionavam com

    os participantes do projeto.

    3.2. APLICAO DAS TCNICAS DE GERENCIAMENTO DO TEMPO

    Com todas as informaes coletadas, iniciou-se a elaborao, utilizando-se o

    software MS-Project , do cronograma do projeto 01 seguindo os critrios abaixo:

    1. Lanamento das atividades

    2. Lanamento das duraes de cada atividade

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    3. Efetuar os vnculos entre as tarefas definindo tambm o tipo de

    relacionamento (Incio-Incio, Trmino-Incio, Incio-Trmino, Trmino-

    Trmino)

    4. Alocar os recursos de cada atividade, inclusive os equipamentos

    3.2.1. IDENTIFICAR A RESTRIO

    Aps o lanamento dos dados, observou-se atravs das atividades que

    compunham o caminho crtico, que a restrio do projeto se concentrava no

    engenheiro-coordenador e que os outros colaboradores ficavam aguardando a

    concluso e consequente liberao das tarefas para dar continuidade ao processo.

    Este foi o principal fator detectado devido as atividades do processo inicial

    (Lanamento da estrutura e Anlise das opes) estarem centralizadas somente no

    engenheiro-coordenador, prejudicando o desempenho das atividades subsequentes.

    Esta restrio foi ratificada quando se fez a superposio dos outros projetos

    de acordo como planejado e descrito em pargrafo anterior.

    Confirmou-se tambm que o prazo para concluso deste projeto foi de 54 dias

    teis ou 83 dias corridos, o que justificava a estimativa que era repassada ao

    contratante. O grfico 11 indica o caminho crtico na elaborao de um projeto.

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    Grfico 11 Indicao do caminho crtico de um projeto de clculo

    Fonte: Os autores.

    Os projetos 2, 3 e 4, assim como os projetos antecessores e sucessores,

    seguiram a mesma seqncia do projeto 1.

    A figura que segue apresenta uma vista do cronograma resumido aps o

    lanamento de todos os projetos (grfico 12).

    Grfico 12 Cronograma Resumo dos Projetos

    Fonte: Os autores.

    O Histograma indicado no grfico 13, indica a sobrecarga de trabalho doEngenheiro-coordenador, quando existe a superposio dos quatro projetos deste

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    exemplo. Como no existem quatro recursos iguais a ele, o excedente sempre

    culminava em horas adicionais. Mesmo assim no se tinha garantias de que as

    atividades seriam executadas no prazo determinado.

    Grfico 13 Sobrecarga do engenheiro-coordenador

    Fonte: Os autores.

    O mesmo ocorre com o Engenheiro-calculista 01, s que com menos

    intensidade. Pelo mesmo motivo de no se ter trs recursos iguais, conforme indica o

    grfico 14, as tarefas necessitavam de expedientes adicionais.

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    Grfico 14 Sobrecarga do engenheiro-calculista 1

    Fonte: Os autores.

    No caso do Engenheiro-calculista 02, houve grande distoro na distribuio de

    seu tempo. Observa-se pelo histograma do grfico 15 que a sobrecarga exigia que as

    atividades fossem efetuadas por dois engenheiros em determinado perodo. J em

    outro intervalo de tempo, podia-se at mesmo dispensar sua presena.

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    Grfico 15 Sobrecarga do engenheiro-calculista 2

    Fonte: Os autores.

    De maneira geral, se observa a m distribuio das atividades, gerando

    desequilbrio de tempo e custo.

    3.2.2. EXPLORAR A RESTRIO

    Na prxima etapa fez-se a programao das atividades do RRC (Recurso com

    Restrio de Capacidade), conforme nomenclatura adotada pela TOC (Theory of

    Constraints) (GOLDRATT, 1998), realizando seu nivelamento.

    3.2.3. SUBORDINAR AS OUTRAS ATIVIDADES S ATIVIDADES DA RESTRIO

    Em seguida, foram reprogramadas as operaes dos engenheiros-calculistas

    em funo do cronograma do engenheiro-coordenador, no caso o recurso com

    restrio de capacidade.

    Os outros colaboradores tambm tiveram suas atividades adequadas ao

    cronograma gerado pelo pelo recursos acima (eng.-coord e eng. calculistas).

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    Com todos os projetos superpostos, verificou-se que o prazo do projeto 01,

    passou de 83 para 99 dias corridos. Neste caso, importante levar em considerao

    que este prazo no contempla trabalhos em horrios extras como comumente se fazia.

    Os prazos dos projetos 02, 03 e 04 foram determinados em 103, 97 e 113 dias

    corridos respectivamente.

    3.2.4. ELEVAR A RESTRIO

    Levando-se em considerao as qualidades tcnicas de cada colaborador,

    novas decises foram tomadas com as pessoas envolvidas com o objetivo de se

    otimizar os prazos dos projetos:

    1. Diviso dos projetos em 02 grupos aps a liberao inicial pelo

    engenheiro-coordenador. Cada engenheiro-calculista ficou responsvel

    por um grupo.

    2. As atividades do cadista 01 no sofreu alteraes.

    3. O cadista 02 ficou exclusivamente responsvel pela execuo dos

    projetos de frmas

    4. O cadista 03 ficou como responsvel pela verificao dos desenhos.

    5. Os clculos e detalhamentos das sapatas, cintas e das vigas passarampara a responsabilidade dos engenheiros-calculistas.

    6. Foram designados os cadistas 04 e 05 para apoio aos grupos de

    projetos.

    Considerou-se a distribuio dos projetos em 04 linhas. Estas linhas (01, 02 ,03

    e 04) foram divididas entre os engenheiros-calculistas.

    1. Engenheiro-calculista 01.............linhas de projeto 01 e 03

    2. Engenheiro-calculista 02.............linhas de projeto 02 e 04

    Segue abaixo croquis esquemtico indicado na figura 14 das novas

    configuraes:

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    LINHA 01 ENGENHEIRO- CALCULISTA 01

    LINHA 02 ENGENHEIRO- CALCULISTA 02

    LINHA 03 ENGENHEIRO- CALCULISTA 01

    LINHA 04 ENGENHEIRO- CALCULISTA 02

    PERODO ANALISADO NO ESTUDO DE CASO

    Figura 14 Croquis esquemticoFonte: Os autores.

    Optou-se por analisar mais profundamente a etapa de Clculo e

    detalhamento desmembrando-se as atividades de clculo dos servios de frmas e

    armaes. Desta forma, conseguiu-se uma melhor visualizao da etapa de Clculo(Figura 15).

    Figura 15 Desmembramento do Clculo e DetalhamentoFonte: Os autores.

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    Necessitou-se levantar a capacitao de cada recurso, como forma de

    identificar quais as atividades que mais se adequavam a cada um gerando uma Matriz

    de Responsabilidades.

    Para elaborao desta matriz, levou-se em considerao os relacionamentos

    inter-pessoais, liderana e capacitao de cada recurso.

    Nas pesquisas eleboradas, observou-se que o Cadista 03 era o que tinha

    melhor aptido para fazer as verificaes de desenhos devido ser mais detalhista.

    Concluiu-se que no seria ideal coloc-lo em atividades que exigiam ser executadas

    com maior rapidez. Optou-se que este recurso seria exclusivo para Verificao de

    Desenhos de todos os projetos.

    O Cadista 01, por questes de relacionamento, foi deslocado para a atividade

    de Banco de Dados. Essa funo era exercida de maneira mais solitria, no tendo a

    necessidade de interagir com outros setores. Este ficou tambm concentrado na

    atividade de Banco de Dados de maneira exclusiva para todos os projetos e

    subordinado ao engenheiro-coordenador.

    O Cadista 02 foi deslocado para a funo de desenhista de frmas de todos os

    projetos.

    O engenheiro-coordenador repassou algumas atividades suas para a

    responsabilidade dos engenheiros- calculistas.

    Os Cadistas 04 e 05 ficaram subordinados aos engenheiros-calculistas 01 e 02

    respectivamente, ou seja, trabalhariam exclusivamente nos projetos designados a

    eles.

    Assim, conseguiu-se fazer uma distribuio de tarefas onde cada recurso

    estivesse realmente exercendo uma atividade condizente com seu conhecimento.

    Esta soluo gerou mais motivao para a equipe e determinou as

    responsabilidades de cada um, segundo informado pelos engenheiros-calculistas.

    O Quadro 8 apresenta uma matriz em que se registra na primeira coluna

    vertical as tarefas referentes a um projeto-padro e na primeira linha da matriz os

    cargos dos participantes de um projeto.

    As tarefas de responsabilidade de cada recurso foram identificadas atravs de

    cores diferenciadas em seu cruzamento.

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    35

    RESPONSVELTAREFAS

    Engenheiro-coordenador

    Engenheiro-calculista 01

    Engenheiro-calculista 02 Cadista 01 Cad is ta 02 Cadista 03 Cad is ta 04 Cadista 05

    Anteprojeto - Lanamento da estruturaAnlise das opesReunio de projetosLanamento finalAnlise Banco de Dados inicial (definio das dimenses)Aprovao Banco de DadosPilares - ClculoProtenso das vigas - Pilotis - ClculoProtenso das vigas - Pavto-tipo - ClculoProtenso das vigas - Coberta - ClculoPilares - detalhamentoProtenso das vigas - Pilotis detalhamentoProtenso das vigas - Pavto-tipo detalhamentoProtenso das vigas - Coberta detalhamento

    Banco de dados final (ajustes finai s)Entrada de Dados para ProtensoBlocos/Sapatas - ClculoCintas - ClculoVigas - Pilotis - ClculoVigas - Pavto-tipo - ClculoVigas - Coberta - ClculoConteno - ClculoEscadas - ClculoRampas - ClculoLajes - Pilotis - ClculoLajes - Pavto-tipo - ClculoLajes - Coberta - ClculoCisterna - ClculoCx. d'gua - Clculo

    Guarita - ClculoConferncia final dos desenhosQuantitativosBanco de dadosBanco de dados inicialLocao de estacasLocao de pilaresFrmas das sapatasFrmas das cintasFrmas das lajes e vigas - PilotisFrmas das lajes e vigas - Pavto-tipoFrmas das lajes e vigas - CobertaFrmas das lajes e vigas - ticoFrmas das rampasFrmas CisternaFrmas Cx. d'gua

    Frmas GuaritaVerificao dos desenhosSapatas - detalhamentoCintas - detalhamentoVigas - Pilotis - detalhamentoVigas - Pavto-tipo - detalhamentoVigas - Coberta - detalhamentoConteno detalhamentoEscadas detalhamentoRampas detalhamentoLajes - Pilotis detalhamentoLajes - Pavto-tipo detalhamentoLajes - Coberta detalhamentoCisterna detalhamentoCx. d'gua detalhamento

    Guarita detalhamentoConverso para Auto-cadImpresso

    MATRIZ DE RESPONSABILIDADES

    Quadro 8 Matriz de Responsabilidade

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    ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

    REVISO DE PROJETOS

    PROJETO 1A PROJETO 1P1 semana

    PROJETO 2A PROJETO 2P1 semana

    PROJETO 3A PROJETO 3P1 semana

    PROJETO 4A PROJETO 4P

    PERODO ANALISADO NO ESTUDO DE CASO

    PROJETO 3

    PROJETO 4

    PROJETO 1

    PROJETO 2

    Fonte: Os autores.

    A Matriz de Responsabilidades serviu para indicar quais as tarefas prioritrias

    de cada envolvido, no significando que os recursos no pudessem exercer outras

    atividades.

    3.3. REVISO E AJUSTES FINAIS

    Acrescentou-se nesta reviso os servios referentes a parte administrativa da

    empresa que necessitava em mdia 2 horas por dia do engenheiro-coordenador.

    Como esta atividade chocou-se com outras tarefas, a soluo encontrada para evitar

    mais acrscimo nos prazos, foi autorizar a realizao de 2 horas extras por dia por

    parte do engenheiro-coordenador, como forma de compensao.

    Outra tarefa ainda no considerada no cronograma de atividades, era a que se

    referia Reviso de Projetos. Tratava-se de uma operao dispendiosa em custo e

    tempo, pois interferia diretamente nos projetos em andamento e que envolvia os

    engenheiros-calculistas e os cadistas. Era uma atividade que quase sempre no se

    tinha previso de quando aconteceria e quanto tempo se levaria para conclu-la.

    Determinou-se que todas s sextas-feiras seria o dia em que o escritrio realizaria as

    revises de projetos.

    Incluiu-se tambm as tarefas de Entrada de dados para Protenso eConferncia final dos desenhos realizadas pelos engenheiros calculistas.

    Alterou-se mais uma vez a configurao do portiflio de projetos (ver figura 16).

    Figura 16- Portiflio de projetosFonte: Os autores

    Com esta nova realidade um novo ajuste nas atividades foram efetuadas.

    Observou-se que, mesmo com a incluso de novas atividades, com uma distribuio

    melhor de algumas tarefas e a definio das responsabilidades de cada recurso, foi

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    possvel conseguir uma otimizao dos prazos devido ao bom gerenciamento de

    tempo, principalmente nos cadistas.

    Os novos prazos alcanados foram:

    1. Projeto 01.........................104 dias corridos (74 dias teis)

    2. Projeto 02.........................97 dias corridos (69 dias teis)

    3. Projeto 03.........................91 dias corridos (65 dias teis)

    4. Projeto 04.........................106 dias corridos (76 dias teis)

    O projeto 01 teve seu prazo sacrificado, devido a busca da melhor configurao

    dos cronogramas dos recursos para otimizao do prazo completo do projeto.

    Com o programa j prximo de seu final e sem muitas opes para alteraes,

    foi efetuada uma ltima anlise geral das atividades em busca de fatores que

    pudessem ajudar a melhorar, seno os prazos, pelo menos os recursos.

    Como o ltimo estudo feito se aproximou muito da realidade, ficou mais fcil

    revisar as duraes de todas as atividades e detectar quais delas possuam algum

    excesso de prazo. O Quadro 9 indica as atividades que sofreram alteraes.

    Quadro 9 Atividades alteradas em seus prazos

    ATIVIDADES DURAOANTERIOR

    DURAOREVISADA

    Anlise das opes 3 dias 2 dias

    Anlise e retorno das definies de arquitetura 7 dias 5 dias

    Anlise Banco de Dados inicial (definio dasdimenses)

    5 dias 2 dias

    Fonte: Os autores.

    A realidade tambm indicou que as revises de projeto no prescindiam de

    serem executadas exatamente s sextas-feiras. Optou-se por considerar esta

    atividade como uma reserva de tempo, ou seja, nos casos em que as outras atividades

    no pudessem ser paralisadas, sempre que possvel se adiariam as revises para

    antecipao de prazos dos projetos.

    Efetuou-se a ltima simulao para o cronograma, considerando-se a utilizao

    das Revises de Projeto como reservas de tempo. Conseguiu-se assim uma melhora

    nos prazos finais de cada projeto.

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    38

    Engenheiro-coordenador e proprietrio

    Engenheiro-calculista 01 Engenheiro-calculista 02

    Cadista 01 Cadista 03

    Cadista 02

    Cadista 04 Cadista 05

    Os prazos finais obtidos foram:

    1. Projeto 01.........................95 dias corridos (70 dias teis)

    2. Projeto 02.........................91 dias corridos (66 dias teis)

    3. Projeto 03.........................87 dias corridos (64 dias teis)

    4. Projeto 04.........................106 dias corridos (76 dias teis)

    Observa-se que apenas o projeto 04 no sofreu reduo em seu prazo.

    A grfico 16 demonstra como ficou o Cronograma Resumo dos Projetos aps a

    realizao deste estudo.

    Grfico 16- Cronograma Resumo dos Projetos

    Fonte: Os autores.

    Elaborou-se, ento, o novo organograma da empresa, conforme figura 17.

    Figura 17- Organograma final da EmpresaFonte: Os autores.

  • 7/26/2019 015 EstudodecasoGestodotempoemprojetosdeclculoestrutural,Utilizandoosconceitosdopmbokecorrentecrtica.

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    CAPTULO 4 - CONSIDERAES FINAIS

    4.1. OBJETIVOS ATINGIDOS

    Pode-se observar que, durante todo o processo, os passos para gerenciar as

    restries e conforme orientados no livro Corrente Crtica, foram contemplados neste

    estudo de caso. Segue abaixo a descrio dos passos:

    Passo 1: Identificar a restrio do sistema descobriu-se que engenheiro-

    coordenador era o recurso estratgico que limitava um desempenho maior, conforme

    indica o Caminho Crtico da figura 31.

    Passo 2: Explorar a restrio do sistema buscou-se um conhecimento

    maior das atividades do engenheiro-coordenador e eliminaram-se as margens de

    segurana nas atividades da corrente crtica.

    Passo 3: Subordinar qualquer outra coisa deciso anterior as

    atividades dos outros participantes foram submetidas ao cronograma de atividades do

    engenheiro-coordenador. Utilizou-se a operao Reviso de Projetos como Pulmo

    dos Projetos. Neste este estudo de caso, no coube adotar um pulmo de

    convergncia ou de capacidade de recurso estratgico.

    Passo 4: Elevar a restrio Sugeriu-se a capacitao dos engenheiros-

    calculistas como forma de auxiliar o engenheiro-coordenador, quando sobrecarregado,para que suas atividades no paralisassem o processo. Deu-se como opo tambm,

    fazer terceirizao com outros escritrios de projetos.

    Passo 5: Se a restrio mudar, volte ao passo 1 Como cada portiflio de

    projetos sero nicos, sempre haver um replanejamento das atividades, por isso

    deve-se sempre estar voltando ao passo 1.

    Aps apresentado o estudo de caso, cumprem-se todos os objetivos almejados

    no Captulo 3.

    1) Identificao dos problemas ou restries que impedem de se evoluir

    mais rpido na elaborao dos projetos.

    2) Definir duraes mais reais procurando reduzi-las.

    3) Encontrar uma seqncia melhor das atividades, trabalhando em

    mltiplos projetos.

    4) Identificar o prazo mdio de cada projeto que mais se aproxima da

    realidade.

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    4.2. DIFICULDADES ENCONTRADAS

    Neste estudo, as duraes finais das tarefas no tiveram grandes alteraes

    em relao s duraes iniciais, devido ao fato de que houve grande preocupao em

    fornecer prazos mais reais.

    A definio dessas duraes foi relativamente difcil, pois houve discordncias

    por parte dos envolvidos. A interferncia do engenheiro-coordenador foi de grande

    importncia nesta etapa para evitar que prazos com margens de segurana

    desnecessrias fossem includas no projeto. Sabe-se que este fator, aplicado em cada

    atividade, gera prazos irreais em todo o projeto.

    Outra dificuldade encontrada foi o compartilhamento de algumas atividades do

    engenheiro-coordenador com os engenheiros-calculistas. O engenheiro-coordenador

    concordou em transferir apenas os clculos e detalhamentos das fundaes e das

    vigas para a responsabilidade dos engenheiros-calculistas. Isso limitou um pouco mais

    o desenvolvimento dos projetos pois cria mais dependncias entre as atividades

    executadas entre estes recursos (eng. coordenador e eng. calculistas) resultando em

    tempos de espera por parte do restante da equipe.

    Identificou-se tambm que um dos colaboradores tinha dificuldade de

    relacionamento com o restante da equipe e por isso foi designado para tarefas

    exclusivas ficando subordinado diretamente ao engenheiro-responsvel.

    Para verificao de projetos optou-se pelo cadista mais lento, porm mais

    detalhista, pois essa era uma qualidade peculiar a ele.

    Com a impossibilidade de se trabalhar diretamente com os projetos que se

    encontravam em andamento, devido excessiva carga de trabalho gerada, optou-se

    pela simulao com quatro projetos executados simultaneamente, j que eram

    suficiente para identificao de todos os problemas gerados. Isto impediu de se fazer

    uma anlise mais realista naquele momento. Concordou-se dar continuidade a este

    estudo, fazendo posteriormente a implantao do cronograma em um ritmo mais

    adequado ao escritrio. Com o trmino desta etapa, o escritrio passaria a ser

    controlado pelas atividades contidas em um Cronograma Geral de Projetos exercido

    sob a responsabilidade do engenheiro-coordenador.

    4.3. RESULTADOS ADICIONAIS

    Outros resultados adicionais foram obtidos com este trabalho. A criao deuma Matriz de Responsabilidades baseada nas capacitaes de cada recurso foi uma

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    evoluo obtida e cada colaborador sabe agora quais as tarefas de sua

    responsabilidade e quais os projetos em que participa.

    Os responsveis passam a ter uma ferramenta que lhes permitir avaliar os

    limites de capacidade do escritrio com relao quantidade de projetos. Ser

    possvel prever, com alguma segurana, quando novos recursos, diretos ou

    terceirizados, devero ser contratados para que atrasos no ocorram.

    Poder-se- negociar prazos juntos aos clientes e solicitar aos outros projetistas

    envolvidos maior agilidade nas informaes determinando as datas-limites em que

    estas devero estar disponveis para o seu processo.

    Definiu-se que ser feita uma nova avaliao sobre o aumento da capacitao

    dos engenheiros-calculistas como forma de colaborar nas atividades do engenheiro-

    coordenador. Pode-se obter um ganho a mais de tempo, pois incidiria diretamente nas

    tarefas do RRC (Recurso com Restrio de Capacidade).

    Outro fato gerado com este estudo foi identificar o limite mximo de projetos

    suportvel com os recursos existentes.

    4.4. SUGESTO PARA TRABALHOS FUTUROS

    Sugere-se que este trabalho se mantenha em constante anlise em busca deum melhoramento contnuo dos processos.

    Uma melhoria a ser implantada, seria efetuar o gerenciamento dos custos do

    escritrio baseado agora nas atividades e nos recursos alocados e organizados em

    seus projetos. Com isso pode-se determinar uma melhor configurao na sequncia

    das atividades e que venha contribuir diretamente na performance financeira do

    escritrio.

    Poder-se-ia definir tambm, em caso de necessidade, em quais atividades

    sero aplicadas horas extras e encontrar outras maneiras de acelerar os prazos dos

    projetos.

    Este trabalho poder ser estendido aos outros escritrios envolvidos em outras

    especialidades que comumente trabalham isolados entre si. Seria importante conciliar

    em um grande cronograma, no s as atividades de um projeto de clculo, mas

    tambm as de arquitetura, instalaes e complementares de uma edificao. Desta

    forma poder-se-ia otimizar todas as tarefas centralizando a coordenao do processo

    em um gerente de projetos.

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    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS

    CARDO, Celso. Tcnica da Construo Vol. 1. Belo Horizonte: Edies

    Engenharia e Arquitetura, 1979,pg. 40-44.

    CUKIERMAN, Zigmund Salomo. O Modelo Pert Aplicado a Projetos - 5a. Edio

    Revista e Atualizada. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1993.

    FEDERAL ELECTRIC CORPORATION. Uma Introduo Programada ao Pert 7.

    Edio. So Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1987.

    GOLDRATT, Eliyahu M. Corrente Crtica.So Paulo: Nobel, 1998.

    PMI - Project Management Institute. PMBOK - Project Management Body ofKnowledge - Portugus. 2004, Captulo 6, pg. 123 a 156.

    POSSI, Marcuset al. Capacitao em Gerenciamento de Projetos.Rio de Janeiro:

    Brasport, 2004, Captulo 6, pg. 81 a 110.

    SILVA, Alexsandro Amarante da. Planejamento e Controle de Mltiplos

    Empreendimentos em Edificaes. 2001. 160 p. Dissertao de Mestrado,

    Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis.

    REFERNCIASELETRNICAS

    www.bbbrothers.com.br/scripts/Artigos, Introduo Corrente Crtica. 2001, Andr

    Barcau e Osvaldo Quelhas, arquivo consultado em 19 de dezembro de 2005.

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    ANEXOS

    Anexo I - Glossrio das atividades mencionadas (PMBoK, 2004)

    Aes corretivas recomendadas aes que buscam tornar o cronograma

    vivel e em acordo com o planejamento inicial.

    Ajuste de antecipaes e atrasos efetuada durante a anlise de rede do

    cronograma.

    Anlise da variao comparativo entre as datas da linha de base com as

    datas realizadas/previstas. Em caso de atrasos, esta anlise possibilitar a tomada de

    aes corretivas.

    Anlise das reservas trata-se de um perodo de tempo adicionado ao

    cronograma que busca proteger o plano de projeto contra os diversos riscos ou

    contingncias.

    Anlise de alternativas busca alternativas de realizao das atividades

    baseadas nas capacidades ou habilidades dos recursos.

    Anlise de rede do cronograma utiliza vrias tcnicas analticas para que

    possa gerar o cronograma do projeto. Leva-se em considerao as limitaes de

    recursos.

    Anlise do cenrio do tipo "e se" tcnica utilizada para anlise de rede do

    cronograma baseada em diversos cenrios que podem atrasar o projeto.

    Aplicao de antecipaes e atrasos definio das dependncias entre as

    atividades.

    Aplicao de calendrios so adotados 02 (dois) calendrios: calendrio de

    projeto e o calendrio de recursos. Definem os perodos de trabalho do projeto e de

    cada recurso.

    Ativos de processos organizacionais so informaes que podem ser

    influenciar no projeto. So polticas da empresa, informaes histricas, lies

    aprendidas, etc.Atributos da atividade so as caractersticas de cada atividade: cdigo,

    atividades sucessoras e predecessoras, recursos necessrios, restries, premissas,

    etc.

    Calendrio de projeto define os dias de trabalho e no trabalhados de um

    cronograma do projeto.

    Calendrio de recursos - define os dias de trabalho e no trabalhados de

    cada recurso do projeto.

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    Componente do planejamento servem para planejar e agendar o trabalho

    futuro em nveis mais altos da EAP e se dividem em Conta de Controle e Pacote de

    Planejamento.

    Compresso do cronograma tcnicas utilizadas visando reduzir a durao

    do cronograma do projeto (Crashingou Fast Tracking).

    Cronograma do projeto o conjunto de atividades, com incio e fim, que

    visam atingir os marcos do cronograma.

    Dados do modelo de cronograma formados pelos marcos do cronograma,

    atividades e seus atributos, assim como as premissas e restries identificadas.

    Dados publicados para auxlio s estimativas so publicaes de valores

    de produo e os custos unitrios de recursos que servem para auxiliar na elaborao

    das estimativas.

    Declarao do escopo do projeto base documental que descreve o produto

    do projeto e o que precisa ser realizado para sua obteno (premissas, restries, os

    recursos iniciais de pessoal, equipamentos e material, etc.).

    Decomposio tcnica aplicada na subdiviso dos pacotes em componentes

    menores e possveis de serem gerenciados. Resultam nas atividades do cronograma.

    Determinao da dependncia so utilizadas 03 (trs) tipos de

    dependncias entre as atividades: Dependncia Obrigatria (a atividade depende

    obrigatoriamente de outra atividade para poder ser realizada); Dependncia

    Arbi trada (so dependncias geradas pela experincia em projetos anteriores);

    Dependncia Externa(a atividade de um projeto depende de uma atividade que no

    pertence ao projeto).

    Diagrama de rede do cronograma do projeto so representaes grficas

    das atividades do cronograma do projeto incluindo as dependncias entre elas.

    Dicionrio da EAP serve para definir cada componente da EAP.

    Disponibilidade de recursos informao que indica que recursos estaro

    potencialmente disponveis.Estimativa bottom-up - Um mtodo para estimar o que necessrio para

    atender aos requisitos de cada uma das partes inferiores e mais detalhadas do

    trabalho. Em seguida, essas estimativas so agregadas em uma quantidade total para

    o componente do trabalho.

    Estimativa anloga - Uma tcnica de estimativa que usa os valores de

    parmetros, como escopo, custo, oramento e durao ou medidas de escala, como

    tamanho, peso e complexidade de uma atividade anterior semelhante como base para

    estimar o mesmo parmetro ou medida para uma atividade futura. Freqentemente

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    usada para estimativas quando existe uma quantidade limitada de informaes

    detalhadas sobre o projeto (por exemplo, nas fases iniciais).

    Estimativa de custos da atividade processo de desenvolvimento de uma

    aproximao do custo dos recursos necessrios para terminar as atividades do

    projeto.

    Estimativa de trs pontos - tcnica que usa trs estimativas de custos ou

    durao para representar os cenrios otimista, mais provvel e pessimista.

    Estimati