02.Infecções vias respiratorias superiores

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  • LICENCIATURA EM MEDICINA

    MICROBIOLOGIA ESPECIAL

  • INFECESNDAS VAS RESPIRATORIAS SUPERIORES

    - OTITE E SINUSITE - DIFTERIA - TOSSE CONVULSA

  • INTRODUCO: Embora o Trato Respiratorio seja um contnuo, desde a nariz at os alvolos, conveniente se estabelecer uma distino entre infeces das vias areas inferiores e superiores, independentemente do agente causal ser o mesmo.

    OTITE E SINUSITE: Podem ser causadas por muitos vrus e uma variedade de infeces bacterianas secundrias capazes de invadir

  • Cont. os espaos areos associados com o trato respiratrio superior ( seios nasais, ouvido meio, mastide ). Ex. estreptococos pneumoniae , H. influenzae. Complico importante: Abcessos Cere-brais. a) OTITES MEIA AGUDA: Aparece frequentemente em lactantes e crianas, porque nesta idade, a Trompa de Eustquio, ainda se encontra muito aberta.

  • Cont. A etiologia destes episdios, pelo menos 50% so de origem viral e os invasores bacterianos so os residentes da nasofa-ringe como:estreptococos pneumoniae, H influenzae, estreptococos pyogenes e staphylococcus aureus.Os sintomas podem ser gerais: febre, dor a nvel do ouvido, irritao etc. Frequentemente a secreo persiste no ouvido meio por semanas ou meses, a pesar da terapia, em lactantes e crianas, isto contribui para audio

  • Cont. prejudicada e dificuldades no aprendizagem. Diagnstico Laboratorial: Na otites meia supuradas:- estudo directo da secreo. - estudo cultural.b) OTITE EXTERNA: Essas infeces do ouvido externo, podem causar irritao e dor, e devem ser diferenciadas da otite meia. A diferena do ouvido meio, o canal externo possui uma

  • Cont: uma flora bacteriana semelhante a da pele ( estafilococos e corinebactrias ), e os patgenos responsveis pela otite meia difcil - mente so encontrados na otite externa.O ambiente hmido favorece a colonizao por:Staphylococcus ureos, Cndida Albicans, e oportunistas gram negativos como, proteus e pseudomonas aeruginosa. Diagnstico Laboratorial:1- Estudo directo da secreo ( microscopia e gram)2- Estudo cultural.

  • Cont. c) SINUSITE: A etiologia e patognesis so semelhantes as da Otite Meia e as caracters-ticas clnicas incluem , dor facial e sensibil-dade localizada . A identificao do agente causal pode ser po-ssvel por microscopia e cultura do pus aspi-rado dos seios. No uma pratica comum.Nos casos de Otite Meia no perfurada e nasSinusite, onde no podemos obter material para estudo, utilizamos no tratamento, Ampicilina, Amoxacillina, ou Cefalosporinas. de ultima gerao.

  • DIFTERIAAgente Etiolgico: causada por cepas de Co-rynebacterium Diphtheriae produtoras de txi-nas e podem produzir obstruo respiratria com risco de vida.So bacilos gram positivos, pequenos geral- mente pleomrficos .As corynebactrias so aerbias ou faculta-tivamente anaerbicas.

  • Cont: EPIDEMIOLOGA: uma doena com distri-buio mundial . comum nos pases no de-senvolvidos, onde o nvel de imunidade induzi-da baixo, e rara nos pases desenvolvi-dos devido aos programas efectivo de amplia imunizao. PATOGENIA: A TOXINA DA DIFTERIA: Para existir doena necessria a presena de ce-pas toxignicas.

  • Cont. Os genes que codificam a produo da toxina, so introduzidos na C. Diptheriae por um bac terifago lisognico ( B corinefago ).As cepas de C. D. que no possuem esse bacterifago so incapazes de produzir toxina.A toxina sintetizada como um nico pptidocom um peso molecular de 62,000 d, com 535a.a. , e consiste em dois fragmentos B e A .

  • Cont.Fragmento B ( ligao ), medeia a ligao a superfcie celular, permitindo que oFragmento A (activo) enzimaticamente activo penetre na clula que o fragmento txico.Uma nica bactria pode produzir 5000 mole culas de toxinas por hora e o fragmento txico to estvel no interior da clula que uma ni-ca molcula capaz de destruir a clula. Por raes ainda desconhecidas as clulas do miocrdio e dos nervos perifricos so particu-larmente susceptveis aco desta toxina.

  • Cont. CUADRO CLNICO: uma doena grave e o diagnstico clnico questo de urgncia.A apresentao clnica da Difteria determi-nada pelo local de infeco, estado imunolgico do paciente e virulncia do organismo.A exposio a C.D. pode resultar em:1- Colonizao assintomtica em indivduos completamente imunes.

  • Cont.2- Doena respiratria leve em pacientes par-cialmente imunes.3- Doena fulminante. Algumas vezes fatal empacientes no imunes.Perodo de incubao: de 2 6 dias.Os organismos se multiplicam no local, nas clulas epiteliaes, na faringe o superfciesadjacentes, e inicialmente produzem leso lo-calizada por actividade da exotxina.

  • Cont.Sintomas e sinais: Inicio sbito, mal-estar, dorde garganta, faringite exudativa e febre.A toxina destri as clulas epiteliaes e os po-limorfonucleares, formando uma lcera reco berta por um exsudado necrtico, que pode e-evoluir para uma pseudomenbrana que torna-se obscura e ftida.A Difteria nasofaringea a forma mais graveda doena.

  • Cont.Quando envolvimento da laringe, o resultado pode ser uma obstruo respiratria fatal.Diagnstico Laboratorial ( depende de parme-tros clnicos) porque os testes laboratoriais de-finitivos podem levar uma semana ou mais. 1- Ex. microscpico : ( grnulos metacromti-cos colorados com azul de metileno). No so especficos para este organismo.

  • Cont.2- Cultura: -As corinebacterias crescem em meios laboratoriais comuns, pro requerem de incubao prolongada.A C. diphteriae possui uma cor caractersticacinza a preta em agar telurito.A morfologia das colnias so teis para a Classificao .A identificao exacta baseada em testes bioqumicos especficos.- confirmatrio.

  • Cont.Tratamento: A Difteria pode ser controlada com tratamento imediato a base de antitxinas e antibiticos.1- Uso de antitoxina diftrica para a neutralizaco especfica da exotoxina.2- Antibioticoterpia, com penicilinas ou eritromicinas.

  • Cont: Preveno: A Difteria sintomtica podeser evitada pela imunizao activa comtoxoide diftrico durante a infncia, com uma vacina segura e eficaz.Controle: O paciente deve ser isoladopara reduzir o risco de propagao da cepa toxignica, para outros indivduossusceptvel.

  • TOSSE CONVULSA (Coqueluche , Tos ferina )

    UMA DOENA GRAVE DA INFNCIA.Agente etiolgico: Bordetella Pertussis so bacilos gram negativos, extraordin-riamente pequenos (estritamente aer bios).

  • Cont: O gnero consiste em 3 espcies:1- B. Pertussis (termo latino para tosse Intensa).2- B, Parapertussis (forma mais leve).3- B. Bronchisptica (responsvel por doena respiratria em ces, animais delaboratrio e ocasionalmente em sereshumanos.DISEMINAO: interpessoal, ocorre a-travs de gotculas areas.

  • Cont: PATOGENIA: A infeco por B.P. e O desenvolvimento de Coqueluche, requer exposio ao organismo, fixao baterianas clulas epiteliais ciladas da rvore brnquica, proliferao das bactrias e produo de leso tecidual localizada e sistmica.A infeco por B.P. est associada com a produo de uma variedade de factores txicos.

  • Cont:1- Toxina Pertussis: semelhante a toxina diftrica, consistindo de uma unidade (A)activa e uma unidade (B) de ligao. A u-nidade A uma ADP. 2- Toxina Adenilato-Ciclase: Consiste emum nico peptdeo que pode penetrar na clula do hospedeiro induzindo um au mento da (AMP) cclica, a nveis suprafi-siolgicos.

  • Cont:3- Citotoxina traqueal: Componente da parede celular derivada do peptidoglica-no da B. Pertussis. Esta toxina destri especificamente clulas epiteliais da tra-queia. 4- Endotoxina: A estrutura da parede ce-lular lipopolissacardica da Bordetella, di-fiere da endotoxina clssica e de outros bacilos gram negativos, porem possui semelhanas funcionais e pode ter um papel na patognese da infeco.

  • Cont:Epidemiologia: A Coqueluche uma doena com distribuio mundial.A incidncia da doena com sua morbili-dade e mortalidade associadas, foi redu-zida nos ltimos anos com a ampla dis ponibilidade de vacinas eficazes.

  • Cont:CUADRO CLINICO: A infeco por B.P. Caracteriza-se por paroxismos de tossesseguidos de sibilos.Aps um perodo de incubao de 1-3 semanas , a infeco se manifesta inicialmente como uma doena catarral, segui- da at uma semana mais tarde, de uma tosse seca, no produtiva que se torna paroxstica.

  • Cont: O paroxismo caracterizado por uma srie de tosses curtas com produo intensa de muco, seguidas de sibilos sinais caracters-ticas produzidas pela inspirao de ar. COMPLICAES: anoxia do S.N.C., exausto e Pneumonia secundria invaso do trato respiratrio danificado por outros patgenos.

  • DIAGNOSTICO LABORATORIAL:Colheita e transporte da amostra: A B.P. extremada mente sensvel ao reseca-mento e no sobrevive, excepto se houver cuidado na colheita e transporte para o laboratrio. A amostra deve ser directamente inocu-lada no leito do paciente em meios de i-solamento preparados recentemente(meio de Regan Lowe). O organismo nosobrevive ao transporte em meios de transporte tradicionais.

  • Cont:1- Microscopia: As amostras podem ser examinadas por um procedimento de an-ticorpos fluorescentes directos, em que a amostra aspirada colocada em uma lmina seca ao ar e fixada pelo calor, edepois corada com anticorpos marcadoscom fluorescena direccionados contra aBordetella Pertussi.

  • Cont:2- Cultura: Os meios inoculados so incu-bados em uma cmara hmida durante at 7 dias . Geralmente so observadas colnias minsculas aps 3 ou mais dias de incubao. 3- Reaco de Aglutinao: Com antiso-ros especficos.

  • Cont:TRATAMENTO: primariamente de apoio.tratamento antibacteriano, a eritromicina a droga de escolha.A profilaxia dos contactos de casos acti-vos, com eritromicina til no controle da disseminao da infeco.PREVENO: Consiste no processo de i-munizao activa. A eficcia da vacina Pertussis geralmente alta.

  • Cont: EFEITOS COLATERAIS:1- Febre, mal-estar e dor no local da ad-ministrao (20% das crianas).2- Convulses (0.5 dos vacinados).3- Encefalopatias e sequelas neurolgi-cas permanentes, com uma taxa esti-mulada de 1 em 100,000 vacinaes(menor 0,001 %).