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Cadernos da Comunicação Série Estudos Manual de Radiojornalismo Secretaria Especial de Comunicação Social

06 - Manual de Radiojornalismo

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Cadernos da ComunicaçãoSérie Estudos

Manual deRadiojornalismo

Secretaria Especial de Comunicação Social

Este trabalho é de autoria do professor Célio Campos, jornalistae coordenador de jornalismo das Faculdades Integradas HélioAlonso (Facha). Colaboradora: Cláudia Marapodi.

Manual de RadiojornalismoSecretaria Especial de Comunicação SocialCADERNOS DA COMUNICAÇÃOSérie Estudos – Vol. 6Maio de 2003ISSN 1676-5494

Os Cadernos da Comunicação são uma publicação daSecretaria Especial de Comunicação Social da Prefeitura doRio de Janeiro.

Prefeitura da Cidade do Rio de JaneiroRua Afonso Cavalcanti 455 – bloco 1 – sala 1.372Cidade NovaRio de Janeiro – RJCEP 20211-110e-mail: [email protected]

Todos os direitos desta edição reservados à Prefeitura daCidade do Rio de Janeiro. Nenhuma parte desta publicaçãopode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico) ou arquivadaem qualquer sistema ou banco de dados sem permissãoescrita da Prefeitura.

PrefeitoCesar Maia

Secretária Especial de Comunicação SocialÁgata Messina

CADERNOS DA COMUNICAÇÃOSérie Estudos

Comissão EditorialÁgata MessinaHelena Duque

Leonel KazRegina Stela Braga

EdiçãoRegina Stela Braga

Redação e pesquisaAndrea Coelho

RevisãoAlexandre José de Paula Santos

Projeto gráfico e diagramaçãoMarco Augusto Macedo

CapaCarlos Amaral/SEPE

Secretaria Especial de Comunicação Social

CADERNOS DA COMUNICAÇÃOEdições anteriores

Série Memória1 - Correio da Manhã – Compromisso com a verdade2 - Rio de Janeiro: As Primeiras Reportagens – Relatos do século XVI3 - O Cruzeiro – A maior e melhor revista da América Latina4 - Mulheres em revista – O jornalismo feminino no Brasil5 - Brasília, capital da controvérsia – A construção,

a mudança e a imprensa6 - O Rádio Educativo no Brasil

Série Estudos1 - Para um Manual de Redação do Jornalismo On-Line2 - Reportagem Policial – Realidade e Ficção3 - Fotojornalismo Digital no Brasil – A imagem na imprensa da

era pós-fotográfica4 - Jornalismo, Justiça e Verdade5 - Um olhar bem-humorado sobre o Rio nos anos 20

Meios de comunicação. Como o próprio nome diz, sãoa ponte que leva os fatos ao conhecimento do público.E, como bem subentende o seu uso no plural, eles seapresentam de várias formas: pela escrita, pelo som,pela imagem ou pelo uso de todas elas juntas. Cadauma, evidentemente, tem o seu modo de ser, ao qualchamamos de linguagem. O bom comunicador é aqueleque sabe usar com maestria a linguagem do meio queutiliza para fazer chegar a sua mensagem ao públicoescolhido como alvo.

Os meios de comunicação utilizados pela imprensa –jornal, rádio, televisão e a recém-chegada internet –têm como principal objetivo a difusão de informações.Nessa tarefa, o tempo é arma decisiva. Uma notícia valepela rapidez com que ela consegue ser difundida. Paraisso, o correto manejo da linguagem de cada meio éfundamental.

É exatamente na rapidez que a internet, a televisão eo rádio têm a sua principal característica. Mas, esteúltimo apresenta a vantagem de atingir os pontos doplaneta mais distantes e miseráveis. Nele, a notícia valepelo que é. Ou melhor, pela forma como é transmitida:simples, clara, objetiva. E o rádio tem uma importantecaracterística: é naturalmente interativo. Enquanto a TVenvolve, facilita e torna o assistente passivo, o rádioinduz à construção de imagens pelo ouvinte que,naturalmente, “conversa” virtualmente com ele.

Neste número da Série Estudos dos Cadernos daComunicação o tema é a linguagem radiofônica nojornalismo, apresentada em forma de manual por umjornalista e professor. É um trabalho que, certamente,será de grande valia a todos os que se interessam porComunicação e, em particular, pelo Rádio. CESAR MAIA

Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro

Sumário

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○1. Manual de Radiojornalismo

ApresentaçãoLinguagem e regras básicasNormas práticasConvençõesEdição de matériasErros comuns e dúvidasA entrevistaVocabulário radiofônico

2. E o futuro, é hoje?

3. Referências bibliográficas

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A palavra é metade de quem a pronunciae metade de quem a ouve.

Montaigne, pensador francês (1533-1592).

Manual deRadiojornalismo

Apresentação

O objetivo dessa publicação é tentar facilitar a vida de alunosde Comunicação Social, em especial dos que têm dificuldades emlidar com textos de rádio.

Os manuais de Jornalismo ensinam que notícia é todo fato rele-vante que desperta interesse público. E é necessário saber levaressa mensagem ao público-alvo, no caso aqui, ao ouvinte. Todojornalista é meio forrest gump, ou seja, um contador de histórias. Epara se contar uma boa história, ela deve ter começo, meio e fim.Tudo, claro, com poder de síntese em rádio e também em televisão.A síntese deve ser perseguida sem tréguas. Como dizia o poeta CarlosDrummond de Andrade, “escrever é o ato de cortar palavras”.

Nesses 80 anos de existência, o rádio passou por muitas trans-formações, desde as incorporações e inflexões das radionovelas eradioteatros, os humorísticos, o Repórter Esso, programas de auditó-rio, enfim, uma infinita variação da linguagem. Hoje há rádio comcaracterística popular, neutra, elitista, de alta ou baixa estimulação,evangélica, enfim, o aluno e o amante do rádio poderão ter umanoção de como direcionar o texto para o público certo e de queforma esse texto deve ser escrito. Aqui você terá uma noção bemampla sobre as normas de redação.

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Linguagem e regras básicas

Simplicidade

É um desafio para muitos transmitir a notícia da forma maissimples, para que ela possa ser compreendida de imediato pelo ou-vinte. As frases devem ser curtas. Deve-se evitar qualquer tentati-va de erudição. Da mesma forma, gírias e regionalismos podemcomprometer a qualidade do texto e a credibilidade do trabalho.

Também é bom lembrar que a mensagem se perde no ar no mo-mento em que é transmitida. Portanto, se não conseguir entendê-la,o ouvinte não terá uma segunda oportunidade.

ClarezaAs mensagens não devem dar margem a dúvidas, deixar pergun-

tas sem respostas ou confundir o ouvinte. Âncoras, repórteres eredatores devem passar absoluta credibilidade sobre o assunto. Issosó acontece quando o âncora, repórter ou o redator têm absolutodomínio sobre a informação transmitida. Em caso de dúvida, amatéria não deve entrar no ar. No caso dos repórteres, é necessáriaatenção à clareza da voz, ao ritmo da locução e à entonação dadaao texto. Um repórter que fala rápido demais, atropela as palavrasou se excede no volume corre o risco de perder a atenção do ouvin-te, cuja única reação pode ser: “Mas como grita esse repórter”. Nomomento em que o ouvinte pára e observa isso, está deixando deprestar atenção na notícia.

Importante: Se o jornalista não conseguir entender o que estátransmitindo, o ouvinte nunca entenderá.

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Necessidade do lideParece redundante, mas não é. Muitas vezes sentimos necessi-

dade de estilizar a matéria e nos esquecemos dos ensinamentos bá-sicos da faculdade: contar a quem consome nosso produto o queestá acontecendo. Nossa matéria deve responder, imediatamente,às questões clássicas: o que aconteceu?, como aconteceu?, quando aconte-ceu?, onde aconteceu? e por que aconteceu? Muitas matérias estão inseridasem noticiários e, por isso, devem ser curtas. Um motivo a mais parase eliminar o nariz-de-cera, já condenado na mídia impressa.

Importante: No caso de coletivas, nem sempre o lide é o queinteressa ao entrevistado. Não se pode correr o risco de servir comoassessores de imprensa de quem convocou a entrevista. É impor-tante uma consulta ao chefe de reportagem ou ao editor antes desair da redação.

Ordem diretaAs frases devem ser curtas e estar na ordem direta. Também se

deve evitar aquelas orações interpostas que, além de confundir oouvinte, acabam induzindo a erros de concordância. O melhor édesmembrar as informações em um número maior de frases.

Repetição de palavrasTrata-se de um vício de linguagem dos mais flagrantes no rádio.

Para evitar a repetição, podemos recorrer à riqueza do idioma, quenos dá sinônimos e expressões equivalentes à usada anteriormente,sem necessidade de se cair no pedantismo ou no uso de palavraspouco conhecidas. O bom-senso deve prevalecer.

Podemos usar medida para não repetir iniciativa, mas ninguém vaichamar hospício de nosocômio.

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ConcisãoÉ fundamental em qualquer texto, principalmente em rádio.

Muitas vezes, escrevemos ou falamos palavras absolutamente des-necessárias para a compreensão da mensagem. Vamos eliminar osupérfluo para melhorar a compreensão por parte do ouvinte.

Em cima dos fatosO repórter de rádio tem que aprender a trabalhar rápido e ofere-

cer ao ouvinte, passo a passo, os desdobramentos da notícia. Quemaguarda os acontecimentos para escrever a matéria é o repórter dejornal. Já o repórter de uma emissora rádio deve estar sempre preo-cupado em informar cada etapa da notícia no momento em que elaacontece, sem deixar, é claro, de ser preciso nas informações.

Importante: A necessidade da urgência na divulgação de umfato não significa esquecer o princípio ético de só se transmitir anotícia que se tenha testemunhado ou que já esteja confirmada. Aurgência deve ser conjugada à precisão. A credibilidade é funda-mental.

ImprovisoRegra importante para os repórteres: muitas ocasiões não per-

mitem ao repórter de rádio escrever um texto antes de entrar no ar.Na hora do improviso, estamos sujeitos a erros que podem ser evi-tados. O primeiro é a falta de objetividade. O repórter fala, fala enão consegue informar o que pretende. Uma boa maneira de seevitar isso é anotar pelo menos os tópicos mais importantes ou su-blinhar no próprio texto de apuração as informações que devem irao ar. Além disso, uma boa locução mais pausada dá ao repórtertempo para pensar no que vai dizer a seguir, reduzindo a margemde erros de concordância e outras armadilhas da língua portuguesa.

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Normas práticas

DisseÉ a palavra mais usada em qualquer rádio. Deve-se recorrer ao

português para substituir a palavra por outras que expressem a in-tenção de quem está falando. Os melhores substitutos para “disse”são “afirmou” e “declarou”.

PresentePrefira sempre o presente ou a forma composta do que o futuro.

O Cruzeiro joga amanhã ou vai jogar amanhã é sempre melhor do quejogará amanhã.

MelhorNão se usa com o particípio. Diz-se “fulano ficou mais bem co-

locado no concurso” e não “fulano ficou melhor colocado no con-curso”. A regra é a mesma para pior.

BastanteA palavra é usada erradamente no lugar de muito. Bastante signi-

fica suficiente. Exemplo: Ronaldinho está muito cansado, mas não o bas-tante para abandonar a partida.

ContinuaOutra palavra que deve ser evitada, principalmente na abertura

da matéria, pois pode conotar um assunto superado. O ideal é pro-curar sempre um enfoque novo para a notícia, uma suíte. Evidente-mente, nem sempre isso é possível, principalmente nas primeirashoras da manhã. Como na maioria dos casos, deve-se recorrer aobom-senso.

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CargosDevem vir sempre antes dos nomes. É o cargo que dá importân-

cia ao nome que o ocupa. No caso de frases maiores, pode-se usaro recurso de escrever o cargo em uma frase e o nome da pessoa naseguinte. Exemplo: O secretário especial de Direitos Humanos saiu agorahá pouco do Palácio do Planalto. Nilmário Miranda foi pedir ao presidenteLuís Inácio Lula da Silva uma definição sobre as atribuições da secretaria.

ListasDeve-se evitar a divulgação de listas no ar. Dificilmente serão

assimiladas pelo ouvinte. Existem, claro, exceções. No caso da quedado avião da TAM, era fundamental a divulgação. Nesses casos, érecomendável que se avise o ouvinte, com antecedência, sobre ohorário em que a lista será lida no ar. A redação deve manter a listapara ouvintes diretamente interessados que venham a telefonarpedindo informações.

Nomes estrangeirosEm muitos casos, podem ser omitidos. O noticiário internacio-

nal é rico em nomes de autoridades ou personagens que nada acres-centam à notícia. Em vez de citar o nome de um policial encarrega-do de uma determinada informação no Iraque, pode-se simples-mente atribuir a informação à polícia iraquiana. Quando for divul-gar o nome estrangeiro, deve-se grafá-lo corretamente no texto.Podemos escrever o nome aportuguesado no campo à esquerda datela do computador.

Importante: Quem escreve o nome, não pode ignorar sua pro-núncia correta.

Observação: A norma de não citar nomes serve exclusivamen-te para o noticiário internacional, quando a informação nada acres-

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cente para o ouvinte. Quando o fato se refere ao Brasil ou a paísespróximos, a fonte deve ser citada.

CifrasPodem perfeitamente ser arredondadas. Como exemplo, o prê-

mio de um determinado concurso de loteria. Em vez de R$2.327.015,31, deve-se dizer que o apostador ganhou pouco maisde dois milhões e 300 mil reais.

OrdinaisSó deve-se usar números ordinais até onde houver clareza. Além

do vigésimo, já fica complicado. Por exemplo: Fulano de tal é o núme-ro 235 da lista da Associação dos Tenistas Profissionais. Sem dúvida, émais fácil para o ouvinte localizar a posição de fulano do que sedisser que ele é o ducentésimo trigésimo quinto da lista. O exemplovale para delegacias ou distritos policiais (DP’s). Ainda em relaçãoa delegacias e distritos, o melhor é localizá-los nos bairros e regiõesda cidade.

Placa de carroSó se deve divulgar o alfa-numérico da placa quando o carro

estiver sendo procurado ou quando houver acidente com vítimasnão identificadas. Isso para não alarmar quem tiver parentes ouamigos com carro com características semelhantes ao que tiver so-frido o acidente.

Número de casaDeve-se evitar usar o endereço para localizar um determinado acon-

tecimento. Poucos ouvintes vão saber onde fica o número 3.500 daAvenida Brasil, no Rio. Mas pode-se dizer que o problema aconteceuna Avenida Brasil, próximo à entrada para a Ilha do Governador.

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SiglasAs siglas de total domínio público não precisam ser decodificadas,

como Dersa, em São Paulo, e Cedae, no Rio. Mas, quando o repór-ter ou o âncora estiver em rede, deve explicar. Exemplos: A Dersa,empresa que administra as principais rodovias de São Paulo, ou a Cedae,empresa que cuida do abastecimento de água do Rio.

Porta-vozSempre que possível, deve-se evitar a intermediação. Em vez de

o assessor de imprensa, é o órgão, como um todo, o responsávelpela informação. As exceções existem. O porta-voz da Presidênciada República, por exemplo, deve ser citado.

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Convenções

PontuaçãoPontuar corretamente o texto é imprescindível em rádio. Estamos

escrevendo para alguém que vai ler e interpretar a mensagem. Ossinais gráficos de pontuação são fundamentais para a compreensãodo texto por parte do ouvinte. Um recurso para o redator é ler seutexto em voz alta para avaliar se a mensagem está sendo transmiti-da de forma correta.

AcentuaçãoNum texto que será lido por um âncora ou locutor, é fundamen-

tal que as palavras estejam acentuadas corretamente. Muitos pro-fissionais têm a ilusão de que o rádio dispensa o cumprimento dasregras gramaticais. Os acentos têm funções definidas e a falta delespode derrubar o locutor.

TranscriçõesDevem ser evitadas, pois obrigam o locutor ou âncora a exercí-

cios de interpretação. O recomendável é transmitir a informação,na ordem direta, e deixar as declarações para as sonoras. Evidente-mente, pode-se fazer exceções para declarações espetaculares que,em alguns casos, são a essência da matéria. Exemplos: “eu prendoe arrebento”; “eu tenho aquilo roxo”; “eu sou lulinha paz e amor”.

NúmerosSeguem-se as normas tradicionais de redação. De 1 (um) a 10

(dez), escrevemos por extenso. A partir de 11, em algarismos, excetopara idade, porcentagem e graus. Para os números acima de mil,uma regra intermediária. Exemplo: 3 mil 415. A exceção fica porconta dos anos: 1951, 1986, 1997, 2004.

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Importante: Para referências femininas, o número sempre porextenso, no feminino. Exemplos: quinhentas e três pilhas, duas dúziasde laranja, etc.

DecimaisSempre se escreve a palavra vírgula: oito vírgula 3, 12 vírgula 7,

etc. No caso de 0,5, usamos a palavra meio.

GrausSeguem o exemplo dos decimais: 23 graus e 3 décimos, 10 graus e

meio.

PercentagemO símbolo % é sempre escrito por extenso: 45 por cento; 93 vírgu-

la 8 por cento; 5 e meio por cento.

DinheiroSempre usar a forma mais coloquial. Em vez de 23 horas e 30

minutos, 11 e meia da noite. Meio-dia, em vez de 12 horas. Meia-noite, em vez de 24 horas ou zero hora.

Atenção: 12h30min se escreve meio-dia e meia e não meio-diae meio.

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Edição de matérias

Na busca de uma unidade de linguagem, deve-se estabelecer al-guns critérios básicos para as matérias editadas inseridas em noti-ciários das emissoras, principalmente as rádios que atuam em rede:

TempoUm dos aspectos mais importantes em qualquer emissora de rá-

dio. A duração de cada matéria vai depender de sua importância.Mais uma vez, deve-se recorrer ao bom-senso. Uma matéria podeser importante o suficiente para entrar em rede, mas isso não signi-fica que desperte interesse para os ouvintes de praças diferentes.Dificilmente o ouvinte mantém o mesmo nível de concentraçãoinicial quando uma matéria ultrapassa dois minutos de duração. Osucesso de uma matéria vai depender da importância e da exatidãode conseguir transmitir e não do tempo em que fica no ar.

EstruturaA matéria padrão de rádio contém pelo menos uma sonora do

entrevistado. O motivo é óbvio. Passa, para o ouvinte, a certeza deque a emissora foi à fonte da notícia, o que aumenta sua credibilidade.O repórter ou redator precisa obter harmonia entre o texto e a so-nora. Deve-se evitar uma redação burocrática para a matéria.

CabeçaUm vício comum é a cabeça do locutor semelhante à abertura

da matéria pelo repórter. O redator precisa evitar essa fórmula. Acabeça deve ser um resumo do que a matéria tem de melhor comonotícia. Uma outra opção é deixar para a cabeça a abertura da ma-téria (lide), tornando a entrada do repórter uma continuação(sublide).

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SonoraO trecho de gravação do entrevistado que vai ilustrar a matéria

precisa ser bem escolhido para justificar sua inclusão na matéria.Existem duas opções: o detalhamento de uma informação impor-tante contida na cabeça ou a apresentação de uma ou mais infor-mações adicionais dentro da matéria.

PassagemNa passagem do texto do repórter ou redator para a sonora pre-

cisamos evitar soluções preguiçosas do tipo: Fulano explica o que vaifazer. A passagem precisa ser suave, contendo sempre uma infor-mação. Com isso, qualquer problema com a sonora não vai impedirque o ouvinte receba a informação. Além disso, em sua forma amatéria se torna muito mais elegante.

PéDeve-se guardar pelo menos uma informação adicional do en-

trevistado para identificá-lo no pé da matéria. Depois disso, pode-mos dar outras informações que não digam respeito diretamente aquem falou na sonora. O motivo é óbvio: nem sempre o ouvinteconsegue registrar quem estava falando. Como ele não dispõe deum texto impresso ou da imagem de uma televisão, deve-se facilitarsua compreensão. Deve-se evitar pés de matérias que não tragaminformações adicionais para o ouvinte. Como recurso, pode-se re-duzir o tempo de duração das sonoras e usar informações que fica-ram suprimidas na voz do repórter ou do âncora/locutor.

CoerênciaTambém parece óbvio. A matéria tem uma estrutura lógica de

narrativa. Ela não pode ser apresentada de forma desconexa. Cadafrase ou informação precisa dar seqüência à anterior.

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CitaçãoO âncora e/ou repórter só devem ser citados numa edição quando

intervêm efetivamente na matéria. Se a voz do âncora não é ouvi-da, não tem sentido citá-lo na matéria.

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Erros comuns e dúvidas

Concordância e quantidade• Use “um dos que ficaram” em vez de “um dos que ficou”.• Use o verbo no singular nos seguintes casos: metade do time en-trou em campo; a maioria dos meninos desistiu; uma parte foi.• Percentagem: 23 por cento dirigem e não dirige.

Pronomes• Use “entre mim e fulano” (e não entre eu e você).• Prefira sempre o pronome “dele” e não “seu”. Isso evita dúvi-das em relação ao sujeito a que se refere o pronome.

Uso de verbos regulares e irregulares• Existem mil pessoas (o verbo é regular, concorda com osujeito).• Havia mil pessoas (o verbo haver é impessoal no sentido deexistir, por isso só admite a terceira pessoa do singular).• Há 20 anos não estudava (no sentido de tempo passado).• Faz dez anos (verbo fazer, no sentido de tempo, só admite aterceira pessoa do singular).• Seja você, sejam vocês. (e não seje você, sejem vocês, na for-ma imperativa).

Palavras e expressões perigosas• A nível de – O certo é em nível de.• Acatar – Significa obedecer. A palavra é constantemente usadaerradamente como sinônimo de atender ou acolher.• Acessar – É um neologismo que deve ser usado apenas quandose refere a assuntos relativos à informática.• Aidético – Trata-se de uma palavra preconceituosa. Deve-se

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dizer que alguém é portador do vírus HIV.• Ao invés – Significa ao contrário. Portanto, não deve ser usadapara substituir em vez de.• Definir – A palavra costuma ser usada, erradamente, como si-nônimo de escolher e preferir.• De menor – Uma pessoa com menos de 18 anos não é de menor e,sim, menor. A palavra, por sinal, traz sempre uma carga de pre-conceito. Deve-se preferir criança, menino, adolescente.• Encapuzado – É o certo, e não encapuçado.• Gerar – Outra palavra muito usada erradamente, principalmenteno lugar de causar ou produzir. O verbo é utilizado como significadode reprodução das espécies. Também é certo dizer gerar energia.• Grama – Como medida de peso, é palavra masculina. Exemplo:Trezentos gramas de presunto.• Independente – Trata-se de um adjetivo e, portanto, não pode serusada como advérbio de modo. É errado dizer que: O Brasilvenceu a partida, independente de estar jogando com cinco reservas.• Meteorologia – E não, metereologia.• Onde – A palavra deve se referir a um local. Em muitos casos,deve ser substituída por no qual, em que etc. E aonde significa paraonde.• Questionar – Significa pôr em dúvida, e não perguntar ou interrogar.• Socialite – Palavra usada pelos colunistas sociais. Não se trata,portanto, de ocupação ou profissão. Deve ser evitada.• Ter lugar – Prefira sempre acontecer.

RedundânciasEvite sempre expressões como: fato real, fato verídico, boatofalso, empréstimo temporário, previsão para o futuro, sair parafora, subir para cima, conviver junto, ganhou grátis, surpresa ines-perada, ambos os dois, chuva que cai.

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A entrevista

Entrevistar é uma arte. No rádio, por exemplo, o ato de entrevis-tar adquire uma importância ainda maior porque é capaz de passaro que o jornalismo impresso nem sempre consegue: a emoção.

Uma boa entrevista depende, fundamentalmente, do nível dasperguntas e de um bom roteiro elaborado pelo entrevistador.

A seguir algumas dicas para uma boa entrevista:

• A entrevista deve ter começo, meio e fim. Planeje o tempodisponível, informe-se sobre o que vai perguntar. A falta de prepa-ro pode dar ao entrevistado a chance de transformar a entrevistaem palanque.

• A pergunta deve ter tamanho certo, suficiente para que o ou-vinte entenda o assunto. Alguns entrevistadores falam tanto sobreo tema que acabam respondendo à própria pergunta, deixando oentrevistado sem ter o que dizer. Outro exemplo é a pergunta pe-quena demais, a ponto de o ouvinte não saber que assunto estásendo tratado.

• O entrevistador deve, na maior parte do tempo, colocar-se nolugar do ouvinte e perguntar aquilo que considera mais importantesobre o assunto.

• A entrevista não pode ser apenas um bate-papo entre duaspessoas. O entrevistado está falando para o ouvinte e não exclusi-vamente para o jornalista.

• O jornalista deve estar preparado para mudanças no rumo daentrevista. Uma resposta pode levar o assunto para um tema mais

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importante que o preestabelecido. Se isso ocorrer, o novo tema devese tornar o ponto central da entrevista.

• Procure entender o que o entrevistado quis dizer nas “entreli-nhas”.

• As respostas devem ser claras. Na dúvida, deve-se pedir para oentrevistado explicar melhor a idéia sobre o tema abordado.

• A entrevista não deve durar mais do que o necessário. Poucosentrevistados merecem uma entrevista que aborde muitos assun-tos. Por isso é preferível ficar no tema original.

• O entrevistado fala para o público por intermédio doentrevistador.

• Os entrevistados devem ser tratados com respeito, mas semformalismo como Vossa Excelência. Lembre-se que doutor é títuloacadêmico, que vale para médicos ou pessoas que tenham defendi-do tese de doutorado. Os demais são senhoras, senhores, delegados,empresários, líderes sindicais, políticos, etc.

• Não hesite em perguntar ao entrevistado, antes da entrevista, amaneira correta de dizer o nome dele.

• Ao longo da entrevista, não tenha receio de repetir o nome doentrevistado, seu cargo e função. Não esqueça de que a audiênciado rádio é rotativa. Longos períodos sem a descrição podem nãoatrair o ouvinte.

• Há uma “muleta” que deve ser evitada para se fazer uma boa

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entrevista. Trata-se da frase: Como o senhor está vendo isso? Se ele forbem-humorado é capaz de responder: Com os olhos. Outra “muleta”,que cabe em qualquer situação, é: Qual é a sua opinião sobre?

• Fuja do óbvio. Há perguntas que beiram a cretinice, como per-guntar como se sente a mãe que acabou de perder a filha.

• Não interrompa o entrevistado sem que ele conclua o pensa-mento. A interrupção no meio da resposta irrita o ouvinte e preju-dica a edição posterior do material.

• É preciso ficar atento para evitar que o entrevistado fuja dapergunta. Quando esta não for respondida, deve-se insistir imedia-tamente. Em casos singulares, é preciso dizer firmemente que elenão responde ao que foi perguntado.

• Não se deixe intimidar pelo poder ou fama do entrevistado.Tente conhecê-lo o máximo possível. Informe-se sobre o tema abor-dado e o entrevistado.

• Há entrevistados lacônicos, que respondem apenas sim, não, tal-vez, etc. Estimule-os, perguntando sempre por quê? Outros se sentemintimidados diante do jornalista por não estarem acostumados adar entrevistas ou por medo de repercussões de suas declarações.Uma conversa informal ajuda a tranqüilizar o entrevistado. Tenteconvencê-lo da importância de sua informação para o público.

• Muitos entrevistados passam por cursos e conhecem técnicaspara permanecer mais tempo no ar. São os que não dão “ponto decorte”. Este tipo de entonação dificulta a interrupção, pois deixa aimpressão para o ouvinte de que ele foi cortado ou censurado. Ou-tra técnica ensinada nesses cursos é a troca de papéis. Se o

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entrevistador não tomar cuidado, o entrevistado acaba tomandoconta da entrevista e passando a condutor da mesma, levando-apara o campo que julgar mais interessante aos seus propósitos.

• Lembre-se dos riscos de uma entrevista ao vivo. Eventuaisfalhas não podem ser revistas. Uma vez falado, não dá para recuar.No caso de entrevistas gravadas ou editadas, é possível conseguirmelhor qualidade, uma vez que os erros podem ser corrigidos pelaspartes ou pelo editor.

• Entrevista em língua estrangeira traz dificuldades de tradução.O tempo que se gasta na tradução pode fazer com que o ouvinteperca o interesse. Mas, se tratando de um assunto ou de um convi-dado importante, a tradução deve ser feita. É sempre preferível apresença de um tradutor, ainda que o jornalista fale bem o idioma.Traduções podem trazer divergência de entendimento, por isso, sem-pre que possível, deve-se pedir a presença de um tradutor. Se vocênão for fluente na língua, não se arrisque ao vexame.

• Entrevista não é debate. É necessário tomar cuidado para queum bate-boca não confunda o ouvinte. Ela não é um confronto deopiniões entre jornalista e entrevistado.

• Boas entrevistas não são feitas necessariamente por jornalis-tas. Há apresentadores, humoristas, artistas capazes de conduzirentrevistas inteligentes e que acabam gerando notícias. O rádio e atelevisão têm vários exemplos de sucesso.

• Entrevistas esportivas são repetitivas também por culpa doentrevistador, que faz sempre as mesmas perguntas e obtém asmesmas respostas. É preciso fugir de o que você achou do jogo?

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• Não se disperse nem se deixe distrair com outras pessoas quepossam estar no estúdio ou no local da entrevista.

• Seja criterioso e paciente nas entrevistas coletivas. Muitas sãoorganizadas para atrair publicidade ou para que prevaleça apenas oponto de vista do entrevistado. Mesmo que ele considere relevanteo que vai dizer, haverá sempre a possibilidade de que haja umainformação mais importante. Há também coletivas improvisadas,feitas em clima de tumulto, principalmente pela concorrência entreos veículos e a falta de bom-senso dos jornalistas. A prática ensinaque nessa situação a prioridade nem sempre é fazer perguntas.

• O entrevistado não deve ser enganado sobre o tema da entre-vista. Não se admite entrevista-armadilha, ou seja, convidá-lo paradiscutir um assunto e partir para outro, ou usar recursos como so-noras de inimigos e ofensas de adversários.

• Entrevista não é linchamento. O entrevistado tem o direitolegal e ético de não responder a determinada pergunta e até mesmode não dar entrevista, e tem que ser respeitado na sua decisão. Outroerro é induzir o entrevistado a dar a resposta que se quer ouvir. Oque o jornalista pode fazer é usar de inteligência para conseguirdeclarações que contenham notícias ou esclarecimentos.

• Sempre é bom lembrar que existem limites na entrevista, comonão invadir a privacidade do entrevistado, preservar sua vida pes-soal e agir sempre com base em ações éticas. Conduzir a entrevistade forma vigorosa, especialmente com um personagem liso, não émaltratar o entrevistado nem ofendê-lo. A entrevista é uma ação demão dupla, onde nem sempre se consegue acuar o entrevistado.Aliás, quem pensa em dar pancadas é bom estar preparado para

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recebê-las também. É importante nunca perder o sangue-frio. Aentrevista é um verdadeiro duelo intelectual jornalístico com o en-trevistado.

• Edições e cabeças de entrevistas gravadas nem sempre agra-dam o entrevistado. Ele tem de entender que jornalismo pressupõealguma subjetividade.

• Entrevistas gravadas pela reportagem ou editadas podem ga-nhar mais atualidade se a “cabeça” ou introdução for apoiada emoutras fontes como agências de notícias. Algo importante do fatoque se perdeu pode abrir a matéria.

• Não se pode aceitar perguntas previamente apresentadas peloentrevistado ou por sua assessoria de imprensa. Sugestões, pautas econversas esclarecedoras são sempre bem-vindas.

• O jornalista tem o dever ético de falar a verdade. Por isso, devese recusar a mostrar a entrevista antes que esta vá ao ar, uma vezque ela é a expressão da verdade e está correta na visão doentrevistador.

• Em caso de dúvidas ou se as circunstâncias não permitirem opreparo para a entrevista, lembre-se de que o jornalismo tem per-guntas básicas: o quê, quem, como, quando, onde e por quê?

• Não seja ingênuo. É comum a notícia afetar interesses, seja napolítica, economia, esporte, etc.

• Olhe nos olhos do entrevistado. Considere o que não está sen-do dito, observe o semblante das pessoas. Permita uma pausa de-pois da fala do entrevistado. Saber usar o silêncio é exercer o poder.

32 Cadernos da Comunicação

Vocabulário radiofônico

Conheça algumas palavras e expressões referentes à comunica-ção radiofônica, assim como alguns termos técnicos. Apesar demuitos já estarem em desuso, assim mesmo são utilizados em mui-tas emissoras:

Abert - Associação Brasileira deEmissoras de Rádio e Televisão.Trata-se de uma entidade que con-grega as emissoras de rádio e TV.

Abertura de programa - Iní-cio de programa. Introduçãocom um breve resumo do queserá transmitido.

Acorde - Som usado no rádiopara separar mensagens.

Acústica - Estudo do som, suanatureza e características. Emrádio, é a medida da qualidadesonora de um ambiente.

Afetação - Falta de naturali-dade ou espontaneidade, quedeve ser evitada na lingua-gem de rádio. O mesmo quepedantismo.

AGC - Automatic Gain Control ouCAG – Sistema de Controle de

A

Ganho –, geralmente por reali-mentação, incluído praticamen-te em todos os equipamentos deestúdio de gravação, produção ereprodução.

Agência de Notícias - Em-presa que fornece informaçõesaos veículos de comunicação.Quando o fato é importante, épreciso destacar, na notícia, onome da agência: O serviço noti-cioso foi fornecido pela AssociatedPress. Normalmente, o créditoà agência é dado no final da no-tícia. Entretanto, quando há se-qüência de fatos em episódiode impacto, o nome da agênciaprecede a informação.France Presse – Roma – 12 e 30. OPapa João Paulo II sofre atentado.Associated Press – Washington – 13e 10. Chega à Casa Branca o novopresidente dos Estados Unidos.Nestes casos, abrir com a citaçãoda agência dá força à notícia.

Série Estudos 33

Agência de propaganda -Empresa que determina a mídia,planeja, cria e produz programaspublicitários para seus clientes.

Agenda - Ferramenta básica dorepórter.

Agulha - Dispositivo ou ele-mento que, por vibração mecâ-nica, transfere à cápsula, a infor-mação gravada no sulco “cápsulae agulha”.

Alcance - Distância, em cadadireção, em que o sinal da emis-sora é captado por radiorrecep-tores domésticos com boa qua-lidade de reprodução. O alcan-ce deve sempre ser avaliado emtermos estatísticos, quer peladiferente qualidade dos recepto-res, quer por condições de recep-ção, tais como o tipo de antena.O alcance depende também dafaixa de freqüência, do horáriode recepção e da potência ado-tada pela emissora.

Alocação - Atribuição de um ca-nal de radiodifusão a qualquerlocalidade do território nacionaldentro de um dos Planos Bási-cos de Distribuição de Canais.

Alta fidelidade - Tradução dehigh-fidelity ou hi-fi. Termo intro-duzido na década dos 50 a 60como designativo das eletrolas,que, à época, dispunham de ex-celentes recursos de reproduçãosonora; em rádio, a palavra hoje

corresponde ao conjunto de téc-nicas de gravação e reproduçãodo som, com a menor distorçãopossível na faixa de audiofre-qüência.

Alto-falante - Dispositivo quetransforma a energia elétrica emenergia acústica.

Amarrar informações - Ligartodos os dados levantados emuma matéria, de forma ordena-da e disciplinada, para lhe darcoerência, para que a matérianão fique solta, “frouxa”.

Ambigüidade - Duplo sentidonas palavras e frases que deixamconfusa a informação. Evitar aambigüidade na linguagem deveser preocupação do profissionalde rádio.

Amostra - Parte da população,através da qual se pressupõe astendências, preferências, opini-ões, a respeito de um produto,marca, comportamento, etc.

Amostragem - Escolha daamostra.

Amplificação - Processo do au-mento do nível de um sinal es-pecífico (tensão ou corrente elé-trica), através de um determina-do sistema de transmissão ou derecepção. Visa reduzir, dentrodos parâmetros de uma qualida-de preestabelecida, os ruídos edistorções.

34 Cadernos da Comunicação

Amplificador - Circuito, equi-pamento e sistema que efetuama amplificação através de um de-terminado sistema de recepçãoou transmissão.

Amplitude modulada - Cor-responde ao processo de modu-lação em que o sinal modulador– da informação – altera o nívelou amplitude do sinal modulado –portador de radiofreqüência –que se propaga entre o transmis-sor e um determinado receptor.As faixas de OM (Ondas Médi-as), OT (Ondas Tropicais 62, 90e 120m) e OC (Ondas Curtas49m, 31m, 25m, 19m, 15m, 13m)adotam este tipo de modulação.AM é designativo deste tipo demodulação. OM é designativo deuma faixa de freqüência.

Análise de mercado - Identifi-cação das características e da ex-tensão de um mercado para ava-liar sua capacidade de compra evenda de um produto ou conjun-to de produtos.

Antena - Dispositivo ou con-junto de dispositivos que permi-te a recepção ou transmissão deum sinal radioelétrico, transfor-mando a energia elétrica essen-cial (associada a valores de cor-rente e tensão) em campos ele-tromagnéticos (energia essenci-al) que se propagam pelo espa-ço. Em radiodifusão, o termoantena refere-se mais à recepção,enquanto que em transmissão

adota-se a expressão sistemairradiante.

Antítese - Figura de linguagemque contrapõe idéias opostas.Desde que não prejudique a ni-tidez, a antítese pode ser empre-gada para dar expressividade àlinguagem de rádio, surpreen-dendo o ouvinte: Momentos de ten-são terminam em festa.

Anunciante - Pessoa ou orga-nização que assina a mensagempublicitária, autoriza sua veicu-lação e é responsável pelo seuconteúdo e pelos seus custos.

Anúncio - Mensagem publicitá-ria apresentada por meio de pa-lavras, música e outros recursosauditivos, que deve seguir ospadrões éticos.

Ao vivo - Transmissão feita nomomento exato em que o acon-tecimento se dá.

Apagador - Dispositivo ou equi-pamento que “apaga” ou eliminaa informação de fitas já gravadas.O mesmo que bulk-eraser.

Apagar - Eliminar os sinais an-teriormente gravados em fitasmagnéticas. O mesmo que lim-par e desmagnetizar.

Aparelho - Termo genérico quedesigna equipamentos de uso emradiodifusão e especificamentereceptores.

Série Estudos 35

Apito - Ruído em geral de altafreqüência (acima de 3.000Hz)superposto ao sinal reproduzi-do, processado ou recebido,proveniente em geral do maufuncionamento, uso indevidoou defeitos dos equipamentos.O mesmo que assobio.

Apresentador - Profissionalque comanda no ar as atraçõesde um programa de rádio. Cha-ma o repórter para fazer a ma-téria, coordena debates, faz en-trevistas por telefone e ao vivono estúdio e anuncia os seg-mentos do programa. Em tele-visão este profissional é desig-nado como anchor-man.

Apuração - Investigação dosdados e acontecimentos que se-rão transformados em notícia oumatéria. Apurar o fato éinvestigá-lo.

Apurar a linguagem - Aperfei-çoar o português.

Aquário - Estúdio de locuçãoenvidraçado.

Argumentação - Apresenta-ção de argumentos ou racio-cínios durante uma discussão.O argumento deve ser funda-mentado com exemplos, es-tatísticas, cifras e compara-ções para ser convincente. Aargumentação é tarefa cons-tante do radiojornalismo.

Assistente de produção - Pro-fissional que auxilia o produtor deum programa. Faz contatos tele-fônicos, marca entrevistas, redigee edita matérias para um determi-nado programa.

Atendimento - Prestação de servi-ços profissionais que faz uma agên-cia de propaganda a um cliente ougrupo de clientes.

Atualidade - Qualidade exigidaem uma notícia.

Audiência cativa - Audiência ha-bitual da rádio em um determina-do programa.

Áudio - Termo essencialmente“técnico-popular” que designa nãosó a faixa de audiofreqüências – as-sociada à geração e reproduçãodas ondas sonoras – como tambémo conjunto de técnicas, dispositivose equipamentos associados por suavez àquela faixa de freqüências.

Autorização - Ato de poderconcedente, através da Presidên-cia da República ou do Ministériodas Comunicações, que permite ouso e eventual exploração dos ser-viços de radiodifusão. Ordem docliente ou da agência para aveiculação de comerciais.

Avant-première - Pré-estréia éum termo melhor para designara primeira exibição de um espe-táculo artístico.

36 Cadernos da Comunicação

Background - Música, vozes ouruído em fundo que servem desuporte para a fala. O mesmoque BG. O BG precisa ser ca-racterístico, para não ser confun-dido com falha técnica, e não sepode, de maneira alguma, preju-dicar o som da fala.

Balão de ensaio - Boato que sefaz circular para verificar as ten-dências de opinião e as reaçõesdo público. É uma maneira depreparar a população e amorti-zar o choque que o fato noticia-do provocará.

Barriga - Notícia inverídicatransmitida antes de ser checa-da. A pressa em dar um furo pro-voca a barriga. A barriga nãopode acontecer, mesmo que secorra o risco de ser a últimaemissora a dar a notícia. Usa-setambém o termo barriga para in-dicar oscilação nos índices deaudiência.

Bell - É o logaritmo na base de-cimal da relação entre duas po-tências.

Bloco - Segmento da programa-ção, composto de notícias, maté-rias, música, etc., que ocupam o

espaço de um intervalo comerciala outro. O mesmo que módulo.

Bobina - Indivíduo sem defini-ção e coerência em suas decisões.O mesmo que enrolado. Designa-ção genérica dos indutores. Omesmo que carretel.

Boletim - Breve informativotransmitido pelo próprio repór-ter sobre o assunto abordado ementrevista, ou baseado em infor-mações que não foram gravadas.O boletim não deve ultrapassardois minutos, deve começar como lide da matéria, pode ser opi-nativo e conter observações pa-ralelas (ambiente, estado de es-pírito do entrevistado, etc.).

Boletim da Bolsa - Informati-vo transmitido diretamente doPregão da Bolsa de Valores.

Brainstorming - Técnica decriação que consiste em reunirpessoas de diferentes especiali-dades para extrair idéias sobrecampanha, slogans, etc. A imagi-nação dos participantes tem li-vre curso e nenhuma crítica àsidéias pode ser feita. Literalmen-te, em inglês significa tempestadede idéias.

B

Série Estudos 37

Branco - Espaço de tempo emque a fala é interrompida. Emmatérias editadas, este silêncioé eliminado através de emen-das. Ao vivo, não há como evi-tar a catástrofe. O mesmo queburaco.

Briefing - Resumo de instru-ções transmitidas pela chefiaaos responsáveis por um traba-lho. Briefings são feitos pelamanhã e a todo momento emque são necessários, em reu-nião de pauta e transmitidosimediatamente aos profissio-nais.

Cabeça - Dispositivo eletro-mecânico que converte os sinaiselétricos de audiofreqüência eminformação gravada em fitasmagnéticas para posterior repro-dução. Cabeças gravadoras gra-vam a informação nas fitas. Ca-beças reprodutoras lêem a infor-mação nas fitas para posterioramplificação e processamento.Cabeças apagadoras eliminam ainformação das fitas.

Cabeça de matéria - O mes-mo que lide.

Cabeçalho - Dados que devemconstar no alto da folha datilogra-

Brilho - Gíria usada para o re-curso técnico de aumentar as fre-qüências altas com o objetivo dedar destaque a um som.

Broadcast - Palavra que caiu emdesuso. Designava a equipe deuma emissora ou de um programade rádio. O mesmo que elenco.

Broadside - Impresso utilizadono lançamento de um produto, es-clarecimento de uma campanhapública ou promoção de vendas.

Bulk-Eraser - O mesmo queapagador.

C

fada. Consiste no título da maté-ria, crônica ou editorial, programa,data em que irá ao ar e nome doredator. Os editores devem acres-centar ao cabeçalho o horário emque o material será transmitido.

Cabine de controle - Recinto oulocal onde os operadores manipu-lam e controlam em mesasmisturadoras – mesas de som – asinformações sonoras e elétricasprovenientes dos gravadores, mi-crofones, tape-dake, toca-discos,cartucheiras e linhas telefônicaspara posterior processamento,transmissão e gravação. O mesmoque técnica de som.

38 Cadernos da Comunicação

Cabine de som - Recinto ondelocutores, entrevistadores e en-trevistados efetuam o seu traba-lho, razão pela qual o ambientedeve ter as suas característicastécnicas estudadas e prees-tabelecidas. O mesmo que cabi-na de locução ou estúdio.

Cabo - Conjunto de condutorespara a interconexão entre dispo-sitivos, circuitos e equipamentosde emissora, cabo de áudio,cabo de microfone, cabo de an-tena, cabo telefônico, etc.

Cachê - Pagamento eventual, fei-to a artista, jornalista ou outro pro-fissional, por participação em pro-grama ou por direito autoral.

Cacófato - Combinação do finalde uma palavra com o início deoutra que resulta em uma tercei-ra inconveniente,

Cadeia - Conjunto de emisso-ras reunidas para transmitir de-terminada programação. O mes-mo que rede. A maior cadeia jáformada por emissora privadaaconteceu no dia seguinte ao damorte de Tancredo Neves, em SãoPaulo. A Jovem Pan liderou a trans-missão em cadeia com uma cen-tena de emissoras nacionais.

Cadeia nacional - Sintonia for-mada pelo governo de todas asestações do país a uma centralde emissão, para transmitir umcomunicado oficial.

Caititu - Pessoa que procurapromover composições ou gra-vações de música popular.

Caixa acústica - Caixa de ma-deira coberta por uma tela espe-cial para transmitir o som. Suaforma e dimensão são calcula-das conforme os alto-falantesque dentro dela funcionam.

Caixa de sintonia - Circuito quecontém medidores de corrente eoutros componentes, instaladojunto às torres de OM para adap-tar ou sintonizar a torre à linhade transmissão ou transmissor.

Câmara de eco - Dispositivoeletromecânico, acústico ou ele-trônico que permite a inserção eutilização dos efeitos de rever-beração sonora na emissora.

Campanha - Série de reporta-gens e notícias transmitidas comfinalidade social.

Canal - Designação ampla, en-globando todo o conjunto de me-canismos naturais de expressãoda linguagem. Faixa de freqüên-cia utilizável pela emissora:• uma freqüência central ou por-

tadora designativa da transmis-são à qual está associada umapotência-limite de utilização;

• uma faixa ou “onda” de fre-qüência designativa de proces-so de modulação utilizável noprocesso de superposição dainformação à portadora;

Série Estudos 39

• uma ou mais faixas de proteçãonão-utilizáveis no processo demodulação visando eliminareventuais interferências entrecanais adjacentes alternados, etc.

Cápsula - Dispositivo eletro-mecânico que transforma vibra-ções gravadas nos sulcos dos dis-cos em sinais elétricos. O mes-mo que pick-up. (No interior seusa muito.)

Carretel - Cilindro de alumíniono qual se enrola a fita magnéti-ca. (No interior se usa muito.)

Cartucheira - Sistema antigode gravação e reprodução proje-tado especialmente para utiliza-ção em radiodifusão e que atra-vés de um sistema eletrome-cânico disparado por tons permi-te a inserção sucessiva ou nãode informações, gravadas emintervalos definidos de tempo de30 segundos, 60 segundos, etc.As cartucheiras eram fundamen-tais em radiodifusão, pois permi-tiam a inserção de comerciais,prefixos, hora certa, utilidadepública, etc. (No interior se usamuito.)

Cartucho - Chassi que contémfita magnética pronta para entrarem funcionamento, bastando in-troduzi-lo na câmara ou grava-dor. O mesmo que Cart. (No in-terior se usa muito.)

Central - Central técnica que re-

cebe os sinais sonoros que irãopara o ar. Faz contatos com re-pórteres por linhas telefônicas,viaturas, linhas diretas e estúdi-os de gravação. Grava, equaliza,edita e manda para a mesa quevai pôr no ar.

Central, viatura - Expressãousada pelo repórter que está naviatura e quer falar à CentralTécnica.

Chamar o repórter - Ativida-de do apresentador do programa,quando, no ar, introduz uma ma-téria.

Chamada - Flash gravado sobrematéria ou programa, transmiti-do várias vezes durante a pro-gramação, para despertar o inte-resse do ouvinte.

Checar - Verificar se a informa-ção é verdadeira.

Checking - Profissional que con-trola os horários dos comerciais.

Chefe de reportagem - Profis-sional encarregado de supervisi-onar e coordenar o trabalho dereportagem.

Cheque-liste - Trabalho de ve-rificação dos pontos básicos deuma cobertura. Durante as pré-vias eleitorais, por exemplo, éfeito o cheque-liste de urnas,votos, uniformes, viaturas, ho-rários, microfones, locais, etc.

40 Cadernos da Comunicação

Chiado - Tipo de ruído que dife-re do apito, pela semelhança como som de frigideiras e é conseqüên-cia, em geral, de falhas no proces-so da gravação e reprodução.

Citação - Transcrição de frase dealguma personalidade durante no-tícia ou boletim. Geralmente trans-crevemos a frase numa manchetee o nome da pessoa que a proferiuem outra manchete.

Clareza - Qualidade essencial dotexto radiofônico. Veja nitidez.Qualidade essencial de leitura deuma transmissão via rádio medi-da em números de 1 a 5 correspon-dendo a clareza 5 à recepção ex-tremamente clara e nítida.

Classe - Termo designativo dasdiferentes categorias das emisso-ras classificadas em função dacobertura prevista e potência detransmissão.

Clichê - Expressão que deve serevitada no rádio por ser usadacom exagerada freqüência.

Clímax - Ponto culminante deum texto ou reportagem.

Clipping - Conjunto de recor-tes de jornais e revistas sobre de-terminado assunto.

Cobertura - Reportagem com-pleta sobre um acontecimentoimportante, no local de sua ocor-rência. Área de atendimento,

dentro de contornos prefixados,de uma emissora de radiodifusão.

Cobrir - Fazer cobertura.

Código Brasileiro de Teleco-municações - A Lei 4.117, de26/8/1962, que foi comple-mentada por vários decretos.Em 1967, pelo Decreto-Lei nº326, de 28/2/1967, o governofederal alterou e complementouparte do código. O volume detoda legislação existente resulta-rá, em futuro próximo, na apro-vação de novo código, mais ágile flexível, que permitirá regular,inclusive, o exercício de radio-difusão no país.

Código de ética de radiodi-fusão - Normas que consistemem princípios gerais, cujas infra-ções são julgadas por um conse-lho de ética.

Coerência - Qualidade exigidaem texto jornalístico. Consistena relação lógica entre as idéiasapresentadas.

Colaborador - Especialista emdeterminada área que presta ser-viços à emissora sem pertencerao quadro profissional.

Cola na vinheta - Expressãousada pelo técnico para indicarao repórter que ele não será cha-mado pelo apresentador. Entra-rá logo após a vinheta. O mes-mo que entra direto.

Série Estudos 41

Colunável - Pessoa que está emevidência (na política, aconteci-mentos sociais, artes, etc.), quenormalmente aparece nas colu-nas sociais.

Colunista - Jornalista que redi-ge uma coluna em jornal ou re-vista.

Comentário - Comentários nãodevem aparecer nas notícias, massão desenvolvidos por comenta-ristas, após a informação.

Comercial - Mensagem de pro-paganda veiculada durante aprogramação.

Compacto - Edição sucinta deum programa, já transmitidopela emissora, muito usada emrepetição de irradiações esporti-vas, debates e coberturasjornalísticas.

Compensação - Veiculaçãosem cobrança de comercial, quenão foi ao ar, por algum motivo,no horário programado.

Comunicado - Informação ofi-cial de entidade de direito públi-co ou privado.

Concessão - Privilégio dadopela Presidência da Repúblicaatravés de ato publicado noDOU – Diário Oficial da União– para a exploração dos serviçosde radiodifusão em sons e ima-

gens (televisão), radiodifusãosonora em ondas médias, emcaráter regional e nacional (po-tências acima de 1kW diurno).A toda concessão correspondeum contrato em que as condi-ções da outorga são especifi-cadas.A permissão, privilégio dado peloministro das Comunicações,mediante consulta à Presidênciada República, corresponde ao as-sim chamado “âmbito local”, ouseja, são permissões às outorgasde emissoras de OM com potên-cias de 1kW e às FM de qual-quer potência.

Concisão - Qualidade essencial aotexto de rádio. O mesmo que síntese.

Concordância - Norma grama-tical que estabelece a flexão cor-reta das palavras (feminino, mas-culino, singular ou plural).

Condensar - Veja enxugar.

Consultor - Pessoa de reconhe-cido saber em determinada áreado conhecimento humano aquem se solicita informar, darparecer ou depoimento.

Contando e mandando - Ex-pressão usada pelo técnico, au-torizando o repórter a iniciarmatéria que será gravada pelacentral. A contagem um, dois, três,quatro. Não deve se unir ao iní-cio da gravação.

42 Cadernos da Comunicação

Contato - Profissional que re-presenta a emissora junto àsagências e anunciantes. Sua fun-ção é promover o veículo e ven-der o tempo da programaçãopara inserções publicitárias.

Continuidade - Seqüência dematéria ou notícia.

Controle - Controle-Geral, Centralde Controle, recinto onde os sinaisprovenientes de diferente(s)estúdio(s), de viatura(s), delocal(is) remoto(s) são processa-dos e selecionados seqüencial-mente para a transmissão pelaemissora.

Co-patrocínio - Forma de patro-cínio em que dois ou mais anun-ciantes participam dos custos deveiculação, em cotas iguais oudiferentes.

Corneta - Do inglês korn. Tipode alto-falante que, na realida-de, corresponde a uma conver-são de energia acústica direta-mente ao meio ambiente. Indi-víduo que fala alto demais.

Correspondente - Jornalistaencarregado de fazer a cobertu-ra de determinada cidade ou re-gião, dentro ou fora do país, ede enviar regularmente matéri-as e boletins para a emissora.

Cortina - Palavra que caiu emdesuso. O mesmo que vinheta.

COS - Comunicação de Ordensde Serviço. Serviço auxiliar deradiodifusão, obrigatório peran-te o Dentel (veja Dentel) para aligação permanente entre os es-túdios e os transmissores. Podeser feita via linha telefônica ouvia rádio.

Cozinha - Trabalho de reescre-ver (adaptar, atualizar econdensar) textos.

Crédito - Identificação dos pro-fissionais responsáveis por tra-balho jornalístico de real impor-tância: o repórter, produtor,agência noticiosa, etc.

Crítica - Entrevista opinativasobre fato jornalístico emitidapor especialista ou ouvinte.

Crônica - Texto radiojorna-lístico desenvolvido de formalivre e pessoal a partir de fatosda atualidade. A crônica de rá-dio tem preocupação com aspec-tos sonoros do texto.

Curto e grosso - Expressãousada na redação para indi-car que o texto deverá dizero máximo com o mínimo depalavras.

Série Estudos 43

Decibel - Veja ganho.

Dedo-duro - Gravador de bai-xa rotação que registra a progra-mação para fins de fiscalizaçãoe arquivo junto ao Dentel.

Deixa - Palavras finais da ma-téria que indicam ao operador eao locutor o momento em queoutro segmento deverá entrar.Trechos de gravação que cons-tam da matéria editada.

Dentel - Departamento Nacionalde Telecomunicações. Órgão doMinistério das Comunicações queorienta, coordena e fiscaliza a apli-cação das leis, regulamentos enormas relativos às atividades detelecomunicações. Os prazos deconcessão, permissão e autoriza-ção estabelecidos pelo Dentel paraas rádios são de dez anos,renováveis por igual período.

Detecção - Processo inverso àmodulação em que a informaçãosuperposta à portadora, que sepropaga entre o transmissor e oreceptor, é recuperada, ampli-ficada e reconvertida à formaoriginal.

Diafragma - Parte ou dispositi-vo de microfones e alto-falantes

que permite a transferência daenergia sonora (vibrações) emenergia mecânica, ou vice-versa,para posterior transformação emenergia eletromecânica atravésde bobinas e ímãs.

Dial - Termo que designa a es-cala graduada em que estãoindicadas freqüências e/ou com-primentos de onda de diferentesemissoras de uma mesma faixade operação. O processo de se-leção ou sintonia fica indicadona escala ou dial.

Direcional - Microfone cuja ca-racterística espacial de conversãodas ondas sonoras em sinais elé-tricos depende da direção de inci-dência das ondas sonoras.Sistema irradiante, ou antena derecepção, que, em certas direçõesespecíficas, tem maior capacida-de de irradiação ou absorção daenergia eletromagnética incidente.

Direito autoral - Direito de umautor sobre sua obra, no que serefere à publicação, reprodução,adaptação, exibição, etc.

Distribuidor - Equipamento deáudio que, para uma entrada temdiversas saídas, com controle denível individual para cada saída.

D

44 Cadernos da Comunicação

EAF ou EHF - Extremely HighFrequency, de 30 a 300GHz. Ob-servação: 3000MHz = 3GHz(gigahertz). A anotação adotadano Brasil é a americana, ou sejaHF, VHF, UHF, e assim por di-ante, não se adotando a nomen-clatura traduzida.

Ecad - Escritório Central de Ar-recadação e Distribuição. Orga-nismo que controla os direitos au-torais sobre execução de músicas.

Eco - Efeito desagradável aoouvido, provocado pela dicçãopróxima e sucessiva de palavrascom mesma terminação.

Edição - Montagem de uma ma-téria, após selecionar, cortar eemendar trechos da gravação.

Edição especial - Produção deum programa em edição diferen-te das edições habituais.

Edição extraordinária - Traba-lho radiojornalístico que não es-tava programado, diante de fatoimportante e atual. Uma ediçãoextraordinária é precedida de si-nais sonoros bem marcantes.

Editor - Profissional encarrega-do da edição. O editor de matéria

executa a edição de matérias. Oeditor de programa se encarrega daprodução total de determinadoprograma. O mesmo que produ-tor. O editor de área (política, eco-nomia, assuntos internacionais)é responsável pelo trabalhoradiojornalístico de uma deter-minada área ou setor.

Editor responsável - Pessoaque assume, para efeitos jurídi-cos, a responsabilidade total so-bre o conteúdo de uma matéria.O editor responsável é o diretorde jornalismo.

Editorial - Texto opinativo, es-crito de maneira impessoal, semidentificação do redator, sobreassunto nacional ou internacio-nal, que define e expressa a opi-nião da emissora.

Educativa - Emissora que tema sua instalação liberada peloMinistério das Comunicações,com aprovação prévia do Minis-tério da Educação, não poden-do inserir comerciais ou progra-mação comercial, direta ou sub-jetivamente.

Efeito especial - Artifício sono-ro (chuva, vento, etc.) produzi-do pelo sonoplasta.

E

Série Estudos 45

Em cadeia - Termo técnicoadotado em radiodifusão corres-pondente à transmissão conjun-ta e simultânea de uma mesmaprogramação por emissoras deuma determinada região ou deum país.

Emissora - Empresa que pro-duz e transmite mensagens decomunicação de massa por meiode radiodifusão.

Encerramento - Trecho final deum programa ou de uma matéria.O encerramento de uma matériadeve mencionar nome e função doentrevistado e repetir a informa-ção mais importante transmitidadurante a entrevista.

Enquete - Levantamento de tes-temunhos públicos.

Entrar - Entrar no ar.

Entrevista - Diálogo entre re-pórter e fonte, sob forma de per-guntas e respostas, para obter in-formações.

Entrevista coletiva - Entrevis-ta em que a personalidade aten-de à imprensa em conjunto, res-pondendo a perguntas de todosos repórteres.

Enviado especial - Repórterque viaja com a missão de reali-zar um trabalho radiojornalísticoespecial sobre determinadoacontecimento.

Enxugar - Redigir um texto,eliminando todos os elementossupérfluos, para torná-lo claro,denso e conciso. O mesmoque limpar.

Equalização - Processo ado-tado em gravação, reproduçãoe transmissão, em que as alte-rações, em resposta de fre-qüência, são corrigidas. Grava-dores, microfones e toca-dis-cos obrigatoriamente dispõemdeste recurso para a correçãodos graves e agudos.

Equalização de linha - Proces-so de compensação dos agudos,quando o som é transmitido porlinhas telefônicas.

Equalizador - Equipamentoque equaliza.

Escuta - Veja radioescuta.

Espelho - A primeira edição,que serve de modelo para umprograma ou matéria. O mesmoque piloto.

Espião - Receptor de freqüên-cia privada usado pela políciae outros órgãos, instalado nasala de radioescuta para que in-formações sejam levantadas.

Espontaneidade - Qualidadeque não deve faltar à lingua-gem de rádio, a fim de estabe-lecer aproximação com o ou-vinte.

46 Cadernos da Comunicação

Esquema - Diagrama planifica-do de dispositivos, circuitos,equipamentos da emissora. Todaemissora deve arquivar todos osesquemas e manuais dos equipa-mentos instalados.

Estação - Centro emissor derádio.

Estalo - Ruído forte e isoladoque pode ocorrer quando se falamuito próximo do microfone asconsoantes explosivas como p eb, ou por defeito técnico.

Estática - Ruído produzido noradiorreceptor por impulsos elé-tricos espúrios, provenientes deatividade elétrica na atmosferaterrestre.

Estourar - Ultrapassar o tempoprogramado para a transmissão.

Estúdio - Veja cabine de som.

Ética - Aqui estão os mais im-portantes princípios de éticaque devemos seguir: informarcom exatidão e verdade; terconsciência do poder que te-mos em mãos e analisar as con-

seqüências da divulgação danotícia; não omitir notíciasimportantes para a população;aguardar a confirmação da no-tícia antes de divulgá-la; esco-lher sempre a pessoa apropria-da para falar sobre determina-do assunto; corrigir pronta-mente os erros cometidos e demaneira total. Esses princípiosdemonstram a função eminente-mente social do jornalista.

Eufemismo - Substituição deuma palavra ou expressão poroutra menos chocante. No rádio,o eufemismo está sempre presen-te. Dizemos país em desenvolvimen-to em vez de país subdesenvolvido,etc. É preciso tomar cuidado noemprego do eufemismo, paraque a exatidão da informaçãonão fique prejudicada.

Evento - Acontecimento que éobjeto de matéria jornalística.

Exatidão - Usamos exatidão nosentido de informação exata.

Exclusividade - Cobertura deum fato feita apenas por umaemissora.

Série Estudos 47

Faixas de freqüência - O mes-mo que banda de freqüência. Siste-mática de distribuição de freqüên-cias para os diversos serviços detelecomunicação, adotando-se adivisão dada a seguir para as fai-xas de freqüências, em que ocorreo fenômeno da programação.MBF – VLF – Very Low Frequencyou muito baixa freqüência, de 3 a30kHz (quilohertz).BF – LF – Low Frequency – Baixafreqüência, de 30 a 300kHz.MF – MF – Medium Frequency –Freqüências médias, de 300 a3.000kHz, que englobam as on-das médias e a faixa de 120m deondas tropicais.AF – HF – High Frequency ou altafreqüência, de 3 a 30MHz, que en-globam as ondas tropicais de 90m e62m e todas as ondas curtas.MAF – VHF – Very High Frequency– Muito alta freqüência, de 30 a300MHz, que engloba todos oscanais de televisão em UHF (ca-nais 14 a 83), usados geralmenteem retransmissão de televisão, afaixas de 940 a 960MHz usadasem links e a faixa de 2.000Hz ado-tada para televisão como serviçode link.SAF ou S HF – Super HighFrequency – de 3 a 30GHz.

Fantasia - Nome promocional

criado para uma empresa, pro-duto ou serviço.

Feed back - Usa-se a expressãofeed back quando se marca umaentrevista ou recebe-se sugestãosobre a pauta; em tais ocasiõesé preciso dar ou receber um feedback. O mesmo que retorno.Processo adotado no projeto decircuitos em geral em que naentrada, ou num estágio anteri-or, são injetadas amostras de cor-rente ou tensão extraídas da saí-da, ou de um estágio posterior,do mesmo circuito. A realimen-tação reduz distorções, melhoraas características de estabilida-de operacional; pode tambémgerar oscilações, dando origemàs freqüências de operação emcircuitos chamados osciladores.

Fidelidade - Medida da quali-dade de reprodução, gravação eamplificação inerente a qualquerequipamento ou dispositivoeletroacústico.

Fita magnética - Fita de gra-vação, fita de rolo, fita de gra-vador, fita plástica, convenien-temente revestida numa desuas faces por material magné-tico que se orienta de acordocom a freqüência e intensida-

F

48 Cadernos da Comunicação

de de um sinal aplicado àfita, através de dispositivoseletromecânicos ou cabeças.

Flash - Rápida informação so-bre um fato, dado pelo repórter.

Flash-back - Transmissão demúsica que foi sucesso no pas-sado.

Fluxo de informação - Levan-tamento, veiculação e manipu-lação de informações no traba-lho radiojornalístico.

FM - Veja freqüência modulada.Viatura de freqüência moduladade onde o repórter passa a infor-mação.

Foca - Jornalista novato.

Fone - Dispositivo eletroacús-tico apropriado para a audiçãoindividual.

Fonte - Circuitos ou equipa-mentos que, a partir da ener-gia alternada da rede elétrica,produzem energia contínua,usada em equipamentos de re-cepção, transmissão, amplifica-ção. Designação de todos osdispositivos eletroacústicos,eletromagnéticos, circuitos eequipamentos que transfor-mam a informação sonora emsinais elétricos, para posteriorprocessamento e irradiação.São fontes-programa os microfo-nes, toca-discos, cartucheiras,

gravadores, casseteiras, etc.Fonte de informação. Pessoa, ór-gão, entidade ou mesmo uma do-cumentação que gerou o fatonoticiado. Pode ser imediata,quando há direta relação entrefonte e repórter; mediata, quan-do a relação é feita através deterceiros; oficial – fonte que re-presenta o governo; oficiosa – fon-te que recebe inspiração do go-verno sem comprometê-lo; infor-mal – declaração de pessoa bem-informada que quer permaneceroculta; natural – público que sedirige à rádio para transmitir umainformação. Quanto à citaçãode fontes, elas podem ser: onthe record – citação expressaonde a fonte se identifica; offthe record – fonte que quer sermantida em sigilo; background –informação prestada para o re-pórter entender melhor umasituação, mas que não deve serlevada ao público.

Fora do ar - Diz-se da estaçãoque não está transmitindo.

Fora de escuta - Diz-se do re-pórter distante das linhas de co-municação com a rádio, queratravés da fm (freqüência pelaviatura), quer através das lp’s (li-nhas permanentes).

Força - Usamos força no sentidode linguagem forte, incisiva.Termo que ocasionalmente éusado para designar a energia elé-trica de rede.

Série Estudos 49

Free-lance - Trabalho enco-mendado a um profissional semvínculo empregatício, designadocomo free-lancer. O mesmo quefrila (gíria).

Freqüência - Número de oscila-ções ou vibrações de um movi-mento periódico numa determina-da unidade de tempo. É o númerode vibrações por segundo de umaonda ou corrente alternada, me-dido em Hertz (1Hz = 1 ciclo porsegundo, quilohertz – 1kHz =1.000Hz), o megahertz (1MHz =1.000.000Hz) e gigahertz (1GHz= 1.000.000.000Hz).

Freqüência modulada - Sistemade transmissão em que a onda por-tadora, na faixa de 88 a 108MHz,é modulada em freqüência, ou seja,

Galena - Radinho de fabrica-ção caseira que utiliza o cristalde galena como detector, cap-tando apenas as transmissõesde emissoras muito próximas.

Gancho - O elemento que jus-tifica a matéria e a torna oportu-na. É a relação da matéria como ouvinte.

Ganho - Designação genéri-ca da relação de sinal ou po-

a moduladora, que é a informaçãona faixa de audiofreqüência, alte-ra a freqüência central de emisso-ra em função da sua intensidade ede sua freqüência. O processo emFM é submetido à menor incidên-cia de ruído e lhe é inerente umafaixa mais ampla de reprodução doáudio, o que lhe dá maior fidelida-de de resposta.

Fundo - O mesmo quebackground ou BG.

Furo - Notícia divulgada emprimeira mão.

Fusão - Mistura de dois temasmusicais diferentes, ou vozes,ruídos que indicam mudança deambiente, tempo ou situação. Omesmo que mistura de sons.

G

tência entre a entrada e a sa-ída de um sistema qualquerde g ravação, transmissão eamplificação.

Gilete-press - Recortagem dejornais. Expressão pejorativaque indica o hábito de produ-zir notícias através de recortesde jornais.

Girafa - Suporte de fixação domicrofone.

50 Cadernos da Comunicação

Gíria - Palavra ou expressão cri-ada por um determinado grupo.

Grampear telefone - Expressãousada na reportagem policial paradesignar a escuta clandestina detelefone.

Grande imprensa - Conjuntodos principais órgãos da impren-sa. Matérias editadas por gran-des empresas jornalísticas, soli-damente estabelecidas. Tambémchamada de imprensa diária.

Gravador - Equipamento quedispõe de recurso para basica-mente registrar sinais, geralmen-

te na faixa de áudio, sobre umafita plástica em cima da qual estádepositada uma fina camada dematerial magnetizável, que é, porsua vez, orientado longitudinal-mente de acordo com a freqüên-cia e intensidade do sinal a sergravado.

Gravador de cartucho - Siste-ma de gravação e reproduçãodesenhado especificamente pararadiodifusão, em cartuchos ouinvólucros plásticos para temposdefinidos de operação.

Gravar - Registrar sons e sinaisem gravador.

Hand-talk - Unidade portátil.Costuma ser identificada pelasiniciais HT. Microfone volante.

Headset - Conjunto de fone emicrofone adaptados ao forma-to da cabeça para dar mais con-forto ao locutor.

Hertz - Unidade de medida defreqüência equivalente a um ci-clo por segundo. Quando dize-mos 90Hz significa que a corren-te oscila 90 vezes por segundo.

Hiato - União de várias vogais,o que provoca um efeito desa-

H

gradável.

Hi-fi - Abreviação de high fidelity.Veja alta fidelidade.

HIT - Sucesso de vendagem dediscos.

Hit parede - Parada de sucessos.

Hora certa - Informação dadae repetida a todo instante.

Horário - Período de tempo emque se divide a programação derádio, determinando diferençasna característica da audiência e

Série Estudos 51

preços variáveis para inserção decomerciais.

House agency - Agência depropaganda mantida pelo próprioanunciante para a criação e

Identificação - Texto gravadoque deve ser irradiado pela emis-sora com a indicação do nomeda empresa, localidade, freqüên-cia e tipo de emissão (OM, OT,OC, FM), além do prefixo.

Imprensa alternativa - Órgãosde imprensa dirigidos por jorna-listas independentes que consti-tuem uma opção para o públicoleitor em termos ideológicos, for-mais ou temáticos. Enquadram-se nela jornais e revistas sema-nais, quinzenais ou mensais.

Imprensa marrom - Imprensamarginal que sobrevive à custado sensacionalismo.

Índice de audiência - Propor-ção da audiência obtida poruma emissora num certo mo-mento, em relação ao total deaparelhos receptores, ao totalde lares ou ao total de pessoas(toda a população ou apenas opúblico-alvo), conforme a fina-

veiculação de seus anúncios.A house agency, ou agência dacasa, representa economia naprodução e veiculação, ficandodentro da própria empresa a co-missão da agência.

lidade da pesquisa.

Informação - O objeto doradiojornalismo. Um noticiáriodeve distinguir a informação daopinião e interpretação.

Informalidade - Característicada linguagem de rádio, importan-te para estabelecer aproximaçãocom o ouvinte. A informalidadese nota principalmente nastransmissões esportivas.

Informe publicitário - O mes-mo que matéria paga.

Inserção - Cada uma das vezesem que o anúncio é veiculado.

Institucional - Propaganda quetem como objetivo promover umaimagem favorável a um produtoou instituição pública ou privada.O objetivo não é a venda, mas acriação de um clima, de uma ati-tude favorável do público em re-lação ao que se anuncia.

I

52 Cadernos da Comunicação

Interprograma - Intervalo co-mercial entre dois programas.

Intervalo - Espaço de tempo,entre dois segmentos de umprograma, preenchido por co-merciais.

Invocação - Usamos no senti-do de linguagem invocativa, ouseja, aquela que procura estabe-lecer uma aproximação com oouvinte. As fronteiras da lingua-gem invocativa são a pieguice eo sensacionalismo.

Jabá - Gíria que designa apicaretagem no serviço de umaemissora, como, por exemplo, aveiculação de informação oumúsica a partir de propina. Omesmo que jabaculê.

Janela - Intervalo que se deixaem programas de rádio para a in-serção de um ou mais comerci-ais. Espaço de alguns segundosdeixados num jingle para a locução.

Jingle - Mensagem publicitáriaem forma de música, simples,

atraente e fácil de memorizar.

Jogar no ar - O mesmo que pôrno ar, irradiar ou transmitir.

Jornal - Noticiário transmitidopela rádio. Os jornais são trans-mitidos por locutores que lêemnotícias manchetadas e por co-mentaristas.

Jornalismo - Departamento queapura, processa e transmite asinformações que a populaçãoprecisa saber.

J

kHz - Abreviatura de quilohertz (1kHz = 1.000Hz).

K

Série Estudos 53

Lançamento - Divulgação deuma atração (livro, show, etc.)para o público.

Lauda - Página redigida queserá lida pelo locutor.

Legenda - Texto curto destina-do à apresentação de musicais.

Lembrança - Intensidade comque um determinado anúncio émemorizado pelo consumidor.

Levantar matéria - Investigardados que darão origem à maté-ria jornalística, através de todosos meios disponíveis.

Lide - Forma aportuguesada delead. Abertura de uma notícia oureportagem. No rádio o lide des-taca o fato mais importante, queatrai o ouvinte, para persuadi-lo aprestar atenção em toda a maté-ria. É a primeira linha da notíciamanchetada.

Limpar - Apagar uma fita. Emredação o mesmo que enxugar.

Linha - 1) Meio de ligação telefô-nica entre a central técnica daemissora e um repórter. – 2) Posi-ção da emissora a respeito de de-terminado assunto. – 3) Estilo de

um programa.

Linha permanente - Ligaçãodireta com órgãos geradores deinformação, como Detran, pre-feitura, aeroporto, estádios, etc.O mesmo que linha externa. A LPtambém é ocasionalmente em-pregada em pequenas emissoraspara ligação do estúdio aostransmissores.

Linha presa - Diz-se do telefo-ne que está sendo usado para gra-vação. O mesmo que bloqueada.

Linha de transmissão - Dispo-sitivo ou meio de transmissão atra-vés do qual se propaga uma ondaeletromagnética com a transferên-cia da energia do estágio de saídado transmissor para a antena. Dis-positivo ou meio de transmissão,que, de forma idêntica, traz a ener-gia da antena de recepção para opróprio receptor.

Link - Ligação estúdio-transmis-sor – serviço auxiliar que permiteo envio do sinal dos estúdios e téc-nicas para o transmissor onde seráirradiado. O link pode ser via li-nha telefônica (LP) ou via rádio,operando nas faixas de 150MHz(VHF), 450MHz (UHF) e940MHz também em UHF.

L

54 Cadernos da Comunicação

Livro de ocorrências ou livrode registro - Livro de folhas nu-meradas em que devem estar as-sinalados, para posterior fiscali-zação pelo Dentel, os horáriosde transmissão. Devem ser ano-tados também os problemasocorridos no parque de transmis-são da emissora tais como: faltade energia, defeitos técnicos,etc. O livro de registro deve serassinado pelo responsável pelaemissora.

Lobby - Exercício da influênciaou pressão exercida para obteruma atitude favorável em relaçãoa um indivíduo ou instituição, eefetivar um voto legislativo ouuma posição administrativa.

Local - Característica legal asso-

ciada às emissoras de ondas mé-dias com potências diurnas de250W e 500W. Característica téc-nica legal associada às emissorasde FM de qualquer potência. Asoutorgas em caráter local são decompetência do Ministério de Es-tado das Comunicações.

Locução - Trabalho que consis-te em se expressar ante os mi-crofones da rádio.

Locutor - Profissional que faz otrabalho de locução: o locutor demanchetes fala com voz proje-tada, enfática, para atrair a aten-ção do ouvinte. O locutor de co-merciais faz somente a locuçãode comerciais. O locutor espor-tivo narra competições esporti-vas para rádio.

M

Mala direta - Divulgaçãopromocional de produtos e ser-viços através de propaganda im-pressa enviada pelo correio.

Manchete - Cada linha de umanotícia manchetada. Cada man-chete deve conter uma informa-ção, eliminando-se tudo que háde supérfluo.

Manipulação - O que faz a fon-te ao usar o repórter como me-nino de recados, fazendo com

que ele transmita ao público ainformação que a fonte deseja.O repórter deve ser astuto o su-ficiente para perceber quandoestá sendo manipulado.

Marca - O mesmo que logotipo.

Matéria - Assunto desenvolvidodurante o dia pela reportagem.

Matéria-denúncia - Reporta-gem que leva a público fatos ile-gais ou comportamentos antié-

Série Estudos 55

ticos que prejudicam a sociedade.

Material - Dados da matéria emandamento (estatísticas, entre-vistas, etc). Elementos da ma-téria pronta: laudas, cartucho,etc.

Mensagem - Objeto da comu-nicação. Conjunto de sinais queum emissor transmite a um re-ceptor através de um canal.

Mercado - Conjunto de consu-midores.

Merchandising - Veiculação deum produto ou marca, de formaaparentemente casual ou natural,não declaradamente publicitária.

Mesa de controle - Mesamisturadora, do inglês console,consistindo de um sistemamisturador onde as diversas fon-tes de programa são conectadas,podendo o operador controlar osníveis relativos dos sinais prove-nientes, quer da locução, querdos toca-discos, gravadores, li-nhas telefônicas, etc.

Metáfora - Recurso de lingua-gem que consiste em substituiruma palavra por outra, feita umacomparação não explícita, já queo termo comparativo não apa-rece. Em rádio, é preciso tomarcuidado para não abusar de me-táforas, uma vez que a nitidezda linguagem é qualidadeprioritária.

Método de trabalho - Conjun-to de operações rotineiraspreestabelecidas que conduzema um determinado resultado, nocaso, radiojornalístico

MHz - Abreviatura de mega-hertz. 1MHz corresponde a1.000Hz.

Microfonia - Som agudo, contí-nuo, provocado quando o micro-fone é ligado muito perto de umalto-falante, fechando o circui-to entre o som emitido e o trans-mitido, ou quando as vibraçõesde um alto-falante muito próxi-mo de um toca-discos são trans-mitidas para o prato, e daí para aagulha.

Mídia - Os meios de comunica-ção de massa. É o veículo esco-lhido para veicular determinadapropaganda.

Mídia básica - Veículos esco-lhidos para um plano de mídia,conforme os objetivos e estra-tégia da campanha. Meios queatingem de forma mais eficaz eadequada o público-alvo.

Minicassete - Gravador peque-no que utiliza fitas cassete.

Ministério das Comunicações- A ele cabe coordenar, supervi-sionar e fiscalizar os setores detelecomunicações, inclusive ra-diodifusão e serviços postais.Suas atribuições básicas são de-

56 Cadernos da Comunicação

sempenhadas pela secretaria-ge-ral e pelo Dentel.

Mixagem - Processo de misturare combinar várias entradas desom, com a mesma intensidade oucom intensidades diferentes. Mixaré o verbo correspondente.

Mixer - Dispositivo ou equipa-mento que combina sinais apli-cados a diversas entradas emuma saída comum.

Módulo - O mesmo que bloco.

Monitoração - Checagem daqualidade de sons, técnicasoperacionais, conteúdo do pro-grama etc., no momento em queé realizado.

Monitor - Equipamento de altaqualidade, usado para verificara qualidade do som que está sen-do gravado, produzido no estú-dio ou em externas. Alto-falante

instalado nos estúdios de locu-ção, gravação, na sala de contro-le em outras dependências deuma emissora de rádio, paraacompanhamento do que estásendo transmitido.

Montagem - Coordenação dasatividades dos vários departa-mentos técnicos de uma emisso-ra de rádio para realização etransmissão de um programa.

Mural - Canal livre para a co-municação do Departamento deJornalismo; quadro onde são afi-xados avisos, recados pessoais,cartas de despedida, reivindica-ções, etc. O mesmo que quadro.

Música funcional - Serviço Es-pecial autorizado pelo Ministé-rio das Comunicações, que per-mite o uso de um canal subsidi-ário da emissora de FM. Trans-mite exclusivamente músicaspara receptores específicos.

Narração - Exposição oral quecentraliza o fato jornalístico. Asações e os movimentos que des-dobram o fato central têm desta-que maior do que opiniões e im-pressões pessoais. Logo, a narra-ção utiliza mais verbos do que ad-jetivos. A palavra é mais usadacom referência à transmissão es-

N

portiva. O narrador da partida ex-pressa os lances de um jogador eos movimentos da bola, etc.

Nitidez - Absoluta clareza naexposição das idéias.

No ar - Diz-se do programa queestá sendo transmitido ou da es-

Série Estudos 57

tação que está fazendo suastransmissões naquele momento.A lâmpada vermelha acesa naporta do estúdio indica que a falado estúdio está no ar.

Nota - Pequena notícia, desti-nada à informação rápida.

Nota de falecimento - Notícia

Objetividade - É a não interfe-rência de valores subjetivos noprocesso da informação. A ob-jetividade absoluta não existena medida em que a própria se-leção da infor mação e oenfoque da notícia seguem cri-térios subjetivos. O caminhopara a objetividade é o levanta-mento de números (porcenta-gens, estatísticas e comparações)que comprovem o fato, a síntesee a nitidez da linguagem.

Off - Forma abreviada de off therecord. Informação confidencialprestada ao jornalista, com a con-dição de não ser divulgada.

Off tube - Tipo de transmissão emque o acontecimento é visto pelolocutor através do vídeo da tele-visão. Nas transmissões de Copado Mundo, ou nas de corridas deFórmula Um, é comum o locutor,mesmo tendo diante de si o espe-

curta sobre falecimento de umapessoa.

Notícia - Relato de um fatojornalístico, de interesse e impor-tância para a população.

Noticiário - Programa queapresenta notícias. O mesmoque jornal.

O

táculo vivo, recorrer a um apare-lho de televisão para obter as ima-gens mais detalhadas.

OM - Ondas médias. Faixa de fre-qüência entre 540kHz e1600kHz.

Omnidirecional - Sistema derecepção ou transmissão de on-das eletromagnéticas ou acús-ticas com igual sensibilidade derecepção e transmissão em to-das as direções.

On e on-off - Palavras inglesasque indicam o liga e desliga dosequipamentos usados.

Onda - Vibração que se propagapelo espaço, mediante a qual podehaver transporte de energia de umponto a outro e a conseqüentetransmissão do som. Movimentoem favor de algum objetivo ouvantagem a ser obtida.

58 Cadernos da Comunicação

Onda hertziana - Onda ele-tromagnética à qual está asso-ciada um campo eletromagné-tico, cuja freqüência vai de zeroa 10 milhões de hertz e cujocomprimento está situado en-tre 50 e 3.000 metros, aproxi-madamente. Viaja à mesma ve-locidade da luz (300.000kmpor segundo). O mesmo queonda de rádio ou radioelétrica.

Operador - Técnico que acionaos aparelhos da mesa de controlepara a transmissão do programa.

Opinião - Conteúdojornalístico que, junto com ainformação, compõe um noti-ciário. É preciso que o ouvinteconsiga distinguir informaçãoe opinião numa notícia. A opi-nião é transmitida pelos comen-taristas após a locução de notí-cias manchetadas e através doeditorial. A posição da emissoracom relação aos diversos assun-

tos é definida em reunião de pau-ta e depois transmitida ao públi-co pela palavra dos comentaris-tas e na redação do editorial.

Oscilador - Circuito ou equipa-mento capaz de gerar uma oumais freqüências.

Oscilador de áudio - O mes-mo que gerador de áudio.

Oscilador de transmissor -Circuito que gera a freqüênciabásica da emissora dentro de to-lerâncias muito restritas.

Outorga - Ato legal relativo àautorização para a execução dosserviços de radiodifusão, publi-cado no Diário Oficial da União(DOU).

Ouvinte - Receptor da comuni-cação radiofônica. É o ponto deconvergência de todo o trabalhoradiojornalístico.

Pacote - Série de programas ven-dida por uma emissora a outra oua uma cadeia, patrocinador ouagência de propaganda.

Painel - Antena usada em links.

Parábola - Antena refletora usa-da em links.

Parabolóide - Antena refletorausada em links.

Parada de sucessos - Seleção desucessos musicais em ordem devendagem de discos, divulgada emprogramas de rádio.

Passagem - Breve trecho mu-

P

Série Estudos 59

sical que separa duas notícias.

Passar informação - Tarefa doradioescuta ao fornecer informa-ção levantada aos redatores.

Passar matéria - Transmitirmatéria gravada por telefone àcentral técnica.

Passar um flash - Registrar umflagrante da cidade, de maneiraconcisa e objetiva. O repórter secomunica, como sempre, em pri-meiro lugar, com a central téc-nica, daí o termo passar.

Patrocinador - Anunciante(empresa, produtor, produto ouinstituição) que custeia total ouparcialmente a transmissão doprograma de rádio, com finalida-de publicitária ou institucional.

Patrocínio - Custeio da produ-ção de um programa de rádio.

Patrocínio americano - Formade patrocínio em que o anuncian-te não arca com todos os custosde um programa, mas compra osdireitos de chancela, identificaçãona cobertura, no encerramento enas vinhetas, e exclusividade ouposições fixas (geralmente a pri-meira ou última posição) nos in-tervalos comerciais.

Pausa - Interrupção temporáriade uma fala ou de qualquer efei-to sonoro.

Pausa comercial - Intervalo emum programa de rádio para a trans-missão de matéria publicitária.

Pauta - Roteiro dos assuntosa serem focalizados pela repor-tagem.

Pauteiro - Jornalista que elabo-ra pautas.

Pedestal - Suporte de mesa paramicrofone em radiodifusão.

Pedir uma chamada - É o queresta fazer ao repórter quando estátudo preparado para uma matériaexterna ao vivo: pedir para que ochamem para entrar no ar.

Penetração - Porcentagem ounúmero de pessoas atingidas poruma mensagem. Esse númeropode ser classificado conformea classe socioeconômica, idade,sexo, escolaridade, etc.

Perfil - Descrição de caracterís-ticas (idade, sexo, classe social,etc.) e hábitos de uma pessoa.Falamos em perfil do consumi-dor de determinado produto,perfil do ouvinte, etc.

Permuta - Negociação do espa-ço ou do tempo de um veículoem troca de produtos ou servi-ços do anunciante. O valor dapermuta é calculado, em geral,com base nos preços líquidos damídia e nos preços do produto

60 Cadernos da Comunicação

ou serviço, sem as margens delucro do comércio.

Pesquisa - Coleta de informa-ções para elaborar matériasjornalísticas, através de arqui-vos, documentos e fontesespecializadas.

Pesquisa de opinião pública -Levantamento das atitudes eopiniões do público acerca deum assunto. No rádio, o mesmoque enquete.

Picotar - Diz-se do som queapresenta falhas, na transmissãopor FM ou telefone.

Pieguice - Excesso de sentimen-talismo, que se torna ridículopara o ouvinte. A pieguice nãopode constar da transmissãoradiofônica.

Piloto - Fita-teste em gravações.O mesmo que espelho.

Planejamento - Tarefa de or-denar com lógica as atividadesa serem executadas num prazodefinido e com objetivos deter-minados.

Plantão de fim de semana -Esquema especial de trabalhodurante o fim de semana, con-forme escala feita pela chefia dereportagem.

Plantar notícias - Transmitirnotícias com o objetivo de pro-

vocar reações que dêem origema informações jornalísticas im-portantes.

Play-back - Processo de sono-rização que consiste em gravarpreviamente, em melhores con-dições acústicas, os númerosmusicais. Esse recurso libera osolista de esforço de expressãovocal.

Plugar - Conectar ou injetar osom na linha telefônica.

Ponte - Efeito sonoro que uneduas partes da programação.

Pontuação - Série de sinais queindicam as pausas e a entonaçãoque o locutor deve seguir. Aentonação expressiva nãocorresponde totalmente à pon-tuação gramatical, como no casoda interrogação.

Potência - Grandeza física quecorresponde essencialmente a tra-balho ou energia por unidade-tem-po. Em radiodifusão, indica, paracada faixa de onda, energia/tem-po irradiada por cada emissora.

Potência incidente - Potênciaentregue pelo transmissor à an-tena.

Potência refletida - Potênciadevolvida pela antena ao trans-missor em ondas médias:• a potência já está indicada na

própria canalização, corres-

Série Estudos 61

pondendo às potências dastransmissoras adotadas nosregimes diurno e noturno.

• a potência é a chamada potên-cia ERP – Effective Radiated Power– que é o produto do ganho daantena pela potência do trans-missor, considerando-se a efici-ência da linha de transmissão. Asemissoras de FM estão divididasem quatro classes distintas:Classe C, com 0,300kW e altu-ra de 60m;Classe B, com 3,0kW e alturade 90m;Classe A, com 50kW e alturade 150m;Classe E, com 100kW e alturade 600m.

Prefixo - Sigla alfanumérica,atribuída pelo poder concedentea cada emissora, para fins deidentificação.

Press-release - Texto informa-tivo distribuído por instituiçãoprivada ou governamental, paraser divulgado gratuitamente peloveículo. Normalmente é prepa-rado por assessoria de imprensae enviado às redações. O mes-mo que release.

Preview - Exame prévio de cor-tes ou de efeitos especiais, an-tes de serem colocados no ar. Omesmo que previsto.

Primeiro plano - Indicação, emum script, para que determinadafala seja emitida com mais des-taque e mais brilho.

Processador - Equipamento deáudio que processa o sinal oriun-do da mesa do estúdio para pos-terior transmissão. O proces-sador é parte vital em termos dequalidade sonora, englobandoestágios limitadores, compressorese expansores.

Produção - Realização de umprograma ou da programaçãogeral da emissora.

Produtor - Profissional respon-sável pela coordenação das ta-refas necessárias à realização deum programa. O mesmo que edi-tor de programa.

Programação - Seqüência deprogramas e intervalos no rádio.

Propaganda - Conjunto de ati-vidades (criação, edição,veiculação e promoção) destina-das a influenciar o público comrelação a um produto, serviço,marca, idéia, doutrina, etc. Emboramuitos considerem propaganda epublicidade sinônimos, propagan-da tem um sentido abrangente, aopasso que publicidade significa,para alguns autores, apenas pro-paganda comercial.

Propaganda política - Em rá-dio, a propaganda política se fazde acordo com as leis eleitorais.

Propaganda subliminar -Técnica que consiste em trans-mitir mensagens que atuam nosubconsciente do indivíduo,

62 Cadernos da Comunicação

embora não percebidas cons-cientemente. No caso do rádio,são mensagens transmitidas emfreqüência fora do campo depercepção do ouvido humano.

Publicidade - Propaganda co-mercial.

Público - Conjunto de pessoas aoqual se destina a nossa mensagem.

Público-alvo - Parcela da po-pulação à qual é dirigida a men-sagem. Segmento do públicoque se pretende atingir e sen-sibilizar com uma campanha,

anúncio, notícia, etc.

Publisher - Profissional que re-presenta a interface da área co-mercial e da jornalística numaemissora.

Puff - Ruído provocado peloexcesso de pressão acústicasobre o diafragma do microfo-ne. Ocorre, geralmente na ar-ticulação de consoantes explo-sivas como p e b.

Punch - Impacto sonoro inseri-do na abertura de um comercial,para fixar a atenção do público.

Q

Quadro - O mesmo que mural.

Qualidade - Som e informação.A mensagem no rádio depende daqualidade da informação e da qua-lidade do som para chegar ao pú-blico, sendo, portanto, preocupa-ções constantes do radiojornalista.A qualidade da informação se ga-rante pela escolha de assuntos queinteressam ao ouvinte, na che-cagem com fontes adequadas e naabordagem apropriada da matéria.

A qualidade do som deve ser tes-tada permanentemente para asse-gurar a audição perfeita do recep-tor. A revisão periódica do gra-vador, o cuidado em manter adistância ideal do microfone e emevitar as reverberações do am-biente garantem ao repórter aqualidade do som, durante a re-portagem.

Quilohertz - 1.000 hertz – 1 ci-clo por segundo.

Série Estudos 63

Radiais - Conjunto de 90 a 120fios de cobre, com 2,5mm dediâmetro, que complementam osistema de massa junto à torrede OM. Os fios devem ter pelomenos 0,2 de comprimento deonda, para assegurar boa propa-gação.

Radial - Direção específica depropagação em FM.

Radialista - Profissional de rá-dio ou televisão, de qualquer ca-tegoria ou função.

Radioamadorismo - Práticaradiotécnica que consiste emoperar, sem finalidades lucrati-vas, uma estação receptora etransmissora de rádio particular,em ondas curtas.

Radiobrás - Empresa Brasilei-ra de Radiodifusão. Empresa pú-blica que executa serviços de ra-diodifusão, através de emissorasoficiais de rádio e televisão.

Radiocidadão - Faixa de radio-difusão situada no espectro de27MHz, com alcance normal de30 quilômetros. Destina-se aintercomunicações particulares(pessoais, comerciais ou comu-nitárias) em curta distância, para

informação ou entretenimento.Seus usuários comunicam-se pormeio de transmissores-recepto-res, que podem ser instalados emresidências, escritórios, lojas,automóveis, etc.

Radiocomunicação - Comuni-cação de sinais, por meio de on-das eletromagnéticas.

Radiodifusão - Difusão siste-mática de informações median-te sinais eletromagnéticos, pararecepção simultânea pelo públi-co num determinado local, comaparelhos receptores. Os servi-ços de radiodifusão são execu-tados, no Brasil, de forma mista– o privado e o estatal. Mas, dadoo pequeno número de estaçõesgovernamentais, pode-se afirmarque a radiodifusão é uma ativi-dade privada.

Radiodifusor - Empresário deradiodifusão.

Radiodifusora - Estação difu-sora de rádio.

Radioemissão - Emissão pormeio de sinais radioelétricos.

Radioemissora - Emissora demensagens radiofônicas.

R

64 Cadernos da Comunicação

Radioescuta - Profissional aquem compete levantar informa-ções para a redação e reportagem,ouvindo outras faixas de radiodi-fusão. Cabe a ele também ler osteletipos das agências noticiosas,checar as informações levantadase acompanhar o trabalho jorna-lístico desenvolvido durante o dia.O mesmo que escuta.

Radiofonizar - Realizar progra-mas de rádio, adaptando textoselaborados para outro gênero decomunicação.

Radiofreqüência - Faixa de fre-qüências à qual, de alguma forma,se associam os fenômenos de pro-pagação ou formação de ondaseletromagnéticas irradiadas.

Radiojornal - Programa notici-oso transmitido por rádio.

Radiojornalismo - Jornalismoveiculado por rádio.

Rádio pirata - Emissora quetransmite sem a devida autori-zação do Dentel para a execu-ção de serviços de radiodifusão.

Radiorreceptor - Aparelho ele-trônico destinado a receberemissões radiofônicas.

Recepção - Ato pelo qual sinaistransmissores de som, transfor-mados em variações de ondaseletromagnéticas, são captadospor um equipamento especial

denominado receptor.

Recorte - Pedaço de jornal ourevista com notícia de interessepara a redação.

Redação - Ato de redigir um textoinformativo. A redação no radiojor-nalismo é peculiar, porque se desti-na a ser falada. Compõe-se de tex-tos manchetados para notícias, bo-letins, textos de matéria editada, crô-nicas, notas e editoriais.

Redação, viatura - Expressãousada pelo repórter que se en-contra na viatura e quer se co-municar com a redação.

Redator - Profissional que redi-ge notícias, notas, crônicas e edi-toriais.

Redondo - Diz-se do trabalhojornalístico completo e coerente.

Redundância - Repetição des-necessária de palavras que deveser evitada.

Registrar - Fazer um registro dofato.

Registro - Entrada rápida do re-pórter no ar, apenas para infor-mar um fato, deixando de ladodetalhes.

Relatório - Resumo de matériafeita e de informações obtidasem off que deve ser diariamenteapresentado à chefia.

Série Estudos 65

Repetição - Técnica que preci-sa ser exercida com habilidade.No rádio, a repetição se faz ne-cessária, com relação aos ele-mentos básicos da informação.

Reportagem - Conjunto de pro-vidências necessárias à elabora-ção de uma matéria. Englobapesquisa, entrevista e seleção dedados relacionados à mensagema ser veiculada.

Reportagem externa - Servi-ço auxiliar através do qual aemissora, via rádio, nas freqüên-cias de VHF e UHF, pode trans-mitir eventos ou acontecimentosde interesse, entrevistas e ocor-rências de qualquer local.

Repórter - Profissional que fazreportagem.

Reprint - Reprodução de umapeça publicitária (anúncio, ma-téria paga, etc.) para informarsobre a campanha a públicos es-peciais (público interno, pessoalde vendas, jornalistas, autorida-des, etc.).

Retorno - Diz-se da comunica-ção que serve como resposta auma informação veiculada, con-vite ou, no caso do jornalismo, auma entrevista solicitada. TC -Canal pelo qual se processa avolta do som, na comunicaçãoentre repórter e estúdios.

Reunião de pauta - Reunião do

staff básico da rádio para plane-jar programação: levanta os as-suntos do dia, as linhas que osrepórteres devem seguir e avaliaos trabalhos feitos.

Ritmo - Variação de intensidade,emoção e pausas na fala, conformeo assunto que está sendo tratado.

Rodar a informação - Introdu-zir a mesma informação no de-correr da programação, variandoa forma de transmiti-la. Pelos re-latórios, a chefia verifica comoa matéria deve ser reaproveitada.

Rotativo - Comercial de rádio,sem horário rígido para ser veicu-lado, que é apresentado várias ve-zes por dia, entre os programas,em várias faixas horárias.

Roteiro - Texto que indica previ-amente o desenvolvimento de umprograma de rádio.Relação de comerciais pela ordemde horários em que devem ser vei-culados. O mesmo que tripa.

Rubrica - Indicação que se fazno lado direito de uma laudapara destacar uma observaçãopara o técnico ou locutor.

Ruído - Sinal que geralmentecorresponde à inserção de alte-rações de amplitude indesejáveisna gravação, reprodução, trans-missão ou recepção. São ruídostípicos: o chiado, o estalo, o zum-bido, o ronco, etc.

66 Cadernos da Comunicação

Saída - Terminais de saída ououtput terminals, que são os pon-tos de ligação de saída de qual-quer equipamento para a liga-ção seqüencial no esquemaoperacional da emissora.

Sala de controle - O mesmoque controle.

Sanfona - Pasta sanfonada ondesão guardadas as sugestões depauta, calendários de eventos ereleases e que diariamente é exa-minada pelo pauteiro.

SCA - Subsidiary CommunicationsAuthorizations – Sistema demultiplexação adicional usadaem FM para a transmissão decanais destinados à recepção deum público limitado, através dereceptores especiais alugadospara tal fim; o canal de SCA podeser usado para circuitos de mú-sica funcional.

Script - Usamos a palavra roteiro.

Segmento - O mesmo que “bloco”.

Serviços - Seção do Departamen-to de Jornalismo encarregada deregistrar as reclamações da popu-lação e prestar informações de uti-lidade pública. As queixas são ano-

tadas num livro e, em seguida, éfeita a comunicação com o órgãoresponsável pelo problema.

Segundo plano - Voz transmiti-da a certa distância, reproduzidaem volume menor, na mixagem,para transmitir ao ouvinte a sen-sação dessa distância.

Sensacionalismo - Explora-ção condenável dos recursos decomunicação (palavras, tom devoz, etc.) com o objetivo desensibilizar o ouvinte e atrairaudiência. Repórteres, locuto-res e redatores devem ter cons-ciência do limite que o bom-senso impõe, para usar a forçade expressão sem cair no exa-gero, no ridículo e na falta deética profissional do sensacio-nalismo. Enquanto a percep-ção do limite não é adquirida,exige-se a sobriedade nas pala-vras, no tom e no trato da in-formação.

Série de reportagens - Matéri-as independentes relacionadasentre si pelo mesmo tema. Nor-malmente fazem parte de cam-panhas de utilidade pública.

Setor - Área de ação de um re-pórter.

S

Série Estudos 67

Setorista - Repórter encarregadode cobrir determinado setor: ae-roporto, câmara municipal, bolsade valores, assembléia legislativa,prefeitura, polícia, etc.

Silêncio - Ausência temporária defalas e ruídos em primeiro plano.

Simplicidade - Característicaimposta à linguagem de rádio.

Sinal - Informação já convertidaem energia elétrica essencial. Par-te de uma onda eletromagnéticaque excita antenas de recepção.

Sincronismo - Processo em queo fator tempo de sinais diferen-tes é controlado e mantido.

Sinopse - Resumo de um texto.

Síntese - Característica impos-ta à linguagem do rádio.

Sintonia - Ajuste de um recep-tor na freqüência desejada detransmissão da emissora que sepretende ouvir. Ajuste de umcircuito oscilador ou de saídade um transmissor na sua fre-qüência operacional.

Sistema irradiante - Designa-ção de um sistema de antenasadotado para a transmissão deemissoras em OM ou FM. O sis-tema irradiante em OM é forma-do pela torre, geralmente isola-da na base, radiais (veja radial),sistema de iluminação da torre,

unidade de sintonia, oco de ter-ra, faiscadores, medidores de cor-rente e choques eletrostáticos.

Slogan - Frase concisa, marcante,incisiva e atraente que apregoa asuperioridade de um produto.

Som de ambiente - Música, vo-zes e ruídos característicos de umambiente, que aparecem comofundo de uma entrevista. Exem-plo: entrevista no aeroporto.

Som de lata - Diz-se do sommetálico.

Sonoplasta - Técnico responsá-vel pela sonoplastia.

Sonoplastia - Seleção e adequa-ção de todas as sonorizações eefeitos sonoros, editados previ-amente, gravados ou montadosao vivo, necessários a um pro-grama radiofônico.

SOS - Mensagem de utilidadepública, que contém um apelopessoal ou institucional, quedeve ser lida com urgência porum locutor. Tratam, por exem-plo, de doentes que precisam dedeterminado tipo de sangue, pes-soas desaparecidas, etc.

Speaker - Do inglês speak. Pa-lavra que caiu em desuso. Omesmo que locutor.

Spot - Comunicação breve emrádio, de 15 a 30 segundos, de

68 Cadernos da Comunicação

mensagem comercial ouinstitucional: Não deixe de vacinarseu filho no dia 16 de agosto.

Standy by - Transmissor de re-serva que é utilizado quando otransmissor em funcionamentoapresenta defeito.

Sugestão de pauta - Assuntosindicados por um profissional daemissora que podem ser aborda-dos em matéria. Veja pauta.

Suíte - Continuidade de um fatojornalístico, mediante acréscimo denovos elementos que o atualizem.

Tabela - Relação de preços co-brados por um veículo para inser-ção de mensagens publicitárias.

Take - Gravação em fita de umdiálogo ou de qualquer trecho deáudio.

Tape - Fita magnética. Entradade sinais para o gravador, ou des-te para o sistema de amplificação,numa aparelhagem de som.

Teaser - Pequena chamada deanúncio ou de uma notícia.

Técnica - Conjunto de todas asinstalações de produção, grava-ção, processamento e reprodu-ção do sistema de controle nasemissoras de radiodifusão.

Telefone - Instrumento impor-tantíssimo no levantamento deinformações. Boas pautas sur-gem quando o jornalista se inte-ressa pela informação transmi-

tida pelo ouvinte através do te-lefone, fixo ou celular.

Tempo - Duração de matéria,programa ou comercial. Corres-ponde ao espaço de um jornal,devendo ser muito bem apro-veitado.

Testemunhal - Diz-se do anún-cio que apresenta o depoimentode um suposto consumidor (pes-soa conhecida ou não) sobre asqualidades de um produto.

Texto - Qualquer material, co-mercial ou jornalístico, escritopara ser lido no rádio.

Tirar do ar - Interromper umatransmissão por motivos variados:impropriedade, falta de tempo, etc.Quando surge uma notícia degrande interesse para a população,a música, ou mesmo outra maté-ria, é retirada do ar para que a in-formação seja transmitida.

T

Série Estudos 69

Título - Nome que se dá à matéria eque deve aparecer no cabeçalho.

Torre - Estrutura para suporte deantenas ou para servir de antena.

Tráfego - Atividade ou setor deuma agência de publicidade quecontrola o seu fluxo de trabalho.Registra e coordena o desenvolvi-mento dos serviços de criação, artee produção, baseado nas solicitaçõesdas áreas de atendimento.

Transformador - Dispositivoeletromagnético que adapta ten-sões e ou correntes.

Vai para o ar - Expressão decomando que mantém a equi-pe de prontidão, significando

Transformador de linha -Transformador para isolar a en-trada ou saída de linhas telefô-nicas.

Transistor - Dispositivo semi-condutor que substituiu a válvu-la em equipamentos eletroele-trônicos, por sua versatilidade,durabilidade, consumo, pequenotamanho e baixo preço.Aparelho de rádio montado comeste dispositivo.

Transmissor - Equipamentodestinado a emitir os sinais numsistema de telecomunicações.

U

UHF - Veja faixas de freqüência.

Unidade móvel - Equipamen-to instalado numa viatura para aexecução dos serviços de repor-tagens externas.

Unidade portátil - O mesmo

que HT e walkie-talkie.

UP - Abreviação de UtilidadePública. Notas cujo conteúdo éde utilidade pública e que nor-malmente são introduzidas porum título: carro roubado, nota defalecimento, etc.

que a matéria ou programaserá transmitido naquele ins-tante.

V

70 Cadernos da Comunicação

Walkie-ta lkie - Pequenotransmissor-receptor de rádioque funciona com baterias. Éleve e fácil de ser transpor-

W

tado, operando nas faixas deVHF e UHF. O mesmo queHT e unidade por tát i l . Vejahand-talk .

Vazar informação - Passar aterceiros informação ainda nãotransmitida ao público.

Veículo - Meio de comunica-ção. Meio de divulgação de umanúncio. O mesmo que mídia.O rádio é veículo.

Velocidades - 15,7 e meio, 3 etrês quartos e 1 e sete oitavos(no caso de fitas cassetes) são asvelocidades de operação dos gra-vadores. Representam as polega-

das de fita rodadas por segundo.

VHF - Veja faixas de freqüência.

Viatura - Carro a serviço da re-portagem.

Vinheta - Mensagem transmitidano intervalo de programas, com-posta de um pequeno texto, músi-ca e efeitos sonoros, de conteúdovariado: chamada para uma ma-téria ou programa, campanhainstitucional, comemorações, etc.

Zumbido - Ruído contínuo, de baixa freqüência, semelhante aum ronco.

Z

Série Estudos 71

E o futuro,é hoje?

72 Cadernos da Comunicação

Com o crescimento da rede mundial, a internet, muitas rádiospassaram a produzir sites de informação e entretenimento. Com oavanço da tecnologia, esses sites passaram a disponibilizar tambémvários produtos no chamado formato real audio, onde é possívelouvir arquivos de som, entrevistas, músicas, notícias e até mesmo aprogramação das emissoras em tempo real. Dessa forma, hoje épossível ouvir em qualquer lugar do planeta a programação de umarádio brasileira via internet assim como é possível ouvir no Brasilvárias rádios de todo o mundo. Com essa globalização do rádio, asondas curtas foram substituídas pelas ondas da internet.

A maioria das homepages de rádio na internet apresenta uma ver-são audiovisual do conceito da emissora oferecendo acesso a entre-vistas e trechos de programas. O internauta pode ainda acessar da-dos sobre a emissora e sua história. Outro ponto importante é atransmissão em tempo real. Hoje é cada vez melhor a qualidade dosom transmitido pelos sites. Tudo depende do equipamento do usu-ário e da qualidade da conexão da linha telefônica. Esse canal aber-to com o ouvinte cria também uma interatividade com as rádios eserve como uma audiência complementar à tradicional dos apare-lhos de rádio.

Com isso, alguns grupos decidiram criar as chamadas web radios.Web é a sigla para webcasting, ou transmitir pela web. O termo vem dewww ou world wide web (teia mundial), o apelido da internet. As webradios são emissoras que existem somente na internet, ou seja, nãoexistem fisicamente. Elas funcionam, na verdade, dentro de com-putadores e são transmitidas exclusivamente para o públicointernauta do mundo. Essas rádios são, na sua grande maioria, emlíngua inglesa e oferecem cada vez mais opções segmentadas deprogramação de áudio. Exatamente esse conceito: o computador,

Série Estudos 73

aliado à internet, vai substituir televisão, rádio e telefone, transfor-mando-se num eletrodoméstico mais comum que liqüidificador. Enessa nova mídia, o usuário vai editar suas próprias entrevistas ouprogramas. Trata-se da supersegmentação de áudio. Obroadcasting.com é um dos inúmeros sites de web radios existentes nainternet. Antes conhecida como audionet, a página oferece acesso auma infinidade de produtos de áudio e vídeo (as emissoras de tele-visão caminham na mesma direção), disponibilizando exatamenteo que cada consumidor quer de uma estação. Assim, existem rádiossó de rock, outra de jazz, notícias, esportes, etc. E o rádio, aqueleaparelhinho inocente, como fica? A tendência, segundo especialis-tas, será a mídia preferida da audiência móvel.

Em julho de 2002, o Brasil registrou um crescimento de 2,9%no número de internautas ativos, atingindo 7,8 milhões de pessoas,segundo o Ibope. O país encontra-se em plena fase de expansão desua internet residencial. Há um crescimento não apenas em relaçãoao número de internautas, mas também em volume de navegação.A cada dia o navegador encontra atividade nova em sua rotina naweb. Hoje, o Comitê Gestor da internet avalia o número de usuáriosno Brasil em 14 milhões.

A digitalização das transmissões já é quase uma realidade. En-quanto isso não acontece, ainda correm os pedidos de concessãode novas emissoras de rádios convencionais no Ministério das Co-municações, agora com novos modelos de licitação. Caracterizan-do que uma emissora de rádio ainda é objeto de desejo de muitos,tramitam, hoje, no Congresso, mais de 500 pedidos de novas con-cessões, segundo números do Ministério das Comunicações.

Eu estava concluindo esse artigo quando tomei conhecimentodessa informação. Sabem como? Pelo rádio, é claro.

BARBEIRO, Heródoto, LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual doradiojornalismo. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

MANUAL de Redação do Sistema Globo de Rádio. Organi-zado por SILVEIRA, Mauro. Rio de Janeiro.

PORCHAT, Maria Elisa. Manual de radiojornalismo JovemPan. São Paulo: Editora Ática, 1989.

O Futuro do Rádio. /n: vários. Revista Comum (13). Rio deJaneiro Facha, 1999. pp. 134-139.

Referências bibliográficas

Este livro foi composto em Garamond,

corpo 12/16, abertura de capítulos emGaramond Bold, corpo 40, títulos em

Garamond Bold, corpo 22, e subtítulos em

Garamond Bold, corpo 14. Miolo impressoem papel offset 90gr/m2 e capa em cartão

supremo 250gr/m2, na Imprinta Gráfica e

Editora, em maio de 2003.