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Art Nouveau

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Art Nouveau

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Art Nouveau Estilo que se desenvolve a partir de 1880 apogeu em 1900 – Exposição Universal de Paris declínio na 1ª década do séc. XX O nome deriva de uma loja parisiense – Maison de l’art Nouveau Espanha – Modernismo Itália – Estilo Liberty Bélgica – Le Stile Moderne Alemanha e Escandinávia – Jugendstil Áustria – Secessionstil Buscar uma alternativa para a arte e a decoração

Toulouse-Lautrec. Cartaz do célebre Moulin Rouge.

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Art Nouveau Um Proto-Modernismo - O movimento Arts and Crafts exerceu, sem dúvida, uma influência decisiva no continente, no estilo que veio a ser conhecido por Art Nouveau, o qual, seguindo os princípios fundamentais daquele movimento britânico, veio a ser uma tentativa pioneira de encontrar um estilo moderno.

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Morris

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Art Nouveau Partilha-se de um interesse moderno pela beleza orgânica.

Nesta vasta corrente destacam-se:

- as Escolas de Bruxelas, de Paris e de Nancy (francófonas),

- o Jugendstil alemão,

- a Escola de Glasgow,

- a Secessão Vienense,

- a Escola de Chicago ou ainda a excentricidade do catalão Antoni Gaudí.

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Design Orgânico - A Arte Nova continuou o desenvolvimento do conceito de "orgânico", no design e arquitetura, inspirando-se nas formas naturais.

A ornamentação já não era empregue arbitrariamente, como no historicismo, nascia organicamente a partir da construção e da função do objeto.

Como características importantes que esta linguagem "moderna" trouxe para a arquitetura e design, saliente-se a exploração da linha fluída, ondulada ou chicotada, a composição assimétrica e, sobretudo, pela elegância das formas dinâmicas, o ritmo visual.

A inspiração também buscava-se no celtismo, em certos casos, ou no japonismo, nas tendências que preferiam uma linha geometrizante, como a Escola de Glasgow e a Secessão Vienense.

Cadeira Cobra. Com inspiração céltica.

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Jóia de René Lalique.

Ilustração de Aubrey Beardsley para a Salomé de Oscar Wilde.

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Obra de Arte - Henry van de Velde exigia que uma sala fosse uma obra de arte total.

Os artistas Art Nouveau eram arquitetos e designers.

Na boa tradição arts and crafts, a Art Nouveau opunha-se ao processo industrial, mas a sua defesa radical da produção artesanal tornava os seus preços proibitivos, permitindo só a uma classe rica e culta o desfrute dos seus artigos.

Casa Tassel de Vitor Horta em Bruxelas (1892). Considerada por alguns historiadores como o primeiro exemplo de Arte Nova na Europa.

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Henry Van de Velde

Concentrado de claras de ovo Tropon, cartaz, 1898

e Alimento infantil Tropon,

embalagem, 1898

Influenciado por William Morris, Van de Velde também criou livros para editoras privadas, mas em vez de ignorar as máquinas, preferiu conhecê-las a fundo, empenhando-se ainda em convencer a grande indústria a permitir que o artista determinasse o formato de seus produtos. Embora seu design para o pôster de alimento concentrado Tropon tenha sido publicado pela revista berlinense de arte e literatura Pan, é um trabalho totalmente comercial, que fazia parte de um conjunto de criações gráficas para embalagens e publicidade.

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O trabalho mais completo na área de identidade corporativa foi realizado por Peter Behrens. Seus

primeiros trabalhos gráficos, como o pôster criado em 1901 para a exposição da colônia de artistas de Darmstadt, reproduzem o formato alongado

dos pôsteres da Escola de Glasgow, mas pertencem totalmente ao século XX pelo seu

desenho discreto e comedido e por suas letras quase mecânicas.

Peter Behrens Um documento da arte alemã: exposição da colônia de artistas de Darmstadt, pôster, 1901

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Família de tipos Behrens-Schrift, 1902, criado Peter Behrens

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Em 1916, Peter Behrens criou o material publicitário para o truste Allgemeine Elektricitäts Gesellschaft – AEG – que se tornou o “estilo da casa”. Esse conceito foi desenvolvido nos anos 30 pela Olivetti na Itália

e pela Container Corporation of America com o nome de Identidade Visual Corporativa.

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Artistas - O melhor representante da Art Nouveau parisiense foi Hector Guimard, autor das entradas em ferro forjado do Metro de Paris (1900).

O seu estilo alia o mais bem sucedido design artístico com a técnica moderna.

Na América, Tiffany foi famoso pelo seu estilo de trabalhar o vidro. Louis Sullivan, com quem Frank Lloyd Wright trabalhou, foi o mestre da Escola de Chicago, cidade populosa onde os arranha-céus começaram a levantar-se graças às possibilidades técnicas das estruturas de aço.

Atribui-se a Sullivan a máxima do funcionalismo "a forma segue a função".

Guimard. Entrada da estação Abbèsses.

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Mucha - Talvez o mais famoso artista gráfico da Art Nouveau.

De origem eslava (checo) emigrou para Paris onde se estabeleceu e alcançou grande sucesso, em parte, devido ao trabalho contínuo com a atriz Sarah Bernardth, para quem fazia os cartazes, anúncios de espectáculos de teatro, invariavelmente exibindo a figura da atriz que ele ajudou a endeusar representando-a em poses majestáticas, com uma aura neo-pagã.

As belas mulheres de Mucha ajudaram a criar o estilo de vida Art Nouveau.

Cartaz para os cigarros Job, no qual a letra O sugere uma aura.

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Mucha também experimentou a escultura. Este busto mostra a influência folclórica eslava que caracteriza a sua obra.

Cartaz para Cervejaria

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Antoni Gaudí - Catalão de Barcelona, é talvez o mais original dos artistas Art Nouveau.

Mais conhecido pela estranheza do projeto inacabado da Catedral da Sagrada Família em Barcelona.

O Parque Güell e a casa Batló, na mesma cidade, são outros dois belos exemplares da sua prolífica obra.

O seu expressionismo único inspira-se nas formas orgânicas de modo extremamente fantasista, o telhado da casa Batló sugere o dorso de um fantástico dragão.

Gaudí modelava os seus edifícios como se fossem esculturas.

Antoni Gaudí.

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Telhado da casa Batló em Barcelona. Detalhe telhado Casa Milá

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Detalhe Casa Milá

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Escola de Glasgow – foi a mais significativa contribuição britânica ao Art Nouveau.

Tinha como expoentes:

Charles Rennie Mackintosh – 1868-1928

Margaret Macdonald – 1865-1933

Frances Macdonald – 1874-1921

Herbert Mcnair – 1870-1945

Tinham inspiração nas formas geométricas e padrões bidimensionais japoneses, na ornamentação plana céltica e nos contornos retilínios do Arts and Crafts.

Voysey. Cadeira de espaldar alto, característica do design de arts and crafts.

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Escola de Glasgow

Criam um estilo de padrões mais auteros, retilínios ou com curvas suaves.

Quase sempre se referiam ao mundo natural.

Salão de chá. Arquitetura, mobiliário e decoração de Charles Rennie Mackintosh.

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Charles Rennie Mackintosh - Arquitecto e designer escocês, representativo da Escola de Glasgow, caracteriza-se por um estilo de formas e ritmos enfaticamente geométrico.

A requintada depuração da cadeira de Hill House (1903) poderia facilmente passar por uma obra nossa contemporânea.

Com o seu geometrismo e concentração no ritmo, Mackintosh influenciou muito diretamente o estilo da Secessão Vienense e da Wiener Werkstäat graças a uma exposição da sua obra em Viena.

A mais famosa cadeira de Mackintosh.

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Sob a influência de Mackintosh, Josef HOFFMANN e Joseph Maria OLBRICH levaram para o Wiener Werkstätte e depois para o Deutsche Werkbund o estilo reto, linear e puro do escocês , o que serviu de base para o Movimento Moderno na Alemanha.

pôster, 1896

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Em Viena, as formas convencionais das letras do alfabeto foram submetidas a estilizações e distorções de insuperável efeito decorativo – e ilegibilidade.

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Elas foram ao mesmo tempo anunciadas e denunciadas em Decorative Type in the Service of Art (1899 – Tipo decorativo a serviço da arte), livro escrito por um professor de desenho de letras da velha geração, Rudolf von Larisch.

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Ele representou os designers por suas letras mal desenhadas, pela dificuldade de dispô-las juntas e por

seu excessivo ornamento. Ao mesmo tempo Larish aprovou as letras criadas pelo principal arquiteto do estilo renascentista vienense, Otto Wagner, que se

juntara aos secessionistas em 1899.

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Otto Wagner criou a fachada para o escritório de telegrafia Die Zeit em 1902. A linguagem visual era assombrosamente parecida com a da escola vienense de design gráfico.

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Nos anos 20, o quadrado se tornou uma obsessão

para os designers gráficos. Foi assim com a Wiener Werkstätte (Oficina de

Viena), criada em 1903 por Josef Hoffmann, ex-

assistente de Otto Wagner, e pelo designer Koloman

Moser – ambos ex-professores da Escola de Artes e Ofícios de Viena.

Charles Rennie Mackintosh

propôs uma marca de fábrica, mas toda a identidade visual da

empresa foi concebida por Hoffmann.

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Hoffmann criou timbres, cartões, faturas e papéis de embrulho. O motivo do quadrado é repetido em toda parte.

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O quadrado foi formato adotado pela revista mensal da Secessão, Ver Sacrum (Primavera Sagrada). Lançada em 1898, o periódico discutia exposições e publicava colaborações da vanguarda literária.

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Contendo ilustrações e decorações criadas pelos artistas secessionistas e reproduzidas pelas técnicas fotomecânicas utilizadas por periódicos de muito menor custo.

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A Ver Sacrum se inseria mais naquela tradição exclusiva dos livros publicados pelas editoras privadas do que no padrão comum das revistas – ao fechar, após seis anos, sua lista de assinantes contava com apenas seiscentos nomes.

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Embora muitas das criações do Art Nouveau tenham sido artesanais, o movimento aceitava a intervenção da máquina e apreciava os benefícios da produção em massa e dos avanços tecnológicos.

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Características Gerais: • Emprego da assimetria – Japão e Rococó; • Predomínio de formas florais ou naturais; • Dedicação do estilo à feminilidade; • Quase total ausência de temas religiosos; • Linhas curvas ou flexíveis; • Evita-se qualquer coisa abrupta ou desagradável; • As formas devem ser graciosas para atrair a atenção e não exageradas para prender a atenção; • Capricho e luxo sensual; • Tentativa de unir indústria à arte.

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Expoentes da Art Nouveau

Na Espanha:

Antoni Gaudi – medievalismo, orientalismo e influência moura.

Na França:

Emille Gale, Eugene Vallin, Rene Lalique, Hector Guimard, Alphonse Mucha.

Na Bélgica:

Victor Horta, Henry Van de Velde, Paul Hankar, Gustave Serruier-Bovy e Philippe Wolfers.

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Expoentes da Art Nouveau

Na Escócia: Charles Rennie Mackintosh, Margaret Macdonald, Frances Macdonald, Herbert Mcnair. Na Alemanha: Otto Eckman, August Endell, Peter Behrens e Peter Riemerschmid. Na Áustria: Koloman Moser, Josef Hoffman, Joseph Maria Olbrich.

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