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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E LOGÍSTICA ESTUDO DE MATERIAIS - INTRODUÇÃO O Estudo de Materiais visa estabelecer a padronização, identificação, a codificação, o cadastramento e a catalogação de todos os materiais da empresa, atuando, portanto, como uma função meio destinada ao apoio das demais atividades de suprimento. 1. PADRONIZAÇÃO A Padronização tem por finalidade eliminar variedades desnecessárias de itens em estoque, excluindo desta forma os desperdícios e as sobras. "A padronização é conhecida pelos compradores como a melhor base para a eficiência das compras, pois tende a obter para todas as necessidades similares o artigo que a necessidade indica ser o melhor. Permite ao comprador adquirir em grandes quantidades, o que é possível somente quando o item deve ser adquirido para todas as unidades de serviço; facilita a permuta de artigos entre as mesmas, a manutenção de estoques pela eliminação de variedades desnecessárias e a concentração de atenção, fazendo, portanto, que os itens de estoques estejam prontos para uso; evita a necessidade de compras de emergência, eliminando desperdícios e sobras, e reduz automaticamente o número de itens a ser adquirido." A. G. THOMAZ Uma especificação perfeita de cada material pode dar origem a uma boa padronização. Não existindo padrão a ser visto, examinado, estudado e confrontado, há naturalmente discussões estéreis entre compradores, vendedores e requisitantes dos itens, além dos problemas decorrentes de compra e/ou material diferente do exigido. No Brasil já começamos a avaliar as vantagens da organização de padrões: as obrigatórias especificações para leilões nos setores públicos (pregões), são uma amostra do absoluto sucesso de como pode-se obter economia com diversos materiais de uso genérico nas repartições públicas. Ex. http://www.centraldecompras.ms.gov.br/termos.asp https://ww1.centraldecompras.ms.gov.br/appls/central/editais.nsf http://www.plannernet.com.br/bbrasil.asp (padronização de etiquetas com CB) Em qualquer organização, quer seja ela industrial, comercial ou prestadora de serviço, o desperdício de papel é sempre notável. Quem pertence ao setor administrativo de empresas públicas ou privadas não ignora a variedade imensa de tipos de papéis utilizados, variedade não somente com referência a qualidade dos papéis, mas também quanto à diversificação de tipos.

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Apostila - Estudo de Materiais

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ESTUDO DE MATERIAIS - INTRODUÇÃO

O Estudo de Materiais visa estabelecer a padronização, identificação, a codificação, o cadastramento e a catalogação de todos os materiais da empresa, atuando, portanto, como uma função meio destinada ao apoio das demais atividades de suprimento.

1. PADRONIZAÇÃO

A Padronização tem por finalidade eliminar variedades desnecessárias de itens em estoque, excluindo desta forma os desperdícios e as sobras.

"A padronização é conhecida pelos compradores como a melhor base para a eficiência das compras, pois tende a obter para todas as necessidades similares o artigo que a necessidade indica ser o melhor. Permite ao comprador adquirir em grandes quantidades, o que é possível somente quando o item deve ser adquirido para todas as unidades de serviço; facilita a permuta de artigos entre as mesmas, a manutenção de estoques pela eliminação de variedades desnecessárias e a concentração de atenção, fazendo, portanto, que os itens de estoques estejam prontos para uso; evita a necessidade de compras de emergência, eliminando desperdícios e sobras, e reduz automaticamente o número de itens a ser adquirido." A. G. THOMAZ Uma especificação perfeita de cada material pode dar origem a uma boa padronização. Não existindo padrão a ser visto, examinado, estudado e confrontado, há naturalmente discussões estéreis entre compradores, vendedores e requisitantes dos itens, além dos problemas decorrentes de compra e/ou material diferente do exigido. No Brasil já começamos a avaliar as vantagens da organização de padrões: as obrigatórias especificações para leilões nos setores públicos (pregões), são uma amostra do absoluto sucesso de como pode-se obter economia com diversos materiais de uso genérico nas repartições públicas. Ex. http://www.centraldecompras.ms.gov.br/termos.asphttps://ww1.centraldecompras.ms.gov.br/appls/central/editais.nsfhttp://www.plannernet.com.br/bbrasil.asp (padronização de etiquetas com CB)

Em qualquer organização, quer seja ela industrial, comercial ou prestadora de serviço, o desperdício de papel é sempre notável. Quem pertence ao setor administrativo de empresas públicas ou privadas não ignora a variedade imensa de tipos de papéis utilizados, variedade não somente com referência a qualidade dos papéis, mas também quanto à diversificação de tipos. Das centenas de tipos de papéis existentes, poder-se-ia condensar em 15 ou 20 padrões, o que levaria a uma grande economia. Ex.: qual a função dos envelopes? Por certo é dar abrigo provisório aos documentos, que poderão ser sigilosos ou não. Na maioria das vezes são documentos de rotina encaminhados de um setor para outro. Nesse caso, os envelopes desempenham apenas o papel de envoltórios, nos quais tais documentos são transportados e protegidos contra o extravio e, na maioria das vezes, não são fechados e seguem normalmente abertos. Recebidos os documentos, os envelopes são jogados na cesta de papéis inúteis, sem se recordar do custo do mesmo. Portanto joga-se diariamente alguns milhares de reais. E isto é desperdício ou dinheiro jogado fora. Para eliminar o desperdício de envelopes que circulam internamente a organização foi desenvolvido o chamado envelope interdepartamental, formato 26x35, impresso frente e verso e em papel "Kraft" ou em plástico, e que pode ser usado dezenas de vezes.UFMS - EXPEDIENTE EXTERNODE DATA PARA LOCALIDADE VISTO

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Se com a padronização de um simples envelope pode-se auferir uma grande economia, o que acontecerá em uma grande organização com todos os seus materiais perfeitamente padronizados, eliminada a diversificação de tipos ?

Iniciando-se o trabalho de padronização por grupos simples (geralmente artigos de escritório), e adquirindo a necessária prática, chega-se aos grupos mais complexos, e desta forma a padronização geral, onde cada tipo de cada grupo estará perfeitamente caracterizado, possuindo as suas próprias especificações e tornando-se, por tais motivos, inconfundível.

VANTAGENS DA PADRONIZAÇÃO: Simplificação dos trabalhos de conferência, inspeção, fiscalização, contabilidade e outros. Também, ocorre uma redução no número de compras e nas compras emergenciais. Um item perfeitamente padronizado tem pouca probabilidade de se tornar obsoleto; um estoque não mais necessário a um departamento poderá ser transferido para outro.

2. IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL

A identificação é o primeiro passo e o mais importante para a classificação do material. Consiste na análise e no registro dos principais dados individualizadores que caracterizam e individualizam um item em relação ao universo de outros materiais existentes na empresa.

Os elementos básicos necessários à especificação e, consequentemente, à individualização de um item, compreendem basicamente as seguintes informações, sem, entretanto, a estas se limitar:- medidas - voltagem, amperagem, etc.- tipo de acabamento - material empregado na fabricação- normas técnicas - especificação da embalagem- forma de acondicionamento - número e/ou nome do catálogo ou lista de peças- cor - nome do fabricante- referências comerciais, compreendendo o n.º da peça, o n° ou nome do modelo- aplicação do material (identificação do equipamento ou da unidade de aplicação).

A obtenção destes dados é feita através de consultas a catálogos ou listas de peças dos fabricantes e as normas técnicas ou, até mesmo, pela visualização do material.

2.1. MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL

2.1.1. MÉTODO DESCRITIVO (1º Método)

A identificação é feita pela descrição detalhada do material, onde procura-se apresentar todas as particularidades ou características físicas que o individualizam, independentemente da referência do fabricante.

Este método é utilizado para especificar os materiais que, para sua identificação, necessitam ou de particularizações descritivas ou não apresentam referências comerciais que, de modo geral, por si só, caracterizam e individualizam determinados tipos de material. Exemplo: Especificação de dois tipos de lápis para escritório:

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ESPECIFICAÇÃO LÁPIS 1 LÁPIS 2Referência comercial 1205 1205Mina Grafita GrafitaGraduação 7 2Revestimento Madeira MadeiraFormato Cilíndrico CilíndricoDiâmetro 8 mm 8 mmComprimento 175 mm 175 mmCor Preta Preta

Se fossemos especificar qualquer dos lápis apenas associando-o à sua nomenclatura (LÁPIS, ESCRITÓRIO) e o número referencial, não estaríamos identificando nem o 1 nem o 2, porque o primeiro apresenta graduação 7 e o segundo, graduação 2, o que os torna diferentes.

Na aplicação do método, deve-se evitar, tanto quanto possível, certa tendência para o exagero de pormenores descritivos, que só contribuem para tornar mais volumoso e cansativo um catalogo de material. Se a omissão de certos dados de especificação em nada prejudica a identificação de qualquer item similar a outro, poderão então ser omitidos. Ex.:- LAPIS, ESCRITÓRIO - ref. 1205; preto, graduação 2.- LAPIS, ESCRITÓRIO - ref. 1205; preto, graduação 3.

Dentro deste raciocínio pode-se dizer que as características idênticas entre dois ou mais itens podem, conforme o critério, ser omitidas na descrição, sem prejuízo de sua identificação.

O Método Descritivo visa atribuir uma nomenclatura padronizada em toda a empresa, segundo regras específicas, que se constituem em orientação segura na determinação da descrição do material, devendo ser evitado o uso de gírias, expressões regionais, termos de sentido não técnico ou empregados em língua estrangeira.

A composição da nomenclatura padronizada é feita através da associação das seguintes partes:

- NOME BÁSICO: É a denominação mais simples ou primária do material e que se constitui no ponto de partida para a identificação.

- NOME MODIFICADOR: É a denominação complementar do nome básico e destina-se a estabelecer a individualização de cada um dos itens portadores do mesmo nome básico.

NOMES BÁSICOS NOMES MODIFICADORES

Arruela PressãoArruela Côncavaarruela Lisa

Papel Almaço Papel CorrespondênciaPapel Embalagem

Bobina IgniçãoBobina Indução

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Na determinação dos nomes modificadores não existem regras fixas, podendo entretanto, ser estabelecidos em função do (a):

- FORMATO DO MATERIAL: Arruela, Côncava;- TIPO DO MATERIAL: Lâmpada, Fluorescente;- APRESENTAÇÃO DO MATERIAL: Sabão, Barra;- COMPOSIÇÃO DO MATERIAL: Água, Mineral.

Observa-se nos exemplos apresentados que o nome básico aparece sempre separado do nome modificador por uma virgula. A fim de possibilitar e facilitar a ordenação alfabética dos materiais, suprime-se as preposições, substituindo-as por vírgulas. Ainda, como forma de apresentação e visualização, o nome padronizado é grafado, geralmente, sempre em letras maiúsculas, destacando-se dos demais dados descritivos que são grafados em minúsculas.

2.1.1.1. Características Físicas:

São os dados relativos a composição, dimensão, tolerância, capacitância, etc. de um item. Constitui-se em complemento do nome padronizado e formando, justamente com este, a descrição detalhada do material. Normalmente estes elementos especificativos são objeto de normas técnicas/e ou presentes nos manuais ou catálogos dos fabricantes.

As características físicas diferenciam e individualizam os materiais portadores do mesmo nome padronizado, da mesma forma que o nome modificador distingue os itens que possuem o mesmo nome básico.

- LÂMPADA, FLUORESCENTE - 220 volts, 20 watts - TUBO, ESGOTO - chumbo 4" (características) (características)- LÂMPADA, FLUORESCENTE - 220 volts, 40 watts - TUBO, ESGOTO - chumbo 6" (idem) (idem)

2.1.1.2. Identificação Auxiliar

A identificação auxiliar, como parte constitutiva e complementar de uma descrição ou nomenclatura padronizada, aparece como informação opcional. Ela é assim composta:

- APLICAÇÃO: E a informação que indica a que conjunto maior pertence o item;

- EMBALAGEM: E a informação que indica o tipo de apresentação do invólucro do item. Em muitos casos, a embalagem é fator determinante de diferenciação de materiais que possuem os mesmos nomes padronizados e as mesmas características físicas, mas apresentam invólucros, ou unidades de fornecimento diferentes. Assim, por exemplo, o item "polidor de metais", marca Kaol, líquido, apresenta os seguintes tipos de embalagens: lata de 125 cm3, 500 cm3 e 1000 cm3. Cada uma destas unidades diferentes de fornecimento caracteriza itens diferentes que, quando de sua codificação, levarão número de estoques distintos.

Não se trata de exagero técnico: uma lata de 125 cm3 de Kaol tem consumo e preço diferentes, bem como estatística distinta, por exemplo, do polidor adquirido e fornecido em lata de 500 cm3. Da mesma forma e pelas mesmas razões, a cor estabelece a mesma distinção. Ex.:

REF. MODELO TINTA

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5130 Cristal corpo transparente azul-vermelha-preta-verde 5130 Laranja escrita fina azul-vermelha-preta-verde576 Escritório pretaM-4 Bic Bolso azul-vermelha-verdeM-19 Bic Clic azul576/L Carga para Escritório-576 preta576/C Carga para Bic Bolso azul-vermelha-verde1544 Carga para Bic Clic azul-vermelha-verde

Pode-se observar, a titulo de complementação do exemplo do lápis, que os produtos da Bic apresentam a mesma referência comercial para itens diferentes, individualizados pela cor em que são fabricadas as tintas.

2.1.1.3. Referência Comercial:

Corresponde ao número ou ao nome do material atribuído pelo fabricante, podendo também referir-se ao tipo e/ou modelo do item.

2.1.2. MÉTODO REFERENCIAL (2º MÉTODO):

Esta forma de especificar um material atribui uma descrição ou uma nomenclatura mais simplificada a cada item, apoiada basicamente na própria referência do fabricante.

Ela é usada em situações em que são desnecessários maiores detalhamentos para a identificação, aquisição e controle do material, sendo suficiente a referência do fabricante para a sua caracterização e individualização. Este código referenciado como part number é, na realidade, o próprio número de estoque do fabricante, com base no qual os pedidos são feitos.

Para obter-se, portanto, uma identificação referencial basta associar-se ao nome básico do material o código a ele atribuído por seu fabricante. Alguns sistemas mantém o nome básico do material na sua grafia original e outros traduzem para o português. Exemplo:

Part number Description1614 0257 Piston... (pistao) 663 9776 O-ring... (anel) (No catálogo do fabricante segue desenho ou fotografia da peça)

A importância de uma boa identificação, através de qualquer dos métodos apresentados, contribui de forma significativa para a movimentação de material, seu controle, compra e obtenção pelo usuário.

Por outro lado, a identificação mal feita, devido à especificação incorreta ou incompleta, possibilita a ocorrência de: duplicidade de números de estoque, divergências de saldos físicos, sobrecarga nas áreas de estocagem, controles duplos, estatísticas de consumo falhas e aumento de trabalho.

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3. CODIFICAÇÃO DE MATERIAL

3.1. INTRODUÇÃO3.1.1. Conceituação

É a representação por meio de um conjunto de símbolos alfanuméricos ou simplesmente números que traduzem as características dos materiais, de maneira racional, metódica e clara, para se transformar em linguagem universal de materiais na empresa.

Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres. Portanto, depois de realizada a identificação do material, o passo subseqüente consiste na atribuição de um código representativo dos elementos identificadores do item e que simboliza a identidade do material.

A atribuição do código visa simplificar as operações na empresa, uma vez que todo um conjunto de dados descritivos e individualizadores do material é substituído por um único símbolo representativo. O código torna-se tanto mais necessário quanto maior for o universo e a diversificação dos itens existentes transacionados na empresa. O registro e o controle principalmente das transações do material, com base apenas na nomenclatura do item, tornam-se impraticáveis e perigosos.

Independentemente deste aspecto, com o incremento do processamento de dados, tornou-se obrigatória a introdução de códigos que viabilizam com eficiência a entrada e registro de dados em sistemas próprios.

3.1.2. OBJETIVO

a) Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras;b) Evitar a duplicidade de itens no estoque;c) Permitir as atividades de gestão de estoques e compras;d) Facilitar a padronização de materiais;e) Facilitar o controle contábil dos estoques.

3.1.3. PLANO DE CODIFICAÇÃO:

a) Grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99;b) Classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando de 01 a 99;c) Número identificador: é um individualizador do material, é feito a partir de 001 a 999;d) Digito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a criação de um dígito de

controle para assegurar a confiabilidade de identificação do programa.

3.1.4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE CODIFICAÇÃO:

a) Expansivo: deve possuir espaço para novos itens;b) Preciso: um código para cada material;c) Conciso: número mínimo de dígitos;d) Conveniente: ser facilmente compreendido;e) Simples: de fácil utilização;

3.2. Tipos de codificação

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3.2.1. Sistema Alfabético: esta codificação tem por constituição somente letras. Sua característica principal é a fixação através de processo mnemônico mediante a associação e combinação de letras com as características do material. Exemplo:P - PregosP/AA - Pregos 14 x 18 - 1 1/2" x 14P/AB - Pregos 16 x 24 - 2 1/4" x 12P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4" x 8

3.2.2. Sistema Alfanumérico ou Misto: Consiste na associação de letras e números para representar um material. Embora este sistema apresente elevada freqüência de emprego, dificilmente é encontrada em empresa que tem um número elevado de itens estocados.P - Pregos.P/690 - Pregos 12 x 12 P/691 - Pregos 13 x 15P/692 - Pregos 13 x 18

3.2.3. Sistema Numérico (ou decimal): é o de uso mais generalizado, em boa parte das empresas, tendo em vista a sua forma simples e a sua maior assimilação, bem como a facilidade e flexibilidade que oferece na ordenação seqüencial dos diversos itens e na adoção do processamento de dados. Exemplo:

XX XXX XXXXX --- ---- ---------

AGLUTINANTE

INDIVIDUALIZADORA

DESCRITIVA

Exemplo1ª chave 2ª chave 3ª chave

00 – Ferragens 00 – Pregos 000 – tam. 10x10001 – tam. 13x15002 – tam. 14x15

01 – Parafusos 000 – cab.red. 1/4x1/8 001 – cab.red 1/4x3/16

CHAVE AGLUTINANTE: grupo que designa o agrupamento de materiais, também chamado de Chave dos Grandes Grupos. Pode-se dividir, em diferentes formas. Ex.Grupos (em uma indústria) Grupos (em um supermercado):00 - Material de Escritório01 - Matéria-prima02 - Óleos, Combustíveis e Lubrificantes03 - Material de Limpeza e similares04 - Motores05 - Madeiras06 - Metais

00 - Material de Limpeza e Higiene01 - Perfumaria02 - Produtos Matinais03 - Utilidades Domesticas04 - Derivados de Tomates e Molhos05 - Condimentos

06 - Inseticidas07 - Conservas08 - Bebidas09 - Massas10 - Velas11 - Cereais12 - Outros

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CHAVE INDIVIDUALIZADORA: Identifica cada material que constam do primeiro grupo (aglutinante). Indústria: Supermercado:00 - Material de Escritório: 000 - Apagadores 001 - Borrachas 002 - Canetas 003 - Envelopes

00 - Material de limpeza 000 - Amaciantes 001 - Detergentes

CHAVE DESCRITIVA: descreve ou individualiza os materiais pertencentes ao 2º grupo (individualizador)Em uma indústria Em um Supermercado002 - Canetas00000 - Caneta esferográfica, escrita fina, cor preta, Bic.

00001 - Caneta esferográfica, escrita fina, cor vermelha, Bic.

001 - Detergentes 00000 - Detergente Minerva Maçã, 500 ml 00004 - Detergente Minerva Maçã, 750 ml 00008 - Detergente Minerva Limão, 500 ml 00012 - Detergente Minerva Limão, 750 ml 00028 - Detergente Limpol, Limão, 500 ml 00032 - Detergente Limpol, Limão, 750 ml

3.2.3.1. Aplicação do Método: FSC - Federal Supply Classification

00 00 0000000

Código de Grupo

Código de Classe

Número de Identificação

FSN

7520 – 123 – 4567

Sendo:

7520 Código de Classe.1234567 Número de Identificação.7520-123-4567 FSN.

4. CADASTRAMENTO DE MATERIAL

Após a identificação, seja pelo método descritivo,seja pelo método referencial, e, em seguida à atribuição do código, o material é cadastrado. Ele visa o registro (em sistema) dos dados identificadores do material e do código por que será conhecido o item na empresa, além evidentemente de outras informações referentes ao material, como a unidade de fornecimento, por exemplo.

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É o passo necessário à emissão das listagens de material, e que serve de base para a confecção e distribuição de catálogos para consulta e referências dos órgãos envolvidos, direta ou indiretamente, com o Sistema de Material da empresa.

A forma pela qual se processa o cadastramento (inclusões) é feita através de preenchimento e emissão de formulários próprios de entrada em computador, para processamento das informações e dos dados dos materiais. De posse deste formulário, o CPD ou setor responsável digita alimenta o sistema.

As alterações de cadastro constituem-se basicamente em:

a) inclusões e exclusões de dados descritivos do material (alteração de nomenclatura);b) mudança da classe do material ou, conforme a estrutura de codificação, do número de estoque por inteiro;c) retificação da referência do fabricante.

A exclusão verifica-se basicamente nos casos em que:

a)o mesmo item foi cadastrado mais de uma vez, sob códigos diferentes. Geralmente, este fato ocorre em decorrência de identificação incompleta ou incorreta;

b) dois ou mais itens, de fabricantes diferentes, cadastrados sob códigos diferentes, apresentam caracterís-ticas de permutabilidade, isto é, podem ser aplicados indistintamente, no mesmo equipamento, sem prejuízo de seu funcionamento. É o caso, principalmente, dos materiais sujeitos, em sua fabricação, a normas técnicas oficiais. Alguns sistemas de classificação, porém, preferem mantê-los como itens diferentes;

c) ocorrem alienações de materiais, sem mais serventia, para a empresa, seja porque os equipamentos em que eram utilizados foram desativados por obsolescência, seja devido ao desinteresse por parte da empresa em mantê-los em estoque, por qualquer motivo;

d) em decorrência de padronização de material, é reduzida a variedade de itens que apresentam a mesma característica de utilização;

e) em decorrência de cancelamentos de pedidos de compra de itens novos, já cadastrados, antes da efetivação da compra, por exigência da sistemática de codificação estabelecida.

Em quaisquer eventos, é emitido ao CPD, pelo órgão de classificação, para processamento e, conseqüentemente, para eliminação do item do cadastro, um formulário específico para este fim.

5. CATALOGAÇÃO DE MATERIAL

E a última fase do processo de Classificação de Material e consiste em ordenar, de forma lógica, todo um conjunto de dados relativos aos itens identificados, codificados e cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas da empresa.

O importante na catalogação é usar de simplicidade objetividade e concisão dos dados gerados, bem como ainda, permitir o fácil acesso e rapidez na pesquisa. Uma publicação que obriga a certa demora na consulta e localização do dado procurado estará deixando de cumprir seus objetivos que são, basicamente, os que seguem:

a) Fazer com que o usuário saiba com certeza o item que deseja requisitar, a fim de que não lhe seja fornecido um material diferente por não ter sido suficientemente claro no que especificou. A função do Almoxarifado e do órgão de compras não é advinhar o que o órgão ou usuário pretende;b) Facilitar aos órgãos de compra a obtenção correta do material;c) Evitar que itens já cadastrados sejam novamente incluídos no catalogo com outros códigos.d) Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais colocados nos documentos e formulários do Sistema de Material.

Uma listagem alfabética, organizada em ordem crescente por nome básico, já é suficiente para conhecer-se a nomenclatura oficial do material, o seu número de estoque e/ou referência do fabricante.

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Exemplo de Codificação - Estruturação

A BC DEFGH XDígito de ControleClasse ou Dígito DiferenciadorSub-GrupoGrupo

1º Grupo - 1º Dígito (A) - Representa o Grupo ao qual pertence o material, obedecendo a seguinte ordem1. Materiais de consumo (produção)2. Materiais de consumo (manutenção)3. Materiais de consumo (padronizado para todas as unidades)4. Materiais imobilizados9. Materiais de débito diretoOs dígitos faltantes são opções que poderão ser utilizadas por conveniência de implantação de novos grupos.

2º Grupo - 2º e 3º Dígitos ( B e C ) - Representam grupos pré-estabelecidos de materiais utilizados na fábrica

ou que pertença a um determinado equipamento. Exemplo:Item Sub-Grupo Exemplo:

Fusível Diazed 4 A - 2 . 25

Retentor Dicetti n.º 12768 - 2 . 40

Tubo n.º 710250 - 2 . 41

Correias V 02Rolamentos 03Manutenção Elétrica 25Retentores 40Bomba Flux 41Carregadeira Caterpillar 30

3. Dígitos Diferenciadores - 4º e 5º Dígitos - Representam um número pré-estabelecido que significa a

inicial do nome do material, conforme relação abaixo:01 - A 06 - F 11 - K 16 - P 21 - U 26 - Z Exemplo:

2.25.062.40.182.41.20

02 - B 07 - G 12 - L 17 - Q 22 - V03 - C 08 - H 13 - M 18 - R 23 - X04 - D 09 - I 14 - N 19 - S 24 - Y05 - E 10 - J 15 - O 20 - T 25 - W

4. Dígitos Diferenciadores - 6º a 8º Dígitos - Representam a numeração seqüencial de 000 a 999 em ordem crescente de materiais. Exemplo:Retentor Dicetti n.º 912743 - 2 . 40 . 18149Retentor Dicetti n.º 912744 - 2 . 40 . 18150Retentor Dicetti n.º 912745 - 2 . 40 . 18151

5. Dígito de Controle - É o dígito CHECK no código de material, sendo sempre usado na implantação, ou seja, na inclusão de um novo código. Metodologia:

A B C D E F G H = YH X 2 = H*G X 3 = G*F X 4 = F*E X 5 = E*D X 6 = D*C X 7 = C*B X 8 = B*A X 9 = A*

S*

10 x S* = X X / 11 onde o resto é o dígito de controle. Exemplo:Código 2.41.20.003 Calculando: (3x2 + 0x3 + 0x4 + 0x5 + 2x6 + 1x7 + 4x8 + 2x9) = 75

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S = 75 10 x 75 / 11 750 / 11 = 68, com resto = 02. Então: 241200003 - 2

Calcule para Retentor Dicetti n.º 912743 = 2.40.18.1496. CÓDIGO DE BARRAS

O aumento da complexidade dos negócios e do comércio gera a necessidade de codificação das mercadorias e materiais, para toda a cadeia de suprimentos, ou seja, a padronização de um código serve como um idioma global para os negócios. O sistema internacional é reconhecido como UCC/EAN. O padrão EAN é utilizado a nível comercial em todo o mundo, com exceção dos Estados Unidos que adotou o padrão UPC de codificação. EAN significa (Associação Internacional de Numeração de Artigos), que administra o sistema em mais de 89 países.

O código de barras é uma “ representação gráfica em barras claras e escuras das combinações binárias utilizadas pelo computador. Decodificadas por leitura óptica, informam os números arábicos ou letras, que constituem o código de barras, conforme a simbologia.” (EAM Brasil)

O sistema de codificação EAN contribui em variadas atividades dentre as quais se destacam: Recebimento, armazenagem e expedição; Movimentação de materiais; Transporte e tráfego; Gestão de materiais e mercadorias; Sistema de comunicação e informação; Processamento de pedidos; Inventário

Ele é composto de acordo com EAN Brasil da seguinte forma: Prefixo EAN.UCC de empresa (numeração licenciada pela Organização EAN estabelecida nos diferentes

países. A EAN BRASIL licencia prefixos de 7; 8 ou 9 dígitos, dependendo da grade de itens a ser codificada pelo detentor da marca dos produtos);

Em seguida há dígitos de referência de itens - estes devem ser atribuídos de forma seqüencial e crescente sem qualquer classificação. Cada item receberá uma referência diferente, conforme as variações de modelo, cor, tamanho, fragrância; peso; apresentação, etc.

Último dígito é o verificador; obtido através de cálculo algoritmo. Ex.: EAN/UCC-13 = 789888888 0011 - Pacote de Macarrão Tipo Espaguete no. 8 500gr Marca XYZ

Para efeito de cadastramento nos bancos de dados informatizados a numeração deverá conter 14 dígitos, sendo um zero à esquerda acrescido ao EAN/UCC-13, veja como fica no cadastro: 07898888880011. (EAN Brasil 2003 )

Como regra geral, as simbologias EAN/UCC devem respeitar as seguintes regras: Cálculo de dígito verificador; Dimensão das margens de silêncio dos símbolos; Contraste suficiente entre barras escuras e barras claras (fundo); Aplicação correta das cores de fundo e barras; Construção das barras (paridade do código de barras conforme regras da simbologia); Magnitude (tamanho) dos símbolos respeitando as características da aplicação e as recomendações da

EAN; Altura das barras - a redução na altura das barras prejudica a eficiência na leitura; Embalagens - Invólucro impedindo o acesso do feixe de luz do scanner (soldas da embalagem; tarjas;

etc); Código deteriorado (manchas; borrões; amassamento; etc.); Posição do símbolo inadequada (principalmente em embalagens cilíndricas).

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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E LOGÍSTICA

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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E LOGÍSTICA

LISTA PARA ESTUDO DE MATERIAIS E SUA CODIFICAÇÃOArroz Sabonete Louro PctKetchup Água Sanitária SorvetePacote de Bolo Bolacha Salgada –200g MaçãMostarda Bombril AmaciantePomarola Bolacha Salgada – 500 g CenouraPimenta Café Skinny PctChá Matte Leão – 200g Cera Papel Higiênico UndSopa (Maggi, Knoor) Criolina Leite Longa Vida PctMolho de Tomate Danone Queijo ProvoloneQueijo da Terra Detefon CebolaLeite Condensado Detergente Sabão em Pó (2ª) UndCreme de Leite Farinha Mandioca Refrigerante Light lataÁgua Oxigenada Farinha Rosca TomateAçúcar Cristal Filtro p/café PêraMacarrão Fósforo HamburguerSalsicha Frango Queijo da TerraBolacha Doce – 200g Frango-Coxa e Sobre Queijo RaladoBolacha Recheada – 200g

Frango-Peito Álcool

Bolacha Doce – 500 g Guardanapo Sabão em Barra PctMilho Leite de Rosa UvaÓleo Limpa móveis MargarinaPó Royal Lingüiça Calabresa AlhoPão de Forma Lingüiça Toscana VinagreCerveja Lata Miúdos - Coração BatataBolacha Recheada – 500 g

Muzzarela Pipoca Pct

Martini Nescau Pipoca p/Microondas PctQueijo Provolone Palito de Dente MelãoErvilha Pano de Chão Coca-Cola 2 lAzeitona Papel de Parede-Mão Cerveja LataPalmito Pasta de Dente LaranjaFeijão Presuntada Lâmpada UndHamburguer Presunto Batata DoceAçúcar Rodo Tempero Pronto PctAtum Saco de Lixo Frutilla 2 l Patê Sal Fanta, Sprite, 2 lShampoo Trigo Sabão em Pó (1ª) –1kg UndQueijo Ralado Vassoura Sabão em Pó (1ª) –500g UndSardinha Vela BeterrabaSalsicha Martini

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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E LOGÍSTICA

Coletar 3 marcas em três apresentações diferentes, se possível.

Item Ac Apresentação Item Ac ApresentaçãoAçúcar 1 Mostarda 17Água Oxigenada 1 Muzzarela 17Água Sanitária 1 Achocolatado 18Álcool 2 Óleo 18Amaciante 2 Pacote de Bolo 19Arroz 3 Palito de Dente 19Azeitona 2 Palmito 20Bolacha 4 Pano de Chão 20Bombril 3 Pão de Forma 21Café 5 Papel de Parede-Mão 21Cera 5 Papel Higiênico 20Cerveja Lata 4 Pasta de Dente 21Chá Matte 3 Patê 22Creme de Leite 4 Pimenta 22Criolina 5 Pipoca 23Danone 6 Fermento 23Detefon 6 Presuntada 24Detergente 7 Presunto 25Ervilha 8 Pilha 28Farinha Mandioca 6 Queijo 26Farinha Rosca 7 Refrigerante 24Feijão 7 Rodo 27Filtro p/café 8 Sabão em Barra 25Fósforo 8 Sabão em Pó 26Frango inteiro e pedaço 9 Sabonete 27Frutas 10 Saco de Lixo 28Guardanapo 9 Sal 28Hamburguer 10 Salsicha 29Ketchup 11 Shampoo 29Lâmpada 11 Skinny 30Legumes 12 Sopa (Maggi, Knoor) 30Leite Condensado 13 Sorvete 31Leite de Rosa 13 Tempero Pronto 31Leite 13 Trigo 32Limpa móveis 14 Vassoura 32Lingüiça 14 Vela 32Louro 15 Vinagre 30Macarrão 15Margarina 16Milho 16Molho de Tomate 17Molho de Tomate 17

Exemplo: Arroz / Marca: Tio João / Tipo: 1 / Pacote / 5kg / Unidade / R$ 11,98 Macarrão com ovos / Marca: Adria / Tipo: Espaguete / Pacote / 500 g / Unidade / R$ 2,39 Desodorante / Marca: Rexona / Tipo: Spray / Unidade / 90 g / R$ 3,98