21
XX 23 09/02/2012 * “Guerra” de torcedores obriga polícia a reforçar a segurança - p.10 * Maioria das agressões é diária - p.12 * Processos locais contra juízes vão poder ser regulamentados por CNJ - p.16

09 Fev 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Clipping Digital

Citation preview

Page 1: 09 Fev 2012

XX 23 09/02/2012

* “Guerra” de torcedores obriga polícia a reforçar a segurança - p.10

* Maioria das agressões é diária - p.12

* Processos locais contra juízes vão poder ser regulamentados por CNJ - p.16

Page 2: 09 Fev 2012

HOJE EM DIA - 1ª p. E p. 03 - 09.02.2012

Reajuste dos vereadores da capital tem dia decisivo

01

Page 3: 09 Fev 2012

cOnt... HOJE EM DIA - p. 03 - 09.02.2012

02

Page 4: 09 Fev 2012

cOnt... HOJE EM DIA - p. 03 - 09.02.2012

03

Page 5: 09 Fev 2012

cOnt... HOJE EM DIA - p. 03 - 09.02.2012

HOJE EM DIA - p. 02 - 09.02.2012

Em Juatuba, vice está na mira

04

Page 6: 09 Fev 2012

HOJE EM DIA - p. 02 - 09.02.2012

Alice Maciel - A prefeita Terezinha Ramos (PTB) tomou posse em 9 de março mas ficou apenas dois meses no cargo

A novela política em Mariana, na Região Central de Minas, que se estende desde a eleição do prefeito Roque Camello (PSDB), em 2008, pa-rece não ter fim. A cidade corre o risco de ter de ir para a quinta adminis-tração, no intervalo de três anos, caso a prefeita Terezinha Ramos (PTB) perca o mandato hoje. Ela se tornou alvo de uma Comissão Processante (CP), aberta em 11 de novembro do ano passado, depois de ter sido acu-sada de usar dinheiro público para pagar despesas pessoais.

Segundo a denúncia, de autoria do engenheiro Marcius Costa Ma-chado, ela teria gastado R$ 98 mil com advogados que a defenderam no processo eleitoral. A mesma denúncia foi apurada pelo Ministério Públi-co Estadual que, há dois meses, já havia pedido à justiça o afastamento da prefeita do cargo. A Promotoria do Patrimônio Público constatou ir-regularidades no contrato entre o Executivo municipal e o escritório de advocacia, cujo proprietário era também sócio do advogado particular da petebista e então procurador-geral do município.

Depois de analisar os documentos e ouvir as testemunhas de defe-sa e acusação, a Comissão emitiu um parecer que será lido esta manhã em plenário. Depois da leitura do documento, os vereadores julgarão o processo. Se os parlamentares votarem pela cassação – são necessários sete votos favoráveis – será dada posse imediata ao vice-prefeito Roberto

Rodrigues (PTB). Caso contrário, a denúncia será arquivada. O presidente da Comissão, Bruno Mol (PSDB), acredita que o voto

dos parlamentares será baseado nos pareceres da CP e da defesa. “Como estávamos em recesso, acredito que não houve articulação política”, res-saltou, sem querer apostar num resultado. Corre ainda o risco de a reunião ser adiada para a sexta-feira, se a defesa da prefeita não comparecer ao julgamento. Caso isso ocorra, será convocado um defensor dativo, con-forme informou a assessoria da Casa. A prefeita não quis falar ontem so-bre o assunto. A assessoria de imprensa do Executivo informou que ela estava visitando obras na cidade e só a Câmara poderia dar informações.

Imbróglio Terezinha Ramos, segunda colocada nas eleições de 2008, assumiu a prefeitura em março de 2010, depois da cassação do prefeito eleito Roque Camello (PSDB) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dois meses depois, em maio, ela foi afastada pela Justiça eleitoral, por supostas irregularidades na prestação de contas de campanha. Em agosto de 2011, ela reassumiu a função, depois de intensa batalha judicial.

Durante o período em que Terezinha esteve fora da prefeitura, o então presidente da Câmara Raimundo Horta (PTB), esteve no comando de Mariana entre maio e dezembro de 2010. Em janeiro do ano passa-do, houve nova eleição para a presidência do Legislativo municipal e o vencedor, Geraldo Sales (PDT), exerceu interinamente a prefeitura até agosto, quando Terezinha reassumiu a cadeira.

Prefeita de Mariana volta a ter mandato ameaçadoMinistério Público já havia pedido o afastamento de Terezinha Ramos (PTB)

EStADO DE MInAS - p. 4 - 09.02.2012 ELEIÇÕES

Prefeita de Mariana de novo na berlinda

05

Page 7: 09 Fev 2012

EStADO DE MInAS - p. 05 - 09.02.2012

06

Page 8: 09 Fev 2012

Ministério Público através do promotor Evandro Ventura da Silva expediu oficio nes-ta terça feira, 07 fevereiro de 2012, convocando as testemu-nhas Lucas Borges Camilo e Marilene de Paula Brum, e os irmãos médicos Dra. Denise e o Secretario de Saúde Dr. Ronal-dson Ferreira para depor sobre a denuncia de que os médicos estão trabalhando concomitan-temente em dois plantões, um particular e um pelo SUS. Os representados no caso foram a Prefeitura Municipal de Mante-na e a Secretaria Municipal de Saúde.

O pedido de improbidade administrativa não foi descarta-do pelo promotor de justiça que pretende ouvir as testemunhas para depois se manifestar defi-nitivamente sobre o caso. Em Mantena uma onda de denun-cias foram feitas pela população e chegaram ao Ministério Públi-co neste inicio de 2012. Falta de médicos, remédios, exames, co-brança de petróleo em ambulân-cia do SUS, nepotismo, e muitas outras denuncias mostram com clareza a ingerência na saúde da administração Mauricio Toledo (PSD).

No ano de 2011 foram mui-tas as pessoas que devido a aci-dentes com veículos ou motos, ou mesmo que estavam pas-sando mal e que precisavam de exames que tiveram de procurar atendimento no município e não conseguiram por negligência na saúde pública do município, muito deles foram enviados pe-los próprios médicos para bus-car soluções na cidade vizinha de Barra de São Francisco-ES.

Muitas reclamações ecoa-ram pela cidade e o desconten-tamento da população passou a ser notório e o clamor chegou

GAcEtA DO nORtE - On LInE - 08.02.2012MP representa contra Prefeitura e Secretária de Saúde e pode pedir improbidade em Mantena

até a Promotoria Publica que se fez acompanhar da Policia Militar ao Hospital Evangélico e ao Pronto Atendimento e constatar a veracidade dos fatos o que fez com que o Ministério Público representasse con-tra a Prefeitura Municipal de Mantena e a Secretaria Municipal de Saúde.

A promotoria tomou algumas providências ob-jetivas e dentre elas as de mais urgências como pedir a realização de alguns pe-didos de exames e remé-dios que foram negados pela administração. O Jor-nalismo Gazeta do Norte adianta que o promotor não marcou uma data para

se manifestar sobre a ne-gligência da saúde no mu-nicípio, mas prometeu que assim que tiver condições e o mais rapidamente pos-sível vai se manifestar para a população e a sociedade mantenense já que a saúde publica é uma obrigação do governo municipal.

07

Page 9: 09 Fev 2012

EStADO DE MInAS - p. 27 - 09.02.2012

08

Valquiria LopesUma festa de pré-carnaval organizada nas

redes sociais está na mira do Ministério Público de Minas Gerais. A Cobre Folia 2012, como foi batizada na internet, está marcada para começar às 17h30 amanhã e se estender noite afora, em uma das vias mais movimentadas do Bairro Cru-zeiro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, a Rua Cobre. Na página do site de relacionamento, a lista de convidados é extensa. São mais de 4 mil pessoas, dentre as quais mais de 1,5 mil já haviam confirmado presença até a tarde de on-tem.

Apesar da promessa de animação típica da época de pré-carnaval, o evento pode não ser re-alizado. Isso porque, além de não ter autorização da prefeitura e de órgãos de segurança pública, a festa foi marcada na Rua Cobre, em frente à Uni-versidade Fumec, onde o Ministério Público já impôs proibição de funcionamento aos bares após às 22h das sextas-feiras e realização de eventos clandestinos desde o fim do ano passado.

A decisão de 2011 levou em conta abusos cometidos contra a ordem pública e a Lei do Si-lêncio, como som ligado em alto volume a qual-quer hora, pessoas urinando na rua, sujeira es-palhada, sexo explícito praticado em via pública e fechamento do trânsito. Ontem, meses depois de baixar a portaria com as regras, o Ministério Público voltou a se reunir com representantes da Universidade Fumec, Polícia Militar, Admi-nistração Regional Centro-Sul e dos bares da Rua Cobre. No encontro, realizado a pedido do promotor Cristovam Joaquim Fernandes Ramos Filho, da Promotoria de Defesa da Habitação e Urbanismo do MP, uma série de medidas foram determinadas para coibir a realização do pré-carnaval.Entre as regras está a determinação de que Polícia Militar e a fiscalização da regional

Centro-Sul possam agir com rigor para coibir atos criminosos e infrações ao Código de Postu-ras do Município. “Vamos fazer de tudo para que esse evento não ocorra. É um absurdo pessoas fomentarem esse tipo de festa que incita o uso excessivo de bebida alcoolica e transtornos de toda ordem ”, afirma o promotor.cOnFUSÃO ARMADA

No convite da internet, a recomendação aos participantes é clara. Em letras grandes, que sugerem atenção, os organizadores da festa suge-rem: “Levem a maior quantidade de bebida que possam carregar!”. Também recomendam que “como os bares não vão abrir na sexta feira, en-tão já sabem, levem seus coolers e isopores”. A ideia da confusão é descrita na rede: “À tarde, o pau vai estar quebrando galeeeera???”

A notícia da realização da festa foi mau recebida pelos moradores do Bairro Cruzeiro, que se dizem traumatizados com experiências anteriores de festas. “A rua vira uma bagunça. A gente não pode entrar ou sair de carro porque o trânsito fica interditado pela multidão. Quem se arrisca, tem seu veículo amassado. É um horror”, conta a dona de casa Perpétua Rocha, de 50 anos, moradora da Rua Cobre.

Segundo a presidente da Associação de Cidadãos do Bairro Cruzeiro (Amoreiro), Patrí-cia Caristo, as festas realizadas no endereço são “uma confusão armada”. “Eles começam à tar-de, tranquilos. Mas a festa só vai enchendo e as pessoas vão ficando bêbadas. Fazem muito baru-lho, urinam na rua, deixam muito lixo para trás. Também usam drogas e fazem sexo em plena rua. Além disso, a circulação fica impraticável”, comenta.

A reportagem do Estado de Minas não iden-tificou os organizadores do evento, já que na pá-gina da internet não há autoria.

Festa frustradaMinistério Público quer impedir a realização do Cobre Folia, evento organizado em redes

sociais marcado para o Bairro Cruzeiro, onde já foram impostas restrições a eventos

DA REDAÇÃOA notícia de que estudan-

tes da Universidade Fumec estariam organizando uma calourada, marcada para ama-nhã na rua Cobre, no bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte, mobilizou representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Militar, repre-sentantes da Regional Cen-tro-Sul e donos de bares e da universidade.

O evento fere determi-nação, do ano passado, que estabelece o fim das caloura-das durante as sextas-feiras e fechamento dos bares até às 22h30. O barulho excessivo vinha incomodando a vizi-nhança. Portanto, a caloura-da é considerado ilegal pela Prefeitura de Belo Horizonte e pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente.

Durante a reunião, a Fu-mec se comprometeu a ins-talar câmeras de segurança para monitorar a rua Cobre e ainda requisitar à Promotoria de Combate aos Crimes Ci-bernéticos uma investigação para identificar os idealizado-res do evento. Os estudantes podem ser expulsos da insti-tuição. Ontem, a PM inten-sificou o patrulhamento na região.

O tEMpO - p. 24 - 09.02.2012Fumec.Evento fere proibição de som alto na rua Cobre às

sextas-feiras

Calourada ilegal é investigada pela polícia

Page 10: 09 Fev 2012

HOJE EM DIA - p. 02 - 09.02.2012

09

Page 11: 09 Fev 2012

O tEMpO - p. 25 - 09.02.2012

10

Page 12: 09 Fev 2012

HOJE EM DIA - p. 21 - 09.02.2012

11

Page 13: 09 Fev 2012

O tEMpO - p. 23 - 09.02.2012Violência doméstica. Relatório revela que 80% das mulheres que denunciam vivem rotina de maus-tratos

Maioria das agressões é diária

12

Page 14: 09 Fev 2012

EStADO DE MInAS - p. 08 - 09.02.2012

13

Page 15: 09 Fev 2012

O tEMpO - p. 25 - 09.02.2012

O tEMpO - p. 25 - 09.02.2012

14

Page 16: 09 Fev 2012

cOnt... O tEMpO - p. 24 - 09.02.2012

15

Page 17: 09 Fev 2012

Diego AbreuBrasília – A Corregedoria do Conselho

Nacional de Justiça (CNJ) está autorizada a retomar a análise de grande parte dos mais de 500 processos disciplinares paralisados desde dezembro. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) encerraram ontem à tarde o julgamento da ação na qual a Asso-ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) contestava a Resolução 135 do CNJ, que uniformiza os processos administrativos aplicáveis contra magistrados.

Na última quinta, por seis votos a cin-co, o Supremo havia definido que o CNJ pode investigar juízes de forma originária e independentemente da atuação dos tribu-nais de Justiça. Faltava, porém, o término do julgamento para que a decisão fosse efe-tivada, a partir da revogação do trecho da liminar do ministro Marco Aurélio Mello. Em dezembro, ele proibiu o CNJ de abrir processos contra magistrados. O STF ainda vai julgar a liminar concedida pelo minis-

tro Ricardo Lewandowski, que suspendeu a inspeção conduzida pelo conselho contra movimentações financeiras atípicas de ma-gistrados e servidores da Justiça.

Na sessão de ontem, três importantes pontos da resolução foram analisados. Um artigo acabou suspenso em parte e outro modificado. Também por seis a cinco, o Supremo manteve o poder do CNJ de fixar prazos para a execução de processo dis-ciplinar. Para o relator Marco Aurélio, tal medida invade a autonomia dos tribunais. Ele, porém, acabou vencido. Assim, ficam mantidos os prazos de 140 dias para a dura-ção do processo administrativo; de 15 dias para defesa prévia do magistrado; e mais cinco dias para defesa após a manifestação do Ministério Público.

A AMB saiu vitoriosa, porém, em relação à análise do artigo 15. O disposi-tivo previa a possibilidade de afastamento temporário do juiz antes da instauração do processo disciplinar. Prevaleceu, nesse

caso, o voto do relator. “Antes da existên-cia do processo, o afastamento é um passo muito largo”, destacou Marco Aurélio. “O que não é possível é que a resolução, numa manifestação de inconstitucionalidade vo-luntária, estabeleça uma regra diferente da regra da magistratura”, acrescentou Luiz Fux.

O Supremo também alterou o artigo 21, que previa a aplicação da pena mais leve, mesmo sem os votos da maioria abso-luta, nos casos em que houver mais de duas penas. Ficou definido, em plenário, que os tribunais não podem punir magistrados com aposentadoria compulsória, remoção ou disponibilidade caso não haja a votação da maioria absoluta, que significa a meta-de mais um do número total de cadeiras do pleno. Nessa hipótese, cada pena deverá ser votada de forma separada até que haja a formação de um mínimo necessário para a aplicação de uma delas.

EStADO DE MInAS - On LInE - 09.02.2012 JUStIÇA

CNJ retomará 500 processos

São Paulo. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rechaçou ontem, por 15 votos a 9, a imediata aplica-ção de sanção aos desembargadores da corte que receberam paga-mentos milionários.

O presidente do TJSP, desembargador Ivan Sartori, abriu a sessão administrativa apresentando duas opções a seus pares: a adoção imediata de contestação, medida que levaria à suspensão de crédito que os desembargadores ainda têm a receber, ou aguar-dar a defesa de cada um.

O Órgão Especial é formado por 25 desembargadores; os 12 mais antigos, 12 eleitos e o presidente do Tribunal. Votaram 24 magistrados. A maioria decidiu que o tribunal deve aguardar a apresentação de defesa de cada um dos desembargadores que receberam valores excepcionais, relativos a um período de 2006 a 2010.Ao todo, 29 magistrados são alvos de averiguação pelo TJSP. Cinco deles são considerados “casos mais graves”. Um desembar-gador, Roberto Vallim Bellocche, ex-presidente do TJ-SP, recebeu

R$ 1,6 milhão. O atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, desembargador Alceu Penteado Navarro, recebeu R$ 420 mil. Navarro já apresentou sua defesa, alegando graves problemas de doença em família para justificar o recebimento an-tecipado.

O TJSP procura os motivos que levaram a esses pagamentos antecipados. A cúpula do maior tribunal estadual do país, com 360 desembargadores, afirma que os pagamentos eram devidos, por causa de férias e licenças-prêmios não cumpridas.

Reajuste. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ri-cardo Lewandowski determinou, ontem, o arquivamento do pedi-do feito pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) para que fosse garantido reajuste de 4,8% no salário dos ministros da Corte.O pedido da Ajufe pretendia determinar a aprovação imedia-ta do Projeto de Lei 2.197 de 2011, que prevê reajuste conforme a correção inflacionária de 2011. A correção aumentaria o teto do funcionalismo de R$ 26,7 mil para R$ 27,7 mil.

O tEMpO - p. 4 - 09.02.2012Poder Judiciário.Supremo Tribunal Federal arquiva pedido de reajuste de 4,8% para magistrados federais

TJ de SP decide manter pagamentos milionários

BRASÍLIA. Por 6 votos a 5, o Supre-mo Tribunal Federal (STF) decidiu manter regras do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que estabeleciam ritos a serem cum-pridos pelos tribunais locais nos julgamen-tos administrativos contra os seus magis-trados. Com a decisão, os ministros termi-naram a análise de uma ação da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que questionou diversos pontos da resolução 135 do CNJ, que estabeleceu as regras de

seu funcionamento. A maioria dos ministros entendeu on-

tem que a Constituição também deu poder ao CNJ para regulamentar, em âmbito na-cional, o funcionamento desse tipo de pro-cesso. A resolução definiu que o presidente e corregedor de cada tribunal sempre vo-tam nesses casos.

O tribunal decidiu manter regulamen-tação do CNJ sobre a aplicação da pena contra um magistrado. A norma define que,

nos casos em que houver maioria de votos pela punição do magistrado, mas houver divergência, durante o julgamento, sobre qual pena aplicar a um magistrado, será adotada a proposta mais branda.

Afastamento. A AMB conseguiu sus-pender ontem apenas um ponto da resolu-ção, que permitia o afastamento de um ma-gistrado antes mesmo da abertura de pro-cesso disciplinar, caso a permanência da função possa prejudicar as investigações.

O tEMpO - p. 6 - 09.02.2012 Decisão do Supremo

Processos locais contra juízes vão poder ser regulamentados por CNJ

16

Page 18: 09 Fev 2012

SÃO PAULO. A Comissão de Assuntos Sociais do Se-nado aprovou um projeto que isenta os contribuintes com mais de 65 anos de pagar Imposto de Renda sobre qualquer rendimento até o limite do teto previdenciário, hoje em R$ 3.916,20. Atualmente, esses contribuintes já têm um limite maior de isenção para a tributação sobre o valor da aposen-tadoria. A proposta, do senador Paulo Paim (PT-RS), é es-tender esse direito a todos os contribuintes com mais de 65 anos, e não apenas para os aposentados.

“Na verdade, é até uma contradição lógica dar o bene-fício fiscal a quem já recebe do Estado um benefício previ-denciário e não dar esse benefício a quem, por outros meios, amealhou ao longo da vida os recursos necessários para se manter na velhice e não depender da Previdência ou da As-sistência Social”, disse Paim.

O relator, senador Lindbergh Farias, deu parecer favo-

rável, mas alterou o projeto para que o benefício não seja cumulativo - ou seja, para que a isenção incida apenas sobre a diferença entre rendimentos que já são isentos e o teto de benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O texto, em caráter terminativo - ou seja, não precisa ser votado em plenário -, ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de ser encaminhado para análise na Câmara dos Deputados.

“Vou me reservar para discutir na Comissão de Assuntos Econômicos, mas acho, inclusive, que no debate econômico vamos ter que ressaltar outra discussão: esse é um projeto que pode ter um impacto, não só social, mas do ponto de vista econômico, em relação a políticas anticíclicas, ponto importante no debate da crise econômica internacional” ob-servou Lindbergh Farias.

O tEMpO - p. 12 - 09.02.2012 Acima de 65 anos

Comissão do Senado aprova isenção de IR para idosos

O tEMpO - p. 2 - 09.02.2012

17

Page 19: 09 Fev 2012

O tEMpO - p. 19 - 09.02.2012

18

Page 20: 09 Fev 2012

Em entrevista à rádio Estadão/ESPN, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador Ivan Sartori, afirmou que irá cobrar da União os recursos corres-pondentes ao 1,5 milhão de ações judiciais de competência da Justiça Federal que tramitam nas varas do Judiciário estadual. São ações relativas a causas previdenciárias e tributos federais, que correm em pequenas comarcas, onde só a Justiça estadual está presente.

O deslocamento dos autos federais para a Justiça estadual é previsto pela Constituição. Trata-se de uma delegação de competência à Justiça paulista, pois em muitas áreas do Esta-do não há demanda de ações de competência da União que justifique a instalação de varas federais. “Não é justo que a gente cuide des-ses processos. Precisamos de recursos”, disse Sartori.

Segundo ele, cada nova ação impetrada na Justiça estadual custa R$ 965. Já na Justiça Federal o custo é de R$ 2.070. O cálculo é feito a partir do orçamento de cada corte, divi-dido pelo número de processos distribuídos.

Dos 18 milhões de processos que tra-mitavam nas varas da Justiça paulista, em 2010, 1,5 milhão era de competência federal. Naquele ano, foram impetrados 160 mil pro-cessos federais em varas da Justiça estadual. Pelas contas de Sartori, se a Justiça Federal assumisse esses processos, suas despesas de custeio aumentariam em R$ 3 bilhões. A conta não inclui gastos com a construção de fóruns.

Sartori pretende que a União inclua em seu orçamento os gastos da Justiça estadual com processos federais e repasse os recursos. “Não é justo que fiquemos com esses proces-sos. Perdemos até a capacidade de trabalho, porque temos de dispensar nosso tempo para essas causas. Para a União, sai de graça por-que ela não paga nada.

A Justiça Federal economiza muito quan-do suas ações vêm para nós”, afirmou o presi-dente do TJSP, depois de lembrar que a Cor-te carece de recursos para se informatizar e equipar. Além disso, ela precisa pagar R$ 3 bilhões a seus magistrados e servidores, a títu-lo de antigos passivos trabalhistas, e não tem verbas orçamentárias para quitar a dívida.

Desde que assumiu o cargo, essa foi a

segunda proposta de Sartori para obter mais dinheiro. Há um mês, ele pediu à Assembleia Legislativa que aprove um projeto de lei que autorize o repasse integral para o Tribunal de Justiça das taxas judiciais e dos chamados emolumentos notariais, que geram mais de R$ 500 milhões por ano, dos quais o Judiciário só fica com 3%. Sartori também quer aumentar o orçamento do TJSP para o mínimo de 6% da receita estadual - o que hoje equivale a R$ 9 bilhões anuais.

“Que venha tudo para o Judiciário. Quem faz correições nos cartórios? Somos nós. Não tem sentido destinar emolumentos ao Execu-tivo”, diz Sartori. Segundo ele, o orçamento da Justiça paulista vem diminuindo a cada ano por pressão do Executivo - era de 5,42%, na década passada e hoje está abaixo de 5%.

Com um orçamento de R$ 6,8 bilhões, 1,9 mil juízes e cerca de 360 desembargadores, o TJSP é a maior Corte do País. É, também, considerada uma das mais congestionadas e carentes de infraestrutura. Os presidentes do Tribunal há muito tempo reivindicam aumen-to de orçamento. Contudo, o governo estadual alega que o problema é de má gestão dos re-cursos disponíveis, com falta de planejamento e gastos desnecessários com renovação de fro-tas de automóveis oficiais, aluguéis e, princi-palmente, aumento de salários.

Dentre as Justiças estaduais, o TJSP é apontado como uma das que mais se opuse-ram à entrada em vigor da Lei de Responsabi-lidade Fiscal, que limita as despesas com pes-soal. Um dos projetos de interesse da Corte na Assembleia, por exemplo, prevê a nomea-ção de quase 2 mil assessores para juízes. E, em entrevista à revista Veja, o presidente da Corte voltou a falar em aumento de salários para sua corporação. “Quanto ganha um alto executivo na empresa privada? R$ 80.000 por mês. Quanto ganha o presidente da Petrobrás? Deve ser mais de R$ 45.000. O juiz ganha R$ 24.000. Não é um salário à altura do cargo”, afirmou.

É por isso que as propostas do novo pre-sidente do TJSP para aumentar os recursos da Corte não estão sendo bem recebidas pelo Executivo.

O EStADO DE S.pAULO - On LInE - 09.02.2012

O Tribunal quer mais dinheiro

19

Page 21: 09 Fev 2012

Vivina do C. Rios BalbinoPsicóloga, mestre em educação, professora da

Universidade Federal do Ceará e autora do livro Psi-cologia e psicologia escolar no Brasil

Absurdamente, a cada oito minutos, uma criança é abusada sexualmente no Brasil e a cada 10 horas uma é assassinada, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Em seis anos, o Ministério da Saúde registrou 5.049 ho-micídios de crianças com idade até 14 anos.

Infelizmente esses crimes hediondos acontecem pelo país afora e são diariamente estampados na mí-dia. São crimes revoltantes que causam repugnância por ofender valores morais e éticos, mas por que ain-da são tão comuns? Com certeza faltam bons projetos de prevenção e punição. Brasília virou 2011 sob im-pacto de vários crimes bárbaros contra crianças evi-denciando total descaso do governo e órgãos compe-tentes. Um pedreiro foi preso acusado de sequestrar, violentar e matar uma menina de 9 anos no domingo de Natal. Foragido da polícia de São Paulo e Minas Gerais, esse criminoso solto fazia vítimas indefesas.

Por que a Justiça tanto falha? A promotora de Justiça Maria José Miranda disse que, tendo um sis-tema de cadastro unificado identificando os foragi-dos do país, esse suposto estuprador poderia ter sido preso rapidamente. Por que não existe esse cadastro? Um padre foi preso em Brasília acusado de abusar sexualmente de seis crianças pobres e filhos de fiéis da igreja com idades entre 5 e 14 anos. Foi pego dei-tado na cama ao lado de uma mulher nua. Delitos de um padre dito representante de Deus? O celibato não implica prática de castidade? Pode um padre manter relações sexuais como qualquer indivíduo solteiro? Um pastor foi detido em Brasília acusado de vários crimes sexuais infantis no mesmo período, assim como vários pais foram presos por abusar de filhas ou estuprá-las.

Outro pai foi preso por engravidar a própria filha aos 11 anos. Há um mês, essa criança tem um filho do próprio pai! Terrível trama, em que um tio tam-bém abusava da menina e foi preso. Até a delegada assustou-se com tamanha crueldade. Como conceber violações de direitos tão repugnantes e tão comuns? A Justiça brasileira precisa agir com rigor em crimes

de pedofilia. São crimes hediondos e deixam graves cicatrizes físicas e psicológicas.

É importante que o governo e órgãos competen-tes ajam com rigor na prevenção (campanhas com-petentes na mídia, especialmente TV, escolas e co-munidades) e punições exemplares. Aliado a isso, é fundamental que conteúdos eróticos e sexuais nas programações televisivas e músicas apelativas sejam regulamentados. Ai se te pego é um conteúdo acei-tável? Cantada e dançada até por pequenas crianças inocentes assim como foi com Na boquinha da garra-fa, cantada até em festinhas infantis na década de 90. O que fazem os órgãos de regulamentação de conte-údos abusivos e indutores de desvios?

Com certeza esses abusos incentivam práticas sexuais precoces e/ou comportamentos inadequados. Crimes, tragédias e abusos parecem normais? Recen-temente assistimos a um estupro virtual no BBB. Es-ses fatos merecem profunda reflexão e ações efetivas do governo. Coibir tantos abusos é parte da preven-ção. Justiça rigorosa e regulamentar conteúdos abu-sivos da mídia é preciso!

Infelizmente há uma banalização de desvios e certa complacência social. Importante repensar nos-sos valores, prioridades e práticas sociais. É hora de dar um basta à crise moral, ética e de impunidade que vivemos e assumirmos nossa condição de cidadãos comprometidos com um mundo mais civilizado, em que as pessoas aprendam a respeitar os direitos dos outros como quer que os seus sejam respeitados.

Educar para o sexo, paternidade e maternidade com responsabilidade é necessário. Independente-mente de escolaridade e de nível social, todo cida-dão pode e deve assumir o seu compromisso social responsável na coletividade fazendo melhor este mundo. Educação nas famílias, nas escolas em todos os níveis e comunidades com conteúdos em direitos humanos, cidadania, coletividade e civilidade deve ser praticada. Uma cultura pela paz e respeito aos direitos humanos deve ser a meta. Muito importan-te também a atitude cidadã de vigilância constante e de denunciar quaisquer violações de direitos dentro e fora de casa. Somente dessa forma deixaremos de iniciar novos anos em pleno século 21 com relatos de crimes tão cruéis.

EStADO DE MInAS - p. 7 - 09.02.2012

Banalização de crimes sexuais infantis

20