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SOCIEDADE PARANAENSE DE ENSINO E TECNOLOGIA - SPET PROGRAMA DE EVOLUÇÃO CONTÍNUA DE QUALIDADE "Apostando na formação do profissional para uma nova economia" Página 1/3 RT09 DISCIPLINA : EDIÇÃO DE ÁUDIO DATA: ____ /____ / _______ AULA NÚMERO: 01 PROFESSOR: CAIO M. NOCKO APRESENTAÇÃO : O tema de nossa disciplina é: ‘edição de áudio’. E o que é áudio? DESENVOLVIMENTO : Em comunicação, podemos dizer que todos os elementos que trabalham com som são ‘elementos sonoros’. Mas antes de entrar no campo dos elementos sonoros, vejamos ‘o que é som’. Há várias definições para ‘som’. Inclusive há que se distinguir entre a forma com que físicos descrevem esse fenômeno e a forma com que músicos percebem o mesmo. Daqui já podemos deduzir que há diferentes perspectivas sob o entendimento de ‘som’, embora, no fundo, afora as definições, todos saibamos o que ele é. “Som pode ser entendido como uma variação de pressão muito rápida que se propaga na forma de ondas em um meio elástico.” Fernando Iazzetta (veja o link na bibliografia). “O som é uma qualidade perceptiva que é resultado da percepção de distúrbios das moléculas de um meio em um certo espaço de tempo. Esses distúrbios, por sua vez, apresentam-se em forma de ondas em sua propagação pelo meio.” Victor Lazzarini (veja o link na bibliografia). “A primeira constatação acerca do fenômeno acústico e da existência dos sons diz respeito a esta dupla lei inexorável: sem movimento não pode haver som, e todo movimento produz som, sejam estes percebidos ou não por nosso mecanismo auditivo.” Flo Menezes (MENEZES, 2003, p.19). Outras definições possíveis dizem respeito à uma característica física também, ou à uma característica humana, como: ‘percepção de vibração estimulando o ouvido’, por exemplo. Nas definições de Iazzetta e Menezes, ambos músicos e professores da USP, a questão física predomina, embora Menezes já introduza a questão perceptiva ao final de sua oração. Já o Prof. Lazzarini (Prof. da National University of Ireland), define o mesmo fenômeno em termos de percepção. Aqui entra a velha questão, filosófica até: será que se uma arvore cair em uma floresta e nós não ouvirmos, existiu som? As possíveis respostas, claro, são sim e não. Sim – se minha definição de som for, por exemplo, a dos Profs. da USP acima citados. Não – se meu entendimento de som for próximo ao que o Prof. Lazzarini afirma, ou seja, se entender o som como uma ‘qualidade perceptiva’. Outras definições, em dicionários: - Houaiss Acepções substantivo masculino 1 tudo que é captado pelo sentido da audição, que podemos ouvir;

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SOCIEDADE PARANAENSE DE ENSINO E TECNOLOGIA - SPET RT09 APRESENTAÇÃO: "Apostando na formação do profissional para uma nova economia" Página 1/3 PROGRAMA DE EVOLUÇÃO CONTÍNUA DE QUALIDADE SOCIEDADE PARANAENSE DE ENSINO E TECNOLOGIA - SPET "Apostando na formação do profissional para uma nova economia" Página 2/3 PROGRAMA DE EVOLUÇÃO CONTÍNUA DE QUALIDADE

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RT09 DISCIPLINA : EDIÇÃO DE ÁUDIO DATA: ____ /____ / _______ AULA NÚMERO: 01 PROFESSOR: CAIO M. NOCKO APRESENTAÇÃO: O tema de nossa disciplina é: ‘edição de áudio’. E o que é áudio? DESENVOLVIMENTO: Em comunicação, podemos dizer que todos os elementos que trabalham com som são ‘elementos sonoros’. Mas antes de entrar no campo dos elementos sonoros, vejamos ‘o que é som’. Há várias definições para ‘som’. Inclusive há que se distinguir entre a forma com que físicos descrevem esse fenômeno e a forma com que músicos percebem o mesmo. Daqui já podemos deduzir que há diferentes perspectivas sob o entendimento de ‘som’, embora, no fundo, afora as definições, todos saibamos o que ele é.

“Som pode ser entendido como uma variação de pressão muito rápida que se propaga na forma de ondas em um meio elástico.” Fernando Iazzetta (veja o link na bibliografia).

“O som é uma qualidade perceptiva que é resultado da percepção de distúrbios das moléculas de um meio em um certo espaço de tempo. Esses distúrbios, por sua vez, apresentam-se em forma de ondas em sua propagação pelo meio.” Victor Lazzarini (veja o link na bibliografia). “A primeira constatação acerca do fenômeno acústico e da existência dos sons diz respeito a esta dupla lei inexorável: sem movimento não pode haver som, e todo movimento produz som, sejam estes percebidos ou não por nosso mecanismo auditivo.” Flo Menezes (MENEZES, 2003, p.19).

Outras definições possíveis dizem respeito à uma característica física também, ou à uma característica humana, como: ‘percepção de vibração estimulando o ouvido’, por exemplo. Nas definições de Iazzetta e Menezes, ambos músicos e professores da USP, a questão física predomina, embora Menezes já introduza a questão perceptiva ao final de sua oração. Já o Prof. Lazzarini (Prof. da National University of Ireland), define o mesmo fenômeno em termos de percepção. Aqui entra a velha questão, filosófica até: será que se uma arvore cair em uma floresta e nós não ouvirmos, existiu som? As possíveis respostas, claro, são sim e não. Sim – se minha definição de som for, por exemplo, a dos Profs. da USP acima citados. Não – se meu entendimento de som for próximo ao que o Prof. Lazzarini afirma, ou seja, se entender o som como uma ‘qualidade perceptiva’.

Outras definições, em dicionários:

- Houaiss

Acepções ■ substantivo masculino 1 tudo que é captado pelo sentido da audição, que podemos ouvir;

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ruído, barulho Ex.: de noite, ouvem-se s. estranhos naquela velha casa 2 Rubrica: física. vibração que se propaga num meio elástico com uma freqüência que compreende a região entre 20 e 20.000 hertz, capaz de ser percebida pelo sistema auditivo humano 3 sensação auditiva provocada por essa vibração 4 ruído ou timbre característico de uma determinada fonte sonora Ex.: <s. de passos> <s. de batidas na porta> <s. de serra elétrica> <gostava de ouvir os s. da fazenda> 5 Regionalismo: Brasil. Uso: informal. música, esp. música popular, pop music etc. Ex.: está descansando e ouvindo um s. 6 Regionalismo: Brasil. Uso: informal. característica ou estilo de uma banda, de um músico, de um conjunto de música popular, de uma orquestra etc. Ex.: o s. da orquestra de Glenn Miller 7 Rubrica: fonética. qualquer emissão sonora, simples ou combinada, feita pelo aparelho fonador humano 8 Rubrica: música. característica especial de cada instrumento; timbre, sonoridade Ex.: o órgão tocava ora com s. de guitarra, ora de flauta

- Michaelis

som sm (lat sonu) 1 Tudo o que soa ou impressiona o sentido do ouvido; ruído. 2 Ruído ritmado, produzido por vibrações sonoras que se sucedem regularmente. 3 Timbre. 4 Voz. 5 Palavra cuja articulação é mais ou menos agradável ao ouvido. 6 Gram Qualquer emissão de voz simples ou articulada.

Entretanto, para nossos fins, precisamos entender o som dos dois modos. Em termos técnicos, precisamos saber as questões físicas ou acústicas. Já em termos de estética, precisamos conhecer o som do ponto de vista perceptivo. É o que estaremos fazendo nessa disciplina. Sempre estaremos falando e trabalhando com som. Mas veremos muito, também, ‘música’ e ‘áudio’. E o que é áudio? E o que é música? Tudo o que podemos ouvir é ‘audível’. O áudio, um termo técnico, vem daí – algo que podemos ouvir. Falando em medidas físicas, podemos ouvir os sons entre 20Hz (Hertz) e 20000Hz. O áudio é, portanto, um termo técnico e se refere àquilo que não está em meio mecânico, mas em meio elétrico (eletromagnético) ou digital. Quando falamos que uma orquestra está tocando, falamos que ela está ‘fazendo música’ ou ‘produzindo som’. Mas se essa orquestra está sendo gravada, então estamos frente à uma produção de áudio. A definição de música, embora todos saibamos o que ela é, também é complicada. O mais simples que podemos dizer é que é ‘uma organização formal de sons’. E essa também é uma definição de cunho físico. A questão da percepção (e a subjetiva, em geral) entra na definição da música em termos de ‘agradabilidade’, imitação da natureza e expressão de algo (um sentimento, por exemplo). A intencionalidade é um ponto pouco discutido mais de fundamental importância, porque para que seja feita uma organização sonora formal é necessária a intenção de se fazer isso. Ou seja, não é possível fazer música ‘sem querer’. Assim, teríamos o grande conjunto dos sons. Dentro desse, temos os mecânicos e os eletromagnéticos (analógicos) e digitais. Os sons que dentro dos dois últimos conjuntos são

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‘áudio’. Do mesmo modo, a música está contida no grande conjunto do som e também engloba parte do conjunto do áudio. Entretanto, nem todo áudio é música. Podemos ter diversos sons em formato analógica ou digital e esses não serem música. Dois outros conjuntos que se relacionam à esse meio (som, música e áudio) são: homem e tecnologia. Tanto em música quanto em áudio temos a participação desses dois ‘fatores’. Enquanto que, do ponto de vista físico, o som somente precisa de movimento para existir. Comecemos a entender melhor o som e a música na próxima aula.

INTEGRAÇÃO: Debater o assunto.

Relacionar e apresentar por escrito ao Professor três exemplos de ‘produtos’ de: som, música e áudio.

BIBLIOGRAFIA:

BENNETT, R. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

COPLAND, Aaron. Como ouvir e entender música. Rio de Janeiro: Artenova. 1974.

HARNONCOURT, Nikolaus. O Discurso dos Sons. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

JOURDAIN, R. Música, Cérebro e Extase: como a música captura nossa imaginação. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.

Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. In: http://biblioteca.uol.com.br/

Dicionário Michaelis de Língua Portuguesa. In: http://biblioteca.uol.com.br/

IAZZETTA, Fernando. Tutoriais de áudio e acústica. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/iazzetta/tutor/acustica/introducao/som.html

LAZZARINI, Victor. Elementos de Acústica. Disponível em: http://music.nuim.ie//vlazzarini/papers/Elementos_de_Acustica.pdf