04 Captacao Superficial

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CAPTAO DE GUAS SUPERFICIAIS

CAPTAO DE GUA SUPERFICIAIS CAPTAO GUA

um conjunto de estruturas e dispositivos, construdos ou montados junto a um manancial, para a retirada de gua destinada a um sistema de abastecimento.

CAPTAO DE GUA SUPERFICIAIS CAPTAO GUA

As obras de captao devem ser projetadas e construdas para:

Funcionar ininterruptamente emqualquer poca do ano

Permitir a retirada de gua para o

sistema de abastecimento em quantidade suficiente ao abastecimento e com a melhor qualidade possvel manuteno do sistema

Facilitar o acesso para a operao e

MANANCIAL SUPERFICIAL

Manancial fonte para o suprimento de gua Mananciais superficiais: Crregos Rios Lagos Represas

MANANCIAL SUPERFICIAL

Requisitos mnimos dos mananciais:

Aspectos quantitativos Aspectos da qualidade: - Fsico - Qumico - Biolgico - Bacteriolgico

MANANCIAL SUPERFICIAL

Principais fatores que alteram a qualidade da gua dos mananciais:

Urbanizao Eroso e assoreamento Recreao e lazer Indstrias e mineraes Resduos slidos Crregos e guas pluviais Resduos agrcolas Esgotos domsticos

MANANCIAL SUPERFICIAL Medidas de controle

Carter corretivo

medidas que visam corrigir uma situao existente, para melhorar a qualidade das guas

Carter preventivo medidas que evitam ou minimizam a piora na qualidade das guas

MANANCIAL SUPERFICIAL Controle corretivo

Implantao de ETEs nas fontes poluidoras localizadas na bacia hidrogrfica do manancial Medidas aplicadas ao manancial

Eliminao de microrganismos patognicos Remoo de algas Combate a insetos, crustceos e moluscos Remoo do lodo Aerao da gua Eliminao da vegetao aqutica superior

MANANCIAL SUPERFICIAL Controle corretivo

Implantao do sistema de coleta e transporte de esgoto Planejamento do uso e ocupao do solo Controle da eroso, do escoamento superficial e da vegetao Controle da qualidade da gua das represas Avaliao prvia de impactos ambientais

QUALIDADE DA GUA GUAgua potvel gua para consumo humano cujos parmetros microbiolgicos, fsicos, qumicos e radioativos, atendam ao padro de potabilidade e que no oferea riscos sade Padro de potabilidade define o limite mximo para cada elemento ou substncia qumica Portaria n 1469, de 29/12/2000 Ministrio da Sade

QUALIDADE DA GUA GUA Padres de potabilidadePadres de potabilidade de gua de acordo com a Portaria no 1469 Ministrio da Sade. I Microbiolgico Parmetro gua para consumo humano Escherichia coli ou coliformes termotolerantes gua na sada do tratamento Coliformes totais Valor Mximo Permitido (VMP) Ausncia em 100 mL Ausncia em 100 mL

gua tratada no sistema de distribuio (reservatrios e rede) Escherichia coli ou coliformes Ausncia em 100 mL termotolerantes Sistemas que analisam 40 ou mais amostras por ms: ausncia em 100 mL em 95% das amostras examinadas no ms; Sistemas que analisam menos de 40 amostras por ms: apenas uma amostra poder apresentar mensalmente resultado positivo em 100 mL

Coliformes totais

Parmetro Inorgnicas Antimnio

Unidade mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l Orgnicas

VMP

Parmetro Agrotxicos

Unidade g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l Cianotoxinas

VMP

0,005 0,01 0,7 0,005 0,07 0,01 2 0,05 1,5 0,001 10 1 0,01

QUALIDADE DA GUA GUA Padres de potabilidadeII Substncias qumicas Portaria no 1469 Ministrio da Sade

Alaclor Aldrin e Dieldrin Atrazina Bentazona Clordano (ismeros) 2.4 D DDT (ismeros) Endossulfan Endrin Glifosato Heptacloro e Heptacloro epxido Hexaclorobenzeno Lindano ( BHC) Metolacloro

20 0,03 2 300 0,2 30 2 20 0,6 500 0,03 1 2 10 20 6 20 9 20 20 2 20

Arsnio Brio Cdmio Cianeto Chumbo Cobre Cromo Fluoreto Mercrio Nitrato (como N) Nitrito (como N) Selnio

Acrilamida Benzeno Benzo (a) pireno Cloreto de Vinila 1.2 Dicloroetano 1.1 Dicloroeteno Diclorometano Estireno Tetracloreto de Carbono Tetracloroeteno Triclorobenzenos Tricloroeteno

g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l g/l

0,5 5 0,7 5 10 30 20 20 2 40 20 70

Metoxicloro Molinato Pendimetalina Pentaclorofenol Permetrina Propanil Simazina Trifluralina

Microcistinas

g/l

1

Desinfetante e produtos secundrios da desinfeco mg/l 0,025 Bromato mg/l Clorito 0,2 Cloro livre Monocloramina 2,4,6 Triclorofenol Trihalometanos Total mg/l mg/l mg/l mg/l 5 3 0,2 0,1

QUALIDADE DA GUA GUA Padres de potabilidadePortaria no 1469 Ministrio da Sade. Padro de turbidez para gua ps-filtrao ou pr-desinfecoTratamento da gua Desinfeco (gua subterrnea) Filtrao rpida (tratamento completo ou filtrao direta) Filtrao lenta VMP 1UT em 95% das amostras 1 UT 2 UT (2) em 95% das amostras

Padro de radioatividade para gua potvelParmetro Radioatividade alfa global Radioatividade beta global VMP 0,1 Bq/L 1,0 Bq/L

QUALIDADE DA GUA - Padres de potabilidade GUAPortaria no 1469 Ministrio da Sade. Padro de aceitao para consumo humano

Atendimento aos limites mximos permitidosParmetro Alumnio Amnia (como NH3) Cloreto Cor Aparente Dureza Etilbenzeno Ferro Mangans Monoclorobenzeno Odor Gosto Sdio Slidos dissolvidos totais Sulfato Sulfeto de Hidrognio Surfactantes Tolueno Turbidez Zinco Xileno Unidade mg/L mg/L mg/L uH mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L UT mg/L mg/L VMP 0,2 1,5 250 15 500 0,2 0,3 0,1 0,12 No objetvel No objetvel 200 1000 250 0,05 0,5 0,17 5 5 0,3

Sistema de distribuio de gua: pH entre 6,0 a 9,5 Teor mximo de cloro residual livre: 2,0 mg/L Testes para deteco de odor e gosto em amostras coletadas na sada do tratamento e na rede de distribuio

QUALIDADE DA GUA - Padres de potabilidade GUAPortaria no 1469 Ministrio da Sade. Nmero mnimo de amostrasSada do tratamento (nmero de amostras por unidade de tratamento) 1 1 1 1 1 1 1 1 Sistema de distribuio (reservatrios e rede) Populao abastecida < 50.000 hab. 10 5 50.000 a 250.000 hab. 1 para cada 5.000 hab. 1 para cada 10.000 hab. > 250.000 hab. 40 + (1 para cada 25.000 hab.) 20 + (1 para cada 50.000 hab.)

Parmetro

Tipo de manancial

Superficial Cor, Turbidez, pH Subterrneo Superficial Cloro residual livre Subterrneo Fluoreto Cianotoxinas Superficial ou Subterrneo Superficial Superficial Trihalometanos Subterrneo Demais parmetros Superficial ou Subterrneo

Caso no seja utilizado o cloro, as anlises microbiolgicas devem ser efetuadas no momento da coleta 20 + (1 para cada 50.000 hab.) 4 1 1

5 1 1 1

1 para cada 10.000 hab. 4 1 1

QUALIDADE DA GUA - Padres de potabilidade GUAPortaria no 1469 Ministrio da Sade. Freqncia mnima de amostragemSada do tratamento (nmero de amostras por unidade de tratamento) A cada 2 horas Mensal Subterrneo Superficial Cloro residual livre Subterrneo Cianotoxinas Superficial Superficial Trihalometanos Subterrneo Demais parmetros Superficial ou Subterrneo Semestral Anual Semestral Semestral Semestral Semestral Semestral Diria Semanal Trimestral Diria A cada 2 horas Mensal Mensal Sistema de distribuio (reservatrios e rede) Populao abastecida < 50.000 hab. 50.000 a 250.000 hab. > 250.000 hab.

Parmetro

Tipo de manancial

Cor, Turbidez, pH e Fluoreto

Superficial

Caso no seja utilizado o cloro, as anlises microbiolgicas devem ser efetuadas no momento da coleta Trimestral Trimestral Trimestral

QUALIDADE DA GUA - Padres de potabilidade GUAPortaria no 1469 Ministrio da Sade. Sistema de distribuio de gua - Anlise microbiolgicaSistema de distribuio (reservatrios e rede) Parmetro < 50.000 hab. Coliformes totais 10 50.000 a 20.000 hab. 1 para cada 500 hab. Populao abastecida 20.000 a 250.000 hab. 30 + (1 para cada 2.000 hab.) > 250.000 hab. 105 + (1 para cada 5.000 hab.) Mximo de 1.000

(*) Na sada de cada unidade de tratamento devem ser coletadas, no mnimo, 2 (duas) amostra semanais, recomendando-se a coleta de pelo menos, 4 (quatro) amostras semanais.

Controle da qualidade de gua no manancial - Anlises fsicas, qumicas e microbiolgicasParmetro Cor, turbidez, pH e coliformes totais Cloro residual livre Tipo de manancial Superficial Subterrneo Superficial ou Subterrneo Sada do tratamento (para gua canalizada) 1 1 1 Nmero de amostras retiradas no ponto de consumo(1) (para cada 500 hab.) 1 1 1 Freqncia de amostragem Semanal Mensal Dirio

(1) Devem ser retiradas amostras em, no mnimo, 3 pontos de consumo de gua.

SELEO DO MANANCIAL SELEOFatores que influem na seleo dos mananciais:

Garantia de fornecimento da gua em quantidade e qualidade Proximidade do consumo Locais favorveis construo da captao Transporte de sedimentos pelo curso de gua Seleo do manancial estudo tcnico, econmico e ambiental

ESTUDOS HIDROLGICOS HIDROLGICOS

Perodo de retorno Vazo mnima do manancial Vazo mxima do manancial

CAPTAO EM CURSOS DE GUA CAPTAO GUA Escolha do local de captao captaoTrecho reto Trecho curvo

Barragem de nvel CaptaoCaptao

Principais cuidados para a escolha do local da captao

Evitar locais sujeitos formao de bancos de areia Evitar locais com margens instveis Local salvo de inundaes, garantia de acesso todo o tempo Condies topogrficas e geotcnicas favorveis

PARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAO CAPTAO

Barragem, vertedor ou enrocamento Tomada de gua Gradeamento Desarenador Dispositivos de controle Canais e tubulaes

PARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAO CAPTAOBarragem, vertedor ou enrocamentoObras executadas em cursos de gua, para a retirada de gua para abastecimento

Barragem construda quando as vazes mnimas dos curso de gua so inferiores e as mdias so superiores s necessidades de consumo Barragem de nvel Enrocamento So estruturas que elevam o nvel de gua do manancial

PARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAO EM CAPTAO CURSOS DE GUA GUATomada de gua conjunto de dispositivos destinado a conduzir a gua do manancial para as demais partes constituintes da captao Principais cuidados:

Velocidade nas tubulaes da tomada de gua: maior ou igual a 0,60 m/s; Prever dispositivo antivrtice

TOMADA DE GUA GUATomada de gua com barragem de nvel, gradeamento, caixa de areia e estao elevatria

TOMADA DE GUA GUA

Tomada de gua atravs de tubulaes Recomendaes:

Em cursos de gua com transporte intenso de slidos uma tubulao para cada variao de 1,50 m do nvel Tubulaes devem ser ancoradas e protegidas Tubulaes devem ser dotadas de vlvulas para interrupo de fluxo de gua

TOMADA DE GUA GUA

Tomada de gua em rios com grande variao do nvel de gua:

Torre de tomada Captao flutuante

TOMADA DE GUA GUA

Tomada de gua com tubulao horizontal

MOTOR

BOMBA

Tomada de gua com tubulao vertical

GRADEAMENTOPerda de carga nas grades e telas

V h=k 2gonde: h = perda de carga, m V = velocidade mdia de aproximao, m/s g = acelerao da gravidade, m/s2

2

Grade na captao de gua da cidade de Cardoso

k = coeficiente de perda de carga, funo dos parmetros geomtricos das grades e telas, adimensional

GRADEAMENTO

Grades:Constitudas de barras paralelas Impedem a a passagem de materiais grosseiros flutuantes e em suspenso Grade grossa espaamento entre barras: 7,5 a 15 cm Grade fina espaamento entre barras: 2 a 4 cm

Telas:Constitudas de fios que formam malhas, de 8 a 16 fios por decmetro Retm materiais flutuantes no retidos pelas grades

GRADEAMENTOPerda de carga para grades:

k = (s/b)1,33 sen onde: = coeficiente, funo da forma da barra s = espessura das barras b = distncia livre entre barras = ngulo da grade em relao horizontal

GRADEAMENTOPerda de carga para telas:

1 2 k = 0,55 2 onde: = porosidade, razo entre a rea livre e a rea total da tela, sendo: - para tela de malha quadrada = (1 nd)2 - para tela de malha retangular = ( 1 n1d1) (1 n2d2) onde: n, n1, n2 = nmero de fios por unidade de comprimento d, d1, d2 = dimetro dos fios

DESARENADOREsquema em planta e corte da caixa de areia

L Q h v v PlantaNA1 NA Hs CorteRecomendaes para o dimensionamento:

Comportas Q

NA2 h

NA3

Velocidade de sedimentao de partculas 0,021 m/s Velocidade de escoamento longitudinal 0,30 m/s Adotar coeficiente de segurana de 50% para o comprimento do desarenador

DESARENADOREquaes para o dimensionamento:Recomendaes adicionais:

h Vs = t V= L Q = t b h

Relao L/b 4 Largura b 0,5m Dimenses compatveis com o terreno disponvel e topografia local

Qt h= b LQ Vs = b LVs = Q ANA. mx NA. mn

Caixa de areia com remoo hidrulica atravs de tubulao

DESARENADORRetirada de areia atravs de bombas tipo draga. Caixa de areia mecanizada instalada na captao de gua

Captao com barragem de nvel, tomada de gua e caixa de areia mecanizada

CAPTAO, CAIXA DE AREIA E CAPTAO, ESTAO ELEVATRIA ESTAO ELEVATRIACaptao, caixa de areia e estao elevatria de um sistema de abastecimento de gua.

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAOTomada de gua atravs de tubulao em vrios nveis de gua

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAOTomada de gua com entrada de gua na parte inferiorTorre de Tomada Barragem Mximo

Mnimo

Bomba

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAOTomada de gua atravs de vrias aberturas para a entrada de gua

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAO

Tomada de gua com torre de tomada, tubulao, grade, poo de suco e estao elevatria

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAOCaptao no reservatrio Billings. Vazo de 4,2 m/s

Captao de gua na represa Taiaupeba. Vazo de 10 m/s

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAOCaptao de gua bruta no reservatrio Taiaupeba.Planta

Corte

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAOTomada de gua com tubulao, stop-log, grade, poo de suco e estao elevatria

Barragem Mnimo Entrada

Poo de Stop Suco Log Grade

Bomba

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS CAPTAO