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Em busca de mais recordes Diretoria da feira quer atingir a marca de 200 mil visitantes e R$ 35 milhões em negócios CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 6 DE JUNHO DE 2015 ANO 48 N°3136 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Retração da economia Indústria registra queda de 36% Números negativos fizeram com que mais de 400 demissões fossem realizadas entre abril e maio Página 14 Páginas 16 e 17 ExpoBento 2015

06/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.136

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06/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.136 - Bento Gonçalves/RS

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Em busca de mais recordesDiretoria da feira quer atingir a marca de 200 mil visitantes e R$ 35 milhões em negócios

CRISTIAN

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IGO

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BENTO GONÇALVESSábado6 DE JUNHO DE 2015ANO 48 N°3136

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Retração da economia

Indústria registra queda de 36%Números negativos fizeram com que mais de 400 demissões fossem realizadas entre abril e maio Página 14

Páginas 16 e 17

ExpoBento 2015

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Sinal amarelo ligadoEditorial

A retração da economia brasileira parece que atingiu a indús-tria bento-gonçalvense. Aquilo que no início do ano era apenas uma suspeita, acabou acontecendo com mais força do que se esperava. Empresários e trabalhadores estão preocupados com a situação do Brasil. Isso porque com a queda drástica nos negócios, as empresas aumenta-ram o número de demissões, principalmente nos meses de abril e maio.

A pequena reação do setor em março foi engolida pela forte queda registrada nos dois meses seguintes. E a expectativa de melhora no segundo semestre também está indo por água abaixo. Quem milita no setor industrial está muito pessi-mista e não vê boas perspectivas antes do ano que vem.

Com isso, o sinal de alerta também está ligado nos sindica-tos. O aumento no número de demissões é encarado como um

Precisamos torcer para não termos um efeito cascata devido

à crise industrial

reflexo da crise na indústria e inesperado pela maioria dos tra-balhadores. A opção de redução da carga horária e a negocia-ção do número de dias trabalhados nem está sendo ventilada pelos empresários, principalmente os das indústrias metal-

-mecânica e metalúrgica.O setor moveleiro também sente a retra-

ção da economia, mas ainda de maneira mais branda. Como ainda tem alternativas, os empresários estão tentando segurar, ao máximo, as demissões, que ainda ocorrem de forma pontual.

Precisamos torcer para não termos um efei-to cascata, onde outros polos sejam atingidos pela crise indus-trial no País. Setores como a prestação de serviços e o comércio ainda estão conseguindo se manter, apesar da crise. Mas até quando vão conseguir? A resposta, a Deus pertence.

Sábado, 6 de junho de 2015 2 Opinião

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Quando eu era guri, lá pelos meus oito anos, tinha um redemoinho, parecido com aquelas ondas em que o pessoal surfa, isso me incomo-dava muito. Como eu não tinha um cabeleireiro qual o Neymar, para alisar o meu cabelo, eu vivia passando cuspe, sim cuspe, para fazer o tal redemoinho desaparecer e não tinha jeito. Hoje não tenho mais essa preocupação pois o redemoinho desapareceu e os cabelos estão indo também. E hoje, a gurizada, a partir dos três anos, já cultiva, de forma artística, em seus cabelos, criativos redemoinhos, ondas de surf, esculturas criativas que fico contemplando admirado, acho bo-nito tamanha criatividade e, quando peço para a gurizada o endereço de tão criativo cabeleireiro, alguns me respondem “foi a mãe pô!”. Ai eu peço qual a “cola” que usaram para sustentar tal estrutura, me res-pondem, irritados “é fixador, pô!”. E eu usava cuspe pô! O Neymar, jogador do Barcelona, contratou, por um ano, um cabeleireiro parti-cular que terá por missão alisar o seus cabelos. Acontece que ele não conhece o poder do cuspe do Henrique Caprara. No último jogo do Barça ele tentou dar uma “lambreta” num jogador adversário, quase apanha em campo “pô no Brasil isso e comum, e legal pô!” defendeu--se. A imprensa mundial criticou severamente Neymar, “coisa de guri, disseram”. A entrega de convite , pela competente Viviane Somacal, para a apresentação do projeto Aristides Bertuol, piloto de carreteira (carro de corrida em estrada de chão) nº 4, que ocorrerá dia 15 de junho, no Vale dos Vinhedos me leva a dizer que eu era fissurado em Aristides Bertuol. Quando eu vim morar na cidade, aos 12 anos, pas-sei a frequentar a Oficina Bertuol & Moré, lá dentro estava a carreteira de Bertuol, que era dono da revenda Chevrolet. Aos sábados de ma-nhã, o mecânico Menegat estacionava a bichinha em frente ao Posto, hoje Posto do Bianchi, e testava o motor. E eu ficava lá admirando e, quando via uma manchinha na lataria, eu dava uma cuspidinha (de novo ele, o cuspe!) e lustrava com a manga da camisa e dava depois um olhar de Mr. Bean. Eu tinha adoração por aquela maquina e ad-miração pela coragem e determinação de Bertuol. E, nos dias de cor-rida (saiam de Bento, passavam pela Busa, Garibaldi, Montenegro, São Sebastião, Bento) ganhava quem chegava antes, uma loucura!. E lá estava eu, com minha, maquininha fotográfica, tirando fotos da chegada, ao lado de quem? De Mauricio Sirostski Sobrinho e Erna-ni Behs, que pelo rádio transmitiam a largada e a chegada. Quando não dava Bertuol , dava um dos irmãos Andreata (Vitório e Catari-no) ou Raul Elvangher, que eram terríveis adversários. Quando eu ainda morava no Barracão, em frente de casa, eu ficava aguardando que apontasse lá, logo abaixo do acesso a Pinto Bandeira, em fren-te a entrada do Country Clube, o líder e vencedor da prova. Quando dava Bertuol, eu pulava de alegria e, depois, ficava três dias comendo bolo. Hoje, eu como bolo e tudo o que vem pela frente no dia do jogo do Inter (o Esportivo sumiu!), de nervoso. Um dia, resolveram fazer

Henrique Alfredo [email protected]

COISAS DE GURI um circuito Veranópolis – Bento, saia um por vez e ganhava quem fazia o trajeto em menos tempo. Bertuol ganhou com a média de 136 quilômetros horários, percorram essa estrada e reflitam, como pôde? Bertuol, no auge da fama, resolveu disputar , em São Paulo, as “Mil Milhas”, competição que durava 12 ou 24 horas, não lembro, com os pilotos se alternando no volante. Não sei se ele chegou a ganhar uma, parece que sim, Carlinhos está na Itália, não tenho como perguntar, mas o que eu lembro bem é que ficava a noite toda acordado ouvindo a transmissão e vibrando. Bertuol era um “guri” no volante de sua car-reteira nº 4, sua vasta cabeleira sempre impecável, tal qual Elvis Pres-ley, não precisava de cuspe nem de fixador. Essa memória está sendo cultivada pelo filho Carlinhos, o dono da Meber, e eu me sensibilizo com isso porque esse episódio faz parte dos bons momentos de minha vida. Vale lembrar que Bertuol foi Prefeito e Deputado Estadual, não por ter se notabilizado entre a elite dos corredores mas, sobretudo, e principalmente, pela figura humana que era, oriundo, me parece ali, do 40 da Leopoldina. Minha homenagem.

Vale salientar que tive um dentista que, diante de sua qualidade profissional talvez, só cobrava honorários calculados em dólares. Quando o dólar baixava ele calculava o débito do cliente em reais. Um dia ele me disse “tchê, vem cá (falava bem assim), tu tem pouca sali-va”. Eu olhava pra ele e dizia “nem vou te contar gastei toda quando guri, é uma longa história, conserta meus dentes”. Esta coluna é base-ada em fatos reais e se referem no tempo do cuspe. Depois tivemos o tempo da brilhantina, do Travolta e, agora, temos o tempo do fixador.

Olhem aí a carreteira nº 4 chegando como vencedora, no centro de Bento. Logo adiante, havia um palanque que abrigava imprensa e autoridades, era também o podium. Observem a vibração orgulhosa do povo

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Painel

Quem passa pela avenida Osvaldo Aranha e costuma comprar no caminhão de frutas que fica em frente ao Estádio da Montanha Velha vai ter novidades. Apesar de

ser um serviço autônomo, o feirante Leandro Sperotto resolveu inovar e agora está oferecendo a opção de paga-mento com cartão na compra de mercadorias. A ideia tem

chamado a atenção e aumen-tado o número de clientes do ambulante. “Estou tendo um retorno que não esperava com o uso do cartão”, come-mora o feirante.

Ambulantes com cartão

As pessoas que não se enquadram em nenhum dos grupos de risco do programa de vacinação contra a gripe, poderão receber a dose gratuitamente a partir desta segunda-feira, 8 de junho. Após conquistar a meta estabelecida de vacinar 80% de cada grupo, a Secretaria da Saúde disponibilizará as doses que sobraram para o restante da população. Contudo, o número de unidades disponíveis é baixo, cerca de duas mil em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Por isso, os interessados em receber a dose devem aprovei-tar as primeiras horas do dia, já que o risco de acabar logo é grande. As aplicações ocorrem em todas as UBSs até o estoque acabar.

A Junta de Serviço Militar de Bento Gonçalves informa que os jovens nascidos em 1997 e nos anos anteriores que ainda não realizaram o alistamento militar obriga-tório devem comparecer na Junta Militar até o fim deste mês. É obrigatória a apresen-tação de certidão de nasci-mento e uma foto 3x4.

A Junta lembra que os ho-mens que não realizarem o alistamento são impossibilita-dos de ingressar universida-des, ter registro em Carteira de Trabalho, viajar para o ex-terior e outros. A Junta Militar fica na rua Marechal Floriano, 121, sala 6 do Edifício Adelina Ruga. Mais informações pelo telefone (54) 3454.2375.

Vacinas da gripe são liberadas para pessoas fora do grupo de risco

Alistamento militar tem prazo até 30 de junho

Sábado, 6 de junho de 2015 3

Com o cancelamento da referência em traumatologia no Hospital São Carlos, em Farroupilha, a comunidade de Bento Gonçalves vai fazer vaquinha para pagar as mais de 400 cirurgias que estão na fila de espera do SUS?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

CURTI!

NÃO CURTI...

Aprovação do projeto de lei, na Câmara de Vereadores, que regulamenta a doação e o comércio de cães e gatos, além de dispor so-bre o recolhimento, a manutenção, o aloja-mento e a vacinação dos animais. Já era hora de dar atenção a este assunto tão sério!

A alta nas demissões prevista para o se-gundo semestre de 2015. As indústrias do município, mesmo que arrumem formas de minimizar os prejuízos, talvez não consegui-gam garantir a vaga de todos.

Painel

HUMOR Moacir Arlan

MA

RCELO DA

RGELIO

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Sábado, 6 de junho de 20154 Geral

Visitar a ExpoBento é necessidade!

Palavras de quem sabe!

Palavras de quem sabe! II

Carga tributária

E vem mais!

Neste final de semana, hoje, 6, e amanhã, 7, a programação da Ex-poBento 2015 está imperdível. Começa às 10h da manhã com a aber-tura para visitação aos 467 expositores. Durante todo o dia, a partir das 11h30m, as atrações na Via Del Vino da ExpoBento e na Praça da Alimentação se sucedem. Hoje à noite, no Pavilhão E, o Padre Ezequiel fará o seu show e às 20h30m, a empresária Ana Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, estará no “Mesa ao Vivo” na Via Del Vino da ExpoBento. O “Mesa ao Vivo” é uma atração inédita da Feira. Informe--se e participe. A ExpoBento abre hoje e amanhã às 10h, com encer-ramento às 22h30m hoje e 21h amanhã. O preço do ingresso é R$ 8 aos finais de semana e R$ 4 nos demais dias. Prestigie a maior feira multissetorial do Brasil.

Esta semana precisei utilizar os serviços de dois taxistas. Sempre ouvi as pessoas comentando que “os taxistas sabem de tudo sobre a cidade”. Por isso, em qualquer lugar que eu vá, procuro conversar muito com esses profissionais sobre a cidade que visito. E, compro-vadamente, eles sabem, mesmo, de tudo. Provoquei, então, esses ta-xistas sobre sua opinião sobre o trânsito de Bento. E ouvi deles recla-mações similares. A sinaleira no final da Via Del Vino foi uma delas e, com isso, conclui que eu e muitos que comentaram comigo merece-mos ser ouvidos. Retirem o “carga e descarga” da frente do Magazine Luiza, passem-no para a Rua Dr. Antunes e abram o fluxo livre para quem segue no sentido norte, retirando a inútil sinaleira dali.

E os dois taxistas me alertaram para outro problema: a Rua Ma-rechal Floriano, na esquina com a Rua General Osório, a partir do Banco Itaú, deveria ter ambas as mãos no mesmo sentido, em dire-ção à Rua Marechal Deodoro. O motivo, óbvio-ululante, é aliviar o entupimento do trânsito nessas ruas. Mas, certamente, a secretaria responsável, como sempre, fará “ouvidos de mercador”. Afinal, nin-guém sabe nada mais que eles, não é mesmo? Nem mesmo aqueles que circulam diuturnamente pelas nossas ruas. Será?

ÚLTIMAS

Primeira: Sartori anuncia que logo os nomes e salários dos funcionários públi-cos do Estado serão divulgados no Portal da Transparência, conforme determi-nação do STF;

Segunda: quando teremos essa “trans-parência” na pre-feitura e Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves? A for-ma atual é um tanto quanto complicada, não? Pelo menos é o quem muitos dizem;

Terceira: repor-tagens de redes de televisão sobre mo-radores de rua es-cancararam como “gente de bem” pode ser criticada pelas suas posturas, os tratando como le-prosos, quando são, na verdade, margi-nalizados por essa sociedade hipócrita;

Quarta: e a saú-de está em cheque. Bento, apesar de tudo, ainda é uma ilha brasileira. Po-rém, se não houver forte postura políti-ca de Bento e região, juntamente com as entidades represen-tativas, o caos virá brevemente;

Quinta: impres-sionante o que se vê no futebol. Kleber, um patrimônio do Grêmio, mesmo que alguns não queiram admitir, foi escante-ado por um funcio-nário descartável. Resultado: o Grêmio (não os que provo-caram a situação) e seus sócios terão que pagar 13,2 milhões para ele. E tem quem goste e/ou ache “cer-to” o que fizeram.

Antô[email protected]

Estamos acostumados a ouvir horrores sobre a carga tributária bra-sileira. E com aquele sentimento de “será que vale a pena pagar tanto imposto?”. Em 1985, por exemplo, quando Sarney assumiu a Presi-dência da República, a carga era de 20,28% do PIB. Sarney entregou a Collor/Itamar com 22,16% do PIB. Itamar entregou o governo a FHC com 25,02% do PIB. FHC catapultou a carga tributária para 32,65% do PIB, percentual esse que Lula aumentou para 34,22% e que Dilma pas-sou para 36,42%. Esses percentuais podem variar um pouco, de acordo com critérios de mensuração. A Folha de São Paulo informa a variação assim: durante o governo Sarney, 1,07%; Collor, redução de 3,22%; Ita-mar, crescimento de 3,23%; FHC, crescimento de 4,03%; Lula, cresci-mento de 1,52% e Dilma, até 2013, crescimento de 2,2%. Como se cons-tata, Collor reduziu a carga tributária e FHC foi o campeão disparado no aumento dela. Mas, estados e municípios são mesmo, “coitadinhos” nessa história toda? A conferir!

Tem sido normal emissoras de TV indo a supermercados para “infor-mar” os consumidores “o quanto estão pagando de impostos”. Interes-sante é não fazerem o mesmo com prefeituras, estados e União no que se refere a “como estão gastando nossos impostos, taxas, contribuições e afins”. Mas, por que será que não informam, claramente, o percentu-al absurdo que pagamos aos estados como ICMS? Sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações a tributação estadual beira a insanidade. Os 25%, como são “por dentro”, ou seja, incide sobre ele mesmo (o que é flagrantemente inconstitucional), se transformam em 33,3% e quando for 17%, na realidade é 20,48%. E Sartori ainda quer aumentar, a exem-plo de Rigotto, mais 1%.

DIVU

LGA

ÇÃO

Doações podem ser feiras durante todo o inverno

Campanha do Agasalho

Após o término da ação, Gabinete da Primeira-Dama apresenta resultados positivos

O tema da campanha do aga-salho este ano foi “Gente

boa, doa”, que resume o senti-mento envolvendo o processo de doação e as pessoas inseridas nesta ação. A iniciativa teve fim no dia 30 de maio e o resultado foi satisfatório. Conforme infor-mações do Gabinete da Primei-ra-Dama de Bento Gonçalves, Cynthia Pasin, a qualidade das peças doadas foram superiores as arrecadadas nos outros anos.

A campanha é elaborada para incentivar a solidariedade e mo-bilizar as pessoas a doarem aqui-lo que pode ser útil a alguém, como roupas, calçados e cober-tores. Essas ações ocorrem para atender as necessidades das pes-soas carentes no município.

Segundo Cynthia Pasin, a sua equipe continua fazendo coletas em todos os locais parceiros e colabores na campanha. “Dei-xamos caixas identificadas e somos informados quando está cheia para retirar”, relata. No momento ainda não foi possível obter números de arrecadações. Segundo ela, será realizada uma contagem final quando as enti-dades participantes repassarem

números de doações. “A triagem não é feita pelo Gabinete, a enti-dade que recebe as doações rea-liza a entrega para aqueles mais necessitados”, explica.

No ano passado, as doações chegaram a ser cerca de 37 mil, entre peças de roupas infantis, agasalhos, cobertores, lençóis e calçados. A Primeira-Dama diz que é nesses momentos de mo-bilização que é possível criar uma cadeia de boas ações geradas para o bem. “A comunidade de Bento, mais um ano mostrou que é exemplo de gente boa”, conta.

As entregas são realizadas nas comunidades com interesse em receber as doações. No municí-pio as instituições participantes são: Ação Social São Roque, vo-luntárias do Hospital Tacchini, Lar do Ancião, Lar Lucchese, Lar da Caridade, Centro de Re-ferência Materno Infantil, Socie-dade Civil Nossa Casa, Pastoral Cristo Rei, Comunidade Tera-pêutica Rural de Bento, Associa-ção Vida e o Presídio Estadual. As recicladoras integradas fo-ram a Progresso, Nossa Senho-ra da Saúde, Jardim Glória e Barracão. As pessoas que ainda quiserem doar podem contatar com as entidades ou no Gabine-te pelo fone (54) 9143.8662.

Responsáveis pela iniciativa entregam donativos para instituições

Bruna Maria de Moura [email protected]

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Sábado, 6 de junho de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.979

IGVariedades

A FRASE

O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano! (Isaac Newton)

Segue a ExpoBentoA 25ª ExpoBento - Uma Feira Sem Limites, que ocorre no Par-

que de Eventos da Fenavinho, em Bento Gonçalves, segue até 14 de junho. A maior feira multissetorial do Brasil segue movimentada e o claro otimismo de bons negócios por parte de seus organizadores através do presidente do CIC-BG, Leonardo Giordani, entidade pro-motora e do presidente da feira Laudir Piccoli. Vamos em frente!

Movelsul Brasil 2016A 20ª Movelsul Brasil, de 14 a 18 de março de 2016, tem como ob-

jetivo alcançar bons negócios propiciando para centenas de exposito-res e aos milhares de visitantes, novidades, lançamentos da mais alta tecnologia e design apurado. Dezenas de estados brasileiros e contatos com compradores do mercado interno e importadores de diversos pa-íses impulsionam parcerias e negócios. E no caminho das exportações, os organizadores da feira fomentam ações direcionadas ao mercado consumidor internacional por meio do Projeto Comprador. Para o presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, e diretoria, entidade promotora da Movelsul Brasil 2016 vai sendo encaminhada com a li-nha e filosofia de sempre: organização e credibilidade surpreendendo pela qualidade dos produtos e tecnologia alto padrão. Prepare-se!

ADDA - Homenagens

Tacchini - Planejamento

Corpore – mais opções

Congresso Movergs

Prestigiando os eventos do Instituto, a artista plástica bento-gonçal-vense, Adda Toschi Pompermayer, foi homenageada com o Certificado e Troféu Giuseppe e Anita Garibaldi, uma luta por um ideal de liberda-de, comemorativo aos 15 anos da entidade. A solenidade aconteceu no Ritter Hotel em Porto Alegre, na noite de 23 de maio 2015. Logo após, homenageados e convidados foram obsequiados com jantar de confra-ternização com música ao vivo. Parabéns Adda por mais esta conquista! Por sua vez, nos dias 6, 7 e 8 de junho de 2015 Adda Toschi Pomper-mayer participa da IX Exposição Nacional de Artes Plásticas através de suas destacadas obras de arte. O evento cultural acontece no Jockey Club de São Paulo numa promoção da Academia Latino Americana de Arte (ALA) liderada pelo curador e presidente Fábio Porchat. Parabéns Adda – arte e talento – inspiração da alma!

A Direção do Hospital Tacchini, em suas diferentes áreas de atu-ação com metas pré-estabelecidas segundo Hilton Mancio - Supe-rintendente Executivo e com o apoio da comunidade, o Tacchini continuará investindo com qualidade para o bem estar e saúde da população, com o apoio e aval do conselho de administração lide-rado pelo presidente Edson Zandoná. Salute!

A Corpore Academia vem oferecendo aos seus inúmeros fre-quentadores uma série de opções para exercitar corpo e mente. Ao longo dos anos, registra o empenho de dirigentes e equipe de profissionais preocupados no bem estar em todas as atividades disponíveis. É a Corpore Academia das empresárias Fabiana Ge-remia Bucco e Viviana Geremia disponibilizando ambiente con-fortável, lazer e acompanhamento profissional. E agora incorpo-rada ao Método Gustavo Borges de Natação, parceria integrando a rede como academia credenciada. Um belo investimento com novos ensinamentos de natação! Informe-se (54) 3451.5279!

Em Bento Gonçalves, o XXV Congresso Movergs deverá reunir cer-ca de 500 participantes dia 1º de julho 2015 das 8 às 16h, no Dall On-der Grande Hotel. O Congresso é promovido pela Movergs e seu pre-sidente Ivo Cansan aguarda um encontro dos mais expressivos, para o setor moveleiro. Eis os palestrantes: Marcelo Prado, José Roberto Mendonça de Barros, Luciano Almeida e Pedro Janot. Prepare-se!

Epopeia Italiana

Parque lança concurso “A História da Imigração”

Para celebrar os 140 anos da Imigração Italiana no Bra-

sil, o Parque Temático Epopeia Italiana, que diariamente re-trata essa história por meio de um espetáculo cênico com efei-tos de som e luz, lança o Con-curso Cultural “A História da Imigração Italiana”. O objetivo é incentivar os alunos de 5º a 7º ano a conhecer as razões, as dificuldades e o legado das centenas de famílias que colo-nizaram a Região Uva e Vinho.

Participam do concurso, esco-las públicas e privadas das cida-des por onde passa a Maria Fu-maça - o trem turístico-cultural da Serra Gaúcha: Bento Gonçal-ves, Garibaldi e Carlos Barbosa.

Para participar, as crianças interessadas deverão produzir um texto de até 15 linhas ou um desenho a mão livre sobre o tema “140 Anos da Imigração Italiana no Brasil”, preencher o

cupom disponível no site ou na sede do parque e entregá-los no mesmo local. As inscrições seguem até o dia 31 de julho.

Serão selecionados 140 tra-balhos que receberão como prêmio um ingresso para o passeio de Maria Fumaça e um ingresso para o Parque Temá-tico Epopeia Italiana. O me-lhor desenho e o melhor texto serão premiados com uma via-gem para o Beto Carrero com

direito a um acompanhante. A instituição que tiver o maior número de alunos premiados receberá um data show para utilizar nas aulas.

O regulamento completo está disponível no site www.gior-daniturismo.com.br. Quem estiver interessado pode obter mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 3455.2788.

Participam as escolas das cidades por onde passa a Maria Fumaça

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Sábado, 6 de junho de 2015 7

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Sábado, 6 de junho de 20158 Geral

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DenisedaRé

Confira quais as ruas que já foram asfaltadas:Zona Norte

Bairros: São Roque, Ouro Verde, Zatt e Universitário:Ruas: Arlindo Franklin Barbosa, Vereador Loreno Menegotto, Loudy Dall’Agnesi, Ângelo Marcon, Avelino Menegotto, Romualdo Basso, Pres. João Goulart , José Rampanelli e Avenida São Roque.

Zona Sul/Leste Bairros: Fátima e Santa HelenaRuas: Elias Tadeu Dall’Onder, Francisco Tomasi, Hermenegildo Poloni, Raimundo Carvalho, Marcos Valduga, João Cogorni e Gui-lherme Fontanari.

Obras

Asfalto na porta de casa muda a vida dos moradores Bairros das Zonas Norte e Sul recebem pavimentação asfáltica em junho

O programa Nova Cidade que prevê, entre outras

obras, a pavimentação e qua-lificação de vias urbanas im-plantado pelo Poder Público Municipal, já gera reflexos nos bairros da cidade. Comunida-des das Zonas Norte e Sul já estão em obras e, em pouco tempo, os moradores poderão conferir as melhorias.

A comunidade Nossa Senhora da Saúde, na Zona Norte do mu-nicípio, próxima a BR-470, rece-be asfalto em sua principal rua do bairro. “É um antigo sonho de todos. O asfalto vai melhorar e muito a vida aqui no bairro, principalmente após as obras de esgoto e drenagem. Temos muito a agradecer” revela Felipe Lima, morador do local.

Patrícia de Souza, que tam-bém mora ali, revela que o aces-so melhorou após os trabalhos e o valor das casas também va-lorizou. “Antes havia buracos, pó, agora ficou melhor. Mudou muito o acesso para ir traba-lhar, valorizou nossos imóveis, valorizou o bairro, ficou bem melhor”, afirma.

Na Zona Sul, os bairros Fáti-ma e Santa Helena também es-tão ganhando cara nova. O que antes era um trecho com calça-mento esburacado e de difícil trafegabilidade ganhou mais de mil metros de pavimentação asfáltica. Os trabalhos foram feitos no trecho das ruas Elias Tadeu Dall’Onder, Francisco

Tomasi e Hermenegildo Polo-ni. As ruas Guilherme Fonta-nari, João Cogorni e Marcos Valduga também já receberam a primeira camada do asfalto. Em seguida será pavimentada também a rua Raimundo Car-valho. Todas essas vias, em

breve, irão compor um novo corredor de escoamento e de ligação do trânsito da Zona Leste e Zona Sul, já que a pre-feitura deverá também pavi-mentar a rua Alcino Garbin, uma ligação importante até a ERS-444 no Barracão.

IntervaloHoje eu deveria estar publicando o 5º capítulo de “A Viagem Con-

tinua”, mas vou interromper a sequência para contar outro lance e, “que lannnnce!”, diria Celestino Valenzuela, em seus tempos áure-os. Mas, na semana que vem, “voltaremos”, talvez numa gôndola ou num barco-táxi e deslizaremos pelas águas venezianas, que refletem uma cidade verdadeiramente, absolutamente, apaixonadamente mágica...

Que roubada!Então me convidaram para fazer compras num shopping de mui-

tas opções e possibilidades. Um perigo... Mas, aceitei sem pestane-jar, afinal ninguém nasce mulher de graça. Tudo muito bom, preços pela metade, carrinhos cheios, e lá fomos à cata de um rango, algo que ficasse na medida das bolsas e dos bolsos já desfalcados durante as duas horas de peregrinação pela loja. Enquanto três de nós... na verdade, duas e meia (a terceira era uma pessoinha de meio metro) procurávamos o lugar ideal para reabastecermos a máquina, os ou-tros dois foram desovar as compras no carro.

Seguindo as recomendações de quem conhece o mercado, che-gamos ao restaurante ideal. Charmoso, aconchegante, com muitas mesas disponíveis e, principalmente, de preços módicos. O atendi-mento era demais. Voltei a me sentir “madám”, como há um mês, enquanto sobrevoava o Mediterrâneo.

A sede me matando, fui logo pedindo. Virei meu enorme copo de suco de laranja num gole, e, disfarçadamente, o da pequena tam-bém, enquanto ela dedilhava o celular. Com o profissionalismo e elegância de um L´Arpège, da França, ou de um Amadeus, de São Paulo, foram nos servindo as entradas, e nós ficamos mordiscando, sem fome, enquanto aguardávamos os demais.

De repente, tive a atenção atraída por duas caras entre preocu-padas e divertidas. Era o nosso pessoal que gesticulava adoidado. Uma parede de vidro nos separava, mas pela leitura corporal enten-di: estávamos lascados. Bom, não há o que um cartão de crédito não possa cobrir, pensei com meus botões, totalmente desabotoados, em virtude da onda de calor que me deu.

O jeito era relaxar e comer, pois seríamos mais otários se não cur-tíssemos a culinária sofisticada por conta da preocupação com as finanças. Mas que raiva! Meu estômago se negava a receber mais alguma coisa. O espaço ficara totalmente inundado pelo suco. No máximo, caberia uma saladinha de folhas. Seriam as folhas mais caras do mundo, e, com certeza, não estavam salpicadas com pó de ouro comestível. Fim do jantar, toalete (ninguém segura tanto líqui-do por muito tempo), pagamento da conta... o dobro das compras.

Lá pelas tantas, no caminho de volta, uma parada emergencial numa loja de conveniência (decididamente, humanos não têm nada a ver com camelos). Na saída, minhas narinas foram beliscadas pelo cheiro inconfundível de hot-dog. Apalpando a bolsa, fiz menção de parar, mas uma cantada de pneu foi traduzida inequivocamente pelo meu Google interno: “Ou vem ou fica”. Fui, né!

Pavimentação muda o cenário de vários locais de Bento Gonçalves

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AssuntaDeParis

Em busca de terra, trabalho e pão (140 anos)

A intensa entrada de italianos no Rio Grande do Sul e em outros estados do Brasil ocorreu dentro das grandes transfor-mações socioeconômicas que o sistema capitalista de produção provocou no ocidente durante o século XIX. A abundância de mão de obra na Europa e a carência crônica no novo continente fizeram com que entre 1815 e 1914, mais de 40 milhões de eu-ropeus deixassem o velho continente em busca de trabalho no outro lado do oceano.

Na Itália, o fator social da emigração encontra-se ligado ao fato político da unificação, concluído em 1870, com a tomada de Roma. Em termos econômicos, for a vitória do capitalismo sobre as antigas instituições. Os pequenos reinos e principados deram lugar a um único país, a fim de que a produção capitalis-ta, derrubando fronteiras e alfandegas, encontrasse um mercado consumidor.

Essas mudanças atingiram em cheio a estrutura agrária, fa-zendo com que a miséria se intensificasse. A crescente oferta de produtos industrializados afetou fortemente o modelo artesanal de produção, deixando o agricultor depender exclusivamente do trabalho da terra.

Vivendo em minifúndios (por exemplo, de 10 mil proprietá-rios de terra, um terço possuía menos que um quarto de hectare, e a metade devia contentar-se com menos de 2,5 hectares), in-capazes de garantir o sustento de uma família, a grande maioria dos agricultores da região do Vêneto não era proprietária de ter-ras e os que tinham, precisavam arrendar. Porém, os sistemas de arrendamento regiam-se por contratos abusivos, desde quantias exorbitantes de dinheiro até gêneros alimentícios e dias de tra-balho para o locador. Como consequência, os agricultores en-frentavam o empobrecimento da dieta alimentar, a subnutrição; a falta crônica de fontes de renda... Fatores que contribuíram para colocar milhares de italianos numa situação quase extrema de “partir ou morrer”.

A solução foi a emigração em massa, fator que acabou alivian-do a Itália de uma grave crise e até de uma possível revolução

Em 1913, às vésperas da I guerra Mundial, registros do gover-no italiano afirmam que 872.598 emigrantes deixaram o país, sendo que a média anual da década, de pessoas que partiram em direção à América, ficou e 213 mil, baixando para 119 mil na década de 20. Cerca de 10 milhões de italianos emigraram para a América entre 1861 e 1930. E entre 1875 e 1935, entraram no Brasil cerca de 1,5 milhão de italianos.

“Hoje, 140 anos depois, a nossa Região é rica e desenvolvi-da, graças a estes que tiveram coragem de partir para um novo mundo”.

Nápoles 1885: imigrantes italianos aguardam no porto a hora do embarque

Elaborada com intuito de regulamentar a doação e o

comércio de cães e gatos, além de dispor sobre recolhimen-to, manutenção, alojamento e vacinação dos animais, a lei 81/2015 ainda espera sanção do prefeito. Contudo, com ar-tigos pouco elucidados, a futu-ra diretriz gera dúvidas sobre fiscalização e proveniência de recursos à ONG e proprietários de pet shops.

Uma das modificações da norma será a obrigatoriedade da implantação de microchips nos animais que forem doados ou vendidos. A diretriz garante o custeio do serviço como en-cargo do Governo Municipal, entretanto, a falta de clareza sobre a origem da verba e a extensão de aplicação da regra geram questionamentos nos comerciantes. Para Alan Sera-

fini, proprietário do pet shop Recanto dos Animais, o texto trata com pouca abrangência o assunto. “É uma legislação im-portante, isso é inquestionável, mas acredito que alguns tópi-cos não foram abarcados com a seriedade necessária. A Lei prevê multas para estabeleci-mentos que venderem animais sem microchips e vacinação em dia, entretanto, não pro-põe nada para reprimir com mais rigor o comércio caseiro de animais. Eles continuarão sendo vendidos ou doados sem o devido registro e tampouco a castração”, critica.

De acordo com a proposta, qualquer estabelecimento co-mercial que objetive comer-cializar ou doar pets, fica obri-gado a implantar a tecnologia, na qual ficarão registrados os dados característicos do ani-mal, como sexo, cor do pelo, idade, raça, nome do dono e seus dados pessoais. A princi-

pal finalidade é a identificação e localização do proprietário do animal em caso de perda ou abandono.

De acordo com presidente da ONG Patas e Focinhos, Ale-xandre Faccenda, as propostas englobadas à nova regra são relevantes, garantindo inin-terrupção nos repasses públi-cos, que atualmente ocorrem de forma desordenada. “Esta legislação é uma reivindicação antiga da organização, só as-sim teremos embasamento le-gal para cobrar o atraso de re-passes em serviços realizados para o município, como vem acontecendo com os repasses para castração. Agora, basta ver como essas alterações fun-cionarão na prática”, afirma.

A medida também prevê pe-nalidades para o não cumpri-mento das diretrizes. As puni-ções variam desde pagamento de multas equivalente R$ 300, até cassação de licença.

ONG e comércio questionam proveniências para cumprimento da norma

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Para Alexandre Faccenda, presidente da Patas e Focinhos, diretriz garantirá continuidade em repasses públicos

Cristiano [email protected]

Lei de pets gera dúvidassobre verbas e fiscalização

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Existem sete clubes de ser-viço em Bento Gonçalves:

quatro Rotaries e três Lions. To-dos desenvolvem atividades em busca de recursos para serem repassados a outras entidades que prestam serviço de assis-tência social. Contudo, é difícil ter o conhecimento de como es-tas equipes atuam no município e para quem são destinadas as verbas arrecadadas. O Semaná-rio fez um levantamento para saber quantos sócios atuam em cada local, quais foram as suas últimas iniciativas e quem fo-ram os beneficiados.

Em julho haverá a posse dos novos presidentes de todos os clubes, mas eles nos adianta-ram quais são os dirigentes eleitos e os objetivos para os próximos meses. Os atuais presidentes também deram um depoimento sobre como foi a sua gestão, como deixam o cargo e o que puderam acres-centar para a organização.

Rotaries e Lions são entidades internacionais e existem em to-

Entidades trabalham pela igualdade social, mas você sabe quais são suas iniciativas e para onde são destinados os recursos?

Vitória [email protected]

O que fazem os clubes de serviçoRotaries e Lions

Presidente: Orides RiggoSócios: 44Onde atua: Fundação Apae, Lar das Meninas e nas escolas da cidade. Principais iniciativas: Testes de visão para crianças e disponibi-

lização de óculos ou cirurgias de olhos, quando necessário. Palestras de educação no trânsito nas escolas de Ensino Médio e Infantil em parceria com o Batalhão Rodoviário da Brigada Militar. O show do Padre Ezequiel na ExpoBento é realizado também por conta do Rotary Bento Gonçalves, onde parte da verba arrecadada será destinada às entidades beneficiadas.

Como deixa o cargo: “Feliz, pois sei que o trabalho foi feito com qualidade e dinâmica, o que possibilitou muitas realizações. Porém, antes de sair, quero deixar encaminhada a parceria com os demais Rotaries do município para fundar o Rotaract, um Rotary de adolescentes”, coloca Orides.

Novo presidente: Augusto Bendett

Rotary Club Bento Gonçalves

Presidente: João Vicente Miranda LopesSócios: 57Onde atua: Projetos sociais como o Pelotão Curu-

mim, Lar do Ancião, Abraçaí e Ação Social São Roque.Principais iniciativas: Campanha do Agasalho de

2015 que está em processo de finalização e Campanha do Trânsito. A promoção de uma feijoada, no início de maio, foi alusiva ao Dia das Mães, na Cave de Pedra, no Vale dos Vinhedos. No Rotary’s Day o clube desfilou junto das escolas no dia 12 de outubro de 2014. Em fevereiro, o Rotary Planalto completou 110 anos, por isso foi realizado um evento na Via Del Vino com panfletagem e divulgação do Clube para conquistar mais sócios e incentivar as pessoas a ajudar.

Como deixa o cargo: “Com alegria, porque foi um ano com bastante desafios. O clube tem 48 anos de existência e ainda contamos com sócios que ajudaram o fundar. Por isso, é desafiador trabalhar com estas pessoas mais conservadoras, enquanto outros, mais novos, buscam inovações”, explica Lopes.

Próximo presidente: André Gustavo dos Santos

Rotary Club Planalto

Presidente: Cedamir PolettoSócios: 22Onde atua: Não determinam entidades fixas, ajudam as da

cidade conforme solicitações e prioridades de necessidade no momento. Já atuaram no Abraçaí, Lar do Ancião e Liga de Com-bate ao Câncer, por exemplo.

Principais iniciativas: Corrida Solidária que rende fundos para as entidades, a próxima edição será em outubro. Anual-mente, na comemoração de aniversário do Clube, em abril, pro-movem um jantar e homenageiam pessoas que se destacaram na comunidade. Também desenvolvem a Campanha do Trânsi-to, junto dos demais Rotaries.

Como deixa o cargo: “Foi um ano muito produtivo, em que tudo o que estava programado deu certo. Conseguimos cumprir nosso calendário e realizar atividades além das tradicionais de ajuda às entidades”, declara o presidente Poletto.

Novo presidente: Arildo Nadal

Rotary CLub São Francisco

Presidente: Renita PortaluppiSócios: 14Onde atua: Abraçaí, Projeto Acorde, Lar da Caridade e demais

pessoas que solicitam ajuda.Principais iniciativas: Realização de um jantar beneficente no

Hotel Dall’Onder e do Galetasso. Além disso, desenvolvem cam-panhas de Natal, Páscoa e Dia da Criança com arrecadação de brinquedos e chocolates. Brechós para doação de roupas também estão no calendário do Clube.

Como deixa o cargo: “Muito satisfeita. Acreditava que seria uma missão mais complicada, mas desenvolvi um trabalho especial e as pessoas foram ótimas comigo. Este é um clube de poucas mu-lheres, mas as participantes são extremamente dedicadas e assim realizamos nossas conquistas”, destaca a presidente Renita.

Novo presidente: Maria de Lourdes Zarneky (Tula)

Rotary Club Mulheres da Serra

dos os continentes. Um dos clu-bes mais velhos em Bento Gon-çalves possui 48 anos, tempo suficiente para ter um trabalho consolidado durante os anos e estimulado a fundação de novos. Ambas as organizações atendem uma demanda se serviço local baseada em uma filosofia global.

No total, são mais de 1,35 mi-lhão de Lions no mundo, quase 80 em Bento Gonçalves. O seu ideal é “A comunidade é o que fazemos dela”. Uma das prin-cipais batalhas da entidade é contra os problemas de visão, já que possuem hospitais de olhos com atendimento gratui-to em diversas cidades. O que atende o público do município é de Passo Fundo.

Os Rotaries somam mais de 1,2 milhão de irmãos no mun-do, aqui na cidade são quase 140. Motivados pela erradi-cação da Poliomielite em sua fundação, a organização inves-te na promoção da paz, com-bate à doenças, fornecimento de água limpa, atendimento médico à mães e filhos, apoio à educação e fortalecimento de economias locais.

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Presidente: Paulo de PaulaSócios: 22Principais iniciativas: O foco principal é visão a partir de campanhas de cons-

cientização. Eles levam pessoas para Passo Fundo, no Hospital de Olhos e disponi-bilizam óculos para àqueles que não têm condições. São realizados trabalhos como a Campanha do Quilo, onde alimentos são recolhidos em portas de supermercados, e do Meio Ambiente, com dinâmicas sobre coleta seletiva e energia elétrica.

Onde atua: Lar dos Idosos, Lar da Caridade e Associação dos Recicladores do Jar-dim Glória. No último ano, levaram 37 pessoas para o Hospital de Olhos e 20 ganha-ram óculos. Há também a distribuição de brinquedos no Natal em festas para crianças.

Como deixa o cargo: “Com saldo positivo de sócios e campanhas. A troca de diretoria é para manter o clube oxigenado, cada um tem seus contatos e direciona o trabalho da forma que acha melhor”, coloca o presidente Paulo.

Próximo presidente: Yvonne Dreher

Lions Clube Cidade do Vinho

Presidente: Elisete GrandoSócios: 25Principais iniciativas: Investimento em escolas, pois elas

acreditam que a educação pode formar pessoas melhores. Além disso, campanhas de doação de alimentos são realizadas para os lares de idosos. Bingos e chás auxiliam na arrecadação de verba. Os recursos são destinados para projetos menores como a doação de uma cadeira de rodas para uma criança ou ajuda para a menina Valentina.

Onde atua: A principal campanha da gestão de Elisete foi a climatização da Escola Estadual Nossa Senhora Salete, no Barracão. Além disso, atuam nos lares de idosos e no Projeto Esperança – Pelotão Curumim.

Como deixa o cargo: “Não deixo, pois vou reassumir. Que-ro continuar investindo em escolas porque é onde o espírito de servir de forma”, ressalta a presidente Elisete.

Próximo presidente: Elisete Grando

Lions Clube Fêmina IntegraçãoPresidente: Grimar de Jesus FreitasSócios: 30Principais iniciativas: Organização do

Jantar da Anchova, em setembro, e do Chá das Mulheres, em agosto, onde os recursos arrecadados são revertidos para associações.

Onde atua: Entidades beneficentes do município como a Liga de Combate ao Câncer e pessoas ou instituições que solicitam ajuda para fins de melhoria e assistência ao próximo. Mensalmente, um valor é repassado para o Lions Internacio-nal, onde este direciona verba para os pontos mais críticos do mundo, como, por exemplo, a África.

Como deixa o cargo: “Muito feliz por ter oito novos membros na equipe e eventos programados até o fim do ano. No meu mandato, realizamos mais campanhas do que em outros anos”, afirma o presidente Grimar.

Próximo presidente: Marcelo Felippe

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Em sincronia com um dos pe-ríodos mais sensíveis para a eco-nomia, o Governo Federal anun-ciou, na última semana de maio, a medida provisória que faz con-cessões e readequações sobre o seguro-desemprego. Contrários a implantação, a medida preo-cupa sindicatos e trabalhadores, considerando a atual dificuldade para reentrada no mercado de trabalho a curto prazo.

Para o presidente do Stimm-me, embora a alteração fosse necessária, o momento de im-plantação escolhido pela União

foi inoportuno. “Estamos re-gistrando aumentos mês a mês no número de desempregos e a retração econômica não tem previsão de término. Na atual conjuntura econômica, muitos dos funcionários que forem desligados nos próximos me-ses passarão por uma fase pe-sarosa”, revela Lima.

As alterações aprovadas no Congresso obrigam o desem-pregado a comprovar mais tempo de trabalho para ter direito ao benefício. A lei ante-rior exigia seis meses consecu-

tivos empregados por pessoa jurídica ou pessoa física para garantir o seguro-desemprego pela primeira vez. Agora, o au-xílio só poderá ser solicitado após 12 meses de ofício com-provado. Pela segunda vez, a partir de nove meses e, na terceira vez, com seis meses de trabalho. O projeto tam-bém mudou a forma como o amparo é pago. A expectativa da União é que com os novos ajustes possam ser economi-zados até R$ 5 bilhões em pa-gamentos para 2015.

Gonçalves (Simmme), Juarez Piva, em alguns setores a que-da nos rendimentos chegou a 36%. O dado se dá a partir de pesquisa realizada pela insti-tuição com mais de 120 em-presas do município. “A di-minuição nas vendas do setor era nítida e progressiva desde meados de 2013, só o Gover-no parecia não perceber. Ao invés de promover o reaque-cimento econômico para que a indústria voltasse a receber investimentos, fomos sur-preendidos com um pacote de aumentos de taxas e impos-tos. Exemplo são as empresas de fundição de metal da cida-de, que após os reajustes no

valor da eletricidade mal con-seguem arcar com os custos de produção”, critica. Outro agravante apontado por Piva é a facilitação de crédito nos últimos anos. Para ele, o se-tor só apresentará melhoras concretas com o término do pacote de reajustes fiscais.

O quadro é o mesmo no setor moveleiro regional. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmó-veis), Henrique Tecchio, o polo apresentou perda de 3% no fa-turamento nominal e registrou fechamento de 183 postos de trabalho. “Para nós, a retração desses indicadores é compatí-

vel com a ampla desaceleração da economia brasileira e a seve-ra crise da indústria. Estamos seguindo o compasso verificado nacionalmente. Nos primeiros meses de 2015 a produção físi-ca da indústria de transforma-ção caiu 7,9% em comparação ao mesmo período de 2014. Nos fabricantes de móveis, a queda foi de 6,4%. Perante os números preocupantes, con-centramos nossos esforços em minimizar as perdas e tentar conservar o máximo de postos de trabalho” explica.

Para Tecchio, uma das al-ternativas é o investimento na diversificação de mercados. “Promovemos iniciativas para estudar e ampliar a atuação no mercado externo, que tem como objetivo incrementar os negócios e aumentar a competi-tividade das indústrias do setor. As ações incluem a divulgação de informações de inteligência de mercado e a realização de projetos compradores com foco na Bolívia. Neste ano está sen-do organizada uma ação com foco no México.”, revela.

Desemprego em ascensão

O desaquecimento econômi-co setorial implica diretamente na geração e manutenção de empregos formais na cidade. Embora a situação ainda não seja considerada alarmante, al-gumas alternativas como anteci-pação de férias e redução na jor-

nada de trabalho já estão sendo adotadas pelos empresários.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgi-cas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Stimmme), Elvio de Lima, algumas empresas mais sensí-veis às alterações econômicas já esgotaram as alternativas para manter o quadro de fun-cionários. “Entre maio e abril registramos o fechamento de, aproximadamente, 400 pos-tos de trabalho, uma queda relevante para o período. O cenário gera preocupação tan-to para o empregado, que esta ciente da dificuldade de con-seguir emprego a curto prazo, quanto para o empregador que, muitas vezes, abre mão de funcionários qualificados por falta de demanda”, avalia.

Embora os indicadores se-jam positivos em maio, a ex-pectativa dos sindicatos é que a indústria só volte a apresen-tar resultados positivos a partir do segundo semestre de 2016. “Precisamos ser realistas e as-sumir que a situação não está boa. O Governo já prepara um novo pacote de aumentos para 2015, o que invariavelmente afetará todos os setores preju-dicando ainda mais a retoma-da da situação empregatícia no município”, ressalta Piva.

A perspectiva dos sindicatos é que o número de demissões aumente consideravelmente no segundo semestre.

Originado pelo aumento da inflação, baixa na taxa

de investimentos e pela crise de confiança internacional, o recesso econômico do Brasil afetou diretamente a indús-tria bento-gonçalvense no primeiro semestre de 2015. De acordo com os líderes sindicais da cidade, todos os setores registraram quedas, gerando crescimento no nú-mero de demissões e pressio-nando empresários a buscar alternativas.

Os motivos que resultaram a crise são muitos. Entretanto, todos estão ligados às medi-das de política monetária im-plantadas pelo governo petis-ta com o intuito de alavancar a economia. A iniciativa tinha como objetivo a diminuição nas taxas de juros, implantar taxas de câmbio competitivas ao mercado internacional e a consolidação fiscal amigável ao investimento. No entanto, o regime foi elaborado com projeções que não condiziam à realidade nacional, criando rombos nas contas públicas e obrigando o País a pensar em um ajuste fiscal, que é a rea-dequação de valores de im-postos e taxas para aumentar a arrecadação da União.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento

Como efeito da atual retração econômica, setores registram queda no faturamento e aumento no número de demissões

Momento impróprio para alteração

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Medida preocupa sindicatos devido ao atual quadro de desemprego

Polos registram diminuição de até 36% nos rendimentos em 2015

Cristiano [email protected]

Semestre de desaceleração na indústriaNo vermelho

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Sábado, 6 de junho de 201516 Geral

Segundo Piccoli, projetos existentes nas edições passadas foram aprimorados para atender a demanda

Prefeito Guilherme Pasin e o presidente Laudir Piccoli conduziram lideranças e autoridades pelos estandes

Expectativa é receber 200 mil visitantesA 25ª edição da feira tem recorde de expositores e diretoria pretende alcançar a marca de R$ 35 milhões em negócios

Bruna Maria de Moura [email protected]

A ExpoBento 2015 iniciou com com novidades e cli-

ma de comemoração. A feira integra vários ramos empre-sariais, como o vinícola, imo-biliário, comércio e serviços, além das diversas atrações culturais para entreter e di-vertir diferentes públicos. Os organizadores do evento es-peram que mais de 200 mil visitantes passem pelo local durante os 10 dias de eventos.

Segundo o presidente da ExpoBento, Laudir Miguel Piccoli, a diretoria trabalhou durante um ano para chegar ao resultado proposto, e está satisfeita com toda a estru-tura e organização da feira. “Nesta edição atingimos o re-corde de estandes comparado com os anos anteriores, com 467 expositores, sendo mar-cada por muitos projetos ino-vadores”, afirma.

Piccoli conta que conforme, o slogan dessa edição - Uma feira sem limites -, os visi-tantes que comparecerem aos estandes serão muito bem atendidos, podendo comprar desde um brinco até um carro zero km, atendendo aos de-sejos e necessidades de cada pessoa. A estrutura e a decora-ção fazem alusão ao aniversá-rio de 125 anos de Bento Gon-çalves, reproduzindo o centro do município.

Para o presidente, a feira é considerada um pontapé inicial para mais um ano de sucesso. A cada evento as ex-pectativas são superadas, e neste ano não será diferente. “Li uma reportagem que já tinham 40 mil pessoas com destino à Serra Gaúcha só no feriado, os outros dias tam-

bém deverão ser assim”, afir-ma Piccoli.

Os projetos existentes nas edições passadas foram apri-morados para melhor atender ao público, como os da agri-cultura familiar. Assim como outros, como o Mesa ao vivo,

foram criados especialmente para a edição de 2015. De acor-do com o prefeito Guilherme Pasin, não foram poupados investimentos para que esta ExpoBento tivesse a melhor es-trutura. “Foram gastos muito bem aplicados para construir e

aprimorar os pavilhões. Todos nós, organizadores, ficamos satisfeitos”, afirma.

O evento é uma vitrine que expõe os produtos e serviços de Bento Gonçalves para to-das as pessoas que vêm de ou-tras cidades, segundo Pasin.

“Hoje a nossa expectativa é que tenhamos 200 mil pes-soas girando pela ExpoBento, conhecendo e comprando os produtos expostos”, afirma.

Os expositores da feira vêm de nove estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Para-ná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas, Ceará e Pernambuco, e cinco países: Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Uruguai.

Os 25 anos da feira reúnem empresários, mas, além de ser uma feira de negócios, também é um atrativo para as famílias participarem, assis-tindo aos shows e apresenta-ções. “Neste ano homenagea-mos os 140 anos da imigração italiana, um momento de fes-tividades na região e a Expo-Bento prestigia o nosso mu-nicípio”, explica o presidente da Câmara de Vereadores, Valdecir Rubbo.

O parlamentar também ex-plica que a participação efetiva da região, do estado e do país é fundamental, pois é um marco que merece o apoio de todos, afinal, movimenta a economia de Bento, colaborando com o desenvolvimento.

Uma das autoridades pre-sentes na abertura da feira foi o secretário de Estado do De-senvolvimento Rural e Coope-rativismo, Tarcísio Minetto, representando o governador José Ivo Sartori.

Minetto relatou todos os se-tores demonstram a capacida-de de inovação da tecnologia, concentrando pessoas de to-das as áreas. “Para atravessar-mos os momentos de dificul-dades e crises que passamos, é com o empreendimento, como mostra esta feira, que vamos conseguir. Aqui se formam e expandem negócios”, finaliza.

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Iniciativa proporciona ao público um contato mais próximo com 16 chefs da alta gastronomia brasileira

Vânia e Rafael Santos estão expondo na feira pela primeira vez

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Bons resultados atraem expositores

Mesa ao vivo é uma das novidades

Os projetos existentes nas edi-ções anteriores foram aprimora-dos, como os da agricultura fa-miliar e a gastronomia. E outros, foram criados especialmente para esta edição.

O Mesa ao Vivo é um deles, que ocorre em quatro capitais do País e agora chegou a Ben-to Gonçalves, na ExpoBento. A atração reune 16 nomes reco-nhecidos da gastronomia, sendo cinco nacionais entre eles, Ana Luiza Trajano, Ivan Achcar, Em-

A feira conta com vários ex-positores de diversos ramos, alguns estão presentes pela primeira vez e outros voltam a todas as edições pelo sucesso e oportunidades que o evento proporciona.

É a primeira vez que Rafael e Vânia Santos participam da ExpoBento. Eles estão com um estande de embutidos e fariná-ceas. “Estamos ansiosos porque ficamos sabendo do sucesso das edições anteriores e queríamos muito fazer parte desta grande feira”, afirma Rafael.

A expositora Leonor Jordani Breta, proprietária da Cantina Benta, também está empolga-da e espera fazer bons negó-cios ao longo dos 10 dias de evento. “O projeto começou com o apoio do Sindmóveis e tivemos um ano e meio de oficinas e aprendizados para depois criarmos a coleção de artesanatos Cantina Benta. Estamos começando aos pou-cos, por isso vendemos só por encomendas. Queremos ver como o pessoal recebe o nosso projeto”, conta a expositora.

manuel Bassoleil, Katia Barbosa e Yann Corderon, além de onze profissionais regionais, como Carlos Kristensen, Floriano Spiess, Idana Spassini, Marcia Dalla Chiesa, Gustavo Ruffato, Rodrigo Bellora, Mauro Cingo-lani, Gabriel Lorenço, Adriano Farina, Vicente Lovera e Vicente Perini. Representaram todo o Rio Grande do Sul, cozinhando ao vivo até hoje, dia 6 de junho.

E os destaques da próxima semana serão o Wine Fashion,

formado por quatro workshop contando com profissionais da área e quatro desfiles unindo moda, beleza e vinho em perfei-ta sintonia para quem gosta do mundo das passarelas.

E o encontro de Bonsai, uma exposição da cultura Ja-ponesa, que estreiando na fei-ra com workshops gratuitos e exposição, além de um con-curso. Os visitantes da Expo Bonsai poderão conhecer no-vas plantas, técnicas.

Alguns expositores pos-suem estandes há várias edi-ções e reconhecem o tamanho e prestígio do evento, por isso voltam anualmente. Foi as-sim com Marcelo Salvine, da empresa Ferro in Arte. Este é o sétimo ano que ele participa da feira e que ela rende bons negócios.

Já os visitantes, como Cle-ci Macejo e sua filha Bruna Macejo, não é a primeira vez que visitam a ExpoBento, por

sempre encontrarem novi-dades. “Está tudo lindo, tem bastante lojas de lã e produtos bons, a estrutura está ótima, gosto muito de visitar”, conta.

E o casal Roseli Pires e Ro-gério Kunst, vieram de Novo Hamburgo, para conhecer a feira e aproveitar o feriado. “É a primeira vez que viemos, e estamos gostando, é tudo bem organizado, grande. Muitas coisas diferentes para conhe-cermos”, afirma.

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Entre as principais medidas está o direito às hora extras, ao FGTS e indenização no caso de demissão sem justa causa

Existe diferença entre diarista e empregada doméstica

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Cristiane Grohe [email protected]

Se o projeto for aprovado irá equiparar os direitos dos empregados domésticos a dos outros trabalhadores

Nova relação entre patrão e funcionárioPEC das Domésticas

A presidente Dilma Roussef sancionou o projeto de Lei

(PL) que regulamenta a emen-da constitucional que amplia os direitos das empregadas do-mésticas, conhecida como PEC das Domésticas. De acordo com a sanção publicada nesta terça--feira, 2 de junho, no Diário Ofi-cial da União, a regulamentação teve dois vetos: um que nega aos vigilantes o sistema de con-tagem de horas dos domésticos e outro que proíbe a demissão por justa causa quando viola a intimidade do empregador do-méstico ou de sua família.

Entre os itens mais impor-tantes do projeto está o adicio-nal noturno, a obrigatoriedade do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por parte do empre-gador, seguro-desemprego, salário-família, auxílio-creche e pré-escola, seguro contra aci-dentes de trabalho e indeniza-ção em caso de despedida sem justa causa.

A partir de agora, o Governo Federal tem 120 dias para re-gulamentar o chamado Simples Doméstico: um sistema que vai unificar os pagamentos, pelos empregadores, dos novos bene-fícios devidos aos domésticos, incluindo FGTS, seguro contra acidentes de trabalho, Institu-to Nacional do Seguro Social (INSS) e fundo para demissão sem justa causa, além do reco-lhimento do Imposto de Ren-

da devido pelo trabalhador. A exigência desses pagamentos, de acordo com a nova Lei, en-tra em vigor após quatro meses. Pela proposta, o empregador passará a ter que recolher 8% para o FGTS, além de uma alí-quota mensal de 3,2%, como antecipação da multa dos 40% devida nas demissões sem jus-ta causa. A alíquota de recolhi-mento do INSS do empregador será de 8% e mais 0,8% para cobrir seguro por acidente de trabalho aos domésticos. A alí-quota do empregado também passou a ser fixa, de 8%.

Os serviços prestados pela diarista que comparece em uma residência para prestar serviços uma ou duas vezes na semana não se confundem com o trabalho doméstico previsto na Lei 5.859/72, eis que ausen-tes os requisitos da continui-dade na prestação de serviços e da subordinação.

A Lei nº 5.859/72, que dis-põe sobre a profissão de em-pregado doméstico, o concei-tua como aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito

Os empregadores farão o reco-lhimento, em guia única, de 20% do valor do salário do emprega-do, em que estarão incluídas as contribuições para o INSS, para o FGTS e para o fundo que arca-rá com as indenizações.

Para o advogado trabalhista, Lucídio Luiz Conzzati, não ha-vendo anotação da Carteira de Trabalho, o empregador pode-ria respeitar todos os direitos da mesma forma, pagando os salá-rios, depositando o FGTS e reco-lhendo a contribuição previden-ciária ao INSS, sonegando-lhe direitos e o deixando despro-

tegido ao que a Lei lhe confere. “Haveria, assim, prejuízos ao empregado e sérios riscos ao empregador, que poderia, pos-teriormente, sofrer uma ação trabalhista que iria lhe custar bem mais caro. A Lei é para ser cumprida”, explica Conzzati.

Amparo legal

A discriminação dos trabalha-dores domésticos é historica-mente marcada pela informa-lidade e pelos baixos salários. “Esse profissional estava de-samparado legalmente, até a

promulgação da Constituição Federal de 1988, que lhe asse-gurou alguns direitos, mas que ainda se encontravam penden-tes de regulamentação. A PEC equipara os direitos dos empre-gados domésticos aos dos outros trabalhadores”, avalia Conzzati.

O advogado acredita que a nova PEC não trará nenhuma dificuldade para o empregado, inclusive lhe dará mais dignida-de. O mesmo não se pode afir-mar em relação ao empregador. “Embora os procedimentos burocráticos sejam simplifica-dos em relação ao das pessoas jurídicas, demandam certo con-trole administrativo, além da considerável elevação do custo financeiro do empregado”, co-menta. Para que não haja pro-blemas mais tarde, o advogado aconselha que seja elaborado um contrato. “Respeitando a Lei e o acordo, a relação será tranquila e duradoura”, orienta.

Controle de horas

Uma das principais dúvidas é sobre o controle das horas. A Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT) exige o controle de horário para quem tem dez ou mais empregados. No caso das domésticas não há obrigatorie-dade deste controle. “Emprega-do e empregador, em comum acordo, podem instituir um li-vro ponto em que a empregada anota manualmente o horário de entrada e saída, com o perío-do de descanso de, no mínimo, uma hora”, esclarece Conzzati.

residencial destas. O que ca-racteriza o empregado domés-tico é a prestação do serviço de forma contínua e permanente no âmbito residencial, sem fins lucrativos ou de natureza não econômica e mediante o paga-mento de salários.

Já a diarista, trabalhadora autônoma, é aquela que exer-ce por conta própria atividade profissional remunerada, sem relação de emprego, even-tualmente, para uma ou mais empresas e pessoas. A diarista está obrigada a se inscrever na Previdência Social como con-

tribuinte individual, pois todo trabalhador que não possui a Carteira de Trabalho assina-da é obrigado a se inscrever no INSS como contribuinte individual. A Obrigatorieda-de está prevista no artigo 9º, parágrafo 12, do Decreto nº 9.048/99 que regulamenta a Previdência Social. “O exercí-cio da atividade remunerada sujeita a filiação obrigatória ao Regime Geral de Previdên-cia Social (RGPS)”.

O recolhimento da contribui-ção previdenciária deve ser por meio dos códigos de pagamen-

to 1007 (alíquota de 20%) ou 1473 (alíquota de 11%), que são os códigos do contribuinte in-dividual mensal, o autônomo. É aconselhável a toda dona de casa, que tem uma diarista, que solicite mensalmente da mesma uma cópia do compro-vante de recolhimento de sua contribuição previdenciária, pois, no futuro, este documen-to pode ser de grande valia pe-rante a Justiça do Trabalho.

Não podem ser conside-rados empregados domésti-cos aqueles que durante um ou dois dias na semana vão

à residência de uma família prestar algum tipo de serviço, nestes casos eles são conside-rados diaristas.

Cabe ressaltar que o termo “diarista” não se aplica ape-nas a faxineiras e passadeiras, (modalidades mais comuns nesta prestação de serviço). Ela abrange também jardi-neiros, babás, cozinheiras, tratadores de piscina, pessoas encarregadas de acompanhar e cuidar de idosos ou doentes e mesmo as “folguistas” – que cobrem as folgas semanais das empregadas domésticas.

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Sábado, 6 de junho de 2015 19Geral

Oferta e procura por trabalho de diaristas ainda é grande

O que diz a PEC das Domésticas

Como estavaSalário: Tem o direito de receber, ao me-

nos, um salário mínimo ao mês, inclusive quem recebe remunera-ção variável.

Jornada de trabalhoDeve cumprir a jornada de oito

horas diárias e 44 horas semanaisHora extraTem direito a receber pelas horas

extras trabalhadas. As primeiras 40 horas devem ser pagas em dinhei-ro para o trabalhador. A partir daí, cada hora extra deve ser compen-sada com folga ou redução da jor-nada em até um ano.

Segurança no trabalhoTem direito a trabalhar em lo-

cal onde sejam observadas to-das as normas de higiene, saú-de e segurança.

Acordo e convenção coletivaTerá as regras e acordos estabe-

lecidos em convenções coletivas

dos trabalhadores respeitados pe-lo empregador.

DiscriminaçãoNão pode sofrer diferença de sa-

lários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil ou para portador de deficiência.

Trabalho noturnoO menor de 16 anos não pode-

rá trabalhar à noite, ou ter trabalho perigoso ou insalubre.

Como ficaAdicional noturnoO projeto define trabalho notur-

no como o realizado entre as 22h e as 5h. A hora do trabalho notur-no deve ser computada como de 52,5 minutos – ou seja, cada ho-ra noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora diur-na. A remuneração do trabalho noturno deverá ter acréscimo de 20% sobre o valor da hora diurna.

FGTSA inscrição do doméstico pelo

empregador no FGTS ainda não é obrigatória, apesar de a Lei pre-ver o recolhimento de 8% do sa-lário do empregado. Pelas regras publicadas no DOU, esse direito ainda depende da publicação de um regulamento sobre o assunto pelo Conselho Curador do FGTS e pela Caixa Econômica Federal, operadora do fundo.

Indenização em caso de despedida sem justa causa

O empregador deverá deposi-tar, mensalmente, 3,2% do valor do salário será em uma espécie de poupança que deverá ser usada para o pagamento da multa dos 40% de FGTS que hoje o traba-lhador tem direito quando é de-mitido sem justa causa. Se o tra-balhador for demitido por justa causa, ele não tem direito a rece-ber os recursos da multa e a pou-

pança fica para o empregador.Seguro-desempregoO seguro-desemprego poderá

ser pago durante no máximo três meses, no valor de um salário mí-nimo, para o doméstico dispensa-do sem justa causa.

Salário-famíliaO texto também dá direito ao

salário família que é um benefício pago pela Previdência Social. O trabalhador autônomo com renda de até R$ 725,02 ganha R$37,18 por filho de até 14 anos incomple-tos ou inválido. Quem ganha aci-ma desse valor R$ 1.089,72 tem direito a R$26,20 por filho.

*Auxílio-creche e pré-escolaO pagamento de auxílio-cre-

che dependerá de convenção ou acordo coletivo entre sindicatos de patrões e empregadas. Atual-mente, toda empresa que possua estabelecimentos com mais de 30 empregadas mulheres com idade

superior a 16 anos deve pagar o auxílio. É um valor que a empresa repassa às funcionárias que são mães, de forma a não ser obriga-da a manter uma creche.

Seguro contra acidentes de trabalho

As domésticas passarão a ser cobertas por seguro contra aci-dente de trabalho, conforme as regras da previdência. A contri-buição é de 0,8%, paga pelo empregador.

Mudança no pagamento de INSS

Além desses sete novos bene-fícios, a alíquota de INSS a ser re-colhida mensalmente será de 8% do salário do trabalhador, em vez de 12%, como é atualmente. Já no caso da contribuição feita pelo próprio trabalhador, o pagamento ao INSS continua igual ao mode-lo atual, que é de 8% a 11%, de acordo com a faixa salarial.

Maria presta serviço e pode adequar os horários a quem precisa

Ter a Carteira de Trabalho assinada e os direitos assegu-rados são itens que estão sen-do comemorados por muitas empregadas domésticas. Mi-chele da Silva, 33, que traba-lhou no comércio por um ano, foi demitida em janeiro e vol-tou a trabalhar como empre-gada doméstica. “Não posso me queixar do salário e preci-so estar na ativa. Hoje eu te-nho carteira assinada e recebo todos os direitos”, afirma ela, que chegou a atuar por quatro anos na informalidade.

Para Michele, ter o docu-mento assinado é fundamental. “Preciso pensar na aposenta-doria e em ter meus direitos garantidos. Além disso, é um trabalho que exige responsabi-lidade e confiança, como todos os outros. Alguns patrões prefe-rem pagar o salário sem assinar a carteira e tentam justificar que desta forma eu posso ga-nhar mais”, conta a funcionária.

Sem vínculo

Apesar das conquistas traba-lhistas, a mudança na Legislação permitiu que muitas emprega-das domésticas se transformas-sem em diaristas. É o caso de Maria Isabel Maciel, 46, que viu sua renda aumentar com a nova função. “Desta forma, posso organizar meus horá-rios, escolher os dias e não pre-tendo assinar a carteira”, diz.

Para Maria, os descontos ge-rados com a carteira assinada são muito altos. “Pago o INSS e recebo o meu pagamento sem descontos”, completa. A diarista conta que já trabalha dessa forma há 30 anos. “Se eu estivesse numa empresa ou escritório me sentiria pre-sa, assim parece que estou em casa”, destaca. Maria auxilia em tarefas domésticas e cui-da de crianças em horários determinados por ela e que também são bons para quem

precisa de seus serviços.A funcionária pública, Adria-

na Raffainer, 47, é casada, tem uma filha de um ano e três meses e utiliza os serviços de Maria. “Ela me ajuda na arru-mação e limpeza da casa, lava e passa as roupas, e ainda ajuda nos cuidados com a Consthan-za”, revela. Adriana explica que a relação de trabalho foi nego-ciada de forma tranquila entre as duas. “Nós somos flexíveis e tem dado muito certo as nos-sas combinações”.

De acordo com a funcioná-ria pública, a diarista já teve filhos e até netos. “Sei que ela tem experiência e para nós é muito importante, princi-palmente em relação a bebê”, complementa. Nos dois anos que Maria presta serviço para a família de Adriana foi cria-do um laço de amizade. “Eu sempre me aconselho com ela, é como se já fosse da família”, ressalta Adriana.

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Sábado, 6 de junho de 201520 Geral

Investimento de R$ 13 mi continua

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Retração econômica reflete no SenaiDemissões

Incertezas do cenário econômico e no Pronatec fazem entidade reduzir o quadro de funcionários em 7,5% no RS

Gerson Lenhard [email protected]

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

(Senai) está acusando o golpe da retração da economia. Em todo o Rio Grande do Sul, o quadro funcional da entida-de está sendo reduzido em, pelo menos, 150 funcioná-rios. Cerca de um terço deles são professores que estavam contratados para os cursos do Pronatec, programa so-bre o qual pairam dúvidas se terá continuidade e em qual dimensão. A informação é confirmada pelo diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e conselheiro regional do Senai, Ademar de Gasperi. Porém, ele faz a ressalva de que em Bento a situação não é tão drástica. A principal fonte de receita do Senai é o desconto de 1% do valor da folha de pagamento das indústrias não optantes pelo Simples. Ou seja, menos empregos gerados, receita de-crescente para todo o sistema.

Segundo o diretor supe-rintendente da Fiergs, Car-los Zuanazzi, o enxugamento na folha salarial do Senai é resultado de uma soma de questões. A causa principal para as demissões da organi-zação, de fato, seria o término de muitos cursos oferecidos pelo Pronatec. Mas também existem outras questões como

a queda na arrecadação por conta do elevado número de desligamentos da indústria. As 150 demissões represen-tam 7,5% sobre o total de dois mil funcionários que o Senai mantém no Estado. Zuanazzi ainda não pode confirmar se o corte está adequado. “Va-mos observar até o final de junho para ver como é que a economia do País reage. Não há informação clara sobre

como será conduzido o Pro-natec pelo Governo Federal. Só saberemos se a dose foi de bom tamanho”, explica.

O Superintendente diz que apesar de tudo o Senai está alcançando suas metas e se prepara para uma enquadra-mento importante e caro: “Se tivermos que nos adequar à norma NR 12 (que trata de medidas de segurança em máquinas das indústrias)

teremos que gastar muitos milhões, pois nossos treina-mentos todos são feitos em máquinas que precisarão ser ajustadas”, comenta.

Em Bento Gonçalves tam-bém ocorreram demissões, mas a situação não é tão drás-tica. O diretor do Senai/Ce-temo, César Modena utiliza um termo mais suave do que crise para definir a situação. “Estamos fazendo ajustes de acordo com o momento. Al-gumas pessoas pediram para sair, outras foram demitidas, mas em número bem menor do que as contratações que fi-zemos durante o ano passado. Não temos a intenção de no-vas dispensas no momento, tampouco é possível afirmar que novos acertos não serão necessários”, pondera.

Modena explica que aqui não ocorreram contratações para atender especificamente ao Pronatec. Foram utilizados os profissionais da escola, en-tão não houve a necessidade de demissão destes profissio-nais na mesma ordem que em outras cidades. “Estamos sen-tindo isso desde setembro do ano passado, é uma demanda menor por cursos in com-panny e também das consul-torias técnicas dadas dentro das empresas. Isto, de fato, diminuiu e tem a ver com o enxugamento que a indústria está fazendo nos seus custos”, afirma. Ele lamenta este mo-

mentâneo afastamento dos técnicos de dentro das em-presas. “Para nós, este con-vívio possibilita uma troca de informações muito importan-te”, ressalta. O contraponto para esta realidade está no número crescente de deman-da pelos ensaios de laborató-rio. “Esta é uma necessidade crescente, uma vez que cada vez mais está se exigindo cer-tificados de novos produtos”, observa o diretor do Cetemo.

Na modalidade de cursos do Pronatec, as últimas tur-mas estão sendo concluídas. Modena garante, entretanto, que os cursos essenciais, que são os de aprendizagem e os técnicos, continuam atenden-do cerca de 600 alunos com idades entre 14 e 24 anos, em três turnos diferentes. “Vive-mos uma realidade diferente aqui. Tenho notícias de em-presas que continuam contra-tando, então os alunos cotis-tas continuam chegando. Isto só mudará se as empresas diminuírem o número de em-pregados”, explica o diretor.

Os alunos cotistas são de-mandados pelas empresas, exceto as micro e pequenas que, por Lei, são obrigadas a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem um número de aprendizes equivalentes de 5% a 15% do total de seus empregados, de acordo com o tamanho do estabelecimento.

A boa notícia do Senai é que o projeto de transformação do Centro Tecnológico em Insti-tuto de Tecnologia não sofrerá solução de continuidade.

O projeto prevê investi-mentos de R$ 13 milhões, recursos oriundos da COnfe-deração Nacional das Indús-trias e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social. Este montante está sendo aplica-do na construção de um novo prédio de 1,4 mil metros qua-drados e na reformulação do já existente, que tem a mes-

ma área. Além disto, haverá reformulação da área externa de circulação e compra de equipamentos novos para os laboratórios e oficinas. São tornos CNC de alto desem-penho (high speed) e quatro novas máquinas didáticas entre outros equipamentos.

Outra situação que muda é o fato dos professores e téc-nicos da instituição estarem se qualificando para poder operar os equipamentos ad-quirindo um novo padrão de conhecimento.

No fórum

Momentaneamente, porém, a obra civil está paralisada por uma discussão na justiça pro-movida pela empreiteira que venceu a licitação e, posterior-mente, abandonou o trabalho. Enquanto isso, prosseguem tratativas para a aquisição de um terreno contíguo ao das instalações do Senai que pos-sibilitaria a obtenção de maio-res índices construtivos e, ao mesmo tempo, permitirá ex-pansões futuras.

César Modena diz que investimento não para, mas atendimentos caíram

Obras incluem construção de pavilhões e área de circulação

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Sábado, 6 de junho de 2015 21Geral

Associado mais jovem, Henrique Ari Moreni, de 18 anos, da Linha 80 da Leopoldina, sendo homenageado por Inês Fagherazzi

Centenas de agricultores associados comemoraram em família

Associada mais antiga, Dona Santina Araldi Zaffari, de 96 anos, sendo homenageada pela presidente do Sindicato, Inês Fagherazzi

Palestra de Ainor Lotério envolveu a todos, com momentos de reflexão

Trabalhadores rurais

Festa do Sindicato ainda repercuteEvento realizado no mês de maio reuniu dezenas de produtores numa grande festa em comemoração às conquistas

Ainda repercute o suces-so do evento do dia 1º de

Maio em que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais reuniu associados numa grande fes-ta em comemoração às lutas e conquistas adquiridas através do movimento sindical. Essa festa é realizada todos os anos no dia 1º de maio, dia do tra-balhador, em homenagem ao aniversário do Sindicato, que foi fundado no dia 25 de abril de 1962 e aos aposentados que muito lutaram para ter seus direitos adquiridos. “Todos os anos o Sindicato festeja junta-mente com seus associados no intuito de homenagear e valo-rizar os aposentados que tanto lutam para permanecer no in-terior e garantindo a sobrevi-vência do homem da cidade”, comenta Inês Fagherazzi. “São centenas de pessoas que par-ticipam anualmente e, sempre dispostas a continuar na luta, festejam seu dia de descanso e valorização neste encontro que tem também inúmeros prêmios sorteados entre os associados em dia com suas mensalidades e presentes na festa, além do saboroso almo-ço, seguido de diversão e dança no embalo do Grupo Ragazzi Dei Monti. O encontro deste ano também contou com a par-ticipação do grupo de dança do Município de Monte Belo Do Sul que fez um lindo espe-táculo e do palestrante Ainor Lotério, de Camboriú Santa Catarina. Nós, da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, agradecemos a todos que estiveram presentes neste lindo momento de descontra-ção”, finaliza Inês Fagherazzi.

Cadastro Ambiental Rural é obrigatório

Obrigatório a todo agricul-tor, grande ou pequeno, o Cadastro Ambiental Rural-

CAR- possibilita dois cami-nhos, explica a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, Inês Fagherazzi, alertando que um deles acaba com be-nefícios já adquiridos por pe-quenos produtores.

Quem tem até 48 hecta-res, recomenda a presidente escolher a opção por Módu-los Fiscais. “Esse produtor é considerado micro produtor rural e, por isso, torna-se Se-gurado Especial, não tendo então que contribuir com o

INSS, um direito adquirido através do talão de produtor no qual são recolhidos 2,3% de sua produção. Mas, se es-colher a opção por Módulos Rurais, automaticamente o produtor é então enquadrado como grande proprietário ru-

ral, passando a estar ligado à Farsul e contribuindo obriga-toriamente com a CNA. Como consequência disso, perde a condição de Segurado Espe-cial e passa a ter que contri-buir também com o INSS”, esclarece Inês Fagherazzi.

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Sábado, 6 de junho de 201522 Geral

Bento Gonçalves é o principal destino de enoturismo do Brasil e atrai mais de 1milhão de visitantes anualmenteFO

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Cristiane Grohe [email protected]

Um pouco mais sobre o enoturismo

O enoturismo é uma ati-vidade que alia todos os aspectos inerentes à cultu-ra do vinho com o turismo, promovendo o conhecimen-to das etapas do proces-so produtivo, dos aromas e sabores.

A atividade turística on-de está inserida a cultura do vinho vai muito além de uma simples visita às caves seguida de uma prova das bebidas.

O enoturismo convida a vivenciar a cultura e a tradi-ção local de forma a contex-tualizar a importância histó-rica desta atividade agrícola na região.

Para o turista é propor-cionada desde a escolha do vinho para acompanhar a refeição, passando pela participação nas colheitas, até à oportunidade de po-der dormir confortavelmen-te envolto por vinhas inte-gradas com as magníficas paisagens ou fazer uma re-feição sob as parreiras.

A enóloga Bruna Cristofoli toma conta desde a pesquisa de produtos até a recepção dos viajantes

Mais de 70 vinícolas do município recebem turistas vindos de vários lugares durante todas as estações

Bebida é principal atrativo turísticoDia do Vinho

Belas paisagens, tradição italiana e, claro, os me-

lhores vinhos nacionais estão localizados na Serra Gaúcha. Além das baixas temperatu-ras, comuns nesta época do ano, a região explora o vinho como um dos principais in-gredientes turísticos. Toma para si o conceito do enotu-rismo e aproxima dos viajan-tes e moradores as principais características da região: farta gastronomia, hospitalidade e paisagens cinematográficas.

Mas não é só. Uma volta pelo interior de Bento Gonçalves pode proporcionar experiên-cias únicas como passeios de tuque-tuque, pequenos tra-tores, tours guiados, redutos religiosos e a imersão nos cos-tumes da região, que envolvem a cultura italiana e gaúcha. Isso além da possibilidade de compras de produtos típicos, vinhos, queijos, embutidos, grostoli, artesanatos e geleias.

A proximidade entre os ro-teiros turísticos do interior, a paisagem que pode variar entre o dourado do outono e o colori-do da primavera, e as estradas montanhosas reforçam ainda mais o convite para um passeio pelos vários destinos da cidade. São mais de 70 vinícolas insta-ladas em Bento Gonçalves que, na sua maioria, ficam abertas para visitação e fornecem tours guiados, além de degustação e outros atrativos.

O secretário municipal de Tu-rismo, Gilberto Durante, revela que a cidade é o principal desti-no de enoturismo do Brasil. As opções de passeio são muitas: Vale dos Vinhedos, Caminhos de Pedra, Rota das Cantinas Históricas, Vale do Rio das An-tas, Rota Rural Encantos da Eu-lália, Maria-Fumaça, Epopeia Italiana e o turismo urbano, que envolve pontos como a Via Del Vino, o prédio da prefeitu-ra, igrejas, Casa das Artes, além das compras.

De acordo com o secretá-rio, a cidade recebeu, no ano passado, mais de 1 milhão de visitantes. O turista que vem a Bento Gonçalves é qualifi-cado e exigente. “Ele procura por um bom hotel, boa gas-

tronomia e quer vivenciar ex-periências típicas da região”, avalia Durante. Conforme ele, o município tem uma progra-mação que pode envolver o visitante por, pelo menos, sete dias. A cidade ganha no-

toriedade e retorno financei-ro em diversas áreas. O turis-ta que vem a lazer gasta em média R$350 durante um dia, já aquele que vem a negócios gasta cerca de R$400. “Esse valor é destinado para hospe-

dagem, alimentação, passeios e compras”, explica.

A presidente da Associação Rota Rural Encantos da Eu-lalia, Danusa Mejolaro revela que a visitação ao local está crescendo muito. “Se anali-

sarmos o período de janeiro a junho de 2014 com o mesmo período de 2015 o crescimento foi de 70%”, comemora. Danu-sa acredita que o aumento de turistas se deve, principalmen-te, pela divulgação. “São sete empreendedores e ainda con-tamos com a beleza das paisa-gens”, diz a presidente.

Vinho é a palavra de ordem em Bento Gonçalves e para tor-nar os tours ainda mais atrati-vos, as vinícolas incrementam seus negócios com passeios sob as parreiras, tour pelos proces-sos de produção, incluindo um pouco da história do municí-pio. Nas pequenas proprieda-des, associar a produção às ro-tas turísticas resgata a história do local e aproxima o cliente do universo do produtor, ge-rando fidelização.

FONTE: LUGAR AO SOL TURISMO

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Sábado, 6 de junho de 2015 23Geral

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Vera Larentis explica que a paisagem se modifica ao longo do ano e o turista se surpreende com a paisagem

Os irmãos Marcelo e César Petroli oferecem além dos vinhos, um pouco da cultura da região de Bento

Empresas familiares crescem no municípioAs cantinas menores se des-

tacam por aproximar o turis-ta das etapas produtivas. As vendas, por sua vez, se dão sem intermediários, feitas direto ao consumidor pelas mãos da própria família pro-dutora. O saldo da equação é uma bebida diferenciada, de maior valor agregado, que gera um balanço positivo en-tre custo e benefício.

O Vale dos Vinhedos, um dos principais pontos de parada dos turistas está localizado a cinco quilômetros do centro de Bento Gonçalves. Pequenas proprie-dades dividem o território com vinícolas de diferentes portes, abrangendo desde cantinas fa-miliares, boutiques, até grandes empresas. É lá que está instalada a Vinhos Larentis, uma empresa concebida e mantida pela famí-lia que produz uma média de 70 mil litros de vinho por ano.

São 15 hectares de vinhedos próprios, que além de fornecer a uva para as bebidas, atraem os visitantes. “As videiras são um convite a um passeio em qual-quer época porque a paisagem muda conforme as estações”, sa-lienta Vera Larentis, que atende os turistas e cuida da área comer-cial. Além da visita e degustação, a família Larentis oferece opções como piquenique nos parreirais, colheita noturna no verão e jan-tares harmonizados. “Quem nos visita tem a experiência de co-nhecer, na prática, um dia de tra-balho de uma família que mora no Vale dos Vinhedos e vive da elaboração do vinho”, acrescen-ta. A vinícola é composta por pes-soas da família, que trabalham em todo o processo incluindo a recepção aos visitantes.

Degustação e história

Em uma das curvas do Vale dos Vinhedos, numa casa de mais de 100 anos, está a loja da Vinícola Barcarola. A empresa é familiar e se destaca pela pro-dução praticamente exclusiva e pela pesquisa de diferentes va-riedades de uvas. A vinícola e os seis hectares de parreiras ficam localizadas no Vale Aurora, a cinco quilômetros do ponto de

venda. A Barcarola recebe, em seu varejo, uma média oito mil pessoas por ano. “Quem nos vi-sita pode degustar os produtos e recebe todas as informações sobre a história do local e a produção das bebidas”, revela Marcelo Petroli, um dos pro-prietários. De acordo com ele e o irmão César Petroli, o aten-dimento personalizado, a ar-quitetura do varejo e o produto

de qualidade é o que mantem e atrai consumidores. “A maior parte das nossas vendas tem sido por indicação de quem já esteve aqui”, salienta César.

Sob as parreiras

Saindo do Vale dos Vinhedos rumo ao distrito de Faria Lemos a câmera fotográfica deve estar a postos. O caminho é emoldu-

onde tudo começou. É nesse lu-gar que fica a loja de bebidas e a recepção. “Oferecemos também geleias, salame, copa, sucos e cosméticos a base de uva”, con-ta a enóloga Bruna Cristofoli. Como em praticamente todas as empresas familiares, uma pessoa se envolve desde a pro-dução até a comercialização.

Surpreender os visitantes é uma tarefa desafiadora. “Quere-mos o que o turista possa expe-rimentar um pouco de nosso dia a dia”. A vinícola oferece outros atrativos como o Edredom nos Parreirais, que é o almoço ou happy hour servido sob a som-bra das parreiras, com a culiná-ria e as bebidas feitas pela fa-mília. Visitar a Cristofoli é tirar o pé do acelerador e aproveitar momentos únicos próximos a natureza e a tradição local.

Suco orgânico

Seguindo para a Linha Eu-lália, entre as várias opções de passeio, está a Vinícola Mena--Kaho. A tradição vinícola vem desde a Itália, na Idade Média, que gerou o apelido da família Roman, que passou a ser co-nhecida como Mena-Kaho. Em dialeto vêneto, Mena significa trabalhador e Kaho é ramo de videira. A vinícola oferece vi-sitação aos seus prédios histó-ricos. A gestora da Mena-Kao, Lúcia Carla Cogorni, revela que a propriedade também disponi-biliza a possibilidade de se hos-pedar na casa de pedra, cons-truída pelo patriarca em 1885.

A empresa processa 500 mil quilos de uvas, os quais 95% são destinados a produção de suco e 5% para a produção de vinhos. “Temos uma linha tradicional de sucos, com produtos 100% naturais e uma linha orgânica”, acrescenta. Da mesma forma ocorre com os vinhos: o portfólio tem brancos e tintos, tradicionais e orgânicos. “O eno-turismo é o futuro de nossa re-gião, pois embora outros locais possam produzir mais e melho-res uvas, nossa região é única do ponto de vista da autêntica cultura italiana, seus hábitos e costumes”, avalia Lúcia.

rado por uma paisagem des-lumbrante que, muitas vezes, ganha a companhia da neblina, da geada e, eventualmente, da tão esperada neve. Em Faria Lemos fica a Cristofoli Vinhe-dos e Vinhos Finos. Mantida pela família, ela oferece opções para quem quer vivenciar um pouco da cultura da uva e do vi-nho, como o “Spazio Del Vino”, que é o porão da casa paterna e

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Sábado, 6 de junho de 201524 Bairros

Centro

Paróquia Santo Antônio prepara festaEm sua 137ª edição, celebrações ocorrem no sábado, 13, mas atividades em comemoração iniciaram ainda em maio

Cleunice [email protected]

Após a festa de Corpo de Cristo realizada nesta se-

mana, a comunidade católica de Bento Gonçalves se prepa-ra para mais uma celebração da fé. No próximo sábado, 13, ocorre a tradicional festa de Santo Antônio. Em sua 137ª edição, uma extensa progra-mação foi realizada em maio, em preparação ao dia da ce-lebração. Desde o início do mês, a imagem do padroeiro visitou as comunidades, e a trezena, que iniciou no últi-mo domingo, se estende até a sexta-feira, 12, dia que ante-cede a comemoração.

De acordo com o padre Mar-ciano Petrykovski, Santo Antô-nio é o padroeiro da cidade e a festa atrai pessoas de outras comunidades e municípios. “É mais um grande momento de celebração da fé em Bento, pois Santo Antônio extrapola os limites da Paróquia. A ex-pectativa é que durante o dia as atividades envolvam mais de 15 mil pessoas, mas a fes-ta é grande independente da

quantidade de público”, rela-ta. Além disso, ele afirma que a preparação começa muito antes. “As visitas nas comuni-dades são importantes, pois é a uma oportunidade de acolhi-mento do padroeiro e também dos festeiros conhecerem os locais”, aborda.

O lema da festa é Anunciar a palavra e formar comunida-des. Petrykovski relata que a frase foi escolhida com base na vida de Santo Antônio e nas necessidades da Igreja. “Quan-do os bispos se reuniram em assembleia, escreveram um documento: “Comunidades de comunidades, uma nova paró-quia”, onde o objetivo era di-fundir a leitura da Bíblia. Com isso, a intenção é criar peque-nos grupos para rezar a palavra do Senhor”, salienta. Ele res-salta que são nestes encontros que a palavra de Deus deve ser estudada e que o padroeiro foi um grande pregador do evan-gelho. “Santo Antônio foi o ho-mem de palavra, de pregação e o lema caiu muito bem para a realização da festa”, esclarece.

De acordo com Reno Sonza, um dos festeiros, para 2015 a

expectativa é muito boa. “Es-peramos de 15 a 20 mil pessoas na no dia 13. Estamos muito otimistas, pois realizamos as visitas às comunidades e, no final de semana que passou vi-sitamos o Santuário de Nossa

Senhora de Caravaggio”, relata.Além disso, o festeiro afirma

que, normalmente, a imagem de Santo Antônio não possui permissão para ser exposta junto à imagem de Nossa Se-nhora de Caravaggio, mas,

Programação da trezenaSábado, 6

Tema: Família, Santuário da Vida e da Iniciação Cristã Equipe de Celebração: Pastoral Catequética e Nossa Senhora de CaravaggioEquipe de Animação: Pastoral Catequética Presidente da Celebração: Padre Eleandro Telles

Domingo, 7Tema: Vida Consagrada, Boa Notícia para a Igreja e o Mundo Equipe de Celebração: Congregações da Região Pastoral Equipe de Animação: Congregações da Região Pastoral Presidente da Celebração: Padre Luiz Antônio Mascarello

Segunda-Feira, 8Tema: Somos da Paz Equipe de Celebração: Pastorais Sociais Equipe de Animação: Grupo de Cantos João Aristides Presidente da Celebração: Padre Jairo Gusberti

Terça-Feira, 9Tema: A Comunidade Valoriza os Diferentes Ministérios LeigosEquipe de Celebração: São Paulo Apóstolo e Nossa Senhora AparecidaEquipe de Animação: São Paulo ApóstoloPresidente da Celebração: Padre Izidoro Bigolin

neste ano, as imagens ficaram lado a lado. “Devido aos 80 anos da paróquia, consegui-mos expor a imagem em Ca-ravaggio e, para nós, foi muito importante, pois ajudou a di-vulgar a festa”, finaliza.

Santa Helena

A história do tataravô Sétimo Zagonel e sua famíliaSétimo Zagonel nasceu em

28 de junho de 1927. Aos 87 anos, mora há mais de 20 no Santa Helena. Viu o bairro crescer e está feliz com a cons-tituição de sua família.

Natural de Lajeado, se mudou para Alpestre onde morou por 44 anos e constituiu sua família. Casou com Geraldina Merlo Za-gonel (in memoriam) no dia 17 de abril de 1947 e tiveram onze filhos. Sétimo conta que perto dele vivem apenas três, os ou-tros moram em outras cidades do Estado. “Só três filhos moram perto de mim, os outros moram em Porto Alegre e Alpestre. Es-tão em diversos lugares do Rio Grande do Sul”, comenta.

Ter uma família grande nun-ca foi problema para Zagonel. Além dos 11 filhos, tem 36 ne-tos, 34 bisnetos e recentemen-te, uma tataraneta. Ele conta

que quando recebeu a notícia que seria tataravô, foi uma alegria muito grande. “Esta-va comentando esses dias que queria um tataraneto e minha bisneta me ligou avisando que teria um filho, mas não sabia se era menino ou menina”, lembra. “Algum tempo depois ela me ligou e disse que eu ga-nharia uma tataraneta. Fiquei muito feliz”, comenta.

Há aproximadamente duas semanas, Sétimo conheceu a pequena Bruna Luísa Jardi-nello, nascida em 26 de março. “Tive que ir até Alpestre, que é onde ela mora, para conhecer. Fiquei muito feliz”, lembra. Seu filho Gentil e a esposa Iva-nir são os bisavós de Bruna. Sadi e Adriane Jardinello os avós. Ademir e Roselaine Jar-dinello são os pais da pequena. “Gentil é meu filho e ele é o bi-

savô da nenê. A minha bisneta, a Roselaine, é a mãe”, salienta.

Além da felicidade em ganhar uma tataraneta, Zagonel conta que um de seus passatempos

é a pequena fábrica de vinhos no porão de sua residência. Há mais de 18 anos ele compra a uva e realiza todo o processo, desde a moagem até o envase.

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Sétimo Zagonel, filho Gentil, neta Adriane, bisneta Roselaine e a pequena tataraneta Bruna Jardinello

“Todos os anos eu faço. Com-pro a uva e produzo meu vinho. Claro que é para consumo pró-prio, mas eu faço e bebo vinho todos os dias”, ressalta.

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Sábado, 6 de junho de 2015 25Bairros

Mestre vence o desafio

Escola

A primeira edição do pro-jeto Corrente do Sorriso,

promovido pelo cantor Ivo Mozart, passou por Bento Gonçalves no início de abril. Ele foi lançado na escola Mes-tre Santa Bárbara, no bairro Humaitá e envolveu alunos, professores e funcionários que aceitaram o desafio de mostrar que é possível abraçar uma causa em conjunto e fa-zer a diferença. Além de duas escolas visitadas no municí-pio, Cecília Meireles e Mestre Santa Bárbara, a campanha envolveu outras 25 escolas es-taduais, de 12 cidades diferen-tes do Rio Grande do Sul.

De acordo com o dicionário Houaiss, o vocábulo campanha consiste em uma soma de esfor-ços para alcançar um objetivo. A Escola Mestre demonstrou, mais uma vez, que isso, somado em prol de uma causa nobre, sempre traz resultados positivos.

O projeto, financiado pelo sistema Pró-cultura RS, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, desenvolveu diversas atividades, dentre elas uma gincana virtual, que consistia em fotografar o maior número de sorrisos e postar no Face-book. Foram inúmeras foto-grafias tiradas em diversos momentos da vida dos alunos, professores e funcionários, sempre com sorrisos radian-tes nos rostos. Além disso, os alunos e professores desen-volveram ações no centro da cidade e em entidades assis-tenciais, promovendo sorrisos e boas ações.

Ao vencer a campanha, com mais de mil sorrisos compar-tilhados via rede social, a ins-tituição recebeu, fim de maio, instrumentos musicais para compor uma sala de música. Orgulhosa do desempenho, a diretora Margarida Mendes Protto agradeceu a dedicação de todos que participaram e ajudaram na campanha. “O sorriso é gratuito e pode fazer a diferença na vida das pessoas”, finaliza a diretora.

Comunidade escolar ganhou a campanha daCorrente do sorriso

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Sábado, 6 de junho de 201526 Regional

A dedicação ao cultivo de orquídeas está presente

há 33 anos na vida do casal Marlene e Sérgio Viel. Os mo-radores de Monte Belo do Sul construíram uma estufa para trabalhar com esta flor que possui uma beleza encantado-ra. “Começamos com apenas uma unidade e estamos até hoje cultivando”, comentam.

Segundo Marlene, a orquí-dea necessita de cuidados es-peciais. No verão, em virtude do calor, a planta pode adoe-cer e, caso o inverno seja rigo-roso, ela pode morrer. “Com tudo o que fazemos precisa-

O Centro de Referência Espe-cializado em Assistência Social (Creas) de Farroupilha promo-ve, na próxima semana, diver-sas ações alusivas ao Dia Mun-dial Contra o Trabalho Infantil, lembrado no dia 12 de junho.

Na quinta-feira, 11, durante

Marlene e Sérgio Viel, de Monte Belo do Sul, há 30 anos se dedicam ao cultivo de diversas espécies da flor exótica

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Orquidófilos possuem mais de quatro mil plantas na propriedade

Estefania V. [email protected]

A beleza encantadora das orquídeasFloricultura

Portadora do certificado certificados ISO 14001 desde 2013, a Associação do Co-mércio, Indústria e Serviços de Carlos Barbosa (ACI), tem em sua política a preocupação com o meio ambiente. Com o objetivo de conscientização de seus associados em relação a questões ambientais, a enti-dade promove de segunda à quarta-feira, 8, 9 e 10 de junho, a Semana do Meio Ambiente, iniciativa inédita da entidade.

A nova diretoria da entida-de possui um departamento exclusivo voltado a questões ambientais, liderado pelo vice-presidente do meio am-biente da entidade, Carlos Alberto Gomes de Araújo. Da necessidade de voltar os olhos

para essa questão, surgiu a ideia de elaborar uma pro-gramação que contemplasse, principalmente, o licencia-mento ambiental, ainda in-compreendido por empresas de diversos setores. “Precisa-mos lembrar constantemente do ambiente em que vivemos. Na programação, mantive-mos o foco em desmistificar o licenciamento ambiental que é, inclusive, feito pelo muni-cípio. Hoje, qualquer empre-sa, de qualquer setor, precisa estar licenciada para atuar”, explica Araújo.

O tema será tratado na pa-lestra “Licenciamento Am-biental: Vantagens e Des-vantagens”, ministrada pela engenheira sanitarista Simoni

Baldasso durante a progra-mação.

A programação da Semana do Meio Ambiente também contará com a palestra “Des-carte de Resíduos Eletroe-letrônicos”, ministrada pelo técnico em automação indus-trial Rodrigo Pierini. O objeti-vo, segundo Carlos Alberto, é conscientizar os comerciantes a respeito do descarte de ele-trônicos para que eles orien-tem seus clientes a realizar corretamente o procedimento sem danos ao meio ambiente. “É importante que a socieda-de seja parceira em atividades voltadas à conscientização ambiental. É necessário enga-jar”, ressalta o vice-presidente do meio ambiente da ACI.

ACI realiza Semana do Meio Ambiente

Palestra debate o trabalho infantil

Carlos Barbosa

Farroupilha

mos ter paciência e dedicação, e é assim também com as flo-res”, ressalta.

Na propriedade da família,

são mais de quatro mil unida-des divididas entre o orquidá-rio e ao ar livre. “Como na área fechada era muito quente, al-

gumas unidades foram retira-das e colocadas e dispostas ao ar livre”, ressalta Viel. O casal comenta que como os invernos não são mais tão rigorosos é possível deixar as plantas fora da estufa. Para isso, o espaço escolhido foi entre as fruteiras assim, de certa forma, ficam protegidas.

Algumas espécies dão flo-res uma vez por ano, porém ficam floridas por seis meses. Marlene pondera que a flora-ção ocorre de acordo com cada variedade. “É uma planta que gosta de claridade. Quando o pé não está bonito trabalha-mos com a haste”, comenta.

O trabalho com as orquídeas é uma terapia e os dias ficam

mais curtos. “Quando cuida-mos das flores não vemos a hora passar, não sentimos fome e sede. Ficamos mexendo e nem sentimos o dia acabar”, afirma. Os orquidófilos relatam que as plantas precisam de uma aten-ção especial de maio a agosto quando estão na fase da flora-ção. “O resto do ano é apenas de cuidados, é semelhante ao cultivo das parreiras”, compara.

O resultado do trabalho do casal pode ser conferido na 3ª Mostra do Vinho, Artesa-nato e Agroindústrias, que fica aberto hoje, 6 de junho, e amanhã, 7, na Praça Padre José Ferlin, das 10h às 17h, em Monte Belo do Sul. O casal estará entre os expositores.

a reunião de diretores das es-colas municipais, no Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac), a equipe responsável pelas atividades explanará aos participantes sobre o Progra-ma de Erradicação do Traba-lho Infantil (PETI).

Na sexta-feira, 12, haverá dis-tribuição de materiais informa-tivos sobre a temática à popu-lação na Praça da Igreja Matriz, das 12h às 14h. O objetivo da ação é prevenir o trabalho infan-til e sensibilizar o maior número de pessoas quanto ao tema.

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Sábado, 6 de junho de 2015 27Regional

A Câmara da Indústria e Comércio de Garibaldi (CIC) iniciou, há uma semana, a pes-quisa para a elaboração da 16ª edição do Balanço Econômico de Garibaldi. Com previsão de lançamento para outubro, os questionários da pesquisa já foram entregues aos escritó-rios contábeis da cidade.

Para a coleta dos dados, a en-tidade orienta que as empresas autorizem seus contadores a fornecerem informações para a publicação. O prazo final para a entrega dos relatórios é 25 de junho. A publicação apresenta o desempenho das empresas locais definidos a

O dia 2 de junho foi marcado pela comemoração dos 60

anos de fundação da Emater/RS-Ascar em todos os escritó-rios municipais. No município de Monte Belo do Sul, a cele-bração aconteceu no Auditório da Secretaria de Saúde, onde autoridades e convidados fo-ram recepcionados pelo chefe do Escritório Municipal, Paulo Ricardo Barni Capoani, para um café solidário.

Durante a solenidade, o res-ponsável da unidade lembrou a trajetória e atuação da enti-dade. “A missão da Emater é promover ações de assistência técnica e social de extensão rural, classificação e certifica-ção, cooperando no desenvol-vimento rural sustentável. É uma instituição a serviço das pessoas em níveis individuais e coletivos, concebida como um sistema integrado com responsabilidade social, am-biental e econômica”, ressal-tou Capoani.

A cidade possui 636 famílias no meio rural. Destas, 531 são assistidas pela Emater. Isto é, de uma população de 2.670 pessoas (rural: 1900, urbano:

Escritório municipal reuniu convidados e autoridades para marcar as seis décadas de atuação no Rio Grande do Sul

Inicia a pesquisa para o 16º Balanço Econômico

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Plantio de mudas e repovoamento de alevinos mobilizou estudantesPrazo para entrega de dados se estende até o dia 25 de junho

Paulo Capoani lembrou a trajetória da entidade e o trabalho desenvolvido com os produtores rurais

Estefania V. [email protected] Algumas ações

Operacionalização junto ao público e parcerias a imple-mentação de políticas públicas;

Prestação de serviços na elaboração de projetos de crédito, elaboração de laudos, perícias e Proagro;

Orientação voltada para a qualidade de vida via sa-neamento básico, habitação, qualidade da água, alimentos e dieta equilibrada;

Inclusão social, orientando sobre direitos previdenciários, acesso aos serviços de saúde e assistência social, e organi-zação comunitária;

Elaboração de projetos, emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e organização das famí-lias para operacionalizar o Programa Nacional de Ali-mentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);

Prestação de assessoria na implantação e operação de pequenas agroindústrias.

Emater celebra 60 anos de fundação

Garibaldi

Monte Belo do Sul

770), cerca de 1.593 muníci-pes recebem assistência. Ca-poani explica que a maioria dos agricultores se dedica ao cultivo da uva. Na última safra foram colhidas 34.400 toneladas de uvas america-nas e híbridas, 450 tonela-das da variedade de mesa, e 7.250 toneladas de viníferas, totalizando uma produção de 42.100 toneladas. Além disso, o órgão executou 108 proje-

tos, com um investimento de R$ 5 milhões, sendo que, nos últimos 9 anos, foram aplica-dos R$ 30 milhões.

A Emater/RS possui ações de Extensão Rural em 494 mu-nicípios gaúchos e possui 30 Unidades de Classificação e Certificação credenciadas jun-to ao Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e 12 Postos/Contratos com a Superintendência Fe-

deral de Agricultura no Estado do Rio Grande do Sul (portos e fronteiras), totalizando 42 pontos de atendimento no es-tado. A entidade é dotada de recursos organizacionais que possibilitam rápida interativi-dade entre suas unidades ope-rativas e o público com o qual atua. Conta com um corpo fun-cional multidisciplinar e inter-disciplinar distribuído em to-das suas instâncias de atuação.

A programação da III Sema-na do Meio Ambiente do muni-cípio de Pinto Bandeira iniciou na segunda-feira, 1º de junho, e segue na próxima semana. A temática desta edição é “Res-ponsabilidade Ambiental: di Generassion in Generassion”.

Na programação, acontece o recolhimento de embalagens de agrotóxicos na segunda-fei-ra, 8 de junho, nas localidades de Linha Brasil das 8h às 10h; e na Linha 28, das 14h às 16h. Na terça-feira, 9, a coleta acontece das 8h às 10h na Linha 40; e no Centro das 10h30min às 12h.

As apresentações dos concur-sos das escolas para os jurados ocorre às 17h, no Salão Paro-quial na segunda-feira. Neste dia, também será realizada a exposição do Projeto Recicle o

Município promove ação ambientalPinto Bandeira

Óleo e o lançamento da Cam-panha de Conscientização da Separação de Resíduos. A po-pulação já conferiu ações de combate à dengue e aos bor-rachudos, plantio de árvores,

recolhimento de lixo nas estra-das, repovoamento de alevinos e a campanha de recolhimento de medicação vencida e lâminas de raio X. O evento tem a parti-cipação das escolas.

partir da Receita Líquida, Salá-rios e Encargos, Lucro Opera-cional, Impostos sobre Vendas e Patrimônio Líquido.

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Sábado, 6 de junho de 201528

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Sábado, 6 de junho de 2015 29ObituárioFalecimentos

ELMO PAULO TANSINI, no dia 28 de Maio de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de David Guerino Tansini e Raquelle Callegari e tinha 85 dias.

JORGE ANTONIO DE SANTI, no dia 29 de Maio de 2015. Natural de Paraí, RS, era filho de José de Santi e Olga Mezzomo de Santi e tinha 59 anos.

ARMELINA ZONTA DE VILLA, no dia 29 de Maio de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de João Zonta e Luiza De Mari Zonta e tinha 93 anos.

MARIA LOURDES CASSINELLI, no dia 29 de Maio de 2015. Natural de Soledade, RS, era filha de Natalicio Dutra da Silva e Rosalina Castro Dutra e tinha 91 anos.

ROBERTO VICENTE CASTIGLIONI, no dia 30 de Maio de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Ronaldo Duarte Castiglioni e Sinara Regina Fonseca da Costa e tinha 11 dias.

SILVINO ANTÔNIO BAGISTON, no dia 31 de Maio de 2015. Natural de Farroupilha, RS, era filho de Firmino Bagiston e Valentina Maria C. Bagiston e tinha 54 anos.

SILVARINA ALVES RIBEIRO, no dia 31 de Maio de 2015. Natural de Chonin, Governador Valadares, MG, era filha de Antonio Ribeiro Filho e Rita Alves de Figueiredo e tinha 72 anos.

NAILDE MARIA DONDONI SALVATI, no dia 31 de Maio de 2015. Natural de Pinto Bandeira - Bento Gonçalves, RS, era filha de Luiz Dondoni e Elisa Strapasson e tinha 92 anos.

ZALTIR STEFENON, no dia 31 de Maio de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Vigili Stefenon e Fiorinda Pertile Stefenon e tinha 77 dias.

EUCLIDES FLORIANO TODESCHINI, no dia 01 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Luiz Matheus Todeschini e Avelina Santa Ferrari Todeschini e tinha 82 anos.

ANASTACIA KUFFEL LEVINSKI, no dia 02 de Junho de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filha de Thomaz Kuffel e Francisca Pomicienski e tinha 83 anos.

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Sábado, 6 de junho de 201530 Segurança

Fiscalização

PRF reforça alerta contra imprudências na BR-470Autuações por embriaguez e excessos de velocidade são recorrentes

Leonardo [email protected]

Se por um lado o rigor da Polícia Rodoviária Fede-

ral (PRF) chama atenção da comunidade, por outro os fla-grantes de embriaguez e exces-so de velocidade na BR-470 se repetem. Os diversos alertas de riscos de acidentes não impe-dem as imprudências de mo-toristas em trechos conhecidas por sua alta acidentalidade, como as “Curvas da Morte” e o Trevo da Telasul.

Na quinta-feira, 4 de junho, foram realizados outros 1.116 flagrantes de excesso de veloci-dade. A fiscalização com radar fotográfico ocorreu durante todo o dia em diversos pontos da rodovia. O maior excesso registrado foi de 111km/h no quilômetro 218, trecho conhe-cido como as Curvas da Morte, onde o permitido é 60km/h.

Em 35 dias de Operação Vi-nhedos, a PRF realizou, pelo menos, 3.198 autuações por excesso de velocidade. Outra questão que preocupa é o nú-mero de autuações por em-briaguez com, pelo menos, 40 flagrantes.

Na noite de quinta-feira, 4 de junho, o motorista de um Corsa, com placas de Boa Vista

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Motorista de 37 anos apresentou 0,41mg/l no teste do etilômetro

do Sul, tentou fugir da abor-dagem no quilômetro 226. Ele acabou abordado já dentro da cidade de Garibaldi, onde foi realizado o teste do etilômetro que resultou em 0,41mg/l de álcool por ar expelidos dos pul-mões. O condutor E.J.S.S., de 37 anos, recebeu voz de prisão e o veículo foi recolhido.

Jovem é multado em R$ 3 mil

Horas antes, ainda na ma-drugada de quinta-feira, um caso semelhante foi registra-do. Por volta das 03h30min, o motorista de uma Hilux de

Lajeado, também não obede-ceu a primeira ordem de pa-rada. Ele acabou abordado no quilômetro 223, próximo ao Trevo da Telasul.

O condutor, de 22 anos, re-cusou o teste do etilômetro e foi autuado por embriaguez administrativa. A caminoneta era tripulada por outros três indivíduos que afirmaram re-tornar para Lajeado após uma festa em Bento Gonçalves.

A camioneta foi recolhida para depósito. No total, as multas por embriaguez, deso-bedecer ordem de parada e li-cenciamento vencido somaram aproximadamente R$ 3 mil.

Cinco espingardas, um revólver e diversas carcaças foram apreendidas

Monte Belo do Sul

Ação autua acusado de caça ilegal Uma ação conjunta da As-

sociação Riograndense de Pro-teção ao Meio Ambiente e aos Animais (Arpa), Brigada Mi-litar e Polícia Civil de Monte Belo do Sul, apreendeu armas e animais abatidos em Monte Belo do Sul na tarde de terça--feira, 3 de junho. A aborda-gem ocorre em uma casa lo-calizada na Linha Caravaggio, após denúncias de caça ilegal.

Foram apreendidas cinco espingardas, sendo duas com silenciadores, um revólver, armadilhas e munições, além das carcaças de quatis, pom-bas e aves. O responsável foi autuado e responderá por cri-me ambiental.

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Sábado, 6 de junho de 2015 31Segurança

Entre as 19 mais violentas

Programa mapeará crimes em BentoA partir de julho, ferramenta da Secretaria de Segurança Pública fornecerá relatórios precisos em menor espaço de tempo

Leonardo [email protected]

Em janeiro, quando assumiu a Secretaria Estadual de

Segurança Pública, o delegado Wantuir Jancini elegeu como prioridade o combate ao crime nas 19 cidades que concentram 85% dos crimes no Rio Grande do Sul. Porém, as medidas de contenção de gastos do Gover-no José Ivo Sartori, prorrogadas até o final de 2015, impediram qualquer ação. As primeiras ações foram anunciadas no fi-nal de maio, com a restrição das transferências de policiais e am-pliação do programa Avante.

Bento Gonçalves está entre as 19 cidades mais violentas do estado e, até o início de julho, terá seus índices de crimes mo-nitorados por esta ferramenta de consulta. “Hoje os registros são feitos pela Brigada Militar e pela Polícia Civil. Nossos dados estatísticos contabilizam apenas os nossos registros, o que cria um desvio padrão dos números de crimes. Esta ferramenta aces-sará o banco de dados direto de Porto Alegre e nos dará atualiza-ções a cada 10 dias. Desta forma saberemos exatamente o que está acontecendo, um núme-ro real”, explica o major Álvaro Martinelli, comandante do 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (3º BPAT).

Desenvolvida pela Falconi Consultoria, o programa conhe-cido como Avante fica conectado à Companhia de Processamento de Dados do Estado Rio Grande do Sul (Procergs). A ferramenta opera desde o início deste ano com relatórios dos 10 municí-pios gaúchos mais violentos. No final de maio, foi anunciada a in-clusão de mais nove cidades.

Atualmente, o 3º BPAT ope-ra com um policial destinado

para fazer este seviço de es-tatísticas. No entanto, o pro-grama Avante apresentará um mapeamento mais preciso e em menor tempo, permitindo respostas mais eficazes à cri-minalidade. “Controlamos os horários e dias da semana com mais crimes e os bairros mais afetados. É em cima disso que movimentamos nossos recur-sos humanos”, comenta o ma-jor Martinelli.

Esta otimização do combate é a melhor estratégia encontra-da para minimizar os efeitos da histórica falta de efetivo policial. Perceber as áreas de risco no me-nor tempo possível evita novos delitos. “O nosso trabalho conti-nuará o mesmo, com o emprego de efetivo nos locais e horários de incidência de crimes. Só que o serviço de ontem não é igual ao de hoje e vai ser diferente ama-nhã. O delinquente migra con-forme percebe o policiamento. Teremos acesso a uma margem muito próxima da realidade. Só não vamos saber do que deixar de ser registrado”, garante o co-mandante do 3º BPAT.

Reforço pelo registro de ocorrências

A premissa básica desta estra-tégia de combate é que a popu-lação informe os crimes. “Por isso reforço a importância do registro da ocorrência. Muitas vezes as pessoas não vão regis-trar pois acreditam que ‘vai ser apenas mais um na estatística’. Mas para nós adianta muito sa-ber que em tal rua está atuando uma pessoa com tal caracterís-tica, altura e compleição física”, ressalta Martinelli.

Percebendo as semelhanças entre crimes, o setor de inteligên-cia traça uma estratégia de iden-tificação de suspeitos e resposta.

Major Martinelli acredita que programa facilitará ações de resposta

Sabendo que um ladrão está agindo no bairro A e costuma fu-gir para o bairro B, por exemplo, diante da denúncia de um novo crime os policiais são instruídos a procurar por um comporta-mento suspeito no bairro B antes mesmo de irem ao A. Apesar de deixar a impressão de que a polí-cia demorou a chegar ao local do crime, esta estratégia resulta em um maior número de prisões e recuperação de pertences.

Estas semelhanças também permitem ligar um crime a ou-tro, encontrando mais vítimas para reconhecer o criminoso e apresentar provas concretas pela prisão. “É comum prender-mos uma quadrilha, como ocor-reu duas semanas atrás, que, com base nestas informações, conseguimos ligar a três, cinco ou oito roubos. A característica dos delinquentes da nossa re-gião é esta: praticar (o crime) até ser preso. Se não consegui-mos prender o indivíduo em fla-grante, ele provavelmente não vai deixar de ser ladrão. Vai con-tinuar roubando. Mas com este tipo de informação (dos crimes ocorridos) podemos agir pre-ventivamente. Nós não fazemos investigação, mas durante uma abordagem, eu posso perceber que o indivíduo apresenta carac-terísticas conhecidas e repassar para a Polícia Civil”, relata o co-mandante do 3º BPAT.

Crime no Ouro Verde

BM captura acusado de homicídioA Brigada Militar cumpriu

mandado de prisão contra Je-ferson Aguimar dos Santos, 31 anos, conhecido como Tucano, acusado do homicídio de Ednal-do Vicente de Oliveira, no início no dia 15 de maio no bairro Ouro Verde. A prisão ocorreu na noite de quinta-feira, 4 de junho, du-rante patrulhamento de rotina na Alameda Fenavinho.

Tucano era procurado des-de o dia o 20 de maio, quando a investigação da 1ª Delega-cia de Polícia (1ª DP) cum-priu mandados de busca nos bairros Zatt e Ouro Verde e apreendeu a arma do crime, um revólver calibre .38. Na-quela ocasião, dois acusados prestaram depoimento e confir-

Jeferson A. dos Santos, o Tucano, foi preso na Alameda Fenavinho

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maram participação no crime.A motivação do assassinato

seria um caso de violência do-

méstica. Oliveira agredia sua esposa, que é mãe de Tucano, autor dos disparos.

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Plantão

Um veículo foi arrombado enquanto estava estacionado nos pavi-lhões da Fundaparque na manhã de quarta-feira, 3 de junho. Confor-me as informações da Brigada Militar, por volta das 11h55min, uma guarnição foi deslocada até o interior dos pavilhões da Fundaparque, onde fez contato com a proprietária do veículo. Ela relatou que deixou o veículo estacionado e, ao retornar, encontrou o capô arrombado e o cabo da bateria retirado. Também foi constatado o furto do estepe, um extintor de incêndio, um par de óculos de sol, uma mochila preta, um par de tênis, roupas diversas e um frasco de perfume.

Ladrão arromba veículo na Fundaparque

Um acusado de 25 anos foi detido com quatro pedras de crack no bairro Juventude na tarde desta quarta-feira, 3 de junho. Conforme as informações da Brigada Militar, a abordagem ocorreu por volta das 17h25min na travessa Pelotas. O indivíduo de iniciais J.G.O.C. foi revistado e foram encontradas quatro pedras de crack no bolso da bermuda, pesando 1,5 gramas. O acusado recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Homem é flagrado com crack no Juventude

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