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05/05/2011 80 XIX

05 Maio 2011

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05/05/201180XIX

HOJE EM DIA - p. 3 - 05.05.2011

HOJE EM DIA - p. 3 - 05.05.2011

HOJE EM DIA - p. 2 05.05.2011 MárcIO fAgunDEs

O tEMpO - p. 9 - 05.05.2011

O tEMpO - p.7 - 05.05.2011

EstADO DE MInAs - p. 28 - 05.05.2011

cOnt.... EstADO DE MInAs - p. 28 - 05.05.2011

HOJE EM DIA - p. 17 - MInAs - 05.05.2011

cOnt... HOJE EM DIA - p. 17 - MInAs - 05.05.2011

O glObO - p. 4 - 05.05.2011

Só 3% dos julgamentos feitospelo STF são de temas constitucionais

Peluso volta a defender emenda que restrinja recursos dirigidos à Corte

HOJE EM DIA - p. 4 - 05.05.2011

cOnt.... HOJE EM DIA - p. 4 - 05.05.2011

O Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) informou ontem que já havia notificado as au-toridades de São Paulo, em 2007, sobre a possibilidade de candidatos a motorista de Minas Gerais estarem comprando carteiras de habilitação na capital paulista. Os autores das fraudes seriam, principalmente, moradores de Divinópolis, na região Centro-Oeste.

A assessoria do órgão sugere que, a partir dessas infor-mações, o Detran paulista poderia ter coibido novas fraudes.

Anteontem, Ministério Público de São Paulo e a Polícia Ro-doviária Federal realizaram operação para coibir a emissão de documentos suspeitos no Estado de São Paulo e no Sul de Minas.

O Detran mineiro informou que não pode agir, já que os documentos foram tirados em São Paulo, a não ser que o motorista seja pego em uma blitz.

Estima-se que 30 mil CNHs foram emitidas de forma fraudulenta. (GS)

O tEMpO - p. 31 - 05.05.2011 cnH

Detran diz que alertou paulistas sobre fraudes

KARINA ALVES O caso Firv, em que Thales

Maioline aparece como réu, acu-sado de aplicar golpes no mercado de capitais que atingiram cerca de 2.000 pessoas em 14 municípios de Minas Gerai, foi declinado para a Justiça Federal. De acordo com in-formações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a decisão foi do juiz da 4ª Vara Criminal do Fó-

rum Lafayette, Milton Livio Lemos Sales.

Thales Maioline se passava por empresário e investidor e era pro-prietário da empresa Firv

Consultoria e Administração (Firv). A acusação alega que o cri-me deve ser julgado pela Justiça Fe-deral, tendo em vista os danos que podem ter sido causados ao Sistema Financeiro Nacional, em função dos

golpes. A estimativa é que o rombo aos investidores mineiros soma cer-ca de R$ 100 milhões.

Maioline, que está preso em Minas Gerais, e outros três envolvi-dos no caso foram denunciados pelo Ministério Público por estelionato, formação de quadrilha e uso docu-mento falso. Mais de 100 ações já foram distribuídas contra a Firv no TJMG.

O tEMpO - p. 9 - 05.05.2011 Estelionato

Caso Firv vai para a Justiça Federal

Daniel Camargos Ficará a cargo da Justiça Fe-

deral julgar os crimes cometidos no estado pelo investidor Tha-les Maioline, conhecido como Madoff mineiro por conta das acusações de ter aplicado golpe semelhante ao do megainvesti-dor americano Bernard Madoff. O juiz da 4ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em BH, Mil-ton Livio Lemos Sales, declinou ontem da competência para o caso por avaliar que há indícios de golpe contra o sistema finan-ceiro e, portanto, interesse da União e do Banco Central. Com a medida, uma decisão sobre o processo deve levar mais tempo para ser tomada.

Maioline e três sócios da Firv Consultoria e Administra-ção de Recursos Financeiros foram denunciados pelo Mi-nistério Público do estado em março por estelionato, formação de quadrilha e falsificação de documentos. O grupo é acusa-do de dar prejuízo de cerca de R$ 100 milhões a aproximada-mente 2 mil pessoas de 14 ci-dades mineiras (leia quadro ao

lado). Segundo as investigações, Maioline, que está preso desde que se entregou à polícia em de-zembro, montou uma pirâmide financeira. A tática era oferecer altos rendimentos fixos mensais e pagar os antigos investidores com o dinheiro de novos apli-cadores. O esquema funcionou até que Maioline começou a ter dificuldades em honrar compro-missos.

A denúncia contra Maio-line havia sido aceita pelo juiz da 4ª Vara Criminal do Fórum Lafayette em 24 de março. On-tem, ao decidir da competência para julgar o caso, o magistrado considerou que o prejuízo não se restringiu aos particulares, mas atingiu também o Sistema Financeiro Nacional, o que atrai a competência da Justiça Fede-ral. O juiz ainda reconsiderou as decisões que já havia proferido na ação. Entre elas, a que tornou sem efeito o desmembramento do processo de Thales em rela-ção aos outros três réus.

Súmula do STJ A decisão de remeter o processo à Justi-ça Federal foi tomada pelo juiz

depois de analisar argumentos da promotora titular da 4ª Vara Criminal, Juliana Pedrosa. Ela citou súmula do Superior Tri-bunal de Justiça (STJ) e a lei 7.492/86, que trata dos crimes contra o Sistema Financeiro Na-cional, segundo as quais ações nesses casos devem ser promo-vidas pelo Ministério Público Federal e julgadas pela Justiça Federal. “É evidente o interesse da União e do Banco Central em tutelar a saúde, a confiabilidade e o equilíbrio do Sistema Finan-ceiro Nacional”, argumentou a promotora no processo.

De acordo com o advoga-do de Maioline, Moisés Arcan-jo de Assis, será iniciada agora uma nova fase de apresentação de provas. O juiz federal que receber o processo decidirá se o aceita ou o devolve ao Fórum Lafayette. Os autos formam uma pilha de 36 volumes, com mais de 15 mil páginas. Além de Thales, são réus a irmã dele, Iany Márcia Maioline; o marido dela, Leandro Oliveira, e Oséas Marques Ventura, todos sócios da Firv.

EstADO DE MInAs - p. 15 - EcOnOMIA - 05.05.2011crIMEs fInAncEIrOs

Um esquema federalJuiz que aceitou denúncia de estelionato contra Thales Maioline, o Madoff mineiro, manda processo para a Justiça Federal por envolver sistema financeiro. Julgamento deve ter atraso

Paula Sarapu Às vésperas do relançamento da Campanha Nacional de

Desarmamento, pelo Ministério da Justiça, os números do co-mércio de armas de fogo e munições trazem um alerta para Minas Gerais. Na contramão da primeira campanha, a Su-perintendência da Polícia Federal no estado recebeu 30.690 pedidos de registro de novas armas em 2009, quando já não havia mais divulgação do recolhimento.

Naquele mesmo ano, a sociedade entregou apenas 1.896 armas, em troca das recompensas em dinheiro, mas comprou legalmente 7.686 pistolas e revólveres. Em 2010, a entrega foi menor ainda: 457, segundo a PF, enquanto 4.490 armas foram

vendidas, de acordo com a Diretoria de Fiscalização de Produ-tos Controlados do Exército. Este ano, a corporação registrou, até 14 de março, 516 armas vendidas legalmente em Minas.

A campanha do Ministério da Justiça recomeça amanhã, com menos burocracia e mais postos de recolhimento em todo o país. Hoje, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) lança um plano em audiência pública na Assembleia Lesgis-lativa, no qual cria um comitê gestor que envolve diversos órgãos de segurança para dar fôlego ao recolhimento de ar-mas de fogo. Em Minas, desde 2008, início da campanha, 130 postos estão em funcionamento. O ministério e a Seds só vão divulgar a nova lista de locais de entrega amanhã.

Paula Sarapu Vinte três armas foram negociadas legalmente em Minas Ge-

rais por dia, desde 2005, ano do plebiscito nacional sobre desar-mamento, segundo relatório da Diretoria de Fiscalização de Pro-dutos Controlados do Exército, órgão responsável pelo controle de venda de armamento no país. Obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas, os dados mostram que 42.858 pistolas e revólve-res foram vendidos em cinco anos. Nesse período, o negócio das armas sofreu aumento de 45,8% e apresentou pico em 2007, quan-do 12.198 equipamentos foram vendidos no estado. No Brasil, o aumento foi de 81,2%, passando de 68.086 armas comercializadas em 2005 para 123.338 em 2010.

A campanha do desarmamento recomeça com o fim da buro-cracia, que em muitos casos desencorajava o cidadão: de acordo com o Ministério da Justiça, até hoje ainda há pessoas que não receberam o pagamento pela entrega das armas na primeira cam-panha, por causa da obrigatoriedade da perícia. Desta vez, o di-nheiro sairá antes mesmo do exame no armamento, em 24h de-pois da entrega. Para receber a recompensa de R$ 100 a R$ 300, dependendo da arma, basta apresentar um protocolo em qualquer agência do Banco do Brasil. O cidadão não será identificado pelo CPF, como antes.

Este ano, as armas também serão inutilizadas diante do ci-dadão que fez a entrega no posto. Uma marretada vai danificar o armamento, evitar o desvio e dar mais segurança ao processo de recolhimento nos postos. Haverá aumento no número de locais para entrega, como unidades da Polícia Militar, delegacias das po-lícias Civil e Federal, ONGs e igrejas. As Forças Armadas também ofereceram seus quartéis. Na sexta-feira, o ministro José Eduardo Cardozo lança a oficialmente a campanha no Rio de Janeiro, onde, há quase um mês, um jovem armado invadiu uma escola em Re-alengo, na Zona Oeste, e matou 12 crianças, o que reacendeu as discussões sobre o desarmamento.

Quem quiser entregar sua arma, registrada ou não, deve en-trar no site da Polícia Federal (www.dpf.gov.br) e imprimir o Guia de Trânsito de Arma de Fogo, que deverá ser preenchido especifi-cando os endereços que delimitam o percurso que fará com a arma e a data de entrega. Com o documento em mãos, a arma poderá ser levada até o posto de recolhimento indicado, embalada e sem mu-nição. A partir de segunda-feira, a PF vai atualizar os endereços de recolhimento em seu site, em um sistema de acesso mais rápido.

DEsVIO Especialistas ressaltam que mais de 80% das armas reco-

lhidas nas mãos de bandidos foram desviadas e se perderam no caminho da ilegalidade. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a Polícia Militar apreendeu 20.905 armas no ano passado: 2.395 na capital e 2.839 na Grande BH. O número, po-rém, apresenta queda em relação ao ano de 2009, quando 22.140 armas foram apreendidas pela corporação. Naquele ano, foram 2.851 em BH e 3.836 na região metropolitana.

Para Adilson Rocha, presidente da Comissão de Assuntos Pe-nitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB/MG), o resultado do plebiscito de 2005 foi um equívoco. “Boa parte do armamento que cai na mãos dos criminosos é ven-dido de forma legal e esse bandido acaba usando a arma contra o próprio cidadão. Não vivemos em guerra, o cidadão de bem não deveria comprar armas”, afirma. O advogado alerta para o fato de que o cidadão que não tem registro de armas emitido pela Po-lícia Federal também comete um crime mesmo que só a guarde em casa. “Se essa pessoa entregar sua arma, a lei diz que a puni-bilidade estará extinta”, afirmou.O sociólogo Luiz Flávio Sapo-ri, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), não vê necessidade de mudança no Estatuto do Desarmamento, mas destaca que o desafio é colocá-lo em prática. “O estatuto já restringe severamente a posse da arma, para garantir que não haja impunidade.”

Segundo o Ministério da Justiça, a Campanha do Desarma-mento nunca parou, embora desde 2009 a divulgação tenha enfra-quecido. À época, 550 mil armas foram recolhidas. Agora, o mi-nistério informa que a campanha será permanente e a expectativa é de que o recolhimento ainda seja maior. Igrejas e ONGs, para garantir a proteção das armas, terá um agente público em cada posto. Até 2011, a previsão de investimento é de R$ 10 milhões.

cOMO EntrEgArImprimir e preencher o Guia de Trânsito de Arma de Fogo,

retirado no site da Polícia Federal (www.dpf.gov.br) ou nas dele-gacias do órgão

Especificar os endereços que delimitam o percurso que o ci-dadão fará com a arma. Definir a data de entrega

Com o documento em mãos, a arma poderá ser levada até o posto de recolhimento indicado, embalada e sem munição

Cada vez mais armadosMineiros andam na contramão da Campanha de Desarmamento, a ser relançada amanhã,

com número de pedidos de registro bem maior que o de entregas nos postos de recolhimento

Mineiro compra 23 armas por diaVenda cresce 45,8% em cinco anos no estado, com comercialização de mais de 42 mil revólveres e pistolas Campanha, a ser aberta amanhã em todo o país, vai usar até igrejas e pagar a recompensa em 24 horas

EstADO DE MInAs - p. 25 E 26 - 05.05.2011

sem transparência

Doações ocultas em 2010 somaram mais de R$ 500 milhões

BRASÍLIA. Os 12 maiores partidos brasileiros repassaram às cam-panhas eleitorais de 2010 mais de R$ 500 milhões em doações ocultas. O dinheiro foi transferido a candidatos e comitês eleitorais, que não precisaram informar nominalmente quem estava doando os recursos.

Por causa disso, o eleitor não tem como saber para qual candidato foi o dinheiro doado por uma determinada empresa ao partido político. Conforme especialistas em legislação eleitoral, por mais que a Justiça tente inibir as doações ocultas, essa tarefa é impossível, porque “o di-nheiro não é carimbado”. As legendas arrecadam os recursos principal-mente de empresas e, na prestação de contas anual ao TSE, declaram a identidade dos doadores. No entanto, os candidatos e comitês eleitorais que recebem a transferência desses recursos não são obrigados a espe-cificar os nomes.

O crescimento das doações ocultas foi expressivo. Somadas, as eleições de 2006 e 2008 atingiram R$ 320 milhões. Já em 2008, foram R$ 250 milhões.

Dívida. Outra herança da campanha do ano passado foi o resulta-do negativo quando se comparam receitas e despesas das 12 maiores legendas - PT, PMDB, PSDB, PP, DEM, PR, PSB, PDT, PTB, PSC, PCdoB e PV.

De acordo com as prestações de contas entregues ao Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), o déficit das maiores legendas foi de quase R$ 40 milhões. O PT teve déficit de R$ 16 milhões e, o PSDB, de R$ 11,4 milhões.

O tEMpO - p. 7 - 05.05.2011

Diego Abreu Brasília – Os filiados à Associação Nacional dos Pro-

curadores da República (ANPR) definiram ontem, em vota-ção realizada em todo o país, a lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República. O atual chefe do Ministério Público Federal (MPF), Roberto Gurgel, foi o mais votado pela categoria, o que confirma seu favoritismo para ser re-conduzido a mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Gurgel recebeu 454 votos e figura como primeiro nome da lista que será entregue hoje à presidente Dilma Rousseff. Os nomes que completam a relação dos indicados são Ro-drigo Janot (347 votos) e Ela Wiecko (261 votos), ambos subprocuradores-gerais da República.

É a segunda vez que Gurgel aparece como o mais votado pelos colegas. Em 2009, ele recebeu 482 votos, 28 a mais do que o total das eleições de ontem. Caberá a Dilma definir o procurador-geral da República, que tomará posse em julho. Ela não é obrigada a escolher um entre os três procuradores indicados pela ANPR. A Constituição dá à presidente a prer-rogativa de definir qualquer nome dentre os integrantes da carreira que tenham mais de 35 anos de idade.

Escolhas Embora tivesse a liberdade de escolha, o ex-

presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiu, nas quatro no-meações que fez ao longo de dois mandatos, o critério da ANPR. Lula sempre contemplou o mais votado das listas. Em 2003, nomeou Cláudio Fonteles. Seguindo a ordem da lista, o então presidente indicou Antonio Fernando de Souza, em 2005 e 2007, e, dois anos depois, o escolhido foi Gurgel. Somente na primeira vez em que a ANPR formou uma lis-ta, em 2001, os nomes indicados não foram contemplados. Na ocasião, Fernando Henrique Cardoso nomeou Geraldo Brindeiro.

Dentre os quatro candidatos ao cargo, somente Antonio Carlos Fonseca ficou de fora da lista tríplice — ele obteve 101 votos. Ao Estado de Minas, o presidente da ANPR, An-tonio Carlos Bigonha, disse que “a expectativa da classe é de que Dilma escolha um dentre os três nomes indicados”.

Em debate na última terça-feira, Roberto Gurgel e Ro-drigo Janot defenderam que membros do Ministério Público possam disputar cargos eletivos e exercer funções políticas no Executivo, desde que a atividade tenha relação com as atribuições do órgão. Ela Wiecko, no entanto, disse ser con-tra a possibilidade, em nome da independência da carreira, embora reconheça prejuízos na representatividade do Minis-tério Público no Poder Legislativo.

lIstA trÍplIcE

Procurador-geral é favorito no MPGurgel foi o mais votado entre os indicados e pode ficar no cargo nos próximos dois anos. Decisão cabe a Dilma

EstADO DE MInAs - p. 9 - 05.05.2011