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Prof: Marcelo Deusdedit

02 texto narrativo i

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Prof: Marcelo Deusdedit

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O QUE SÃO GÊNEROS NARRATIVOS?

São gêneros responsáveis por englobar relatosdevidamente organizados, que podem ser reaisou imagináveis, em geral, às ações e/ouacontecimentos são contados por um narrador.

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É um texto narrativo curto, que prioriza atransmissão de informação através damemorização e documentação dasexperiências humanas, situando-as notempo.

Exemplo: diários íntimos, diários de viagem,notícias, reportagens, crônicas, jornalísticas,relatos históricos, biografias, autobiografias,testemunhos, cartas entre outros.

RELATO INFORMATIVO

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Belém 05, fevereiro de 2013.Querida Coordenadora Magali,

Na Quinta-Feira da gincana foi muito divertido, porque teve, adança do “Treme”, se vira nos 30, concurso de poesia, troca desexo, o grito de guerra, parodia, o sósia, desfile de monstro, eimitação do professor. Eu estava na frente do palco, e vi tudo depertinho, todas as salas participaram, e eu tirei foto de tudo, e detodos para colocar no Facebook.Na Sexta-Feira da gincana também foi legal, porque teve a dançalivre, a caricatura, o mais brega, o R.G. mais antigo, karaokê, passaou repassa, , vinil e livro mais antigo, embaixadinha só que minhasala não participou. Alguns professores dançaram, ”DançaKuduro". E esteva também aqui na escola o DJ Edilson 360⁰, e suaaparelhagem com cenário 3D. Foi a gincana mais divertida daminha vida!Muitas felicidades para você,

Uma aluna da classe.

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É um gênero narrativo que leva emconsideração o imaginário, fantasia oucriação. Fatos possivelmente ocorridos.

Exemplo: o relato do povo paraense sobre aMoça do taxi.

RELATO FICCIONAL

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Fábula: narrativa inverossímil, com fundodidático, que tem como objetivo transmitiruma lição de moral. Normalmente a fábulatrabalha com animais como personagens.

ESOPO

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A fábula é das mais antigas narrativas, coincidindoseu aparecimento, segundo alguns estudiosos,com o da própria linguagem. No mundo ocidental,o primeiro grande nome da fábula foi Esopo, umescravo grego que teria vivido no século VI a.C.Modernamente, muitas das fábulas de Esopoforam retomadas por La Fontaine, poeta francêsque viveu de 1621 a 1695. O grande mérito de LaFontaine reside no apurado trabalho realizado coma linguagem, ao recriar os temas tradicionais dafábula. No Brasil, Monteiro Lobato realizou tarefasemelhante, acrescentando, às fábulastradicionais, curiosos e certeiros comentários dospersonagens que viviam no Sítio do Pica-PauAmarelo

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APÓLOGO

Bem parecido com a fábula em sua estrutura, oapólogo é um tipo de narrativa que personificaos seres inanimados, transformando-os empersonagens da história. Mas pode se utilizardas mais diversas e alegóricas personagens:animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas,humanas ou não. Da mesma forma, ilustra umalição de sabedoria.

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CONTO

É a mais breve e simples narrativacentrada em um episódio da vida.Sendo que este pode ser real ou podeser também fictício, ou seja, algoresultante de uma invenção.

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A Verdade

Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho,deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muitobrancos, quando sentiu o seu anel de diamante ser levado pelaságuas. Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa quefora assaltada por um homem no bosque e que ele arrancara oanel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre umcanteiro de margarida. O pai e os irmãos da donzela foram atrásdo assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, eo mataram, mas não encontraram o anel de diamante. E adonzela disse:

- Agora me lembro, não era um homem, eram dois.

E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem,e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha oanel. E a donzela disse:

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- Então está com o terceiro!

Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. E o pai e os irmãos dadonzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram nobosque. Mas não o mataram, pois estavam fartos de sangue. E trouxeram ohomem para a aldeia, e o revistaram, e encontraram no seu bolso o anel dediamante da donzela, para espanto dela.

- Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo, e a deixoudesfalecida - gritaram os aldeões. - Matem-no!

- Esperem! - gritou o homem, no momento em que passavam a corda daforca pelo seu pescoço. - Eu não roubei o anel. Foi ela quem me deu!

E apontou para a donzela, diante do escândalo de todos.

O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando, quando adonzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo. Depois adonzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o queera o amor. Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que adonzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leitode núpcias. Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo "Já que meusencantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor". E ele sucumbira,pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.

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Todos se viraram contra a donzela e gritaram:"Rameira! Impura! Diaba!" e exigiram seu sacrifício. Eo próprio pai da donzela passou a forca para o seupescoço.

Antes de morrer, a donzela disse para o pescador:

- A sua mentira era maior que a minha. Eles matarampela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está,afinal, a verdade?

O pescador deu de ombros e disse:

- A verdade é que eu achei o anel na barriga de umpeixe. Mas quem acreditaria nisso? O pessoal querviolência e sexo, não histórias de pescador.

Luis Fernando Veríssimo