03 Lakatos Severino, ABNT-NBRs

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A LINGUAGEM CIENTFICA:ESTRUTURA E LGICA

MARCONI & LAKATOS, cap. 2 e 3

SEVERINO, cap. 5ABNT / NBRs: 6028, 6022, 14724 e 10520 Profa. Me. Kenia Adriana de Aquino

PESQUISA BIBLIOGRFICAA pesquisa um procedimento formal com mtodo de pensamento reflexivo. Constitui-se no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Mais do que procurar a verdade, encontrar respostas para questes, utilizando mtodos cientficos. um procedimento reflexivo sistemtico, controlado e crtico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relaes ou leis, em qualquer campo de conhecimento. (Ander-Egg, 1978) Implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os mtodos ou tcnicas empregadas.

DOCUMENTAO DIRETA E INDIRETAProcessos pelos quais se podem obter dados na pesquisa. DOCUMENTAO DIRETA: Levantamento de dados no prprio local onde os fenmenos ocorrem. Podem ser conseguidos os dados atravs de:

Pesquisa de campo Pesquisa de laboratrio

Ambas as formas (pesquisa de campo e de laboratrio) usam como tcnicas:

Observao e entrevista / observao, questionrio, formulrio, medidas de opinio e atitudes tcnicas mercadolgicas.

DOCUMENTAO DIRETA E INDIRETADOCUMENTAO INDIRETA: Os dados so coletados por outras pessoas, podendo constituir-se de material j elaborado ou no. Divide-se em:

Pesquisa documental (fontes primrias) provm dos prprios rgos que realizaram as observaes podem ser fontes escritas e no escritas (fotos, gravaes, desenhos, indumentrias, programas de tv e rdio, etc.). Pesquisa bibliogrfica (fontes secundrias) levantamento de toda a bibliografia j publicada em forma de livros, revistas, publicaes avulsas e imprensa escrita.

FASES DA PESQUISA BIBLIOGRFICA

A pesquisa bibliogrfica o primeiro passo de toda pesquisa cientfica. Escolha do tema; Elaborao do plano de trabalho (projeto); Identificao das referncias; Compilao das referncias; Fichamento; Anlise e interpretao; Redao.

1.2. 3. 4. 5.

6.7.

ESCOLHA DO TEMAPara escolher o assunto que se deseja desenvolver h que se considerar fatores internos e externos. FATORES INTERNOS: Selecionar um assunto de acordo com as inclinaes, aptides de quem se prope a elaborar o trabalho cientfico; Optar por um assunto compatvel com as qualificaes pessoais; Encontrar um objeto que merea ser investigado cientificamente e tenha condies de ser formulado e delimitado em funo da pesquisa.

ESCOLHA DO TEMAFATORES EXTERNOS: Disponibilidade do tempo para realizar uma pesquisa completa e aprofundada; Existncia de obras pertinentes ao assunto em nmero suficiente para o estudo global do tema; Possibilidade de consultar especialistas da rea, para uma orientao na escolha da documentao especfica e na anlise e interpretao da mesma.

Devem-se evitar assuntos sobre os quais recentemente foram feitos estudos (isso torna difcil uma nova abordagem).

ESCOLHA DO TEMAO assunto pode ser sugerido pelo professor / orientador, mas normalmente escolhido pelo aluno. O tema surge de experincia pessoal ou profissional, de estudos e leituras, da observao, da descoberta de discrepncias entre trabalhos ou da analogia com temas de estudo de outras disciplinas ou reas cientficas. Aps a escolha do assunto, preciso delimit-lo. Temas muito amplos so inviveis como objeto de pesquisa aprofundada e podem conduzir a divagaes, discusses interminveis, repetio de lugares comuns ou descobertas j superadas.

ESCOLHA DO TEMA DELIMITAODistinguir o sujeito e o objeto da questo. Sujeito = realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa (universo de referncia constitudo por objetos, fatos, fenmenos, pessoas) o estudo do sujeito se d para melhor apreend-lo ou para agir sobre ele. Objeto = tema propriamente dito (aquilo que se deseja saber ou realizar a respeito do sujeito) foco da discusso. Organizao do trabalho Sujeito trabalho Objeto organizao

ESCOLHA DO TEMA DELIMITAOEspecificar os limites da extenso do sujeito e do objeto. Uso de adjetivos explicativos (designam qualidades, condies ou estados essenciais ao sujeito ou objeto / um desdobramento das partes constituintes do ser) Uso de adjetivos restritivos (indicam as qualidades, condies ou estados acidentais do sujeito ou objeto / um acrscimo arbitrrio) Adj. Explicativo Organizao social do trabalho Adj. Restritivo Organizao atual do trabalho

ESCOLHA DO TEMA DELIMITAOEspecificar os limites da extenso do sujeito e do objeto. Uso de complementos nominais de especificao (pessoas ou coisas que, acrescentadas aos substantivos e adjetivos, especificam a ao ou sentimentos que o substantivo ou adjetivo designam).

Organizao social do trabalho de produo artesanal

ESCOLHA DO TEMA DELIMITAODeterminao das circunstncias. s vezes, pode ser necessrio determinar as circunstncias que limitam mais ainda a extenso do assunto, especialmente as de tempo e espao.

Organizao social do trabalho de produo artesanal durante a Idade Mdia na Europa Ocidental.

ELABORAO DO PLANO DE TRABALHO - PROJETOPode anteceder o fichamento ou depois de iniciada a pesquisa bibliogrfica. Deve-se observar a estrutura do plano/projeto: Introduo = formulao clara e simples do tema, sua delimitao, importncia, carter, justificativa, metodologia empregada e apresentao sinttica da questo. Desenvolvimento = fundamentao lgica do trabalho, demonstrar suas ideias principais. Apresenta trs fases: explicao (apresentar, analisar e compreender, procurando acabar com o ambguo e o obscuro); discusso (argumentao e explicao do tema); demonstrao (deduo lgica do trabalho exerccio de raciocnio).

ELABORAO DO PLANO DE TRABALHO - PROJETODesenvolvimento Exige a diviso do tema em tpicos logicamente ligados. preciso saber o que fundamental e o que secundrio. Concluso = resumo completo, mas sintetizado, da argumentao / deve possuir relao entre as partes diferentes da argumentao e unio das ideias e, ainda, sntese de toda a reflexo. Nesta fase tambm se elaboram: Problema Hipteses.

IDENTIFICAO DAS REFERNCIASFase de reconhecimento do assunto. 1 passo procura de catlogos com indicao de livros onde se encontram relaes das obras; ir a bibliotecas; pesquisar na internet. 2 passo observar os sumrios e observar os assuntos tratados; ler os resumos dos textos. 3 passo verificar a bibliografia no final dos livros ou dos artigos; peridicos; etc.

COMPILAO DAS REFERNCIAS

Reunio sistemtica do material contido nas referncias (livros, revistas, publicaes avulsas, internet, etc.). Pode-se obter o material por meio de xrox, fotos, digitalizao, ou mesmo compra.

FICHAMENTO medida que o pesquisador tem em mos as referncias, deve passar os dados a fichas, com o mximo de exatido e cuidado. A ficha de fcil manipulao, permite a ordenao do assunto, ocupa pouco espao e pode ser transportada de um lugar a outro. A escrita das fichas facilita tambm o desenvolvimento das atividades de escrita acadmica e profissional. Atualmente, o fichamento tambm pode ser feito nos editores de texto, considerando-se a mobilidade dos notebooks.

ANLISE E INTERPRETAO1 fase crtica do material bibliogrfico (externa: crtica do texto, da autenticidade, da provenincia / interna: crtica de interpretao ou hermenutica e do valor interno do contedo). 2 fase decomposio dos elementos essenciais e sua classificao (passa-se da ideia central para ideias mais precisas). 3 fase generalizao (aps a classificao, podem-se formular afirmaes verdadeiras, aplicveis a um conjunto ou totalidade dos elementos selecionados). 4 fase anlise crtica 5 fase comprovao ou refutao das hipteses

REDAO

A redao da pesquisa bibliogrfica varia de acordo com o tipo de trabalho que se deseja apresentar. Pode ser: Monografia Dissertao Artigo cientfico Tese

FICHAMENTOAs fichas permitem: Identificar as obras; Conhecer o contedo das obras; Fazer citaes; Analisar o material; Elaborar crticas.

Se usar fichas compradas, optar por um tamanho nico. Cada ficha precisa ter o cabealho com a indicao da obra (se no editor de textos, usar cabealho tambm).

ESTRUTURA DA FICHACabealho Ttulo Referncia bibliogrfica Normas ABNT Texto De citaes De resumo De comentrio / analtica Indicao da obra Palavras-chave, para quem se destina o contedo das fichas

FICHAMENTO DE CITAESReproduo fiel de frases e sentenas que sejam relevantes. Toda citao deve vir entre aspas. Aps a citao, deve constar o nmero da pgina de onde foi extrado o trecho. A transcrio tem de ser textual (isso inclui erros, se houver colocar o termo sic em minsculas e parnteses) A supresso de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se no local da omisso trs pontos entre parnteses (...) A supresso de um ou mais pargrafos deve ser assinalada com uma linha completa de pontos. A frase deve ser complementada, se necessrio quando se extrai uma parte do texto que perde seu significado.

FICHAMENTO DE RESUMOApresenta uma sntese bem clara e concisa das ideias principais do autor ou resumo dos aspectos essenciais da obra. No transcrio como no fichamento de citaes. elaborada pelo leitor com suas prprias palavras. mais uma interpretao do leitor. No longa. No precisa obedecer estritamente estrutura da obra.

FICHAMENTO DE COMENTRIO / ANALTICAConsiste na explicao ou interpretao crtica pessoal das ideias expressas pelo autor. Pode apresentar: Comentrio sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu texto metodologicamente; Anlise crtica do contedo; Interpretao de um trecho obscuro para clare-lo; Comparao da obra com outros sobre o mesmo tema; Explicitao da importncia da obra para o estudo em questo.

RESUMO

Assim como os fichamentos, os resumos so instrumentos importantes para o pesquisador. Os resumos precisam conter de forma clara e sinttica: a natureza da pesquisa, os resultados e as concluses mais importantes, destacando sua originalidade e seus achados. No resumo, apresentam-se as principais ideias do autor da obra.

COMO RESUMIRNuma primeira leitura, importante captar o plano geral da obra. Depois, identificar a ideia central (do que trata o texto?) e o objetivo (o que pretende demonstrar?) que nortearam o autor. Numa terceira leitura, descobrir as partes principais em que se estrutura o texto, distinguindo a ordem em que aparecem e observando entre os pargrafos, as relaes de: consequncia / adio / oposio / repetio, etc. Por fim, ser capaz de compreender o sentido de cada parte importante; anotar as palavras-chave de cada parte; verificar o tipo de relao entre as partes).

TIPOS DE RESUMOIndicativo ou descritivo Faz referncias s partes mais importantes do texto, utilizando frases curtas e no dispensa a leitura do texto completo. Informativo ou analtico Contm todas as informaes principais do texto principal e dispensa a leitura do original. Apresenta: os objetivos, os mtodos e tcnicas, os resultados e as concluses. Crtico (resenha) (no tem limite de palavras) Critica-se a metodologia, o contedo, o desenvolvimento e no pode conter citaes.

NBR 6028 RESUMOApresentao concisa dos pontos relevantes de um documento. Deve ressaltar o objetivo, o mtodo, os resultados e as concluses do documento. A ordem e a extenso destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original. Deve ser precedido da referncia do documento, com exceo do resumo inserido no prprio documento. Deve ser composto de uma sequncia de frases concisas, afirmativas e no de enumerao de tpicos. Recomenda-se o uso de pargrafo nico.

NBR 6028 RESUMOA primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informao sobre a categoria do tratamento (memria, estudo de caso, anlise da situao etc.). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expresso Palavras-chave: - separadas entre si por ponto e finalizadas tambm por ponto.

NBR 6028 RESUMODevem-se evitar: smbolos e contraes que no sejam de uso corrente; frmulas, equaes, diagramas etc., que no sejam absolutamente necessrios; quando seu emprego for imprescindvel, defini-los na primeira vez que aparecerem. Quanto a sua extenso os resumos devem ter: de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadmicos (teses, dissertaes e outros) e relatrios tcnico-cientifcos; de 100 a 250 palavras os de artigos de peridicos; de 50 a 100 palavras os destinados a indicaes breves.

ARTIGO CIENTFICOTrata-se de pequeno estudo, porm completo, que tratam de uma questo cientfica. Tem dimenso e contedos reduzidos. Parte de uma publicao com autoria declarada, que apresenta e discute idias, mtodos, tcnicas, processos e resultados nas diversas reas do conhecimento. Artigo de reviso: Parte de uma publicao que resume, analisa e discute informaes j publicadas. Artigo original: Parte de uma publicao que apresenta temas ou abordagens originais (relatos de experincia, estudo de caso, etc.)

ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTFICOELEMENTOS PR-TEXTUAIS: Ttulo Nome do(s) autor(es) Credencial do(s) autor(es) (breve currculo / e-mail) Resumo na lngua do texto Palavras-chave (separadas por ponto) ELEMENTOS TEXTUAIS: Introduo (apresentar delimitao do assunto, objetivo, metodologia, limitaes e proposio) Desenvolvimento (introduo, metodologia, resultados, discusso) Concluso (referente ao objetivo e hipteses)

ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTFICOELEMENTOS PS-TEXTUAIS: a) ttulo, e subttulo (se houver) em lngua estrangeira; b) resumo em lngua estrangeira; c) palavras-chave em lngua estrangeira; d) nota(s) explicativa(s); e) referncias; f) glossrio; g) apndice(s); h) anexo(s).

RESENHA CRTICAApresenta o contedo de uma obra (resumo), na crtica e na formulao de um conceito de valor feito pelo resenhista. Informa-se o assunto tratado, evidencia-se a contribuio do autor novas abordagens, aponta-se falhas de informao. Para resenhar necessrio: Conhecer a obra por completo; Competncia na matria; Capacidade de juzo de valor; Independncia de juzo; Correo e urbanidade; Fidelidade ao pensamento do autor.

RESENHA NA COMUNICAO CIENTFICATraz comentrio e avaliao de uma obra tcnica. Deve responder s seguintes questes: Assunto, caractersticas, abordagens; Conhecimentos anteriores; Acessvel, interessante, agradvel; til; Disposio correta, ilustraes adequadas.

ESTRUTURA DA RESENHAReferncia bibliogrfica (obra) Credenciais do autor Nacionalidade, formao e ttulos, cargos exercidos, outras obras Resumo Contextualizao da obra Teorias da obra Teorias do resenhista Crticas do resenhista Julgamento da obra (metodologia, coerncia, discusso, mritos de originalidade, contribuies, estilo) Indicao da obra

TRABALHOS ACADMICOSMonografia Trabalhos didticos Trabalho de concluso de curso Relatrio de pesquisa cientfica Resumos e resenhas Ensaio terico Relatrios tcnicos de pesquisa Artigos cientficos Paper

ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADMICOPARTE EXTERNA Capa (obrigatrio) Lombada (opcional) PARTE INTERNA elementos pr-textuais Folha de rosto (obrigatrio) Errata Folha de aprovao (obrigatrio) Agradecimentos Epgrafe Resumo lngua verncula (obrigatrio) Resumo lngua estrangeira (obrigatrio)

ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADMICOPARTE INTERNA Lista de ilustraes Lista de tabelas Lista de abreviaturas e siglas Lista de smbolos Sumrio (obrigatrio) PARTE INTERNA elementos textuais Introduo Desenvolvimento Concluso

ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADMICOPARTE INTERNA elementos ps-textuais Referncias (obrigatrio) Glossrio Apndice Anexo ndice

CAPA E FOLHA DE ROSTO

Nome da instituio Nome do autor Ttulo Se tiver subttulo, colocar dois pontos (:) Cidade da instituio Ano de entregaNa folha de rosto, acrescenta-se a natureza: tipo do trabalho (tese, dissertao, trabalho de concluso de curso e outros) e objetivo(aprovao em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituio a que submetido; rea de concentrao; e nome do orientador e, se houver, do coorientador;

FOLHA DE APROVAOElemento obrigatrio. Deve ser inserida aps a folha de rosto, constituda pelo nome do autor do trabalho, ttulo do trabalho e subttulo (se houver), natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituio a que submetido, rea de concentrao) data de aprovao, nome, titulao e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituies a que pertencem. A data de aprovao e as assinaturas dos membros componentes da banca examinadora devem ser colocadas aps a aprovao do trabalho.

FORMATAO

Os textos devem ser digitados em cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustraes. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado, no formato A4 (21 cm 29,7 cm). Os elementos pr-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceo dos dados internacionais de catalogao na publicao que devem vir no verso da folha de rosto. As margens devem ser: esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm. Recomenda-se, quando digitado, a fonte tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citaes com mais de trs linhas, notas de rodap, paginao, dados internacionais de catalogao na publicao, legendas e fontes das ilustraes e das tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

ESPAAMENTOTodo texto deve ser digitado com espaamento 1,5 entre as linhas, excetuando-se as citaes de mais de trs linhas, notas de rodap, referncias, legendas das ilustraes e das tabelas, natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituio a que submetido e rea de concentrao), que devem ser digitados em espao simples. As referncias, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espao simples em branco. Na folha de rosto e na folha de aprovao, o tipo do trabalho, o objetivo, o nome da instituio e a rea de concentrao devem ser alinhados do meio da mancha grfica para a margem direita.

PARFRASES E CITAES

Citao = Meno de uma informao extrada de outra fonte. Citao direta = Transcrio textual de parte da obra do autor consultado.Citao indireta = Texto baseado na obra do autor consultado (parfrase). Citao de citao = Citao direta ou indireta de um texto em que no se teve acesso ao original.

APRESENTAO DAS CITAES

No texto, as citaes podem aparecer como parte do prprio texto ou como nota de rodap.

Nas citaes, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituio responsvel ou ttulo includo na sentena devem ser em letras maisculas e minsculas e, quando estiverem entre parnteses, devem ser em letras maisculas. A ironia seria assim uma forma implcita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificao proposta por Authier-Reiriz (1982). Apesar das aparncias, a desconstruo do logocentrismo no uma psicanlise da filosofia [...] (DERRIDA, 1967, p. 293).

APRESENTAO DAS CITAES

Especificar no texto a(s) pgina(s), volume(s), tomo(s) ou seo(es) da fonte consultada, nas citaes diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vrgula e precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas citaes indiretas, a indicao da(s) pgina(s) consultada(s) opcional. A produo de ltio comea em Searles Lake, Califrnia, em 1928 (MUMFORD, 1949, p. 513). Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a "[...] relao da srie So Roque com os granitos porfirides pequenos muito clara." Meyer parte de uma passagem da crnica de 14 de maio, de A Semana: Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...] (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583).

APRESENTAO DAS CITAESAs citaes diretas, no texto, de at trs linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples so utilizadas para indicar citao no interior da citao. Barbour (1971, p. 35) descreve: O estudo da morfologia dos terrenos [...] ativos [...] ou No se mova, faa de conta que est morta. (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72). Segundo S (1995, p. 27): [...] por meio da mesma arte de conversao que abrange to extensa e significativa parte da nossa existncia cotidiana [...]

APRESENTAO DAS CITAESAs citaes diretas, no texto, com mais de trs linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas. No caso de documentos datilografados, deve-se observar apenas o recuo. A teleconferncia permite ao indivduo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferncia incluem o uso da televiso, telefone, e computador. Atravs de udioconferncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de udio pode ser emitido em um salo de qualquer dimenso. (NICHOLS, 1993, p. 181).

APRESENTAO DAS CITAESDevem ser indicadas as supresses, interpolaes, comentrios, nfase ou destaques, do seguinte modo: a) supresses: [...] b) interpolaes, acrscimos ou comentrios: [ ] c) nfase ou destaque: grifo ou negrito ou itlico.

Quando se tratar de dados obtidos por informao verbal (palestras, debates, comunicaes etc.), indicar, entre parnteses, a expresso informao verbal, mencionando-se os dados disponveis, em nota de rodap.

APRESENTAO DAS CITAESNo texto: O novo medicamento estar disponvel at o final deste semestre (informao verbal)1. No rodap da pgina: _________________ 1 Notcia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Gentica, em Londres, em outubro de 2001.

Na citao de trabalhos em fase de elaborao, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados disponveis, em nota de rodap. _________________ 1 Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela EDIPUCRS, 2002.

APRESENTAO DAS CITAES

Para enfatizar trechos da citao, deve-se destac-los indicando esta alterao com a expresso grifo nosso entre parnteses, aps a chamada da citao, ou grifo do autor, caso o destaque j faa parte da obra consultada.

[...] para que no tenha lugar a produco de degenerados, quer physicos quer moraes, misrias, verdadeiras ameaas sociedade. (SOUTO, 1916, p. 46, grifo nosso).[...] b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que, aparecendo o classicismo como manifestao de passado colonial [...] (CANDIDO, 1993, v. 2, p. 12, grifo do autor).

APRESENTAO DAS CITAESQuando a citao incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, aps a chamada da citao, a expresso traduo nossa, entre parnteses. Ao faz-lo pode estar envolto em culpa, perverso, dio de si mesmo [...] pode julgar-se pecador e identificar-se com seu pecado. (RAHNER, 1962, v. 4, p. 463, traduo nossa).

As citaes devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada: numrico ou autor-data. Qualquer que seja o mtodo adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlao na lista de referncias ou em notas de rodap.

APRESENTAO DAS CITAES

Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituio(es) responsvel(eis) estiver(em) includo(s) na sentena, indica-se a data, entre parnteses, acrescida da(s) pgina(s), se a citao for direta.

Em Teatro Aberto (1963) relata-se a emergncia do teatro do absurdo. Segundo Morais (1955, p. 32) assinala "[...] a presena de concrees de bauxita no Rio Cricon.

APRESENTAO DAS CITAESQuando houver coincidncia de sobrenomes de autores, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidncia, colocam-se os prenomes por extenso. (BARBOSA, C., 1958) (BARBOSA, Cssio, 1965) (BARBOSA, O., 1959) (BARBOSA, Celso, 1965)

As citaes de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, so distinguidas pelo acrscimo de letras minsculas, em ordem alfabtica, aps a data e sem espacejamento, conforme a lista de referncias. De acordo com Reeside (1927a) (REESIDE, 1927b)

APRESENTAO DAS CITAES

As citaes indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, tm as suas datas separadas por vrgula. (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000) As citaes indiretas de diversos documentos de vrios autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-evrgula, em ordem alfabtica. Ela polariza e encaminha, sob a forma de demanda coletiva, as necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997). Diversos autores salientam a importncia do acontecimento desencadeador no incio de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991).

APRESENTAO DAS CITAESSistema numrico Neste sistema, a indicao da fonte feita por uma numerao nica e consecutiva, em algarismos arbicos, remetendo lista de referncias ao final do trabalho, do captulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem no texto. No se inicia a numerao das citaes a cada pgina. O sistema numrico no deve ser utilizado quando h notas de rodap. A indicao da numerao pode ser feita entre parnteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente linha do mesmo, aps a pontuao que fecha a citao. Diz Rui Barbosa: "Tudo viver, previvendo. (15) Diz Rui Barbosa: "Tudo viver, previvendo."15

APRESENTAO DAS CITAESSistema autor-data Neste sistema, a indicao da fonte feita: a) pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsvel at o primeiro sinal de pontuao, seguido(s) da data de publicao do documento e da(s) pgina(s) da citao, no caso de citao direta, separados por vrgula e entre parnteses;

No texto: A chamada pandectstica havia sido a forma particular pela qual o direito romano fora integrado no sculo XIX na Alemanha em particular. (LOPES, 2000, p. 225). Na lista de referncias: LOPES, Jos Reinaldo de Lima. O Direito na Histria. So Paulo: Max Limonad, 2000.

APRESENTAO DAS CITAESNo texto: Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta situao, que os juristas medievais justificaram formalmente a validade do direito romano ponderando que este era o direito do Imprio Romano que tinha sido reconstitudo por Carlos Magno com o nome de Sacro Imprio Romano. Na lista de referncias: BOBBIO, Norberto. O positivismo jurdico: lies de Filosofia do Direito. So Paulo: cone, 1995.

APRESENTAO DAS CITAESNo texto: De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de contedos j previamente disponveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976, p. 3). Na lista de referncias: JOSSUA, Jean Pierre; METZ, Johann Baptist. Editorial: Teologia e Literatura. Concilium, Petrpolis, v. 115, n. 5, p. 2-5, 1976.

APRESENTAO DAS CITAESNo texto: Merriam e Caffarella (1991) observam que a localizao de recursos tem um papel crucial no processo de aprendizagem autodirigida. Na lista de referncias: MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: a comprehensive guide. San Francisco: Jossey-Bass, 1991.

APRESENTAO DAS CITAESNo texto: Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstncia, sem quaisquer restries estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros. (COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPIAS, 1992, p. 34). Na lista de referncias: COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPIAS. A unio europia. Luxemburgo: Servio das Publicaes Oficiais das Comunidades Europias, 1992.

APRESENTAO DAS CITAESNo texto: O mecanismo proposto para viabilizar esta concepo o chamado Contrato de Gesto, que conduziria captao de recursos privados como forma de reduzir os investimentos pblicos no ensino superior (BRASIL, 1995). Na lista de referncias: BRASIL. Ministrio da Administrao Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Braslia, DF, 1995.

APRESENTAO DAS CITAESb) pela primeira palavra do ttulo seguida de reticncias, no caso das obras sem indicao de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publicao do documento e da(s) pgina(s) da citao, no caso de citao direta, separados por vrgula e entre parnteses; No texto: As IES implementaro mecanismos democrticos, legtimos e transparentes de avaliao sistemtica das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade. (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55). Na lista de referncias: ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Braslia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.

APRESENTAO DAS CITAES

c) se o ttulo iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monosslabo, este deve ser includo na indicao da fonte. No texto: E eles disseram globalizao, e soubemos que era assim que chamavam a ordem absurda em que dinheiro a nica ptria qual se serve e as fronteiras se diluem, no pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade. (A FLOR..., 1995, p. 4). Na lista de referncias: A FLOR Prometida. Folha de S. Paulo, So Paulo, p. 4, 2 abr. 1995.

No texto: Em Nova Londrina (PR), as crianas so levadas s lavouras a partir dos 5 anos. (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12). Na lista de referncias: NOS CANAVIAIS, mutilao em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O Pas, p. 12.

PARFRASE

Parfrase = reescrever com as prprias palavras as ideias centrais de um texto. A parfrase contribui para a coeso do texto, j que articula informaes antigas e novas. diferente da repetio, pois criativa o contedo o mesmo, mas as palavras so diferentes. Palavras que introduzem a parfrase no texto: isto , ou seja, entenda-se, dito de outro modo, noutras palavras, a saber, em suma, por exemplo, quer(o) dizer, enfimEle era um esquizofrnico, ou seja, era um demente, um louco.

PARFRASEConsiste em reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto (sem alterar o sentido) Questes de interpretao baseiam-se nessa tcnica um excelente exerccio de redao A parfrase procura tornar mais claro e objetivo o que se disse em outro texto (uma espcie de traduo dentro da prpria lngua)

EXIGNCIAS DA BOA PARFRASEUtilizar a mesma ordem de ideias que aparece no texto original No omitir nenhuma informao essencial No fazer qualquer comentrio acerca do que se diz no texto original Utilizar construes que no sejam uma simples repetio daquelas que esto no original Sempre que possvel usar vocabulrio diferente

RECURSOS PARA PARAFRASEAREmprego de sinnimos. Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os genitores preocupados.

Emprego de antnimos, com apoio de uma palavra negativa. Ele era fraco. Ele no era forte.

RECURSOS PARA PARAFRASEARUtilizao de termos anafricos, isto , que remetem a outros j citados no texto. Paulo e Antonio j saram. Paulo foi ao colgio; Antonio, ao cinema. Paulo e Antonio j saram. Aquele foi ao colgio; este, ao cinema.

Troca de termo verbal por nominal e vice-versa. necessrio que todos colaborem necessria a colaborao de todos.

RECURSOS PARA PARAFRASEAROmisso de termos facilmente subentedidos. Ns desejvamos uma misso mais delicada, mais importante. Desejvamos misso mais delicada e importante.

Mudana de ordem dos termos no perodo. Lendo o jornal, cheguei concluso de que tudo aquilo seria esquecido aps trs ou quatro meses de investigao. Cheguei concluso, lendo o jornal, de que tudo aquilo, aps trs ou quatro meses de pesquisa, seria esquecido.

RECURSOS PARA PARAFRASEARMudana de voz verbal. A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. (voz passiva analtica)

OBS.: se o sujeito for indeterminado (3 pessoa do plural, sem o sujeito expresso), haver duas mudanas possveis: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analtica) Plantou-se uma roseira. (voz passiva sinttica)

RECURSOS PARA PARAFRASEARTroca de discurso. Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: _Cortarei a grama sozinho. (D. direto) Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (D. indireto)

RECURSOS PARA PARAFRASEARTroca de palavras por expresses perifrsticas e viceversa. Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano.

Troca de locues por palavras e vice-versa. O homem da cidade no conhece a linguagem do cu. O homem urbano no conhece a linguagem celeste.

PAPER

O paper ou posicionamento pessoal um pequeno texto (2 a 5 pginas de texto) sobre uma tema prdeterminado.Sua elaborao consiste na discusso de trabalho, relatrio de pesquisa, artigos, etc. Visa incentivar o exerccio da anlise, da linguagem cientfica e o desenvolvimento da capacidade de crtica e de analtica. Este tipo trabalho objetiva avaliar a capacidade do autor de expressar o entendimento do tema em discusso.