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SUMÁRIO QUESTÕES DE PROCESSO PENAL TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ....................................................................................................................3 TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL ............................................................................................................................3 TÍTULO III - DA AÇÃO PENAL ..........................................................................................................................................5 TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA .......................................................................................................................................6 TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES ........................................................................................7 TÍTULO VII - DA PROVA ................................................................................................................................................... 8 TÍTULO VIII - DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA ........................................................................................................10 TÍTULO IX - DA PRISÃO E DA LIBERDADE PROVISÓRIA ...........................................................................................12 TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES ................................................................................................................15 TÍTULO XII - DA SENTENÇA ..........................................................................................................................................15 DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE ..................................................................................................................................15 TÍTULO I - DO PROCESSO COMUM .............................................................................................................................15 TÍTULO II - DOS PROCESSOS ESPECIAIS ..................................................................................................................16 DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL ......................................................................................................16 TÍTULO I - DAS NULIDADES..........................................................................................................................................16 TÍTULO II - DOS RECURSOS EM GERAL .....................................................................................................................17 DA EXECUÇÃO............................................................................................................................................................... 19 TÍTULO II - DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE ...............................................................................................19 TÍTULO III - DOS INCIDENTES DA EXECUÇÃO ...........................................................................................................19 QUESTÕES MISTAS ...................................................................................................................................................... 20 GABARITO ...................................................................................................................................................................... 26 WWW.INSTITUTOPROCESSUS.COM.BR

03 Questoes Processo Penal

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�INSTITUTO PROCESSUS

SUMÁRIO

QUESTÕES DE PROCESSO PENAL

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ....................................................................................................................3

TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL ............................................................................................................................3

TÍTULO III - DA AÇÃO PENAL ..........................................................................................................................................5

TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA .......................................................................................................................................6

TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES ........................................................................................7

TÍTULO VII - DA PROVA ...................................................................................................................................................8

TÍTULO VIII - DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR,

DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA ........................................................................................................10

TÍTULO IX - DA PRISÃO E DA LIBERDADE PROVISÓRIA ...........................................................................................12

TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES ................................................................................................................15

TÍTULO XII - DA SENTENÇA ..........................................................................................................................................15

DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE ..................................................................................................................................15

TÍTULO I - DO PROCESSO COMUM .............................................................................................................................15

TÍTULO II - DOS PROCESSOS ESPECIAIS ..................................................................................................................16

DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL ......................................................................................................16

TÍTULO I - DAS NULIDADES ..........................................................................................................................................16

TÍTULO II - DOS RECURSOS EM GERAL .....................................................................................................................17

DA EXECUÇÃO...............................................................................................................................................................19

TÍTULO II - DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE ...............................................................................................19

TÍTULO III - DOS INCIDENTES DA EXECUÇÃO ...........................................................................................................19

QUESTÕES MISTAS ......................................................................................................................................................20

GABARITO ......................................................................................................................................................................26

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�INSTITUTO PROCESSUS

PROCESSO PENAL

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Julgue os itens subseqüentes à luz do direito pro-cessual penal.

�. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Diversamente do que ocorre em relação ao pro-cesso civil, no processo penal não se admite que, em caso de morte da vítima, os familiares assumam o lugar dela, no pólo ativo da ação penal privada, para efeito de apresenta-ção de queixa.

2. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) A renúncia ao exercício do direito de queixa e o perdão do ofendido, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.

�. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Considere a seguinte situação hipotética. Car-los foi denunciado pelo Ministério Público pela prática de crime de emissão de título ao portador sem permissão legal. Apesar de Carlos ser primário e portador de bons anteceden-tes, o Ministério Público não ofereceu proposta de suspen-são condicional do processo. Nessa situação, é pacífico o entendimento de que a suspensão condicional do processo é um direito subjetivo do acusado, podendo Carlos impetrar habeas corpus com a finalidade de ser beneficiado com tal direito.

4. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Em relação à lei processual penal no tempo, vigora o princípio do efeito imediato, segundo o qual tempus regit actum. De acordo com tal princípio, as normas proces-suais penais têm aplicação imediata, mas consideram-se válidos os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior.

5. (DELEGADO/PCSC/2008) Quanto à eficácia da lei processual no tempo, assinale a alternativa correta.A) A lei processual penal nova aplica-se retroativamente ao processo iniciado sob a égide de lei processual anterior, de-vendo ser retificados todos os atos com ela incompatíveis, realizados sob a vigência daquela. B) A lei processual penal nova aplica-se ao processo em an-damento, ainda que o fato que motivou a ação penal (crime ou contravenção) tenha sido cometido antes de sua entrada em vigor e mesmo que sua aplicação se dê em prejuízo do agente. C) A lei processual penal revogada mais benéfica ao agente tem extra-atividade; é aplicável aos processos iniciados sob a sua égide. D) A lei processual revogada mais benéfica ao agente tem extra-atividade quando o fato que originou a ação penal te-nha sido praticado sob a sua égide.

6. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MS/FGV) Relativa-mente aos princípios processuais penais, é incorreto afirmar que:(A) o princípio da presunção de inocência recomenda que em caso de dúvida o réu seja absolvido. (B) o princípio da presunção de inocência recomenda que processos criminais em andamento não sejam considerados como maus antecedentes para efeito de fixação de pena.

(C) os princípios do contraditório e da ampla defesa reco-mendam que a defesa técnica se manifeste depois da acu-sação e antes da decisão judicial, seja nas alegações finais escritas, seja nas alegações orais.(D) o princípio do juiz natural não impede a atração por conti-nência nos casos em que o co-réu possui foro por prerrogati-va de função quando o réu deveria ser julgado por um juiz de direito de primeiro grau.(E) o princípio da vedação de provas ilícitas não é absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja utilizada quando é a única disponível para a acusação e o crime imputado seja considerado hediondo. 7. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MG/EJEF) São impli-cações do principio do devido processo legal, EXCETO:A) Favor rei, Imparcialidade do Juiz, Legalidade das formas.B) Estado de inocência, Juiz Natural, Identidade física do Juiz.C) Publicidade, Indisponibilidade da Ação Penal Pública, Ofi-cialidade.D) Verdade real, Assistência Judiciária, Iniciativa da parte.

8. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Quanto à eficácia temporal, a lei processual penal (A) aplica-se somente aos fatos criminosos ocorridos após a sua vigência.(B) vigora desde logo, tendo sempre efeito retroativo.(C) tem aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos já realizados.(D) tem aplicação imediata nos processos ainda não instruídos.(E) não terá aplicação imediata, salvo se para beneficiar o acusado.

TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção ver-dadeira. A) O inquérito policial sempre poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial já que o direito penal é essencial-mente público e deverá sempre buscar a verdade real, inde-pendente da vontade da vitima. B) Negado o pedido de instauração de inquérito policial feito pela parte, caberá recurso de natureza administrativa dirigi-do ao Juiz criminal que teria competência para processar o crime em tese cometido. C) O prazo para a conclusão do inquérito é em regra de 10 (dez) dias estando o réu preso e 30 (trintA) dias, se solto. Estando o réu solto tal prazo poderá ser renovado pelo Juiz caso exista a necessidade de novas investigações. D) Dentre as características fundamentais do inquérito poli-cial podemos apontar, corretamente ser ele escrito, presidido por autoridade policial, inquisitorial e contraditório.

2. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção ver-dadeira. A) A autoridade policial poderá determinar a incomunicabili-dade do preso que estiver sobe sua custódia se tal medida for indispensável para a efetiva apuração dos fatos, desen-volvimento do inquérito policial ou ainda se houver compro-metimento da ordem pública. B) Ao concluir o inquérito a autoridade policial deverá elabo-rar relatório, no qual indicará se entende ser caso de indicia-mento; não sendo, determinará o arquivamento imediato dos autos, dando, em seguida, ciência ao titular da ação penal. C) O atual entendimento do Supremo Tribunal Federal é o de que o inquérito policial é obrigatoriamente sigiloso, sendo per-mitido seu acesso apenas ao Juiz processante, uma vez que é peça fundamental para a persecução penal do Estado. D) O Delegado de Polícia que preside o inquérito policial po-

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4 INSTITUTO PROCESSUSderá produzir livremente as provas que desejar, inclusive não realizando aquelas que sejam solicitadas pelo indiciado se entender que não são relevantes.

Com relação ao inquérito policial, julgue os itens subseqüentes.

�. (DELEGADO/PCAC/2008) Para verificar a possibilida-de de a infração ter sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, da qual o indiciado ou suspeito não poderá se ne-gar a participar.

4. (DELEGADO/PCAC/2008) Uma vez ordenado o arqui-vamento do inquérito policial pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial não po-derá proceder a novas pesquisas sem autorização judicial para tanto.

5. (DELEGADO/PCAC/2008) As partes poderão, no cur-so do inquérito policial, opor exceção de suspeição da autori-dade policial, nas mesmas situações previstas no Código de Processo Penal em relação ao juiz.

6. (DELEGADO/PCDF/2005) Pode-se afirmar, sobre o início do Inquérito Policial, que:A) para os crimes de ação penal pública, vigorará o princípio da discricionariedade para a Autoridade Policial;B) não poderá a Autoridade Policial indeferir requerimento do ofendido para o início do Inquérito Policial;C) ainda que haja prisão em flagrante, haverá necessidade de instauração do Inquérito Policial mediante portaria;D) a delatio criminis somente autorizará a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal pública incondi-cionada;E) a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação pe-nal privada interrompe o prazo decadencial para oferecimen-to da queixa crime.

7. (DELEGADO/PCDF/2005) De acordo com a recente orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal so-bre a possibilidade de decretação do sigilo do inquérito poli-cial, assinale a alternativa correta:A) é possível a decretação alcançando o investigado e seu defensor, tendo em conta a supremacia do interesse públi-co;B) é possível a decretação alcançando o investigado, tendo em conta a supremacia do interesse público; C) não é possível a decretação, sendo toda forma de sigilo abolida pela Constituição da República; D) é possível a decretação alcançando o investigado e seu defensor, por força do art. 20 do Código de Processo Penal;E) não é possível a decretação alcançando o defensor, por força dos arts. 5º, LXIII, CRFB, e 7º , XIV da Lei 8.906/94.

8. (DELEGADO/PCMA/2006) Em conformidade com o Código de Processo Penal brasileiro, no que tange ao inqué-rito policial é correto afirmar:A) a incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o in-teresse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.B) o inquérito policial deverá terminar no prazo de 20 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou estiver preso preventivamente.C) a autoridade policial, atualmente, poderá mandar arqui-var autos de inquérito, havendo dispositivo legal expresso autorizando.D) o inquérito policial deverá terminar no prazo de 45 dias quando o indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

E) nos crimes de ação pública ou privada o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício, mediante requisição da autori-dade judiciária ou do Ministério Público.

9. (DELEGADO/PCMS/2006) São características do In-quérito Policial, exceto:A) Vige o princípio da oficiosidade e oficialidade. B) Procedimento inquisitivo. C) É presidido por autoridade pública em conformidade com a constituição federal no artigo 144, §4º. D) Uma vez instaurado pode ser arquivado pela autoridade policial. E) Procedimento escrito e sigiloso.

�0. (DELEGADO/PCPE/2006) Assinale a alternativa cor-reta: A) O Inquérito Policial pode ser iniciado por portaria, prisão em flagrante, requisição, queixa ou representação. B) O Inquérito Policial só pode ser iniciado por prisão em flagrante e portaria. C) O Inquérito Policial só pode ser iniciado, nos crimes de ação privada, por queixa. D) O Inquérito Policial nos crimes de ação condicionada pode ser iniciado de ofício, mediante portaria. E) O Inquérito Policial não pode ser iniciado por requisição do juiz ou promotor de justiça.

Julgue o item:

��. (DELEGADO/PCTO/2008) O inquérito policial, pro-cedimento persecutório de caráter administrativo instaurado pela autoridade policial, tem como destinatário imediato o Mi-nistério Público, titular único e exclusivo da ação penal.

�2. (DELEGADO/POLÍCIA CIVIL/2005) Pode-se afir-mar, sobre o início do Inquérito Policial, que:A) para os crimes de ação penal pública, vigorará o princípio da discricionariedade para a Autoridade Policial; B) não poderá a Autoridade Policial indeferir requerimento do ofendido para o início do Inquérito Policial;C) ainda que haja prisão em flagrante, haverá necessidade de instauração do Inquérito Policial mediante portaria;D) a delatio criminis somente autorizará a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal pública incondi-cionada;E) a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação pe-nal privada interrompe o prazo decadencial para oferecimen-to da queixa crime.

��. (DELEGADO/POLÍCIA CIVIL/2005) De acordo com a recente orientação jurisprudencial do Supremo Tribu-nal Federal sobre a possibilidade de decretação do sigilo do inquérito policial, assinale a alternativa correta:A) é possível a decretação alcançando o investigado e seu defensor, tendo em conta a supremacia do interesse público;B) é possível a decretação alcançando o investigado, tendo em conta a supremacia do interesse público; C) não é possível a decretação, sendo toda forma de sigilo abolida pela Constituição da República;D) é possível a decretação alcançando o investigado e seu defensor, por força do art. 20 do Código de Processo Penal;E) não é possível a decretação alcançando o defensor, por força dos arts. 5o, LXIII, CRFB, e 7o, XIV da Lei 8.906/94.

Acerca do inquérito e da denúncia, julgue os itens seguintes.

�4. (STJ/ÁREA JUDICIÁRIA/DF - 2005) A circunstân-cia de não-conclusão do procedimento administrativo fiscal visando a constituição do crédito tributário impede a investi-

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5INSTITUTO PROCESSUSgação policial e a instauração de inquérito policial do crime contra a ordem tributária sobre o mesmo fato.

�5. (STJ/ÁREA JUDICIÁRIA/DF - 2005) Nos crimes multitudinários, como comumente ocorre nos praticados con-tra a ordem tributária, pode o promotor narrar genericamente a participação de cada agente.

TÍTULO III - DA AÇÃO PENAL

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Considere as afirma-tivas seguintes: I. O prazo para oferecimento da ação penal sempre é de 5 (cinco) dias caso o réu esteja preso e 15 (quinzE) dias se o réu estiver solto, independente da natureza da ação, se pública ou privada. II. A ação penal privada é regida pelos princípios da opor-tunidade ou conveniência, indivisibilidade e disponibilidade. Já a ação penal pública caracteriza-se pelos princípios da obrigatoriedade, oficialidade e indisponibilidade. III. A representação do ofendido é condição essencial para a propositura da ação penal pública condicionada, podendo ser apresentada, em regra, no prazo de 6 (seis) meses a contar da data de ciência pela vítima de quem seja o autor do fato e sendo retratável até o oferecimento da denúncia. IV. O entendimento doutrinário dominante é o de que ao pug-nar pela absolvição do réu no momento das alegações finais o Ministério Público não estaria ofendendo o princípio da in-disponibilidade. São corretas, apenas: A) I, II e IV B) II, III e IV C) I, II e III D) I e II

2. (DELEGADO/PCDF/2005) O STF recebeu a denúncia contra o então Senador da República. Sucede que o denun-ciado, posteriormente, foi investido no cargo de Governador de Estado, o que levou aquela Corte a remeter os autos ao STJ, em razão de sua incompetência para processar e julgar a ação penal. Nessa instância, discutiu-se, em questão de ordem, se há necessidade da concessão prévia de licença da Assembléia Legislativa estadual para que haja o prosse-guimento da ação penal. A esse respeito, é correto afirmar que a referida licença:A) é desnecessária, pois se trata de denúncia já recebida, sendo certo que a incompetência superveniente não importa em anulação da decisão de recebimento da denúncia;B) é necessária, pois, com fulcro na Emenda Constitucional 35/2.001, ao Congresso Nacional foi aferida a possibilidade de suspensão do processo, ao passo que o sistema de so-licitação de licença prévia às Assembléias permanece inal-terado;C) é necessária, pois a Lei 10.628/2.002, que alterou o art. 84 e seu § 1 , do Código de Processo Penal, prescreve que a exi-gência prevalece ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública;D) é desnecessária, pois não se exige a licença prévia para o recebimento da denúncia ofertada em face de ocupante do cargo de Governador; no entanto, as Assembléias podem sus-tar o curso da ação penal recebida pelo STJ, tal como é permi-tido ao Congresso Nacional nas ações em curso no STF;E) é desnecessária, pois não se exige a licença prévia para o recebimento da denúncia ofertada em face de ocupante do cargo de Governador, sendo certo, ainda, que as Assem-bléias não podem sustar o curso da ação penal recebida pelo STJ, tal como é permitido ao Congresso Nacional nas ações em curso no STF.

�. (DELEGADO/PCMG/2006) Com relação à ação penal, em caso de crime de Induzimento a erro essencial e oculta-ção de impedimento, previsto no artigo 236 do Código Penal, é CORRETO afirmar: A) A ação penal poderá ser intentada pelo cônjuge, descen-dente, ascendente ou irmão. B) Somente no caso de ofendido menor de 18 (dezoito anos), a ação penal poderá ser intentada por curador especial no-meado pelo Juiz. C) A ação penal poderá ser intentada, se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, na seguinte ordem de preferência: cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. D) A ação penal não poderá ser intentada diante do faleci-mento do ofendido.

4. (DELEGADO/PCPE/2006) Publicada uma lei em 14 de setembro do corrente ano (2006), que modificou a legitimida-de para a ação penal no crime de estelionato, passando de pública para privada ou condicionada a representação, a sua aplicação se dará: A) por ser norma mista sua aplicação é imediata tão só quanto aos processos que não foram iniciados. B) em razão do princípio da aplicação imediata da norma processual aplicar-se-á aos processos que ainda não foram julgados pelo juiz de 1ª instância. C) ante o princípio da aplicação imediata da norma proces-sual não se aplicará aos processos que tiveram decisão fa-vorecendo o acusado. D) não se aplicará a processos pendentes de julgamento pelos Tribunais de Justiça, por já ter havido julgamento pelo juiz de 1ª. instância. E) por se tratar de norma mista, penal e processual, desde que favorável ao acusado, ela se aplicará a todos os proces-sos que ainda não transitaram em julgado.

5. (DELEGADO/PCSC/2008) Complete a lacuna da frase a seguir e assinale a alternativa correta.A_______ é causa extintiva da punibilidade na ação penal privada, que ocorre pela desídia do querelante, como quan-do, por exemplo, iniciada a ação, ele deixa de promover o andamento do processo durante 30 (trintA) dias seguidos. A) prescrição. B) renúncia. C) perempção. D) decadência.

6. (TRIbUNAL DE CONTAS/CE/2006) Na ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo, A) o Ministério Público só pode requisitar diligências à autori-dade policial se houver requerimento nesse sentido do autor da representação.B) o Ministério Público não pode oferecer denúncia com qua-lificação diversa da capitulada na representação.C) pode o representante retratar-se mesmo após o recebi-mento da denúncia, desde que o faça até a sentença.D) o Ministério Público pode requerer o arquivamento das peças de informação ou do inquérito policial, desde que haja concordância do autor da representação.E) a instauração do inquérito policial é condicionada ao pré-vio oferecimento da representação.

7. (TRIbUNAL DE CONTAS/MA/2005) Em matéria de condições genéricas e específicas da ação penal considere:I. Se a ação penal pública for condicionada, dependerá de re-presentação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça.II. A possibilidade jurídica do pedido diz respeito à tipicidade do fato.III. O legítimo interesse de agir refere-se à titularidade da ação, pois só o seu titular pode propô-la.

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6 INSTITUTO PROCESSUSIV. O legítimo interesse para agir (ad causam) consiste em que ninguém poderá provocar a atuação do Estado se não tiver interesse na punição.Nesses casos, são corretos SOMENTEA) I e II.B) I e IV.C) II e IV.D) II, III e IV.E) I, II e III.

8. (PROCURADORIA-GERAL/PE/2004) De acordo com o disposto no Código de Processo Penal, nos crimes de ação pública condicionada à representação, o inquérito policial:A) Não pode ser instaurado sem ela.B) Pode ser instaurado pela autoridade policial independente-mente da representação, desde que haja requisição judicial.C) Pode ser instaurado pela autoridade policial independen-temente da representação, desde que haja requisição do Mi-nistério Público.D) Pode ser instaurado pela autoridade policial independen-temente da representação que será, porém, necessária ao oferecimento da denúncia.E) Independe de qualquer formalidade pois o contraditório e a ampla defesa somente serão exercidos em juízo.

9. (TRIbUNAL DE CONTAS/PI/2005) Sobre a ação pe-nal, é INCORRETO afirmar:A) O ofendido pode acusar em crime de ação penal públi-ca se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal.B) Os institutos da renúncia, do perdão e da perempção são específicos dos crimes de iniciativa privada e representam decorrência do princípio da disponibilidade dessa espécie de ação.C) A representação do ofendido e a requisição do Ministro da Justiça são denominadas, normalmente, de condições de procedibilidade.D) As normas que autorizavam ação penal de ofício não fo-ram recepcionadas pela Constituição Federal de 1988.E) O prazo de decadência na ação penal privada é, em geral e segundo o Código de Processo Penal, de seis meses, con-tados a partir da data da prática do crime.

�0. (TRIbUNAL DE CONTAS/RR/2008) São condições de procedibilidade da ação penal pública: A) representação do ofendido quando a lei o exige e possibi-lidade jurídica do pedido. B) possibilidade jurídica do pedido e legitimação para agir. C) legitimação para agir e requisição do Ministro da Justiça quando a lei a exige. D) entrada de agente no território nacional no caso de crime praticado no exterior e a representação do ofendido quando a lei o exige. E) requisição do Ministro da Justiça quando a lei o exige e interesse de agir.

��. (PROCURADOR/SERGIPE - 2005) A perda do direi-to de representar ou de oferecer queixa, em razão do decur-so do prazo fixado para o seu exercício, e o de continuar a movimentar a ação penal privada, causada peja inércia pro-cessual do Querelante, configuram, respectivamente,A) prescrição e perempção. B) perempção e decadência. C) prescrição e decadência. D) decadência e perempção. E) decadência e prescrição.

�2. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MG - 2005) Quanto à ação penal pública, é CORRETO afirmar. A) por força do princípio da obrigatoriedade, a representação

do ofendido impõe ao Ministério Público o dever de propor a ação penal pública. B) nos crimes de ação penal pública condicionada à repre-sentação, ocorrendo a retratação do ofendido, antes da pro-lação da sentença final, o Ministério Público poderá desistir da ação proposta. C) o Magistrado poderá receber a denúncia ou queixa mes-mo que esteja comprovado no inquérito policial que o indicia-do era, ao tempo da infração penal, incapaz de entender o caráter criminoso do fato praticado. D) nos casos de ação penal de iniciativa exclusivamente pri-vada, ocorrendo a morte do ofendido que não tenha deixado representante legal, o Ministério Público assumirá a titulari-dade da ação e prosseguira nos atos processuais, receben-do a causa no estado em que se encontra. E) a denúncia oferecida pelo Ministério Público poderá ser aditada pelo assistente para inclusão de qualificadora não constante da inicial acusatória, desde que devidamente com-provada nos autos.

TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Sobre competência no processo penal marque a opção verdadeira, consideran-do o entendimento atualmente dominante do STF e STJ. A) O militar que comete crime de abuso de autoridade deverá ser julgado pela Justiça Militar. B) A competência por prerrogativa de função jamais prevale-ce sobre a do tribunal do júri, mesmo que prevista na Consti-tuição Federal, já que esta é específica em relação àquela. C) A Justiça Estadual é competente para julgar Prefeito Mu-nicipal por desvio de verba transferida e incorporada ao patri-mônio municipal, mesmo sendo de origem federal. D) A competência por prerrogativa de função relativa a atos administrativos do agente prevalece ainda que o inquérito policial ou a ação penal sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública.

2. (DELEGADO/PCDF/2005) O órgão competente para dirimir conflito de competência entre Tribunal Regional Fede-ral e Tribunal de Justiça é:A) Supremo Tribunal Federal;B) Superior Tribunal de Justiça;C) Tribunal Regional Federal;D) Tribunal de Justiça;E) Tribunal de Alçada.

�. (DELEGADO/PCPE/2006) João e Maria, em comum acordo, assassinam José na cidade de Rio Formoso. Ma-nuel assistia a tudo e foi descoberto por Maria que avisou a João. Amarraram e amordaçaram Manuel e o trouxeram, juntamente com o cadáver, para a cidade de Palmares, onde enterraram o cadáver e cortaram a língua de Manuel. Consi-derando-se as regras de competência é correto afirmar que: A) João e Maria serão julgados onde enterraram o cadáver e feriram Manuel por ter havido aí dois crimes. B) competente, pelo critério de prevenção, é o juízo da Co-marca que primeiro tomar conhecimento do fato. C) competente para o crime é o juízo da cidade de Rio For-moso onde ocorreu o homicídio. D) os crimes serão julgados onde ocorreram, o homicídio em Rio Formoso e a ocultação de cadáver e lesão grave em Palmares. E) tornar-se-á prevento o juiz do local em que foram presos em flagrante delito.

4. (DELEGADO/PCSC/2008) Em caso de infração per-manente, cometida em território de duas ou mais jurisdições, a competência se firmará:

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7INSTITUTO PROCESSUSA) pela prevenção. B) pela continência. C) pela distribuição. D) pelo domicílio do réu.

5. (DELEGADO/POLÍCIA CIVIL/2005) O órgão com-petente para dirimir conflito de competência entre Tribunal Regional Federal e Tribunal de Justiça é:A) Supremo Tribunal Federal;B) Superior Tribunal de Justiça;C) Tribunal Regional Federal;D) Tribunal de Justiça;E) Tribunal de Alçada.

6. (DELEGADO/POLÍCIA CIVIL/2005) O STF recebeu a denúncia contra o então Senador da República. Sucede que o denunciado, posteriormente, foi investido no cargo de Governador de Estado, o que levou aquela Corte a remeter os autos ao STJ, em razão de sua incompetência para pro-cessar e julgar a ação penal. Nessa instância, discutiu-se, em questão de ordem, se há necessidade da concessão prévia de licença da Assembléia Legislativa estadual para que haja o prosseguimento da ação penal. A esse respeito, é correto afirmar que a referida licença:A) é desnecessária, pois se trata de denúncia já recebida, sendo certo que a incompetência superveniente não importa em anulação da decisão de recebimento da denúncia;B) é necessária, pois, com fulcro na Emenda Constitucional 35/2.001, ao Congresso Nacional foi aferida a possibilidade de suspensão do processo, ao passo que o sistema de so-licitação de licença prévia às Assembléias permanece inal-terado; C) é necessária, pois a Lei 10.628/2.002, que alterou o art. 84 e seu § 1o, do Código de Processo Penal, prescreve que a exigência prevalece ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação do exercício da função pú-blica;D) é desnecessária, pois não se exige a licença prévia para o recebimento da denúncia ofertada em face de ocupante do cargo de Governador; no entanto, as Assembléias podem sustar o curso da ação penal recebida pelo STJ, tal como é permitido ao Congresso Nacional nas ações em curso no STF;E) é desnecessária, pois não se exige a licença prévia para o recebimento da denúncia ofertada em face de ocupante do cargo de Governador, sendo certo, ainda, que as Assem-bléias não podem sustar o curso da ação penal recebida pelo STJ, tal como é permitido ao Congresso Nacional nas ações em curso no STF.

Relativamente à competência no processo penal, julgue os próximos itens.

7. (JUIz SUbSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO - 2005) Com-pete à justiça federal, de acordo com entendimento do STF, processar e julgar crimes de abuso de autoridade e de lesões corporais praticados por policiais militares contra silvícola, no interior de reserva indígena.

8. (JUIz SUbSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO - 2005) Nas ações penais originárias, compete ao STF processar e jul-gar os titulares de cargos de natureza especial da estrutura orgânica da Presidência da República que possuem, por lei, prerrogativas, garantias, vantagens e direitos equivalentes aos titulares dos ministérios.

9. (JUIz SUbSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO - 2005) Com-pete ao tribunal regional federal (TRF) processar e julgar ex-

prefeito municipal pela prática, durante sua gestão adminis-trativa, de crime de peculato envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde. Os co-réus, ante a existência de relação de conexão e continência dos fatos, são também processados e julgados pelo TRF.

Com relação à competência no processo penal, julgue os seguintes itens.

�0. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Ainda que a sentença condenatória tenha transi-tado em julgado, cabe ao juízo criminal prolator da sentença a aplicação de lei mais benigna posteriormente editada.

��. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Competem à justiça estadual o processo e o jul-gamento dos crimes contra a economia popular.

TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

�. (DELEGADO/PCMA/2006) Considere as afirmativas abaixo a respeito das medidas assecuratórias.I. O juiz poderá ordenar o seqüestro de bens imóveis, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a de-núncia ou queixa.II. Se houver indícios veementes da proveniência ilícita dos bens móveis poderá ser decretado seqüestro deles desde que no caso não caiba apreensão.III. O Ministério Público detém a legitimidade exclusiva para requerer a hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado até a prolação de sentença.IV. A medida assecuratória de seqüestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.De acordo com o Código de Processo Penal brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em:A) I, II e III.B) I e III.C) I, II e IV.D) II e IV.E) II, III e IV.

2. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/MG - 2005) Assinale a alternativa CORRETA. No Direito Processual Penal as ques-tões preliminares e as questões prejudiciais apresentam, como ponto de semelhança, a característica de que são apreciadas antes do julgamento do fato principal. Por outro lado, as questões preliminares e prejudiciais revelam a se-guinte diferença: A) as questões preliminares são decididas no juízo penal ou extra-penal, enquanto as prejudiciais devem ser soluciona-das exclusivamente na jurisdição penal. B) as questões preliminares referem-se a temas relativos ao mérito da causa principal, o que não ocorre em se tratando de questões de natureza prejudicial, porquanto discutem ma-térias de natureza processual. C) as questões preliminares levam à extinção do processo com julgamento do mérito, e as questões prejudiciais extin-guem o processo sem julgamento do mérito, quando proferi-das no juízo cível por decisão transitada em julgado. D) a questão preliminar que suscitar controvérsia a ser diri-mida no juízo cível impõe a suspensão do processo criminal, enquanto as prejudiciais, por serem solucionadas no juízo criminal, processam-se incidentalmente ao processo princi-pal e não obstam sua fluência regular. E) as questões prejudiciais gozam de autonomia, uma vez que podem existir sem que haja a questão principal e ser sol-

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8 INSTITUTO PROCESSUSvida em outro processo, enquanto as questões preliminares não prescindem da existência de uma questão principal.

Quanto às medidas assecuratórias e ao incidente de insanidade mental, julgue os itens seguintes.

�. (JUIz SUbSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO - 2005) A via impugnativa dos embargos é cabível no caso de o seqüestro recair sobre bens imóveis adquiridos com os proventos da infração, medida constritiva prevista no Código de Processo Penal (CPP). Mostra-se cabível o oferecimento dos embar-gos contra o seqüestro prévio - art. 136 do CPP -, que tem natureza de garantia à hipoteca legal e que atinge quaisquer bens imóveis do réu para assegurar posterior especialização e inscrição desses bens.

4. (JUIz SUbSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO - 2005) O exame de insanidade mental, que objetiva à demonstração da higidez psíquica do réu no momento da prática da infra-ção penal, deve ser deferido pelo juiz sempre que houver re-querimento da defesa, sob pena de cerceamento de defesa e constrangimento ilegal.

5. (JUIz SUbSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO - 2005) Con-sidere a seguinte situação hipotética. O Ministério Público requereu a medida assecuratória de especialização e inscri-ção de hipoteca legal sobre bens imóveis de propriedade de réu denunciado pela prática de crime de apropriação indébita previdenciária, bem como de suas cotas sociais na empresa A&M Eng. Ltda., na qual era sócio-gerente, a fim de garantir os efeitos de eventual e futura condenação. Nessa situação, a medida não será cabível com relação à empresa, para não violar o princípio da pessoalidade, com atribuição de respon-sabilidade penal a terceiros da relação jurídica.

TÍTULO VII - DA PROVA

Considerando o programa especial de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas e a legislação correlata, julgue os itens que se seguem.

�. (DELEGADO/PCAC/2008) A solicitação para ingres-so no programa mencionado não pode ser feita diretamente pela autoridade policial que conduz a investigação criminal, a qual deverá formular representação ao Ministério Público, que tem legitimidade para tanto.

2. (DELEGADO/PCAC/2008) Em caso de urgência e con-siderando a procedência, a gravidade e a iminência da coa-ção ou ameaça, a vítima ou testemunha poderá ser colocada provisoriamente sob a custódia de órgão policial, pelo órgão executor, no aguardo de decisão do conselho deliberativo, comunicando-se imediatamente o fato aos membros deste e ao Ministério Público.

�. (DELEGADO/PCDF/2005) Quanto à produção e à ava-liação das provas no processo penal, pode-se afirmar que:A) vigora o princípio da liberdade das provas, não havendo qualquer restrição à sua produção;B) a vedação da produção de provas obtidas por meios ilí-citos (art. 5º, LVI, CRFB), como possui natureza de garantia constitucional, deve ser interpretada de forma absoluta. As-sim, não há possibilidade, no processo penal, de avaliação de prova obtida por meios ilícitos;C) segundo a orientação do Supremo Tribunal Federal, não haverá possibilidade de reconhecimento de prova ilícita por derivação, por completa ausência de previsão legal;D) constitui, em regra, modalidade de prova ilegítima a jun-tada de documentos no momento da apresentação das ale-gações finais no rito do Júri;

E) seguindo a orientação do Supremo Tribunal Federal, o juiz poderá pessoalmente diligenciar, objetivando o acesso a da-dos, documentos e informações fiscais, referente a crimes praticados por organizações criminosas.

4. (DELEGADO/PCMS/2006) Segundo o Art. 161 do Có-digo de Processo Penal, o exame de corpo de delito poderá ser feito: A) Somente se o local for iluminado. B) Somente durante a noite. C) Somente durante o dia. D) Em qualquer dia e a qualquer hora. E) Somente das 6 horas às 18 horas.

5. (DELEGADO/PCMS/2006) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando: A) Não houver indícios a serem periciados. B) Não produzir efeitos práticos. C) For meramente medida procrastinatória. D) Já tiver sido feita. E) Não for necessária ao esclarecimento da verdade.

6. (DELEGADO/PCMS/2006) Referente à identificação criminal, assinale V para Verdadeiro e F para Falso nas pro-posições abaixo. I - O preso em flagrante delito, o indiciado em Inquérito poli-cial, assim como aqueles contra os quais tenha sido expedi-do mandado de prisão judicial, desde que não identificados civilmente, serão submetidos à identificação criminal, inclusi-ve pelo processo datiloscópico e fotográfico. II - Até aqueles que praticam infração penal de menor gra-vidade (art. 61, caput e parágrafo único do art. 69 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995), serão submetidos à identificação criminal, inclusive pelo processo datiloscópico e fotográfico. III - A prova de identificação civil far-se-á mediante apresenta-ção de documento profissional reconhecido pela legislação.IV - O civilmente identificado por documento original não será submetido a identificação criminal, exceto quando: I - esti-ver indiciado ou acusado pela prática de homicídio doloso, crimes contra o patrimônio praticados mediante violência ou grave ameaça, crime de receptação qualificada, crimes contra a liberdade sexual ou crime de falsificação de docu-mento público; II - houver fundada suspeita de falsificação ou adulteração do documento de identidade; III - o estado de conservação ou a distância temporal da expedição do do-cumento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais; IV - constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; V - houver registro de extravio do documento de identidade; VI - o indi-ciado ou acusado não comprovar, em quarenta e oito horas, sua identificação civil. V - Cópia do documento de identificação civil apresentada deverá ser mantida nos autos de prisão em flagrante, quando houver, e no inquérito policial, em quantidade de vias neces-sárias. Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta: A) V - F - F - V - V. B) V - V - F - V - V. C) F - F - V - F - F. D) V - F - V - V - V. E) V - F - F - F - V.

7. (DELEGADO/PCMS/2006) Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto abaixo: A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o in-teresse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. A incomunicabilidade, que não excederá de _____,

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9INSTITUTO PROCESSUSserá decretada por despacho fundamentado do juiz, a re-querimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no art. 89, III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei nº 4.215, de 27 de abril de 1963). A) 12 (dozE) dias. B) 10 (dez) dias. C) 5 (cinco) dias. D) 3 (três) dias. E) 2 (dois) dias

8. (DELEGADO/PCMS/2006) Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser vítima da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele vítima da in-fração. Assinale a alternativa correta:A) somente o item IV é falso. B) somente os itens I e II são verdadeiros. C) somente o item III é falso. D) somente os itens II e IV são falsos. E) somente os itens I e II são falsos.

9. (DELEGADO/PCPE/2006) Acerca da prova no proces-so penal é correto afirmar que: A) a prova pericial é a mais importante prova, pois o juiz é obrigado a valorar o laudo pericial. B) a prova testemunhal tem a característica única de estar vinculada à história do antes, durante e depois, logo é a mais importante. C) a confissão, desde que livremente feita, é a prova essen-cial do processo. D) todas as provas têm valor relativo, valendo pela coerência que guardem entre si. E) conforme seja o crime a prova essencial é a feita através de documentos.

�0. (DELEGADO/PCPE/2006) A respeito das provas do Inquérito Policial, é correto afirmar que: A) a confissão obtida livremente, no IP é valorada pelo juiz julgador do processo. B) é desnecessária a repetição da prova testemunhal em juízo sendo suficiente a ratificação do testemunho feito na Delegacia. C) a prova pericial é a única prova que tem seu contraditório postergado, logo é válida para valoração no julgamento feito pelo juiz do processo. D) a confissão obtida através de tortura é prova ilícita que não macula o julgamento se no convencimento, exposto na motivação, ela não foi analisada. E) a confissão, bem como a prova testemunhal suprem a prova pericial.

��. (DELEGADO/PCPE/2006) A prova ilícita é vedada pela Constituição Federal, no entanto existe copiosa jurispru-dência aceitando-a com base no princípio da razoabilidade. Assinale a alternativa que apresenta a circunstância em que ela é permitida. A) Quando inexistente qualquer outra prova. B) Quando em defesa de terceiro. C) Quando desfavorável ao acusado. D) Quando impossível sua aquisição licitamente. E) Quando apresentada pela vítima de extorsão.

Acerca da prova no processo penal, julgue os pró-ximos itens.

�2. (DELEGADO/PCTO/2008) Considere que em determi-nada ação penal foi realizada perícia de natureza contábil, nos moldes determinados pela legislação pertinente, o que resul-tou na elaboração do competente laudo de exame pericial. Na fase decisória, o juiz discordou das conclusões dos peritos e, de forma fundamentada, descartou o laudo pericial ao exarar a sentença. Nessa situação, a sentença é nula, pois o exame pericial vincula o juiz da causa.

��. (DELEGADO/PCTO/2008) Considere a seguinte situa-ção hipotética. João, imputável, agrediu fisicamente Francisco, produzindo-lhe lesões corporais leves. Transcorridos alguns dias após a agressão, Francisco compareceu à repartição poli-cial, onde noticiou o crime. Encaminhado para exame pericial, ficou constatado que não mais existiam lesões. Nessa situação, por terem desaparecido os vestígios, a materialidade do delito poderá ser demonstrada por meio de prova testemunhal.

�4. (DELEGADO/PCTO/2008) Não se faz distinção entre corpo de delito e exame de corpo de delito, pois ambos repre-sentam o próprio crime em sua materialidade.

�5. (DELEGADO/PCTO/2008) Por determinação legal, o exame necroscópico ou cadavérico deve ser realizado pelo menos seis horas após o óbito. Todavia, tal obrigatoriedade é dispensada se houver evidência da morte, como ausência de movimentos respiratórios, desaparecimento do pulso ou enre-gelamento do corpo.

�6. (DELEGADO/PCTO/2008) Dispõe a lei processual penal que os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais, o que significa que esses técnicos podem desempenhar suas funções independente-mente de nomeação da autoridade policial ou do juiz, uma vez que a investidura em tais cargos advém da lei.

�7. (DELEGADO/PCSC/2008) O veredicto do Tribunal do Júri enquadrou o réu “Antares” como incurso no art. 121, § 2º, inciso II, do Código Penal ( homicídio qualificado pelo motivo fútil ). Para chegar a esta conclusão, os jurados fizeram a ava-liação da prova pelo sistema: A) do livre arbítrio do juiz. B) do livre convencimento ou da persuasão racional do juiz. C) da identidade física do juiz com o réu. D) da íntima convicção ou da certeza moral do juiz.

�8. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) O Juiz T, ante à conclusão da prova pericial que assentou a impossi-bilidade de fixar-se a causa da morte e a contradição inafas-tável existente entre a versão do acusado e a irmã da vítima, pronuncia o réu K, invocando o princípio in dubio pro societate. Assinale a opção correta:A) No processo penal brasileiro só cabe a invocação do prin-cípio in dubio pro reo.B) A questão, como posta, não é de prova, mas de direito probatório ensejando o conhecimento da matéria em sede de habeas corpus.C) Autorizada está, como elaborada, a decisão pela pronún-cia, que se satisfaz com indícios da autoria e certeza de fato.D) Autorizada está, como elaborada, a decisão pela pronún-cia, dado o princípio da convicção íntima, pertinente a este juízo de provisoriedade.

�9. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) O fis-cal H, sem mandado judicial, apreende livros contábeis e no-tas fiscais em diligência investigatória.

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�0 INSTITUTO PROCESSUSA) A apreensão só é válida com mandado judicial.B) A apreensão só é válida se no curso de prisão em flagrante.C) Documentos que se relacionam com a contabilidade da empresa não estão protegidos pelo sigilo.D) A apreensão é válida se realizada no curso de investiga-ção policial.

20. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) De-cisão concessiva de mandado de segurança, na esfera cí-vel, considerou ilegal elementos de prova objeto de busca e apreensão, por isso invalidada. Assinale a opção correta:A) Aplica-se ao caso, sem restrições, a doutrina do fruits of the poisonous tree.B) A investigação criminal permanece válida, se não for ine-quivocamente demonstrado que todos os dados de prova emanam da busca e apreensão.C) A decisão proclamada na esfera cível não pode repercutir no âmbito criminal.D) A ulterior instrução criminal, com dados novos, poderá convalidar a denúncia ajuizada.

2�. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MS/FGV) Assinale a afirmativa incorreta.(A) O silêncio do réu não importará em confissão nem poderá ser valorado pelo juiz em prejuízo da defesa para efeito de condenação, mas poderá ser valorado na fixação da penaba-se no aspecto da personalidade do criminoso.(B) O réu tem o direito de entrevistar-se reservadamente com seu advogado antes de seu interrogatório judicial. (C) O réu tem o direito de permanecer calado, negar a verda-de ou mentir durante seu interrogatório judicial.(D) Além de permanecer calado, o réu tem o direito de recu-sar-se a fornecer material para exame grafotécnico. (E) Se o réu não for previamente advertido de seu direito de permanecer em silêncio, tudo que disser em seu interrogató-rio poderá ser anulado posteriormente.

22. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/PR) Quanto ao inter-rogatório, assinale a alternativa correta:A) O silêncio do acusado no ato de interrogatório não pode prejudicar o réu, porém, em decorrência do princípio da livre convicção do juiz, esse poderá interpretar o silêncio em des-favor do mesmo na forma do artigo 198 do CPP.B) Quando a ação penal imputa crime a mais de um acusado em concurso, apesar da nova disposição do artigo 188 do CPP, não cabe ao juiz, no ato do interrogatório de co-réu, no-mear defensor aos demais co-réus, se o defensor nomeado não estiver presente, ou os co-réus não possuírem defensor, já que o interrogatório é ato de defesa, não se constituindo em meio idôneo para formular provas.C) Quando a ação penal imputa crime a mais de um acusado em concurso, em decorrência da nova disposição do artigo 188 do CPP, deve o juiz, no ato do interrogatório de co-réu, tomar o cuidado de nomear defensor aos demais co-réus, se o defensor nomeado não estiver presente, ou os co-réus não possuírem defensor, sob pena de nulidade do ato por violação aos direitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório.D) Em decorrência dos princípios da ampla defesa e do juiz natural, deve o ato do interrogatório ser realizado perante o juiz que irá julgar a causa, uma vez que dessa forma, possi-bilita-se ao acusado justificar a sua conduta, ou defender-se, perante o magistrado que irá julgar o processo-crime.

2�. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Com relação às regras de provas do Código de Processo Penal, pode-se afirmar:(A) adotou a teoria “dos frutos da árvore envenenada” e a teoria da “fonte independente”.(B) na inquirição das testemunhas as perguntas das partes

serão feitas por intermédio do juiz.(C) se a infração deixar vestígios, a falta de exame de corpo de delito poderá ser suprida pela confissão do acusado.(D) a busca domiciliar, por ser medida de natureza cautelar, só se justifica quando fundadas razões a autorizarem e, se realizada para prender pessoascondenadas, poderá ser feita em qualquer momento.(E) o juiz poderá ordenar, somente quando iniciada a ação pe-nal, a produção antecipada de provas urgentes e relevantes.

24. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/MG) Sobre a prova no Processo Penal, assinale a alternativa INCOR-RETA.A) Na busca domiciliar, é imprescindível a autorização ju-dicial, que poderá ser requerida pela autoridade policial ou pelo Ministério Público.B) É vedada a interceptação das comunicações telefônicas nos processos por contravenções penais.C) Somente quanto ao estado das pessoas serão observa-das as restrições à prova estabelecida na lei civil.D) O assistente do Ministério Público poderá formular quesi-tos aos peritos e indicar assistente técnico.E) Por expressa disposição do CPP são inadmissíveis as provas ilícitas por derivação.

TÍTULO VIII - DO JUIz, DO MINISTÉRIO PÚbLICO, DO ACUSADO E

DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA

�. (DELEGADO/PCDF/2005) À luz do entendimento pre-dominante do Supremo Tribunal Federal, é INCORRETO afirmar que:A) a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusi-vamente pela Constituição estadual;B) é nula a decisão que determina o desaforamento de pro-cesso da competência do Júri sem audiência da defesa;C) o efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos de sua interposição; D) viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados;E) é absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.

2. (DELEGADO/PCDF/2005) Membro do Ministério Pú-blico imputa ao acusado a prática de crime doloso contra a vida na sua forma tentada em concurso material com o crime de seqüestro.Pode-se afirmar que:A) na hipótese de decisão de pronúncia, deve a defesa téc-nica, bem como o acusado, ser intimados da decisão. Não sendo o acusado encontrado, será expedido edital para in-timação;B) desclassificada a imputação de tentativa de homicídio para lesão corporal pelo Conselho de Sentença, deverão os jurados prosseguir no julgamento do crime de seqüestro, vo-tando a segunda série de quesitos;C) a decisão de absolvição sumária somente fará coisa jul-gada com a reapreciação obrigatória pelo Tribunal. Muito embora possua natureza jurídica de sentença definitiva com apreciação do mérito, poderá ser impugnada, voluntariamen-te, pelo Recurso em Sentido estrito;D) identificada a completa ausência de provas quanto a auto-ria, deverá o acusado ser desde já absolvido sumariamente, como estabelece o sistema processual pátrio;

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��INSTITUTO PROCESSUSE) na formulação dos quesitos, deve-se seguir a imposição legal prevista no artigo 484 do Código de Processo Penal, iniciando pela imputação principal, as causas especiais de aumento da pena, os quesitos referentes às alegações de-fensivas e por último, como quesito obrigatório, as atenuan-tes genéricas.

�. (DELEGADO/PCDF/2005) Em 20 de dezembro de 2.003, Berola é detido na posse de uma arma de fogo de uso permitido. Lavrado o termo circunstanciado, uma semana após, os autos são remetidos ao Juizado Especial Criminal de Cantagalo, onde o Defensor de Berola postula a realiza-ção de exame de insanidade mental, com sua nomeação como curador. Na perícia, constata-se a inteira incapacidade mental de Berola à época do fato. Na hipótese: A) será feito o pedido de declínio de competência para o Ju-ízo comum, à luz da complexidade do fato;B) será feito o pedido de declínio de competência para o Juízo comum, pois o fato-crime é regulado pela Lei 10.826/2.003, não alcançado pelo procedimento dos crimes de menor po-tencial ofensivo;C) será oferecido o instituto despenalizador da Lei 9.099/95, com o suprimento da vontade do autor do fato por seu curador;D) o processo continuará suspenso até que o autor do fato se restabeleça, na forma do art. 152 do Código de Processo Penal;E) o juiz ordenará a internação ou o tratamento ambulatorial do autor do fato em manicômio judiciário ou em outro estabe-lecimento adequado.

4. (DELEGADO/PCDF/2005) Segundo o Pacto de São José da Costa Rica (Decreto 678/1.992), é INCORRETO afirmar que: A) ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas constituições políticas dos Estados-Partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas;B) toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem de-mora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo, não podendo sua liberdade ser condicionada a garantias;C) toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais; nos Estados-Partes cujas leis prevêem que toda pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direi-to a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abolido; o recurso pode ser inter-posto pela própria pessoa ou por outra pessoa;D) toda pessoa acusada de delito tem direito a que se pre-suma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa; E) toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas ga-rantias dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido ante-riormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direi-tos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.

5. (DELEGADO/PCDF/2005) O Ministério Público Esta-dual denunciou Serafim pela prática do fato descrito no art. 157 do Código Penal. O Juiz, observando a ausência de jus-ta causa, rejeitou a denúncia. Pode-se afirmar que:A) como não houve ainda a citação, não se formou a rela-ção processual, não havendo necessidade de intimação de Serafim para apresentação de Contra-Razões do recurso interposto;B) como o ato de recebimento ou rejeição da denúncia não

possui força decisória, não haverá necessidade de funda-mentação pelo juiz;C) dando provimento ao recurso ministerial, haverá a produ-ção dos efeitos do recebimento da denúncia, inclusive para interromper o curso prescricional; D) interposto recurso contra ato de rejeição da denúncia, não haverá a produção do efeito regressivo; E) como o juiz não está adstrito à classificação jurídica do fato, sua ausência na denúncia causará mera irregularidade, podendo ser corrigida até a decisão final.

6. (DELEGADO/PCMA/2006) Considere as situações abaixo.I. No processo Y funcionou parente consangüíneo do Juiz em linha colateral de 3º grau como órgão do Ministério Público.II. No processo Z o juiz é amigo íntimo da vítima, sendo que freqüenta sua residência.III. No processo W parente afim do Juiz em linha colateral de 2º grau é diretamente interessado no feito.IV. O fato objeto do processo X é análogo ao doprocesso em que descendente do juiz está respondendo e cujo caráter criminoso haja controvérsia.De acordo com o Código de Processo Penal brasileiro, o juiz estará impedido de exercer jurisdição nos processos:A) W e X.B) Y e Z.C) Z e X.D) Y e W.E) Z e W.

7. (DELEGADO/PCPE/2006) São princípios constitucio-nais orientadores do Ministério Público: A) impessoalidade, indisponibilidade, indivisibilidade. B) unidade e indivisibilidade, e independência. C) irrecusabilidade, independência e substituição. D) devolução, substituição e unidade. E) independência funcional, indivisibilidade e unidade.

8. (DELEGADO/PCSC/2008) O promotor de Justiça, au-tor de crime de homicídio doloso, em unidade da Federação onde não exerce a sua função, será processado e julgado originariamente pelo: A) Tribunal do Júri da Comarca onde ocorreu o homicídio. B) Tribunal do Júri da Capital do Estado onde ele exerce a sua função. C) Tribunal de Justiça do Estado onde ele exerce a sua função. D) Tribunal de Justiça do Estado onde ocorreu o homicídio.

9. (DELEGADO/PCSC/2008) O réu foi denunciado por ter subtraído um aparelho de TV de uma residência, depois de ter rompido obstáculo à subtração da coisa, consisten-te no arrombamento de uma janela. O Promotor de Justiça capitulou o fato como furto simples, embora tenha descrito na denúncia todas as circunstâncias já mencionadas. Após a instrução criminal e alegações escritas das partes o juiz recebeu os autos conclusos para sentença. Estando inteiramente provados os fatos narrados, o juiz deve: A) anular o processo a partir da denúncia, inclusive, por ser esta inepta. B) absolver o réu, por inexistir correlação entre a narrativa oferecida pelo promotor e a capitulação do crime. C) determinar a abertura de vistas dos autos ao Ministério Público, para que adite a denúncia.D) condenar o réu por furto qualificado, dando definição jurí-dica diversa daquela que constou da denúncia.

�0. (DELEGADO/PCSC/2008) Na instrução criminal o juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas aprecia-ções pessoais, exceto quando:

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�2 INSTITUTO PROCESSUSA) tais apreciações forem inseparáveis da narrativa dos fatos. B) a testemunha for amiga íntima da vítima. C) a testemunha for inimiga do réu. D) a testemunha for menor e 18 anos.

��. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) O Juiz Z, valendo-se do disposto no parágrafo único, do artigo 384, do CPP provoca manifestação de membro do Ministério Pú-blico que, na denúncia, omitira a circunstância de ser a vítima idosa. Assinale a opção correta:A) Se o membro do Minsitério Público recusa-se ao adita-mento cabe, ao caso, a incidência do artigo 28, do CPP.B) A recusa do membro do Ministério Público ao aditamento, no caso, tem amparo jurídico.C) Em situação de aditamento espontâneo a rejeição, pelo juiz, cabe ser impugnada por correição parcial.D) O fenômeno processual da mutatio libelli compatibiliza-se com o sistema acusatório puro.

�2. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) O Juiz J, na sentença de mérito, cassa a fiança. Assinale a opção correta:A) O recurso adequado é o recurso em sentido estrito pre-sente o princípio da especialização.B) Da decisão judicial, qualquer que seja sua natureza - de mérito ou interlocutória -, atingindo a fiança, o recurso ade-quado é sempre o recurso em sentido estrito.C) O recurso adequado é o de apelação, presente o princípio da unirrecorribilidade.D) Pela regra tantum devolutum quantum appellatum o recur-so adequado é o de apelação.

��. (TRIbUNAL DE CONTAS/CE/2006) De acordo com o Código de Processo Penal, o Juiz absolverá o réu, mencio-nado a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:I. Estar provada a inexistência do fato;II.Não haver prova da existência do fato;III.Não constituir o fato infração penal;IV.Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;V. Existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena;VI.Não existir prova suficiente para condenação.Faz(em) coisa julgada no cível, impedindo a propositura de ação civil para a reparação do dano tendo como objeto o mesmo fato, a(s) hipótese(s) legal(is) indicada(s) SOMENTE emA) I.B) V.C) I, III e V.D) II, IV e VI.E) III, IV e VI.

�4. (TRIbUNAL DE CONTAS/MA/2005) No que se re-fere a situação do assistente do Ministério Público é INCOR-RETO afirmar queA) o co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente da acusação.B) o assistente não pode aditar a denúncia, mas poderá adi-tar o libelo acusatório.C) não tem cabimento a pluralidade de assistentes de acusa-ção no mesmo processo.D) não pode o assistente habilitar-se no processo antes do recebimento da denúncia.E) o prazo para recorrer, supletivamente, começa a correr ime-diatamente após o transcurso do prazo do Ministério Público.

�5. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) O Ministério Público oferece denúncia contra X por infração ao art. 160 do CP e propõe a suspensão condicional do processo, prevista

pela Lei n.º 9.099/95 pelo prazo de 4 anos. A defesa concor-da com a proposta desde que a suspensão se dê por 2 anos, condição acatada pelo juiz. Ao Ministério PúblicoA) cabe a interposição de recurso de apelação para a Câma-ra Recursal, com fundamento no art. 593, II do CPP.B) cabe a interposição de recurso de apelação para o Tribu-nal de Justiça, com fundamento no art. 593, II do CPP.C) cabe a interposição de recurso de apelação para o Tribunal de Justiça com fundamento no art. 82 da Lei n.º 9.099/95.D) cabe a interposição de recurso de apelação para a Câma-ra Recursal com fundamento no art. 82 da Lei n.º 9.099/95.E) não cabe recurso algum.

TÍTULO IX - DA PRISÃO E DA LIbERDADE PROVISÓRIA

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção verdadeira. A) Em regra só é possível a prisão de alguém no Brasil em flagrante delito e por ordem de autoridade judicial, mesmo que por via oral e não fundamentada. B) A prisão em flagrante não possui prazo máximo para que o preso permaneça nesta condição, devendo ser comunicada imediatamente ao Juiz e lavrando-se a respectiva nota de cul-pa em até 24 (vinte e quatro) horas após a sua realização. C) O chamado flagrante esperado é considerado válido no Brasil, assim como o flagrante preparado também. O flagran-te forjado e o postergado são ilegais e não são reconhecidos como válidos pelo Judiciário Nacional. D) O flagrante próprio ocorre sempre e quando a prisão é efetuada sobre o autor efetivo da conduta em tese criminosa, durante a prática do fato ou após, desde que o mesmo seja encontrado com bens ou objetos que façam presumir ser ele o autor da infração.

2. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Considerando o dis-posto na legislação processual penal brasileira e o atual entendimento dos Tribunais Superiores Pátrios, marque a opção verdadeira. A) A proibição de liberdade provisória nos processos por cri-mes hediondos não veda o relaxamento de prisão processu-al por excesso de prazo. B) A prisão preventiva pode ser decretada durante o inquérito policial ou durante o processo penal desde que existam in-dícios de autoria e materialidade e o indiciado ou preso seja reincidente e não possua bons antecedentes. C) A fiança será concedida pela Autoridade Policial sempre e quando o preso em tese tenha praticado um crime cuja pena é de detenção não superior a 2 (dois) anos ou prisão simples.D) Sendo inafiançável o crime, o preso em flagrante deverá responder todo o processo recolhido à prisão, já que, nesse caso, não há possibilidade de concessão de liberdade pro-visória.

No que se refere a prisão e liberdade provisória, julgue os próximos itens.

�. (DELEGADO/PCAC/2008) A própria autoridade policial poderá conceder fiança, nos casos de infração punida com detenção ou prisão simples.

4. (DELEGADO/PCAC/2008) Mesmo sem o consenti-mento do morador, poder-se-á efetuar a prisão dentro da sua residência em caso de situação de flagrante delito em curso, naquele momento, no interior da residência.

5. (DELEGADO/PCDF/2005) Em matéria de prisão cau-telar, pode-se afirmar que:A) já que vigora o princípio da jurisdicionalidade em todas as

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��INSTITUTO PROCESSUSprisões cautelares, poderá o juiz, de ofício, decretar a prisão temporária;B) ultrapassado o prazo máximo da prisão temporária, o in-diciado será posto em liberdade pela autoridade policial, ne-cessitando da expedição de alvará de soltura da autoridade judicial;C) não haverá possibilidade de prisão administrativa, por completa vedação constitucional, salvo nos casos de trans-gressão militar definidos em lei. Haverá possibilidade de impetração de Habeas Corpus para impugnar a legalidade dessa prisão, não obstante a vedação constitucional;D) não estando presente o periculum libertatis da prisão em flagrante, o juiz deverá revogá-la;E) na prática de crime de ação penal pública condicionada à representação, a autoridade policial diante de estado flagran-cial deverá lavrar o auto de prisão em flagrante, independen-temente da manifestação de vontade do ofendido.

6. (DELEGADO/PCDF/2005) Ainda em relação às pri-sões cautelares:A) através da imposição legal, os agentes policiais não pode-rão retardar a prisão em flagrante quando estiverem diante de estado flagrancial de crimes praticados por organizações cri-minosas, mesmo que objetivem a melhor colheita de provas; B) sabe-se que a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante inaugura o Inquérito Policial. No entanto, quando diante de crimes permanentes, haverá a possibilidade de prisão em flagrante, mesmo que já haja a instauração do Inquérito Po-licial; C) a imediata comunicação ao juiz de prisão em flagrante é mera formalidade. Sua ausência não constitui constrangi-mento ilegal ao iniciado, permanecendo legal o encarcera-mento provisório do indiciado;D) será cabível a prisão preventiva do autor de lesões corpo-rais praticadas em veículo auto-motor (art. 303, Lei 9.503/97), quando presente o periculum libertatis; E) o clamor público deve ser considerado como um dos re-quisitos da prisão preventiva, autorizando, por si só, sua de-cretação.

7. (DELEGADO/PCDF/2005) De acordo com a Lei 8.069/90, é INCORRETO afirmar que:A) nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e funda-mentada da autoridade judiciária competente;B) o adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos;C) a apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autori-dade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada;D) examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabili-dade, a possibilidade de internação imediata, em respeito à condição peculiar da pessoa em desenvolvimento;E) a internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, devendo a decisão ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de au-toria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.

8. (DELEGADO/PCDF/2005) Confrontadas as Leis nº 7.960/89 e 8.072/90, o prazo máximo de duração da prisão temporária em crime de extorsão é de:A) cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extre-ma e comprovada necessidade;B) dez dias, prorrogável por igual período em caso de extre-ma e comprovada necessidade;C) quinze dias, prorrogável por igual período em caso de ex-trema e comprovada necessidade;

D) trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extre-ma e comprovada necessidade;E) sessenta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

9. (DELEGADO/PCDF/2005) O preso em flagrante delito, o indiciado em inquérito policial, aquele que pratica infração penal de menor gravidade, assim como aqueles contra os quais tenha sido expedido mandado de prisão judicial, desde que não identificados civilmente, serão submetidos à identi-ficação criminal, inclusive pelo processo datiloscópico e fo-tográfico.Assinale a alternativa em que o civilmente identificado por documento original NÃO será submetido à identificação cri-minal, de acordo com a Lei 10.054/2.000:A) estiver indiciado ou acusado pela prática de crime de re-ceptação qualificada;B) houver fundada suspeita da falsificação ou adulteração do documento de identidade;C) estiver indiciado ou acusado pela prática de crimes que envolvam ação praticada por organizações criminosas;D) o estado de conservação ou a distância temporal da ex-pedição de documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais;E) estiver indiciado ou acusado pela prática de crimes contra a liberdade sexual.

�0. (DELEGADO/PCMS/2006) Quanto à prisão em fla-grante delito, assinale a alternativa incorreta.A) Se o réu se livrar solto, deverá ser colocado em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante. B) Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e as testemunhas que o acompanharam e interrogará o acusado sobre a imputação que lhe é feita, la-vrando-se o que será por todos assinado. C) Considera-se em flagrante delito quem está cometendo a infração penal, acaba de cometê-la ou é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração. D) Dentro do prazo máximo de 24 (vinte quatro) horas depois da prisão, será dada ao preso a nota de culpa assinada pela Autoridade Policial, devendo constar o motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas. E) Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá desde logo sua assinatura, entre-gando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida procederá a oitiva das testemunhas que o acom-panharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo a cada oitiva suas respectivas assi-naturas, lavrando a autoridade ao final o auto.

��. (DELEGADO/PCMS/2006) Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto abaixo: O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autori-dade processante, ou ausentar-se por mais de ___________ de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado. A) 5 (cinco) dias. B) 12 (dozE) dias. C) 10 (dez) dias. D) 8 (oito) dias. E) 15 (quinzE) dias.

�2. (DELEGADO/PCPE/2006) Um cidadão é preso, ho-ras depois de haver jogado gasolina no veículo de outro, e causado prejuízo. Lavrado o flagrante e feitas as comunica-ções o Inquérito Policial continua, mantendo-se a prisão. So-bre essa prisão é correto afirmar que: A) é ilegal porque decorreu largo espaço de tempo entre o crime e a prisão.

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�4 INSTITUTO PROCESSUSB) é ilegal porque o crime é afiançável e o Delegado podia conceder a fiança por ser a pena de detenção. C) é ilegal porque o crime é de ação privada e não fora a vítima à Delegacia prestar queixa. D) é ilegal porque o crime é de competência do Juizado Es-pecial Criminal. E) essa prisão é legal porque poderia o Delegado arbitrar ou não a fiança.

��. (DELEGADO/PCPE/2006) A liberdade provisória tem respaldo no princípio constitucional: A) do in dubio pro reo, que vigora no CPP. B) da legalidade, expresso no direito do estado de prender. C) da presunção de inocência. D) da plenitude de defesa, realizado de forma plena com a liberdade. E) de que a prisão cautelar é exceção, exigindo o fumus boni iure e o periculum in mora, fundados em provas reais.

�4. (DELEGADO/PCSC/2008) Ocorre o chamado “fla-grante facultativo” quando (...) Assinale a alternativa correta que completa a frase acima. A) A prisão em flagrante se dá no momento em que alguém está no cometimento da infração penal. B) A prisão em flagrante é efetuada por qualquer do povo. C) A prisão em flagrante é efetuada pela autoridade policial ou por seus agentes. D) A prisão em flagrante se dá por crime a que a lei comina pena de detenção.

�5. (DELEGADO/PCSC/2008) Nos crimes permanentes o agente poderá ser preso em flagrante delito: A) já nas fases de cogitação e preparação do crime.B) depois de cessada a permanência. C) no instante do cometimento da primeira infração. D) enquanto não cessar a permanência.

�6. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) Em tema de prisão temporária (Lei nº 7.960/89):A) As hipóteses à sua decretação bastam-se por si mesmas.B) Não cabe sua decretação após o recebimento da denúncia.C) Sua natureza supre a exigência de demonstração de sua necessidade, dado impostergável em relação às demais mo-dalidades de prisão provisória.D) Não pode ser sucedida por custódia cautelar.

�7. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) Em tema de prisão em flagrante:A) Aos delitos de ação penal privada condiciona-se a lavratu-ra do auto a requerimento do ofendido.B) Aos crimes habituais aplica-se a norma processual alusiva aos crimes permanentes.C) O magistrado deve exercer o controle ex officio sobre todo auto de prisão em flagrante, que lhe é encaminhado.D) O flagrante real é reconhecido no conatus remotus no iter criminis.

�8. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MS/FGV) Quais os tipos de prisões cautelares que existem no ordenamento pro-cessual penal brasileiro?(A) Temporária, administrativa, preventiva e decorrente de pronúncia.(B) Flagrante, temporária, preventiva e decorrente de sen-tença (ou acórdão) condenatória recorrível e decorrente de pronúncia.(C) Preventiva, temporária, decorrente de pronúncia e decor-rente de sentença (ou acórdão) condenatória recorrível.(D) Flagrante, temporária, administrativa, preventiva, decor-rente de sentença (ou acórdão) condenatória recorrível, de-corrente de pronúncia.

(E) Temporária, preventiva, decorrente de sentença (ou acór-dão) condenatória recorrível e decorrente de pronúncia.

�9. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MS/FGV) Qual dos elementos abaixo não está previsto no art. 312 do Código de Processo Penal como um dos requisitos para a decretação da prisão preventiva?(A) Quando necessária para assegurar a aplicação da lei penal.(B) Quando conveniente para a instrução criminal.(C) Quando imprescindível para apaziguar o clamor público.(D) Quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.(E) Quando necessária para garantir a ordem econômica.

20. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/PR) Assinale a al-ternativa correta:A) Havendo simultânea instauração de inquérito policial em duas comarcas diferentes para apurar um estupro ocorrido na divisa destas comarcas, sendo que o indiciado foi preso em flagrante em uma delas sem comunicação do juízo, ainda assim, a prisão preventiva pode ser decretada por quaisquer dos juízos.B) O pedido de instauração de inquérito policial pelo Ministé-rio Público para a apuração de crime de ação penal privada será deferido pelo Juízo, ouvido o ofendido sobre o interesse na investigação.C) É possível a decretação de prisão preventiva no curso de inquérito policial de candidato a prefeito que tenta evadir-se do distrito da culpa dez dias antes da eleição municipal.D) A nulidade havida em inquérito policial não contamina a ação penal. Assim, a nulidade do laudo de necropsia pro-duzido na fase inquisitorial não implica nulidade passível de reconhecimento na ação penal dela decorrente.

2�. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MG/EJEF) Assinale a alternativa INCORRETA.A) Mesmo primário e de bons antecedentes, o réu que se encontrava preso, por força de flagrante ou preventiva, deve permanecer preso após a pronúncia, salvo casos especiais e justificados.B) Réu não reincidente que se encontrava em liberdade ao tempo da sentença condenatória pode apelar em liberdade, salvo se a prisão provisória for devidamente justificada na sentença, não bastando a simples afirmativa de se tratar de crime hediondo.C) A prisão em flagrante pode ser efetuada em qualquer mo-mento do dia ou da noite, com ou sem consentimento do morador. Já a prisão por mandado, com o consentimento do morador, pode ser feita de dia ou noite; sem seu consenti-mento, só de dia.D) Qualquer cidadão pode ser sujeito passivo da prisão em flagrante, salvo Diplomatas estrangeiros, face a tratado ou convenção internacional.

22. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Em matéria de prisão processual, o Código de Processo Pe-nal e leis extravagantes dispõem que(A) a prisão em flagrante pode ser relaxada pela autoridade policial em casos de infrações punidas com detenção ou pri-são simples.(B) a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por clamor social, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria.(C) o prazo da prisão temporária, em qualquer caso, é de trinta dias, prorrogável por igual período, na hipótese de ex-trema e comprovada necessidade. (D) a prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público.

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�5INSTITUTO PROCESSUS(E) a prisão preventiva é obrigatória nos crimes hediondos e nos praticados por organização criminosa.

2�. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/MG) Sobre o tema prisão e liberdade provisória, assinale a alternativa COR-RETA.A) É cabível recurso em sentido estrito contra decisão que nega o pedido de relaxamento de prisão em flagrante.B) O auto de prisão em flagrante será lavrado pela autorida-de policial do local onde se deu a prisão, mesmo que tenha ocorrido em outro Estado.C) É vedada a liberdade provisória vinculada se a infração penal for punida com reclusão e o réu for reincidente.D) O policial que prende o delinqüente em flagrante delito atua no exercício regular de direito.E) Ocorre o flagrante presumido ou ficto quando o agente é perseguido em situação que faça presumir ser ele o autor da infração penal.

TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

�. (DELEGADO/PCDF/2005) Em relação à citação, é cor-reto afirmar que:A) pela atual posição do Supremo Tribunal Federal, ocorren-do um delito de homicídio em janeiro de 1994, sendo o acu-sado citado por edital em março de 1998, deverá o processo ficar suspenso, assim como o curso prescricional;B) verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por hora certa, verdadeira modalidade de citação ficta;C) estando o acusado preso, será requisitada a sua apresen-tação em juízo, no dia e hora designado para o interrogatório, valendo a requisição como ato citatório;D) realizada a citação em legações estrangeiras, restará sus-penso o curso prescricional;E) citado o acusado por edital, restará suspenso o processo e o curso da prescrição. O prazo máximo da suspensão da prescrição em qualquer delito, conforme vem se orientando a doutrina pátria, será de vinte anos, por aplicação analógica ao artigo 109, I do Código Penal.

2. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) No tocante à citação, é correto afirmar que A) a requisição do réu preso que comparece a juízo não substitui a citação pessoal realizada por oficial de justiça. B) os requisitos arrolados no art. 357 do CPP são aplicáveis ape-nas à forma de citação prevista no art. 351 do mesmo estatuto.C) nos termos do art. 3.º do CPP, é possível a citação por hora certa, desde que o oficial de justiça certifique nos autos que o réu se oculta para não ser citado.D) excepcionalmente, é admitida a citação ficta no procedi-mento da Lei n.º 9.099/95, caso em que o edital será publica-do com o prazo de 5 dias.E) a decretação da revelia de réu preso na mesma unidade da federação em que tramita o processo não gera nulidade, se ignorada a circunstância pelo juízo.

TÍTULO XII - DA SENTENÇA

�. (TRIbUNAL DE CONTAS/CE/2006) A sentença que rejeita a denúncia apresentada pelo Ministério Público por cri-me de ação pública é uma decisãoA) definitiva.B) interlocutória mista terminativa.C) interlocutória simples.D) interlocutória mista não terminativa.E) definitiva mista.

2. (TRIbUNAL DE CONTAS/MA/2005) Dentre outros, são requisitos formais e processuais da sentença penal con-denatória, respectivamente, a A) deliberação se a sentença poderá ser publicada em resu-mo; e a exposição.B) duração das penas acessórias, ainda que previstas em leis especiais; e o relatório.C) declaração, se presente, da periculosidade real com impo-sição de medida de segurança; e os efeitos da condenação.D) motivação; e a menção das circunstâncias agravantes e atenuantes, inclusive a de outras circunstâncias apuradas.E) determinação se a sentença deverá ser publicada na ínte-gra; e os efeitos da condenação.

�. (TRIbUNAL DE CONTAS/PI/2005) A sentença crimi-nal, que absolve o acusado por A) ser o fato atípico, não impede a ação civil de reparação do dano contra o acusado.B) negativa de autoria, impede a ação civil de reparação de dano contra o acusado e contra terceiro.C) insuficiência de provas, impede a ação civil de reparação de dano contra o acusado e contra terceiro.D) inexistir o fato imputado, não impede a ação civil de repa-ração do dano contra o acusado.E) ter ele agido em estado de necessidade, impede a ação civil de reparação de dano contra o acusado e contra terceiro.

4. (PROCURADORIA-GERAL/RR/2006) Sobre a sen-tença e os seus efeitos, é correto afirmar: A) A sentença condenatória, como gera o efeito de tornar cer-ta a reparação do dano, deve, provisoriamente, fixar o valor do prejuízo causado pelo crime, para futura execução civil.B) A sentença que absolve por insuficiência de prova faz coi-sa julgada no cível, impedindo a propositura de ação civil para reparação do dano causado pelo crime.C) A sentença que absolve e aplica medida de segurança é denominada de “sentença absolutória imprópria”.D) Um dos efeitos da condenação é a perda em favor da uni-dade federativa perante a qual o processo teve andamento do produto do crime.E) A perda de função pública, como efeito da condenação, pode ser aplicada em qualquer crime cuja pena privativa de liberdade seja superior a dois anos.

5. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) Consta de sentença de pronúncia a seguinte afirmação: “ao contrário do que afirma a defesa, não socorre o réu nenhuma das excludentes de ilicitude. Bem ao contrário, as testemunhas arroladas pela acusação foram unânimes ao afirmar ter sido ele quem provocou a vítima. E mais. Ficou igualmente prova-do que o crime foi cometido por motivo fútil.” Pode-se afirmar que, tecnicamente, a decisão está A) correta, porque a sentença de pronúncia não vincula nem o libelo nem o entendimento do Tribunal do Júri.B) incorreta, por tratar-se de sentença de mérito em relação à qual não se exige fundamentação.C) correta, por tratar-se de sentença de mérito, que não faz coisa julgada material.D) incorreta, porque somente poderia ser afastada a tese da exclusão de ilicitude se também afastada a incidência da qualificadora.E) incorreta, por não se tratar de sentença de mérito, e sim de admissão do jus accusationis.

DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE

TÍTULO I - DO PROCESSO COMUM

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�6 INSTITUTO PROCESSUS�. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) Durante a ins-trução para apuração de crime de homicídio, na primeira fase do procedimento, surge prova acerca de qualificadora não descrita na denúncia. Nesse caso, A) poderá o juiz reconhecer a incidência da qualificadora, sem necessidade de aditamento da denúncia pelo Ministério Público, em face do disposto no art. 408, §4.º do CPP.B) deverá o juiz aplicar o disposto no art. 384, parágrafo úni-co do CPP, para que o Ministério Público ofereça aditamento e para que a defesa tenha oportunidade de produzir provas e manifestar-se.C) a sentença de pronúncia não deve manifestar-se acerca da incidência da qualificadora, que poderá ser reconhecida pelo Tribunal do Júri.D) deverá o juiz abrir vista dos autos à defesa para manifes-tação, sendo desnecessário o aditamento da denúncia pelo Ministério Público.E) manifestando-se ou não o juiz acerca da qualificadora, o Tribunal do Júri poderá reconhecê-la em face de sua sobe-rania.

TÍTULO II - DOS PROCESSOS ESPECIAIS

�. (TRIbUNAL DE CONTAS/MA/2005) No processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos é certo que, A) se não for conhecido o endereço do acusado, ou estiver fora da jurisdição, será declarada, de plano, sua revelia.B) a matéria refere-se aos crimes afiançáveis, ou não, prati-cados por funcionários públicos contra a administração, pre-vistos nos dispositivos penais.C) se o juiz julgar procedente a resposta preliminar, receberá a de-núncia ou a queixa e designará a data para instrução e julgamento.D) o co-autor ou partícipe não funcionário também gozam do direito de resposta preliminar, excluindo a defesa prévia do procedimento ordinário.E) a característica do procedimento é a resposta preliminar que o acusado, devidamente notificado, pode apresentar em 15 (quinzE) dias da notificação.

2. (TRIbUNAL DE CONTAS/PI/2005) O processo e o julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, na forma regulada nos artigos 513 a 518 do Código de Processo Penal, prevêA) que será adotado o rito especial nos crimes afiançáveis e inafiançáveis.B) que, em face do rito especial, o juiz, antes de receber a denúncia, dê ao acusado oportunidade de responder à de-núncia, no prazo de dez (10) dias.C) que, em caso de recebimento da denúncia, será o acusa-do citado, adotando-se na instrução criminal e demais termos do processo o rito ordinário dos crimes de reclusão.D) que, em caso de rejeição da denúncia, o Ministério Públi-co possa interpor apelação.E) que, em sua resposta, o acusado possa arrolar testemu-nhas para serem ouvidas antes de o juiz receber a denúncia.

�. (PROCURADORIA-GERAL/RR/2006) No processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos,A) nos crimes afiançáveis e inafiançáveis, após a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para responder por escrito, dentro do prazo de 15 (quinzE) dias.B) nos crimes inafiançáveis, após a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para responder por escrito, dentro do prazo de 15 (quinzE) dias.C) nos crimes afiançáveis e inafiançáveis, o eventual recebi-

mento da denúncia é feito depois da notificação do acusado e, caso existente, de sua resposta.D) nos crimes afiançáveis, o eventual recebimento da denún-cia é feito depois da notificação do acusado e, caso existen-te, de sua resposta.E) a falta de notificação do acusado para, se quiser, respon-der à acusação causa nulidade absoluta, conforme súmulas do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Fe-deral.

DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL

TÍTULO I - DAS NULIDADES

�. (DELEGADO/PCMA/2006) De acordo com o Código de Processo Penal, com relação as nulidades é correto afirmar:A) A incompetência racione loci anulará todo o processo e, quando declarada a nulidade, deverá ser o processo remeti-do ao juiz competente.B) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte, em regra, poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.C) As omissões da denúncia referentes aos elementos inte-grativos não essenciais do fato poderão ser supridas até o seu recebimento.D) Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, mas poderá argüir a nulidade referente a forma-lidade cuja observância só à parte contrária interesse.E) A falta da citação é causa de nulidade absoluta do proces-so, não sendo sanada pelo comparecimento espontâneo do interessado antes do ato se consumar.

2. (DELEGADO/PCPE/2006) Acerca das nulidades pro-cessuais é correta a afirmação de que: A) não é admissível a convalidação dos atos nulos. B) nenhuma nulidade será declarada sem a existência do prejuízo. C) a nulidade da representação não pode ser sanada. D) a sentença desmotivada não pode ser anulada quando absolva o acusado. E) a nulidade da citação não atinge os atos posteriores.

�. (TRIbUNAL DE CONTAS/CE/2006) De acordo com o Código de Processo Penal, considera-se nulidade absolu-ta, dentre outras, a A) omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.B) falta de intervenção do Ministério Público em todos os ter-mos da ação penal por ele intentada.C) falta de prazos concedidos à acusação e à defesa. D) presença de menos de quinze jurados para a constituição do júri.E) falta de intervenção do Ministério Público em todos os ter-mos da ação penal intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública.

4. (PROCURADORIA-GERAL/RR/2006) Aponte, dentre as apresentadas, a assertiva que corresponde ao que dispõe o Código de Processo Penal sobre nulidade.A) A nulidade por ilegitimidade de parte considerar-se-á sanada se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.B) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte po-derá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.C) A nulidade em virtude de suspeição do juiz considerar-se-á sanada se não for argüida em tempo oportuno.

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�7INSTITUTO PROCESSUSD) A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará sem-pre a nulidade dos atos posteriores.E) A incompetência do juízo anula não somente os atos deci-sórios, mas também os atos de instrução.

5. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/PR) Em um proces-so penal que apura a ocorrência de crime de estelionato, o réu foi ouvido e confessou o crime em interrogatório judicial no ano de 2008, desacompanhado de advogado. Sobreveio sentença absolutória fundamentada na inexistência de pro-vasuficiente de ter o réu concorrido para a infração penal. Irre-signado, o Ministério Público apelou sustentando apenas a existência de prova da autoria pelo acusado. Oferecidas as contra-razões, o recurso subiu ao Tribunal de Justiça. Inicia-do o julgamento em segundo grau, a câmara deve enfrentar a matéria argüida pelo parecer do Ministério Público emsegundo grau: a existência de nulidade absoluta consubs-tanciada no fato do interrogatório do réu ter sido feito sem a presença de seu defensor.Diante deste fato, a câmara deve:A) Analisar o bojo probatório sobre a autoria do apelado no fato, pois sobre a questão da nulidade já se operou a pre-clusão.B) Anular a sentença e ordenar a repetição do ato de interro-gatório e todos os atos subseqüentes.C) Confirmar a decisão, já que a nulidade não pode ser re-conhecida.D) Suspender o julgamento para intimar o apelado sobre o parecer do Ministério Público em segundo grau.

6. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Em relação ao sistema de nulidades no processo penal, pode-se afirmar que a(A) falha na procuração para apresentação de queixa não poderá ser suprida.(B) falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua de-ficiência só anulará o processo se houver prova de prejuízo para o réu.(C) falta do exame de corpo de delito direto nos crimes que deixam vestígios causará nulidade absoluta, não se admitin-do suprimento por qualquer outro meio de prova.(D) declaração de nulidade por vício na inquirição de uma testemunha sempre causará a dos atos de inquirição poste-riores de outras testemunhas.(E) realização de citação por hora certa causará nulidade do processo, por não ser admitida.

TÍTULO II - DOS RECURSOS EM GERAL

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Considerando os re-cursos e ações de impugnação genéricas do processo penal, marque a opção verdadeira. A) O recurso em sentido estrito serve para impugnar deci-sões de natureza interlocutória, sempre que o réu estiver prejudicado em seus direitos, como por exemplo, da decisão que recebe ou não a denúncia. B) Segundo o entendimento dominante da doutrina a decisão de desclassificação própria do procedimento do júri não pode ser recorrida através de recurso em sentido estrito já que tal decisão não está prevista no rol de hipóteses de cabimento do citado recurso. C) A apelação poderá ser utilizada contra decisões do júri, incluindo o veredicto dos jurados. Neste caso, ao dar pro-vimento ao recurso o juízo ad quem não poderá reformar a decisão em respeito ao princípio constitucional da soberania dos veredictos.

D) O Protesto por novo júri será utilizado contra condenações superiores a 20 (vintE) anos tomando-se como referência o somatório das penas aplicadas decorrentes do julgamento do Tribunal do Júri, incluindo crimes contra a vida e outros a estes conexos.

2. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção FAL-SA. A) O Habeas Corpus pode ser utilizado para trancar a ação penal desde que o processo se mostre absolutamente ilegal e a pena seja em tese privativa de liberdade, figurando como coator o Juiz processante que recebeu indevidamente a de-núncia ou queixa. B) A revisão criminal é privativa do réu, devendo ser apresen-tada contra decisões transitadas em julgado, mesmo que a pena já esteja extinta.C) A Revisão Criminal pode ser apresentada antes de tran-sitada em julgado a decisão atacada, desde que o juízo ad quem entenda haver necessidade para tal. D) O Delegado de Polícia não pode figurar como coator em Habeas Corpus pois não exerce função jurisdicional, sendo sua atuação essencialmente administrativa e pré-processual.

�. (DELEGADO/PCPE/2006) O Habeas Corpus (HC) e o Mandado de Segurança (MS) possuem em comum: A) ambos são recursos. B) ambos assumem a natureza de ação mandamental. C) ambos podem ser interpostos por qualquer pessoa. D) ambos substituem qualquer recurso. E) o MS protege direito líquido e certo não protegido pelo HC.

4. (TRIbUNAL DE CONTAS/CE/2006) Caberá apela-ção da decisão A) que receber a denúncia ou a queixa.B) que pronunciar ou impronunciar o réu.C) do Tribunal do Júri, quando houver nulidade posterior à pronúncia.D) que decretar a prescrição ou julgar, por outro motivo, ex-tinta a punibilidade.E) que conceder ou negar habeas corpus.

5. (PROCURADORIA-GERAL/DF/2004) Augusto foi processado e finalmente condenado pelo juiz da Décima Quarta Vara da Justiça Federal, seção de São Paulo, pela prática do crime de homicídio contra sua sogra. A defesa de Augusto interpôs Recurso de Apelação, suscitando em preli-minar, exceção declinatória de fórum. O princípio que norteou a suscitação da preliminar foi: A) Do devido processo legal B) Do juízo natural C) Do contraditório D) Da ampla defesa E) Da presunção de inocência

6. (TRIbUNAL DE CONTAS/MA/2005) Em sede recur-sal considere: I. Helena foi absolvida sumariamente em crime de compe-tência do Tribunal do Júri.II. Caio, submetido ao Júri, foi condenado à pena de 21 (vinte e um) anos de reclusão pela prática de homicídio triplamente qualificado.Nesses casos, cabem, respectivamente, os recursos que se-guem:A) apelação e em sentido estrito.B) protesto por novo júri e apelação.C) em sentido estrito e protesto por novo júri.D) carta testemunhável e em sentido estrito.E) apelação e habeas corpus.

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�8 INSTITUTO PROCESSUS7. (PROCURADORIA-GERAL/PE/2004) Em relação aos princípios gerais dos recursos em processo penal é cor-reto afirmar queA) A proibição da reformatio in pejus incide apenas nos recur-sos interpostos junto aos tribunais superiores.B) Os recursos interpostos em favor do réu fora do prazo legal devem ser conhecidos em razão do princípio constitu-cional da ampla defesa.C) De acordo com o princípio da fungibilidade dos recursos, pode ser conhecido o recurso erroneamente interposto des-de que não haja má-fé do recorrente.D) O princípio do duplo grau de jurisdição em matéria penal não está presente em nosso ordenamento jurídico.E) De acordo com o princípio da taxatividade dos recursos a cada decisão corresponde um único recurso possível que só pode ser interposto uma única vez.

8. (TRIbUNAL DE CONTAS/PI/2005) Se o único defen-sor renunciar, antes de ser julgada apelação interposta em favor do acusado, segundo orientação sumulada do Supre-mo Tribunal Federal, A) pode ser julgada a apelação, devendo o advogado conti-nuar no processo até o julgamento.B) pode ser julgada a apelação desde que, anteriormente, apresentadas as razões pelo defensor, porque inexistirá pre-juízo para o acusado.C) pode ser julgada a apelação ainda que, anteriormente, não tivessem sido apresentadas as razões pelo defensor, porque o Código autoriza o julgamento de apelação sem as razões.D) será nulo o julgamento da apelação se o acusado não for previamente intimado para constituir outro defensor.E) será nulo o julgamento da apelação se o acusado, previa-mente intimado para constituir outro defensor, não o fez.

9. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) Diz a súmula 160 do STF: “é nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não argüida no recurso da acusação, ressal-vados os casos de recurso de ofício.” Dentre os princípios gerais dos recursos, pode-se afirmar que tal entendimento relaciona-se ao princípio daA) variabilidade.B) unirrecorribilidade.C) personalidade.D) fungibilidade.E) taxatividade.

�0. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/PR) Indique a alter-nativa correta quanto ao problema abaixo apresentado:A acusação perante a plenária do Tribunal do Júri que ocor-reu em 18.04.2002, pediu o indeferimento da leitura dos do-cumentos carreados aos autos pela defesa em 15.04.2002 já que teria sido desrespeitado o prazo do artigo 475 do CPP, e em decorrência disso a acusação não pôde ter ciência dos documentos trazidos ferindo-se assim o princípio de igualda-de de armas decorrente docontraditório. No caso, o juízo de primeiro grau reputou não atendido o prazo do art. 475 do CPP (“Durante o julgamento não será permitida a produção ou leitura de documento que não tiver sido comunicado à parte contrária, com antecedên-cia, pelo menos, de três dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo conteúdo versar sobre matéria de fatoconstante do processo.”). A sessão do Júri prosseguiu tendo sido o réu condenado a uma pena de 21 anos por ter prati-cado homicídio qualificado por uso de veneno (artigo 121, § 2º, inciso III, do CP). A defesa apelou da decisão alegando cerceamento de defesa pela não leitura aos jurados dos do-cumentos carreados aos autos.A) A apelação não deve ser recebida, pois o recurso que de-veria ter sido interposto era o Protesto por Novo Júri previsto

na forma do caput do artigo 607 do CPP, por ter sido a con-denação por pena de reclusão superior a 20 anos.B) A apelação deve ser recebida na forma do artigo 593, III, ‘a’, do CPP, porém indeferida já que não foi respeitado o prazo do artigo 475 do CPP, não podendo ser deferida por descumprimento do princípio de igualdade de armas próprio do contraditório. Além do mais, se houve algum defeito na decisão decorre de mero error in procedendo o que não acar-retaránulidade absoluta do processo.C) A apelação não deve ser recebida por não se tratar de sentença definitiva de condenação ou absolvição proferida pelo Juiz singular na forma do artigo 593, I, do CPP.D) A apelação deve ser recebida na forma do artigo 593, III, ‘a’, do CPP, e no mérito deve ser deferida para anular a ple-nária do Tribunal do Júri, pois o indeferimento decorreu de error in judicando, uma vez que a decisão impedira a juntada de documentos para a leitura em plenário, com base em in-tempestividade que não ocorrera, acarretando cerceamento de defesa.

��. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MS/FGV) A ordem de habeas corpus deve ser concedida:(A) exclusivamente em caso de estar alguém sofrendo vio-lência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegali-dade ou abuso de poder.(B) exclusivamente em caso de estar alguém ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder.(C) em caso de estar alguém sofrendo ou se achar na emi-nência de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder.(D) exclusivamente em caso de estar alguém ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade, excluindo-se, entretanto, o abuso de poder. (E) em qualquer caso que alguém sofrer ou se achar na eminência de sofrer ameaça em liberdade individual e não couber a impetração de mandado de segurança ou hábeas-data.

�2. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MG/EJEF) A sen-tença que decide sobre a progressão do regime de cumpri-mento da pena é recorrível por:A) agravo.B) apelação.C) recurso em sentido estrito.D) correição parcial.

��. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MG/EJEF) O desa-foramento de que trata o art. 424 do Código de Processo Penal, na conformidade do previsto no Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, terá o mesmo processamento do(A):A) recurso em sentido estrito.B) agravo.C) carta testemunhável.D) habeas corpus.

�4. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Levando-se em conta o sistema de recursos e de ações impugnativas do Código de Processo Penal, pode-se dizer que(A) dar-se-á carta testemunhável da decisão que denegar o recurso ou obstar o seu seguimento, bem como de atos que implicarem na inversão tumultuária do processo.(B) caberá recurso em sentido estrito contra a decisão que receber a denúncia ou queixa.(C) não poderá o acusado apelar sem recolher-se à prisão, ou prestar fiança, salvo se for primário e de bons anteceden-tes, assim reconhecido na sentençacondenatória, ou condenado por crime de que se livre solto.

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�9INSTITUTO PROCESSUS(D) poderão ser opostos embargos de declaração contra acór-dãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou tur-mas, no prazo de cinco dias contados da sua publicação.(E) poderá ser pedida a revisão criminal, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após.

�5. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Contra a decisão do juiz que não admitir o assistente de acu-sação(A) não caberá recurso, nem será admissível habeas corpus ou mandado de segurança.(B) caberá recurso em sentido estrito.(C) caberá agravo, observado o procedimento do Código de Processo Civil.(D) não caberá recurso, mas será cabível mandado de se-gurança.(E) caberá apelação.

�6. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Contra a decisão que pronunciar e impronunciar o acusado(A) caberão, respectivamente, apelação e agravo.(B) caberão, respectivamente, recurso em sentido estrito e apelação.(C) caberá recurso em sentido estrito, nos dois casos.(D) caberão, respectivamente, apelação e recurso em sen-tido estrito.(E) caberá apelação, nos dois casos.

�7. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/MG) Sobre os recursos no Processo Penal, assinale a alternativa COR-RETA.A) O recurso cabível contra as decisões proferidas no curso dos processos de competência do júri é o de apelação.B) Pelo princípio da voluntariedade, as partes ou os defenso-res poderão renunciar o recurso que interpuseram.C) Nos crimes de ação penal de iniciativa privada, pode o Mi-nistério Público recorrer da decisão que absolveu o acusado.D) Como regra, os recursos previstos no Código de Processo Penal são dotados de efeito suspensivo.E) A desistência e a deserção são causas supervenientes à interposição do recurso e acarretam a sua extinção.

�8. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) Se o réu for condenado em processo de júri por dois crimes cone-xos, em um à pena de 21 (vinte e um) anos e em outro à pena de 18 (dezoito) anos, num total de 39 (trinta e novE) anos e interpuser apelação única em relação aos dois crimes, o juiz deve(A) admitir como protesto por novo júri o recurso em relação aos dois crimes, em virtude do total das penas e do princípio da fungibilidade.(B) receber a apelação em relação aos dois crimes como in-terposta.(C) não receber a apelação e não admitir o recurso como protesto por novo júri, porque houve erro grosseiro.(D) admitir como protesto por novo júri a apelação em relação ao primeiro crime em virtude do princípio da fungibilidade, e receber a apelação no tocante ao segundo.(E) não admitir recurso em relação ao primeiro porque cabia protesto por novo júri, havendo erro grosseiro, recebendo a apelação apenas quanto ao segundo.

DA EXECUÇÃO

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

TÍTULO II - DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE

�. (DELEGADO/PCDF/2005) De acordo com a Lei de Execução Penal vigente, é INCORRETO afirmar que:A) o isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a dez dias, ressalvada a hipótese do regi-me disciplinar diferenciado;B) se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cum-primento da pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do tempo das duas penas;C) na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as conse-qüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão;D) transitada em julgado a sentença que aplicou a pena res-tritiva de direitos, o juiz de execução, de ofício ou a requeri-mento do Ministério Público, promoverá a execução, poden-do, para tanto, requisitar, quando necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-las a particulares;E) a autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias; a inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente.

Julgue o item:

2. (DELEGADO/PCTO/2008) Considere a seguinte situ-ação hipotética. A autoridade policial de determinado muni-cípio representou ao juiz competente pela prisão preventiva de Joaquim, indiciado em inquérito policial pela prática de furto simples, cuja pena é de reclusão de um a quatro anos e multa. Consta que Joaquim é primário e não registra envol-vimento em outros delitos, tendo residência fixa e ocupação lícita. Nessa situação, não é cabível a custódia preventiva, pois o crime de furto simples permite a suspensão condicio-nal do processo e, mesmo em caso de condenação, não ha-verá pena privativa de liberdade em face da possibilidade de substituição pela pena restritiva de direitos.

TÍTULO III - DOS INCIDENTES DA EXECUÇÃO

�. (PROCURADORIA-GERAL/DF/2004) Para a suspen-são condicional do processo, exige-se como requisitos: A) que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime e se façam presentes os re-quisitos do artigo 77 do Código Penal. B) que o acusado seja primário e de bons antecedentes. C) que o juiz não especifique condições além das contidas no artigo 89, parágrafo primeiro, da Lei nº 9.099/95. D) que o acusado se retrate. E) que ocorra perdão judicial.

2. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) Diante do in-deferimento de pedido de livramento condicional, poderá a defesa, no processo de execução, A) ingressar com revisão criminal, desde que certificado o trânsito em julgado para a acusação.B) ingressar com novo pedido no juízo de primeiro grau, pois a decisão não produz coisa julgada formal. C) ingressar com novo pedido no juízo de primeiro grau, pois a decisão não produz coisa julgada material. D) interpor recurso em sentido estrito, com fundamento no art. 581, XII do CPP.

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20 INSTITUTO PROCESSUSE) interpor recurso de agravo de execução, que terá efeito suspensivo se o condenado estiver em regime fechado.

QUESTÕES MISTAS

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção ver-dadeira. A) As questões prejudiciais tratarão sempre de matéria extra-penal, uma vez que, sendo questão criminal, serão decididas pelo mesmo Juiz que processa o fato. B) A exceção de suspeição é de caráter subjetivo, tem natu-reza peremptória, não podendo o Juiz de ofício declarar-se suspeito. C) As exceções de listispendência, coisa julgada e incompe-tência do Juízo são de natureza dilatória. D) Tratando de questão prejudicial que envolva o estado da pessoa, no caso o réu do processo penal, o Juiz criminal de-verá, necessariamente, determinar a suspensão deste até que se resolva aquela de forma definitiva no Juízo competente.

2. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Considere as afirmativas: I. Até o trânsito em julgado da decisão penal não pode ha-ver qualquer espécie de restituição de coisas apreendidas, mesmo que as mesmas não sejam mais relevantes ao pro-cesso. II. O incidente de insanidade mental do acusado só poderá ser iniciado a requerimento do próprio réu já que é essencial-mente uma tese de defesa do mesmo e beneficia somente a este. III. O exame de corpo de delito não é indispensável no pro-cesso penal já que o Juiz deverá valorar o conjunto das pro-vas, mesmo que o fato criminoso deixe vestígios. IV. Atualmente, o interrogatório do réu é feito perante o Juiz, porém é possível que a acusação e a defesa, após as per-guntas do Juiz, realizem as perguntas que desejarem, mas sempre através do presidente do ato. São INCORRETAS, apenas: A) II e IV B) I, II e III C) I e II D) III e IV

�. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção ver-dadeira. A) Em regra a testemunha poderá recusar-se a depor caso não possua informações relevantes, e, em desejando, ofer-tará por escrito seu depoimento desde que preste antecipa-damente o compromisso de falar a verdade. B) Toda e qualquer pessoa poderá figurar como testemunha, porém algumas podem escolher hora e lugar para depor e apresentar por escrito suas declarações, tais como os Minis-tros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais. C) Não poderá exercer sua jurisdição no processo o Juiz que tiver atuado como representante do Ministério Público no mesmo feito, tiver interesse no processo ou tiver parente até quarto grau atuando como advogado ou representante do Ministério Público. D) A busca e apreensão pode ser domiciliar e pessoal. Aque-la sempre deverá ser precedida da expedição de mandado e esta será utilizada, por exemplo, quando existirem suspeitas de que alguém oculte arma proibida.

4. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Tomando o posicio-namento atual e dominante do STF e do STJ, marque a op-ção FALSA. A) Não cabe habeas corpus contra a decisão condenatória a pena de multa, ou em relação a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única.

B) Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena priva-tiva de liberdade. C) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante quei-xa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de Ser-vidor Público em razão do exercício de suas funções. D) Mesmo pronunciado o réu, não fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução.

5. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a alternativa verdadeira. A) Não é possível decretar a revelia no processo penal diante da atual redação do art. 366 do Código de Processo Penal, pela qual, caso o réu não compareça para ser interrogado, o Juiz suspenderá o processo e decretará a prisão do réu. B) A chamada sentença absolutória imprópria é aquela que determina a extinção de punibilidade do réu. C) O procedimento ordinário e o procedimento do júri pos-suem grande parte dos atos em comum, pois desde o ofere-cimento da denúncia ou queixa até após a realização da au-diência de instrução os atos observam a mesma seqüência. D) A sentença de pronúncia ocorre no procedimento que jul-ga os crimes contra a pessoa e significa a efetiva condena-ção ao réu.

6. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Considere as seguin-tes afirmativas: I. O procedimento referente aos crimes praticados por fun-cionários públicos segue em regra o procedimento comum ordinário, possuindo como uma das diferenças básicas a ne-cessidade de intimação prévia do réu para oferecer defesa preliminar, antes mesmo do Juiz decidir sobre o recebimento ou não da denúncia ou queixa. II. A sentença de absolvição sumária só ocorre no procedi-mento do júri e impede o julgamento do feito pelos jurados, já que, monocraticamente, o Juiz processante absolve o réu por estar convicto da existência de excludente de ilicitude ou de culpabilidade. III. O desaforamento consiste em retirar do Juiz natural o pro-cessamento do crime contra a vida, deslocando o processo para outro Juízo determinado pelo órgão de acusação, que passa a conduzir a instrução do feito. IV. A sentença de impronúncia faz coisa julgada somente for-mal, não fazendo coisa julgada material uma vez que surgin-do novos elementos de prova o fato poderá ser processado novamente através de novo feito. São corretas, apenas: A) I, III e IV B) I, II e IV C) I e II D) II e III

7. (DELEGADO/CEV-UECE/2006) Marque a opção ver-dadeira. A) O princípio da instrumentalidade das formas aplicado às nulidades no Processo Penal é caracterizado pelo raciocínio de que o processo não existe para ele e sim para instrumen-talizar o direito material; assim, se o ato processual lograr cumprir com sua finalidade, não será, a princípio, declarado nulo, mesmo não tendo cumprido as respectivas formalida-des. B) As nulidades absolutas sempre são decretadas de ofício, não podendo ser argüidas pela parte por tratarem de matéria de direito público e por não possuírem prazo determinado para a argüição. C) O efeito regressivo que caracteriza os recursos penais significa que se o recurso for julgado provido pelo juízo ad quem após o transito em julgado da decisão, esta deverá ser alterada.

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2�INSTITUTO PROCESSUSD) Em nenhum recurso criminal é possível encontrar o juízo de retratação já que as decisões penais não são passíveis de reforma ou alteração.

Julgue o item abaixo, acerca dos sujeitos proces-suais.

8. (DELEGADO/PCAC/2008) O juiz poderá ser recusado por qualquer das partes, se for amigo íntimo do advogado do réu.

9 - (DELEGADO/PCDF/2005) Assinale o comportamento processual que, na configuração dos sistemas processuais, caracteriza violação ao sistema extraído da Constituição da República:A) a iniciativa da Defesa de requerer a produção de contra-prova ou de postular reexame por meio de assistente técni-co, nos casos em que a infração penal deixar vestígios e a prova da existência dessa infração estiver baseada em pe-rícia oficial;B) a iniciativa do ofendido, em processo por crime de exclu-siva ação privada, quando se manifesta pela absolvição do acusado e o juiz extingue o processo, sem pronunciar deci-são absolutória, declarando perempta a ação;C) a iniciativa do acusado, que recorre de decisão de absol-vição emitida com fundamento em dúvida acerca de sua res-ponsabilidade penal. No recurso o réu postula a apreciação da tese de legítima defesa;D) a iniciativa do juiz que, em conseqüência de prova colhida durante a instrução criminal, de elementar do crime descrita implicitamente na denúncia, condena o acusado por infração penal diversa e mais grave do que aquela infração objeto da imputação acusatória constante do processo;E) a iniciativa do Ministério Público, que se recusa a formu-lar proposta de suspensão condicional do processo porque o acusado foi definitivamente condenado em processo criminal anterior e está cumprindo a pena.

�0. (DELEGADO/PCDF/2005) Em sede de processo pe-nal, entende-se por “imputação”:A) pedido de condenação;B) narração de um fato e atribuição desse fato a alguém;C) imputação fática somada ao pedido de condenação;D) narração de um fato e pedido de condenação;E) acusação somada ao pedido de condenação.

��. (DELEGADO/PCDF/2005) Em relação à Lei 9099/95, é INCORRETO afirmar que:A) a instauração do Inquérito Policial torna-se medida de ex-ceção. Sua simples instauração não pode determinar a modi-ficação da competência do Juizado Especial Criminal;B) como o Juizado Especial Criminal possui competência absoluta para processar e julgar as infrações de menor po-tencial ofensivo, não haverá possibilidade de modificação da competência;C) mesmo havendo delito de fato permanente, a denúncia será oferecida com base no termo circunstanciado, prescin-dindo do exame de corpo de delito quando a materialidade estiver aferida por boletim médico;D) da decisão homologatória de transação penal caberá o recurso de apelação;E) no entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Lei 10.259/01 não produziu qualquer efeito para oferecimento de suspensão condicional do processo.

�2. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção COR-RETA: A) A prisão temporária pode ser decretada de ofício pela Au-toridade Judiciária.

B) A prisão preventiva será admitida em crime punido com detenção, se envolver qualquer violência doméstica e fami-liar. C) É possível a não lavratura do Auto de Prisão em Flagran-te, na hipótese de crime de Omissão de Cautela, previsto no artigo 13 da lei 10.826/03, conhecida como “Estatuto do Desarmamento”. D) A falta da exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, se a infração for afiançável.

��. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção COR-RETA: A) É extensivo aos intérpretes, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes. B) Em caso de reconhecimento de pessoa, ainda que seja na instrução criminal, se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de inti-midação, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela.C) A suspeição poderá ser reconhecida ainda quando a parte injuriar o juiz.D) Não se admite a acareação por meio de carta precatória.

�4. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção COR-RETA: A) Quando a prisão é efetuada em lugar diverso da consu-mação, será competente, para a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, a autoridade do local da prisão, ficando assim prorrogada sua competência aos atos subseqüentes. B) A lei 11.101/05 admite o inquérito policial, requisitado pelo Ministério Público, apenas no caso de decretação de falên-cia. C) A lavratura do Auto de Prisão em Flagrante somente pode-rá ser feita pela Autoridade judiciária se o crime for praticado em sua presença, no exercício de suas funções. D) É possível a concessão de fiança, pela Autoridade Po-licial, após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, na hipótese de crime de Posse Irregular de Arma de Fogo de Uso Permitido.

�5. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção COR-RETA: A) Os Deputados Federais não serão obrigados a testemu-nhar sobre informações recebidas ou prestadas, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informa-ções. B) São proibidos de depor o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado. C) Quando se tratar de infração não transeunte será indis-pensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. D) O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, ainda que inseparáveis da narrativa do fato.

�6. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção IN-CORRETA: A) Autuado em flagrante delito pela prática de crime de sone-gação fiscal, apenado com reclusão, a liberdade provisória somente poderá ser concedida mediante fiança, por decisão do juiz competente. B) A Autoridade Policial poderá conceder a liberdade provisó-ria mediante fiança ao autuado, após a autuação em flagran-te pela prática de crime contra a economia popular, sendo a infração punida com detenção. C) A lei 11.101/05 estabelece que o Ministério Público, estan-do o réu solto ou afiançado, terá o prazo de 15 (quinzE) dias

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22 INSTITUTO PROCESSUSpara oferecimento da denúncia, somente no caso de decidir aguardar a apresentação da exposição circunstanciada a ser apresentada pelo administrador judicial. D) A Autoridade Policial deverá lavrar o Auto de Apreensão no caso de adolescente apreendido em flagrante de ato in-fracional, cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa.

�7. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção IN-CORRETA: A) Em qualquer fase da persecução criminal, relativa aos crimes previstos na lei 11.343/06, é permitida a não atua-ção policial sobre os portadores de droga, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro e estrangeiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de in-tegrantes de operações de tráfico e distribuição, dependendo de autorização judicial, ouvido o Ministério Público, e desde que sejam conhecidos o itinerário e a identificação dos agen-tes ou de colaboradores. B) A lei 9.034/95, chamada de “Lei do Crime Organizado”, em qualquer fase de persecução criminal, permite a ação con-trolada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação e acom-panhamento para que a medida legal se concretize no mo-mento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações. C) Em qualquer fase da persecução criminal, relativa aos cri-mes previstos na lei 11.343/06, é permitida, mediante autori-zação judicial e ouvido o Ministério Público, a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes. D) A lei 9.034/95, chamada de “Lei do crime organizado”, em qualquer fase de persecução criminal, permite a infiltração, por agentes de polícia ou de inteligência, em tarefas de in-vestigação, constituída pelos órgãos especializados perti-nentes, mediante circunstanciada autorização judicial.

�8. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção COR-RETA: A)A gravação telefônica que não interessar à prova será inu-tilizada por decisão judicial, somente após a instrução pro-cessual e em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada. B) O incidente de inutilização da gravação telefônica será as-sistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal. C) O Deputado Federal pode figurar no pólo passivo da rela-ção processual em caso de imunidade absoluta (material). D) Deferido o pedido, a Autoridade Policial conduzirá os pro-cedimentos de interceptação de comunicações telefônicas, dando ciência ao Ministério Público, que deverá acompanhar a sua realização.

�9. (DELEGADO/PCMG/2006) Analise os itens abaixo: I- A prisão em flagrante de qualquer pessoa deverá ser co-municada imediatamente à Defensoria Pública, com remes-sa do Auto de Prisão em Flagrante, acompanhado de todas as oitivas colhidas. II- Não pode ser sujeito passivo do flagrante o diplomata. III- Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o Auto de Prisão em Flagrante será assi-nado por duas testemunhas, que lhe tenham ouvido a leitura na presença do acusado, do condutor e das testemunhas. IV- Não pode ser preso em flagrante delito o membro da Mesa Receptora, durante o exercício de suas funções, se-gundo o Código Eleitoral. Agora, marque a opção CORRETA: A) Apenas um item acima é verdadeiro.

B) Somente dois itens acima são verdadeiros. C) Todos os itens acima são falsos. D) Apenas um item acima é falso.

20. (DELEGADO/PCMG/2006) Assinale a opção COR-RETA: A) O exame de insanidade mental, estando o acusado preso, não durará mais de 45 (quarenta e cinco) dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. B) A falta do exame complementar não poderá ser suprida pela prova testemunhal, caso tenha por fim precisar a classi-ficação do delito no artigo 129, § 1º, I, do Código Penal. C) A Autoridade Policial negará a perícia requerida pela par-te, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, ainda que seja o exame de corpo de delito. D) O exame de insanidade mental poderá ser ordenado pela Autoridade Policial somente durante a fase do inquérito policial.

2�. (DELEGADO/PCMS/2006) Referente à Cadeia Públi-ca, é correto afirmar: A) Será instalada longe de centro urbano, observando-se na construção as exigências mínimas referidas no art. 88 e seu parágrafo único da Lei de Execuções Penais. B) Cada comarca terá, no máximo, uma Cadeia Pública a fim de resguardar o interesse da administração da justiça crimi-nal e a permanência do preso em local próximo ao se meio social e familiar. C) Destina-se ao recolhimento de presos provisórios. D) Só os membros do Ministério Público podem administrar uma Cadeia Pública. E) O Delegado de Polícia jamais participa da administração de uma Cadeia Pública.

22. (DELEGADO/PCMS/2006) O cidadão “A”, um brasi-leiro imputável, é apresentado pela PM a uma Delegacia por haver contra ele mandado de prisão por não pagar pensão alimentícia. A) O Delegado não deve cumprir a prisão e ainda indiciar o policial militar por abuso de poder, pois a PM também não pode tratar de prisão civil. B) O Delegado deve cumprir a prisão. C) O Delegado nada pode fazer, pois prisão civil não é trata-da na Delegacia. D) Não existe prisão civil por inadimplência de pensão alimentícia. E) O Delegado não deve cumprir a prisão e orientar o policial militar a levar o preso diretamente ao Fórum e apresentá-lo ao juiz da vara de execuções penais.

2�. (DELEGADO/PCMS/2006) Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto abaixo: Para verificar a possibilidade de haver a infração sido prati-cada de determinado modo, a autoridade policial poderá pro-ceder à ________________________, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. A) juntada de documentos. B) visita ao local dos fatos. C) oitiva das partes. D) perícia nos objetos. E) reprodução simulada dos fatos.

24. (DELEGADO/PCMS/2006) Assinale V para Verda-deiro e F para falso nas proposições abaixo: I - Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediata-mente à autoridade de onde ocorreu o crime, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso. II - Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com se-gurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa,

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2�INSTITUTO PROCESSUSo morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor con-vocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o exe-cutor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicá-vel, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão. III - Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva, dentre outras autori-dades, os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”; os diploma-dos por quaisquer das faculdades superiores da República; os ministros de confissão religiosa; os ministros do Tribunal de Contas; os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado salvo quando excluídos da lista por moti-vo de incapacidade para o exercício daquela função. IV - Art 295 § 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. V - Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a im-putação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas res-pectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. A seqüência correta é:A) F - V - V - V - V. B) F - F - V - V - V. C) F - F - F - V - V. D) F - F - V - F - F. E) V - F - V - V - V.

25. (DELEGADO/PCMS/2006) Conforme o caso hipotéti-co a seguir, assinale a alternativa correta:Dr. TÍCIO Delegado de Polícia, durante suas diligências poli-ciais, extrapolou o limite de sua circunscrição conforme esta-belece o artigo 4º do Código de Processo Penal, ou seja, “a polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais, no território de suas respectivas circunscrições”. Diante dessa situação, assinale a alternativa correta sobre competência. A) Aplica-se a competência em razão da prevenção e natu-reza da infração e em conformidade com as definições de tempo e lugar do crime, estabelecidas, respectivamente nos artigos 4º e 6º do Código Penal. B) Aplica-se a competência em razão do lugar da infração e em conformidade com as definições de tempo e lugar do crime, estabelecidas, respectivamente nos artigos 4º e 6º do Código Penal. C) Aplica-se a competência em razão da especialidade do delito e em conformidade com as definições de tempo e lugar do crime, estabelecidas, respectivamente nos artigos 4º e 6º do Código penal. D) Aplica-se a competência em razão da prerrogativa de fun-ção, que todos os delegados de polícia possuem. E) Aplica-se a competência em razão da periculosidade do autor e em conformidade com as definições de tempo e lugar do crime, estabelecidas, respectivamente nos artigos 4º e 6º do Código penal.

26. (DELEGADO/PCMS/2006) De acordo com o artigo 6º do CPP e considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.I - Flagrante forjado é o flagrante maquinado, fabricado em que os policiais ou terceiros criam provas de um crime inexis-tente para prender um indivíduo. II - Flagrante compulsório é o realizado por policial que de acordo com o artigo 301 do CPP, desde que da ativa, tem o dever legal de prender em flagrante, sob pena de perpetrar prevaricação ou outro crime.

III - Flagrante facultativo é o poder discricionário dado à Auto-ridade Policial para autuar ou não um indivíduo que acabara de cometer um delito. IV - Flagrante facultativo segundo doutrina é aquele ence-tado por qualquer do povo - também previsto no artigo 301 do CPP. V - Flagrante preparado ou provocado é aquele em que o policial induz o indivíduo, sem que este perceba, a se colocar em situação de flagrante, prendendo-o quando nessa situa-ção e é válido de acordo com a lei.A) Apenas as afirmações II e III estão corretas. B) Apenas as afirmações I e III estão corretas. C) Apenas as afirmações I e II estão corretas. D) Todas as afirmações estão incorretas. E) Todas as afirmações estão corretas.

27. (DELEGADO/PCMS/2006) De acordo com as afirma-ções abaixo, assinale a alternativa correta.I - O Delegado de Polícia, logo que tomar conhecimento da prática da infração penal poderá deslocar-se ao local, provi-denciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais, podendo ainda apreender objetos que tiverem relação com os fatos a qualquer momento.II - O Delegado de Polícia, logo que tomar conhecimento da prática da infração penal deverá ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico em todas as circunstân-cias que achar conveniente à instrução do inquérito policial. III - Poderá a Autoridade Policial proceder ao reconhecimento de pessoas, coisas e ainda à acareação, mesmo sem prévia autorização judicial. A) Apenas as alternativas II e III estão corretas. B) Apenas as alternativas I e II estão corretas. C) Apenas a alternativa III está correta. D) Todas as alternativas estão corretas. E) Todas as alternativas estão incorretas.

28. (DELEGADO/PCMS/2006) Assinale a alternativa incorreta.A) A vítima ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada ou não, pela Autoridade Policial. B) Quando a Autoridade Policial suspeitar da forma em que ocorreu determinado crime, poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralida-de ou a ordem pública. C) O Ministério Público poderá requerer a devolução do in-quérito à Autoridade Policial, desde que destinada à realiza-ção de novas diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.D) Mesmo após ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de justa causa para a denún-cia, poderá o Delegado de Polícia proceder a novas investi-gações objetivando identificar novas provas. E) A autoridade policial em nenhuma hipótese poderá man-dar arquivar os autos de inquérito ou boletins de ocorrência. Muito embora o artigo 17 do CPP proíba o arquivamento do inquérito policial, o mesmo não ocorre com os boletins de ocorrência que poderão ser arquivados por vários motivos, tais como atipidade do fato, prescrição, princípios da insig-nificância, etc.

29. (DELEGADO/PCMS/2006) Assinale a alternativa in-correta.Entre outras atribuições legais, poderá a Autoridade Policial: A) Arbitrar ou não fiança nos casos estabelecidos no C.P.P, de acordo com seu poder discricionário. Em sendo cabível o arbitramento de fiança a Autoridade Policial deverá arbitrá-la, não se tratando de poder discricionário do mesmo. B) Representar à Autoridade Judiciária pela decretação da prisão preventiva.

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24 INSTITUTO PROCESSUSC) Expedir de ofício mandado de condução coercitiva. D) Representar à Autoridade Judiciária pela quebra de sigilo telefônico e fiscal. E) Representar à Autoridade Judiciária pela decretação da prisão temporária, podendo neste caso expedir alvará de sol-tura e colocar o preso em liberdade antes mesmo do encerra-mento do prazo concedido, desde que esgotados os motivos que justifiquem a prisão, devendo ainda ser comunicado ao Juízo que a decretou.

�0. (DELEGADO/PCPE/2006) Um Delegado de Polícia, tomando conhecimento de que uma menor está sendo man-tida em cárcere privado, e que é a mãe que a mantém neste estado, deverá: A) dirigir-se ao local, entrar na casa e prender a mãe em flagrante delito, ainda que a menor não mais esteja presa. B) dirigir-se ao local e ante a ausência de quem atenda a porta, arrombá-la retirar a menor e diligenciar quanto ao pa-radeiro da mãe, prendendo-a vários dias depois mesmo não tendo havido perseguição. C) havendo notícias do seu paradeiro e encontrando-a dias depois, lavrar o flagrante . D) apresentando-se a mãe, livremente, lavrar o flagrante. E) dirigir-se ao local e encontrando a menor presa, sem notí-cias do paradeiro da mãe, requerer sua prisão temporária.

��. (DELEGADO/PCPE/2006) Algumas pessoas co-municam ao Delegado que Jodilson as chamou de negras safadas, acrescentando ser esta uma qualidade dos seres inferiores como são os negros, em geral. Deverá o Delegado: A) Iniciar Inquérito Policial lavrando portaria e ouvindo as vítimas. B) Fazer TCO e encaminhá-lo ao Juizado Especial Crimi-nal. C) Representar ao juiz, requerendo prisão temporária. D) Representar ao juízo competente para que decrete prisão preventiva. E) Lavrar a queixa e enviar a peça ao Juízo Comum para as providências. �2. (DELEGADO/PCPE/2006) Pode-se entender o se-qüestro: A) como medida cautelar que pode ser decretada para reti-rar do indiciado o produto do crime. B) como a detenção de bem imóvel ou móvel adquiridos com os proventos da infração. C) medida cautelar que não pode ser requerida pelas partes. D) medida cautelar que não pode ser embargada pelo acusado. E) medida que não pode ser decretada senão de ofício, pelo juiz.

��. (DELEGADO/PCPE/2006) Sobre a interceptação te-lefônica, é correto afirmar que: A) é um meio de prova que pode ser emprestada. B) trata-se de medida cautelar, coativa real. C) é admissível nas CPIs. D) pode ser realizada em qualquer tipo penal. E) o Delegado pode realizar a interceptação independente de autorização judicial.

Julgue o item:

�4. (DELEGADO/PCTO/2008) Impera no processo penal o princípio da verdade real e não da verdade formal, próprio do processo civil, em que, se o réu não se defender, presu-mem-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor.

No que tange a habeas corpus, jurisdição e com-petência, julgue os itens a seguir.

�5. (DELEGADO/PCTO/2008) Na apreciação do habeas corpus, o órgão jurisdicional não está vinculado à causa de pedir e ao pedido, podendo, assim, ser a ordem concedida, em sentido diverso ou mais amplo do que foi pleiteado ou mencionado pelo impetrante.

�6. (DELEGADO/PCTO/2008) Considere que um indiví-duo tenha praticado um crime de homicídio em conexão com um crime eleitoral. Nessa hipótese, cada crime será julgado pelo seu juízo natural, júri e justiça eleitoral, respectivamente.

�7. (DELEGADO/PCTO/2008) Considere a seguinte situ-ação hipotética, Um juiz de direito, por motivo fútil, praticou um homicídio doloso, restando devidamente apurada a sua responsabilidade pelo crime. Nessa situação, será compe-tente para o processo e o julgamento do crime o tribunal do júri do local onde ocorreu o delito, pois incide a norma consti-tucional quanto a competência do júri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

�8. (DELEGADO/PCSC/2008) Acerca do “princípio do estado de inocência”, é correto afirmar que: A) a exigência da prisão provisória, para apelar, ofende o “princípio do estado de inocência”. B) o “princípio do estado de inocência” impede a prisão cau-telar do réu. C) o “princípio do estado de inocência” obsta que se reco-lha o réu à prisão antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. D) o “princípio do estado de inocência” obsta que, na sen-tença de pronúncia, o juiz determine o lançamento do réu no rol dos culpados.

�9. (DELEGADO/PCSC/2008) Analise as alternativas e assinale a correta.A) Nos crime de ação penal privada, encerrado o inquérito policial, a autoridade policial determinará que sejam man-tidos os autos no cartório da Delegacia de Polícia, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues, ao requerente, se o pedir, median-te traslado. B) O inquérito policial pode ser arquivado diretamente pelo juiz, mediante decisão fundamentada, sem provocação do Ministério Público, desde que seja evidente a inocência do investigado. C) O inquérito policial é indispensável à propositura da ação penal pública. D) Após a sua instauração, o inquérito policial não pode ser arquivado pela autoridade policial.

40. (DELEGADO/PCSC/2008) Analise as alternativas e assinale a correta.A) o Presidente da República, durante o seu mandato, nas infrações penais comuns, não está sujeito a nenhuma moda-lidade de prisão provisória. B) Dentro de vinte e quatro horas depois da lavratura do auto de prisão em flagrante será dada ao preso nota de culpa as-sinada pela autoridade policial competente, constando o mo-tivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. C) Em qualquer fase da persecução criminal relativa ao cri-me de tráfico de drogas será permitido, mediante autorização judicial, o “flagrante protelado”. D) A “prisão para averiguação” consiste na privação momen-tânea à liberdade de alguém, fora das hipóteses de flagrante e sem ordem escrita do juiz competente, com a finalidade de investigação. Segundo a lei processual penal brasileira, a autoridade policial pode determiná-la diretamente, pelo pra-zo de 24 horas, desde que estejam preenchidos os mesmos requisitos para a decretação da prisão preventiva.

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25INSTITUTO PROCESSUS4�. (DELEGADO/PCSC/2008) Correlacione a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando as modalida-des de flagrante com os seus respectivos conceitos. ( 1 ) Flagrante próprio ( 2 ) Flagrante impróprio ( 3 ) Flagrante ficto ou assimilado ( 4 ) Flagrante esperado ( 5 ) Flagrante preparado ( ) Ocorre quando o agente é preso, logo depois de come-ter a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. ( ) Ocorre quando a ação policial aguarda o momento da prática delituosa, valendo-se de investigação anterior, para efetivar a prisão, sem utilização de agente provocador. ( ) Ocorre quando o agente é perseguido, logo após co-meter o delito, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. ( ) Ocorre quando alguém provoca o agente à prática de um crime, ao mesmo tempo em que toma providências para que o mesmo não se consume. ( ) Ocorre quando o agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou quando acaba de cometê-la. A seqüência correta, de cima para baixo, é: A) 4 - 3 - 2 - 1 - 5 B) 2 - 4 - 1 - 5 - 3 C) 5 - 1 - 3 - 2 - 4 D) 3 - 4 - 2 - 5 - 1

42. (DELEGADO/PCSC/2008) Analise as alternativas a seguire assinale a correta.A) Compete à justiça militar processar e julgar o crime de abu-so de autoridade praticado por policial militar em serviço. B) Compete à justiça comum federal processar e julgar o crime de falsificação e uso de documento relativo a estabele-cimento particular de ensino. C) Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilíci-ta processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque. D) Compete à justiça federal processar e julgar o crime de falsa anotação de carteira de trabalho e Previdência Social, atribuído à entidade privada.

4�. (DELEGADO/PCSC/2008) A conexão instrumental se verifica quando: A) ocorrendo duas ou mais infrações houverem sido pratica-das, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas.B) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circuns-tâncias elementares influir na prova de outra infração. C) duas ou mais infrações tenham sido praticadas por várias pes-soas em concurso ou por várias pessoas, umas contra as outras. D) duas ou mais infrações tenham sido praticadas umas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impuni-dade ou vantagem em relação a qualquer delas.

44. (DELEGADO/PCSC/2008) Havendo dúvida sobre a identi-dade do cadáver exumado, o reconhecimento se procederá: A) pelo promotor de Justiça. B) por pessoa idônea nomeada pelo delegado de polícia. C) pelo Instituto de Identificação ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas. D) por dois médicos residentes na comarca.

45. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) Em momento pré-processual:A) Não há obrigatoriedade da oitiva do investigado.B) Há obrigatoriedade pela perfeita incidência do artigo 514, do C.P.P, no tema.C) O princípio do dominus litis chancela o não atendimento de diligência proposta pelo indiciado ao Delegado, que pre-side o inquérito.

D) Só cabe cogitar-se de conflito de atribuições, lugar não havendo a que surja conflito de jurisdições.

46. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) Por entender que carece de titularidade para o exame de quadro investigatório que lhe chegou por delatio criminis, o Procu-rador-Geral de Justiça de determinado estado-membro. O Procurador-Geral de Justiça, ao discordar da orientação do Procurador-Geral da República, há de propor:A) Conflito de jurisdição a ser decidido pelo Supremo Tribu-nal Federal.B) Conflito de jurisdição a ser decidido pelo Superior Tribunal de Justiça, pela incidência do artigo 105, I, g, da Constituição Federal.C) Conflito de atribuições a ser decidido pelo próprio Procu-rador-Geral da República.D) Conflito de atribuições a ser decidido pelo Supremo Tri-bunal Federal.

47. (PROCURADOR DA REPÚbLICA/SP/2006) H, as-sistente jurídico do centro técnico aeroespacial, em S. José dos Campos - SP, considerou-se ofendido em sua atuação funcional, por colegas, igualmente assistentes jurídicos, lota-dos no mesmo órgão militar. A atribuição ao exame da delatio criminis formalizada por H é:A) Do Promotor da Justiça Militar Estadual.B) Do Promotor da Justiça Militar Federal.C) Do Promotor de Justiça.D) Do Procurador da República.

48. (TRIbUNAL DE CONTAS/RR/2008) Sobre a renún-cia ao direito de queixa, considere: I. É cabível a renúncia na ação penal privada subsidiária, mas ela não impede que o Ministério Público ofereça a denúncia. II. A renúncia pode ser feita após o oferecimento da queixa-crime, porém antes do seu recebimento. III. No caso de morte do ofendido que não renunciou, a re-núncia de um dos sucessores extingue a punibilidade. IV. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. V. A renúncia ao direito de queixa a um dos autores do crime se estende aos demais, salvo se de identidade desconheci-da. Encontra-se correto o que consta SOMENTE em A) I e III. B) I, IV e V. C) II, III e V. D) III e IV. E) III, IV e V.

49. (TRIbUNAL DE CONTAS/RR/2008) O princípio da correlação no processo penal significa que A) a sentença deve guardar relação com a denúncia ou a queixa. B) a sentença deve guardar relação entre o que consta dela e o que pensa o juiz. C) deve haver correspondência entre o fato descrito na de-núncia e o texto da lei. D) deve haver relação entre o cargo do juiz e o cargo do promotor de justiça. E) a decisão no processo penal deve ter conexão com a deci-são do processo civil de indenização pelo mesmo fato.

50. (TRIbUNAL DE CONTAS/RR/2008) Na hipótese de legitimidade em razão da morte do ofendido, se o querelante desistir da ação penal proposta e tendo comparecido mais de um para prosseguir na ação, prevalece a seguinte ordem: A) cônjuge, irmão, descendente ou ascendente.

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26 INSTITUTO PROCESSUSB) descendente, ascendente, irmão e cônjuge. C) ascendente, descendente, cônjuge e irmão. D) irmão, cônjuge, ascendente ou descendente. E) cônjuge, ascendente, descendente e irmão.

5�. (PROCURADORIA-GERAL/SP/2005) Assinale a alternativa correta.A) A existência de prova da materialidade do crime é indica-tivo do requisito periculum libertatis, necessário à decretação da prisão preventiva.B) Encerrado o prazo da prisão temporária, é vedada ao juiz a decretação da prisão preventiva que, de qualquer forma, só poderá ser aplicada uma única vez durante a instrução criminal.C) A partir da ratificação, pelo Brasil, do Pacto de San José da Costa Rica, que expressamente assegura o direito à pre-sunção de inocência, a prisão sem condenação passou a ser considerada inconstitucional pela doutrina majoritária.D) A natureza jurídica da prisão cautelar não se confunde com a da pena privativa de liberdade, apesar de representa-rem, ambas, restrição a direito fundamental.E) A prisão preventiva somente pode ser decretada a partir do oferecimento da denúncia e até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

Julgue os itens a seguir.

52. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Julgando procedente a revisão criminal, o tri-bunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo, mas não poderá, em nenhuma hipótese, agravar a pena imposta pela decisão revista.

5�. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Considere a seguinte situação hipotética. Ru-bens foi denunciado pelo Ministério Público por ter praticado crime de tentativa de homicídio simples contra seu pai. Nes-sa situação, existindo ação civil negatória de paternidade em curso, trata-se de questão prejudicial obrigatória, devendo o juiz suspender o feito até a sentença cível definitiva, tendo em vista que a confirmação da paternidade é circunstância agravante.

54. (AGU/PROCURADOR FEDERAL 2ª CATEGO-RIA/2007) Considere a seguinte situação hipotética. Pedro foi denunciado pelo Ministério Público pela prática de crime de dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei. Citado por edital, não compareceu na data designada para seu interrogatório nem nomeou advogado, motivo pelo qual o processo e o curso prescricional foram suspensos pelo dobro do prazo da prescrição, calculada esta com base na pena máxima cominada para o crime. Posteriormente, o juiz deter-minou a retomada do prazo prescricional e, após o decurso do prazo da prescrição, novamente calculada com base na pena máxima cominada para o crime, extinguiu a punibili-dade do acusado. Nessa situação, agirá corretamente o promotor ao impugnar a sentença por meio de recurso em sentido estrito, o que poderá fazer no prazo de cinco dias.

55. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MA/IESES) Assina-le a alternativa correta:A) Possui o assistente do Ministério Público legitimidade para interpor recurso extraordinário na ação penal, inclusive no que tange à impugnação de decisãoconcessiva de hábeas corpus.B) É cabível a interposição de Recurso Especial contra a de-cisão de turma recursal de Juizados Especiais Criminais que violar expressa disposição de lei infraconstitucional.C) A não inclusão no questionário, por ocasião do julgamento

pelo Tribunal do Júri, de quesito obrigatório, ainda que sem impugnação das partes, se constitui em causa de nulidade absoluta, passível de saneamento, inclusive, mediante a concessão de hábeas corpus de ofício.D) Transitada em julgado a sentença condenatória e sobre-vindo lei posterior mais benéfica, a adequação da reprimen-da sofrida pelo sentenciado é de serefetuada através de revisão criminal, cuja competência para o processo e julgamento nos Estados é do respectivo Tribu-nal de Justiça.

56. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MA/IESES) Julgue as seguintes proposições e assinale apenas a opção correta:A) Escolhido o Presidente do Tribunal de Justiça por votação secreta, este poderá recusar o cargo, desde que o faça logo após o resultado do pleito que oelegeu.B) Considera-se válida a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público por órgão fracionário do Tribu-nal de Justiça, se precedida de anterior reconhecimento pelo voto da maioria absoluta dos seus membros.C) A modificação de entrância da Comarca importará em promoção automática do juiz que nela exerce a função ju-risdicional.D) A diplomação e a posse do denunciado pela suposta prá-tica de crime doloso contra a vida no cargo de Prefeito Muni-cipal e no curso do processo penal, nãoaltera a competência originária do Tribunal do Júri, constitu-cionalmente estabelecida.

57. (JUIz SUbSTITUTO/2008/TJ/MG/EJEF) No curso da execução da pena, sobreveio a insanidade mental do réu, apurada em regular perícia médica. Que providência deve ser adotada pelo Juiz da Execução, em relação ao réu:A) colocá-lo em liberdade.B) recolhê-lo a uma prisão albergue.C) interná-lo em estabelecimento adequado.D) declarar extinta a punibilidade.

58. (PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/MPE/CE/FCC) As Comissões Parlamentares de Inquérito, conforme orien-tação do Supremo Tribunal Federal, têm poderes para(A) a quebra de sigilo bancário e ouvir testemunhas sobre fa-tos passíveis de incriminá-las, ainda que não desejem pres-tar declarações.(B) a quebra de sigilo telefônico e ouvir testemunhas sobre fatos passíveis de incriminá-las, ainda que não desejem prestar declarações.(C) a quebra de sigilo bancário e de sigilo telefônico.(D) a quebra de sigilo telefônico e determinar interceptação telefônica.(E) a quebra de sigilo bancário e determinar interceptação ambiental ou telemática.

GAbARITO

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES1-E 2-E 3-E4-C 5-B 6. E7. B 8. C

TÍTULO II - DO INQUÉRITO POLICIAL1-C 2-D 3-E4-E 5-E 6-D7-E 8-A 9-D10-A 11-E 12-D13-E 14-E 15-C

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27INSTITUTO PROCESSUSTÍTULO III - DA AÇÃO PENAL1-B 2-E 3-D4-E 5-C 6-E7-A 8-A 9-E10-D 11- D 12-C

TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA1-C 2-B 3-C4-A 5-B 6-E7-C 8-E 9-C10-E 11-C

TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES1-C 2- E 3-E4-E 5-E

TÍTULO VII - DA PROVA1-E 2-C 3-D4-D 5-E 6-B7-D 8-B 9-D10-* 11-E 12-E13-C 14-E 15-C16-C 17-D 18-B19-C 20-B 21. A22. C 23. A 24. A

TÍTULO VIII - DO JUIz, DO MINISTÉRIO PÚbLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA1-D 2-C 3-C4-B 5-C 6-D7-E 8-C 9-D10-A 11-B 12-C13-A 14-C 15-B

TÍTULO IX - DA PRISÃO E DA LIbERDADE PROVISÓRIA1-B 2-A 3-C4-C 5-C 6-B7-D 8-A 9-C10-B 11-D 12-B13-E 14-B 15-D16-B 17-A 18. B19. C 20. A 21. D22. D 23. B

TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES1-* 2-A

TÍTULO XII - DA SENTENÇA1-B 2-D 3-A4-C 5-E

DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE TÍTULO I - DO PROCESSO COMUM1-B

TÍTULO II - DOS PROCESSOS ESPECIAIS1-E 2-C 3-D

DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERALTÍTULO I - DAS NULIDADES1-B 2-B 3-D4-B 5. C 6. B

TÍTULO II - DOS RECURSOS EM GERAL1-C 2-A 3-B

4-C 5-B 6-C7-C 8-D 9-C10. D 11. C 12. A13. D 14. E 15. D16. B 17. E 18. B

DA EXECUÇÃOTÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAISTÍTULO II - DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE1-A 2-C

TÍTULO III - DOS INCIDENTES DA EXECUÇÃO1-A 2-C

QUESTÕES MISTAS1-D 2-B 3-D4-D 5-C 6-B7-A 8-E 9-D10-B 11-B 12-C13-A 14-D 15-C16-B 17-A 18-B19-C 20-A 21-C22-B 23-E 24-A25-B 26-* 27-C28-E 29-A 30-E31-E 32-B 33-B34-C 35-C 36-X37-E 38-D 39-D40-A 41-D 42-D43-B 44-C 45-A46-C 47-D 48-B49-A 50-E 51-D52-C 53-E 54-C55. C 56. B 57. C58. C