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Manual de Cerimonial do MPF

07 043 Manual Cerimonial 127

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  • Manual de Cerimonial do MPF

    Ministrio Pblico Federal

    Procuradoria Geral da Repblica

    Braslia - DF

  • Secretria de Comunicao Social

    Giselly Siqueira

    Texto e organizao

    Maria Clara Guerra Gomes Pereira Macedo

    Reviso

    Josivan Alves de Oliveira

    Direo de arte

    Roberto Vieira

    Projeto grfi co e diagramao

    Natlia Bernardes Senna

    Brasil. Ministrio Pblico FederalManual de Cerimonial do MPF. Braslia: Procuradoria Geral da Repblica, 2008.205p. il.

    Texto e organizao de Maria Clara Guerra Gomes Pereira Macedo.

    1.Ministrio Pblico Federal cerimonial Brasil. 2.cerimonial. I. Macedo, Maria Clara Guerra Gomes Pereira, org. II. Ttulo. CDD:341.413

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

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    Apresentao

    O Ministrio Pblico Federal, assim como todo rgo pblico, tem cultura e hierarquia prprias que devem ser observadas por seus membros, servidores e outras instituies com as quais mantm relacionamento. Do mesmo modo, o MPF deve respeitar as normas de precedncia de seus pares. E esta justamente a funo do cerimonial: ordenar as relaes e interrelaes dos indivduos de uma instituio para evitar ofensas, desgastes e deslizes e, ao mesmo tempo, manter o clima cordial entre eles. Cerimonial uma ferramenta de comunicao poderosa.

    O Manual de Cerimonial do MPF foi elaborado a partir das experincias da Procuradoria Geral da Repblica e das dvidas das unidades nos estados encaminhadas SECOM. Alm da teoria, leis e decretos, esta obra ilustra o dia-a-dia do cerimonial com dicas aprendidas dos erros e acertos. O intuito auxiliar o planejamento e a organizao de solenidades, bem como padronizar as prticas em todo o pas. Mas esta publicao no um produto fi nal, e sim o comeo de uma discusso sobre noes prticas de cerimonial e protocolo aplicados ao MPF. Cerimonial no cincia exata com verdades absolutas. O desafi o adequar os conceitos bsicos da rea para a realidade do MPF.

    Boa leitura!

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    Sumrio

    Parte I Elementos Bsicos Captulo 1 Competncias de cerimonial...........................................................................................Captulo 2 Smbolos nacionais................................................................................................................Bandeira Nacional...................................................................................................................................

    Especifi cao de confeco................................................................................................................Mastros.................................................................................................................................................Hasteamento........................................................................................................................................Dispositivo de bandeira.....................................................................................................................Luto.......................................................................................................................................................Bandeira do Ministrio Pblico Brasileiro......................................................................................

    Hino Nacional..........................................................................................................................................Captulo 3 Convites........................................................................................................................................Confi rmao de presena.......................................................................................................................Etiquetas...................................................................................................................................................Pronome de tratamento..........................................................................................................................Captulo 4 Ordem Geral de precedncia...........................................................................................Poder Judicirio.......................................................................................................................................Poder Executivo.......................................................................................................................................Captulo 5 Mesa de honra...........................................................................................................................Reserva de Lugares.................................................................................................................................Composio de Tapete...........................................................................................................................Captulo 6 Roteiro de locuo...............................................................................................................Captulo 7 Precursora...................................................................................................................................

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    Parte II Tipos de Eventos.................................................................................................Captulo 1 Posses...............................................................................................................................................Posse de Servidores.................................................................................................................................Cerimnia Coletiva de Procuradores da Repblica..........................................................................Cerimnia no Gabinete do PGR...........................................................................................................Transmisso de cargo..............................................................................................................................Captulo 2 Galeria de fotos.......................................................................................................................Captulo 3 Inaugurao de espaos fsicos.....................................................................................Captulo 4 Encontros....................................................................................................................................Ciclo de palestras.....................................................................................................................................Colquio....................................................................................................................................................Conferncia...............................................................................................................................................Debate........................................................................................................................................................Frum.........................................................................................................................................................Mesa-redonda...........................................................................................................................................Painel..........................................................................................................................................................Seminrio..................................................................................................................................................Simpsio....................................................................................................................................................

    BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................

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    Parte III Anexos CDContrato de BandeirasContrato de LanchesDecreto n 70.274 de 09/03/72Lei n 5.700 de 01/09/71cerimonial do STF

  • Parte I Elementos BsicosCompetncias de cerimonial1

  • Antes de comear a tratar das questes prticas da organizao de solenidades, acredita-se que seja importante elucidar as funes tpicas da rea. Na bibliografi a de relaes pblicas possvel encontrar uma

    quantidade signifi cativa de atribuies de cerimonial, que no sero relacionadas aqui em razo da natureza pblica do MPF e as diretrizes da Secom.

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    Competncias de cerimonial

    Ao cerimonial do PGR compete:

    Manter articulao com o cerimonial dos Trs Poderes;

    Propor e garantir o cumprimento das normas do cerimonial pblico para a PGR;

    Opinar e pesquisar questes de precedncia;

    Elaborar e atualizar o Manual de Cerimonial do MPF;

    Prestar consultoria a outros rgos do MPF na organizao de solenidades e eventos;

    Organizar a recepo de autoridades de primeiro e segundo escalo, nacionais ou estrangeiras, em audincia com o PGR;

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    Participar da organizao das visitas do PGR a outras instituies, cidades e estados e de solenidades;

    Organizar todas as solenidades que o PGR promover;

    Elaborar e expedir os convites ofi ciais do PGR;

    Responder aos convites ofi ciais para solenidades e eventos feitos ao PGR e preparar mensagens de cumprimentos e psames quando para autoridades de primeiro escalo;

    Assessorar o PGR em programao, protocolo e cerimonial das solenidades e recepes, informando sobre todos os dados complementares colhidos durante a precursora;

    Colaborar, em solenidades conjuntas com

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    outras instituies e rgos, com os demais profi ssionais de cerimonial;

    Organizar e manter atualizado o cadastro de membros da PGR;

    Providenciar presentes para troca em cerimnias e em audincias com autoridades estrangeiras;

    Organizar e supervisionar, nas solenidades e eventos promovidos pela PGR, quanto (ao):

    Escolha do local visando capacidade, segurana e relevncia para a PGR;

    Indicao do tipo de servio qual a maneira mais adequada de servir os alimentos e bebidas conforme o horrio, tipo de pblico e formalidade do evento;

    Sugesto das autoridades a convidar;

    Confi rmao da presena de autoridades

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    convidadas que estiverem inseridas na ordem do dia;

    Recepo, identifi cao e acomodao dos convidados inseridos na ordem do dia;

    Coordenao da montagem de sala VIP;

    Cuidado com o dispositivo de bandeiras;

    Composio de mesa de honra, dispositivos e locais reservados nas solenidades;

    Estabelecimento da ordem do dia, da ordem de discursos e do roteiro de locuo do mestre de cerimnias;

    Descerramento de placas, verifi cando previamente os dizeres e a cobertura, bem como sugerir qual autoridade executar o ato;

    Executar outras atividades que lhe forem atribudas pelo PGR.

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  • Parte I Elementos BsicosSmbolos Nacionais2

  • Esta parte do manual comea tratando de um assunto que muitos profi ssionais da rea de organizao de eventos deixam por ltimo. Na verdade o assunto no complicado, mas, por no receber a ateno que dispensada a outros elementos de uma cerimnia, torna-se fcil errar. Alis, a disposio de bandeiras em uma solenidade deveria ser um dos elementos com menor incidncia de equvocos, uma vez que existem

    dois dispositivos legais que regulamentam o assunto: a forma de confeco da Bandeira Nacional (Lei 5.700, de 1 de setembro de 1971, disponvel no CD em anexo) e a sua utilizao (Decreto n 70.274, de 9 de maro de 1972, disponvel no CD em anexo). A seguir sero esclarecidas as principais dvidas sobre o assunto, mas a ntegra dos referidos dispositivos est no anexo deste manual.

    Bandeira Nacional

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    Tipo Largura (cm)

    Comprimento(cm)*

    Diagonal(cm)*

    Nome popular

    1 45 64,29 78,47 um pano2 90 128,57 156,94 dois panos3 135 192,86 235,41 trs panos4 180 257,14 313,88 quatro

    panos5 225 321,43 392,35 cinco

    panos6 270 385,71 470,82 seis panos7 315 450 549,30 sete panos

    *Valores podem ser arredondados para facilitar a confeco da bandeira.

    Especificao de confeco

    A Lei 5.700, de 1 de setembro de 1971, determina um padro de medidas para a confeco da Bandeira Nacional, denominado tipo. A tabela a seguir mostra os tipos normais e, na ltima coluna direita, o nome popular para cada um deles:

    Isso no signifi ca, no entanto, que no se possa confeccionar bandeiras de tamanhos

    maiores, menores ou intermedirios; prova disso so as bandeiras de mesa, que em geral medem 14 cm x 20 cm. Essas bandeiras, denominadas tipos extraordinrios, devem apenas respeitar a proporo:

    Comprimento = (largura 14) x 20

    As dimenses descritas acima tambm so usadas para a confeco de bandeiras dos estados, Ministrio Pblico Brasileiro, pases estrangeiros e organismos internacionais. Ressalte-se que o nome popular dado a cada tipo de bandeira no se refere quantidade de camadas de tecido usada na fabricao da bandeira, e sim ao seu tamanho.

    Para a compra das bandeiras, recomenda-se o uso da especifi cao do Ministrio das Relaes Exteriores, que determina que se confeccionem as bandeiras em tergal vero com 76% de polister e 24% de algodo, 190 g por linear pente 9 a 2 com 22 batidas do fi o 167 a toro, urdume fi o 30 a 2 polister algodo. As costuras devem ser duplas, com

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    linha 100% polister de 18 mm. Os bordados so aplicados em dupla face em tecido sobre tecido e devem ser feitos com ponto cheio fechado, de 3 a 5 mm de largura, com linha 100% polister de 18 mm. O reforo de sustentao ao longo da largura das bandeiras deve ser confeccionado em tergal, com 3 a 6 cm de largura, de acordo com o tamanho, na mesma cor das bandeiras, com fundo monocromtico ou em branco, para as bandeiras de fundo multicolorido. Para as bandeiras hasteadas em mastros internos, as amarras devem ser confeccionadas com cadaro de algodo com ala em tecido triplo reforado. As bandeiras de 3 panos devem ser fornecidas com cordo de seda de algodo tranado n 4, na cor branca.

    As informaes acima so necessrias na parte da especifi cao tcnica do produto, no projeto bsico de licitao de bandeiras. O contrato de compra de bandeiras da PGR est disponvel no CD em anexo. Ao adquirir bandeiras, verifi que se elas tm a

    dimenso correta, bem como as cores, o

    braso, as armas ou outros detalhes. Uma recomendao montar uma pasta catlogo com modelos das bandeiras adquiridas, para verifi car se vieram certas e tambm para consulta rpida em eventos. Os sites seguintes contm as bandeiras do mundo e so considerados fontes ofi ciais e confi veis pela Assessoria de Cooperao Jurdica Internacional da PGR e pelo cerimonial do Ministrio das Relaes Exteriores: h ps://www.cia.gov/cia/publications/factbook/docs/fl agso heworld.html, www.fl aginstitute.org e www.fl ags.net.

    DICA

    Ao adquirir uma bandeira, escreva, com caneta esferogrfi ca, no reforo de sustentao, a que estado, pas ou organismo internacional ela pertencee marque uma seta indicando qual lado deve estarpara cima. Desse modo evitam-se confuses com bandeiras parecidas ou listradas na horizontal, como as bandeiras da Alemanha e Blgica, Bulgria e Itlia, Indonsia e Polnia, Frana e Pases Baixos. Seria extremamente constrangedor para a instituio hastear a bandeira de outra nao que no a do visitante ou i-la de cabea para baixo.

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    Mastros

    Mas que tipo de bandeira se deve utilizar? Isso depende do tamanho do mastro ou adria em que ela ser hasteada. A Lei 5.700, de 1 de setembro de 1971, determina apenas o caso daquelas hasteadas em mastros coloca-dos em solo, ou seja, aqueles do lado de fora do prdio. Nessa situao, a largura da ban-deira no deve ser maior que um quinto nem menor que um stimo da altura do mastro. No caso da PGR, por exemplo, o mastro externo mede 7m e, conseqentemente, a largura da bandeira deve ser entre 1m e 1,40m. Olhando a tabela de padres de medidas (pgina 16), percebe-se que a bandeira adequada para ser hasteada a tipo 3.

    Para os mastros internos, rege o bom-senso, j que no h regra ofi cial. A bandeira no pode se arrastar no cho, mas tambm no se deve deixar o mastro descoberto. A melhor forma de escolher um tipo de bandeira para o mastro optar por aquela que sua diago-nal seja menor do que o tamanho do mastro

    (incluindo a base e a ponteira). No caso dos mastros internos na PGR, que medem 224cm, a bandeira adequada a tipo 2, pois sua diagonal mede 157cm. Para o clculo da diagonal, usa-se a frmula bsica:

    Diagonal = largura + comprimento

    As diagonais das bandeiras do tipo normal esto calculadas na tabela na pgina 16. A propsito, o dispositivo de bandeiras deve fi car do lado direito da mesa de honra ou plpito.

    J o tamanho do mastro interno depende do p direito do prdio. No h regra determinando a proporo, mas, por motivos estticos, normalmente coloca-se um mastro cuja ponteira termine a aproximadamente 2,5m do teto. Similarmente, a altura dos mastros externos depende apenas de restries impostas pela engenharia. Na PGR, por exemplo, os mastros externos esto limitados a 7m, porque eles esto apoiados em cima da laje da garagem.

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    DICA

    Recomenda-se que todos os jogos de mastros, internos ou externos, sejam do mesmo tamanho. No incorreto ter um mastro mais alto para a Bandeira Nacional, mas tambm no norma, como muitos acreditam. E essa diferena de tamanho cria um problema quando se faz necessrio hastear a Bandeira Nacional junto com a de outro pas ou de um organismo internacional, pois eles so soberanos e tm as mesmas prerrogativas, portanto devem ser hasteados em mastros da mesma altura.

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    Caso no haja nenhum impedimento quanto altura, recomenda-se a colocao de mastros externos que comportem bandeiras do tipo 3 ou tipo 4, conforme a tabela abaixo:

    Hasteamento

    De acordo com o Decreto n 70.274, de 9 de maro de 1972, a Bandeira Nacional deve ser hasteada diariamente em todas as reparties pblicas, inclusive nos dias de festa e de luto nacional. Apesar de no haver horrio determinado para seu hasteamento, o decreto diz que isso normalmente feito s 8h, exceto no dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, quando, em solenidade especial, a Bandeira hasteada s 12h. O arriamento tambm fi ca a critrio da instituio, mas sugerido que seja feito s 18h. Caso se opte por arriar a Bandeira diariamente depois do pr-do-sol ou apenas uma vez por ms, por exemplo, ela deve estar devidamente iluminada noite.

    A Bandeira Nacional no pode ser hasteada em mau estado de conservao. O prazo de validade de uma bandeira, hasteada diariamente em mastro externo, varia de acordo com o tecido e as condies meteorolgi-cas de cada cidade; em Braslia, por exem-plo, sua vida til de trs meses, em mdia.

    Mastro Bandeira Tipo de prdiode 7m at 9m tipo 3 prdios de at

    trs andaresde 9,5m at 12,5m

    tipo 4 prdios com mais de trs andares

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    J as bandeiras hasteadas em mastros internos costumam durar anos, desde que no estejam expostas diretamente luz solar. Quando for especifi car a quantidade de bandeira para mastros externos a ser comprada na licitao, leve isso em conta. Na PGR, por exemplo, so solicitadas quatro por ano. Uma vez que a bandeira esteja em mau estado, ela deve ser entregue a qualquer Unidade Militar, para que seja incinerada no Dia da Bandeira.

    Segundo o art. 34 do Decreto 70.274, de 9 de maro de 1972, quando a Bandeira Na-cional for distendida sem mastro, seu lado maior deve fi car na horizontal e a estrela isolada, para cima. Isso quer dizer que no correto pendur-la na vertical, como vemos muito em feiras ou nas ruas, em tempos de Copa do Mundo. A Bandeira tambm no pode ser ocultada, mesmo parcialmente, por pessoas sentadas em suas imediaes.

    Dispositivo de bandeira

    A Bandeira Nacional ocupa sempre o lugar de honra em dispositivos apresentados no

    territrio nacional. Essa posio central quando o dispositivo (nmero total de ban-deiras) for mpar, ou mais prximo do centro e direita deste, quando o dispositivo for par. O pargrafo nico do art. 31 do De-creto 70.274, de 9 de maro de 1972, esclarece: considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platia ou, de modo geral, para o pblico que observa o dispositivo.

    Depois da Bandeira Nacional, colocam-se as demais bandeiras em ordem de precedn-cia. Se o dispositivo for mpar, a segunda bandeira de maior importncia fi ca direita da Bandeira Nacional; a terceira bandeira, esquerda, e assim vo se alternando os lados sucessivamente. Nos mastros internos e externos, no edifcio-sede da PGR, por exemplo, as bandeiras Nacional, do Distrito Federal e do Ministrio Pblico do Brasil so hasteadas conforme a fi gura ao lado:

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    Quando o dispositivo for par, imagina-se uma linha no centro e se coloca a Bandeira Nacional direita. A segunda bandeira de maior importncia fi ca esquerda da Bandeira Nacional, e as demais que houver, alternam-se sucessivamente. Exemplo:

    Quando a Bandeira Nacional hasteada ou arriada junto a outras, ela deve ser a primeira a atingir o tope e a ltima a descer.

    Mas como determinar a precedncia entre as bandeiras, quando forem hasteadas ban-deiras de mais de um estado? Nesse caso, a precedncia determinada pela ordem de sua constituio histrica, porm a bandeira do estado onde for hasteada tem precedncia sobre as outras.

    Por exemplo, num evento realizado no Cear, que conte com a participao de representantes de Alagoas, Sergipe, Paraba,

    DICA

    Quando houver mastros internos e externos, recomenda-se que as PRs hasteiem as bandeiras nacional, do respectivo estado e do Ministrio P-blico Brasileiro. J as PRMs podem hastear tam-bm a respectiva bandeira municipal, caso exista, a estadual e a do Ministrio Pblico Brasileiro.

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    Piau e Bahia, as bandeiras sero hasteadas na seguinte ordem de precedncia: Bandeira Nacional, Cear, Bahia, Paraba, Piau, Alagoas e, por ltimo, Sergipe.

    Eis a ordem:

    1. Bahia

    2. Rio de Janeiro

    3. Maranho

    4. Par

    5. Pernambuco

    6. So Paulo

    7. Minas Gerais

    8. Gois

    9. Mato Grosso

    10. Rio Grande do Sul

    11. Cear

    12. Paraba

    13. Esprito Santo

    14. Piau

    15. Rio Grande do Norte

    16. Santa Catarina

    17. Alagoas

    18. Sergipe

    19. Amazonas

    20. Paran

    21. Acre

    22. Mato Grosso do Sul

    23. Distrito Federal

    24. Amap

    25. Rondnia

    26. Roraima

    27. Tocantins

    Quando forem hasteadas bandeiras de vrios pases, a Bandeira Nacional fi car no lugar de honra e as estrangeiras sero dispostas em ordem alfabtica da lngua do pas anfi trio. Ento, em eventos no Brasil, por exemplo, a bandeira da Espanha tem precedncia sobre

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    a de Portugal, mas em evento em um pas de lngua inglesa, a de Portugal tem precedncia sobre a da Espanha (Spain).

    Como ainda no h norma ofi cial quanto disposio de bandeiras de organismos internacionais, no est incorreto coloc-las em segundo lugar em ordem de precedncia, antes das bandeiras de outros pases, nem em ltimo lugar, depois das bandeiras estrangeiras. Mas para padronizar adisposio em solenidades na PGR, as bandeiras de organismos internacionais so colocadas por ltimo, conforme o Ministrio das Relaes Exteriores o faz.

    Quando no houver mastros sufi cientes para hastear todas as bandeiras dos estados ou pases participantes de um evento, no se hasteia a de nenhum. Se houver a bandeira de um organismo que represente todos os participantes, hasteia-se esta ao lado da Bandeira Nacional. Recentemente, em um evento na PGR, onde h apenas trs mastros externos, hasteou-se a bandeira do Mercosul ao lado da Nacional, enquanto no auditrio se hastearam as bandeiras de todos os estados-membros participantes do Mercosul. Mas, caso no haja nenhum organismo que represente todos os pases presentes, recomenda-se que se hasteiem

    DICANo se hasteiam as bandeiras do estado, do

    municpio ou do Ministrio Pblico Brasileiro quando uma bandeira estrangeira for iada. Nesses casos, a bandeira da outra nao acompanhada apenas pela nacional. Sendo assim, o terceiro e, em alguns casos, o quarto mastros externos fi cam nus. J os mastros internos sobressalentes devem ser guardados.

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    nos mastros a Bandeira Nacional, a do estado e a do Ministrio Pblico Brasileiro, e se coloquem em local de destaque as bandeiras de mesa.

    As unidades do MPF devem ter cuidado especial na hora de hastear bandeiras estrangeiras, para no parecer carnaval ou banalizar o uso de um smbolo nacional. Na PGR, o critrio de precedncia o mesmo adotado no meio diplomtico: bandeira estrangeira s iada no mastro externo quando a autoridade de primeiro escalo e est em visita ofi cial ao procurador-geral da Repblica. Se um diplomata estrangeiro tiver apenas audincia com algum subprocurador-geral da Repblica, por exemplo, ento a bandeira estrangeira no hasteada.

    Luto

    As bandeiras em mastros externos devem ser hasteadas em funeral quando o presidente da Repblica decretar luto ofi cial.

    Nessas ocasies, quando a bandeira fi ca a meio-mastro, ela deve ser levada at o tope antes de retornar posio em funeral. Isso vale tanto para o hasteamento quanto para o arriamento. A regra no se aplica s bandeiras hasteadas em mastros internos.

    O procurador-geral da Repblica tambm pode decretar luto ofi cial por motivo de falecimento de um dos membros do MPF, e o nmero de dias de luto tambm deve ser determinado por ele, no devendo ultrapassar trs dias.

    Bandeira do Ministrio

    A bandeira do Ministrio Pblico Brasileiro foi instituda por meio da Portaria PGR n

    DICAQuando algum procurador receber uma autoridade estrangeira para assinatura de convnio ou documento, posiciona-se a autoridade estrangeira em frente Bandeira Nacional e o procurador, em frente bandeira estrangeira.

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    545, de 14 de agosto de 2002. Sua feitura deve seguir as especifi caes de confeco (pgina 16).

    Hino Nacional

    Outro aspecto que gera muitas dvidas em solenidades a execuo do Hino Nacional. Por vezes, ele usado de maneira

    inadequada, sem que os organizadores se dem conta. Para comear, esclarea-se que o Hino Nacional pode ser executado em qualquer cerimnia, mas geralmente inclu-do apenas em atos mais solenes e simblicos, como posses. Sugere-se que se consulte sempre o anfi trio do evento para saber se ele quer que o hino seja inserido na ordem dos trabalhos.

    A execuo do Hino Nacional pode ser instrumental ou vocal. Quando for instru-mental, toca-se a msica integralmente, ou seja, do comeo at o fi m da primeira parte do poema (ver transcrio na pgina 26). Quando for vocal, as duas partes do poema sempre devero ser cantadas; em outras palavras, a parte instrumental repetida, e o canto tem de ser, necessa-riamente, em unssono. A Lei 5.700, de 1 de setembro de 1971, veda quaisquer arranjos vocais ou artstico-instrumentais que no sejam autorizados pelo presidente da Repblica. Esse um cuidado que se deve ter ao contratar msicos e cantores para apresentaes ao vivo em solenidade.

    MINISTRIO PBLICO BRASILEIROJU

    S

    ET VER

    ITAS

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    Parte IIParte I

    Ouviram do Ipiranga as margens plcidasDe um povo herico o brado retumbante,E o sol da Liberdade, em raios flgidos,Brilhou no cu da Ptria nesse instante.

    Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com brao forte,Em teu seio, Liberdade,Desafi a o nosso peito a prpria morte!

    Ptria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

    Brasil, um sonho intenso, um raio vvidoDe amor e de esperana terra desce,Se em teu formoso cu, risonho e lmpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

    Gigante pela prpria natureza,s belo, s forte, impvido colosso,E o teu futuro espelha essa grandezaTerra adorada,Entre outras mil,s tu, Brasil, Ptria amada!

    Dos fi lhos deste solo s me gentil,Ptria amada,Brasil!

    Deitado eternamente em bero esplndido,Ao som do mar e luz do cu profundo,Fulguras, Brasil, fl oro da Amrica,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

    Do que a terra mais garridaTeus risonhos, lindos campos tm maisfl ores;Nossos bosques tm mais vida,Nossa vida no teu seio mais amores. Ptria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

    Brasil, de amor eterno seja smboloO lbaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro desta fl mula- Paz no futuro e glria no passado.

    Mas, se ergues da justia a clava forte,Vers que um fi lho teu no foge luta,Nem teme, quem te adora, a prpria morte.

    Terra adorada,Entre outras mil,s tu, Brasil, Ptria amada!

    Dos fi lhos deste solo s me gentil,Ptria amada,Brasil!

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    A Lei 5.700, de 1 de setembro de 1971, tambm estabelece que, durante a execuo do Hino Nacional, todos os presentes fi quem de p e em silncio (quando for instrumental), e os civis do sexo masculino, com a cabea descoberta. Outro ponto importante, destacado no pargrafo nico do art. 30, a vedao de qualquer outra forma de saudao ao hino. justamente por conta deste artigo que considerado incorreto aplaudir o hino ao fi nalizar sua execuo, apesar de a Lei no diz-lo explicitamente. Entretanto, esse ponto causa muita polmica entre cerimoni-alistas, j que um grupo defende que nunca se deve aplaudir, enquanto outro defende que se pode aplaudir o artista que executar o hino ao vivo, seja instrumental ou cantado. Mas existe um ponto pacfi co: jamais se aplaudem gravaes.

    Na ordem de trabalhos, o Hino Nacional executado depois da composio da mesa de honra. Quando o presidente da Repblica

    estiver presente em uma solenidade, o hino ter incio depois que ele houver ocupado o seu lugar.

    J nas solenidades em que se opte por executar o hino do estado, o Hino Nacional ter precedncia sobre ele. Porm, nas cerimnias em que se tenha que executar o hino nacional de outro pas, este preceder o brasileiro, em virtude do princpio da cortesia. Nesses casos alguns cerimonialistas preferem executar a verso instrumental do Hino Nacional, visto que menor, mesmo que o hino estrangeiro seja cantado. Mas na PGR os hinos so executados do mesmo modo: ou instrumental ou cantado.

  • Parte I Elementos BsicosConvites3

  • A elaborao do convite a parte mais simples e objetiva do planejamento de um evento, apesar das dezenas de regras e detalhes criados por livros de etiqueta. A norma reza que, quando se convida uma autoridade, deve-se faz-lo por ofcio, mas esse procedimento est em desuso e a maioria dos rgos tem preferido emitir convites impressos. Na PGR, envia-se ofcio-convite apenas para aquelas autoridades que vo compor a mesa de honra ou que vo fazer uso da palavra durante a solenidade ou so palestrantes, mas mesmo assim envia-se o convite impresso em anexo. O objetivo do ofcio-convite justamente informar detalhes

    sobre o evento, que s so pertinentes aos convidados que estejam inseridos na ordem do dia. Em condies ideais, o prazo correto para se

    enviar um convite formal para autoridades de 30 dias, tendo em vista a grande quantidade de convites que recebem diariamente. Na prtica, porm, no sempre que o cerimonial recebe as informaes sobre a solenidade ou a lista de convidados em tempo hbil de cumprir o prazo acima. Muitas vezes uma cerimnia importante marcada de uma semana para outra. Por isso, o prazo de 10 a 15 dias para convites formais considerado aceitvel, assim como o de cinco a oito dias, para os menos formais.

  • Manual Cerimonial do MPF

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    Convite

    Todo convite contm as seguintes informaes: cargo e nome de quem convida, tipo de solenidade (recepo, posse, entrega de medalha, etc.), local, data, hora e nmero de telefone ou endereo eletrnico para confi rmao. Coloca-se o tipo de traje em convites para recepes (almoo, jantar, baile) e solenidades militares. O uso das Armas Nacionais (braso da Repblica) para os con-vites institucionais permitido desde que sejam apresentadas de forma monocromti-ca, colorida ou em relevo americano. prerrogativa do presidente da Repblica, estendida exclusivamente aos Embaixadores Extraordinrios e Plenipotencirios do Brasil no exterior, o uso das Armas Nacionais gravadas a ouro.

    No h nenhuma norma ofi cial que dite o tamanho certo de convites, gramatura do papel, corpo e fonte de letra. Para convites ofi ciais do PGR usam-se tamanho A5 (metade de

    uma folha A4), as Armas Nacionais coloridas, papel Opaline branco com 180g/m, fonte sem serifa, espaamento entrelinhas de 1,5 e texto centralizado. O tamanho da fonte depende do tamanho do texto do convite. Esse convite padro pode ser facilmente confeccionado usando uma impressora a jato de tinta ou laser colorida.

    Podem acompanhar o convite impresso carto de identifi cao da autoridade, credenciais para estacionamento, mapa de localizao do evento ou credenciais de acesso a reas especiais. Esses cartes menores so anexados ao convite com um clipe pequeno.

    DICA

    Em convites, usa-se a expresso tem a honra de convidar, quando os convidados tm hierarquia igual ou superior do anfi trio; e tem o prazer de convidar, quando a hierarquia inferior. Mas se a lista de convidados no for homognea, optamos por tem a honra de convidar.

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  • Manual Cerimonial do MPF

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    Confirmao de Presena

    Nem sempre as autoridades que vo a eventos confi rmam sua presena. Algumas, s vezes, confi rmam e no comparecem. No h mui-to que fazer a no ser tentar sensibilizar os assessorados quanto indelicadeza do ato e ao transtorno que isso causa para o cerimonial organizador, principalmente quando h lugar marcado. Uma sugesto tomar a iniciativa de perguntar para o procurador se ele tem a inteno de comparecer ao evento, e informar ao cerimonial anfi trio. Chamam isso de RSVP ativo.

    O cerimonial organizador do evento tem a obrigao de fazer contato com as autoridades inseridas na ordem do dia, antes da data do evento. Alm de facilitar a elaborao do roteiro de locuo, uma excelente oportunidade para dirimir quaisquer dvidas. Mas mesmo com a confi rmao prvia, importante fazer uma lista de contatos dessas autori-dades, para que na hora do evento se possa ter acesso a elas caso atrasem mais de 15 minutos. J ocorreu de uma autoridade que compunha a mesa de honra de solenidade da PGR confi r-mar sua presena na vspera, mas, no dia, se atrasar. Quando foi contatada, disse que tinha mudado de idia e que no iria comparecer mais!

    Etiquetas

    Para quem trabalha com organizao de eventos, essencial montar um banco de etiquetas de membros do MPF e das autoridades dos Trs Poderes e mant-lo atualizado. Trabalho ingrato, mas facilita muito a expedio de convites que tm prazo certo para chegar ao

    DICA

    Nem todos os que foram convidados para um evento comparecem, por isso pode ser expedido um nmero maior de convites do que a capacidade do local onde vai ser realizado. A regra s no se aplica a almoo e jantar francesa. Na PGR, por exemplo, expedido entre 15% a 30% a mais de convites, dependendo da solenidade.

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  • Manual Cerimonial do MPF

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    destinatrio.Sugere-se que seja feito um mailing compreensivo, porque cada evento tem seu prprio pblico-alvo, que determinado pelo anfi trio ou pessoa designada por ele.

    O Guia de Endereamento de Correspondncias Formato Padro, da Empresa dos Correios e Telgrafos (disponvel no site dos Correios) padroni-zou a disposio do endereamento postal para favorecer a mecanizao adequada no envio das correspondncias. A padronizao dos endereos para correspondncias fa-vorece uma distribuio rpida e demonstra o cuidado que o cerimonial tem com os convidados do evento.

    O endereamento adequado comea pela forma do tratamento de cortesia, seguindo-se: nome do destinatrio, nome da rua, nmero, complemento, nome do bairro, cidade, UF e CEP. Uma outra forma correta de enderea-mento admite que na ltima linha constem, obrigatoriamente, nesta ordem: o nmero do CEP, a cidade e o Estado ou a sua sigla. Nas correspondncias para autoridades,

    acrescenta-se o nome completo do cargo e do rgo/instituio, ressaltando que Doutor no forma de tratamento e sim um ttulo acadmico. Veja os exemplos:

    Em hiptese alguma os algarismos do CEP devem ser separados por ponto, trao ou espaos em branco; exceo se faz ao hfen

    Excelentssimo SenhorALCIDES MARTINSSubprocurador-geral da RepblicaSAF Sul Quadra 4 Conjunto C70050-900 Braslia DF

    Ao SenhorCARLOS LINSFundao da CrianaRua Mendes Silva, 6432040-700 Belo Horizonte MG

  • Manual Cerimonial do MPF

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    obrigatrio que separa o radical do CEP (5 primeiros dgitos) do seu sufi xo (3 ltimos dgitos); tampouco devem ser sublinhados ou mesmo precedidos por qualquer smbolo, palavra ou sigla, inclusive a sigla CEP.

    As correspondncias entregues pessoal-mente no contm o endereo, apenas a forma de tratamento, nome completo, cargo e, no lado direito, abaixo, entre parnteses, a expresso Em mo ou E.M, conforme reza o Dicionrio Aurlio, e no Em Mos.

    Pronome de tratamento

    Usa-se Vossa Excelncia para as seguintes autoridades:

    Poder JudicirioMinistros de Tribunais SuperioresMembros de TribunaisDesembargadoresJuzesAuditores da Justia Militar

    533333

    Poder LegislativoDeputados FederaisSenadores da RepblicaMinistros do TCUDeputados Estaduais e DistritaisMembros das Assemblias LegislativasPresidentes das Cmaras Legislativas MunicipaisVereadoresConselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais

    Poder ExecutivoPresidente da RepblicaVice-presidente da RepblicaMinistros de Estado (vide pgina 38)EmbaixadoresOfi ciais-Generais das Foras ArmadasGovernadores e Vice-governador es de Estado e do Distrito FederalSecretrios-Executivos de MinistriosSecretrios de Estado dos Governos EstaduaisPrefeitos Municipais

    5333333

    33

    5333333

    33

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  • Parte I Elementos BsicosOrdem Geral de Precedncia

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  • A dor de cabea de quem organiza solenidades comea na hora de estabelecer a ordem de precedncia. Isso porque o Decreto n 70.274, de 9 de maro de 1972, que estabelece a ordem geral de precedncia, est defasado: citam-se ministrios que foram extintos e no se contemplam outros cargos que foram criados. No caso dos membros do MPF, por exemplo, os subprocuradores-gerais, procuradores regionais e os procuradores da Repblica no so sequer contemplados, porque a carreira no existia na poca da elaborao do dispositivo.

    Ento, onde os membros devem ser inseridos na ordem de precedncia? Todos tm uma opinio diferente, porque o assunto implica prestgio e poder. O cerimonial do PGR pleiteia sempre que o membro, conforme seu cargo, receba a mesma deferncia que um ministro de Corte Superior, um desembarga-dor ou um juiz singular. Se o evento for do Judicirio, o ministro, desembargador ou juiz ter precedncia sobre os membros; mas se o evento for do MPU, os membros antecedero seus colegas do Judicirio.

  • Manual Cerimonial do MPF

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    Ordem Geral de precedncia

    O importante aqui compreender que no se trata de tarefa fcil, por isso preciso fl exibilidade e pacincia.

    Poucos cerimonialistas conhecem a hierarquia da carreira do Ministrio Pblico ou sabem como posicionar os membros numa lista de autoridades. J aconteceu de, em solenidade do Judicirio no Distrito Federal, ministro do STJ ocupar lugar de maior destaque em relao ao procurador-geral da Repblica.

    Existem outros critrios de precedncia consagrados pela nossa cultura que devem ser considerados em situaes no pr-determinadas: os mais velhos tm precedncia sobre os mais jovens; mulheres tm precedncia sobre homens; o anteces-sor tem preferncia sobre seu sucessor. Outros critrios so de antigidade e de ordem alfabtica, como no caso do dispositivo de bandeiras dos estados e estrangeiras (pgina 22).

    Poder JudicirioA Resoluo n 263 (disponvel no CD em

    anexo), de 30 de outubro de 2003, do Supremo Tribunal Federal, estabelece, em seu captulo IV, a ordem de precedncia para as autoridades convidadas para solenidades na Corte. Nesse caso todos os membros do MPU so contemplados.

    Poder executivo

    O Decreto n 70.274, de 9 de maro de 1972, que dispe a ordem geral de precedncia, pode ser visto na ntegra no CD, no anexo deste manual. Esse dispositivo institui a precedn-cia entre os estados (ver Dispositivos de Bandeiras - pgina 22) e Ministrios (determinado pelo critrio histrico de criao). Ressaltamos que o decreto est ultrapassado, mas ainda til para a consulta de precedncia entre as autoridades pblicas.

    Na pgina 38 est uma lista atualizada da ordem de precedncia entre os Ministrios e Secretarias Especiais da Presidncia da

  • Manual Cerimonial do MPF

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    Repblica, com base na Lei n 10.683, de 28 de maio de 2003, modifi cada pela Lei n 11.204, de 5 de dezembro de 2005.

    Vale ressaltar que os ministros de Estado presidem as cerimnias em seus ministrios e rgos subordinados. E quando estiverem presentes autoridade s estrangeiras,o ministro de Estado das Relaes Exteriores ter precedncia sobre seus pares.

    O presidente da Repblica sempre preside as cerimnias a que comparece, e nenhuma autoridade poder se fazer representar na ocasio. Se o presidente no comparecer cerimnia, o vice-presidente da Repblica quem preside.

    Quando o presidente enviar um representante, tal autoridade fi ca direita do presidente da solenidade. Vale ressaltar que, em cerimnias sociais almoo e jantar , nenhum convidado poder se fazer representar.

    Nos estados, os respectivos governadores presidem as cerimnias a que comparecerem.

    Na ausncia do governador do estado, o vice-governador preside a solenidade.

    Aps o presidente do evento, tero precedn-cia, na seguinte ordem, os presidentes da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal e os ministros de Estado. Depois, o presidente da Assem-blia Legislativa e o presidente do Tribunal de Justia, seguido das demais autoridades federais presentes.

    Nos municpios, os prefeitos presidem as cerimnias, salvo as dos Poderes Legislativo e Judicirio e as de carter exclusivamente militar. Similarmente, o vice-prefeito preside a solenidade na ausncia do prefeito. En-tretanto, se o governador ou vice-governador comparecer ao evento, estes tero precedncia porque os municpios so parte integrante do estado.

    Mas em relao a outras autoridades estaduais, o prefeito, o vice-prefeito, o presi-dente da Cmara Municipal e o juiz de direito tm preferncia, cada qual na sua ordem.

  • Manual Cerimonial do MPF

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    Ministro de Estado Chefe da Casa Civil

    Ministro de Estado da Justia

    Ministro de Estado da Defesa

    Ministro de Estado das Relaes Exteriores

    Ministro de Estado da Fazenda

    Ministro de Estado dos Transportes

    Ministro de Estado da Agricultura,Pecuria e Abastecimento

    Ministro de Estado da Educao

    Ministro de Estado da Cultura

    Ministro de Estado do Trabalho eEmprego

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

    6.

    7.

    8.

    9.

    10.

    Ministro de Estado da Previdncia Social

    Ministro de Estado da Sade

    Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior

    Ministro de Estado de Minas e Energia

    Ministro de Estado do Planejamento, Oramento e Gesto

    Ministro de Estado das Comunicaes

    Ministro de Estado da Cincia e Tecnologia

    Ministro de Estado do Meio Ambiente

    Ministro de Estado do Esporte

    Ministro de Estado do Turismo

    11.

    12.

    13.

    14.

    15.

    16.

    17.

    18.

    19.

    20.

  • Manual Cerimonial do MPF

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    Ministro de Estado da Integrao Nacional

    Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrrio

    Ministro de Estado das Cidades

    Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate Fome

    Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral

    Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurana Institucional

    Advogado-Geral da Unio

    Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da Unio

    21.

    22.

    23.

    24.

    25.

    26.

    27.

    28.

    Ministro de Estado do Controle da Transparncia

    Ministro de Estado Extraordinrio de Segurana Alimentar e Combate Fome

    Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres

    Secretaria Especial de Aqicultura e Pesca

    Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial

    Secretaria Especial dos Direitos Humanos

    Secretaria de Relaes Institucionais

    Presidente do Banco Central do Brasil

    29.

    30.

    31.

    32.

    33.

    34.

    35.

    36.

  • Parte I Elementos BsicosMesa de Honra5

  • A composio da mesa de honra o momento em que se exige mais conheci-mento de ordem de precedncia e, ao mesmo tempo, fl exibilidade de um cerimonialista. Em tese, a mesa composta pelo anfi trio, homenageados e autoridades que tenham relao com o evento. Mas na prtica, vem-se muitas mesas repletas de autoridades que as ocupam simplesmente por serem autoridades. Isso acontece quando no se tem critrio para a composio de mesa, difi cultando at a recusa de uma autoridade que se voluntaria para compor a mesa, comportamento que muito comum. A raiz do problema que a composio da mesa de honra no uma

    questo exata, e sim uma deciso poltica. Pode-se recomendar ao assessorado quais autoridades deveriam compor a mesa em uma solenidade, mas ele quem decide. Na hora do evento, muitos decidem

    alterar a composio da mesa. Outras vezes, as autoridades que confi rmaram sua presena faltam ou se atrasam tanto a ponto de a solenidade ter de comear sem elas. Enfi m, a real composio de mesa um mistrio que s defi nido minutos antes do incio da solenidade. Uma prtica que ajuda a confi rmao, no dia, das autoridades inseri-das na ordem dos trabalhos.

  • Manual Cerimonial do MPF

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    DICA

    Para evitar que a composio de mesa seja alterada vrias vezes no roteiro de locuo, momentos antes da solenidade, recomenda-se que se escrevam os nomes e cargos das provveis autoridades, em cartes separados. Assim, possvel coloc-las na ordem correta de precedncia, rapidamente, evitando erros na locuo. Tambm fi ca mais fcil acrescentar ou retirar nomes da composio.

    5

    Mesa de Honra

    O suspense da composio afeta a estrutura fsica da mesa de honra, e por isso que se deve fi car muito atento. De uma hora para outra, uma mesa par pode fi car mpar, e vice-versa. Alm da alterao no roteiro de locuo, as cadeiras tero que ser reposicionadas, e a pessoa que conduz a autoridade at o lugar na mesa dever ser avisada.

    Mesa mpar aquela cujo nmero total de autoridades mpar. Nesse tipo de mesa, o

    presidente do ato posicionado no centro; a segunda maior autoridade, direita; a terceira, esquerda, e assim vo-se alternando os lados conforme a ordem de precedncia. importante lembrar que se considera direita de mesa de honra a direita de uma pessoa sentada nela e voltada para a platia.

    Similarmente, mesa par aquela cujo nmero total de autoridades par. Nesse tipo de mesa, o presidente do ato posicionado mais prximo do centro, direita; a segunda maior autoridade, mais prxima do centro, esquerda; e assim alternam-se os lados conforme a ordem de precedncia.

    4 2 1 3 5

    3 1 2 4

  • Manual Cerimonial do MPF

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    O anfi trio geralmente preside a solenidade, no sendo, necessariamente, a maior autoridade presente. Deve-se conhecer a fi sionomia dele e de todos os componentes da mesa, para saber quem encaminhar sala VIP ou a outro lu-gar reservado. Recomenda-se que se busque a foto da autoridade na internet, caso no a conhea.

    O homenageado, quando houver, fi ca em segundo lugar na ordem de precedncia, logo aps quem estiver presidindo o ato. Isso ocorre mesmo que a hierarquia do homenageado seja menor do que a dos outros componentes da mesa.

    Quando o presidente da mesa for outra autoridade que no seja o anfi trio, e existir um homenageado, o presidente fi car no lugar de honra (1), seguido do homenageado (2) e do anfi trio (3). As demais autoridades sero posicionadas de acordo com a ordem geral de precedncia.

    Recomenda-se que uma pessoa do cerimonial fi que responsvel por encaminhar as autori-dades a seus lugares durante a composio de mesa. Muitos rgos preferem deixar prismas na mesa de honra ou colocar etiquetas atrs das cadeiras para que as autoridades saibam onde se sentar. O problema com esses dois mtodos que a composio pode mudar at o ltimo minuto antes do incio da solenidade, a no h tempo hbil de confeccionar novo prisma; ou, de tanto trocar de cadeira, as etiquetas perdem sua propriedade adesiva e no grudam mais.

    DICA

    Nem todas as autoridades que compem a mesa de honra fazem uso da palavra. O presidente ou anfi trio do evento deve decidir quem discursar, para que o cerimonial possa comunicar essa autoridade, com antecedncia, atravs de ofcio-convite.

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  • Manual Cerimonial do MPF

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    Reserva de Lugares

    Nem todas as pessoas que esto inseridas na ordem dos trabalhos de uma solenidade compem mesa. s vezes isso ocorre por limi-tao fsica da mesa de honra; outras vezes, porque a pessoa em questo no goza da mes-ma hierarquia dos outros integrantes da mesa. Um exemplo claro disso se aplica chefi a da Secretria de recursos humanos na posse coletiva de novos procuradores da Repblica e nas cerimnias no gabinete do PGR, ver pginas 60 e 68.

    Nesses casos importante que essa pessoa que no compe a mesa, mas est inserida na ordem dos trabalhos, tenha lugar reservado na primeira fi leira e, preferencialmente, o mais prxima tribuna, para facilitar seu acesso a ela.

    A reserva de lugares tambm importante para prestigiar e mostrar deferncia queles que no fazem parte da ordem do dia, apesar de serem autoridades, mas confi rmaram sua presena no evento.

    H muitas formas de se reservarem lugares em um auditrio. No STF, por exemplo, usam-se placas feitas de folhas A5 (metade de uma A4), gramatura 75 g/m ou 90 g/m2, com o nome da autoridade. As placas so afi xadas no assento, com fi ta adesiva dupla face. Aps a solenidade, essas placas so jogadas fora.

    A vantagem do sistema do STF que a placa fi ca personalizada, mas se gasta muito tempo e papel fazendo tais placas para cada soleni-dade. Tambm mais fcil cometer erros com os nomes das autoridades, o que pode ser percebido como falta de cuidado do cerimo-nial. Por ltimo, corre-se o risco de posicionar duas autoridades inimigas sentadas juntas.

    O cerimonial da PGR adotou outro sistema: foram confeccionadas placas com papel A5, gramatura 180 g/m2 e plastifi cadas, contendo apenas o cargo da autoridade. Como o tecido dos assentos de todos os auditrios da PGR acetinado, as placas no so afi xadas facil-mente com fi ta adesiva. Por isso, perfuraram-se ambas laterais da placa e passou-se um els-tico da mesma cor dos assentos. Dessa forma,

  • Manual Cerimonial do MPF

    45

    as placas no estragam os assentos, com a cola de fi tas adesivas, e so facilmente colocadas e retiradas antes e depois de eventos.

    Por ltimo, recomenda-se que as placas sejam confeccionadas com cores diferentes, para que a autoridade, ao chegar no auditrio, localize rapidamente o setor onde seu assento esteja. Na PGR utilizamos a cor branca para o MPU, amarela para o MP dos estados, azul para o judicirio, verde para o executivo, salmo para o legislativo federal, cinza para o legislativo distrital, laranja para os reservados, vermelho para associaes.

    Composio de Tapete

    A composio de tapete equivale a uma mesa de honra, s que no h mesa, e as autoridades fi cam de p. Coloca-se um tapete retangular, quando possvel, para delimitar a rea nobre da solenidade, e um discreto pedao de papel com o cargo ou nome da autoridade, para que ela saiba onde deva se posicionar. Na PGR utiliza-se esse formato em solenidade breves e mais informais, como posse de novos procuradores da Repblica, no gabinete do PGR. Mas tambm deve ser usado para inaugurao de espaos fsicos e para galeria de fotos.

    DICA

    Nem todas as autoridades gostam ou esto acostumadas a procurar ou a se sentar no lugar designado pelas placas para assentos reservados. Recomenda-se que as recepcionistas do evento encaminhem as autoridades para seus lugares, ou apenas as orientem. Tambm, cinco minutos antes de o evento comear, que se tire a placa da autoridade que no houver chegado, para que outras que j estejam presentes possam se sentar. Lembrando sempre que muitas autoridades con-fi rmam presena e no comparecem.

    5

  • Parte I Elementos BsicosRoteiro de Locuo

    6

  • O roteiro de locuo utilizado apenas em atos mais solenes e simblicos, como posses, transmisses de cargo, inauguraes e aberturas e encerramentos de encontros, feiras e seminrios. No cabe seu uso em eventos mais sociais, tcnicos ou cientfi cos, como lanamentos de livro e mesas-redondas.Entre todas as fases de planejamento de

    uma cerimnia, a elaborao do roteiro de locuo a tarefa mais fcil, porque j existe

    um padro consagrado, que adaptado a qualquer evento. Basta inserir informaes no modelo, tais como nome do evento, composio da mesa, breve explanao sobre o ato, e ordem do discurso. Para isso, faz-se necessrio buscar essas informaes com o anfi trio, inseri-las no script, e de-pois apresentar o roteiro para o mestre de cerimnias e t-lo aprovado pelo anfi trio.

  • Manual Cerimonial do MPF

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    Roteiro de Locuo

    Este o esqueleto do roteiro de locuo padro:

    Minutos antes do incio do roteiro (opcional): pedir que os presentes tomem seus assentos e desliguem os celulares. Exemplo:

    MC: Senhoras e senhores, dentro de instantes daremos incio solenidade. Agradecemos a compreenso de todos, pedimos a gentileza de desligar os celulares.

    Saudao inicial: faz-se necessrio apresentar o evento. Exemplo:

    MC: Senhoras e senhores, bom dia. Daremos incio solenidade de posse dos novos membros do Conselho Superior do Ministrio Pblico Federal, eleitos para o binio 2006-2008.

    Composio de mesa: convidam-se as autoridades para compor a mesa, da maior para a menor em hierarquia. Anuncia-se

    1.

    5

    2.

    5

    3.

    o cargo primeiro e depois o nome, de preferncia completo. Exemplo:

    MC: Convidamos para compor a mesa:

    O Excelentssimo Senhor Procurador-geral da Repblica, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza;

    A Excelentssima Senhora Subprocura-dora-geral da Repblica e Coordenadora da 5 Cmara de Coordenao e Reviso do Ministrio Pblico Federal, Gilda Pereira de Carvalho.

    Quando uma autoridade preside a mesa, convida-se primeiro ela, e depois o mestre de cerimnias convida as demais em nome daquela que preside. Exemplos:

    MC: Presidir os trabalhos o Excelentssimo Senhor Procurador-geral da Repblica, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza (Aguardar a chegada do Procurador-Geral mesa).

    MC: O Procurador-geral da Repblica tem a honra de convidar para compor a mesa:

    5

    5

    5

  • Manual Cerimonial do MPF

    49

    O Excelentssimo Senhor Vice-procurador-geral da Repblica, Roberto Monteiro Gurgel Santos.

    Execuo do Hino Nacional (opcional): o presidente da mesa ou anfi trio decide se quer que seja tocado e de que forma. (ver Smbolos Nacionais, pgina 25). Exemplo:

    MC: Convidamos os presentes a cantarem o Hino Nacional.

    Explanao sobre a solenidade: alm de revelar alguns dados sobre o evento, fazem-se agradecimentos a instituies que colaboraram, apoiaram ou patrocinaram. Exemplo:

    MC: A Feira de Sade j uma tradio

    4.

    5

    5.

    5

    dentro do calendrio de eventos da Procuradoria-Geral da Repblica. Realizada pela Secretaria de Servios Integrados de Sade e Secretaria de Recursos Humanos, este ano ela tem a parceria da 4 Cmara de Coordenao e Reviso Meio Ambiente e Patrimnio Cultural. So patrocinadores deste evento: Caixa Econmica Federal, Ministrio do Meio Ambiente, Banco Cruzeiro do Sul, Laboratrio LIBBS, Banco Real, Associao Nacional dos Procuradores da Repblica e Associao dos Servidores do Ministrio Pblico Federal.

    Passar a palavra: nem todos os que compem a mesa de honra fazem uso da palavra. A ordem dos discursos a ordem inversa de precedncia, ou seja, o menor em hierarquia fala antes, e o presidente da mesa fala por ltimo. O tempo ideal de discurso de trs a cinco minutos. A autoridade pode proferir seu discurso da mesa de honra, mas se recomenda que o faa da tribuna. Exemplos:

    6.

    DICA

    Quando a solenidade j se inicia com a mesa composta, como o caso de cerimnias do CSMPF e das Cortes Superiores, no necessrio anunciar as autoridades.

    5

  • Manual Cerimonial do MPF

    50

    MC: Com a palavra o Subprocurador-geral da Repblica, Cludio Fonteles;

    MC: Neste momento ouviremos o Procurador-geral da Repblica, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza;

    MC: Com a palavra, o Presidente da Repblica, Excelentssimo Senhor Luiz Incio Lula da Silva.

    Encerramento da cerimnia: pode-se anunciar tambm, quando for o caso, a fi la de cumprimentos ou alguma recepo (almoo, jantar, coquetel) que se segue. Exemplos:

    MC: Antes de encerrarmos esta cerimnia, convidamos todos os pre-sentes para se dirigirem ao Memorial do MPF, onde ser servido um coquetel.

    MC: Est encerrada esta cerimnia, agra-decemos a presena de todos. Bom dia.

    Recomenda-se que o roteiro de locuo siga o seguinte formato, para facilitar sua leitura e/ou possveis alteraes

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    mo que possa sofrer antes do incio da solenidade: fonte serifada (Times New Roman ou similar), corpo 16 (tamanho da fonte), caixa baixa (minsculas), espaa-mento entrelinhas de 1,5. Todos os nme-ros, salvo horas e anos, devem ser escritos por extenso, para facilitar a leitura, e siglas devem ser evitadas. Tambm, que se incluam, no incio do roteiro de locuo, o local, data e hora da solenidade, para fi ns de registro.

    Quando possvel, o mestre de cerimnia tem de participar na elaborao do roteiro, para que possa incluir ou excluir expresses que no soem natural, quando lidas, e tirar dvidas sobre a pronncia correta de nomes. Caso esse profi ssional no participe da elaborao, faz-se necessrio entregar-lhe o roteiro com um dia de antecedncia para que possa dirimir dvidas.

    O mestre de cerimnia dever ter boa dico e agradvel timbre de voz, ter domnio de

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    palco, estar bem informado a respeito da solenidade e de seus participantes, ter boa aparncia e vestir traje adequado, dando preferncia a ternos escuros.

    DICA

    No se recomenda o uso de nominata (lista de autoridades presentes), porque so raros os casos em que todos os nomes e cargos so lembrados e includos. Ao deixar uma autoridade fora da lista, pode-se criar um srio constrangimento. Caso o membro queira que seja produzida uma nominata para registrar as autoridades e agradecer a presena delas, sugira que ele apenas cite as que compem a mesa de honra e faa uma agradecimento coletivo, do tipo ... o Excelentssimo Procurador-Geral da Repblica, Antonio Fernando de Souza, em nome de quem sado a todas as demais autoridades aqui presentes.

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  • Parte I Elementos BsicosPrecursora7

  • A precursora uma visita guiada, feita pelo cerimonial ao local onde vai ocorrer uma solenidade. O objetivo fazer um reconhecimento do local, traar o percurso que o assessorado ir fazer no dia, verifi car onde ele se sentar e dirimir quaisquer dvidas sobre segurana, composio de mesa, discursos e ordem de precedncia.Quando no se conhece os profi ssionais

    que esto organizando o evento ou o local onde ele ser realizado, recomenda-se que a visita seja feita com um ou dois dias de antecedncia. Nesses casos, alm de obter as informaes padres de uma precursora, o

    intuito criar um clima de cordialidade e boa vontade com os cerimonialistas da outra instituio. Se deixar para fazer isso horas antes do evento, provvel que os organizadores nem possam atender, porque estaro cuidando dos ltimos detalhes do evento ou dando preferncia para aqueles que conhecem. No garantia, mas esse entrosamento prvio, na maior parte das vezes, ajuda a resolver problemas que possam surgir. J o inverso certeza: se ningum se conhece, fi ca mais difcil ter uma solicitao atendida, por mais simples que seja.

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    Precursora

    Por outro lado, quando se conhece bem o local da solenidade e a equipe organizadora, basta colher as informaes por telefone, bem como obter cpia do roteiro de locuo (ainda que provisrio) e a ordem dos trabalhos. Mas necessrio chegar com uma hora de antecedncia ao local, para conferir as reas reservadas, aguardar a chegada das autori-dades e evitar surpresas desagradveis. Assim tambm ser possvel avisar se a solenidade est atrasada ou se houve mudana signifi cativa no programa ou na previso de pblico.

    Certa vez, o cerimonial de uma Corte Superior errou a ordem de precedncia e colocou prefeitos antes dos subprocuradores-gerais da Repblica que atuavam na casa. Outra vez, colocaram um membro sentado ao lado de um desafeto poltico. A funo do cerimonial tambm blindar seu assessorado e evitar qualquer tipo de constrangimento durante cerimnias.

    Eis as informaes que se coletam durante a precursora:

    Ordem dos trabalhos e roteiro de locuo:isso deve ser repassado ao membro, a fi m de que ele saiba quem vai compor a mesa e se far uso da palavra.

    Lista de convidados: o membro pode desistir de comparecer a uma solenidade em razo do pblico que foi convidado. Nem sempre esta informao divulgada, mas sempre bom tentar obt-la.

    Local reservado: identifi car a cadeira exata que foi reservada para o membro, ou reservar uma ao chegar ao local.

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    DICA

    Mantenha sempre secretrias(os), assessores, chefe de gabinete e motorista informados sobre os detalhes do evento para evitar desencontros ou contratempos.

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    Acesso ao local e estacionamento: repassar essa informao para o motorista, a fi m de que o membro desembarque no local correto, onde o aguardam.

    Acesso sala VIP: verifi car com antecedncia se o membro tem direito a fi car no local. Isso evita o constrangimento de ser barrado ao desejar entrar na sala.

    Fotgrafo ofi cial: credenci-lo, caso seja necessrio, e saber se ele ter acesso s reas restritas. Mesmo com esse cuidado, o fotgrafo ofi cial muitas vezes tratado como imprensa e, como conseqncia, acaba sendo barrado pela segurana.

    Imprensa: saber qual local foi reservado para jornalistas, para que o membro possa traar uma rota de fuga, caso queira evit-los ou ir at eles, se quiser dar entrevista.

    Policiamento e segurana: verifi car o esquema de segurana que ser utili-zado. Dependendo de quo ostensivo for, necessrio avisar o membro para que chegue com antecedncia ao evento, para

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    evitar atrasos e tumulto.

    Servio mdico: saber onde e como contatar o socorro, em caso de emergncia.

    Banheiros e copa: saber onde fi cam.

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    DICA

    Receber o assessorado em eventos no apenas obrigao do cerimonial, como tambm uma grande cortesia com o cerimonial organi-zador, porque nem sempre a equipe reconhece a fi sionomia de seu assessorado. Essa prtica gera a recproca que sempre muito bem-vinda, principalmente se a equipe for pequena ou for apenas uma pessoa. Em eventos organizados pela PGR, pede-se a ajuda de colegas cerimonialistas de outros rgos, para identifi car seus assessorados e encaminh-los para seus assentos.

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  • Parte IITipos de EventoPosses1

  • As solenidades de posse tm o objetivo de ofi cializar algum em determinado cargo ou funo para qual foi eleito, ou em razo de ter sido aprovado em concurso pblico. O protocolo da cerimnia varia de acordo com a instituio que a organize, mas, no haven-do norma estabelecida, segue-se seqncia de passos que so comuns a todas as posses, e que ser descrita em seguida.Apesar de toda posse ser uma solenidade

    importante, o modo com que conduzida depende de fatores como o grau de formali-dade requerido, o nmero de empossandos e a existncia ou no de um antecessor. Para as posses mais informais, por exemplo, no necessria a execuo do Hino Nacional ou de uma composio de mesa de honra. Nesses casos, a posse normalmente ocorre em um gabinete, com nmero limitado de convidados e com composio de tapete.

  • Manual Cerimonial do MPF

    Posses

    As posses mais formais, por outro lado, pedem a composio de mesa, a execuo do Hino Nacional, a fi la de cumprimentos e o encerramento da cerimnia com uma recepo social (almoo, jantar ou coquetel). A leitura de um breve currculo da autoridade a ser empossada opcional. Esse tipo de posse pode ser individual ou coletiva.

    Quando existe apenas um empossando, na solenidade, este faz a leitura do termo de compromisso e profere um discurso. Mas quando as posses so coletivas, alternam-se as duas funes, entre o mais velho ou o mais bem classifi cado, para o discurso, e o segundo mais bem classifi cado ou um empossando do sexo oposto, para a leitura do termo de compro-misso. H exemplos de organizao de posses dos procuradores da Repblica e os respec-tivos roteiros de locuo para as solenidades individual e coletiva, formal e informal (ver pginas 60 e 68).

    Nos casos em que existe um antecessor, como na posse de procuradores-gerais, esse tem lugar de destaque e faz uso da palavra, porque ser sua ltima solenidade como titular do cargo em questo. de bom tom o antecessor desejar um prspero mandato para seu sucessor, e este elogiar o trabalho feito por seu colega. Entretanto, sabe-se que, por questes polticas, isso nem sempre ocorre.

    So elementos bsicos de uma solenidade de posse:

    Leitura do termo de compromisso pelo empossando;

    Leitura do termo de posse;

    Assinatura do empossando;

    Discursos, na seguinte ordem: o que deixa o cargo (quando houver ou estiver presente), o empossando e aquele que d a posse.

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    A lista de convidados, bem como a sugesto de composio de mesa, deve ser determinada por quem d a posse, em conjunto com o empossado e seu antecessor, quando houver.

    Posse de servidores

    A posse de servidores segue quase a mesma estrutura que foi descrita anterior-mente, com pequenas alteraes, principalmente na mesa de honra. Recomenda-se que esta solenidade seja feita em parceria com a

    associao dos servidores, quando possvel.

    A seguir, os elementos bsicos da cerimnia:

    Composio de mesa: recomenda-se a presena do PGR, vice-PGR, secretrio-geral, secretrio de recursos humanos e presidente da Associao dos Servidores do Ministrio Pblico Federal. Ficar ao critrio do anfi trio escolher outros componentes da mesa.

    Execuo do Hino Nacional: tocado preferencialmente por uma banda militar ou coro de servidores. Assim, outras msicas podero ser tocadas ou cantadas em outros momentos do evento ou at mesmo na confraternizao que se segue posse (caso se consiga patrocnio para isso).

    Leitura do termo de posse do primeiro empossando, pelo secretrio de recursos humanos, e subseqente assinatura de todos os termos de posses.

    Discursos, na seguinte ordem: servidor empossado, servidor mais antigo da casa, presidente da associao dos servidores e PGR.

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    DICA

    A leitura do termo de posse dever ser feita, preferencialmente, por alguma autoridade da instituio, e no pelo mestre de cerimnias. Na posse dos procuradores da Repblica, por exemplo, ela feita pela chefi a da Secretaria de Recursos Humanos; na posse dos Conselheiros do CSMPF, ela feita pelo Secretrio-Executivo do rgo.

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    Cerimnia Coletiva de Procuradores da Repblica

    Em geral, a posse coletiva dos procuradores da Repblica habilitados em concurso pblico ocorre poucos dias aps a publicao da por-taria do PGR que os nomeia. A maior parte dos habilitados toma posse nesta solenidade, restando apenas alguns poucos que o fazem em solenidade de pequeno porte, realizada no prprio gabinete do PGR (ver pgina 68).

    Local

    O nico espao no edifcio-sede da PGR capaz de comportar essa solenidade o Au-ditrio Juscelino Kubitscheck, que tem a ca-pacidade de acomodar 388 pessoas sentadas e 100, em p. A previso para esse evento de lotao mxima, considerando a presena de familiares e amigos convidados pelo PGR e pelos empossandos.Para evitar tumulto, recomenda-se a mar-

    cao de locais reservados no auditrio, para os trs grupos de autoridades descritos em

    seguida. Usam-se placas de cores diferentes para cada um deles, visando facilitar o en-caminhamento das respectivas autoridades a seus assentos. Normalmente reservam-se 10 lugares a mais do que o nmero de con-fi rmados de cada grupo, uma vez que nem sempre as autoridades que comparecem ao evento confi rmam sua presena. A referncia espacial usada a seguir a de algum no palco do auditrio olhando para a platia.Empossandos: reservam-se as primeiras fi lei-

    ras de assentos do lado direito do auditrio e, comeando do assento da primeira fi leira mais prxima ao corredor central, coloca-se o nome de cada um dos empossandos no encosto da cadeira, na ordem de classifi -cao no concurso, pois essa a ordem em que sero chamados para assinar o termo de posse na tribuna. Na hora de subir ao palco, eles atravessam a parte da frente do auditrio e sobem pela escada esquerda, prxima tribuna. Dessa forma, a equipe de fotografi a e fi lmagem pode capturar mais imagens, con-dio que estaria difi cultada se os empossan-dos estivessem sentados mais prximos da tribuna, onde assinam o termo de posse.

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    Membros do MPU: reservam-se as primei-ras fi leiras de assentos do lado esquerdo do auditrio, para aqueles que confi rmaram presena. As placas com o nome dos cargos devem seguir a ordem de precedncia das carreiras dos ramos, comeando sempre pelo MPF.

    Autoridades convidadas: reservam-se as fi leiras de assentos atrs daquelas designadas para os membros do MPU. Segue-se a ordem geral de precedncia.

    Informaes Importantes

    A maior parte das informaes necessrias para a elaborao do roteiro de locuo pode ser colhida nas portarias do PGR, publicadas na pgina dos concursos na intranet / internet, antes mesmo de a solenidade ser agendada. Mesmo assim, recomenda-se que todos os dados sejam confi rmados nas Secretarias de Concurso e de Recursos Humanos:

    Nmero do concurso pblico;

    Data em que o edital do concurso pblico

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    foi publicado;

    Nmero de candidatos que se inscreveram no concurso;

    Nomes e cargos dos componentes da banca examinadora;

    Quantos candidatos foram habilitados: nome completo e ordem de classifi cao;

    Quantos candidatos tomaro posse na cerimnia coletiva;

    Nmero de telefone e correio eletrnico dos primeiros colocados masculino e feminino.

    Lista de convidados

    O PGR, ou outra pessoa designada por ele, determina quais autoridades sero convidadas. Entretanto, sugere-se que as seguintes autoridades sejam consideradas, porque so membros do MPU, mantm vnculos de trabalho com membros do MPF ou estiveram envolvidos na organizao do concurso pblico:

    Subprocuradores-gerais da Repblica

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    Secretrio-geral do MPF

    Secretrio de concursos

    Procuradores-gerais dos ramos do MPU

    Procuradores-chefes da PRDF e PRR da 1 Regio

    Presidente da ANPR

    Banca de examinadores do concurso

    Ministros do Supremo Tribunal Federal

    Ministros do Superior Tribunal de Justia

    Ministros do Tribunal Superior Eleitoral

    Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1 Regio

    Juzes Federais das Varas do Distrito Federal

    Desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral

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    O cerimonial do PGR no responsvel pela produo ou expedio de convites pessoais dos empossandos.

    composio de mesa

    O PGR preside a mesa de honra, pois, conforme a Lei Complementar n 75, de 20 de maio de 1993, ele quem d posse aos novos integrantes do MPF. Portanto, fi ca a cargo do PGR, ou da pessoa designada por ele, determinar quem deve compor a mesa de honra e quem far o uso da palavra. Mas se sugere que a composio fi que restrita ao PGR (a quem apenas deve ser dado o uso da palavra), a integrantes da banca examinadora, ao Secretrio de concursos e ao presidente da ANPR.

    Lembre-se que o espao fsico do palco do auditrio a nica restrio que h quanto ao nmero de componentes na mesa: atualmente o Auditrio JK pode receber at 16 autoridades.

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  • Manual Cerimonial do MPF

    Roteiro de locuo

    O roteiro a seguir pode ser adaptado para qualquer posse, desde que as informaes pertinentes ao respectivo concurso pblico se-jam alteradas. (ver Informaes Importantes, pgina 61). Apenas algumas observaes:

    Em relao ordem de precedncia entre os membros do MPF que compem a mesa, segue-se primeiro a hierarquia funcional e, quando houver mais de um membro com o mesmo cargo, adota-se o critrio de antigidade. A Lista de Antigidade de membros do MPF pode ser encontrada na pgina do CSMPF, na intranet.

    Apesar de no ser atribuio do ceri-monial produzir os termos de posse ou providenciar as carteiras funcionais e bu ons, cabe a ele a responsabilidade de verifi car que todos esses itens estejam no auditrio antes do comeo da solenidade. tambm importante providenciar uma cpia do roteiro para a chefi a da Secretaria de Recursos Humanos, j que esta ler o termo de posse durante a cerimnia.

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    H dois momentos durante a cerimnia em que empossandos sobem tribuna: na leitura do termo de compromisso e no dis-curso, de 3 a 5 minutos, do candidato mais bem classifi cado. Apesar de no ser uma regra de cerimonial, adotou-se a conveno de que, se o candidato mais bem classifi -cado for homem, o termo de compromisso seja lido pela candidata mais bem classi-fi cada entre as mulheres e, se o candidato mais bem classifi cado for mulher, o termo de compromisso seja lido pelo candidato mais bem classifi cado entre os homens. De qualquer modo, essencial que o cerimo-nial informe os dois empossandos de sua participao.

    Segue-se o roteiro de locuo da cerimnia de posse dos aprovados no Vigsimo Segundo Concurso Pblico:

    M.C.: Senhoras e Senhores, boa tarde. Daremos incio solenidade de posse dos Procuradores da Repblica habilitados no Vigsimo Segundo Concurso Pblico para ingresso na Carreira do Ministrio Pblico Federal.

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    M.C.: Presidir os trabalhos o Excelentssi-mo Senhor Procurador-geral da Repblica, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, (Aguarda a chegada do Procurador-geral mesa)

    O Procurador-geral da Repblica tem a honra de convidar para compor a mesa as seguintes autoridades:

    O Excelentssimo Subprocurador-geral da Repblica, Geraldo Brindeiro,

    A Excelentssima Subprocuradora-geral da Repblica, Ela Wiecko Volkmer de Castilho,

    O Excelentssimo Subprocurador-geral da Repblica, Eitel Santiago de Brito Pereira,

    A Excelentssima Subprocuradora-geral da Repblica, Sandra Vernica Cureau,

    O Senhor Representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Doutor Marcelo Lavocat Galvo,

    O Excelentssimo Senhor presidente da

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    Associao Nacional dos Procuradores da Repblica, Nicolao Dino de Castro e Costa Neto, e

    O Excelentssimo Secretrio de Concursos, Jos Adonis Callou de Arajo S.

    M.C.: Convidamos os presentes a cantarem o Hino Nacional.

    (Execuo do Hino Nacional)

    PGR: Declaro aberta a sesso solene de posse de candidatos habilitados no Vigsimo Segundo Concurso Pblico para provimento de cargos de Procurador da Repblica, da carreira do Ministrio Pblico Federal.

    M.C.: O Vigsimo Segundo Concurso Pblico para provimento de cargos de Procurador da Repblica foi aberto por edital publicado em nove de agosto de 2005. Inscreveram-se dez mil, cento e setenta e cinco candidatos, sendo, ao fi nal, habilitados setenta, dos quais quarenta e trs tomam posse nesta cerimnia.

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    M.C.: A Comisso Examinadora foi presidida pelo Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, como Procurador-geral da Repblica, e constituda, tambm, pelos Subprocuradores-gerais da Repblica, Geraldo Brindeiro, Paulo da Rocha Campos, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, Eitel Santiago de Brito Pereira e Sandra Vernica Cureau, indicados pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico Federal.

    M.C.: Pelo ministro Jos Arnaldo da Fonseca, tambm indicado pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico Federal, e pelo Senhor Marcelo Lavocat Galvo, representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

    Foi Secretrio do vigsimo segundo Concurso o Senhor Jos Adonis Callou de Arajo S, Procurador Regional da Repblica.

    M.C.: Convidamos a Senhora Clarisier Azevedo Cavalcante de Morais, candidata mais bem classifi cada entre as mulheres, a prestar da tribuna o solene compromisso de

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    que trata o pargrafo nico do artigo cento e noventa e cinco da Lei Complementar nmero setenta e cinco, de vinte de maio de 1993, a Lei Orgnica do Ministrio Pblico da Unio. Os demais empossandos, de p, em seus respectivos lugares, acompanharo a Senhora Clarisier.

    Termo de Compromisso

    M.C.: Em seguida, a Secretria de Recursos Humanos do Ministrio Pblico Federal, Senhora Eliane Rodrigues de Sales, colher a assinatura, nos termos de posse respectivos, dos Procuradores da Rep-blica nomeados pela Portaria nmero quatrocentos e cinqenta e seis, de

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    Prometo bem cumprir os deveres do cargo de Procurador da Repblica, defendendo a ordem jurdica, o regime democrtico e os interesses sociais e individuais indisponveis.

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  • Manual Cerimonial do MPF

    quatorze de setembro de 2006, do Procurador-geral da Repblica.

    SRH: Convido o Senhor Flvio Marcelo Servio Borges, primeiro colocadono Vigsimo Segundo Concurso Pblico para provimento de cargos de Procurador da Repblica, a assinar o Termo de Posse.

    (L, ao microfone, o Termo de Posse, na ntegra, e passa as duas vias para a assina-tura do empossando. Convida, a seguir, um a um, os demais nomeados, para assinar o Termo de Posse).

    M.C.: Clarisier Azevedo Cavalcante de Morais

    Marcos Alexandre Bezerra Wanderley de Queiroga

    Ana Karzia Tvora Teixeira (...)

    Geraldo Fernando Magalhes Cardoso

    Svamer Adriano Cordeiro

    PGR: Declaro empossados no cargo de

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    Procurador da Repblica, da carreira do Ministrio Pblico Federal, os candidatos habilitados no Vigsimo Segundo Concurso Pblico, que, nesta sesso solene, fi rmaram os respectivos termos de posse.

    M.C.: Ouviremos a seguir Flvio Marcelo Servio Borges, primeiro colocado no concurso pblico para provimento de cargos de Procurador da Repblica, que falar em nome dos novos membros do Ministrio Pblico Federal.

    (Palavras do Flvio Marcelo Servio Borges)

    M.C.: Com a palavra o Excelentssimo Senhor Procurador-geral da Repblica, An-tonio Fernando Barros e Silva de Souza.

    (Discurso do Procurador-geral e encerramento da sesso solene)

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  • Manual Cerimonial do MPF

    Orientao aos empossandos

    O responsvel pela organizao deste even-to deve aproveitar a reunio convocada pela Secretaria de Concursos com todos os empossandos no dia do evento, ou no dia anterior, para passar algumas orientaes e recomendaes, bem como esclarecer quaisquer dvidas acerca da pronncia de nomes. O ideal seria que a reunio ocorresse no Auditrio JK, para mostrar aos empossan-dos o local onde se sentaro e o trajeto que percorrero. Mas caso no seja possvel, o melhor a ser feito mostrar o croqui do auditrio. Outras dicas importantes para os empossandos:

    Pedir que cheguem com uma hora de antecedncia ao local da solenidade;

    Sugerir que evitem roupas com listas horizontais ou verticais ou quaisquer outras que possam aparecer distorcidas na imagem de vdeo;

    Lembrar-lhes do nmero limitado de assentos para amigos e familiares.

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    O cerimonial no responsvel pelo servio de foto e fi lmagem dessa solenidade, uma vez que o registro de interesse particular dos em-possandos e no atividade-fi m da Instituio. Como cortesia, o cerimonial faz uma pesquisa de mercado e, no dia da reunio, encaminha um representante da empresa que apresentou o menor oramento, para que possa negociar diretamente com os empossandos.

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  • Manual Cerimonial do MPF

    Cerimnia no gabinete do PGR

    A solenidade de pequeno porte realizada para empossar aqueles candidatos habili-tados no concurso pblico que no puderam participar da cerimnia coletiva. A solenidade pode ser para apenas um empossando ou um grupo pequeno e tem a durao mdia de 15 minutos.

    Aqui no cabe a formalidade de elaborar e expedir convites para membros do MPU e demais autoridades ou mesmo compor uma mesa de honra. O convite feito por telefone, e os que comparecem fi cam em p, ladeando o PGR, conforme a ordem de precedncia:

    Vice-procurador-geral da Repblica

    Corregedor

    Secretrio-geral

    Secretrio de concursos

    Presidente da ANPR

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    Recomenda-se tambm que o nmero de convidados do empossando seja restrito a cinco, entre amigos e familiares, devido limitao de espao fsico do gabinete.

    Roteiro de locuo

    M.C.: Senhoras e Senhores, bom dia. Tem incio a solenidade de posse de novos Procuradores da Repblica, habilitados no Vigsimo Segundo Concurso Pblico para ingresso na carreira do Ministrio Pblico Federal e nomeados pela Portaria nmero oitenta e cinco, de trs de maro de 2008, do Procurador-geral da Repblica.

    M.C.: Encontram-se presentes nesta cerimnia os Excelentssimos Senhores:

    Procurador-geral da Repblica, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza,

    O Vice-procurador-geral da Repblica, Roberto Monteiro Gurgel Santos

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  • Manual Cerimonial do MPF

    O Corregedor-geral do Ministrio Pblico Federal, Wallace de Oliveira Bastos,

    O Secretrio-geral do Ministrio Pblico Federal, Carlos Frederico Santos,

    O Secretrio do Vigsimo Segundo Concurso do Ministrio Pblico Federal, Jos Adonis Callou de S,

    O Secretrio do Vigsimo Quarto Concurso, Luiz Fernando Bezerra Viana, e

    O presidente da Associao Nacional dos Procuradores da Repblica, Antnio Carlos Alpino Bigonha.

    M.C.: Convido os empossandos a prestarem juntos o compromisso de que trata o pargrafo nico do artigo cento e noventa e cinco da Lei Complementar nmero setenta e cinco, de vinte de maio de 1993, a Lei Orgnica do Ministrio Pblico da Unio.

    M.C.: A Secretria de recursos humanos

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    do Ministrio Pblico Federal, Senhora Eliane Rodrigues de Sales, proceder leitura do termo de posse, colhendo, em seguida, a assinatura do Procurador-geral e a dos novos Procuradores da Repblica.(Leitura do Termo de Posse da Vanessa Cristhina)

    M.C.: 1. Alan Rogrio Mansur Silva.

    PGR: Declaro empossados Vanessa Cristhi-na Marconi Zago Ribeiro e Alan Rogrio Mansur Silva no cargo de Procurador da Repblica, da carreira do Ministrio Pblico Federal.

    M.C.: Neste momento ouviremos a Senhora Procuradora da Repblica, Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro.(Palavras da Vanessa Cristhina)

    M.C.: Ouviremos agora o presidente da Associao Nacional dos Procuradores da Repblica, Antnio Carlos Alpino Bigonha, Procurador Regional da Repblica.(Palavras do Dr. Bigonha)

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  • Manual Cerimonial do MPF

    M.C.: Com a palavra o Senhor Procura-dor-geral da Repblica, Antonio FernandoBarros e Silva de Souza.(Palavras do Dr. Antonio Fernando)

    M.C.: Est encerrada esta solenidade. Agradecemos a presena de todos. Bom dia.

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  • Manual Cerimonial do MPF

    Transmisso de Cargo

    A transmisso de cargo uma cerimnia simblica, que tem o objetivo de apresentar a autoridade empossada ao pblico. Ocorre quando o ato da posse (assinatura do termo) feito em local reservado, com nmero de testemunhas ou convidados restrito, e o empossado deseja registrar seu novo cargo mediante uma solenidade pblica. So comuns, no Poder Executivo, as solenidades de transmisso de cargo de Ministros de Estado, realizadas em auditrios dos respectivos rgos, aps assinatura do termo de posse, no Palcio do Planalto. Nesses casos, procede-se do mesmo modo que na organizao de posse (descrita anteriormente), mas se subtrai da ordem dos trabalhos a leitura do termo de posse e a assinatura.

    Para composio de mesa, o antecessor preside e o empossado senta-se sua direita; mas depois do discurso do antecessor, este

    ocupa a cadeira de seu sucessor, que, por sua vez, ocupar o lugar daquele. A troca feita no momento em que o antecessor volta da tribuna e o empossado se dirige a ela para discursar. Essa dana de cadeiras importante como ato simblico da solenidade. Sugere-se que tal dinmica seja explicada para as duas autoridades e que, na hora, uma pessoa do cerimonial acompanhe o antecessor ao assento correto.

    DICAA solenidade de troca de procurador-chefe

    no se caracteriza, tecnicamente, como posse ou transmisso de cargo, porque no h um termo de posse para assinar. Afi nal, o procurador-chefe designado por portaria do PGR. Entende-se, porm, a vontade que novos procuradores-chefes tm de comemorar a sua designao, e a importncia simblica de marcar o comeo de uma nova gesto.

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  • Manual Cerimonial do MPF

    Roteiro de locuo

    M.C.: Senhoras e Senhores, boa noite. Damos incio solenidade de transmis-so do cargo de Procurador-chefe e Procura-dor-chefe Substituto da Procuradoria da Repblica no Distrito Federal. Assumem os cargos, respectivamente, os Excelentssimos Procuradores da Repblica, Lauro Pinto Cardoso Neto e Carlos Henrique Martins Lima.

    M.C.: Para compor a mesa, convidamos os Excelentssimos senhores:

    Procurador-geral da Repblica, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza;

    Procurador-chefe da Procuradoria da Repblica no Distrito Federal, Paulo Jos Rocha Jnior;

    Procurador da Repblica, Lauro Pinto Cardoso Neto;

    Procurador da Repblica, Carlos Henrique Martins Lima;

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    Ministra do Superior Tribunal de Justia, Eliana Calmon Alves;

    Procurador-geral de Justia do Distrito Federal e Territrios, Leonardo Azeredo Bandarra;

    Procurador-chefe da Procuradoria Regional da Repblica da 1 Regio, Ronaldo Meira de Vasconcellos Albo;

    M.C.: Convidamos a todos a se posicio-narem para o canto do Hino Nacional Brasileiro.

    M.C.: Os Procuradores da Repblica Lau-ro Pinto Cardoso Neto e Carlos Hen-rique Martins Lima foram designados por meio da Portaria PGR nmero cento e noventa, de trinta de abril de 2008, para exercerem, respectivamente, por dois anos, a partir de treze de maio de 2008, as funes de Procurador-chefe e Procurador-chefe Substituto da Procuradoria d