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Antigüidade: MESOPOTÂMIA BIBLIOGRAFIA GARBINI, Giovanni. Mundo Antigo. O mundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966. Gombrich E. H. A História da Arte. Livros Técnicos e Científicos Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999. HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. São Paulo, Mestre Jou, 1982. BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1999. NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 1997.

04 Mesopotamia

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Antigüidade: MESOPOTÂMIA

BIBLIOGRAFIA

GARBINI, Giovanni. Mundo Antigo. O mundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966.

Gombrich E. H. A História da Arte. Livros Técnicos e Científicos Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999.

HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. São Paulo, Mestre Jou, 1982.

BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1999.

NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 1997.

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A civilização mesopotâmica divide-se em três etapas:

Sumeriana (5.000a.C.)

Babilônica (2.000 a.C.)

Assírios (800 a.C.)

Na Mesopotâmia, a planície entre os rios Tigre e Eufrates, o excedente se concentra nas mãos dos governantes das cidades, representantes do deus local.

Recebem os rendimentos das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra e administram estas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando os utensílios de pedra e metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade.

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A cidade nasce da aldeia, mas não éapenas uma aldeia que cresceu. Ela se forma quando a transformação das matérias primas e os serviços já não são executados pelas mesmas pessoas que cultivam a terra, mas por outras que não têm esta obrigação, e que são mantidas pelo excedente do produto total. A cidade nasce, portanto da divisão do trabalho.

Nasce assim o contraste entre grupos sociais dominantes e subalternos; mas, por outro lado, as indústrias e os serviços já podem se desenvolver pela especialização e a produção agrícola pode crescer utilizando-se desses serviços e instrumentos. A sociedade se torna capaz de evoluir e projetar sua evolução.

A cidade é o centro motor dessa transformação e se transforma com uma velocidade muito maior de que uma aldeia. Tem início a aventura da “civilização”.

Kalaa Sghria (Tunísia)

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A arte mesopotâmica é menos conhecida do que a arte egípcia. Não havia pedreiras no vale dos Tigre e do Eufrates.

A maioria dos edifícios tinha que ser construída com tijolos cozidos que, no transcorrer do tempo, se desintegravam e se convertiam em pó. Até mesmo a escultura em pedra era relativamente rara.

Mas a principal razão desse desconhecimento é que, diferente dos egípcios, esses povos não compartilhavam da crença religiosa de que o corpo humano e sua representação deviam ser preservados para que a alma sobrevivesse.

Os sumerianos destinavam sua religião exclusivamente a este mundo e não ofereciam qualquer esperança à outra vida, não faziam a mumificação e nem construíram túmulos complicados. Os mortos eram enterrados sob o piso da casa sem caixão.

Antigüidade: MESOPOTÂMIA

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Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

O primeiro povo que se fixou na Mesopotâmia (derrotando os nômades e dedicando-se àagricultura) foram os sumérios.

Vindos da Ásia central, esse povo dominou a região entre 3500 a.C e 2000 a.C e se destacou por seus grandes feitos na engenharia, que lhe permitiram irrigar pântanos e regiões secas, tornando possível o trabalho agrícola.

O nome sumérios vem de “ sumer” palavra que na língua desse povo quer dizer “sul” e refere-se àregião da mesopotâmia habitada por ele.

Durante séculos o sumérios construíram diques e canais para irrigar e fertilizar a terra, onde eles cultivavam árvores frutíferas (como tamareiras) e cereais (como a cevada). Plantava-se também cânhamo, cujas fibras eram usadas para fazer roupas. Animais eram criados nos campos, e peixes nos diques.

O campo é transformado pelo homem: em lugar do pântano e do deserto, encontramos pastagens e pomares, e canais de irrigação.

O terreno da cidade já é dividido em propriedades individuais entre os cidadãos, ao passo que o campo é administrado em comum.

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Os primitivos aldeamentos continuaram a ser a base para as civilizações Sumérias. A Suméria nunca foi um estado forte e organizado, comandado por um chefe supremo. Eram divididos em cidades-estados, independentes umas das outras que eram comandadas pelo Patesi (rei e divindade) e por um sacerdote. Por vezes se uniam, outras, guerreavam entre si.

O excesso de produção agrária permitiu o surgimento de outras classes de trabalhadores, como construtores, artesãos, sacerdotes e escribas, convertendo as sociedades Sumérias em civilizadas.

Com a ausência da pedra, foram utilizados tijolos de barro seco ao sol. Com eles, construíram imensas cidades a margem dos rios, com governos independentes: Ur, Uruk, Eridu, Nippur, Lagash, Abad e Izabalam.

Esse povo tinha como centro lógico de civilização e da vida o templo, (teocentrismo) e eram politeístas. No início o sumo sacerdote representava assim o deus, combinava os poderes políticos e religiosos. Mais tarde a autoridade política passou a ser representada pelo rei, desligando-o do templo.

Plano esquemático da cidade de Ur4000 -2000 a.C.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

A - ancoradouroZ - zigurateP - palácioT - temploF - fortalezaM - muralhas externas

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As cidades sumerianas (2000 a.C.) já são relativamente grandes (100 ha) e abrigam dezenas de milhares de habitantes. São circundadas por um muro e um fosso. Que as defendem e que, pela primeira vez, excluem o ambiente aberto natural do ambiente fechado da cidade.

Até meados do III milênio, as cidades da Mesopotâmia formam estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios. Estes conflitos limitam o desenvolvimento e só terminam quando o chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre toda a região.

Modelo de uma cidade sumeriana. 3000 -2000 a.C. Bruxelas, MusèesRoyaux d'Art etd'Histoire.

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Reconstituição do templo de Eridu. Período Pré-Dinástico . A mais antiga estrutura religiosa dos sumerianos foi encontrada em Eridu .

Construída sobre uma plataforma artificial que antecipa o zigurate, apresentava muralhas com contrafortes. Em escavações, descobriu-se uma grande quantidade de espinhas de peixe no chão da cela, daí se supondo que o templo era dedicado a Enki, o "senhor da terra", mais tarde chamado, pelos semitas, Ea, a "casa das águas doces”.

Planta do Templo Branco, em Uruk. Período Pré-Dinástico, aprox. 3.200 a 3.000 a.C.

O Templo Branco, assim chamado devido aos flancos caiados de branco, encimava o Anu Zigurate, o segundo importante santuário pré-dinástico de Uruk.

A sala central é ladeada por cinco câmaras laterais a nordeste. A entrada se fazia por uma porta no flanco sudoeste, que levava, através de um vestíbulo, até a cela. A um dos lados ficava a plataforma ou altar e, alguns metros à frente, uma mesa de oferendas, em tijolo, com um forno semicircular.

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PERÍODO ACÁDIO (2470-2200 a.C.)

Já fazia mais de mil anos que os sumériosprosperavam em sua terra, quando toda a Mesopotâmia foi invadida por Sargão I , rei dos semitas (acádios), povo que viera do deserto sírio e se fixara no norte da Mesopotâmia (Akkad), transferindo-se depois para a Mesopotâmia central, que passou a ser o principal reino semita, em constante guerra com os sumérios do sul.

Por volta de 2470 a.C., Sargão I lançou as bases do primeiro império da história, que se estendia do Mar Mediterrâneo ao Golfo Pérsico. Esse império durou três séculos e não alterou as características da civilização construída pelos sumérios.

Com a conquista de Sargão I, os semitas tornaram-se os novos “donos” da Mesopotâmia e o acádico passou a ser a língua mais difundida. Mas toda cultura suméria passou a fazer parte desta nova civilização mesopotâmica.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

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Zigurate de Ur (2.150 a 2.050 a.C; reconstrução)

O imponente Zigurate de Ur deve o seu bom estado de conservação à fachada de tijolos que recobre toda a torre em degraus. Provavelmente encimado por um templo dedicado ao deus da Lua, Nanna, foi construído no reinado de Ur-Nammu, fundador da Terceira Dinastia.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

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Zigurate de Ur (2.150 a 2.050 a.C; reconstrução)

Três escadas dão acesso aos muros inclinados, entrecortados por articulações pouco profundas. O Zigurate de Ur, de cerca de 2.150 a 2.050 a.C., bem conservado devido à fachada de tijolos que recobre toda a torre em degraus. Podem ser vistos na foto os orifícios no revestimento de tijolos, que teriam sido feitos para evitar que os tijolos de barro se rachassem durante a estação chuvosa.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

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Escadaria do Zigurate de Ur (2000 a.C; reconstrução)

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

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Zigurat de (Uruk)

O outro grande conjunto religioso de Uruk, o Anu Zigurate, consiste numa imensa plataforma de tijolo, de plano ligeiramente irregular, a que se chega por meio de degraus. Sobre a plataforma havia um terraço, e, a um lado, um edifício conhecido como o Templo Branco, muito diferente do Templo de Pedra Calcária da E-anna.

O Templo Branco também tem uma planta retangular, embora menos larga do que a do Templo de Pedra Calcária. A sala central é um simples retângulo e as pequenas câmaras laterais são cuidadosamente agrupadas sem serem estritamente simétricas.

O sistema de projeções e recuos das paredes externas é tratado em ampla escala; dentro do templo, as câmaras laterais surgiram quase que espontaneamente, através da aplicação do mesmo princípio decorativo.

A localização do templo sobre uma plataforma, solução observada no mais antigo templo, de Eridu, é outra característica importante da arquitetura religiosa sumeriana.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

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Algumas criações sumérias influenciaram os vários períodos da arquitetura mesopotâmica: o emprego da abóbada, o uso do tijolo cru como único material pra as edificações e o zigurate.

Sala de banquetes, (Iraque,550 d.C)

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.)

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Harpa com cabeça de touro (madeira, ouro e outros) Ur 3.000 a.C. a 2.340 a.C. / 29,5cm (Bagdá – Museu do Iraque).

Nos tempos mais antigos, os sumérios que governaram a cidade de Ur os reis ainda eram sepultados com toda sua casa, inclusive os escravos. Encontrou-se em um túmulo uma harpa com cabeça de touro e animais fabulosos (mitos antigos), como numa história em quadrinhos rigorosamente simétrica.

Antigüidade: MESOPOTÂMIA

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Alto Relevo: Vitória de Narmsin (arenito vermelho) 2.250 a.C. / 2.05m (Paris, Louvre).

Embora os artistas mesopotâmicos não fossem chamados a decorar os túmulos dos poderosos, contribuíam para mantê-los vivos. Os reis encomendavam monumentos para celebrar suas vitórias.

Na figura, o rei calca os pés sobre seu inimigo trucidado enquanto outros inimigos imploram misericórdia.

Talvez a idéia subjacente nesses monumentos não fosse apenas conservar viva a memória dos triunfos. Nos primeiros tempos, pelo menos, as antigas crenças no poder da imagem poderiam ter influenciado aqueles que as encomendaram.

Talvez pensassem que, enquanto ali permanecesse a imagem do rei com o pésobre o pescoço do inimigo prostrado, a tribo não teria forças para se rebelar de novo.

Antigüidade: MESOPOTÂMIA

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O traço mais característico da civilização babilônica é o uso de uma língua semítica, enriquecida por palavras sumerianas.

A religião permaneceu mesopotâmica, apesar de alguns deuses receberem nomes semitas. O idioma religioso era o sumeriano, bem como sumeriano era o nome do deus nacional da Babilônia, Marduk.

O verdadeiro predomínio semita só se efetuou como resultado da invasão dos amoritas.

Apesar de terem trazido varias contribuições culturais incidentais, de modo geral, assimilaram a civilização jáexistente.

Portão de Ishtar. Babilônia; Reinado de Nabucodonosor II (604 – 562 .C) reconstruído no Vorderstaatische Museen, Berlim. Faiança: 14,30m.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Babilônica (2000 a.C.)

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Arquitetonicamente, pouca coisa resta deste período. Em Tell Harmal, perto de Bagdá, os arqueólogos descobriram as ruínas de uma cidade com ruas regulares e casas grandes, talvez do tipo semipalaciano. Em Ishchali, no Tigre médio, o mais importante monumento éo templo de Ishtar Kititum, um grande conjunto de planta retangular, incluindo três diferentes santuários.

Templo de Ishtar (Babilônia: Nabucodonosor–604/ 562 a. C.)

Desaparece a distinção entre os monumentos e as zonas habitadas pelas pessoas comuns.

As casas particulares reproduzem em menor escala a forma dos templos e palácios, com pátios internos e muralhas.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Babilônica (2000 a.C.)

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Portão de Ishtar.

Babilônia; Reinado de Nabucodonosor II (604 –562 .C) reconstruído no VorderstaatischeMuseen, Berlim. Faiança: 14,30m.

Os portões principais da Babilônia e as paredes laterais da via Processional eram revestidas de faiança (tijolos vitrificados).

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Babilônica (2000 a.C.)

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Portão de Ishtar.

Babilônia; Reinado de Nabucodonosor II (604 –562 .C) reconstruído no VorderstaatischeMuseen, Berlim. Faiança: 14,30m.

Os animais heráldicos eram primeiro modelados numa placa retangular de argila. Enquanto ainda maleável, a placa era cortada em pequenos tijolos, a seguir vitrificados, cozidos e montados na fachada.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Babilônica (2000 a.C.)

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Zigurate de Choga Zambil (séc XIII a.C)

Construído provavelmente pelo rei Untash-Khuban.

Sua capital Untash ficava no Irã Ocidental. Este zigurate é um dos exemplos mais bem conservados; restam 3 das 5 escadarias originais.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Babilônica (2000 a.C.)

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Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

ASSÍRIOS

Durante o período cassita na Babilônia, um novo povo surgiu na Mesopotâmia Setentrional, os assírios.

ARQUITETURA

O palácio acompanha a tradição mesopotâmica de grupos de salas dispostos à volta de pátios, mas segue uma inovação, a de agrupar salas num recanto do grande pátio.

As paredes das áreas públicas eram guarnecidas com grandes blocos de pedra ostentando relevos, ao passo que a entrada do palácio era ladeada por enormes figuras de touros alados, com cabeças humanas, esculpidas em relevo.

Essas figuras, cujo fim era impedir a entrada das forças do mal, demonstram uma atenção minuciosa com o detalhe linear, talvez um artifício, mas que em escala gigantesca, produz um efeito poderoso.

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O palácio real, acompanhado por um zigurate e um conjunto de templos, tinha duas entradas principais, das quais uma era dotada de torres e estátuas, inclusive doze touros alados com cabeças humanas.

Dispostas ao redor de dois pátios imensos, as várias partes do palácio apresentam uma planta regular, revelando assim a mesma predileção por uma distribuição organizada vista na planta da cidade como um todo.

Uma característica interessante é a sala do trono, compreendendo um comprido espaço retangular com a entrada no centro de um dos lados. Colocado sobre uma plataforma monolítica com uma base esculpida, o trono erguia-se ao centro do lado menos comprido, olhando-se da entrada.

Essa disposição é copiada dos templos assírios e ressalta a santidade do rei.

Palácio de Sargão II (Khorsabad :721 – 705)

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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As ruínas da cidade de Khorsabad, fundada por Sargão II e que permaneceu inacabada após a sua morte,oferecem-nos uma idéia a respeito do urbanismo e da arquitetura assíria.

Aproximadamente quadrada no plano e cercada por uma muralha com sete portas, Khorsabad tinha os seus edifícios mais importantes agrupados na parte noroeste, que tem apenas uma porta.

Esses edifícios erguem-se numa plataforma artificial e são rodeados por uma muralha própria, de modo a formar uma espécie de cidadela.

Algumas das portas têm uma entrada monumental, geralmente ladeada por enormes touros alados com cabeças humanas e, ocasionalmente, pela gigantesca figura em relevo de um herói estrangulando um leão –antigo motivo de Gilgamesh.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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Persépolis: Entrada de Xerxes (518 - 460 a.C)

Penetrava-se na cidade através de uma entrada ladeada por um par de touros com cabeças humanas. No centro do primeiro plano situa-se a escadaria que levava à sala de audiências de Dario I, da qual ainda restam as colunas.

Na Mesopotâmia, apesar do maior desenvolvimento do comércio, o artista parece estar ainda mais restrito do que no Egito aos interesses da Corte e dos Sacerdotes.

É uma arte mais estática do que a egípcia, restrita aos interesses estéticos da nobreza.

É menor ainda a preocupação naturalista. São freqüentes as representações de animais com cabeça de homens, ou vice versa, temas geométricos e outros.

Assim como no Egito, as obras não se oferecem para a cidade. Estão dentro dos templos, túmulos palácios, etc.

Há uma certa contradição entre o avanço comercial, econômico da sociedade e a menor liberdade do artista.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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Vista Geral de Persépolis (518 - 460 a.C)

Persépolis foi erigida durante os reinados de três reis sucessivos. Dario I, Xerxes e Artaxerxes, sobre uma plataforma artificial, flanqueada por montes a norte e a leste. Nesta vista, a sala do trono de Xerxes (o Palácio das 100 Colunas) situa-se a meia distância; à esquerda vêem-se as colunas da sala de Audiências por trás do palácio de Dario.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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Palácio de Dario (Persépolis)

A porta maciça e as guarnições das janelas acham-se bem conservadas. Não são formadas por 4 peças distintas, como no Egito ou na Grécia, mas eram as vezes trabalhadas em um único bloco de pedra ou mesmo de partes desiguais, sendo 3 quartos da guarnição retangular constituídos de uma única peça, completada por mais um bloco. As paredes de tijolos agora desapareceram.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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Escadaria da sala de audiências de Dario (518 – 460 a.C.)

Inteiramente ladeada de relevos, representando longas fileiras de imortais, vassalos estrangeiros, cortesãos e outros dignatários.

A decoração buscava demonstrar o poder do Rei e, por outro lado, indicar a diversidade dos povos que constituíam o Império.

Dario utilizou artesãos jônicos para esculpir os pisos de Persépolis, que adquiriram entretanto a rigidez oriental. Deles estão ausentes as cenas narrativas dos frisos assírios e as figuras parecem quase congeladas em sua imobilidade.

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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Muralhas de Nínive (séc.VII a.C; reconstrução) Perímetro: 15km

Antigüidade: MESOPOTÂMIACivilização Assíria (800 a.C.)

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Antigüidade: MESOPOTÂMIA

Alto Relevo: Exército assírio sitiando uma fortaleza (alabastro) 883 / 859 a.C. / 2.05m (Londres – Museu Britânico).

A figura mostra os detalhes de um ataque a uma fortaleza, com os engenhos de sítio em ação, os defensores tombando, e no alto de uma torre uma mulher lamentando-se em vão. O modo como essas cenas são representadas émuito semelhante aos métodos egípcios, mas talvez um pouco menos ordenado e menos rígido.

Tudo parece muito real e convincente. Mas, se observarmos com mais atenção, descobriremos um fato curioso: é grande a profusão de mortos e feridos nessas guerras horríveis... mas nenhum deles éassírio. A arte da propaganda já estava bem avançada nessa época.

É possível que ainda fossem dominados pela antiga superstição com tanta freqüência repetida nesta história: a de que numa pintura, num relevo, numa estátua, existe algo mais que uma simples pintura, relevo ou estátua.

Em todos os monumentos que glorificam os senhores da guerra no passado, a guerra não chega a ser um problema. Basta o herói aparecer e o inimigo édispersado como palha ao vento.