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MP investiga contratação de fantasmas na CeasaPelo menos 35 pessoas ligadas ao PMDB ganham salários de até R$ 10 mil nas Centrais de Abastecimento de Minas

Gerais sem precisar trabalhar. Todos teriam sido contratados para atuar como cabos eleitorais na campnha do ano passado. O órgão é administrado pelo peemedebista João Alberto Paixão Lages. Página 3, política

MP investiga “fantasmas” na Ceasa35 cabos eleitorais integrantes do MPDB minerio teriam sido contratados para receber até R$ 10 mil sem trabalhar

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Um vereador do mu-nicípio de Frutal foi con-denado pela prática de dois atos de improbidade administrativa. Conforme o processo, o vereador, à época presidente da Câ-mara de Vereadores, teria autorizado a compra de medicamentos para uso dos funcionários da Câ-mara Municipal, em de-sacordo com a lei e sem observar os princípios que regem a administra-ção pública. Ainda teria ordenado a realização de despesas, não autorizadas em lei, ao efetuar gastos relacionados a palestras em datas posteriores ao encerramento destas. A decisão é do juiz da co-marca de Frutal, Elton Pupo Nogueira.

O vereador foi con-denado ao ressarcimento integral aos cofres públi-cos pelos atos praticados; à perda da função públi-ca; a duas penas de sus-pensão dos direitos po-líticos durante dois anos cada uma; ao pagamento de duas penas de multa civil, cada uma fixada em 12 vezes o valor da última remuneração percebida, a duas penas de proibição de contratar com o Poder Público ou receber bene-fícios ou incentivos fis-cais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de dois anos.

De acordo com as alegações do Ministério Público, em ação civil pú-blica, na gestão de 1999 e

2000, o vereador, na qua-lidade de presidente da Câmara de Vereadores e ordenador de despesas, promoveu a realização de palestras sobre entor-pecentes, arcando com despesas relacionadas ao evento em datas posterio-res ao encerramento deste, no valor de R$ 1.166,12. Segundo o autor da ação, as despesas foram reali-zadas com desvio de fina-lidade. Ainda de acordo com o Ministério Público, o vereador, contrarian-do a legislação, adquiriu vários medicamentos, no valor de R$ 1.181,31, que beneficiaram somen-te determinadas pessoas, e coroas de flores, num montante de R$ 3.303,50. Concluiu que o verea-dor agiu com afronta aos princípios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade.

Em sua defesa, o ve-reador alegou ilegitimi-dade ativa do Ministério Público, inconstituciona-lidade da Lei de Improbi-dade Administrativa, bem como falta de lesão ao pa-trimônio público. Sobre a realização das palestras, declarou que a popula-ção foi beneficiada e que a Câmara apenas custeou as despesas resultantes do evento. No que diz res-peito à aquisição de me-dicamentos, argumentou que eles foram destinados para uso dos servidores da própria casa, nos casos de urgência ou mal es-

tar. Quanto à compra das coroas de flores afirmou que, quando do faleci-mento de um cidadão im-portante na cidade, a ação era aprovada em plenário. Sustentou, por fim, que as condutas narradas não trazem traços de deso-nestidade ou má-fé, e que estas não estariam aptas a causar prejuízo ao erário público.

ImprobidadePara o juiz Elton Pupo

Nogueira, os atos de im-probidade administrativa configuram evidente le-são ao patrimônio públi-co. Argumentou que, no caso, ficou comprovado que o vereador agiu de-sonestamente, determi-nando o pagamento de despesas que sabia não se relacionarem com o even-to realizado pela Câmara Municipal (palestras), desenvolvendo a conduta estabelecida no artigo 11 da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Adminis-trativa). Quanto à aqui-sição de medicamentos diversos, entendeu que o presidente da Câmara ad-quiriu medicamentos para uso dos servidores da Câ-mara Municipal e dos vereadores sem a estrita observância das normas pertinentes, aplicando-a de forma irregular. Enten-deu, portanto, que foram praticados dois atos de improbidade administra-tiva.

Da decisão, ainda cabe recurso.

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Vereador de Frutal é condenado por mau uso do dinheiro público

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sistema inteLiGente

MP investiga contrato do Sitbus

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Juliana Cipriani

As férias dos 77 deputados estaduais podem ficar comprometidas pelo clima de animosidade entre governo e oposição na Assembleia Legis-lativa de Minas Gerais. Com tudo acertado para finalmente destravar as votações, os parlamenta-res aprovaram ontem apenas um dos 24 requeri-mentos em plenário. Mesmo a maioria sendo de autoria da oposição, que havia acordado limpar a pauta, a reunião foi estendida até as 17h sem avanços.

Os oposicionistas prometem impedir a apro-vação de projetos do Executivo até que o gover-nador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) aceite negociar com categorias do funcionalismo em greve. Isso vale até para o projeto de Lei de Di-retrizes Orçamentárias, sem o qual a Casa não pode entrar em recesso. Até o início da tarde, os deputados contavam com o acordo. Seriam apro-vados ontem os requerimentos com pedidos de informações a órgãos públicos estaduais, em sua maior parte de deputados do bloco de oposição.

A base governista correu para garantir os 39 deputados presentes em plenário, mas os depu-tados de oposição pediram tempo para encami-nhar as propostas e se revezaram na tribuna até que o quórum caiu. “Eles obstruíram, tinha uma combinação para votar, não era para falar. Fica-ram 30 minutos falando”, reclamou o deputado João Leite (PSDB). O líder da Minoria, deputado Antônio Júlio (PMDB), que pouco antes havia falado que haveria votação, negou que a culpa fosse da oposição. “Eles é que demoraram para fazer a recomposição de quórum e os deputados foram embora.”

Pelo regimento interno da Casa, os requeri-mentos só podem ser votados na primeira fase da reunião, que termina às 16h30, mas os discursos só deram tempo de aprovar um pedido de infor-mações, partido da Comissão de Direitos Huma-nos, sobre a arrecadação tributária estadual do município de Contagem, região metropolitana da capital.

Para hoje, foi acertada a votação, em segun-do turno, do projeto que extingue o pagamento de aposentadoria a ex-governadores mineiros e pensão a seus dependentes. É o único projeto que o bloco Minas sem Censura promete votar,

alegando que, apesar de ter a autoria do gover-nador Anastasia, a matéria é semelhante a texto apresentado primeiro pelo deputado Paulo Gue-des (PT).

De acordo com o líder da Maioria, deputa-do Gustavo Valadares (DEM), também foram acordados dois projetos de doação de imóvel do Executivo. Um deles vai permitir a instalação de um polo acrílico pela Petrobras em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e o outro seria para ajudar vitimas de estragos da chuva. Ainda sem acor-do, para a semana que vem – que seria a última antes das férias – sobrariam projetos importantes como o aumento escalonado até 2015, que dará até 72% de reajuste aos policiais civis, militares, bombeiros e outros agentes de segurança. cRiaÇÃo de caRGos

Outra proposta polêmica do Executivo cria mais de 8 mil cargos nas áreas de segurança e meio ambiente. Também há dificuldade para vo-tação do projeto do Tribunal de Contas do Esta-do (TCE) que modifica a estrutura das vagas de recrutamento amplo do órgão, criando e extin-guindo postos de trabalho.

Uma das maiores pendências, que vem tra-vando a pauta desde o início do semestre por causa dos questionamentos da oposição, são as indicações de nomes pelo Executivo para chefiar órgãos públicos estaduais. Mesmo depois de um parecer do Ministério Público Estadual pedido pela oposição, alegando que os designados para os cargos poderiam atuar enquanto não houvesse votação, os oposicionistas se recusam a aprovar os nomes.

Mesmo com tantos entraves, o líder Gustavo Valadares acredita que será possível um acordo para limpar a pauta antes do dia 14, quando deve ocorrer a última sessão plenária do semestre. “O clima está bom. Esta semana a Assembleia co-meça a limpar a pauta com a votação de projetos de deputados e na semana que vem ficam alguns projetos que ainda estão nas comissões”, afirmou. Já Antônio Júlio disse que a obstrução continua. “O governo não está tendo conhecimento da di-mensão que está tomando a greve do funciona-lismo, então vamos obstruir. Queremos pressio-nar para ver se o governo fica sabendo que tem várias categorias em greve”, disse, se referindo às áreas da saúde, educação e segurança.

estado de minas - P. 6 - 06.07.2011 Legislativo

E eles disseram que havia acordo...Depois de concordar em limpar a pauta, deputados governistas e

de oposição aprovam apenas um dos 24 requerimentos agendados

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ALINE LABBATEO deputado estadual Mauri Torres foi eleito, ontem,

durante sessão especial no plenário da Assembleia, como o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele vai ocupar a vaga deixada por Elmo Braz, que se apo-sentou no início do ano.

Aos 61 anos, Mauri Torres está em seu sexto manda-to como deputado estadual e já presidiu a Assembleia por quatro anos, sendo o primeiro parlamentar a ser reeleito no cargo da Mesa Diretora. Antes de chegar à Casa, Mauri foi funcionário de carreira da Prefeitura de João Monlevade, exercendo o cargo de chefe da contabilidade. Quando saiu

da prefeitura, montou um escritório regional de assessoria de contabilidade para as prefeituras da região do Médio Pi-racicaba.

Mauri derrotou em plenário o funcionário concursado da Assembleia Alexandre Bossi Queiroz, professor univer-sitário e consultor legislativo, que tentou a vaga pela quinta vez.PLenáRio

O acordo entre base e oposição para limpar a pauta da Assembleia antes do recesso não está surtindo efeito. On-tem, dos 24 requerimentos em pauta, apenas um foi votado e aprovado pelos parlamentares.

Intervenção em painel no edifício que leva o nome do ex-presidnete minerio espalha pedaço de azulejos azuis, marca registrada do artista, e deixa moradores indignados

Um Portinari em cacos no JK

o temPo - P.5 - 06.07.2011Eleição.Deputado foi escolhido em sessão especial, ontem, na ALMG

Mauri Torres vai ocupar vaga de Elmo Braz no conselho do TCE

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TÂMARA TEIXEIRASuspeita de ter cobrado R$ 1,5 milhão para vender um

habeas corpus ao goleiro Bruno Fernandes, a juíza Maria José Starling mantinha conversas telefônicas com a noiva do jogador, Ingrid Oliveira. Áudios divulgados ontem pela TV Record contradizem a magistrada, que sempre afirmou não conhecer a dentista.

A gravação deixa claro que as duas tinham certa inti-midade, mas não prova a negociação do suposto esquema denunciado pela noiva do goleiro, que contaria ainda com a participação do advogado Robson Pinheiro.

“Sou sua amiga. Se precisar vir na minha casa, pode vir que tem lugar. A gente conversa e se distrai”, diz a magistra-da em um trecho. Em outro ponto da conversa, Maria José se coloca à disposição para orientar a dentista. “Qualquer dú-vida que você tenha, liga pra mim ou para o doutor Robson. Ele te orienta também. Ele é de coração bom”, afirma.

Desde o início do caso, tanto a juíza quanto Pinheiro - que já atuou na defesa de Bruno, por três meses - negam

as acusações.As ligações telefônicas foram gravadas durante um pe-

ríodo de 30 dias, no fim do ano passado, com autorização da Justiça. A escuta contou com o apoio de uma equipe do Ministério Público Estadual (MPE).

A Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) abriu uma sindicância para apurar o caso. Maria José tem até o fim desta semana para apresentar defesa. Se o órgão julgar que há indícios de irregularidades, pode abrir um processo administrativo contra a magistrada.

O presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Ad-vogados do Brasil seção Minas Gerais (OAB-MG), Ronal-do Armond, explica que, para a entidade abrir um proces-so contra Pinheiro, são necessárias provas concretas, como conversas que explicitem as supostas negociações.

Bruno está preso há um ano na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana da capital, acusado de ser o mandante do assassinato da ex-namorada Eliza Samudio.

o temPo - P. 25 - 06.07.2011Caso Bruno.Gravação comprovaria relação da noiva do goleiro e da acusada de tentar vender habeas corpus

Em conversa telefônica, juíza chama Ingrid de “amiga”

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Torcedor agredido será indenizado

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.ANA PAULA PEDROSA

O Ministério Público Federal (MPF) está investigando se as empresas de transporte rodoviário estão cumprindo as regras para devolução e reembolso de passagens. Desde 2009, os passageiros que não viajam têm o prazo de um ano para marcar uma nova viagem, e podem exigir o reembolso do valor da passagem até o momento do embarque, mas, de acordo com o procurador da República Edilson Vitorelli, a lei “não pegou”.

Segundo ele, a maioria das pessoas não conhece a lei, e as empresas aproveitam para impor condições consideradas abusivas, como prazos de três horas antes da viagem para devolução do bilhete sob pena de perda do valor pago. Algu-mas até cobram multas em caso de devolução.

“Ou seja, se o passageiro desistir ou, por algum motivo, ficar impedido de viajar, ele não precisa ir correndo até a

rodoviária para devolver seu bilhete. Pela nova lei, ele tem o prazo de um ano para remarcar essa passagem”, esclarece o procurador da República Edilson Vitorelli. “Essa prática é completamente ilegal. As pessoas ainda não sabem que não perderão mais o valor investido na compra de passagens que não puderam ser utilizadas. Se a empresa se apropria deste valor, o consumidor deve procurar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para registrar a ocorrência. Ela é obrigada a fiscalizar e exigir o cumprimento da lei”, diz.

A reportagem testou cinco companhias, quatro informa-ram corretamente sobre o prazo para remarcação da viagem. Apenas uma afirmou que o prazo seria de um mês. O pro-curador diz que, além de informar quando procuradas, as empresas têm que “dar ampla publicidade à lei”, com avisos fixados nos pontos de venda e terminais de embarque e de-sembarque

o temPo - P. 11 - 06.07.2011 Passagens de ônibus

MPF investiga se empresas cumprem lei da devolução

Minas terá mais 200 postos para arrecadação de armasCampanha para desarmar a população foi lançada oficialmente ontem na Assembleia Legislativa

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Juiz condena quatro a 126

anos de prisão

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contratações

Saúde na mira da Justiça Itabira, na Região Central de Minas, e a Fundação Co-

munitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi) terão seis meses para regularizar a forma de contratação de servidores públicos e a maneira como são realizados os exames médi-cos no Hospital Carlos Chagas (HCC). A decisão é do Tribu-nal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que manteve a limi-nar concedida pela Justiça de primeira instância, obrigando

o município e a Funcesi, gestora do HCC, a não contratar serviços de diagnóstico médico com empresas privadas. A decisão também os obriga a realizar processo seletivo para o preenchimento das vagas em aberto ou que surgirem no qua-dro de servidores públicos do hospital. O MP apurou que o município liberava recursos para a Funcesi contratar, sem li-citação, empresas privadas que prestavam serviços ao HCC, contrariando deliberação do Conselho Municipal de Saúde que vedava à fundação a terceirização desses serviços

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Justiça garante remédios

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Por Fernando Porfírio

O juiz federal Casem Mazloum entrou com Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal para pedir o reconhecimento da legalida-de do ato que lhe concedeu aposentadoria volun-tária. O pedido contesta decisão do conselheiro Jefferson Kravchychyn, ratificada pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça, que suspendeu o ato de aposentadoria voluntária.

O fundamento da decisão do CNJ é o de que Casem Mazloum não tem direito à aposentado-ria enquanto não for julgado o processo admi-nistrativo apresentado contra o juiz no Conselho da Justiça Federal. De acordo com Kravchychyn, o ato de aposentadoria, assinado pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, de-sembargador Roberto Haddad, feriu a Resolução 30 do Conselho Nacional de Justiça.

A resolução diz que o juiz que estiver res-pondendo a processo administrativo disciplinar só será exonerado a pedido ou aposentado volun-tariamente após a conclusão do processo ou do cumprimento da pena. De acordo com o racio-cínio do CNJ, há no Conselho Federal de Justiça recursos envolvendo o juiz Casem Mazloum que podem, de forma hipotética, redundar na aplica-ção de sanções contra o magistrado federal.

O motivo da decisão do CNJ é o Recurso Disciplinar 2004.03.00.048505-9, que trata da acusação de uso pelo juiz federal de placas re-servadas do Detran de São Paulo em seu veícu-lo particular. A investigação foi instaurada pelo Órgão Especial do TRF-3, em março de 2007. O procedimento administrativo foi aberto por maioria simples do colegiado (sete votos a seis), quando a Constituição Federal exige o voto da maioria absoluta do colegiado.

Mais de dois anos depois, em novembro de 2009, o mesmo colegiado, também por maioria simples (nove votos a seis) julgou a acusação procedente, mas deixou de aplicar qualquer san-ção (advertência, censura ou remoção compulsó-ria) contra o juiz.

Casem Mazloum recorreu ao Conselho da Justiça Federal. Ele pediu revisão da decisão, pois no seu entendimento se não foi alcançada maioria absoluta, o caso era de improcedência da acusação e não de deixar de aplicar pena.

O Ministério Público Federal também recor-reu ao conselho para que o colegiado modificasse a decisão do Órgão Especial do TRF-3 e aplicas-se sanção administrativa contra o juiz federal.

A defesa de Casem Mazloum acusa o MPF de tentar dar sobrevida ao procedimento admi-nistrativo que está fadado a morrer. Também sustenta que no caso de seu cliente a resolução do CNJ não é aplicável. “Especialmente porque a pena máxima seria a aposentadoria: em vez de voluntária, compulsória. Algo como trocar seis por meia dúzia”, afirma o advogado Pedro Luiz Cunha Alves de Oliveira.

Aposentadoria voluntária

Casem Mazloum se aposentou voluntaria-mente em 11 de março, depois de 19 anos de car-reira. O juiz trabalhou nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em 2003, um fato marcou a vida desse descendente de libaneses. Uma ação pirotécnica da Polícia Federal o envolveu na chamada Operação Anaconda, investigação que apurava atuação de juízes, policiais e empresá-rios em suposta venda de sentenças.

O Ministério Público Federal o acusou de formação de quadrilha, envio de US$ 9,3 mi-lhões para o Afeganistão, interceptação telefô-nica clandestina, uso de placas frias do Detran paulista e requisição de agentes federais para a garantia de segurança de seus pais. Casem ainda respondeu a processo administrativo disciplinar no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que atua nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e ficou afastado do cargo por mais de seis anos.A Operação Anaconda foi resultado de in-vestigações conduzidas pela Polícia Federal e a Procuradoria da República em São Paulo. Por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Jus-tiça teriam sido constatados indícios de atos ilíci-tos entre criminosos e membros do Judiciário.

As ações criminais contra Casem Mazloum foram anuladas pelo Supremo Tribunal Fede-ral que as definiu como “bizarras”, “ineptas” e “aventureiras”. Em maio do ano passado, o STF suspendeu o processo administrativo disciplinar e o juiz reassumiu o cargo na 1ª Vara Federal Cri-minal de São Paulo, depois de quase sete anos.

O advogado Adriano Salles Vanni, que de-fendeu o juiz no processo, afirmou nunca ter trabalhado em um caso com tantas violações ao devido processo legal e, ironicamente, contra membro do próprio Poder Judiciário. “Os pro-cessos foram movidos à base de pirotecnia e de distorções mentirosas de conversas telefônicas”, afirmou o advogado.

consuLtoR juRídico - sP - conamP - 06.07.2011

Casem Mazloum contesta no Supremo decisão do CNJ

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Brasília. A presidente da Repúbli-ca, Dilma Rousseff, decidiu reconduzir Roberto Gurgel ao cargo de procurador geral da República. A previsão era que a recondução fosse oficializada no “Diário Oficial da União” de hoje.

Gurgel deu, recentemente, parecer favorável a Antonio Palocci, livrando o ex-ministro da Casa Civil de ser investi-gado por conta de sua elevação patrimo-nial nos últimos anos.

O procurador, considerado de perfil moderado, assumiu o cargo em julho de

2009, no lugar do procurador Antonio Fernando de Souza, que ficou conhecido pelo atuação “combativa”.

Na consulta feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Roberto Gurgel foi o mais vo-tado, seguido dos nomes dos subprocura-dores Rodrigo Janot Monteiro de Barros e Ela Wiecko Volkmer de Castilo.

Os nomes mais votados pela cate-goria foram levados ao Planalto pelo presidente da ANPR, Antonio Carlos Bi-gonha.

cRise

Senador mineiro é mais cotado para assumir ministério

o temPo - P. 6 - 06.07.2011Governo.Com perfil moderado, Roberto Gurgel assumiu cargo em 2009

Presidente mantém procurador geral

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