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21quinta-feira ● 24horas ● 24/07/08 especialo jornal do cidadão
0 24horas mostra hoje aos seus leitores um documento que descreve com
detalhe todas as diligências que a PJ fez nos 13 meses de investigação ao caso Maddie
LEIA O DOCUMENTO NA INTEGRA
NUIPC – 201/07.0GALGS
4.ª BRIGADAINSPECTOR João Carlos
DENUNCIANTE / OFENDIDO– Polícia Judiciária
DENUNCIANTES / ARGUIDOS– Robert James Queriol Eveleigh Mu-
rat, identificado e interrogado a fls. 1170,1947 e 1959.
– Gerald Patrick McCann, identificado einterrogado a fls. 2569
- Kate Marie Healy, identificada e interroga-da a fls. 2557.
TESTEMUNHAS / PESSOAS INQUIRI-DAS
Vide índice remissivo.TIPIFICAÇÃO DO CRIMEDesconhecidoTEMPO E LUGAR
Entre as 21h05 e as 22h00 do dia 03 deMaio de 2007, no apartamento G5A,
sito no empreendimento ‘’OceanClub’’, Vila da Luz, Lagos.
ARTIGOS APREENDIDOSVide índice (todos os artigos
apreendidos foram entregues aosproprietários, mediante termo)
EXAMES REALIZADOSVide índice.
RELATÓRIO FINALPREÂMBULO
R espeitam os autos, a uma ocorrência que ver-sa o desaparecimento de uma menor de nacio-
nalidade britânica, MADELEINE BETHMcCANN, filha de GERARD PATRICKMcCANN e KATIE MARIE HEALY, à data comtrês (quase quatro) anos de idade.
Atinente ao tempo e lugar, os factos ocorreramno dia 03 de Maio de 2007, no hiato temporal, se-gundo testemunhos, compreendido entre as 21h05e as 22h00 (sendo certo que após as 17h30, somen-te GERALD e KATE contactaram com MADE-LEINE), no empreendimento denominado “OceanClub’’ , sito na Vila da Luz, Lagos, local, onde a fa-mília da menor, juntamente com sete outras pes-soas, com quem mantinham um relacionamento deamizade, gozavam um período de férias, com a du-ração de uma semana.
A chegada do grupo, oriundo do Reino Unido, aoterritório nacional, via aeroporto de Faro, teve lugarno dia 28 de Abril de 2007.
Viajaram em dois grupos distintos, uma vez quehabitam em localidades diferentes. A viagem do ae-roporto até à localidade da Luz, foi efectuada numpequeno autocarro, cedido pela empresa “Mark
Warner’’, entidade gestora de empreendimento.No acto da inscrição (“check in’’) foram coloca-
dos em vários apartamentos, todos eles no blocoG5, confinantes entre si, sendo esta uma imposição,ou pelo menos sugestão, de todo o grupo.
Ficaram todos alojados no piso térreo, excep-tuando a família PAYNE (David, Fiona e DianeWebster) que ficou no 1º piso.
À familia McCANN coube o apartamento G5A,localizado no topo esquerdo do bloco residencial(por abordagem frontal) e desta forma, podemosdizê-lo, o mais acessível e com visibilidade facilita-da do exterior.
Trata-se de um grupo em que sete dos elementossão médicos, de várias especialidades, a que acres-ce o facto de todos terem filhos menores de idade,dos quais se faziam acompanhar. A famíliaMcCANN era composta pelos progenitores, bemcomo por MADELEINE, e os gémeos SEAN eAMELIE, estes de dois anos de idade, à data dosfactos.
Esta viagem foi organizada pela família PAYNE,designadamente pelo elemento masculino do casal,DAVID ANTHONY PAYNE, conhecedor, naperspectiva de utilizador, dos resorts turísticos daempresa ‘’Mark Warner’’.
O grupo partilhava, concomitantemente, umaamizade anterior a esta viagem, sedimentada em re-lações profissionais e noutras deslocações de lazer.
Saliente-se ser esta a primeira vez que os elemen-tos do grupo se encontravam a passar férias nesteempreendimento turístico em território nacional eque a vontade colectiva para a deslocação foi pro-jectada cerca de um mês antes da mesma.
Por outro lado, nada indica que qualquer dosparticipantes tivesse alguma ligação anterior à Vilada Luz ou que aí residisse ou permanecesse algumapessoa das suas relações.
A rotina diária do grupo implicava a sua desloca-ção, para jantar, ao Restaurante Tapas, situado noempreendimento (apesar de fora da zona específicados apartamentos e sem permitir um completo con-trolo visual sobre os mesmos), sendo que os seus fi-lhos menores, enquanto o jantar decorria, perma-neciam sozinhos – supostamente a dormir – nas res-pectivas habitações.
Segundo a versão comum do grupo, o controlosobre as crianças seria efectuado através de visitasregulares dos adultos aos apartamentos, intervala-das – sensivelmente – de meia em meia hora, à ex-cepção das crianças do casal PAYNE que possuíamum sistema tecnológico de controlo próprio, atra-vés de intercomunicadores (“baby listening’’).
Constituição do grupo:DAVID ANTHONY PAYNE(apartamento 5H - 1.º piso)FIONA ELAINE PAYNEDIANNE WEBSTERRUSSEL JAMES O’BRIEN(apartamento 5D)JANE MICHELLE TANNERMATTHEW DAVID OLDFIELD(apartamento 5B)RACHAEL MARIAMMA JEAN MANPILLYGERALD PATRICK McCANN(apartamento 5A)KATYE MARIE HEALY
As supramencionadas pessoas foram inquiridasmorosa e pormenorizadamente, em diversas oca-siões (ver índice), com o propósito de serem reco-lhidos todos os elementos relevantes que pudessemauxiliar a investigação a descortinar a verdade dosfactos.
Da análise ao conjunto de tais inquirições ressaltaa existência de importantes detalhes não inteiramen-te entendidos e integrados, os quais necessitariam deser, a nosso ver, testados e concatenados no própriolocal da ocorrência.
Assim, o apuramento concreto sobre a falta desintonia de alguns aspectos de elevada relevância