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09-04-2015

09-04-2015portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte...2015/04/09  · Revista de Imprensa 09-04-2015 1. (PT) - Jornal de Notícias, 09/04/2015, Macedo quer médicos

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  • Revista de Imprensa09-04-2015

    1. (PT) - Jornal de Notícias, 09/04/2015, Macedo quer médicos com listas de 2500 utentes 1

    2. (PT) - Jornal de Notícias, 09/04/2015, Resultados positivos dão ouro ao presidente do hospital 4

    3. (PT) - Jornal de Notícias, 09/04/2015, Obras criam mais valências no hospital 5

    4. (PT) - Público - Público Porto, 09/04/2015, Visitar a Torre dos Clérigos para ajudar o IPO-Porto 6

    5. (PT) - Destak, 09/04/2015, Taxa de doentes a fazer diálise muito alta 7

    6. (PT) - Correio do Minho, 08/04/2015, População está sensibilizada para adoptar hábitos de vida saudáveis 8

    7. (PT) - Diário de Notícias, 09/04/2015, Espanhóis fazem queixa contra governo português 9

    8. (PT) - Primeiro de Janeiro, 09/04/2015, Relatórios revelam "falta de realismo" 10

    9. (PT) - Jornal de Notícias, 09/04/2015, Truques e aldrabices 11

    10. (PT) - Público, 09/04/2015, Cerca de 25 mil pessoas com VIH estarão por diagnosticar em Portugal 12

    11. (PT) - Diário de Notícias, 09/04/2015, Novo anticorpo contra VIH-1 eficaz em ensaio clínico 14

    12. (PT) - Correio do Minho, 08/04/2015, Diagnóstico precoce da asma infantil previne insucesso escolar 15

    13. (PT) - Correio da Manhã, 09/04/2015, Somos o que comemos 16

    14. (PT) - Primeiro de Janeiro, 09/04/2015, Pais podem avaliar emendas escolares 17

    15. (PT) - Público, 09/04/2015, Quase metade das intoxicações alimentares aconteceu em escolas 18

    16. (PT) - i, 09/04/2015, Escorbuto em Portugal foi um "caso esporádico", garante médico 20

    17. (PT) - Correio do Minho, 08/04/2015, EPB alerta para integração plena de doentes afectados por doençamental

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    18. (PT) - Público, 09/04/2015, As histórias iguais de filhos separados dos pais pela lepra nos dois ladosdo Atlântico

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    19. (PT) - Visão, 09/04/2015, O Mundo escondido dos nossos intestinos 25

    20. (PT) - Sábado, 09/04/2015, "Um cabelo a tocar-me na cara podia provocar uma crise" 32

    21. (PT) - Público, 09/04/2015, Novo portal mantém o Corrupção: denuncie aqui 34

    #A1#A1#A4#A4#A5#A5#A6#A6#A7#A7#A8#A8#A9#A9#A10#A10#A11#A11#A12#A12#A14#A14#A15#A15#A16#A16#A17#A17#A18#A18#A20#A20#A22#A22#A22#A23#A23#A23#A25#A25#A32#A32#A34#A34

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    Tiragem: 78067

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 4

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    Área: 25,50 x 30,00 cm²

    Corte: 1 de 3ID: 58733700 09-04-2015

    Página 1

  • Tiragem: 78067

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 5

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    Área: 25,50 x 30,00 cm²

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    Página 2

  • Tiragem: 78067

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

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    Área: 20,85 x 9,15 cm²

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    Página 3

  • A4

    Tiragem: 78067

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 34

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    Tiragem: 78067

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 30

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    Página 5

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    Público Porto Tiragem: 36211 País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 14

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    Corte: 1 de 1ID: 58733829 09-04-2015

    Apoio

    Visitar a Torre dos Clérigos para ajudar o IPO-PortoA Irmandade dos Clérigos vai doar ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto o valor das entradas na Torre dos Clérigos dos dias 17, 18 e 19 de Abril. A irmandade associa-se assim ao 41.º aniversário do IPO, que se celebra, precisamente, a 17 de Abril. A Torre e a Igreja dos Clérigos foram alvo de uma profunda intervenção de acrescento de novas valências, no ano passado, quando o complexo celebrou os seus 250 anos. A torre, que oferece uma vista panorâmica da cidade do Porto, está aberta ao público todos os dias, entre as 9h e as 19h. Em comunicado, o presidente do IPO-Porto, Laranja Pontes, saudou o “gesto solidário” da irmandade e recomendou uma visita à torre “em qualquer altura do ano”.

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    Tiragem: 135000

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 4

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    País tem quase 235 novos doentesem diálise por milhão de habitantes

    PEDRO CATARINO

    Taxa dedoentes afazer diálisemuito alta

    PortugaltemamaiselevadataxadaEuropa de novos doentes a fazer diáli-se,com2.473pessoasque,em2014,pas-saram a precisar de tratamento quesubstitui a função dos rins. Segundoo Gabinete de Registo da SociedadePortuguesa de Nefrologia, contam-sequase235novosdoentesemdiálisepormilhãodehabitantes.Eosresponsáveissão, em grande parte, a diabetes e ahipertensão arterial, com grande inci-dênciano nosso país.

    Elogios que não convencemNo âmbito dasaúde, o Comité de Polí-tica Social da União Europeia elogiouasmudançasfeitasnoPaís,emborade-fendasernecessáriogarantirumaade-quada cobertura da assistência social.Uma posição que causou estranhezaentre o Movimento de Utentes daSaúde, que defende que a situação seagrava a cada dia, sendo os relatóriosfeitosumespelhode«faltaderealismo».

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    Tiragem: 10000

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Regional

    Pág: 15

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    Corte: 1 de 1ID: 58718483 08-04-2015

    FAFE| Miguel Viana |

    A Câmara Municipal de Fafe(CMF), a Unidade de Cuidadosna Comunidade do Centro deSaúde de Fafe (UCCFafeSaúde)e a delegação de Fafe da CruzVermelha Portuguesa (CVP) as-sinalaram ontem o Dia Mundialda Saúde, com a realização devárias iniciativas destinadas àpopulação.

    Em destaque estiveram os ras-treios, demonstrações de comidasaudável, animação de rua, umademonstração de primeiros so-corros e aulas de Zumba.

    As iniciativas tiveram como fi-nalidade incrementar na popula-ção a aquisição de hábitos de vi-da saudáveis.

    Helena Lemos, vereadora daCMF, referiu que se tratou de“uma iniciativa de prevenção.Nos dias de hoje é cada vez maisimportante prevenir, para evitarque as coisas aconteçam. Umaboa alimentação e a prática deexercício físico são fundamen-tais para essa prevenção”,

    A responsável municipal lem-brou, ainda, que algumas doen-ças têm um grande impacto naqualidade de vida das pessoas.

    “São doenças que interferemna parte económica, porque ocolesterol, a tensão alta (hiper-

    tensão) levam a que as pessoastenham que dispender de umaverba significativa do orçamentofamiliar, e podem prevenir comboas práticas de exercício físicoe com uma alimentação cuidada,afirmou Helena Lemos.

    Ricardina Vieira de Castro,

    coordenadora da UCCFafeSaú-de, alertou para o consumo ex-cessivo de sal e de açucar, quepode causar doenças como a hi-pertensão e a diabetes. “É funda-mental incentivar as pessoas àprática de exercício físico e auma alimentação saudável”,

    destacou Ricardina Vieira deCasto, que salientou a enormeadesão popular à iniciativa, oque demonstra empenho em teruma vida mais saudável.

    À delegação de Fafe da CVPcoube realizar as acções de pri-meiros socorros e a apresentação

    do sistema de tele-assistência.“É um equipamento que permi-

    te às pessoas que estejam isola-das, ou que vivam sozinhas,manterem o contacto permanen-te com a comunidade e com asautoridades, em caso de emer-gência”, disse António Fernan-des, presidente da CVP de Fafe.

    Em todo o concelho fafense jáforam entregues cerca de 20equipamentos, alguns deles comcolaboração do município de Fa-fe

    O aparelho de tele-assistênciapermite que ao carregar num bo-tão, em caso de emergência, sejaatendida de imediato pela linhade atendimento da CVP. Os téc-nicos avaliam a situação e, con-forme for mais adequado, con-tactam os familiares, vizinhosou as autoridades mais próxi-mas. O sistema integra ainda umdispositivo móvel com as mes-mas funções, que pode ser colo-cado ao pescoço. Os utentes po-dem, ainda, beneficiar de umaaplicação para telemóvel, ondeconstam os números de telefonede familiares e vizinhos e quedispõe, também, de um botão deemergência.

    População está sensibilizada paraadoptar hábitos de vida saudáveisCÂMARA municipal, centro de saúde e delegação da Cruz Vermelha uniram-se para assinalar o DiaMundial da Saúde com a realização de rastreios, peças de teatro e aulas de Zumba para a população.

    ROSA SANTOS

    Vereadora Helena Lemos foi uma das participantes dos rastreios do Dia Mundial da Saúde

    “O colesterol e a tensão altalevam a que as pessoastenham que dispender deuma verba significativa doorçamento familiar, epodem prevenir com boaspráticas de exercício físico ecom uma alimentaçãocuidada”, afirmou HelenaLemos, vereadora dacâmara de Fafe.

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    Tiragem: 27812

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 13

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    Tiragem: 20000

    País: Portugal

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    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 16

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    Tiragem: 78067

    País: Portugal

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    Tiragem: 36211

    País: Portugal

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    Pág: 10

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    HELENA COLAÇO SALAZAR

    Cerca de 25 mil pessoas com VIH estarão por diagnosticar em Portugal

    Portugal continua a ter diagnósticos muito tardios

    Haverá cerca de 25 mil pessoas em Portugal que estão infectadas com o VIH sem saberem, estima o direc-tor do programa nacional para a In-fecção VIH/sida, António Diniz, em declarações ao PÚBLICO. De acordo com a taxa prevalência estimada pela ONUSIDA (programa das Nações Uni-das para o VIH/sida) para Portugal, o país terá entre 0,6% a 0,7% da sua po-pulação infectada, o que signifi ca que haverá cerca de 65 a 70 mil pessoas que vivem com a doença, refere o res-ponsável. O que acontece é que, pela primeira vez, existem dados quase fi -nais sobre o número de pessoas com VIH a serem seguidas nos hospitais portugueses, com o sistema infor-mático específi co chamada SI.VIDA, onde os médicos vão introduzindo os dados sobre os seus doentes.

    Estão no sistema dados de doen-tes de 23 hospitais com esta valência, faltam apenas introduzir os dados de nove unidades. Em Março deste ano estavam a ser seguidos cerca de 31 mil doentes com VIH, o que signifi ca que o número total pode andar pelos cerca de 35 mil, estima o responsá-vel, o que representará entre a 80% a 90% das pessoas diagnosticadas que vivem com a infecção, algumas das quais abandonam o tratamen-to, admite o responsável. António Diniz estima então que existam em Portugal cerca de 25 mil pessoas por diagnosticar. Estarão então diagnos-ticadas cerca de 60% do total de pes-soas infectadas. O objectivo da ONU-SIDA para Portugal é ter até ao ano de 2020 90% das pessoas infectadas com diagnóstico.

    Além do problema da subnotifi ca-ção, que é comum a muitos outros países da Europa, António Diniz diz que Portugal se destaca pela negati-va por continuar a ter diagnósticos muito tardios. Das várias metas tra-çadas no Programa Nacional VIH/si-da 2012/2016 esta é a mais atrasada: 58% dos diagnósticos continuam a ser tardios, sendo o ponto de partida de 65%. O objectivo é que Portugal chegue a 2016 com a sua taxa de diag-nósticos tardios limitada a 35%.

    Foi essa uma das razões porque, no início de 2014, decidiram esten-der os testes rápidos de detecção de VIH também aos centros de saúde. O

    objectivo é que qualquer cidadão dos 18 aos 65 anos faça o teste. Antes de estarem disponíveis nos centros de saúde existiam apenas nos Centros de Aconselhamento e Detecção Pre-coce do VIH (CAD), e eram feitos pe-las equipas de rua que trabalham no terreno com populações vulneráveis, como consumidores de droga.

    Em 2014 os centros de saúde fi -zeram 3547 testes, tendo havido uma taxa de positivos na ordem dos 0,65%, o que, na prática, signifi cou a detecção de 21 pessoas com teste positivos ao VIH (que depois precisa de confi rmação laboratorial), nota. António Diniz está convencido que estas são pessoas que não iriam aos CAD, porque signifi ca terem de se deslocar (por norma há um CAD por capital de distrito) e porque nos centros de saúde os testes são suge-ridos por profi ssionais de saúde que as pessoas conhecem, o médico de família ou o enfermeiro. Não se sabe ainda em que fase da doença foram detectados.

    Cerca de 16% dos testes são feitos nos centros de saúde, mas o grosso continua a ser aplicado pelos CAD, que fazem 71% e onde a taxa de po-sitivos anda pelos 0,95% do total. A ideia é ir aumentando a disponibili-zação destes testes nos centros de saúde, afi rma.

    Troca de seringasDepois de dois anos de interrupção (2012 e 2013), o programa de troca de seringas nas farmácias foi retomado no mês passado e está actualmente a funcionar em 1039 estabelecimen-tos, afi rmou o director do programa nacional para a Infecção VIH/sida. Quando foi interrompido funcionaria em cerca de 1200 farmácias, nota.

    O programa, destinado sobretudo a evitar o contágio do VIH entre consu-midores de droga por via injectável, que estava no terreno há cerca de 20 anos, foi interrompido porque a Asso-ciação Nacional de Farmácias (ANF) “se retirou do processo e não aceitou renová-lo”, afi rma António Diniz.

    João Cordeiro, presidente da ANF, disse, na altura, que o programa te-ria de ser feito “noutros moldes”, e vieram a público queixas da ANF por atrasos de pagamentos das despesas com fornecedores por parte do Mi-nistério da Saúde. A associação ale-gou também a degradação do sector das farmácias.

    O novo acordo prevê um período de um ano em que a ANF não recebe contrapartidas fi nanceiras, ao fi m do qual haverá uma avaliação feita pela Faculdade de Economia do Porto, refere António Diniz.

    Durante os dois anos de interreg-no, o Ministério da Saúde introduziu a troca de seringas para toxicodepen-dentes nos centros de saúde. Em 2013 tinham sido distribuídos ape-nas 28.694 kits, em 2014 esse número subiu para 301.578, o que representa 18% do total, diz o responsável.

    António Diniz diz que não há qual-quer prova de que a quebra na distri-buição de seringas no primeiro ano deste novo sistema tenha conduzido ao aumento de infecções, porque “o número de novos casos de VIH em usadores de droga tem vindo suces-sivamente a descer”, diz.

    “Tivemos de montar um sistema novo, alternativo. Houve alguns pro-blemas no início, mas os últimos nú-meros da distribuição são animado-res. Os cuidados de saúde primários tiveram a capacidade de pôr em mar-cha este processo nas actuais condi-ções de escassez de recursos huma-nos”. Os kits incluem além das serin-gas, um preservativo, ácido cítrico para desinfeccão e água destilada.

    As seringas estão a ser distribuídas em 49 Agrupamentos de Centros de Saúde. António Diniz diz que o objec-tivo do Ministério da Saúde não foi ter a troca de seringas em todos os centros de saúde, mas sim naqueles onde havia farmácias que deixaram de fazer trocas e onde se registava um maior número de consumidores de droga por via injectável e maio-res taxas de infecção por VIH destes consumidores.

    Mas o grosso das seringas conti-nuam a ser trocadas por quem está no terreno, as equipas de rua das organizações não governamentais que o programa nacional subsidia, sublinha. No ano passado tinham dis-tribuído cerca de 1,3 milhões kits de troca de seringas, face a 899.662 no ano anterior, o que representa 80% das trocas.

    “Queremos fomentar cada vez mais a troca por esta via”. De seguida, está a distribuição nos centros de saúde e num posto móvel, que neste momen-to está num bairro de Loures, que faz 2% das trocas. “As equipas de rua de-vem ser preponderantes e as farmá-cias e centros de saúde são apoios”.

    O país terá entre 0,6% a 0,7% da sua população infectada, o que signifi ca que haverá cerca de 65 a 70 mil pessoas que vivem com a doença. Programa de troca de seringas foi retomado em 1039 farmácias

    Saúde Catarina Gomes

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  • Tiragem: 36211

    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 1

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    Área: 19,13 x 7,94 cm²

    Corte: 2 de 2ID: 58733360 09-04-2015

    Cerca de 25 mil pessoas com VIH estarão por diagnosticar em Portugal O país terá entre 0,6% e 0,7% da sua população infectada, o que signifi ca que haverá entre 65 e 70 mil pessoas que vivem com a doença. Programa de troca de seringas foi retomado em 1039 farmácias Portugal, 10

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    Pág: 22

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    Tiragem: 10000

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    Pág: 28

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    Corte: 1 de 1ID: 58718599 08-04-2015

    Aasma é uma doença inflamatória cróni-ca das vias respiratórias, responsávelpor episódios recorrentes de pieira, difi-culdade respiratória, aperto torácico e tosse, so-bretudo no início ou final do dia. Afeta 300 mi-lhões de pessoas em todo o mundo e é uma dasdoenças crónicas mais frequentes na criança,sendo que em 2025 será a doença crónica commaior prevalência na infância. Além do compo-nente genético, que muitas vezes é determinanteé influenciada por mudanças ambientais, clima-téricas e do estilo de vida. Em Portugal, o núme-ro de casos de asma infantil tem vindo a aumen-tar e estima-se que, atualmente, afete cerca de 15por cento das crianças.

    Os sintomas em crianças até aos dois anos deidade podem não ser suficientemente evidentes,manifestando-se a doença apenas através de tos-se noturna e matinal, aperto no peito e/ou respira-ção acelerada. Estes sinais podem ser esporádi-cos, intermitentes ou persistentes e a intensidadepode variar entre ligeira, moderada ou grave.

    A primeira manifestação da doença costumasurgir antes dos cinco anos de idade e influenciadiretamente a vida das crianças em diversasáreas: atividade física, bem-estar psíquico, sociale sucesso escolar. Deste modo, torna-se impres-cindível o diagnóstico precoce da asma infantilcomo o único procedimento capaz de evitar aprogressão da doença, a sua evolução para for-mas irreversíveis e a sua interferência na qualida-de de vida das crianças.

    As crises de asma podem ser desencadeadas ouagravadas por estímulos específicos, como osácaros do pó de casa, os pêlos dos animais, ospólenes das plantas, os bolores e alguns alimen-tos, ou por estímulos não específicos, que in-cluem infeções virais ou agentes irritantes (per-fumes, vernizes, tintas, vapores de cozinhados,pó de talco, poluentes atmosféricos, fumo do ta-baco), alterações climatéricas e prática de exercí-cio físico.

    Para diagnosticar a asma, o médico deverá soli-citar a realização de vários exames, como é o ca-so dos testes cutâneos, que verificam os alergé-nios que provocam a reação alérgica, ou o estudoda função respiratória que avalia alterações exis-

    tentes, a determinação do óxido nítrico exaladoque reflete o grau de inflamação dos brônquios.Para complementar o diagnóstico, podem aindaser solicitados exames ao sangue, fezes e estudosradiológicos.

    Os inaladores, comprimidos, xaropes ou aeros-sóis são os medicamentos mais utilizados para otratamento da asma e para o controlo das crises.No entanto, o tratamento é adaptado a cada doen-te, estando sempre dependente da gravidade enatureza da doença. Esta doença não tem curamas pode ser controlada. Particular importânciadeve ser dada à terapêutica inalatória pelas suasvantagens (maior eficácia e menos efeitos se-cundários).

    No âmbito das comemorações do Dia Mundialda Asma, que se assinala a 5 de maio, a Socieda-de Portuguesa de Alergologia Pediátrica vai rea-lizar sessões de sensibilização em escolas do en-sino básico e secundário em todo o país com oobjetivo de promover o diagnóstico precoce daasma em idade escolar.

    * presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica

    (Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)

    DIAGNÓSTICO PRECOCE DA ASMA INFANTIL PREVINE INSUCESSO ESCOLAR

    A VOZ DA SAÚDE | LIBÉRIO RIBEIRO*

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    País: Portugal

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    Âmbito: Informação Geral

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    Tiragem: 20000

    País: Portugal

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    Pág: 16

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    Área: 17,07 x 9,53 cm²

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  • A18

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    País: Portugal

    Period.: Diária

    Âmbito: Informação Geral

    Pág: 11

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    Corte: 1 de 2ID: 58733369 09-04-2015

    Maior parte das intoxicações ocorre no meio escolar

    Quase metade dos surtos de intoxi-cações alimentares investigados no ano passado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) aconteceu em escolas e um ocorreu durante um piquenique escolar. No ano de 2014 foi batido o recorde de pessoas afectadas por este tipo de problema, revela um trabalho sobre Investigação Laboratorial de Surtos de Toxinfecção Alimentar, 2014 elabora-do pelo INSA e divulgado no último boletim epidemiológico Observações, que é todo dedicado ao tema da se-gurança alimentar.

    Nos 25 surtos avaliados no ano pas-sado pelo INSA, foram afectadas 836 pessoas no total e, destas, 111 tiveram mesmo que ser hospitalizadas. Os in-vestigadores conseguiram identifi car o agente que causou a intoxicação alimentar em pouco mais de metade dos surtos. Olhando para os dados dos últimos seis anos sobre os epi-sódios avaliados laboratorialmente e com agente causal identifi cado, 2014 foi o ano com mais registos: em 13 surtos, houve 589 casos de intoxi-cação e 56 hospitalizações, quando em 2013 foram analisados 183 casos de intoxicação. Na origem do maior número de casos registados em 2014 esteve uma salada fria de frango des-fi ado com legumes cozidos e uma sa-lada fria de massinhas com frango

    Quase metade das intoxicações alimentares aconteceuem escolas

    desfi ado, mas houve outras fontes de contaminação, como uma torta verde de pescada e uma feijoada de javali.

    Os investigadores do Departamen-to de Alimentação e Nutrição do IN-SA (que desde 1993 reporta dados re-ferentes às toxinfecções alimentares à Autoridade Europeia para a Segu-rança dos Alimentos) não explicam o motivo do elevado número de casos de intoxicação alimentar investiga-do em 2014. Referem apenas que 11 surtos aconteceram em escolas, qua-tro em serviços de catering, dois em cantinas de instituições e um durante um piquenique de uma escola.

    Nos chamados “surtos domésti-cos”, quatro ocorreram em institui-ções (três lares e um estabelecimento prisional) e dois em casas particu-lares. No ano anterior, as cantinas apareciam já em primeiro lugar, num terço dos casos, mas eram seguidas pelos lares particulares, que repre-sentavam um quinto das situações.

    Como principais factores que explicam a maior parte dos casos observados surgem o tempo e a temperatura inadequados de con-servação dos géneros alimentares. Alguns casos fi caram a dever-se a contaminação cruzada e a arrefeci-mento incorrecto.

    No total, nos últimos seis anos, o INSA registou 53 surtos com agente identifi cado, que provocoram mais de 1274 casos de toxinfecções alimen-tares e 145 hospitalizações.

    Os investigadores chamam a aten-ção para o facto de a falta de infor-mação “diminuir a evidência científi -ca”, tal como já tinham feito em 2013. Estes dados representam, de facto, apenas uma parcela da realidade das intoxicações alimentares em Portu-gal. Ainda assim, os investigadores notam que os dados revelam que “a manutenção dos alimentos a uma temperatura inadequada, associa-da a um período de tempo favorável ao desenvolvimento microbiano”, continua a ser a causa mais evidente dos surtos de toxinfecções alimenta-res. Por isso, insistem, “a dissemina-ção e a aplicação de conhecimentos práticos na área da higiene e segu-rança alimentar” nos programas de educação para a saúde “é fundamen-tal para a prevenção das doenças de origem alimentar”.

    O INSA organizou ontem uma con-ferência sobre segurança alimentar em Lisboa e assinou um protocolo que visa criar um sistema nacional de gestão de dados do controlo ofi cial de alimentos que sirvará para harmo-nizar a comunicação de dados entre Portugal e a agência europeia.

    SaúdeAlexandra CamposEm 2014, bateu-se o recorde de pessoas afectadas por toxinfecções alimentares investigadas pelo Instituto de Saúde Ricardo Jorge

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    Quase metade das intoxicações alimentares em 2014 ocorreu em escolas p11

    Escolas dominam nas intoxicações alimentares

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    EPB| Isabel Vilhena |

    Estima-se que em cada 100 pes-soas 30 sofram, ou venham a so-frer, num ou noutro momento davida, de problemas de saúdemental e que cerca de 12 tenhamuma doença mental grave.

    A depressão é a doença mentalmais frequente, sendo uma causaimportante de incapacidade.

    Em cada 100 pessoas, aproxi-madamente 1 sofre de esquizo-frenia.

    Com o objectivo de comemo-rar o Dia Mundial da Saúde, aEscola Profissional de Braga(EPB) realizou ontem, no audi-tório do Parque de Exposiçõesde Braga, as I Jornadas da Saúdefocadas na ‘Saúde Mental: umdesafio aos profissionais e socie-dade’.

    Este evento esteve a cargo deCátia Xavier, finalista do CursoTécnico de Auxiliar de Saúde daEPB, no âmbito da sua Prova deAptidão Profissional.

    Cátia Xavier disse ao ‘Correiodo Minho’ que o que a motivou aexplorar o tema da saúde mentalfoi o facto de existirem falsosconceitos sobre as pessoas afec-tadas por problemas de saúdemental, que leva a que muitasvezes sejam incompreendidas,

    estigmatizadas, marginalizadasou até mesmo excluídas.

    Com o propósito de esclarecere desmistificar estes falsos con-ceitos, diferentes visões profis-sionais abordaram formas paracombater a depressão, o stressnos profissionais, terapias alter-nativas e formas de intervençãona saúde mental, de forma dinâ-mica e interactiva.

    O tratamento deverá ser sem-pre procurado, uma vez que a re-

    cuperação é tanto mais eficazquanto precoce for o tratamento.Mesmo nas doenças mais gravesé possível controlar e reduzir ossintomas, através de medidas dereabilitação.

    Os indivíduos afectados porproblemas de saúde mental sãocidadãos de pleno direito. Nãodeverão ser excluídos do restoda sociedade, mas antes apoia-dos no sentido da sua plena inte-gração na família, na escola, nos

    locais de trabalho e na comuni-dade.

    Segundo Ana Isabel Oliveira,coordenadora do curso de Auxi-liar de Saúde da EPB, há cadavez mais alunos com sintomasdepressivos e importa perceberas causas, de modo a evitar quese tornem adultos depressivos.

    Convidado a falar sobre de-pressão, José Micard Teixeira,coach pessoal e profissional,realçou a importância da vida.

    “Venho falar da vida porque domeu ponto de vista a depressãoacontece quando nós não conse-guimos lidar com determinadascoisas da vida. Viver tem as suasregras e é fundamental desen-volver determinadas característi-cas em nós porque, caso contrá-rio, a vida é um anda por aqui. Ea vida não é assim, a vida é umadádiva e nós quando compreen-demos determinadas coisas davida podemos passar a vivermais intensamente. A perceberque de facto o importante é omomento, o que eu estou a fazeragora”.

    Para José Micard Teixeira “afelicidade nunca pode ser umameta, mas sobretudo uma atitu-de na vida. É uma atitude de ho-nestidade, de humildade e grati-dão. É fundamental que osjovens tomem mais conheci-mento da realidade que a grati-dão leva à aceitação e à mudan-ça”.

    EPB alerta para integração plena dedoentes afectados por doença mentalCOM O OBJECTIVO de esclarecer e desmistificar falsos conceitos sobre saúde mental, diferentes visõesprofissionais abordaram ontem formas para combater a depressão, o stress nos profissionais, terapiasalternativas e formas de intervenção na saúde mental, de forma dinâmica e interactiva.

    DR

    José Micard Teixeira, coach pessoal e profissional, motivou a plateia para uma atitude diferente perante a vida

    O tratamento deverá sersempre procurado, uma vezque a recuperação é tantomais eficaz quanto precocefor o tratamento. Mesmonas doenças mais graves épossível controlar e reduziros sintomas através demedidas de reabilitação.Os indivíduos afectados porproblemas de saúde mentalsão cidadãos de plenodireito. Não deverão serexcluídos do resto dasociedade, mas antesapoiados no sentido da suaplena integração.

    Para manter uma boasaúde mental:-Não se isole

    -Reforce os laçosfamiliares e de amizade

    -Diversifique os seusinteresses

    -Mantenha-se intelectuale fisicamente activo

    -Consulte o seu médico,perante sinais ousintomas de perturbaçãoemocional.

    +Saúde mental

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    As histórias iguais de filhos separados dos pais pela lepra nos dois lados do AtlânticoApós ler uma reportagem do PÚBLICO sobre “os fi lhos separados” das mães por causa da lepra, o activista brasileiro Artur Custódio veio a Portugal tentar convencê-los a criarem o seu movimento, para que a sua história não seja esquecida

    É um chavão dizer que a história se repete. Mas como é que vidas que parecem tão únicas — Francisco, Fátima e Maria da Conceição fo-ram separados das mães no exacto momento do parto, passaram toda a sua infância sem poder

    tocar nos pais — se repetiram do outro lado do oceano? “As histórias não são parecidas, são iguais. É im-pressionante”, diz o brasileiro Artur Custódio, coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase [nome pela qual é hoje conhecida a lepra no Brasil].

    Francisco Santos, de 49 anos, Fátima Alves, de 52 anos, e Ma-ria da Conceição Jesus Silva, de

    60 anos, estão os três num café de Coimbra a ver uma reportagem de televisão brasileira passada no in-terior do estado de São Paulo, que Artur lhes mostra no seu computa-dor portátil. É sobre Maria Teresa e Marisa, duas irmãs com mais de 50 anos que nunca se tinham vis-to, até descobrirem que eram fi lhas de uma doente com lepra, que em Portugal tem hoje a designação de doença de Hansen. Foram separa-das da mãe à nascença e nunca lhes contaram nada do seu passado. No Brasil, os nomes dos pais eram, mui-tas vezes, omitidos das certidões de nascimento.

    Foi Maria Teresa quem decidiu ir à procura das suas origens. Desco-briu que a mãe morreu sem saber do destino das fi lhas e a reportagem mostra o momento emocionante: é a primeira vez que estas se vêem cara a cara. Maria Teresa está feliz, mas tem pena: “Nunca abracei e beijei a

    vez a história destes fi lhos em Portu-gal numa reportagem na revista 2. Na única leprosaria nacional, os fi lhos eram mostrados aos pais através de um vidro num compartimento que ainda hoje existe à entrada da unida-de, que foi entretanto transformada no Centro de Medicina de Reabilita-ção da Região Centro-Rovisco Pais. Os utentes são hoje doentes com le-sões neurológicas e músculo-esque-léticas, mas os restos dos edifícios lá estão, muitos ao abandono. E ainda lá vive cerca de uma dezena de do-entes idosos que sofreram da doença e que foram fi cando.

    Francisco tem memórias fortes da primeira vez que viu os pais naquele compartimento que faz lembrar um aquário, teria ele uns quatro anos: pegaram-no ao colo e puseram-no à altura do rosto dos pais, a mãe no lado direito, o pai no esquerdo: “Eu encostava a cara e eles aos beijos a mim, aos beijos ao vidro, não era

    à gente. Chorava um de cada lado. Queriam tocar na gente. É uma ima-gem horrível.” Lembra-se de sentir a frieza do vidro e de ver os lábios deles no sítio onde colocava a face. Passou a infância sem saber a que cheiram os pais, como é tocar-lhes.

    Catarina Gomes Francisco lembra--se de sentir a frieza do vidro e de ver os lábios deles no sítio onde colocava a face. Passou a infância sem saber a que cheiram os pais, como é tocar-lhes

    minha mãe”. “Tiraram nós de nossas famílias”.

    A reportagem está construída para fazer chorar qualquer um, a músi-ca, o caminho até chegar ao clímax de emoção. Mas Fátima e Maria da Conceição não choram como meras telespectadoras. Ao falar da sua pró-pria vida, aquela mulher brasileira na televisão está a descrever as delas. “São coisas tão simples, abraçar e beijar uma mãe”, diz Fátima. Fátima foi criada no chamado preventório, um sítio para onde eram levados os fi lhos dos doentes para serem edu-cados num mundo à parte.

    Eles são três fi lhos de doentes com lepra que passaram a infância a ve-rem os seus pais através de um vidro. Os seus pais foram internados à força na antiga Leprosaria Nacional Rovis-co Pais, na Tocha, próximo de Coim-bra, criada em 1947 e ofi cialmente encerrada em 1996.

    O PÚBLICO contou pela primeira

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    Francisco diz que muitos fi lhos de doentes foram tratados “como sacos de batatas”, como foi o caso da sua irmã mais nova. “Foi dada a uma família de agricultores. Fizeram dela a escrava da casa.” Bastou um documento a que se chamava “termo de entrega”. Acabou por ser devolvi-da e ele tem presente a memória da primeira vez que viu a irmã: “Tinha 8 anos, muito magra, com a pele fe-rida, cheia de buracos”.

    Foi a reportagem da revista 2 que fez Artur Custódio vir a Portugal, pa-ra tentar “empoderar” estes fi lhos, para criarem um movimento como o que existe no Brasil. Todos os anos se juntam em reuniões nacionais de “fi lhos separados” das cerca de 30 leprosarias que existiram no país. O Brasil continua hoje a ser um dos paises do mundo com maior incidên-cia de lepra. Em Portugal, de 2009 a 2012, houve apenas 33 casos no-tifi cados.

    No Brasil, “houve adopções de legalidade questionável, fi lhos que cresceram sem saber nada do seu passado e dos seus pais. Uma boa parte são humildes, a maior parte tem problemas psicológicos”. Os fi -lhos que não eram levados para ou-tros locais “podiam visitar os pais uma vez por ano, normalmente no Natal. Mas, se tocassem nos pais, eram estigmatizados dentro do pre-ventório, eram castigados pelas ir-mãs por lhes terem tocado.”

    Há 33 anos que existe um movi-mento de defesa dos doentes com hanseníase no Brasil. O isolamento compulsivo de doentes, e da separa-ção dos fi lhos, fi cou instituído na 2.ª Conferência Internacional da Lepra, em 1909. Dizia-se que havia justifi ca-ção científi ca para corte tão radical e, por todo o mundo, o modelo foi replicado, com variações. Nalguns casos, as leprosarias eram mesmo em ilhas, para que o isolamento fosse

    ce a maior parte das transmissões, através de espirros. Mais de 95% das pessoas têm imunidade natural à lepra.

    E na década em que o a leprosaria Rovisco Pais abriu portas, em 1947, já tinham surgido as sulfonas, um anti-biótico que representou, na prática, a cura para a doença. Fátima, Pedro, Maria da Conceição nasceram todos depois dessa data.

    Não se sabe quando nasceu o últi-mo bebé separado dos pais no Rovis-co Pais. No Brasil, houve separação desde a década de 1940 até 1980. Nes-te país, conseguiram identifi car 12 mil fi lhos com histórias parecidas com a destes portugueses. Foi mesmo cria-da uma base de dados de DNA onde podem recorrer para tentar identifi -car familiares. “Conseguiram reunir menos de 10 pessoas, um pai tinha morrido no mês em que foi feito o exame”, recorda Artur Custódio.

    O responsável chama ao que se fez a estes doentes e seus fi lhos “crime de Estado e violação de direitos hu-manos. Havia cura e uma recomen-dação científi ca para que terminasse o isolamento que o Estado manteve”. Em reconhecimento desse facto, o Governo de Lula da Silva atribuiu, em 2007, uma pensão vitalícia aos doen-tes isolados compulsivamente por terem lepra, algo que tinha sido feito, pela primeira vez, em 2001 no Japão.

    Na base das decisões está a ideia de que o isolamento continuou a ser praticado sem razões científi cas. Os doentes brasileiros que foram isola-dos recebem uma pensão vitalícia de cerca de 400 euros por mês, mais a sua reforma. No Brasil, há seis mil pessoas vivas do isolamento, quase 65% saíram na década de 1970.

    “Agora é a vez dos fi lhos, há ma-nifestações de fi lhos por todo o pa-ís”, conta Artur Custódio a estes três portugueses. A primeira reunião nacional vai ser este ano e ele vem convidar os portugueses a estarem presentes.

    O objectivo é que o Estado bra-sileiro atribua também aos fi lhos uma indemnização. Mas “só o estar a haver esta discussão está a mudar vidas, ao contar a história melhoram a auto-estima, há pessoas a escrever livros”. Em Nascidos Depois, a brasi-leira Teresa Oliveira fala de pesso-as como ela, a quem chama “fi lhos órfãos de pais vivos”. “Portugal tem uma história de segregação muito parecida com a do Brasil”. Naquele país estima-se que tenha havido 40 mil fi lhos separados”. Quantos são em Portugal?

    Ninguém sabe ao certo quantas crianças e adolescentes fi lhos de do-entes nasceram e viveram separados dos pais doentes, que chegaram a ser 1200 no Rovisco Pais. Certo é que a creche foi pensada para albergar 50 bebés, o preventório 120 crian-ças até aos dez anos, mas acabavam por fi car mais tempo. Numa lista do arquivo do hospital que a revista 2 consultou na altura, dá-se conta,

    por exemplo, da entrada de 78 be-bés na creche, só em 1960. No ano seguinte, entram 90 crianças no preventório.

    Há um movimento mundial da UNESCO pela preservação do pa-trimónio da humanidade ligado à história da lepra e do isolamento compulsivo e separação dos fi lhos. “Precisa de ser guardada essa his-tória, os documentos”.

    O país mais avançado neste mo-vimento é o Japão, diz Artur Custó-dio. Naquele país, os doentes eram colocados em solitárias, de tão frias alguns morreram congelados. “Há um museu enorme, eram 14 coló-nias”. Mas no Japão, assim como em países como a China, a questão dos fi lhos nunca se colocou, sim-plesmente porque todos os doentes com lepra eram esterilizados, para terminarem naquela geração.

    O Brasil chegou a ter a funcionar 100 leprosarias, algumas têm espa-ços musealizados que podem ser visitados. “A preservação é algo que faz parte de um movimento global em vários países para o não-apaga-mento desta memória”, explica o coordenador brasileiro.

    Mas uma coisa são os edifícios, outra “é a história viva” e foi por isso que ele veio até Portugal, pa-ra ouvir as histórias, para que os fi lhos portugueses percebam que a história deles se repetiu do outro lado do oceano e para os convencer a organizarem-se e a criarem um movimento português.

    Fátima e Francisco fi zeram mui-tos telefonemas a fi lhos que passa-ram pela creche e preventório do Rovisco Pais, mas só vieram mesmo eles os três. Fátima pensa que um movimento português será difícil de criar, mas quer começar e pe-de para deixar o seu email [email protected]. “As pessoas sentem vergonha de falar nisso”. A sua mãe tem 82 anos e evita por tudo falar do tempo em que foi in-ternada à força no Rovisco Pais. Maria da Conceição acha que não é vergonha, “é revolta”.

    “Eu proponho que vocês se reú-nam, que não se separem. Vocês são irmãos de um lugar, de uma instituição, de uma história”.

    Na altura, e ainda hoje, ninguém sabe que aqueles fi lhos existiam, diz Fátima. “Ninguém fala do pre-ventório, só conhecem o hospital. O sítio onde estavam as crianças não se vê da estrada”. As pessoas da região a quem conta a sua histó-ria fi cam intrigadas, pensavam que os doentes com lepra não tinham filhos, nunca se viam crianças. “Éramos escondidos”.

    Nesta reunião, Maria da Con-ceição será a única que quase não fala, passa o tempo quase todo a chorar. Dos três fi lhos, foi a única que só viu a mãe uma vez através do vidro, mas não tem a certeza se era mesmo ela, nunca lhe foi apre-sentada.

    ADRIANO MIRANDA

    ainda maior, como Kalaupapa, no Havai, que deixou de fazer isolamen-to em 1969, ou Spinalonga, em Cre-ta (Grécia), que foi fechada em 1957. Algumas leprosarias chegaram a ter a sua própria moeda com medo de que o contágio acontecesse através do dinheiro em circulação. A cren-ça, na altura, era de que a lepra se transmitia através do toque.

    O que se sabe hoje é que, no grupo das doenças infecto-contagiosas, é das menos contagiosas. Embora o enfoque do contágio tenha sido pos-to no perigo do toque, este, sabe-se hoje, é uma via de contágio residual. A via respiratória, à semelhança de uma vulgar gripe, é como aconte-

    Fátima Alves, Francisco, Maria da Conceição e Artur Custódio, no antigo hospital-colónia Rovisco Pais, na Tocha, em Fevereiro passado

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    Joana Marques Vidal apresentou ontem novo portal do MP

    Pela primeira vez, o Ministério Pú-blico conta com um portal único na Internet, permitindo que informa-ção até aqui dispersa por vários sites se encontre agora num único local, na morada http://www.ministerio-publico.pt.

    Mantém-se, tal como acontecia com o site da Procuradoria-Geral da República, que desaparece com o surgimento do novo portal, o link Corrupção: denuncie aqui, que con-duz o utilizador para o preenchi-mento de um formulário online com dados detalhados sobre o caso que quer contar. “Narre os factos de que tem conhecimento com o maior detalhe possível, incluindo locais, pessoas e empresas envol-vidas, modo de actuar, se foram feitos pagamentos e como, através de que meios, contas bancárias e titulares”, pede-se num dos cam-pos.

    “Indique todos os dados que sabe sobre as pessoas e empresas envol-vidas na corrupção ou fraude, local de trabalho, profi ssão, residência, pessoas das suas relações, contac-tos, veículos automóveis, outras propriedades, etc.”, requer-se ain-da no mesmo formulário, preenchi-do por vezes, por engano, por cida-dãos brasileiros que pensam estar a aceder à sua Procuradoria-Geral da República. Os factos podem ser denunciados de forma confi dencial

    Novo portal mantém o Corrupção: denuncie aqui

    e anónima. No futuro, o portal lan-çado ontem pode vir a permitir que os cidadãos o usem para fazerem participações criminais.

    Além do conteúdo institucional, o novo site contém uma série de in-formações úteis. Sobre as questões de família e menores, por exemplo: as responsabilidades parentais em caso de divórcio, os processos de adopção e a protecção de crianças em risco são algumas das áreas em que aparecem elencadas perguntas e respostas. As questões laborais também não foram esquecidas, uma vez que cabe ao Ministério Público defender em tribunal os direitos dos trabalhadores por conta de outrem, bem como das vítimas de acidentes de trabalho.

    No fi nal da cerimónia de lança-mento do portal, que ainda irá ser alvo de melhorias, a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, admitiu que o aviso alegada-mente recebido por um dos suspei-tos do caso dos vistos gold, o ex-di-rector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, de que ia ser alvo de buscas levou o Ministério Público a desencadear um inquérito por viola-ção do segredo de justiça. Este aviso terá permitido aos arguidos destruir provas.

    Já quanto ao facto de o ministro da Saúde, Paulo Macedo, apoiar uma alteração legislativa que permita à Ordem dos Médicos afastar clínicos condenados por pedofi lia que conti-nuem a atender crianças, Joana Mar-ques Vidal frisa que já existe, desde 2009, uma lei que impede pessoas condenadas por abuso de menores de exercer profi ssões onde contac-tem regularmente com crianças. “A lei tem é de ser cumprida”, disse a procuradora-geral da República.

    MIGUEL MANSO

    Ministério PúblicoAna HenriquesJoana Marques Vidal não se mostra adepta das ideias de Paulo Macedo no que à pedofilia diz respeito

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