05-24.12. Descartes. Meditações Metafísicas

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  • 8/16/2019 05-24.12. Descartes. Meditações Metafísicas

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    Descartes. Meditações metafísicasDisciplina de Metafísica 2016-I, Curso de Filosofia, UNILA

    ess!o 12 " 2#$0%$2016

    0. Antecedentes

    &1%'6, La (a)e -16%0, *stocol+o

    1 .io/rafia La Fl c e, 1606-161# " Licencia-se e+ Direito can3nico e+ 4oitiers, 161# " Inicia5!o instru5!o +ilitar so7 a orienta5!o de Maurício de Nassau, 1618 " *sta7elece-se e+ 4aris e entra e+contato co+ o círculo intelectual do padre Mersenne, 1'22 " Define sua resid9ncia e+ (olanda, 1'28-1'#' " :enuncia pu7lica5!o do seu ;ratado do +undo, perante a perse/ui5!o de #

    2 ?7ras

    : /les pour la direction de l@esprit, 1628Le Discours de la + t ode, 16>B

    Meditationes de pri+a p ilosop ia, 16#1 &16#B4rincipia p ilosop iae, 16##

    > uest es relatiEas a seu estilo de escrita estatuto da +edita5!o &estoicis+o e Montai/ne

    1. Primeira meditação

    1. Premissas metodológicas considerar o duEidoso co+o falso, atacar os funda+entos dos anti/oscon eci+entos

    A. Discurso do método , Parte II.1 Indu7ita7ilidade, claridade e distin5!o2 DiEidir as =uest es> i+ples co+pleGo# *nu+era5!o, reEis!o

    2. Conhecimentos a questionar anti/as opini es " sentidos &percep5 es " sentido da eGperi9nciai+ediata " coisas si+ples e uniEersais &Eia co+para5!o entre fic5!o-i+a/ina5!o e coisas EerdadeiraseGtens!o &salientar +odo cartesiano de pensar o espa5o , fi/ura, =uantidade ou /randeHa, lu/ar, te+po

    radicaliHa5!o da d Eida

    3. Distinção entre d Eida +etJdica, natural, lJ/ica, iper7Jlica, +etafísica, uniEersal

    > 1 D Eida metódica co+o no+e /en rico =ue assu+e a for+a hi er!ólica no final co+ a ipJtese do/9nio +ali/no

    > 2 D Eida natural =ue se esta7elece a partir dos fatos da eGperi9ncia e =ue se +istura co+ o propJsitodeli7erado e instituir u+ noEo funda+ento para a ci9ncia e =ue Descartes c a+a de razão de duvidar &K2 , identificado pelos autores co+o d Eida lógica

    ". #omentos detalhados

    K' Contradi5!o relatiEa a Deus N!o prJprio da sua 7ondade +e criar para se+pre errar, +asta+7 + n!o +e criar para as EeHes errar

    $%&10 Al/uns erra+ so7re o =ue acredita+ con ecer perfeita+ente e+ ter a /arantia de Deus ent!o“sou finalmente forçado a confessar que nada há de todas as coisas que considerava outroraverdadeiras de que não me seja permitido duvidar” K10, p 2' instaurada a d Eida meta'(sica , ouse a, a d Eida =ue Eai para al + da eGperi9ncia e =ue perpassa u+a d Eida uni)ersal &d Eida de tudo

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    1* Ne/ar o assenti+ento do duEidoso co+o ta+7 + do falso, K102* Fin/ir co+o falsas as opini es proE Eeis, K11 4eso da fic5!o psicolJ/ica para Eencer a for5a do

    7ito Descartes recon eceria os li+ites da d Eida +etafísica e precisaria de u+ ele+ento de for5apsicolJ/ica para i+por o ar/u+ento iper7Jlico3* uposi5!o do /9nio +ali/no, K12, e efetiEa5!o da d Eida +etafísica n!o rece7er nen u+a falsidade

    % Desist9ncia final, distin5!o entre a/ir e con ecer e +oral proEisJria, K11 & Discurso do método, III

    2. +egunda meditação

    1. re)e s(ntese d Eida iper7Jlica, Co/ito, renoEa5!o do con eci+ento de si &ani+al racional, corpo,al+a, res cogitans ,res cogitans , claridade e distin5!o &aEalia5!o das faculdades e o peda5o de cera

    2. Pro!lemas terminológicos. Mens &lati+ " Esprit &franc9s " me &franc9s " !nima &lati+ ConE9+salientar =ue Descartes opta eGplicita+ente pelo ter+o mens para referir a res cogitans nas Meditaç"es ,Eisando, assi+, eEitar a car/a escol stica contida no ter+o al+a

    3. -ormulaç es do Cogito

    3.1 Discours de la m/thode 1 3 , Paris* + ecimina hiloso hiae, seu Dissertatio de methodo1 "", Amsterdam*, Ca . I

    4e ense, donc 5e suis 6go cogito, ergo sum , 4ro7le+as relatiEos eEentual estrutura silo/ísticado co/ito cartesiano Necessidade de afir+ar o cogito co+o u+a Eerdade eEidente e i+ediata, ou se a,co+o u+a intuição e n!o co+o u+a dedu5!o lJ/ica

    3.2 #editationes de rima hiloso hia 1 "1, Paris* #/ditations m/ta h7siques 1 " , Paris*

    Adeo ut, o+ni7us satis super=ue pensitatis, deni=ue statuendu+ sit oc pronuntiatu+ ego sum# egoe$isto, =uoties a +e profertur, Eel +ente concipitur, necessario esse Eeru+ De sorte =u@apr s ) aEoir

    7ien pens , et aEoir soi/neuse+ent eGa+in toutes c oses, enfin il faut conclure, et tenir pour constant=ue cette proposition %e suis# j&e$iste, est n cessaire+ent Eraie, toutes les fois =ue e la prononce, ou=ue e la con-5ois en +on esprit “De sorte que, depois de ponderar e examinar cuidadosamentetodas as coisas, é preciso estabelecer, finalmente, que este enunciado, eu, eu sou, eu existo é necessariamente verdadeiro, todas as vezes que é por mim proferido ou concebido na mente” &Castil o, K #, p #% e a-se a desapari5!o da partícula lJ/ica ergo &donc# portanto e a insist9ncia nocar ter intuitiEo do enunciado do co/ito

    3.3 Di'erença 'undamental entre o momento da intuição do cogito e pense, !e suis * e adeterminação da nature8a da su!st9ncia ensante res cogitans *:

    &K% ONa Eerdade, ainda n!o entendo satisfatoria+ente =ue+ sou, esse eu =ue a/ora sounecessaria+ente P &K6 An lise da defini5!o aristot lica de ani+al racional e da possi7ilidade dedefinir o eu co+o corpo &KB “'ra# eu# quem sou(” “!gora# não admito nada que não sejanecessariamente verdadeiro) sou# portanto# precisamente# s* coisa pensante# isto é# mente ou +nimo ouintelecto ou razão &+ens, siEe ani+us, siEe intellectus, siEe ratio Q un esprit, un entende+ent ou uneraison ,# vocá-ulos cuja significação eu antes ignorava. /ou# porém# uma coisa verdadeira everdadeiramente e$istente. Mas qual coisa( %á disse) coisa pensante” &K' “Mas# que sou# então(0oisa pensante. 1ue é isto( ! sa-er# coisa que duvida# que entende# que afirma# que nega# que quer#que não quer# que imagina tam-ém e que sente”

    ". $ %&1;* A)aliação do estatuto das 'aculdades sentidos, imaginação, intelecto, 5u(8o*. alientar co+e5o da ideia de apercep5!o

    &K 18 O*is-+e, afinal, natural+ente de Eolta aonde =ueria, pois, co+o a/ora sei =ue os prJprios corpos

    s!o perce7idos n!o propria+ente pelos sentidos ou pela faculdade de i+a/inar, +as, elo intelectosomente , e n!o s!o perce7idos por sere+ tocados ou Eistos, mas unicamente orque entendidos ,con e5o de +odo +anifesto =ue nada pode ser por +i+ perce7ido +ais facil+ente e +aiseEidente+ente do =ue +in a +enteP

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    % Leitura de tr9s passa/ens funda+entais 0ogito 2 3es cogitans " 4eda5o de cera

    O$". Mas, de onde sei =ue n!o al/o diEerso de todas as coisas cu o censo aca7o de faHer e arespeito de =ue n!o aEeria a +ais +íni+a ocasi!o de duEidarR N!o al/u+ Deus, =ual=uer =ue se ao no+e co+ =ue o c a+e, =ue ten a posto e+ +i+ esses +es+os pensa+entosR 4or =ue, naEerdade, sup3-lo, =uando talEeH eu +es+o possa ser o seu autorR N!o sou, portanto, eu pelo +enos,al/oR Mas +e ne/uei a posse de todos os sentidos e de todo corpo (esito, entretanto, pois, =ueresulta dissoR Acaso estou atado ao corpo e aos sentidos =ue, se+ eles, n!o posso serR Mas +epersuadi de =ue n!o no +undo total+ente nada, nen u+ c u, nen u+a terra, nen u+a +ente enen u+ corpo 4ortanto, n!o +e persuadi de =ue eu, ta+7 +, n!o eraR Ao contr rio, eu certa+enteera, se +e persuadi de al/o ou se so+ente pensei al/oMas u+ en/anador, n!o sei =ue+, su+a+ente poderoso, su+a+ente astucioso =ue, por ind stria,se+pre +e en/ana N!o d Eida, portanto, de =ue eu, eu sou, ta+7 +, se +e en/ana nunca poderfaHer, por +, =ue eu nada se a, en=uanto eu pensar =ue sou al/o De sorte =ue, depois de ponderar eeGa+inar cuidadosa+ente todas as coisas, preciso esta7elecer, final+ente, =ue este enunciado eu,eu sou, eu, eu eGisto S*/o su+, e/o eGistoT necessaria+ente Eerdadeiro, todas as EeHes =ue por +i+ proferido ou conce7ido na +enteP

    O$ ?ra, eu, =ue+ souR a/ora =ue supon o aEer u+ en/anador poderosíssi+o e, se per+itido diHer +ali/no, =ue de propJsito e+pen ou-se, o =uanto p3de, e+ +e en/anar e+ todas as coisasR 4osso,acaso, afir+ar =ue possuo +ini+a+ente todas as coisas =ue pouco disse pertencer natureHa docorpoR4resto aten5!o, penso, repenso e nada ocorre, canso-+e de repetir e+ E!o as +es+as coisasNa Eerdade, =uais delas eu atri7uía al+aR e a+os se al/u+as est!o e+ +i+ ali+entar-+e e andarRCo+o n!o ten o corpo, n!o s!o +ais =ue fic5 es entirR ?ra, isto ta+7 + n!o ocorre se+ corpoe +uitas coisas pareceu-+e sentir e+ son o de =ue+, e+ se/uida, +e dei conta =ue n!o sentira4ensarR *ncontrei o pensa+ento e so+ente ele n!o pode ser separado de +i+*u, eu sou, eu eGisto Isto certo Mas, por =uanto te+poR ?ra, en=uanto penso, pois talEeH pudesseocorrer ta+7 + =ue, se eu n!o tiEesse nen u+ pensa+ento, deiGasse total+ente de ser A/ora, n!o

    ad+ito nada =ue n!o se a necessaria+ente Eerdadeiro sou, portanto, precisa+ente sJ coisa pensante,isto , +ente ou ni+o ou intelecto ou raH!o, Eoc 7ulos cu a si/nifica5!o eu antes i/noraEa ou,por +, u+a coisa Eerdadeira e Eerdadeira+ente eGistente Mas, =ual coisaR V disse coisa pensante*, =ue +aisR Usarei +in a i+a/ina5!o para Eer se n!o sou al/o +ais N!o sou a co+pa/ina5!o destes+e+7ros, c a+ada de corpo u+anoW n!o sou ta+7 + u+ ar sutil, infuso nestes +e+7rosW n!o souu+ Eento, ne+ u+ fo/o, ne+ u+ Eapor, ne+ u+ sopro, ne+ al/o =ue eu possa for+ar e+ fic5!o, poissupus =ue tais coisas nada era+ 4er+anece, por +, a afir+a5!o eu +es+o sou, no entanto, al/o P

    $11 Considere+os, pois, as coisas cu a co+preens!o se cr9 Eul/ar+ente se a de todas a +ais distinta,a sa7er, os corpos =ue toca+os, =ue Ee+os, +as n!o por certo os corpos na=uilo =ue t9+ de co+u+,pois essas percep5 es /en ricas costu+a+ ser confusas e, si+, u+ corpo e+ particular

    ;o+e+os, por eGe+plo, esta cera Foi retirada faH pouco dos faEos, ainda n!o perdeu todo o sa7or do+el, ret + u+ pouco do aro+a das flores de onde a recol era+, sua cor, fi/ura, ta+an o s!o+anifestosW dura, fria, f cil toc -la e, /olpeada co+ os dedos, produH u+ certo so+W est nelapresente tudo o =ue parece eGi/ido para =ue o con eci+ento de u+ corpo se a distinto$12 Mas eis =ue, en=uanto falo, ela leEada para perto do fo/o o =ue restaEa de sa7er se desEanece,o aro+a se dissipa, a cor +uda, desfaH-se a fi/ura, o ta+an o au+enta, torna-se li=uida, fica =uante,pode apenas ser tocada e, se a /olpeio, n!o produH nen u+ so+ A +es+a cera ainda re+anesceRDeEe-se confessar =ue re+anesce, nin/u + o ne/a, nin/u + pensa de outra +aneira

    ue aEia nela, portanto, =ue era co+preendido t!o distinta+enteR Nada, por certo, do =ue eu atin/iapelos sentidos, pois tudo o =ue caía so7 o /osto ou o olfato ou a Eista ou o tato ou ouEido se+odificou e a cera re+anesce

    ;al EeH fosse a=uilo e+ =ue estou pensando a/ora, isto , =ue a cera, ela +es+a, n!o era, decerto, ado5ura do +el, ne+ a fra/r ncia das flores, ne+ a alEura, ne+ a fi/ura, ne+ o so+, +as u+ corpo =ue

    pouco se +e deparaEa so7 a=ueles +odos e, a/ora, so7 outros, diEersos dos pri+eiros * =ue precisa+ente o =ue i+a/ino, =uando a conce7o dessa +aneiraR 4reste+os aten5!o e, re+oEendo

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    todas as coisas =ue n!o pertence+ cera, Ee a+os o =ue resta nada al +, co+ efeito, do =ue al/oeGtenso, fleGíEel e +ud Eel ue , e+ Eerdade, esse al/o fleGíEel, +ud EelR N!o ser o =ue i+a/ino,isto , =ue essa cera pode conEerter-se de fi/ura redonda e+ fi/ura =uadrada e, desta, e+ trian/ularRDe +odo al/u+, pois co+preendo =ue ela capaH de in +eras +odifica5 es dessa orde+, as =uaisn!o posso, todaEia percorrer i+a/inando Lo/o, essa co+preens!o n!o pode ser alcan5ada pelafaculdade de i+a/inar$13 ue o eGtensoR Acaso sua prJpria eGtens!o n!o nos ta+7 + descon ecidaR 4ois, na cera =uese li=uefaH, ela fica +aior, +aior ainda, se a cera ferEe, e ainda +aior se o calor au+enta * +eu uíHodo =ue a cera n!o seria reto se n!o a pensasse suscetíEel de ad+itir +ais Eariedades, se/undo, aeGtens!o, do =ue a+ais a7arcaria pela i+a/ina5!o:esta, portanto, =ue eu conceda n!o poder se=uer i+a/inar o =ue esta cera o =ue sJ a +enteperce7e :efiro-+e a esta cera e+ particular, pois, e+ rela5!o cera, no =ue te+ de co+u+, isto ainda +ais claro Mas, =ue e+ Eerdade essa cera =ue a +ente sJ pode perce7erR e/ura+ente, a+es+a =ue Ee o, toco, i+a/ino, a +es+a enfi+, =ue desde o início, eu ul/aEa =ue ela fosse ?ra, o=ue se deEe notar =ue sua percep5!o ou a a5!o pela =ual perce7ida n!o u+a ato de Er, de tocar,de i+a/inar, e nunca o foi e+7ora antes o parecesse, +as u+a inspe5!o sJ da +ente, =ue pode ser i+perfeita e confusa, co+o antes era, ou clara e distinta, co+o a/ora, se/undo presto +enos ou +aisaten5!o s coisas de =ue se co+p e P

    3. "uaestiones Disputatae #

    1. Por que, se Descartes era matem Corres onde a licar o conceito a Descartes> a7e-se=ue o conceito rece7e u+ trata+ento siste+ tico a partir de Lei7niH e /an a u+ lu/ar funda+ental na

    1 ec5!o dedicada a responder as =uest es =ue, durante a aula, fora+ o7 eto de d Eida, esita5!o, de7ate ou =uesi+ples+ente precisara+ de +aiores esclareci+entos ? no+e e+ lati+ faH refer9ncia ao ter+o a7itual+ente utiliHado pelaescol stica para intitular as refleG es so7re =uest es pol9+icas A utiliHa5!o desta no+enclatura, no +7ito cartesiano, te+certa+ente u+ sentido ir3nico considerando sua re ei5!o da filosofia +edieEal

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    filosofia +oderna /ra5as a7orda/e+ Xantiana No entanto, o ter+o criado pelo prJprio Descartespara referir os processos de percep5!o interna =ue caracteriHa+ a consci9ncia Nas Meditaç"esmetaf4sicas, II resulta eEidente =ue Descartes considera u+a sorte de consci9ncia refleGa dopensa+ento a respeito de seus prJprios processos de percep5!o Aperce7er-se de =ue se estperce7endo, ou ler co+ a eEid9ncia da luH intelectual as opera5 es da i+a/ina5!o e da sensa5!o, eis odo+ínio conceitual do ter+o =ue descreEe+os ?ra, cu+pre le+7rar =ue o ter+o introduHido por Descartes e+ 16#', na o7ra 5raité des passions de l&+me, =uando distin/ue entre as percep5 esdiri/idas prJpria al+a e as percep5 es dos corpos eGteriores As percep5 es do =ue acontece naal+a te+ por o7 eto Eontades, i+a/ens e pensa+entos Constitui, por isso, n!o apenas u+a percep5!o,sen!o u+a apercep5!o ?ecomenda&se a leitura de D6+CA?E6+. Eratado das ai= es da alma,art. 1% H @6I FIO, # nadologia, $ 1".