Silney de Souza - Editora Saraiva Seguros: Contabilidade, Auditoria, Atuária Parte 1: Seguros Capítulo 3: Estrutura do Mercado Segurador Conteúdo O Sistema Nacional de Seguros Privados Conselho Nacional de Seguros Privados Superintendência de Seguros Privados Instituto de Resseguros do Brasil Sociedade Seguradora Corretor de Seguro Outras Entidades do Setor
Parte 1: Seguros Capítulo 1: Seguros - Perspectivas
HistóricasConteúdo
Conselho Nacional de Seguros Privados
Superintendência de Seguros Privados
Sociedade Seguradora
Conselho Nacional de Seguros Privados
O CNSP é o órgão máximo do setor de seguros, responsável pela
fixação de diretrizes e normas da política de seguros e resseguros,
regulando e fiscalizando a orientação básica e funcionamento dos
componentes do sistema. Ele é formado, como mostra a Figura 3.2,
pelo ministro da Fazenda, como presidente, e representantes
advindos de ministérios públicos, outros órgão do setor (por
exemplo, da presidência da SUSEP) e do sistema privado (nomeados
pelo presidente da República).
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Conselho Nacional de Seguros Privados
Ver figura 3.2 do livro
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Conselho Nacional de Seguros Privados
Ao fixar as diretrizes e normas das políticas de seguros, o CNSP
tem como objetivos (i) promover a expansão do mercado em
conformidade com o crescimento do país; (ii) buscar reciprocidade
nas operações, condicionamento a autorização para o funcionamento
das empresas estrangeiras à igualdade de condições no pais de
origem; (iii) coordenar a política de seguros com a política de
investimento do Governo Federal e (iv) preservar a liquidez e a
solvência das sociedades seguradoras.
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Conselho Nacional de Seguros Privados
Outras atribuições do CNSP também incluem a regulamentação da
constituição, organização, funcionamento, fiscalização e aplicação
das penalidades previstas das empresas, organizações e pessoas
envolvidas no sistema nacional de seguros privados; a fixação das
características gerais dos contratos de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro; a fiscalização da corretagem do
mercado e da profissão de corretor.
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Superintendência de Seguros Privados
A SUSEP é o órgão governamental de atuação colegiada e competência
normativa responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de
seguro, previdência privada aberta, capitalização e
resseguros.
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Superintendência de Seguros Privados
A SUSEP é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda criada
pelo Decreto-lei n.º 73, de 21 de novembro de 1966.
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A SUSEP tem como principais atribuições fiscalizar a constituição,
organização, funcionamento e operação das sociedades seguradoras,
de capitalização, entidades de previdência privada aberta e
resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo
CNSP.
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Superintendência de Seguros Privados
É a SUSEP quem autoriza uma empresa a atuar no mercado de seguros,
verificando suas qualificações e adequação às normas legais. Se a
seguradora aproximar-se dos limites máximos estabelecidos, a SUSEP
propõe uma reformulação na sua política de seguros a ser executada
em 90 dias.
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A SUSEP passa a acompanhar de perto a empresa, podendo aplicar as
medidas previstas. No caso da empresa ter de ser fechada, é a SUSEP
quem administrará a massa liquidanda;
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atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se
efetua por meio das operações de seguro, previdência privada
aberta, de capitalização e resseguro;
promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do
Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de
Capitalização. Para acompanhar de perto o mercado, a SUSEP está
sempre coletando informações específicas ao setor. Além disso, a
partir dos dados obtidos ela envia periodicamente boletins
informativos para os integrantes do sistema.;
zelar pela defesa dos interesses dos consumidores. A SUSEP
esclarece as dúvidas dos consumidores e recebe e encaminhas as
reclamações por eles feitas. A maioria delas, 41%, é relativa ao
ramo de automóveis.
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A SUSEP também procura promover a estabilidade dos mercados sob sua
jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das
entidades que neles operem; zelar pela liquidez e solvência das
sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os
investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens
garantidores de provisões técnicas e cumprir e fazer cumprir as
deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem
delegadas;
O julgamento dos recursos contra as decisões da SUSEP é feito pelo
CNSP.
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Instituto de Resseguros do Brasil
O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) atualmente denominado IRB
Brasil Resseguros S.A., foi criado em 1939 no Governo Vargas. As
principais atribuições do IRB são fiscalizar o resseguro
obrigatório e facultativo do país ou exterior; organizar e
administrar consórcios; proceder a liquidação de sinistros e
distribuir pelas seguradoras a parte dos resseguros que não retiver
e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capacidade
do mercado segurador interno ou aquela cuja cobertura fora do país
convenha aos interesses nacionais (retrocessão). As operações do
IRB têm a garantia de seu capital e reservas e, subsidiariamente, a
garantia da União.
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Instituto de Resseguros do Brasil
A origem do resseguro é ligada aos enormes prejuízos que as
seguradoras vinham tendo em razão da crescente onda de incêndios
causadas pelo fato de, antigamente, a maioria das casas e
edificações serem de madeira. A primeira empresa exclusiva de
resseguro foi a alemã Koelner Ruckversicherungsgesellschaft,
fundada em 1846.
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Instituto de Resseguros do Brasil
Em 1996, foi aprovada a quebra de monopólio para a atividade de
resseguro no Brasil, delegada, até então, exclusivamente ao IRB. Em
997, o IRB foi transformado em IRB-Brasil Re, com controle
acionário da União e metade do capital do IRB com ações
preferenciais (sem direito a voto) para as 127 seguradoras que
atuavam no Brasil. Em 2000, ocorreu a privatização da
instituição.
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Instituto de Resseguros do Brasil
Quando o IRB era o operador único de resseguro no Brasil, ele
acabava assumindo também funções normativas no mercado, em termos
de obrigatoriedade de consulta das seguradoras, de resseguro,
cosseguro ou retrocessão.
Apenas China, Vietnã e Índia ainda têm monopólios nesta área. Com
50% da produção de prêmios de seguro das Américas, o Brasil tem um
grande potencial para o mercado do resseguro
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Sociedades Seguradoras
Seguradoras são empresas que, por meio dos recursos dos prêmios
cobrados dos segurados, comprometem-se a indenizá-los no caso de
ocorrer o evento contra o qual se seguraram.
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Sociedades Seguradoras
As sociedades seguradoras, que devem ter autorização para
funcionamento concedida por Portaria do Ministro da Fazenda, não
estão sujeitas à falência nem poderão impetrar concordata.
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Sociedades Seguradoras
As seguradoras não podem ultrapassar os limites técnicos, fixados
pela SUSEP. Neste caso, elas têm de fazer resseguro das
responsabilidades excedentes em cada ramo de operações.
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Sociedades Seguradoras
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Corretor de Seguros
No Brasil as seguradoras só podem receber propostas de seguro por
intermédio de corretores legalmente habilitados, ou então,
diretamente dos proponentes ou dos seus legítimos
representantes.
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Corretor de Seguros
Corretagem de seguros é a intermediação feita por profissionais
habilitados na colocação de seguros, mediante o recebimento de uma
comissão percentual sobre o prêmio auferido pela seguradora.
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Corretor de Seguros
O comissionamento de intermediação é obrigatório. O corretor deve
ser remunerado toda vez que o resultado previsto no contrato de
mediação de seguros for alcançado, a não ser em casos de comprovada
inércia ou ociosidade do profissional.
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Corretor de Seguros
O corretor é legalmente autorizado a organizar e promover contratos
de seguros. É ele também quem orientará o segurado sobre o melhor
tipo de contrato de seguro, dentro da gama de produtos oferecidos
pelas empresas, esclarecendo dúvidas, por exemplo, sobre
coberturas, carências, validade, e atendendo às necessidades de seu
representado. Assim, o corretor não é um simples vendedor ou
intermediário e sim um verdadeiro consultor.
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Corretor de Seguros
Se não houver corretor, como no caso das malas diretas de seguro,
na qual a venda é feita por reembolso postal ou fatura de cartões
de crédito, a importância habitualmente paga a título de comissão
de corretagem deve ser recolhida ao Fundo de Desenvolvimento
Educacional do Seguro, administrado pela Fundação Escola Nacional
de Seguros (FUNENSEG).
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Corretor de Seguros
As seguradoras realizam a venda de seguros de três formas: via
corretor propriamente dito, via agente de seguros ou diretamente ao
consumidor.
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Corretor de Seguros
A Lei n.o 4.594, de 29 de dezembro de 1964, regulamenta o exercício
da profissão, estabelecendo as condições de habilitação, direitos e
deveres, penalização, fiscalização e de atuação dos prepostos de
seguros.
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Outras Entidades do Setor
Outras Entidades do Setor
A FENASEG ou Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e
de Capitalização é a entidade brasileira que congrega as empresas
do setor de seguros, tendo sido fundada em junho de 1951. Ela é
organizada por meio de oito sindicatos patrimoniais regionais. São
eles: Sindicatos da Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
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Outras Entidades do Setor
Entre as funções da FENASEG estão a divulgação do mercado de
seguros e de seus participantes (instituições de seguros,
capitalização e previdência privada); defesa dos interesses da
categoria e dos consumidores; promoção da conciliação nos dissídios
coletivos de trabalho e celebra contratos, acordos ou convenções
coletivas e oferecimento de serviços de consultoria e assessoria
para atender e orientar suas filiadas.
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Outras Entidades do Setor
A FENACOR ou Federação Nacional dos Corretores de Seguros, de
Capitalização e de Previdência Privada é uma entidade reconhecida
como entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica
dos Corretores de Seguros e de Capitalização.
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Outras Entidades do Setor
A FENACOR representa judicial e extrajudicialmente seus sindicatos
filiados, tendo como objetivo proteger os interesses de sua
categoria econômica; colaborar com os poderes públicos no estudo e
na solução dos problemas relacionados à categoria; prestar
assistência técnica e jurídica aos sindicatos filiados, inclusive,
assessoria técnica e operacionalidade no atendimento aos segurados
e beneficiários do convênio do seguro DPVAT e, por delegação de
atribuições da SUSEP, o exame de pedidos de registro de corretores
de seguros, dos ramos elementares, vida, capitalização e
previdência privada, e de alterações cadastrais.
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Outras Entidades do Setor
A Fundação Escola Nacional de Seguros — FUNENSEG é uma entidade
mantida pelo Sistema Nacional de Seguros Privados que surgiu como
resposta a um dos principais desafios do mercado segurador
brasileiro, a profissionalização e qualificação das pessoas e
empresas que trabalham com seguros.
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Outras Entidades do Setor
A FUNENSEG mantém convênios com instituições internacionais para a
realização de seminários, palestras, cursos e programas de bolsas e
faz parte do Institute for Global Insurance Education, organização
mundial que reúne instituições de ensino do seguro.
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Outras Entidades do Setor
A ANAPP — Associação Nacional da Previdência Privada — agrega as
entidades de previdência privada no Brasil, lutando por seus
interesses.
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Outras Entidades do Setor
A Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro, fundada em agosto de
1953, é uma associação civil sem fins lucrativos, que tem entre
outros o objetivo de promover o estudo, a pesquisa, o ensino e a
divulgação das Ciências do Seguro, além da criação de disciplinas
da área nas faculdades de ensino superior.
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Outras Entidades do Setor
Para estudar e promover as atividade de seguro e resseguro no
Mercosul, as associações de entidades privadas que operam nos
países membros criaram uma organização chamada Mercoseguros.
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